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Maçonaria em S. Paulo
iD(u =
[ .~ OGO depois que de D. Pedro I ab- nal Brasileiro» fundassem em Porto Feliz
a Loj a «I ntell igencia», que, em 19 de Ag'Üsto
--= dicou em favor de seu filho em
7 de Abril de 1831, installou-se no de 1832 se filiou ao «Grande Oriente do Bra-
Rio de Janeiro, o «Grande Orien- sil» de Jos.é Bonifacio, tornando-se Capitular
te Nacional Brasileiro», conhe- em 13 de Outubro de 1838.
cido por «Oriente da rua de Não conhecemos documentos que nos
Santo Antonio» e depois «Orien- autorisem a affirmar que outras Lojas exis-
te da rua do Passeio» ; qua- tissem, em São Paulo, antes dessa, pos-
si ao mesmo tempo, as lojas to que na antiga provincia, existissem
que haviam formado o «Grande muitos maçons esp~rsos . Pouco tempo
Oriente do Brasil» em 1827, reergueram suas depois, porém, em 13 de Março de 1832,
columnas e elegeram novamente seu Grão- o quarto-annista de direito, José Augusto
Mestre, José Bonifacio de Andrada e Silva. Gomes de Menezes cujo nome heroico ma-
Estes dous Corpos maçonicos se degladiavam çonico era Badaró, alguns maçons do Rio de
entre si até que o «Grande Oriente Nacional Janeiro e o representante da Loj a «I ntelligeni.
Brasileiro» se uniu ao «Grande Oriente e cia» de Porto Feliz, fundaram a Loja «Ami-
Supremo Conselho do Brasil» (Valle do La- zade». A primeira sessão foi realisada na
vradio), de ac~o com as bases approvadas residencia particular do estudante José Au-
em 1864. gusto Gomes de Menezes (Badaró) que tinha
O «Grande Oriente Nacional Brasileiro» recebido delegação do «Grande Oriente Na-
que em 1842 tomou o titulo de «Supremo cional Brasileiro» autorisando-o a fundar uma
Conselho do Rito Escossez Antigo e Acceito loja em S. Paulo e a iniciar profanos. Nessa
do Grande Oriente Brasileiro», fazendo pros- primeira sessão, foi iniciado o profano Jay-
crever de todas as Lojas de sua obediencia, me da Silva Telles que recebeu o nome he-
o rito francez moderno em que antes, exclu- roico de «Ataliba».
sivamente, trabalhavam, desde que se instal- Os fundadores da «Amizade» e que es-
lou em 1831, enviou em issarios para as pro- tiveram presentes 'á sessão de installação, em
vincias com poderes para crear lojas e ini- 13 de Março, foram: José Augusto Gomes
ciar obreiros. de Menezes (Badaró), Constancio José Xa-
E'provavel que, no mesm.o anno de vier Soares (Wanswalles), Bent'Ü Joaquim de
1&31, emissarios do «Grande Oriente Nacio- Souza (Constancia), José Manoel Lopes Pi-
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1 ~!
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Ii 50 A MAÇONARIA NO CENTENARI9
'I,~ :
ment el (Franklin), Luiz Fortulllato de Brito saram a trabalhar no Rito Escossez Antigo e
(Radckiff), Bernardino José de Queir.oga Acceito; estabeleceu-se, desde então, em S.
(Cepé), Manoel de Jesus Valdetaro (Petion), Paulo, um «Grande Conselho Paulista» com
Trajano Carvalho (Gatti), Jayme da Silva autoridade sobre todas as Lojas do Circulo
i; , Telles (Ataliba).
I'. do «Grande Oriente Nacional Brasileiro» que
No dia., da inauguração do templo, em passou a intitular-se «Supremo Conselho do
i 17 de Junho 'de 1832, já contava a Loja avul- Rito Escossez Antigo e Acceito do Grande
,[ tado numero de membros, que trab.alhavarri Oriente Bras i1eirP», corpo este que, como vi-
de conformidade com o Rito Francez Mo- mos, deixou de existir, .por se fundir, em
derno.
Á Loja «Amizade», por essa epoca, fi-
cou sendo o centro da Maçonaria paulista
como «Grande Loja» ou «Loja mãe» subor-
dinada ao «Grande Oriente Nacional Brasi-
leiro» (do Passeio) e nessa qualidade, tinha
poderes para fundar outras Lojas na então
Provincia de São Paulo. E' assim que
fundou ella, as Lojas «Piratining;a», em S.
Paulo, «Constancia» em Sorocaba, « Fra-
ternidade» em S. Paulo, «Firmeza» em Ita-
petininga, «Sete de Setembro» em S. Paulo,
«Fraternidade» em Santos, «Caridade 3.a» em
Tatuhy" «Triumpho, Honra e Ver~ade» em ~;;.,
Taubate e outras. O «Grande OrIente do ti'ó-
:l ~:,latro escr<ivos; a Loj a adaptou uma en- moler Antonio da Silva Reis, 18.'. ; 2.0
'li:: ;~;eitadillhél e repartiu 400$000 a viuvas e or- Esmoler - José Pereira de Andrade, 18.'.;
, I' ,~ phãos de ma\C>í1s., • Chanceller Guarda-Senos - Capitão Fortu-
,.), r
I'
Durante as noites de 5, 6 e 7 conservou- nato José dos Santos, ,30.'. ; Mestre de ce-
"
se o templo aberto para receber as visitas das rimonias - Avelino de Souza Figueiredo,
Familias. As Senhorinhas DO. Isabel e The- 18.' . ; 1.0 Aprendiz - Thomaz Peake 18.'. ;
reza Pinto e Rita de Bulhões Jardim, se offe- 2.° Aprendiz - Antonio Maria Chaves, 18. .. ;
receram para angariar esmolas, nas quatro 1.° Experto - Antonio M. Mendes da Cos-
ta, 18.:.; 2.0 Experto - Lucas José Ri-
beiro;1-&-: .,3.0 Experto - Antonio José Viris-
" r
.'! I'
simo, 17.:.; 1.0 Oiacono - Joaquim Mo-
reira de Almeida, 17.'. ; 2.0 Oiacono - Ma-
noel Carlos dos Santos, 17.'. ; Cobri dor _
Abel Francisco Pereira, 18.'.; Guarda Ex-
terno - Eugenio Mauricio Bolidair, 18....
«Orches(ra» - Maestro - Regente --
Antonio José de Almeida, 30.'. ; Professores
Valeriano Neves Cardoso de Menezes, 30.'.,
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de 18!J3
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A MAÇONARIA NO CENTENARIO 53
res, 17.'. e Salitstiano Antonio dos Santos cujos fructos foram a lei do v~i-.tr('livrl',:ó
17.' .. emancipação dos escravos e (l' rer-uíllka.
«Côro» - Mestre - Regente - La- Em 1873, fundaram-se as .'L.ja5 'Tra-
mennais (A. ]. de S.) - 30.'., Mestres - balho» em Amparo e «Benef;c:,~ncia Itua-
cantores - Antonio Maria Chaves, 18.... , na», em Itú. Em 1874 installaram-se as
Carlos Messemberg, 17.'" Coronel Claudio Lojas « Liberdade 2.a» em São Carlos,
José Pereira, 17.'" Leopoldo Rhoeder, 17.'., « integridade» em CapivarJ-, «Araritagua~
Eduardo Kocke, 17.'. George R.izzio, 17.' .., ba» em Porto Feliz, «':. riumpho e U-
Charles Gebl, 17....
Commissão encarregada de adornar o
Templo:
Capitão Fortunato José dos Santos,
30.:., Possidonio José da Silva, 18.'., An-
tonio Maria Chaves, 18.'. e José Bressane
Leide, 3.',
Commissão incumbida do arranjo exter-
no: Hilario Luiz da Silveira Breves, '30.:.,
Lucas José Ribeiro, 18.:. e Salustiano An-
tonio dos Santos, 3 . .',.
«Benemeritos da Loja» - Veneravel de
Honra - Dl'. Clemente Falcão de Souza Fi-
lho, 33.". Condecorados: - Aurelio Joa-
quim de Souza Fernandes, 33.'., Commen-
~---.
VêE ¥,," . t f
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A MAÇONARIA NO CENTENA R10 ====55
veira. Na sessão seguinte, em 8 de Junho, mudar do rito Francez Moderno para o Rito
foi creada' a Commissão do Boletim, assim Escossez Antigo e Acceito. Por este e outro~
composta: V. Liberalino de Albuquerque - motivos, as Lojas da Capital de S. PaL,"::
João Candido Martins - João José Vaz de «America», li ~rnizade», «H,armonia e Carida-
Oliveira - Pamphilo de Assumpção e An- de», «ltalia», «Romét», «Sete de Sdembro»,
tonio de Góes Nobre. «União Paulista» e «Vinte de Setembro» se
Como, porém, a Grande Loja, que func- constituiram em' «Grande Oriente de São Pau-
I ! cionáraprovisoriamente, entendesse continuar lo» independente, em 28 de Maio de 1893.
Foi Grão - Mestre desse novo Cor-
f' po o Dl'. Martim Francisco Ribeir,o de
Andrada, sendo Grande Secretario Geral
o Dl'. Francisco Marcondes de Gouvêa Na-
tividade.
\' Desde logo foi nomeada uma Commis-
são de Redacção do Projecto de C:mstitui-
ção composta dos maçons: Dl'.. C lementino
de Souza e Castro, Dl'. Antorlin ivlilitão de
Souza Aymbrré, Pharmaceuti.'o Lamberto Ce-
zar Andrein; -:~'\!'. Francisc.) Marcondes de
Gouvêa NaÚviçade. Apres(;ntado o projec-
to de Consml'ição foi eIla discutida, votada
e promulgada em 23 de Setembro de 1893
pelo Congresso Constituinte do Grande
Oriente do Estado de São Paulo.
Veneravel da Grande Loja do Estado, o Dr. rita Loja Piratininga (A Loja «Amizade» por
João Pamphilo de Assumpção, Grande Ve- esse tempo pertencia ao Grande Oriente de
neravel do Conselho de Kadosch, Dr. Carlos São Paulo) em que se realizou uma sess'ão
Reis, ex-Delegado do Grão-Mestre no Es- da Grande Loja do Estado em homenagem
tado, os Veneraveis e Attirsatas das Lojas e ao Grão Mestre da Ordem. Recebeu ao Grão
Officinas da Capital e commissões numero- Mestre, com uma bella allocução, o Grande
sas das Lojas da Capital e de outras do in- Veneravel Barão de Ramalho, entregando-lhe
terior e uma banda de musica da Força Pu- o malhete. A Loja «Triumpho e União» en-
viou, por telegramma, saudações ao Grão-
Mestre, fazendo o mesmo a Loja «Estrella
d'Oeste» que incumbiu de represental-a ao
Dr. Carlos Reis. Falaram nes£a solennidade
o Grande Orador «ad-hoc», Dr. Gomes Car-
dim, o Grão-Mestre, o Dr. Igino ParJocchi
pela Loja «Primeiro de Maio», o Dr'. Fontes
Junior pela Loja «Honra e Virtude», o Dr.
Mario Pedro da Silva pela Loja «Ordem e
Progresso», o Dr. Antero Pessôa pelas Lo-
jas «Obreiros do TrabalhoD) e «Deus e ,Uniãoi»,
o Dr. Antonino J. Faria Tavares pela Loja
«Amor e Concordia», Michele Loguercio pela
Loja «Roma», Antonio Carlos pela Loja «Luiz
Gama», Dr. Adail de Oliveira pela Loja «Por-
tugal», o Dr. Fernando de Mattos pela Loja
«Triumpho, Honra e Verdade», Augusto Nar-
delli pela Loja «Giuseppe Mazzini», os ma-
çons LIaverias e Rubio pela Loja «Epaõa»,
Nicolino Marques pela" Loja, «Garibaldi»~
Charles Meillet pela Loja «14 JuiHet» e Dr.
tado, Dr. Bernardino de Campos, quiz visitar tes para a residencia do Dr. Fernando de Mat-
o edificio da Loja «Amizade» onde fôra ini,- tos, veneravel da Loja que os hospedou. De-
ciado quando estudante da Faculdade de Di- pois de visitar D. José, bispo resignatari.o.
rei to; e, apezar de estar esta Loja subordina- do Rio de Janeiro, o Grão-Mestre se dirigiu
da ao Grande Oriente de São Paulo, não a casa da Camara Municipal; visitou a Ca-
hesitou em transpor-lhe os humbraes do tem- deia, a Santa Casa de Misericordia, a fabrica
de gaz, a fabrica de tecidos, o reservatorio
d'agua, seguindo depois, em passeio para
o povoado de Tremenbé. A's 18 horas, rea-
lisou-se, na residencia do Dr. Fernando de
Mattos, um banquete, depois do qual ás 21
horas, houve sessão solenne na Loja «Trium-
pho, H onra e Verdade» a qual concorreu uma
commissão da Loja «Honra e Virtude». Fa-
Americo de Campos
Insignc advogado c jomalisla
Fundador da Loj,'. «AÍllerica •.
•.., ---.,-----
A MAÇONARIA NO CENTENARIO 59
dade» em Pederneiras, «Doutor: Carlos Reis» des Valladão 18.' . .:...-Dr. Antero Estanislau
em Matto Grosso de Batataes, :«Amor e Tra- Pessôa de Vasconcellos 30.'. - Antonio
balho» em Serra Azul, «Iguaperise» em Igua- Abreu dos Santos 18.'. - Antonio Benedicto
pe, «Estrella da Verdade» em S. Simão, Santos Malheiros 3.'. - Antonio Brum de
«União Paulista» em Sta. Cruz do Rio Pardo, Camargo 3.'. - Antonio Ferraz Moreira
«Quinze de Novembro» em SQrocaba, «Ar- 3... - Antonio Garcia Vieira 3... - Antonio
chitectos» em Baurú, «Estrella Brilhante» em de Góes Nobre 33.:. - Arthur Gustavo
Serra Azul, «Deus, Patria e Fàmilia» em S. Schmidt 3.'. - Benedicto Fernandes Sá 3.:.
Simão, «União» em Santa Rita do Passa - Benjamim Carneiro 3.'. - Bernardino
Quatro, «Conselheiro Ramalho» em Mogy- Soutello 3. '. - Carlos José Rodrigues 30.'.
Mirim, «Estrel1a da Caridade» em Espirito - Erasmo J acques Augusto Terral 30.:. -
Santo do Pinhal, «Philantropia 2.a» em Ba- Francisco Brau 14.'. - Francisc-o Rodrigues
tataes, «Cruzeiro Central em Cruzeiro, «São Lavras 18.'. - Ismael de Barros 18.'. -
Paulo» em São João da Bôa 'Vista, «Ope- João Didié 3.'. - João Hypolito do Ama-
rarios do Progre-sso» em Cajurú, «Obreinos ral Pinto 3.'. - Joaquim Ferreira S. Epi-
de Santa Cruz» em Santa Cruz das Palmei- naus 3.', - Joaquim Matheus de Sampaio
ras e «Virtude e Segredo» em Franca. Com- 3.'. - Joaquim Pereira' de Camargo 30.'.
tudo, nesse mesmo anno de 1896, reinava - Jonas de Barros 3.'. - José Benedicto
grande divergencia entre a Grande Loj a e as Rodrigues 17.'. - José Pereira de Mello
Lojas paulistas. Estas, em sua maioria, soli- 30 .. , - Luiz da Silva 30. '. - Simeão Boans
2.. , - Theophilo Barbosa 3. '. - Dr. Theo-
philo Benedicto de Souza Carvalho 30.'. e
Thiago Lombard 3.:. da Loja «Obreiros do
Trabalho» e os maçons Adão Gonçalo do
Paraizo 3.'. - Alfredo Machado Pedrosa
3. :, - Antonio Gomes de Escobar e Silva
30.,'. - Ántonio Mauricio Apr.'. - Bene-
dicto Anselmo 18.', - Benedicto Esteves do
n..
pião Ferreira Bueno 3. '. - e Theophílo Dias solicitava o apoio «para que seja uma realidade
de Castro 30.:. da Loja «Luiz Gama». a aspiração sempre crescente que todos nu-
Compensaram, entretanto, essa perda as trem de fazer-se, dentro da lei e sempre com
Lojas «Amizade» e «Italia» que, em 23 de obediencia ao Grande Oriente e Supremo
Fevereiro de 1897 abandonaram o «Grande Conselho do .Brasil, a descentral~sação admi-
Orien.íe de São Paulo» e de novo se filiaram nistrativa da maçonaria de cada Estado, á
ao (IGrande Oriente do Brasil»; as proprias maneira da organização politica da Republi-
Lojas «Obreiros do Trabalho» e «Luiz Ga- ca.» Esse trahalho que é magistral põe em
relevo os inconvenientes da Centralisação ad-
ministrativa da Ordem e do systema de ad-
ministração nos Estados por meio de Dele-
gados ou Representantes do Grão-Mestre, at-
tribuindo a isso o enfraquecimento peren~
e decadencia da Maçonaria no Brasil. Esse tra-
balho vem assignado pelos maçons Dl'. Fre-
derico José Cardoso de Araujo Abranches
33. '. (Presidente) - Dl'. Herculano Crispim
de Carvalho 18. -. (Secretario) - Eduardo
Vautier -Ben.'. 33.'. (Thesoureiro) - Dl'.
Candido Nazianzeno Nogueira da Motta30.'.
- Dl'. Pamphilo de Assumpção 33.'.
Dl'. João José Vaz de Oliveira 33.'. - e
Dl'. Luiz Frederi~o Rangel de Freitas .33. ' ..
Este appelIo deu algum resultado mais tarde,
não, porém, aquelIe que era de desejar por-
que o «Grande Oriente do Brasil» jamais per-
rcr-
_,._.-.4_-- ~ _.._~-~~___._-~............,~-~-_,~-.~- .... . _
A MAÇONARIA NO CENTENARIO == 61
daram-se as seguintes lojas: .«Serra Negra» Grande Loja e, a 16 de Novembro desse mes-
em Serra Negra, «liberdade e Ordem» em mo anno, realizou a Grande Loja a sessão em
Campinas, «Deus e Humanidade» em Fartu- que, depois da leitura do Decreto, foram elei-
ra, «Deus e Caridade 2.a» em Bariry, «Patria tos: Presidente DI'. Carlos Reis - 1.0 Gran-
e Familia» em Cravinhos, «la Ragione» em de Vigilante João Candido Martins - 2.0
S. Paulo, «Emilio Zola» em Franca, «Estrel- Grande Vigilante Antonio Ferreira Neves Ju-
la do Rio Verde» em Itoby, «Brasilica» em nior - Grande Orador Paulino da Costa Gui-
Bragança, «Mano.::1 da Fonseca» em Santa marães - Grande Secretario Paulino Alves
de Oliveira Guimarães - Grande Thesourei-
1'0 Eduardo Vautier - Grande Chanceller
Joaquim Severino de Avellar - Grande Hos-
pitaleiro Ezequiel Paixão da Silva Guima-
rães - 1.0 Grande Experto Elias Amen _
2.0 Grande Experto Antonio Giusti - 1.0
Grande Mestre de Cerimonias José Torselli
- 2.° Grande Mestre de Cerimonias José
Piedade - Grande Cobridor 'Joaquim Mur-
tinho de Carvalho. Em 21 de Novembro,
tomaram posse os Funccionarios e, em 2 de
Dezembro foram eleitos, para a Commissão
Central, os maçons - Carlos Alves de Oli-
veira Guimarães - José Fernandes da Cos-
ta Guimarães - dI'. João Nepomuceno No-
gueira da Motta - Henrique Misasi - DI' .
1
62 - A MAÇONARIA NO CENTENARIQ I
S. Paulo». Assim a «Grande Loja do Estado
reira Pinto - Ezequiel Paixão da Silva Gui- de S. Paulo» !realizou sua U'l~ima sessão em
marães. 21 de Setembro de 1901. Em 10 de Outubro
Em 1900, crearam-se as lojas «Justiça e desse mesmo janno, installou-se o «Grande
Caridade» em Villa Bomfim, «Segredo e Ca- Oriente Estadoal de S. Paulo», sendo nomea-
ridade» em Mineiros, «Luz de Brodowsky» do Grão Mestre interino o Dr. Luiz Frede-
em Brodowsky, «Luz á Humanidade» em rico Rangel qe Freitas; em 21 do mesmo
Jundiahy, «Estrella d' Alva» em Araras, «Luz mez, ainda em caracter provisorio e de ac-
e Caridade de Pitangueiras» em Pitangueiras, corda com as 'instrucções do «Grande Orien-
te do Brasil», foram empossados os demais
Funccionarios; do Grande Oriente Estadoal
que ficou assi~ constituido: Grão Mestre Dr.
L. F. Rangel de Freitas - Grão-Mestre Ad-
juncto Dr. Carlos de Campos - 1.0 Grande
Vigilante Dr. Mario Bulcão - 2.0 Grande
Vigilante Dr. Carlos Alves de Oliveira Gui-
marães - Grande Orador Dr. Pedr.o Augus-
to Gomes Cardim - Grande Secretario Ge-
ral Antonio Ferreira Neves Junior - Gnan-
de Thesoureiro Geral José Patricio Fernan-
des - Grande Chanceller Joaquim Avellar
_ 1.0 Grande Experto Capitão Arthur da
Graça Martins - 2.0 Granü.e Experto Al-
fredo Pereira - Grande Hospitaleiro Capi-
tão Manoel Alexandre da Silva Junior -
1.0 Grande Mestre de Cerimonias Antonio Sil-
veira de Faria - 2.0 Grande Mestre de Ceri-
Em meados de 1903, era esta a compo- veira 33. '. - 1.0 Tenente Commendador -
sição do Grande Oriente de São Paulo. Emygdio Uno Moreira 33 .... - 2.0 Tenente
Grão-Mestre: - Dr. Carlos Reis, Ben.'. COillmendador - Armando Vautier 33.'. -
33. '. - Grão-Mestre Adjuncto - Dr. João Grande ChancelIer - Luigi Schiffini 32.'.
Pamphilo de Assumpção, 33.'. - Grande - Grande Hospitaleiro - Vicente Costabi-
Secretario Geral - Antonio Fefl"eira Neves le 33.'. - Grande Experto - Elias Amen
Junior, 33.'. 33. '. - Grande Mestre de Cerimonias -
«Assembléa Geral» - 1.0 Grande Vigi- Antonio Bove 33. '. - Capitão das Quardas
- Claudio Sobreira 33 ....
«Membros Effectivos» - Antonio Gius- ,
ti 33... - Raphael Laurino 33.. , - Aristides
José de C~stro 33. " - Joaquim Marinho de
Carvalho 33.'. - José Patricio Fernandes
33.'. - Antonio Góes Nobre 33 '. - Fer- !
~
; - Grande Cobri dor - Antonio Pereira
Christo, 30 ....
«Tribunal de Justiça» - Presidente, Dr.
Theophilo B. Souza Carvalho, 33.' - Vi-
ce-Presidente, Dr. Candido Motta, 33.'. -
Procurador da Justiça, Dr. João Gogliano,
30.'. - Juizes: - Dr. João José Vaz de I-1cnl')' Whilc i
Oliveira, 33.'. - Dr. José Eduardo Macedo Gl', '. Mesl.'. Adj.'. du Gr.'. Or.'. do Eslado de S. Puulo, '
Soares, 33.'. - José Candido da Silveira dI' 27 de .Junho de l!)08 a 2.; de .Julho de l!lOlJ I
30. '. - Alfredo Firmo da Silva 30.'. - Matarazzo 33.', - Getulio Braga 33.'. e
Dr. Joaquim Marra 30.'. - Dr. Waldomiro Antonio Ferreira Neves Junior 33.:. O «Con-
I')
do Amaral 30.', - Dr. Eugenio Hertz 30.'. sistorio» pouco tempo depois foi sup,primi:do.
- Dr. Affonso Splendore 30.'. e Dr. Ernesto «Conselho de Kadosch» - Grande Ve-
L 'I
Goulart Penteado, 30 .... neravel - Dr. João Gogliano 30.'. - 1.0
ri
«Consistorio Estadoal de S. Paulo» - Grande Vigilante - Getulio Braga 33.'. -
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Comillendador Dr. João José Vaz de OI i- 2.0 Grande Vigilante - Miguel Marzo 30.'.
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Grande Orador - Arthur da Graça Mar- de muitos ideaes entre outros, a creação do
tins 33.:. - Delegado - Rodolpho Ma- «Jornal Official»; a «Conferencia dos Vene-
chado 30.'. - Grande Chancener - Anto- raveis», primeira que houve em S. Paule>; a
nio Espirito Santo Rodrigues 30.'. - 1.0 reunião do «Congresso Maçonico) brasilei-
Grande Experto - João Caetano Baptista ro; a inst~lIação do «Asylo S. João» e do
30. '. - 2.0 Grande Experto - Martiniano «'Monte Pio» e a tentativa de installação de
dos Santos 30.'. - Grande Hospitaleiro - «Academias maçonicas». Infelizmente essas
Oliverio Rodrigues Silveira 30.'. - Grande creações tiveram vida ephemera e das outras
Mestre de CerimOnias - Antonio Silveira
Faria 33.'. - Grande Cobri dor - Claudio
Sobreira 33 ....
A primeira administração do «Grande
Oriente Estadoal», tinha tendencias manifes-
tas para o absolutismo e para a dictadur'a.
Essa tendencia provocou varios protestos, en-
tre 'Outros o que foi distribuido em folheto
datado de 15 de Dezembro de 1904 e assi-
gnado pelos maçons: Dr. L. F. Rangel de
Freitas e Raul Rodrigues Coelho, pela Loja
em que tomou posse, o dignitario eleito Dr. Antonio Zerenn:er, que tomaram posse no dia,
Uno Moreira. 29 de Julho, para a qual, o Dr. Pedro de
Em 1908 foram eleitos para Grão Mes- Toledo veio ,expressamente do Rio de
tre Estadoal o Dr. Pedro de Toledo, e para Janeiro. O Dr. Pedro de Toledo pas-
Grão Mestre Adjuncto Henry White. Em 27 sou o iSupremo malhete ao Commendador
de Junho deste anno, tomaram posse de seus Zerrenner, visto ter que voltar a gerir a Pas-
cargos, as Grandes Dignidades, Em 19 de Ju- ta da Agricultura. Assistiu ás solennidades
da posse o Soberano Grão Mestre do Grande
'. nho de 1909, foi eleito para o cargo de Gran-
Oriente do 'Brasil Dr. Lauro Sodré, vindo
especialmente do Rio de Janeiro para esse
fim. Em 1914 foram' eleitos Grão Mestre
o Dr. Carlos de Campos e Grão Mestre Ad-
juncto o Commendador Antonio Zerrenner.
O primeiro recusou tomar posse do cargo;
, " o Commendador Zerrenner tomou posse em
17 de Junho e manteve-se no cargo até 19 de
, '. Novembro desse mesmo anno, passando o
Grão Mestrado ao Tte. Coronel Arthur da
" Graça Martins, Presidente do Tribunal de
, Justiça, por ter de partir para a Euro.pa: "
Em 14 de Outubro de 1914, foi eleito
Grande Secretario Geral o maçon Adelmo
Pellegrini que occupou este cargo até 23 de
Junho de 1917, Em 25 de Fevereiro de 1915
foram eleit'os o Commendador Antonio Zer-
renner e o Tte. Coronel Arthur da Graça
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_. ._... . A MAÇONARIA NO CENTENARIO -.- 67
Por essa occasião estavam accessas as Arthur da Graça Martins respectivamente pa-
paixões, principalmente {ios filhos de algu- ra Grão Mestre e Grão Mestre Adjuncto.~
mas nações latinas que não . viam com' Para contrariar essas candidaturas for-
bons olhos, no exercicio do Gran Mestrado, mou-se um «Comité Maçonico Paulista»,'
o Pod,', Ir,', Commendador Antonio Zer- Procedidas as eleições, em 2 de Abril, e
renner, cavalheiro distincto e digno, sob to- apuradas, com o maximo rigor as mesmas,
dos os titulos, que viv~, ha muitos annos no em 21 de Maio, verificou-se terem sido elei-
Brasil, coIlaborando em pl'ól do nosso pro- tos, para Grão Mestre, o Dr. Pedro Augusto
gresso: Gomes Cardim por 933 votos e par~ Grão
Assim a sessão da Poderosa Assembléa
em 26 de Janeiro de 1916, foi tumultuosa e
deu lugar a que fossem suspensos e proces-
sados diversos maçons, Desejavam os irmãos
gel'manophobos que se annuIlasse a posse dada
ao Grão-Mestre, Esses -irmãos dissidentes,
formaram um «Comité Maçonico» e lança-
ram um manifesto, Originou-se dahi a for-
mação, em São Paulo, do «Grande Oriente
Autonomo», Existia já, .por essa occasião,
uma outra cOflpomção independente sob o
nome de «Grande Oriente Paulista» de que
era chefe o maçon Coronel Antonio do Car-
mo Branco ~eque se 'fundiu, com O «Grande
Oriente do Brasil» em 1919.
A successão de Grão-Mestre e Grã.o
mão Coronel Baptista da Luz recebeu .o se- Pereira de Campos Vergueiro que fôra eleito
gui'nte telegramma que paz fim ao desagra- em 15 de Janeiro.
davel i'ncidente:'
A administração do DI'. Almeida Prado
I«Rio, 31. - Coronel Baptista da Luz. - foi fecunda, devendo-se isso, em grande par-
Tabatinguera, 74 -- São Paulo - Communi- te, á acção firme, justa e correcta do então
co-vos que soberana assembléa geral em Grande Secretario, o notavel maçon Coro-
sessão hontem, d.eclarou nullas as eleições nel José Leonel Monteiro.
procedidas a 2 de Abril para as grandes di-
Durante esse periodo não se arrefece-
ram outras grandes e nobres iniciativas da
Maçonaria Paulista: - as Escolas «Sete de
Setembro» se multiplicavam pelos bairros da
. ti, Capital; e o «Natal dos Pobres» promovido
'" todos os annos, pelo grande e sympathico
I,. maçon Pedro Ernesto de Oliveira demonstra-
va praticamente aos profanos, aos pobres, aos
infelizes que a Maçonaria é uma institui'ção
que realiza, na terra, o ideal de Christo,
que recommendava o amor á humanidade e
especialmente aos infelizes, ás creanças po-
bres.' ;
i Em 1 de Abril de 1920, realizou-se a elei-
11 ção das Grandes Dignidades do Grande
['
I
ii.
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-- -=-=-----~------ -------- -._-
A MAÇONARIA NO CENTENA RIO ---- 69
PPod, '. lIr,', VVrn.'.. LLuz,', DDig,', e mnis momrnlo, se nl'ulraliznm no hcm da ('olll'l'1 ividmlr, por-
OOhr, '. dr todas as LLoj,'; nltrg,'. do Gr,', 01',', de que n[')s lodos somos IIr, '. na lIlal,'onarill, 111'.'. vinrllla-
S, Paulo, - S, E, P, - Ohedl'crllllo a uma vrlha prnxr, dos lJl'la ll'i supl'l'ma dl' Ulll IIll'Smo ('11110 - da Familia,
Sl'mpre ampal'ada e sel'\'ida com inlenso praZl'l' I' oplimo da Pall'ia e da I-lumanid:llll',
rrsullado pelos MMa~',', paulislns, )'l'uniram-se a 1!l do
E nilo é de ollll'a fÚI'IJJa, l'rezadissimos 1I1.,'" CJue
(,olTrnle mez, nesta Cnpilal, os VVl'n, '.1 e os HHrpr.', das
n Ordem perprluII e pl'l'jll'lnal'lí ;. sna f())'~'a por lodos
OOff, '. d'este Estado, pnra deliherarrm, rm ('onvrnção,
os secnlos, por lodas as [elTas, no 1l'IIljlO r no l'spaço,
sohre a eseolha dos nomes que devem SI')' surrnlgados
até fjue anoileça o ulIlndo, com aqllelle nlf'Sl110 \'igol' qlll'
pat'a os allos cnl'gos de CI .... Mesl', r Gr.", Mesl,', Adj,',
do Gr,', 01',', do Eslado de Silo I'aulo,
Essa ('onvl'n~'ilo, rl'alizada numa l'sphel'a larga ('
radiosa dl' \'rrdadl'ira d['mocl'I",ia, l'm qne as ll'ndl'nl'ias
de cada um nilo se s['ntiram diminuidns, mas sinccra l'
afl'l'('tuoSanH'nt(' r['sIll'ilndas, foi mais umn ['spll'lHlida
manifrslação de .vilalidadc da Inslilui~'r1o suhlime ,(Iue
nos il'lnana numa mesma ('adeia d[' luz, num mesmo
ampll'xo dl' fratl'l'nidade e d[' cOIH'ordi:1.
Alé hOjl' nilo SI' apl'l'sl'nla nH'lhor modo dI' SI' ['on-
jllgal'(~nl os (lsf()l'~'()s dos gl'l'luios l'1l'ilol'Hl'S ('lU rH\'l)1'
dI' candidalos qUl' suham 11I'l'sligiados por uma grande
I'ola~'ilo, sinilo unaninH', para quI' gOI'I'I'I)('m com an-
loridad[, e sl'gunln~'a, l'xprimindo as uossas eSIH'ran~'us,
rl'f1rC'lindo o nlllnH'nlo exaclo da uossa a'lma, s,\'nlhl'li-
zando os nussos Inllis allos inll'I'l'SSI';; (' as nossus maio-
l'l'S aspil'llri'll's, E \'(,s lodos, I'rezadissimos 111','., hrm
sahris que a Maçonaria, dl'nlro dos prit)('ipios de honra,
(111('. sl'mprr a orienlaram, Il'llllsmillidos dI' sel'ulo l'm
s('cuJo, c'omo uma pl'l'['iosissima hl'ran~'a de gloria, e
d(' sol, Irm, nilo ha nrgar, inlerl'SSl'S a zl'l:u' (' 1i dl'f('n-
drl', no cumpl'inH'nlo ('xl",lo, ineluC'la\'e1, it'n,dul'livel, dos
SI'US drslinos,
Adclmo Pelll'grini
Glo,': Src,', Gl'r,'. do Gr, '. OI',': do Eslado de S, Palllo
dr 1.1 de Oulllhro d,' l!H.1 a 23 de J linho dr 1H17
70 A MAÇONARIA NO CENTENARIO
Todos dois, sempI'e ao nosso lado, nos momenlos do Eslado ele S, Paulo, que se fez, pela firmcza de sua
de quielação ou de peleja, lias horas calmas ou nas ho- eliscipliiJa e pelo 11I'ilho de sua educação, 11m motivo
ras incerlas, provaram os senlimcnlos qlle nos incor- de orgnlho para a familia hrasileira, l'Ite é 1I1H dos
.param no lormento e na \'icLoria, qlle nos associam na mais {lislinclos, querielo e respcilmlo pelos pn'dieadns vi-
vos de inlelligencia e de caradcr, eseravizanelo a lodos
magua e no lriumpho.
Todos dois provaram sempre, <.'m lodos os illslan- j>e:a fei~'iío parlienlar do SI'U espirilo, pela' maneira ea-
Il's, a, qu.alidades dc ouro, as virludes dc cleiç'.ão que pl ivanlc (le qll('rcl' e ele pensar,
irradiam do cvangelho excelso, ([ue nos une, que nos con- \'encendo loelos os postos pl'lo proprio mereeimenlo,
gr£'ga muna reSllllalll1' :ulmiravcl. vigorosa c lemivl'l, de telH exerl'Ído eom esclarecido d{'svl'llo e ilIexee(livel (Ic-
.'.: diC':I~'ão, as mais {lifficeis commissiies, gosando sell1pre
\'onla(1c' {' 'de aeç'ão.
O IlH, ,JOSE' AIlHL\;>;U M,\HHE\' JUl'\IOH, lumi. ela confiança do (;o\'erno, do applallso incondieional
.lIar I'lIlrc os seus pares', inlclligellcia luc:ida, espirilo sereno, elos scus superiores e ela l'slima leal e sillcera dos seus
palavra sedlldor:1 e ('onvincl'lIle, cnracler adamanlillo, im- com[JanhPiros de armas,
poz-se no C0l'IlO dos advogados dc São Paulo como UI11 i'a vida inlima é um hOll1l'lI1 integro, é um Iypo
~, i
eslrelluo soldado do direilo, selllinella da razão, infaliga- rxaclo dI' n1a~'on, probo (' allivo, affavel e loleranle,
vel dl'l'l'lIsor d:ls lih{'rdades cOllculdadas. capaz de lodos os sacrificios no dl'sempenho jnslo e
lll'
Como llOnH'm pllhl ic.o, moço emiJora, sua vida de perfeilo de Clnalquer manda lo.
purezn (, um exemplo de illdependcncia, de correcção e
São esses os eandida!os do povo ma~'onico pau-
de gl'alHl1' descorlino polílico: sabe servir COI11 devola,
lisla, eandidalos ([ue a COI1\'cn~'ão de IH de Fcverciro
11. menlü ,',s suas cOllvicçücs, salJe ser coherenle com os
apresenla {'omo men'('cdorcs do su[[ragio de lodos os
seus principios, nrlO sahe esquecer os seus amigos c
t'i: l OOhr,', sl'il'nlcs l'. ('ons('ienl('s da n'spons:i1lilidadc (Iue
halalha com franqueza pelos inleresses do povo I' pl'la
assunH'm ao eleg('r as gr:lndc'; {Iignidadcs do (;1',', OI','"
promessa sagrada que o nosso pavilhão allri-l'smc-
do Esl:lllo de Siío l':llIlo,
raldn desdolll':1 ao fulgor do Cruzeiro do Sul.
",
: ' •. 1\'0 recesso das OOfr,', em que lrahalha, nos nl- Os' ('OIl\'{'IIl:iollal's {llle assignall1 este manifeslo,
I', aliús {'OIl1 abundanl'ia dl' {'ol'a~'ão, cumprcm 11111dever
que lhes foi imposto pela mesma Conven~:iín, são sim-
'"
': r ples lI1andalarios da ml'moravl'! assemhléa, que (te ma-
',,: IH'ira inilludivl'1 lI1anifesloll soherananH'nl(' :1 sua von-
1:1l1(" qne é :1 vonl:llle in('onlesle da maioria ahsolula
das oorr,', do Estado de Siío Paulo,
"
Gr.'. Se{" Ger,', do (;1'.'. 01',', do Eslado dI' S. Pnulo Brasil se resentia de má vontade para com o
, ~~!I
.l'
de 2:\ {]co .Iullho dI' 1!117 a ií d,' Julho dI' 1!J20 Grande Oriente Estadoal de São Paulo, Des-
sa data em diante, acirrou-se ainda mais essa
los poslos nl:I~'oni('os quI' OI'{'UIl:l, ning{wm 1l'1':'! :1 \'cl- má vontade.
1l'idnde de pôr em duvida o dl's,assomhro, a p:lIxao
mesl1lo com '1ue dC'felldc "s boas ('''IIS'IS, niisl"lIdo-se A ogeriza de alguns maçons do Rio
l'nll'e os prinH'iros lIue elevam pelo esforço e dignil'icam chegou ao ponto de proporem elles, na
pela allivez a nossa Insliluiçiío. Soberana Assembléa,'a extincção do. Gran-
O Til', Cc!' AHTHUH DA GHACA MARTlNS é UJll:1 de Oriente 'de São Paulo, contra .o espirito
oulr:1 figUl'a de real pl'esligio so~ial: Na FOI'ça Publica da Constituição de 24 de Fevereiro de 1907;
-" .. :
,,--
A MAÇONARIA NO CENTENARIO 71
o que não levaram a cabo, devido á interven- que não :pode deixar de ser combatida pela
ção do Soberano Grão Mestre, General Th'o- maioria.
maz Cavalcanti, que; comtudo, não resolveu
definitivamente o caso. . Afinal, em -3 de Março de 1921, reali-
sou-se no Rio de Janeiros uma convenção
Assim, no (lecorrer dos trabalhos da So-
para a escolha do candidato ao cargo de Grão
berana Assembléa, 'na legislatura de 1920, sur-
Mestre Adjuncto da Ordem, vago ptlo fal-
giram, enunciadas por algum dos membros
lecimento do preclaro Maçon Dr. Luiz Soares
do Conselho 'Geral da Ordem, ideias de com-
H orta Barbosa.
pleta centralisação 'dos alias poderes da Ma-
çonaria Brasileira nas attribuições daguene.
Conselho, Os autores de taes ideias entendem
que a Soberana Assembléa deve funccionar
annualmente, no 'maximo oito dias, e só
para approvar 'os orçamentos que forem feitos
pelo Conselho, 'desaPlparecendo, portanto, o
poder legislativo creado pela Constituição,
então em vigor.' Entendem mais, que devem
desapparecer tambem os Grandes Orientes
Estadoaes (aliás só existiam dous: - o de
São Paulo e o de Amazonas) e a autonomia
de que gozam as Lojas da federação (?),
posto ás Lojas, não pode haver motivo algum á ultima hora, os seus diplomas foram' im-
'o
'. para impedir o cumprimento desse dever: pugnados por dous gratuitos contes~antes.
i Essa campanha mais irritou a sanha dos Mas a verdade é que o Grande Oriente
maçons do Rio de Janeiro. Com tudo isso, Estadoal de São Paulo pagou a cotisação de-
o Grande Oriente de São Paulo attendia a vida annualmente ao Grande Oriente do Bra-
I I':
"
todas as exigencias do Poder Central, já ca- sil, «conforme recibo expedido pela Grande
I
mãos aliás cheios de serviços á Sublime Or- a sabedoria e a abnegação de Socrates. 5'
dem, Orientes benemeritos, notaveis sob mais positivamente Socrates a propagar sempre a
de um aspecto, como por exemiplo 'Ü Oriente verdade, ainda que seja condemnado a beber
de S. Paulo. Por isso, tudo se perturbo,u, cicuta. Pouco se lhe dá a viotoria de hoje,
e nos encontramos, nós outros, no Grande a victoria precaria de golpes de surpreza:
Oriente do Brasil, não em uma sitiuação le- ambiciona a victoria defini~iva dos altos hl-
gai, porém em uma situação de facto, a triste tuitos da Maçonaria, cujos processos nãü de-
realidade de violencias que se vieram prati- vem ser os mesmos processos defeituosüs,
immoraes do mundo profano.
Pois bem, Snr. Presidente, eu pertenço
á corrente que combate pela verdade; á cor-
rente i nspirada por verdadeiro idealismo su-
pedor; á corrente que respeita a lC{)Ilstituição,
o Regulamento Geral da Ordem, o Regi'men-
to interno; á corrente que se vae esforçando
na esphera' de nossa actividade, a batalhar
por idéas e sentimentos, a propugnar o trium-
pho de doutrinas organicas, de modo que a
Maçonaria, reatando o fio glorioso de suas
gloriosas tradicções, seja Maçonaria.
E é animado deste modo, Snr. Presiden-
te, que tomo a investidura de representante
do Venerando Conselho de Kadosch dü
Oriente de S. Paulo, enviando daqui aos meus
bons irmãos daquelle Oriente o abraço fra-
ternal em que se objectiva a mesma fé ar-
dorosa em que nos abrasamos, pensandü na
grandeza moral da Patria, na regeneração
da especie humana, o que ,vale a dizer na reg.e-
neração da Maçonaria.
Nem eu ser.ia digno de mim mesmo, se
,José W. Longo após os desastres que aqui se fealisaram, hoje
Ex-Gr: .. Chnnc.:. do Gr .... 01'''. do Eslndo de S. Paulo me sentasse na cadeira que não solicitei, ca-
deira que espontaneamente me confiaram; os
cando contra o Regimento intemo, contra 'O meus confrades de S. Paulo, cadeira que es-
Regulamento Geral da Ordem, contra a Cons- teve a pique por uma má politica de gratui-
tituição. tos adversar,ios do incançavel e eminente
, Mas uminaçon não é homem de facto Oriente Paulista-hoje me sentasse, estava eu
consumado; tem principios a defender. Nem dizendo, silenciosamente, resigínadamente, sem
segue o exemplo de Anytos senão 'O de So- uma palavra de protesto, deante de tamanhos
crates. Um maçon não anda a correr ,atraz desastres que não vão bem com a respeitabili-
de successo; não é nenhum Anytos atacando dade da Sublime Ordem».
76 A MAÇONARIA NO CENTENARIO
"
'..,
1
. Outros maçons se seguiram todos de ac-
cordo com a opinião do primeiro orador. Eis
Cel.
Arlhul'
Gelulio Braga,
.Jahrmnnn.
da Loj.'.
da Loj. '.
.~azarelh"
,Frnlernidmle
de Avnré;
de Snn-
.,' los., Snnlos;
o inteiro teor da acta dessa memoravel sessão
historica: Cl'!. I!onol'io Augusto I'l'l'eira, da Loj. '. "~slrclla
do flio Pnl'llo., de Jardinopolis;
,I'n'sc'nll's os VVeJl.', e /l/lc'P.'. das LLoj.'. do Es-
lado, COIl1 all1plos podl'rrs, o EII1. ' . .(il',': Ml'sl.', DI'. (;I'Ol'gc's LI' Selll'III'. da I.oj,' .• Amor e C"nc'ordia',
José ,\driano Marrl'." Junior ahriu a Sess.'. ('on\'idaJl(lo de. Jundiah,\';
para 10ll1arrll1 assrnlo ao Sl'1I lado, o EII1.', Ir.'.' Cel. .TOSI~Hihciro Xislo, da Loj,', «Tniiio c'. Caridadl' .1.n.,
ArliJnl' da (;ra~'a MaJ'lins, [,1'.'. 1>!l'sl.', Adj,'" lIr.'. de Mogy das Cruzes;
Major ;,\l'Ison Tl'ixril'a. ,\rlhllL' JaiJl'ln:1I1n, .\nlonio Ham- Capilão Salurnino COI'l'en, dn Loj.', ,Lealdade e
ciJini e AHn'do 1':ICiJl'C'O. 1'l'SIH'eli\'all1l'nll' \'\'l'n,', das FirnH'zn" dn eapilnl;
LLoj.', .Srle de Selell1hro., <FI:all'rnidac!P de Sanlos"
Capilão ElI1ilio Meul'ei, da Loj.', ,Tl'1ll plnrios da
'.Eslrl'!la d'Ol'sll" l' d'iralinillga>,
Juslil,'a., dc' São .Joiio da Biln Visla; I
EII1 segnida o EII1.', [,1','; Mesl,', i'l'z lIilla longn Felil'in Vigorilo, dn Loj.', ,[nlegridnde" de Ca-
I'xposi~'[jn dos fados qne \'1'1'111 0('('01'1'1'11110 dl'sdl' o anno l'i\':II''y ;
passado, nns. reln~'õl's dl'sll' (;, ... , 01'.'. COill o I'od:', Ik. 11.'l'otl'l, da Loj,', d.1 de Julho" da ('apilal;
Cl'nl.... fazl'ndo ull1a dl'I:lliJ:H!a rl'sl'niJa dc'sll's fados, Cel. A(fl'l'do Agui:ll' de Barros, da Loj,', ,Triumpho
dl'sdl' os prill1ordios da call1paniJ:I ell'iloral p:lra o r I:niiio., de Dl'seal\,:J(lo;
" (;,.,., Meslr:Hlo dl'sle (;1'.', 01' ... , alô os IIl1inllls :)('onle- Araldo Fahi:lI111 Flygal'l', da Loj.', d~sl relia ;\ lll'lleS-
-: c'inll'nllJs a proposilo das eleições dl' 1I11[.p.... :í Soh,'; lI' dCI Brasil., dI' l'c'nIJ:lpolis; \
.\ssc'lI1h.', (;l'r.'.' e (;1'.'. Ml'sl.'. .\dj.'" d:! Ord ... , Tl'nenll' .José ,\ulonio (iar('ia, da Loj.', ,Trinngulo
;\s IIllill1as paln\'ras do EII1.', (;1'.': Mesl,'. foral11 e Luz •. de I'iracaia;
c'nll'l'g:JIldo o caso ao jlllg:llnl'nlo da 111,', ,\SSl'lI1iJ.': para Cl'!. Anlonio do Carmo Brnnco, d:J I.oj,', ,Monll'
dizl'r a allillldc' qlle dc'\'l' Sl'I' sl'gllida nl'sl:J l'nll'r- I.iilano" da ('apilal;
w'n('i:l. ])1'. F. A. flrll'.\pc' da Loj,', <I'rudenle de Moraes»,
SoiJ,'l' o assllll1plo nS:II':lIn d:) pnl""I'a os sl'gllin- da ('apil:Ji;
Il's Illlrp,',: 1)1'. .\nlonio I'c'n'ira Cald:Js l' L:JIldlllpho Fralll'isco M. Vilelli, das LLoj.', .,Bom .Jesus, dr
Monll'il'O, prla Loj.', ,Firll1l'z:J', de II:IJH'lining:l; Agne)- Caelllll'ir:, l' ,Cruzeiro Cenlral., de Cruzeiro;
lo Villas Bll:ls, prla Loj.', '(;lIi:J do FlIllIro., de Bo- Dl'. 1'l'IlClr.nle da Silveim Mrllo, da Loj.'" ,Pintci-
Incnlu'; José Ml'lllll's. pcla Loj,', ,Frall'rnid:HIl' I'alllisla., ('al"I', clr. I'inll'ie:lha;
de Bnl'l:elos; 'ElI1ilio Ml'1Icl'i, pcla Loj.', ,Tcll1plarios da Domingos Ill':1ga, da I.oj.' .• Fé e I'erse\'ernnç:l>,
Jllsliça', de S . .Toiio da BIJ:l Visla; I!onorio .\lIgllslo Pe- de .Jnholil'ahal;
rei,'a, peln Lo.i.', ,Eslrl'lIa do /lia I'nnlo', de Jardino- .José FC'I'I'['ir:J da Silv:J, da Loj.', ,[.:lhOl", de S.
polis, José Ililieiro Xislo, pcla !.oj,', .Dells e C:Jridnde IV, [loque;
de Mogy das Crllzes; Jniio (;:J1lo, qlle fez coniJeccl' :'I As- João I'el'eira, dn Loj.', ,11niiio e Trahnlho., de
sell1iJ,', n opiniãn d" I'od.': Ir,', DI'. Marlilll l:r:JIleisco \'irndoul'o;
Ribeiro dc Andrada, inleir:unenle solidario COI11 o GI.,., .José Mendes, da Loj,', <Frnlernidnde Paulisla', de
Mesl,', do Gr.'.: 01','. de S. I'alllo nesla silllaçiio. Barrelos; .,
Todos os oradol'es conelllinlln os seus discursos Hnphacl Mallei, da Loj.', .Giordnuo Bruno" da
pl'opol1l10 que o GI',', 01'.' J do Eslado de S. Paulo fi- capilal;
que complelan1l'nle dcsligado do (;1'.', 01'.'.' do Brnsil, Capilão A. Srrpn Sohl'inho, da Loj.', ,Paz e Pro-
eonslilnindo-se em C 1'," 01'.'.: Aulonomo e indepl'n- gresso •., de Bil'iguy;
denle. Capiliio João flibeiro Pcreira dn Cruz, da Loj.',
Foi I'm seguida, dada a pala\'ra :11) HSp.', DI'. AI- ',Deus Jusliça e Caridade" de Ilnpira; I
hcrlo dn Cunha Horla, Gr,', Orad.' .:, q)lljl' pronunciou Frnncisco Anlllnl's, da Loj.', .Llliz [,amn., enpilal;
l'loqucnle pcça de nJ'chileclura, concluindo pela nppl'O- DI'. Fernando Hiheiro Baeellar, da Loj.' •• Tup."",
vaçiio da proposla, medianle \'olação nominnl. de Arnçaluha;
,I Submcllidn :í vola~'iio, foi un:1I1imemenle appro- ,Jo~é Eudoxio de Mnllos, da Lo.i. '. .Commereio e
\'nda a seguinle proposição: ,Os "encraveis e Hcpre- Seicncias., da capilal e .,Lihero BnJ!m'ú', de Tal[lInl'ilinga;
scnlnnles de Venera\'eis presenles, resolvem dl'e1arar Archilrrelino Brilo, da Loj.', .Tl'l11plarios do Sul"
:IS suns LLoj.', unidns :í aclual adminislração do GI'... de Gcnl'ral Glyeerio;
OI'. " do Eslado de S. Paulo e sepnl'adas í'nleirnmcnle do CeI. Anlonio Caluz ,Junjor. da Loj.', .Igualdade 2.a.,
[,1',', OI.... do Bl':lSil e que a mesma adminislra~'ão fiquc de Monle Alio;
j com plenos poderes para tmlal' da organisaç'ão do GI',', Anlonio Giusli, da Loj.' •• UniflO c C:II'idade :I.a.,
Ir.
,
I,'
'.
01',', Aulonomo
Em seguida
dc S. Paulo'.
procedeu-se ú \'ola~'iin nominal, sendo
de Faxina;
Dl'. Alhedo da Cunha Horla, da. Loj,', .tTnião e
a pl'Oposla dn sepnração do (;1',', 01'.'; do Esl:lllo de C:lrid:lde Universal 3.n., de Araraqllarn;
S. Paulo do GI'. " 01'.'.: do Brnsil, unanimemente nppro- Joaqllim de Oliveira Marqlles, da Loj,', .Ordem c
vadn, sendo os seguinles os 111','. que volaram: Progrcsso., da eapilal;
Dl'. Benjamin Heis,da Loj,'. ',Al11iznde», da cn- D,'. S:dvadol' Anlonio Serroni, da Loj, '. .Amol' e
pilal: .IIIsliçn', de Ilnraré;
DI'. AgnclIo Villas Boas, da Loj.', ,Guia do Fu- DI'. Viclol' Sael'nmenlo, da Loj.', ,Aurol':l Cacon-
luro., de Bolucnlu'. dcnse" de Caconde, e .Campos Salles" da cnpilal.
Andl'elino Demelrio, da Loj.', .Promolores dn Luz., Mnjor Nelson TcixeiJ'a, da Loj.', .Sele de Selem-
dc' Alhuquerque Lins; ~ hro., da cnpilal;
DI'. Anlonio Pl'rrira Caldas .Junior, da Loj.', .Fir- Cnpilão Clnro da Silveirn, da Loj:' •• Trabalho" de
meza', de I1apelininga; Amparo e • Frnncisco Glycerio., de Sanlo Amal'O;
.Capilão Anlonio BarachinÍ, da Loj.', • Eslrl'lIa Alval'o de Cm'valho, da Loj,', 01.0 de Mnio., da
" d'Oesle., de HiiJeirào Pl'elo; eapilnl;
r, Pedro Malhias Sclll'ciher, pelo Cons,', dc Katl.'. Mnnoel Cascmiro Fcrreirn da nocha. da Loj.', ,Es-
do (;, ...• 01'.'. Or,', do Esl:lllo. lrclla da Caridade., de Espirito Sanlo do Vinhnl;
~,
~i
\I"
Pedro EI'Jll'slo
(ir, " Thl'S.', (;l'I'.'. lio (;1',', 01'.', de S, Paulo
e popular orgauisll<iol' do ll'adieiollal
,,:'\alal dos /'oilres •..
\
b.
'I
________ ..-.-1
.
=======~~_~_, .= ._._0_- . +. __
'I Art. '3.0 - Revogam-se as disposições em Esse pedido foi unanimemente ap-
contrario.» provado.
O maçon José Eudoxio de Mattos ))ro- O mesmo Dr. Antonio Pereira Caldas
pôz e fO,i approvado que se desse conheci- Junior apresentou o seguinte projedo assi-
mento ao General Dr. José Maria Moreira gnado por -38 Representantes e que "foi Ul1ia-
Guimarã~s, em telegramma, da resolução da nimemente approvado: «A Soberana Assem-
Assembléa.
bléa Constituinte resolve:
Na reunião do dia 28 do mesmo mez,
Art. Unico - Os membros da adminis-
o Grande Secretario cOlllmunicou ter enviado
ao General Dr. José Maria Moreira Guima-
rães, o seguinte telegramma: «General Mo-
reira Guimarães - Rua Silva Rabello n.O
135 - Rio. Soberana Assembléa Constituinte
Grande Oriente S. Paulo, presença 85 mem-
bros vos acclamou seu Grão-Mestre Adjun-
do' Honorario como homenagem vossos ser-
viços Maçonaria e desaffronta usurpação car-
go para qual fostes eleito parte sã e honesta
Maçonaria Brasileira. Unanimemente cassou
perpetuamente identico titulo concedido ha
tempos Mario Behring. Abraços fraternaes.»
Pelo Dr. Antonio Pereira Caldas Junior, como
relator da Commissão encarregada de orga-
nizar O projecto de Constituição foi pedido
á Assembléa, o praso de 30 dias para apre-
Terminado o -trabalho, foi o mesmo impresso ro». Em seguida o Dr. Henri Potel decano
e enviado 'a todos os Representantes'; rece- dos maçons presentes na falta do Pod.'. Ir.'.
bendo aCommissãoas emendas que lhe fo- Antonio Giusti '33.'" jurou a Constitu1ição,
.'..
11.
ram enviadas, pondo-as em ordem para se-, sendo acompanhado por todos. Foi então só-
rem apresentadas 'a Assembléa Constituinte lennemente declarada promulgada e pub~i-
" em sessões 'plenas.: cada a Constituição do Grande Oriente de
A Assembléa Constituinte reiniciou os São Paulo. Das eleições a que se procedeu,
seus trabalhos .em 3 de Outubro, sendo o em seguida, resultou serem eleitos, para o
projecto amplamente Discutido em oito ses-
sõ'es consecutivas, 'artigo por artigo, sendo
os mesmos .approvados com diversas emendas
apresentadas por 'varias Lojas especialmente
as de Hotucatú, S. Carlos, Piracicaba, Rio
Claro, Araraquara e Taquaritinga. Na ses-
são do dia 3, os trabalhos comprehenderam
os artigos de 1 a la; na do dia '4, discutiu-se
até o artigo 24; nas duas sessões do dia 5
(diurna e nocturna), os trabalhos attingiram
o artigo de numero 42; nas do dia 6, a Con-
stituição ficou discutida até ao seu artiígo
68; nas duas sessões do dia f., finalmente,
foram approvados os restantes' artigos, isto
é, até o numero 127, que é de quantos se com-
põe a Constituição.
Na sessão do dia 8, se resolveu quc no
,
I:
--------
A MAÇONARIA NO CENTENARIO=-'== 81
Pereira Caldas Junior, Professor j. Ventura ncnle nJa~'on Geneml Dl', José Maria. 1IJul'l'ira GuinlH-
Fornos,
,
Dr, Ernesto Sampaio , Francisco Pe- rãl's, ('lIjo nomL' :turrolado fô,'" slll'ft'agado !fllasi IIl1a-
relra Mendes, Dr, Angelo Estevam Giusti ninH'menll' pe:o ]lOl'O maçonieo j)aulisl:l, a SOIlEIL\;\i:\
,\ssl'mh,', adlCllI mais ]ll'alico (' aCl'rlado n:io re('onhe('('I'
Raul Silva, Dr. Victor Sacramento, Dorival
os IIL~pn~sl'nlanles jlaulislas, soh uma L'sllllla e falsa al-
Alves, Dr,. Benjamim Reis, Dr, Salvador An- il'gação d(' IIltima hora, conscguindo dl'''L' modo, S(',
tonio Serroni, Tte, Coronel Arthur da Graça !'l'n:lluenle, rcconhecCl' e cmpossal' o caudida'o seu a!)a-
Martins, Coronel Getulio Braga, Pedro Er- Iligllado,
nesto de Oliveira, Dr, Landulpho Montei- Dias dcpois, com o nWS!llC1 arhílrio, :I SOBEIL\:",\
ro, falou ;por ultimo o Grão-Mestre, Dr. ,\ssl'mb.', acl10ll quc dl'l'ia rcCOnlll'('l'l' e n'('ollhL'Cl'lI lo.
dos os IlL'prl':a'1l1anles de São Palllo",
José Adriano Marrey Junior,
\)eixalllCls ú "onlmle de ('..Ida um, a c1assil'i('a~'ão
. Transcrevemos abaixo as notas publica-
dl'sle descalabro.
das nas edições de Julho e Agosto ela «A Ma-
Dianll' de lão insolilas e iJ1l'oneebi\'t.'is :lggJ'PSS()(,s
çonaria
, no Estado de S, Paulo/> , relativamen- ú illlPgl'idadl' do (;1'.', OI',', do Estado, uma nll'd ida
te a separação da Maçonaria paulista, . do l'xll'l'nlH Sl' impunha, medid:l dc aieanl'l' illlmedialo e
Gr.:, Or,:, do Brasil: reivilu1icadora dus scus hrius vilipl'nd[oados, dos seus
din'i(os poslcrgados,
• Dignificandu u seu nOllle e hunrando as suas lra-
S"IHlr:ltlllo-Sl' do (;1',', OI',., do Brasil, S, Palllo
di~~ões, a Maçonaria paulisla, nnm geslu que só púde
sall'lHI sua diguidadL',
ennubn'ce!-a e elevai-a, acaba OI.' scpanlr-sc, definitiva-
menle, do Gt',', 01','.' do Bt'asil. Esle illlporlanle aconleeimcn[u, (lU,' (cm allrahido
gcracs s)'mpalhias, até nll'smo no seio 'do cullo mundo
"rem de lunge as queixa.s e os juslus rrscnlinlt'nlos
profano dL' S, I'aulo, vl'io 11l'O]l0lTiollar a opporlunidaele
dus maçons de S, Paulo, conlra a sél"ie inlcl'minavel
feliz de Sl' cungnlçarem lodos us maçons da familia ma-
de abusus, exigcncias e descunsidel':I~'(les praticadas pelu
~'onil'a paulisla, com a fusãu do Gl', " OI',', do Es-
L;I',', 01',', du. Brasil, !fUL' sct"ia um Jlllllea acabai', si
intentasscmus enumet'al-as, ladu com u GI',', 01',': Aulonomo, . COlllposto de 1.1.0';",
e ma~'ons que constiluem uma solida garantia para li
Esles fadus desagradal'cis e esla alliluoe injus- grandcza da nova Maçonaria paulisla, livre c inde-
lifical'rl du Gr,', 01',': 'do Brasil, manifestaram-se do lH'IHleulc,
um mudo, ainda. mais insislenle e ostensivo IHu'a com
,\lguns Irr,', quc não adheriram a L<le mO"ÍmL'n-
a aelual adminislração. do Gr,', 01',': du Eslado !fUI.',
lo L'. lluc lresmalharam, pretendcm dar aos fados um
desde o seu inicio lem se vislo ininll'rruplamcnle guel'-
caraelcl' poiilico, ao seu sabol',
reada pelo Podf', Cenl,' ,: que, nL'sla inglot"ia e anti-
maçonica campilJlha se lem presladu aos caprichos in- Esla I'L'rsão capciosa, nào ll'm o mL'nor funda-
confessavcis de alguns. puucus maçons despeilados com menlo,
a pujança, a gt'andeza e o progrl'sso da Maçonaria pau- A alliva altilude do Gr.', 01',': du Eslado, prende-
lisla, se exclusil'amcnle ás rl'1açõcs nUI~'onieas manlidas com
E, o !fuc é dL'. lHtsmar, é !fUL' esse n1:l1 definidu o Gt',', 01'.'. do Brasil.
grupo de maçuns chcgasse a cxel'l'CI' Ulll ascendenle Praticando a I'crdadeira Ma~~onaria, o (;1'.'" OI',':
moral alé no seio da Sob.', AsscmlJ,'" o pudl'r legis- do Eslado sl'guil'ú i mpavido os seus explendidos destinos,
lativo da Ma~~onat"ia hl'asileim, que, ha poncos mezes, ' com o concursu dos bons maçons e com o apoio dos
soh prelexlos ridiculos, mentirosos e absurdus, chegou homcns de hem.,
ao ponlo de approl'al' a irisoria e comica proposla da ANGELO ESTEVAlll GIUSl'I - (Da edição de Julho de 1921)
suspensãú .dOGI',', 01'.'; dI.' S. I'aulo, offL'nsa re\'uILanlc,
I'iolencia inqualificavel que nflu se cunsummou de\'idu
:'t conscirnciosa intervenção do Soh.', li I', '; Mesl,', Ge-
neral Thomaz Cavalcanli,
Para a inulil ohra de drsnwralisaçãu e des-
,Tcve a mais forte repcI'cussão, não só no mundu
cI'cdito do (;1',', OI','; do Eslado, css~'s seus gniluilos
maçonico, como no mllllllo profano, o gesto allivo, no-
delI'm:lores, servem-sc lle um helJdomadario que se pu-
bre e independente do (;1',', 01',', de S. Paulo, separan-
hlica no Hiu, com visos dl' ol'gão orril'ioso, onde [cem
do-se de vez do Gt'.', 01',': do BI'asil.
sido alassalhados o nome, os ma~'on, e as cuusas 'dcsle
Gr,', 01'.', que, diga-se de pass:lgl'm, alravcssa nl'slP mo- Cumu era nalumt, hOl'llul'Um-se os mais variados
mento uma das .suas phascs mais brilhanlcs c mais fe- L'.ommentarios ao I'edol' desle imporlante aconlccimenlo que,
cundas, i\'inguelll L'SCl.pOU ús fllrhs d~'slruidol'as dessl's )lUI' um l'l't'ado disccl'l1imcnto de mal avisados 111',', cahiu
illlflagal'l'is reformadol'es, SL'lHlo allingida alI'. a l'igllra l'uidosamL'nle no duminio ch imprcnsa pl"Ofana,
inalacm'el do nosso inlPgro (;1',', Ml'sl,', Dl'. .I. ,\. Mar- O gru)ll'lho do <I'udet' Cenll'al» que, como allu.
!'l'Y Juniur, moço de alto ml'I'cciml'nlo, dl' uma vida dimos na nossa ullima ,nula', movia eontra esle .Gr,',
assignalada de lriumphos e fulgores, nomc qllL' se im- 01',', uma eampanha de udios, desprilos' e falsidadrs,
poz na sociedade paulisla, ondc é acaladu e rudeado despejou' loda a .Sll:.I llilis nas colutllnas do seu 'pol'!a-
do mais amplo prcsligio em lodas as classes sociacs, c voz', invl'slindo conlra os dirigrules da Maçonaria pau-
que lem feilo ]leia adminislra~~àu ela, !I'1a~'onaria pau- lis/a, lu'ocul'alHlu, llltm ('sfor~'o inutil, diminui!' o no-
lista, o quc hrlll poucos alé hoje l'izcr:llu. brc geslo de eluatlcipa~':io da dt'Hl'oni:lIla e insupporla-
O quc OCCOI'l'L'U, Ill;rém nas ullimas cleiçiÍL's I'L'J lulela doGr,'.' 01',', do Brasil, e enxol'alhal' no-
IHn'a u cargo de Gr,', Mesl,'; "elj,', da Orei,'. "L'm de- lllL'S (IUC' esses . indil'iduos que sc dizem maçons
monstraI' de um modo calJ:ll, irrl'lral'lm'l'l, eloquenlis- não pociL'nio allingir com os seus L'xpedienles indeeoro-
simo, o ]louco caso e a scmcerimonia com que o Pod,', sos e despl'rzivcis,
Cenl,', lrala dos inleresses c direitos eloGr,', OI',', do COlll us seus indignos processos, esses pseudos ma-
Eslado de S, Paulo. çons delut'J>am os faelos a seu talante, procunllldo alé,
Não lhe convindo reconhccer o candidalo indiscu- pcrvel'samente, cll1pl'eslar ao edificanle gesto da Maço-
live! c legitimamen[e eleito, o notavel brasileiro e Cll1i- naria paulista, inluilos de separatismo polilico, visando,
82 A MAÇONARIA NO CENTENARIO
assim, colloca(-nos num plano antipathico e odioso aos da Ol'd,': e conlra a Const,':, a golpes de surprcsas c
')Ihos do mundo p!"Ofano, com odiosas selecções pessôaes., conseguiram cscusa-
E' umf, balela ddicula e que, infelizmenle, vem menle, organism' o Poder LegislaUvo da Maçonaria hra-
senJo pro)l[\lada nesciamenle, por aquelles que leem in- sileira.
jllstifiravel ogerisa pelo nosso p.'ospero Eslado,
Este sensacional discUl'so, que conseguimus ohler
Não ha muitos dias, no discurso de saudaçUo ao por um esforço de reportagem e que publicamos nou-
illllsll'e presidenle da nepublica, por occasião de sua lro logar, é um documenlo valiosissimo para lodos
visita .i nossa 'gloriosa Faculdade de Direito, o presado aquellcs que lealmente desejam conhccer a verdnde desle
Ir, ': e amigo Dr, Spencer Vampré, joven e já notavel momenlo hislorico da Maçonaria brasileirn.
jlll"isconsullo, membro da com missão elaboradora do
projeclo de ,Constituição do nossos GI',', Or,'" allu- Surprehendido com a energia de S. Paulo, re-
dindo áquella anti-paldolica versão, assim se expres- conhecendo lalvez o seu grande erro, vendo em fim, que
sava diantc Ido supremo magislrado da Nação; com csta separação só tem a perder, o ,SupI'cmo Con-
selho do Bmsil. tentou pacifiCai' o decidido gcsto dos
.E ha ahi mentes tão cUl'las, c olhos tão myopes, maçons paulislas, concedcndo-lhes o prazo de 15 dias
que vejam sentimenlos de separatislllo por pade dos para, ., voltarem atraz,
paulistas.
Baldada esla van lcnlativa, falhos lodos os ou-
Não. Os paulislas não qucrem, nunca quhel'am,
l!"Os recursos, mesmo porquc não linhamos mais sa-
lIãu querel'ão nUllca, separal'-se do Brasil, do grande
tisfações a dar-lhe, I'csolveu impôr á sancção do Gr,',
Brasil que ellcs conquistaram, palmo á pahuo, ao in-
Mcsl.', da Maçonaria Brasileira, exmo. sr, Gencml Dl',
dio e ao jaguar, ao sertão bravio c ao extrangciro,
Thomaz Cavalcanti, um decreto dc .expulsão. da Onl.',
ousado,
de lodas as LLoj,', e maçons paulislas que não adhe-
E no dia cm que um Eslado irmão conccbes.se riram e não prolcslaram obedicncia ao .Gr,', ar,': do
levar a cabo o separar-se do Brasil, todos unidos e Brasil, decrelo que vae de encontro a lodas as leis ma-
ovanles iriamos, pela persuasão da palavra, e alé pcla çonicas e que foi publicado, aÍllda conlrariamcnle :ís
força das anuas, reconduzil-o á razão •. nossus disposições regulamenlares, nos incdiloriaes da im-
r ' S. Paulo nunca quiz a separação c, os ma~'ons pau- prensa profana.
lislas, muito mellos. Essc decrelo illcgal, sem valor e sem cri Icrio, a
Por sua vcz algnns !Ir,', da dcbi! facção dissi- ninguelll fez mossa, c roi recellido por aquelles por
, ;
l" denle du Gr,', Or.' j de S. Paulo, alludem, tambem, ellc «:Illingillos., enlre congralulações, por sc vercm cx-
p'
a fins 'poli!icos, rcferindo-se ás candidaluras prcsiden- pulsos dc uma lão má companhia da qual (I sc ha-
cia~. I viam scparado!
I'
E' oulra invcnladc, porquanlo é sabido que o
Aquelles que são vC1'lladciramcnlc maçons, que leem
nusso alllado ,Gr,', Mest' ,'. si bem ser um dos dire-
nma noção exacla dos prineipios lllaçonicos c que dos
dores da polilica Esladoal, não se declarou sobre o
mcsmos fazcm a norma de sua villa; ;uluelles (llle
assulllpto e nem se manifcstou por cste 011 aquelle
lêm encanecido ao scrYÍ\'o da Insl,'" l'onlinll~l'ãu a
candidato.
ser sempre, os unicos, os vcnladeir(')s, oS lidimos 111;1-
lh'petimus mais lima vez, o que já tivemos ense- çons, mui lo emhora .fulminados. por uma cXJlulsão de ...
jo de dizer: a alliva allitude do Gr,', Or,'; do Eslado hohagem. i
prende-se, exclusivamenle. ás rclações maçonicas quc
mantinha com o Gr,', Or.' j do l3rasil. Conhecidus comu se lornaram, os juslos moli,'os
que demovl'r:un a Ma~'onaria dc S, Paulo a agir da
Exislem ainda 11 r, " que, lolcranles e conserva-
mUlieim dc que "cm de agir. não llle fallanun as ;[dhc-
dures, acham que a medida adoplada pelo Cl',', Or,',
sões, e os p!"Oleslos dc solidal'iedade não só de LLoj,',
dc S. Paulo, foi radical demais,
e maçons de lodos os Eslados do Brasil, como lam-
Esses dislincLos Ifr,', devem saber que, para o bcm de lu do quanlo o m\uHlo profano lcm dc livre, in-
hum nome e honm da Maçonaria paulista, essa mc- depcndenle, inlclIeclual j de lodos quanlos aqueJloes quc
dida exlrema sc impunha, tão gravcs c repelidas as af- sc inlen'ssam pelo Dircilo e pcla Jusliça.
fl~(jlltas por ella I'ecebidas.
Só com o sacl'ificio de nossa dignidade é que Fechando ouvidos á zoada que cm seu derredor
poderiamos capitular diallle do dilclllllla a quc nos col- eslão fazcndo os seus graluitos dcsaffcclos, agora ainda
locaram alguns alrabilial"ios maçons do .Podcl' Central. mais irl'ilados pelo desaponlanll'nlo em que ficaram, o
li
que, a estas horas, acoitados entre os bastidorcs, es, Gr,', Or_', de S. Paulo eslá lrahalhando com aclivi-
preitarão cnvel'gonhados c confusos, a sua obra anti- dude e denlro cm poueo eslar:í organizado adllliravl'l-
maçonica. condcmnavel, dcsorganisadora, perniciosa e menlc, não só para honra e gloria de S. Paulo e do
nefasta. l3msi!, como da Ma~,onal"Íu univcl'Sul
O modo pelo qual foi depurado o nosso Em,', ANGELO };s'n;YA~1 GIUS'I'[ - (Da edição de Ago,to de 1921)
~----------- -_._...,;:;;;; .. __ .~ -
~---------_._----------------~~._"'"---- _ ..-_ .. -.~•.- ._.~ ~.-'".. --•..... -...
:1
"
"
,I
~!
I"
"
DI'. El'llcslu Goularl Penleado
Mcmh ... do SUl',', Cons.'.
"
ri do bandeirante, ,a empunhar o lábaro das
cl'1lzadas, tal como nas armas da cidade d~
DI". .T. Cosla Valcnle São Paulo. Braço e bandeirola, «em prata»,
;! McmlJ. '. do SnJl.'. Cons.'. com a Ipequena cruz central «em rubro».
," .
A haste da ba.ndeirola, «paral1'ela» ao la-
Art. 2.° - Sempre. que fôr hasteado o de. esquerdo do triangulo: tomando igual po-
"
pavilhão ora -opprovado, no edificio deste sição, quanto ao lado da basê, o braço forte.
Oro '. Or.'. ou nos das LLoj.'. que lhe são Ainda no ~nterior do triangulo, pouco
subordinadas deverá elle occupar o lado es- abaixo do vértice superior, uma estrella, «em
querdo do Pavilhão Nacional. prata», com irradiações sobre o labam.
Art. 3.° - Para os sellos e sinetes do Ao centro da estrella, a letra «O», «em
Oro '. ar.'. de São Paulo, servirá de sym- rubro».
A MAÇONARIA NO CENTENARIO 85
Disposta sobre o triangulo, e «tam~ O triangulo lequilatero, figura perfeita,
bem em rubro», a inscripção «Mea Defensio a mais completa de todas as representações
apud eos qvi me interrogant haec est», cuja geometricas, symbolisa a «perfeição», fim
traducção é: '«Minha defeza para os que me para o qual a Maçonaria Paulista, legitima
interpellam é :esta».
representante da Maçonaria Universal, pl'jÜ-
(Epistola 1.a do Apostolo São Paulo aos cura dirigjir \Os passos de todos quantos á
Corintios, capitulo 9.0, versiculo 3.0). sombra do seu pavilhão se acolherem.
No angulo :superior esquerdo do fU'ndo
azul celeste, :.:t constellaçãoO do Cruzeiro do O ouro coOmque está traçado o triangulo
, Sul, «em prata». A conste Ilação segue a dia- quer dizer .«valor e incorruptibilidade», pois
gonal tirada do mesmoOangulo. não se concebe perfeiçãü sem taes attributos.
C) - PropoOrções - O cumprimento do Os raios .indicam não querermos perfei-
pavilhão será lSempre igual a quatro vezes a ção sómente para nós outros, mas que irra-
extensão do lado do triangulo equiláteroO, die por todo o Brasil.
sendo a !Iargura coOrrespondente a duas ve- A phrase do apostolo, estampada em ru-
zes e meia dito lado. bro marca o animo em que se encontram os
O) - Symbolismo: - O fundo azul ce- maçons deste OI'. '. para reagir contra os fal-
leste representa 00 céo, symbolo de grandiosos sos conceitos que se lhes attribuem.
ideaes. Com 'a conste Ilação magnifica do A côr sanguinea das letras symbolisa o
Cruzeiro do Sul fica perfeitamente symboli-
zada, tal como o fizeram os nossos maiores, capital e do interior, representantes dos cor-
os Bandeirantes ,quando desbravaram sertões pos superiores do 01'.'. Or.'. de São Paulo
inhóspitos, venceram obstaculos multifórmes, e de todas as LLoj.:. da jurisdicção.
e lutaram ,a ferro e fogo, sempre «sans peur Com as honras que lhes são devidas fo-
et sans reproche». ram introduzidos no Temp. '. os nossos Sob ...
Em 27 de Outubro .0 OI'. '. Or. '. do Bra- 001'. '. MMest. .. e os PPod.'. !Ir.'. 01'.'.
sil extinguia, ;pelo decreto n. 694, o 01'.'. Sec.'. Oer.'. e Arthur Jahrmann, Delegado
01'.'. do Estado de São Paulo que se com- Especial do Or.'. Or.'. do Rio Orande do
punha de algumas Officinas que se lhe con- Sul.
servaram fieis, não acompanhando a grande Assumiu a presidencia da Sess. : ., abrin-
maioria que ficou constituindo o Or. '. Or.'. do os trabalhos, o Sob. '. Ir.'. DI'. Marr,ey
de São Paulo. Junior, amado Or.'. Mest. .. que proferiu
E'm 29 de Julho do corrente anno, o um brilhante discurso, recapitulando breve-
Or. '. 01'.'. de São Paulo commemorou o mente os acontecimentos que motivaram o
primeiro anniversario de sua constitu~ção etú divorcio da J\!\'açonaria paulista, historiando
corpo autonomo e independente. os seus principaes factos decorridos neste pri-
Eis como «A Maçonaria no Estado de meiro anno de sua vida independente e, d!e-
S. Paulo» noticiou este importante aconteci- pois de fazer outras opportunas considera-
mento, na sua edição de Julho ultimo: ções deu a palavra ao Podo .. Ir.'. Dr. Al-
«O 01'.'. Or.:. de São Paulo commemo- berto Horta, orador official da solennidade.
rou, no dia 29 de Julho, o primeiro anniver- Conduzido á tribuna', o ilIustrado Ir.'.
sario de sua separação do Or.'. 01'.'. do Dr. Alberto Horta occupou a attenção dos
" Brasil, e consequent~ organisação em corpo presentes por espaço de meia hora, proferindo
",I; autonomo e independente.
I
urna brilhantissima oração, com arrebatadora
O que tem sido a vida da Maçonaria eloquencia, historiando a vida do Or. :. 01'.'.
paulista, neste anno que acabamos de atraves- de São Paulo e de sua modelar organisação
sar, não precisamos dizel-o, pois melhor do
que qualquer exposição fala a eloquencia dos
factos.
Completamente livre e desembaraçado de
quaesquer peias que poderiam tolher o de-
s.envolvimento de sua acção, o Or.'. 01'.'.
:i; de São Paulo, depois de proclamada a sua
",( autonomia, não tem feito mais que se con-
solidar e progredir em gmndes surtos, livre
e independente, ~ngra:nrdecido e feliz, não
tendo outra preoccupação que o bem eagran-
deza da Ord.'. .
Conduzido, pelo pulso firme e pela von-
tade ferrea de seus ilIustres e amados SSob ...
001'.'. MMest. .. o 01'.'. 01'.'. de S. Paulo,
neste anno de sua emancipação, operou pro-
gressos extraordinarios, estando apto pana
commemorar condignamente, dentro de pou-
cos dias, a grandiosa data que a alma nado-
nal festejará no dia 7 de Setembro proximo
- Centenario da proclamação da Indepen-
dencia do Brasil.
Malgrado a campanha sem tregoas que Profcssor .João \'cnll1l'u Fornos
na sombra lhe tem movido os seus despeita- McmlJ .. : do Sup,'. COIlS.'.
! ~"
-r;;---- .. -
A MAÇONARIA NO CENTENARIO 87
O Dr. Alberto Horta terminou com uma Santos» falou, ainda, o nosso distincto e be-
empolgante peroração, sendo suas ultimas pa- nemerito Ir.'. Dr. Rubessi de Faria.
lavras abafadas por uma prolongada salv:a O Sob.', .or.'. Mest. .. Adj.'. Cel. Ora-
de palmas, ça Martins profere um eloquente discurso e,
Em seguida falou o "Ir.'. professor Ser- antes de terminar felicita o illustre Ir.'. Jo-
gio Arnaldo Carnevali em nome dos VVen.'. sé Mendes, digno Ven.'. da Loj.'. «Frater-
das LLoj.', do Or.'. Or.'. de São Paulo. nidade Paulista» e que se achava presente,
O Podo '. Ir.', Dr. Ernesto Sampaio, que pela sua valiosa col.~aboração em pról da
emancipação da Maçonaria paulista.
O Sob.'. Or.', Mest. .. depois de sa.
lientar os inestimaveis serviços que tem preso
tado á nossa causa o Pod.'. Ir. ' , Or ... Sec ...
Oer. " e de agradecer a coadjuvação de to-
das as OOff.'., encerra a Sess.'. com um
golpe de Malhete.
Os trabalhos foram suspensos debaixo
de calorosos ,vivas ao Or.'. Or.'. de S. Pau.
lo, as suas AAlt.,. DDign.'" ao Or.', ar,'.
do Rio Orande do Sul, e á Confederação da
Maçonaria brasileira.
A' noite, )lOS salões do Conservatorio
Dramatico e Musical teve >Iogar um grande
festival, com o concurso das melhores fam:i.
lias da nossa sociedade.