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Ritual

1° Grau
- Aprendiz Maçom -

Cerimônias Aprovadas do
Rito Escocês Antigo e
Aceito

2017

1

Caráter de Autenticidade
O exemplar deste Ritual de Grau Simbólico do 1° Grau do
REAA (Rito Escocês Antigo e Aceito, praticado no Grande Oriente
Maçônico do Brasil – GOMB) só será considerado autêntico quando,
além do número de ordem e do timbre do Grande Oriente Maçônico do
Brasil – GOMB, levar as rubricas do Grande Secretário de Orientação
Ritualística.

N°_______

__________________________
Ricardo Saliba Urbano 33º
Soberano Grão Mestre Geral
Grão Prior Supremo Cavaleiro de Jerusalém

__________________________
Humberto Mazzari
Grande Secretário Geral de
Orientação Ritualística

2
Cerimônias Aprovadas do RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO,
revisadas, Organizadas e Ordenadas em 2016, pelos IIr Humberto
Mazzari – Grande Secretário de Ritualística, e retificadas pela Suprema
Grande Capela dos Cavaleiros de Jerusalém.
Este exemplar de Ritual de Aprendiz Maçom do RITO ESCOCÊS

ANTIGO E ACEITO é destinado para uso pessoal do

Ir___________________________________________________,

membro efetivo da A R L S

__________________________________ N° _______, situada

_________________________________________________________

Oriente de _________________________________________, Estado

(UF) _______ CEP ___________________, Iniciado aos ______ dias

do mês de ______________________, do ano de _________, da E V

________________________________
Venerável Mestre

___________________________________
Secretário

3
Rito Escocês Antigo e Aceito
(Ritual praticado no GOMB)

1° Grau

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Origem das Colunas

5
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REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DO ZODÍACO

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COLUNAS ZODIACAIS – LITERATURA

Signos do Zodíaco
Nº Signo Elemento Planeta
A Áries Fogo Marte
B Touro Terra Vênus
C Gêmeos Ar Mercúrio
D Câncer Água Lua
E Leão Fogo Sol
F Virgem Terra Mercúrio
G Libra Ar Vênus
H Escorpião Água Marte
I Sagitário Fogo Júpiter
J Capricórnio Terra Saturno
K Aquário Ar Saturno
L Peixes Água Júpiter

ORDEM DE ARQUITETURA DAS COLUNAS

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ABÓBADA CELESTE
(Plano do Teto)

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PLANO DO TETO

O teto do T representa a Abóbada Celeste. Do lado do Or


um pouco à frente do Trono do VM, estará o Sol. Por cima do Altar
do 1ºVig a Lua. Por sobre o Altar do 2ºVighaverá uma estrela de
cinco pontas. Estes emblemas pintados, ou em relevo, poderão ficar
pendentes do teto.

No centro do teto estarão três estrelas da constelação Órion.


Entre estas e o Nordeste, ficam as Plêiades, Híades, e Aldebarán. A
meio caminho entre Órion e o Noroeste, fica Régulus, da constelação
do Leão. Ao Norte, a Ursa Maior. A Nordeste, Arcturus (em vermelho).
A Leste, estará a Spica, da Virgem; a Oeste, Antares; ao Sul,
Fomalhaut. No Oriente fica Júpiter; no Ocidente, Vênus. Mercúrio es-
tará junto ao Sol e Saturno, com seus satélites, próximo a Órion.

As Estrelas Principais são: 3 de Órion, 5 das Híades, e 7 das


Plêiades e da Ursa Maior. As Estrelas Reais são: Aldebarán, Arcturus,
Antares, Fomalhaut e Régulus.

DA MAÇONARIA

A Maçonaria tem sido definida por vários modos. As mais


correntes definições, são:

I. A Ordem Maçônica é uma associação de homens sábios


e virtuosos que se consideram irmãos entre si e cujo fim é viver em
perfeita igualdade, intimamente unidos por laços de recíproca estima,
confiança e amizade, estimulando-se uns aos outros na prática das
virtudes.

II. É um sistema de Moral, velado por alegorias e ilustrado


por símbolos.

Embora imperfeitas, essas definições nos dão a convicção de


que a Ordem Maçônica foi sempre, e deve continuar a ser, a UNIÃO

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consciente de homens inteligentes, virtuosos, desinteressados,
generosos e devotados. Irmãos livres e iguais, ligados por deveres de
fraternidade, para se prestarem mútua assistência, e concorrerem, pelo
exemplo e pela prática das virtudes, para esclarecer os homens e
prepara-los para a emancipação progressiva e pacífica da
Humanidade.

É, pois, um sistema e uma escola, não só de moral como de


filosofia social e espiritual, reveladas por alegorias, e ensinadas por
símbolos, guiando seus adeptos à prática e ao aperfeiçoamento dos
mais elevados deveres do homem-cidadão, patriota e soldado.

Apesar de seus nobres e sublimes fins, a Maçonaria foi entre


nós, como entre alguns povos, muito desvirtuada, pois, abrindo
despreocupadamente suas portas, deixou pela falta de escrúpulo na
seleção de seus iniciandos, que seus Templos fossem invadidos por
uma multidão heterogênea que, aos poucos, esquecida ou alheia aos
fins sociais, foi lentamente se transformando e sociedade de auxílios e
elogios mútuos, com inclinação para a ação política militante, regida
por princípios de moralidade barata e movimentada por interesses
inconfessáveis.

O objetivo do REAA, em todo o mundo e, principalmente


no Brasil, é restabelecer a Maçonaria em seu antigo e verdadeiro caráter
de Apostolado da mais Alta Moralidade, da prática das Virtudes, da
Liberdade debaixo da Lei, da Igualdade, segundo o mérito, com
subordinação e disciplina, e da Fraternidade com deveres mútuos,
ampliando o limite das faculdades morais e infundindo, nos usos e nos
costumes da sociedade civil, os são princípios da filosofia humanitária.

Para o REAA, a Maçonaria é o progresso contínuo, por


ensinamentos em uma série de graus, visando, por iniciações
sucessivas, incutir no íntimo dos homens a LUZ CELESTIAL,
ESPIRITUAL E DIVINA, que, afugentando os baixos sentimentos de
materialidade, de sensualidade e de mundanismo e invocando sempre
o Grande Arquiteto do Universo, os tornem dignos de si mesmos, da
Família, da Pátria e da Humanidade.
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O nosso Rito declara como Princípios Fundamentais:

1. A Maçonaria proclama, como sempre proclamou desde a


sua origem, a existência de um Princípio Criador, sob a
denominação de Grande Arquiteto do Universo;
2. A Maçonaria não impõe nenhum limite à livre investigação
da Verdade, e para garantir a todos essa liberdade que ela
exige de todos a maior tolerância;
3. A Maçonaria é, portanto, acessível aos homens de todas
as classes sociais e de todas as crenças religiosas e
políticas;
4. A Maçonaria proíbe, em suas Oficinas, toda e qualquer
discussão sobre matéria político-partidária ou sectarismo
religioso; recebe profanos, quaisquer que sejam as suas
opiniões políticas e religiosas, pobres, embora livre e de
bons costumes;
5. A Maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as
suas modalidades; é uma escola mútua que impõe este
programa: Obedecer às leis do País; viver sob os ditames
da honra; praticar a justiça; amar o próximo; trabalhar
incessantemente pela felicidade do gênero humano e
conseguir a sua emancipação progressiva e pacífica.

A par desta DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS, a Maçonaria


proclama, também, as seguintes doutrinas, sobre as quais se apoia:

Para elevar o homem aos próprios olhos e torna-lo digno de


sua missão sobre a Terra, a Maçonaria erige em dogma que o Grande
Arquiteto do Universo deu ao mesmo, como o mais precioso dos bens,
a Liberdade, patrimônio de toda a Humanidade, a cintilação celeste que
nenhum poder tem o direito de obscurecer ou de apagar, e que é a
fonte de todos os sentimentos de honra e de dignidade.

Desde a preparação do primeiro grau até a obtenção do mais


elevado grau da Maçonaria a condição primordial, sem a qual nada se
concede ao aspirante, é uma reputação de honra ilibada e de
probidade incontestada.
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Àquele para quem a religião é o consolo supremo, a
Maçonaria diz: “Cultiva a tua religião ininterruptamente, segue as
inspirações de tua consciência; a Maçonaria não é uma religião, não
professa um culto; quer a instrução leiga; sua doutrina se condensa
toda nesta máxima: AMA A TEU PRÓXIMO”.

Àquele que, com razão, teme as discussões político


partidárias, a Maçonaria diz: “Eu condeno qualquer debate, qualquer
discussão em minhas reuniões; serve fiel e devotadamente, à tua
Pátria, e não te pedirei contas de tuas crenças políticas; o amor à
Pátria é perfeitamente compatível com a prática de todas as virtudes; a
minha Moral é a mais pura, pois se funda sobre a primeira das virtudes:
A SOLIDARIEDADE HUMANA”.

O verdadeiro Maçom pratica o Bem e leva a sua solicitude aos


infelizes, quaisquer que sejam, na medida de suas forças. O Maçom
deve, pois, repelir, com sinceridade e desprezo, o egoísmo e a
imoralidade. Os ensinamentos maçônicos induzem seus adeptos a
dedicarem-se à felicidade de seus semelhantes, não porque a razão e
a justiça lhes imponham esse dever, mas porque esse sentimento de
solidariedade é a qualidade inata que os fez filhos do Universo e
amigos de todos os homens, fiéis observadores da Lei de Amor e
Simpatia que Deus estabeleceu no Planeta.

DO TEMPLO MAÇÔNICO

O Templo, cuja decoração é vermelho camersin, tem a forma de um


retângulo no Ocidente, e de um quadrado no Oriente, podendo também
ser semicircular a parede do fundo. O Or é separado do Oc por uma
grade (balaustrada) – a Grade do Or - e tem o piso mais elevado, por
onde se sobe por 4 degraus baixos. A Grade, no meio da qual há uma
passagem de largura proporcional ao comprimento, é composta de
pequenas colunas de um metro a um metro e trinta, encimadas por
uma barra horizontal.
A entrada principal do Templo fica no Oc.
No centro do piso do Oc estende-se o Pavimento Mosaico, composto
de quadrados alternadamente brancos e pretos, cercados pela ORLA
DENTADA, terminando nos 4 cantos desta com uma borla,
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representando a corda de 81 nós ou voltas. Nos extremos eixos
principais do MOSAICO fixam-se as letras correspondentes aos 4
pontos cardeais, conforme Figura 2. No Or, debuxado num quadro,
bordado num tapete ou, ainda, pintado na própria parede, ver-se-á o
Painel Simbólico de A. Não podendo estar completo, deve ser
substituído com as figuras do Sol (ao lado Norte) e da Lua em quarto
crescente (ao lado Sul), tendo no meio dos dois um triângulo isóscele
com o Olho da Providência. Este painel fica sob o dossel, bem em frente
à entrada.
No eixo principal do Templo, próximo ao fundo do Or, em um
estrado de 3 degraus, fica o TRONO1, destinado ao Venerável Mestre, à
sua frente um Altar de forma triangular ou quadrangular, onde
repousam uma espada desembainhada, um malhete, objetos de
escritas e um candelabro de 3 luzes. De cada lado do Ven, uma
cadeira e uma coluna da ordem Compósita, ligadas entre si por arco do
meio, da qual penderá um triângulo eqüilátero, em cujo centro estará
suspensa, por um arame invisível, a letra hebraica (iod). Por sobre o
trono, um dossel triangular de damasco azul com franjas brancas. À
frente do trono fica o Altar dos Perfumes, formado por uma Col torsa,
curta e truncada, onde haverá um trípode, um turíbulo, uma naveta e
um vasilhame contendo essências a serem queimadas.
Entre a entrada principal e o Norte fica o Mar de Bronze (Altar das
Abluções) (M), e ao Sul a Pira do Fogo Sagrado (F).
No Oriente, a cada lado e pouco adiante do Trono, ficam uma mesa
quadrangular e um assento; à direita, para o Orador, e à esquerda para
o Secretário. Fora do Oriente, próximo à grade e na mesma linha das
mesas precedentes, ficam à direita, uma mesa igual para o Tesoureiro
e, à esquerda, outra para o Chanceler.
No eixo do Templo, no Oriente, fica o Altar dos Juramentos (A) (a
frente do altar do VM). Este Altar tem a forma de prisma triangular ou
quadrangular, de cerca de um metro de altura, com 66 cm em cada
face, tendo como tampo uma chapa dourada com chamas ou chifres de
bronze ou latão, em cada ângulo. Sobre este Altar ficam: o LIVRO DA
LEI2, um Esquadro com as pontas voltadas para o Oriente e um
Compasso aberto em 60 graus com as pontas voltadas para o ocidente
e por sob as do Esquadro. Nos lados do Oriente, Sul e Norte deste
Altar, ficam acesas lâmpadas ou velas colocadas em castiçais de um

1
Para chegar ao Trono (Sólio) do Ven M, é necessário subir Sete (7) degraus, por Quatro (4), e Três (3).
Os quatro primeiros degraus representam: FORÇA, TRABALHO, CIÊNCIA e VIRTUDE - Os três do Trono são:
PUREZA, LUZ e VERDADE.
2
O LIVRO DA LEI é o LIVRO SAGRADO de cada religião, onde os crentes julgam existir as verdades pregadas
por seus profetas. Assim, o Juramento deve ser prestado sobre o Livro Sagrado da crença do iniciado, pois,
pelos princípios básicos da Maçonaria, deve haver o máximo de respeito às crenças de cada um.

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metro e doze centímetros de altura.
Ainda no eixo do Templo, no solo das CCol, próximo ao Oriente, fica
o Painel Alegórico da Loja (Figura 3 – Painel da Loja de Aprendiz)
sem, entretanto, impedir a passagem de uma para outra parte do
Templo. À sua frente será colocado o Pavimento Mosaico.
Entre os assentos das três luzes da Loja e as paredes deverá existir
espaço bastante para a passagem de uma pessoa.
De cada lado da entrada do Templo fica uma Coluna, de altura
proporcional à porta. Estas Colunas são encimadas por capitéis, com
sete ordens de malhas entrelaçadas. Rematando os capitéis, duas
ordens de romãs ao redor das malhas. A Coluna da esquerda de quem
entra chama-se B e a da direita J.
Na mesa do Tesoureiro, onde haverá uma luz, ficam, além do
necessário à escrita, o Tronco de Solidariedade e, nas Sessões de
Iniciação, os atributos destinados aos iniciados. Na do Secretário, onde
também haverá uma luz, ficam o Livro de Atas e a Bolsa de Propostas e
Informações. Na do Chanceler, o Registro de Visitantes, o Livro de
Presença dos OObr e a Caixa de Escrutínios.
Em volta da parede, junto ao teto, uma Corda (física ou pintada), com
81 nós ou voltas, cujas pontas penderão aos lados da entrada
principal, fazendo, também, pender, em suporte, duas borlas nos dois
pontos da parede do Oriente.
O teto do Templo representa o céu. Do lado do Oriente, um pouco à
frente do trono, o Sol; por sobre as mesas dos 1º e 2º VVig,
respectivamente, a Lua e uma Estrela de cinco pontas. Estes emblemas
poderão ser pintados ou em relevo ou, então, pendentes do teto.
No centro do teto, três estrelas da constelação de Orion. Entre estas e
o Nordeste, ficam as Plêiades, as Híadas e Aldebaran; a meio caminho,
entre Orion e o Noroeste, Régulus, do Leão; ao Norte, a Ursa Maior; a
Nordeste, Arcturus (em vermelho); a Leste, a Spica, da Virgem; a Oeste,
Antares; ao Sul, Fomalhaut. No Oriente, Júpiter e Mercúrio junto ao
Sol; no Ocidente, Saturno, com seus satélites, próximo a Orion e
Vênus.
As estrelas principais são 3 de Orion, 5 das Híadas, 7 das Plêiades e
Ursa Maior. As estrelas chamadas reais são: Aldebaran, Arcturus,
Régulus, Antares e Fomalhaut, de acordo com o que apresenta a
Figura 4 – Plano do Teto.
O Estandarte da Loja fica ao Sul, no topo da Grade do Oriente, e a
Bandeira Nacional ao Norte, no outro topo da Grade.
Os Obreiros sentam-se nas partes Norte e Sul do corpo do Templo. Os
assentos e os irmãos de cada uma dessas partes denominam-se
Colunas.
O 1º Vig tem assento à esquerda e um pouco à frente da Col B e
o 2º Vig ao Sul, à meia distância entre a Col J e a Grade do
Oriente. As mesas dos VVig ficam sobre um estrado e têm a mesma

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forma do Altar do Ven M. Nessas mesas ficarão além do candelabro
de três luzes e um malhete: no do 1º Vig, ao lado esquerdo, uma
pedra bruta; no do 2º Vig, ao lado esquerdo, uma pedra polida. O
estrado do 2º Vig tem um e o do 1º Vig dois degraus.
A colocação dos OOf está demonstrada na Figura 2 – Plano
do Templo.

IMPORTANTE: O novo iniciado senta-se na bancada da coluna Norte,


pois sendo costume inaugurar os trabalhos de construção dos edifícios
sagrados com a colocação de uma pedra no seu ângulo Nordeste, fica
ele colocado nesse lugar para, simbolicamente, representar essa pedra,
sobre a qual deve-se apoiar uma superestrutura perfeita em todas as
suas partes e honrosa para o construtor, que é ele próprio.

LEGENDA DO PLANO DO TEMPLO

1. Venerável Mestre
2. Maior autoridade Maçônica
3. 1º Vigilante
4. 2º Vigilante
5. Orador
6. Secretário
7. Tesoureiro
8. Chanceler
9. Mestre de Cerimônias
10. Mestre de Cerimônias Adjunto
11. Hospitaleiro
12. 1º Diácono
13. 2º Diácono
14. Porta Bandeira
15. Porta Estandarte
16. Porta Espada
17. 1º Experto

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18. 2º Experto
19. Guarda do Templo
20. Cobridor
21. Mestre de Banquetes
22. Arquiteto Decorador
23. Mestre de Harmonia
A. Altar dos Perfumes
B. Coluna “B”
C. Altar dos Juramentos
D. Pedra Bruta
E. Pedra Cúbica
F. Altar de Abluções – Mar de Bronze
G. Painel Simbólico
H. Pira – Altar das Purificações
I. Prancheta da Loja
J. Coluna “J”
K. Carta Constitutiva
L. Pavilhão Nacional
M. Estátua de Minerva – Sabedoria
N. Estandarte
O. Colunas Toscanas - Col dos Signos do Zodíaco
P. Estátua de Hércules – Força
Q. Estátua de Vênus - Beleza
Os IIr eleitos como adjuntos terão assento ao lado dos seus
respectivos titulares. O novo Iniciado senta-se no topo da Col do
Norte, pois senso costume inaugurar os trabalhos de construção dos
edifícios sagrados com a colocação de uma pedra no ângulo nordeste,
fica ele colocado neste lugar para, simbolicamente representar essa
pedra.

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PLANO DO TEMPLO

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JOIAS DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

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As joias representativas dos cargos, confeccionadas em metal
branco, são as seguintes:

V M - Um Esquadro
1º Vig - Um Nível
2º Vig - Um Prumo
Orad - Um Livro aberto sobre fundo radiante
Secr - Duas Penas cruzadas
Tes - Uma Chave
Chanc - Um Timbre
M CC - Uma Régua
Hosp - Uma Bolsa
GT - Duas Espadas Cruzadas
Cobr - Um Alfanje
1º Diác - Uma Pomba inscrita em um Triângulo
2º Diác - Uma Pomba em voo livre
1º e 2º Exp - Um Punhal
Porta Bandeira - Uma Bandeira
Porta Espada - Uma Espada
Porta Estandarte - Um Estandarte
Arquiteto - Um Maço e um Cinzel cruzados
Bibliotecário - Um Livro aberto com uma pena sobreposta
Mestr Harm - Uma Lira
Mestr Banq - Uma Cornucópia
Ex-Ven - Um Esquadro e o diagrama da 47º
proposição do livro 1 de Euclides

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MARCHAS, SINAIS E SAUDAÇÕES
A Marcha do Aprendiz é iniciada na porta de Templo e é feita em
direção única, do Ocidente para o Oriente, no Eixo da Loja, por três passos
completos e sucessivos. Os passos da Marcha do Aprendiz têm íntima
ligação com os três primeiros Signos do Zodíaco, representados pelas três
primeiras Colunas Zodiacais colocadas na Coluna do Norte: Áries, Touro e
Gêmeos. Esses três Signos Zodiacais sofrem a influência de três notáveis
planetas do mundo sideral: Marte, Vênus e Mercúrio. Assim, o Primeiro
Passo da Marcha do Aprendiz denomina-se LUTA, sabido que o Carneiro,
animal símbolo do ardor e da coragem, representa as disposições do
Aprendiz para os conhecimentos de seu Grau. Áries recebe a influência de
Marte, deus mitológico da guerra.

Dando o Primeiro Passo, o Aprendiz defronta-se com o Segundo


Signo do Zodíaco, ou seja, Touro, símbolo da força, do trabalho e da
Perseverança, tal como deve ser o Maçom. Touro recebe a influência de
Vênus, com sua luz branca e suave, indicando que o Aprendiz deve
trabalhar com prudência, mas sem temor. O Segundo Passo chama-se
PERSEVERANÇA.

No Terceiro Passo, está o Aprendiz frente ao Terceiro Signo


Zodiacal: Gêmeos, símbolo da União, da fraternidade. Gêmeos sofre a
influência de Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, recebendo, por
isso, forte luz e calor. O Terceiro Passo recebe o nome de
FRATERNIDADE, sendo Gêmeos considerado como um símbolo da
amizade que deve unir os Maçons. Dado o Terceiro Passo, o Aprendiz
chega vitorioso dos esforços que empregou, mais distanciado das
trevas e iniquidades da sociedade profana.

Sinal de Ordem: O Sinal de Ordem, bem como a Saudação


Ritualística, têm, como princípio básico, o corpo ereto, altivo,
respeitando-se rigorosamente o Esquadro, Nível e Prumo. Dessa forma
só são realizados quando o Obreiro estiver de pé e parado ou
praticando a Marcha Ritualística. Portanto, os Sinais e Saudações
jamais podem ser feitos por quem esteja sentado, andando ou portando
Instrumentos de Trabalho (Malhete, Bastões, Espadas, Livros, etc.).

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Sentado – O Obreiro deverá permanecer com o tronco do seu
corpo ereto encostado no respaldo da cadeira, a parte inferior das
pernas alinhadas na vertical com a planta dos pés inteiramente posta
no piso. As mãos deverão estar apoiadas sobre as coxas, o antebraço
junto ao corpo. É proibido o cruzamento das pernas, braços e o abrigo
dos pés sob a cadeira.

Em pé – O Obreiro deve manter o corpo ereto, altivo,


respeitando-se rigorosamente o Esquadro, o Nível e o Prumo. Desta
forma, podem ser realizados os Sinais e Saudações que jamais podem
ser feios por quem esteja sentado, andando ou portando instrumentos
de trabalho (Malhetes, Bastões, Espadas, Livros, Etc.).

Sinal de Aprovação / Agradecimento: Faz-se ficando o


Obreiro de pé e estendendo o braço direito para frente, formando um
ângulo de 90° em relação ao corpo, tendo a palma da mão voltada para
baixo, com os dedos unidos.

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Sinal de Abstenção: Feito exclusivamente na aprovação da
redação das atas dos Trabalhos em que o Obreiro não esteve
presente, uma vez que não podem votar sobre a redação da ATA. Faz-
se ficando de pé e à Ordem.

Sinal de Satisfação – Faz-se quando o Ven Mestr


pergunta, se os IIr estão satisfeitos. Todos devem bater com a palma
da mão direita sobre o avental (na coxa).

Pedindo a Palavra – Faz se através de uma palmada no


dorso da mão esquerda, devendo o Obreiro permanecer sentado
aguardando permissão para falar, concedida a palavra o mesmo
deverá se postar em P.’. e a Or.’.

Portando a Bolsa – O M de CC e o Hosp encaminham-


se para entre CCol segurando a Bolsa com ambas as mãos, na altura
da cintura, do lado esquerdo do corpo, introduzindo os dedos polegar e
indicador para mantê-la aberta. Após autorização do Ven Mestr,
fazem a circulação conforme prescrito no Ritual.

SALA DOS PP PP E DO ÁTRIO

Antes do T, deve existir uma antessala - a Sala dos Passos


Perdidos, tão confortável quanto possível, para a recepção dos
Visitantes e a permanência dos Obreiros. Seu mobiliário será adequado
às conveniências da Loja. Sobre uma mesa ficarão os Livros de
Presença dos Obreiros e de Registro dos Visitantes, onde todos aporão
a sua assinatura.

Entre a Sala dos Passos Perdidos e o Templo, haverá um


compartimento denominada Átrio onde estará o assento do Cobridor,
que aí deverá permanecer durante as Sessões da Loja quando houver
absoluta necessidade disso, é no Atrio também, onde os IIr.’. devem se
paramentar.

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CÂMARA DE REFLEXÕES
É um cubículo que não deve receber Luz do exterior, sendo
iluminada apenas por vela ou lamparina. Dentro dela o silêncio deve
ser absoluto. Seu interior, todo pintado de preto, ostenta várias
inscrições e emblemas formando um conjunto.

Neste pequeno compartimento encontra-se um banquinho e


uma pequena mesa (no lado oposto ao da entrada, de modo que o
Recipiendário, quando sentado, fique de costas para a porta), sobre a
qual haverá: papel, uma caneta e uma campainha.

Na parede da frente, acima da mesa, estarão pintados


(sempre com tinta branca): a fórmula V.I.T.R.I.O.L, e sob a mesa, um
Galo, encimado uma faixa contendo as palavras VIGILÂNCIA E
PERSEVERANÇA.

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Na parede à esquerda estará pintado um Esqueleto Humano
(se o espaço for insuficiente bastam a Caveira e duas Tíbias cruzadas).
Na parte mais alta desta parede a frase: SE TENS MEDO, NÃO VÁS
ADIANTE. De um lado do esqueleto uma Ampulheta; do outro, um
Alfanje. Ainda nesta parede, estará a frase: SE QUERES BEM
EMPREGAR A TUA VIDA, PENSA NA MORTE.

Na parede do lado direito, estarão pintadas as seguintes


inscrições:

 Se a curiosidade aqui te conduz, retira-te!

 Se tens receio que descubram os teus defeitos, não estarás


bem entre nós.

 Não esperes retirar qualquer proveito material da


Maçonaria.

 Se és apegado às distinções humanas, retira-te, pois nós


aqui não as reconhecemos.

 Se fores dissimulado, serás descoberto

 Somos pó e ao pó tornaremos.

TÍTULOS, DISTINÇÕES E TRAJES

O Presidente tem o tratamento de Ven Mestr e os demais


dignitários são, indistinta e simplesmente, intitulados “Irmãos”, sendo
absolutamente proibido, a quem quer que seja, título ou designação
que expressamente não estejam determinados nos Rituais. Também
não se reconhecem graus superior ao de Mestre Maçom.

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LUZES E OFICIAIS

São Luzes: O Venerável Mestre, o 1º Vigilante e o 2º Vigilante.

São Oficiais: O Orador, o Secretário, o Tesoureiro, o Chanceler, o


Mestre de Cerimônias, o Hospitaleiro, o Guarda do Templo, o 1º Diácono,
o 2º Diácono, o 1º Experto, o 2º Experto, o Porta Espada, o Porta
Bandeira, o Arquiteto e o Bibliotecário.

TRAJES

O traje maçônico é terno preto, camisa social branca, gravata


preta e sapatos pretos. Nas sessões Magnas é exigido, ainda, o uso de
luvas brancas.

Nas sessões, todos os Obreiros deverão usar seus aventais e


demais paramentos dos Graus Simbólicos. Em sessões econômicas,
estritamente aos Mestres Maçons, admite-se o uso de “Balandrau”, de cor
preta, comprimento até os sapatos, mangas largas e compridas, colarinho
fechado até o pescoço, calça, meias e sapatos pretos. O balandrau não
poderá conter quaisquer inscrições, distintivos ou emblemas.

Nas Sessões Magnas é exigido o Traje a Rigor, ou o Social


Completo – de cor escura – com gravata preta e luvas brancas. Para as
demais Sessões é permitido o uso de Traje Social Comum, de cor escura,
obrigatoriamente com paletó e gravata.

Em sessão de Aprendiz, somente o Ven Mestr trará a cabeça


um chapéu de feltro preto, com abas largas e moles. Além disso, não é
permitido, em Loja, o uso de insígnias outras que não sejam atinentes à
Maçonaria Simbólica.

A verdadeira Insígnia do Aprendiz Maçom, o Avental, é de cor


branca, de pele de carneiro ou tecido que a substitua, quadrangular, com
35cm de altura e 40 cm de largura, com abeta triangular preso à cintura
por um cordão ou fita da cor da orla, é todo branco, para os Aprendizes e o
Aprendiz deverá conservar a abeta de seu avental, sempre levantada.

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Nas sessões de Loja todos os Obreiros deverão usar seus
aventais e demais paramentos dos graus simbólicos que possuírem. Os
oficiais usarão colares de fitas de dez centímetros de largura, terminando
em ponta sobre o peito, com a joia do cargo. As três Luzes (Ven Mestr,
1º e 2º VVig) usarão punhos de seda orlados de galão, tendo na face
externa, bordados, o atributo do respectivo cargo.

Os paramentos e demais insígnias devem ser colocados e


retirados no Atrio, sendo terminantemente proibida a realização de tais
procedimentos no interior do Templo ou em qualquer outra dependência.

VISITAÇÃO

Todos os Maçons regulares têm direito de visitar as Lojas do


Grande Oriente Maçônico do Brasil – GOMB, e de outras Obediências por
ela reconhecidas, sujeitando-se, porém, às prescrições do Trolhamento e
às disposições disciplinares estabelecidas pela Loja visitada, em cujo Livro
de Registro de Visitantes aporão a sua assinatura após comprovarem sua
Regularidade Maçônica.

Em Loja, sentar-se-ão nos lugares que lhes forem indicados pelo


M.∙. CC.∙.. Em se tratando, porém, de V M ou MI, será conduzido
ao Oriente, onde tem assento obrigatório.

Só devem ser admitidos como Visitantes, Maçons que exibam


seus documentos de Regularidade em perfeita ordem e se mostrem, pelo
Trolhamento, perfeitos conhecedores dos S T P e P Sem, salvo
se já forem conhecidos de Obreiros, que por eles se responsabilizem.

Quando um Visitante for conhecido e já tenha visitado a Loja,


pode o V M conceder-lhe permissão para entrar conjuntamente com os
Membros do Quadro.

Nas visitas com formalidades, coletivas ou individuais, a critério


do V M, serão feitas ao Visitante as perguntas seguintes, estando o
mesmo “entre Colunas” e depois de haver saudado as Luzes:

27
TELHAMENTO

V M - Sois Maçom?

Vis - MMIIr CTMRR

V M - De onde vindes?

Vis - De uma Loja de São João, J.’. e P.’.

V M - Que Trazeis?

Vis - Amizade, Paz, e votos de prosperidade a todos os IIr

V M - O que mais Trazeis?

Vis - O V M de minha Loja V S P T V T

V M - Que se faz em vossa Loja?

Vis - Levantam-se TT às Virtudes e cavam-se masmorras aos


vícios.

V M - Que vindes fazer aqui?

Vis - Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer


novos progressos na Maçonaria, estreitando os laços de
fraternidade que nos unem como verdadeiros Irmãos.

V M - Que desejais?

Vis - U L E V

V M - Este vos é concedido

V M - (*) – Ir M CC conduzi nosso Ir ao lugar que lhe


compete.
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FESTAS

Além das datas festivas, prescritas pelo Regulamento, todos


os Maçons Regulares devem reunir-se em Banquete Maçônico nos
dias 24 de Junho, nascimento de João Batista, e 27 de Dezembro,
nascimento de São João Evangelista, e correspondentes à passagem
dos Solstícios. Havendo impedimento sério, o Banquete poderá ser
realizado em outro dia próximo a essas datas.

Demais Procedimentos Ritualísticos, poderão ser encontrados


no Manual de Procedimentos Ritualísticos.

DA PREPARAÇÃO DO TEMPLO

O arquiteto Decorador é o responsável pela ornamentação do


Templo, antes do início dos trabalhos, cabendo-lhe a distribuição, nos
respectivos lugares, dos Malhetes, da Carta Constitutiva, da Bolsas, do
Painel, do Livro da Lei, enfim, de todos os instrumentos necessários à
realização da Sessão.

Deve ainda fazer o acendimento das Luzes do Templo e de


todos os candelabros nos Altares; providenciar incenso para
aromatização, antes do início dos trabalhos.

O M de Harmonia deve deixar preparado antecipadamente


todos os instrumentos e trilhas sonoras que serão utilizadas na Sessão.

Após as providências do Arquiteto Decorador e do M de


Harmonia, o M de CC deverá verificar se tudo está de acordo para
o cerimonial que será realizado.

Ninguém, além dos Mestres de Cerimônias, Arquiteto e M de


Harmonia, sob qualquer pretexto, poderá ingressar no Templo antes do
início da Sessão.

29
Em Loja de Apr Maç, o Templo deve permanecer iluminado
durante toda a Sessão, tanto no Oriente quanto no Ocidente, desde a
entrada até a saída definitiva dos Obreiros, não sendo permitido, em
hipótese alguma, o uso de efeitos luminosos durante o desenvolvimento
ritualístico dos trabalhos, uma vez que tais procedimentos contrariam os
princípios litúrgicos recomendados aos ensinamentos do 1º Grau.

Em Sessões Econômicas, sob o Dossel devem estar somente o


Trono e duas cadeiras, uma de cada lado.

Em Sessões Magnas, sob o Dossel, devem estar colocadas


cadeiras suficientes para acomodar as autoridades.

Senta-se à direita do Trono a 2º maior autoridade presente.

DOS ASSENTOS NO ORIENTE

À direita do Altar do Ven Mestr sentam-se as autoridades


maçônicas; à esquerda, os Mestres Instalados.

DA COMPOSIÇÃO DA LOJA

No Atrio, o M de CC distribui os Cargos e Colares


correspondentes, bem como designar Irmãos para ocuparem os cargos,
por ventura, vagos.

Quando estiverem presentes Mestres Maçons da Loja, os


Companheiros e Aprendizes Maçons, não deverão ocupar cargos.

O Ven Mestr será substituído, na sua falta ou impedimento,


na ordem de nomeação, pelos seguintes membros: 1º Vig, 2º Vig, Ex-
Ven mais moderno. Excetuam-se as sessões Magnas de Iniciação,
Elevação e Exaltação, nas quais o Ven Mestr só poderá ser substituído
por Mestre Instalado.

Na ausência dos VVig de ofício, quem os substituem são os


EEx.
30
DOS CARGOS EM LOJA

Nas reuniões das Lojas, as Luzes devem ser obrigatoriamente


preenchidas por Mestres Maçons.

Os VVig são responsáveis pela disciplina e ordem em suas


CCol, competindo-lhes anunciar, cumprir e fazer cumprir as ordens do
Ven Mestr.

O Orad é o principal responsável pelo fiel cumprimento das


disposições legais, competindo-lhe, entre outras, as seguintes atribuições:
saudar os visitantes, ler os Decretos do Grão Mestre, solicitar a palavra
para ser esclarecido, em qualquer fase da discussão, pedir adiamento da
votação de qualquer matéria em debate e apresentar as conclusões sobre
toda matéria em debate.

O Orad não poderá discutir a matéria em debate, sem transferir


o cargo ao substituto legal, ou, na falta a quem o Ven Mestr designar,
só voltando a ocupar o cargo depois de votada a matéria em discussão.

DA APRESENTAÇÃO DA ORDEM DO DIA

Toda e qualquer matéria só poderá ser incluída na Ordem do


Dia após expressa autorização do Ven Mestr, sendo o Sec o
responsável pela organização dos assuntos a serem apresentados.

A palavra, nos assuntos da Ordem do Dia, obedece às


formalidades de pedido e só poderá ser usada por cinco minutos,
prorrogados, a critério do Ven Mestr, por mais três minutos, no
máximo.

Ao fazer uso da palavra, o Obreiro não poderá:

a) Desviar-se da questão em debate;


b) Falar sobre matéria vencida;
c) Usar linguagem imprópria;

31
d) Ultrapassar o tempo a que tem direito;
e) Fazer ataques pessoais.

O Obreiro que manifestar o desejo de falar, contrariando


disposição regulamentar, depois da advertido, será convidado a
silenciar-se. Se apesar dessa advertência insistir em falar, o Ven
Mestr poderá manda-lo cobrir o Templo.

Ninguém poderá falar mais de uma vez sobre a matéria em


debate, exceto os autores das propostas, os relatores das Comissões e
o Orad, nos casos em que fizer necessário.

Quando do encaminhamento da votação e nas conclusões do


Orad, não são permitidos apartes.

Os assuntos tratados na Ordem do Dia não poderão ser


retomados na Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em
Particular, sob pena de o Obreiro infrator ter a palavra cassada pelo
Ven Mestr.

DAS MANIFESTAÇÕES EM LOJA

Os Obreiros devem se manifestar pela Palavra, não sendo


correto, em hipótese alguma, estalar os dedos ou roçar os pés no chão.

O termo “pela ordem” refere-se ao pedido da palavra para


ponderar sobre a preterição dos procedimentos ritualísticos.

O pedido da palavra “pela ordem” será feito diretamente ao


Ven Mestr, devendo o Obreiro solicitante aguardar a autorização
sentado, se postando em Pé e à Ordem após a autorização.

Não poderão fazer uso da prerrogativa acima citada, os


Aprendizes e Companheiros.

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O pedido da palavra entre CCol poderá ser concedido pelo
Ven Mestr, desde que solicitado antes da abertura dos trabalhos,
sendo obrigatório levar ao conhecimento do Ven Mestr o assunto
que será tratado pelo Obreiro, respeitando-se o Grau dos Irmãos
envolvidos na situação.

O Obreiro que fazer uso da Palavra entre CCol, falará de pé


e à ordem, e não poderá ser interrompido por apartes, ficando o
mesmo responsável pelo seu procedimento e passível de processo
maçônico, caso haja extrapolado em sua fala.

DA COBERTURA DO TEMPLO

O Obreiro que solicitar cobrir temporariamente o Templo deve,


depois de autorizado, retirar-se pelo lado Sul do Ocidente, seguindo a
ritualística de circulação.

Ao retornar ao Templo, o Obreiro entra normalmente sem


necessidade de saudar as Luzes.

Se o Obreiro desejar cobrir o Templo definitivamente e


recebendo permissão para isso, deve sair seguindo a ritualística de
circulação pelo lado Sul do Ocidente, posicionar-se entre CCol, de pé
e à Ordem, depositar o óbolo na bolsa, prestar o juramento, fazer a
saudação e retirar-se.

DA ENTRADA DOS RETARDATÁRIOS

Não será permitido o ingresso de qualquer Irmão, durante a


Cerimônia de Abertura dos Trabalhos.

O retardatário deverá dar a “Batida Maçônica” e aguardar. Como


resposta, o G do Temp dará uma batida com o punho da sua espada,
e, no momento oportuno, tendo o cuidado para não interromper nenhum
procedimento ritualístico, anuncia: “irmão 1º Vig comunica ao Ven
Mestr, que solicitará ao Cobridor ou (caso este esteja fora do Templo) ao
33
M de CC para verificar quem é o retardatário. Caberá ao Ven
autorizar ou não o ingresso do retardatário. Em caso positivo, a entrada
deverá ser obrigatoriamente com formalidade.

Caso o retardatário não seja Irmão do Quadro, deverão ser


aplicados os critérios estabelecidos no item “Entrada dos Visitantes”.

Estando entre CCol, o retardatário aguardará autorização do


Ven Mestr para apor seu nome no Livro de Presenças e ocupar o seu
lugar.

Quando os cargos de Loja estiverem sendo ocupados por


Companheiros e Aprendizes Maçons, a critério do Ven Mestr, deverão
ser exercidos, pela ordem hierárquica, por Mestres Maçons retardatários
do Quadro da Loja.

Nenhum retardatário, mesmo sendo o titular do cargo, poderá


solicitar o seu lugar, quando este estiver sendo preenchido por um Mestre
Maçom.

Não é permitido ao M de CC circular com o Livro de


Presenças durante a Sessão para obter assinaturas dos retardatários, que
deverão fazê-lo, obrigatoriamente, quando adentrarem ao Templo, junto ao
Chanc.

Em hipótese alguma será permitido o ingresso de retardatário


após a circulação da Bolsa para o Tronco de Solidariedade.

SAÍDA DO TEMPLO

A saída do Templo será, obrigatoriamente, em ordem inversa à


da entrada, conduzida pelo M de CC, respeitando o mais completo
silêncio. Somente no Atrio serão retirados os paramentos e as
insígnias.

Nas Sessões em que se fizerem presentes autoridades


maçônicas, a saída obedecerá à seguinte ordem: Autoridades, Ven,

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VVig, MMII e Dignidades, Oficiais, MM, CComp, AAp e, por
último, os IIr M de Harmonia, G do Templ e Cob.

Nenhum Irmão deverá retirar-se do Templo antes do


encerramento dos trabalhos. Em casos excepcionais, solicitará ao Vig
de sua Col, ou ao Ven (caso se encontre no Oriente) e aguardará
autorização do Ven Mest. O Irmão só poderá cobrir o Templo
definitivamente após depositar o seu óbolo na Bol para o Tronc de
Solid e prestar o seu juramento de sigilo, entre CCol.

DO FECHAMENTO DO TEMPLO

Somente após a saída de todos, os Irmãos G do Temp,


M de Harmonia e Arquiteto retornarão ao Templo, para apagar as
luzes, desligar os equipamentos eletrônicos e sistema de refrigeração,
recolher os utensílios e demais materiais e, por último, fechar o Templo.

DA CIRCULAÇÃO EM LOJA

No Ocidente, a circulação dentro do Templo é feita


obedecendo-se ao sentido horário do relógio, com o lado direito do
corpo sempre voltado para o centro do Templo. Partindo-se do
Ocidente, segue-se ao Norte, Grade do Oriente, Sul e novamente ao
Ocidente, sempre contornando o Altar dos Juramentos.

A circulação deve ser feita com passos naturais sem o Sinal de


Ordem. Entretanto, quando o Obreiro cruzar o Eixo da Loja, próximo a
Balaustrada, deverá Ordem altivamente e fazer a Saudação do Grau ao
Oriente. Quando em trabalho ou portando instrumento o obreiro aos
cruzar o eixo da loja, próximo a Balaustrada fará apenas um meneio de
cabeça ao Oriente. Após, seguir naturalmente para o fim desejado.

No caso de ter que se dirigir às Luzes ou a qualquer Oficial, o


Obreiro deve parar, fazer a Saudação do Grau e postar-se à Ordem,
exceto quando portadores de Instrumentos de Trabalho, que fará neste
caso apenas um meneio de cabeça.
35
A circulação no Oriente se faz com passos naturais sem
necessidade de ser observado o sentido horário do relógio. Entretanto,
ao cruzar o eixo em ambos os sentidos deverá parar e fazer a
Saudação do Grau. Tendo que se dirigir ao VM, Oficiais ou
Autoridades Maçônicas deve parar, fazer a Saudação do Grau e
postar-se à Ordem, exceto os portadores de Instrumentos de Trabalho,
que farão apenas um meneio de cabeça.

A subida ao Oriente é sempre pelo lado Norte; a descida pelo


lado Sul. Os degraus do Oriente são alcançados normalmente, um a
um, com os pés alternando-se em passos simples. Assim, não há
paradas nem junção dos pés nos degraus.

O Obreiro que se retirar do Templo, temporariamente, deverá


fazê-lo em passos naturais, pelo Sul e Ocidente sem quaisquer
Saudações. Ao retornar entrará sem formalidades, irá até “entre
Colunas” em passos simples e quando parado fará a Saudação do
Grau apenas ao V M e, então, seguirá até seu lugar.

Já o Obreiro que se retirar definitivamente, deve ficar “entre


Colunas”, fazer a Saudação do Grau às Luzes, depositar seu óbolo na
Bolsa de Beneficência, prestar o Juramento de Silêncio tendo o braço
para frente, formando um ângulo de 90° em relação ao corpo, tendo a
palma da mão voltada para baixo – “Juro guardar o mais absoluto
silêncio sobre tudo que aqui se passou” – e aguardar a permissão para
deixar o Templo.

Os Obreiros retardatários deverão adentrar ao Templo,


obrigatoriamente com formalidades, ou seja: executarão a Marcha
Ritualística do Grau, devendo aguardar “entre Colunas” a autorização
para ocupar seu lugar. Os Irmãos visitantes retardatários serão
examinados fora do Templo pelo Cobridor. Após adentrarem ao Templo
com formalidades, permanecerão “entre Colunas” para o trolhamento,
que a critério exclusivo do V M poderá ser dispensado.

36
INSTRUMENTOS DE TRABALHO

O Malhete, símbolo de poder decisão e da força a serviço das


Luzes da Loja, é seu instrumento de Trabalho, devendo ser
confeccionado em madeira. Empunhado sempre com a mão direita,
serve para executar as Baterias, concede, pedir ou retirar a palavra,
chamar a atenção dos Obreiros e para os demais procedimentos
ritualísticos. Em nenhuma hipótese o Malhete é usado para a
execução de Sinais ou Saudações. As Luzes, ao fazerem o sinal de
aprovação, juramento ou a ordem, deverão repousar o Malhete sobre
seus Altares, fazendo o gesto apenas com a mão. Em pé, parados, ou
circulando o VM e os VVig repousam o Malhete sobre o peito,
direcionando-o ao ombro esquerdo.

O Bastão, Instrumento de Trabalho do MCC e dos


DDiac, deve ser de madeira escura, com um comprimento de 2m. O
Bastão do MCC, encimado por uma Régua; o 1º Diác, por uma
Pomba inscrita num triângulo e o do 2º Diác, por uma Pomba em voo
livre. O Bastão é empunhado com a mão direita: punho para frente,
antebraço na horizontal e braço colado ao corpo formando uma
esquadria. Como Instrumento de Trabalho, o bastão não pode, jamais,
ser usado para a execução de Sinais ou Bateria.

A Espada Flamígera é de punho cruciforme, a lâmina


ondulada em forma de língua de fogo e sem gume. É um Instrumento
Transmissor e Iniciático, utilizado pelo VM nas Sagrações. Somente
os MM II têm acesso à Espada Flamígera que não deve ser tocada
em hipótese nenhuma pelos Obreiros de uma Loja. A única exceção
admissível é para o Porta Espada que, assim mesmo, toca somente o
escrínio onde ela se aloja.

As Espadas devem possuir dois gumes. São portadas sempre


com a mão direita. O portador da Espada, quando de pé ou circulando,
deve ter o punho colado ao corpo, junto ao quadril direito, direcionando
a Espada verticalmente para cima.

37
No interior do Templo, a espada deve ser embainhada quando
não estiver sendo usada. O Guarda do Templo deve manter a espada
empunhada quando no desempenho de suas funções (na Abertura e
Encerramento dos trabalhos, para dar ingresso ou saída a Obreiros, etc.)
Somente o Guarda ao Templo é permitido abrir e fechar, ou mesmo tocar a
porta do Templo e, em hipótese nenhuma, pode sair de seu lugar. O
Cobridor, durante os trabalhos, mantém a espada sempre empunhada.

A espada quando empunhada pelo Guarda do Templo e Cobridor,


deve ser direcionada obliquamente ao ombro esquerdo, mantendo-se o
punho junto ao quadril direito. Nenhum Obreiro portando espada fará
Sinais ou Saudações.

Estrelas são bastões de madeira usados para a recepção de


Autoridades Maçônicas. Tem 1,30m de comprimento, sua madeira é
escura e são encimados por uma roseta metálica sobre a qual é fixado um
castiçal para vela.

O Obreiro portando uma Estrela o fará sempre com a mão direita,


mantendo um ângulo de 90° entre o antebraço e o braço, o qual ficará
colado ao corpo. A quantidade e disposição de Estrelas e Espadas das
Comissões de Recepção constam dos Rituais Especiais.

A Bolsa de Propostas e Informações, a Bolsa de Beneficência


para o Tronco de Solidariedade, Turíbulo, Estrelas, Espadas, Livro de Atas
ou de Presença de Obreiros (do Quadro ou Visitantes) e os documentos
que circulam em Loja (Atos, Decretos e Pranchas) são, igualmente,
considerados como Instrumentos de Trabalho. Assim sendo, seus
portadores não executarão Sinais ou Saudações, farão apenas um meneio
de cabeça ao cruzarem o Eixo da Loja próximo a Balaustrada.

CADEIA DE UNIÃO

Consiste na formação de um círculo com os membros regulares e


ativos da Loja dando-se mutuamente as mãos, com os braços cruzados (o
direito sobre o esquerdo), calcanhares unidos e as pontas dos pés tocando
a dos Irmãos ao lado.
38
Tem por finalidade e estreitamento dos laços de fraternidade, a
união de pensamentos e sentimentos, a invocação de forças maiores, a
transmissão do desejo de saúde a alguém e, principalmente, para a
transmissão da Palavra Semestral, sendo que nesta última situação, só é
permitida a participação de Irmãos do quadro da Loja.

É formada no Ocidente, ao redor do Livro da Lei, após seu


fechamento e antes do juramento de sigilo, estando o VM de costas
para o trono, ladeado pelos Irmãos Orador (à direita) e Secretário (à
esquerda). À sua frente, no lado oposto do círculo, estará o Mestre de
Cerimônias, ladeado pelo 1º Vigilante, ao Norte, e o 2º Vigilante, ao Sul.

39
Após alguns momentos de profundo silêncio e reflexão, ou de
meditação e recolhimento, o VM sussurra a Palavra no ouvido
esquerdo do Orador e no direito do Secretário que, de forma idêntica, a
transmitirão ao Irmão que estiver do seu lado até chegar aos ouvidos
do Mestre de Cerimônias, através dos Vigilantes.

Recebendo a Palavra, o Mestre de Cerimônias une as mãos


dos Vigilantes e vai, por dentro do círculo, respeitando o sentido horário
da circulação, levá-la ao VM que, se estiver correta, inclusive
coincidindo a recebida no ouvido da direita com o a esquerda,
determina ao Irmão Mestre de Cerimônias que retorne ao seu lugar,
após o que diz: “Meus Irmãos eu vos comunico que a Palavra está
correta. Conservemo-la em segredo como penhor de nossa
Regularidade. Se estiver incorreta ou não houver coincidência, deverá
ser transmitida novamente.

Após a comunicação de sua Regularidade, todos elevam e


abaixam os braços (que estarão cruzados) por três vezes, exclamando
em cada um dos movimentos:

SAÚDE – SABEDORIA – SEGURANÇA

Desfeita a Cadeia de União, o M de CC incinera a Prancha


em que fora comunicada a Pal Sem os demais Irmãos voltam em
silêncio aos seus lugares para complementação do encerramento
ritualístico dos trabalhos, permanecendo de pé, sem estarem à ordem,
até que sejam convidados a se retirarem, pelo M de CC.

DA PALAVRA SEMESTRAL

A Pal Sem é estabelecida pelo Grande Oriente Maçônico


do Brasil, que a comunica a todas as Lojas de sua obediência sendo
renovada semestralmente. Sua transmissão às Lojas é feita pelo
Grande Oriente Maçônico do Brasil, por meio de Prancha, em escrita
cifrada através do alfabeto Maçônico.

40
Deve ser transmitida somente aos Irmãos do quadro da Loja,
em Cadeia de União, e deve ser exigida dos Visitantes para apurar sua
regularidade.

A Pal Sem, quando pedida para atestar regularidade, deve


ser pronunciada pelo Maçom, inserida em uma frase aleatória.

Os Irmãos faltosos devem solicitar ao Ven Mestr a Pal


Sem, antes de adentrar ao Templo, a qual será transmitida no
Oriente, no ouvido do Obreiro.

DO LIVRO DA LEI

O Livro da Lei é o Livro Sagrado de cada Religião, onde os


adeptos julgam existir as verdades pregadas por seus profetas. Assim,
o juramento deve ser prestado sobre o Livro Sagrado da crença do
iniciado, pois, pelos princípios básicos da Maçonaria, deve haver o
máximo respeito à crença religiosa de cada um.

Apesar de ser um país laico, o Brasil possui uma população


predominantemente cristã. Por esta razão o Grande Oriente Maçônico
do Brasil adota a Bíblia Sagrada como Livro da Lei, sendo obrigatória,
na abertura dos trabalhos ritualísticos, em Loja de Aprendiz, a leitura do
Salmo 133 (versão hebraica) ou 132 (versão latina), Cânticos 1,2 e3.

A leitura do Livro da Lei será feita após a transmissão da


Palavra Sagrada pelo mais moderno dos Ex-VVen ou, em sua falta,
pelo Ir Exp.

DO PAVILHÃO NACIONAL

A Bandeira Nacional, por ser o símbolo maior de nosso País,


deve ingressar no Templ sempre após a entrada de todas as
autoridades e sair em primeiro lugar.

41
Será introduzida no Templo solenemente nas Sessões
Magnas, sendo conduzida pelo Irmão Porta Bandeira, calçado com
luvas brancas, acompanhado pelo M de CCer e pela Guarda de
Honra.

Parado, o Porta Bandeira deverá manter a Bandeira Nacional


na posição vertical, altiva, ereta e imponente, segurando seu mastro
com a mão direita acima e a mão esquerda abaixo.

Em movimento, o Porta Bandeira manterá o Pavilhão Nacional


repousado em seu ombro direito, segurando seu mastro com a mão
direita acima e a esquerda abaixo.

A Guarda de Honra será formada por dois Mestres armados de


espada.

Ao entrar no Templo, o Porta Bandeira se posiciona entre


CCol, acompanhado do M de CC e da Guarda de Honra, para a
execução do Hino Nacional Brasileiro, que será reproduzido por inteiro.

Durante a execução do Hino, o Pavilhão Nacional


permanecerá perfilado. O M de CC se posicionará atrás do Porta
Bandeira, formando um triângulo com os demais membros da Guarda
de Honra, que terão suas espadas em posição de saudação (O braço
direito estendido para frente e para baixo, a espada no prolongamento
do braço esquerdo caído ao longo do corpo).

Após a execução do Hino, o Porta Bandeira volta a Bandeira


ao ombro direito e dirige-se ao Oriente, acompanhado pela Guarda de
Honra.

Ao chegarem à Grade do Oriente, o M de CC e os


Membros da Guarda de Honra param e aguardam autorização do
Ven, para retornarem aos seus lugares.

42
Chegando ao Oriente, o Porta Bandeira coloca a Bandeira à
direita do Trono, junto à Grade do Oriente e aguarda determinação d
Ven Mestr para retornar ao seu lugar.

A retirada do Pavilhão Nacional será sempre feita após as


conclusões do Orad. Neste momento, o Ven Mest solicitará ao
M de CC que providencie a Guarda de Honra para saudação à
Bandeira.

A Saudação será feita, obrigatoriamente, pelo Orad,


obedecendo-se aos seguintes procedimentos:

1. O Porta Bandeira segura o Pavilhão Nacional em posição


perfilada, à direita do Trono, de frente para o Ocidente, não
muito próximo da Grade, a fim de permitir que o Orad
possa se posicionar diante da Bandeira, sem necessidade de
descer ao Ocidente.
2. Os membros da Guarda de Honra, com suas espadas em
posição de saudação, ficam lado a lado, ao norte do
Ocidente, de frente para o Oriente, próximo à Grade do
Oriente, formando um triângulo com o M de CC, que
estará à frente, voltado para o Oriente.
3. O Orador, sem sair do Oriente, posiciona-se diante da
Bandeira, e faz a saudação, de pé e à Ordem, exceto nos
casos em que for necessária a leitura de um texto.
4. Após a saudação, o Orad retorna ao seu lugar,
permanecendo de pé e à ordem.
5. Os membros da Guarda de Honra voltam sua espadas à
posição perfilada e aguardam, juntamente com o M de
CC, a passagem do Porta Bandeira.
6. O Porta Bandeira conduz o Pavilhão Nacional para fora do
Templo, pelo lado Sul, acompanhado pelo M de CC e
pela Guarda de Honra, sob os acordes da primeira estrofe do
Hino à Bandeira.
7. O M de CC e a Guarda de Honra acompanham o Pavilhão
Nacional até o Átrio e retornam ao Templo juntamente com o
Porta Bandeira.

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Obs.: O Porta Bandeira deverá imprimir à marcha, um ritmo
cadenciado, de tal forma que a sua chegada à porta de saída seja
coincidente com o término da primeira estrofe do Hino à Bandeira.

DA PALAVRA A BEM DA ORDEM

A palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular


só pode ser usada para comunicações de assuntos de interesse geral da
Ordem Maçônica, em particular da Loja ou do Obreiro, sendo proibida
qualquer referência a assuntos tratados na Ordem do Dia.

A Palavra poderá retornar, por deferência especial do Ven


Mestr, a pedido do Orad, para esclarecimentos ou saneamentos de
dúvidas.

Quando do retorno da Palavra, a mesma circular é novamente na


mesma ordem.

É proibido ao Obreiro passar de uma para outra Col para fazer


uso da Palavra.

Obreiro pedirá a palavra por meio do Vig da sua Col, com


uma palmada no dorso da mão esquerda, e aguardará sentado a
concessão da mesma, postando-se em P.’.e a Or.’. após a concessão.

Autorizado o uso da Palavra, o Obreiro deverá, obrigatoriamente,


fazer as saudações às Luzes, usar as expressões verbais e os tratamentos
constantes dos Rituais, não ultrapassando o tempo de três minutos.

O Obreiro que, por deferência do Ven Mestr, for autorizado a


falar sem estar à ordem, só poderá ficar à vontade depois que fizer a
saudação às Luzes e demais Irmãos.

No Oriente, a saudação deve ser dirigida somente à maior


autoridade sob o Dossel, pois está implícito que, quando saudado a maior
autoridade, todos que ali se encontram também o estão. Da mesma forma,
nas CCol do Norte e Sul, com a saudação aos VVig.

44
O Vig é sempre o último de sua Col a fazer o uso da
Palavra, e deverá pedi-la com um golpe de Malhete e ela lhe será
concedida da mesma forma, pelo Ven Mestr.

No Oriente, o Ven Mestr é o último a usar a Palavra,


exceto quando estiver presente o Grão Mestre, ou outra autoridade a
qual tenha transferido a presidência dos trabalhos.

Falarão sentados o Ven Mest e demais Obreiros sob o


dossel, os VVig, o Sec, na leitura da Ata e da Prancha, o Orad,
nas conclusões e esclarecimentos sobre a legislação pertinente aos
assuntos passíveis de discussão e votação na Ordem do Dia.

Nas Sessões Magnas, a Palavra será obrigatoriamente sobre


o Ato realizado, com exceção dos comunicados relevantes, que
deverão ser feitos exclusivamente pelo Ven Mestr.

DO USO DAS ESPADAS

Perfilado – A Espada, nesta posição, deve ser empunhada


pela mão direita, braço ligeiramente curvo, cotovelo para trás, punho da
espada colado ao quadril, lâmina encostada ao ombro direito, braço
esquerdo caído ao longo do corpo, mão aberta, dorso da mão voltado
para frente.

Sentado – Nesta posição, a Espada deve ser empunhada com


a mão direita, estando o dedo polegar para cima, a lâmina ao lado
direito da perna direita, por fora, com a ponta apoiada no solo. A mão
esquerda espalmada deverá descansar sobre a coxa.

Abóbada de Aço – Trata-se de um cerimonial usado para se


tributar honras exclusivamente ao Grão Mestre e Grão Mestre Adjunto.
É composta de nove Irmãos portando espadas e nove Irmãos portando
estrelas, sendo cinco espadas do lado Norte. Espadas e estrelas são
intercaladas de forma que na frente da formação tem duas estrelas. As
espadas são cruzadas no alto, de modo que a última espada do lado

45
Norte cruze com o par de espadas anterior. Após a recepção, espadas
e estrelas permanecem perfiladas e não acompanham a autoridade
que está entrando.

A espada é empunhada pela mão direita, estendida para o


alto, cruzando com a espada à sua frente, sem tocá-la. O braço
esquerdo será estendido naturalmente ao longo do corpo.

A estrela é empunhada pela mão direita, em posição vertical,


formando um ângulo reto com o braço do Oficiante, que terá o
antebraço colado ao corpo e o braço esquerdo estendido naturalmente
ao longo do corpo.
Saudação ao Pavilhão Nacional – A saudação é feita
empunhando a espada com a mão direita, polegar para cima, braço
estendido para frente e para baixo e a Espada seguindo o

46
prolongamento do braço. O braço esquerdo deve ficar caído ao longo do
corpo, mão aberta e o dorso da mão voltado pra frente.
G do Temp e Cobridor (sentados) – Terão suas espadas
sobre as coxas com o punho voltado para o lado direito.

G do Temp e Cobridor (em pé) – Utilizarão o mesmo


procedimento da posição perfilado.

Na recepção de Iniciando – Nesta posição, a Espada deve ser


empunhada pela mão esquerda, polegar para cima, braço estendido para
frente, formando um ângulo de 90º com o corpo, com a Espada seguindo o
prolongamento do braço. O braço direito deve ficar caído ao longo do
corpo.

Espada Flamejante – Constitui-se num dos mais importantes


símbolos maçônicos. Representa a Espada de Fogo dos Querubins, sendo
de uso exclusivo do Ven Mestr. Não é uma arma, mas, sim, um
Instrumento de Transmissão. Deve ser conduzida pelo Irmão Porta-
Espada, dentro do escrínio, para ser apresentada ao Ven Mestr, no
momento da Consagração, que a empunhará com a mão esquerda.

Jamais deve ser tocada por um Irmão, nem mesmo pelo Porta
Espada. E deve ser conduzida obrigatoriamente por um Mestre Instalado.
Em Loja aberta, ficará sobre o escrínio, à frente do Ven Mestr.

ORNAMENTAÇÃO DO TEMPLO

Antes do início dos trabalhos, o Arquiteto, ou na sua falta o


Mestre de Cerimônias, providenciará a ornamentação do Templo,
distribuindo nos respectivos lugares, os Malhetes, Rituais, Códigos da
Legislação Maçônica, Carta Constitutiva, Bolsa de Propostas e
Informações, Bolsa de Beneficência, perfumes e todos os instrumentos
necessários para as Sessões.

Depois de certificar-se de que nada falta, O Mestre de


Cerimônias fecha a porta do Templo, determina que o Guarda do Templo e
o Mestre de Harmonia ocupem seus respectivos lugares e comunica ao

47
Venerável Mestre que o Templo está devidamente ornamentado e
pronto para o início dos trabalhos.

DA ENTRADA E DA SAÍDA

Ninguém terá ingresso no Templo, qualquer que seja o


pretexto, antes da hora fixada para o início dos trabalhos, exceto os
OObr que tiverem de prepará-lo para as cerimônias, o GT e o M
de Harmonia. Nenhum motivo exime a observância deste dispositivo.

À hora fixada, o MCC, depois de verificar se todos os


presentes se acham devidamente revestidos de suas insígnias e
trajados conforme o Ritual, formará uma fila dupla, na seguinte ordem:
dois a dois, AApr e CComp, estes do lado Sul e aqueles do lado
Norte, indo à frente os mais recentes. Depois os MM e OOf, cada
um do lado de sua respectiva Col. Em seguida, os MMII, os
VVig e finalmente as Autoridades Maçônicas, se desejarem entrar
nesse momento.

Pondo-se à frente da fila dupla, também chamada cortejo, o


M CC baterá na porta do T uma única pancada.
O G T, então, abrirá a porta, postando-se (com a Espada
cruzada sobre o peito) junto à Col J e de frente para a entrada,
enquanto o MCC posta-se junto à Col B, e anuncia a entrada do
VM, e em sua passagem o conduz ao Trono.

Todos romperão a marcha com o pé esquerdo (adentrando ao


T com passos naturais) e à medida que forem entrando, cada um vai
ocupar seu lugar, conservando-se de pé, sem estar à ordem, voltados
para o Eixo da Loj. Depois da entrada do V M, o GT fecha as
portas e toma lugar defronte à sua cadeira. Depois de levar o VM
até o Trono, o MCC verificará se todos estão perfeitamente
colocados, e irá para entre CCol, onde anunciará ao VM que a
Loj está composta e aguardando ordens para a Abertura dos
Trabalhos.

48
Durante a entrada, o M de Harmonia executará música
apropriada, preferencialmente de autor maçom, a fim de propiciar a
criação de um clima tranquilo e envolvente.

A saída será feita na ordem inversa à entrada. Deste modo, os


paramentos serão retirados somente fora do T.

ORDEM DOS TRABALHOS

A Ordem dos Trabalhos a ser rigorosamente observada é a


seguinte:

I. Abertura Ritualística;

II. Leitura do Balaústre seguida de observações, conclusões do Orad


e votação;

III. Leitura do Expediente que o VMdará o destino conveniente, sem


qualquer discussão;

IV. Entrada de Visitantes e Autoridades Maçônicas;

V. Entrada do Pavilhão Nacional, nas Sessões Magnas;

VI. Circulação da Bolsa de PProp e IInf;

VII. Ordem do Dia previamente organizada pelo VM auxiliado pelo


Secr, quando serão apreciados os pareceres, propostas,
informações e assuntos pendentes, que necessariamente
envolvam os AApr. Serão feitas Cerimônias de Iniciação,
Filiação, Regularização, ou será ministrada Instrução do Grau de
Apr;

VIII. Circulação da Bolsa de Beneficência para o Tronco de Solidariedade;

IX. Saudação aos Visitantes, pelo Orad;

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X. Palavra a bem da Ordem em geral e do Quadro em particular ou,
em se tratando de Sessão Magna, Palavra somente sobre o
Ato realizado;

XI. Saudação ao Pavilhão Nacional; (nas Sessões Magnas)

XII. Saída do Pavilhão Nacional; (nas Sessões Magnas)

XIII. Saída das Autoridades Maçônicas e dos demais convidados;


(quando a Cadeia de União for se formar para a comunicação
da P Sem, devem sair também os IIr Visitantes)

XIV. Encerramento Ritualístico;

XV. Cadeia de União.

(Durante os Trabalhos somente poderão falar sentados: as


Luzes, os MMII, (desde que revestidos de suas insígnias e
não ocupando cargos) o Orad ao fazer as conclusões e o
Secr ao ler o Balaústre e o Expediente. Os demais OObr
falarão sempre de pé, com o Sinal de Ordem.)

DA ENTRADA NO TEMPLO
Ninguém terá ingresso no Templo, qualquer que seja o pretexto,
antes da hora fixada, salvo os Irmãos que tiverem de prepará-lo para as
cerimônias.

À hora fixada, o Ir M de CC, depois de estarem todos


presentes devidamente revestidos de suas insígnias e trajados conforme o
Ritual, formará uma dupla fila na seguinte ordem:

I. Aprendizes pelo lado Norte e Companheiros pelo lado Sul;


II. Os Mestres sem cargos na Loja;
III. Os Oficiais, cada um pelo lado da sua respectiva Coluna;
IV. Os Mestres Visitantes;
V. Dignidades;
50
VI. Os Mestres Instalados;
VII. Os VVig, cada um pelo lado de sua CCol;
VIII. O Ven Mestr,
IX. As Autoridades.

Organizada a fila dupla, o M de CC, pondo-se à frente do


préstito, dá um golpe no chão com seu bastão e lê em voz alta a seguinte
exortação:

M CC - Meus IIr, preparemo-nos para penetrar em nosso


Templo, para estabelecer a ligação harmoniosa com G A
D U, deixemos de lado todos os afazeres, as
preocupações e pensamentos profanos, para que possamos
nos dedicar, única e exclusivamente, com tranquilidade e
atenção. Aos Augustos Mistérios de nossa Ordem, a Arte
Real, para à glória do G A D U.

O M de CC, junto à Col B, de frente para a Col J, fará a


chamada dos Obreiros, conforme a seguir: Aprendizes, Companheiros,
Mestres sem Cargo, Oficiais, Mestres Visitantes, Dignidades, Mestres
Instalados, VVig

M CC(Quando o V.’.M.’. for ingressar, dá um golpe com o


bastão e anuncia) – Atenção meus IIr.’. para entrada do V.’.M.’.

Os Aprendizes e Companheiros, quando estiverem ocupando


cargos, deverão ingressar no Templo e conjunto com os Oficiais,
posicionando-se nos lugares em que exercerão os seus respectivos
cargos.

No cortejo, todos caminharão com passos naturais, adentrando


ao Templo, tanto pelo lado Norte, quanto pelo lado Sul, dirigindo-se
diretamente aos seus lugares, conservando-se em pé, sem estar à ordem,
voltados para o eixo do Templo.
Os oficiais e Mestres Instalados que tem assento no Oriente
aguardarão a passagem do Ven Mestr, para depois segui-lo,

51
conservando-se em pé sem estar a ordem, voltados para o eixo do
Templo.

Não poderão ingressar no Templo os IIr que não estiverem


devidamente trajados e revestidos de suas insígnias.

Durante a marcha poderá ser reproduzida uma pauta musical


com cântico apropriado.

Na passagem do Ven Mestr, o M de CC o


acompanhará ao Trono.

Após a entrada do Ven, o G do Temp fecha a porta do


Templo e toma seu lugar.

ABERTURA DOS TRABALHOS


(Após o anúncio do Mestre-de-Cerimônias de que os lugares estão preenchidos)

VEN  (*)  (Todos sentam) (Pausa)

 Ir 1º Vig, qual é o primeiro de vossos deveres em Loja?

1º VIG  Verificar se o Templo está a coberto.

VEN  Certificai-vos disso, meu Ir.

1º VIG  Ir G do T, cumpri vosso dever (ou - o Templo está a coberto?).

(O G T, de espada em punho, entreabre a porta, verifica se o Cobridor está a


postos, fecha-a e dá, na mesma, com o punho da espada, a bateria, que será
repetida pelo Cobr Ext; e, à ordem com a espada, entre Colunas, - Em face da
inexistência do Cobridor Externo deverá o G T, no momento de fechar a porta,
quando da entrada, verificar a existência ou não de irmãos retardatários, tendo
feito isto, apenas - diz)

52
G DO T  Ir 1º Vig, o Templo está a coberto. (Volta ao seu lugar)

1º VIG  O Templo está a coberto, Ven M.

VEN  Qual o segundo de vossos deveres, Ir 1º Vig?

1º VIG  Verificar se todos os presentes são Maçons.

VEN  Fazei essa verificação.

1º VIG  (*)  Em pé e à ordem, meus IIr de ambas as colunas.

(Todos os que se acham nas CCol, levantam-se e ficam à ordem, voltados para o
Oriente. O 1º Vig faz a verificação e após diz)

1º VIG  Todos os que se encontram nas CCol são maçons, Ven M.

VEN  (*)  (Todos os que se encontram no Or levantam-se e ficam à


ordem)  Também os do Oriente.

 Sentai-vos, meus IIr. (Pausa)

 Ir Orad, que se torna preciso para a abertura dos trabalhos?

ORAD  (Levantando-se e ficando à ordem)  Que estejam presentes,


no mínimo, sete Irmãos, dos quais pelo menos três Mestres e que todos estejam
revestidos de suas insígnias.

VEN  Ir Chanc, há número legal?

CHANC  (Levantando-se e ficando à ordem)  Sim, Ven M.

VEN  Ir M de CCer, a Loja está composta?

M DE CCER  (Levantando-se e ficando à ordem)  Sim, Ven M, os cargos


estão preenchidos e todos os presentes se acham revestidos conforme o uso da Loja.

VEN  Qual é o vosso lugar, Ir 2º Diác?

2º DIÁC   (Levantando-se e ficando à ordem)  À direita do Ir 1º Vig.

VEN  Para que, meu Ir?

2º DIÁC  Para ser o executor e o transmissor de suas ordens e velar para que os
IIr se conservem nas CCol com o devido respeito, disciplina e ordem.

53
VEN  Onde tem assento o Ir 1º Diác?

2º DIÁC  À vossa direita e abaixo do sólio, Ven M. (Saúda e senta-se).

VEN  Para que ocupais esse lugar, Ir 1º Diác?

1º DIÁC  (Levantando-se e ficando à ordem)  Para transmitir vossas ordens


ao Ir 1º Vig e a todos os Dignitários e Oficiais, a fim de que os trabalhos sejam
executados com ordem e perfeição.

VEN  Onde tem assento o Ir 2º Vig?

1º DIÁC   Ao Sul, Ven M. (Saúda e senta-se).

VEN  Para que ocupais esse lugar, Ir 2º Vig?

2º VIG   Para poder melhor observar o Sol no seu meridiano, chamar os obreiros
para o trabalho e mandá-los à recreação, a fim de que os labores prossigam com ordem e
exatidão.

VEN  Onde tem assento o Ir 1º Vig?

2º VIG  No Ocidente, Ven M.

VEN  Para que ocupais esse lugar, Ir 1º Vig?

1º VIG  Assim como o Sol se oculta no Ocidente para terminar o dia, assim aqui
se coloca o Ir 1º Vig para fechar a Loja, pagar os obreiros e despedi-los contentes
e satisfeitos.

VEN  Para que o Ven M senta-se no Oriente?

1º VIG  Assim como o Sol nasce no Oriente para fazer sua carreira e iniciar o
dia, assim aí fica o Ven M para abrir a Loja, dirigir-lhe os trabalhos e esclarecê-la
com as luzes de sua sabedoria nos assuntos de nossa Sublime Instituição.

VEN  Para que nos reunimos aqui, Ir 1º Vig?

1º VIG  Para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros;


glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade; para promover o bem-estar da Pátria e da
Humanidade, levantando templos à Virtude e cavando masmorras ao Vício.

VEN  Que é Maçonaria, Ir Chanc?

CHANC  (Levantando-se e ficando à ordem)  Uma Instituição que tem por


objetivo tornar feliz a Humanidade pelo amor e pelo aperfeiçoamento dos costumes,
pela tolerância, pela igualdade, pelo respeito à autoridade e à crença de cada um.

54
VEN  Ela é regional?

CHANC  Não, Ven M, ela é universal e suas Oficinas se espalham por todos
os recantos da Terra, sem preocupação de fronteiras e de raças (Saúda e senta-se).

VEN  Sois Maçom, Ir 1º Vig?

1º VIG  MM IIr C T M RR.

VEN  Durante que tempo devemos trabalhar como AA MM?

1º VIG  Do meio-dia à meia-noite.

VEN  Que horas são, Ir 2º Vig?

2º VIG  Meio-dia em ponto, Ven M.

(O Ven M descobre-se)

VEN  (*-*-*).

1º VIG  (*-*-*).

2º VIG  (*-*-*).

VEN  (*)  Em pé meus Irmãos

(Todos ficam em pé e à ordem. O 1º Diác sobe os degraus pelo lado direito do


Trono, saúda o Ven M que, após corresponder à saudação, lhe dá a P S, em
três movimentos de troca de ouvidos, começando pelo esquerdo, assim: o Ven dá
no ouvido esquerdo do 1º Diác as duas primeiras letras destacadamente (O-B);
mudando para o ouvido direito, pronunciará da mesma forma as duas últimas (Z-O),
volta ao ouvido esquerdo e dá também, destacadamente, as duas sílabas (ZO-OB).
Recebida a P S, o 1º Diác saúda o Ven M e vai com as mesmas
formalidades levá-la ao 1º Vig, que é abordado pelo lado direito, que a transmite,
pela mesma forma, ao 2º Vig, por intermédio do 2º Diác que o aborda pelo lado
direito de seu próprio lugar)

2º VIG  Tudo está justo e perfeito na Col do Sul, Ir 1º Vig.

1º VIG  Tudo está justo e perfeito em ambas as CCol, Ven M.

VEN  Achando-se a Loja regularmente constituída, procedamos à abertura de seus


trabalhos, invocando o auxílio do G A D U.

Ir M de CCer, queira convidar o Ir Orad para a abertura do L da L.

55
M DE CCer  Ir Orador, por determinação do Ven M, vos convido a abrir
o L da L.

VEM .´. – A Ordem meus Irmãos

(Neste momento o Ir Orad vai postar-se ao Oc do Altar dos Juramentos,
acompanhado do M de CCer, que ficará ao lado Norte do Altar. Os 1º e 2º
DDiác vão, respectivamente, para os lados Norte e Sul e cruzam seus bastões por
sobre o Altar, pelas pontas ao alto. Depois de saudar o Delta, o Orador abre o L da
L no texto apropriado (Salmo 133) e depois de lê-lo com o livro em mãos,
deposita-o sobre o Altar dos Juramentos e sobrepõe-lhe o E sobre o C, este com
as pernas voltadas para o Oc e aquele com os ramos voltados para o Or,
ocultando as pontas do primeiro; e à ordem, aguarda a prece, a saudação, a bateria
e a aclamação para depois voltar ao seu lugar)

VEN  Graças Te rendemos GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, porque, por


Tua bondade e misericórdia, nos tem sido possível vencer as dificuldades interpostas
em nosso caminho para nos reunirmos aqui, em Teu nome, e prosseguirmos em nosso
labor.

Fazes, Senhor, com que nossos corações e inteligências sejam, sempre iluminados
pela luz que vem do alto e que, fortificados por Teu amor e bondade, possamos
compreender que para nosso trabalho ser coroado de êxito necessário é que, em
nossas deliberações, subjuguemos paixões e intransigências à fiel obediência dos
sublimes princípios da Fraternidade, a fim de que nossa Loja possa ser o reflexo da
Ordem e da Beleza que resplandecem em Teu trono.

(*)  À Glória do G A D U e em honra a São João, nosso padroeiro, e em


virtude dos poderes de que me acho investido, declaro aberta no grau de A M, a
Aug e Resp Loja Simbólica (...................................), cujos trabalhos tomam plena
força e vigor. Que tudo neste Augusto Templo seja tratado aos influxos dos sãos
princípios da Moral e da Razão.

VEN  (*)  A mim, meus Irmãos, pela saudação, pela bateria e pela aclamação.

TODOS  (depois de executada a bateria e feito o sinal)  HUZZÉ! – HUZZÉ! -


HUZZÉ!

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(Todos os que se acham junto ao Altar dos Juramentos, depois do Orad saudar o
Delta, voltam a ocupar seus lugares. O 2º Diácono, ao retornar ao seu lugar e passar
pelo painel da Loja, abre-o. O Ven Mestre cobre-se)

VEN  (*)  Sentai-vos, meus Irmãos.

LEITURA DO BALAÚSTRE E DO EXPEDIENTE

VEN  Ir Secr, tendes a bondade de nos dar conta do balaústre de nossos
últimos trabalhos.

 (*)  Atenção, meus Irmãos.

(O Secr procede à leitura do balaústre, finda a qual)

VEN  Meus Irmãos, se tendes alguma observação a fazer sobre a redação


do balaústre que acaba de ser lido, a palavra vos é concedida.

(Se alguém tiver alguma observação a fazer, após a fala do V M e independente de


ordem, pedirá a palavra ao respectivo Vigilante de sua Coluna, batendo uma palmada
com a mão direita no dorso da esquerda e aguardará permissão para falar. Reinando
silêncio, os VVig anunciarão. Os Irmãos do Oriente pedirão diretamente ao Ven)

2º VIG  Ir 1º Vig, reina silêncio na Col do Sul.

1º VIG  Ven M, reina silêncio em ambas as CCol.

(Reinando silêncio nas Colunas e no Oriente considera-se aprovado o Balaústre –


Havendo observações será solicitada as conclusões do Orad)

57
VEN  Ir Orad, dai-me vossas conclusões.

ORAD  ..........

VEN  Os Irmãos que aprovam a redação do balaústre que acaba de ser lido,
com as alterações propostas, queiram fazer o sinal. (Caso tenha observações
acrescentará: com as observações do Ir F.........)

(O M de CCer verifica a votação e comunica ao Ven M, que proclama


diretamente o resultado. O 1º Diác vai à mesa do Secr, toma o livro de atas e
leva-o à assinatura do Ven M e do Orad, restituindo-o, em seguida ao Secr,
que também o assinará)

VEN  Ir Secr, há expediente? (Em caso afirmativo)

 Então tendes a bondade de proceder a sua leitura.

 (*)  Atenção meus Irmãos.

(À cada expediente lido pelo Secr, o Ven M irá dando o devido destino, sem
submeter o assunto à discussão ou apreciação da Loja. Os Decretos e Atos do Grão-
Mestre serão lidos pelo Orad, com a Loja em pé e à ordem)

BOLSA DE PROPOSTAS E INFORMAÇÕES

VEN  (*)  IIr 1º e 2º VVig, anunciai em vossas Colunas, como anuncio no


Or, que vai circular a Bolsa de Propostas e Informações.

1º VIG  (*)  IIr que decorais a Coluna do Norte, de parte do Ven M, eu
vos anuncio que vai circular a Bolsa de Propostas e Informações.

2º VIG  (*)  IIr que abrilhantais a Coluna do Sul, de parte do Ven M, eu
vos anuncio que vai circular a Bolsa de Propostas e Informações.

58
(O M de CCer coloca-se entre CCol)

VEN  Ir M de CCer, cumpri o vosso dever.

(O M de CCer cumpre o giro, em ordem hierárquica, a partir do Ven M. Se o


Grão-Mestre e/ou o Grão-Mestre Adjunto estiverem presentes, serão, na respectiva
ordem, os primeiros. A seguir, os 1º e 2º VVig, respeitando o giro, fechando o
primeiro triângulo. Depois voltando ao Oriente, o Orad, os irmãos ao seu lado, os
irmãos ao lado do Secr, e por último o Secr, indo após à Coluna do Sul, o G
T, fechando o segundo triângulo. Após o M H, Exp, 2º Diác, Mestres do
lado Norte, Tes, Hosp, Chanc, Mestres do lado Sul, CComp, AApr. Por
último, o próprio M de CCer entrega a Bolsa ao G do T, coloca sua proposta
e, retomando a Bolsa, coloca-se entre Colunas)

VEN  Ir M de CCer, dirigi-vos a este Altar. IIr Orad e Secr, vinde
comigo conferir o conteúdo da Bolsa de Propostas e Informações.

(Se não houver conteúdo):  Meus IIr, eu vos comunico que a Bolsa de
Propostas e Informações colheu apenas os bons fluidos dos IIr presentes.

(Se houver conteúdo):  Meus IIr, eu vos comunico que a Bolsa de


Propostas e Informações colheu, além dos bons fluidos de todos os IIr, (....) CCol
gravadas, que passo a decifrar.

ORDEM DO DIA

VEN  (*)  Está aberta a Ordem do Dia.

VEN  Ir Secr, há Ordem do Dia pré-agendada?

SECR  ..........

(Será realizada com os assuntos indicados nos itens 6 e 7 do Capítulo 11, da página
.... Os trabalhos continuam em sessão ordinária, para o Ritual de Iniciação - página

59
.... Quando houver necessidade de circulação da palavra para manifestação dos
OObr esta será concedida diretamente pelo V M às CCol, precedida por um
golpe de malhete, cujo anúncio de silêncio será feito pelos VVig após golpe de
malhete, e Or, como no exemplo abaixo. O Ir que desejar fazer uso da palavra
pedira diretamente ao Vig de sua Col, batendo a palma da mão direita sobre a
mão esquerda, aguardando a autorização. No Or o pedido será feito diretamente
ao V M. - Encerrada a O D circulará o T S)

VEN  Meus IIr, se tenhais alguma complementação a fazer sobre a P de


Arquit que acaba de ser lida, a palavra vos será concedida.

 (*)  A palavra está na Col do Sul.

2º VIG  (*)  Reina silêncio na Col do Sul, Ven M.

VEN  (*)  A palavra está na Col do Norte.

1º VIG  (*)  Reina silêncio em ambas as CCol, Ven M.

VEN  (*)  A palavra está no Or.

(Não havendo outros assuntos a serem tratados na Ordem do Dia, esta deve ser
encerrada)

VEN  (*)  Está encerrada a Ordem do Dia.

TRONCO DE SOLIDARIEDADE

VEN  (*)  IIr 1º e 2º Vig, anunciai em vossas Colunas, como anuncio no


Oriente, que vai circular o Tronco de Solidariedade.

1º VIG  (*)  IIr que decorais a Coluna do Norte, de parte do Ven M, eu vos
anuncio que vai circular o Tronco de Solidariedade.

2º VIG  (*)  IIr que abrilhantais a Coluna do Sul, de parte do Ven M, eu vos
anuncio que vai circular o Tronco de Solidariedade.

60
(O Hosp coloca-se entre CCol)

VEN  Ir Hosp, cumpri o vosso dever.

(O Ir Hosp cumpre o giro, em ordem hierárquica, da mesma forma como


circulou o M de CCer. Por último, o próprio Hosp entrega o Tronco de
Solidariedade ao G do T, coloca sua dádiva e retomando o Tronco, coloca-se
entre Colunas)

VEN  Ir Hosp, dirigi-vos a mesa do Ir Orador para com ele conferir o
conteúdo do Tronco de Solidariedade.

(O Ir Orador, após a conferência, comunicará ao V M o total arrecadado. O


Ir Hosp retorna a seu lugar)

VEN  Meus IIr, eu vos anuncio que o Tronco de Solidariedade rendeu, (....)
medalhas cunhadas e (...) sestércios, que será creditada à Hospitalaria e debitada à
Tesouraria.

SAUDAÇÃO AOS VISITANTES

VEN  (Se houver visitantes)  Ir Orad, eu vos concedo a palavra para fazer a
saudação ao(s) Irmão(s) Visitante(s).

ORAD  (Levantando e ficando à Ordem) ..........

61
PALAVRA A BEM DA ORDEM EM GERAL E DO QUADRO EM
PARTICULAR

(Havendo visitante a palavra somente será concedida a Bem da Ordem em Geral)

VEN  (*)  IIr 1º e 2º VVig, anunciai em vossas CCol, como eu anuncio no


Or, que concederei a Palavra a bem da Ordem em geral e do Quadro em particular,
aos IIr que dela queiram fazer uso.

1º VIG  (*)  IIr que decorais a Coluna do Norte, de parte do Ven M, eu
vos anuncio que a Palavra será concedida a bem da Ordem em geral e do Quadro, em
particular, aos IIr que dela queiram fazer uso.

2º VIG  (*)  IIr que abrilhantais a Coluna do Sul, de parte do Ven


M, eu vos anuncio que a Palavra será concedida a bem da Ordem em geral e do
Quadro, em particular, aos IIr que dela queiram fazer uso. (Pausa)

 Está anunciado na Col do Sul, Ir 1º Vig.

1º VIG  Está anunciado em ambas as CCol, Ven M.

(Feito o anúncio, a palavra passa pelas CCol e pelo Or, por anúncio do V M,
precedido por um golpe de malhete, cujo anúncio de silêncio será feito pelos VVig
após golpe de malhete)

VEN  (*)  A palavra está na Col do Sul.

2º VIG  (*)  Reina silêncio na Col do Sul, Ven M.

VEN  (*)  A palavra está na Col do Norte.

1º VIG  (*)  Reina silêncio em ambas as CCol, Ven M.

VEN  (*)  A palavra está no Or.

62
(Após, o V M concede a palavra ao Ir Orad para as conclusões. O Orador
não deve fazer um resumo da reunião para fazer a sua conclusão, a qual deve ser
feita de forma sucinta)

VEN  Ir Orad tendes a palavra para as vossas conclusões.

ORAD  Ven M, os trabalhos transcorreram de forma Justa e Perfeita e podem


ser encerrados.

ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS

VEN  (*)  IIr 1º e 2º VVig, anunciai em vossas CCol, como eu anuncio no


Oriente, que vamos encerrar os trabalhos desta Loja de Aprendizes-Maçons.

1º VIG  (*)  IIr que decorais a Coluna do Norte, de parte do Ven


M, eu vos anuncio que vamos encerrar os trabalhos desta Loja de AA MM.

2º VIG  (*)  IIr que abrilhantais a Coluna do Sul, de parte do Ven


M, eu vos anuncio que vamos encerrar os trabalhos desta Loja de AA MM.

VEN  Ir 2º Diác, qual é vosso lugar em Loja?

2º DIÁC  (Levantando-se e ficando à ordem)  À direita do Ir 1º Vig.

VEN  Para que, meu Ir?

2º DIÁC  Para transmitir as ordens ao Ir 2º Vig e ver se os OObr se


conservam nas Colunas com o devido respeito, disciplina e ordem (Saúda e senta-se).

VEN  Ir 1º Diác, qual o vosso lugar em Loja?

1º DIÁC  (Levantando-se e ficando à ordem)  À vossa direita e abaixo do


sólio.

VEN  Para que, meu Ir?

1º DIÁC  Para transmitir vossas ordens aos IIr 1º e 2º VVig e demais OOf,
a fim de que os trabalhos sejam executados com regularidade e prontidão.

VEN  Onde tem assento o Ir 2º Vig?


63
1º DIÁC  Ao Sul (Saúda e senta-se).

VEN  Para que ocupais esse lugar, Ir 2º Vig?

2º VIG  Para melhor observar o Sol em seu meridiano, chamar os OObr para o
trabalho e mandá-los à recreação, a fim de que os labores prossigam com ordem e
exatidão a bem da Pátria e da Humanidade.

VEN  Onde tem assento o Ir 1º Vig?

2º VIG  No Ocidente, Ven M.

VEN  Para que ocupais esse lugar, Ir lº Vig?

1º VIG  Assim, como o Sol se oculta no Ocidente para terminar o dia, aqui
tenho assento para fechar a Loja, pagar aos OObr e despedi-los contentes e
satisfeitos.

VEN  E os OObr estão satisfeitos?

(Todos batem com a palma da mão direita no Avental – três vezes, em sinal de
afirmação, menos as luzes)

VEN  Que idade tendes, Ir 1º Vig?

1º VIG  ..........

VEN  A que horas é permitido aos AA deixarem o trabalho?

1º VIG  À meia-noite, Ven M.

VEN  Que horas são, Ir 2º Vig?

2º VIG  Meia-noite em ponto, Ven M.

VEN  (*-*-*).

1º VIG  (*-*-*).

2º VIG  (*-*-*).

VEN  (*)  Em pé e à ordem, meus IIr.

64
(O Ven M se descobre e, com o mesmo cerimonial da abertura, transmite-se a
P S)

2º VIG  (Depois de recebida a P S)  Tudo está justo e perfeito na Col do


Sul, Ir 1º Vig.

1º VIG  Tudo está justo e perfeito em ambas as Colunas, Ven M.

VEN  Ir M de CCer, queira convidar o Ir Orad para fechar o L da L.

(Os IIr que foram abrir o L da L vão, com as mesmas formalidades da abertura,
postar-se junto ao Altar dos juramentos)

VEN  (*)  Ir 1º Vig, estando tudo justo e perfeito, tendes minha
permissão para fechar a Loja.

1º VIG  (*)  Em nome do Grande Arquiteto do Universo e de São João, nosso


Padroeiro, está fechada esta Loja de Aprendizes-Maçons.  (*).

(Neste momento é fechado o L da L)

VEN  (*)  A mim, meus Irmãos, pela saudação, pela bateria e pela aclamação.

TODOS  (depois de feito o sinal)  HUZZÉ!  HUZZÉ!  HUZZÉ!

(Todos os que se acham junto ao Altar dos Juramentos, depois do Orad saudar o
Delta, voltam a ocupar seus lugares. O 2º Diácono, ao retornar ao seu lugar e passar
pelo painel da Loja, fecha-o. - O Ven M cobre-se)

VEN  Meus Irmãos, os trabalhos estão encerrados e a nossa Loja fechada.


Antes, porém, de nos retirarmos, juremos o mais profundo silêncio sobre o que aqui
se passou.

TODOS  (Estendendo a mão direita)  Eu o juro.

65
VEN  Retirai-vos em Paz, meus IIr.

(Caso seja necessário transmitir a Palavra Semestral, forma-se a Cadeia de União.


Terminada a transmissão, ou não tendo circulado a P Sem, o M de CCer,
postando-se do lado sul próximo a Coluna J, convida o Ven M para sair, após
os VVig, na seqüência, em ordem inversa à da entrada, os demais Irmãos. –
Durante a saída será executada uma música apropriada, que poderá ser
acompanhada pelos IIr com um cântico apropriado. Depois de passar o
último Ir o G T fecha o Templo)

SUSPENSÃO DOS TRABALHOS PARA RECREAÇÃO

VEN  (*)  Ir 2º Vig, qual é o vosso lugar em Loja?

2º VIG  Ao Sul, Ven M.

VEN  Para que, meu Irmão?

2º VIG  Para melhor observar o Sol na sua passagem pelo meridiano, chamar os
obreiros para o trabalho e mandá-los à recreação.

VEN  Que horas são?

2º VIG  O Sol está no meridiano.

VEN  E os obreiros têm trabalhado com afinco e perseverança?

2º VIG  Sim, Ven M.

VEN  Então, tendes minha permissão para mandá-los à recreação,


suspendendo, por alguns instantes, os trabalhos.

2º VIG  (*)  Meus Irmãos, de ordem do Ven M, os trabalhos vão ser
suspensos por alguns momentos, para que vos entregueis à recreação, tendo o devido
cuidado de ficar nas proximidades, a fim de atenderdes o chamado de volta ao
trabalho  (*).

1º VIG  (*).

VEN  (*)  Em pé e à ordem!

66
(O Ir que abriu o L da L vai fechá-lo, colocando-lhe por cima o Compasso e o
Esquadro, na posição do grau. O 2º Diác fecha o painel)

REABERTURA DOS TRABALHOS

(Estando todos os Oficiais em pé e à ordem, o V M dá um golpe de malhete, o


qual é repetido pelos VVig. Os demais Irmãos ficam simplesmente em pé)

VEN  (*).

1º Vig  (*).

2º Vig  (*).

VEN  (*)  Ir 2º Vig, que horas são?

2º VIG  O Sol passou do zênite, Ven M.

VEN  Então, tendes a minha permissão para chamar os obreiros a fim de


reencetarmos nossos trabalhos.

2º VIG  (*)  Meus IIr, de ordem do Ven M, suspendei vossa recreação
para retomardes o trabalho.

1º VIG  (*).

VEN  (*).

(Todos os Obreiros ficam à ordem. O Ir que fechou o L da L abre-o no local


apropriado, sobrepondo-lhe o Compasso e o Esquadro na posição do grau. O 2º
Diác abre o painel)

VEN  Sentai-vos, meus IIr.

(Os trabalhos reiniciam do ponto em que foram suspensos)

67
INICIAÇÃO

Regularmente deve-se iniciar somente um candidato; se, porém, circunstâncias


especiais o exigirem, poderão ser iniciados até três candidatos numa mesma sessão,
mediante autorização do Grão-Mestre.

Neste caso, o Ven M providenciará:

1 - que cada candidato seja introduzido na Câmara de Reflexões (quando


somente existir uma), de modo a ficar só durante o tempo em que faz suas
declarações;

2 - que o profano que ceder o lugar a outro seja conservado em local diverso
e com os olhos vendados;

3 - que ao Experto sejam dados tantos ajudantes quantos forem precisos,


para que a sua missão seja perfeitamente desempenhada;

4 - que as perguntas do Ven M não sejam feitas aos candidatos em


conjunto, mas nominalmente: Consentis em prestar esse juramento, profanos F...,
F..., F... ?

5 - que todas as viagens sejam feitas pelos profanos em conjunto, mas que
um só bata nas mesas e no Altar, permanecendo os demais em fila e cada um com a
mão direita pousada sobre o ombro do que lhe estiver à frente (ou conduzidos pelos
auxiliares).

As viagens iniciáticas deverão ser feitas com toda a naturalidade, como


determinam os rituais, sendo terminantemente proibidos quaisquer chistes ou
gracejos dirigidos aos iniciandos, bem como posturas inadequadas, impostas aos
mesmos, no decorrer da iniciação.

A purificação pela Água se fará mergulhando ambas as mãos do iniciando no Mar de


Bronze e, em seguida, deverá o M de CCer enxugá-las com uma toalha.

A purificação pelo Fogo deverá ser feita sem qualquer perigo de acidente, podendo
ser utilizada uma pira, cuba ou simples prato em que se derrame um pouco de álcool.
Sobre as chamas, passam-se as mãos do iniciando, por três vezes, a uma altura em
68
que este possa sentir o calor sem, contudo, produzir-lhe queimaduras.

O candidato deverá ser sempre conduzido com brandura, não se permitindo


empurrões ou algo que possa, além de molestar-lhe o físico, causar efeito contrário ao
desejado.

23.1 Preparação do Candidato

O profano deve ser conduzido à Loja por Ir designado pelo V M, vendando-o
cuidadosamente antes de chegar ao edifício da Loja. Na sala dos PP PP, entrega-o
ao Ir Experto, que, batendo-lhe levemente ao ombro, dir-lhe-á:

“Eu sou o vosso guia, tende confiança em mim e nada receeis”.

Depois de fazê-lo dar algumas voltas pelo edifício, sem permitir que qualquer Ir
fale ou se aproxime e muito menos que lhe faça qualquer pilhéria, introduzi-lo-á na
Câmara de Reflexões, onde o preparará convenientemente, tirando-lhe todos os
metais que, colocados num envelope, serão depositados, logo após a abertura dos
trabalhos, na mesa do Ir Tesoureiro. O candidato deverá ter o lado esquerdo do
peito, o braço direito, até o ombro, e a perna direita, até o joelho, nus, substituindo-
se-lhe o sapato do pé direito por um chinelo. Depois de assim preparado, o Experto
tira-lhe a venda e lhe diz:

“Profano, eu vos deixo entregue às vossas reflexões; não estareis sós, pois Deus
que tudo vê, será testemunha da sinceridade com que ides responder às nossas
perguntas”.

Voltando pouco depois, apresentar-lhe-á a folha do testamento, dizendo-lhe:

“Profano, a Sociedade de que desejais fazer parte pede que respondais às


perguntas que vos apresento; de vossas respostas dependerá vossa admissão no seu
seio”.

As perguntas, contidas no testamento, devem obedecer à seguinte fórmula:

À Glória do Grande Arquiteto do Universo

69
Senhor

Respondei livremente às seguintes perguntas:

Quais são os vossos deveres para com Deus?

Quais são os vossos deveres para com a Humanidade?

Quais são os vossos deveres para com a Pátria?

Quais são os vossos deveres para com a Família?

Quais são os vossos deveres para com o Próximo?

Quais são os vossos deveres para convosco?

(data)...........de..........................de 19.....

(assinatura do candidato – residência - assinatura do Ven M)

Ao entregar a folha do questionário ao profano, o Experto adverti-lo-á de que,


depois de dadas as respostas, deverá chamá-lo, tocando a campainha.
23.2 Ritual de Iniciação

(Observada a ordem dos trabalhos)

VEN  (*)  Ir Exp, podeis informar-me se na Câm de RRefl, encontra-se


algum candidato que pretenda ser iniciado em nossos Augustos Mistérios?

EXP  (Levantando e ficando a Ordem)  Sim, Ven M, o(s) Profano(s) F


.......... aguarda(m), na Câm de RRefl, o momento de ser(em) iniciado(s).

VEN  Meus IIr, tendo corrido regularmente o processo preliminar para


admissão do(s) Profano(s) F .........., é chegado o momento de sua recepção. Como
sabeis, esse ato é um dos mais solenes de nossa Inst, pois não devemos esquecer
que, com a aceitação de um novo membro nesta Loja, vamos dar um novo Irmão à
Família Maçônica Universal. Se algum de vós tem observação a fazer contra essa
admissão, deve declará-las leal e francamente.

70
(Se algum Ir tiver observação a fazer pedirá a palavra por intermédio do Vig de
sua Col. A opinião emitida não será discutida, mas, simplesmente, posta em
votação secreta, decidindo a maioria de votos presentes. Então, se a Loja recusar a
admissão ou adiá-la para novas diligências, interrompe-se o ritual neste ponto,
cientificando-se ao profano que ainda não chegou o dia de sua iniciação e, com as
mesmas formalidades da entrada, retirar-se-lo-á do edifício. Não havendo objeções)

VEN  Os IIr que aprovam que se proceda a iniciação do(s) candidato(s) F


.........., queiram se manifestar  (Pausa para a verificação. Sendo aprovado)

 Ir Secr, o Grande Oriente Maçônico do Brasil enviou o(s) placet de iniciação
desse(s) candidato(s)?

SECR  (Levantando e ficando a Ordem)  ..........

VEN  Ir Experto, ides ao lugar onde está(ão) o(s) profano(s) e dizei-lhe(s) que,
sendo perigosas as provas por que tem(têm) de passar, é conveniente que faça(m)
o(s) seu(s) testamento(s) e, ao mesmo tempo, nos responda(m) às questões que
submetemos ao seu espírito para bem conhecermos os seus princípios e do
merecimento de suas virtudes.

(O Exp executa a ordem e, depois de recebidas as respostas, volta a dar conta de sua
missão, trazendo o questionário na ponta da espada e entrando no Templo, sem
formalidades)

EXP  Ven M, o(s) profano(s) cumpriu(ram) a sua primeira obrigação. Eis
aqui o(s) seu(s) testamento(s) e as suas respostas.

VEN  Entregai-o(s) ao Ir Orad para decifrá-lo(s).

(Recebendo tudo do Exp, o Orad lê em voz alta todo o questionário respondido)

VEN  Meus IIr, estais satisfeitos com as respostas do(s) profano(s)?

71
(Em caso afirmativo, todos fazem sinal de aprovação. Se houver alguma objeção, a Loja, por
maioria de votos secretos, decidirá)

VEN  Ir Tesoureiro, estais satisfeito?

TES  (Levantando e ficando a Ordem)  ..........

VEN  Ir Orad, dai-me as vossas conclusões.

ORAD  Ven M, se razões especiais não impuserem o contrário à vossa


sabedoria e prudência, eu, em nome desta Loja e de acordo com as Leis que regem a
nossa Sublime Instituição, respeitosamente vos solicito que se proceda à iniciação
do(s) Profano(s) F.......

VEN  Ir Exp acercai-vos do(s) profano(s) e dizei-lhe(s) que dele(s)


esperamos a necessária coragem para sair(em) vitorioso(s) das provas a que vamos
submetê-lo(s). Preparai-o(s) segundo os nossos usos e trazei-o(s) à porta do Templo.

 Recolhamo-nos, meus Irmãos ao mais absoluto silêncio.

(O Exp vai cumprir a ordem e, trazendo o profano à porta do Templo, aí bate


irregularmente)

G DO T  (Desembainhando a espada)  Profanamente batem à porta do


Templo, Ven M.

VEN  Verificai quem é o temerário que ousa interromper nossas meditações.

(O G do T entreabre a porta cautelosamente e, colocando a ponta da espada no


peito descoberto do profano (ou de um dos profanos), diz em voz alta e áspera)

G DO T  Quem sois, temerário, que vos arrojas a querer forçar a entrada


deste Templo?

EXP  Suspendei vossa espada, Ir G do T, pois ninguém ousaria entrar neste recinto
sagrado sem vossa permissão. Desejoso(s) de ver a Luz, este(s) profano(s) vem humildemente
pedi-la.

72
G DO T  Admiro-me muito, meu Ir, que, em vez de virdes meditar conosco nos
Augustos Mistérios que procuramos desvendar, deles vos alheeis, conduzindo a este
Templo um curioso (curiosos), talvez um dissimulado (dissimulados).

(Voltando-se para o interior do Templo – mantendo a porta entre aberta)

 É o nosso Ir Exp que conduz à porta do Templo um profano (profanos)


desejoso(s) de ver(em) a Luz.

VEN  Por que, IrExp, viestes interromper nosso silêncio, conduzindo à nossa
Loja um profano(s) para participar(em) de nossos mistérios? Como poderia(m) ele(s)
ter(em) concebido tal esperança?

EXP  Porque é(são) livre(s) e de bons costumes.

VEN  Não é o bastante, meu Ir, sabeis, porventura, dos seus merecimentos?
Conheceis esse(s) profano(s)? Sabeis o(s) seu(s) nome(s), onde nasceu(ram), sua(s)
idade(s), sua(s) religião(ões), sua(s) profissão(ões), seu(s) estado(s) civil(s) e onde
mora(m)?

EXP  Ven M, este(s) profano(s) chama-se (chamam-se) .......... nascido aos ...
do .......... do ...., (solteiro, casado, divorciado ou viúvo), crê em Deus, exerce a
profissão de .......... e mora à rua .......... . Ele(s) vem(vêm) pedir-vos que o(s) inicieis
em nossos Augustos Mistérios.

VEN  Meus IIr, ouvistes o que declarou o Ir Exp. Se concordais com os
desejos do(s) profano(s), se o(s) julgais digno(s) de receber(em) a revelação de nossos
mistérios, manifestai-vos pelo sinal.

VEN  (Depois de todos se manifestarem)  Franqueai-lhe(s) o ingresso,


Ir G do T.

(Logo que o(s) profano(s) entrar(em), o G do T fecha a porta e encosta a ponta


da espada no peito do candidato, havendo mais de um candidato outros IIr
auxiliarão. O Exp coloca-se atrás do(s) profano(s))

73
(Havendo mais de um candidato as perguntas que se seguem devem ser feitas
alternadamente entre os candidatos)

VEN  (Ao(s) profano(s))  Vedes alguma coisa, senhor(es)?

PROF  ..........

VEN  Sentis contra vosso peito a ponta de um ferro?

PROF  ..........

VEN  A arma, cuja ponta sentis, simboliza o remorso que, ferindo vosso
coração, há de perseguir-vos, se trairdes a associação a que desejais pertencer.
Também serve para advertir-vos de que deveis mostrar-vos acessível(is) às verdades
que se sentem e que não se exprimem. O estado de cegueira em que vos encontrais é
o símbolo das trevas que cercam o mortal que ainda não recebeu a Luz que o guiará
na estrada da virtude. (Pausa)

(O G do T retira a espada)

 Que quereis, senhor(es)? Por que vindes perturbar nossas meditações?

PROF  ............

VEN  E esse desejo é filho de vosso coração? É por vossa vontade, sem
constrangimento algum, que vindes pedir admissão entre nós?

PROF  ............

VEN  Refleti bem no que pedis. Não conheceis os dogmas, as Leis e os fins da
Sublime Ordem a que desejais pertencer. A Maçonaria não é uma sociedade de
auxílios mútuos ou de caridade; ela tem responsabilidades e deveres para com a
Sociedade e para com a Humanidade. Preocupada com o progresso e adstrita aos
princípios de uma severa Moral, assiste-lhe o direito de exigir de seus adeptos o
cumprimento de sérios deveres, além de enormes sacrifícios.

1º VIG  Partículas da humanidade, guiamo-nos pelo ideal e nos sacrificamos por


ilusões, com as quais obtemos sempre todas as certezas humanas. Abraão,
preparando-se para sacrificar o próprio filho, representa uma grande alegoria de
devotamento e de obediência. Assim também a Pátria e a Sociedade podem levar
seus filhos ao altar do sacrifício, quando necessário for para o bem das gerações
vindouras.
74
2º VIG  Nossa Ordem exigirá de vós um juramento solene e terrível, prestado já
por muitos benfeitores da Humanidade. Todo aquele que não cumprir os deveres de
Maçom em qualquer oportunidade, nós o consideraremos traidor à Maçonaria.
(Pausa)

VEN  Já passastes pela primeira prova  a da Terra,  pois é isso o que


representa o compartimento em que estivestes encerrado(s) e em que fizestes as
vossas últimas disposições. Ainda vos restam, porém, outras provas para as quais é
necessária toda vossa coragem. Consentis em submeter-vos a elas? Tendes a firmeza
precisa para afrontar todos os perigos a que vai ser exposta a vossa coragem?

PROF  ..........

VEN  Ainda uma vez, refleti, senhor(es). Se vos tornardes Maçom (Maçons),
encontrareis em nossos símbolos a realidade do dever. Não deveis combater somente
as vossas paixões e trabalhar para vosso aperfeiçoamento, mas tereis, ainda, de
combater os outros inimigos da Humanidade, tais como sejam os hipócritas que a
enganam, os pérfidos que a defraudam, os ambiciosos que a usurpam e os corruptos e
sem princípios que abusam da confiança dos povos. A estes não se combate sem
perigos. Senti-vos com energia, coragem e dedicação para combater o obscurantismo,
a perfídia e o erro?

PROF  ..........

VEN  Pois se essa é a vossa resolução, não respondo pelo que vos possa acontecer.

 Ir Terrível, levai esse(s) profano(s) para fora do Templo e conduzi-o(s) por
esses caminhos escabrosos por onde passam os temerários que aspiram conhecer nossos
arcanos.

(O Exp toma o(s) profano(s) pelo braço esquerdo, leva-o(s) para fora do Templo e,
depois de fazê-lo(s) dar algumas voltas, condu-lo(s) novamente à porta do Templo
(um de cada vez), onde o(s) arroja de pequena altura, amparando-o(s)
convenientemente. Para esse fim, convém ter preparado um pequeno plano
inclinado de cerca de 40 a 60 centímetros de altura, colocado à porta do Templo e
pelo qual subirá o profano, de maneira que ao chegar à extremidade, caia(m) dentro do
Templo, onde alguns IIr devem estar posicionados para ampará-lo(s), a fim de não se
magoar(em). Findo esse processo)

75
EXP  Ven M, o(s) profano(s) deu(deram) provas de resignação e de
coragem.

VEN  Senhor(es), é somente através dos perigos e das dificuldades que se pode
alcançar a iniciação. Embora a Maçonaria não seja uma religião e proclame a liberdade
absoluta de consciência, tem, contudo, uma crença: ela proclama a existência de um
princípio CRIADOR, ao qual denomina G A D U. É por isso que nenhum Maçom
se empenha em uma tarefa, sem primeiro invocar o auxílio do G A D U.

 Ir Exp, conduzi o(s) profano(s) para junto do Ir 2º Vig e fazei-o(s) ajoelhar-
se(rem-se).

(Havendo mais de um candidato todos caminham em fila, colocando a mão direita sobre
o ombro direito do candidato à frente. Depois de executada a ordem)

 Profano(s), tomai parte na oração que, em vosso favor, vamos dirigir ao Senhor dos
Mundos e Autor de todas as coisas.

 (*)  Em pé e à ordem, meus IIr. (O Ven M descobre-se)

2º VIG  (*)  Eis-nos, ó G A D U, em quem reconhecemos o infinito poder


e a infinita misericórdia, humildes e reverentes a Teus pés. Contém nossos corações nos
limites da retidão e dirige nossos passos pela estrada da virtude. Dá-nos que, por nossas
obras, nos aproximemos de Ti, que és Uno, e subsistes por Ti mesmo e a quem todos os
seres devem a existência. Tudo sabes e tudo dominas: invisível aos nossos olhos, vês no
fundo de nossas consciências. Digna-te, ó G A D U, proteger os obreiros da paz,
aqui reunidos; anima o nosso zelo, fortifica nossas almas na luta das paixões; inflama
nossos corações com o Amor da Virtude e guia-nos para que, sempre perseverantes,
cumpramos as Tuas Leis. (Pausa) Presta a este(s) candidato(s), agora e sempre, Tua
proteção e ampara-o(s) com Teu braço onipotente em todos os perigos por que vai (vão)
passar. Assim seja!

TODOS  Assim seja!

76
VEN  Senhor(es), nos extremos lances de vossa vida, em quem depositais a
vossa confiança?

PROF  ............

VEN  Pois que confiais em Deus, levantai-vos e segui com passo seguro o vosso
guia e nada mais receeis.

(O Exp conduz o(s) profano(s) para entre CCol, devendo reinar profundo
silêncio)

VEN  (*).

1º VIG  (*).

2º VIG  (*).

(Todos se sentam. O Ven M cobre-se)

VEN  Senhor(es), antes que esta Assembléia consinta em admitir-vos às provas,


devo sondar o(s) vosso(s) coração(ões), esperando que respondais com sinceridade e
franqueza, pois vossas respostas não nos ofenderão. Que idéias, que pensamentos
vos ocorreram quando estáveis sozinho(s) no lugar sombrio de meditação onde vos
pediram que escrevêsseis a vossa última vontade?

PROF  ..........

VEN  Em parte já vos dissemos com que fim fostes submetido(s) à primeira prova a
da TERRA. Os antigos diziam que havia quatro elementos: a Terra, a Água, o Ar e o Fogo.
Vós estáveis na escuridão e no silêncio, como um encarcerado numa masmorra, e cercado
de emblemas da Morte e de pensamentos alusivos, principalmente para compelir-vos a
refletir séria e profundamente antes de realizardes um ato tão importante como o da
iniciação em nossos mistérios. A caverna onde estivestes é simbólica, assim como tudo
que nos cerca. Os emblemas que ali existem vos levaram, certamente, a refletir sobre a
instabilidade da vida humana, lição trivial sempre ensinada e sempre desprezada.

Se desejais tornar-vos um verdadeiro Maçom, deveis, primeiro, extinguir as vossas


paixões, os vícios e os preconceitos mundanos que ainda possuís, para viverdes com
Virtude, Honra e Sabedoria.

77
VEM  Credes em um Princípio Criador?

PROF  ..........

1º VIG  Essa crença, que vos enobrece o coração, não é patrimônio


exclusivo do filósofo e do Maçom. Desde que o selvagem compreendeu que não podia
existir por si mesmo, que Alguém deveria Ter criado a majestosa Natureza que o
cerca, foi levado, instintivamente, a admitir e a cultuar esse Criador incriado, a quem
rende tosco, mas sincero culto, como Ente Supremo e Grande Arquiteto do Universo

VEN  Que entendeis por virtude?

PROF  ..........

VEN  É uma disposição da alma que induz à prática do Bem.

 Que pensais ser o vício?

PROF  ..........

2º VIG  É tudo o que avilta o homem. É o hábito desgraçado que nos arrasta para o
mal. E para impormos um freio salutar a essa impetuosa propensão, para elevarmo-nos
acima dos vis interesses que atormentam o vulgo profano, e acalmarmos o ardor de
nossas paixões, é que nos reunimos neste Templo. Aqui, trabalhamos para adaptar nosso
espírito às grandes afeições e a só concebermos idéias sólidas de virtudes, porque
somente regulando nossos costumes pelos eternos princípios da Moral é que poderemos
dar à nossa alma esse equilíbrio de força e de sensibilidade que constitui a Ciência da Vida.

Esse trabalho é penoso e, por isso, deveis refletir bem antes de vos fazerdes Maçom
(Maçons), pois, se fordes admitido(s) entre nós, a ele tereis de vos sujeitar com
satisfação. (Pausa)

VEN Preferis seguir o caminho da Virtude ou do vício?

PROF  ..........

VEN  O da Maçonaria ou o do mundo profano?

PROF  ..........

VEN  Senhor(es), toda associação tem leis particulares e todo associado tem
deveres a cumprir. Como não seria justo sujeitar-vos a obrigações que não conheceis,
ouvi a natureza desses deveres.

 Ir Orad, dizei ao(s) profano(s) quais são os deveres que terá(ão) que
cumprir se persistir(em) em partilhar dos bens de nossa Ordem.

78
ORAD  (Lendo)  O primeiro, é o mais absoluto silêncio acerca de tudo
quanto ouvirdes e descobrirdes entre nós, bem como de tudo quanto, para o futuro,
chegardes a ouvir, ver e saber.

O segundo dos vossos deveres, o que faz com que a Maçonaria seja o mais puro dos
ideais, além de ser a mais nobre e a mais respeitável das instituições humanas, é o de
vencer as paixões ignóbeis que desonram o homem e o tornam desgraçado, cabendo-
vos a prática constante das virtudes, socorrer os irmãos em suas aflições e
necessidades, encaminhá-los na senda da Virtude, desviá-los da prática do Mal e
estimulá-los a fazer o Bem, dando-lhes exemplos de Tolerância, Justiça e respeito à
Liberdade, exigências primordiais de nossa Subl Inst.

O que, em um profano, seria uma qualidade rara, não passa, no Maçom, do


cumprimento elementar de um dever. Toda ocasião que perder de ser útil é uma
infidelidade; todo socorro que recusar é um perjúrio e, se a terna e consolidada amizade
tem o seu culto em nossos Templos, é menos por ser um sentimento do que, por ser um
dever, que se transforma em virtude.

O terceiro dos vossos deveres, e a cujo cumprimento só ficareis obrigado depois de


vossa iniciação, é o de vos sujeitardes, conscientemente, aos Estatutos e
Regulamentos, aos Landmarks e aos dispositivos da Constituição do Grande Oriente
Maçônico do Brasil e aos Regulamentos particulares desta Loja. (Pausa)

VEN  Agora que conheceis os principais deveres de um Maçom, dizei-me se vos


sentis com força e se persistis na resolução de vos sujeitardes à sua prática?

PROF  ..........

VEN  Senhor(es), ainda exigimos de vós um juramento de honra que deve ser
prestado sobre a Taça Sagrada. (Pausa)

 Se sois sincero(s), bebei sem receio, mas, se no fundo de vosso(s)


coração(ões) se oculta alguma falsidade, não jureis! Afastai antes essa Taça e temei o
pronto e terrível efeito dessa bebida. Consentis no juramento?

PROF  ..........

VEN  Ir Sacrificador, conduzi o(s) candidato(s) ao Trono.

(O(s) profano(s) é (são) levado(s) para o Oriente e conduzido(s) ao lado esquerdo do


Trono. (um de cada vez, enquanto os demais aguardam na Câmara das Reflexões))

79
VEN  (Depois de chegado o candidato)  Irmão Terrível, vós que sois o
sacrificador dos perjuros, apresentai ao candidato a Taça Sagrada.

(O Exp apresenta a Taça com água adocicada e espera o sinal do Ven M para
dar a bebida ao candidato. Junto deve estar um frasco contendo tintura de quássia
(liquido amargo) para ser despejado na Taça no momento oportuno e sem que o
profano perceba)

EXP  Eis a taça sagrada!

VEN  Repeti comigo, o vosso juramento.

“Juro guardar o mais profundo silêncio/ sobre todas as provas a que for exposta
minha coragem./ Se eu for perjuro/ e trair os meus deveres,/ se o espírito de
curiosidade aqui me conduz,/ consinto que a doçura desta bebida (Ao sinal do Ven
M, o candidato beberá alguns goles do conteúdo adocicado) se converta em
amargor,/ e seu efeito salutar/ seja para mim/ como um sutil veneno.” (A outro sinal
do Ven o candidato beberá novamente, agora com o amargo)

VEN  (*).

1º VIG  (*).

2º VIG  (*).

VEN  (Com voz forte)  Que vejo? Altera-se vosso semblante? Vossa
consciência desmentiria, porventura, as vossas palavras de sinceridade? A doçura
dessa bebida mudar-se-ia em amargor?

(Ao Exp)  Retirai o profano!

(O(s) profano(s) é (são) novamente colocado(s) entre CCol)

80
VEN  Senhor(es), não quero crer que tenhais o intuito de nos enganar.
Entretanto, ainda podeis retirar-vos, se assim o quiserdes. (Pausa)

 Bebestes da Taça Sagrada da boa e da má sorte, que é a Taça da vida


humana. Consentimos que provásseis da doçura da bebida e, ao mesmo tempo, fostes
levado a esgotar o amargor de suas impurezas. Isso vos lembrará que o Maçom deve
gozar os prazeres da vida com moderação, não fazendo ostentação do bem que flui,
desde que vá ofender ao infortúnio. Refleti bem, senhor(es), qualquer irreflexão vos
poderá ser prejudicial, porque se avançardes mais um passo será tarde para recuar.
Persistis em entrar para a Maçonaria?

PROF  ..........

VEN  (*)  Ir Terrível, fazei o(s) profano(s) sentar-se(sentarem-se) na Cadeira


das Reflexões.

(O Exp faz o(s) candidato(s) dar(em) uma volta rápida e senta-o(s) na Cadeira das
Reflexões)

VEN  Profano(s), que a obscuridade que vos cobre os olhos e o horror da


solidão sejam os vossos únicos companheiros.

(Grande pausa, sob silêncio profundo)

VEN  Já refletistes, Senhor(es), nas conseqüências de vossa(s) pretensão(ões)?


Pela última vez, dizei-me: quereis voltar para o mundo profano ou persistis em
conquistar um lugar entre os Maçons?

PROF  ..........

VEN  Ir Terrível, apoderai-vos desse(s) profano(s) e fazei-o(s) praticar a sua


primeira viagem. Empregai todos os esforços para livrá-lo(s) do perigo e vós,
senhor(es), concentrai vossa(s) atenção(ões) nas provas a que ides vos submeter para
que possais apreender a sua significação oculta, porque a venda material que cobre
vossos olhos não pode interceptar a vossa visão intelectual. Na Maçonaria nada se faz
que não tenha razão de ser. Esforçai-vos por compreender, porque dos resultados
desses esforços dependerá toda a extensão dos conhecimentos que, como Maçom,
deveis adquirir.

81
(O Exp, segurando o profano, havendo mais de um candidato o Exp será
auxiliado por seus ajudantes, pela mão esquerda e colocando a sua mão direita
sobre o braço direito do profano, fá-lo(s) percorrer um caminho cheio de obstáculos.
Durante essa viagem o silêncio da Loja é quebrado por sons imitando trovão. Uma
música adequada pode ser executada. Tudo cessará quando o(s) candidato(s)
chegar(em) à mesa do 2º Vig, onde o Exp fá-lo bater à frente, com a mão
direita, três pancadas)

2º VIG  (Levantando-se precipitadamente e colocando o malhete no peito do


profano)  Quem vem lá?

EXP  É um profano (São profanos) que deseja(m) iniciar-se em nossos Augustos


Mistérios.

2º VIG  E como pode(m) ele(s) conceber tal esperança?

EXP  Porque é(são) livre(s) e de bons costumes; porque quer(em) contribuir


para a realização da solidariedade humana e porque, estando nas trevas, deseja(m) a
Luz.

2º VIG  Se assim é, passe(m).

EXP  (Depois de recolocar o(s) candidato(s) entre colunas)  Ven M, o(s)
profano(s) terminou(aram), com coragem, a sua primeira viagem.

1º VIG  (*)  Esta primeira viagem, com seus ruídos e obstáculos, representa o
segundo elemento  o AR. Símbolo da vitalidade, emblema da vida humana com seus
tumultos de paixões e suas dificuldades; os ódios, as traições, as desgraças que ferem o
homem virtuoso; em uma palavra: a vida humana na luta dos interesses e das ambições,
cheia de embaraços aos nossos intentos. Vendado como vos achais, representais a
ignorância, incapaz de dirigir vossos esforços, sem um guia esclarecido. Este símbolo,
porém, se adapta a uma série de grandes concepções.

É o símbolo da Família, onde a criança, incapaz de dirigir-se, necessita de amparo e


proteção de seus pais; da Sociedade, onde a inteligência de um pequeno grupo conduz as
massas ignorantes que não podem se governar; da Humanidade, onde os povos mais
inteligentes conduzem e dominam os mais atrasados.

Se quiserdes, ainda, um símbolo mais elevado, vede os mundos no seu caminhar


incessante através do éter, girando com velocidade vertiginosa, sem o mínimo rumor,
82
qual um pássaro que fende o ar com suas asas. Esses mundos infinitos em número,
pesando milhões e milhões de toneladas, estão sujeitos a leis fixas e imutáveis, às
quais obedecem cegamente, qual vós ao vosso guia. Mas, Senhor(es), a expressão
simbólica da vossa cegueira e da necessidade que tendes de quem vos conduza,
representa o domínio que o vosso espírito, esclarecido pelos nossos sãos ensinamentos,
deve exercer sobre a cegueira das vossas paixões, transformando a materialidade dos
sentimentos maçônicos, criando em vós mesmos um outro ser, pela espiritualização e
elevação de vossos sentimentos; tereis, então, retirado a venda material que prende vossa
alma e não mais precisareis de guia em vosso caminho. Foi para isso que aqui batestes,
pedindo para ver a Luz.

São estes os ensinamentos dessa primeira viagem. A Maçonaria, porém, ensina-nos a


suportar todos os revezes da sorte, proporcionando-nos consolações salutares e grandes
compensações. (Pausa)

VEN  Estais disposto(s) a vos expor aos riscos de uma segunda viagem?

PROF  ..........

VEN  Ir Terrível, fazei o(s) profano(s) praticar(em) a segunda viagem,


livrando-o(s) dos abismos e enchendo-o(s) de coragem.

(Conduzido(s), como na primeira viagem, o(s) profano(s) percorre(m) caminho mais


plano. Durante a viagem, ouve-se o tinir descompassado de espadas e música
apropriada. Depois de chegar à mesa do 1º Vig, todo o rumor e a música cessam, o
profano (ou um dos profanos) bate três pancadas à frente)

1º VIG (Levantando-se precipitadamente e colocando o malhete no peito


do profano)  Quem vem lá?

EXP  É um profano (São profanos) que, pretendendo nascer de novo, quer(em)


iniciar-se Maçom(Maçons).

1º VIG  E como pode(m) ele(s) conceber tal esperança?

EXP  Porque quer(em) instruir-se e aperfeiçoar-se, e estando nas trevas,


deseja(m) a Luz.

1º VIG  Se assim é, seja(m) purificado(s) pela Água.

83
(O Exp conduz o(s) profano(s) para junto do Mar de Bronze, em cujas águas o M
de CCer mergulha as mãos do(s) candidato(s) (um de cada vez), enxugando-as em
seguida)

EXP  (Depois de reconduzir o(s) profano(s) entre CCol)  Ven M, está
feita a segunda viagem.

2º VIG  (*)  Passastes pela terceira prova  a da ÁGUA. A Água em que


mergulharam vossas mãos é o símbolo da pureza da vida maçônica. Vossas mãos jamais
devem ser instrumento de ações desonestas. Purificadas, conservai-as limpas. Nas antigas
iniciações a purificação da alma fazia-se pela Água, imagem também do oceano da vida,
com as furiosas vagas das ilusões.

Ouvistes, nessa viagem, o entrechocar de armas, combates à arma branca. Eles


simbolizam o perigo que encontrareis para sairdes vitorioso(s) no combate às vossas
paixões, no aperfeiçoamento dos vossos costumes. Guiado(s) como estáveis,
representáveis o discípulo e o mestre, vivendo harmônica e fraternalmente, um
ministrando com desvelo a experiência e as virtudes que adquiriu e o outro, solícito,
deixando-se conduzir.

O amparo que vos foi prestado nessa viagem é a segunda manifestação da


solidariedade humana, sem a qual as atuais gerações não fortalecidas deixam de
concorrer para o progresso das gerações futuras. Menos penosa que a primeira, essa
viagem também significa que a constância e a perseverança nas lutas contra os vícios
do mundo profano têm por termo a paz de consciência. (Pausa)

VEN  Ir Terrível, fazei o(s) profano(s) praticar(em) a terceira viagem.

(O Exp, com as mesmas formalidades, faz o(s) candidato(s) percorrer(rem)


caminho livre de obstáculos. Silêncio profundo, apenas ouvindo-se música suave e
lenta, que cessa quando o profano (ou um dos profanos) chega ao Altar do Ven, e
bate três pancadas à frente)

VEN (Levantando-se precipitadamente e colocando o malhete no peito do


profano)  Quem vem lá?

EXP  É um profano (São profanos) que aspira(m) ser nosso(s) irmão(s) e


nosso(s) amigo(s).

84
VEN  E como pode(m) ele(s) conceber tal esperança?

EXP  Porque presta(m) culto à virtude e, detestando a ociosidade, promete(m)


contribuir com o seu trabalho para a liberdade, igualdade e fraternidade sociais, e
porque, estando nas trevas, deseja(m) a Luz.

VEN  Pois se assim é, passe(m) pelas chamas do Fogo Sagrado para que de
profano nada lhe(s) reste.

(O Exp conduz o(s) candidato(s) ao Altar dos Perfumes, onde o M de CCer o(s)
incensa por três vezes. Voltando para entre CCol, no caminho, entre o Oriente e o
Ocidente, deve(m) passar três vezes pelas chamas do Fogo Sagrado)

EXP  Ven M, está feita a terceira viagem.

VEN  (*)  As chamas que vos envolveram simbolizam o batismo da purificação.


Depois de purificado pela Água, o FOGO eliminou as nódoas do vício. Estais,
simbolicamente, limpo(s). Esse Fogo, cujas chamas simbolizam também aspiração, fervor e
zelo, deve lembrar-vos que deveis aspirar a verdadeira glória, trabalhando
ininterruptamente pela causa em que nos empenhamos e que é a do povo e da felicidade
humana. Tudo até aqui, passou sem perigo; antes, porém, devo mandar imprimir em
vosso peito o cunho inextinguível que vos tornará reconhecido por todos os Maçons do
Universo.

 Ir Chanc, cumpri vosso dever.

(O Chanc irá aproximar do peito do(s) candidato(s) um foco luminoso que apenas
lhe(s) transmita a impressão de calor)

1º VIG  Graças, graças, Ven M.

VEN  Graças lhe(s) seja concedida, pois, um sinal desta natureza é inútil
porque não penetra no coração onde a mão de Deus imprimiu o selo da Caridade.
(Pausa)

Deveis, como final de vossa iniciação, prestar uma promessa solene. Ouvi com
atenção a fórmula desse juramento, que não é incompatível com os deveres morais,
cívicos ou religiosos. Se notardes alguma coisa que seja contrária à vossa consciência,
o que eu não creio, declarai-o com franqueza, porque sendo ele tão solene, só deve
ser prestado livremente. Prestai atenção e refleti bem, antes de vos decidirdes.

85
ORAD (Lendo a fórmula)  Juro e prometo de minha livre vontade, por minha honra,
em presença do Grande Arquiteto do Universo e dos membros desta Loja, que são os
representantes de todos os Maçons espalhados pelo Universo, nunca revelar os mistérios
da Maçonaria que me vão ser confiados, senão em Loja regularmente constituída; nunca
os escrever, gravar, traçar, imprimir ou empregar outros meios pelos quais possa divulgá-
los; comprometo-me a defender e proteger os meus Irmãos esparsos pelo mundo,
em tudo que puder e for necessário e justo.

Prometo, também, conservar-me sempre cidadão honesto e digno, submisso às Leis


do País, amigo de minha Família e Maçom sincero, nunca atentando contra a honra de
ninguém, e especialmente contra a de meus Irmãos e de suas famílias.

Juro e prometo, ainda, reconhecer como autoridade Maçônica legal e legítima, nesta
jurisdição, o Grande Oriente Maçônico do Brasil, da qual esta Loja depende; seguir suas
leis e regulamentos, bem como todas as decisões ou ordens legais e legítimas dos que
vierem a ser meus superiores maçônicos, procurando aumentar e aperfeiçoar os meus
conhecimentos, de acordo com os Landmarks e as Leis da Ordem. Procurarei tornar-me
sempre um elemento de paz, de concórdia e de harmonia no seio da Maçonaria; repelirei
toda e qualquer associação ou seita que, por juramento, prive o homem dos direitos e
deveres de cidadão e de sua liberdade de consciência.

Tudo isso prometo cumprir sem sofisma, equívoco ou reserva mental e consinto, se
faltar à minha palavra, em ser excluído de toda a sociedade de homens de bem, que,
então, deverão ver em mim um ente sem honra e sem dignidade.

VEN  Senhor(es), ouvistes a fórmula do juramento que vos exigimos. Agora


refleti sobre a gravidade do ato que ides praticar e das obrigações que deveis assumir.
(Pausa)

 Respondei com toda a franqueza: consentis em prestar este juramento?

PROF  ..........

VEN  Senhor(es), chegou o momento de receberdes o prêmio de vossa firmeza


e constância. (Pausa)

 Ir M de CCer fazei-o(s) ajoelhar-se (ajoelharem-se) ante o Altar para


prestar(rem) o juramento solene.

86
(O M de CCer o(s) faz ajoelhar-se (ajoelharem-se) sobre o joelho direito,
colocando a mão direita sobre o L da L e tendo, pelo menos um deles, na
esquerda, um compasso cuja ponta encostará o peito descoberto, sobre o coração.
Havendo mais de um candidato todos deverão colocar a mão direita sobre o L da
L, fazendo um semicírculo)

VEN  (*)  Em pé e à ordem, meus Irmãos. O(s) iniciando(s) vai(vão)


prestar o juramento solene.

(Ao(s) iniciando(s))  Já ouvistes e meditastes no juramento que ides


prestar. Vou lê-lo novamente e a cada uma das minhas perguntas respondereis: Eu o
juro. (Lendo pausada e solenemente)

 Senhor(es), jurais e prometeis por vossa livre vontade, por vossa honra e
vossa fé, em presença do Grande Arquiteto do Universo e de todos os Maçons
espalhados pela superfície da Terra, dos quais somos aqui os legítimos
representantes, nunca revelar os mistérios da Maçonaria que vos forem confiados,
senão em Loja regularmente constituída; nunca os escrever, gravar, traçar, imprimir
ou empregar outros quaisquer meios pelos quais possais divulgá-los?

PROF  Eu o juro!

VEN  Jurais, mais, defender e proteger vossos Irmãos esparsos pelo mundo em tudo
que puderdes e for necessário e justo?

PROF  Eu o juro!

VEN  Jurais, também, conservar-vos sempre cidadão honesto e digno, submisso às


Leis do País, amigo de vossa Família e Maçom sincero, nunca atentando contra a honra de
ninguém, especialmente contra a de vossos Irmãos e de suas famílias?

PROF  Eu o juro!

VEN  Jurais e prometeis reconhecer como autoridade maçônica legal e legítima,


nesta Jurisdição, o Grande Oriente Maçônico do Brasil, da qual depende esta Loja,
seguir as suas leis e regulamentos bem como todas as decisões ou ordens legais e
legítimas dos que vierem a ser vossos superiores maçônicos, procurando aumentar e
aperfeiçoar os vossos conhecimentos de acordo com os Landmarks e as Leis da
Ordem; procurar sempre vos tornar um elemento de paz, de concórdia e de harmonia
no seio da Maçonaria, repelindo toda e qualquer associação ou seita que, por
juramento, prive o homem de seus direitos e deveres de cidadão e da liberdade de
consciência?

87
PROF  Eu o juro!

VEN  (Ao(s) Iniciando(s))  Agora, senhor(es), repeti as palavras que vou ditar
e que são o complemento de vosso juramento. (repetidas pelos(s) iniciando(s))

“TUDO ISSO EU PROMETO CUMPRIR SEM SOFISMA, EQUÍVOCO OU RESERVA MENTAL; E SE VIOLAR ESTA
PROMESSA, QUE FAÇO SEM A MÍNIMA COAÇÃO, SEJA-ME ARR A LING, MEU PESC CORT E MEU
CORPO ENTERRADO EM LOCAL IGNORADO, ONDE FIQUE EM PERPÉTUO ESQUECIMENTO, SENDO EU
DECLARADO SACRÍLEGO PARA COM DEUS E DESONRADO PARA COM OS HOMENS. ASSIM SEJA!”

TODOS  Assim seja!

(O M de CCer levanta o(s) profano(s) e o(s) conduz para entre Colunas)

Ven  Sentai-vos, meus IIr.

VEN  Senhor(es), prestastes vosso juramento solene. De hoje em diante estais


ligado(s) para sempre à nossa Ordem. Jurastes obediência ao Governo da Ordem e
aos seus Chefes. Estais ainda disposto(s) a permanecer entre nós?

PROF  ..........

VEN  (Sendo a resposta afirmativa)  Pois, se assim continuais firme em vosso


propósito de ingressar em nossa Associação Fraternal, ides ver, agora, o martírio e a
perversidade a que submeteram um dos nossos maiores Mestres. Escolhemos esse
modo de martírio para com ele castigarmos os perjuros.

 Meus IIr, conduzi o(s) iniciando(s) ao Átrio para lhe(s) mostrar o que
lhe(s) poderá suceder doravante, quer permanecendo entre nós e expondo-se aos
botes da ignorância e da perversidade dos que ainda tateiam nas trevas, quer
tornando-se perjuro e expondo-se, por isso, ao nosso desprezo.

(O(s) iniciando(s) é(são) levado(s) para o Átrio, onde estará colocada uma figura
representando São João Batista degolado. Uma luz fraca de lâmpada iluminará a cena.
Todos estarão em pé, sem insígnias, com meia máscara ou capuz que lhes ocultem os
rostos, empunhando as suas espadas com as pontas voltadas para o(s) candidato(s). O
Ven M dá, lentamente, a bateria e, à última pancada, o M de CCer desvenda
o(s) profano(s). Todos se manterão em profundo silêncio)
88
VEN  O corpo que aí vedes representa o nosso Mestre São João Batista,
friamente assassinado para satisfação dos caprichos de uma mulher vingativa, depois
de encarcerado em uma masmorra, por ter proclamado publicamente as faltas e os
erros então cometidos pelos ricos e poderosos, pelos que martirizavam o povo, pelos
que usavam da violência e da arbitrariedade, abusando do poder e pelos que juravam
falso para melhor exercer suas vinganças. Ele representa o verdadeiro Maçom,
sacrificando-se pelos supremos ideais, imolando-se às arbitrariedades dos poderosos
e dos tiranos. Esse clarão pálido e lúgubre da chama que vedes é o emblema do fogo
sombrio que há de alumiar a desgraça que os perjuros e os traidores preparam para si
próprios. Essas espadas vos dizem que não haverá recanto da Terra onde os perjuros
possam encontrar refúgio, sem que sejam perseguidos pela vergonha do crime.

(O(s) iniciando(s) é(são) novamente vendado(s) e conduzido(s) ao Templo, onde


fica(m) entre Colunas. Todos se retiram silenciosamente e, revestindo suas insígnias,
voltam aos seus lugares, onde permanecerão em pé e à ordem, com as espadas na
mão esquerda, de pontas voltadas para o alto e em direção ao(s) iniciando(s))

VEN  (*)  Em pé e a Ordem, meus IIr.

 Ir 1º Vig, sobre quem se apóia uma das CCol deste Templo, agora que a
coragem e perseverança deste(s) candidato(s) fizeram-no(s) sair vitorioso(s) do porfiado
combate entre o homem profano e o homem maçom, que pedis em seu favor?

1º VIG  (Com ênfase)  Luz, Ven M.

VEN  No princípio do mundo (apagam-se as luzes do Templo) disse o G A


D U, FAÇA-SE A LUZ (dá uma pancada, repetida pelos Vigilantes), E A LUZ FOI
FEITA (dá outra pancada, repetida pelos Vigilantes), A LUZ SEJA DADA AO(S)
NEÓFITO(S) (dá a terceira pancada, repetida pelos Vigilantes).

(Logo após a última pancada do 2º Vig, o M de CCer desvenda o(s) neófito(s)


(havendo mais de um é auxiliado por outros irmãos) e, em seguida, a luz reaparece
no Templo)

VEN  Sic transit Gloria Mundi! (Assim passa a Glória do Mundo!)


89
Não vos assustem essas espadas voltadas para vós. Elas significam que em todos os
Maçons encontrareis amigos dedicados e leais, verdadeiros Irmãos, prontos a vos
auxiliar nos transes mais difíceis da vossa vida, se respeitardes e observardes,
escrupulosamente, as nossas Leis. Querem, também, dizer que entre nós encontrareis
quem zele pelas leis e pela pureza da Maçonaria, quando sejam ameaçadas por
faltardes ao vosso dever e aos vossos compromissos. Pela direção que tomam, são a
irradiação intelectual que cada Maçom projetará, de hoje em diante, sobre vós.
Empunhadas com a mão esquerda, lado do coração, aludem ainda aos eflúvios de
Simpatia que, de todos os lados, se concentram sobre vós, recebido(s) com grande
alegria no seio da Família a que agora pertenceis.

(Para os IIr)  Meus IIr, embainhai vossas espadas e vós, Ir M de


CCer, conduzi nosso(s) Irmão(s) ao Altar dos Juramentos.

(O M de CCer conduz o(s) neófito(s) ao Altar dos Juramentos para onde irá
também o Ven M que ficará em face ao neófito. O Porta-Estandarte,
empunhando o Estandarte, o Porta-Espada portando a Espada e o Orador
empunhando a Carta Constitutiva, se postarão ao lado direito do(s) neófito(s), que
se ajoelhará(ão). Havendo mais de um, o primeiro colocara a mão direita sobre o L
da L, os demais ficarão em fila, colocando a mão direita sobre o ombro direito de
quem está a sua frente.  Todos continuam em pé e à ordem)

VEN  (Colocando a espada por sobre a cabeça do neófito)  Em nome do G


A D U e de São João e em nome e sob os auspícios do Grande Oriente Maçônico
do Brasil e em virtude dos poderes que me foram conferidos por esta Loja, eu vos
constituo Aprendiz Maçom e vos recebo como membro ativo de seu quadro.

(O Ven M dá três pancadas na lâmina da espada. Depois, dando a mão direita


ao(s) neófito(s), levanta-o(s) e o(s) conduz para o lado Norte do Altar dos
Juramentos – Havendo mais de um fará esse ato com todos)

90
VEN  Sentai-vos, meus IIr (Ao(s) neófito(s)). Meu(s) Irmão(s) (entregando-
lhe(s) um avental), recebei este avental, a mais honrosa insígnia do Maçom, pois é o
emblema do trabalho a nos indicar que devemos ser sempre ativos e laboriosos.
Deveis usá-lo e honrá-lo, porque jamais ele vos desonrará.

Sem ele não podereis comparecer às nossas reuniões, mas também não deveis usá-
lo para visitar uma Loja em que haja um irmão contra o qual tenhais animosidade ou
com o qual estejais em desarmonia. Deveis, antes e nobremente, restabelecer vossas
relações de fraternidade e cordial amizade. Reatadas elas, podereis, revestido de
vossa insígnia, trabalhar em Loja; mas se, desgraçadamente, não puderdes
restabelecer as vossas relações, melhor será que vos retireis, antes que a paz e a
harmonia da Loja sejam perturbadas com a vossa presença.

(Entregando dois pares de Luvas, um para homem e outro para mulher) 


Obedecendo a uma antiga tradição, ofereço-vos dois pares de luvas; um é para vós.
Pela sua alvura, recordar-vos-á a candura que deve reinar no coração dos maçons e,
ao mesmo tempo, avisar-vos-á de que nunca deveis manchar as vossas mãos nas
impurezas do vício e do crime. O outro será para oferecerdes àquela que mais
estimardes e que mais direito tiver ao vosso respeito, a fim de que ela vos recorde
constantemente os deveres que acabais de contrair para com a Maçonaria. Este
oferecimento tem, também, por fim prestar homenagem à virtude da mulher, que
mãe, esposa, irmã ou filha, é quem nos traz consolação, conforto e alento nas
amarguras, nas atribulações e no desfalecimento de nossa vida.

Agora, vou comunicar-vos os segredos do Grau de Aprendiz Maçom, ou sejam, o


S, o T e a P, que permitem aos Maçons o reconhecimento entre si. Todos têm
por base o número três, que são os três pontos da esquadria, formada pelo nível e
pelo prumo.

Deveis estar perfeitamente ereto, formando com os pés um e (O Ir M de CCer


coloca o(s) neófito(s) na posição). O corpo nessa posição é considerado como emblema
do espírito e a posição dos pés representa a retidão das ações. Avançai agora com o p
e (o(s) neófito(s) executa(m)), juntando em seguida ao seu c o c do p d (o(s)
neófito(s) executa(m)). Este é o primeiro p r da Maçonaria e é nesta posição que os
segredos do grau se comunicam. Esses segredos são um s, um t e uma p. O S é
este (faz o s); o T é (dá o t), ao qual se corresponde. Este T indica o pedido da P
S que não se escreve e nem se pronuncia, dá-se por l e s. Vou ensinar-vos,
juntamente com o Ir M de CCer.

 Ir M de CCer, como se chama este T?

91
MDE CCER  O T de A.

VEN  Que indica?

MDE CCER  Que se pede a P S.

VEN  Dai-me a P S.

MDE CCER  Como aprendiz não sei ler nem escrever, Ven M, sei apenas
soletrar P I N V-la P D S S; D-me a P L e V D a S.

(O V M dá no ouvido esquerdo do M de CCer a primeira letra; o M de


CCer dá a segunda letra também no ouvido esquerdo do V M; trocam para o
ouvido direito onde o V M dá a terceira letra e o M de CCer dá a quarta
letra; voltam para o ouvido esquerdo onde o V M dá a primeira sílaba e o M
de CCer dá a segunda sílaba. Depois de assim dada a P S)

VEN  (Ao(s) neófito(s))  Esta palavra (ZOOB) deriva da Col colocada ao lado
Norte da porta do Templo de Salomão e significa FORÇA MORAL, APOIO.

Dai mais dois PP iguais ao primeiro (o(s) neófito(s) executa(m)). É com esses três
PP que se entra numa Loja em trabalhos, fazendo-se em seguida a saudação ao
Ven M e aos VVig, da seguinte forma.

(O M de CCer faz a demonstração)

A vossa idade maçônica é (t a).

Para que tomeis conhecimento das Leis que nos regem, recebereis
posteriormente um exemplar da Constituição e do Regulamento Geral do Grande
Oriente Maçônico do Brasil, e o Regulamento particular desta Loja. Lede-os
refletidamente, pois pelos dois primeiros tomareis conhecimento dos poderes que nos
regem, dos vossos deveres e direitos, em geral; pelo outro aprendereis o que deveis à Loja
em particular.

A nossa regularidade está nesta Carta Constitutiva (mostrando a Carta que é


segurada pelo Ir Orad), oriunda do Grande Oriente Maçônico do Brasil que, como
já ouvistes, é Obediência simbólica legal e legítima na Jurisdição deste Or. Outras
92
Obediências Maçônicas existem, no Brasil, com as quais a nossa mantém estreitos
laços de fraternal amizade.

Agora, meu(s) Irmão(ãos), recebei o abraço fraternal que vos dou por todos os
Obreiros desta Loja e que, crentes na sinceridade de vossas intenções, esperam
encontrar em vossa ação maçônico-social a prática rigorosa dos sãos e sublimes
princípios da verdadeira Maçonaria. (Dá o abraço)

(O Ven M, Orador, Porta-Estandarte e Porta- Espada, voltam aos seus lugares)

 Ir M de CCer, conduzi o(s) irmão(s) neófito(s) ao Ir 2º Vig para que o(s)
reconheça pelo S, pelo T e pela P, e ao 1º Vig, para que o(s) ensine(m) a
trabalhar na P B.

(O M de CCer cumpre a ordem e conduz o(s) neófito(s) ao 2º Vig. O 2º Vig


levanta-se e faz o exame do s, t e p)

2º VIG  Ir 1º Vig, o(s) nosso(s) Irmão(s) neófito(s) foi(ram) reconhecido(s)


pelo S, pelo T e pela P.

(O M de CCer conduz o(s) neófito(s) ao 1º Vig. O 1º Vig levanta-se, mostra


ao(s) neófito(s) a p b e ensina-lhe(s) o modo como desbastá-la, utilizando o
Maço e o Cinzel, dando três leves pancadas. Assim que o(s) neófito(s) chegar(em)
entre CCol, o 1º Vig diz)

1º VIG  Ven M, o(s) Aprendiz(es), depois de reconhecido(s) pelo S, pelo
T e pela P, já começou(ram) a desbastar a P B e está(ão) entre CCol.

VEN  Ir M de CCer, conduzi o(s) neófito(s) ao vestíbulo, fazei-o(s) vestir


suas roupas e seu(s) avental(is) e ensinai-o(s) a entrar em um Templo Maçônico.

(Veja ritual de Suspensão e Reabertura dos Trabalhos para Recreação e Descanso às


páginas ... e ...)
93
(O M de CCer aproveita o Templo vazio para dar as suas instruções. A figura 3, à
página ..., mostra como o Aprendiz deve entrar em Loja. Depois, levando o(s)
neófito(s) para o Átrio e após reabertos os trabalhos, bate regularmente na porta do
Templo)

G DO T  Ir 1º Vig, como Aprendiz Maçom bate a porta do T.

1º VIG  Ven M, como Aprendiz Maçom bate a porta do T.

VEN  Ir 1º Vig verificai quem assim bate, se for o Ir M de CCer
com o(s) Neófito(s), franqueai-lhe o ingresso.

1º VIG  Ir G do T, verificai quem assim bate, se for o Ir M de


CCer com o(s) Neófito(s), franqueai-lhe o ingresso.

(O(s) neófito(s) entra regularmente, precedido pelo M de CCer)

2º VIG  (Depois de entrar(em) o(s) neófito(s))  Ir 1º Vig, o(s) neófito(s)


entrou(aram) como Aprendiz(es)-Maçom(ns) e está(ão) entre CCol.

1º VIG  Ven M, o(s) Irmão(s) Neófito(s) fez(fizeram) sua entrada como
Aprendiz(es)-Maçom(ns) e acha-se (acham-se) entre CCol.

VEN  (Ao(s) neófito(s))  Meu(s) Irmão(s), este é para vós um dia de glória que
jamais deveis esquecer. Permiti que vos felicite por terdes sido admitido(s) em nossa
Ordem.

(*)  Em pé e à ordem, meus Irmãos.

(*)  Proclamo o(s) Irmão(ãos) F ........ Aprendiz(es)-Maçom(ns) e membro(s) desta


Aug e Resp Loja Simb .........................., sob os auspícios do Grande Oriente
Maçônico do Brasil. Convido a todos os IIr a reconhecerem-no(s) como tal e a lhe(s)
prestarem auxílio e socorro em todas as ocasiões que ele(s) necessitar(em).

 Felicitemo-nos, meus Irmãos, pela aquisição do(s) novo(s) Obreiro(s) e amigo(s)


que vem(vêm) abrilhantar as Colunas desta Loja, auxiliando-nos nos trabalhos e
cultivando conosco as afeições fraternais.

 A mim, meus Irmãos, pelo Sinal, pela Bateria e pela Aclamação.

94
(Cumprida a ordem)

VEN  (*)  Sentai-vos, meus Irmãos.

 Ir M de CCer, convidai o(s) novo(s) Irmão(s) a gravar(em) na Tábua


da Loja o seu nome (simbólico) e depois fazei-o(s) sentar no topo da coluna do Norte.
(Próximo do Oriente, a Nordeste)

(Depois de haver(em) o(s) neófito(s) cumprido a ordem e tomado seu(s) lugar(es),


que deve ser à Nordeste da Col do Norte, próximo ao Tes)

VEN  Ser-vos-ão restituídos agora os metais de que fostes despojado(s).

(O M de CCer entrega os metais ao(s) neófito(s)

 O falso brilho das coisas não deve, doravante, iludir-vos, porque já


percorrestes o primeiro ciclo de uma transformação radical de vosso ser, pois fostes
purificado(s) intelectual e moralmente.

 Ir Orador, tendes a palavra.

 (*)  Atenção, meus Irmãos.

ORAD  A Maçonaria é, na Terra, a única instituição capaz de levar o homem ao


domínio da paz, da ordem e da felicidade. Em seu seio não existem desejos e
interesses pessoais a satisfazer e a ambição se circunscreve aos limites das
necessidades da fraternidade. Nela a vaidade não pode medrar e todos se conformam
aos direitos dos mais dignos merecedores. Tendo por lei fundamental e como regra
absoluta, o domínio dos desejos maus que atormentam a Humanidade, ela é a
associação mais propícia à obtenção do aperfeiçoamento social, tendo em vista que o
homem material desaparece diante do homem moral, que então, num terreno
fertilizado pelas virtudes fraternais, eleva-se a tanto quanto o pensamento íntimo de
seu Criador o destinou. Vede, pois, a Maçonaria é previdente e sábia em sua obra de
progresso. Para evitar que seus filhos sejam o joguete de suas próprias intemperanças
e de seus desregramentos, a Maçonaria instituiu uma Moral em ação, feita para
dominar os corações mais rebeldes e mais inclinados ao mal; Moral que em nada
95
compromete os interesses privados dos homens, nem os gerais; Moral, em uma
palavra, que dá a cada um na proporção de seus direitos e de seus deveres.

Sois, agora, Maçom(ns). Voltareis ao mundo profano esclarecido(s) pelos deveres de


Aprendiz. Fazei dos conselhos que recebestes a pedra de toque e de amor para com
vossos semelhantes; amassai com coragem e perseverança o cimento místico que
servirá para edificar o Templo do G A D U.

Conheceis agora o Templo simbólico e sabeis perfeitamente que ele não se constrói com
pedras e madeiras, porém com virtude, sabedoria, força, prudência, glória e beleza, enfim,
com todos os elementos morais que devam ser o ornamento dos Maçons.

Se a Maçonaria quer que sejais inteiramente devotado(s) à Humanidade; se aqui,


como em qualquer outra parte do mundo, ela vos obriga a socorrer o fraco e a
defender o oprimido, não vos esqueçais que deveis à vossa Pátria o amor sincero do
patriota e o devotamento do cidadão; que as leis que a regem merecem vosso
respeito e vossa consciente submissão; que os que a governam têm direito à vossa
confiança e ao vosso apoio, e se, por acaso, por vosso trabalho honesto vos tornardes
independente(s) pela fortuna, não vos esqueçais que, a par de Deus e da Maçonaria,
deveis contínua assistência aos infelizes; levai à choupana, onde a miséria e o
infortúnio fazem gemer e chorar, o amparo de vossa inteligência e o supérfluo de
vossas condições sociais. Estudai o vosso caráter e as vossas inclinações, para
poderdes, moralmente, desbastar-lhe as asperezas, como fizestes há pouco,
simbolicamente, na pedra bruta. Este é o trabalho do Aprendiz: “conhecer-se e
aperfeiçoar-se, a fim de que, livre dos preconceitos e vícios do mundo profano, possa
aspirar ao estudo da tradição e da história maçônicas, cujos ensinamentos têm
iluminado o Mundo desde as mais remotas eras”. Só então compreendereis à custa de
quantas vidas se construiu o edifício moral da Maçonaria que, desde os tempos mais
remotos, prega a Moral mais elevada e continuará a pregá-la enquanto existir o
gênero humano.

(Terminado o discurso do Orador, o(s) neófito(s) poderá(ão) falar, se quiser(em).


Reinando silêncio, corre com as devidas formalidades o Tronco de Solidariedade (Pág.
...), cuja coleta é anunciada, diretamente, pelo Ven M, à Loja. – Antes do giro o
Orad explica ao(s) neófito(s) a finalidade do T S e de como proceder para o
depósito do óbolo. – Segue-se a saudação aos visitantes (Pág. ...) e a palavra sobre o
ato realizado (Pág. ...), depois do que serão encerrados os trabalhos (Pág. ...) e feita a
Cadeia de União para a transmissão da P Sem)

96
FILIAÇÃO

(Achando-se algum Irmão filiando na sala dos PPPP)

VEN  (*)  Meus IIr, acha-se na sala dos PP PP o nosso Ir F .........., cuja
filiação foi aprovada por esta Loja; consulto-vos se estais ainda de acordo a que se
proceda à sua recepção.

(Se houver alguma oposição justificada, o Ven M, sem abrir discussão, submete
a votos, decidindo a maioria. Caso, pelos motivos alegados, a Loja julgue dever adiar
ou anular a filiação, dar-se-á participação ao Ir candidato. Não havendo
impugnação e reinando silêncio, é anunciado pelos VVig)

VEN  Ir M de CCer, ide à sala dos PP PP buscar o nosso Ir filiando.

(O M de CCer irá sozinho buscar o candidato se este for Aprendiz ou


Companheiro-Maçom. Se for M M convidará dois Irmãos para, com ele,
constituírem a comissão introdutora. Voltando, bate à porta do Templo)

G DO T  Ven M, como Aprendiz, batem à porta do Templo.

VEN  Vede quem assim bate, meu Irmão.

(O G do T, de espada em punho, entreabre a porta do Templo e, apontando a


ponta da espada para fora, informa-se; em seguida, fecha a porta e entre CCol,
diz)

G DO T  Ven M, é o nosso Ir M de CCer, acompanhando o nosso


Ir F .........., que deseja filiar-se a esta Loja.

97
VEN  Franqueai-lhe o ingresso, Ir G do T.

 (*)  Em pé e à ordem, meus Irmãos.

(Aberta a porta do Templo, o M de CCer entra com o candidato, que faz a


entrada e a saudação ritualísticas. O G do T fecha imediatamente a porta)

VEN  (Descobrindo-se)  Sede bem-vindo, meu Irmão, e que nossa Loja seja para
vós uma habitação de paz e de concórdia, onde, unindo-vos a nós pelos sagrados laços de
fraternidade leal e sincera, possais continuar os trabalhos em prol da emancipação da
Humanidade. Sois Maçom e, portanto, já conheceis vossos deveres para com a Família, a
Pátria e a Humanidade.

 Ir M de CCer conduzi o nosso Irmão ao Altar dos Juramentos para ratificar
seus compromissos.

(O M de CCer, segurando o filiando pela mão esquerda, o conduz ao Altar dos


Juramentos, onde o 1º Diácono o incensará por três vezes, e fá-lo ajoelhar-se sobre
o joelho direito e sobrepondo a mão direito sobre o L L; depois, repetindo o
juramento)

FILIANDO  JURO E PROMETO, por minha honra e por minha fé, cumprir e fazer
cumprir a Constituição e as Leis do Grande Oriente Maçônico do Brasil, bem como o
Regulamento e deliberações desta Loja, pautando minha vida pelos sãos princípios da
Maçonaria Universal e reconhecendo este Grande Oriente Maçônico do Brasil como
Obediência Maçônica legal e legítima nesta jurisdição.

(O M de CCer levanta o filiando, que ficará em pé e à ordem)

VEN  Em nome desta Loja aceito vosso compromisso e vos proclamo membro
ativo de seu Quadro. Recebei, por meu intermédio, as saudações sinceras de todos os
Irmãos, que esperam o auxílio eficaz de vossos esforços para o levantamento moral e
material desta Oficina, a fim de que ela possa continuar a desobrigar-se nobremente
dos deveres que contraiu para com a nossa Ordem.

 Ir M de CCer, fazei o nosso Ir gravar o seu nome (simbólico) na


Tábua da Loja e, depois, conduzi-o ao lugar que lhe compete.

 (*)  Sentai-vos meus IIr.

98
(Depois de executada a ordem)

VEN  Tendes a palavra, Ir Orador.

INSTRUÇÕES INICIAIS
(Ao Ir Iniciado)

V M - ( ! ) - Meus IIr de acordo com os preceitos que nos regem,


vamos proceder a Primeira Instrução, destinada a recordar
nossos ensinamentos.

(Os Instrumentos necessários: Régua de 24 Polegadas, Maço e


Cinzel deverão estar em seus lugares.)

V M - A Maçonaria, no século XVIII, restabeleceu dentro de nossas


Lojas a tradição dos ensinamentos esotéricos ministrados nos
Santuários Egípcios e continua transmitindo-os aos seus
Iniciados. Do mesmo modo que os antigos filósofos egípcios –
para subtrair seus Segredos e Mistérios aos olhos dos profanos –
ministravam seu ensino por meio de símbolos e alegorias, a
Maçonaria, mantendo a tradição egípcia, encerra seus
ensinamentos da mesma forma pelos quais oculta suas Verdades
ao Mundo profano, só as revelando àqueles que ingressam em
seus Templos pela Iniciação. O Grau de Aprendiz sendo o
alicerce da Maçonaria Simbólica, resumindo ele toda a Moral do
Aperfeiçoamento Humano, compete ao Aprendiz Maçom o
trabalho de desbastar a Pedra Bruta, isto é, de desvencilhar-se
dos defeitos e paixões, para poder concorrer à Construção Moral
da Humanidade, que é a verdadeira obra da Maçonaria.

99
V M - ( ! ) - IIr M CC, Orad e VVig, ajudai-me a instruir os
nossos Irmãos Aprendizes e a todos em geral.

M de CC - IIr AApr, eu vos convido a me acompanharem até


entre CCol.

(O Ir M de CC vai à frente dos AApr, colocando-os entre


CCol, diz-lhes:)

- O S, T, e P, que


permitem aos Maçons o reconhecimento
entre si, têm por base o número 3,
correspondente aos três pontos
formados pelo E, N, e P.

- Deveis estar perfeitamente eretos,


formando um esquadro com os pés.
(Coloca os AApr na posição indicada)

- O corpo, nesta posição, representa a


retidão das ações. Avançai, agora, com o
pé esquerdo, juntando ao seu calcanhar, o calcanhar do pé
direito. Este é o primeiro passo regular da Maçonaria, e é nessa
posição que os Segredos se comunicam. Esses Segredos são
S, T, e P.

- O Sinal é este: (executa: braço direito levantado formando


esquadria com o lado direito do corpo, acompanhado pelo
antebraço direito, também dobrado. A mão direita aberta com os
dedos estendidos e unidos; a palma voltada para o chão e o
polegar separado em forma de esquadro, tocando com sua polpa
o pescoço em seu lado direito) é a partir deste Sinal que se faz a
Saudação. (Executa – Os AApr também executam, de modo
que, ao fim da Saudação, estejam todos à ordem). O Sinal lembra
a promessa formal, em que afirmastes preferir ter a garganta
cortada, a revelar os Segredos que vos forem confiados.

100
- O Toque é este: (dá o Toque individualmente) ao qual se
corresponde da mesma forma. Este Toque indica o pedido da P
S (Palavra Sagrada), que não se escreve nem se pronuncia.
Dá-se por Letras e Silabas. Ensinarei à pedi-la juntamente com
um Ir.

(Neste momento, o 2º Diác se aproxima, para servir como


Auxiliar)

M de CC - (Tomando a mão do 2º Diác, e dando-lhe o T, de


modo que os AApr vejam os movimentos) - Meu Ir, como se
chama esse T?

2º Diac - O T de Apr.

M de CC - O que ele indica?

2º Diac - Que se pede a P.∙. S.∙..

M de CC - Dai-me a P S.

2º Diac - Como Apr, não sei ler nem escrever; sei apenas soletrar.
Por isso, N.V.P.D.S.S.D.A.P.L.Q.E.V.D.A.S.

(O Ir M CC, e o Ir 2º Diác colocam-se a frente, trocam a


P S letra por letra, e silaba por silaba, de modo que os
Aprendizes vejam e ouçam o que se faz. O M CC dá a 1º letra
no ouvido esquerdo do 2º Diác, que dá a 2º letra no ouvido
esquerdo do M CC. Trocando a posição da cabeça, o M
CC dá no ouvido direito do 2º Diác a 3º letra e o 2º Diác dá,
no ouvido direito do MCC, a 4º letra. Trocando novamente a
posição da cabeça o M CC dá, no ouvido esquerdo do 2º
Diác, a 1º silaba e o 2º Diác dá, no ouvido esquerdo do M
CC, a última silaba. Feito isto, o 2º Diác retorna ao seu lugar,
e o Vdiz aos AApr:)

101
V M - Esta P deriva da Col que colocada ao Norte da porta do
Templo de Salomão, significa FORÇA, MORAL e APOIO.

- Há, também a P SEM (Palavra Semestral), dada pelo Grão


Mestre, e renovada de seis em seis meses para comprovar a
Regularidade do Obr. No fim desta Sessão, eu à comunicarei,
com as formalidades ritualísticas. Devereis dar a P SEM ao
Ir Cobr de qualquer Loja que fordes visitar, mas, devereis
também, trocar a P SEM com o mesmo, para que tenhais a
certeza de que entrais em Loja Regular.

- Esta troca normalmente se faz pela inclusão da P SEM em


uma frase, que contenha outras possíveis PP SSEM. Caso a
frase de vosso interlocutor contenha a mesma, ela, então, terá
funcionado como contrassenha.

- Daí mais dois PP iguais ao primeiro (os AApr executam). É


com estes três passos que se entra em uma Loja, já em
trabalhos, fazendo-se, em seguida, a saudação às LL, pela
forma ensinada pelo Ir M CC.

(O Ir M CC faz a saudação, que é repetida por todos os


AApr)

- Vossa idade Maçônica é: T

- Ir M CC, conduzi os AApr ao Altar do Ir 2º Vig, para


que os reconheça pelo S, T e P. Depois, levai-os ao Altar do
Ir 1º Vig, para que os ensine a trabalhar na P B.

(O Ir M CC cumpre a ordem. O Ir 2º Vig levanta-se e faz


o exame individualmente. O Ir 1º Vig, descendo de seu Altar
mostra aos AApr a P B e ensina-lhes como desbastá-la
dando-lhe três batidas, compassadas, com o maço.)

2º Vig - Ir 1º Vig, nossos IIr AApr foram reconhecidos pelo S,
T, e P.
102
1º Vig - V M, nossos IIr AApr, depois de reconhecidos pelo S,
T, e P, já começaram a desbastar a P B.

V M - Ir M CC, conduzi os IIr AApr aos seus lugares.


(Depois de executada a ordem, o V M diz aos AApr)

V M - A Maçonaria, meus Irmãos, é uma associação cosmopolita em


sua índole e em sua essência. Há, entretanto, Ritos que diferem
apenas na forma exterior, na ordem e no número de Graus.

Orad - (de pé sem estar à ordem) - A Regularidade de nossa Loja


está na Carta Constitutiva, (aponta-a) expedida pelo Grande
Oriente Maçônico do Brasil – GOMB, potência Maçônica legal e
legítima. Outras Lojas e Potências existem no Brasil e no Exterior,
com as quais a nossa mantém estreitos laços de fraternal
amizade. Nosso dever é empregarmos esforços, para que, dentro
das Leis universais que nos regem, e obedientes aos antigos
usos e costumes de nossa Sublime Instituição, a união espiritual,
a Concórdia e a Paz, pairem sobre os Maçons.

V M - ( ! ) - IIr 1º e 2º VVig, ajudai-me a explicar para nossos


Irmãos, os Instrumentos e utensílios de Aprendiz Maçom. (Pausa)

V M - Esses Instrumentos são: A RÉGUA DE 24 POLEGADAS.


(Mostra-a)

1º Vig - O MAÇO. (Mostra-o)

2º Vig - O CINZEL. (Mostra-o)

V M - A Régua era usada pelos Maçons Operativos para medir e


delinear os trabalhos, medindo também o tempo e esforço a
despender. Como, porém, não somos operativos, mas LIVRES e
ACEITOS ou especulativos, empregamos a Régua assim dividida
porque ela nos ensina a apreciar as 24 horas em que está
dividido o dia, induzindo-nos a empregá-las com critério, na
meditação, no trabalho e no descanso físico e espiritual.
103
1º Vig - O maço é Instrumento importante e nenhuma obra poderá ser
acabada sem ele. Ensina-nos, também, que a habilidade sem o
emprego da razão, é de pouco valor e que o trabalho é uma
obrigação do homem. Inutilmente o coração conceberá, e o
cérebro projetará, se a mão não estiver pronta a executar o
trabalho.

2º Vig - Com o Cinzel, o obreiro dá forma e regularidade à massa


informe da Pedra Bruta e pode marcar impressões sobre os mais
duros materiais. Por ele aprendemos que a educação e a
Perseverança são precisas para se chegar à perfeição; que o
material grosseiro só recebe fino polimento depois de repetidos
esforços e que é, unicamente, por seu incansável emprego que
se adquire o hábito da Virtude, a iluminação da inteligência e a
purificação da Alma.

V M - E assim inserimos este ensinamento moral: “O conhecimento


baseado na exatidão, ajudado pelo Trabalho e efetivado pela
Perseverança, vencerá todas as dificuldades, extinguindo as
trevas da ignorância e espargindo a Felicidade no caminho da
vida”. Tornai-vos, pois, investigadores da Verdade; aperfeiçoai-
vos na Arte Suprema do Pensamento – a Arte Real – que é o
objeto das Iniciações Maçônicas; penetrai em nossos Mistérios e
vinde, com assiduidade, aos trabalhos, para serdes admitidos às
graças que a Loja não recusa aos Obreiros que se elevam em
seu conceito. Causou-vos, naturalmente, estranheza que em
nossa Associação fosseis recebidos de modo muito diverso do
que se pratica nas sociedades profanas. Em vez de simples
aceitação e da apresentação aos coassociados passastes aqui
por um cerimonial, que talvez vos tenha parecido inútil,
principalmente na época materializada que empolga a vida
moderna. Se volvermos um pouco ao passado e o compararmos
ao presente, veremos que alguma coisa de eternamente bela e
admirável existe no Homem quando, perscrutando seus instintos
morais, o vemos através das luzes da razão e sãs aspirações,
senhor de seus destinos sociais. É que encaramos o Homem, não
como um ser degenerado, preso à terra pelo egoísmo de seus

104
sentimentos, rastejando no círculo dos preconceitos e seguindo,
servilmente, os velhos erros hereditários, mas, como ser superior
aos demais, usando conscientemente de seus deveres e de seus
direitos, para chegar ao apogeu da Perfeição a que é destinado.
Eis porque nossas cerimônias se destinam a mostrar-vos que, a
partir de hoje, tendes de desempenhar o glorioso papel de
Construtores Sociais.

V M - Ir 1º Vig, como encontrar na Ciência Humana – esse


amalgama onde o Bem e o Mal estão intimamente ligados – os
elementos preciosos para a regeneração?

1º Vig - Não abusando de nossas próprias fraquezas e muito menos


do enlevo de nossas vaidades. O Mal existe por toda a parte, com
atrações tentadoras, mas por toda parte está, igualmente, o Bem
servindo de eixo a todas as existências sociais de amanhã. O Mal
não é um princípio desconhecido nem uma coisa sem origem; é o
lado fraco de nossa natureza, o passo escorregadio da vida
sensitiva. E se, manchando tronos e altares, corrompendo
choupanas e palácios, invade a humanidade, não é justo que
sacrifiquemos nossa dignidade e nossa força moral aos apetites
da vida material. Recebemos o Neófito como Pedra Bruta, para
mostrar-lhe que, em seu Ser Moral, deve desbastar as arestas e
as asperezas que ainda existem, a fim de tornar-se elemento útil
à construção do edifício que à Maçonaria compete erigir.
Simbólica, embora, essa construção não será feita com qualquer
argamassa, mas com o aproveitamento de nossa ação e de
nosso trabalho, exercidos nos corações humanos, onde existem
imperfeições do erro e asperezas do orgulho e da vaidade, para
que os homens saibam que: a liberdade de consciência só será
útil, quando a razão dominá-los e guiá-los, sem sacrificar os
nobres instintos da consciência.

V M - Retiremos, IIr AApr, o véu que oculta esses mistérios


morais. Chamando-vos a amassar o cimento místico e
submetendo-vos às provas que encerram o pensamento intimo da
Instituição, a Maçonaria colocou, diante de vossos olhos, os
elementos que irão servir ao vosso ressurgimento espiritual, ou

105
melhor, a transformação moral porque tereis de passar. Lançados
sozinhos no antro da miséria e da morte, ficastes entregues a vós
mesmos, para que pudésseis meditar e refletir, pois a reflexão é a
vida da alma e, sem ela, o homem seria um animal entregue aos
mais grosseiros instintos. Começou, a Maçonaria, a vos fazer
refletir sobre vosso destino, e longe de vos atrair por mentirosas
aparências, clareou o quadro que deveria ferir vossa imaginação,
para que não a acuseis de, no dia de vosso batismo, ter sido
capciosa ou indulgente para convosco. Mesmo que vos houvesse
tomado embaixo ou no cume da escala da civilização e, embora
fôsseis pequeno ou grande, rico ou pobre, a Maçonaria, para
melhor mudar as disposições de vossa natureza moral, vos
considerou como uma larva, que, para chegar ao seu completo
desenvolvimento, passa por sucessivas transformações.
Cercando-vos de máximas morais ela patenteou que sua
linguagem não é a comum das sociedades profanas.

- Depois do Simbolismo, das outras provas e das revelações


misteriosas, que foram para vós imenso ensinamento, ela vos fez
conhecer o que de vós exige, em zelo e devotamento pela
Humanidade, pela Pátria, por vossos semelhantes e por vós
mesmos e, em seguida, vos abriu a estrada da Perfeição moral,
onde somente poderemos encontrar o repouso e a felicidade.
Antes de consagrar-vos à admissão entre os eleitos, exigiu de vós
um juramento solene, pelo qual prendestes, livremente, vosso
presente e vosso futuro, nas cadeias inquebrantáveis da honra.
Violar esse juramento será um ultraje, feito a vós mesmos, e um
ato de covardia.

V M - ( ! ) - Aqui termina as Instruções Iniciais.

106
INSTRUÇÕES

A fim de adquirir conhecimentos Maçônicos que lhe darão direito a


Aumento de salário, o Aprendiz deve receber, além de outras, cinco
Instruções obrigatórias, em sessões intercaladas que a Loja é obrigada a
realizar.

Quando, em uma sessão, não houver Iniciação, e a Ordem do Dia


permitir, o V ocupará o tempo a ela destinado, em Instrução de Aprendiz.
Mesmo que não Haja Aprendiz, dará as instruções para recapitulação, pois
as Instruções prestam-se para recordar os ensinamentos e as finalidades
da Maçonaria.

Todos os membros de uma Loja se esforçarão, tanto quanto


possível, para compreender as vantagens desses ensinamentos,
assimilando-os para que tenham sempre em mente o dever de pautarem
seus atos individuais de todos os dias por esse rico e antiquíssimo
manancial de Sabedoria.

As Instruções serão dadas em um total de Cinco, a saber :

Primeira Instrução – Explicação do Painel da Loja de Aprendiz


Segunda Instrução – Moral Maçônica Loja Maçônica
Terceira Instrução – Segredo Maçonico
Quarta Instrução – Catecismo Maçonico
Quinta Instrução – A Simbologia dos Numero

107
PRIMEIRA INSTRUÇÃO
(Explicação do Painel da Loja de Aprendiz)

V M - ( ! ) - IIr VVig e Orad, ajudai-me a dar a Primeira


Instrução aos Irmãos Aprendizes.

Orad - (de pé, sem estar à ordem) - Meus IIr, O Painel da Loja, que
vedes, representa o caminho que deveis trilhar para atingirdes,
pelo trabalho e pela observação, o domínio de vós mesmos.
Vosso único desejo deve resumir-se em progredir na Grande
Obra que empreendestes ao entrardes neste Templo. Quando, no
término do trabalho de aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo
desbastar das asperezas dessa massa informe a que chamamos
Pedra Bruta, houverdes pela Fé e pelo Esforço conseguido
transformá-la em Pedra Polida e apta à construção do edifício,
podereis descansar o Maço e o Cinzel para empunhardes outros
utensílios, subindo a escada da hierarquia Maçônica. Para isso,
recebereis sete Instruções no Grau de Aprendiz. Antigamente, o
Aprendiz passava cinco anos encerrado no Templo, para o qual
entrava após dois anos de observação por parte dos
Companheiros e Mestres; assim, completava os sete anos
exigidos, naquela época, para o compromisso no Primeiro Grau.

- Simples, mas muito simbólica, é esta Segunda Instrução. No


Painel da Loja se condensam todos os símbolos que deveis
conhecer e, se bem o interpretardes, fáceis e muito claras ser-
vos-ão as Instruções subsequentes.

1º Vig - A forma da Loja é a de um quadrilongo: seu comprimento, do


Oriente ao Ocidente; sua largura, do Norte ao Sul; sua
profundidade, da superfície ao centro da Terra e, sua altura, da
Terra ao Céu. Esta tão vasta extensão da Loja simboliza a
universalidade de nossa Instituição e mostra que a Caridade do
Maçom não tem limites, a não ser os ditados pela prudência.

108
- Orienta-se a Loja do Oriente ao Ocidente, (Leste a Oeste)
porque, como todos os lugares do Culto Divino e Templos
antigos, as Lojas Maçônicas assim devem estar, porque:
1º. O Sol, que é a maior Glória do Senhor, nasce no Oriente e se
oculta no Ocidente;

2º. A civilização e a ciência vieram do Oriente, espalhando as mais


benéficas influências, para o Ocidente;

3º. A doutrina do Amor e da Fraternidade e o exemplo do cumprimento


da Lei, vieram também do Oriente, trazidos pelo Divino Mestre.

2º Vig - A primeira notícia que temos, de um local destinado


exclusivamente ao Culto Divino, é a do Tabernáculo erigido no
deserto por Moises, para receber a Arca da Aliança e as Tábuas
da Lei. Esse Tabernáculo, cuja orientação era de Leste para
Oeste, serviu de modelo para a planta e posição do Templo de
Jerusalém, construído por Salomão, que por seu esplendor,
riqueza e majestade, foi considerado como a maravilha da época.
Eis porque as Lojas Maçônicas, representando simbolicamente o
Templo de Jerusalém, são orientadas do Oriente para o Ocidente.

1º Vig - Sustentam nossa Loja três grandes Colunas, denominadas


SABEDORIA, FORÇA e BELEZA. A SABEDORIA deve orientar-
nos no caminho da vida; a FORÇA, animar e sustentar-nos em
todas as dificuldades e a BELEZA, adornar todas as nossas
ações, nosso caráter e nosso espírito. O Universo é o Templo da
Divindade, a quem servimos; a Sabedoria, a Força e a Beleza
estão em volta de seu Trono, como pilares de suas Obras. Sua
Sabedoria é infinita, sua Força onipotente e sua Beleza,
manifesta-se em toda a Natureza pela simetria e pela ordem.

- Essas três Colunas representam também: SALOMÃO pela


Sabedoria em construir, completar e dedicar o Templo de
Jerusalém a serviço de Deus: HIRAM, rei de Tiro, pela força que
deu aos trabalhos do Templo, fornecendo homens e materiais; e
HIRAM-ABIF, por seu primoroso trabalho em adorná-lo, dando-
lhe Beleza sem par, até hoje nunca atingida.

109
- A essas Colunas foram dadas três ordens de Arquitetura: a
Jônica, para representar a Sabedoria; a Dórica, significando a
Força e a Coríntia simbolizando a Beleza.

- Todo este Simbolismo nos indica que, na obra fundamental de


nossa construção moral, devemos trazer para a superfície, para a
Luz, todas as possibilidades das potências individuais,
despojando-nos das ilusões da personalidade.

- Neste trabalho, só poderemos ser SÁBIOS se possuirmos


FORÇA, porque a Sabedoria exige sacrifícios que só podem ser
realizados pela Força; mas ser SÁBIO com FORÇA, sem ter
BELEZA, é triste, porque é a Beleza que abre o mundo inteiro à
nossa sensibilidade.

2º Vig - O teto das Lojas Maçônicas representa a Abóbada Celeste, de


cores variadas. O caminho para atingir essa Abóbada, isto é: o
Céu, o Infinito, é representado pela escada composta de muitos
degraus existente no Painel da Loja e conhecida por Escada de
Jacó, nome que, como fiel guardiã das antigas tradições, a
Maçonaria o conserva. Cada degrau representa uma das Virtudes
exigidas ao Maçom para caminhar em busca da Perfeição moral.

- Em sua base, centro e topo, destacam-se três símbolos, muito


conhecidos do mundo profano: FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE,
virtudes morais que devem ornar o espírito e o coração do ser
Humano, principalmente do Maçom, que não se esquecerá jamais
de ter Fé no G A D U, Esperança no aperfeiçoamento
moral e Caridade para com seus semelhantes. A Fé é a
Sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada levará a tempo;
a Esperança é a Força do espírito, amparando-o e animando-o
nas dificuldades encontradas no caminho da vida e a Caridade é
a Beleza que adorna o espírito e o coração bem formados,
fazendo com que neles se abriguem os mais puros sentimentos
humanos.

110
Orad - (de pé, sem estar à ordem) - No interior de uma Loja
Maçônica encontramos:
- O Sol, que representa a principal Luz da Loja, simboliza a
Glória do Criador e nos dá o exemplo da maior e da melhor
virtude que deve encher o coração do Maçom: a Caridade.
Espalhando luz e calor, ensino e conforto, por toda parte onde
atingem seus raios vivificantes, nos ensina a praticar o Bem, não
em círculo restrito a amigos ou de afeiçoados, mas a todos
aqueles que necessitam, até onde nossa Caridade possa
alcançar.
- O Pavimento Mosaico, com seus quadrados brancos e
pretos, nos mostra que, apesar da diversidade, do antagonismo,
de todas as coisas da Natureza, em tudo reside a mais perfeita
harmonia. Isso nos serve de lição para que não olhemos as
diversidades de cores e de raças, o antagonismo das religiões e
dos princípios que regem os diferentes povos, senão, e apenas,
como uma exterioridade de manifestação, pois toda a
Humanidade foi criada para viver na mais perfeita harmonia, na
mais íntima Fraternidade.

- A Orla Dentada, mostra-nos o princípio da atração universal


simbolizada no Amor. Representa, com seus múltiplos dentes, os
planetas que gravitam em torno do Sol; os povos reunidos em
torno de um chefe; os filhos reunidos em volta dos pais. Enfim, os
Maçons unidos e reunidos no seio da Loja, cujos ensinamentos e
cuja Moral aprendem para espalhá-los as quatro Ventos do Orbe.

1º Vig - Pendentes da CORDA DE 81 NÓS, nos cantos da Loja, ou


representadas nos quatro cantos do Pavimento Mosaico, vemos
quatro BORLAS a nos lembrarem as Quatro Virtudes Cardeais –
PRUDÊNCIA, TEMPERANÇA, JUSTIÇA e CORAGEM – que, diz
nossa tradição, foram sempre cultivadas por nossos antigos
Irmãos.

- O Livro da Lei representa o Código de Moral que cada um de


nós respeita e segue, a filosofia que cada qual adota, enfim, a Fé
que nos governa. É o traçado espiritual para o aperfeiçoamento
do Maçom que queira atingir o topo da Escada de Jacó, após

111
haver desbastado as asperezas de seu Eu, representadas pela
ambição, orgulho, egoísmo e demais paixões, que torturam os
corações profanos.

- Em todas as Lojas Maçônicas Regulares, Justas e perfeitas,


bem formadas e constituídas, há um PONTO DENTRO DE UM
CÍRCULO que os Irmãos não podem transpor. Esse CÍRCULO
situa-se entre DUAS LINHAS PARALELAS, representando, ao
Norte, Moises e, ao Sul, o Rei Salomão. No centro desse
CÍRCULO fica o Livro da Lei, sustentando a Escada de Jacó,
cuja extremidade atinge o Céu. Caminhando em torno desse
CÍRCULO teremos, necessariamente, de tocar as LINHAS
PARALELAS, assim como no Livro da Lei. Enquanto um Maçom
se conservar assim circunscrito, não pode errar.

2º Vig - O COMPASSO e o ESQUADRO que só se mostram unidos


em Loja, representam a medida justa que deve presidir a todas as
nossas ações, que não podem se afastar da Justiça e Retidão,
que regem todos os atos de um verdadeiro Maçom.

- As pontas do Compasso, ocultas sob o Esquadro, significam


que o Aprendiz, trabalhando somente na Pedra Bruta, não pode
fazer uso daquele enquanto sua obra não estiver perfeitamente
acabada, polida e esquadrejada.

- A Loja Maçônica possui três JÓIAS MÓVEIS que são: o


Esquadro, o Nível e o Prumo, assim chamadas porque são
transferidas anualmente aos novos Veneráveis e Vigilantes,
significa que um chefe deve ter, unicamente, um sentimento – o
dos Estatutos da Ordem – e que deve agir de uma única forma:
com retidão.

I. O NÍVEL, que decora o 1º Vigilante, simboliza a Igualdade social,


base do Direito Natural.

II. O PRUMO, trazido pelo 2º Vigilante, significa que o Maçom deve ser
reto no julgamento, sem se deixar dominar pelo interesse nem pela
afeição.

112
III. O NÍVEL sem o PRUMO nada vale, do mesmo modo que este sem
aquele, em qualquer construção. Por isso, os dois se completam
para mostrar que o Maçom tem o Culto da Igualdade: nivelando
todos os homens e cultuando a Retidão não se deixará pender, ou
pela amizade ou pelo interesse, para qualquer dos lados.
Orad - (de pé, sem estar à ordem) - As JÓIAS FIXAS são três: a
Prancheta da Loja, a Pedra Bruta e a Pedra Polida.

- A Prancheta da Loja serve para o Mestre desenhar e traçar.


Simbolicamente exprime que o Mestre guia os Aprendizes no
trabalho indicado por ela, traçando o caminho que eles devem
seguir para o aperfeiçoamento, a fim de poderem progredir nos
trabalhos da Arte Real.

- A Pedra Bruta serve para nela trabalharem os Aprendizes,


marcando-a e desbastando-a, até que seja julgada polida, pelo
Mestre da Loja. A Pedra Bruta é o material retirado da jazida no
estado da natureza, até que, pela constância do Obreiro, fique na
devida forma, para poder entrar na construção do edifício. Ela
representa a inteligência, o sentimento do Homem no estado
primitivo, áspero e despolido, e que nesse estado se conserva,
até que, pelo cuidado de seus pais e instrução dos mestres,
adquire educação liberal e virtuosa, tornando-se um ente culto,
capaz de fazer parte de uma sociedade civilizada.
- A Pedra Polida ou Cúbica é o material perfeitamente
trabalhado, de linhas e ângulos retos, que o Compasso e o
Esquadro mostram estar talhado de acordo com as exigências da
Arte. Representa o Homem no fim da vida, quando a aplicou em
atos de piedade e virtude, verificáveis pelo Esquadro da Palavra
Divina e pelo Compasso da própria consciência esclarecida.

V M - As características de um bom Maçom são: Virtude, Honra e


bondade e, embora banidas de outras Sociedades, devem
sempre, ser encontradas no coração dos Maçons.

- ( ! ) - Está terminada a Primeira Instrução. Repousemos,


meus Irmãos!

113
SEGUNDA INSTRUÇÃO
(Moral Maçônica – Loja Maçônica)

V M - ( ! ) - IIr VVig, ajudai-me a dar a Segunda Instrução aos


nossos IIr AApr.

V M - Ir 1º Vig, que há de comum entre nós?

1º Vig - Uma verdade, V M.

V M - Que verdade é essa, meu Ir?

1º Vig - A existência do GRANDE ARQUITETO, CRIADOR DO


UNIVERSO e de tudo que existiu, existe e existirá.

V M - Como sabeis isso, meu Ir?

1º Vig - Porque, além dos órgãos de nosso ser material, o Ente


Supremo nos dotou de inteligência que nos faz discernir o Bem
do Mal.

V M - Essa faculdade, a que chamais Inteligência é independente


de nossa organização física?

1º Vig - Ignoro, V M. Creio, porém que como nossos sentidos,


ela é suscetível de progresso e de aperfeiçoamento, tendo sua
infância, adolescência e maturidade. Rudimentar nas crianças
manifesta-se nos adultos, aperfeiçoando e elevando-se
progressivamente, ao mais alto grau de concepção.

V M - A Inteligência é suficiente para discernir o Bem do Mal?

1º Vig - Sim, V M, quando dirigida por uma sã Moral.

V M - Onde encontraremos os ensinamentos dessa Moral?

114
1º Vig - Na Maçonaria, V M, porque aqui se ensina a Moral mais
pura e mais propícia à formação do caráter do Homem, quer
considerado sob o ponto de vista social, quer sob o individual.

V M - Ir 2º Vig, Sois Maçom?

2º Vig - MM II C T M RR

V M - Em que se baseia a Moral ensinada pela Maçonaria?

2º Vig - No amor ao próximo, V M.

V M - Esta, porém, não deve ser a base de todos os princípios de


qualquer ensinamento moral?

2º Vig - Sem dúvida, V M, mas a Moral Maçônica é o sistema


mais apropriado e mais prático para seu ensino e aplicação.

V M - Em que consiste esse sistema?

2º Vig - Em mistérios e alegorias.

V M - Quais são esses mistérios?

2º Vig - Não me é permitido revelá-los, V M, interrogai-me e


chegareis a descobri-los e compreendê-los.

V M - Que vos exigiram para serdes Maçom?

2º Vig - ser livre e de bons costumes.

V M - Como livre? Admitis, porventura, que um homem possa


viver na escuridão?

2º Vig - Não, V M. Todo homem é livre. Pode, porém, estar


sujeito a entraves sociais que o privem momentaneamente de
115
parte de sua liberdade e, o que é pior, o tornem escravo de
suas próprias paixões e de seus preconceitos. É precisamente
desse jugo que se deve libertar aquele que aspira pertencer à
nossa Ordem. Assim, o homem que, voluntariamente, abdica
de sua liberdade deve ser excluído de nossos Mistérios,
porque, não sendo senhor de sua própria individualidade, não
pode contrair qualquer compromisso sério.

V M - Ir 1º Vig, como fostes recebido Maçom?

1º Vig - Nem nu, nem vestido, V M. Despojaram-me de todos os


metais e vendaram-me os olhos a fim de que ficasse privado
da vista.

V M - Que significa isso, meu Ir?

1º Vig - Várias são as significações, V M. A privação dos metais


faz lembrar o Homem antes da civilização, em seu estado
natural, quando desconhecia as vaidades e o orgulho. A
obscuridade em que me achava imerso, figurava o Homem
primitivo na ignorância de todas as coisas.

V M - Quais as deduções morais que tirais dessa alegoria?

1º Vig - A abdicação das vaidades profanas e a necessidade


imprescindível de Instrução, que é o alicerce da Moral
Humana.

V M - Que fizeram para vos Instruir, Ir 2º Vig?

2º Vig - Fizeram-me viajar do Ocidente para o Oriente e do Oriente


para o Ocidente. A princípio por um caminho escabroso, no
meio de ruídos e de trovões atordoadores; depois, por outra
estrada menos difícil, ouvindo o tilintar incessante de armas;
finalmente, em uma Terceira Viagem, por caminho plano e
suave, envolto no maior silêncio.

116
V M - Que significam os ruídos e os trovões da Primeira Viagem?

2º Vig - Fisicamente representam o caos, que se acredita ter


precedido e acompanhado a organização dos mundos;
moralmente, significam os primeiros anos do Homem e os
primeiros tempos da Sociedade durante os quais paixões,
ainda não dominadas pela razão e pelas leis, conduziam
Homem e Sociedade aos excessos.

V M - Que significa o ruído de armas que ouvistes em vossa


Segunda Viagem, Ir 1º Vig?

1º Vig - Representa a idade da ambição, os combates que a


sociedade é obrigada a sustentar antes de chegar ao estado
de equilíbrio; as lutas que o Homem é forçado a travar e
vencer para se colocar, dignamente, entre seus semelhantes.

V M - Por que encontrastes facilidade em vossa Terceira Viagem?

1º Vig - Porque ela nos mostra o estado de paz e de tranquilidade


resultante da ordem e da moderação das paixões do Homem
que atinge a idade da maturidade e da reflexão.

V M - Como terminou cada uma dessas Viagens, Ir 2º Vig?

2º Vig - O término de cada Viagem foi uma porta onde bati.

V M - Onde se achavam situadas essas portas?

2º Vig - A primeira, ao Sul; a segunda, no Ocidente e a terceira, no


Oriente.

V M - Que vos disseram quando bateste?

117
2º Vig - Na primeira, mandaram-me passar, na segunda, fizeram-
me purificar pela água e na terceira, fui purificado pelo Fogo.

V M - Que significaram essas purificações?

2º Vig - Que, para estar em condições de receber a Luz da


Verdade, se torna necessário ao Homem desvencilhar-se de
todos os preconceitos sociais ou de educação e entregar-se
com ardor à procura da Sabedoria.

V M - Que representam as três portas em que batestes, Ir 1º


Vig?

1º Vig - As três disposições necessárias à procura da Verdade:


Sinceridade, Coragem e Perseverança.

V M - O que vos aconteceu em seguida?

1º Vig - Ajudaram-me a dar três passos num quadrilongo.

V M - Para que meu Ir?

1º Vig - Para fazer-me compreender que o primeiro fruto do Estado,


é a existência, e que esta é que torna o homem prudente.

V M - O que vos deram, depois?

1º Vig - A Luz, V M

V M - Que vistes, então Ir 2º Vig?

2º Vig - Raios cintilantes feriram-me a vista; vi, então, que eram


espadas empunhadas por meus IIr, apontadas para mim.

V M - Sabeis o que significa isso, meu Ir?

118
2º Vig - Compreendi, depois, que essas espadas refletiam os raios
da Luz da Verdade que ofuscam a visão intelectual daquele
que ainda não está preparado, por sólida Instrução, para
recebê-la.

V M - Como vos ligastes à Ordem Maçônica?

2º Vig - Por um juramento e uma consagração.

V M - Que prometestes, meu Ir?

2º Vig - Guardar fielmente os segredos que me fossem confiados:


amar, proteger e socorrer meus IIr, sempre que tiverem justa
necessidade.

V M - Estais arrependido de terdes contraído essa obrigação?

2º Vig - Não V M. Estou pronto a renová-la, se preciso for,


perante esta Augusta Assembleia!

V M - Quais são os indícios pelos quais se reconhecem os


Maçons, Ir 1º Vig?

1º Vig - Além dos Atos que praticam, revelando o influxo da moral


ensinada em nossos Templos, eles se reconhecem pelo S,
pela P e pelo T.

V M - Qual é o S?

1º Vig - (Depois de fazer o S) - Ei-lo, Ven Mestr.

V M - Qual é a P, Ir 1º Vig?

1º Vig - Não sei lê-la, nem pronunciá-la, Ven Mestr p i, n


v p d, s s. d a p l q e v d a s.

119
V M - Ir 1º Diac, cumpri vosso dever.

(O Ir 1º Diac recebe a P S e a transmite ao 1º Vig)

V M - (Depois de regularmente dada a P) - Porque só assim


se dá a P S, Ir 2º Vig?

2º Vig - Porque ela caracteriza o primeiro grau de iniciação, que é o


emblema do homem ou da sociedade na fase da ignorância,
quando o estudo e as artes, por de ciência das faculdades
intelectuais, ainda não lhe são conhecidos. Assim o Aprendiz
recebe primeiro para dar depois.

V M - Ir 1º Vig, dai ao Ir Exp o T para que ele o


transmita.

(O Ir Exp vai até o 1º Vig, rebe o T, e o transmite ao


V M)

V M - (Depois de executada a ordem) - Ir 1º Vig disseste-me


que, quando fostes recebidos, estáveis nem nu, nem vestido; e
agora, estais vestido?

1º Vig - Estou vestido com este Avental. (Mostra o Avental)

V M - Ir 2º Vig, sois obrigado a trazer sempre, em Loja, o


avental?

2º Vig - Sim, como todos os IIr, Ven Mestr.

V M - Por quê?

2º Vig - Porque ele nos lembra que o homem nasceu para o


trabalho, e que todo Maçom deve trabalhar incessantemente

120
para a descoberta da Verdade e para o aperfeiçoamento da
Humanidade.
V M - Onde trabalhamos, meu Ir

2º Vig - Em uma Loja.

V M - Como é construída nossa Loja?

2º Vig - Com a figura de um quadrilongo, estendendo-se do Or ao


Oc, tendo a sua largura do Norte ao Sul, sua altura da Terra
ao Céu, e por profundidade, da superfície ao centro da Terra.

V M - Como é coberta nossa Loja, Ir 1º Vig?

1º Vig - Por uma Abóbada azul, semeada de estrelas e de nuvens,


na qual circulam o Sol, a Lua e inúmeros outros astros, que se
conservam em equilíbrio pela atração de uns sobre outros.

V M - Quais são os sustentáculos dessa Abóbada?

1º Vig - Doze lindas CCol, Ven Mest.

V M - Que representam essas CCol, meu Ir?

1º Vig - Os doze signos do Zodíaco, isto é, as doze constelações


que o Sol percorre no espaço de um ano Solar.

V M - Ir 2º Vig, nossa Loja tem outros apoios?

2º Vig - Sim, Ven Mestr. Apoia-se também sobre três fortes


pilares.

V M - Quais são eles?

2º Vig - Sabedoria, Força e Beleza.

121
V M - Como são representados, em nossa Loja, esses atributos?

2º Vig - Por três grandes Luzes, Ven Mestr

V M - Onde estão colocadas essas Luzes?

2º Vig - Uma ao Oriente, outra ao Ocidente e a terceira ao Sul.

V M - O que se nota mais em nossa Loja, Ir 1º Vig?

1º Vig - Diversas figuras alegóricas, cuja significação me foi


explicada pelo Ven Mestr.

V M - Dizei, então, quais são estas figuras?

1º Vig - 1º um pórtico elevado sobre três degraus e ladeado por


duas CCol de bronze, sobre cujos capitéis descansam três
romãs abertas, mostrando-nos suas sementes;

2º. Uma Pedra Bruta;


3º. Uma Pedra trabalhada a que se dá o nome de Pedra
Polida, ou Cúbica;
4º. Um esquadro, um compasso, um nível e um prumo;
5º. Um malho e um cinzel;
6º. Um quadro, chamado Painel da Loja;
7º. Três janelas abertas;
8º. Ao Oriente da Loja, o Sol e a Lua;
9º. O mosaico, cercado da Orla Dentada.

V M - Que significa o Oc em relação ao Or?

1º Vig - O Or indica a direção de onde provém a luz, e o Oc a


região para qual ela se dirige. O Oc representa, por
conseguinte, o mundo visível, que os nossos sentidos
alcançam, e de um modo geral, tudo o que é material. O Or

122
simboliza o mundo invisível, tudo o que é abstrato, isto é, o
mundo espiritual.

V M - Que representam as duas CCol de bronze, Ir 2º Vig?

2º Vig - Marcam os dois pontos solsticiais.

V M - Que significam as Romãs, colocadas nos capitéis das


CCol?

2º Vig - Mostram, por sua divisão interna, os bens produzidos pela


influência das estações; representam as Lojas e os Maçons
espalhados pela superfície da Terra; suas sementes,
intimamente unidas, lembram-nos a fraternidade e a união que
devem existir entre os homens.

V M - Que quer dizer a Pedra Bruta, Ir 1º Vig?

1º Vig - Representa o homem sem instrução, com suas asperezas


de caráter, devido à ignorância em que se encontra, e às
paixões que o dominam.

V M - E a Pedra Polida, ou Cúbica, que representa?

1º Vig - O homem instruído que, dominando as paixões e


abandonando os preconceitos, libertou-se das asperezas da
Pedra Bruta que poliu.

V M - Que vos recordam o Esquadro, o Compasso, o Nível, e o


Prumo?

1º Vig - Por serem instrumentos imprescindíveis às construções


sólidas e duráveis, eles nos recordam o papel de construtor
social que compete a todos o Maçons e, ao mesmo tempo, nos
traçam as normas pelas quais devemos pautar nossa conduta:
o esquadro, para retidão; o compasso, para a justa medida; o
123
nível e o prumo, para a igualdade e a justiça que devemos aos
nossos semelhantes.

V M - Que representam o Malho e o Cinzel, Ir 2º Vig?

2º Vig - A inteligência e a razão que tornam o homem capaz de


discernir o Bem do Mal, o Justo do Injusto.

V M - Que significa a prancheta de desenho?

2º Vig - A memória, faculdade preciosa de que somos dotados para


fazer nossos julgamentos, conservando o traçado de todas as
nossas percepções.

V M - Por que tem a Loja três janelas, meu Ir?

2º Vig - Pela posição que ocupam, indicam as principais horas do


dia: o nascer do Sol, o meio dia, e o pôr do Sol.

V M - Por que o Sol e a Lua foram colocados em nossos Templos,


Ir 1º Vig?

1º Vig - Porque sendo a Loja a imagem do universo, nela devem


estar representados os esplendores da abóbada Celeste que
mais ferem a imaginação do homem.

V M - E o Mosaico, com Orla Dentada, que significação tem?

1º Vig - O Mosaico representa a variedade do solo terrestre;


formado por pedras brancas e pretas ligadas pelo mesmo
cimento; simboliza a união de todos os Maçons, apesar das
diferenças de cor, de climas e de opiniões políticas ou
religiosas. É também a imagem do bem e do mal de que se
acha semeada a estrada da vida. A Orla Dentada exprime a
união que deverá existir entre todos os homens quando o amor
fraternal dominar a todos os corações.
124
V M - Que se faz em nossa Loja, meu Ir?

1º Vig - Levantam-se templos à virtude e cavam-se masmorras ao


vício.

V M - Ir 2º Vig, em que espaço de tempo se executam os


trabalhos dos Aprendizes Maçons?

2º Vig - Do meio dia à meia noite, Ven Mestr.

V M - Que vindes fazer aqui?

2º Vig - Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer


novos progressos na Maçonaria, estreitando os laços de
fraternidade que nos unem como verdadeiros IIr.

V M - Que trazeis para vossa Loja, meu Ir?

2º Vig - Amizade, paz e votos de prosperidade a todos os irmãos.

V M - Que idade tendes Ir 1º Vig?

1º Vig - _______.

V M - ( ! ) - Meus IIr, como o futuro depende do trabalho feito


durante a Juventude, trabalhai, para que sejais felizes na
velhice, e para que vossa passagem por este mundo não seja
estéril, quando voltardes ao seio da natureza de onde saístes.

V M - Terminada a Segunda Instrução, meditemos por alguns


momentos.

125
TERCEIRA INSTRUÇÃO
(Segredo Maçônico)

V M - ( ! ) - Meus IIr, de acordo com os preceitos que nos regem,


vamos proceder à Terceira Instrução, destinada especialmente ao
Ir Apr F._______. (Se não houver aprendiz) Destinada a
recordar os nossos ensinamentos.

V M - Ir1º Vig entre nós existe alguma coisa?

1º Vig - Sim V M, um culto.

V M - Que culto é esse?

1º Vig - Um Segredo.

V M - Que Segredo é esse?

1º Vig - A Maç

V M - Que é a Maç?

1º Vig - Uma associação íntima, de homens escolhidos, cuja doutrina


tem por base o G A D U que é Deus; como regra: a lei
Natural; por causa: a Verdade, a Liberdade e a lei Moral; por
princípio: a Igualdade, a Fraternidade e a Caridade; por frutos: a
Virtude, a Sociabilidade e o Progresso; por fim, a felicidade dos
povos que, incessantemente, ela procura reunir sob sua bandeira
de paz, Assim, a Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto
houver o gênero humano,

V M - Sois Maçom, Ir 2º Vig?

2º Vig - MM II C T M R

V M - Quais são os deveres do Maçom, Ir 2º Vig?

126
2º Vig - Honrar e venerar o G A D U a quem agradece, sempre,
as boas ações que pratica para com o próximo e os bens, que lhe
couberem em partilha; tratar todos os homens, sem distinção de
classe e de raça, como seus iguais e irmãos; combater a
ambição, o orgulho, o erro e os preconceitos; lutar contra a
ignorância, a mentira, o fanatismo e a superstição, que são os
flagelos causadores de todos os males que afligem a
Humanidade e entravam o progresso; praticar a Justiça recíproca,
como verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses de
todos; a Tolerância, que deixa a cada um o direito de escolher e
seguir sua religião e suas opiniões; deplorar os que erram,
esforçando-se, porém, para reconduzi-los ao verdadeiro caminho,
Enfim, ir em socorro dos deserdados da fortuna e dos aflitos.

- O Maçom cumprirá todos esses deveres porque tem a Fé, que


lhe dá coragem; a Perseverança, que vence os obstáculos; o
Devotamento que o leva a fazer o Bem, mesmo com risco de sua
vida, sem esperar outra recompensa, que a tranquilidade de
consciência.

V M - Como podereis vos fazer Reconhecer Maçom?

2º Vig - Por S, T, e P.

V M - Como fazeis o S, Ir M de CC?

M de CC - (Levanta-se) - Pelo Esquadro, Nível e Prumo. (Faz o S).

V M - Que significa esse S?

M de CC - A honra de saber guardar o segredo, preferindo ter a


Garganta Cortada, a revelar nossos Mistérios. Significa, também,
que o braço direito, símbolo da Força, está concentrado e imóvel
para defender a Ordem, suas Doutrinas e Princípios. Os pés em
esquadria, representam o cruzamento de duas perpendiculares,
único caso em que forma quatro ângulos retos, significando a
retidão do caminho a seguir e a Igualdade, um dos princípios
fundamentais de nossa Ordem. (Saúda e senta-se)
127
V M - Ir 2º Diác daí o T, ao lr 1ºVig.

(O 2ºDiác levanta-se, vai até o Altar do Ir 1º Vig e, depois de


fazer a Saudação, dá o T)

1º Vig - (depois de receber o T) - O que significa este T?

2º Dia - Que se pede a P S.

1º Vig - Dai-me a P S, Ir 1º Diac.

1º Dia - Como Apr não sei ler nem escrever, sei apenas soletrar. Por
isso, N V P D S S - D A P L Q E V D
A S.

(Depois de receber regularmente a P S, o Ir 1º Vig diz ao


V M)

1º Vig - A P S está certa, V M.

V M - Que significa essa P, Ir 1º Diác?

1º Dia - (de pé e à ordem) - Força e apoio. (Saúda e senta-se)

V M - Por que o AprMnão tem Pde PlrGT?

G do Temp - (Levantando-se, e à ordem) - Porque, de acordo com


a antiga tradição, o Aprendiz, ficava isolado, durante três anos,
sem se comunicar com o mundo profano e, caso deixasse o T a
ele jamais voltaria, não precisando, assim, da P de P.

V M - Por que quisestes ser Maçom?


G do Temp - Porque, sendo livre e de bons costumes e estando
nas trevas, ambicionava a Luz.

V M - Quem vos trouxe à Loja?

128
G do Temp - Um amigo que depois reconheci como Ir. (Saúda e
senta-se).

V M - Como estáveis preparados, Ir Sec?

Sec - (De pé e à Ordem) - Nem nu, nem vestido. Despojaram-me


todos os metais, emblemas dos vícios, para lembrar-me do
estado primitivo da humanidade, antes da época da civilização.

V M - Onde fostes recebido?

Sec - Em uma Loja justa, perfeita e regular,

V M - Que é preciso para que uma Loja seja justa e perfeita?

Sec - Que três a governem, cinco a componham, e sete a


completem.

V M - Que é uma Loja regular?

Sec - É a que, sendo justa e perfeita, obedece a uma Potência


Maçônica regular, praticando, rigorosamente, todos os princípios
básicos da Maçonaria. (Saúda e senta-se)

V M - Como conseguistes entrar no T, Ir Orad?

Orad - (De pé e à ordem) - Por três pancadas, cuja significação é:


"Batei e sereis atendido"; "Pedi e recebereis"; "Procurai e
encontrareis”,

V M - Que vos fizeram praticar?


Orad - Depois de colocado entre CCol, fizeram-me praticar três
Viagens, para que me lembrasse das dificuldades e atribulações
da vida; purificaram-me pelos Elementos e, depois, fui conduzido
ao Altar dos Juramentos, onde me fizeram ajoelhar sobre o
Joelho Direito nu; coloquei a Mão Direita sobre o Livro da Lei e;
na Mão Esquerda, um Compasso aberto, cuja ponta se apoiou no
meu peito esquerdo que também estava nu, Nessa posição,
129
prestei meu juramento de guardar os segredos da Ordem. (Saúda
e senta-se).

V M - Que vistes, ao entrar em Loja, Ir Tes?

Tes - (levantando-se e à ordem) - Nada, V M pois urna espessa


venda cobria meus olhos.

V M - Que vistes, quando vos concederam a Luz?

Tes - Achava-me no Ocidente, entre Colunas vi, então, o Pavimento


Mosaico e o Livro da Lei sobre o Altar. (Saúda e senta-se)

V M - Podeis explicar, Ir 1º Vig, a interpretação de tudo que


ouvistes falar em Loja?

1º Vig - A venda sobre os olhos significa as trevas e os preconceitos


do mundo profano e a necessidade que têm os homens de
procurar a Luz entre os iniciados.

- A p d desnuda era para manifestar o respeito por este ligar


sagrado.

- O b e o p e desnudos exprimem que eu dava meu braço


à Instituição e meu coração a meus IIr.

- As pontas do C sobre o peito, lembrava-me a vida profana,


na qual nem meus sentimentos nem meus desejos foram
regulados por esse símbolo da exatidão, que, desde então, regula
meus pensamentos e ações.

- O C simboliza as relações do Maçom com seus Irmãos e


com os demais entes; fixada uma de suas pontas, descreve, pelo
maior ou menor afastamento das pernas, círculos sem conta,
imagens de nossa Loja e da Maçonaria, cujo extenso domínio é
infinito.

130
- Os três PP, formando cada um e a cada junção dos pés um
ângulo reto, significam que a retidão é necessária para quem
deseja vencer na ciência e na virtude.

- As três Viagens simbolizam a conquista de novos


conhecimentos. O número três indica os centros Pérsia, Fenícia e
Egito, onde foram, primitivamente, cultivadas as ciências. As
purificações, feitas no decurso das Viagens, lembram-me que o
Homem não é bastante puro para chegar ao Templo da Filosofia.

- A idade do Aprendiz é de tr aa, porque, na antiguidade,


esse era o tempo necessário ao seu preparo. A idade significa,
também, o grau Maçônico.

- A Pedra Bruta é o emblema do Apr e de tudo que se


encontra no estado imperfeito de sua natureza. As duas Colunas
medem 18 côvados de altura, 12 de circunferência, 12 de base e
5 nos capitéis, num total de 47, número igual ao das constelações
e dos signos do Zodíaco ou do mundo celeste, conhecidos
naquelas épocas.

- Suas dimensões estão contra todas as regras de Arquitetura,


para nos mostrar que a Sabedoria e o Poder Divinos estão além
das dimensões e dos julgamentos dos homens; são de bronze
para resistirem ao dilúvio, isto é, à barbárie, pois o bronze é o
emblema da eterna estabilidade das leis da Natureza, base da
Doutrina Maçônica.

- São ocas, para guardar os utensílios apropriados aos


conhecimentos humanos. Enfim, as romãs, são símbolo
equivalente ao feixe de Esopo: milhares de sementes contidas no
mesmo fruto, num mesmo germe, numa mesma substância, num
mesmo invólucro; imagem do Povo Maçônico que, por mais
multiplicado que seja, constitui uma e a mesma família. Assim, a
romã é o símbolo da harmonia social, porque só com as
sementes, apoiadas umas às outras, é que o fruto toma sua
verdadeira forma.

131
- O Pavimento Mosaico, emblema da variedade do Sol, formado
de pedras brancas, unidas pelo mesmo cimento, simboliza a
união de todos os Maçons no globo, apesar da diferença de
cores, de clima e de opiniões políticas e religiosas; são a imagem
do bem e do mal de que está cheio o caminho da vida.

- A espada Flamígera (Flamejante), arma simbólica, significa


que a insubordinação, o vício e o crime devem ser repelidos de
nossos Templos e que a justiça de Salomão, justiça maçônica, é
pronta e rápida como os raios que são expelidos da espada,
emblema também da justiça e da nobreza dos sentimentos que
emanam do G A D U.

- O Esquadro, suspenso no colar do Ven Mestr, significa que


um chefe deve ter unicamente um sentimento – o dos estatutos
da Ordem – que deve agir de uma única forma; com retidão.

- O Nível, que decora o 1º Vig, simboliza a igualdade social,


base do direito natural.

- O Prumo, trazido pelo 2º Vig, significa que o Maço deve ser


reto no julgamento sem se deixar dominar pelo interesse, nem
pela afeição. O Nível sem o Prumo nada vale, do mesmo modo
que este sem aquele, em qualquer construção. Por isso os dois
se completam para mostrar que o Maçom tem o Culto da
igualdade, nivelando todos os homens, cultuando a retidão, não
se deixando pender, pela amizade ou pelo interesse, para
qualquer dos lados.

V M - Por que os AApr trabalham do meio-dia à meia noite, Ir 2º


Vig?
.
2º Vig - É uma homenagem a um dos primeiros instituidores dos
Mistérios; Zoroastro, que reunia secretamente seus Discípulos, ao
meio-dia, e terminava seus trabalhos à meia-noite, com um ágape
fraternal.
V M - ( ! ) - Está terminada a Terceira Instrução, meditemos sobre
seus ensinamentos.
132
QUARTA INSTRUÇÃO
(Catecismo Maçônico)

V M - ( ! ) - IIr VVig ajudai-me a dar a Quarta Instrução aos Ilr


AApr.

- Que forma tem nossa Loja, Ir 1º Vig?

1º Vig - A de um quadrilongo.

V M - Que altura tem?

1º Vig - Da Terra ao Céu,

V M - Qual seu comprimento?


1º Vig - Do Oriente ao Ocidente.

V M - E sua largura?

1º Vig - Do Norte ao Sul,

V M - Qual a profundidade?

1º Vig - Da superfície ao centro da Terra.

V M - Por que essas dimensões, meu Ir?

1º Vig - Porque a Maçonaria é Universal, e o Universo é uma imensa


oficina.

V M - Por que razão está nossa Loja situada do Oriente ao Ocidente


Ir 2ºVig?

2º Vig - Porque, assim como a luz do Sol vem do Oriente para o


Ocidente, as Luzes da Civilização vieram do Oriente, espalhando-
se no Ocidente.

133
V M - Em que base se apoia nossa Loja?

2º Vig - Em três grandes CCol: SABEDORIA, FORÇA E BELEZA.

V M - Quem representa o pilar da Sabedoria?

2º Vig - O V M, no Oriente.

V M - E os da Força e da Beleza, quem os representa?

2º Vig - O Ir 1º Vig no Ocidente o da Força; e o 2º Vig no Sul, o


da Beleza.

V M - Por que o V M representa o pilar da Sabedoria?


2º Vig - Porque dirige os Obreiros, que compõem a Loja.

V M - Por que representais o pilar da Força, Ir 1º Vig?

1º Vig - Porque pago aos Obreiros, o salário, que é a força e a


manutenção da existência.

V M - Por que o Ir 2º Vig representa o da Beleza?

1º Vig - Porque faz repousar os Obreiros, fiscalizando-os no trabalho.

V M - Por que a Loja é sustentada por três Colunas?

1º Vig - Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o complemento


de tudo; sem elas, nada é perfeito e durável

V M - Porque, meu Ir?

1º Vig - Porque a Sabedoria cria, a Força sustenta, a Beleza adorna.

V M - Por que a Maçonaria combate a ignorância, em todas as suas


formas?

134
1º Vig - Porque a ignorância é a mãe de todos os vícios, e seu
princípio é nada saber; saber mais que sabe, e saber coisas
outras além do que deve saber. Assim o ignorante não pode
medir-se com o sábio, cujos princípios são a Tolerância, o Amor
Fraternal e o respeito a si mesmo. Eis porque os ignorantes são
grosseiros, irascíveis e perigosos; perturbam e desmoralizam a
sociedade, evitando que os homens conheçam seus direitos e
saibam, no cumprimento de seus deveres, que, mesmo com
constituições liberais, um povo ignorante é escravo. São inimigos
do progresso, que, para dominar, afugentam as luzes,
intensificam as trevas e permanecem em constante combate
contra a Verdade, o Bem e a Perfeição.

V M - Porque combatemos o fanatismo, Ir 2º Vig?

2º Vig - Porque a exaltação religiosa perverte a razão e conduz os


insensatos a, em nome de Deus e para honrá-lo, praticarem
ações condenáveis. É uma moléstia mental, desgraçadamente
contagiosa, que, implantada em um país, toma foros de princípio,
e em cujo nome, nos execráveis autos de fé, fizeram perecer
milhares de indivíduos úteis à sociedade. A superstição é um
falso culto mal compreendido, repleto de mentiras, contrário à
razão e às sãs ideias que se devem fazer de Deus; é a religião
dos ignorantes, das almas timoratas, Fanatismo e superstição são
os maiores inimigos da religião e da felicidade dos povos.

V M - Para nos fortalecermos nos combates que devemos manter


contra esses inimigos, qual o laço sagrado que nos une?

2º Vig - A Solidariedade, VM

V M - Será, por isso, que, comumente se diz que a Maçonaria


proporciona a seus adeptos vantagens morais e materiais?

2º Vig - Essa afirmação não corresponde à verdade. O proveito


material, como interesse unicamente individual, não entra nas
cogitações dos Maçons e as vantagens morais resumem-se em

135
adquirir a firmeza de caráter, como consequência natural da nítida
compreensão dos deveres sociais e dos altos ideais da Ordem.

V M - Como podeis fazer tal afirmação, se todos dizem que a


solidariedade maçônica consiste no amparo incondicional de uns
aos outros Maçons, quaisquer que sejam as circunstâncias?

2º Vig - É a solidariedade justa, fundamentada em um sentimento


nobre, que fortalece os laços da fraternidade maçônica. O amparo
moral e material, que, individual e coletivamente, devemos aos
nossos IIr não vai até o dever de proteger aos que, fugindo de
suas responsabilidades sociais, se desviam do caminho da moral
e da honra.

V M - Que solidariedade, então, é a que deve existir entre nós, Ir 1º


Vig?

1º Vig - É a solidariedade mais pura e fraternal, mas somente para


com os que praticam o bem e sofrem os espinhos da vida; para
os que nos trabalhos lícitos e honrados, são infelizes; para os
que, embora rodeados de fortuna, sentem na alma os amargores
das desgraças; enfim, a solidariedade maçônica está onde estiver
uma causa justa.

V M - Não jurastes, então, defender e socorrer vossos IIr?

1º Vig - Jurei, sim, VM, e, sempre que posso, correspondo a esse


juramento, Quando, porém, um Ir, esquecido dos princípios e
dos ensinamentos maçônicos, se desvia da moral, que nos
fortifica, para se tornar mau cidadão, mau esposo, mau pai, mau
filho, mau irmão, mau amigo; quando cego pela ambição ou pelo
ódio, pratica atos que consideramos indignos de um Maçom, ele,
e não nós, rompeu a solidariedade que nos unia e que não mais
poderá existir, porque, se assim a praticássemos, seria
pactuarmos com ações de que a simples conivência moral nos
degradaria. Por isso, o Maçom, que assim procede, perdeu todos
os direitos ao nosso auxílio material e, principalmente, ao nosso
amparo moral.
136
V M - Não deveis, porém, dar preferência, na vida pública, a um Ir
da Ordem sobre um profano?

1º Vig - Em igualdade de circunstâncias, é meu dever preferir um Ir,


sempre que, para fazê-lo, não cometa uma injustiça, que fira a
minha consciência. Os ensinamentos de nossa Ordem nos
obrigam a proteger um Ir em tudo que for justo e honesto. Não
será justo nem honesto proteger o menos digno, mesmo que seja
Ir, preterindo os mais sagrados direitos do mérito e do valor
moral e intelectual.

V M - Então, simplesmente, não favoreceis a um Ir?

1º Vig - Sem boas e justas razões, não. Nossa Ordem nos ensina a
amar a Pátria, e, portanto, a sermos bons cidadãos. Não o
seríamos, nem nós poderíamos julgar merecedores desse nobre
título e da confiança de nossos IIr, se ao bem público,
antepuséssemos os interesses de uma pessoa menos apta ou
menos digna , de trabalhar pelos interesses da sociedade e da
Pátria.

V M - Como, então, a voz pública acusa os Maçons de progredirem


no mundo profano, graças ao nosso sistema de recíproca
proteção?

1º Vig - São afirmações dos que, não conhecendo a razão das coisas,
julgam incondicional nossa solidariedade. Se há Maçons que
galgam posições elevadas e de grandes responsabilidades
sociais, a razão se oculta, evidentemente, no seguinte: nossa
Ordem não acolhe Profano, sem, antes, examinar lhe Inteligência,
Caráter e Probidade. Daí, é natural que, de nossa Ordem,
cuidadosamente selecionada, surjam cidadãos que se destaquem
por suas qualidades pessoais, tornando-se, assim, dignos de
serem aproveitados na conquista do progresso e da felicidade do
povo.

V M - Concluis, então, que, em nossa Ordem, não surjam, às vezes,


desonestos?
137
1º Vig - Nada é perfeito, ainda, no mundo. Não deixo de reconhecer
que, muitas vezes, nos temos enganado na escolha de alguns
elementos, apesar do rigor de nossas sindicâncias. Assim,
infelizmente, maus elementos, com o fito de tirar proveito pessoal
de nossa associação, têm-se infiltrado em seu seio. Alguns, pela
natural influência da vida e da prática maçônicas, regeneram-se e
transformam-se em bons e proveitosos Obreiros. Para os que são
insensíveis à ação de nossa Moral e de nossos Princípios, nossa
lei nos fornece meios seguros e prontos de separarmos o joio, do
trigo, o que devemos fazer sem temor nem vacilação. E, portanto,
pela exclusão dos elementos refratários aos ensinamentos
austeros e elevados dos Princípios Maçônicos, que poderemos
fortificar nossas CCol.

V M - Em que consiste então, nossa fraternidade?

1º Vig - Em educarmo-nos, instruirmo-nos, corrigindo nossos defeitos,


e sendo tolerantes para com as crenças religiosas e políticas de
cada um. Nossa Fraternidade nos ensina a dar e não a pedir, sem
justa necessidade.

V M - Sob o fluxo dessas Doutrinas, continuemos, meus IIr nossos


trabalhos, para maior glória, honra e esplendor de nossa Ordem,

V M - ( ! ) - Está terminada a Quarta Instrução.

138
QUINTA INSTRUÇÃO
(A Simbologia dos Números 1, 2, 3 e 4)

V M - Meus IIr, vamos dar a última Instrução do Grau de Apr


M. Depois de conhecido o Painel da Loja, isto é, a forma por
que deve proceder para galgar os degraus da escada que há de,
futuramente, transportá-lo do plano físico ao plano espiritual, o
Apr recebeu outras Instruções que lhe puseram ao corrente dos
símbolos e emblemas concernentes ao Grau.

- Nesta quinta Instrução, completará os conhecimentos de que


necessita para avançar na trilha que encetou, ficando de posse do
conhecimento da simbologia dos quatro primeiros números: 1, 2, 3, e 4,
pela qual verá como esses números, além do valor intrínseco, representam
verdades misteriosas e profundas, ligadas intimamente à própria
simbologia das alegorias e emblemas que, todas as vezes que ele penetra
nos Templos Maçônicos, patenteiam à sua vista.

- Tendes a palavra, Ir Orad.

Orad - Com certeza, já notastes, meu Ir, na coincidência que


apresentam a Bateria, a Marcha e a Idade do Apr M. Todas
encerram o número 3. Três pancadas para a bateria, três passos
para a marcha, e três anos para a idade.

- Como vedes, o número 3 é primordial no Grau de Apr e, se


este quiser, realmente, estar em condições de passar a Compdeve
estudar, cuidadosamente, as propriedades deste número, seja nas obras
dos Pitagóricos, na Cabala numérica, ou, ainda, nas Obras de arquitetura e
arqueologia iniciáticas de Vitrúvio, Ramée e outras.

- É de toda conveniência que o Maçom “especulativo” não se


desinteresse dessa parte do Ensino Iniciático, principalmente se tiver o
legítimo desejo de compreender qualquer coisa da Arquitetura da Idade
Média e da Antiguidade, e, em geral, das grandes obras concebidas e
executadas pelas Ordens de Companheiros Construtores.

139
- O emprego dos números, sobretudo de alguns números, em
todos os monumentos conhecidos, é muito frequente, para que se creia
que só o acaso os tenha produzido. E, neste ponto, a História vem em
nosso auxílio. Todos os povos da Antiguidade fizeram uso emblemático e
simbólico dos números e das fórmulas e, em geral, do número e da
medida. A obra moderna do sábio francês, o Abade Moreaux – “Ciência
Misteriosa dos Faraós”, - no-lo constata de um modo absoluto, provando, à
evidência, que as dimensões, orientação e forma das Pirâmides
obedeceram a razões poderosíssimas, pois que elas encerram, além de
outras verdades (provavelmente ainda não estudadas), a direção do
Meridiano Terrestre, o valor entre a circunferência e seu raio, a medida de
peso racional (Libra inglesa) e até a distância aproximada da Terra ao Sol.

- Todos os povos da Antiguidade tiveram um sistema numérico,


ligado intimamente à sua religião e ao seu culto. E este fato é o resultado
da ideia que então se fazia do mundo, ideia segundo a qual a matéria é
inseparável do espírito, do qual exprime a imagem e a revelação.

- Enquanto a matéria for necessariamente a forma e a


dimensão; enquanto o mundo for uma soma de dimensões, existirá o
número, e cada coisa terá seu número, do mesmo modo que a forma e
dimensões.

- Há, entretanto, números que parecem predominar na estrutura


do mundo, no tempo e no espaço, e que formam, mais ou menos, a base
fundamental de todos os fenômenos da natureza. Esses números foram
tidos sempre como sagrados pelos antigos, representando a expressão da
ordem e da inteligência das coisas, exprimindo, mesmo, a própria
divindade.

- Se, com efeito, supusermos que as coisas materiais são,


apenas, um invólucro que cobre o invisível, o imaterial; se as
considerarmos somente como símbolos dessa imaterialidade, com mais
forte razão, os números, concepção puramente abstrata, poderão ser
considerados sagrados, pois que eles representam, até certo ponto, a
expressão mais imediata das Leis Divinas (que são as leis da Natureza),
compreendidas e estudadas neste Mundo.

140
- Vê-se, pois que os números se prestam facilmente e tornam-
se símbolos, figuras das ideias simples e de suas relações morais e de
ligação indestrutível com o mundo material, isto é, a filosofia foi sempre
exposta por um sistema numérico e representada por números.

- A China, a índia, a Grécia (mesmo antes de Pitágoras),


conheceram e empregaram a "Ciência dos Números", e seu simbolismo é,
em grande parte, baseado nessa ciência.

O NÚMERO UM

V M - Explicai-nos, Ir 1º Vig, o simbolismo do número 1.

1º Vig - O número um, a unidade, é o princípio dos números, mas a


unidade só existe pelos outros números. Todos os sistemas
religiosos orientais começaram por um ser primitivo; e conquanto
esta abstração não tenha, positivamente, uma existência real,
tem, contudo, um lado positivo, que o torna suscetível de uma
existência definida: é o que os antigos denominavam Pothos, isto
é, “o desejo ou a ação de sair do absoluto, a fim de entrar no
real”, considerado por nós, concreto.

- Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é confundida,


como unidade, com o todo, ela tem o nome de unidade.

- A unidade não é compreendida senão por efeito do número


dois; sem este, ela torna-se idêntica ao todo, isto é, identifica-se com o
próprio número. A natureza do número dois, em sua relação com a
unidade, representa a divisão, a diferença.

O NÚMERO DOIS

V M - Ir 2º Vig, explicai-nos algo sobre o número dois.

1º Vig - O número dois é um número terrível, um número fatídico. É o


símbolo dos contrários e, portanto, da dúvida, do desequilíbrio e
da contradição.

141
- Para mostrar isso, tomemos o exemplo concreto de uma das
sete ciências maçônicas - a Aritmética, em que 2 + 2 = 2 x 2.

- Até na Matemática o número dois produz confusão, pois, ao


vermos o número 4, (Que mais adiante estudaremos) ficamos na dúvida se
é, o resultado da combinação de dois números dois, pela soma, ou pela
multiplicação, o que não se dá, em absoluto, com outro qualquer número.

Ele representa: o Bem e o Mal; a Verdade e a Falsidade; a Luz e


as Trevas; a Inércia e o Movimento; enfim, todos os princípios antagônicos
adversos.

- Por isso, representava, na Antiguidade, o “Inimigo", símbolo da


Dúvida, quando nos assalta o espírito. O Apr M não deve se
aprofundar no estudo deste número, porque, fraco ainda de cabedal
cientifico de nossas tradições, pode enveredar pelo caminho oposto ao que
devia seguir.

- Esta é, ainda, uma das razões pela qual o Apr M, é guiado
em seus trabalhos iniciático: sua passagem pelo número 2, duvidoso,
traiçoeiro e fatídico, pode arrastá-lo ao abismo da dúvida, do qual só sairá
se o forem buscar.

O NÚMERO TRÊS

V M - Ir 1ºVig como poderá ser vencida a dúvida aniquiladora do


número dois?

1º Vig - A diferença, o desequilíbrio, o antagonismo que existem no


número dois, cessam repentinamente, quando se lhe ajunta uma
terceira unidade. A instabilidade da divisão ou da diferença,
aniquilada pelo acréscimo de uma terceira unidade, faz com que,
simbolicamente, o número três se converta, também, em unidade.

- A nova unidade, porém, não é uma unidade vaga,


indeterminada, na qual não houve intervenção alguma; não é uma unidade
idêntica com o próprio número, como se dá com a unidade primitiva; é uma
unidade, na qual se interveio, e que absorveu e eliminou a unidade
142
primitiva, verdadeira, definida e perfeita. Foi assim que se formou o
número três, que se tornou a unidade da vida, do que existe por si próprio,
do que é perfeito.

- Eis ai porque o Neófito vê no Oriente o Delta Sagrado,


luminoso, emblema do “Ser” ou da “Vida”, no centro da qual brilha a letra
IOD, inicial do Tetragrama lEVE.

- Ramée assim explica: O triângulo, entre as superfícies, é a


forma que corresponde ao número três e tem a mesma significação deste.
Assim como o número três é o primeiro completo da série numérica, do
mesmo modo o triângulo o é entre as formas, porque o ponto e a linha por
si só são coisas imperfeitas e são necessárias três dimensões para que
um objeto tenha forma, esteja completo.

- O Triângulo, conquanto composto de três linhas e três


ângulos, forma um todo completo e indivisível. Todos os outros polígonos
subdividem-se em triângulos, e estes são os tipos primitivos que servem
de base à construção de todas as outras superfícies, e é ainda, por esta
razão, que a figura do triângulo é o símbolo da existência da divindade,
bem como de sua "potência produtora", ou da Evolução.

V M - Por que, Ir 2º Vig, quando o Iniciado penetra no T, nada


encontra que se relacione, simbolicamente, ao número um?

2º Vig - Porque, para facilitar o estudo dos números, a Maçonaria faz


uso de emblemas para atrair a atenção sobre suas propriedades
essenciais. E assim deve ser, porque nada do que é sensível
pode ser admitido a representar a Unidade, mesmo porque só
percebemos, fora e em volta de nós, diversidade e multiplicidade.
Nada é simples na natureza; tudo é complexo. No entanto, se a
Unidade não nos aparece naquilo que nos é exterior, parece
residir em nosso íntimo, pois todo ser pensante tem a convicção,
o sentimento inato de que é um.

V M - E como se manifesta esta unidade, que está em nós?


2º Vig - Por nossa maneira de pensar, agir e sentir. Nossas ideias,
levadas ao pensamento de um "todo harmônico" fazem nascer

143
em nós à noção do "Verdadeiro". Este é o mais precioso talismã
que pode possuir o Iniciado, quando condensa seu ideal no Justo,
no Belo e no Verdadeiro.

V M - E qual o símbolo que oculta esta verdade?

2º Vig - O candelabro de 3 luzes, que se vê sobre o Altar do V M,


ideal que é o polo único para o qual tendem todas as aspirações
humanas.

V M - Por que o Neófito não deve estacionar no número dois?

2º Vig - Como Ramée, o Wirth diz que o binário é o símbolo dos


contrários, da divisão, e recomenda que não deve o neófito
estacionar no número dois, pois que se condenaria à luta estéril,
à oposição cega, à contradição sistemática, etc.; ficaria o neófito,
em suma, escravo desse princípio de divisão que a Antiguidade
simbolizou e estigmatizou sob o nome de Inimigo (Agramainu,
Cheitan, Satan, Mara, etc.)

V M - E como se conseguiu evitar a influência desse "inimigo"?

2º Vig - Procedendo à conciliação dos antagônicos; condensando no


Ternário, o Binário e a Unidade.

V M - Assim concebido, qual a significação do número três, Ir 1º


Vig?

1º Vig - Três é o número da luz (Fogo, Chama e Calor). Três são os


pontos que o Maçom deve orgulhar-se de apor a sua assinatura,
em que pese aos nossos adversários ignorantes, quando pensam
nos ridicularizar com o epíteto de “Irmão três pontinhos”. Esses
três pontos, como Delta Luminoso e Sagrado, são um dos
emblemas dos mais respeitáveis: representam todos os ternários
conhecidos (dos quais falaremos mais tarde) e, especialmente, as
três qualidades indispensáveis ao Maçom:

144
V M - E estas qualidades são inseparáveis?

1º Vig - São absolutamente inseparáveis umas das outras, e devem


existir em perfeito equilíbrio no candidato à Iniciação, para que ele
possa ter a Iniciação real, vivida, e não emblemática.

V M - E que poderá suceder se, porventura essas qualidades


estiverem isoladas?

1º Vig - Separando-as, veremos surgir o desequilíbrio.

- Suponhamos um Ser, dotado, unicamente, de Vontade, de


energia, mas sem o menor sentimento afetuoso e desprovido de
Inteligência, e teremos um verdadeiro bruto.

- Dotemo-lo, agora, de Inteligência, e supríramos-lhe a Vontade


e a Sabedoria, que é a expressão do Amor, e teremos o pior dos egoístas
e dos inúteis; um terreno onde a "boa semente" não germinará, e que as
ervas daninhas inutilizarão.

- Demos-lhe, enfim, unicamente o Amor (Sabedoria) sem


sombra de Vontade e de Inteligência, e veremos que sua bondade é inútil,
suas melhores aspirações serão condenadas à esterilidade, porque não
serão, jamais, acionadas por uma Vontade forte, agindo sob o controle da
Razão.
V M - Se, apenas, uma dessas qualidades estiver errada, quais as
consequências, Ir 2º Vig?

2º Vig - Dotado de Vontade e de Inteligência, mas sem sentimento


afetuoso para com seus semelhantes, o homem poderá ser um
145
gênio, mas, forçosamente, será também um monstro de egoísmo
e, como tal, condenado a desaparecer.

- Possuindo Coração e Inteligência, mas não tendo Vontade


nem energia, o homem será uma criatura mole, de caráter passivo, que,
embora não faça mal a ninguém e nutra belas aspirações e elevado ideal,
jamais chegará a realizá-lo, por faltar-lhe a energia; será, em suma, um
inútil.

- A Energia, unida ao Amor, daria melhor resultado mas a falta


de Inteligência impedi-lo-ia de ser bom e ativo, de fazer obra
verdadeiramente útil, porque o discernimento, função da Inteligência, lhe
faltaria. Não poderia aplicar suas belas qualidades; correria mesmo perigo
de, sob a direção de um mau intelecto, tornar-se servidor das forças do
mal, por falta de discernimento.

V M - Vede, pois, meus IIr AApr que todo Maçom que quiser ser
digno deste nome, deve cultivar igualmente essas três qualidades
representadas pelos três pontos (.∙.) que apõe a sua assinatura,
como as três estrelas, que brilham no Or da Loj.

V M - Ir 1º Vig o Ternário pode ser estudado sob outros pontos


de vista?

1º Vig - Sim, V M, dentre esses pontos de vista, citarei apenas os


principais, que são:

 Do tempo - Passado, Presente e Futuro;


 Do movimento diurno do sol: - Nascer, Zênite e Ocaso;
 Da vida: - Nascimento, Existência e Morte; Mocidade, Madureza e
Velhice;
 Da Família - Pai, Mãe e Filho:
 Da Constituição do Ser: - Espírito, Alma e Corpo;
 Do Hermetismo: - Archêo, Azoth e Hylo;
 Da Gnose: - Princípio, Verbo e Substância;

146
 Da Cabala Hebraica: - Keter (Coroa), Hokma (Sabedoria) e Binah
(Inteligência);
 Da Trindade Cristã: - Pai, Filho e Espírito Santo;
 Da" Trimurti: - Brahma, Vishnu, e Siva; Sat, Chit, e Ananda; "
 Dos "Três Gounas", ou qualidades inerentes à Substância Eterna
(Maia), na Índia: - Tamas (Inércia), Rajas (Movimento), e Sattva
(Harmonia);
 Do Budismo: - Buda (iluminado), Dharma (Lei), e Sanga (Assembléia
de Fiéis);
 Do Egito: - Osiris, Isis e Horus; Ammon, Mouth e Khons;
 Do Sol, no Egito: - Horus (Nascer), Ra (Zênite), e Osiris (Ocaso);
 Da Caldéia: - Ulomus (Luz), Olosurus (Fogo) e Elium (Chama).

- E ainda muitos outros ternários, cuja explicação se afastaria


dos moldes desta instrução.

V M - Como vedes IIr AApr, em toda parte encontra-se o número


três, o Ternário do qual o Delta Sagrado é o mais luminoso e,
talvez, o mais puro emblema. Nas Lojas Maçônicas; o Ternário é
ainda simbolizado pelos três grandes pilares: SABEDORIA,
FORÇA e BELEZA, que representam as Três Luzes, colocadas, a
primeira no Or, a segunda no Oc, e a terceira no Sul, de
acordo com a orientação das "Três Portas" do T de Jerusalém.

O NÚMERO QUATRO

V M - Ir Orad, que letra se vê no centro do Delta?

Orad - No centro do Delta está a letra IOD, inicial do Tetragrama (4


letras) lEVE, símbolo da grande Evolução, ou "do que foi", "do
que é" e "do que será".

147
- O Tetragrama IOD-HE-VAU-HE, apesar de se compor de
quatro letras, tem somente três diferentes – IOD-HE-VAU -, para
simbolizar as três dimensões do corpo: comprimento, largura e altura
ou profundidade. A letra VAV, cujo valor numérico é 6, indica as 6 faces
dos corpos.

- O Tetragrama, com suas quatro letras, tem afinidade com a


Unidade, pois 4 e 1 são quadrados perfeitos, porém só tem três letras
diferentes, para indicar que, a partir de 3, os números entram numa
nova fase.

- O Tetragrama lembra finalmente, ao Apr, que ele passou


pelas quatro provas dos Elementos: Terra, Ar, Água e Fogo.

- Colocado a Nordeste da Loj, o Apr vai começar estas


quatro provas, no caminho para o grau seguinte. Porém, desta vez,
tendo recebido a LUZ e podendo caminhar sozinho no T, embora
ainda auxiliado pelos conselhos dos IIr e pela experiência dos MM,
sente-se responsável por si mesmo e sabe que seus pensamentos,
palavras e obras devem demonstrar, sempre, a consciência de seu
juramento ao ingressar no Templo do Ideal cujo serviço aceitou
livremente, sem constrangimento, nem restrição de espécie alguma.

V M - IIr AApr, está terminada a Quinta e última Instrução.


Lede e meditai, profundamente, sobre esta Instrução; ela vos
abrirá os olhos aos problemas mais transcendentais, cujo
estudo ainda não vos é permitido, mas que se apresentarão,
por certo, ao vosso espírito, agora fortificado e esclarecido
pelo simbolismo dos números.

V M - ( ! ) - Repousemos, meus Irmãos.

148
BANQUETE

Os Banquetes se realizarão, sempre, no grau de Aprendiz,


para que todos os membros da Loja possam compartilhar. A sala em
que se realizar deve ficar ao abrigo de visitas profanas.

A mesa, sempre que possível, será única em forma de


ferradura, com a face interna livre, por onde se fará o serviço. Os
Irmãos sentar-se-ão pelo lado externo, ficando o Ven Mestr no
centro, o 1º Vig na extremidade do norte e o 2º Vig na do Sul. À
direita e à esquerda do Ven Mestr ficam os convidados. O Orad
senta-se ao Sul, depois do 2º Vig. O Sec senta-se ao Norte, logo
depois do 1º Vig, na face interna da mesa. Os demais Oficiais e
Irmãos não tem lugares fixos.

Se o Grão Mestre estiver presente, ocupará o lugar principal,


ficando o Ven Mestr à sua esquerda. Os demais membros da
Administração do Grande Oriente Maçônico do Brasil, ocuparão
também, lugares à cabeceira.

Se a mesa não comportar todos na face externa, os presentes


poderão sentar-se no lado interno, equitativamente distribuídos a partir
dos VVig.

Ninguém deve sentar-se sem que o Grão-Mestre ou o Ven


Mestr tome a iniciativa, nem levantar-se para sair sem que seja o
banquete declarado encerrado.

Todos os objetos de mesa deverão ser colocados em filas


equidistantes e paralelas. A primeira, de pratos e talheres; a segunda,
de copos e taças; a terceira de garrafas; e a quarta, enfeites, etc.
Em todos os Banquetes há brides obrigatórios, sendo o
primeiro feito pelo Ven Mestr, ou outra autoridade Maçônica que lhe
tenha substituído, a cujo critério fica o início dos brindes. Os brindes
são anunciados pelo M de CC, após um golpe de malhete dado

149
pelo Ven Mestr. Durante os brindes cessam as mastigações. Os
brindes obedecerão a seguinte ordem:

1º. Ao Chefe da Nação e ao Governo, pelo Ven Mestr.


2º. Ao Grande Oriente Maçônico do Brasil – GOMB, e ao seu Grão
Mestre, por um Irmão.
3º. À Loja e ao seu Ven Mestr, por um Irmão.
4º. Aos 1º e 2º VVig, por um Irmão.
5º. Aos Irmãos Visitantes e às Lojas da Obediência, pelo Orad.
6º. Aos Oficiais e demais Irmãos da Loja, por um Irmão.
7º. Aos Irmãos infelizes e sofredores espalhados pela superfície da
Terra, pelo Irmão mais moderno do quadro.

Se houver algum brinde especial, este será feito logo depois


do segundo.

Os brides poderão ser feitos espaçadamente um do outro, ou


então, seguidos, sem intercalação, visando-se o maior conforto dos
participantes.

O Anúncio do brinde será feito pelo M de CC, conforme


segue: “O Irmão F.____ vai levantar um brinde em honra a ______”.

O último brinde, porém, será anunciado com toda a


formalidade pelo Ven Mestr e VVig, devendo, durante o ato,
reinar o mais absoluto silêncio. O Irmão que o fazer, falará por detrás
da cadeira do Ven Mestr. Terminada esta Oração, findará o
Banquete em absoluto silêncio.

150
HINO NACIONAL BRASILEIRO

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas


De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade


Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido


De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,


És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
151
II

Deitado eternamente em berço esplêndido,


Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do novo mundo!

Do que a terra mais garrida


Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".

Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,


Pátria amada,
Brasil!
152
HINO DA BANDEIRA

Salve lindo pendão da esperança!


Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz. Recebe o afeto que se encerra
em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas


Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Contemplando o teu vulto sagrado,


Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amados,
poderoso e feliz há de ser! Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Sobre a imensa Nação Brasileira,


Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor! Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

153
HINO DA MAÇONARIA

Da luz que de si difunde


Sagrada filosofia!
Surgiu no mundo assombrado
A pura Maçonaria.

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Da razão, parte sublime,


Sacros cultos merecia.
Altos heróis adoraram
A pura Maçonaria.

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Da razão suntuoso templo


Um grande rei erigia,
Foi, então, instituída
A pura Maçonaria.

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

154
Nobres inventos não morrem
Vencem do tempo a porfia
Há de os séculos afrontar
A pura Maçonaria.

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Humanos sacros direitos


Que calcará a tirania
Vai ufana restaurando
A pura Maçonaria.

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Da luz depósito augusto


Recatando a hipocrisia
Guarda em si com zelo santo
A pura Maçonaria.

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Cautelosa, esconde e nega


A profana gente ímpia
Seus mistério majestosos
A pura Maçonaria.
155
Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Do mundo o Grande Arquiteto


Que o mesmo mundo alumia
Propício protege, ampara
A pura Maçonaria!

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

156
LANDMARK’S

Os Landmarks são considerados como as mais antigas leis que


rezem a Maçonaria universal. Pelo que se caracteriza pela sua
antiguidade.

Os Regulamentos, Estatutos e outras leis podem ser revogados,


modificados ou anulados. Porém, os Landmarks, jamais poderão sofrer
qualquer modificação ou alteração. Enquanto a Maçonaria existir, os
Landmarks serão os mesmos como o era há séculos. São, portanto,
eternos e imutáveis.

Foram colecionados pelo Poderoso Irmão Albert Gallatin


Mackey, os vinte e cinco Landmarks abaixo, que se seguem:

I. Os processos de reconhecimento são os mais legítimos e


inquestionáveis de todos os Landmarks. Não admitem mudanças de
qualquer espécie, pois, sempre que isso se deu, foi nestas consequências
vieram demonstrar o erro cometido.

II. A divisão da Maçonaria Simbólica em três graus é um


Landmark que, mais do que nenhum tem sido preservado de alterações
apesar dos esforços feitos pelo daninho espírito inovador. Certa falta de
uniformidade sobre o ensinamento final da Ordem, no grau de Mestre, foi
motivado por não ser o terceiro grau considerado como finalidade; daí o
Real Arco e os Altos Graus variarem no modo de conduzirem o neófito à
grande finalidade da Maçonaria Simbólica. Em 1813, a Grande Loja da
Inglaterra reivindicou este artigo Landmark, decretando que a Antiga
Instituição Maçônica consistia nos três primeiros graus de Aprendiz,
Companheiro e Mestre, incluindo o Santo Arco Real. Apesar de
reconhecido por sua antiguidade, como um verdadeiro Landmark ele
continua a ser violado.

III. A lenda do terceiro grau é um Landmark importante, cuja


integridade tem sido respeitada. Nenhum Rito existe na Maçonaria, em
qualquer país ou em qualquer idioma, em que não sejam expostos os
elementos essenciais dessa lenda. As fórmulas escritas podem variar e na
verdade, variam; a lenda, porém, do construtor do Templo constitui a
157
essência e a identidade da Maçonaria. Qualquer Rito, que a excluísse ou a
alterasse, materialmente cessaria, por isso, de ser um Rito Maçônico.

IV. O governo da Fraternidade por um Oficial que preside,


denominado Grão-Mestre, eleito pelo povo maçônico, é o quarto Landmark
da Ordem Muitas pessoas ignorantes supõem que a eleição do Grão -
Mestre se pratica em virtude de ser estabelecida em lei ou regulamento da
Grande Loja. Nos anais da Instituição se encontra, porém, Grão Mestre,
muito antes de existirem Grandes Lojas, e, se o atual sistema de governo
legislativo por Grandes Lojas fosse abolido, sempre seria preciso a
existência de um Grão-Mestre.

V. A prerrogativa do Grão-Mestre de presidir a todas as


reuniões maçônicas, feitas onde e quando se fizerem é o quinto Landmark.
É em virtude desta lei, derivada de antiga usança, e não de qualquer
decreto especial, que o Grão-Mestre ocupa o trono em todas as sessões
de qualquer Loja subordinada, quando se ache presente.

VI. A prerrogativa do Grão-Mestre de conceder licença para


conferir graus em tempos anormais, é outro e importantíssimo Landmark.
Os estatutos maçônicos exigem um mês, ou mais, para tempo em que
deva transcorrer entre a proposta e a recepção de um candidato. O Grão-
Mestre, porém, tem o direito de pôr de lado, ou de dispensar, essa
exigência, e permitir a iniciação imediata.

VII. A prerrogativa que tem, o Grão-Mestre, de autorização,


para fundar e manter Lojas, é outro importante Landmark. Em virtude dele,
pode o Grão-Mestre conceder o número suficiente de Mestre Maçons, o
privilégio de se reunirem e conferirem graus. As Lojas assim constituídas
chama-se “Lojas Licenciadas”. Criadas pelo Grão-Mestre, só existem
enquanto ele não resolva o contrário, podendo ser dissolvidas por ato seu.
Podem viver um dia, um mês ou seis meses. Qualquer, porém, que seja o
tempo de sua existência devem-na, exclusivamente, à graça do Grão-
Mestre.
VIII. A prerrogativa, do Grão-Mestre, de criar Maçons, por sua
deliberação, é outro Landmark importante, que carece ser explicado,
controvertida como tem sido a sua existência. O verdadeiro e único modo
de exercer essa prerrogativa é o seguinte: O Grão-Mestre convoca em seu

158
auxilio seis Mestres Maçons, pelo menos, forma uma Loja e, sem nenhuma
prova prévia, confere os graus aos candidatos; findo isso, dissolve a Loja e
despede os Irmãos. As Lojas convocadas por esse meio são chamadas
“Lojas Ocasionais” ou de “Emergência”.

IX. A necessidade de se congregarem os Maçons em Loja é


outro Landmark. Os Landmark da Ordem sempre prescreveram que os
Maçons deviam congregar-se, com fim de se entregarem as tarefas
operativas, e que a essa reuniões fosse dado o nome de “Loja”.
Antigamente, eram essas reuniões extemporâneas, convocadas para
assuntos especiais e, logo dissolvidas, separando-se os Irmãos para, de
novo, se reunirem em outros pontos e em outras épocas, conforme as
necessidades e as circunstâncias exigissem. Cartas Constitutivas,
Regulamentos internos, Lojas e Oficinas permanentes e contribuições
anuais, são inovações puramente modernas, de um período relativamente
recente.
X. O governo da Fraternidade, quando congregado em Loja,
por um Venerável e dois Vigilantes é também um Landmark. Qualquer
reunião de Maçons, congregados sob qualquer outra direção, como, por
exemplo, um presidente e dois vice-presidentes, não seria reconhecida
como Loja. A presença de um Venerável e dois Vigilantes é tão essencial
que no dia da congregação, é considerada como uma Carta Constitutiva,

XI. A necessidade de estar uma Loja a coberto, quando


reunida, é um importante Landmark que não deve ser descurado. Origina-
se do caráter esotérico da Instituição. O cargo de Guarda do Templo que
vela para que o lugar das reuniões esteja absolutamente vedado à
intromissão de profanos, independe, em absoluto, de quaisquer leis de
Grandes Lojas ou de Lojas subordinadas. E seu dever, por este Landmark
é guardar a porta do Templo, evitando que se ouça o que dentro dele se
passa.

XII. O direito representativo de cada Irmão, nas reuniões gerais


da Fraternidade, é outro Landmark. Nas reuniões gerais, outrora
chamadas Assembleias Gerais, todos os Irmãos, mesmo os simples
Aprendizes, tinham o direito de tomar parte. Nas Grandes Lojas só tem
direito de assistência os Veneráveis e os Vigilantes, na qualidade, porém,
de representantes de todos os Irmãos das Lojas. Antigamente, cada Irmão

159
se representava por si mesmo. Hoje, são representados por seus Oficiais.
Nem por motivo dessa concessão, feita em 1717, deixa de existir o direito
de representação, firmado por este Landmark.

XIII. O direito de recurso de cada maçom das decisões dos seus


Irmãos em Loja, para a Grande Loja ou Assembleia Geral dos Irmãos, é
um Landmark essencial para a preservação da justiça e para prevenir a
opressão.

XIV. O direito de todo maçom visitar e tomar assento em


qualquer Loja é um inquestionável Landmark da Ordem. É o consagrado
direito de visitar, que sempre foi reconhecido como um direito inerente que
todo Irmão exerce quando viaja pelo Universo. E a consequência de
encarar as Lojas como meras divisões, por conveniência, da Família
Maçônica Universal.
XV. Nenhum visitante, desconhecido aos Irmãos de uma Loja
pode ser admitido à visita, sem que, antes de tudo, seja examinado,
conforme os antigos costumes. Esse exame só pode ser dispensado se o
maçom for conhecido de algum Irmão do Quadro, que, por ele se
responsabilize.

XVI. Nenhuma Loja pode intrometer-se em assuntos que digam


respeito à outra, nem conferir graus a Irmãos de outros Quadros.

XVII. Todo maçom está sujeito às leis e Regulamentos da


Jurisdição Maçônica em que residir, mesmo não sendo membro de
qualquer Loja. A inafiliação é já em si uma falta maçônica.

XVIII. Por este Landmark os candidatos à iniciação devem ser


isentos de defeitos ou mutilações, livres de nascimento e maiores. Uma
mulher, um aleijado, ou um escravo, não pode ingressar na Fraternidade.

XIX. A crença no Grande Arquiteto do Universo, é um dos mais


importantes Landmark da Ordem. A negação dessa crença é impedimento
absoluto e insuperável para a iniciação.

XX. Subsidiariamente a essa crença, é exigida a crença em


uma vida futura.

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XXI. É indispensável à existência, no Altar, de um Livro da Lei, o
Livro que, conforme a crença, se supõe conter a verdade revelada pelo
Grande Arquiteto do Universo. Não cuidando a Maçonaria de intervir nas
peculiaridades de fé religiosa dos seus membros, esses Livros podem
variar de acordo com os credos. Exige, por isso, este Landmark, que um
“Livro da Lei” seja parte indispensável dos utensílios de uma Loja.

XXII. Todos os Maçons são absolutamente iguais dentro da Loja,


sem distinções de prerrogativas profanas, de privilégios, que a sociedade
confere. A Maçonaria a todos nivela na reuniões maçônicas.

XXIII. Este Landmark prescreve a conservação secreta dos


conhecimentos havidos por iniciação, tanto dos métodos de trabalho, como
das suas lendas e tradições que só podem ser comunicadas a outros
Irmãos.

XXIV. A fundação de uma ciência especulativa, segunda métodos


operativos, o uso simbólicos e a explicação dos ditos métodos e dos
termos neles empregados, com propósito de ensinamento moral, constitui
outro Landmark. A preservação da lenda do Templo de Salomão é outro
fundamento deste Landmark.

XXV. O último Landmark é o que afirma a inalterabilidade dos


anteriores, nada podendo ser-lhes acrescido ou retirado, nenhuma
modificação podendo ser-lhes introduzida. Assim como de nossos
antecessores os recebemos, assim os devemos transmitir aos nossos
sucessores. NOLONUM LEGES MUTARI.

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