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Que é Maçonaria?
1952
EDITORA MENEZES
Caixa Poetai, 854
FORTALEZA-CEARA
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O
L
NO MUNDO:
HONRA AO MÉRITO DE
BENJAMIN FRANKLIN. —
filósofo e moralista eminente. —
glória da Maçonaria Universal
wrimegeli
NO BRASIL:
Justa Homenagem aos abnegados
apóstolos da doutrina da Frater-
nidade Humana,
GENERAIS:
JOSÉ MARIA MOREIRA GUIMARÃES
HENRIQUE ELLERY .
ADRIANO FONSECA e
ANTÔNIO JUSTA, —
dignos obreiros da Boa Causa
um preito de saudades do
, AUTOR
WIP~WwillernINIUMP0,11
re
14
À minha espOsa,
a cuja inteligência.
amor e
virtudes.
devo os meus sucessos
na vida.
1
Aos meus
meus filhos.
testemunho de como
compreendi a
Grande Instituição.
E isto acontece, fõrça é confessar, porque os Templos
Maçônicos de hoje, têm as suas portas as escâncaras para
quem «deseje» ser «maçom», ingressando, assim, na Ordem,
os que não possuem inclinação e mentalidade para assimilar
e praticar os seus postulados de filantropia e RENÚNCIA.
Ninguém pode negar, e isso confrange a alma dizer, que
o nível cultural da Maçonaria baixou sensivelmente no Bra-
sil, nestes últimos anos. Um olhar retrospectivo para o pas-
sado confirmará essa assertiva.
sobejamente sabido que a fina flor da intelectualidade
brasileira, o que de mais elevado e representativo existia na
sociedade, — cultural e cientificamente —, se reunia nos
Templos Maçônicos, ilustrando e dignificando a maior Or-
dem que a humanidade já possuiu.
Mas, dai para sc afirmar que a Maçonaria é um con-
gresso de maus c de malvados, uma sociedade secreta de
fins amorais, criminosos ou políticos, a distância é longa.
Sejam quais forem os seus discípulos, — cultos ou medío-
cres —, a Maçonaria não perecerá, nem deixará de se pro-
por a unir fraternalmente os homens, mau grado tudo quanto
tende a separa-los.
Nas páginas que se seguem está a verdadeira resposta
à curiosa indagação de todos os tempos:
QUE É MAÇONARIA?
«A MAÇONARIA é um terreno neutral.
onde se defrontam tõdas as opiniões, todas as
crenças, tõdas as idéias sérias e de tio, fé.
para discussão pacifica, de cujo embate fra-
ternal resultem novas verdades a juntarem-se
as já descobertas, contribuindo, assim, para o
incremento do espirito humano, e para recres-
cer o bem estar da humanidade. Perdida seria
a Maçonaria quando se deixasse absorver ex-
clusivamente por qualquer doutrina particular
e distinta, ou por qualquer escola filosófica ou
social. Não mais seria o grande foco que ilu-
mina e aquece, que depura, anima, ensina e
despede todos os germens do bern, do bom e
do belo, que se achem na consciência humana».
(Cháine dllnion, 1889).
4
QUE É MAÇONARIA?
Esta pergunta é feita constantemente por muitos «pro-
fanos» e, até, por maçons que se não deram ao «trabalho»
de estudar a milenar Instituição dos «pedreiros livres».
Para o grande público a Maçonaria não é outra coisa
senão uma sociedade que oculta no mistério a puerilidade de
seu objetivo, o ridículo de suas cerimônias e a extravagância
de suas alegorias; uma Instituição sem razão de ser, sem fei-
tos notáveis que lhe dê ressonância, sem história, em uma
palavra.
Para certos sectários, malévolos ou ignorantes, é uma
conspiração constante contra Deus e o Estado, ou um centro
de perversão, cujos membros permanecem unidos pelos vícios
mais escandalosos. Para outros, não passa de uma associa-
ção secreta, clandestina, de abomináveis mistérios; de uma
associação de moralidade duvidosa, para destruição da or-
dem social; antro de crime ou sinagoga de Satanaz.
Destarte, nenhuma outra sociedade, entre as muitas que
têm existido no mundo, tem sido julgada com mais ligeireza.
nem mais paixão;, nenhuma mais ridicularizada pelos igno-
rantes, nem acerca da qual se hajam formado juizos os mais
contraditórios.
«Acusada aqui, porque é secreta; ali, porque é politica:
ocolá porque é inimiga da Religião; mais longe porque é re-
volucionária; e não falta quem a acoime de sanguinária, pro-
motora de guerras sociais, repastando-se nas desgraças da
humanidade».
Contra tudo isso revolta-se a verdade dos seus Anais,
através dos povos e do tempo.
A Maçonaria tem atravessado repetidos séculos, uma
vez que sua origem se perde na noite dos tempos. Sua filo-
sofia repousa na fé, na esperança e na caridade. É uma asso-
ciação completa, perfeita e forte, cuja história é um ensina-
mento de tôdas as virtudes, de tôda a moral, e dos mais
alevantados rasgos de patriotismo, dos mais arrojados come-
timentos e de tôda a escola da prática do bem.
A Maçonaria é uma Escola de dever, uma Academia
de moral; a única sociedade humana que, desde os mais
remotos tempos, se tem ocupado com o cultivo racional da
— 18 —•
•
\I
ORIGEM E HISTORIA DA MAÇONARIA
Não é fácil afirmar-se a origem da Maçonaria, porque
a sua história, até o comêço de sua decadência, não foi
escrita.
O seu período prehistórico perde-se, assim, na noite
dos tempos. Sômente nos fatos gravados em pedras e em
mármores, e nos anais de Fraternidade semelhantes, e afins, •
podemos encontrar algo da primitiva Maçonaria, porque o
primeiro período é o da lenda, da tradição, da fábula, con-
tada de..bôca em bôca.
por isso que os escritores maçônicos divergem quan-
do tratam da origem da Ordem.
. Uns acreditam que os princípios maçônicos vêem do
Código de Maná: outros, das regras filosóficas dos ginoso-
fistas, dos Cataristas, dos Alquimistas, dos Ocultistas, dos
Cabalistas, dos Hermetistas. Muitos buscam a origem da
Maçonaria nos Mistérios dos Magos, dos Brâmanes, dos
Cabires, de Salomão, do Cristianismo, da Cavalaria.
Verdade é que remonta a milênios as Ordens iniciáticas.
Vassal diz que 100.000 anos da era vulgar, sábios Per-
sas, Hebreus e Caldeus formaram na Persia uma Associação
Mística, debaixo do nome de Magos.
A instituição dos Magos tinha por objetivo não só con-
servar secretos os vestígios das Artes e das Ciências dos
tempos primitivos, mas, também, a formação de um dogma
religioso que, sem assombrar os espíritos fracos, podasse con-
ter a fôrça brutal dos primeiros homens.
Desta sociedade em comum, nasceu a precisão de certos
símbolos, com o que a doutrina dos Magos se poude propa-
gar sem risco. A luz dos sábios foi, então, distribuida com
gradação, e seus iniciados nunca feiram acusados, nem de
aténs, nem de impostores.
Nos seus emblemas, nos seus princípios de moral, é que
alguns escritores vão encontrar a origem de certos graus da
Maçonaria.
Os Mistérios da 'India são de uma antiguidade tão re-
mota, que Buret de Longchamps a eleva a cincoenta séculos
antes da era vulgar, para estabelecer a História Geral do
Mundo.
— 26- —
NO BRASIL
— 47 —
PORQUE
TUDO TUDO MUITAS
NÃO AQUELE O QUE
QUANTO QUANTO VEZES
QUE
LEIA-SE POR ORDEM: — a última e a primeira palavra da 14 coluna. — «NÃO DIGAIS». Depois, as
últimas e primeiras de cada coluna: — *TUDO QUANTO SABEIS».. Assim, suressivamente.
r
ep.....---
17
MORAL MAÇÔNICA
A Maçonaria, «síntese da Fé, da Arte e da Ciência»
tem uma moral, que é a moral da perfeição humana, a
4 qual ensina que o homem é partícula do grande corpo que
é a humanidade e, por isso, não deve ser egoista, odiento,
.intolerante, ou sanguinário.
«A moral ensina a moderar as paixões, a cultivar as vir-
tudeá e a reprimir os vícios». É uma planta cujas raizes es-
tão no céu, e cujos frutos e flores embelezam e embalsamam
a terra».
«É necessário uma profilaxia moral contra tudo o que
é coletivamente antivital»,
A Maçonaria entende a Moral como «ciência dos cos-
tumes», e dos deveres que provêm dessas relações.
ela que dá o verdadeiro conhecimento que deve exal-
tar os seres inteligentes, que desejam viver felizes em socie-
dade e, por isso, três são os seus fundamentos:
I A noção do bem e do mal:
II — A idéia do dever, ou a obrigação de fazer o bem
evitar o mal:
III — O conhecimento do mérito e demérito, ou seja:
a firme crença de que, o que faz o bem merece recompensa,
o que obra mal é merecedor de castigo.
«O primeiro destes princípios corresponde à filosofia,
segundo à política e o terceiro à Religião»,
«A pedra de toque de uma religião, filosofia ou sistema
político está na quantidade de luz que tenham sabido infun-
dir na alma humana: está na proporção em que tenham con-
seguido tornar melhor o homem».
Como nenhuma «ciência» é, nem pode ser mais do que
fruto da experiência, a moral universal deve estar de acor-
do com a natureza do homem, fundar-se sobre sua essên-
• cia, ou as qualidades espirituais que falam em todos os seres
de sua espécie. Assim, entende a Maçonaria, que Moral e
Religião são cousas distintas. Aquela, afeta à conduta do
homem com os seus semelhantes, esta, fala da crença pes-
soal ou relação com o Incognoscivel,
cA lei primordial da Maçonaria é a tolerância. Ela
inscreveu solenemente na sua Constituição geral o respeito
a tôdas as crenças, a tôdas as idéias e a tôdas as opiniões».
— 56 —
PORQUE,
«O que forma o mais elevado grau da
Arte é a liberdade do espirito que tem a
consciência de si próprio".
E. ISSO,
é ter-se a exata concepção da verdade, da
nobreza e da generosidade.
r-
ARTE REAL
Chamam a Maçonaria de ARTE REAL, porque ela se
propõe a fazer o bem sem o estimulo do MEDO ou da
RECOMPENNSA. Diz a sua doutrina que aquele que con-
seguir fazer o bem sem ser movido pela esperança de uma
recompensa ou pelo medo de um castigo, atingirá a perfei-
ção humana. Ela ensina a fazer o bem pelo amor ao próprio
bem, naturalmente, e livre de tõdas as seduções da vaidade
e da ambição terrestre.
E é por isso que a Maçonaria SE ESCONDE no re-
cesso dos seus templos.
Para alcançar o seu nobre desiderato, afasta dos seus
recintos as controvérsias teológicas e as discussões políticas,
deixando a cada um a faculdade de pensar e de crer, embora
opondo resistência ao DIREITO de negar um «Principio
Criador» — Deus, que denomina de Grande Arquiteto do
Universo.
«A Maçonaria, neste ponto, escolheu a forma mais ade-
quada. Necessitava de uma base em que apoiar a sua dou-
trina e fazê-la aceitável para todos. Realizou éste pensa-
mento amparando-se na FRATERNIDADE, colocando-a
como pedra fundamental, sôbre a qual edificou o templo
onde rende culto a tudo quanto é grande e belo».
A fé Maçónica é independente de tõda opinião particu-
lar e dedicada ao advento de uma humanidade melhor, mais
clarividente e mais fraternal.
Assim compreendeu o Cónego Juliano de Faria Lobato,
virtuoso e culto vigário, no Rio de Janeiro. quando disse:
«A Maçonaria guia os povos para a conquista da verdade,
que é Deus, como a coluna de fogo guiava o povo de Moi-
sés à conquista da Terra da Promissão, A MAÇONARIA
é para os homens de ação, o que a Estrela do Oriente foi
para os Santos Reis Magos».
«Instituição essencialmente filantrópica, filosófica e pro-
gressista, tem a Maçonaria por objetivo o aperfeiçoamento
material, moral e intelectual da Humanidade, por meio da
investigação constante da verdade, do culto inflexivel da
moral e da PRATICA DESINTERESSADA DA SOLIDA-
RIEDADE».
Dentro dèstes salutares principias, «regida por leis per-
feitas e imutaveis, tiradas, Por analogia, das leis da gravita-
ção universal», tolera tôdas as crenças sem reconhecer dis-
tinção social, que não provenha da prática da virtude. A
Maçonaria sustenta como seu princípio cardial a mais com-
pleta liberdade de consciência, primando, assim, pelo exer-
cício inflexível da tolerância isque se traduz pelo respeito à
razão e às convicções individuais de cada um». Por isso,
é que. debaixo das abóbodas maçônicas, como facultam os
seus códigos, podem reunir-se homens de qualquer religião.
exigindo-lhes, apenas, que sejam bons e honestos, para que
possam ser úteis.
Ela quer a anseia os amigos da justiça e da verdade.
os de bom coração, os que não sejam jugulados por precon-
ceitos, os libertos de consciência e de ação, os discretos e
incorrutiveis, enfim, os que fazem da conduta o melhor
escudo de defesa.
Daí, os que se tornam elementos maus, faltando a ver-
dade, mentindo à consciência, negando à razão, enxova-
lhando a honra, são considerados indignos da Ordem.
estulticia, entretanto, entender que todo maçom é
um ser perfeito. O maçom é um homem como os outros, su-
jeito a erros, os mais variados, O que é preciso é que se
faça de material vivo, debastando-se a si próprio, e possa.
então, ser PEDRA POLIDA na construção do edifício mo-
ral da humanidade, consequentemente da paz e da felicidade
geral das Nações.
Por tão importantes razões e salutar princípio é que
estiveram CC)t13 a Maçonaria os maiores vultos de todos os
povos e de tódas as épocas.
Maçom foi Santo Albano, protomartir do cristianismo,
na Inglaterra, fundador da primeira Grande Loja, da Grã
Bretanha: macon, o Papa Pio IX. cujo nome está ligado a
várias tolas do Universo. Maçons foram, tambem. Carlos
Marte], Carlos Magno, Hugo Capêto, Jaime I, da Escócia:
Guilherme I. da Alemanha; Henrique VII. da Inglaterra; o
principe de Murat, da França: Jaime II, da Inglaterra; Du-
que de Worton. ria Espanha; Frederico II, da Prussia; Gus-
tavo I. da Suécia: o Cardeal Wollsey. Cromwel, Jorge
Washington, fundador da Republica Norte-Americana, Ge-
neral Lafaiete, Beniamin Franklin, Bolívar, Cambaceres,
Giusepe Garibaldi, Goethe, Mazzíne, Thomas Edson, La,
lange; Francisco Bacon, Honorato Balzac. Enrico Ferri, Hen-
rique Bergson, lacob Bossuet, Anatole France, Paulo Man-
tegazza. 1. Michelet, Maurício Maeterling, Juan Jacob Rus-
seau. Júlio Simon. Augusto Conte, Pierre Larouse, Júlio
— 65 —
4
A MAÇONARIA E O TRABALHO
entendimento de que a sentença: «comerás o pão com
suor do teu rosto», foi um castigo imposto ao homem, como
expiação de culpa. é uma concepção errada, senão a nega-
ção da sabedoria e benevolência do Criador.
trabalho é uma bênção de Deus, ao invés de uma
punição. Se a Maçonaria podesse ter dogmas, seria o tra-
balho o seu dogma fundamental, porque ela interpreta o
sentido do trabalho como um dever iniludivel do homem.
cujo exemplo lhe dá a Natureza, constantemente agitada.
por um trabalho ou combate eterno, com as suas próprias
fôrças.
homem vive, como a Natureza, em constante desas-
sosségo no conflito, com inimigos interiores e exteriores, e
pelas necessidades insaciáveis de sua alma, que jamais pa-
ralisa na luta da aspiração para o infinito ...
trabalho é a grande idéia da Instituição Maçônica,
o pensamento dominante em cada um dos pontos dos seus
rituais.
A Instituição representa, invariavelmente. a Divindade.
como o Grande Arquiteto. como o Divino Artífice, como o
Mestre no trabalho do Universo: e divide a raça humana
em três classe de obreiros: Aprendizes. Companheiros e
Mestres, ou Vigilantes.
Tôdas as fórmulas, símbolos e cerimônias da Maço-
naria, provêm desta idéia, e apontam o trabalho corno o prin-
cipal dever da vida, e como a mais cligna de tôdas as vo-
cações.
Essas fórmulas representam Deus em ação constante,
para difundir mais beleza e mais ordem, mais bondade e
mais justiça nos mundos que criou e recomendam solene e
perpetuamente ao homem, que siga o divino exemplo. Ê éste
• primeiro ensino dado ao iniciado.
Trabalha, diz a Maçonaria, — trabalha com as mãos
com o coração, porque o Ceti trabalha sempre, e a natureza
ensina o trabalho da arte.
Todo maçom deve ser Obreiro, por isso que não há culto
mais elevado do que o trabalho, sempre exaltado pelos hinos
da criação.
- 70 -
•
C
A GUERRA
A Maçonaria, sendo uma instituição progressista, de
ordem e de paz, proscreve a guerra. Os maçons entendem,
por isso, que «a Guerra é uma maldição de nosso próprio
destino, um sintoma forte de barbaria e de imperfeição que
rasteja do passado e que não deixará de influir nos homens
até que éstes cheguem a um termo médio de normalidade, de
equilíbrio moral e da mais facil satisfação das necessidades
primordiais. Quando a solidariedade humana fôr um fato,
quando a totalidade não necessitar do roubo, nem do crime
para subsistir, a guerra não terá razão de ser.
Quando será isto? Quando o homem fôr mais humano,
menos bestial, quando deixar de estar agrilhoado às paixões
pessoais e sujeito às paixões alheias; quando os que crêem na
moral, se adaptarem estritamente à ela. Enfim, quando a
humanidade se vincular dentro de um fato real e positivo,
— a fraternidade que demanda e apregoa a Maçonaria.
A guerra não é um principio juridico, não é um direito
porque êste não pode estar subordinado à força; não é um
principio moral, porque a moralidade não pode estar sujeita
a capricho de ninguém; não é justa, porque a justiça é essen-
cialmente equitativa; não é civilizadora, porque a civilização
não pode ser causa nem consequência de barbaria; não é
humana, porque se dirige precisamente contra todo o princi-
pio humanitário.
Ao modo de ver da Instituição maçónica, a guerra é
a infração flagrante e generalizada de todos os códigos de
moral.
Se um semelhante assassina a outro, a Lei é inflexível
e diz: Morre!
Se o homicídio se faz com premeditação e vantagem.
com circunstâncias agravantes, a Lei diz com voz mais ter-
rivel ainda: Morre !
Se êsse homem matou dois, seis ou oito, nada pode sal-
var-lhe do raio da cadeira vingadôra.
Se extinguiu centenas de vidas, com horriveis tormentos,
— Barba Azul implacável, — parece a todos que não há
castigo compensador.
Porém, se êste homem mata na guerra um batalhão.
— 74 —
o
1
5
DEMOCRACIA
a*
•
PRA TERNIDADE é a elevação dos
sentimentos humanos à sua quintessencia; a
harmonia trauestida de amizade, para a feli-
cidade da vida; a luz espiritual que Ilumina
os caminhos da humanidade, para o transito
da paz; a fé que alimenta o amor, para a
realização do bem; a bússola que indica o nor-
' te eterno — DEUS.
FRATERNIDADE
e
•
1
CONHECER os homens é Sabedoria:
CONHECER-SE a si mesmo é Clarividência;
DOMINAR os homens é Poder; ..
DOMINAR-SE a si mesmo é Fôrça.
SABER FAZER é Superioridade;
PODER REALIZAR é Energia.
NÃO DESAGREGAÇÃO é Eternidade;.
O ALTRUISMO, depois da morte, é Imor-
talidade. — (Lao-Tsé).
•
4.........p,
I
0
TESTEMUNHOS VALIOSOS
*
O MAÇOM, por sua condição de maçom, é um cidadão
cosmopolita ou, para falar com mais exatidão, no sentido
dos nossos sábios, um teopolita, um membro da Universal
Cidade de Deus, onde Sóis e Mundos são moradas indivi-
duais e as inúmeras classes e gerações de seres, dotados
de razão e liberdade, são outras tantas famílias individuais,
unidas em pura harmonia por uma eternamente invariável
Lei Fundamental. Unicamente é esta suprema condição
da humanidade, à que todos os demais estão subordinados
e pela qual nossa presente vida se encadeia à outra mais
alta e futura, e se cimentam as três categorias essenciais da
Maçonaria: LIBERDADE. IGUALDADE, FRATERNI-
DADE: como verdadeiros polos de nossa Ordem que; pre-
cisamente por isto, constitui a mais nobre que se possa
imaginar.
Que ninguem. que não tenha compreendido assim, se
vanglorie de ter encontrado a «chave» dos nossos <misté-
rios». — (Wieland).
— tal —
***
«A FRANCOMAÇONARIA é uma instituição elevada
e sublime. Nunca poderá ser compreendida pelos cegos
do fanatismo.
É uma instituição humanitária e sublime que exalta
tudo o que une os homens e repudia aquilo que divide, por-
que aspira fazer da humanidade uma grande família de
irmãos e se põe sempre ao serviço dos movimentos morali-
zadores. Uma instituição de paz e de amor. aberta às mais
nobres aspirações. onde se realiza a união necessária e fe-
cunda do coração e do espirito; onde pelos seus ensinamen-
tos, se aquire o equilíbrio interior; onde os caracteres se
afirmam e se consolidam. Uma instituição em que a fra-
ternidade é urna influência ou guia espiritual, para uma con-
cepção mais elevada e mais nobre da Vida; que não vai
contra nada, nem contra ninguern. porque é uma fôrça in-
destrutível, nobre e generosa, porque é a luz da razão.
Uma instituição que prepara o terreno onde florescerão a
justiça e a paz, porque sua única arma é a espada da inte-
ligência. É uma instituição que ensina o valor eterno dos
princípios da cultura humana e individual, independente-
mente de lugares e épocas. Dá aos indivíduos, a seus agru-
pamentos, a noção clara e certa de solidariedade, de amor,
de direito, de justiça e de liberdade». — (Dr. Simarro).
1
4
MAÇONARIA E POLITICA
•
.
r
A MAÇONARIA E A HISTÓRIA DO BRASIL
— 115
•
ê.
MAÇONARIA E COMUNISMO
•
AÇÃO SOCIAL DA MAÇONARIA
c-
A OBRA MAGNA DO MAÇOM
* * *
— 154 —
ARTICULO PRIMERO
ARTICULO SEGUNDO .
ARTICULO TERCERO
ARTICULO CUARTO
ARTICULO QUINTO
ARTICULO SEXTO
ARTICULO SEPTIMO
ARTICULO OCTAVO
ARTICULO DÉCIMO
ARTICULO UNDÉCIMO
ARTICULO DUODÉCIMO
PUNTO PRIMERO
PUNTO SEGUNDO
PUNTO TERCERO
PUNTO CUARTO
PUNTO QUINTO
PUNTO SEXTO
PUNTO SÉPTIMO
PUNTO UNDÉCIMO
PUNTO DUODÉCIMO