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SERENÍSSIMA GRANDE LOJA MAÇÔNICA

DO ESTADO DE RONDÔNIA
- GLOMARON -

RITUAL DO GRAU DE
APRENDIZ MAÇOM
(GRAU 1)
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

Este RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM é o único a ser


usado na Jurisdição da Sereníssima Grande Loja
Maçônica do Estado de Rondônia - GLOMARON,
para os trabalhos do Primeiro Grau Simbólico
(Aprendiz Maçom) do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Foi elaborado pela Comissão de Ritualística da
GLOMARON (Ato nº 037 do Grão-Mestrado 2007-
2011) com base no Ritual de 1927, editado em 1928.

GLOMARON
Edição 2016

03
04
Selo e
Carimbo

05
06
O APRENDIZ
IDADE MÉDIA – 476 A 1453
Fonte: “Livro do Aprendiz”, do francês Oswald Wirth, 1894)

07
Fig. 1: PAINEL DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
Fonte: SUPREMO CONSELHO

08
Fig. 2: PAINEL DO GRAU 1
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
Fonte: SUPREMO CONSELHO

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Fig. 3: PAINEL DA LOJA DE APRENDIZ MAÇOM

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Fig. 4: PLANO DO TEMPLO

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Fig. 3: PLANO DO TEMPLO

1 - Ven\ M\ A - Altar dos Perfumes


2 - Ex-Ven\ Imediato B - Col\ “B” da Entrada do Templo
3 - MM\II\ C - Altar dos Juramentos
4 - 1° Vig\ D - P\B\
5 - 2° Vig\ E - P\C\ (ou polida)
6 - Orad\ F - Pavilhão Nacional
7 - Sec\ G - Estandarte da Loja
8 - Tes \ H - Estátua de Hércules (Força)
9 - Autoridades Maçônicas I - Painel da Loja
10 - M\de CCer\ J - Col\ “J” da Entrada do Templo
11 - Hosp\ K - Mar de Bronze (Altar das
12 - 1° Diác \ Abluções)
13 - 2° Diác \ L – Pira (Altar das Purificações)
14 - P\ Band \ M – Estátua de Minerva (Sabedoria)
15 - P\ Esp\ N e O - CCol\ Toscanas ao lado do
16 - P\ Est \ dossel.
17 - 1° Exp\ V - Estátua de Vênus (Beleza)
18 - 2° Exp\ a - Col\ Zodiacal de Áries
19 - G\ do T \ b - Col\ Zodiacal de Touro
20 - Cobr \ Ext\ c - Col\ Zodiacal de Gêmeos
21 - Arq\ d - Col\ Zodiacal de Câncer
22 - Bibliot\ e - Col\ Zodiacal de Leão
23 - M\ de Banq\ f - Col\ Zodiacal de Virgem
24 - Chanc \ g - Col\ Zodiacal de Balança
25 - M\ de Harm\ h - Col\ Zodiacal de Escorpião
i - Col\ Zodiacal de Sagitário
j - Col\ Zodiacal de Capricórnio
k - Col\ Zodiacal de Aquário
l - Col\ Zodiacal de Peixes

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Fig. 5: PLANO DO TETO (ABÓBADA CELESTE)

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Toscana Dórica Jônica Coríntia Compósita

Fig. 6: CAPITÉIS

Egípcia Toscana Dórica Jônica Coríntia Compósita


com
Romãs

Fig. 7: TIPOS DE COLUNAS

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Fig. 8: FERRAMENTAS DO APRENDIZ MAÇOM
(MAÇO, CINZEL E RÉGUA DE 24 POLEGADAS)

Fig. 9: ESQUADRO SOBREPOSTO AO COMPASSO,


SOBRE O LIVRO DA LEI

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Fig. 10: TETRAGRAMA SAGRADO

Fig. 11: COLUNAS ZODIACAIS

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MAÇONARIA

A Maçonaria tem sido definida por vários modos. As mais


correntes definições são:

I - A Ordem Maçônica é uma associação de homens sábios e virtuosos


que se consideram irmãos entre si e cujo fim é viver em perfeita
igualdade, intimamente unidos por laços de recíproca estima,
confiança e amizade, estimulando-se, uns aos outros, na prática das
virtudes.

II - É um sistema de Moral, velado por alegorias e ilustrado por


símbolos.

Embora imperfeitas, estas definições nos dão a convicção de


que a Ordem Maçônica sempre foi e deve continuar a ser a UNIÃO
consciente de homens inteligentes, virtuosos, desinteressados,
generosos e devotados; Irmãos livres e iguais, ligados por deveres de
fraternidade para se prestarem mútua assistência e concorrerem, pelo
exemplo e pela prática das virtudes, para esclarecer os homens e para
prepará-los para a emancipação progressiva e pacífica da
Humanidade através do conhecimento.

É, pois, uma sociedade iniciática, não só de Moral como de


Filosofia social e espiritual, reveladas por alegorias e ensinadas por
símbolos, guiando seus adeptos à prática a ao aperfeiçoamento dos
mais elevados deveres do homem-cidadão, patriota e soldado.

Apesar de seus nobres e sublimes fins, a Maçonaria foi entre


nós, como entre alguns povos, muito desvirtuada, pois, abrindo
despreocupadamente suas portas, deixou, pela falta de escrúpulo na
seleção de seus iniciandos, que seus Templos fossem invadidos por
uma multidão heterogênea que, aos poucos, esquecida ou alheia aos
fins sociais e espirituais, foi lentamente se transformando em
sociedade de auxílios e elogios mútuos, com inclinação para a ação
política militante, regida por princípios de moralidade barata e
movimentada por interesses inconfessáveis.

O objetivo do Rito Escocês Antigo e Aceito, em todo o mundo


e, principalmente no Brasil, é reestabelecer a Maçonaria em seu
antigo e verdadeiro caráter de Apostolado da mais Alta Moralidade, da

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prática das Virtudes, da Liberdade debaixo da Lei, da Igualdade,
segundo o mérito, com subordinação e disciplina e da Fraternidade
com deveres mútuos, ampliando o limite das faculdades morais e
intelectuais (na sua maior amplitude) e infundindo, nos usos e nos
costumes da sociedade civil, os sãos princípios da filosofia altruística.

Para o Rito Escocês Antigo e Aceito, a Maçonaria é o pro-


gresso contínuo, por ensinamentos em uma série de graus, visando,
por iniciações sucessivas, incutir no íntimo dos homens a LUZ
CELESTIAL, ESPIRITUAL E DIVINA, que, afugentando os baixos
sentimentos de materialidade, de sensualidade e de mundanismo e
invocando sempre o G\A\D\U\, os torne dignos de si mesmos, da
Família, da Pátria e da Humanidade.

O nosso Rito declara como princípios fundamentais:

1. A Maçonaria proclama, como sempre proclamou desde


sua origem, a existência de um PRINCÍPIO CRIADOR,
sob a denominação de G\A\D\U\;
2. A Maçonaria não impõe nenhum limite à livre
investigação da Verdade; e é para garantir a todos essa
liberdade que ela exige de todos a maior tolerância;
3. A Maçonaria é, portanto, acessível aos homens de todas
as classes e de todas as crenças religiosas e políticas;
4. A Maçonaria proíbe, em suas oficinas, toda e qualquer
discussão sobre matéria política ou religiosa; recebe
profanos, quaisquer que sejam as suas opiniões políticas
e religiosas, pobres, embora, mas livres e de bons
costumes;
5. A Maçonaria tem por fim combater a ignorância em
todas as suas modalidades; é uma escola mútua que
impõe este programa;
6. Obedecer às leis do País; viver segundo os ditames da
honra; praticar a Justiça; amar o próximo; trabalhar
incessantemente pela felicidade do gênero humano e
conseguir a sua emancipação progressiva e pacífica.

A par desta DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS, a Maçonaria


proclama, também, as seguintes doutrinas sobre as quais se apoia:

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“Para elevar o homem aos próprios olhos, para torná-lo digno
de sua missão sobre a Terra, a Maçonaria erige um dogma que o
G\A\D\U\ deu ao mesmo, como o mais precioso dos bens, a
LIBERDADE, patrimônio da Humanidade toda, cintilação celeste que
nenhum poder tem o direito de obscurecer ou de apagar e que é a
fonte de todos os ensinamentos de honra e de dignidade”.

“Desde a preparação do primeiro grau até a obtenção do mais


elevado da Maçonaria Escocesa, a condição primordial, sem a qual
nada se concede ao aspirante, é uma reputação de honra ilibada e de
probidade incontestada”

“Aquele para quem a religião é o consolo supremo, a


Maçonaria diz: Cultiva a tua religião ininterruptamente, segue as
inspirações de tua consciência; a Maçonaria não é uma religião, não
professa um culto; quer a instrução integral; sua doutrina se condensa
toda nesta máxima - AMA A TEU PRÓXIMO.”

“Aquele que, com razão, teme as discussões políticas, a


Maçonaria diz: - Eu condeno qualquer debate, qualquer discussão em
minhas reuniões; serve fiel e devotadamente à tua Pátria e não te
pedirei contas de tuas crenças políticas. O amor à Pátria é
perfeitamente compatível com a prática de todas as virtudes; a minha
moral é a mais pura, pois funda-se sobre a primeira das virtudes - A
SOLIDARIEDADE HUMANA.”

“O verdadeiro Maçom pratica o bem e leva a sua solicitude


aos infelizes, quaisquer que eles sejam, na medida de suas forças. O
Maçom deve, pois, repelir com sinceridade o desprezo, o egoísmo, a
imoralidade.”

Os ensinamentos Maçônicos induzem seus adeptos a dedicarem-se à


felicidade de seus semelhantes, não porque a razão e a justiça lhes
imponham esse dever, mas porque esse sentimento de solidariedade
é a qualidade inata que os fez filhos do Universo e amigos de todos os
homens, fieis observadores da Lei de Amor e Simpatia que Deus
estabeleceu no Planeta.

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ORDEM DEMOLAY

A Ordem DeMolay foi criada em 18 de Março de 1919, em


Kansas City/EUA, por 09 pessoas, sendo liderada por nosso Irmão
Maçom Frank Shermann Land. No Brasil foi fundada no Rio de
Janeiro, em 1985. Suas reuniões ocorrem em um Templo Maçônico, o
qual recebe a denominação de Sala Capitular. As Grandes Lojas
detem autorização exclusiva do Supremo Conselho Internacional da
Ordem DeMolay, sediado nos Estados Unidos, para patrocinar suas
atividades no País.
Seu objetivo é o de formar líderes e cidadãos responsáveis.
Sendo uma ordem iniciática, possui rituais secretos, sinais, toques e
palavras de reconhecimento, porém não há segredo para o mundo no
tocante aos seus objetivos.
Seu ritual tem por base as 07 virtudes cardeais de um
DeMolay, quais sejam:
- Amor filial - Companheirismo
- Reverência pelas coisas - Fidelidade
sagradas - Pureza
- Cortesia - Patriotismo

Para ingressar na Ordem DeMolay o jovem precisa ser indicado


por um membro da Ordem com o apoio de um Maçom, possuir entre 12
e 21 anos, crer em Deus e já possuir conduta compatível com as 07
virtudes Cardeais DeMolay já citadas. Não há a necessidade de o
jovem possuir parentesco Maçônico.
Pelo vínculo à Maçonaria, os jovens DeMolays tratam os
Maçons por “Tios”, que por sua vez os reconhecem como “Sobrinhos”.
Em suas cerimônias, sejam fechadas ou públicas, os rituais
fazem sempre reverência ao Ser Supremo criador de tudo e de todos,
a quem denominam PAI CELESTIAL.
Para funcionar, o Capítulo DeMolay deve ser patrocinado por
uma Loja Maçônica regular, a qual indicará maçons para comporem o
Conselho Consultivo do Capítulo, sobre o qual recai a
responsabilidade pelas atividades da Ordem. Não é permitido um
Capítulo trabalhar sem a presença de um Tio Maçom, sob hipótese
alguma.
No Brasil há Capítulos em todos os Estados, devendo os
interessados informarem-se com qualquer Maçom, ou um membro da
Ordem DeMolay que indicará o caminho a seguir para ingresso na
Ordem.
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ORDEM INTERNACIONAL DAS FILHAS DE JÓ

A Ordem Internacional das Filhas de Jó foi criada no ano de


1920, em Omaha, Nebraska/EUA, por Ethel T. Wead Mick. Suas
reuniões ocorrem em um Templo Maçônico, e cada unidade é
denominada Bethel. As Grandes Lojas detem autorização exclusiva
do Supremo Conselho Internacional da Ordem das Filhas de Jó,
sediado nos Estados Unidos, para patrocinar suas atividades no Brasil
desde o ano de 1990.
Seu propósito é o de reunir meninas com parentesco
maçônico para a construção de seu caráter, através do
desenvolvimento moral e espiritual com ensinamentos de maior
reverência a Deus e respeito aos pais, guardiões, e à sua bandeira.
Sendo uma ordem iniciática, possui rituais secretos, sinais, toques e
palavras de reconhecimento, porém não há segredo para o mundo no
tocante aos seus objetivos.
Seu ritual tem por base o Livro de Jó, com referências ao
capítulo 42, versículo 15: “E em toda terra não se acharam mulheres
tão justas quanto as filhas de Jó, e seu pai lhes deu a herança entre
seus irmãos.”
A Ordem Internacional das Filhas de Jó é a única organização
para meninas que requer de todos os seus membros, um parentesco
com um Mestre Maçom, e este pré-requisito liga-a estreitamente à
Maçonaria.
Para ingressar na Ordem Internacional das Filhas de Jó a
jovem precisa ser indicada por uma Filha de Jó, possuir entre 10 e 20
anos, crer em Deus e já possuir conduta compatível com os preceitos
da Ordem. Há a necessidade de a jovem possuir parentesco Maçônico
(Filha, sobrinha, neta ou irmã de um Maçom).
Pelo vínculo à Maçonaria, as Filhas de Jó tratam os Maçons
por “Tios”, que por sua vez as reconhecem como “Sobrinhas”.
Em suas cerimônias, sejam fechadas ou públicas, os rituais
fazem sempre reverência ao Ser Supremo criador de tudo e de todos,
a quem denominam PAI CELESTIAL.
Para funcionar, o Bethel deve ser patrocinado por uma Loja
Maçônica regular, que indicará um maçom para compor o Conselho
Guardião, sobre o qual recai a responsabilidade pelas atividades da
Ordem, o qual recebe o título de Guardião Associado. Não é permitido,
sob hipótese alguma, ao Bethel trabalhar sem a presença de um Tio
Maçom, de preferência que seja o Guardião Associado. O Conselho
Guardião é presidido pela Guardiã do Bethel, a qual deve ter

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parentesco maçônico e envolvimento direto com a Ordem.
No Brasil há Betheis em todos os Estados, devendo as
interessadas informarem-se com qualquer Maçom, ou um membro da
Ordem que indicará o caminho a seguir para ingresso.

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SERENÍSSIMA GRANDE LOJA MAÇÔNICA
DO ESTADO DE RONDÔNIA

MANUAL DE NORMAS E
PRÁTICAS RITUALÍSTICAS

RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO


APRENDIZ MAÇOM
(GRAU 1)

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TEMPLO MAÇÔNICO

O Templo tem a forma de um retângulo, no Ocidente, e de um


quadrado, no Oriente. Este é separado daquele por uma grade (a
Grade do Oriente) e tem o soalho mais elevado, para onde se sobe
por quatro degraus baixos. No meio da Grade do Oriente, há uma
passagem de largura proporcional ao comprimento. A grade é
composta de pequenas colunas de 1m a 1,3m encimadas por uma
barra horizontal. A entrada principal do Templo fica no Ocidente.
O soalho do Ocidente é representado pelo Pavimento
Mosaico, composto de quadrados alternadamente brancos e pretos,
cercados pela orla dentada. Nos extremos dos eixos principais do
mosaico ficam letras correspondentes aos quatro pontos cardeais.
No eixo principal do Templo, próximo ao fundo do Oriente,
fica, em um estrado de três pequenos degraus (1), o trono, destinado
ao Ven\ M\ e de forma triangular, onde repousam uma espada
desembainhada, um escrínio contendo uma espada flamejante, um
malhete, uma coluna de ordem Jônica, a prancheta da loja, objetos de
escrita e um candelabro triplo. De cada lado da cadeira do Ven\ M\
haverá uma cadeira e uma coluna de ordem toscana, ligadas estas por
um arco do meio do qual penderá um triângulo eqüilátero em cujo
centro estará, suspensa por arames invisíveis, a letra Hebraica (IOD).
Por sobre o trono, um dossel triangular de damasco azul celeste com
franjas brancas.
Um pouco à frente do trono, ocupando o centro do espaço
entre o trono e a grade do oriente, fica o Altar dos Perfumes, formado
por uma mesa triangular, com 80cm de altura e 40cm nas faces, sendo
este o único local, onde se queimarão os incensos.
Entre a entrada principal e o Norte fica o altar das Abluções,
onde descansa o Mar de Bronze.
Entre a entrada principal e o Sul fica o Altar das Oblações, de
forma igual ao precedente, e onde descansa a Pira (também utilizado
nas Purificações).
No Oriente, de cada lado e pouco adiante do Trono, ficam
uma mesa triangular, com 80 cm de altura e 66cm nas faces, e um
assento, ao norte, para o Orador, e ao sul, para o Secretário. Fora do
Oriente, próximo à grade, e na mesma linha das mesas precedentes,
(1): Para chegar ao sólio, onde fica o Trono do Ven M, é necessário subir sete
(7) degraus, por quatro (4) e três (3).
Os quatro primeiros degraus representam: Força, Trabalho, Ciência e
Virtude. Os três do Trono são: Pureza, Luz e Verdade.

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ficam, ao norte, uma mesa igual para o Tesoureiro e, ao sul, outra para
o Chanceler.
Nas faces dos altares das três luzes existirão, entalhados ou
o
pintados no centro, um Esquadro (Ven\), um Nível (1 Vig\) e um
o
Prumo (2 Vig\).
No eixo e no centro do Templo, próximo à grade do Oriente,
fica o Altar dos Juramentos, sem, entretanto, impedir a passagem de
uma para outra parte do Templo. Este Altar tem a forma de prisma
triangular, de cerca de 80cm de altura, com 66 centímetros em cada
face. Em cada um dos lados do Oriente, Sul e Norte deste Altar, são
colocados castiçais de 1 metro e 12 centímetros de altura onde deverá
ficar acesa um vela de cera amarela em cada um destes castiçais.
Sobre este Altar ficam:
2
O Livro da Lei ( ), um Esquadro com as pontas voltadas
para o Oriente e um Compasso aberto em 60o e com as pontas
voltadas para o Ocidente e por sob as do Esquadro.
Entre a grade do Oriente e este Altar, nas ocasiões oportunas,
será aberto o PAINEL DA LOJA.
Entre os assentos das três luzes da Loja e as paredes deverá
existir espaço bastante para a passagem de uma pessoa (66,6cm).
De cada lado da entrada do Templo fica uma Coluna de altura
proporcional à porta. Estas Colunas são encimadas por capiteis, com
sete ordens de malhas entrelaçadas. Rematando os capiteis, duas
ordens de romãs ao redor das malhas. A Coluna da direita (Sul)
chama-se J\ e a da esquerda (Norte) B\.
No Altar dos Perfumes haverá uma trípode ou um vasilhame
(incensário) contendo perfumes a serem queimados.
As paredes do Templo devem ter a cor azul celeste. Em volta
da parede, junto ao teto, uma corda com 81 nós, ou voltas, cujas
pontas (borlas) penderão aos lados da entrada principal.
O teto do Templo representa o céu. Do lado do Oriente, um
o o
pouco à frente do Trono, o Sol; por sobre os Altares dos 1 e 2 VVig,
respectivamente, a Lua e uma estrela de cinco pontas. Estes
emblemas poderão ser pintados ou em relevo, ou então, pendentes do
teto.

(2) LIVRO DA LEI é o LIVRO SAGRADO de cada religião, onde os crentes


julgam existir as verdades pregadas por seus profetas. Assim, o juramento
deve ser prestado sobre o Livro Sagrado da crença do Iniciando, pois, pelos
princípios básicos da Maçonaria, deve haver o máximo respeito às crenças
de cada um.

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No centro do teto, três estrelas da constelação de Orion.
Entre estas e o Nordeste, ficam as Plêiades, Híadas e Aldebarã; a
meio caminho, entre Orion e o Noroeste, Régulo, do Leão; ao Norte, a
Ursa Maior; a Noroeste, Arcturus (em vermelho); a Leste, a Spica, da
Virgem; a Oeste, Antares; ao Sul, Fomalhaut. No Oriente, Júpiter; no
Ocidente, Vênus; Mercúrio junto ao Sol e Saturno, com seus Satélites,
próximo a Orion.
As estrelas principais são: 3 de Orion; 5 Híadas e 7 das
Plêiades e Ursa Maior. As estrelas chamadas Reais são: Aldebarã,
Arcturus, Régulos, Antares e FomaIhaut. (Fig. 4)
O Estandarte da Loja fica ao Sul no topo da Grade do
Oriente, e a Bandeira Nacional, ao Norte, no outro topo da Grade.
Os obreiros sentam-se nas partes Norte e Sul do corpo do
Templo. Os assentos e os irmãos de cada uma dessas partes,
denominam-se Colunas.
O 1o Vig\ tem assento à esquerda da Coluna do Norte e o 2o
Vig\ no Sul, a meia distância entre a Coluna e a Grade do Oriente. Os
altares dos VVig\ ficam sobre um estrado e tem a mesma forma do
Trono do Ven\ M\. Sobre esses Altares ficarão além de um
candelabro triplo e um malhete: no do 1o Vig\, uma Coluna de ordem
o
Dórica e abaixo e à esquerda, uma Pedra Bruta; no do 2 Vig\, uma
Coluna de ordem Coríntia e abaixo e à esquerda uma Pedra Polida.
O estrado do 2o Vig\ tem um e o do 1o Vig\ dois degraus.

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SALA DOS PASSOS PERDIDOS, ÁTRIO E
CÂMARA DE REFLEXÕES

Na frente do Templo deve existir uma ante sala (a Sala dos


Passos Perdidos) tão confortável quanto possível, para recepção dos
visitantes e permanência dos obreiros. Seu mobiliário será adequado
às posses da Loja. Sobre uma mesinha, nesta sala, fica o livro do
registro de visitantes e de presença dos Obreiros, onde todos lançarão
seu “NE VARIETUR”. Entre a Sala dos Passos Perdidos e o Templo
haverá um pequeno compartimento (o Átrio) com três portas.
Uma para a Sala dos Passos Perdidos, outra para a Câmara
de Reflexões e a terceira para o Templo. No Átrio, além de algumas
cadeiras e armários, ficarão as Estrelas para recepção dos Visitantes
e o assento do Cobridor, que ali permanecerá durante as sessões da
Loja. O acesso entre o Átrio e o Templo se faz por entre as Colunas.
A Câmara de Reflexões é o local onde se recolhe o profano
antes de sua iniciação. Poderá ter porta de comunicação com o
Templo, à esquerda do Altar do 1o Vig\. É um cubículo que não deve
receber luz do exterior, sendo iluminado apenas por vela ou lamparina.
Dentro dela, o silêncio deve ser absoluto. Seu interior, todo pintado de
preto, ostenta várias inscrições e emblemas fúnebres, formando um
conjunto.
Neste pequeno compartimento encontram-se um banquinho
e uma pequena mesa (no lado oposto ao da entrada, de modo que o
Recipiendário, quando sentado, fique de costas para a porta), sobre a
qual haverá: papel, uma caneta e uma campainha.
Na parede da frente, acima da mesa, estarão pintados
(sempre com tinta branca), a fórmula “V.I.T.R.I.O.L.” e sob a mesma,
um Galo, encimando uma faixa contendo as palavras VIGILÂNCIA e
PERSEVERANÇA.
Na parede à esquerda, estará pintado um esqueleto humano
(se o espaço for insuficiente, bastam a caveira e duas tíbias cruzadas).
Na parte mais alta desta parede, a frase: SE TENS MEDO, NÃO VÁS
ADIANTE. De um lado do esqueleto uma Ampulheta; do outro, um
Alfange. Ainda nesta parede, estará a frase: SE QUERES BEM
EMPREGAR A TUA VIDA, PENSA NA MORTE. Espalhadas pelas
paredes e em tinta branca, constarão as seguintes inscrições:

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“Se a curiosidade aqui te conduz, retira-te.”
“Se queres bem empregar a tua vida, pensa na morte.”
“Se tens receio que descubram os teus defeitos, não estarás bem
entre nós.”
“Se tens o propósito de auferir lucros materiais na Maçonaria, retira-
te.”
“Se és apegado às distinções humanas, retira-te, pois nós aqui não as
conhecemos.”
“Se fores dissimulado, serás descoberto.”
“Se tens medo, não vás adiante.”
“Deus julga os justos e os pecadores.”
“Somos pó e ao pó tornaremos.”

AS LUZES E OFICIAIS DE UMA LOJA SIMBÓLICA

São Luzes: o Ven\ M\, o 1° Vig\ e o 2° Vig\;


São Oficiais: O Orad\, o Sec\, o Tes\, o Chanc\, o M\ de
CCer\, o Hosp\, o G\do T\, o Cobr\, o 1° Diác\, o 2° Diác\, o 1°
Exp\, o 2° Exp\, o Porta Espada, o Porta Bandeira, o Porta
Estandarte, o M\ de Banquetes, o M\ de Harmonia, o Arquiteto e o
Bibliotecário.

TÍTULOS, DISTINÇÕES E TRAJES

O Presidente tem o título de Ven\ M\. Os demais dignitários


são indistinta e simplesmente intitulados – IRMÃOS, sendo
absolutamente proibido a quem quer que seja título ou designação
que expressamente não esteja determinado nos Rituais; também não
se conhecem graus superiores ao de M\ M\.

As Jóias dos Dignitários e Oficiais são as seguintes:

Ven\ M\ Um Esquadro

1° Vig\ Um Nível

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2° Vig\ Um Prumo

Um Livro Aberto Sobre Fundo


Orad\
Radiante

Sec\ Duas Penas Cruzadas

Tes\ Uma Chave

Chanc\ Um Timbre

M\de CCer\ Uma Régua

Hosp\ Uma Bolsa

Uma Pomba Inscrita em Um


1° Diác\
Triângulo

2° Diác\ Uma Pomba em Vôo Livre

P\ Band\ Uma Bandeira

P\ Esp\ Uma Espada

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P\ Est\ Um Estandarte

1° Exp\ Um Punhal

2° Exp\ Um Punhal

G\ do T\ Duas Espadas Cruzadas

Cobr\ Um Alfanje

Arq\ Um Maço e um Cinzel Cruzados

Um Livro com uma pena de


Bibliot\
escrever

M\ de Banq\ Uma Cornucópia

Um Esquadro contendo o 47º


MM\II\ Postulado de Euclides, origem do
Teorema de Pitágoras.

M\ de Harm\ Uma Lira

Para as sessões o traje de rigor é o paletó preto, camisa de


manga longa na cor branca, calça preta, sapatos e meias pretas e
gravata reta preta (Prumo). Para as sessões magnas será
acrescentado o uso de luvas brancas e gravata borboleta preta (Nível).
É facultado, somente aos M\M\, o uso do BALANDRAU,
desde que o mesmo seja acompanhado de calça, sapatos e meias
todos na cor preta, e nas sessões econômicas de sua própria Loja. O

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BALANDRAU deve ser de cor preta, com comprimento à altura dos
tornozelos, mangas largas e compridas, o colarinho deverá estar
sempre fechado, de modo a cobrir a gola da blusa que estiver por
baixo. Não pode em hipótese alguma, conter quaisquer inscrições,
distintivos ou emblemas.
Em Loja de Aprendiz somente o Ven\ M\ trará na cabeça
um chapéu de feltro preto e mole.
A insígnia de aprendiz é um avental de pele branca,
quadrangular, de 0,35m x 0,40m com abeta triangular preso à cintura
por cordões ou fita de seda branca. A abeta estará sempre levantada.
Nas sessões, todos os irmãos deverão usar seus aventais e
demais insígnias dos graus simbólicos que possuírem. Não poderão
ter ingresso no templo os Irmãos que não estiverem devidamente
trajados e revestidos de suas insígnias. É vedado o uso de
paramentos dos Altos Graus em qualquer tipo de Sessão, exceto o uso
de COMENDAS, quando autorizadas pelo Grão-Mestrado. Os Oficiais
usarão colares de fita de 10 centímetros de largura, terminando em
ponta sobre o peito, com a jóia do cargo. As três Luzes (Ven\ M\, 1o e
o
2 VVig\) usarão punhos de seda orlados de galão tendo na face
externa, bordados, o atributo do respectivo cargo.

AVENTAIS E PARAMENTOS

A verdadeira insígnia do Maçom é o AVENTAL. É de cor


branca, de pele de carneiro ou tecido que a substitua, quadrangular,
com 35cm de altura e 40cm de largura, com abeta triangular, preso à
cintura por um cordão ou fita da cor da orla. Tem as seguintes
características: todo branco, para o Apr\ e Comp\, e branco, orlado
de fita de seda chamalotada azul-celeste de 5cm de largura, com três
rosetas dispostas em triângulo, para o M\M\. O avental do Apr\
deverá ter sua abeta levantada e o do Comp\, abaixada.
O Avental dos VVig\ é o Avental de M\, sendo que, por
baixo da abeta, descem dois pendentes de fita da mesma cor da orla,
cujas extremidades são ornamentadas com franjas prateadas. No do
Ven\M\, as rosetas são substituídas por três “Taus” invertidos, de
metal branco, e cada uma das fitas pendentes termina por sete
pequenas correntes de metal branco, sustentando sete esferas,
prateadas. Os Ex-VVen\MM\ terão o mesmo Avental do Ven\M\,
só que os “Taus” estarão recobertos por tecido idêntico ao da orla.

32
Nas Sessões, todos os OObr\ deverão usar seus
aventais e demais paramentos dos Graus Simbólicos. As Luzes e
Oficiais usarão, ainda, colares de fita de seda chamalotada ou cetim,
de cor azul-celeste, com 10 cm de largura, de forma anatômica,
terminando em ponta sobre o peito, da qual pende a Jóia, atributo do
respectivo cargo.
Além dos colares, as Luzes também usarão punhos de
seda chamalotada ou cetim, de cor azul-celeste, tendo bordado na
face externa dos mesmos o atributo de seus cargos. O Ven\ M\
usará chapéu de feltro preto, com abas largas e moles. Além disso, é
terminantemente proibido, em Loj\, o uso de insígnias outras que não
sejam atinentes à Maç\ Simbólica, salvo por determinação do Grão-
Mestrado.

ABÓBADA DE AÇO

Destina-se a homenagear visitantes ilustres e Autoridades


Maçônicas. É formada por duas alas de OObr\ uma postada ao Norte
e outra ao Sul, estando de pé e portando as espadas com a mão
direita, o braço estirado cruzando no alto a ponta das espadas. Sob
elas e por entre os lIr\ que compõem a Abóbada passam os
homenageados. Sua formação é orientada pelo M\ de CCer\,
conforme determinado nos Rituais Especiais da GLOMARON.
A formação da Abóbada de Aço já constitui, por si só, a
homenagem prestada. Assim não é permitido “tinir” as Espadas.

AS ESTRELAS

São bastões de madeira escura com 1,30m de comprimento,


encimados por rosetas metálicas sobre as quais é fixado um castiçal
para vela. São sempre em número ímpar, devendo ser conduzidas
com a mão direita, mantendo um ângulo de 90 graus entre o antebraço
e o braço, o qual ficará colado ao corpo. Os Ilr\ que as conduzem
devem formar alas ficando em maior número na Coluna do Norte.
As Estrelas são usadas para recepção de Autoridades
Maçônicas, de tal sorte que o número e a disposição de Estrelas e
Espadas para a formação das Comissões de Recepção constam dos
Rituais Especiais e variam de acordo com o Dignatário a ser recebido.
Tanto as Estrelas como as Espadas, devem ser conduzidas
sempre com a mão direita. Para seu uso adequado, deve-se sempre
observar o exposto nos RITUAIS ESPECIAIS adotado pela
GLOMARON.

33
AS ESPADAS

As Espadas devem possuir dois gumes. São portadas


sempre com a Mão Direita, excetuando-se as determinações
ritualísticas (nas Iniciações e nas Elevações). O portador da Espada
quando de pé ou circulando deve ter o punho da Espada colado ao
corpo, junto ao quadril direito, direcionando a lâmina verticalmente
para cima colada ao ombro direito. No interior do Templo, a Espada
deve ser embainhada quando não estiver sendo usada.
O G\ do Templo deve manter a Espada empunhada e em
guarda no desempenho de suas funções (na abertura e encerramento
dos trabalhos, para dar ingresso ou saída de OObr\ e etc.). Somente
ao G\ do Templo é permitido abrir e fechar (até mesmo tocar) a porta
do Templo e, em hipótese alguma, poderá sair de seu lugar. Se houver
extrema necessidade deste se ausentar, o Ven\ M\ deverá
providenciar sua substituição imediatamente.
O Cobridor, durante os Trabalhos, deve manter a Espada
sempre empunhada.
Sempre que o G\ do Templo e o Cobridor estiverem de pé
em Loja, deverão estar com suas Espadas direcionadas obliquamente
ao ombro esquerdo, mantendo-se o punho junto ao quadril direito.
Nenhum obreiro portando Espada fará sinais ou saudações
durante a circulação.

A ESPADA FLAMÍGERA OU FLAMEJANTE

É de punho cruciforme, a lâmina ondulada em forma de


língua de fogo e sem gume. É um instrumento transmissor e iniciático
utilizado pelo Ven\ M\ nas consagrações. Somente os MM\II\ têm
acesso à Espada Flamígera, que não deve ser tocada em hipótese
alguma pelos demais OObr\. A única exceção admissível é para o
Port\ Esp\ que se não for M\ I\ toca somente o escrínio onde ela
se aloja.
No ato de Consagração, o Port.\ Esp\ apresenta o escrínio
ao Ven\ M\ que, retirando a Espada com a Mão Esquerda e
colocando-a sobre a cabeça do iniciando, dará com o Malhete em sua
lâmina a bateria do grau.

34
AS ESCADAS

Os degraus das escadas no interior do Templo são


alcançados normalmente, um a um, com os pés alternando-se em
passos simples, não havendo paradas, nem junção dos pés. O Or\ é
separado do Oc\ por uma grade (a Grade do Or\) e tem o soalho
mais elevado, para onde se sobe por quatro degraus chamados, na
ordem de subida por: Força, Trabalho, Ciência e Virtude. No Eixo
Principal do T\, no fundo do Or\, e sobre um estrado de forma
triangular, se encontra o Trono do Ven\M\ ao qual se sobe por três
degraus denominados na ordem de subida por: Pureza, Luz e
Verdade.

O PAVIMENTO MOSAICO

Simboliza a estreita união que existe entre os Maçons, ainda


que de nacionalidades, raças ou opiniões diferentes, pois se ligam
pelo cimento indestrutível da Verdade. O Pavimento Mosaico ocupa
todo o piso do Ocidente e é composto de losangos (ou quadrados)
brancos e pretos, colocados alternadamente, cercados pela orla
dentada (triângulos equiláteros alternadamente, brancos e pretos)
que circunda a representação do Pavimento Mosaico em cujos cantos
estarão desenhadas as quatro Borlas.

MALHETES

É o símbolo do poder de decisão e da força, é o instrumento


de trabalho das LLuz\ da Loj\ devendo ser confeccionado em
madeira.
Empunhado sempre com a M\ D\, serve para executar as
baterias, conceder, pedir ou retirar a Palavra, chamar a atenção dos
OObr\ e para os demais procedimentos ritualísticos. Em hipótese
alguma o Malhete é usado para a execução de sinais ou saudações.
As LLuz\, ao fazerem o sinal de aprovação ou juramento, deverão
repousar o Malhete sobre os Altares, fazendo o gesto apenas com a
mão. Em pé, parados ou circulando, o Ven\ M\ e os VVig\
repousam o Malhete sobre o peito, direcionando-o para o ombro
esquerdo.

35
O BASTÃO

É o instrumento de trabalho do M\ de CCer\ e dos DDiác\.


Deve ser de madeira escura, com um comprimento de 2 metros (mais
ou menos 3 côvados) e 5 centímetros de diâmetro.
O Bastão do M\ de CCer\ é encimado por uma régua. O do
1° Diácono por uma pomba inscrita num triângulo e o do 2º Diácono
por uma pomba em vôo livre.
O Bastão é empunhado com a Mão Direita, punho para
frente, antebraço na horizontal e braço colado ao corpo, formando
uma esquadria. O Bastão não pode jamais ser usado para a execução
dos sinais. O M\ de CCer\ deve portar sempre o Bastão quando
estiver conduzindo pessoas.
Nenhum obreiro portando Bastão fará sinais ou saudações
durante a circulação.

A CIRCULAÇÃO EM LOJA

A circulação no Ocidente é feita obedecendo-se o sentido


destro-cêntrico (sentido horário de relógio), com o lado direito do corpo
sempre voltado para o centro do Templo. Partindo-se do Ocidente,
segue-se ao Norte, Grade do Oriente, Sul e novamente Ocidente,
contornando-se sempre o Altar dos Juramentos.
A subida ao Oriente é sempre pelo lado Norte, e a descida
pelo lado Sul. Os degraus do Oriente são alcançados normalmente
sempre um a um com os pés alternando-se em passos simples. Assim,
não há paradas nem junção dos pés nos degraus.
A circulação no Oriente se faz com passos naturais, sem
necessidade de se observar o sentido horário do relógio; entretanto ao
cruzar o eixo da Loja, deve-se parar e fazer a saudação.
A circulação deve ser feita com passos naturais sem sinal de
Ordem. O Obreiro que não estiver portando instrumentos de trabalho,
quando cruzar o Eixo da Loja, deve parar, postar-se à Ordem
altivamente e fazer a saudação ao Delta Sagrado, sempre com os pés
em esquadria, seguindo, após, naturalmente para o fim desejado.
Para efeito da circulação, é considerado como instrumento
de trabalho, tudo aquilo que for indispensável para o bom
desenvolvimento ritualístico da sessão.

36
AS AUTORIDADES MAÇÔNICAS

No caso de se dirigir às LLuz\ ou a qualquer Oficial, o Obreiro


deve parar, fazer a Saudação e postar-se à Ordem, exceto os Obreiros
portadores de instrumentos de trabalho que farão apenas um leve
meneio de cabeça.

A SAÍDA DO TEMPLO

A saída será sempre em ordem inversa da entrada.


Principalmente as Autoridades, quando presentes. O Ven\ M\,
VVig\, MM\ II\, OOf\, OObr\ e por último os IIr\ G\ do Templo,
Arq\ e seus auxiliares que recolherão os utensílios e demais
materiais. Estes guardarão o Estandarte em local apropriado,
desligarão todas as luzes, apagando inclusive as velas e fecharão o
Templo.
Os obreiros só poderão retirar seus paramentos e insígnias
quando estiverem no Átrio ou Sala dos Passos Perdidos, sendo
terminantemente proibido fazê-lo no interior do Templo.

A SAÍDA TEMPORÁRIA

O Obreiro que necessitar cobrir o Templo temporariamente,


deverá pedir autorização ao Vig\ de sua Col\. Após a autorização,
este deverá fazê-lo com passos naturais pelo Sul e Ocidente sem
qualquer saudação. Ao retornar, entrará sem formalidades, irá entre
colunas em passos simples e quando parado fará a Saudação apenas
ao Ven\ M\, dirigindo-se ao seu lugar.

A SAÍDA DEFINITIVA

O obreiro que necessitar cobrir o Templo definitivamente,


deverá solicitar autorização ao Vig\ de sua Col\, e após autorização,
deverá ficar entre colunas; fazer a Saudação às LLuz\ depositar seu
óbolo na Bolsa de Beneficência, prestar juramento de silêncio e
aguardar à Ordem, permissão para deixar o Templo.

AS JUSTIFICATIVAS DE AUSÊNCIA

As justificativas de ausência devem ser colocadas na Bolsa de


Propostas e Informações, acompanhadas do óbolo (que não deve ser
anunciado) e nunca na Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro
em Particular, pois atrasa a sessão, tornando inadequado e penoso aos
Obreiros presentes.

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O ESTANDARTE

É o símbolo representativo da Loja, devendo conter o


emblema ou Logotipo da Oficina, seu nome, número, data de
fundação, Oriente onde funciona e a sua Jurisdição.
Nas sessões ritualísticas, o mesmo deve ser colocado no
topo Sul da Grade do Oriente, próximo ao Ir\ P\ Est\.
O Estandarte deve ser guardado pelo Arq\ na ocasião do
recolhimento dos materiais da Loja, após o término de cada sessão
este o enrolará convenientemente.

A CIRCULAÇÃO DO 1º VIG\

Quando da verificação dos lIr\ das CCol\, estando os Ilr\


de ambas as CCol\ em pé e à Ordem com o Pé Esq\ direcionado ao
eixo da loja em ângulo reto, tendo o pé Dir\ em esquadria com o
mesmo e a cabeça levemente voltada para o Oriente (fitando o Delta
Sagrado) o Ir\1º Vig\, desce de seu altar e percorre as CCol\, com
passos normais, fazendo a verificação, com o Malhete sobre o peito
em direção ao ombro esquerdo, sem deter-se para saudações ao
cruzar o eixo da Loja, retorna ao seu altar. Nesta verificação o Ir\ 1º
Vig\ poderá, quantas vezes for necessário, corrigir a postura dos
OObr\ das CCol\.

O M\ DE CCER\

a) O M\ de CCer\ deverá portar sempre seu Bastão quando


estiver conduzindo pessoas e/ou acompanhando o Pavilhão Nacional,
podendo circular sem ele quando estiver tomando outras
providências, sendo que, neste caso, deverá fazer a Saudação
sempre que cruzar o eixo da Loja (desde que não esteja portando
algum instrumento de trabalho).
b) Após a formação do Cortejo e seu ingresso no Templo o Ir\
M\ de Ccer\, antes da abertura da Sessão, saudará o Ven\ M\
com um leve meneio de cabeça, após acompanhá-lo até o trono,
verificará se todos estão perfeitamente colocados, postar-se-á entre
CCol\ e com um golpe de Bastão anunciará ao Ven\ M\ que “a
(nome da Oficina e n°) está composta e aguarda vossas ordens”.
c) Na abertura do L\ da L\, o M\ de CCer\ portando o

38
Bastão sobe ao Oriente e conduz o Ex-Ven\ mais recente, se não
estiver ocupando cargo em Loja, ou em sua ausência o Ir\ Orad\ até
o Alt\ dos JJur\.
O M\ de CCer\ ficará atrás do oficiante no Eixo da Loja,
formará uma abóbada triangular com seu Bastão sustentando (por
baixo) os dos DDiác\ por sobre o oficiante, de forma que o ápice da
abóbada fique sobre o L\ da L\.
A leitura do L\ da L\ deverá ser feita somente pelo oficiante,
estando este de pé, sendo vedada a repetição pelos OObr\, assim
como qualquer manifestação no término da mesma.
Terminada a leitura, o oficiante deposita o L\ da L\ sobre o
Alt\, sobrepõe-lhe o Esq\ e o Comp\ e fica à Ordem, a abóbada é
desfeita, mantendo-se todos onde estão até a aclamação; o M\ de
CCer\ e os DDiác\ somente a pronunciam sem fazer qualquer
movimento ou gesto, finda a qual, saindo pelo lado Norte por trás do 1°
Diác\, o M\ de CCer\ conduz o oficiante até o seu lugar e após ser
saudado cumprimenta-o com um leve meneio de cabeça retornando
ao seu lugar.
d) Quando o Ven\M\ determina ao Ir\ M\ de CCer\ que
conduza um outro Ir\ a certo lugar, esse oficial caminhará à frente do
conduzido até o seu destino. Se a determinação for para acompanhar,
o oficial caminhará atrás do convidado.
e) Bolsa de PProp\ e IInf\ - O M\ de CCer\ deverá
conduzi-la segurando-a com ambas as mãos na altura da cintura do
lado esquerdo do corpo, introduzindo dois ou três dedos em sua borda
para mantê-la aberta. Cumprindo a Ritualística própria, constante nos
nossos rituais, o M\ de CCer\ segurando a Bolsa de PProp\ e IInf\
vai postar-se entre CCol\ sem qualquer sinal ou saudação e após
autorização, inicia o giro com formalidades que deve ser cumprido
sem qualquer sinal, paradas ou meneios de cabeça na seguinte ordem
hierárquica:
01) - Grão-Mestre;
02) - Grão-Mestre Adjunto;
03) - Past Grão-Mestre (se estiver presente);
04) - Past Grão-Mestre Adjunto (se estiver presente);
05) - Delegados do Grão-Mestre (e todos que estiverem no trono);
06) - Venerável Mestre;
07) - 1° Vigilante;
08) - 2° Vigilante;

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09) - Orad\;
10) - Sec\;
11) - G\ do Templo;
12) - Todos que estiverem no Oriente;
13) - Os OOf\ e MM\ MM\ da Col\ do S\;
14) - Os OOf\ e MM\ MM\. da Col\ do N\, inclusive o Cob\ Ext\;
15) - Os Companheiros;
16) - Os Aprendizes;
17) - Volta à porta do Templo onde o M\ de CCer\, entrega a Bolsa ao
Guarda do Templo, para em seguida colocar sua proposta.

Em seguida o M\ de CCer\ fecha a Bolsa, retorna para


entre colunas, onde, após anúncio, aguarda ordem para dirigir-se ao
altar do Ven\ M\ a quem entrega a Bolsa permanecendo à Ordem
até recebê-la de volta, vazia, quando coloca-a de volta junto ao
quadril, aguarda o término da conferência e retorna a seu lugar sem
qualquer saudação.
Durante o giro o M\ de CCer\ deve desviar o olhar da bolsa
para não ver o que nela é depositado, e os Ilr\, ao colocarem suas
propostas, não farão qualquer tipo de sinal, nem tocarão o Ir\ M\ de
CCer\, devem apenas colocar a mão direita dentro da bolsa com ou
sem prancha, retornando à posição inicial, ou seja, com as mãos sobre
as pernas.

A CONFERÊNCIA DA BOLSA

Quando da conferência da Bolsa de Propostas e


Informações, os IIr\ Or\ e Sec\, obedecendo ordem do Ven\ M\
sobem os degraus do trono, saúdam o Ven\ M\, e, postando-se à
frente do altar ficam à Ordem ladeando o M\ de CCer\, durante a
conferência da Bolsa. Após o anúncio de seu conteúdo pelo Ven\
M\, saúdam novamente, e, sem qualquer sinal, voltam para seus
lugares.

40
O HOSPITALEIRO

É incumbido de circular com a Bolsa de Beneficência. Sua


circulação é a mesma do Ir\ M\ de CCer\ portando a Bolsa de
Propostas e Informações, sendo que após o giro e cumprida a
Ritualística, deve anunciar e aguardar entre colunas as ordens do
Ven\ M\ para dirigir-se à mesa do Ir\ tesoureiro, para auxiliá-lo na
conferência ou lacrar a Bolsa, após o que, retornará para seu lugar
sem qualquer sinal ou saudação se estiver portando a Bolsa vazia.
Caso contrário deverá fazer a saudação ao cortar o eixo da Loja.

O 1° DIÁCONO

Quando da abertura e fechamento do Livro da Lei, segurando o


Bastão com a mão direita e formando com o antebraço um ângulo de
90° em relação ao corpo, o 1° Diác\ passa entre o Altar do Ven\M\ e
o Altar dos Perfumes, sobe os degraus do Trono, pela esquerda do
Ven\ M\ (lado Sul) cumprimenta-o com um leve meneio de cabeça, e
recebe a P\ S\, transmitida em três movimentos de troca de ouvidos,
começando pelo esquerdo. Assim: o Ven\ M\ dá no ouvido esquerdo
do 1° Diác\ as duas primeiras letras destacadamente, pronunciando
no ouvido direito, da mesma forma as duas últimas, retornando ao
esquerdo pronunciando, agora, as duas sílabas (não as letras).
Recebida a P\S\, o 1° Diác\ desce os degraus do Trono, e
desce do Or\ pelo lado Sul, indo à esquerda do altar do 1° Vig\, a
quem cumprimenta com um leve meneio de cabeça, e transmite a
P\S\ da mesma forma que a recebeu. Depois irá se postar no lado
Norte do Altar dos Juramentos, aguardando para formar a abóbada
juntamente com os Ilr\ M\ de CCer\ e 2° Diác\. Os DDiac\ ao
cruzarem seus bastões, deverão fazê-lo como em um aperto de mãos,
ou seja posicionando-os pelo lado direito do seu opositor.
Ao desfazer a abóbada, aguarda a saída do M\ de CCer\ e
oficiante. Após, dirige-se ao seu lugar e abre o Painel da Loja.
No fechamento do Livro da Lei prossegue com as mesmas
formalidades da abertura, sendo que, no retorno ao seu lugar fecha o
Painel da Loja. É o incumbido de transmitir as ordens do Ven\ M\ aos
VVig\ e OOf\, bem como levar as pranchas da Bolsa de Propostas e
Informações ao Ir\ Sec\ para serem registradas, e os Atos e
Decretos ao Ir\ Orador para leitura.

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O 2° DIÁCONO

Quando da abertura e fechamento do Livro da Lei, o 2°


Diác\, portando o Bastão da mesma forma, vai até o Altar do 1° Vig\,
pela esquerda, saúda-o com um leve meneio de cabeça, recebe a
P\S\, e, sem sinais ou saudações ao cruzar o Eixo da Loj\,
aproxima-se do Altar do 2° Vig\, pela esquerda, faz o meneio de
cabeça, e transmite a P\S\, da mesma forma que a recebeu. A
aproximação dos Diáconos dos AAlt\ dos VVig\ é feita sempre pelo
lado esquerdo, que é o lado do coração (fraternidade). Em seguida,
obedecendo à circulação em Loja, sem qualquer sinal ou saudação,
passa pelo Norte por trás do 1° Diác\, Grade do Oriente e vai ficar
junto ao lado Sul do Alt\ dos JJur\, aguardando para formar a
abóbada juntamente com os lIr\ M\ de CCer\ e 1° Diác\. Ao
desfazer-se a abóbada, aguardará a saída do M\ de CCer\, oficiante
e 1° Diác\ quando, conjuntamente, retomará diretamente ao seu
lugar.
É o encarregado de executar e transmitir as ordens do 1°
Vig\ e por ordem deste, fazer que todos nas CCol\ se conservem
com respeito, disciplina e ordem.
O 1° Vig\, ao perceber a imperiosa necessidade de chamar a
atenção de algum obreiro que não estiver se comportando
convenientemente, perturbando com sua atitude o bom andamento
dos trabalhos, deve, discretamente, chamar o 2° Diác\, e mandar que
ele vá chamar a atenção do obreiro, lembrando-lhe de que deve
proceder de forma mais discreta possível. O 2° Diác\ pega o seu
bastão e sem qualquer sinal ou saudação, dirige-se ao obreiro, e com
a maior discrição possível, educadamente em seu ouvido, pede para
que se componha com respeito, no que deve ser obedecido
imediatamente, sem justificativas. Após, o 2° Diác\ retorna ao seu
lugar sem qualquer sinal ou saudação.
A não obediência a esta observação pode provocar a
cobertura do Templo para o Obreiro, que será sempre pelo Ven\ M\.

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O ORADOR

O Orad\ é o principal responsável pelo fiel cumprimento das


disposições legais, competindo-lhe, entre outras, as seguintes
atribuições: saudar os visitantes, ler os Atos e Decretos do Grão-
Mestre, solicitar a palavra para ser esclarecido, em qualquer fase da
discussão, pedir adiamento da votação de qualquer matéria em
debate e apresentar as conclusões sobre toda matéria em debate.
O Orad\ não poderá discutir a matéria em debate, sem
transferir o cargo ao substituto legal, ou, na falta, a quem o Ven\
designar, só voltando a ocupar o cargo depois de votada a matéria em
discussão.

O LIVRO DE PRESENÇAS

O livro de presenças deve ser assinado na Sala dos Passos


Perdidos e nunca durante a sessão, evitando assim a quebra de
harmonia da Oficina com a circulação do mesmo. Para que ninguém
fique sem apor a sua assinatura no livro de presenças, recomenda-se
que o Venerável Mestre faça o seu encerramento após o término da
sessão e após colher todas as assinaturas fora do templo.

OS VISITANTES

Todos os Irmãos regulares têm o direito de visitar as Lojas


regulares obedientes às GGr\ LLoj\ do Brasil, sujeitando-se, porém,
às prescrições do trolhamento e às disposições disciplinares
estabelecidas pela Loja visitada, em cujo Livro de Registro de
Visitantes gravarão seu “NE VARIETUR”, depois de apresentarem os
documentos de sua regularidade Maçônica. Em sessão, sentar-se-ão
nos lugares que lhes forem indicados pelo M\ de CCer\.
Os Ilr\ visitantes com direito a saudações honoríficas devem
ser recebidos conforme o estabelecido no Ritual Especial adotado
pela GLOMARON.
Nas visitas coletivas ou individuais a uma Loja, serão,
obrigatoriamente, feitas ao Visitante as seguintes perguntas, entre
Colunas, depois da saudação às Luzes:

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TROLHAMENTO:

Ven\M\ - Sois Maçom?


Vis\ - MM\II\C\T\M\RR\
Ven\M\ - De onde vindes?
Vis\ - De uma Loja de S. João, Justa e Perfeita.
Ven\M\ - Que trazeis?
Vis\ - Amizade, paz e votos de Prosperidade a todos os irmãos.
Ven\M\ - Nada mais trazeis?
Vis\ - O Ven\ M\ de minha Loja v\ s\ p\ t\v \t\
Ven\M\ - Que se faz em vossa Loja?
Vis\ - Levantam-se Templos à virtude e cavam-se masmorras ao
vício.
Ven\M\ - Que vindes fazer aqui?
Vis\- Vencer as minhas paixões, submeter a minha vontade e fazer
novos progressos na Maçonaria, estreitando os laços de fraternidade
que nos unem como verdadeiros Irmãos.
Ven\M\ - Que desejais?
Vis\- Um lugar entre vós.
Ven\M\ - Este vos é concedido. - Ir\ M\ de CCer\, conduzi o
nosso Irmão ao lugar que lhe compete.

Só devem ser admitidos como Visitantes os Irmãos que


exibam seus documentos de regularidade e que se mostrem, pelo
trolhamento, perfeitos conhecedores dos SS\ TT\ e PP\, além da
Pal\ Sem\, salvo se já forem conhecidos, pelo menos de dois
Obreiros, que por ele se responsabilizarão.
Quando um visitante for conhecido e já tenha visitado a Loja,
pode o Ven\ M\ conceder permissão para ele entrar conjuntamente
com os demais Membros do quadro da Loja.
O Ir\ Chanceler deve cobrar dos visitantes, ainda na sala
dos P\ Perdidos, a sua carteira de identidade maçônica, bem como a
palavra semestral, e comunicar ao Ven\ M\ qualquer irregularidade
detectada.
Em Loja, os visitantes sentar-se-ão nos lugares que lhe forem
indicados pelo M\ de CCer\. Em se tratando de Ven\ M\ ou M\
I\, será conduzido ao Oriente onde tem assento.

44
Convém lembrar que é no grau de aprendiz que deve haver
todo o rigor, pois os mistificadores são, nesse grau, em maior
quantidade.
Nas sessões conjuntas serão considerados visitantes
apenas os presentes que não pertençam ao quadro das duas (ou
mais) lojas que se reúnam em conjunto. Nestas sessões recomenda-
se a confecção de um único livro de presença e uma única ata, os
quais devem ser compartilhados pelas duas (ou mais) lojas.

CADEIA DE UNIÃO

Consiste na formação de um círculo com os membros


regulares e ativos da Loja, dando-se mutuamente as mãos, com os
braços cruzados (o D\ sobre o E\), calcanhares unidos e as pontas
dos pés tocando as dos Ilr\ ao lado.
Tem por finalidade o estreitamento dos laços de
Fraternidade, a união de pensamentos e sentimentos, a invocação do
auxilio do G\ A\ D\ U\, a transmissão do desejo de saúde a alguém
e, principalmente, para transmissão da Pal\ Sem\ pelo Ven\ M\.
A Cadeia de União é formada após o fechamento do L\ da
L\ e antes do Jur\ de sigilo, da seguinte forma: O Ven\ M\ no eixo
da Loja e de frente para o Altar dos Juramentos é ladeado pelos Ilr\
Orador à direita e pelo Secretário à esquerda. À sua frente, no lado
oposto do círculo, estará o M\ de CCer\, ladeado pelo 1° Vig\ ao
Norte e 2° Vig\ ao Sul. Os demais Ilr\ complementam a Cadeia de
União.
Após alguns momentos de profundo silêncio e reflexão, ou
meditação e recolhimento, são feitas as manifestações desejadas,
após o que, se elevam e abaixam os braços (que estarão cruzados)
por três vezes exclamando em todas elas “SAÚDE, SABEDORIA E
SEGURANÇA”. Desfeita a Cadeia de União, todos voltam aos seus
lugares para dar prosseguimento ao encerramento dos trabalhos,
segundo a ritualística, sempre obedecendo à circunvolução.

A PALAVRA SEMESTRAL

É estabelecida pela C.M.S.B. (Confederação da Maçonaria


Simbólica do Brasil) que a comunica, por escrito, através de prancha, a
todas as Grandes Lojas brasileiras (e somente a elas). É transmitida
aos VVen\ MM\ pela forma estabelecida nas Legislações. É

45
uniforme para todas as Lojas Regulares Jurisdicionadas às Grandes
Lojas e renovadas semestralmente. Após a sua transmissão, a
Palavra Semestral é destacada da prancha que a comunica e é
incinerada pelo Ven\ M\ na pira, colocada entre colunas, no interior
do Templo e, à vista de todos.
É transmitida somente aos Ilr\ regulares do quadro da Loja,
em Cadeia de União, ocasião que se deve cobrir o Templo aos demais
Ilr\.
Formada a Cadeia de União para transmitir a Pal\ Sem\,
após alguns segundos de profundo silêncio e reflexão, o Ven\ M\
sussurra a Palavra no ouvido esquerdo do Orador e no ouvido direito
do Secretário que, de forma idêntica a transmitirão ao Ir\ que estiver
ao seu lado até chegar aos ouvidos do M\ de CCer\ através dos
VVig\.
Recebendo a Palavra Semestral, o M\ de CCer\ une as
mãos dos Vigilantes e vai (por dentro do círculo) levá-la aos dois
ouvidos do Ven\ M\ (conforme recebida) que, considerando-a
correta, inclusive coincidindo a da direita com a da esquerda,
determina ao M\ de CCer\ que retorne ao seu lugar, após o que diz
“Meus Irmãos, eu vos comunico que a Palavra está correta.
Conservemo-la em segredo como penhor de nossa Regularidade”. Se
estiver incorreta ou se não houver coincidência, deverá ser transmitida
novamente, quantas vezes for necessário.
Após a comunicação de sua Regularidade, todos elevam e
abaixam os braços (que estarão cruzados) por três vezes exclamando
em todas elas - SAÚDE - SABEDORIA - SEGURANÇA.
Desfeita a Cadeia de União, todos voltam aos seus lugares
para complementação do encerramento dos trabalhos, segundo a
ritualística e a circunvolução.
A Pal\, quando pedida para atestar a Regularidade, deve ser
pronunciada pelo Maçom inserida em uma frase, podendo o mesmo
exigi-la de seu interlocutor para poder conhecer a própria
Regularidade da Loja que o mesmo está visitando.
Os Ilr\ faltosos devem solicitar ao Ven\M\ a Pal\ Sem\ a
qual, no caso de serem muitos, deve ser dada em Nova Cadeia de
União ou excepcionalmente pelo Ven\ diretamente no ouvido esq\
do Obreiro. Se este for M\M\ a mesma será transmitida no Oriente.

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O PAVILHÃO NACIONAL

O Pavilhão Nacional e as demais bandeiras quando usadas em


eventos fora do Templo (auditórios, por exemplo), deverão seguir a
disposição constante nas recomendações da Lei Federal nº 5700 de
1º de setembro de 1971 e pelo Decreto n.º 70274, de 9 de maio de
1972, ou seja:
a) Montagem de duas bandeiras: (BRASIL - GLOMARON);
b) Montagem de três bandeiras: (ESTADO - BRASIL - GLOMARON);
c) Montagem de quatro bandeiras: (MUNICÍPIO - BRASIL - ESTADO –
GLOMARON);
d) Montagem de cinco bandeiras: (MUNICÍPIO - PAÍS VISITANTE -
BRASIL - ESTADO – GLOMARON).
Sempre vistas nesta ordem por quem as observa. Quando
utilizado a noite, o mesmo deverá estar sempre iluminado.
O tributo de honra prestado à Bandeira Nacional é um ato
cívico inserido na Ritualística Maçônica. Nas datas nacionais a
Bandeira deve ser hasteada na fachada do Templo, permanecendo
nas outras ocasiões em um nicho apropriado, na sala dos Passos
Perdidos, e somente introduzida no Templo nas Sessões Magnas
e/ou Brancas, sendo vedado o seu uso nas Sessões Econômicas.
Sua entrada deve ser feita sempre de forma solene e após
todos se encontrarem no Templo (visitantes e autoridades civis e
maçônicas). Sua retirada é sempre inversa, ou seja, sempre é a
primeira a sair.
Deve-se proceder da seguinte forma: encontrando-se todos
no templo o Ven\ M\, após a leitura do expediente, determinará ao
M\ de CCer\ que forme uma Guarda de Honra com dois MM\ MM\
armados de espadas e convide o Ir\ P\ Band\ para a introdução da
Bandeira Nacional. Os Ilr\ convidados para compor a guarda de
honra se retiram diretamente para a sala dos passos perdidos. Em
seguida o Ir\ M\ de CCer\ convida o Ir\ P\ Band\ que o faz da
mesma forma. Os IIr\ citados retiram-se até o nicho de onde o P\
Band\ retira-a com a Mão direita, colocando-a no talabarte, que deve
estar junto ao quadril direito. A Guarda de Honra portando a espada
com a mão direita, punho da espada colada ao quadril direito,
direcionando a lâmina verticalmente para cima, colada ao ombro
direito, deve postar-se um passo atrás do P\ Band\, formando com
ele um triângulo.
Assim, formado o préstito precedido pelo Ir\ M\ de CCer\
que, na porta, avisa o Guarda do Templo, que, por sua vez, comunica
ao Ven\ M\ que o Ir\ M\ de CCer\, conduzindo o préstito com o

47
Pavilhão Nacional encontra-se à entrada da Porta do Templo. Este
determinará que todos fiquem de Pé e Perfilados, e autorizará a
entrada.
O Préstito adentra ao Templo e se posta entre CCol\, com o
M\ de CCer\ colocando-se discretamente atrás da Guarda.
Observar que, quando em movimento, o P\ Band\ deve manter o
mastro, levemente, inclinado para trás sobre o seu ombro direito,
mantendo a Bandeira junto ao mastro e cobrindo parte do seu ombro.
Quando parada, a Bandeira tem duas posições: a de descanso, com o
mastro no chão sem estar desfraldada, ou colocada no talabarte,
altiva e desfraldada para a execução do Hino Nacional,
permanecendo o seu mastro na vertical (pois o pavilhão jamais deverá
decair ou se inclinar em nenhuma circunstância, mantendo sempre a
sua altivez).
Após o P\ Band\ se colocar em posição, executa-se o Hino
Nacional, que deverá ser executado em obediência à Lei nº 5.700 de 1
de setembro de 1971. Quando executado orquestrado deverá ser sem
repetição, ou seja, só a primeira parte. Quando cantado deverá ser
executado na íntegra. Findo o Hino, o P\ Band\, precedido pelo Ir\
M\ de CCer\ e seguido da Guarda de Honra conduz o pavilhão ao
seu lugar, ou seja, ao Oriente, junto à Grade do Norte, local de maior
destaque. Nesse momento, recebe uma bateria incessante e é
desfeita a Guarda de Honra.
Sua saída é feita em ordem inversa, logo após a Pal\ a Bem
da Ord\ em Geral e do Quad\ em Particular. O Ven\ M\
determinará que forme uma Guarda de Honra e convide o P\ Band\
para portá-la, postando-se novamente a Guarda de Honra a um passo
atrás e formando com o P\ Band\ um triângulo. Todos devem se
portar da mesma forma da entrada do mesmo.
Quando alguém for designado pelo Ven\ M\ para fazer a
Saudação do Pavilhão, nesse momento o fará. O P\ Band\ deverá
mantê-la desfraldada enquanto durar a saudação. A Guarda de Honra
durante a execução do hino, acompanhamento e saudação ao
Pavilhão Nacional, deverão manter suas espadas coladas ao quadril
direito com a ponta para cima. Os Irmãos que portam espadas e não
fazem parte da Guarda de Honra, deverão abater as suas espadas
(incliná-las para o chão com as pontas a aproximadamente 30cm do
mesmo). Observando-se que ninguém, sob qualquer pretexto, poderá
tocar nem beijar a Bandeira.
Após a saudação, o Pavilhão Nacional será conduzido,
vagarosamente para fora do Templo (sem nenhuma parada ou
volteio), sob os acordes do Hino à Bandeira, que se interromperá no

48
momento em que ela ultrapassar a porta do Templo, quando
receberá uma bateria incessante.

Forma correta para transportar o Bandeira desfraldada para a


Pavilhão Nacional. execução do Hino Nacional ou
Saudação.
OS SINAIS

a) Sinal de Ordem e Saudação.

Tem como princípio básico corpo ereto, altivo, respeitando-se


rigorosamente o E\ o N\ e o Pr\ Desta forma, só podem ser
realizados quando o Obreiro estiver de pé e parado ou praticando a
Marcha Ritualística.
Portanto, os Sinais e Saudações jamais podem ser feitos por
quem esteja sentado, andando ou portando instrumentos de trabalhos
(Malhetes, Bastões, Espadas, Livros e etc.). Os Sinais e Saudações
são executados conforme prescrito nos Rituais dos respectivos Graus.
O Ven\ M\ e os VVig\, respondem às Saudações com um leve
meneio de cabeça.

b) Sinal de Aprovação, de Agradecimento e Juramento.

Utilizado nas votações em Loja para manifestar a


concordância do obreiro com o assunto em pauta. É feito estendendo-
se o braço direito para frente, em linha reta, fazendo 90º com o tórax e,

49
com a palma da mão voltada para baixo, com os dedos unidos
formando esquadria com o polegar.

c) Sinal de Abstenção.

O Obreiro fica de pé e à Ordem.

d) Sinal de Reprovação ou Rejeição.

Utilizado nas votações em loja para o Obreiro manifestar o


desejo de Reprovar ou Rejeitar o assunto em pauta. É feito com o
obreiro permanecendo sentado e batendo com as duas mãos sobre as
pernas.

f) Sinal de Satisfação.

Quando o Venerável Mestre pergunta “se todos estão


satisfeitos” deve-se bater com a palma da mão direita sobre o avental
(se estiverem satisfeitos). Excetuando-se o Ven\ M\ e os VVig\.

A LEITURA DE ATOS E DECRETOS DO GRÃO-MESTRE

Quando da leitura de atos e decretos do Gr\ M\, pelo Ir\


Orad\, o Ven\M\ interroga o Ir\ Sec\ se existe Atos ou Decretos
do Gr\ M\. Em caso positivo, deverá colocar a Loj\ de Pé e à Ordem
e em seguida autorizar a desfazer o Sinal de Ordem, quando for o
caso. Os Decretos serão lidos estando todos de Pé e à Ordem.

PRANCHA OU COLUNA GRAVADA

É toda carta, ofício, indicação, moção, requerimento ou


comunicação escrita. Nela deve constar, obrigatoriamente, como
cabeçalho, a expressão maçônica “A GLORIA DO GRANDE
ARQUITETO DO UNIVERSO”, por extenso ou como
costumeiramente se usa nas abreviaturas maçônicas..

AS MANIFESTAÇÕES

Os Obreiros devem se manifestar pela palavra. Nunca com


estalar de dedos ou roçar de pés no chão. A palavra, porém, só deve
ser pedida no momento adequado.

50
A ACLAMAÇÃO

É feita por determinação do Ven\ M\, na abertura e


encerramento dos trabalhos, após a leitura do Livro da Lei, estando
todos com o Sinal de Ordem, pronunciando-se HUZZÉ! HUZZÉ!
HUZZÉ!

A COMPOSIÇÃO DA LOJA

Na Sala dos PP\ PP\ o Ir\ M\ de CCer\ distribui os


Cargos e Colares correspondentes, bem como designa Irmãos para
ocuparem os cargos porventura vagos. Quando estiverem presentes
Mestres Maçons, os Companheiros e Aprendizes Maçons não
deverão ocupar cargos.
O Ven\ M\ será substituído, na sua falta ou impedimento, na
ordem de nomeação, pelos seguintes membros: 1º Vig\, 2º Vig\, Ex-
Ven\ mais moderno. Excetuam-se as sessões Magnas de Iniciação,
Elevação e Exaltação, nas quais o Ven\ M\ só poderá ser
substituído por um Mestre Instalado.
Na ausência dos VVig\ de ofício, quem os substituem são os
IIr\ EExp\.

OS CARGOS EM LOJA

Nas reuniões da Loja, as LLuz\ devem ser obrigatoriamente


MM \ MM \ . Os demais cargos devem ser preenchidos
preferencialmente por MM\ MM\. De acordo com as necessidades
das OOf\, os CComp\ e Apr\ poderão ocupar cargos, desde que o
façam no Ocidente.
Os cargos situados no Oriente, como o de Orador, Secretário
e 1º Diácono poderão ser acumulados pelas Luzes, ou ocupados por
CComp\ e AApr\ que neste caso deverão permanecer em suas
Colunas.
Na abertura dos trabalhos, estando o cargo de 1º Diácono
ocupado por Comp ou Apr\, o Ven\ deverá ir até a Grade do Oriente
para transmitir a P\ S\.
O Cargo de M\ de CCer\, quando ocupado por Comp\ ou
Apr\, este só terá acesso até a Grade do Oriente.

51
A ENTRADA DE RETARDATÁRIOS

Não será permitido o ingresso de qualquer Irmão, durante a


Cerimônia de Abertura dos Trabalhos.
O retardatário deverá dar a “Batida Maçônica” e aguardar.
Como resposta, o G\ do Temp\ dará uma batida com o punho da sua
espada, e, no momento oportuno, tendo o cuidado para não
interromper nenhum procedimento ritualístico, anuncia: “Irmão 1º
Vig\, maçonicamente batem à porta do Templo”. O 1º Vig\ comunica
ao Ven\ Mestr\, que solicitará ao G\ do Temp\ ou ao M\ de
CCer\ para verificar quem é o retardatário. Caberá ao Ven\ autorizar
ou não o ingresso do retardatário.
Caso o retardatário não seja Irmão do Quadro, deverão ser
aplicados os critérios estabelecidos no item “Entrada dos Visitantes”.
Estando entre CCol\, o retardatário aguardará autorização do
Ven\ M\ para apor seu nome no Livro de Presenças e ocupar o seu
lugar.
Quando os cargos de Loja estiverem sendo ocupados por
Companheiros e Aprendizes Maçons, a critério do Ven\ M\, deverão
ser substituídos, pela ordem hierárquica, por Mestres Maçons
retardatários do Quadro da Loja.
Não é permitido ao M\ de CCer\ circular com o Livro de
Presenças durante a Sessão para obter assinaturas. Os IIr\ deverão
fazê-lo, obrigatoriamente, na S\ dos PP\ PP\, antes de adentrarem
ao Templo, junto ao Ir\ Chanc\.
Os obreiros retardatários deverão adentrar ao Templo
obrigatoriamente “com formalidades”, ou seja, executarão a Marcha
Ritualística, respondendo, também às perguntas formuladas pelo
Ven \ M \ (trolhamento), devendo aguardar entre CCol \ a
autorização para ocupar seu lugar.
O Ven\ M\ poderá, em circunstâncias excepcionais,
dispensar o cumprimento desta formalidade. Neste caso o Obreiro
adentra o Templo com passos naturais, se posta entre CCol\, saúda
as LLuz\, e em seguida fica à Ordem aguardando autorização do
Ven\ M\ para ocupar seu lugar.
Após a abertura dos trabalhos, sempre que um VVen\ MM\
ou MM\ II\ for ingressar no Templo, sem formalidades, os Irmãos em
Loja, de Grau inferior, deverão se postar de Pé e à Ordem para
recepcionar o mesmo.

52
Quando o retardatário for um Of\ da Loja, o mesmo não
poderá assumir seu lugar de ofício ocupado por outro M\ que o
substitua, para não perturbar a ordem dos trabalhos, uma vez que o
seu substituto já está no desempenho das funções e, para que ocorra
a substituição, seria necessário a interrupção dos trabalhos. A única
exceção se faz às LLuz\ da Loja.

A PALAVRA EM LOJA

PODE SER USADA PARA:


a) Conforme previsto na Constituição e Regulamento Geral
da GLOMARON.

b) A Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular - a


palavra neste caso só pode ser usada para comunicar assuntos de
interesse Geral da Ordem e também da Loja.
Toda e qualquer matéria que possa ser encarada como
proposta, que seja passível de discussão, ou que informe dados de
precisão considerável, deverá ser incluída na Ordem do Dia por escrito
e de acordo com o Ven\ M\ e Secretário, que a organizará antes do
início dos trabalhos.
A palavra é concedida em sequência: primeiro para a Col\ do
S\, depois para a Col\ do N\ e finalmente para os que estão no
Oriente. A palavra não poderá retornar, salvo por deferência especial
do Ven\ M\ ou a pedido do Orador para esclarecimento ou
saneamento de dúvidas. Neste caso, a palavra circulará na mesma
ordem.
O pedido da palavra se fará batendo uma palma, e ficando o
Obreiro em Pé e à Ordem, posição em que aguardará a autorização
para falar.
O Vig\ comunica ao Ven\ M\ que um Obreiro ou vários
Obreiros querem fazer uso da palavra. O Ven\ M\ autorizará o Vig\
da Col\ a conceder a palavra ao Obreiro, procurando manter na
concessão da palavra a ordem hierárquica inversa dos Irmãos.
Após autorização o Obreiro estando de Pé e à Ordem deverá
obrigatoriamente, fazer a saudação usando as expressões ou
tratamentos constantes nos Rituais não mais que por 3 (três) minutos.

53
As saudações devem obedecer a seguinte ordem:
1) - Ser\ Grão-Mestre;
2) - Emin\ Grão-Mestre Adjunto;
3) - Past Grão-Mestre;
4) - Past Grão-Mestre Adjunto;
5) - Delegado do Grão-Mestre;
6) - Venerável Mestre;
7) - 1º e 2° Vigilantes;
8) - MM\ II\ e Autoridades Maçônicas (Grandes Secretários);
9) - Demais Obreiros.
O Vigilante é sempre o último de sua Coluna a fazer uso da
Palavra e deverá pedi-la com um golpe de Malhete, e aguardar a
concessão da mesma forma.
No Oriente o Ven\ M\ é o último a usar a Palavra (quando
não estiver presente o Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto, Past Grão-
Mestre e Past Grão-Mestre Adjunto ou Delegado do Grão-Mestre),
ocasião em que eles serão, pela ordem, os últimos a falarem.
O Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto, Past Grão-Mestre,
Past Grão-Mestre Adjunto, Delegado do Grão-Mestre, o Ven\ M\, os
VVig\, o Orador (na conclusão dos trabalhos e nas conclusões sobre
matéria a ser votada na Ordem do Dia), o Secretário na leitura da Ata
ou do Expediente e os MM\ II\ quando não estiverem ocupando
cargos, podem falar sentados.
O Ven\M\ somente concederá a fala com liberdade de
movimentos, aos IIr\ MM\ II\, Autoridades Maçônicas e aos que,
por força de sua função, necessitarem manusear papéis ou
instrumentos de trabalho durante a sua fala.
Nas Sessões Magnas a Palavra será sempre sobre o Ato
realizado, não sendo cabível qualquer outro assunto.

c) Palavra na Ordem do Dia - Obedece às mesmas


formalidades já citadas anteriormente e só poderá ser usada por 3
(três) minutos, no máximo, sendo que ninguém poderá falar mais de
uma vez sobre a matéria em debate, exceto os autores das propostas,
os relatores das Comissões e o Orador, nos casos em que se fizerem
necessários esclarecimentos.
O Obreiro que manifestar o desejo de falar, contrariando
disposição Regulamentar, depois de advertido será convidado a
silenciar. Se, apesar dessa advertência, insistir em falar, o Ven\ M\
mandá-lo-á cobrir o Templo.

54
Quem estiver com a Palavra não pode:
1) Desviar-se da questão em debate;
2) Falar sobre matéria vencida;
3) Usar linguagem imprópria;
4) Ultrapassar o tempo a que tem direito;
5) Fazer ataques pessoais;
6) Deixar de atender advertências;
7) Aparte só pode ser feito com a permissão de quem está com a
palavra, e, se concedido, deve ser objetivo, não podendo ultrapassar
um minuto, deduzindo do que é permitido àquele que o concedeu.

Quando do encaminhamento da votação e nas conclusões


do Orador não são permitidos apartes.

d) Palavra por uma Questão de Ordem - É a palavra que se


pede para ponderar sobre preterição de formalidades ou suscitar
dúvidas sobre interpretações do Regulamento Geral, para dirigir
comunicação ou pedir esclarecimentos sobre matéria em debate.
Neste caso a palavra é pedida e concedida com as mesmas
formalidades já citadas, não podendo o Obreiro falar mais de uma vez.
Neste caso a palavra só poderá ser concedida pelo Ven\ M\

e) Palavra entre Colunas - Poderá ser concedida pelo Ven\


M\ desde que solicitada com antecedência (antes do início dos
trabalhos), sendo obrigatoriamente necessário levar ao conhecimento
do Ven\ M\ o assunto que será tratado.
A palavra entre Colunas poderá ser solicitada por Obreiros
que quiserem prestar algum esclarecimento de assuntos graves ou
protestos a fazer, não desejando ser interrompido por apartes.
Deverá sempre ser respeitado o Grau dos lIr\ envolvidos na
situação.

AS FESTAS

Além dos dias festivos, prescritos pelos regulamentos das


Grandes Lojas e das Lojas, todos os membros devem se reunir em
banquete Maçônico nos dias 21 ou 22 de Junho (Solstício de Inverno)
e 21 ou 22 de Dezembro (Solstício de Verão). Deve-se consultar o
calendário do ano corrente para ver a data correta, visto que a data
não é fixa. Havendo impedimento sério, o banquete poderá ser
realizado em outro dia, próximo à data.

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BANQUETES

Os banquetes se realizarão sempre no grau de Aprendiz


Maçom para que todos os membros da Loja possam dele compartilhar.
A sala em que se realizar deve ficar ao abrigo das vistas profanas.
A mesa, sempre que possível, será uma única, em forma de
ferradura, com a face interna livre, por onde se fará o serviço. Os
irmãos sentar-se-ão em torno, pelo lado externo, ficando o Ven\ M\
no centro, o 1o Vig\ na extremidade do Norte e 2o Vig\ na do Sul. À
direita e à esquerda do Ven\ M\ ficam os convidados. O Orador
senta-se ao Sul, em seguida ao 2o Vig\. O Secretário, ao Norte, logo
depois do 1o Vig\. O M\ de CCer\, para maior regularidade e ordem,
fica à direita do 1o Vig\, na face interna da mesa. Os demais oficiais e
irmãos não têm lugares fixos.
Se, porém, a mesa não comportar na face externa todos os
presentes, poderão se sentar os Irmãos no lado interno,
equitativamente distribuídos a partir dos VVig\.
Todos os objetos de mesa deverão ser colocados em fila
a
equidistantes e paralelas. A 1 , mais próxima dos Irmãos, de pratos e
a a a
talheres; a 2 , de copos e taças; a 3 , de garrafas e a 4 , de flores e
enfeites, etc.
Em todos os banquetes há brindes obrigatórios, sendo o
primeiro feito pelo Ven\ M\, a cujo critério fica o início dos brindes,
que serão anunciados, após um golpe de malhete. Os demais brindes
serão anunciados pelo M\ de CCer\. Se houver algum brinde
especial, este será feito logo depois do 2o.
O anúncio dos brindes feito pelo Ir\ M\ de CCer\ será o
seguinte: O Irmão F. . . . vai levantar o brinde em honra a . . . .
Durante os brindes cessam as mastigações. Os brindes
obedecerão à seguinte ordem que não poderá ser alterada:
1o – Ao Chefe da Nação e ao Governo, pelo Ven\ M\.
2o – À Sereníssima Grande Loja e a seu Grão-Mestre, por um Irmão.
o
3 – À Loj\ e a seu Ven\ M\, por um Irmão.
4 – Aos Irmãos 1o e 2o VVig\, por um Irmão
o

5o – Aos Irmãos Visitantes e às Lojas da Obediência, pelo Orad\.


6o – Aos Oficiais e demais Irmãos da Loja, por um Irmão.
o
7 – Aos Irmãos infelizes e sofredores espalhados pela superfície da
terra, pelo mais moderno Irmão do quadro.
O Ir\ designado à levantar o brinde, erguerá a sua taça e

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exclamará: Hip! Hip!. Os Irmãos que acompanham o brinde, erguem
suas taças e exclamam: Hurra!. Este gesto é repetido por três vezes a
cada brinde.
O último brinde, porém, será anunciado com todas as
formalidades pelo Ven\ M\ e VVig\, devendo, durante ele, reinar o
mais absoluto silêncio. O Ir que o fizer, falará detrás da cadeira do
Ven\ M\. Terminada essa oração, findará o banquete em absoluto
silêncio.

ORDEM DOS TRABALHOS

A ordem a ser observada, rigorosamente, nos trabalhos de


uma Loja Simbólica é a seguinte:

1 – Entrada no Templo.
2 – Abertura ritualística.
3 – Leitura do Balaústre (ata) seguida de observações e aprovação.
4 – Leitura do expediente, a que o Ven\ M\ dará destino conveniente
e sobre o qual não haverá discussão. Do expediente farão parte os
Decretos e Atos do Grão-Mestrado da Gr\ Loj\, sendo os Decretos
lidos pelo Orador, ficando todos de pé e à ordem;
5 – Entrada de Visitantes.
6 – Entrada do Pavilhão Nacional (Sessões Magnas e/ou Brancas)
7 Bolsa (saco) de Propostas e Informações.
8 Ordem do dia, previamente organizada pelo Secretário, ouvido o
Ven\ M\, constando de:
Deliberações sobre o produto da Bolsa de Propostas e Informações;
Apresentação, discussão e votação de petições, pareceres, teses e
etc;
Assuntos dependentes de discussão e aprovação, pedidos de
aumento de salários e etc.;
Instruções, Leituras de PPeç\ de Arq\, apresentação de trabalhos
diversos, palestras e práticas ritualísticas;
Apreciação, discussão e votação sobre pedidos de sindicância
preliminar;
Apreciação, discussão e votação sobre processos de Iniciação,
Regularização e Filiação;
Escrutínios secretos para admissão de membros (quando houver);
Exames sobre o conhecimento do Grau para efeito de aumento de
salário;

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Iniciações, Elevações, Exaltações, Filiações e Regularizações,
Instalações e Posses, Reconhecimento Conjugal, Adoção de
Lowtons; e
Outros, constantes do Regulamento Geral da GLOMARON,
previamente agendados pelo Ven\M\.
9 Tronco de Solidariedade.
10 Palavra à Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular.
11 – Saída do Pavilhão Nacional (Sessões Magnas e/ou Brancas)
12 Encerramento ritualístico dos trabalhos.
13 Cadeia de União, quando houver necessidade.
14 – Juramento de segredo e saída do Templo

Em todas as partes dos trabalhos deverão ser observados


rigorosamente os rituais.
Nas iniciações devem ser evitados trotes não condizentes
com os postulados maçônicos ou que firam de alguma forma as
legislações e ensinamentos da nossa sublime ordem, bem como
possa trazer algum risco à integridade física ou moral dos candidatos.
Nenhum Irmão poderá retirar-se do Templo, sem a devida
permissão do Ven\ M\ e sem antes colocar o seu óbolo na Bolsa de
Beneficência para o Tronco de Solidariedade e fazer o juramento.
Nas sessões, sempre que os trabalhos forem suspensos
para se recepcionar profanos, deve-se fechar o Livro da Lei e o Painel
do Grau, e os profanos devem ocupar assento o mais longe possível
da Grade do Oriente, exceto nas sessões especiais em que já constam
nos rituais.

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ORDEM DO DIA

A ordem do dia deverá ser planejada sempre com


antecedência, e deverá, obrigatoriamente, ter um tempo para estudo.
Este tempo de estudo servirá para debater sobre Peças de
Arquitetura, Instruções do Grau, Legislações Maçônicas, Rituais
Especiais, Palestras e etc. Quando não houver nada programado para
a Ordem do Dia, a mesma deverá ser preenchida com uma instrução
do grau, como forma de relembrar nossos ensinamentos. A Ordem do
Dia jamais poderá ser utilizada para debater assuntos administrativos
e outros que não sejam ritualísticos.
Toda e qualquer matéria só poderá ser incluída na Ordem do
Dia após expressa autorização do Ven\ M\, sendo o Secr\ o
responsável pela organização dos assuntos a serem apresentados.
A Palavra, nos assuntos da Ordem do Dia, obedece às
formalidades de pedido e só poderá ser usada por cinco minutos,
prorrogados, a critério do Ven\ M\, por mais três minutos, no
máximo.
Ao fazer uso da palavra, o Obreiro não poderá:
a) desviar-se da questão em debate;
b) falar sobre matéria vencida;
c) usar linguagem imprópria;
d) ultrapassar o tempo a que tem direito;
e) fazer ataques pessoais.

O Obreiro que manifestar o desejo de falar, contrariando


disposição regulamentar, depois de advertido, será convidado a
silenciar-se. Se, apesar dessa advertência, insistir em falar, o Ven\
M\ poderá mandá-lo cobrir o Templo.
Ninguém poderá falar mais de uma vez sobre a matéria em
debate, exceto os autores das propostas, os relatores das Comissões
e o Orad\, nos casos em que se fizer necessário.
Quando do encaminhamento da votação e nas conclusões do
Orad\, não são permitidos apartes.
Os assuntos tratados na Ordem do Dia não poderão ser
retomados na Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em
Particular, sob pena de o Obreiro infrator ter a palavra cassada pelo
Ven\ M\.

59
ORNAMENTAÇÃO DO TEMPLO

As Lojas devem possuir e manter sempre à disposição todo o


material necessário às Sessões Econômicas, Especiais, Brancas e ou
Magnas, bem como aqueles necessários à recepção de autoridades.
Deverá ser disposto junto às velas de cera amarela um abafador para
o apagamento destas ao final dos trabalhos, não se admitindo o toque
com as mãos ou sopro para a extinção da chama.
O Ir\ Arq\ é o encarregado da ornamentação do Templo e
deve indicar os IIr\ para auxiliá-lo. Deverá distribuir nos respectivos
lugares, os Instrumentos de Trabalhos: Os Malhetes, Rituais, Código
das Legislações Maçônicas, Carta Constitutiva, Bolsa de Propostas e
Beneficência, Painel da Loja, Livro da Lei, perfumes e todos os
instrumentos necessários para as Sessões Magnas e Econômicas.
O Ir\ Arq\ é quem deve acender as Luzes e/ou velas de cor
amarela dos AAlt\ antes do início dos Trabalhos. As luzes deverão ser
dispostas nos AAlt\ do Ven\M\, 1º Vig\ e 2º Vig\ no total de uma
em cada Alt\.
O Ir\ M\ de Harm\ deve deixar preparada a música
selecionada para ser executada na entrada dos IIr\ no Templo.
Após a ornamentação, o Ir\ Arq\ solicitará ao Ir\ M\ de
CCer\ que verifique se tudo está correto para o cerimonial a ser
realizado.
Nas iniciações ou qualquer que seja a sessão, não se podem
retirar os ornamentos dos locais, tais como: Pedra Bruta, Pedra Polida,
Altar dos Perfumes, Altar dos Juramentos e etc. O altar dos
Juramentos fica em uma região que ninguém pode transpor (1ª
Instrução do Grau de Aprendiz). Se o mesmo for retirado do local,
perderemos este simbolismo.
Depois de certificar-se que nada falta, o Ir\ M\ de CCer\
fecha a porta do Templo, comunica ao Ven\ M\, que o mesmo está
devidamente ornamentado e entrega a chave da porta ao Ir\ G\ do
Templo, que a partir de então não deverá permitir a entrada de
ninguém sem a devida autorização do Ven\M\.
O Ir\ Arq\, juntamente com os seus auxiliares, é o
encarregado pela retirada e guarda dos instrumentos de trabalhos
utilizados nas sessões. É o Ir\ Arq\quem deve apagar as luzes e/ou
velas após o encerramento dos trabalhos e saída dos presentes.
Após ordem do Ven\ M\, o M\ de CCer\ organizará o
cortejo.
60
O CORTEJO

À hora fixada, o Ir\ M\ de CCer\, depois de estarem todos os


presentes devidamente revestidos de suas insígnias e trajados
conforme o ritual, formará o Cortejo. Não poderão ter ingresso no
Templo os Irmãos que não estiverem devidamente trajados e
revestidos de suas insígnias.
O cortejo para adentrar ao Templo deverá ser organizada pelo
Ir\ M\ de Cer\ e consiste em uma fila dupla (ou dois semi-círculos)
tendo à frente os Aprendizes no lado Norte e os Companheiros no lado
Sul, em seguida os Mestres sem cargos em loja, após seguem-se os
oficiais, devendo obedecerem a mesma ordem em que tomarão
assento nas respectivas colunas, por exemplo: no lado Sul, Guarda do
Templo, Mestre de Harmonia, 1º Experto, Hospitaleiro, Chanceler,
Porta Estandarte, Secretário e Porta Espadas. No lado Norte, 2º
Experto, 2º Diácono, Mestre de Banquetes, Bibliotecário, Arquiteto,
Tesoureiro, Porta Bandeira, Orador e 1º Diácono. Em seguida os
Mestres visitantes, as autoridades maçônicas e Mestres Instalados.
Adentram por último os Vigilantes, o Venerável Mestre, o Delegado do
Grão-Mestre, o Grão-Mestre Adjunto e o Grão-Mestre, se estiverem
presentes.
Depois de Organizado o Cortejo, o Ir\ M\ de CCer\ fará um
momento de introspecção, rogando ao G\A\D\U\ suas bênçãos e
orientações nos trabalhos do dia e logo após o mesmo dará entrada no
Templo aos IIr\ G\ do Templo e M\ de Harm\.
O M\ de Cer\ à frente do préstito dará uma única pancada à
porta do Templo, que será aberta pelo G\ do Templo. O Ir\ M\
Harm\ executará música apropriada, a fim de propiciar a criação de
um clima agradável. O G\ do Templo (com espada cruzada sobre o
peito, no sentido Quad\ Dir\ para o Omb\ Esq\) posta-se junto à
Coluna “J” e de frente para a entrada do préstito, enquanto que o M\
de Cer\ posta-se junto à Coluna “B” de frente para o G\ do Templo
aguardando o ingresso de todos os Obreiros (exceto o Ir\ Cob\ Ext\
que deverá permanecer em seu lugar junto à porta do T\) até a
passagem do Ven\ M\, quando então o acompanhará até o trono. O
G\ do Templo fecha a porta.
Todos iniciarão a marcha e adentrarão ao Templo com o pé
esquerdo, e à medida que forem entrando, ocuparão seus lugares,
conservando-se em pé sem estar à ordem, voltados para o eixo da

61
Loja. Após a entrada do Ven\ M\, o G\ do Templo, fecha a porta e
toma seu lugar. Depois de acompanhar o Ven\M\ até o trono o M\
de CCer\ verificará se todos estão perfeitamente colocados e todos
os cargos preenchidos, e, indo para entre colunas, de onde declarará
ao Ven\ M\ que os Trabalhos, se ele assim o quiser, poderão ser
iniciados.
Nenhum obreiro fará qualquer tipo de sinal durante o cortejo.
Ninguém terá ingresso ao Templo sob qualquer pretexto, antes da
hora fixada para o início dos trabalhos, exceto os OObr\ que
estiverem encarregados de prepará-lo para a cerimônia.

62
ABERTURA DOS TRABALHOS

(Depois de acompanhar o Ven\M\ até o trono, o M\


de CCer\ o saúda com um leve meneio de cabeça,
desce pelo sul, verifica se todos estão perfeitamente
colocados, indo postar-se entre CCol\ onde dará um
único golpe no piso com o Bastão, dizendo:)

M\C\ - Ven\M\ a (título, nome e número da Loja) acha-se


composta, aguardando vossas ordens.

(Nesse instante o V\M\ cobre-se)

VEN\ - Podeis ocupar vosso lugar, Ir\M\ de CCer\.

( * ) - Sentemo-nos. (todos sentam-se)

VEN\ - ( * ) Em Loja Meus IIr\.

(A partir deste momento a ninguém é permitido falar


ou mudar de Col\ sem obter permissão do Vig\ de
sua Col\. A partir deste momento fica obrigatório
compor o sinal de ordem quando o Obr\ se colocar
em pé)

VEN\ - Ir\ 1° Vig\, qual é o primeiro de vossos deveres em Loj\?

1° VIG\ - Verificar se o T\ está coberto.


VEN\ - Fazei esta verificação, meu Ir\.
1° VIG\ - Ir\G\T\, cumpri o vosso dever.

(O G\T\, de espada em punho, entreabre a porta,


verifica se o Cobr\ está a postos, fecha-a, e dá na
mesma, com o punho da espada, a Bateria do grau, que
será repetida pelo Cobr\. Após diz:)

63
G\T\ - Ir\ 1° Vig\, o T\ está coberto.
1° VIG\ - O T\ está coberto, Ven\ M\.
VEN\ - Qual o segundo de vossos deveres, Ir\ 1° Vig\?
1° VIG\ - Verificar se todos os presentes nas CCol\ são Maçons.
VEN\ - Fazei essa verificação.
1° VIG\ - ( * ) - De pé e à ordem, meus IIr\ de ambas as Ccol\.

(Todos os IIr\ que se encontram nas CCol\ ficam de


pé e à ordem (com o pé esq\ em direção perpendicular
ao eixo da Loj\ e o pé dir\em esquad\ com o pé
esq\), voltados para o Or\, fitando o Delta Sagrado. O
1° Vig\ desce de seu Altar e percorre as CCol\ para a
verificação, com o Malh\ cruzado sobre o peito, em
direção ao ombro esquerdo, sem deter-se para
saudações ao cruzar o Eixo da Loja. Se necessário, o
mesmo deverá corrigir a postura dos IIr\. Terminada a
verificação, diz:)

1° VIG\ - ( * ) - Ven\M\, todos os OObr\, em ambas as CCol\, pelo


sinal que fazem, são Maçons.
VEN\ - Respondo pelos IIr\ com assento no Or\.
VEN\ - ( * ) - Sentai-vos, meus IIr\ (todos se sentam) (Pausa)
VEN\ - Ir\ Orad\ que se torna preciso para a Abertura de nossos
trabalhos?
ORAD\ - (de pé e à ordem) - Que estejam presentes, no mínimo,
sete Iir\, dos quais pelo menos três MM\, e que todos estejam
revestidos de suas insígnias. (saúda e senta-se).
VEN\ - Ir\ Sec\, há número legal?
SEC\ - (de pé e à ordem) - Sim, Ven\M\. (saúda e senta-se).
VEN\ - Ir\ M\ Ccer\, a loja está composta?
M\CCer\ - (de pé e à ordem) - Sim, Ven\M\. Os cargos estão
preenchidos, e todos os presentes se acham revestidos de suas
insígnias, conforme o uso da Ordem. (saúda e senta-se)
VEN\ - Ir\ 2° Diác\, qual é o vosso lugar em Loj\?
2° DIÁC\ - (de pé e à ordem) - À direita do Altar do Ir\ 1° Vig\.
VEN\ - Para quê, meu Ir\?
2° DIÁC\ - Para ser o executor e o transmissor de suas ordens, e velar

64
para que todos os IIr\ se conservem nas CCol\ com o devido
respeito, disciplina e ordem.
VEN\ - Onde tem assento o Ir\ 1° Diác\?
2° DIÁC\ - À vossa direita e abaixo do sólio, Ven\M\. (saúda e
senta-se).
VEN\ - Para que ocupais esse lugar, Ir\ 1° Diác\?
1° DIÁC\ - (de pé e à ordem) - Para transmitir vossas ordens aos
VVig\ e Oof\, a fim de que os trabalhos se executem com ordem e
perfeição.
VEN\ - Onde tem assento o Ir\ 2° Vig\?
1° DIÁC\ - No Sul, Ven\M\. (saúda e senta-se).
VEN\ - Para que ocupais esse lugar, Ir\ 2° Vig\?
2° VIG\ - Para melhor observar o Sol em seu meridiano, chamar os
OObr\ para o trabalho, e mandá-los à recreação, a fim de que os
trabalhos prossigam com ordem e exatidão.
VEN\ - Onde tem assento o Ir\ 1° Vig\?
2° VIG\ - No Oc\, Ven\M\.
VEN\ - Para que ocupais esse lugar, Ir\ 1° Vig\?
1° VIG\ - Assim como o Sol se oculta no Oc\ para encerrar a sua
carreira e terminar o dia, aqui tenho assento, para fechar a Loj\, pagar
os OObr\ e despedi-los contentes e satisfeitos.
VEN\ - Porque o Ven\M\ senta-se no Or\?
1° VIG\ - Assim como o Sol nasce no Or\ para fazer sua carreira e
iniciar o dia, aí fica o Ven\M\, para abrir a Loj\, dirigí-la em seus
trabalhos, e esclarecer os OObr\ com as Luzes de sua Sabedoria,
nos assuntos de nossa Sublime Instituição.
VEN\ - Para que nos reunimos aqui, Ir\ 1° Vig\?
1° VIG\ - Para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os
erros, e glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade. Para promover o
bem-estar da Pátria e da Humanidade, levantando templos à Virtude e
cavando masmorras ao vício.
VEN\ - O que é a Maç\, Ir\ Chanc\?
CHANC\ - (de pé e à ordem) - Uma Instituição que tem por objetivo
tornar feliz a Humanidade: pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos
costumes, pela tolerância, pela igualdade, pela solidariedade e pelo
respeito à autoridade e à crença de cada um.
VEN\ - Ela é regional?

65
CHANC\ - Não, Ven\M\. Ela é universal, e suas Oficinas se
espalham por todos os recantos da Terra, sem preocupação de
fronteiras e de raças. (saúda e senta-se).
VEN\ - Sois Maçom, Ir\ 1° Vig\?
1° VIG\ - MM\II\C\T\M\RR\
VEN\ - Durante que tempo devemos trabalhar como Apr\M\?
1° VIG\ - Do meio-dia à meia-noite.
VEN\ - Que horas são, Ir\ 2° Vig\?
2° VIG\ - Meio-dia em ponto, Ven\M\.
VEN\ - (dá a Bateria do Grau)
1° VIG\ - (dá a Bateria do Grau)
2° VIG\ - (dá a Bateria do Grau)
VEN\ - ( * ) - De pé e à ordem, meus Iir\!

(Todos ficam de pé e à ordem. Segurando o Bastão


com a mão direita e formando com o antebraço um
ângulo de 90° em relação ao corpo, o 1° Diác\ passa
entre o Altar do Ven\M\ e o Altar dos Perfumes, sobe
os degraus do Trono, pela esquerda do Ven\ M\ (lado
Sul) cumprimenta-o com um leve meneio de cabeça, e
recebe a P\ S\, transmitida em três movimentos de
troca de ouvidos, começando pelo esquerdo, assim: o
Ven\ dá no ouvido esquerdo do 1° Diác\ as duas
primeiras letras destacadamente, pronunciando no
ouvido direito, da mesma forma as duas últimas,
retornando ao esquerdo pronunciando, agora, as duas
sílabas (não as letras).
Recebida a P\S\, o 1° Diác\ desce os degraus do
Trono, e desce do Or\ pelo lado Sul, indo à esquerda
do altar do 1° Vig\, a quem cumprimenta com um leve
meneio de cabeça, e transmite a P\S\ da mesma
forma que a recebeu. Depois, irá postar-se no lado
Norte do Altar dos Juramentos. O 2° Diác\, portando,
o Bastão da mesma forma, vai até o Altar do 1° Vig\,
também pela esquerda, saúda-o com um leve meneio
de cabeça, recebe a P\S\, e, sem sinais ou
saudações ao cruzar o Eixo da Loj\, aproxima-se do

66
Altar do 2° Vig\, pela esquerda, faz o meneio de
cabeça, e transmite a P\S\. Em seguida, passa pelo
Norte, Grade do Or\ e vai ficar junto ao lado Sul do
Altar dos Juramentos. Quando do recebimento da
palavra, os VVig\ deverão repousar o malhete
cruzado sobre o peito.)

2° VIG\ - (após receber a P\S\) - ( * ) - Tudo está justo e perfeito na


Col\ do Sul, Ir\ 1° Vig\.
1° VIG\ - (*) - Tudo está justo e perfeito em ambas as CCol\,
Ven\M\.

(O M\CCer\ sobe ao Or\, e conduz o mais moderno


dos Ex-VVen\(desde que não esteja ocupando cargo)
ou, em sua ausência, o Ir\ Orad\, até o Altar dos
Juramentos (mantendo-se sempre à frente do
Oficiante), do qual se acercarão por seu lado Sul.
Posicionando-se o Of\, de pé e à ordem, ante ao Alt\
dos JJur\, momento em que o M\CCer\, postado
atrás do oficiante no Eixo da Loj\, formará uma
abóbada triangular, com seu Bastão sustentando os
dos DDiác\ por sobre o Oficiante, de forma que o
ápice da abóbada fique sobre o L\ da L\). Após o
Ven\ diz:

VEN\ - (*) - Achando-se nossa Loj\ regularmente constituída,


procedamos a abertura de seus trabalhos, invocando o auxílio do
G\A\D\U\.(o Ven\ M\ descobre-se)

(O Of\ saúda o Delta, e de pé segura o L\ da L\ com


ambas as mãos e lê no Salmo 133, versículos 1, 2 e 3.
Lidos os versículos, o Oficiante coloca o L\ da L\
sobre o Altar e sobrepõe o Esq\ e o Comp\. O C\
com as pontas voltadas para o Oc\, cobertas pelas
pernas do Esq\, que apontarão para o Or\. O
Oficiante fica à ordem, e a abóbada é desfeita,
mantendo-se todos onde estão durante a abertura).

67
VEN\ - ( * ) - À Glória do G\A\D\U\, em honra a São João, nosso
padroeiro, e sob os auspícios da Sereníssima Grande Loja Maç\ do
Estado de Rondônia, e em virtude dos poderes de que estou investido,
declaro aberta, no Grau de Apr\M\, a (título, nome e número da
Loja) cujos trabalhos tomam plena força e vigor! Que tudo, neste
Augusto T\, seja tratado aos influxos dos sãos princípios, da Moral e
da Razão!

VEN\ - ( * ) - A mim, meus Iir\ :

- pela Saudação (todos saúdam);


- e pela Aclamação. (todos: HUZZÉ - HUZZÉ - HUZZÉ!)

(O 2° Vig\ abaixa a Coluneta de seu Altar e o 1° Vig\


levanta a do seu. Os OObr\ que estão junto ao Altar
dos Juramentos - depois do Oficiante saudar o Delta e
sair pelo Norte - voltam aos seus lugares. O 1° Diác\,
na passagem, abre o Painel da Loj\).

VEN\ - (O Ven\ M\ cobre-se). (quando todos estiverem em seus


lugares).
- ( * ) - Sentemo-nos, meus Iir\! (todos sentam-se)

BALAÚSTRE

VEN\ - ( * ) - Ir\Sec\, tende a bondade de nos dar conta do Balaústre


de nossos últimos trabalhos. ( * ) - Atenção, meus IIr\!

(O Sec\, sentado, procede à leitura do Balaústre, finda


a qual diz:)

SEC\ - Lido, Ven\M\


VEN\ - ( * ) - Meus Iir\, se tendes alguma observação a fazer sobre a
redação do Balaústre que acaba de ser lido, a palavra vos será
concedida. Reinando silêncio nas CCol\, os VVig\ anunciarão.

2° VIG\ - ( * ) Palavra na Col\ do Sul. (Pausa)

68
(Se algum Ir\ tiver observações a fazer quanto à
redação, pedirá a palavra batendo uma palma e ficando
de pé e à ordem.)
(Após as manifestações, ou reinando silêncio, os
VVig\ anunciam:)

- ( * ) - Reina silêncio na Col\ do Sul, Ir\ 1° Vig\.

1° VIG\ - ( * ) - Palavra na Col\ do Norte. (Pausa) – ( * ) Reina silêncio


em ambas as Ccol\, V\M\.
VEN\ - ( * ) - A palavra está no Or\ (Pausa).
VEN\ - ( * ) - A palavra está no Tr\.

(Reinando silêncio, ou seja, se não houver


manifestações, o Ven\ diz:)

VEN\ - ( * ) – Proclamo, diretamente, aprovado o Balaústre.

(Se houver manifestações, após as observações, o


Ven\ diz:)

VEN\ - ( * ) - Ir\ Orad\, dai-nos vossas conclusões.


ORAD\ - (Sentado, dará as conclusões)
VEN\ - ( * ) - Os IIr\ que aprovam a redação do Balaústre que acaba
de ser lido, com as observações do Ir\(citar o nome do Ir\), e
parecer do Ir\ Orad\, queiram se manifestar pela forma
convencional.

(O M\ de CCer\ verifica a votação, e comunica


diretamente ao Ven\M\, dizendo:)

M\CCer\ - Ven\M\ o Balaústre foi aprovado (ou recusado) por


unanimidade (ou por maioria).

(Observação: Quando o resultado da votação for por


maioria, convém constar os números
correspondentes).

69
VEN\ - ( * ) – Proclamo, diretamente, aprovado (ou recusado) o
Balaústre por unanimidade (ou por maioria).

(O Ir\ M\ de CCer\ pega o Livro de Atas (Balaústre), e


leva-o para a assinatura do Ven\M\ e do Orad\,
restituindo-o ao Sec\ para que também o assine).

EXPEDIENTE

VEN\ - ( * ) - Ir\ Sec\, tende a bondade de ler o Expediente.

- ( * ) - Atenção, meus Iir\!

(À medida que o Sec\ for lendo o Expediente, o Ven\


irá dando o devido destino a cada assunto, sem
submetê-lo à discussão do plenário. Havendo
Decretos ou Atos do Grão-Mestre, o Sec\ informará e
estes serão lidos pelo Orad\, estando todos os
OObr\ de pé e à ordem. Poderá o Ven\ M\ autorizar
os OObr\ a desfazerem o sinal, dependendo da
quantidade de material a ser lido. Durante sua
circulação no Or\, com livros, Atos, Decretos,
documentos, etc., o 1° Diác\ não fará qualquer Sinal,
pois estará portando Instrumentos de Trabalho; caso
não esteja portando nenhum Instrumento, ao cruzar o
Eixo deverá fazê-lo).

ENTRADA DE VISITANTES

Caso haja Visitantes a serem recebidos com formalidades, o


Ven\M\ ordenará ao M\CCer\ que os convide a adentrar ao T\,
cuidando para que as posturas ritualísticas sejam levadas a efeito com
o máximo rigor no que tange a saudações honoríficas e
procedimentos especiais, para a recepção de Autoridades Maçônicas.
Para tanto, devem ser cuidadosamente observadas as instruções
constantes dos Rituais Especiais.
Já os Visitantes estranhos aos IIr\ da Loj\ deverão ser
rigorosamente identificados e trolhados, inclusive com a troca da P\

70
Sem\ (Sempre inserida numa frase). para que se constate a sua
regularidade. A irregularidade maçônica é impedimento legal para o
ingresso ao T\.
Excepcionalmente, o Ven\M\ poderá autorizar, uma única
vez, a entrada de Visitante irregular. Afora isso somente com
autorização expressa do Sereníssimo Grão-Mestre. A autorização do
Ven\ M\ somente deve ser dada em casos absolutamente especiais,
como por exemplo, para estudos do retorno do Visitante irregular às
atividades maçônicas em sua Loj\.

- NESTE MOMENTO SE FAZ A ENTRADA DO PAVILHÃO


NACIONAL, NAS SESSÕES MAGNAS E/OU BRANCAS.

BOLSA DE PPROP\ E IINF\

VEN\ - ( * ) - IIr\ 1° e 2° Vvig\, anunciai em vossas CCol\, como


anuncio no Or\, que a Bolsa de PProp\ e IInf\ vai circular com
formalidades.
1° VIG\ - ( * ) - IIr\ que decorais a Col\ do Norte, da parte do V\M\
eu vos anuncio que vai circular a Bolsa de PProp\ e IInf\, com
formalidades.
2° VIG\ - ( * ) - IIr\ que abrilhantais a Col\ do Sul, da parte do V\M\
eu vos anuncio que vai circular a Bolsa de PProp\ e IInf\, com
formalidades.
- ( * ) - Anunciado na Col\ do Sul, Ir\ 1° Vig\.

1° VIG\ - ( * ) - Está anunciado em ambas as Ccol\, V\M\.

VEN\ - ( * ) - Ir\ M\CCer\, cumpri o vosso dever.

(O M\CCer\ portando a bolsa junto ao quadril


esquerdo, sai de entre CCol\ e sem qualquer sinal,
paradas ou meneios de cabeça, cumpre o giro com
formalidades, atendendo a ordem hierárquica: 1) -
Grão-Mestre, 2) - Grão-Mestre Adjunto, 3) - Past Grão-
Mestre (se estiver presente), 4) - Past Grão-Mestre
Adjunto (se estiver presente), 5) - Delegados do Grão-
Mestre, 6) - Venerável Mestre e todos do Trono, 7) - 1°

71
Vigilante, 8) - 2° Vigilante, 9) – Orador, 10) – Secretário,
11) - Guarda do Templo, 12) - Todos que estiverem no
Oriente, 13) - Os OOf\ e MM\ MM\ da Col\ do S\,
14) - Os OOf\ e MM\ MM\ da Col\ do N\, inclusive
o Cobridor Externo, 15) - Os companheiros, 16) - Os
Aprendizes, 17) - Volta à porta do Templo onde o M\ de
CCer\ entrega a Bolsa ao Guarda do Templo, para em
seguida colocar sua proposta).

(Ao colocarem suas Pprop\, os IIr\ não farão


qualquer tipo de sinal, nem tocarão no M\CCer\.
Simplesmente colocarão a mão direita (com ou sem
pranchas) dentro da Bolsa, retornando-a à posição
inicial, ou seja, com as mãos sobre as pernas. Col\
Gravada é qualquer comunicação escrita a ser
colocada na Bolsa, encaminhando assuntos ao
conhecimento da Loj\. Nela, além de clara
identificação do Ir\ que a escreveu, deve constar,
obrigatoriamente no cabeçalho, a expressão: À G\
D\ G\ A\ D\ U\. Ao conduzir a Bolsa, o M\ de
CCer\ o fará com ambas as mãos, introduzindo dois
ou três dedos em sua borda, para mantê-la aberta, na
altura da cintura, ao lado esquerdo do corpo. Durante o
giro, o M\ de CCer\ desvia o olhar para não ver o que
nela é depositado).

(Após cumprir o giro, retorna com a Bolsa para entre


CCol\ e diz:)

M\CCer\ - Ir\ 2° Vig\, depois de cumprir o giro com formalidades, a


Bolsa de PProp\ e IInf\ encontra-se entre CCol\, aguardando
ordens.
2° VIG\ - ( * ) - Ir\ 1° Vig\, o Ir\ M\CCer\, depois de cumprir o giro
com a Bolsa de PProp\ e IInf\, está entre CCol\, aguardando
ordens.
1° VIG\ - ( * ) - Ven\M\, depois de ter cumprido o giro com a Bolsa de
PProp\ e IInf\, o Ir\ M\CCer\ está entre CCol\, aguardando
vossas ordens.

72
VEN\ - ( * ) - Ir\ M\CCer\, dirigi-vos a este Altar.

- Ir\ Orad\ e Sec\, vinde comigo conferir a Bolsa de PProp\ e IInf\.

(O Orad\ e o Sec\após saudarem o Delta, sobem os


degraus do Trono, e ficam de pé e à Ordem, postando-
se à frente do Altar, ladeando o M\ de CCer\, durante
a conferência da Bolsa).

(Verificando que a Bolsa nada contém, o Ven\ dirá:)

VEN\ - ( * ) - Meus Iir\, eu vos comunico que a Bolsa de PProp\ e


IInf\ nada produziu.

(Se houver conteúdo, o Ven\ diz:)

VEN\ - ( * ) - Meus Iir\, eu vos comunico que a Bolsa de PProp\ e


IInf\ produziu ......... CCol\ Gravadas, que passo a decifrar.
Agradeço ao Ir\Orad\, Ir\ Sec\ e Ir\ M\ de CCer\.

(Depois da conferência, saúdam novamente e, sem


qualquer sinal, os três voltam aos seus lugares).

(O Ven\ M\ decifrará (ou deixará sob Malh\), a seu


critério as CCol\ Gravadas dando-lhes o destino
adequado (Ordem do dia, Comissões, Tesouraria,
Secretaria, etc.)).

ORDEM DO DIA

VEN\ - ( * ) - IIr\ 1° e 2° Vvig\, anunciai em vossas CCol\, como


anuncio no Or\, que vamos passar para a Ordem do Dia.
1° VIG\ - ( * ) - IIr\ que decorais a Col\ do Norte, da parte do
Ven\M\ vos anuncio que vamos passar para a Ordem do Dia.

2° VIG\ - ( * ) - IIr\ que abrilhantais a Col\ do Sul, da parte do


Ven\M\ vos anuncio que vamos passar para a Ordem do Dia.
- ( * ) - Está anunciado na Col\ do Sul, Ir\ 1° Vig\.

73
1° VIG\ - ( * ) - Está anunciado em ambas as Ccol\, Ven\ M\.
VEN\ - ( * ) - Estamos na Ordem do Dia.

(Não havendo Cerimônia de Iniciação, tratará dos


assuntos pertinentes aos AAPr\ - tais como leitura de
Peças de Arquitetura, etc. - findo o que, ministrará uma
Instrução do Grau, seguida dos comentários e
conclusões cabíveis sobre a mesma).

(Caso se trate de Sessão Magna, será conveniente


postergar a apreciação de qualquer assunto que não
diga respeito à mesma e que não seja de extrema
urgência)

(A Ordem do Dia deve ser previamente preparada pelo


Ven\ M\, auxiliado pelo Ir\ Sec\, evitando-se,
sempre, improvisações e discussões administrativas
que podem ser tratadas fora da sessão).

TRONCO DE SOLIDARIEDADE

VEN\ - ( * ) - IIr\ 1° e 2° Vvig\, anunciai em vossas CCol\, assim


como anuncio no Or\, que vai circular, com formalidades, a bolsa de
beneficência para o Tronco de Solidariedade.
1° VIG\ - ( * ) - IIr\ que decorais a Col\ do Norte, da parte do
Ven\M\ vos anuncio que a bolsa de beneficência para o Tronco de
Solidariedade vai circular com formalidades.
2° VIG\ - ( * ) - IIr\ que abrilhantais a Col\ do Sul, da parte do
Ven\M\ vos anuncio que a bolsa de beneficência para o Tronco de
Solidariedade vai circular com formalidades.
- ( * ) - Anunciado na Col\ do Sul, Ir\ 1° Vig\.
1° VIG\ - ( * ) - Está anunciado em ambas as Ccol\, Ven\ M\!
VEN\ - ( * ) - Ir\ Hosp\, cumpri o vosso dever.

74
(Da mesma forma que o M\CCer\, com a Bolsa de
PProp\ e IInf\, o Hosp\ conduz a bolsa de
beneficência sem fazer qualquer sinal, gesto ou
parada, apenas virando o rosto para não ver o que nela
é depositado. A ordem hierárquica é a mesma adotada
para a Bolsa de PProp\ e IInf\. Da mesma forma, ao
depositar seu óbolo, o Obr\ o faz sigilosamente, com
a mão direita, sem qualquer sinal, mantendo-se
sentado. Não é permitido o anúncio de óbolos em
nome de OObr\ ausentes ou de Lojas representadas.
Nas sessões de Iniciação, deve o Ir\ 1º Vig\ informar
aos Neófitos a forma como se deposita o óbulo na
Bolsa e o destino e uso do tronco. Ao terminar a
circulação, o Hosp\ vai para entre CCol\ e diz:)
HOSP\ - Ir\ 2° Vig\, depois de ter circulado com formalidades, a
bolsa de beneficência encontra-se entre CCol\, aguardando ordens.
2° VIG\ - ( * ) - Ir\ 1° Vig\, o Ir\ Hosp\, depois de circular com a
bolsa de beneficência para o Tronco de Solidariedade, com
formalidades, está entre CCol\, aguardando ordens.
1° VIG\ - ( * ) - V\M\, depois de ter circulado com a bolsa de
beneficência para o Tronco de Solidariedade, com formalidades, o Ir\
Hosp\ encontra-se entre CCol\, aguardando vossas ordens.
VEN\ - ( * ) - Ir\ Hosp\, dirigi-vos ao Altar do Ir\ Tes\ para auxiliá-lo
na conferência da bolsa.
TES\ - (após a conferência) - Ven\M\, eu vos comunico que a
bolsa de beneficência colheu a importância de ......., em moedas
cunhadas. (esta informação pode ser enviada por escrito).
VEN\ - (ao ser informado sobre o total arrecadado).( * ) - Meus
IIr\, eu vos comunico que a bolsa de beneficência para o Tronco de
Solidariedade rendeu, em moedas cunhadas, a quantia de .........., que
será creditada à Hospitalaria e debitada à Tesouraria.

SAUDAÇÃO AOS VISITANTES

(Havendo Visitantes, o Chanc\ informará por escrito


ao Ven\ M\, Orad\ e Sec\, os seus nomes, Orientes
e Lojas de origem).
VEN\ - ( * ) - Ir\ Orad\, tende a bondade de saudar, em nome desta
Oficina, nosso(s) ilustre(s) Visitante(s).
ORAD\ - (De pé e à Ordem, faz a saudação de estilo).

75
PALAVRA A BEM DA ORDEM EM GERAL
E DO QUADRO EM PARTICULAR

(Como o próprio nome diz, a Palavra aqui só deve ser


usada para comunicar assuntos de interesse geral da
Ordem e também da Loj\. Toda e qualquer matéria que
possa ser encarada como proposta, que seja passível
de discussão ou que informe dados de precisão
considerável deverá ser incluída na Ordem do Dia).

VEN\ - ( * ) - IIr\ 1° e 2° Vvig\, anunciai em vossas CCol\, como


anuncio no Or\, que a Palavra a Bem da Ordem em Geral e do
Quadro em particular será concedida a quem dela queira fazer uso,
sem discussões ou diálogos.
1° VIG\ - ( * ) - IIr\ que decorais a Col\ do Norte, da parte do
Ven\M\ vos anuncio que a Palavra a bem da Ordem em geral e do
Quadro em particular será concedida a quem dela queira fazer uso,
sem discussões ou diálogos.
2° VIG\ - ( * ) - IIr\ que abrilhantais a Col\ do Sul, da parte do V\M\
vos anuncio que a Palavra a bem da Ordem em geral e do Quadro em
particular será concedida a quem dela queira fazer uso, sem
discussões ou diálogos.
- ( * ) - Está anunciado na Col\ do Sul, Ir\ 1° Vig\!
1° VIG\ - ( * ) - Está anunciado em ambas as Ccol\, Ven\ M\!
VEN\ - ( * ) - A palavra está na Col\ do Sul.

(O pedido de Palavra se fará batendo uma palma, e


ficando o Obr\ de pé e à ordem, posição em que
aguardará autorização para falar. Ao Vig\ da Col\
compete comunicar ao Ven\ que um Obr\ quer fazer
uso da Palavra: autorizado, o Vig\ concede a Palavra,
somente após deve o Obr\ falar. Os VVig\ pedem a
Palavra com um golpe de Malh\, que lhes será
concedida da mesma forma).

(A Palavra é concedida em seqüência: primeiro na


Col\ do Sul, depois na Col\ do Norte e, finalmente, no
Or\. A Palavra não poderá retornar, salvo por
deferência especial do Ven\M\, ou a pedido do

76
Orad\, para esclarecimentos ou saneamento de
dúvidas. Nesse caso, a Palavra circulará novamente na
mesma ordem. A Palavra deve ser usada obedecendo-
se as disposições legais: 3 ou 5 minutos no máximo.
Em casos excepcionais, a Palavra poderá ser pedida
“pela Ordem”, ou seja, para ponderar sobre preterição
de formalidade regulamentar, ou suscitar dúvidas
sobre a interpretação do Regulamento.

Em Sessões Magnas, a Palavra será sempre sobre o


Ato realizado, não sendo cabíveis outros assuntos.
Nos anúncios, o Ven\ dirá:

VEN - ( * ) - IIr\ 1° e 2° Vvig\, anunciai em vossas CCol\, como


anuncio no Or\, que será concedida a Palavra sobre o Ato que
acabamos de realizar.
VVIG\ - ( * ) - IIr\ que decorais (ou abrilhantais) a Col\ do Norte (ou
do Sul), da parte do Ven\M\ vos anuncio que a Palavra, sobre o Ato
ora realizado, será concedida a quem dela queira fazer uso.

(Após todos nas colunas e no Oriente terem feito uso


da palavra).

VEN\ - ( * ) – Ir\ Orad\ dai-nos vossas conclusões.

(O Orador neste momento fará uso da palavra


sentado. Fará as saudações de praxe, fará uso da
palavra e ao final deverá concluir dizendo que os
trabalhos transcorreram dentro dos usos e costumes
da Ordem e em conformidade com a legislação
vigente da Grande Loja e podem ser encerrados).

VEN\ - ( * ) - A palavra está no Tron\. (neste momento todos do


trono, que desejarem, poderão fazer uso da palavra, sempre
obedecendo a ordem hierárquica).

- NESTE MOMENTO SE FAZ A RETIRADA DO PAVILHÃO


NACIONAL, NAS SESSÕES MAGNAS E/OU BRANCAS.

77
ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS

VEN\ - ( * ) - IIr\ 1° e 2° Vvig\, anunciai em vossas CCol\, como


anuncio no Or\, que vamos encerrar os trabalhos desta Loj\ de
AApr\MM\.
1° VIG\ - ( * ) - IIr\ que decorais a Col\ do Norte, da parte do
Ven\M\ vos anuncio que vamos encerrar os trabalhos desta Loj\ de
AApr\MM\.
2° VIG\ - ( * ) - IIr\ que abrilhantais a Col\ do Sul, da parte do Ven\
M\ vos anuncio que vamos encerrar os trabalhos desta Loj\ de
AApr\MM\.
- ( * ) - Está anunciado na Col\ do Sul, Ir\ 1° Vig\!
1° VIG\ - ( * ) - Está anunciado em ambas as Ccol\, Ven\ M\!
VEN\ - Ir\ 2° Diác\, qual é o vosso lugar em Loj\?
2° DIÁC\ - (de pé e à ordem) - À direita do Altar do Ir\ 1° Vig\.
VEN\ - Para que, meu Ir\?
2° DIÁC\ - Para transmitir vossas ordens ao Ir\ 2° Vig\ e velar para
que todos os OObr\ se conservem nas CCol\ com o devido respeito,
disciplina e ordem.
VEN\ - Onde tem assento o Ir\ 1° Diác\?
2° DIÁC\ - À vossa direita e abaixo do sólio (saúda e senta-se).
VEN\ - Para que ocupais esse lugar, Ir\ 1° Diác\?
1° DIÁC\ - (de pé e à ordem) - Para transmitir vossas ordens aos
VVig\ e Oof\, a fim de que os trabalhos sejam executados com
regularidade e prontidão.
VEN\ - Onde tem assento o Ir\ 2° Vig\?
1° DIÁC\ - No Sul, Ven\M\. (saúda e senta-se).
VEN\ - Para que ocupais esse lugar, Ir\ 2° Vig\?
2° VIG\ - Para melhor observar o Sol em seu meridiano, chamar os
OObr\ para o trabalho, e mandá-los à recreação, a fim de que os
trabalhos se executem com ordem e exatidão, a bem da Pátria e da
Humanidade.
VEN\ - Onde tem lugar o Ir\ 1° Vig\?
2° VIG\ - No Oc\, Ven\M\.
VEN\ - Para que ocupais esse lugar, Ir\ 1° Vig\?
1° VIG\ - Assim como o Sol se oculta no Oc\ para encerrar sua
carreira e terminar o dia, aqui tem assento o 1° Vig\, para fechar a
Loj\, pagar aos OObr\, e despedi-los contentes e satisfeitos.
VEN\ - E os OObr\ estão satisfeitos?

78
(Exceto as Luzes, todos batem com a palma da mão
direita no Avental em sinal de afirmação).

1° VIG\ - Eles assim o afirmam, Ven\ M\!


VEN\ - Que idade tendes, Ir\ 1° Vig\?
1° VIG\ - (dá a idade)
VEN\ - A que horas é permitido aos AApr\ deixarem o trabalho?
1° VIG\ - À meia-noite, Ven\M\.
VEN\ - Que horas são, Ir\ 2° Vig\?
2° VIG\ - Meia-noite em ponto, Ven\M\.
VEN\ - (dá a Bateria do Grau)
1° VIG\ - (dá a Bateria do Grau)
2° VIG\ - (dá a Bateria do Grau)
VEN\ - ( * ) - De pé e à ordem, meus Iir\!

(Todos ficam de pé e à ordem. Com as mesmas


formalidades da Abertura dos Trabalhos, transmite-se
a P\S\)

2° VIG\ - (depois de recebida a P\S\) - ( * ) - Tudo está justo e


perfeito na Col\ do Sul, Ir\ 1° Vig\!
1° VIG\ - ( * ) - Tudo está justo e perfeito em ambas as Ccol\, Ven\
M\!
(Os OObr\ que participaram da abertura do L\ da L\
vão postar-se no mesmo lugar, junto ao Altar dos
Juramentos e formam a Abóbada Triangular).

VEN\ - ( * ) - Pois que está tudo justo e perfeito, Ir\ 1° Vig\, tendes
minha permissão para fechar a Loj\. (O Ven\ descobre-se)

1° VIG\ - ( * ) - À G\D\G\A\D\U\, e em honra a São João nosso


Padroeiro, está fechada esta Loja de AApr\MM\ - ( * ).

(Neste momento o Oficiante fecha o L\ da L\, cessam


os sinais (todos descarregam o Sinal, as Luzes
repousam seus malhetes sobre os Altares) e a
Abóbada é desfeita).

VEN\ - ( * ) - A mim, meus Iir\:


- pela Bateria (todos fazem);
- e pela Aclamação. (Todos: HUZZÉ! - HUZZÉ! - HUZZÉ!)

79
(O 1° Vig\ abaixa a coluneta de seu Altar, e o 2° Vig\
levanta a do seu. Todos voltam aos seus lugares. Na
passagem o 1° Diác\ fecha o Painel da Loj\. Neste
momento, se for o caso, procede-se à formação da
Cadeia de União).
(O Ven\ cobre-se).

VEN\ - Meus Iir\, os Trabalhos estão encerrados, e nossa Loj\


fechada. Antes, porém, de nos retirarmos, juremos o mais profundo
silêncio sobre tudo quanto aqui se passou!

(Inclusive as Luzes, todos estendem o braço direito


para a frente, formando um ângulo de 90° em relação
ao corpo, com os dedos unidos, e a palma da mão
voltada para baixo)

TODOS - Eu o juro!

VEN\ - Retiremo-nos em paz.

TODOS – (da mesma forma) Assim seja!

(O Ven\M\ desce do Trono, os VVig\ o aguardam


junto às suas CCol\ e o seguem quando da sua
passagem, aos quais seguem os demais, na ordem
inversa à da entrada. Por último, o G\T\ apaga as
Luzes e fecha as portas do T\)

Nota - Sendo o Templo o lugar sagrado para os Maçons, este não


deve permanecer aberto nem servir de ponto de reunião para
palestras ou descanso e, muito menos, dentro dele, será
permitido fumar.

*** FIM DA SESSÃO ***

80
INICIAÇÃO

Regularmente só se deve iniciar um candidato. Se, porém,


circunstâncias especiais o exigirem, poderão ser iniciados até três
candidatos em uma mesma sessão. Casos que excepcionem esta
regra precisarão ser justificados pelo Ven\ M\, em prancha dirigida
ao Sereníssimo Grão-Mestre. Este fará sua avaliação e, verificando,
após seu exame, a extrema necessidade de tal procedimento, poderá
autorizá-lo.

No caso de serem iniciados mais de um candidato, o Ven\ M\


providenciará para:

1. Que cada candidato seja introduzido na Câmara das Reflexões de


modo a ficar só durante o tempo em que faz suas declarações;
2. Que o candidato que ceder o lugar a outro seja conservado em
lugar bem separado e com os olhos vendados;
3. Que ao Experto sejam dados tantos ajudantes quantos forem
precisos para que a sua missão seja perfeitamente
desempenhada;
4. Que as perguntas do Ven\ M\ não sejam feitas aos candidatos
em conjunto, mas, nominalmente: Consentis em prestar esse
juramento, Sr. F.........., Sr. B.........., Sr. S............ ?
5. Que todas as viagens sejam feitas pelos candidatos em conjunto,
mas, que um só bata nos altares.

PREPARAÇÃO DOS CANDIDATOS

O candidato deve ser conduzido à Loja pelo Ir\ que apoiou sua
petição. Este, ao chegar ao edifício da Loja, venda-o cuidadosamente.
Na sala dos PP\ PP\, entregá-lo-á ao Ir\ Experto, que, batendo-lhe
levemente no ombro, dir-lhe-á: “Eu sou o vosso guia; tende confiança
em mim e nada receeis”. Depois de fazê-lo dar algumas voltas pelo
edifício, sem permitir que qualquer Ir\ fale ou se aproxime e muito
menos que com ele faça “qualquer pilhéria”, barulhos, gestos ou
outras atitudes não constantes neste Ritual, introduzi-lo-á na Sala dos
PP\ PP\, onde o preparará convenientemente, tirando-lhe todos os
metais que, colocados em uma bandeja, serão depositados, logo após
a abertura dos trabalhos, na mesa do Ir\ Tesoureiro. O candidato
deverá ter o lado esquerdo do peito nu. O pé direito e a perna direita,
até o joelho, nus. O pé direito do candidato deverá ter contato direto

81
com o solo, não sendo permitido nenhum tipo de isolante. Depois de
assim preparado, o Experto introduz o candidato na Câmara das
reflexões, tira-lhe a venda e diz-lhe: “profano, eu vos deixo entregue
às vossas reflexões; não estareis só, pois Deus, que tudo vê, será
testemunha da sinceridade com que ides responder às nossas
perguntas.” Voltando pouco depois, apresentar-lhe-á a folha do
testamento, dizendo-lhe: “Profano, a Sociedade de que desejais
fazer parte pede que respondais às perguntas que vos apresento;
de vossas respostas depende a vossa admissão no seu seio.”

As perguntas contidas no testamento devem obedecer o modelo


adotado pela GLOMARON e terão, no mínimo, a seguinte fórmula:

À Glória do G\A\D\U\

Senhor,

Respondei livremente às seguintes perguntas:


- Quais são os vossos deveres para com Deus?
- Quais são os vossos deveres para com a Humanidade?
- Quais são os vossos deveres para com a Pátria?
- Quais são os vossos deveres para com a Família?
- Quais são os vossos deveres para com o próximo?
- Quais são os vossos deveres para convosco?

Local e data

(Assinatura do candidato)

(Endereço da Residência)

Ao entregar a folha do questionário ao profano, o Experto adverti-lo-á


de que, depois de dadas as respostas, deve chamá-lo, tocando a
campainha.

82
RITUAL DE INICIAÇÃO

(Depois de regularmente aberta a Loja, de acordo com o Ritual e


observada a ordem dos trabalhos:)

Ven\- ( * ) Ir\ Exp\, podeis informar-me se na Câm\ de RRefl\,


está algum candidato que pretenda ser iniciado em nossos
augustos mistérios?
Exp\- Sim, Ven\ M\, o profano F................. aguarda, na Câm\ de
RRefl\ o momento de ser iniciado.
Ven\- Meus IIr\, tendo corrido regularmente o processo
preliminar para admissão do profano F............, é chegado o
momento de sua recepção. Como sabeis, esse ato é um dos
mais solenes da nossa Inst\, pois não devemos esquecer
que, com a aceitação de um novo membro nesta Loja, vamos
dar um novo Irmão à Família Maçônica Universal. Se algum de
vós tem observações a fazer contra essa admissão, deve
declará-las leal e francamente, a palavra está franqueada na
Col\ do S\.

(Se algum Ir\ tiver oposição a fazer, pedirá a palavra


por intermédio do Vig\ de sua Col\. A opinião emitida
não será discutida, mas, simplesmente posta em
votação secreta, decidindo a maioria de votos
presentes. Se a Loja julgar, então, recusar a admissão
ou adiá-la para novas diligências, interrompe-se o
Ritual neste ponto, cientificando-se ao profano que
ainda não chegou o dia de sua iniciação e, com as
mesmas formalidades da entrada, retirar-se-á do
edifício. Não havendo objeções os Vvig\ anunciarão
da forma de costume, após:)

Ven\- Os IIr\ que aprovam que se proceda a iniciação do


candidato F.................queiram se manifestar pela forma
convencional.

(O Ir\ M\ de CCer\ faz a verificação da votação,


transmitindo-a diretamente ao Ven\M\. Em caso de
aprovação, este diz:)

M\ CCer\ - Ven\ M\ a iniciação dos profanos foi aprovada (ou

83
recusada) por unanimidade (ou maioria).
Ven\ - (*) - Ir\ Exp\, ide ao lugar onde está o Profano, e dizei-lhe
que, sendo perigosas as provas por que terá que passar, é
conveniente que faça seu Testamento, e ao mesmo tempo,
que responda às perguntas que submetemos ao seu espírito,
para bem conhecermos seus princípios e o merecimento de
suas virtudes.

(O Exp\ executa a ordem. Ao receber as respostas,


espeta o questionário na ponta da espada e entra no
T\, parando entre CCol\ com o punho da espada
colado ao quadril direito e sua lâmina erguida
obliquamente à frente do corpo. Nessa posição, diz:)

Exp\ - Ven\ M\. O profano cumpriu a sua primeira obrigação. Eis


aqui o seu testamento e as suas respostas.
Ven\ - Entregai-os ao Ir\ Orador para decifrá-los.

(Recebendo tudo do Exp\, o Orador, sentado, lê, em


voz alta, todo o questionário respondido, havendo
mais de um, estes deverão ser aprovados um de cada
vez).

Ven\ - Meus Iir\, estais satisfeitos com as respostas do profano?

(Em caso afirmativo, todos fazem o sinal de


aprovação. Se houver alguma objeção, a Loja, por
maioria de votos, decidirá.)

Ven\ - Ir\ Tesoureiro, estais satisfeitos?


Tes\ - (de pé e à ordem) - Sim, Ven\M\. (saúda e senta-se).
Ven\- Ir\ Sec\, a nossa Grande Loja enviou o “placet” de
iniciação deste candidato?
Secr\- (de pé e à ordem) - Sim, Ven\M\ É o Placet de iniciação
de n° ..................(saúda e senta-se).
Ven\- Ir\ Orador, dai-me as vossas conclusões.
Orad\- Ven\M\, se razões especiais não impuserem o contrário à
Vossa Sabedoria e prudência, eu, em nome desta Loja e de
acordo com as Leis que regem a nossa Sublime Instituição,
respeitosamente vos solicito que se proceda à iniciação do
Profano ..............................

84
Ven\- Ir\ Exp\, acercai-vos do profano e dizei-lhe que dele
esperamos a necessária coragem para sair vitorioso das provas
a que vamos submetê-lo. Prepare-o segundo os nossos usos e
trazei-o à porta do Templo. Recolhamo-nos, meus IIr\, ao mais
absoluto silêncio.

(O Exp\ vai cumprir a ordem e, trazendo o profano à


porta do Templo, onde ali bate de forma irregular com
pancadas fortes.)

G\do\ T\- (de pé, desembainhando a espada e cruzando-a


sobre o peito). Profanamente batem à porta do Templo,
Ven\M\.
Ven\ - Verificai quem é o temerário que ousa interromper nossas
meditações.

(O G\do Temp\ entreabre a porta cautelosamente e,


colocando a ponta da espada no peito descoberto do
profano, e diz EM VOZ ALTA E ÁSPERA, EM TOM DE
IRRITAÇÃO:)

G\do\ T\ - Quem és, temerário, que te arrojas a querer forçar a


entrada deste Templo?
Exp\- Suspendei vossa espada, Ir\ G\ do Temp\, pois ninguém
ousaria entrar neste recinto sagrado sem vossa permissão.
Desejoso de ver a Luz, este profano vem humildemente pedi-
la.
G\ do T\- (em tom irritado) Admiro-me muito, meu Ir\ que, em
vez de virdes meditar conosco nos Augustos Mistérios que
procuramos desvendar, deles vos alheeis, conduzindo a este
Templo um curioso, talvez um dissimulado. (voltando-se para
o interior do T\, sem fechar a porta, e em voz alta) -
Ven\M\, é o nosso Ir\ Exp\ que conduz à porta do Templo
um profano desejoso de ver a Luz.
Ven\- (com voz alta e em tom irritado) Porque, Ir\ Exp\, viestes
interromper nosso silêncio, conduzindo à nossa Loja um
profano para participar de nossos mistérios? (aumentando o
volume da voz) Como poderia, ele ter concebido tal
esperança?

85
Exp\- Porque é livre e de bons costumes.
Ven\- Não é o bastante, meu Ir\. Sabeis, por ventura, os seus
merecimentos? Conheceis esse profano, sabeis o seu nome,
sua crença, onde nasceu, sua idade, sua religião, sua
profissão, seu estado civil e onde mora?
Exp\ (os dados, fornecidos pelo Secretário, já estarão
previamente anotados numa ficha) - Ven\M\, este
Profano chama-se ..........., crê em Deus, nasceu em............,
tem ......... anos, sua religião é ...............exerce a Profissão de
........... seu estado civil é..........., e mora na cidade ........ na
Rua ....... Ele vem pedir-vos que o inicieis em nossos Augustos
Mistérios.
Ven\- Meus IIr\, ouvistes o que declarou o Ir\ Exp\. Se concordais
com os desejos do profano, se o julgais digno de receber a
revelação de nossos mistérios, manifestai-vos pela forma
convencional.

(A manifestação é feita em silêncio, apenas com o


sinal de aprovação; não há verificação pelo Ir\M\ de
CCer\, que permanece em silêncio)

Ven \- (depois de todos se manifestarem) Franqueai-lhe o


ingresso, Ir\ G\ do Templo.

(Logo que o profano entrar, o G\ do Templo fecha a


porta e encosta a ponta da espada no peito nu do
candidato. O Exp\ fica por detrás. Se houver mais de
um candidato, mais irmãos deverão auxiliar nesta
missão)

Ven\- (dirigindo-se ao profano) Vedes alguma coisa, senhor


F...............?
Prof\- .......................................
Ven\- Sentis alguma impressão sobre o vosso peito?
Prof\- ...........................
Ven\- A arma, cuja ponta sentis, simboliza o remorso que, ferindo
vosso coração, há de perseguir-vos, se fordes traidor à
associação a que desejais pertencer. Também serve para
advertir-vos de que deveis vos mostrar acessível às verdades
que se sentem e que não se exprimem. O estado de cegueira

86
em que vos encontrais é o símbolo das trevas que cercam o
mortal que ainda não recebeu a Luz para guiá-lo na estrada da
virtude. (pausa) Que quereis, senhor? Porque vindes
perturbar as nossas cogitações?

(O G\ do Temp\ retira a espada do peito do candidato).

Prof\- ..........................................
Ven\- E esse desejo é filho de vosso coração? É por vossa vontade,
sem constrangimento algum, que vindes pedir admissão entre
nós?
Prof\- ..........................................
Ven\- Refleti bem no que pedis! Não conheceis os dogmas, as Leis e
os fins da Sublime Ordem a que desejais pertencer. A
Maçonaria não é uma sociedade de auxílios mútuos ou de
caridade; Ela tem responsabilidades e deveres para com a
sociedade e para com a Humanidade. Preocupada com o
progresso e adstrita aos princípios de uma severa Moral,
assiste-lhe o direito de exigir de seus adeptos o cumprimento
de sérios deveres, além de enormes sacrifícios. Partículas da
humanidade, guiamo-nos pelo ideal e nos sacrificamos por
ilusões, com as quais obtemos sempre todas as certezas
humanas. Abrahão, preparando-se para sacrificar o próprio
filho, representa uma grande alegoria de devotamento e de
obediência. Assim também a sociedade, a Pátria, podem levar
seus filhos ao altar do sacrifício, quando necessário for para o
bem das gerações vindouras. Nossa ordem exigirá de vós um
juramento solene e terrível, prestado já por muitos benfeitores
da Humanidade. Todo aquele que não cumprir os deveres de
Maçom em qualquer oportunidade, nós o consideramos traidor
à Maçonaria. (pausa)
Já passastes pela primeira prova, a da Terra , pois é isso o que
representa o compartimento em que estivestes encerrado e
em que fizestes as vossas últimas disposições. Ainda vos
restam, porém, outras provas para as quais é necessária toda
a vossa coragem. (aumentando o tom de voz) Consentis em
submeter-vos a elas? Tendes firmeza precisa para afrontar
todos os perigos a que vai ser exposta a vossa coragem?
Prof\- ......................................
Ven\- Ainda uma vez mais, refleti, senhor. Se vos tornardes Maçom,

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encontrareis nos nossos símbolos a realidade do dever. Não
deveis combater somente as vossas paixões e trabalhar para o
vosso aperfeiçoamento, mas, tereis, ainda, de combater
outros inimigos da Humanidade, tais como, os hipócritas que a
enganam, os pérfidos que a defraudam, os ambiciosos que a
usurpam e os corruptos e sem princípios que abusam da
confiança dos povos. A estes não se combate sem perigos.
Senti-vos com energia, coragem e dedicação para combater o
obscurantismo, a perfídia e o erro?
Prof\- ......................................
Ven\- Pois que essa é a vossa resolução, não respondo pelo que
vos possa acontecer. Ir\ Terrível, levai esse profano para fora
do Templo e conduzi-o por esses caminhos escabrosos por
onde passam os temerários que aspiram conhecer nossos
arcanos.

(O Exp\ toma o Profano pelo braço esquerdo, leva-o


para fora do Templo e, depois de fazê-lo dar algumas
voltas, o conduz novamente à porta do Templo, onde o
arroja de qualquer altura, amparando-o
convenientemente. Para esse fim, convém ter
preparado um pequeno plano inclinado de cerca de 40
a 60 centímetros de altura, colocado à porta do Templo
e pelo qual subirá o profano de maneira que, ao chegar
à extremidade, caia dentro do Templo, onde dois IIr\
devem estar para ampará-lo, afim de não se magoar).
(Terminado esse processo).

Exp\- Ven\ M\, o profano deu provas de resignação e coragem.


Ven\- Senhor, é somente através dos perigos e das dificuldades que
se pode alcançar a iniciação. (pequena pausa) Embora a
Maçonaria não seja uma religião, e proclame a liberdade de
consciência, tem, contudo, uma crença: Ela proclama a
existência de um Princípio CRIADOR, ao qual denomina
G\A\D\U\. É por isso que nenhum Maçom se empenha
em uma empresa sem primeiro invocar o G\A\D\U\.
o
Ir\Exp\ conduzi o profano para junto do Altar do Ir\ 2 Vig\ e
fazei-o ajoelhar sobre ambos os joelhos. (depois de
executada a ordem) Profano, tomai parte na oração que, em
vosso favor, vamos dirigir ao Senhor dos Mundos e Autor de
88
todas as cousas
( * ) De pé e à ordem, meus Iir\.

ORAÇÃO

Ven\ - Eis-nos, Oh! G\A\D\U\, em quem reconhecemos o


INFINITO PODER e a INFINITA MISERICÓRDIA, humildes e
reverentes a Teus pés. Contém nossos corações nos limites da retidão
e dirige nossos passos pela estrada da Virtude. Dá-nos que, por
nossas obras, nos aproximemos de Ti, que és Uno, e subsistes por Ti
mesmo e a quem todos os seres devem a existência. Tudo sabes e
tudo dominas; invisível aos nossos olhos, vês no fundo de nossas
consciências. Digna-te, Oh! G\A\D\U\, proteger os obreiros da
paz, aqui reunidos; anima o nosso zelo, fortifica nossas almas na luta
das paixões; inflama nossos corações com o Amor da Virtude e guia-
nos para que, sempre perseverantes, cumpramos as Tuas Leis.
Presta a esse candidato, agora e sempre, Tua proteção e ampara-o
com Teu braço onipotente em todos os perigos por que vai passar.

Todos: Assim seja!

Ven\- (com voz solene) Senhor, F................ nos extremos lances de


vossa vida, em quem depositai a vossa confiança?
Prof\- ......................................
Ven\- Pois que confiais em Deus, levantai-vos e segui com passo
seguro o vosso guia e nada receeis.

(O Exp\ conduz o profano para entre Ccol\, devendo


reinar o mais profundo silêncio).

Ven\- ( * )
o
1 Vig\- ( * )
2o Vig\- ( * )

(Todos se sentam, exceto o profano e o Exp\).

Ven\- Senhor, antes que esta Assembléia consinta em admitir-vos


às provas, devo sondar o vosso coração, esperando que
respondais com sinceridade e franqueza, pois vossas
respostas não nos ofenderão. Sr F........ que idéias, que
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pensamentos vos ocorreram quando estáveis no lugar
sombrio de meditação onde vos pediram que escrevesses a
vossa última vontade?
Prof\- (Responde livremente).
Ven\ - Em parte já vos dissemos com que fim fostes submetido à
primeira prova - a da Terra. Os antigos diziam que havia
quatro elementos: a Terra, a Água, o Ar e o Fogo.
A caverna onde estiveste, como tudo que nos cerca, é
simbólica. Vós estáveis na escuridão e no silêncio, como um
encarcerado em uma masmorra e cercado de emblemas
fúnebres e esotéricos, além de pensamentos alusivos à
mortalidade e ao seu desejo de ingressar na nossa ordem,
principalmente, para compelir-vos a refletirdes séria e
profundamente antes de realizardes um ato tão importante
como o da Iniciação em nossos mistérios. Os símbolos que ali
existem vos levaram, certamente, a refletir sobre a
instabilidade da vida humana, lição trivial sempre ensinada, e
sempre desprezada. Se desejais tornar-vos um verdadeiro
Maçom, deveis, primeiro, extinguir as vossas paixões, os
vícios e os preconceitos mundanos que ainda possuís, para
viverdes com Virtude, Honra e Sabedoria. (pausa)
- Sr. F..................: credes em um Princípio Criador?
Prof\- ......................................
Ven\- Essa crença, que enobrece vosso coração, não é exclusivo
patrimônio do filósofo e do Maçom. Desde que o selvagem
compreende que não pode existir por si mesmo, que Alguém
deveria ter criado a majestosa Natureza que o cerca, é levado,
instintivamente, a admirar e a cultuar esse Criador incriado, a
Quem rende tosco, mas, sincero culto como Ente Supremo e
Grande Arquiteto dos Mundos.
Que entendeis por Virtude senhor F...............?
Prof\- ......................................
Ven\- É, também, uma disposição da alma que nos induz à prática do
Bem. (pequena pausa).
Que pensais ser o vício senhor F.............?
Prof\- ......................................
Ven\- É tudo o que avilta o homem. É o hábito desgraçado que nos
arrasta para o mal. É para impormos um freio salutar a essa
impetuosa propensão, para elevarmo-nos acima dos vis
interesses, que atormentam o vulgo profano, e acalmarmos o

90
ardor de nossas paixões, que nos reunimos neste Templo.
Aqui, trabalhamos para adaptar nosso espírito às grandes
afeições e a só concebermos idéias sólidas de virtude, porque,
somente regulando nossos costumes pelos eternos princípios
da Moral, é que poderemos dar à nossa alma esse equilíbrio de
força e de sensibilidade que constitui a Ciência da Vida.
Esse trabalho é muito penoso, e, por isso, deveis refletir bem
antes de vos fazerdes Maçom, pois, se fordes admitido entre
nós, a ele tendes de vos sujeitar com satisfação. (pausa)
Preferis seguir o caminho da Virtude ou do Vício; o da
Maçonaria ou do mundo profano?
Prof\- ......................................
Ven \- Senhor, toda associação tem Leis particulares e todo
associado deveres a cumprir. Como não seja justo sujeitar-vos
a obrigações que não conheceis, ouvi a natureza desses
deveres.
Ir\ Orador, dizei ao profano quais são os deveres que terá que
cumprir se persistir em partilhar dos bens de nossa Ordem.
Orad\ - (em pé, voltando-se para o Profano, lerá em voz alta:) O
primeiro é o mais absoluto silêncio acerca de tudo quanto
ouvirdes e descobrirdes entre nós, bem como de tudo quanto,
para o futuro, chegardes a ouvir, ver e saber.
O segundo de vossos deveres, o que faz com que a Maçonaria
seja o mais puro dos ideais, sobre ser a mais nobre e a mais
respeitável das instituições humanas, é o de vencer as paixões
ignóbeis que desonram o homem e o tornam desgraçado,
cabendo-vos a prática constante das virtudes; socorrer os
irmãos em suas aflições e necessidades, encaminhá-los na
senda da Virtude, desviá-los da prática do mal e estimulá-los a
fazerem o bem pelo exemplo que derdes da Tolerância, da
Justiça, do respeito à Liberdade, exigências primordiais de
nossa Subl\ Inst\.
O que, em um profano, seria uma qualidade rara, não
passa, no Maçom, do cumprimento elementar de um
dever. Toda ocasião que ele perde de ser útil é uma
infidelidade; todo socorro que recusa é um perjúrio e, se a terna
e consoladora amizade tem o seu culto em nossos Templos, é
menos por ser um sentimento do que por ser um dever que se
transforma em virtude.
O terceiro de vossos deveres, e a cujo cumprimento só ficareis
obrigado depois de vossa Iniciação, é o de vos sujeitardes,

91
conscientemente, aos Landmarks, aos dispositivos da
Constituição, Códigos de Justiça Maçônica, e Regulamento
Geral de nossa Grande Loja, e aos Estatutos desta Loja.
(O Ir\ Orad\ senta-se). (Pausa).

Ven\- Agora que conheceis os principais deveres de um Maçom,


dizei-me se vos sentis com força e se persistis na resolução de
vos sujeitardes à sua prática?
Prof\- ......................................
Ven\ - (com voz forte e solene) - Senhor: ainda exigimos de vós
um Juramento de Honra que deve ser prestado sobre a Taça
Sagrada. (pequena pausa) - Se sois sincero, bebei sem
receio. Mas, se no fundo de vosso coração se oculta alguma
falsidade, não jureis! Afastai essa Taça, e temei o pronto e
terrível efeito dessa bebida. (pausa) - Consentis em prestar o
Juramento?
Prof\- ......................................
Ven\- Ir\ Sacrificador, conduzi o candidato ao Trono.

(Quando houver mais de um Candidato, devem ser


conduzidos individualmente, aguardando, os demais,
fora do T\)

(O Exp\ conduz o Prof\ pelo Norte, sobe os degraus do


Or\ pelo lado Norte, passa entre o Trono e o Altar dos
Perfumes, e sobe os degraus do Trono. À sua chegada, o
Ven\ diz:)
Ven\- Ir\ Terrível, vós que sois o sacrificador dos perjuros,
apresentai ao candidato a Taça Sagrada.

(O Exp\ apresenta a Taça com bebida doce e espera o


sinal do Ven\ M\ para dar a bebida ao candidato. Junto
deve estar um frasco contendo outro líquido amargo para
ser despejado na taça no momento oportuno).

(O Exp\ fará os movimentos, adiante designados pelos


números 1, 2, 3 e 4, nos momentos indicados no
pronunciamento do Candidato. Deve haver um perfeito
sincronismo, para que se alcance o resultado almejado.)

92
Ven\ - Repeti comigo o vosso Juramento: (1-O Exp\ coloca a Taça
na mão direita do Candidato, também segurando-a, com
sua mão direita sobre a mão do Candidato. A Taça conterá
um pouco de água açucarada ou similar) “JURO E
PROMETO GUARDAR / O MAIS PROFUNDO SILÊNCIO /
SOBRE TODAS AS PROVAS / A QUE FOR EXPOSTA MINHA
CORAGEM. / SE EU FOR PERJURO / E TRAIR MEUS
DEVERES / SE O ESPÍRITO DE CURIOSIDADE / AQUI ME
CONDUZ / CONSINTO QUE A DOÇURA DESTA BEBIDA / (2-
Mantendo sua mão sobre a do Candidato, o Exp\ faz que
este leve a Taça à boca, e beba todo seu conteúdo,
recomendando, todavia, para que ele “beba só um gole”) /
SE TRANSFORME EM AMARGOR (3-Nesse instante o Exp\
colocará o líquido amargo (quássia) que representa o
“gole” que teria ficado. Recomenda-se cuidado para que o
Prof\ não note esse ato) E O SEU EFEITO SALUTAR / SEJA
PARA MIM / COMO UM SUTIL VENENO” (4-Nesse momento o
Exp\ fará o Candidato beber todo o conteúdo da Taça).

Ven\ - ( * ) (Batida Forte)


1º Vig\ - ( * ) (Batida Forte)
2º Vig \- ( * ) (Batida Forte)

(Nesse momento, todos fazem um “Oh!”, em voz


baixa, denotando profundo desapontamento. O
Candidato deverá apenas perceber o “murmúrio”
dentro do T\)

Ven\ - (com voz forte e em tom irritado) Que vejo, senhor? Altera-
se o vosso semblante? A vossa consciência desmentiria,
porventura, as vossas palavras de sinceridade? A doçura
dessa bebida mudar-se-ia em amargor? Ir\ Terrível, retirai o
profano!

(O Exp\ segura o Profano com as duas mãos, enlaçando-


o com o braço direito, e o arrasta até entre Ccol\. Se
houver mais de um Candidato, a cerimônia da Taça será
repetida individualmente, ficando os não participantes

93
fora do T\)

(Ao término e estando o Candidato entre Ccol\)


Ven - Senhor, não quero crer que tenhais o intuito de enganar-nos.
Entretanto, ainda podeis vos retirar, se assim o quiserdes.
(pausa) Bebestes da Taça Sagrada da boa ou má sorte, que é
a Taça da vida humana. Consentimos que provásseis a doçura
da bebida e, ao mesmo tempo, fostes levado a esgotar o seu
amargor. Isso vos lembrará que o Maçom deve gozar os
prazeres da vida com moderação, não fazendo ostentação do
bem que goza, desde que vá ofender ao infortúnio. Refleti bem,
senhor; qualquer irreflexão vos poderá ser prejudicial, por que
se avançardes mais um passo será tarde para recuardes.
Persistis em entrar para a Maçonaria?
Prof\- ......................................
Ven\- ( * ) Ir\ Terrível, fazei o profano sentar-se na cadeira das
reflexões.

(O Exp\ faz o candidato dar uma volta rápida sobre si


mesmo e senta-o na cadeia das reflexões que deve estar
entre colunas).

Ven\ - Profano, que a obscuridade que vos cobre os olhos e o horror


da solidão sejam os vossos únicos companheiros.

(Grande pausa, de aproximadamente 1 minuto, sob


silêncio profundo).

Ven\ - Já refletistes, senhor, nas conseqüências de vossa pretensão?


Pela última vez dizei-me: quereis voltar para o mundo profano
ou persistis em conquistar um lugar entre os Maçons?
Prof\- ..........................................
Ven\ - Ir\Terrível, apoderai-vos desse Prof\ e fazei-o praticar a sua
primeira viagem. Empregai todos os esforços para livrá-lo do
perigo e vós, senhor, concentrai vossa atenção nas provas a
que ides vos submeter para que possais aprender o seu
caráter misterioso e emblemático. Procurai penetrar a sua
significação oculta, porque a venda material que cobre vossos
olhos não pode interceptar a vossa vista intelectual. Na

94
Maçonaria nada se faz que não tenha razão de ser. Esforçai-
vos por compreender, porque dos resultados desses esforços
dependerá toda a extensão dos conhecimentos que, como
Maçom, deveis adquirir.
(As Viagens iniciam-se entre Ccol\, seguem pelo
Norte, passando entre a Grade do Or\ e o Altar dos
Juramentos, daí pelo Sul, até o Oc\. Encaminhado-se
para os respectivos Altares. O Exp\, na Primeira
Viagem, segurando o Profano pela mão esquerda, fá-
lo-á percorrer, vagarosamente, um caminho cheio de
obstáculos. Durante esta Viagem, o silêncio é
quebrado por sons imitando o trovão. O M\ de
Harmonia executará música apropriada. Tudo cessará
quando o Profano chegar ao Altar do 2° Vig\, onde o
Exp\ o faz bater três pancadas com a mão direita)

(quando forem vários Candidatos, apenas o primeiro


bate, estando os demais com a mão direita no ombro
direito do que estiver à frente.)
o
2 Vig\- (levantando-se abruptamente e colocando o malhete no
peito desnudo do candidato) Quem vem lá?
Exp\- É um profano que deseja iniciar-se em nossos augustos
mistérios.
o
2 Vig\- E como pode ele conceber tal esperança?
Exp\- Porque é livre e de bons costumes, porque quer contribuir para
a realização da solidariedade humana e porque, estando nas
trevas, deseja a luz.
o
2 Vig\- Se assim é, passe (retira o malhete do peito do candidato).
Exp\- (depois de reconduzir o candidato para entre colunas)
Ven\M\, o profano terminou, com coragem, a sua primeira viagem.

(O candidato senta-se).

Ven\- Esta primeira viagem, com seus ruídos e obstáculos,


representa o segundo elemento, o Ar, símbolo da vitalidade,
emblema da vida humana com seus tumultos de paixões e
suas dificuldades; os ódios, as traições, as desgraças que
ferem o homem virtuoso, em uma palavra, a vida humana na

95
luta dos interesses e das ambições, cheia de embaraços aos
nossos intentos. Vendado como vos achais, representais a
ignorância, incapaz de dirigir seus esforços sem um guia
esclarecido. Este símbolo, porém, se adapta a uma série de
grandes concepções.
É o símbolo da Família, onde a criança, incapaz de se dirigir,
necessita do amparo e guia de seus pais; da sociedade, onde a
inteligência de um pequeno grupo conduz as massas
ignorantes que não podem se governar; da Humanidade, onde
os povos mais inteligentes conduzem e dominam os mais
atrasados.
Se quiserdes, ainda, um símbolo mais elevado, vede os
mundos, no seu caminhar incessante através do éter, girando
com velocidade vertiginosa, sem o mínimo rumor, qual um
pássaro que fende o ar com as suas asas. Esses mundos,
infinitos em número, pesando milhões e milhões de toneladas,
estão sujeitos a Leis fixas e imutáveis, às quais obedecem
cegamente, qual vós ao vosso guia. Mas, senhor, a expressão
simbólica da vossa cegueira e da necessidade que tendes de
quem vos conduza, representa o domínio que o vosso espírito,
esclarecido pelos nossos sãos ensinamentos, deve exercer
sobre a cegueira das vossas paixões, transformando a
materialidade dos sentimentos profanos, que acaso existam
em vós, em puros sentimentos maçônicos, criando em vós
mesmo um outro ser pela espiritualização e elevação de
vossos sentimentos; tereis, então, retirado a venda material
que prende vossa alma e não mais precisareis de guia em
vosso caminho. Foi para isso que aqui batestes, para ver a luz.
São estes os ensinamentos dessa primeira viagem. A
Maçonaria, porém, ensina-nos a suportar todos os revezes da
sorte, proporcionando-nos consolações salutares e grandes
compensações.
Estais disposto a vos expor aos riscos de uma segunda
viagem?
Prof\- ..........................................
Ven\- Ir\ Terrível, fazei o profano praticar a segunda viagem,
livrando-o dos abismos e enchendo-o de coragem.

(Conduzido, como na primeira viagem, o profano


percorre o caminho mais plano. Durante a viagem

96
ouve-se o tinir descompassado de espadas. Música
apropriada. Quando passar pelo altar do 1o Vig\, o
profano dá três pancadas à frente, com a mão direita.
Todo o rumor e a música cessam).
o
1 Vig\ - (levantando-se abruptamente e colocando o malhete no
peito desnudo do profano) Quem vem lá?
Exp\- É um profano que, pretendendo nascer de novo, quer iniciar-se
Maçom.
o
1 Vig\- E como pode ele conceder tal esperança?
Exp\- Porque quer instruir-se e aperfeiçoar-se e, estando nas trevas,
deseja a luz.
o
1 Vig\ - Se assim é, seja purificado pela água (retira o malhete do
peito do profano).

(O Exp\ conduz o profano para junto do Mar de


Bronze, em cujas águas o M\ de CCer\ mergulha as
mãos do candidato por três vezes, enxugando-as em
seguida).

Exp\ - (depois de reconduzir o profano para entre colunas) Ven\


M\, está feita a segunda viagem.
Ven\- Passastes pela terceira prova - a da Água. A Água, em que
mergulharam vossas mãos é o símbolo da pureza da vida
maçônica. Vossas mãos jamais devem ser instrumento de
ações desonestas. Purificadas, conservai-as limpas. Nas
antigas iniciações a purificação da alma fazia-se pela Água,
imagem também do oceano da vida com as furiosas vagas das
ilusões.

Ouvistes, nessa viagem, o entrechocar de armas de combates,


a arma branca. Eles simbolizam o perigo que encontrareis para
sairdes vitorioso no combate às vossas paixões, no
aperfeiçoamento de vossos costumes. Guiado como estáveis,
representáveis o discípulo e o mestre, vivendo
harmonicamente, fraternalmente, um ministrando com
desvelo a experiência as virtudes que adquiriu; e o outro,
solícito, deixando-se conduzir. O amparo que vos foi prestado
nessa viagem é a segunda manifestação da solidariedade
humana, sem a qual as atuais gerações, não fortalecidas,

97
deixam de concorrer para o progresso das gerações futuras.
Menos penosa que a primeira, essa viagem também significa
que a constância e a perseverança nas lutas contra os vícios
do mundo profano, têm por termo a paz de consciência.
(pausa). Irmão Terrível, fazei o profano praticar a terceira
viagem.

(O Ir\ Exp\, com as mesmas formalidades, faz o


Profano percorrer o mesmo caminho que, desta vez,
estará totalmente livre de quaisquer obstáculos. No
T\, reinará silêncio, ouvindo-se, apenas, música
suave e lenta, que cessa quando o Profano, depois de
dar uma volta completa e subir ao Or\, chegar ao
Trono do Ven\, onde baterá três pancadas com a mão
direita).

Ven\- (encostando o malhete ao peito desnudo do candidato)


Quem vem lá?
Exp\- É um profano que aspira ser nosso irmão e nosso amigo.
Ven\- E como pode ele conceber tal esperança?
Exp\ - Porque presta culto à virtude e, detestando a ociosidade,
promete contribuir com o seu trabalho para a liberdade,
igualdade e fraternidade social, e porque, estando nas trevas,
deseja a luz.
Ven\ - Pois que assim é, passe pelas chamas do Fogo Sagrado para
que de profano nada lhe reste (retira o malhete do peito do
candidato).

(O Ir\ Exp\ conduz o Candidato ao Altar dos


Perfumes, onde o Ir\ M\ de CCer\ o incensará por
três vezes. Em seguida, - onde estiver a pira - deve
passar as mãos, por três vezes, sobre as chamas do
Fogo Sagrado. Terminado este ato, o Candidato é
conduzido pelo Exp\ para entre Ccol\)

Ven\- ( * ) As chamas, que vos envolveram, simbolizam o batismo da


purificação. Purificado pela água, o fogo eliminou as nódoas do
vicio. Estais, simbolicamente, limpo. Esse fogo, cujas chamas
simbolizam também aspiração, fervor e zelo, deve lembrar-vos

98
que deveis aspirar a verdadeira glória, trabalhando
ininterruptamente pela causa em que nos empenhamos e que
é a do povo e da felicidade humana. Tudo, até aqui, passou
sem perigo; antes, porém, de serdes iniciado em nossos
mistérios, deveis passar pelo batismo do sangue. Se vos sentis
cheio de valor para vos sacrificardes pelo serviço da Pátria, da
Ordem e da Humanidade, com risco da própria vida, deveis
selar a vossa profissão de fé com o vosso sangue. Estais
disposto a isso?
Profano - .......................................
Ven\- A vossa resignação nos basta. O batismo do sangue não é um
símbolo de purificação; é o batismo do heroísmo e da
dedicação do soldado e do mártir; vossa resignação é o penhor
solene de que jamais faltareis ao cumprimento de vossos
deveres maçônicos, por medo ou terror do perseguidor ou do
tirano. Lembrando-vos do sangue derramado, em todas as
épocas, pela perseguição, aumentareis vossa tolerância na
defesa dos sagrados direitos da consciência. Vosso valor e
vossa dedicação já vos dão direito a serdes recebido entre nós.
Antes, porém, devo mandar imprimir em vosso peito o cunho
inextinguível que vos tornará reconhecido por todos os
Maçons do Universo.
- Ir\ Chanc\, cumpri vosso dever.

(O Chanc\ irá aproximar do peito do candidato um


foco luminoso que apenas lhe transmita a impressão
de calor).
o
1 Vig\- ( * ) Graça! Graça! Ven\ M\
Ven\ - Graça lhe seja concedida, pois um sinal desta natureza é inútil
porque não penetra no coração onde a mão de Deus imprimiu
o selo da caridade. (Pausa). Agora, quero experimentar
vossos sentimentos, antes de realizarmos os vossos desejos.
Há Maçons necessitados, viúvas e órfãos a socorrer, sem
ostentação nem publicidade, pois a beneficência maçônica
não se traduz por atos de vaidade, próprios aos que dão com
orgulho, humilhando a quem recebe. Por isso, atendei ao apelo
que o nosso caridoso Ir\ Hospitaleiro vai fazer à bondade do
vosso coração.
Fazei-o, porém, de modo que ninguém veja o que depositardes

99
na bolsa que ele vos apresentará.
Hosp\ - (encostando levemente a bolsa na mão direita do
Candidato, e sussurrando no seu ouvido, diz:) - Peço-vos
um pequeno auxílio para os desgraçados que devemos
socorrer.
Prof\ - (por estar despojado de seus metais). Nada tenho; mas
quando tiver saberei cumprir meu dever.

(Logo em seguida, o Ir\ Hosp\, após falar a todos os


candidatos, com voz forte, diz:)

Hosp\ - Ven\ M\, o profano declara não poder contribuir para o


Tronco de Solidariedade, faltando assim aos princípios da
caridade de nossa Instit\(o Hosp\ volta a seu lugar).
Ven\ - Senhor, não foi nosso intuito colocar-vos em situação
embaraçosa e, muito menos, humilhar-vos. Quisemos, com o
pedido que vos fez o nosso Ir\ Hosp, lembrar-vos duas coisas:
o
1 , Que estais despido de tudo o que representa valor
monetário, a que chamamos metais. Despojado de metais,
estais simbolicamente despido das vaidades e do luxo da
sociedade profana; 2o, A angústia que deve sentir um coração
bem formado quando se encontra na impossibilidade de
socorrer a miséria e as necessidades suportadas pelo os
deserdados da fortuna.
Estas duas interpretações simbólicas da vossa privação de
metais servem, ainda, para demonstrar-vos que só damos
valor às qualidades morais, servindo os metais apenas para
socorrer os nossos semelhantes.(pausa).

Ven\ - Senhor, O Ir\ Orador fará agora a leitura do Decálogo do


Maçom, em cumprimento à determinação da Nossa
Constituição. ( * ) – Atenção meus Iir\.

Orad\ - (de pé o Ir\ Orad\ faz a leitura do Decálogo).

I. pugnar constantemente pelo progresso social e exercer a


beneficência no seu sentido mais elevado;
II. reconhecer como Irmãos a todos os Maçons, prestando-lhes ,
auxílio e proteção, assim também às suas viúvas e órfãos, sempre que

100
justo e necessário;
III. estender à Humanidade, sem distinção de raça, cor ou
crença, o espírito de solidariedade;
IV. frequentar, com regularidade, os trabalhos de sua Loja
Simbólica e dos demais setores maçônicos de que faça parte;
V. aceitar e desempenhar, com exação, as funções e encargos
que lhe forem confiados por seus superiores hierárquicos;
VI. obedecer e fazer obedecer esta Constituição, Códigos, Leis,
Estatutos e Atos Normativos emanados da GLOMARON, bem como,
a Legislação das Lojas Simbólicas, dos Colegiados e dos Conselhos
a ela pertencentes, e ainda, os Landmarks da Ordem;
VII. satisfazer pontualmente às contribuições e taxas
estabelecidas pelos Poderes Maçônicos;
VIII. investigar, cuidadosamente, as qualidades individuais dos
candidatos à admissão na Maçonaria, comunicando, por escrito, aos
seus superiores hierárquicos o que souber a respeito dos mesmos,
para que fique fazendo parte do processo respectivo,
IX. cumprir os deveres de cidadão, observando na prática de
seus atos os princípios da moral: honrar a sua palavra e respeitar as
crenças alheias;
X. exercitar sempre o trabalho manual ou intelectual, pois neles
se resume o dever essencial do homem. (O Ir\ Orad\ senta-se)

Ven\ - Senhor, deveis, como final de vossa iniciação, prestar uma


promessa solene; esta só deve ser prestada livremente. Ouvi
com atenção a fórmula desse juramento, que não é
incompatível com os deveres morais, cívicos ou religiosos. Se
notardes alguma coisa que seja contrária a vossa consciência,
o que eu não creio, declarai-o com franqueza, porque, sendo
ele tão solene, só deve ser prestado livremente. Prestai
atenção e refleti bem antes de vos decidirdes.
Orad\ - (lendo a fórmula, de pé e em voz alta). Juro e prometo de
minha livre vontade e por minha honra, em presença do
G\A\D\U\ e dos membros desta Loja, que são os
representantes de todos os Maçons espalhados pelo
Universo, nunca revelar os mistérios da Maçonaria que me vão
ser confiados senão em Loja regularmente constituída; nunca
os escrever, gravar, traçar, imprimir, ou empregar outros meios
pelos quais possa divulgá-los;
Comprometo-me a defender e proteger a meus Irmãos
esparsos pelo mundo, em tudo que puder, que for necessário e
101
justo;
Prometo, também, conservar-me sempre cidadão honesto e
digno, submisso às Leis do País, amigo de minha Família e
Maçom sincero, nunca atentando contra a honra de ninguém,
e, especialmente contra a de meus irmãos e de suas famílias.
Juro e prometo, ainda, reconhecer como única autoridade
maçônica legal e legítima, nesta jurisdição, a Sereníssima
Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia, da qual esta
Loja depende; seguir as suas Leis e regulamentos, bem como
todas as decisões ou ordens legais e legítimas dos que vierem
a ser meus superiores maçônicos, procurando aumentar e
aperfeiçoar os meus conhecimentos, de acordo com os
Landmarks e as Leis da Ordem e do Rito Escocês Antigo e
Aceito. Procurarei tornar-me sempre um elemento de paz, de
concórdia e de harmonia no seio da Maçonaria; repelirei toda e
qualquer associação ou seita que, por juramento, prive o
homem dos direitos e dos deveres de cidadão e da sua
liberdade de consciência.
Tudo isso prometo cumprir sem sofisma, equívoco ou reserva
mental e consinto, se faltar a minha palavra, em ser excluído de
toda a sociedade de homens de bem, que, então, deverão ver
em mim um ente sem honra nem dignidade.
Ven\ - Senhor, ouvistes a fórmula do juramento que vos exigimos.
Agora refleti sobre a gravidade do ato que ides praticar e das
obrigações que deveis assumir. (pausa). Respondei com toda
a franqueza, Sr. F............., consentis em prestar este
juramento?
Prof\- ..........................................
Ven\ - Ir\ Terrível, conduzi o profano para fora do Templo, porque
vamos deliberar sobre a sua definitiva admissão.

(O profano é levado para o Átrio, voltando o Ir\ Exp\


para o Templo).

Ven\ - (depois de fechada a porta do Templo). Meus irmãos, já


formastes vossas conclusões sobre o processo de iniciação do
profano F.............................. e, se o julgais digno de
permanecer entre nós e consentis de sua admissão definitiva,
manifestai-vos pelo sinal convencional.

102
(Se houver alguma objeção, a Loja, sem discussão,
resolverá por maioria de votos. Nos casos
desfavoráveis, o Candidato será retirado do edifício,
com todas as devidas formalidades, depois de se lhe
dizer as razões. Em casos favoráveis, o Ven\ diz:)

Ven\ - Ir\M\de CCer\ ide buscar o Profano.

(Entrando com o Candidato, posta-se entre Ccol\)


Ven\ - Senhor, chegou o momento de receberdes o prêmio de vossa
firmeza e constância. (pausa). Ir\ M\de CCer\, apresentai o
o
iniciando ao Ir\ 1 Vig\ para que lhe ensine a dar os primeiros
passos de Ap\ M\, no ângulo do quadrilátero, e depois fazei-
o ajoelhar ante o Altar para prestar seu solene juramento.
o
(O M\ de CCer\ entrega o iniciando ao Ir\ 1 Vig\,
que, saindo de seu lugar, ensina-lhe a dar os primeiros
passos, de forma que, no último passo se encontre em
face do Altar dos JJur\, onde o M\ de CCer\ o faz
ajoelhar-se sobre o joelho direito, colocando a mão
direita sobre o Livro da Lei e tendo, na esquerda, um
compasso aberto em 45º, cuja ponta encostará no
peito descoberto, sobre o coração. No caso de mais de
um Iniciando, os demais ajoelhar-se-ão atrás do
primeiro e colocarão a mão direita sobre o ombro
direito do que lhe estiver à frente).

Ven\ - ( * ). De pé e a ordem, meus Irmãos. O iniciando vai prestar seu


solene e juramento. (ao iniciando). Já ouvistes e meditastes
no juramento que ides prestar. Vou lê-lo novamente e a cada
uma de minhas perguntas respondereis: Eu o juro! (o
candidato deve responder alto e claro).
(lendo pausada e solenemente) - Senhor, jurais e prometeis
por vossa livre vontade, por vossa honra e vossa fé, em
presença do G\A\D\U\ e de todos os Maçons espalhados
pela superfície da Terra, dos quais somos aqui os legítimos
representantes, nunca revelar os mistérios da Maçonaria que
vos forem confiados, senão em Loja regularmente constituída:
nunca os escrever, gravar, traçar, imprimir ou empregar outros

103
quaisquer meios pelos quais possais divulgá-los?
Prof\ - Eu o juro!
Ven\- Jurais mais, defender e proteger vossos irmãos esparsos pelo
mundo em tudo que puderdes e for necessário e justo?
Prof\- Eu o juro!
Ven\- Jurais, também, conservar-vos sempre cidadão honesto e
digno, submisso às Leis do País, amigo de vossa Família e
Maçom sincero, nunca atentando contra a honra de ninguém,
especialmente contra a de vossos irmãos e a de suas
Famílias?
Prof\- Eu o juro!
Ven\- Jurais e prometeis reconhecer como única autoridade
maçônica legal e legítima, nesta Jurisdição, a Sereníssima
Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia, da qual
depende esta Loja; seguir as suas Leis e regulamentos, bem
como todas as decisões ou ordens legais e legítimas dos que
vierem a ser vossos superiores maçônicos, procurando
aumentar e aperfeiçoar os vossos conhecimentos, de acordo
com os Landmarks e as Leis da Ordem e do R\ E\ A\ A;
procurar sempre vos tornardes um elemento de paz, de
concórdia e de harmonia no seio da Maçonaria, repelindo toda
e qualquer associação ou seita que, por juramento, prive o
homem de seus direitos e deveres de cidadão?
Prof\- Eu o juro!
Ven\- (ao iniciando). Agora, senhor, repeti as palavras que vou ditar-
vos e que são o complemento de vosso juramento.
- (o Iniciando repete cada frase) - TUDO ISSO EU
PROMETO CUMPRIR / SEM SOFISMA, EQUÍVOCO, OU
RESERVA MENTAL / E, SE VIOLAR ESTA PROMESSA / QUE
FAÇO SEM A MÍNIMA COAÇÃO / SEJA-ME ARR\ A L\ /
MEU PESC\ CORT\ / E MEU CORPO ENTERRADO EM
LUGAR IGNORADO / ONDE FIQUE EM PERPÉTUO
ESQUECIMENTO / SENDO EU DECLARADO / SACRÍLEGO
PARA COM DEUS / E DESONRADO PARA COM OS
HOMENS / ASSIM, DEUS ME AJUDE!

Todos - Assim seja !


Ven\ - ( * ) Sentemo-nos.
(O M\ de CCer\ levanta o profano e o conduz para
104
entre colunas).
Ven\- (Dirigindo-se ao iniciando) Senhor, prestastes vosso
juramento solene. De hoje em diante estais ligado para sempre
a nossa Ordem e ao R\E\A\A\. Jurastes obediência ao
Governo da Ordem e aos seus Chefes. Estais ainda disposto a
permanecer entre nós?
Prof\- ..........................................
Ven\- (sendo a resposta afirmativa). Pois que assim continuais
firme em vosso propósito de ingressar em nossa Associação
Fraternal, ides ver, agora, o martírio e a perversidade a que
submeteram um dos nossos maiores Mestres e Protetores.
Escolhemos esse modo de martirização para com ele
castigarmos os perjuros. - Meus IIr\, conduzi o iniciado ao
Átrio para lhe mostrardes o que lhe poderá suceder, doravante,
quer permanecendo entre nós e expondo-se, assim, aos botes
da ignorância e da perversidade dos que ainda tateiam nas
trevas, quer tornando-se perjuro e expondo-se, por isso, às
nossas mais terríveis vinganças.

(O iniciando é levado para o Átrio, onde estará


colocado uma figura representando São João Batista
degolado. Uma luz fraca de lâmpada de álcool
iluminará a cena. Todos estarão de pé, sem insígnias,
de meias máscara ou capuzes que ocultem o rosto,
empunhando as suas espadas com as pontas
voltadas para o candidato. O Ven\ M\ dá lentamente
a bateria e, à última pancada, o M \ de CCer \
desvenda o profano. Todos se manterão em profundo
silêncio).

Ven\- O corpo que ai vedes representa o nosso Mestre e Protetor São


João Batista, friamente assassinado para satisfação dos
caprichos de uma mulher fácil e vingativa, depois de
encarcerado em uma masmorra, por ter proclamado
publicamente as faltas e os erros, então cometidos pelos ricos
e poderosos, pelos que martirizavam o povo, pelos que
usavam da violência e da arbitrariedade, abusando do poder e
pelos que juravam falso para melhor exercerem suas
vinganças. Ele representa o verdadeiro Maçom, sacrificando-

105
se pelos supremos ideais, imolando-se às arbitrariedades dos
poderosos e dos tiranos. Esse clarão pálido e lúgubre da
chama que vedes, é o emblema do fogo sombrio que há de
alumiar a vingança que os perjuros e traidores preparam para o
próprio castigo. Essas espadas dizem-vos que não haverá
recanto da Terra em que os perjuros possam encontrar refúgio,
sem que sejam precedidos pela vergonha do crime.

(O iniciando é novamente vendado e conduzido ao


Templo, onde fica entre colunas. Todos se retiram
silenciosamente e, revestindo as suas insígnias,
voltam para os seus lugares, onde permanecerão de
pé, empunhando uma espada com a mão esquerda, de
pontas voltadas para o alto e em direção do iniciando e
fazendo o sinal gutural com a mão direita. Os IIr\ que
não portarem espadas ficarão de pé e a ordem).

Ven\- ( * ) Ir\ 1o Vig\, sobre quem se apóia uma das CCol\ deste
Templo, agora que a coragem e perseverança deste candidato
fizeram-no sair vitorioso do porfiado combate entre o homem
profano e o homem maçom, que pedis em seu favor?
1o Vig\- ( * ) Luz, Ven\ M\
(apagam-se as luzes do Templo, exceto as velas
amarelas dos altares)
Ven\ - No princípio do mundo disse o G\A\D\U\: FAÇA-SE A LUZ
(dá uma pancada(*), repetindo-a pelos VVig\) E A LUZ FOI
FEITA (dá uma pancada (*), sendo repetida pelos VVig\), A
LUZ SEJA DADA AO NEÓFITO (dá uma pancada(*), repetida
pelos VVig\).
(Logo após a última pancada do Ir\ 2° Vig\, o Ir\ M\
de CCer\ desvenda vagarosamente o Iniciando).
(Ouve-se a música Also Sprach Zarathustra (Assim
falou Zaratustra) poema sinfônico composto por
Richard Strauss em 1896 (Tema do Filme 2001, uma
odisséia no espaço), apropriada para o momento)).
(Transcorridos alguns momentos, a luz reaparece no
T\, vagarosamente, começando pelo Altar dos
Juramentos, Dossel, Colunas B e J, e demais luzes
vindo do Oriente para o Ocidente).

106
(A música vai aumentando gradativamente).

Ven\- (Ao final da música) SIC TRANSIT GLORIA MUNDI!


(pequena pausa).

(O Ir\ M\ de Harm\ executa a música ALELUIA e


aumenta lentamente o volume da música, ao término,
o Ven\ diz:)

Não vos assustem com essas espadas voltadas para vós. Elas
significam que em todos os Maçons encontrareis amigos
dedicados e leais, verdadeiros irmãos, prontos para auxiliar-
vos nos transes mais difíceis da vossa vida, se respeitardes e
observardes escrupulosamente as nossas Leis. Querem,
também, dizer que entre nós encontrareis quem zele pelas
Leis e pela pureza da Maçonaria, quando sejam ameaçadas
por faltardes ao vosso dever e aos vossos compromissos. Pela
direção que tomam, são a irradiação intelectual que cada
Maçom projetará, de hoje em diante sobre vós. Empunhadas
com a mão esquerda, lado do coração, aludem ainda aos
eflúvios de simpatia que de todos os lados se concentram
sobre vós, recebido com grande alegria no seio da Família a
que agora pertenceis.
(Para os Oobr\). - ( * ) Meus IIr\, embainhai vossas espadas
e sentai-vos. Ir\ M\ de CCer\, conduzi nosso novo Ir\ ao
Altar dos Juramentos.

(O Ir\ M\ de CCer\ leva o Neófito até o Altar dos


Juramentos, onde o fará ajoelhar-se com o J\ Dir\,
formando uma esquadria com a perna esquerda. O
Ven\ desce do Trono e ficará face ao neófito pelo lado
Sul do Altar. O Ir\ P\ Estandarte, empunhando o
Estandarte da Loj\, o Ir\ P\ Espada, portando a
espada flamígera e o Ir\ Orad\, empunhando a Carta
Constitutiva, se postarão na Col\ Sul ao lado do
Ven\, que dirá:)
Ven\ - (*) - De pé e à ordem, meus IIr\!

(colocando a Espada sobre a cabeça do Iniciando)

107
Ven- - À G\D\G\A\D\U\, EM NOME E SOB OS
AUSPÍCIOS DA SERENÍSSIMA GRANDE LOJA MAÇÔNICA
DO ESTADO DE RONDÔNIA, E EM VIRTUDE DOS
PODERES DE QUE ESTOU INVESTIDO, EU VOS
CONSTITUO APR\ M\ E VOS RECEBO COMO MEMBRO
ATIVO DO QUADRO DESTA AUG\ E RESP\ LOJ\!

(O Ven\ dá com o Malh\, sobre a lâmina da Espada, a


Bat\ do Gr\. Havendo mais neófitos, a Sagração
completa deve ser repetida individualmente. Depois,
dando a mão direita ao Neófito, o conduz para o lado
Norte do Altar dos Juramentos. Havendo mais de um
Iniciando, os colocará no lado Norte, começando
sempre pelo último da fila).
(Nesse momento, o Ir\ M\de CCer\ já deverá ter em
mãos, para passá-los ao Ven\, o Avental, os pares de
Luvas Brancas, o Código das Legislações MMaç\ e
os Rituais destinados a cada Neófito)

Ven\- Sentai-vos, meus IIr\. - (ao neófito) Meu Ir\ recebei este
avental (entregando-lhe um avental, o Ir\ M\de CCer\
cinge o Neófito com o Avental, cuidando para que a abeta
fique levantada), a mais honrosa insígnia do Maçom, pois é o
emblema do trabalho, a indicar que nós devemos ser sempre
ativos e laboriosos. Deveis usá-lo e honrá-lo, porque, jamais,
ele vos desonrará.
Sem ele não podeis comparecer às nossas reuniões, mas
também não deveis usá-lo para visitar uma Loja em que haja
um irmão contra o qual tenhais animosidade ou com o qual
estejais em desarmonia. Deveis antes e nobremente
restabelecer vossas relações de fraterna e cordial amizade.
Reatadas elas, podereis, revestido de vossa insígnia, trabalhar
em Loja. Mas, se, desgraçadamente, não puderdes
restabelecer as vossas relações, melhor será que vos retireis,
antes que a paz e a harmonia da Loja sejam perturbadas com a
vossa presença.
(Entregando dois pares de luvas, um para homem, outro
para mulher). Obedecendo a uma antiga tradição, ofereço-

108
vos dois pares de luvas; um é para vós. Pela sua alvura, vos
recordará a candura que deve reinar no coração dos Maçons e,
ao mesmo tempo, vos avisará de que nunca devereis manchar
as vossas mãos nas impurezas do vício e do crime. O outro
será para oferecerdes àquela que mais estimardes e que mais
direito tiver ao vosso respeito, a fim de que ela vos recordes
constantemente os deveres que acabais de contrair para com
a Maçonaria. Este oferecimento tem, também, por fim prestar
homenagem à virtude da mulher, que mãe, esposa, irmã ou
filha, é quem nos traz consolação, conforto e talento nas
amarguras, nas atribulações e nos desfalecimentos de nossa
vida.
Agora, vou comunicar-vos os segredos do grau de Aprendiz
Maçom, ou sejam o sinal de ordem, a saudação, o toques e a
palavra sagrada que permitem aos Maçons o reconhecimento
entre si. Todos têm por base o número três, que são os três
pontos da esquadria formada pelo nível e pelo prumo. (Os
Neófitos são levados para junto da porta do T\.)
O Sinal de Ordem é este (com a ajuda do Ir\ M\ de Ccer\,
coloca o neófito na posição). Deveis estar perfeitamente
ereto, formando com os pés uma esq\, o bra\ dir\ nivelado
na altura do pesc\, fazendo uma esq\ nas axilas, tendo a m\
dir\ sobre a garg\, tendo o d\ pol\ afastado dos demais
formando uma esquadria. O corpo nessa posição é
considerado como emblema do espírito e a posição dos pés
representa a retidão das ações. Avançai, agora com o P\ E\,
juntando em seguida ao seu C\ o C\ do P\ D\ (o neófito
executa). Este é o primeiro P\ R\ da Maçonaria e é nesta
posição que os segredos do grau se comunicam. Esses
segredos são um s\, um t\ e uma p\. O s\ é este (O Ir\ M\
de CCer\ faz o s\); o t\ é este (O Ir\ M\ de CCer\ dá o
t\), ao qual se corresponde (o neófito executa). Este t\
indica o pedido de uma p\ s\ que não se escreve e nem se
pronuncia, dá-se por ll\ e ss\. Vou ensiná-la-á juntamente
com o Ir\ M\ de CCer\ (toma a m\ do Ir\ M\ de CCer\ e
dá o t\).
Ven\- Ir\ M\ de CCer\, como se chama este t\?
M\ de Ccer\- O t\ do Ap\

109
Ven\- Que indica ?
M\ de Ccer\- Que se pede a p\ s\.
Ven\- Daí-me a p\ s\.
M\ de Ccer\- Como Aprendiz não sei ler nem escrever, Ven\ M\,
sei apenas soletrar, P\ i\ n\ v\ p\ d\ s\ s\. - D\ a\ p\
l\ q\ e\ v\ d\ a\ s\.

(Dão assim a palavra: Iniciando pelo ouvido esquerdo,


em voz alta, o primeiro fala a primeira letra e sem troca
de ouvido o segundo dá a segunda letra. Trocando de
ouvido o primeira dá a terceira letra e o segundo dá a
quarta letra. Troca-se de ouvido, novamente, o
primeiro fala a primeira sílaba da palavra e o segundo
pronuncia a segunda sílaba).

Ven\- (ao neófito). Esta palavra deriva da Col\ colocada ao lado


Norte da porta do Templo de Salomão e significa FORÇA
MORAL, APOIO.

Há também a p\ sem\, renovada de seis em seis meses,


dada pelo Grão-Mestre, na época dos solstícios e que serve
para comprovar a regularidade do obreiro; não se pode entrar
em Loja regular sem a conhecer. No fim da sessão eu vô-la
comunicarei com as formalidades estabelecidas. Deveis
sempre dar, pela forma que vistes, a p\s\ ao Cobridor da Loja
que fordes visitar, mas deveis também trocar a sem\ para que
tenhais a certeza de estardes em uma Loja regular.
Dai mais dois p\ iguais ao primeiro (o neófitos executa). É
com esses três p\ que se entra numa Loja em trabalhos,
fazendo-se em seguida a saudação ao Ven\ M\ e aos
VVig\, da seguinte forma (O Ir\ M\ de CCer\ faz a
saudação).

A vossa idade maçônica é (diz a idade). A bateria do grau é


executada da seguinte forma (executa a bateria do grau).

Para que tomeis conhecimento das Leis que nos regem,


recebei este exemplar da Constituição, o do Regulamento
Geral de nossa Sereníssima Gr\Loj\, e do Regulamento

110
particular desta Loja e o Ritual do grau de Aprendiz Maçom.
Lede-o refletidamente, pois pelos dois primeiros tomareis
conhecimento dos poderes que nos regem, dos vossos
deveres e direitos, em geral; pelo outro aprendereis o que
deveis à Loja em particular. Pelo Ritual aprendereis o
simbolismo que usamos. Não deveis, entretanto, restringir-vos
às explicações que aí estão, porque nossos símbolos podem
ser encarados debaixo de múltiplos pontos de vista e cada um
deles dá lugar a interpretações filosóficas análogas, mas
diferentes.

A Maçonaria, meu irmão, é uma associação cosmopolita em


sua índole e em sua essência; contudo, em diversas partes do
mundo, seguem-se Ritos que diferem apenas nas formas
exteriores, na ordem e número de graus e em alguns pontos
regulamentares, o que todavia não impede que os Maçons a
eles filiados se reconheçam mutuamente, e se tratem como
irmãos.
Orad\ - A nossa regularidade está nesta Carta Constitutiva (O Ir\
Orad\ mostra a carta), oriunda da Ser\ Gr\ Loj\ Maç\ do
Estado de Rondônia que, como já ouvistes, para nós é a única
potência simbólica legal e legítima na Jurisdição deste Or\ e
que, por um Tratado com o Sup\ Cons\ do Gr\ 33 do
R\E\A\A\ para a República Federativa do Brasil, tem
soberania administrativa e dogmática sobre o simbolismo
deste Rito. Outras Grandes Lojas regulares existem, no Brasil,
com as quais a nossa mantém estreito laços de fraternal
amizade. Essas são as únicas regulares em todo o território
brasileiro. Os demais corpos que se intitulam maçônicos são
irregulares e, muito embora, não os possamos visitar nem
consentir que os seus membros visitem nossas Lojas, o nosso
dever maçônico nos obriga a que procuremos os homens de
bem que neles militam e lhes mostremos o caminho errado que
trilham, concitando-os a virem, na perfeita regularidade,
trabalhar conosco em prol dos grandes problemas sociais que
interessam à humanidade.

Ven\ - Agora, meu Ir\, recebei o abraço fraternal que vos dão todos
os obreiros desta Loja e que, crentes na sinceridade de vossas
intenções, esperam encontrar em vossa ação maçônico-social

111
a prática rigorosa dos sãos e sublimes princípios da verdadeira
Maçonaria. (dá o abraço).
o
Ir\M\ de CCer\, conduzi o Ir\ neófito ao Ir\ 2 Vig\ para
o
que o reconheça pelo s\, pelo t\ e pela p\; e ao Ir\ 1 Vig\
para que o ensine a trabalhar na p\b\.

(Todos retornam aos seus lugares. O M\de CCer\


o
cumpre a ordem. O 2 Vig\ levanta-se e faz o exame).

2o Vig\- Ir\ 1o Vig\, o nosso irmão neófito foi reconhecido pelo s\,
pelo t\ e pela p\.

(O M\ de CCer\ conduz o neófito ao Alt\ do Ir\ 1o


Vig\, que, levantando-se, mostra ao neófito a p\ b\ e
ensina-lhe o modo pelo qual a desbastará).

1o Vig\ - Ven\ M\, o Aprendiz, depois de reconhecido pelo s\, pelo


t\ e pela p\, já começou a desbastar a p\ b\.
Ven\- Ir\ M\ de CCer\, conduzi o neófito ao vestíbulo, preparai-o e
ensinai-lhe a entrar em um Templo maçônico.

(O Ir\ M\ de CCer\ leva o Neófito para fora, onde se


reveste de suas roupas, e novamente do Avental. Após
as devidas instruções, o Ir\ M\de CCer\ dirige-se ao
T\ com o Neófito, onde baterá regularmente)

G\T\ - (ao baterem) - Ir\ 1° Vig\, Maçonicamente batem à porta


do T\.
1° Vig\ - (*) - Ven\ M\, maçonicamente batem à porta do T\.
Ven\ - (*) - Ir\ 1° Vig\, se for o Ir\ M\de CCer\, conduzindo
nosso novo Ir\, franqueai-lhes o ingresso.
1° Vig\ - Ir\ G\T\, se for o Ir\ M\ de CCer\, conduzindo nosso
Ir\ Neófito, franqueai-lhes o ingresso.
G\T\ - (abre a porta do T\)

(Após entrarem ritualisticamente, permanecem entre


CCol\ com o S\ de Ordem)

112
2º Vig\- (depois de entrar o neófito) Ir\1o Vig\, o neófito entrou
como Aprendiz Maçom e está entre colunas.
o
1 Vig\- Ven\ M\, o irmão neófito fez sua entrada como Aprendiz
Maçom e acha-se entre colunas.
Ven\- (dirigindo-se ao neófito). Meu Ir\, este é para vós o dia de
glória que jamais deveis esquecer. Permiti que vos felicite por
terdes sido admitido em nossa Ordem. ( * ) De pé e a ordem,
meus Irmãos.
( * ) Proclamo pela primeira vez, em Loja, o Ir \
F................................., Aprendiz Maçom e membro desta
Aug\ e Resp\ Loja Simbólica, sob os auspícios da Ser\
Gr\Loj\Maç\ do Estado do Rondônia.
Convido a todos os Irmãos a reconhecê-lo como tal e a lhe
prestarem auxílio e socorro em todas as ocasiões que ele
necessitar.
o
1 Vig \ - ( * ) Proclamo pela segunda vez, em Loja, o Ir \
F................................., Aprendiz Maçom e membro desta
Aug\ e Resp\ Loja Simbólica, sob os auspícios da Ser\
Gr\Loj\Maç\ do Estado do Rondônia.
Convido a todos os Irmãos a reconhecê-lo como tal e a lhe
prestarem auxílio e socorro em todas as ocasiões que ele
necessitar.
o
2 Vig \ - ( * ) Proclamo pela terceira vez, em Loja, o Ir \
F................................., Aprendiz Maçom e membro desta
Aug\ e Resp\ Loja Simbólica, sob os auspícios da Ser\
Gr\Loj\Maç\ do Estado do Rondônia.
Convido a todos os Irmãos a reconhecê-lo como tal e a lhe
prestarem auxílio e socorro em todas as ocasiões que ele
necessitar.
Ven\- Felicitemo-nos, meus irmãos, pela aquisição do novo obreiro e
amigo que vem abrilhantar as colunas desta Loja, auxiliando-
nos nos trabalhos, e cultivar conosco as afeições fraternas. A
mim, meus Irmãos, pelo sinal (todos executam), pela bateria
(todos executam) e pela aclamação (HUZZÉ! HUZZÉ!!
HUZZÉ!!!).

(Cumprida a ordem:)

113
Ven\- ( * ) Sentemo-nos, meus Irmãos. Ir\M\de CCer\, convidai o
novo Ir\ a gravar na Tábua da Loja o seu NE VARIETUR e
depois fazei-o sentar no topo da coluna do Norte.

(Depois de haver o neófito cumprido a ordem e


tomado seu lugar).

Ven\- IIr\1º e 2º VVig\, ajudai-me a explicar ao novo irmão os


instrumentos e utensílios de Aprendiz Maçom. (pausa).
Esses instrumentos são: a régua de 24 polegadas (mostra-a).
1o Vig\- o maço (mostra-o).
o
2 Vig\- o cinzel (mostra-o).
Ven\- A régua era usada pelos Maçons operativos para medir e
delinear os trabalhos, medindo, também, o tempo e o esforço a
desprender. Como, porém, não somos Maçons operativos,
mas livres e aceitos, ou especulativos, empregamos a régua,
assim dividida, porque ela nos ensina a apreciar as vinte e
quatro horas em que está dividido o dia, induzindo-nos a
empregá-las com critério na meditação, no trabalho e no
descanso físico e espiritual.
o
1 Vig\- O maço é instrumento importante e nenhuma obra manual
poderá ser acabada sem ele. Ensina-nos, também, que a
habilidade sem o emprego da razão é de pouco valor e que o
trabalho é uma obrigação do homem. Inutilmente o coração
conceberá e o cérebro projetará se a mão não estiver pronta
para executar o trabalho.
o
2 Vig\- Com o cinzel, o obreiro dá forma de regularidade à massa
informe da pedra bruta e pode marcar impressões sobre os
mais duros materiais. Por ele aprendemos que a educação e a
perseverança são precisas para se chegar à perfeição; que o
material grosseiro só recebe fino polimento depois de
repetidos esforços e que é unicamente pelo seu incansável
emprego que se adquire o hábito da virtude, a iluminação da
inteligência e a purificação da alma.
Ven\- E de todo inferimos este ensinamento moral: o conhecimento,
baseado na exatidão, ajudado pelo trabalho e efetivado pela
perseverança, vencerá todas as dificuldades, extinguindo as
trevas da ignorância e espargindo a felicidade no caminho da

114
vida.
Tornai-vos, pois, a partir de hoje, investigador da verdade;
aperfeiçoai-vos na Arte Suprema do pensamento - a Arte Real -
que é o objeto das iniciações maçônicas; penetrai os nossos
mistérios e vinde com assiduidade aos trabalhos para serdes
admitido às graças que a Loja não recusa aos obreiros que se
elevam em seu conceito.
Agora vão vos ser restituídos os metais de que foste
despojado. (o M\de CCer\ entrega os metais ao neófito).
O falso brilho das coisas não deve, doravante, iludir-vos
porque já percorrestes o primeiro ciclo de uma transformação
radical de vosso ser, pois fostes purificado intelectual e
moralmente.
Ir\ Orador, tendes a palavra. ( * ) Atenção, meus irmãos.
Orad\ - (lendo) Meu Irmão, causou-vos, naturalmente, estranheza
que, em nossa associação, fosseis recebido de modo muito
diverso do que se pratica nas sociedades civis. Em vez da
simples aceitação e da apresentação dos co-associados,
passastes, aqui, por um cerimonial e por um interrogatório, que
vos pareceram, talvez, inúteis, principalmente na época
materialista que empolga a vida hodierna.
Se volvermos um pouco ao passado e o compararmos ao
presente, veremos que alguma coisa de eternamente belo e
admirável existe no homem, quando perscrutando-lhes os
instintos morais, o vemos, através das luzes da razão e sãs
inspirações, senhor de seus destinos sociais. É que
encaramos o homem não como um ser degenerado, preso à
terra pelo egoísmo de seus sentimentos, rastejando nos
círculos dos preconceitos e seguindo servilmente os velhos
erros hereditários, mas como o ser superior aos demais,
usando conscientemente de seus deveres e de seus direitos
para chegar ao apogeu da perfeição a quem é destinado pela
natureza. Eis porque nossas cerimônias se destinam a
mostrar-vos que, a partir de hoje, tendes a desempenhar o
glorioso papel de construtor social.
Mas, perguntareis, onde encontrar na ciência humana, nesse
amálgama onde o bem e o mal estão tão intimamente ligados
que parecem formar um único corpo, os elementos precisos da
regeneração ?
Não abusemos de nossas próprias fraquezas e muito menos

115
do enlevo de nossas vaidades: o mal existe, por toda a parte,
com suas atrações tentadoras, mas, por toda a parte está
igualmente o bem, servindo de eixo a todas as existências
sociais de amanhã. O mal não é um princípio desconhecido
como o bem, uma causa sem origem. É o lado fraco de nossa
natureza, o passo escorregadio da vida sensitiva e se,
manchando tronos e altares, corrompendo choupanas e
palácios, invade a humanidade, não é justo que sacrifiquemos
nossa dignidade de homem e nossa força moral aos apetites
da vida material; não é para que fujamos da ciência do bem,
mas para que possamos pô-la em prática no meio social.
Eis porque vos recebemos como pedra bruta. É para que em
vosso ser moral desbasteis as arestas e as asperezas que
ainda existam, e vos torneis um elemento útil à construção do
edifício social que à Maçonaria compete erigir. Simbólica,
embora, essa construção não se fará com qualquer
argamassa, mas com o aproveitamento de vossa ação e de
vosso trabalho exercidos nos corações humanos, onde
existam as imperfeições do erro e as asperezas do orgulho e
da vaidade, para que, em pleno desenvolvimento da liberdade
de consciência, saibais que ela somente pode ser útil quando a
razão dominá-la e guia-la, sem sacrificar os nobres instintos da
consciência à avidez das paixões materiais.
A Maçonaria é, na Terra, a única instituição capaz de levar o
homem ao domínio da paz, da ordem e da felicidade. Em seu
seio não existem desejos e interesses pessoais a satisfazer e a
ambição se circunscreve aos limites das necessidades da
fraternidade. Nela a vaidade não pode medrar e todos se
conformam aos direitos dos mais dignos e merecedores.
Tendo o por lei fundamental e como regra absoluta, o domínio
dos desejos maus que atormentam a Humanidade, ela é a
associação mais propícia à obtenção do aperfeiçoamento
social, tendo-se em vista que o homem material desaparece
diante do homem moral, que, então, num terreno fertilizado
pelas virtudes fraternais, eleva-se a tanto quanto o
pensamento íntimo de seu Criador o destinou. Vede, pois,
como a Maçonaria é previdente e sábia em sua obra de
progresso. Para evitar que seus filhos sejam o que joguete de
suas próprias intemperanças e de seus desregramentos, a
Maçonaria instituiu uma Moral em ação, feita para dominar os

116
corações mais rebeldes e mais inclinados ao mal; moral que
em nada compromete os interesses privados dos homens,
nem os gerais; moral, em uma palavra, que dá a cada um na
proporção de seus direitos e de seus deveres.
Corramos o véu simbólico que oculta esses mistérios morais.
Irmão que, apenas chamado a amassar o cimento místico,
passastes por provas que encerram o pensamento íntimo da
Instituição, esta pôs logo adiante de vossos olhos os
elementos que irão servir ao vosso ressurgimento espiritual,
ou melhor, à transformação moral por que tereis de passar.
Lançaram-vos, sozinho, no antro da miséria e da morte; aí
estáveis, como um criminoso, entregue a vós mesmo para que
pudésseis meditar e refletir. A reflexão é a vida da alma. Sem
reflexão o homem nada tem de humano, é um animal entregue
aos mais grosseiros instintos. Começou, portanto, a
Maçonaria, a vos fazer refletir sobre vosso destino e, longe de
vos atrair por mentirosas aparências, Ela clareou o quadro que
deveria ferir vossa imaginação, para que jamais a incriminei de
ter, no dia de vosso batismo, sido capciosa ou indulgente para
convosco. Embora a Maçonaria vos tomasse em baixo ou no
cume da escada da civilização, embora fosseis pequeno ou
grande, rico ou pobre, como lhe compete mandar as
disposições de vossa natureza moral, Ela vos considerou
como a larva que rasteja a terra e que, para chegar ao seu
completo desenvolvimento, passa por transformações
sucessivas. Cercando-vos de máximas morais, ela vos
patenteou que a sua linguagem não é a comum das
associações civis. Depois do simbolismo das outras provas por
que passastes e das revelações misteriosas que foram, para
vós, imenso ensinamento, Ela vos fez conhecer o que de vós
exige em zelo e devotamento pela Humanidade, pela Pátria,
por vossos semelhantes e por vós mesmo e, em seguida, vos
abriu a estrada da perfeição moral, onde somente poderemos
encontrar o repouso e a felicidade na terra. Antes de
consagrar-vos à admissão entre os eleitos, exigiu de vós um
juramento solene. Ato solene de um homem livre, prendestes
de tal modo vosso presente e vosso futuro nas cadeias
inquebrantáveis da honra e da dignidade, que violá-lo seria um
ato de covardia moral.
Sois, agora, Maçom. Voltareis ao mundo profano esclarecido

117
pelos deveres de Aprendiz. Fazei dos conselhos que
recebestes a pedra de toque e de amor para vossos
semelhantes: amassai, com coragem e perseverança, o
cimento místico que servirá para edificar o tempo do
G\A\D\U\.
Conheceis, agora, o Templo simbólico e sabeis perfeitamente
que ele não se constrói com pedras e madeiras, porém, com
virtude, sabedoria, força, prudência, glória e beleza, enfim,
com todos os elementos morais que devem ser o ornamento
dos Maçons.
Se a Maçonaria quer que sejais inteiramente devotado à
Humanidade: se aqui, como em qualquer outra parte do
mundo, Ela vos obriga a socorrer o fraco e a defender o
oprimido, não vos esqueçais que deveis à vossa Pátria o amor
sincero do patriota e o devotamento do cidadão; que as Leis
que a regem merecem vosso respeito e vossa consciente
submissão; que os que a governam têm direito à vossa
confiança e ao vosso apoio, e se, por acaso, por vosso trabalho
honesto vos tornardes independente pela fortuna, não vos
esqueçais de que, a par de Deus e da Maçonaria, deveis
contínua assistência aos infelizes, levai à choupana, onde a
miséria e o infortúnio fazem gemer e chorar, o amparo de vossa
inteligência e o supérfluo de vossas condições sociais. Estudai
o vosso caráter e as vossas inclinações para poderdes,
moralmente, desbastar-lhe as aspereza, como fizestes há
pouco, simbolicamente, na pedra bruta. Este é o trabalho do
Aprendiz: "conhecer-se e aperfeiçoar-se, a fim de que, livre
dos preconceitos e vícios do mundo profano, possa aspirar o
estudo da tradição e da história maçônicas, cujos
ensinamentos tem iluminado o Mundo desde as mais remotas
eras". Só então compreendereis à custa de quantas vidas se
construiu o edifício moral da Maçonaria, que, desde os tempos
mais remotos, prega a Moral mais elevada e continuará a
pregá-la enquanto existir o gênero humano.
(Terminado o discurso do Orador, o neófito poderá
falar, se o quiser. Reinando silêncio, o Ven\ M\
encerra a Ordem do Dia e retorna ao Ritual de Apr\).
(Após o encerramento dos trabalhos é feita a Cadeia
de União para a transmissão da Pal\ Sem\ aos
neófitos).

118
RITUAL DE FILIAÇÃO OU REGULARIZAÇÃO

(Achando-se algum irmão filiando ou regularizando na


sala dos PP\ PP\):
Ven\ - ( * ) Meus IIr\ acha-se na sala dos PP\PP\ o nosso Ir\
F........................ cuja filiação (ou Regularização) foi aprovada
por esta Loj\; consulto-vos se estais ainda de acordo a que se
proceda à sua recepção. A palavra está na Col\ do S\.

(Se houver alguma oposição justificada, o Ven\ M\, sem


abrir discussão, submete a votos, decidindo a maioria.
Caso, pelos motivos alegados, a Loj\ julgue dever adiar
ou anular a filiação, dar-se-á participação ao Ir\
candidato. Não havendo impugnação e reinando silêncio
anunciado pelos VVig\):

Ven\ - Ir\ M\ de Ccer\, ide à sala dos PP\ PP\ buscar o nosso
Ir\ filiando (ou regularizando).

(O M\ de CCer\ irá sozinho buscar o candidato se este for


Aprendiz ou Companheiro Maçom. Se for M \ M \ ,
convidará a dois irmãos armados de espada para, com ele,
constituírem a comissão introdutora. Voltando, bate à
porta do Templo).

G\ do Temp\ - Ven\ M\, como (Apr\, Comp\ ou M\M\ -


dependendo do Grau da sessão), batem à porta do Templo.
Ven\ - Vede quem assim bate, meu irmão.

(O G\ do Temp\, de espada em punho, entreabre a porta


do Templo, e, apontando a ponta da espada para fora,
informa-se e, em seguida, fecha a porta).

G\ do Temp\ - Ven\ M\, é o nosso Ir\ M\ de CCer\,


acompanhando o nosso Ir\ F................................... que
deseja se filiar (ou se Regularizar) nesta Loja.

Ven\ - Franqueai o ingresso, Ir\ G\ do Temp\.

(Aberta a porta do Templo, o M\ de CCer\ entra com o


119
candidato, fazendo a entrada e a saudação ritualísticas do
grau. O G\ do Templo fecha imediatamente a porta).
Ven\ - (descobrindo-se e em pé) Sede bem-vindo, meu irmão, e que
nossa Loja seja para vós uma habitação de paz e de concórdia,
onde, unindo-vos a nós pelos sagrados laços de fraternidade
leal e sincera, possais continuar os trabalhos em prol da
emancipação da Humanidade. Sois Maçom e, portanto, já
conheceis vossos deveres para com a Família, a Pátria e a
Humanidade. (ao M\ de Ccer\) Ir\ M\ de CCer\, conduzi
o nosso irmão ao Altar dos JJur \ para ratificar seus
compromissos.

(O M\ de Ccer\, segurando o filiando (ou regularizando)


pela mão esquerda, o conduz ao Altar dos Juramentos,
o
onde se ajoelha sobre o joelho direito. O Ir\ 1 Diácono o
incensará por três vezes; Em seguida, o Ir\ M\ de CCer\
dá a fórmula do juramento ao Candidato, que a lerá em voz
alta):

Ven\ - ( * ) De pé e à ordem, para tomarmos o Jur\ do Ir\...................

Para Filiação
Filiando – JURO E PROMETO, por minha honra e por minha Fé,
cumprir e fazer cumprir a Constituição e as Leis da Ser\ Gr\
Loj \ Maç \ do Estado de Rondônia, bem como o
Regulamento e deliberações desta Loja, pautando minha vida
pelos sãos princípios da Maçonaria Universal e reconhecendo
esta Gr\ Loj\ como única Potência Maçônica legal e legítima
para o simbolismo do Rit\ Esc\ Ant\ e Ac\, nesta
Jurisdição. E que Deus me Ajude a cumprir este Juramento.
Todos - Assim Seja!

(O M\ de CCer\ levanta o Filiando, que ficará de pé e à


ordem).

Ven - Em virtude dos poderes de que estou investido, em nome da


Ser\ Gr\ Loj\ Maç\ do Estado de Rondônia - GLOMARON
e em nome desta Loja, aceito vosso compromisso e vos
proclamo membro ativo de seu quadro. (todos sentam-se)

120
Para Regularização
Regularizando - Juro e prometo, de minha livre vontade, e por minha
honra, em presença do G\A\D\U\, e dos membros desta
Loja, que são os representantes de todos os Maçons espalhados
pelo Universo: nunca revelar os Mistérios da Maç\ que me
foram confiados, senão em Loj\ regularmente constituída;
nunca os escrever, gravar, traçar, imprimir, ou empregar outros
meios pelos quais possa divulgá-los. Comprometo-me a
defender e proteger meus IIr\ esparsos pelo mundo, em tudo
que puder e for necessário e justo. Prometo, também, conservar-
me sempre como Cidadão honesto e digno, submisso às leis
democráticas do País, amigo de minha família e Maçom sincero,
nunca atentando contra a honra de alguém. Juro e prometo,
ainda, reconhecer como autoridade maçônica legal e legítima,
nesta jurisdição, a Ser\ Gr\ Loj\ Maçônica do Estado de
Rondônia, da qual esta Loja depende; seguir suas leis e
regulamentos, bem como todas as decisões ou ordens legais e
legítimas dos que forem meus superiores maçônicos,
procurando aumentar e aperfeiçoar meus conhecimentos, de
acordo com os Landmarks e as Leis da Ordem. Procurarei
tornar-me sempre um elemento de Paz, de Concórdia, e de
Harmonia, no seio da Maç\. Repelirei toda e qualquer
associação ou seita que, por juramento, prive o Homem de seus
direitos e deveres de cidadão e de sua liberdade de consciência.
Tudo isto eu prometo cumprir sem sofisma, equívoco, ou reserva
mental. E, se violar esta promessa, que faço sem a mínima
coação, seja-me arr\ a líng\, meu pesc\ cort\, e meu c\
enterrado em lugar ignorado, onde fique em perpétuo
esquecimento, sendo eu declarado sacrílego para com Deus e
desonrado para com os homens. Assim, Deus me ajude!

Todos – Assim Seja!

(O M\ de CCer\ levanta o Regularizando, que ficará de pé


e à ordem).

Ven\ - Em virtude dos poderes de que estou investido, em nome da


Ser\ Gr\ Loj\ Maç\ do Estado de Rondônia – GLOMARON
em nome desta Loja, aceito vosso compromisso e considero-
vos regularizado nesta Loja. (todos sentam-se)

121
Para ambos os casos
Ven\ - Recebei, por meu intermédio, as saudações sinceras de todos
os irmãos, que esperam o auxílio eficaz de vossos esforços
para o elevamento moral e material desta Oficina, a fim de que
ela possa continuar a desobrigar-se nobremente dos deveres
que contraiu para com a nossa Ordem.
Ir\ M\ de Ccer\, fazei o nosso Ir\ gravar o seu “ne varietur”
na Tábua da Loja e, depois, conduzi-o ao lugar que lhe
compete.

(Depois de executada a ordem):

Ven\ - Tendes a palavra, Ir\ Orador.

(O Orador fará um discurso apropriado, sem,


entretanto, entrar em elogios exagerados e nem em
apreciações que não sejam puramente maçônicas.
Terminada a oração, prosseguem os trabalhos na
forma do costume).

Nota - para os casos de regularização, servirá este mesmo ritual,


substituindo-se as palavras: filiando, filiação ou similar
pelas palavras, regularizando, regularização ou similar.

122
SUSPENSÃO DOS TRABALHOS PARA RECREAÇÃO

Ven\ - (*) - IIr\ 1° e 2° VVig\, anunciai em vossas CCol\, como


anuncio no Or\, que vamos proceder à suspensão dos Trabalhos
para alguns momentos de recreação.
1° Vig\ - (*) - IIr\ que decorais a Col\ do Norte, da parte do Ven\
M\ vos anuncio que vão ser suspensos os nossos trabalhos para nos
entregarmos a alguns momentos de recreação.
2° Vig\ - (*) - IIr\ que abrilhantais a Col\ do Sul, da parte do Ven\
M\ vos anuncio que vão ser suspensos os nossos trabalhos para nos
entregarmos a alguns momentos de recreação. - (*) - Anunciado na
Col\ do Sul, Ir\ 1° Vig\!
1° Vig\ - (*) - Está anunciado em ambas as CCol\, Ven\M\.
o
Ven\ - ( * ) Ir\ 2 Vig\, qual é o vosso lugar em Loja?
o
2 Vig\ - No Sul, Ven\ M\.
Ven\ - Para que, meu Irmão?
o
2 Vig\ - Para melhor observar o Sol na sua passagem pelo
meridiano, chamar os obreiros para o trabalho e manda-los à
recreação.
Ven\ - Que horas são?
o
2 Vig\ - O Sol esta no meridiano.
Ven\ - E os obreiros têm trabalhado com afinco e perseverança?
2o Vig\ - Sim, Ven\ M\.
Ven\ - Então tendes minha permissão para mandá-los à recreação,
suspendendo, por alguns instantes, os trabalhos.
o
2 Vig\ - ( * ) Meus irmãos, de ordem do Ven\ M\, os trabalhos vão
ser suspensos por alguns momentos, para que vos entregueis à
recreação, tendo o devido cuidado de ficar nas proximidades a fim de
atenderdes ao chamado de volta ao trabalho ( * ).
o
1 Vig\ - ( * )
Ven\ - ( * )

(O 2° Vig\ levanta a Coluneta de seu Altar, e o 1° Vig\


abaixa a do seu. O Ir\ que abriu fecha o L\ da L\ sem
qualquer formalidade, colocando-lhe, por cima, o
Esquadro e o Compasso na posição do Grau. O 1°
Diác\ fecha o Painel da Loj\)

123
REABERTURA DOS TRABALHOS

(Todos os OObr\ ficarão de pé sem estar à ordem,


defronte aos seus lugares)

Ven\ - ( * ) - Ir\ 2° Vig\, que horas são?


2° Vig\ - O Sol passou do zênite, Ven\M\.
Ven\ - Então reencetemos nossos Trabalhos.
2° Vig\ - (*) - Meus IIr\ de ordem do Ven\M\, suspendei vossa
recreação para retomardes os Trabalhos (*)
1° Vig\ - (*)
Ven\ - (*) - À ordem, meus IIr\!

(Todos ficam à ordem. O 2° Vig\ abaixa a Coluneta de


seu Altar, e o 1° Vig\ levanta a do seu. O Ir\ que
fechou o L\ da L\ vai reabri-lo, sem formalidades,
superpondo-lhe o Esquadro e o Compasso na posição
do Grau, voltando depois ao lugar que lhe compete. O
Ir\ 1° Diác\ reabre o Painel)

Ven\ - Sentemo-nos, meus IIr\.

(Os trabalhos prosseguem do ponto em que foram


suspensos).

ESCRUTÍNIO SECRETO

Como prevê a Constituição e o Regulamento Geral da


GLOMARON, o Escrutínio Secreto é realizado em várias ocasiões,
mas neste momento vamos nos ater ao da iniciação. Este
procedimento pode ser usado para outros escrutínios, com os devidos
ajustes.
Colocado o Questionário e a Proposta para Admissão na
Ordem do Dia, observar-se-á o seguinte:
a) O Venerável procederá a leitura do mesmo e das sindicâncias,
omitindo sempre o nome dos seus responsáveis e, a seguir, colocará o
assunto em discussão nas colunas;
b) Encerrada esta, tomará a votação por escrutínio secreto de que

124
participarão todos os maçons presentes, utilizando-se as esferas
brancas e negras, as primeiras como sinal de aceitação e as segundas
de rejeição;
c) O Ir\ M\ de CCer\ auxiliado pelo Ir\ 1º Exp\ distribuirão uma
esfera branca e uma negra para os presentes.
d) Em seguida o Ven\ M\ solicitará ao Ir\ M\ de CCer\ que
percorra a Of\ com uma urna (ou bolsa) e recolha o voto de cada Ir\,
lembrando que a esfera branca aprova a iniciação do candidato e a
negra rejeita.
e) Após, o Ir\ 1º Exp\ percorrerá a Of\ com outra urna (ou Bolsa) e
recolherá a esfera não utilizada na votação (descarte).
f) O Ven\ M\, em presença do Ir\ Orad\ e Sec\, fará a conferência
das duas urnas que deverão ter a mesma quantidade de esferas e
após anunciar o resultado das duas urnas, agradecerá ao Ir\ Orad\ e
Sec\ que retornarão aos seus lugares.
g) Em caso de aprovação, de acordo com o Regulamento Geral, o
Ven\ M\ dirá:
- Anuncio pela primeira vez em Loja que o candidato (fala o nome do
candidato) recebeu (fala o número de esferas) brancas e puras,
tornando-o apto à iniciação em nossa Of\.
h) Em seguida o Ir\ M\ de CCer\ levará a urna com os votos para o
Ir\ 1º Vig\, que após conferir as esferas, dirá:
- Anuncio pela segunda vez em Loja que o candidato (fala o nome do
candidato) recebeu (fala o número de esferas) brancas e puras,
tornando-o apto à iniciação em nossa Of\.
i) Em seguida o Ir\ M\ de CCer\ levará a urna com os votos para o
Ir\ 2º Vig\, que após conferir as esferas, dirá:
- Anuncio pela terceira vez em Loja que o candidato (fala o nome do
candidato) recebeu (fala o número de esferas) brancas e puras,
tornando-o apto à iniciação em nossa Of\.

O SIMBOLISMO DA MARCHA DO APRENDIZ

Iniciada na porta do Templo, a March\ do Ap\ é feita em


direção única, do Ocidente para o Oriente, no eixo da Loj\, por três
passos completos e sucessivos.
Os passos da March\ do Ap\ têm íntima ligação com os três
primeiros signos do zodíaco, representados pelas três primeiras

125
CCol\ zodiacais, colocadas ao Norte: Áries, Touro e Gêmeos. Esses
três signos zodiacais sofrem influência de três notáveis planetas do
mundo sideral: Marte, Vênus e Mercúrio.
Assim, o primeiro passo da March\ do Ap\ denomina-se
LUTA, sabido que o Carneiro é animal símbolo do ardor, da coragem,
representando as disposições do Ap\ para os conhecimentos de seu
Grau. Áries recebe a influência de Marte, deus mitológico da guerra.
Dando o primeiro passo, o Ap\ defronta-se com o segundo
signo do zodíaco, ou seja, Touro, símbolo da força, do trabalho e da
Perseverança, tal como deve ser o Maçom. Touro recebe a influência
de Vênus, com sua luz branca e suave, indicando que o Ap\ deve
trabalhar com prudência, mas sem temor. O segundo passo, chama-
se PERSEVERANÇA.
No terceiro passo, está o Ap\ frente ao terceiro signo
zodiacal: Gêmeos, símbolo da União, da Fraternidade. Gêmeos sofre
a influência de Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, recebendo
por isso forte luz e calor. O terceiro passo recebe o nome de
FRATERNIDADE, sendo os Gêmeos considerados um símbolo da
amizade que deve unir os Maçons. Dado o terceiro passo, o Ap\
chega vitorioso dos esforços que empregou, mais distanciado das
trevas e iniquidades da sociedade profana.

INSTRUÇÕES

Para que o Aprendiz Maçom adquira conhecimentos


maçônicos que lhe darão o direito a aumento de salário, deve receber,
pelo menos, CINCO instruções em sessões separadas e que a Loja é
obrigada a realizar.
Quando, em uma sessão, não houver iniciação a fazer, o
Ven\ M\ ocupará o tempo a ela destinado, em instrução dos
Aprendizes e, mesmo que não haja irmãos Aprendizes, far-se-á para
recapitulação, pois as instruções prestam-se ao recordar dos
ensinamentos e das finalidades da Maçonaria e do Rit\ Esc\Ant\ e
Ac\. Não se devendo fazer Maçonaria somente no interior das Lojas,
porque todos os membros de uma Loja devem procurar, quanto
possível, compreender a vantagem desses ensinamentos,
assimilando-os para que tenham em mente o dever de pautarem seus
atos individuais de todos os dias por esse rico e antiquíssimo
manancial de Sabedoria.

126
PRIMEIRA INSTRUÇÃO

(Explicação do Painel Simbólico da Loja de Aprendiz)

127
Ven\ - ( * ) Meus IIr\, de acordo com os preceitos que nos rege,
vamos proceder à primeira instrução destinada especialmente
ao nosso Ir\ Aprendiz F...............................; (caso não haja
Aprendiz) destinada a recordar nossos ensinamentos.
Ven\ - Meus IIr\, a Maçonaria teve sua origem nas antigas
Fraternidades Iniciáticas do Egito, das quais recebeu a sua
tradição, que guarda intacta, com o maior cuidado, a fim de
pode-la transmitir aos seus Iniciados.
Do mesmo modo que os antigos filósofos egípcios que, a fim de
subtrair aos olhos dos profanos os seus segredos e mistérios,
ministravam seu ensino por meio de emblemas e alegorias, a
Maçonaria continua a tradição egípcia, encerrando hoje seus
ensinamentos e filosofia em símbolos e alegorias, pelos quais
oculta as suas verdades ao mundo profano, só as revelando a
àqueles que ingressam nos seus Templos.
Sendo o primeiro grau o alicerce da filosofia simbólica,
resumindo ele toda a moral maçônica, pelo aperfeiçoamento
humano, compete ao Aprendiz Maçom o trabalho de desbastar
a pedra bruta, isto é, desvencilhar-se dos defeitos e paixões
profanas, para poder concorrer à construção Moral da
Humanidade, que é a verdadeira obra da Maçonaria.
Vamos dar hoje ao os nossos IIr\ Aprendizes a sua primeira
o
instrução, que consiste na explicação do Painel da Loja do 1
Grau.
Ir\ Orador, tendes a palavra.
Orador - Meus IIr\, o Painel que vedes representa o meio, o caminho
que deveis trilhar para atingirdes o domínio de vós mesmos
pelo trabalho e pela observação. Vosso único desejo, deve
resumir-se em avançardes, em progredirdes na Grande Obra
que empreendestes, ao entrardes neste Templo. Ao fim da
jornada de trabalho e de aperfeiçoamento moral, simbolizada
no desbastar das asperezas desse bloco informe a que
chamamos pedra bruta, quando vos transformardes pela fé e
pelo esforço na pedra polida pronta a fazer parte do edifício,
estareis aptos a descansar o maço e o cinzel e a tomardes
outros utensílios, que vos serão dados, quando subirdes mais
um degrau na hierarquia maçônica.
Para isso é que recebeis 5 instruções no grau de Aprendiz,
simbolizando as cinco épocas, os cinco anos que outrora,
passava o Aprendiz Maçom encerrado no Templo, onde só

128
tinha entrada depois de dois anos de observação por parte dos
Companheiros e Mestres, completando assim os sete anos
exigidos, naquela época, para o compromisso do primeiro
grau.
A primeira instrução é a mais simples, mas também a mais
simbólica.
No painel da Loja se condensam todos os símbolos que deveis
conhecer e que, se bem os compreenderdes nesta instrução,
parecer-vos-ão muito fáceis e claras as instruções
subsequentes.
A forma da Loja é de um quadrilongo, isto é, uma figura
alongada, de quatro lados; seu comprimento é de Leste
(Oriente) a Oeste (Ocidente); sua largura do Norte ao Sul; sua
profundidade, da superfície ao centro da Terra e sua altura da
Terra ao Céu.
A Loja é representada desse modo, numa tão vasta extensão,
para simbolizar a Universalidade da nossa Instituição e para
mostrar que a Caridade de um Maçom não tem limites, a não
ser os ditados pela Prudência.
Orienta-se a Loja de Leste (Oriente) a Oeste (Ocidente),
porque todos os lugares de Culto Divino, todos os antigos
Templos e todas as Lojas Maçônicas regularmente
constituídas assim devem estar, por três razões:

1a - Porque o Sol, que é a maior Glória do Senhor, nasce a Leste


(Oriente) e se oculta a Oeste (Ocidente);
2a - Porque a Civilização e a Ciência nos vieram do Oriente,
espalhando a sua benéfica influência para o Ocidente;
3a - Por ter a Doutrina do Amor e da Fraternidade o exemplo do
cumprimento da Lei, também nos vieram do Oriente, por
intermédio do nosso Divino Mestre.

Desde o começo, o Todo-Poderoso, o Princípio Criador a que


chamamos G \ A \ D \ U \ , nunca deixou de dar um
testemunho da Sua existência entre os homens.
Lemos nas Sagradas Escrituras que Abel fez uma oferta mais
agradável ao Senhor do que a de Caim; que "Enoch caminhou
para Deus e Deus o levou"; que Noé era um justo e que, por
isso, Deus o salvou, fazendo com que construísse uma Arca;
que Abrahão era fiel a Deus, bem como toda a sua família e não
hesitou em sacrificar seu filho ao Senhor, o Qual evitou o

129
sacrifício, enviando um anjo para impedi-lo; e que Jacó
combateu com um anjo, venceu-o e por isso obteve a benção
do Senhor para si e para todos os seus descendentes.
Mas a primeira notícia que temos de um local, exclusivamente
destinado ao Culto Divino, é depois do êxodo dos Israelitas do
Egito, sob a direção do fiel Moisés, segundo a promessa feita
ao seu antepassado Abrahão, de que Ele faria da sua raça uma
grande e poderosa nação, cujos filhos se multiplicariam como
as areias do mar e as estrelas do Céu.
Por intermédio ainda do seu fiel servo Moisés, ele construiu
uma tenda, ou Tabernáculo, erigido no deserto, para receber a
arca da aliança e as tábuas da Lei bem como para nele
(Tabernáculo) ser solenizado o Culto Divino.
Esse Tabernáculo foi sempre, por ordem especial do Senhor,
armado no deserto, de Leste para Oeste, e serviu, muito tempo
depois, de modelo, na sua planta e posição, ao magnífico
Templo erigido em Jerusalém pelo Sábio e Poderoso Monarca,
o Rei Salomão, e cujo esplendor e riqueza fizeram com que
fosse considerado como a maior maravilha da Época.
Esta é a razão principal por que todas as Lojas Maçônicas, que
representam simbolicamente o Templo de Salomão, são
situadas e orientadas de Leste para Oeste.
Sustentam nossa Loja, três grandes Pilares denominados
SABEDORIA, FORÇA e BELEZA.
A Sabedoria inventa e cria, a Força sustenta e anima e a
Beleza adorna.
A Sabedoria deve nos orientar no caminho da Vida, a Força
nos anima e nos sustenta em todas as dificuldades e a Beleza
adorna todas as nossas ações, nosso caráter e nosso espírito.
O universo é o Templo da Divindade a quem servimos; a
Sabedoria, a Força e a Beleza estão em volta do Seu trono
como pilares de Suas obras; porque Sua Sabedoria é infinita,
Sua Força onipotente e a Sua Beleza se manifesta, em toda a
Sua criação, pela simetria e pela ordem.
Representam ainda os três pilares de uma Loja Maçônica:

SALOMÃO, rei de Israel;


HIRAM, rei de Tiro; e
HIRAM-ABIFF. o mestre construtor.

Salomão, pela sua Sabedoria em construir, completar e

130
dedicar o Templo de Jerusalém ao Serviço de Deus;
Hiram, pela Força que deu aos trabalhos do Templo,
fornecendo homens e material; e Hiram-Abiff, pelo seu
trabalho primoroso em adorná-lo, dando-lhe uma Beleza sem
par, até hoje nunca atingida.

Três ordens de Arquitetura foram usadas na construção do


Templo e, por analogia, diz-se que:

A Jônica representa a Sabedoria;


A Dórica, a Força; e
A Coríntia, a Beleza.

A cobertura de uma Loja Maçônica se representa por uma


Abóbada Celeste de cores variadas, representando o Céu, isto
é, o Infinito.
O caminho pelo qual nós, Maçons, esperamos atingí-la, é
expresso simbolicamente pela escada existente no Painel, e
que as Sagradas Escrituras denominam a Escada de Jacó,
nome que, sempre guarda fiel da antiga tradição, a Maçonaria
conserva.
Por isso é que dizemos aos Aprendizes Maçons, depois de sua
o
iniciação, "que puseram o pé no 1 degrau da ESCADA DE
JACÓ", significando-lhes que deram o primeiro passo no
caminho do seu aperfeiçoamento moral.
Compõe-se esta escada de muitos degraus, todos eles
representativos das virtudes exigidas ao Maçom, no seu
caminho para a perfeição.
Na sua base, centro e topo, entretanto, destacam-se três
símbolos, muito conhecidos no mundo profano, como
representando a FÉ, a ESPERANÇA e a CARIDADE.
De fato são estas as principais virtudes morais que devem
ornar o espírito de qualquer ser humano e, principalmente, dos
Maçons.

Fé no G\A\D\U\;
Esperança no Aperfeiçoamento Moral; e
Caridade para com o Gênero Humano.

Ainda por analogia, poderemos explicar do seguinte modo


essas três virtudes:

131
A Fé é a Sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada
levará a termo;
a Esperança é a Força do Espírito, amparando-o e animando-o
nas dificuldades que encontra, a cada passo, no caminho da
existência; e
a Caridade é a Beleza que adorna o espírito e os corações bem
formados, fazendo com que neles se abriguem os mais puros
sentimentos humanos.

O interior de uma Loja Maçônica contém Ornamentos,


Paramentos e Jóias.

Os Ornamentos são o Pavimento de Mosaico, a Estrela


Flamígera e a Orla Dentada:

O Pavimento de Mosaico, com o seus ou quadrados brancos e


pretos, nos mostra que, apesar da diversidade, do
antagonismo de todas as coisas que adornam a Natureza, em
tudo reside a mais perfeita Harmonia. Isso nos serve de lição
para que não olhemos as diversidades de cores e de raças, o
antagonismo das religiões e dos princípios que regem os
diferentes povos da Humanidade, senão como uma
exterioridade de manifestação, apenas; mas que, entretanto,
toda a Humanidade foi criada para viver na mais perfeita
Harmonia, na mais íntima Fraternidade.

A Estrela Flamígera representa a principal Luz da Loja.


Simboliza o Sol, Glória do Criador, e nos dá o exemplo da maior
e da melhor virtude que deve ornar o coração do Maçom: A
Caridade.
Espalhando Luz e Calor (ensino e conforto) por toda a parte
onde atingem seus raios vivificantes, ela nos ensina a praticar
o Bem, não num círculo restrito de amigos ou afeiçoados, mas
a todos aqueles que necessitarem e até onde a nossa
Caridade possa alcançar.

A Orla Dentada, enfim, mostra-nos o princípio de atração


universal, simbolizada no Amor. Representa, com seus
múltiplos dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol; os
povos reunidos em torno de um chefe; os filhos reunidos em
volta dos Pais; enfim, os Maçons unidos e reunidos em torno da

132
Loja, cujos ensinamentos, cuja moral aprendem para espalhá-
los aos quatro cantos do Orbe.
Os Paramentos da Loja são constituídos pelo L\ da L\, o
Comp\ e o Esq\:

O L\ da L\ representa o Código de Moral que cada um de nós


respeita e segue, a Filosofia que cada qual adota, enfim, é a Fé
que nos governa e anima.
O Comp\ e o Esq\, que só se mostram unidos em Loja,
representam a medida justa e a retidão que devem presidir a
todas as nossas ações, que não se podem afastar da justiça,
tão pouco da retidão, que regem todos os atos de um
verdadeiro Maçom.
As pp\ do Comp\, ocultas sob o Esq\, significam que o
Apr\, só trabalhando para desbastar a pedra bruta, não pode
fazer uso daquele, enquanto sua obra ainda não estiver
perfeitamente acabada, polida e esquadriada.

As Jóias da Loja são:


Três móveis e três fixas.

As móveis são o \E, o N\ e o P\. Assim as chamamos


porque, a cada ano, são transferidas aos Novos VVen\ e
VVig\, em cada passagem da Administração da Loja.

As fixas são: a Pr\ da Loj\, a P\ B\ e a P\ P\ ou C\. A


Pr\da Loj\ serve para o M\ desenhar e traçar. Isto exprime
simbolicamente que o Mestre guia os AApr\ no trabalho
indicado pela Pr\da Loj\, traçando o caminho que eles
devem seguir para o seu aperfeiçoamento, a fim de poderem
progredir nos trabalhos de Arte Real.
A P\B\ serve para nela trabalharem os AApr\, marcando-a e
desbastando-a até que seja julgada polida, pelo Mestre da
Loja.
A P\P\ ou C\ serve para os OObr\ experimentados
ajustarem e experimentarem suas Jóias.

Chamam-se fixas a estas últimas Jóias porque permanecem


imóveis em Loja, como um Código de Moral, aberto à
compreensão de todos os Maçons.

133
Do mesmo modo que a Pr\ da Loj\ é o traçado objetivo, o L\
da L\ é o traçado espiritual para o aperfeiçoamento de todo o
Maçom, se ele quiser atingir o topo da Escada de Jacó, após
haver desbastado as asperezas do seu eu íntimo,
representadas pela ambição, orgulho, egoísmo e demais
paixões que torturam os corações profanos.
A P\B\ é o material retirado de sua jazida, no estado da
natureza, até que, pela engenhosidade e trabalho do Obreiro,
fica na devida forma para poder entrar na construção do
edifício. Ela representa a inteligência, o sentimento do homem
no seu estado primitivo, ásperos e despolidos, e nesse estado
se conservam até que, pelo cuidado e instrução ministrados
por seus pais e mentores, dando-lhe uma educação liberal e
virtuosa, ele se torna um ente culto, capaz de fazer parte de
uma sociedade civilizada.
A P\P\ ou C\ é um material perfeitamente trabalhado, de
linhas e ângulos retos, que só pode ser verificado e
experimentado pelo Comp\ e Esq\.
Representa o saber do homem no fim da vida, quando ele a
aplicou em atos de piedade e de virtude, que só podem ser
medidos e julgados pelo Esq\ da Palavra Divina e pelo
Comp\ de sua própria consciência esclarecida.
Em toda a Loja Maçônica Regular, Justa e Perfeita existe um
ponto dentro de um circ\, que um verdadeiro Maçom não pode
transpor. Este circ\ é limitado, por duas linhas paralelas, uma
ao Norte, representando Moisés, e outra ao Sul, representando
o rei Salomão.
Na parte superior deste circ\ fica o L\ da L\, que suporta a
Escada de Jacó, cujo cimo toca os Céus. Caminhando dentro
deste circ\, sem nunca o transpormos, limitar-nos-emos às
duas linhas paralelas e ao L\ da L\ e, enquanto assim
procedermos não podemos errar.
Pendentes dos cantos da Loja, vê-se quatro borlas, colocadas
nos pontos extremos da mesma para nos lembrarem as quatro
virtudes cardeais – TEMPERANÇA, JUSTIÇA, CORAGEM e
PRUDÊNCIA - que a nossa antiga tradição nos diz terem sido
praticadas pela grande maioria dos nossos antigos IIr\.
As características de um bom Maçom são Virtude, Honra e
Bondade; e, embora banidas de todas as outras sociedades,
devem sempre ser encontradas no coração dos Maçons.

134
SEGUNDA INSTRUÇÃO
o
Ven\ - Ir\ 1 Vig\, que há de comum entre nós?
1o Vig\ - Uma verdade, Ven\ M\.
Ven\ - Que verdade é essa, meu Ir\?
o
1 Vig\ - A existência de um G\A\, Criador do Universo, isto é, de
tudo que foi, que é e que será.
Ven\ - Como sabeis, meu Ir\?
o
1 Vig\ - Porque além dos órgãos que constituem nosso ser material,
o Ente Supremo nos dotou de inteligência, que nos faz
discernir o Bem do Mal.
Ven\ - Essa faculdade, a que chamais inteligência, é independente
de vossa organização física?
o
1 Vig\ - Ignoro-o, Ven\ M\. Creio, porém, que, como os nossos
sentidos, ela é suscetível de progresso e de aperfeiçoamento e
tem sua infância, sua adolescência e a sua maturidade;
rudimentar das crianças, manifesta-se nos adultos,
aperfeiçoa-se e eleva-se, progressivamente, ao mais alto grau
de concepção.
Ven\ - A inteligência é suficiente para discernir o Bem do Mal?
1o Vig\ - Sim, Ven\ M\, quando dirigida por uma moral sã.
Ven\ - Onde encontramos os ensinamentos dessa moral?
o
1 Vig\ - Na Maçonaria, Ven\ M\, porque aqui se ensina a moral
mais pura e mais propícia à formação do caráter do homem,
quer considerado sob o ponto de vista social, quer sob o
individual.
o
Ven\ - Ir\ 2 Vig\, sois Maçom?
o
2 Vig - MM\II\C\T\M\RR\
Ven\ - Em que se baseia a moral ensinada pela Maçonaria?
2o Vig\ - No Amor do próximo, Ven\ M\.
Ven\ - Esta, porém, não deve ser a base de todos os princípios de
qualquer Moral?
2o Vig\ - Sem dúvida que sim, Ven\ M\. A moral Maçônica, porém, é
o sistema mais apropriado, é mais prático para o seu ensino.
Ven\ - Em que consiste esse sistema, meu Ir\?
o
2 Vig\ - Em mistérios e alegorias.
Ven\ - Quais são esses mistérios, meu Ir\?
2o Vig\ - Não me é permitido revelá-los, Ven\ M\; interrogai-me e

135
chegareis a descobrí-los e a compreendê-los.
Ven\ - Que vos exigiram para serdes recebido Maçom?
o
2 Vig \- Que fosse livre e de bons costumes.
Ven\ - Como Livre? Admitis, por acaso, meu Ir\, que um homem
possa viver na escravidão?
o
2 Vig\ - Não, Ven\ M\. Todo homem é livre; pode, porém, estar
sujeito a entraves sociais que o privem, momentaneamente, de
parte de sua liberdade e, o que é pior, o tornem escravo de
suas próprias paixões e de seus preconceitos. É precisamente
desse jugo que se deve libertar todo homem que aspira
pertencer à nossa Ordem. Assim, aquele que voluntariamente
abdica de sua liberdade, deve ser excluído de nossos
mistérios, porque quem não é senhor de sua própria
individualidade não pode contrair nenhum compromisso sério.
Ven\ - Ir\ 1o Vig\, como fostes recebido Maçom?
o
1 Vig\ - Nem nu nem vestido, Ven\ M\. Despojaram-me de todos
os metais e vendaram-me os olhos, a fim de que ficasse
privado da vista.
Ven\ - Que significa isso, meu Ir\?
1o Vig\- Várias são as significações, Ven\ M\. A privação dos metais
faz lembrar o homem, antes da civilização, em seu estado
natural, quando desconhecia as vaidades e o orgulho; e a
obscuridade em que me achava imerso figurava o homem
primitivo na ignorância de todas as coisas.
Ven\ - Quais são as consequências morais que deduzis dessa
alegoria?
o
1 Vig\ - A abdicação das vaidades profanas e a necessidade
imprescindível de instrução, que é o alicerce da Moral
Humana.
Ven\ - Que fizeram para vós instruir, Ir\ 2o Vig\?
2o Vig\ - Fizeram-me viajar do Ocidente para o Oriente e do Oriente
para o Ocidente. A princípio por um caminho escabroso,
semeado de dificuldades, cheio de obstáculos, em meio de
ruídos e de trovejar atordoador; depois, por outra estrada
menos difícil que a primeira, ouvindo o tilintar incessante de
armas; finalmente, em uma terceira viagem, por um caminho
plano e suave, envolto no maior silêncio.
Ven\ - Que significam os ruídos, as dificuldades e os obstáculos da
primeira viagem?

136
o
2 Vig\ - Fisicamente, representam o caos que se acredita ter
precedido e acompanhado a organização dos mundos;
moralmente, significam os primeiros anos do homem ou os
primeiros tempos da sociedade, durante os quais as paixões,
ainda não dominadas pela razão e pelas leis, conduziam
homem e sociedade aos excessos tão condenáveis dos
tempos remotos do feudalismo.
Ven\ - Que significa o ruído de armas que ouvistes em vossa segunda
o
viagem, Ir\ 1 Vig\?
o
1 Vig\ - Representa a idade da ambição: os combates que a
sociedade é obrigada a sustentar antes de chegar ao estado
de equilíbrio; as lutas que o homem é obrigado a travar e
vencer para se colocar dignamente entre os seus
semelhantes.
Ven\ - Porque encontrastes facilidade em vossa terceira viagem?
o
1 Vig\ - Porque esta nos mostra o estado de paz e de tranquilidade
resultante da ordem na sociedade, e o da moderação das
paixões no homem que atinge a idade da maturidade e da
reflexão.
Ven\ - Como terminou cada uma dessas viagens, Ir\ 2o Vig\?
o
2 Vig\ - O término de cada viagem foi em uma porta, onde bati.
Ven\ - Onde se achavam situadas essas portas?
2o Vig\ - A 1a ao Sul; a 2a no Ocidente e a 3a no Oriente.
Ven\ - Que vos disseram quando batestes?
o
2 Vig\ - Na primeira, mandaram-me passar; na segunda, fizeram-me
purificar pela água e na terceira fui purificado pelo fogo.
Ven\ - Que significam essas purificações, meu Ir\?
o
2 Vig\ - Que, para estar em condições de receber a luz da Verdade,
torna-se necessário ao homem desvencilhar-se de todos os
preconceitos sociais ou de educação, e entregar-se, com
ardor, à procura da Sabedoria.
o
Ven\ - Que representam as três portas em que batestes, Ir\ 1 Vig\?
o
1 Vig\ - As três disposições necessárias à procura da Verdade:
Sinceridade, Coragem e Perseverança.
Ven\ - Que vos aconteceu, em seguida?
1o Vig - Ajudaram-me a dar três passos num quadrilongo.
Ven\ - Para que, meu Ir\?
o
1 Vig\ - Para fazer-me compreender que o primeiro fruto do estudo é

137
a experiência e que esta é que torna o homem prudente.
Ven\ - O que vos deram, depois?
o
1 Vig\ - A Luz, Ven\ M\.
o
Ven\ - Que vistes, então, Ir\ 1 Vig\?
1º Vig\ - Raios cintilantes feriram-me a vista: vi, então, que eram
espadas, empunhadas por meus irmãos e apontadas para
mim.
o
Ven\ - Sabeis o que significa isso, Ir\ 2 Vig\?
o
2 Vig\ - Compreendi, depois, que essas espadas figuravam os raios
de Luz da Verdade, que ofuscam a vista intelectual daquele
que ainda não está preparado, por sólida instrução, a recebê-
la.
Ven\ - Como vos ligastes à Ordem Maçônica?
o
2 Vig\- Por um juramento e uma consagração.
Ven\ - Que prometestes?
2o Vig\ - Guardar fielmente os segredos que me fossem confiados;
amar, proteger e socorrer a todos os meus Irmãos, sempre que
disso tivessem justa necessidade.
Ven\ - Estais arrependido de terdes contraído essa obrigação?
2o Vig\ - Absolutamente não, Ven\ M\, e estou pronto a renová-lo,
se preciso for, perante esta Aug\ Assembléia.
Ven\ - Quais são os indícios pelos quais se reconhecem os Maçons,
o
Ir\ 1 Vig\?
1o Vig\ - Além dos atos e ações que praticam, revelando o influxo da
moral ensinada em nossos Templos, eles se reconhecem pelo
S\, pelo T\ e pela P\.
Ven\ - Qual é o S\?
1o Vig\ - (Depois de fazer o S\) Ei-lo, Ven\ M\.
o
Ven\ - Qual é a P\, Ir\ 2 Vig\?
o
2 Vig\ - Não sei lê-la nem pronunciá-la, Ven\ M\, por isso não vo-la
p\d\s\s\.
Ven\ - Então transmita-a, da forma de costume, ao Ir\ 2º Diac\ para
que ele me a transmita.

(Dão assim a palavra: Iniciando pelo ouvido


esquerdo, o primeiro fala a primeira letra e sem
troca de ouvido o segundo dá a segunda letra.
Trocando de ouvido o primeira dá a terceira letra

138
e o segundo dá a quarta letra. Troca-se de
ouvido, novamente, o primeiro fala a primeira
sílaba da palavra e o segundo pronuncia a
segunda sílaba).

Ven\ - (Depois de regularmente dada a P\) Porque só se dá a P\


sol\?
o
2 Vig\ - Porque ela caracteriza o primeiro grau de iniciação que é o
emblema do homem ou da sociedade na fase da ignorância,
quando o estudo e as artes, por deficiência das faculdades
intelectuais, ainda não lhe são conhecidos. Assim o Aprendiz
recebe primeiro para dar depois.
Ven\ - Dai ao Ir\ Experto o T\ para que ele me o transmita. (Depois
de executada a ordem) Disseste-me que, quando fostes
recebidos, estáveis nem nu nem vestido. E agora estais
vestido, Ir\ 1o Vig\?
1o Vig\ - Estou vestido com este avental (mostra o avental).
o
Ven\ - Ir\ 2 Vig\, sois obrigado a trazer sempre, em Loja, esse
avental?
2o Vig\ - Sim, como todos os IIr\, Ven\ M\.
Ven\ - Por quê?
o
2 Vig\ - Porque ele nos lembra que o homem nasceu para o trabalho
e que todo Maçom deve trabalhar incessantemente para a
descoberta da Verdade e para o aperfeiçoamento da
Humanidade.
Ven\ - Onde trabalhamos, meu Ir\?
2o Vig\ - Em uma Loja.
Ven\ - Como é construída nossa Loja?
o
2 Vig\ - Com a figura de um quadrilongo, estendendo-se do Or\ ao
Oc\, tendo a sua largura do Norte ao Sul e sua altura da Terra
ao Céu e por profundidade da superfície ao centro da Terra.
o
Ven\ - Como é coberta nossa Loja, Ir\ 1 Vig\?
o
1 Vig\ - Por uma abóbada azul semeada de estrelas e de nuvens, na
qual circulam o Sol, a Lua e inúmeros outros astros que se
conservam em equilíbrio pela atração de uns sobre outros.
Ven\ - Quais são os sustentáculos dessa abóbada?
1o Vig\ - Doze lindas CCol\, Ven\ M\.
Ven\ - Que representam essas doze CCol\, meu Ir\?

139
o
1 Vig\ - Os 12 signos do Zodíaco, isto é, as doze constelações que o
Sol percorre no espaço de um ano solar.
o
Ven\ - Ir\ 2 Vig\, nossa Loja não tem outros apoios?
o
2 Vig\ - Sim, Ven\ M\. Apoia-se , também, sobre três fortes pilares.
Ven\ - Quais são eles?
2o Vig\- Sabedoria, Força e Beleza.
Ven\ - Como são representados, em nossa Loja, esses atributos?
o
2 Vig\ - Por três grandes Luzes, Ven\ M\.
Ven\ - Onde estão colocadas essas luzes?
2o Vig\ - Uma ao Oriente, outra ao Ocidente e a terceira ao Sul.
o
Ven\ - O que se nota mais em nossa Loja, Ir\ 1 Vig\?
o
1 Vig\ - Diversas figuras alegóricas, cuja significação me foi
explicada pelo Ven\ M\.
Ven\ - Dizei, então, quais são essas figuras.
o o
1 Vig\ - 1 , um pórtico elevado sobre três degraus e ladeado por duas
CCol\ de bronze, sobre cujos capitéis descansam três romãs
abertas, mostrando-nos suas sementes;
o
2 - Uma Pedra Bruta;
3o - Uma Pedra trabalhada a que se dá o nome de Pedra Polida;
o
4 – Um esquadro, um compasso, um nível e um prumo;
5o – Um malho e um cinzel;
o
6 – Um quadro, chamado Painel da Loja;
o
7 - Três janelas abertas;
8o - Ao Or\ da Loja, o Sol, e a Lua;
9o - O mosaico, cercado pela Orla Dentada.
Ven\ - Que significa o Oc\ em relação ao Or\?
1o Vig\ - O Or\ indica a direção de onde provém a luz e o Oc\ a
região para qual ela se dirige. O Oc\ representa, por
conseguinte, o mundo visível que os nossos sentidos alcançam
e, de um modo geral, tudo o que é material; o Or\ simboliza o
mundo invisível, tudo o que é abstrato, isto é, o mundo
espiritual.
Ven\ - Que representam as duas CCol \de bronze?
o
2 Vig\ - Marcam os dois pontos solsticiais.
Ven\ - Que significam as romãs, colocadas nos capitéis das CCol\?
2o Vig\ - Mostram, por sua divisão interna, os bens produzidos pela
influência das estações; representam, também, as Lojas e
todos os Maçons espalhados pela superfície da Terra; e suas

140
sementes, intimamente unidas, nos lembram a fraternidade e a
união que deve haver entre os homens.
o
Ven\ - Que quer dizer a Pedra Bruta, Ir\ 1 Vig\?
o
1 Vig\ - Representa o homem sem instrução, com as suas asperezas
de caráter, devidas à ignorância em que se encontra e às
paixões que o dominam.
Ven\ - E a Pedra Polida, meu Ir\, que significa?
o
1 Vig\ - O homem instruído que, dominando as paixões e
abandonando os preconceitos, libertou-se das asperezas da
Pedra Bruta, que poliu.
Ven\ - Que vos recordam o esquadro, o compasso, o nível e o prumo?
1o Vig\ - Por serem instrumentos imprescindíveis às construções
sólidas e duráveis, eles nos recordam o papel de construtor
social que compete a todos os Maçons e, ao mesmo tempo,
nos traçam as normas pelas quais devemos pautar nossa
conduta: o esquadro para a retidão; o compasso, para a justa
medida e o nível e o prumo para a igualdade e a justiça que
devemos aos nossos semelhantes.
Ven \- Que representam o malho e o cinzel, Ir \2o Vig\?
2o Vig\ - A inteligência e a razão que tornam o homem capaz de
discernir o Bem do Mal, o Justo do Injusto.
Ven\ - Que significa a pr\ de desenhos?
2o Vig\ - A memória, faculdade preciosa de que somos dotados para
fazermos o nosso julgamento, conservando o traçado de todas
as nossas percepções.
Ven\ - Porque tem a Loja três janelas, meu Ir\?
2o Vig\- Pela posição que ocupam, indicam as principais horas do dia:
o nascer do Sol, o meio dia e o pôr do Sol.
Ven\ - Por que o Sol e a Lua foram colocados em nossos Templos, Ir\
Vig\?
1o Vig\ - Porque sendo a Loja a imagem do universo, nela devem
estar representados os esplendores da abóbada celeste que
mais ferem a imaginação do homem.
Ven\ - E o mosaico, com a Orla Dentada, que significação tem?
o
1 Vig\ - O mosaico representa a variedade do solo terrestre; formado
por pedras brancas e pretas, ligadas pelo mesmo cimento,
simboliza a união de todos os Maçons, apesar das diferenças
de cor, de climas e de opiniões políticas ou religiosas. É

141
também a imagem do bem e do mal de que se acha semeada a
estrada da vida. A Orla Dentada exprime a união que deverá
existir entre todos os homens, quando o amor fraternal dominar
a todos os corações.
Ven\ - Que se faz em nossa Loja, meu Ir\?
1o Vig\ - Levantam-se Templos à Virtude e cavam-se masmorras ao
vício.
Ven\ - Ir\ 2o Vig\, em que espaço de tempo se executam os
trabalhos dos Aprendizes Maçons?
o
2 Vig\ - Do meio-dia à meia-noite, Ven\ M\.
Ven\ - Que vindes fazer aqui?
2o Vig\ - Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer
novos progressos na Maçonaria.
Ven\ - Que trazeis para vossa Loja, meu Ir\?
o
2 Vig\ - Amor, Paz e Harmonia para a prosperidade de todos os
Irmãos.
Ven\ - Que idade tendes, Ir \1o Vig\?
o
1 Vig\ - .......................................
Ven\- ( * ) Meus IIr\, como o futuro depende do trabalho feito durante
a juventude, trabalhai, para que vossa idade madura seja feliz
e para que vossa passagem neste Mundo não seja estéril,
quando voltardes ao seio da natureza, de onde saístes.
Repousemos, meus IIr\.

142
TERCEIRA INSTRUÇÃO

Ven\ - (*) Meus IIr\, de acordo como os preceitos que nos regem,
vamos proceder a terceira Instrução destinada especialmente
ao Ir Aprendiz F . . . . . . . . .; (se não houver aprendiz) destinada
a recordar os nossos ensinamentos.
o
Ir\ 1 Vig\, entre nós existe alguma coisa?
o
1 Vig\ - Sim, Ven\ M\, um culto.
Ven\ - Que culto é esse?
o
1 Vig\- Um segredo.
Ven\ - Que segredo é esse?
1o Vig\- A Maçonaria.
Ven\ - Que é a Maçonaria?
o
1 Vig\- Uma associação íntima de homens escolhidos, cuja doutrina
tem por base o G\A\D\U\. que é Deus; como regra, a Lei
Natural; por causa, a verdade, a liberdade e a luz moral; por
princípio, a igualdade, a fraternidade e a caridade; por frutos, a
virtude, a sociabilidade e o progresso; por fim, a felicidade dos
povos que ela procura incessantemente reunir sob sua
bandeira de paz. A Maçonaria existe e existirá sempre onde
houver o gênero humano.
o
Ven\ - Sois Maçom, Ir\ 2 Vig\?
o
2 Vig\ - MM\II\C\T\M\RR\
Ven\ - Quais são os deveres do Maçom?
2o Vig\ - Honrar e venerar o Gr\ Arq\ dos Mundos, a quem agradece
sempre as boas ações que praticar para o próximo e os bens
que lhe couber em partilha; tratar a todos os homens, sem
distinção de classe e de raça, como seus iguais e irmãos;
combater a ambição, o orgulho, o erro e os preconceitos; lutar
contra a ignorância, a mentira, o fanatismo e a superstição, que
são os flagelos causadores de todos os males que afligem a
Humanidade e entravam seu progresso; praticar a justiça
recíproca como verdadeira salvaguarda dos direitos e dos
interesses de todos, e a tolerância que deixa a cada um o
direito de escolher e seguir a sua religião e as suas opiniões;
deplorar os que erram, mas, esforçando-se para reconduzi-los
ao verdadeiro caminho; enfim ir, com todas as suas forças, em
socorro do infortúnio e da aflição. O Maçom cumprirá todos
esses deveres porque tem a Fé que lhe dá a coragem e o

143
conduz ao progresso; a perseverança que vence os
obstáculos; o devotamento que o leva a fazer o bem mesmo
com risco de sua vida e sem esperar outra recompensa a não
ser a tranqüilidade de consciência.
Ven\ - Como podereis vos fazer reconhecer Maçom?
2o Vig\ - Por meus SS\, TT\ e PP\.
Ven\ - Como fazeis o S\, Ir\ M\ de CCer\?
M\ de CC\ - (levantando-se) Pelo esquadro, nível e perpendicular.
(faz o S\)
Ven\ - Que significa esse s\?
M\ de CC\ - A honra de saber guardar o segredo, preferindo ter a g\
c\ a revelar nossos mistérios. Significa, também, que o braço
direito, símbolo de minha força, está concentrado e imóvel a
disposição da Ordem, somente saindo da imobilidade quando
assim ordenar o Ven\ M\. Finalmente o pp\ em esquadria,
representando o cruzamento de duas perpendiculares, único
caso em que formam quatro ângulos iguais e retos, significam
a retidão do caminho que tenho de seguir, bem como que a
igualdade é um dos princípios fundamentais de nossa Ordem.
(saúda e senta-se)
Ven\ - Ir\ 2o Diac\ dai o t\ ao Ir\ 1o Vig\.
o
1 Vig\ - (depois de recebido o t\) Está exato, Ven\ M\.
o
Ven\ - Dai-me a P\, Ir\ 1 Diac\.
o
1 Diac\ - (levantando-se e à ordem pronuncia a P\) - B\.
Ven\ - Que significa esta P\?
1º Diac\ - Beleza e, também, Força, Apoio. (saúda e senta-se)
Ven\ - Por que o Aprendiz Maçom não tem p\ de p\, Ir\ G\ do
Temp\?
G\ do Temp\ - (levantando-se e à ordem) porque conservamos a
tradição do antigo Egito, onde o iniciado ficava durante três
anos sem se comunicar com o mundo profano e, caso deixasse
o templo, a ele jamais voltaria. Daí ser desnecessária tal P\.
Ven\ - Por que quisestes vos tornar Maçom?
G\ do Temp\ - Porque sendo livre e de bons costumes, e estando
nas trevas, ambicionava a Luz.
Ven\- Quem vos trouxe à Loja?
G\ do Temp\ - Um amigo, que depois reconheci como Irmão.
(saúda e senta-se)

144
Ven\ - Como estavas preparado, Ir\ Sec\?
Sec \ - (levantando-se e à ordem) Nem nu, nem vestido;
despojaram-me de todos os metais, emblema dos vícios, para
lembrar-me do estado primitivo da humanidade antes da época
de sua civilização.
Ven\- Onde fostes recebido?
Sec\ - Em uma Loja justa, perfeita e regular.
Ven\- Que é preciso para que uma loja seja justa e perfeita?
Sec\ - Que três a governe, cinco a componha e sete a complete.
Ven\ - Que é uma Loja regular?
Sec\ - É a que, sendo justa e perfeita, obedeça a uma Potência
Maçônica regular e pratique rigorosamente todos os princípios
básicos da Maçonaria Universal. (saúda e senta-se)
Ven\ - Como fostes recebido Ir\ Orador?
Orad\- (levantando-se e à ordem) Por três pancadas cuja
significação é: Batei e sereis atendido; pedi e recebereis;
procurai e encontrareis.
Ven\- Que vos fizeram praticar?
Orad\ - Depois de colocado entre as colunas dos IIr\ VVig\,
fizeram-me praticar três viagens para que me lembrasse das
dificuldades e das atribulações da vida; purificaram-me pelos
elementos e, depois, fui conduzido ao Altar, onde fizeram-me
ajoelhar; o j\ d\ nu por terra. A m\ d\ sobre o L\ da L\ e na
e\ um c\ aberto cujas pontas se apoiavam em meu peito
esquerdo que estava nu. Nessa posição prestei meu juramento
de guardar os segredos da Ordem (saúda e senta-se)
Ven\ - Que vistes ao entrar na Loja Ir\ Tes\?
Tes\ - (levantando-se e à ordem) Nada, Ven\ M\, pois uma
espessa venda cobria meus olhos.
Ven\ - Que vistes quando vos concederam a Luz?
Tes\ - Achava-me no Ocidente, entre colunas; então, vi o pavimento
mosaico e o Livro da Lei sobre o Altar (saúda e senta-se)
o
Ven\ - Podeis explicar-me, Ir\ 1 Vig\, a interpretação de tudo que
ouviste falar?
o
1 Vig\ - A venda sobre os olhos significa as trevas e os preconceitos
do mundo profano e a necessidade que têm os homens de
procurar a luz entre os iniciados. O p\ d\ descalço era para
manifestar o respeito por este lugar sagrado. O b\ e\ e o p\

145
e\ desnudos exprimiam que eu dava meu braço à instituição e
meu coração aos meus irmãos. As pontas do c\ sobre o peito
lembravam-me a minha vida profana, na qual nem meus
sentimentos nem meus desejos foram regulados por esse
símbolo da exatidão, que desde então regula meus
pensamentos e minhas ações. O c\ simboliza as relações do
Maçom com seus irmãos e com os demais entes; fixada uma
de suas pontas, pode, pelo maior ou menor afastamento das
pernas, descrever círculos sem conta, imagens de nossa Loja
e da Maçonaria cujo extenso domínio é infinito.
Os três p\ formando cada um e a cada junção dos pés um
ângulo reto, significam que a retidão é necessária ao que
deseja vencer na ciência e na virtude. As três viagens
simbolizam a conquista de novos conhecimentos. O número
três indica os centros: Pérsia, Fenícia e Egito, onde foram
primitivamente cultivadas as ciências.
As purificações, que foram feitas no decurso dessas viagens,
lembraram-me que o homem não é bastante puro para chegar
ao templo da filosofia. A idade do aprendiz e t\ a\ porque, na
antiguidade, esse era o tempo necessário ao seu preparo; a
idade significa também o grau maçônico.
A pedra bruta é o emblema do aprendiz, do que se encontra no
estado imperfeito de sua natureza. As duas CCol\ são tidas
como de 18 côvados de altura, 12 de circunferência, 12 de
base e 5 nos capitéis, num total de 47 côvados, número igual
das constelações e dos signos do zodíaco ou do mundo
celeste. Suas dimensões estão contra todas as regras de
arquitetura, para nos mostrar que a sabedoria e o poder do
divino Arq\ estão além das dimensões e dos julgamentos dos
homens. Elas são de bronze para resistirem ao dilúvio, isto é, à
barbárie, sendo o bronze o emblema da eterna estabilidade
das leis da natureza, base da doutrina Maçônica. São ocas
para guardar os utensílios apropriados aos conhecimentos
humanos e, enfim, as romãs, são símbolo equivalente ao feixe
de Esopo: milhares de sementes contidas no mesmo fruto,
num mesmo germe, numa mesma substância, num mesmo
asilo, imagem do povo maçônico, que, por mais multiplicado
que seja, constitui uma e mesma família. Assim a romã é o
emblema da harmonia social, porque só com as sementes

146
apoiadas umas às outras é que o fruto toma a sua verdadeira
forma.
O pavimento mosaico, emblema da variedade de solo,
formado de pedras brancas e pretas, unidas pelo mesmo
cimento simboliza a união de todos os maçons do globo,
apesar da diferença de cores, de clima e de opiniões políticas e
religiosas; são a imagem do Bem e do Mal de que está cheio o
caminho da vida.
A Espada Flamígera, arma simbólica, significa que a
insubordinação, o vício e o crime devem ser repelidos de
nossos Templos e que a Justiça de Salomão, Justiça
Maçônica, é pronta e rápida como os raios que se desprendem
da espada, emblema, também, da justiça e da nobreza dos
sentimentos.
O Esquadro, suspenso ao colar do Ven\ M\, significa que um
chefe deve ter unicamente um sentimento - o dos estatutos da
Ordem – e que deve agir de um única forma: com retidão.
O Nível, que decora 1o Vig\, simboliza a igualdade social,
base do direito natural.
o
O Prumo, trazido pelo 2 Vig\, significa que o maçom deve ser
reto no julgamento sem se deixar dominar pelo interesse nem
pela afeição.
O nível sem o prumo nada vale, do mesmo modo que este sem
aquele, em qualquer construção. Por isso os dois se
completam para mostrar que o maçom tem o culto da
igualdade, nivelando todos os homens, cultuando a retidão,
não se deixando pender pela amizade ou pelo interesse, para
qualquer dos lados.
Ven\ - Por que os Aprendizes trabalham do meio dia à meia noite, Ir\
o
2 Vir\?
o
2 Vig\ - É uma homenagem a um dos primeiros instituidores dos
mistérios, Zoroastro, que reunia secretamente seus discípulos
ao meio dia e terminava seus trabalhos à meia noite, por um
ágape fraternal.
(Terminada a Instrução os trabalhos seguem conforme a
ordem estabelecida).

147
QUARTA INSTRUÇÃO
o
Ven\ - Que forma tem nossa Loja Ir 1 Vig\?
1o Vig\ - A de um quadrilongo.
Ven\- Qual a sua altura?
o
1 Vig\ - Da terra ao céu.
Ven\ - Qual o seu comprimento?
1o Vig\ - Do Oriente ao Ocidente.
Ven\ - E a sua Largura?
o
1 Vig\ - Do Norte ao Sul.
Ven\ - Qual a sua profundidade?
1o Vig\ - Da superfície ao centro da Terra.
Ven\ - Por que meu Ir\?
o
1 Vig\ - Porque a Maçonaria é universal e o universo é uma imensa
oficina.
Ven\ - Por que razão está nossa Loja situada do Oriente para o
o
Ocidente, Ir\ 2 Vig\?
o
2 Vig\ - Porque, assim como a luz do Sol vem do Oriente para o
Ocidente, as luzes do evangelho da civilização vieram do
Oriente, espalhando-se depois pelo Ocidente.
Ven\ - Em que base se apoia a nossa Loja?
o
2 Vig\ - Em três grandes Colunas: Sabedoria, Força e Beleza.
Ven\ - Quem representa o pilar da Sabedoria?
2o Vig\ - O Ven\ M\, no Oriente.
Ven\ - E os da Força e da Beleza, quem os representa?
o o o
2 Vig\ - O 1 Vig\, no Ocidente, o da Força; e o 2 Vig\, no Sul, o da
Beleza.
Ven\ - Por que o Venerável representa o pilar da sabedoria?
o
2 Vig\ - Porque dirige os obreiros que compõem a Ordem.
o
Ven\ - Por que representais o pilar da Força, Ir \1 Vig\?
o
1 Vig\ - Porque pago aos obreiros o salário que é a força e a
manutenção da existência.
o
Ven\ - E o 2 Vig\, por que é o da Beleza?
o
1 Vig\ - Porque faz repousar os obreiros, fiscalizando-os no trabalho.
Ven\ - Por que a Loja é sustentada por três colunas?
1o Vig\ - Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são complemento
de tudo; sem elas nada é perfeito e durável.

148
Ven\ - Por que meu Ir\?
1o Vig\ - Porque a Sabedoria cria, a Força sustenta e a Beleza
adorna.
Ven\ - Por que a Maçonaria combate a ignorância em todas as suas
formas?
o
1 Vig\ - Porque a ignorância é a mãe de todos os vícios e seu
princípio é: nada saber, saber mal o que sabe e saber coisas
outras além do que deve saber. Assim, o ignorante não pode se
medir com o sábio cujos princípios são a tolerância, o amor
fraternal e o respeito a si mesmo. Eis porque os ignorantes são
grosseiros, irascíveis e perigosos; perturbam e desmoralizam
a sociedade, evitando que os homens conheçam seus direitos
e saibam, no cumprimento de seus deveres, que, mesmo com
constituições liberais, um povo ignorante é escravo. São
inimigos do progresso que, para melhor dominar, afugentam as
luzes, intensificam as trevas e permanecem em constante
combate contra a verdade, contra o Bem e contra a perfeição.
o
Ven\ - E por que combatemos o fanatismo Ir\ 2 Vig\?
2o Vig\- Porque é a exaltação religiosa que perverte a razão e conduz
os insensatos a, em nome de Deus e para honrá-lo, praticarem
ações condenáveis. É um afastamento da moral, uma moléstia
mental, desgraçadamente contagiosa, que, implantada em um
país, toma os foros de princípio, em cujo nome, nos execráveis
autos da fé, fizeram perecer milhares de indivíduos úteis à
sociedade. A superstição é um culto falso, mal compreendido,
repleto de mentiras, contrário à razão e às sãs idéias que se
deve fazer de Deus; é a religião dos ignorantes, das almas
timoratas. Fanatismo e superstição são os maiores inimigos da
religião e da felicidade dos povos.
Ven\ - Para nos fortalecermos nos combates, que devemos manter
contra esses inimigos, qual o laço sagrado que nos une?
o
2 Vig\ - A solidariedade, Ven\ M\.
Ven\ - Será por isso que comumente se diz que a Maçonaria
proporciona a seus adeptos vantagens morais e materiais?
2o Vig\ - Essa afirmação não corresponde à verdade. O proveito
material, como interesse unicamente individual, não entra nas
cogitações dos verdadeiros maçons. As vantagens morais
resumem-se no adquirir a firmeza de caráter como

149
consequência natural da nítida compreensão dos deveres
sociais e dos altos ideais da Ordem.
Ven\ - Como podeis fazer tal afirmação, se todos dizem que a
solidariedade maçônica consiste no amparo incondicional de
uns a outros maçons, quaisquer que sejam as circunstâncias?
2o Vig\ - É a mais funesta interpretação que se tem dado a esse
sentimento nobre que fortalece os laços da fraternidade
maçônica. O amparo moral e material, que, individual e
coletivamente devemos aos nossos irmãos, não vai até o
dever de proteger aos que, conhecedores de suas
responsabilidades sociais, se desviem do cominho da moral e
da honra.
Ven\ - Que solidariedade, então, é a que deve existir entre nós, Ir\ 1º
Vig\?
o
1 Vig\ - É a solidariedade mais pura e fraternal, mas, somente para
com os que praticam o bem e sofrem os espinhos da vida; para
os que, nos trabalhos lícitos e honrados, são infelizes; para os
que, embora rodeados da fortuna, sentem na alma os
amargores das desgraças; enfim, a solidariedade maçônica
está onde estiver uma causa justa.
Ven\ - Não jurastes, então, defender e socorrer vossos irmãos?
1o Vig\ - Jurei sim, Ven\ M\, e, sempre que posso correspondo a
esse juramento. Quando, porém, um irmão esquecido dos
princípios e dos ensinamentos maçônicos, se desvia da moral
que nos fortifica para se tornar um mau cidadão, mau esposo,
mau pai, mau filho, mau irmão, mau amigo, quando cego pela
ambição ou pelo ódio, pratica atos que consideramos indignos
de um Maçom, ele, e não nós, rompeu a solidariedade que nos
unia e que não mais poderá existir porque, se assim a
praticássemos, seria pactuarmos com ações de que a simples
conivência moral nos degradaria. Por isso, o maçom, que
assim procede, deixou de ser irmão, perdeu todos os direitos
ao nosso auxílio material e, principalmente, ao nosso amparo
moral.
Ven\ - Não deveis, porém, dar preferência, na vida pública, a um
irmão da Ordem sobre um profano?
o
1 Vig\ - Em igualdade de circunstâncias, é meu dever preferir um
irmão, sempre que para fazê-lo não cometa uma injustiça que

150
fira a minha consciência. Os ensinamentos de nossa Ordem
nos obrigam a proteger um irmão em tudo que for justo e
honesto. Não será justo nem honesto proteger o menos digno,
mesmo que seja irmão, preterindo os sagrados direitos do
mérito e do valor moral e intelectual.
Ven\ - Então, sistematicamente, não favoreceis a um irmão?
o
1 Vig\ - Sem outras razões, não. A nossa Ordem nos ensina a amar a
Pátria, e, portanto, a sermos bons cidadãos. Não o seríamos
nem nos poderíamos julgar merecedores desse nobre título e
da confiança de nossos irmãos, se, ao bem público,
antepuséssemos os interesses de uma pessoa menos apta ou
menos digna de trabalhar pelos interesses da sociedade e da
Pátria.
Ven\ - Como, então, a voz pública acusa os maçons de progredirem
no mundo profano graças ao nosso sistema de recíproca
proteção?
1o Vig\ - São afirmações dos que, não conhecendo a razão das
coisas, julgam incondicional a nossa solidariedade. Se há
Maçons que galgam posições elevadas e de grandes
responsabilidades sociais, a razão evidentemente se oculta no
seguinte: a nossa Ordem não acolhe profanos sem antes
examinar a sua inteligência, o seu caráter e a sua probidade.
Daí ser natural que de nossa Ordem, cuidadosamente
selecionados, surjam cidadãos que se destaquem por suas
qualidades pessoais, tornando-se, assim, dignos de serem
aproveitados na conquista do progresso e da felicidade do
povo.
Ven\ - Concluis, então, que em nossa Ordem não haja desonestos?
1o Vig\ - Nada é perfeito, ainda, no mundo. Não deixo de reconhecer
que, muitas vezes, temos nos enganado na escolha de alguns
elementos, apesar do rigor de nossas sindicâncias. Assim,
infelizmente, maus elementos, com o único fito de tirar proveito
pessoal de nossa associação, se tem infiltrado em seu seio.
Alguns, pela natural influência da vida e da prática maçônica,
regeneram-se e transformam-se em bons e proveitosos
obreiros. Para os que são insensíveis à ação de nossa moral e
de nossos princípios, a nossa Lei nos fornece meios seguros e
prontos de separarem o joio do trigo, o que devemos fazer sem
temor nem vacilação. Só assim fortificaremos nossas colunas

151
pela exclusão dos elementos refratários aos ensinamentos
austeros e elevados dos princípios maçônicos.
Ven\ - Em que consiste, então, a nossa fraternidade?
1o Vig\ - Em educarmo-nos, instruirmo-nos, corrigindo os nossos
defeitos e sendo tolerantes para com as crenças religiosas e
políticas de cada um. A nossa fraternidade nos ensina a dar e
não a pedir sem justa necessidade.
Ven\ - Sob o influxo dessas doutrinas, continuemos, meus irmãos, os
nossos trabalhos para maior glória, honra e esplendor de
nossa Ordem.

(Os trabalhos prosseguem do ponto em que foram


suspensos)

152
QUINTA INSTRUÇÃO

A SIMBOLOGIA DOS NÚMEROS


(Grau de Aprendiz: 1 – 2 – 3 – 4)

Ven\ - Meus IIr\, vamos dar a última instrução do grau de aprendiz.


Depois de conhecido o Painel da Loja, isto é, a forma por que
deve proceder para galgar os degraus da escada que há de,
futuramente, transportá-lo do plano físico ao plano espiritual, o
aprendiz recebeu três outras instruções, que lhe puseram a
corrente dos símbolos e emblemas, concernentes ao seu grau.
Nessa quinta instrução, completará os conhecimentos de que
necessita para caminhar avante na trilha que encetou, ficando
de posse do conhecimento da simbologia dos quatro primeiros
números: 1 – 2 – 3 – 4 , pelo qual verá como esses números,
além do seu valor intrínseco, representam verdades
misteriosas e profundas, ligadas intimamente à própria
simbologia das alegorias e emblemas que, todas as vezes que
ele penetra nos Templos Maçônicos, se patenteiam à sua vista.
Tendes a Palavra Ir\ Orador.
Orador – De certo já tendes reparado, meus IIr\, na coincidência que
apresentam a bateria, a marcha e a idade do Aprendiz Maçom.
Todas encerram o número três: Três pancadas, para a bateria;
três passos, para a marcha; e três anos, para a idade.
Como vedes, o número três é primordial no grau de aprendiz e,
se este quiser realmente estar em condições de passar a
Companheiro, deve estudar cuidadosamente as propriedades
desse número, seja nas obras dos pitagóricos, seja na Cabala
numérica, seja, ainda, nas obras de arquitetura e arqueologia
iniciática, de Vetrúvio, Ramée, etc.
É de toda a conveniência que o maçom “especulativo” não se
desinteresse dessa parte do Ensino Iniciático, sobretudo se ele
tiver o legítimo desejo de compreender qualquer coisa da
Arquitetura da Idade Média e da Antiguidade e, em geral, das
grandes obras concebidas e executadas pelas Ordens de
Companheiros Construtores.
O emprego dos números, sobretudo de alguns números, em
todos os monumentos conhecidos, é muito frequente, para que
se creia que só o acaso os tenha produzido.

153
E, nisso, a História vem em nosso auxílio.
Todos os povos da Antiguidade fizeram um uso todo
emblemático, todo simbólico, dos números e das formas e, em
geral, do número e da medida.
A obra moderna do sábio astrônomo francês, o Abade
Moreaux, “Sciencia Mysteriosa dos Pharaós”, no-lo constata
de um modo absoluto, provando a evidência que as
dimensões, orientação e forma das Pirâmides, obedeceram a
razões poderosíssimas, pois que elas encerram, além de
outras verdades (provavelmente ainda não encontradas), a
direção do Meridiano Terrestre, o valor entre a circunferência e
o seu raio, a medida de peso racional (a libra inglesa), etc., até
a distância aproximada da Terra ao Sol.
Todos os povos da Antiguidade tiveram um sistema numérico,
ligado intimamente à sua religião e ao seu culto. E este fato é
resultado da ideia que então se fazia do mundo, ideia segundo
a qual a matéria é inseparável do espírito, do qual exprime a
imagem e a revelação.
Enquanto a matéria for necessariamente a forma e a
dimensão, enquanto o mundo for uma soma de dimensões,
existirá o número, e cada coisa terá seu número, do mesmo
modo que sua forma e dimensões.
Há números, entretanto, que parecem predominar na estrutura
do mundo, no tempo e no espaço e que formam, mais ou
menos, a base fundamental de todos os fenômenos da
natureza.
Esses números foram sempre tidos como sagrados pelos
antigos, como representando a expressão da ordem e da
inteligência das coisas, como exprimindo mesmo a própria
divindade.
Com efeito, se supusermos que as coisas materiais são
apenas um invólucro que cobre o invisível, o imaterial, se as
considerarmos somente como símbolos dessa imaterialidade,
com mais forte razão os números, concepção puramente
abstrata, poderão ser considerados sagrados, pois que eles
representam, até certo ponto, a expressão mais imediata das
Leis Divinas (que são as Leis Naturais), compreendidas e
estudadas neste Mundo.
Vê-se, pois, que os números se prestam facilmente a
tornarem-se símbolos, figuras das ideias simples e de suas

154
relações; e toda a doutrina das relações morais e de ligação
indestrutível com o mundo material, isto é, a filosofia, foi
sempre exposta por um sistema numérico e representada por
números.
A China, a Índia, a Grécia (mesmo antes de Pitágoras)
conheceram e empregaram a “Ciência dos Números”, e seu
simbolismo é, em grande parte, baseado nessa ciência.

O NÚMERO UM

O número um, a unidade, é o princípio dos números, mas a


unidade só existe pelos outros números. Todos os sistemas
religiosos orientais começaram por um ser primitivo; e,
conquanto esta abstração não tenha positivamente uma
existência real, tem, contudo, um lado positivo, que a torna
suscetível de uma existência definida: é o que os antigos
denominavam Porthos, isto é – o desejo ou ação de sair do
absoluto, a fim de entrar no real – ( para nós quer dizer:
concreto).
Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é confundida,
como unidade, com o todo, ela tem o nome de unidade.
A unidade não é compreendida senão por efeito do numero
dois; sem este, ela se torna idêntica ao todo, isto é, se identifica
com o próprio número.
A natureza do número dois, em sua relação com a unidade,
representa a divisão, a diferença.

O NÚMERO DOIS

O número dois é o número terrível, o número fatídico.


É símbolo dos contrários, e, por consequência, da dúvida, do
desequilíbrio e da contradição.
Para mostrar isso, tomemos o exemplo concreto de uma das
sete ciências maçônicas: A Aritmética. 2 + 2 = 2 x 2
Até na matemática, o número dois produz confusão, pois ao
vermos o número 4 (que mais adiante estudaremos) ficamos
na dúvida, se é o resultado da combinação de dois números
dois, pela soma ou pela multiplicação, o que não se dá, em
absoluto, com outro qualquer número.
Ele representa – o Bem e o Mal – a Verdade e a Falsidade – a
Luz e as trevas – a Inércia e o Movimento -, em fim, todos os
princípios antagônicos, adversos.

155
Por isso, representa, na antiguidade, “o Inimigo”, símbolo da
Dúvida, quando nos assalta o espírito.
O Aprendiz não se deve aprofundar no estudo deste número
porque, fraco ainda de cabedal científico das nossas tradições,
pode enveredar pelo caminho oposto ao que deveria seguir.
Esta é, ainda, uma das razões, pela qual o aprendiz é guiado
nos seus trabalhos iniciáticos: - a sua passagem pelo número
2 – que, duvidoso, traiçoeiro, fatídico, pode arrastá-lo ao
abismo da dúvida, do qual só sairá se o forem buscar.

O NÚMERO TRÊS

A diferença, o desequilíbrio, o antagonismo que existem no


número dois, cessam, repentinamente, quando se lhe ajunta
uma terceira unidade. A instabilidade da divisão ou da
diferença, aniquilada pelo acréscimo de uma terceira unidade,
faz com que, simbolicamente, o número três se converta,
também, numa unidade.
Porém, a nova unidade não é mais uma unidade vaga,
indeterminada, na qual não houve intervenção alguma; não é
mais uma unidade idêntica com o próprio número, como
acontece com a unidade primitiva; é uma unidade na qual se
interveio, e que absorveu e eliminou a unidade primitiva,
verdadeira, definida e perfeita. Foi assim que se formou o
número três. Ele se tornou a unidade da Vida, do que existe
por si próprio, do que é perfeito.
Eis ai porque o neófito vê, no Or\, o Delta Sagrado, luminoso,
emblema do “Ser” ou da “Vida”, no seio do qual brilha ainda a
letra IOD, inicial do Tetragrama IEVE.
Ramée assim explica: O Triângulo, entre as superfícies, é a
forma que corresponde ao número três, e tem a mesma
significação deste. Assim como o número três é o primeiro
número completo, da série numérica, do mesmo modo o
triângulo o é entre todas as formas. Porque o ponto e a linha,
por si só, são coisas imperfeitas e são necessárias três
dimensões para que um objeto tenha forma, esteja completo.
O triângulo, composto de 3 linhas e 3 ângulos, forma um todo
completo e indivisível.
Todos os outros polígonos se subdividem em triângulos e são
compostos de triângulos. Estes são, pois, o tipo primitivo que
serve de base à construção de todas as outras superfícies, e é
símbolo da existência da divindade, bem como da sua
“potência produtiva” ou da Evolução.

156
Quando o novo iniciado abre os olhos à Luz da Verdade, ele
nada encontra, no Templo, que se relacione, simbolicamente,
com o número um; isto é natural, porque, para facilitar o estudo
dos números, a Maçonaria faz uso de emblemas, para atrair a
atenção sobre as suas propriedades essenciais.
E assim deve ser, porque nada do que é sensível pode ser
admitido a representar a Unidade. Com efeito, nós só
percebemos fora e em volta de nós diversidade e
multiplicidade. Entretanto, se a Unidade não nos aparecer
naquilo que nos é exterior, parece, pelo contrário, residir no
nosso íntimo.
Todo o ser pensante tem a convicção, o sentimento inato de
que é um.
Esta unidade, que está em nós, se manifesta, por sua vez, na
nossa maneira de pensar, agir e sentir.
Nossas ideias, levadas ao pensamento de um todo harmônico,
fazem nascer em nós a noção do “Verdadeiro”. E, sem dúvida,
este é o talismã mais precioso que pode possuir o iniciado,
quando condena o seu Ideal no Justo, no Belo e no Verdadeiro,
simbolizados no candelabro de 3 luzes que ele vê sobre o Altar
do Venerável, ideal que é o pólo único para o qual tendem
todas as aspirações humanas.
Como Ramée, O. Wirth diz que o binário é o símbolo dos
contrários, da divisão, e recomenda que não deve o neófito
estacionar no número dois, pois que se condenaria à luta
estéril, à oposição cega, à contradição sistemática, etc.; ficaria
o neófito, em suma, escravo desses princípios de divisão que a
Antiguidade simbolizou e estigmatizou sob o nome de Inimigo
(Agramainu, Cheitan, Satan, Mara, etc.).
Foi então necessário proceder à conciliação dos
antagonismos, “condensando no Ternário o Binário e a
Unidade”.
Três, é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor).
Três, são os pontos que o neófito deve se orgulhar de apor ao
seu nome, em que pese aos nossos adversários ignorantes,
quando pensam nos ridicularizar com o epíteto de – Irmão três
pontinhos.
Estes três pontos, como o Delta Luminoso e Sagrado, são um
dos nossos emblemas mais respeitáveis.
Eles representam todos os ternários conhecidos (dos quais
falaremos mais adiante) e especialmente as três qualidades
indispensáveis ao Maçom:

157
Vontade
*

Amor ou Sabedoria * * Inteligência

Estas qualidades são absolutamente inseparáveis umas das


outras e devem existir, em equilíbrio perfeito, no candidato à
Iniciação, para que ele possa ter uma Iniciação real, vivida e
não emblemática.
Se não vejamos: experimentemos, por um momento, separar
estas qualidades umas das outras e veremos, sempre, que
elas caracterizarão o desequilíbrio.
Suponhamos um ser dotado unicamente de vontade, de
energia, porém sem o menor sentimento afetuoso e
desprovido de intelectualidade. Que resultará?
Um verdadeiro bruto.
Dotemos agora alguém de Inteligência e arranquemos dele a
Vontade e a Sabedoria, que é a expressão do Amor: teremos o
pior dos egoístas e dos inúteis, um terreno onde a “boa
semente” não germinará e que os ervas daninhas em breve
inutilizarão.
Demos, finalmente, ao homem unicamente o Amor
(Sabedoria), sem sombra de Vontade ou de Inteligência. Sua
bondade será inútil, suas melhores aspirações serão
condenadas à esterilidade, porque não são postas em ação
por uma Vontade forte agindo sob o controle da Razão.
Tomemos agora, por pares, essas virtudes: Dotemos, ao
mesmo tempo, uma criatura de Vontade e Inteligência, mas
tiremos todo o sentimento afetuoso em relação aos seus
semelhantes. Esse homem poderá ser um gênio, mas será
também, muito provavelmente, um monstro de egoísmo e,
como tal, condenado a desaparecer.
Suponhamos, agora, um ser dotado de Coração e de
Inteligência, mas sem vontade, sem energia. Teremos uma
criatura mole, de caráter passivo, que certamente não fará mal
a ninguém, que terá mesmo belas aspirações, um Ideal
elevado, mas nunca chegará a realizá-lo, por falta de energia.
Em suma, um inútil.
A energia unida ao Amor daria melhor resultado, porém a falta
de Inteligência impedirá sempre o ser bom e ativo, de fazer
obra verdadeiramente útil, porque discernimento, função da
Inteligência lhe faltaria. Não poderia aplicar suas belas

158
qualidades; correria mesmo perigo de sob a direção de um
mau intelecto, tornar-se servidor das forças do mal, por falta de
discernimento.
Vede, pois, meus IIr\, que todo o Maçom que quiser ser digno
desse nome deve cultivar igualmente essas três qualidades,
representadas pelos três pontos (\) que apõe ao seu nome,
representando as três estrelas que brilham no Oriente da Loja.
O ternário pode, ainda, ser estudado sob múltiplos pontos de
vista, dos quais citaremos apenas os principais, que são:
Do tempo: Passado – Presente – Futuro.
Do movimento diurno do sol: Nascer – Zênite – Ocaso.
Da vida: Nascimento – Existência – Morte ou (Mocidade –
Madureza - Velhice).
Da Família: - Pai – Mãe – Filho.
Da constituição oculta do ser: Espírito – Alma – Corpo.
Do Hermetismo: - Archeo – Azoth – Hilo.
Da Gnose: Princípio – Verbo – Substância.
Da Kabala Hebraica (da qual são tiradas as pp\ ss\ e de p\
da Maçonaria) Keter (coroa) – Hockma (Sabedoria) – Binah
(Inteligência).
Da Trindade Cristã: Pai – Filho – Espírito Santo.
Da Trimuti Hindu: Brahma – Vishnu – Siva. Ou (Sat – Chit –
Ananda)
Ainda na India, dos “Três Gounas”; ou qualidades inerentes à
Substância Eterna (Maia): Tumas (Inércia) – Rajas
(Movimento) – Sattva (harmonia).
Do Budismo: Buda (Iluminado) – Dharma (lei) – Sanga
(Assembléia dos fieis).
Do Egito: Osiris – Isis – Horus; ou Amon – Mouth – Khons.
Ainda no Egito, do Sol: Horus (Nascer) – Ra (Zênite) – Osiris
(Ocaso).
Da Caldéia: Ulomus (Luz) – Olusurus (Fogo) – Eliun (Chama).
E ainda muitos outros ternários, cuja explicação se afastaria
dos moldes desta instrução.
Em toda a parte se encontra, pois, o número três, o Ternário, do
qual o Delta Sagrado é o mais luminoso e, talvez, o mais puro
emblema e, nas Lojas Maçônicas, ainda é simbolizado pelos
três grandes Pilares: SABEDORIA – FORÇA – BELEZA que
representam as Três Grandes Luzes colocadas sobre o Painel
da Loja, a primeira no Oriente, a Segunda no Ocidente e a
terceira no Sul, de acordo com a orientação das “Três Portas”
do Templo de Salomão.

159
O NÚMERO QUATRO

No centro do Delta Sagrado está colocada a letra IOD, inicial


do Tetragrama IEVE, símbolo da Grande Evolução ou – “do
que foi” – “ do que é” – “do que será”.
O Tetragrama IOD – HE – VAU – HE, apesar de se compor de 4
letras, tem somente 3 diferentes (IOD – HE – VAU), para
simbolizar as três dimensões dos corpos: comprimento,
largura e altura ou profundidade.
A letra VAU, cujo valor numérico é 6, indica as 6 faces dos
corpos.
O Tetragrama, com as sua 4 letras, tem afinidade com a
Unidade, pois 4 e 1 são quadrados perfeitos porém só tem 3
letras diferentes para indicar que, a partir de 3, os números
entram numa nova fase.
Finalmente, o Tetragrama lembra ao Aprendiz que ele passou
pelas quatro provas dos Elementos: - Terra – Ar – Água – Fogo.
Colocado a Nordeste da Loja ele vai recomeçar estas 4 provas,
o
no caminho para o 2 grau; porem, desta vez, tendo recebido a
Luz e podendo caminhar só, no Templo – embora ajudado
pelos conselhos fraternos de seus IIr\ e pela experiência dos
seus Instrutores.
Enfim, responsável por si mesmo, seus pensamentos, suas
palavras e seus atos devem sempre demonstrar que tem
consciência do Juramento que prestou ao ter ingresso no
Templo do Ideal, cujo serviço aceitou livremente, sem
constrangimento nem restrição de espécie alguma.
a
Ven\ M\, está terminada a 5 instrução.
Ven\ - IIr\ Aprendizes, lede e meditai profundamente sobre esta
instrução; ela vos abrirá os olhos aos problemas mais
transcendentes, cujo estado ainda não vos é permitido, mas
que se apresentarão, decerto, ao vosso espírito, fortificado e
esclarecido com a simbologia dos números.

- ( * ) Repousemos, meus IIr\.

160

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