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6 OS ENAMORADOS – “VÔ” OU VAV.

1.1 Elementos constitutivos ou relacionados

Tiphereth no primeiro
Sephirah: ciclo

Signo do sendeiro: Touro

Elemento
zodiacal: Terra

Trilogia elem. Ar da Água no primeiro


sephirótico: ciclo

Planeta do
sendeiro: Vênus

Arcanjo do signo: Asmodel (‫)אסמודאל‬

Velas: 3 laranjas avermelhada

[Violeta, rosas, almíscar, lavanda, dama da noite e também o


Incenso: açafrão]

Letras: Vô ou Vav

Gemátria: 6+6 = 12 = 1+2 = 3

Valor numérico: 6

Armas mágicas: O trabalho de preparação (O Trono e Altar).


Poder mágico ou
oculto: O Segredo da Força Física.

A força de Hochmah que manifesta seus fluxos mediante as


Forças em ação: pulsações de Hesed pelas vias de Touro.

Sendero: 16, que une Hochmah a Hesed.

O 16º caminho é a Inteligência Triunfal e Eterna


voluptuosidade da Glória e é assim denominado porque é
o prazer da Glória além da qual não há Glória igual. É também
chamado de Paraíso da voluptuosidade preparado para os
Texto yetzirático: Justos.

Cor em Atziluth: Laranja avermelhado

Cor em Briah: Índigo escuro

Cor em Yetzirah: Oliva quente escuro

Cor em Assiah: Marrom vivo

1.2 Caminho 16º

Os Enamorados = A Sabedoria e a Fonte de Misericórdia, a esfera do Zodíaco


atuando através de Touro sobre Júpiter. Hochmah o centro produtor de Amor-
Sabedoria atuando através da assimilação dos recursos materiais sobre Hesed, o
poder espiritual realizador das bondades; Água do Fogo atuando através da
Água da Terra sobre o Fogo da Água; o “He” do Mundo de Atziluth atando
através de “He” do Mundo de Assiah sobre o “Yod” do Mundo de Briah, Água do
Fogo atando através de Touro sobre o Fogo da Água.
O 16º caminho é a Sabedoria Triunfal e
Eterna voluptuosidade da Glória e é assim denominado porque é o prazer
da Glória além da qual não há Glória igual. É também chamado de Paraíso da
voluptuosidade preparado para os Justos.
Refere-se ao Amor supremo (Hochmah) comunicado conjuntamente com o
Poder supremo e paradisíaco de Hesed que acaba por engendrar esta
voluptuosidade que relata o texto Yetzirático chegando até os níveis terrestres
pelas vias do signo terrestres, pelos justos, de modo a promover o triunfo da
sabedoria. O lado negativo é que quando promovido pelos não justos, no
caminho de descenso, dá aso a todos os tipos de abuso de poder, quanto mais
aqueles que recebem as graças de Hesed sem terem evoluído para tanto, seja no
campo espiritual, financeiro, político, etc.
O significado espiritual deste caminho está relacionado ao signo terrestre de
Touro, o Ar da Terra, ou seja, o segundo deste elemento, portanto regido por
Hochmah, também, conhecido pelo codinome de Zodíaco (o Mestre prostrando
suas sementes aos 12 discípulos) nos níveis mais densos – o chacra mundano.
Fazendo uma analogia, este símbolo (Touro) é composto de uma meia lua
sobreposta a um círculo. A meia lua (em linguagem mais moderna) atua como
uma antena parabólica e é o símbolo da receptividade da energia e poderes do
Eterno. Já o círculo representa a radiação destas energias, uma Luz Doadora de
Vida para os planos manifestados – nos dois sentidos reflete e recebe o Amor-
sabedoria e o Poder.

Hesed é o nível dos Mestres que alcançaram o Íntimo, estão na escalada mais
alta da evolução e pretendem agora penetrar na Trindade. Superaram o seu
karma pessoal e agora podem decidir continuar rumo aos planos divinos ou
permanecer e auxiliar ao resto da humanidade, escravos de suas criações
mentais e emocionais. Os que decidem ficar são intitulados de Mestres de
grande Amor, pois poderiam caminhar rumo a felicidade eterna e suprema, mas
escolhem ficar e ajudar como ocorreu com Jesus entre outros Grandes Mestres
– voltaremos a este ponto na carta do Louco (21).

Já no sentido descendente é em Hesed que a Mônada (Kether) decide a qual


raio pertencerá – irá atuar, assim poderá seguir à linha do conhecimento que
é governado por Mercúrio; a linha de governo Jupteriana, autoridade e de
liderança característicos de Marte; a linha artística por Vênus, medicina Solar
(energética) ou Mercuriana (alquímica), etc.
De outro lado temos que a letra força deste caminho e a letra “Vô” que também e
representada por um prego, um signo de união e simboliza o espírito pregado
três vezes na cruz da matéria – isto lembra o martírio de Cristo. Percebemos
aqui que os caminhos 16º e 18º unem os Mundos de Atziluth e Briah, o Mundo
das Emanações com o da Criação, ou seja, uma união entre o imanifestado
e o manifestado pois a manifestação tem início após o final das operações em
Binah.
Percebemos então que no 16º Caminho, o Iniciado se deparará com as
emanações de planos superiores de Hochmah que é considerado um
permanente receptor dinâmico e transmissor das energias divinas, daí
o título do Caminho que é denominado de Sabedoria Triunfal ou Eterna pois é
dele que sai a energia, o capital que estimula e provoca a evolução. Aqui (em
Hochmah) não entra ainda nem a forma ou as imagens propostas por Binah,
mas temos uma energia solta, pura de modo que quem quiser se fundir a esta
energia se desintegrara, e daí vem a passagem bíblica:
Êxodo 33:20 “E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem
nenhum verá a minha face, e viverá.”

Os Querubins (Hochmah) e as Dominações (Hesed) é que dirigem os trabalhos


neste sendeiro. O caminho de ida pela árvore é regido pelo Querubim o 11 2->4:
LAUVIAH e o caminho de volta pela Dominação 25 4->2: NITH-HAIAH.

Os aspectos entre Urano e Júpiter, tais como quadratura, conjunção ou


oposição, no mapa natal são indícios de que o indivíduo está trabalhando neste
sendeiro.

Palavras chaves: Triunfo da sabedoria e voluptuosidade da glória, união entre o


imanifestado e o manifestado, receptor dinâmico e transmissor das energias
divinas.
1.3 Letra-força ‫ו‬

Vô é a sexta letra força – é uma


letra simples. Na tabela das letras hebraicas o Vô (6) se situa abaixo do Ghimel
(3), que representava a exteriorização de Aleph (1) depois de passar pela
interiorização de Beth (2). Deste modo constitui-se na segunda fase de
exteriorização de Ghimel (3) e também no “He” desta letra que dará origem a
uma terceira fase em seu segundo ciclo, portanto mais elaborada.

A letra força “Vô” expressa hieroglificamente o olho e tudo o que tenha a


ver com o brilho, luz ou resplendor. O olho estabelece o contato entre o
mundo físico externo e nossa consciência. O que temos aqui é uma relação de
reunião de opostos já o mundo espiritual e o material se comunicam pela vista.
De outro modo a letra “Vô” nos deixa a ideia de um gancho de união que
separa o nada do Ser que passa de uma natureza a outra.
1.4 Imagem, figura

Um jovem sem barba seminu está parado em meio a uma


encruzilhada com os braços cruzados formando o pentagrama. Se acha perplexo
ante as correntes antagônicas e não sabe como governa-las.

Duas mulheres tocam seu ombro e sugerem o caminho que deverá trilhar. A
mulher da direita exibe um círculo de ouro sobre a sua testa enquanto a da
esquerda está meio largada e coroada com ramos (em algumas cartas esta
ordem é trocada). As duas mulheres representam as duas colunas do templo de
Isis (Jakin e Boas) e personificam a virtude e o vício. Por cima dos três
encontra-se um anjo, o cupido ou o Arcano da justiça, que mira sua flecha à
mulher viciosa apontando o castigo (pode estar trocada em algumas cartas).

No taro egípcio o discípulo se encontra de pé nas águas da vida em frente a um


triângulo negro invertido. Também forma um pentagrama com seus braços, mas
como o braço esquerdo está sob o direito implica que está caído, daí seu pé estar
direcionado para a medusa que está a sua esquerda. A sua direita encontra-se
uma Mestra.

Na parte superior um o Arcano da Justiça ou


Hierarca da Lei segura um arco que forma um triângulo com o vértice para cima
e aponta com a sua flecha para a cabeça de Medusa (algumas cartas aparece
invertido) no intuito de corta-la sugerindo, a indicação do melhor caminho a
seguir. Então temos o triângulo invertido embaixo e o triângulo positivo em
cima (arco), formando a Estrela de Davi. O indivíduo encontra-se entre os dois
triângulos e tem de se decidir por um ou outro caminho: o da luz ou o das
trevas. O problema é absolutamente sexual, ou seja, está ligado a perda das
energias.

O jovem ainda não é um mago e de acordo com o caminho que escolher tornar-
se-á o iniciado do arcano 1 ou o imprudente fulminado pelo arcano 16. O
simbolismo implica que se o indivíduo escolher o bom caminho, pela
consciência, contrário às paixões, será auxiliado pela providência no combate ao
mau. Contudo um dos nomes deste arcano é a Indecisão, em razão do indivíduo
não saber ainda qual o caminho a seguir.

1.5 Arcano menor: Rainha de Ouros

Localização na Arvore da vida: Netzah (He-Yod)

No zodíaco o domicílio da Rainha de Ouros é Touro.

Arcanos que governa: Quatro de Ouros, Cinco de Ouros e Seis de Ouros

A rainha de ouros possui os atributos de Netzah na qualidade de 2º He do


mundo das criações (Briah) e Yod do mundo de formação (Yetzirah) e
representa a mulher de prazer, mundana, amante de joias, de perfumes, da
alta costura, de todas as ditas que o mundo possa dar, desdá ordem estética,
provenientes da arte e da cultura, até as inferiores, decorrentes do dinheiro e do
sexo.
A rainha de ouros pode ser portadora de dinheiro, de bem-estar, mas tratar-se-á
sempre de uma riqueza, de um prazer que rebaixará o nivel espiritual do
indivíduo, prostituindo-o de algum modo. Oferece uma felicidade em troca da
renúncia da espiritualidade, dos ideais, das nobres ambições.

A sua aparição no nosso jogo indicará, para um homem, que se verá


confrontado com a mulher-espécie, com o eterno feminino indiferenciado,
estabelecendo relações com ela, não como pessoa individual, mas como alguém
formando parte de um sexo. Para uma mulher, a aparição de uma amiga, que o
induzirá a levar uma vida fácil, a base de renunciar sua individualidade para
viver intensamente como mulher espécie, uma vida sexual.

Palavras chaves: Q♦ Rainha de Ouros


(Reta) Mulher de prazer, dinheiro, joias, festas amante de potentado,
adolescente.
(Invertida) libertina prostituta, massagista, infiel, dama de companhia.
1.6 Elemento, ciclo zodiacal, planeta

Na ordem dos elementos, “Vô” corresponde a Ar da Água em Tiphereth e


fecha o Triângulo Ético.
Na trilogia dos elementos: Tiphereth está relacionado com o signo de
Peixes.
No ciclo zodiacal ‫“ – יהוה‬Yod-He-Vô-He”, equivale ao signo de Escorpião (o
segundo signo da Água).

No ciclo Sepher Yetzirah corresponde ao signo de Touro


Nome
divino YHH
(Atziluth): V ‫יההו‬

Asmo
del
Arcanjo ‫אםמוד‬
(Briah): ‫אל‬

Coro Arazi
Angélico el
(Yetzirah): ‫ארזיאל‬

Anjo
regente da
casa
correspon
dente Toel
(Assiah): ‫טואל‬

Planeta Vênu
regente: s

Terra
/
Água
Elem. da
Signo/Sep Terra
hirótico: ‫הה‬

Felip
Apóstolo: e

Tribo: Ephr
aim

Rain
ha de
Ouro
s ‫הה‬
que
rege
Quat
ro,
Cinco
e Seis
de
Cartas do ouros
Tarô: .

Hora
planetária
e astrol.: 2 a 4 horas da saída do Sol; de 31º a 60º no zodíaco.

Região do
corpo: Pescoço, nuca e ouvidos

Refere-se ao segundo signo da Terra (Água da Terra), ou seja, representa uma


fase de interiorização do elemento material, dos gozos terrestres. No zodíaco
Vênus é seu regente. Ela pertence ao mundo cabalísticos de ação (Assiah).

Touro é o signo fixo de terra, o He de seu elemento e o segundo He dos signos


fixos. Representa a fase de interiorização do elemento material. Enquanto
Capricórnio é o construtor, Touro é o que goza do construído na etapa anterior
(primeiro signo da terra).

O Usufruto é a complementação da experiência do material daquilo que o


homem construiu e Touro representa a fase dos gozos. Tudo lhe é dado com
facilidade, mas talvez estes gozos tardem a chegar, porque o ciclo da terra,
constitui a etapa final de uma vida.
O Torino disporá de suntuosa morada, soberbos jardins e a abundância estará
em todas as frentes da sua vida. E ou homem que dispõe de abundantes meios e
pode exercer a prerrogativa divina de criar o mundo a sua imagem e
semelhança. Touro é o tesoureiro, o banqueiro, o rentista o opulento que
contempla desde o seu jardim ou do seu iate o grande espetáculo do mundo.
Se o Torino está desenvolvido espiritualmente, será o mecenas, o promotor da
arte, da ciência, da moral, das virtudes cardinais que Deus espalhou pelo
universo: será o que financia tudo que seja nobre. O Taurino convencional será
o grande organizador de coquetéis mundanos e consumidor de caviar.
Os maus aspectos planetários em Touro darão uma má assimilação dos
recursos materiais começando pelos recursos alimentícios perturbando a
saúde. Em Capricórnio (primeiro signo terrestre), os maus aspectos dão uma má
seleção dos alimentos, ou seja, tendência a escolher mal a qualidade dos
produtos ou fora do prazo de validade, etc. Em Touro será a fase de assimilação
que produzirá dificuldade: Alimentos que o organismo rejeita, falta de apetite
debilidade crônica e falta de vontade de viver.
A nível social, esses maus aspectos produzirão incapacidade para apreciar a
felicidade material de que se goza, insensibilidade para os prazeres, que
podem ser de impotência ou frigidez. Quando um excessivo número de planetas
se encontra em Touro o indivíduo se vê apegado ao material sem que lhe seja
possível apreciar outros valores. É o que goza, se diverte e não faz mais nada.
Palavras chaves:

(+) Usufruto, suntuosidade, mecenas.


(-) Má assimilação dos recursos materiais, insensibilidade aos prazeres, apego
material.
Casa II: É a manifestação natural do touro. Vimos que Touro é o que concede
as alegrias materiais, em razão de ter-se trilhado um longo caminho de trabalho
e dificuldades e agora e chegado o tempo das recompensas e do descanso.
A Casa II indicará quais são as coisas que temos trabalhado anteriormente e que
agora vem dar seus frutos. A Casa II nos diz de onde o indivíduo saca o
seu sustento material conforme a casa esteja localizado em determinado
signo. Se estiver nos signos de fogo: a providência proporcionara o indivíduo
com mercadorias; nos signos de água: os sentimentos serão o principal motor
da renda; no signo de ar: o lucro virá do trabalho intelectual; em signos de terra:
seus meios de subsistência vêm de coisas sólidas, de material de trabalho.
Os maus aspectos planetários sobre a Casa II irão impedir o livre o acesso
a recursos materiais, de modo que estes virão sobre ele de uma maneira
forçada, dramática, e se aqueles maus aspectos são múltiplos, pode significar o
comprometimento total com a pessoa para alcançar os meios
para subsistência.
A acumulação de planetas neste sector é uma indicação de que
bens materiais terá uma prioridade absoluta na vida da pessoa e sua
aquisição será o centro e o motor de todas as suas atividades.
Palavras chaves:

(+) Origem do sustento, prioridade de acumulação.


(-) Restrição aos recursos materiais inclusive subsistência, materialismo.
Experiência pessoal
Ao meditar em Asmodel vi a imagem de uma mulher com peitos grandes em
camisola branca rendada, parecia buchuda de uns 4 meses. Um Anjo de asa
aberta olhava para cima onde um ser maior o tem protegido sob seu manto.
Queriam tomar a criança ou algo. Uma entidade de cabelo nos ombros loiros
cacheados. A noite vi um ser, feminino, morena, linda, que tinha os cabelos
longos que eram como um campo cheio de frutas. E assim era em seu corpo.
Parecia a forma de algum tipo de arquétipo, um deva da terra.

Na ordem planetário representa a Vênus em razão deste planeta ser o


regente de Touro o governador do 16º caminho.
Na ordem dos fenômenos naturais o Vô representa os campos, planaltos,
depressões – Terra do meio – os vegetais crescem no ar – a tranquilidade
espiritualizada para sustentar, Estabilizar a vida vegetal e animal.
1.7 Discípulo: Felipe

As escrituras narram que Felipe (tourino) e Bartolomeu (libriano) eram amigos,


ambos regidos pelo planeta Vênus. Inclusive que Felipe trouxe Bartolomeu.

Felipe era o organizador, provedor do grupo e cuidava para que nada faltasse.
Um homem que somente cria no que via, traços eminentemente taurinos.

Felipe é considerado esotericamente como o Mestre astral e das ciências Jinas.

1.8 Tribo: Ephraim

Deuteronômio 33:17 Ele tem a glória do primogênito do seu boi, e as suas


pontas são pontas de unicórnio: com elas ferirá os povos juntamente até às
extremidades da terra; estes pois são os dez milhares de Efraim, e estes são
os milhares de Manassés.
O boi é um signo tourino e Efraim foi um dos filhos de José na narrativa
bíblica. Nome hebraico que significa “frutífero”. Juntamente com a Tribo de
Manassés, formou a Casa de José. Ocupava a área montanhosa, o que lhe dava
proteção, porém também era extremamente fértil, o que lhe trouxe
prosperidade, e continha os centros mais antigos da religião Israelita – Shechem
e Shiloh. Estes fatores contribuíram para fazer de Efraim a mais dominante das
tribos do Reino de Israel, e levou o nome Efraim a se tornar um sinônimo de
todo o reino de israel.
1.9 7º Trabalho de Hercules: Capturar o Touro de Creta

O Touro de Creta foi remetido


a Minos pelo deus Netuno, para que fosse oferecido em holocausto. Porém, o
rei, cobiçoso, materialista (o Touro ou o bezerro de ouro também é um símbolo
do materialismo) e apegado o deteve indevidamente para si. Deste modo, o
animal tornou-se espantoso e ameaçador, e aterrorizando todo o país. O animal
devastava os campos da região e Hércules foi até lá para dominá-lo e captura-lo.

Após controlar o touro, o herói precisou nadar de Creta até Micenas no


continente levando a fera consigo.
Tarefa associada ao signo de Touro onde Hércules soube controlar os instintos
sexuais que podem ser conseguidos com o auxílio da Divina Mãe Kundalini, a
serpente ígnea de nossos mágicos poderes. Hercules não mata seus instintos,
mas aprende a doma-los em seu proveito.
1.10 Descrição Sephirótica:

“Vô” está relacionado diretamente com a sexta Sephirah Tiphereth-Sol. Trata-se


de um agente fecundador masculino, um ponto de união. Basta dizer que não
existe nenhuma palavra em hebraico que comece com esta letra, eis que se
constitui em uma ponte entre dois estados. No nome divino Jehovah ‫– יהוה‬
“Yod-He-Vô-He” encontramos o “Vô” entre dois “Hes”. Se Beth se constitui na
primeira morada, o ventre universal, a casa dos sentimentos o Vô é o que está
dentro desta casa fazendo morada.
Como Tiphereth é um exteriorizador de Binah então podemos averiguar um
obscurecimento em Vô a fim de que se produza o ato da fecundação que sempre
é executado nas trevas (seja da união sexual (no útero) ou mesmo a semente
lançada na terra) a fim de dar origem a um novo ser ou mesmo que após a
atuação das trevas espessas a luz seja reconhecida.

Trata-se de um símbolo que se traduz nas ideias de reunião e ao mesmo tempo


de antagonismos com as suas consequências. Eis que as forças da natureza
estão à disposição daqueles que possuem a capacidade de resisti-las.
O arcano 6 é chamado Enamorados, Amantes e também de Indecisão ou
resolução pois seja o que for decidido realizar-se-á. Também significa o
encadeamento dos dois opostos Homem-Mulher, o equilíbrio pela união
amorosa nos mistérios Lingam-Yoni (o Lingam somente se pode unir com o
Yoni, essa é a lei da Alquimia), o enlace com ou sem a perda das energias
sexuais e suas consequências conforme seja a resolução. Assim sairá com a
mulher virtuosa ou com a rameira, será o encadeamento, a luta entre o amor e o
desejo. A fornicação, a perda das energias sexuais é um pecado contra o Espírito
Santo e não tem perdão:
1ª Coríntios 6:18-19 “Fugi da fornicação. Todo pecado que o homem comete é
fora do corpo; mas o que fornica peca contra o seu próprio corpo.
Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do espírito santo, que habita
em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”
Mateus 12:31 “Portanto, eu vos digo: todo pecado e blasfêmia se perdoará aos
homens, mas a blasfêmia contra o espírito não será perdoada aos homens.”

A luta entre os dois ternários: o triângulo positivo (para cima) e o negativo


(invertido) simbolicamente tratado como o Cristo interno, o espírito (o
primeiro) e Satã (o segundo) a besta animal de nosso interior. Então o triângulo
superior representa o Dragão da Sabedoria: Kether, Hockmah e Bina e o
invertido o Dragão Negro: Judas (demônio do desejo – vive dentro do corpo
astral), Pilatos (demônio da má vontade – vive dentro do corpo da vontade ou
corpo causal) e Caifas (demônio da mente – vive dentro do corpo mental) mas
representam também os “três traidores”[1] de Hiram Abif.
Ao Mago é vedada a paixão em razão desta ser passiva e a magia ser ativa.
Contudo o Amor é um grande instrumento magico e que se usado na magia
sexual, traz grandes retornos, mas o Sansão cabalista não pode e deixar
adormecer pela Dalila, as energias devem subir, eis o segredo deste arcano.
Axioma transcendente: “trabalhos me dás Senhor; mas com eles fortaleza”.

1.11 Significado no jogo

Conforme o nome da carta prediz, trata-se de uma indecisão, uma


indeterminação muito embora não signifique imobilismo já que se trata de um
arquétipo ativo. Indica que o indivíduo se encontra em uma encruzilhada,
entre duas correntes sobrepostas e que deverá decidir por um dos caminhos,
sendo que um destes caminhos é considerado inferior e o outro superior de
modo que aquilo que possa parecer mais confortável talvez não seja a melhor
opção. De qualquer modo se trata de um momento crucial que definirá o futuro.
1.12 Palavras chaves:

1.12.1 Manifestação Yod.

Decisão, escolha por vontade própria. Votos, deliberações,


responsabilidades, dicotomia, encruzilhada.
1.12.2 Manifestação He.

Escolha entre duas pessoas para união e matrimônio, momento de escolha,


liberdade.

1.12.3 Manifestação Vo.

Deliberação entre correntes de pensamentos, pelas formas, artes.

1.12.4 Manifestação He.

Renúncia de prazeres, risco de sedução. Dedicação, sacrifícios.

1.12.5 O lado negativo da força.

Dúvida, indecisão, impotência. Má conduta, infidelidade, libertinagem.


Debilidade. Falha ao ser posto à prova, tentações perigosas.
[1] Para maiores detalhes veja o Capítulo sobre Malkuth em Disposições gerais.

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