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INSTRUÇÕES GERAIS

O Altar, os assentos e os postos dos Oficiais e as cadeiras para os membros devem ser
arrumados de acordo com a Sala Capitular indicada no Diagrama 1.

Uma Cerimônia Pública deve ser apresentada com instrumentos apropriados,


como seleções musicais, discursos e premiações adequados à ocasião. Ela deve
ser tão impressionante quanto for possível, pois se trata de uma oportunidade
que o Capítulo tem de explicar os postulados da Ordem àqueles que não a
conhecem.

O Altar, os assentos e os postos dos Oficiais e as cadeiras para os membros devem ser
arrumados de acordo com a Sala Capitular descrita no diagrama 1 do Ritual dos
Trabalhos Secretos do Grau Iniciático.

CARGOS REQUERIDOS
Mestre Conselheiro (MC);
Primeiro Conselheiro (1C);
Segundo Conselheiro (2C);
Mestre de Cerimônias (MCer);
Capelão (Cap);
Primeiro Diácono (1D);
Escrivão (Esc);
Organista (Org).

NC: Escrivão da Cerimônia: O Irmão indicado para redigir a ata da


Cerimônia não entra com os demais Oficiais, mas se posta
informalmente no lugar do Escrivão ao entrar, com os outros, na Sala
Capitular.

EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS
7 candelabros com 7 velas ou lâmpadas;
Bíblia Sagrada sobre o Altar;
Bandeira Nacional;
Livros escolares;
Saquinho com 10 pedras vermelhas.
Emblema do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil;
Flores Amarelas.

INSTRUÇÕES PARA A CERIMÔNIA DO TEMPO


O Tempo usa uma túnica, preferencialmente clara, com capuz e um cinto onde
deve ser preso o saquinho com os rubis.

O Emblema do Emblema do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil


pode ser feito de diversas formas, sendo a mais simples delas, por meio de uma
impressão colorida em papel tamanho A4, colocada em uma moldura, que fique
de pé sobre o altar.

Eventuais dúvidas sobre a realização desta cerimônia, poderão ser solucionadas,


por meio do e-mail da Comissão Nacional de Ritual, Liturgia e:
ritual@demolay.org.br.

ABERTURA

Os Oficiais formam o triângulo de acordo com o Diagrama 2 e se


ajoelham em oração silenciosa.

MC Amém.

Os Oficiais se levantam.

O MC, conduzido pelo MCer, vai diretamente ao seu posto, pelo


Norte, e vira-se para o Ocidente.

MC

Os Oficiais restantes se dirigem aos seus postos.

MC

Todos se sentam, exceto o MC.

MC Meus Irmãos, tios, tias, amigos e convidados. Em nome do Capítulo


........................ dou-lhes as mais cordiais boas-vindas a esta
Cerimônia que celebrará os 100 anos de fundação da Ordem
DeMolay e seus 40 anos de atuação no Brasil, nesta comunidade
de maçons dedicados e que amam a juventude de sua pátria. Talvez
não esteja fora de propósito explicar as finalidades gerais de nossa
Ordem, na qual somente jovens entre 12 e 21 anos de idade podem
ingressar. Apesar de termos sinais secretos, palavras e modos de
reconhecimento, não temos segredo para o mundo no que se refere
aos nossos objetivos e princípios ideológicos. Desde o ano de 1919,
por meio dos esforços de Frank Sherman Land, fundador de nossa
Ordem, estamos unidos por uma melhoria mútua, ajudando uns aos
outros a viver uma vida limpa, varonil, correta e patriótica, o que
será um incentivo aos nossos pais e amigos e que merecerá o
apreço de todos os homens de bem. Em nossas reuniões,
cultivamos apenas os princípios que estejam em harmonia com este
elevado propósito; em nossas vidas diárias, procuramos executá-
los. Sentimos verdadeiramente que podemos contar com ajuda de
toda nossa Ordem em geral, e particularmente de todos os homens
e mulheres de bem, que têm os olhos voltados para um horizonte
melhor e mais digno para a humanidade. Irmão Primeiro Diácono,
cumpra seu dever no Altar.

1D move-se até a vela 1 pelo Norte, o acende e acende as outras


em ordem, passando entre o Altar e o Oriente enquanto o faz. O
MC principia sua fala assim que o 1D começar a acender a vela 1.
Ambos coordenam discurso e ações de modo que a vela 7 seja
acesa no momento em que o MC concluir sua fala.

MC Nossos antepassados bem sabiam que a Liberdade Religiosa,


representada pela Bíblia Sagrada, a Liberdade Civil, representada
pela Bandeira de nossa Pátria, e a Liberdade Intelectual,
representada pelos Livros Escolares, deveriam sempre andar juntas
para que pudessem ser efetivas. Em torno destes baluartes, a
Ordem DeMolay coloca sete luzes, simbolizando as Sete Virtudes
Cardeais de um DeMolay: Amor Filial, Reverência pelas Coisas
Sagrada, Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e
Patriotismo. Como faróis na escuridão, estas velas nos guiaram
durante este século, sempre no caminho do que é justo e correto.
Que elas possam continuar brilhando diante da juventude durante
incontáveis séculos, de forma a aprimorar a sociedade, aprimorar a
Ordem DeMolay e glorificar o Pai Celestial.

O 1D vai da vela 7 ao seu posto, pelo Norte, passando diante do


Altar, e vira-se ao Ocidente.

MC

1D se senta.

MC Irmão Primeiro Conselheiro, abra a Bíblia Sagrada sobre o Altar

MC

Todos se levantam.

O 1C vai para diante do Altar, vira-se para o Oriente, ajoelha-se,


abre a Bíblia lentamente, com reverência, e se levanta.

1C Sobre o Altar, nós abrimos a Bíblia Sagrada, a fonte de nossa fé nos


dias eternos, como um símbolo da Liberdade Religiosa, que é o
direito de primogenitura de todos os povos. Sobre este Altar, não
está o emblema de qualquer credo ou o depósito de qualquer
sistema de teologia, mas a palavra de um vivo e verdadeiro Deus,
cuja paternidade universal ensina a inevitável lição de fraternidade
de todos os Seus filhos. Sem a oportunidade de venerar a Deus de
acordo com os princípios de nossa própria consciência, nossa
liberdade não teria sentido. Portanto, como fundamento de todas

as nossas liberdades, depositamos a palavra de Deus sobre o Altar


e eu, reafirmando nossos ideais, hoje centenários, solenemente
solicito aos membros deste Capítulo que sempre trilhem à luz de
seus ensinamentos e jamais se afastem de suas páginas abertas.

O 1C retorna ao seu posto e volta-se para o Oriente.

MC Irmão Segundo Conselheiro, providencie que o Pavilhão Nacional


seja apresentado diante do Altar.

2C Irmão Primeiro Diácono, apresente a Bandeira de nosso País diante


do Altar. Irmãos e amigos, permaneçam firmes em atenção e
saudação a nossa Bandeira.

“Permanecer firme em atenção” significa ficar em pé, com a cabeça


e o corpo eretos, os ombros para trás, as mãos sobre os lados da
calça, olhando para a bandeira. À medida que a bandeira se move,
a cabeça e o corpo se movem junto, de modo que a pessoa esteja
olhando para a bandeira.

O 1D segura o mastro da bandeira com ambas as mãos viradas


para cima O 1D conduz a bandeira próxima ao ombro direito. No
momento do Hino à Bandeira e, se for executado, o Hino Nacional,
o 1D apoia o mastro no boldrié ou no chão e o mantém na vertical.

O 1D vai do pedestal da Bandeira a um ponto central no lado


ocidental do Altar.

2C Irmãos, tios, tias, amigos e convidados, acompanhem-me em


saudação a nossa Bandeira Nacional. Unamo-nos para saudar e
jurar fidelidade a nossa Bandeira.

O Org executa o Hino à Bandeira.

2C Apresentamos a Bandeira no Altar como um símbolo da Liberdade


Civil, sem a qual não haveria Liberdade Religiosa. É especialmente
apropriado que esta Bandeira seja confiada à guarda destes jovens,
que logo serão cidadãos e que por cujo patriotismo sua honra será
defendida, tanto nos campos de batalha, quanto nos eternos
campos da luta entre o mal e a boa cidadania. Em todas as crises
da história nacional, houvemos convocado nossa juventude e
somos gratos a Deus por ela nunca ter deixado de responder.
Jovens lutaram em todas guerras por nossa Pátria; seu precioso
sangue, derramado pela Nação, está em nossa Bandeira. Portanto,
a apresentamos diante do Altar como uma sentinela para nos

guardar enquanto oramos. Exijo solenemente que os membros


deste Capítulo sempre se reúnam à sombra do seu vulto sagrado e
sempre mereçam esta Bandeira, até para muito além das paredes
que nos cercam.

MC Solicito que todos os presentes, observem novamente a bandeira


enquanto o Primeiro Conselheiro nos recorda um importante marco
histórico da Ordem DeMolay Brasileira:

1C “Saudações a todos os cidadãos e residentes no Brasil. Saibam


todos, pelo presente, que de acordo com a resolução adotada, no
nono dia de maio de 1984, o Supremo Conselho Internacional da
Ordem DeMolay ordena, cria, constitui e estabelece, neste ato em
vigor, na data prevista abaixo, o Supremo Conselho da Ordem
DeMolay para o Brasil, como um Supremo Conselho da Ordem
DeMolay independente e soberano, e o referido Supremo Conselho
Internacional cede, ao Supremo Conselho do Brasil, exclusividade
sobre a Ordem DeMolay em todo o território brasileiro. O referido
Supremo Conselho Internacional por meio deste requer a todos os
membros da Ordem DeMolay, consultores, organizações e órgãos
da referida ordem dentro do dito território, que doravante
dediquem sua inteira obediência em todos os assuntos pertinentes
à Ordem DeMolay para o Supremo Conselho da Ordem DeMolay
para o Brasil. Estando todos os acima mencionados sujeitos apenas
à contínua observância pelo Supremo Conselho do Brasil dos
sagrados princípios da Ordem DeMolay e das disposições da mútua
convenção de confiança e irmandade atualmente existente entre os
ditos Supremos Conselhos, conforme eles possam ser alterados de
tempo em tempo e por meio de consentimento mútuo. Dado pelo
Grande Mestre do Supremo Conselho Internacional com o
testemunho do Grande Secretário e sob o selo neste dia 12 de abril
de 1985, em seu escritório, em Kansas City, no estado de Missouri,
um dos Estados Unidos da América, onde a Ordem foi fundada por
Frank Sherman Land em 1919. Com felicitações de todos os
membros do Supremo Conselho Internacional e de todos os
membros e conselheiros da Ordem DeMolay sobre a sua jurisdição
que sempre rogarão pela continuada boa sorte do Supremo
Conselho do Brasil. ” Estas palavras estão gravadas na Carta
Constitutiva do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil.

MC Em 2020 completaremos 40 anos de história neste país, com 35


anos de independência e soberania. Este é o legado de Alberto
Mansur e de tantos outros homens de bem, que trabalharam para

nos presentear com uma Ordem DeMolay, livre e soberana. Que


vivam para sempre em nossas memórias!

O 1D dá meia-volta e move-se até o lugar da Bandeira pelo Norte,


recoloca a Bandeira no suporte, vai até seu posto e vira-se para o
Ocidente.

MC

Todos se sentam, exceto o MC.

O MC, carregando os livros escolares, vai até o lado oriental do


Altar e entre as velas coloca os livros no canto nordeste do Altar.

MC Do posto do Oriente, emblema da manhã da vida, colocamos os


livros escolares sobre o Altar como símbolos da Liberdade
Intelectual, sem a qual não poderia haver nem Liberdade Civil nem
Liberdade Religiosa. Eles são, em particular, emblemas do grande
sistema de escolas públicas de nosso país, o fundamento da
iluminação universal que é a coroa da glória de nossas instituições.
A luta fiel por nossas escolas públicas é um importante ensinamento
da Ordem DeMolay. Nós nos opomos, sem reservas, a que um
mesmo edifício abrigue uma escola, uma igreja e uma sede do
governo civil. A liberdade civil, a liberdade religiosa e a liberdade
intelectual são três fontes da grandeza de nossa pátria, mas
precisam estar sós, em alicerces distintos e tetos separados. Estes
livros, retratos daqueles levados ao ensino público, representam
tanto nossas liberdades quanto a Bíblia Sagrada, que modera e guia
nossa fé, ou a bandeira, que protege a escola, a igreja e o poder
civil. Portanto, colocamos estes livros sobre o Altar e eu,
solenemente, ordeno aos membros deste Capítulo que
permaneçam incondicionalmente firmes a fim de proteger e
conservar todas as escolas públicas, a cidadela de nossa segurança
e a fonte da única e verdadeira liberdade possível em um governo
do povo, pelo povo e para o povo.

MC volta diretamente ao seu posto e vira-se ao Ocidente.

MC Como nenhuma grande tarefa deve começar sem que se peça a


bênção de Deus Todo-Poderoso, voltemos nossa atenção ao
Capelão, enquanto ele nos guia em oração neste dia tão
importante.

MC

Todos se levantam.

MC Irmão Capelão, guie-nos em oração.

O Cap, conduzido pelo MCer, vai até o Altar, pelo Sul. Assim que
ambos deixarem seus postos, todos os DeMolay Ativos no Oriente,
o 1C e o 2C descem ao nível do chão. Os demais presentes no
Oriente também podem descer ao nível do Altar.

Todas luzes são diminuídas, exceto a luz do Altar (se houver) e as


7 velas.

MC DeMolays Ativos, ajoelhem-se sobre o joelho esquerdo. Todos os


demais permaneçam em pé.

Os DeMolay Ativos se ajoelham quando o Cap se ajoelha, exceto o


MCer.

Cap Nosso Pai Celestial, rogamos que abençoeis nossos esforços para
manter acesas as chamas das Sete Virtudes Cardeais, nos corações
de todos que integram nossa amada Ordem. Que sejamos sempre
firmes diante dos desafios que esta época turbulenta nos
apresentar, seguindo o exemplo luminoso de nosso tio Frank Land,
que dedicou sua vida a construir um futuro para as gerações
vindouras da juventude. Que o Senhor nos conceda que, assim
como nosso tio Alberto Mansur, fiquemos inabaláveis na defesa dos
princípios que nos foram confiados desde o dia de nossa Iniciação.
E que, nos séculos que estão por vir, possa brilhar diante de toda a
Terra o nome do herói-mártir, que resplandece nos feitos e virtudes
de todos os membros da Ordem DeMolay. Amém!

TODOS Amém.

Os DeMolays Ativos se levantam assim que o Cap se levantar. O


Cap, conduzido pelo MCer, retorna a seu posto, pelo Norte. Assim
que o MCer e o Cap deixarem o Altar, todos os DeMolays Ativos
que estavam no Oriente, o 1C e o 2C retornam aos seus lugares.
As luzes são acesas ao máximo.

MC Declaro este Capítulo aberto com o propósito de celebrar os 100


anos de fundação da Ordem DeMolay e também seus 40 anos de
atuação no Brasil.

Todos se sentam.

CERIMÔNIA DO TEMPO

MC Neste momento apresentaremos a cerimônia criada pelo Capítulo


n.º 708 – “Cavaleiros da Juventude”, da cidade Morro Agudo/SP,
campeã do concurso que elegeu a cerimônia oficial para esta data
tão importante. O trabalho destes jovens será repetido em todo o
território nacional, por deixamos aqui registrado nosso
agradecimento ao capítulo campeão. Solicitamos a todos os
presentes que permaneçam sentados até o término da
apresentação.

Os oficiais se retiram de forma informal.

TEMPO Aos dezoito dias do mês de março do ano de 1919, reuniram-se em


um Templo Maçônico, na cidade de Kansas, estado do Missouri, nos
Estados Unidos da América, o maçom Frank Sherman Land,
juntamente com mais nove jovens, Louis Gordon Lower, Ralph
Sewell, Elmer Dorsey, Edmund Marshall, Jerome Jacobson, William
Steinhilber, Ivan Bentley, Gorman McBride, e Clyde Stream.
Eles já haviam ali se reunido em fevereiro daquele mesmo ano e
Land já havia comunicado o desejo de fundar uma organização
juvenil, um clube para rapazes, possuindo a supervisão maçônica e
com o intuito de ajudá-los em suas formações nos mais elevados
preceitos da boa cidadania e do patriotismo, tão necessários entre
os jovens. Nesta data, em especial, esses nove rapazes trouxeram
mais vinte e quatro de seus amigos, todos jovens entre 12 e 18
anos, totalizando trinta e três jovens. Fundaram, assim, a Ordem
DeMolay, que em pouco tempo seria também disseminada em
vários países do globo e passaria a ser uma das maiores
organizações juvenis, sem fins lucrativos do mundo.
Hoje reúnem-se três jovens brasileiros, que representam os três
principais oficiais de um capítulo da Ordem DeMolay. Estes jovens
se reuniram com a intenção de celebrarem e recordarem os cem
anos da fundação da Ordem DeMolay no mundo, bem como os seus
quarenta anos de existência em solo brasileiro. Entretanto, eles não
contavam com a presença de um visitante ilustre...
O Tempo se senta nos fundos da sala e em seguida entram os
oficiais MC, 1C e 2C.
Os oficiais formam o triângulo no lado Ocidental do Altar, com o
MC à frente, e se ajoelham em oração silenciosa.

MC Amém!
Os oficiais se levantam, mas começam a estranhar o lugar onde
estão.
O MC hesita um pouco, mas vai diretamente ao seu posto, pelo
Norte, e vira-se para o Ocidente.
MC
Todos se sentam, exceto o MC
MC Meu irmão que está no Sul, consegue me dizer o que aconteceu?
2C Estranho! Após a nossa oração de entrada, tudo ficou diferente...
1C É verdade, é tudo muito familiar, mas ainda assim é estranho...O
ar aqui é diferente! Não reconheço este local, mas sinto que já nos
reunimos aqui antes!
MC Não sei nem como e nem por que isso aconteceu, meus irmãos!
Mas já que parece que estamos em uma Sala Capitular, que
prossigamos com o objetivo ao qual tínhamos vindo.
Estimados irmãos, estamos aqui para comemorar e celebrar os
longos anos de trabalho da Ordem DeMolay no mundo. Para
darmos início, eu convido o irmão que está no Sul, para que nos
diga o que de mais valoroso aprendeu neste tempo de convívio em
nossa ordem.
2C Meus irmãos, é realmente difícil elencar apenas um aprendizado,
em meio aos tantos que essa nossa querida organização nos
proporciona. Mas escolho a virtude que está representada pela
nossa quarta vela: o companheirismo.
Se há algo que eu pude aprender daqui do meu posto no Sul, é o
valor que tem uma verdadeira amizade. Daqui do meu posto, vi
vários jovens serem iniciados em nossa Ordem. O contato com
pessoas diferentes, mas com ideais semelhantes aos nossos é
verdadeiramente muito enriquecedor. Quantos e quão diferentes
são os jovens que passaram e os que ainda passarão por estas
fileiras! E o mais importante, podemos tirar daí longas e duradouras
amizades, parcerias para a vida toda. O autêntico espírito de
companheirismo é uma das lições mais importantes que eu tenho
aprendido.
MC Muito bem, meu irmão, realmente fez bem ao citar o
companheirismo! E quanto a você, meu irmão que está no
Ocidente, o que tem a dizer?

1C Espere, meu irmão! (O 1C se levanta) De meu posto vejo que há


mais alguém entre nós. (O 1C desce até o nível do solo e coloca-se
próximo ao altar, mas afastado o suficiente para o Tempo faça sua
movimentação entre ele e o altar) Apresente-se visitante, você
também foi trazido para este local?
O Tempo se levanta e vai até o centro da sala, diante do altar em
seu lado ocidental. Ele sempre se movimenta lentamente em
movimento circular, em torno do Altar, e sempre em sentido
horário.
TEMPO Todos vós me conheceis! Eu estou presente em todos os lugares e
em todos os momentos... Na verdade, sou eu quem faço o próprio
momento! Faço os segundos, os minutos, as horas, os dias, as
semanas, os meses, os anos, décadas, séculos e milênios. Estou
sempre presente, todavia são poucos os que me veem passar.
Se notardes bem, vereis que sempre passarei, mesmo que
despercebido por todos. Eu sempre avanço, sempre sigo à diante e
nunca, nunca retrocedo. Eu sou O TEMPO!
O 2C se levanta
2C O Tempo?! Como assim, o Tempo!?
O 2C desce até o nível do solo e coloca-se próximo ao altar, mas
afastado o suficiente para o Tempo faça sua movimentação entre
ele e o altar.
1C Como você espera que eu acredite nisso? O tempo é apenas um
conceito!
TEMPO Eu sou o próprio Tempo! (as luzes da sala podem piscar
brevemente) E personifico-me neste momento diante de vós.
Conheço o passado e testemunho o presente de tudo e de todos.
Assim que me ouvirdes, sabereis que digo a verdade, pois fui eu
quem vos trouxe a este lugar.
1C Se você é realmente o Tempo, com qual propósito estamos aqui?
Enquanto o Tempo executa a fala abaixo, O MC desce até o nível
do solo e coloca-se próximo ao altar do lado oriental, mas afastado
o suficiente para o Tempo faça sua movimentação entre ele e o
altar.
TEMPO A Ordem DeMolay está prestes a cruzar o portal dos seus primeiros
cem anos. E quem melhor do que eu, o próprio Tempo, para vos
contar uma história? Eu vos trouxe até aqui. Este local representa
todas as Salas Capitulares existentes. Neste momento, vós
representais cada jovem que um dia tenha trajado esta capa.

MC Nossa! É uma grande responsabilidade!


Até o término de sua participação, o Tempo movimenta-se sempre
em sentido horário ao redor do altar, fazendo breves pausas.
TEMPO Eu conheço intimamente a humanidade. Presenciei seu nascer em
minhas brumas. Assisti a cada uma das grandes civilizações nas
primícias, desenvolvimento, ápice e decadência.
Em verdade, vejo todos os homens por mim também passarem.
Nada resiste à minha força...nenhum homem, grande ou pequeno,
ou suas construções, mesmo a mais sólida, é capaz de permanecer.
De todos eu vejo o fim. Vi os grandes feitos que o homem tem
realizado, contudo, vi também a sua capacidade de destruição. Vi
grandes guerras, assassinatos, maldades dos mais diversos tipos e
grandes barbáries. Ainda assim, sou um assíduo espectador da
humanidade. Sou, apesar disso, a própria constatação de que
nenhum mal dura para sempre.
2C Certamente o Tempo viu também cada um dos irmãos que
passaram pelas fileiras desta organização, inclusive os que não
chegaram a carregar a Coroa da Maioridade e partiram cedo
demais. A todos os irmãos que se foram, eu rendo minhas
homenagens.
TEMPO De fato, um dos mais tristes acontecimentos é a partida prematura
de um jovem que teria ainda muita vida pela frente. Mas mesmo
dos mais senis, a partida pode ainda ser entendida como precoce.
O que vos posso dizer, convictamente: uma pessoa jamais é
esquecida por aqueles que a amam, e seus atos em vida podem
ultrapassar minhas barreiras e durarem indefinidamente.
MC Tempo, não pude deixar de notar: o que é este saquinho que
carrega com você?
TEMPO Neste saquinho estão contidos dez rubis. (Desamarra o saquinho,
coloca os rubis na mão e mostra para todos). Estes dez rubis aqui
representam os dez fundadores da Ordem DeMolay. São os
mesmos que também estão contidos no emblema desta
organização.
Como recordo-me bem de cada um deles! Vi nascerem os ideais de
Frank Sherman Land, os quais inspirados no jovem Louis Gordon
Lower, próximo a ele e órfão de pai, deram muito mais que uma
paternidade a tantos outros jovens no mundo. Aquele maçom e
nove jovens não poderiam imaginar que a organização por eles
fundada teria tanta longevidade, nem que alcançaria tantos lugares
do mundo.

Eu vi todos passarem. Eram brilhantes e vivazes pérolas. E cada


um, ao cumprir suas demandas, transmutou-se em rubi. E eu vos
apresento aqui, como lembrança e e a eles rendo homenagens.
(Volta as pedras para o saquinho).
MC Meus irmãos, eu havia pedido a vocês, antes de virmos para cá,
que trouxessem algo que simbolizasse ou representasse algum
aspecto importante em nossa ordem, como forma de homenagem.
O que trouxeram?
1C Eu trago um emblema do Supremo Conselho da Ordem DeMolay
para o Brasil, meu irmão! (Apresenta o emblema para todos).
Por meio deste símbolo, relembro o maior legado de nosso
inesquecível tio Alberto Mansur, que trouxe a Ordem DeMolay para
o solo brasileiro. A essa grande figura, responsável pela fundação
da nossa organização no Brasil, eu dedico as minhas homenagens.
TEMPO Recordo-me também de Alberto Mansur. Vi seu nascimento no
primeiro centenário da Independência do Brasil. Vi-o crescer,
tornar-se maçom, e também transformar a Maçonaria Brasileira. Vi-
o galgar cada grau, até ocupar as mais honrosas posições. Lembro
de seus esforços para que no dia 16 de agosto de 1980 nascesse o
primeiro Capítulo DeMolay no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.
Assim como os outros, eu também o vi passar ao Oriente Eterno.
2C Daqui de meu posto, trago estas flores amarelas. Flores de
acácia, meus irmãos!
MC E por que flores de acácia amarela?
2C As flores de acácia amarela são um dos símbolos que representam
a Maçonaria e, por conseguinte, os nossos tios maçons. A acácia é
uma árvore que remonta à antiguidade, possui várias espécies e
está presente em várias partes do globo.
Presente no Egito Antigo, na Bíblia Sagrada e na tradição judaica,
esta árvore também é um perfeito símbolo dos maçons e simboliza
a pureza, a clareza, a inocência, a segurança, a imortalidade. Trago
estas flores em honra de todos os nossos tios maçons, pois sem
eles a nossa ordem não seria possível.
TEMPO Ao longo dos anos também pude ver dedicados maçons. Seus
trabalhos sempre foram muito importantes para o mundo, mas digo
que um dos maiores legados da Maçonaria Moderna, talvez o maior,
seja a Ordem DeMolay, e a esperança que ela traz ao mundo, ao
trabalhar os jovens.

Mas como todos os homens, todos os maçons também passarão,


nada resiste a mim. Até mesmo vós, jovens, todos passareis por
mim e não permanecereis.
Então vos pergunto: qual o sentido de tudo o que fazeis e porque
ainda vos reunis aqui? Esquecestes que nada é suficientemente
permanente perante mim?
MC Tempo, nenhum de nós durará para sempre nesta terra! Mas me
recordo que, certa vez, disse o fundador de nossa organização,
Frank Sherman Land:
Opcionalmente, a fala abaixo poderá ser gravada previamente e
executada pelo Org, caso contrário, deverá ser dita pelo MC.
“Se trabalharmos sobre o mármore, um dia ele acabará. Se
trabalharmos sobre o metal, um dia o tempo o consumirá. Se
erguermos templos, um dia se tornarão pó. Mas se trabalharmos
sobre almas jovens e imortais, se nós as imbuirmos com os
princípios do justo temor ao criador e amor à humanidade, daqui a
cem anos pouco importará o quanto tenhamos acumulado no
banco; que tipo de casa, palacete ou carro possuímos. Mas o mundo
poderá ser diferente, talvez porque fomos importantes na vida dos
jovens”.
MC Olhem atentamente para o centro desta Sala Capitular. Em torno
de nosso altar estão estas sete luzes. É de conhecimento geral que
representam as sete virtudes cardeais de um DeMolay. Mas chamo
a atenção de todos, pois estas luzes físicas, que podemos
facilmente apagar, na verdade, representam as que são acesas
permanentemente no coração dos jovens desta organização. Estas,
nem mesmo o tempo, poderá apagar. Enquanto houver um jovem
que carregue consigo estes elevados preceitos, a Ordem DeMolay
jamais morrerá.
TEMPO Hoje relembramos o passado da Ordem DeMolay no Brasil e no
mundo, enquanto viveis o seu presente. Deixo-vos com a certeza
de a maior lição do tempo foi finalmente compreendida: apenas
nossas boas ações são imortais. Encontraremo-nos novamente em
algum momento, mas estou certo de um futuro promissor para esta
Ordem, se permanecerdes fiéis ao aqui ensinais.
O Tempo sai da Sala Capitular com semblante de satisfação.
MC Meus irmãos, me acompanhem até o altar.
Os três Oficiais se posicionam de forma triangular no lado ocidental
do Altar, com o MC à frente e se ajoelham.

MC A Ordem DeMolay cruza agora o seu primeiro centenário, bem


como, se aproximam seus quarenta anos de profícuos trabalhos em
solo brasileiro. Em nome de todos que já passaram por este altar,
assumimos o compromisso de manter vivo o legado de Jacques
DeMolay, Frank Sherman Land e Alberto Mansur.
TODOS Pedimos humildemente ao Pai Celestial que continue a nos guiar,
para que os desafios do tempo não sejam limitadores de nossos
trabalhos. Rogamos que os ideais aqui são difundidos nos
impulsionem pelos séculos sem fim. Amém!
Os oficiais se levantam e se retiram. Em seguida, os oficiais que
estão conduzindo este cerimonial reocupam seus lugares
informalmente.

ENCERRAMENTO

MC Irmãos e amigos, antes de concluirmos nossas cerimônias, unamo-


nos em oração.

MC

Todos se levantam.

O Cap, conduzido pelo MCer, vai até o Altar, pelo Sul. Assim que
ambos deixarem seus postos, todos os DeMolay Ativos no Oriente,
o 1C e o 2C descem ao nível do chão. Os demais presentes no
Oriente também podem descer ao nível do Altar.

Todas luzes são diminuídas, exceto a luz do Altar (se houver) e as


7 velas.

MC DeMolays Ativos ajoelhem-se sobre o joelho esquerdo. Todos


demais, permaneçam em pé.

Os DeMolay Ativos se ajoelham quando o Cap ajoelha, exceto o


MCer.

CAP Nosso Pai Celestial, neste momento tão importante não te fazemos
nenhum pedido, mas queremos agradecer pelo empenho de cada
pessoa que fez de nossa amada Ordem DeMolay tudo aquilo que
ela é hoje. Vos agradecemos pelo legado deixado por nosso
patrono, Jacques de Molay; pelo nosso fundador, Frank Sherman
Land, que acreditou e investiu na juventude; e por Alberto Mansur,
que expandiu nossos ideais nestas terras, crendo no potencial do
Brasil. Agradecemos também por todos os nossos tios maçons, que
nos dedicam seu tempo; e pela fé que nossos pais e mães têm em
nosso futuro. Amém!

TODOS Amém.

Os DeMolays Ativos se levantam assim que o Cap se levantar. O


Cap, conduzido pelo MCer, retorna a seu posto, pelo Norte. Assim
que o MCer e o Cap deixarem o Altar, todos os DeMolays Ativos
que estavam no Oriente, 1C e 2C retornam aos seus lugares.

As luzes são acesas ao máximo.


MC Irmão Primeiro Diácono, assim como fizeram os primeiros


DeMolays, apague as Sete Chamas simbólicas de nossas Virtudes
na certeza de que estarão acesas em nossos corações através do
tempo. Feche a Bíblia Sagrada e retire os Livros Escolares.

O 1D vai até o Altar pelo Norte e vira-se para o Oriente. Ajoelhando


sobre ambos os joelhos, o 1D, lenta e reverentemente, fecha a
Bíblia e se levanta. Após se levantar, vai ao Candelabro 1 e apaga
todas as chamas na ordem da primeira à sétima, passando entre o
Altar e o Oriente.

MC Declaro encerrada esta cerimônia comemorativa do centenário de


fundação da Ordem DeMolay e de suas quatro décadas no Brasil.
Neste momento, os Oficiais irão se retirar.

MC

Os Oficiais formam o triângulo de acordo com o Diagrama 3 e


ajoelham-se por alguns momentos de prece silenciosa.

MC Amém.

Todos Oficiais se levantam.

Conforme instruções do Diagrama 3, o MCer conduz, pelo Norte,


o MC para fora da Sala Capitular, seguidos pelo restante dos
Oficiais.

DIAGRAMA 1
SALA CAPITULAR

DIAGRAMA 2
ENTRADA DOS OFICIAIS

a) Os Oficiais formam uma fila antes de entrar na Sala Capitular, próxima à porta, na
seguinte ordem:

1. Mestre Conselheiro;
2. Primeiro Conselheiro;
3. Segundo Conselheiro;
4. Primeiro Diácono;
5. Capelão;
6. Mestre de Cerimônias.

b) Os Oficiais entram enfileirados desta maneira, em linha reta, de forma ininterrupta,


da porta até estarem próximos ao Altar.

c) O MC pára quando estiver a aproximadamente um metro do Altar.

d) Assim que o MC parar, o 1C e o 2C colocam-se, respectivamente, à esquerda e à


direita do MC, mas um passo atrás dele.

e) Simultaneamente, o 1D coloca-se à esquerda do 1C, um passo atrás dele; o Cap


coloca-se à direita do 2C, um passo atrás dele; e o MCer avança até ficar entre o Cap
e o 1D.

f) Os Oficiais se ajoelham e fazem a oração silenciosa, de forma usual.

g) O MCer conduz o MC ao seu posto, pelo Norte, e vai diretamente ao seu lugar.

h) Assim que o MC der a primeira batida de malhete, os demais Oficiais dirigem-se aos
seus postos, direta e simultaneamente.

DIAGRAMA 3
SAÍDA DOS OFICIAIS

a) MC dirige-se novamente para diante do Altar, pelo Norte e pára quando estiver a
aproximadamente um metro do Altar.

b) 1C e 2C dirigem-se aos seus lugares no triângulo.

c) Cap, 1D e MCer dirigem-se aos seus lugares no triângulo.

d) Todos os Oficiais se ajoelham e fazem a oração silenciosa, da forma usual.

e) O MCer avança e conduz o MC para fora da Sala Capitular, contornando o triângulo


pelo Norte.

e) De forma contínua, os Oficiais seguem o MC na seguinte ordem:

1. Primeiro Conselheiro;
2. Segundo Conselheiro;
3. Primeiro Diácono;
4. Capelão.

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