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A.˙. R.˙. L.˙. S.˙.

União Fraternal – 4655 – Rito Moderno

“ O USO DA BANDEIRA NACIONAL NAS SESSÕES


MAÇÔNICAS ”

“LUIZ CARLOS SORBARA” – C.·. M.·.


CIM – 327.571

Cascavel-PR, 31 de janeiro de 2024.


Introdução

O Decreto do GOB, Nº 1.476, de 17.05.2016 que dispõe sobre o


cerimonial para a Bandeira Nacional e nas disposições finais e transitórias em
seu Art. 126 a Constituição do Grande Oriente do Brasil - GOB, combinado
com o Art. 76, inciso V, Decreta em seu Art. 1º, que a presença da Bandeira
Nacional é obrigatória em todas as sessões realizadas por Loja da Federação,
independentemente do Rito por ela praticado, dentro do Templo ou em outro
recinto fechado, onde cabe lembrar que nas sessões ordinárias e
extraordinárias não será executado o Hino Nacional e a Bandeira Nacional será
colocada em seu suporte, de modo que a expressão “ORDEM E
PROGRESSO” fique a vista antes da abertura dos trabalhos e ninguém será
recebido com formalidades.
Sendo a Bandeira Nacional, considerada a maior autoridade dentro de
uma loja, na sessões públicas com a presença de profanos, é obrigatória a
cerimonia da entrada da Bandeira, sendo ela a última a adentrar o Templo, e
recebida por uma comissão composta de treze irmão mestres, armados de
espada e acompanhada por uma Guarda de Honra de três Mestres, também
armados de espada sendo um atrás do outro ladeando o Porta Bandeira,
somente esta Guarda de Honra fica fora do Templo para depois entrar
acompanhando a Bandeira.
Conforme nossos Rituais de Aprendiz e Companheiro Maçom, está claro
que na Entrada do Pavilhão Nacional, os integrantes da Comissão de
Recepção, bem como, da Guarda de Honra deverão portar Espada na mão
direita, verticalmente, com a ponta para cima, antebraço à frente estendido
perpendicularmente junto ao corpo.
E ao Recorrer a este Símbolo da Pátria, podemos demonstrar nosso
nacionalismo, nossos princípios e nossa obrigação com a humanidade sempre
levando em conta nosso espírito universal de amor fraterno.

A Bandeira Nacional no Rito Moderno

O Venerável Mestre ao ordenar que o Mestre de Cerimonias convide o


Porta Bandeira, formando assim a Guarda de Honra organizando a Comissão
de recepção que ficará em fila ao lado das colunas, sendo seis Mestres ao
Norte e sete Mestres ao Sul.
Os Irmãos permanecerão com a espada na mão direita, ponta para cima
e punho colado ao quadril. Enquanto não houver alteração, o Decreto 0084 de
19.11.97 deverá ser obedecido.
A Bandeira deverá ser portada sempre na vertical, nunca deverá ser
abatida para frente. Após sua entrada ficará entre colunas, e enquanto for
executado o Hino Nacional Brasileiro, que poderá ser de simples execução
instrumental, tocando-se a música integralmente, mas sem repetição, ou de
execução vocal, quando sempre serão cantadas as duas partes do poema.
Durante a execução do Hino Nacional Brasileiro nas Sessões Maçônicas os
Irmãos devem permanecer de pé e à ordem, e nas Sessões públicas deverão
ficar perfilados, sem colocar a mão sobre o coração, conforme determina a
legislação profana que rege o assunto.
Ao findar a execução do Hino Nacional Brasileiro, o mesmo não deve ser
aplaudido, onde em seguida o Venerável ordenará que a Bandeira seja levada
ao seu pedestal, sempre à direita do Triângulo da Sabedoria. Durante a sua
passagem a Comissão deverá abaixar as espadas em sinal de respeito, para
frente e para baixo, num ângulo de 45º graus do braço com o corpo, como se
ela fosse uma extensão do braço, neste trajeto o Venerável poderá ordenar
que se aplauda.
Ao finalizar o percurso todos voltam a posição anterior. Com a Bandeira
colocada em seu pedestal, o Venerável Mestre dará ordens para desfazer as
Comissões. E quando nossos Trabalhos estiverem terminados, a Bandeira
Nacional será é a primeira a sair. Antes de sua saída deverá ser ordenada a
formação da Comissão e da Guarda, e o Venerável determinará a um Irmão,
preferencialmente o Orador, para que faça a saudação à Bandeira, onde ao
realizá-lo não deverá fazer nenhuma alusão a guerras nos quais o Brasil tenha
participado, atentando para não tocá-la, beijá-la ou ajoelhar-se diante dela, e
sua reverência poderá ser:
“Bandeira do Brasil que acaba de assistir aos nossos trabalhos,
inspira-nos sempre, com a tua divisa Ordem e Progresso, fonte
asseguradora da fraternidade e da evolução, ideais supremos da
humanidade na marcha infinita através dos séculos. E recebe dos
obreiros aqui reunidos, o compromisso de fidelidade Maçônica, no
serviço dos supremos interesses do grande país de que é Símbolo
Augusto, pleno de generosidade e de nobreza.
Bandeira do Brasil, nós Maços, estamos aqui reunidos para
reverenciar-te. No verde de nossa Mata Atlântica, quase Extinta que
devemos preservar e, por isso nos preocupar com a nossa Amazônia, que
precisa desenvolver-se, mas com planejamento, com desenvolvimento
auto sustentável, com a importância e o respeito que ela merece. No
verde de nossa agricultura, nosso destino maior. No amarelo do nosso
ouro, de nossas riquezas minerais, cada vez mais ameaçadas. No azul do
nosso céu, onde brilha o Sol eterno e onde reina nosso símbolo, o
Cruzeiro do Sul. No branco, que simboliza a Paz, com Ordem e com
Progresso, mas também com Justiça Social, porque sem Justiça não
sobrevivem a Ordem e a Paz. Que simboliza o Amor, Amor que temos por
toda a Humanidade, por todas as nações do mundo. Pois tu, Bandeira do
Brasil, representas em uma Loja Maçônica, não apenas nossa querida
Pátria, mas todos os povos da Terra. Nas tuas estrelas, que representam
todos os Estados, todos os segmentos que compõem este Pais-
continente, que com todas as suas características próprias, nenhum é
mais importante que o outro, pois estamos unidos num mesmo ideal.
Bandeira do Brasil, lidera-nos, para que seja realidade no Planeta o nosso
sonho: Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Ato cumprido, o Porta
Bandeira ficará ao centro do Oriente, voltado para o Ocidente, quando então
será executado o Hino à Bandeira.
Seguindo ordem do Venerável, a Bandeira será retirada do Templo,
devendo os Irmãos da Comissão se portar de igual forma da entrada da
mesma.

Conclusão
Ao concluir, percebe-se que o simbolismo da Bandeira Nacional em
Lojas do Rito Moderno, é de representar todas as nações da mesma forma que
representa os irmão de todas as nacionalidades, pois como a Loja é um
Templo Universal, com o mesmo fundamento entende-se que nossa Bandeira
assuma o papel de também representar as mais diferentes nações.
Pois podemos observar que nossa Constituição assim, como a demais
Potencias Maçônicas afirmam que se condene a exploração do Homem, os
privilégios e as regalias, enaltecendo, o mérito da inteligência e da virtude, bem
como os valores demonstrados na prestação de serviços a Ordem e a Pátria,
sugerindo ao Maçom fidelidade e amor à Pátria. Visto que o homem que não
tem amor pela sua origem, não ama o solo em que nasceu, e não tendo essa
devoção pelo ambiente em vive, dificilmente poderá ter amor pelo seu irmão,
se não consegue amar aquilo que está perto, dentro de si, ao seu alcance, pelo
solo que pisa, jamais será fraterno com aquele que nunca viu, embora sabendo
ser seu semelhante.

Bibliografia

Constituição do Grande Oriente do Brasil (CGOB)


Ritual do Aprendiz Maçom – Rito Moderno (RITUAL AM)
Ritual do Companheiro Maçom – Rito Moderno (RITUAL CM)
DECRETO DO GOB, Nº 1.476, DE 17.05.2016.

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