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A PRIMEIRA PRESIDÊNCIA
Spencer W. Kimball
N. Eldon T anner
Marion G. Romney
REGISTRO: Está assentado no cadastro da D IV ISÃ O DE CENSURA DE D IVERSÕES PÜBLICAS, do D.P.F., sob o n.“ 1151-P
209/73 de acordo com as norm as em vigor.
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A LIAHONA — c 1976 pela Corporação da Presidência de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ültimos Dias. Todos os
direitos reservados. Edição brasileira do “ International M agazine” de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
acha-se registrada sob o núm ero 93 do livro B, n." 1, de M atrículas e O ficinas Im pressoras de Jornais e Periódicos, conforme o
Decreto n.° 4857 de 9-11-1930. “ International M agazine” é publicado, sob outros títulos, tam bém em alemão, chinês, coreano,
dinam arquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, inglês, italiano, japonês, norueguês, sam oano, sueco, italiano e tonganês.
Composta pela Linotipadora Cacique Ltda., R. Abolição, 201, telefone 32-7743.- Im pressa pela Editora G ráfica Lopes, R. Peri-
bebuí n.° 331, telefone 276-8222, São Paulo, SP. Devido à orientação seguida por esta revista, reservamo-nos o direito de
publicar somente os artigos solicitados pela redação. N ão o bstante, serão bem-vindas todas as colaborações para apreciação
da redação e da equipe internacional do “ International M agazine”. Colaborações espontâneas e matérias dos correspondentes
estarão sujeitas a adaptações editoriais.
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A GLORIA DA
PUREZA
Pelo Presidente N. Eldon Tanner
Primeiro Conselheiro da Primeira Presidência
“Quão glorioso é
aquele que vive uma
existência casta. Ele anda
destemidamente à luz do sol do meio-
dia, pois não tem enfermidade moral. Ele
não pode ser atingido pelas flechas da vil calúnia,
pois sua armadura não tem brecha; sua virtude não
pode ser desafiada por nenhum acusador justo, pois ele
vive acima de reprovação. Sua face nunca se enrubesce
de vergonha, pois ele não tem pecado. Ele é
honrado e respeitado por toda a humanidade,
pois está além de sua censura. E amado
pelo Senhor, pois permanece sem
mácula. As exaltações das
eternidades esperam por
sua vinda.”
(Mensagem da Primeira Presidência, 2 de outubro de 1942.)
uão gloriosa e próxima dos anjos está a tude da terra” (D&C 59:16), à medida que ser
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O PO D ER DO
D IÁ C O N O William G. Hartlev
Q
res, poderia contar o núm ero exa
to de diáconos que serviram à
Igreja desde que Titus Billings,
Serenes Burnett e John Burk foram os
primeiros diáconos ordenados na Igre
ja R estaurada de 1830 a 1831?
Baseados em totais anuais (95 diá
conos em 1854; 18.000 em 1906; cerca
de 150.000 atualm ente) e o tempo de
m udança de posição (dois ou três anos
de serviço por diácono), nós estimamos,
conservadoram ente, mais do que dois
milhões de diáconos deve dar grande
im portância ao cargo, para ter cham ado
tantos diáconos p ara servirem em seu
reino nos últim os dias.
Lembranças Cálidas dos Dias
de Diácono
M uitos líderes da Igreja têm escrito
que ficaram im pressionados com o po
der dos diáconos e que guardam lem
branças cálidas de seus próprios dias
como diáconos. Para citar um exemplo
de um século atrás, John Smith, um
converso inglês, recorda como adulto,
que “filiou-se à Igreja com onze anos
de idade, foi ordenado diácono quando
estava com quinze (1851), e na ocasiãc.
sentiu tal poder como nunca havia sen
tido antes.” Mais próxim o do nosso
século, o Élder George Reynolds, um
dos sete presidentes do Prim eiro Conse
lho dos Setentas, expressou gratidão se
m elhante por seu breve trabalho como
diácono:
“Se houve algum cargo para o qual
eu tenha sido cham ado na Igreja, que
eu tenha desem penhado com o máxi
mo de m inha capacidade, este foi o de
magnificar o cham ado de diácono.
“Nunca faltei a um a reunião, quan Um exemplo mais recente; o ex-pre vamos o chão e tirávam os o pó, enchía
do me fosse possível ali estar. Fre sidente da Missão dos Estados O rien mos as lam parinas de querosene, acer
qüentem ente chegava à capela um a tais dos E.U.A., James H. Moyle, es távam os os pavios, acendíamos as lam
hora ou mais antes da hora m arcada crevendo a respeito da década de 1940, parinas e fazíamos todos os trabalhos
para os serviços, a fim de abrir a por salientou como seu cham ado para ser de zeladoria, pondo o lugar em ordem
ta e p reparar a sala, e tinha grande um diácono realm ente lhe m udou o na parte geral, cuidando tam bém da
prazer em verificar que tudo estivesse com portam ento juvenil. Q uando foi porta e da e n tra d a . .. Fazíamos turnos
devidam ente arrum ado — que os ban cham ado pelo bispo p ara ser diácono, na limpeza da capela e tínham os que
cos estivessem sem pó, o aquecim ento o jovem James, que costum ava andar fazê-lo com freqüência. Eu era muito
ligado, as luzes acesas à noite e todas com os garotos mais travessos da ala, consciencioso com relação ao meu car
as outras pequenas coisas providencia hesitou por um m om ento e então acei go, e dali em diante, nunca mais me
das, para que os santos pudessem tou: perm iti ser inconstante ou irreligioso.”
reunir-se confortavelm ente. Realmente, “G radualm ente eu me afastei dos Por que é, poderíam os perguntar à
creio que tinha mais prazer e satisfação travessos e me dediquei tanto aos meus luz destes três casos, que homens mais
naquele trabalho do que nas respon deveres de diácono, que o bispo disse velhos têm lem branças queridas de seu
sabilidades maiores dos anos posterio que eu era o m elhor da ala. Nós lim serviço como diáconos? Pelo menos
res. pávamos a capela, varríam os, esfregá três sólidas razões para tais sentim en
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tos parecem evidentes, quando observa da vizinhança. Então, certo diá, os me rotos. Eram agora diáconos no Santo
mos a história do trabalho dos diáco ninos foram ordenados diáconos. Sacerdócio.”
nos nesta dispensação: camaradagem, “Apossando-se de mim o espírito do Em vez de traquinagens, um rapaz
serviço e desenvolvim ento pessoal. diácono", disse o irmão Sm art, “vi-me sugeriu que pegassem a carroça da se
Camaradagem disposto, e mesmo satisfeito em, junto nhora, empurrassem -na m ontanha abai
Como citou o Élder Moyle, os pa com meus jovens com panheiros diáco xo, enchessem-na com galhos secos de
drões de um rapaz determ inam aqueles nos, co rtar lenha para os pobres e pa salgueiro e então trouxessem de volta
com quem ele se associa. Uma vez que ra a capela.” a carga e cortassem a lenha para a pro
um garoto esteja integrado em um Certo dia, procurando divertir-se, os visão da senhora. Os outros rapazes,
quorum de diáconos, seus com panheiros diáconos pararam diante da proprieda um a vez que concluíram que seu amigo
de quorum com freqüência se tornam de da viúva e debateram o m elhor meio não estava brincando, concordaram
seus melhores amigos. Eles então se de atorm entar a velha senhora. Mas, anim adam ente.
influenciam m utuam ente para o bem, desta vez, o resultado foi diferente. A viúva divisou os rapazes levando
como é ilustrado por esta história: “Desde a últim a vez que ali se reu sua carroça m onte abaixo e arrojou-lhes
W illiam Smart, quando garoto, cos n iram ”, relem bra o Irm ão Sm art, hou flechas verbais. Depois, apressou-se a ir
tumava unir-se aos seus com panheiros ve “um a transform ação quase que im para a casa de um a vizinha e expandiu
para aborrecer um a viúva excêntrica perceptível na vida de alguns dos ga sua raiva. Mas, como não ficou sur
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presa, quando o velho carroção lhe foi com a ajuda de parentes, em número tosas do quorum . Um século atrás, por
devolvido com salgueiros secos! O gru de sessenta e oito pessoas, se puseram exemplo, um a reunião típica dos diáco
po de garotos sujos e suados — a quem a trabalhar e carpiram e desbastaram nos compunha-se do costumeiro hino de
ela reconheceu como seus antigos ator três hectares e meio de beterrabas, an abertura, oração e leitura da ata, e daí
m entadores — começou com energia tes de deixar o campo. Este trabalho seguia-se um a miscelânea de histórias
a cortar lenha para ela! Ela ralhou, aliviou um a carga pesada dos ombros pregando m oral, leituras e hinos, com
riu e chorou, alternadam ente, excla da fam ília da Irm ã , que na discursos sobre o Evangelho, música e
m ando, então: “Rapazes, Deus os aben ocasião estava muito aflita. freqüente prestação de testem unhos.
çoe! Perdôo-lhes todas as coisas ruins “Alguns dias depois, os diáconos fo Em bora fossem de certa forma ca
que me fizeram no passado!” Ela e os ram à fazenda da Irm ã , uma suais e não-sistemáticas, essas reuniões
meninos souberam então, que “alguma viúva, e tam bém desbastaram vários do quorum produziam um a significati
força silenciosa havia realizado a m u hectares de beterrabas para ela.” va com preensão do Evangelho, assim
d ança”, e aquela força invisível foi o Em bora alguns bispos já pedissem como uma experiência prática de falar e
novo poder e espírito que eles haviam aos seus diáconos que passassem o sa cantar em público.
recebido com sua ordenação. cram ento lá pela década de 1870, não Só depois de 1908, os quoruns de
foi até depois da passagem do século, diáconos receberam cursos sistemáticos
Serviço que o sacram ento se tornou um a de para usarem em suas reuniões, e desde
N unca, na história da Igreja, os diá signação para os diáconos, em toda aí, através dos anos, o Bispado Presi
conos se contentaram em apenas rea a Igreja. Isto está incluído como um dente tem fornecido um grande número
lizar reuniões, tendo sempre desem pe dos itens num a interessante lista de de cursos cuidadosam ente preparados e
nhado encargos im portantes na Igreja. deveres recom endados p ara os diáco diferentes livros de lições elaborados
Como assistentes dos mestres, sacerdo nos, publicada pela Igreja por volta da de modo a ensinar aos diáconos tanto
tes e bispos, eles têm realizado um a va época da I G uerra M undial: princípios religiosos como conduta dig
riedade de tarefas úteis. Um século Coletar ofertas de jejum. na — teoria e aplicação do Evangelho.
atrás, por exemplo, sua principal desig Servir de mensageiro para o bispo. Devido a estas três características do
nação era cuidar das capelas das alas. Passar o sacramento. trabalho do diácono — camaradagem,
“M uito do conforto de um a reunião P reparar com bustível para as viúvas e serviço e desenvolvim ento pessoal —
se deve ao diácono”, disse o diácono pessoas idosas. homens de mais idade que há muito
M ark Lindsay em 1874. “Devemos es C uidar dos pobres. servem no trabalho do Sacerdócio, re
tar lá pelo menos um a hora antes do T ransm itir notícias. lem bram com gratidão a época em que
início da reunião. C onservar a casa bo Bombear os foles do órgão nas reu pisaram no prim eiro degrau da escada
nita e limpa, nem m uito quente, nem niões. do Sacerdócio para servir como diáco
m uito f r i a. . . M anter a bandeja do Conservar em boas condições a proprie nos.
sacram ento limpa, assim como a toalha dade da Igreja.
e a mesa, e ter cuidado para deixá-las A judar a cuidar dos cemitérios. Uma Igreja Aleijada, Sem Diáconos
lim pas.” M anter a ordem na capela. Não é a força m otriz, mas o Sacer
O cuidado para com os pobres tam Conservar o terreno da capela. dócio que leva a Igreja adiante, e o
bém tem caracterizado as atividades dos A judar no trabalho da Prim ária. poder do diácono é um a parte essen
diáconos, particularm ente sua coleta de A judar no trabalho da aula de religião. cial. Sem o poder do D iácono, a Igreja
ofertas de jejum. Agir como recepcionistas. sofreria sob dois aspectos. Primeiro, os
Os diáconos de antigam ente, em T rabalho do Escotismo. bispos e outros teriam que deixar al
com paração, talvez tivessem um pou C uidar da entrada. guns de seus próprios encargos para
co mais de aventura ao coletarem as D istribuir notícias especiais. tom arem a si o trabalho que os diáco
ofertas de jejum. Pedindo em prestado nos devem fazer. Em segundo lugar, e
o carroção de um pai, assim como sua Desenvolvimento Pessoal talvez o mais im portante, se falhar uma
parelha de anim ais, um par de diáco Ê certo que através da integração e geração de diáconos, dentro de dois
nos dava a volta num quarteirão desig do serviço, os diáconos do passado e anos não haveria mestres, e em qua
nado, batiam na porta de cada casa e do presente têm aprendido im portantes tro anos não haveria sacerdotes, e, de
voltavam ao carroção carregados de padrões de com portam ento, assim co pois de um a ou duas décadas, as filei
caixas, cestas, jarros ou pacotes — ra mo atitudes e conceitos a respeito de ras do Sacerdócio de M elquisedeque
ram ente dinheiro. Dois diáconos de sua religião. A m ordom ia, o princípio não seriam preenchidas com adultos
Provo, Utah, por exemplo, em um a co básico de governo da Igreja, é apren preparados e qualificados, que se tives
leta de ofertas de jejum mensal em dida cedo pelos diáconos, que, ao re sem graduado no Sacerdócio Aarônico
1903, carregaram em sua carroça “750 ceberem um a designação, precisam con preparatório.
g. de toucinho, 40 centavos em dinhei cluí-la e rep o rtar o sucesso ao seu líder. A geração de Brigham Young des
ro, 1 jarro de fruta em conserva, 1 A prendem tam bém sentim entos de so crevia os diáconos e outros membros
pacote de uvas-passas, 1 lata de ostras lidariedade, ajudando os necessitados, do Sacerdócio Aarônico como as per
e 16 quilos de farin h a.” atitudes de adoração e reverência ao nas e pés da Igreja, sem os quais ela
Além de coletar ofertas, os diáco passarem o sacram ento, e respeito pelos seria aleijada. Mas é tam bém im portante
nos têm ajudado os necessitados, doan bispos e autoridades da Igreja ao fa notar que, sem a experiência do Sacer
do força física: pintando casas, jun zerem alguma coisa para eles. dócio Aarônico, os próprios rapazes fi
tando folhas, lim pando calçadas, dando A dicionalm ente, os diáconos rece cariam aleijados. Assim, o poder do
recados. Como ilustração, existe o caso bem educação form al do Evangelho em diácono tanto envolve o benefício à
que se deu perto da passagem do sé suas reuniões do quorum . Antes da Igreja como ao diácono.
culo, quando os diáconos ajudaram existência dos livros de lições da Igre Dois milhões de diáconos. Isto é um
duas famílias em sua ala: ja, era deixado por conta dos próprios bocado de camaradagem, de serviço à
“No dia dez de maio, o quorum dos diáconos decidir como despender suas Igreja, de desenvolvim ento pessoal. E
diáconos, com o consentim ento do bis reuniões de m aneira aproveitável. E os avaliando bem, é nestas qualidades —
po, reuniu-se na plantação de beterra antigos livros de registro indicam que e não nas estatísticas — que os anjos
bas da Irm ã , cujo marido eles faziam um trabalho m uito bem fei registradores e nosso Pai Celestial estão
havia falecido recentem ente. O quorum . to ao planejar e realizar reuniões provei mais interessados.
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ocasião; era um jovem que aceitava a
responsabilidade e amava o desafio de
um a tarefa inacabada. O futuro de
m onstraria reservar muitos grandes de
safios para o jovem diácono de Cards
ton.
o
idade com parável em toda a terra. Com
amor, com preensão, organização, hon
radez, integridade e um contínuo de
sejo de com pletar todas as tarefas, ele
se dedicou ao desafio de edificar o rei
no de Deus, preparando os jovens para
Inacabada
de 1972, o Bispo Brown foi designado
pelo Presidente Lee como bispo presi
dente da Igreja. Dêsde 1972, como as-
outras A utoridades G erais, ele dedica
todo o seu tem po à Igreja.
«
Seus compromissos começam geralmen
cortar o que parecia ser lenha m achado nas mãos jovens, ele come
te às 7 horas e ele raram ente tem tempo
demais naquela clara m anhã de çou a cortar. E nquanto brandia o m a
outono em Cardston, A lberta, Ca de alm oçar. O Bispo Brown reúne-se
chado, podia sentir o calor aum entar
nadá. O jovem Vic Brown preferia es com freqüência com seus conselheiros
dentro de si com o trabalho. O barulho
tar nas campinas de A lberta, correndo do m achado na m adeira e o cheiro das e sem analm ente com a Prim eira Presi
com seu cavalo através do ar fresco da achas recém -partidas eram um paga dência da Igreja, para debater muitos
m anhã, mas respeitava o pai. Sabia m ento parcial, mas o m elhor veio cer assuntos relativos a sua mordomia.
que lhe havia sido solicitado cortar ca de cinco horas mais tarde, quando
mais lenha do que um jovem de sua rachou a últim a tora e a empilhou. Ele é responsável por uma vasta e
idade deveria, realm ente, ser capaz de Era um a sensação cálida, em bora mis am pla rede de assuntos tem porais re
cortar. Mas tinha sido aquele tipo espe ta de cansaço, saber que a tarefa fora lacionados com o funcionam ento da
cial de desafio de pai-para-filho — e de bem feita. A apreciação do pai tam Igreja. Adicionalm ente aos seus deve-
safio era algo de que V ictor Lee Brown bém foi calorosa e sincera, apenas mos res com as organizações do Sacerdócio
gostava, um a coisa que ele enfrentava trando um leve quê de surpresa por A arônico e Moças, o Bispo Brown
corajosam ente. A lenha era necessária ter seu jovem filho sido capaz de rea é o presidente do Sacerdócio Aarônico
na cozinha e para aquecer o lar da fa lizar a tarefa de um homem feito. sobre a terra e, portanto, o responsá
mília Brown, e V ictor sabia que cor vel como líder de todos os bispos da
tar lenha não era apenas um desafio, V ictor L. Brown estava servindo co Igreja, que são os presidentes do Sacer
mas um a daquelas necessidades pelas mo prim eiro conselheiro da presidência dócio A arônico nas alas da Igreja. É
quais podia com partilhar a carga da do seu quorum de diáconos por essa tam bém encarregado do program a de
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Serviços de Saúde e tem a tarefa ex fala, mas é uma coisa pela qual perde Diz a irmã Brown: “Alguns jovens
trem am ente im portante de orientar o o sono, algo com que se preocupa, so têm medo de não terem nada para ofere
program a do Serviço de Bem-Estar. O bre o que está pensando sem pre. É tão cer aos outros, ou são tímidos demais
Bispo Brown e seus conselheiros são dedicado, que raram ente tira algum para aceitar posições de liderança e res
responsáveis pelo recebim ento dos dízi tem po para descansar.” ponsabilidade. Creio que a vida de meu
mos e ofertas da Igreja e de reunir-se O Bispo Featherstone diz a seu res m arido, assim como suas crenças, po
com a Primeira Presidência e Conselho peito: “Ele tem um a com preensão de dem ser um a ajuda e uma inspiração.
dos Doze como membros do Conselho sua m ordom ia como poucas pessoas na
para a Disposição de Dízimos (confor “Tenho-o escutado dizer com fre
Igreja. Acho que, se os bispos com
me descrito na seção 120 de D outrina qüência, ao receber um a nova designa
preendessem sua m ordomia como pre
e Convênios). O Escritório do Bispo ção: ‘Admira-me ter sido escolhido.
sidência do Sacerdócio A arônico em
Presidente é tam bém responsável pelas Sinto-me tão inadequado para o car
suas unidades, como o Bispo Brown
fichas de membros da Igreja. A esta go!’ E, com essa observação, ele se
com preende a sua presidência do Sa
m ordomia pesada e de longo alcance o lança àquele determ inado trabalho com
cerdócio A arônico em toda a T er
Bispo V ictor L. Brown dedica diaria todo o entusiasm o, dedicação e busca
ra, veríamos uma elevação na atividade
mente suas energias e talentos. constante da ajuda do Senhor que po
do Sacerdócio A arônico e na atividade
dem ser concentrados por um a pessoa.
Uma noite por sem ana, o Bispo das moças como nunca anteriorm ente
Brown e seus conselheiros, Bispo H. na história da Igreja.” “Nesse ponto, observo dos bastidores,
Burke Peterson e Bispo Vaughn (. O Bispo Brown tem m uitas grandes tanto com alegria como com tristeza,
Featherstone, reúnem-se com as orga qualidades de liderança, e seus conse quando vejo seus esforços às vezes
nizações do Sacerdócio A arônico e das lheiros são os prim eiros a salientá- aceitos e outras rejeitados por aqueles
Moças. las. O Bispo Peterson fala com muita cujo julgam ento ele considera superior
O Bispo Brown tem um am or ge adm iração e respeito da sua grande ao seu próprio. Mas sei que, com pa
nuíno e firm e pelos jovens da Igreja e capacidade de escutar. Diz ele: “Sem ciência e zelo, o trabalho será eventual
dedica hora após hora para o seu pre me adm iro de que o Bispo Brown mente realizado — nem sempre exata
bem-estar. O Bispo Featherstone diz tenha sem pre os ouvidos atentos. Em mente como planejado, mas sempre da
que o Bispo Brown, com freqüência, meus anos de experiências comerciais, maneira que o Senhor desejou.”
recebe cartas de um rapaz ou moça da vi muitos grandes homens de sucesso
A Irm ã Brown continua: “Não sei
Igreja que se realizou, ou que está fechar sua m ente *e não ouvir. Mas,
se estas duas Escrituras são ou não
com algum problem a e, no meio da lei em bora o Bispo Brown seja um homem
suas favoritas, mas sei que ele vive
tura, pára, tira um lenço do bolso e enérgico e com metas definidas, como
pelos princípios que elas ensinam tão
enxuga as lágrimas. Tem muito orgu qualquer deles, ele sem pre tom a tem po
bem quanto qualquer pessoa que co
lho dos jovens desta geração fabulosa para parar e o u vir.”
nheço. Ele acredita im plicitamente no
e sentim entos amáveis e sensíveis quan O Bispo Brown tem um a devoção que Néfi diz em 1 Néfi 3:7: “E eu,
to aos seus sucessos, como tam bém uma tranqüila por sua família e um grande Néfi, disse a meu pai: Eu irei e cum
preocupação amorosa para com seus am or e dedicação pelos jovens da prirei as ordens do Senhor, pois sei
fracassos. Igreja. Q uando se pergunta que ex que o Senhor nunca dá ordens aos fi
O Bispo Brown e seus conselheiros pressões descreveriam o bispo, sem fa lhos dos homens sem antes preparar um
se reúnem com freqüência em seu es lhar, as mesmas duas palavras são re cam inho pelo qual suas ordens pode
critório, a fim de debaterem os assun petidas continuam ente — honestidade rão ser cum pridas.” Ele sabe também
tos referentes ao Bispado Presidente da e honradez. que a promessa do Senhor, em D outri
Igreja. Ambos os seus conselheiros con Depois do jantar, o bispo dirige-se na e Convênios 82:10, é válida: “Eu,
cordam que o Bispo Brown tem um com sua pasta, p ara a sala da família. o Senhor, estou obrigado quando fazeis
senso de hum or maravilhoso e rápido. Poderá relancear os olhos por um jor o que eu digo; mas quando não o fa
Mas, no fundo, o Bispo Brown é um nal ou um a das revistas de negócios ou zeis, não tendes prom essa nenhum a.”
homem sério, enérgico e dedicado. O de notícias que estão sobre a mesa à
Bispo Peterson, prim eiro conselheiro sua direita, e então com eçará, nova “Essas crenças são uma influência
do Bispado Presidente, diz a seu res m ente a trabalhar nos assuntos que se orientadora e um testem unho para nos
peito: “Os que o conhecem, que sa referem à sua m ordom ia. A Irm ã sos filhos, e creio que podem consti
bem o que faz bater seu coração, com Brown fica na sala lendo ou cos tuir-se tam bém para outros jovens.”
preendem que ele possui um senso de turando, enquanto o bispo continua si E assim, com freqüência, quando não
dedicação só igualado por poucos ho lenciosam ente o seu trabalho. Ocasio está viajando para lugares distantes do
mens que conhecemos. Ele sente real nalm ente os olhos dela se levantarão m undo a serviço da Igreja, o Bispo
m ente a responsabilidade do Sacerdó para fitar o hom em que ama — tão Brown term inará o seu dia na sala da
cio A arônico do m undo, o mesmo organizado, firm e e dedicado. O bser fam ília, sentado em sua cadeira verde
acontecendo com relação às moças. Isto vando-o em seu trabalho, sabe que ele preferida, esforçando-se ainda por ter
não é algo sobre o que simplesmente tem m uito a d ar aos jovens. m inar sua tarefa.
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Perguntas e
Respostas
As respostas são para ajuda e perspectiva; não
constituem pronunciamentos doutrinários da Igreja.
“Deus ouve as orações de todos?”
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quantas pessoas há no mundo e disse que Deus não A conclusão de Ricardo satisfaz a um grande
pode, possivelmente, ouvir todas essas orações. Ele teste, porque se enquadra no que o Presidente Harold
deve ter outros que o façam por ele. O Irmão B. Lee disse em um discurso a respeito de revelação.
Edmundo disse que eu estava errado, e perguntei-lhe Disse que somos muito semelhantes a um receptor
como é que ele sabia. Ele simplesmetne citou um de rádio; se nossa válvula do dízimo estiver que
amontoado de Escrituras. Rapaz, que maneira de brada, ou nossa válvula da retidão pessoal não estiver
fugir do assunto — simplesmente fé cega. funcionando corretamente, nunca receberemos a men
sagem enviada pelo Senhor. Pior ainda, poderemos
— Isto é realmente interessante, mas discordo estar sintonizando a emissora errada, pensando estar
da idéia de fé cega — redargüiu Ricardo. — Há recebendo mensagens do Senhor, quando, durante o
não muito tempo atrás, pensei a respeito do mesmo tempo todo, estão vindo de uma fonte errada.
assunto. A primeira coisa que perguntei a mim
mesmo foi: o que o Senhor já nos falou a esse res Há um velho provérbio que diz, em resumo,
peito? Li algumas passagens em Doutrina e Convê que não é conhecer todas as respostas que indica
nios (veja D&C 88:62-63) e também encontrei uma a sabedoria de um homem, mas sim saber como per
importante declaração do Presidente John Taylor: guntar as coisas certas.
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cisamos aprender a fazer as perguntas certas e, espe terra com relação ao casamento civil, mas são tam
cialmente nas coisas de Deus, procurar compreen bém selados para o tempo e toda a eternidade em
der e não julgar. uma relação eterna.
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dignidade da pessoa nesta vida pelo cumprimento mos que todo membro da Igreja deve estar capa
das leis do Evangelho e dos mandamentos. citado a tomar sua própria decisão quanto ao que
acha que deve ao Senhor, efetuando, assim, o paga
Élder James A. Cullimore mento de acordo.” Entretanto, indicaram que “juros”
são compreendidos como querendo dizer “renda”.
Assistente do Conselho dos Doze.
Ao término de cada ano, todo membro da Igreja
“Devo pagar o dízimo do é convidado a comparecer ao acerto do dízimo com
seu bispo, ocasião em que este oficial deve ser infor
dinheiro que meus pais me mado se o membro paga ou não seu dízimo integral.
Devido às muitas perguntas a respeito do dízi Quando você tiver sido completamente honesto
mo recebidas pelas Autoridades Gerais da Igreja, a com o Senhor, um sentimento de paz se introduzirá
Primeira Presidência dirigiu uma carta aos presiden no seu coração, e você não terá dúvidas de que é
tes de estacas e missões, bispos e presidentes de um pagador de dízimo integral.
ramos, datada de 19 de março de 1970. Indicaram
a esses oficiais da Igreja a seção 119 de Doutrina e Lembre-se da orientação do Senhor para pagar
Convênios, versículos 3 e 4, que diz: dízimos de todos os seus juros (ou renda); aconselhe-
se com seus pais; reflita sobre as bênçãos prometi
“E este será o princípio do dízimo do meu povo. das àqueles que pagam seus dízimos e ofertas, e então
tome sua própria decisão.
“ . . . os que assim tiverem pago o seu dízimo,
pagarão um décimo de todos os seus juros anuais; Ao esforçar-se por viver este e todos os outros
e isto lhes será uma lei perpétua, e para o meu santo mandamentos do Senhor, poderá esperar que o seu
Sacerdócio, para sempre, diz o Senhor.” Espírito esteja com você para fortalecê-lo e orientá-lo
em outras decisões de sua vida.
Depois de citar esta Escritura, a Primeira Pre
sidência declarou: “Ninguém está justificado em Bispo Victor L. Brown
emitir qualquer outra declaração além desta. Senti Bispo Presidente.
12 A LIA H O N A
ÁGUAS EM
REDEMOINHO
Por Bernardine Beatie
Ilustrado por Sherry Thompson
A LIA H O N A
bordado, e a ponte e todos os edifícios da fazenda coclho, enquanto seu irmão e o amigo estavam em
foram varridos para longe. Vovô e a família se salva dificuldade. Quando Ching-kai abriu a porta da
ram, agarrando-se a alguns destroços, até consegui frente, a chuva parou de forma repentina. Mas, ao
rem chegar a um^erreno mais elevado. Ching-kai cruzar, o terreno, um grande barulho ensurdecedor
não desejava chegar perto do rio ou da ponte hoje, encheu seus ouvidos. O coração de Ching-kai dis
mas estava envergonhado de dizer isto a seu irmão. parou. Era o rio, correndo alto e rápido.
Deu um suspiro de alívio, quando, na hora do des- Gritos tênues chegaram aos ouvidos de Ching-
jejum, shien shung (seu pai) disse que a pescaria kai, enquanto permanecia ouvindo as águas encape
tinha que ser adiada. ladas. “— Wen-show! Ting-gwo!” — gritou, for-
“— Tenho negócios na vila”, — explicou o pai. çando-se a seguir a direção do som. Seus joelhos fra
“— Sua mãe vai comigo visitar a irmã dela. Plane quejaram, quando viu que os postes que seguravam
jamos ficar lá esta noite; assim, alguém precisa ficar a ponte no outro lado da margem haviam sido leva
aqui para cuidar da fazenda. É possível que caia dos pelas águas. Wen-show e Ting-gwo estavam
um temporal.” agarrados aos destroços da ponte, sendo jogados de
Depois que os pais partiram, Ching-kai e Wen- lá para cá pela água enfurecida, como pedaços de
show alimentaram as galinhas e coelhos. Estavam cortiça presos na extremidade de uma linha.
capinando a pequena horta nos fundos da casa, quan “— Puxe-nos, Ching-kai” A voz do irmão che
do Ting-gwo veio correndo, trazendo uma vara de gou a ele fracamente. Ching-kai observava como que
bambu e uma grande lata de minhocas. enfeitiçado.' A água redemoinhava à volta dos meni
nos e ele podia ver que logo os levaria. Engolindo
“— Mas o tempo está clareando!” disse de
o nó de medo na sua garganta, ele deu um passo
modo convincente, depois de ouvir Wen-show expli adiante, então mais um, e outro.
car por que shien shung havia proibido e pescaria.
“— Cuidado, Ching-kai!” gritou Wen-show.
Wen-show olhou esperançosamente para o céu: “— O rio socavou a margem”.
Você está certo, Ting-gwo. Vamos, Ching-kai.
Ching-kai sentiu a terra tremer sob os pés. Es
Shien shung não se importaria”.
tava tão assustado, que seus joelhos pareciam ter-se
“— Ele nos disse que ficássemos em casa”, — transformado em gelatina, mas ele deitou-se, estirado
Ching-kai lembrou aos outros garotos. no chão e arrastou-se centímetro por centímetro em
“— Você está com medo, Ching-kai, é por isso direção aos postes da ponte. Finalmente, seus dedos
que não quer ir”, — desafiou Ting-gwo, e virou-se se fecharam à volta das cordas que seguravam a ponte.
para Wen-show: “— Se você não vier, eu vou sozi Puxou com toda a força. O destroço que boiava com
nho!” Virou-se e saiu em direção ao rio. os garotos em apuros moveu-se vagarosamente em
“— Espere, irei com você!” gritou Wen-show. direção à margem. Exatamente quando Ching-kai
sentiu que seus braços iam ser arrancados das jun
“— Venha, Ching-kai” — instigou ele.
tas, as cordas afrouxaram, e Wen-show e Ting-gwo
“— Não vá, Wen-show. Por favor!” suplicou engatinharam pela margem em sua direção.
Ching-kai “— O céu ainda está escuro no leste”.
Ching-kai ajudou os garotos tiritantes a se po
“— Um pouco dé chuva não nos vai machu rem de pé. Ninguém falou até chegarem em casa.
car!” exclamou Wen-show. Ele suspirou: “— O que Então, os olhos de Wen-show encontraram-se com
posso fazer com você, Ching-kai? Seus temores me os de Shing-kai: “— Se não fosse por você, irmão-
fazem passar vergonha diante de meus amigos!” zinho, teríamos sido varridos pelo rio”.
Wen-show pegou sua vara de pescar e correu atrás “— Ai Yo (U fa )!” suspirou Ting-gwo em agra
de Ting-gwo. decimento. “— Como eu estava errado em chamá-lo
Ching-kai sentiu um nó na garganta. Seu irmão de fraco e medroso, Ching-kai. Você é tão corajoso
mais velho sempre o defendera anteriormente, mas quanto um leão! ”
agora sentia vergonha. E não é à toa, pensou Ching- O rapazinho sorriu sem jeito. “— Não, continuo
kai sentindo-se aflito. sendo um coelho, Ting-gwo. Tive que forçar-me a ir
Logo começou um chuvisco. Ching-kai correu ao rio. Estava assustado — mais do que jamais
para trancar as portas dos barracões. Quando ter estive antes.”
minou e chegou de volta à casa, o chuvisco já se Wen-show riu. “— Nós também estávamos as
havia transformado em chuva forte, e o vento estava sustados, irmãozinho. Nunca compreendi antes, mas
soprando com tanta força, que os topos das árvores a bravura não é a ausência de medo. A bravura é
quase tocavam o chão. Ele se encolheu num canto, ser capaz de enfrentar o medo e sobrepujá-lo!”
tremendo e pensando em Wen-show e Ting-gwo. “— Você tem razão!” concordou Ting-gwo.
Onde estão eles? Por que ainda não voltaram? Ima “Isto prova que você é corajoso, Ching-kai!”
ginava. Ching-kai deu um largo sorriso. “— Tentarei
Passou-se uma hora, e depois outra. Ching- lembrar-me disto, quando a ponte for consertada.
kai estava louco de preocupação, à medida que Então ele correu para a porta e abriu-a.
aumentava a violência da tempestade. Finalmente “— Olhem!” gritou. “— Lá está o sol — a tempes
se levantou. Não mais podia esconder-se como um tade acabou.”
M A IO DE 1976 15
m um país longínquo, muitos
T
G ostava de selar seu cavalo favorito, am arrar o alforje
e certificar-se de que seu fuzil estava limpo e pronto
para disparar instantaneam ente.
PARA OUTRO
Por Élder Marvin J. Ashton
Um dia, quando o visitava, notei que possuía um
enorm e cachorro de caça am arrado a um dos galpões. “É
um a beleza”, comentei.
do Conselho dos Doze “— Tenho que vendê-lo”, respondeu meu amigo.”
*— N ão posso preocupar-m e com ele.”
“— Por quê? Q ual é o problem a?” — perguntei sur
preso.
Meu amigo caçador de pum as explicou que desde que
era um filhotinho, o cachorro havia sido treinado para seguir
o rastro de pumas. “— Ele sabe o que espero dele”, con
tinuou o hom em , “— mas na últim a vez que fizemos uma
caçada de três dias, ele saiu atrás de um gamo, depois per
seguiu um coiote, e finalm ente alguns coelhos, e ficou longe
quase um dia inteiro. Ele sabe que precisa ficar no rastro
do pum a, para ser um dos meus ajudantes. Nosso negócio
é com pumas, e este cachorro é ruim para os negócios.
Agora está à venda, e bem b arato .”
18 A LIA H O N A
Senti pena daquele cachorro belo, saudável, e no en que realm ente não gostamos de fazer (sofrer), para que
tanto, desobediente. Ele não conseguia ficar no cam inho que possamos tornar-nos os cidadãos m aduros e obedientes que
lhe garantiria lugar com seu senhor. o Senhor deseja.
Fazendo um retrospecto de m inha vida quando era ape Em toda nossa volta, a natureza dem onstra o valor de
nas um rapazinho, lembro-me de como às vezes me era difícil fazerm os o que é certo. Se os esquilos não arm azenarem ali
fazer o que meus pais pediam . O beisebol e o basquetebol m ento durante o verão, m orrerão de fome no inverno. Se os
eram mais divertidos do que estudar saxofone, e havia passarinhos não construírem ninhos adequados antes de po
ocasiões em que eu não via o valor de se ir a todas as rem os ovos, os filhotinhos m orrerão.
reuniões da Igreja. Estou grato a meus pais por me terem
Como filhos de um Pai Celestial que nos ama, sabemos
ajudado a manter-me no cam inho do Mestre, até que esti
que, se guardarm os os seus m andam entos, receberemos as
vesse suficientem ente m aduro para escolher o certo por mim
recom pensas que ele tem para nós. Se obedecerm os a nos
mesmo.
sos pais, seremos abençoados com a força necessária para
Nosso Pai Celestial nos explicou quão im portante é ser tom arm os decisões acertadas e, algum dia, tam bém podere
obediente. “E o meu povo precisa ser castigado até que mos nos tornar pais bons e cheios de amor, ensinando o
aprenda a ser obediente, ainda que seja pelas coisas que que é certo a nossos filhos.
agora sofre.” (D&C 105:6.)
Estou grato que entes queridos, bons professores e ami
Nossa m ãe, pai, professores e nossos amigos m uitas gos não tenham deixado que eu me afastasse da trilha da
vezes nos repreendem . Ou podemos ter que fazer algo de verdade e da justiça, do cam inho da obediência.
M A IO DE 1976 19
QUEBRA-CABEÇAS DOS : . 9 IO»PONTINHOS
SÓ PURA DIVERTIR 4»
8
Ligue os pontinhos
e encontrará um animal
que gosta de
de mel.
Q
ram a do program a dos Serviços a presidência da Sociedade de Socorro Sacerdócio ao trabalharem juntos na fa
de Bem-estar que foi esboçado da ala trabalha com o seu bispado. mília da Igreja para o benefício dos
nesta excelente apresentação fei Em um a conferência da Sociedade de filhos e filhas do Senhor sobre a terra.
ta pelo Bispado Presidente para Socorro realizada em 1946, H arold B.
a família terrena do Senhor. Certo dia de inverno, duas professo
Lee, que então pertencia ao Conselho
Compreendemos a im portância da uni ras visitantes chegaram à casa de uma
dos Doze, falou a respeito de um es
dade básica da sociedade, a família. No tudo feito nos prim eiros dias do plano fam ília que se m udara havia pouco
âm bito da família encontra-se o pai, de bem-estar entre os que precisavam tem po para a ala. N ão houve resposta
o portador do Sacerdócio, que é o ca de assistência deste plano. A Igreja im ediata às batidas na porta, mas, sen
beça governante da fam ília e seu oficial descobriu, nas fam ílias pesquisadas, que tindo-se impelidas a tentar novamente,
presidente. Ele elabora um plano de a m aioria dos pais não eram trabalha as professoras visitantes bateram uma
ação para a família, um projeto desen dores altam ente habilitados. Suas espo segunda, e um a terceira vez.
volvido e esquem atizado em correlação sas não possuíam m uitas das habilida
e cooperação com os demais familiares, A porta finalm ente se abriu alguns
des domésticas e de adm inistração do centím etros, m ostrando um a m ulher e
com o propósito de ser um a bênção lar, que as ajudassem a cuidar dos re
para a fam ília toda. cursos disponíveis para a fam ília. Pou um a criança vestidas com casacos e pi
Estou satisfeita de representar a p ar cas tinham aprendido as prendas que jamas. As professoras visitantes foram
te fem inina da fam ília da Igreja nesta as ajudariam a ser independentes. (Ve convidadas, com relutância, a entrar na
reunião. Reafirmo, com entusiasm o, a ja a Relief Society Magazine, dez. 1946, casa gelada. Em resposta às suas per
sabedoria do plano do Sacerdócio, e pp. 809-17.) guntas, feitas com compreensão e cui
M A IO DE 1976 21
dado, a m ulher revelou, lacrimosa, a As professoras visitantes explicaram educacional da Sociedade de Socorro
situação da família. prudentem ente que o program a de bem- que fora designada p ara o bem-estar
estar do Senhor não é algo que roube pessoal, deu à esposa sugestões sobre
O m arido, que ainda estava na fa do seu recebedor o orgulho ou a inde como adm inistrar melhor os recursos
culdade, encontrava-se m uito doente e pendência, mas sim, contribui para eles. limitados da família e trabalhar pelas
internado na unidade de tratam ento in Através de persuasão gentil e amorosa, m ercadorias recebidas.
tensivo de um hospital. As contas do a jovem esposa finalm ente perm itiu
médico e do hospital haviam levado as que se telefonasse à presidente da So Como m ulheres nesta fam ília da
economias que o casal fizera durante ciedade de Socorro. Igreja, fomos instruídas a “estender
anos, para que ele pudesse continuar nossas mãos aos pobres e necessita
os estudos. D entro de pouco tem po, chegaram dos”, a “m elhorar a situação de nossos
tanto a presidente da Sociedade *de So lares”; pois, através dessa participação,
Q uando seu suprim ento de com bustí corro como o bispo àquele lar. Logo tanto aqueles que são ajudados como
vel para o aquecedor term inara, a jo receberam combustível, o fogão foi ace os que ajudam crescem. A Sociedade
vem esposa e a criancinha haviam per so, providenciada comida quente, e pre de Socorro pode fazer muito como or
m anecido na cama para se esquentar, parada um a lista de alimentos. O bispo ganização para aperfeiçoar a ala e o
e a mãe estava tentando fazer com que visitou então o m arido no hospital, preparo da família. Nós pedimos que
um litro de leite e meio filão de pão encorajando-o com o fato de que sua nos perm itam trabalhar com vocês.
durassem o resto do mês. família estava bem cuidada. Recebeu Testifico-lhes que nos regozijaremos
As professoras visitantes ofereceram um a bênção, na qual o jovem foi tran na oportunidade de servir neste grande
ajuda e então a irm ã disse: “— Meu qüilizado quanto à sua própria condi encargo com todo nosso coração, men
marido tem m uito am or-próprio; ele ção. Daquele mom ento em diante, ele te, poder e força. Em nome de Jesus
não quereria aceitar caridade. começou a melhorar. A conselheira Cristo. Amém.
O melhor meio de obter a paz é através de um a obe Deus nos ama. Ele nos está observando, deseja que
diência pessoal ao Príncipe da Paz. Para que um bom cristão tenham os sucesso, e algum dia saberemos que ele não
se torne perfeito, tem que ter uma consciência limpa. Com deixou de fazer nada que fosse para o bem-estar eterno
um bom program a de com preensão e um a íntegra fé pes de cada um de nós. Se nós soubéssemos: existem hostes
soal, cresce na alma um a serenidade e paz que suplantam celestiais torcendo por nós — amigos nos céus dos quais
em m uito os mais satisfatórios prazeres carnais. A paz e a não nos podem os lem brar agora, que anseiam por nossa
boa vontade estão entre as mais agradáveis das delícias
vitória. É hoje o nosso dia de dem onstrar o que podemos
terrenas. A fortunadam ente, os pobres podem obter a paz com
fazer — que vida e sacrifício podemos, diária, horária, ins
tanta facilidade quanto os ricos, o pária social a obtém tão
tantaneam ente, oferecer a Deus. Se nos dermos com pleta
livrem ente quanto um líder da sociedade, e o cidadão mais
mente, obterem os tudo, do m aior de todos.”
hum ilde pode ter um a paz sem elhante àqueles que exercem
o m aior poder político.”
Élder Sterling W . Sill Presidente Ezra T aft Benson, do Conselho dos Doze,
(Christm as Sermons, D eseret Book Company, 1973, Discurso Devocional na Universidade de Brigham
pp. 57, 26.) Young, 10 de dezem bro de 1974.
22 A LIA H O N A
U M EN IG M A
IDENTIFICACÃO
Por lohn A. Tvedtnes
C
crever um a ou mais pessoas, tanto da Bíblia como do
Livro de Mórmon. Veja se pode preencher o espaço
em branco com dois nomes para cada descrição, um
da Escritura do Velho M undo e outro do Novo M un
do. Se, ao final, você tiver conseguido descobrir
mais personagens da Bíblia do que do Livro de M órmon,
talvez tenha descoberto seus pontos fracos e fortes no que
se refere a conhecim ento das Escrituras. Se soube correta
m ente ambas as respostas todas as vezes, não se esqueça
de estudar D outrina e Convênios e a Pérola de G rande Valor.
((H-£:IZ Jar)
(£1 'Ç>N U a-S :6£ es|)
_soj;no so iin u i. a ]qai SBimajap *s b j b s | L
(fr-l ? N Z) (6fr u § o )
mn (|8BJS|) ÇOBf S
( 8 M I =81-2.1 9N l) (8-/ n ão )
U 9N 'm n ? on £
t Z- l - Z ujjoiai) (S :8 l w bs l)
V UOUJJO^J ia b q Z
_ (61-8UZ MBisoifti)
i|e!SO|/\] ap so l (|!4 (9-r-6 SOIV)
so 0 ‘o q iy o eui|v (o|ned) o|neg i
uoujjpy\| a p o ja h enqia
se^sodsajj
M A IO DE 1976 23
voltou-se para Joseph e disse: “E
\
crifício aceitável diante do Senhor.
1975, ouvimos a voz do
Haviam oferecido sua vida, quan
Presidente Spencer W. Kim-
do necessário, para a redenção da
ball no grande Tabernáculo
terra de Sião.
na Cidade do Lago Salga
do, quando deu abertura à 145.a Durante as reuniões realizadas
Conferência Geral Semi-Anual da naquela primavera, o Quorum dos
Igreja. Setentas foi organizado. Houve
Também naquela manhã foi ir certo desentendimento relativo à
radiada para muitas partes do organização do quorum e ao direi
mundo, sendo repetida, à meia- to do Sacerdócio sob o qual ele
noite, sua voz em um anúncio so era organizado. Esses homens eram
lene: recém-convertidos à Igreja, vindos
“Anunciamos-lhes hoje a desig das igrejas cristãs.
nação de quatro novas autoridades Houve muita controvérsia a res
gerais para ajudar a levar avante a peito dos poderes do Sacerdócio
obra do Senhor, especialmente na entre os sumos-sacerdotes e os se
área missionária. tentas que haviam sido chamados
“O Élder Gene R. Cook. . . tor- convidados para cantar para ele. como presidentes do quorum. Co
nar-se-á um membro do Primeiro Os irmãos Young eram excelen mo resultado de tal disputa, o Pro
Conselho dos Setentas. O Primeiro tes cantores e seus duetos eram feta tirou seis dos membros da
Quorum dos Setentas será organi muito apreciados pelo Profeta. presidência do quorum dos seten
zado de maneira gradual, eventual Foi então que o Profeta disse tas e enviou-os de volta ao seu quo
mente com 70 membros, cuja pre a Brigham Young que convocasse rum de sumos-sacerdotes. Joseph
sidência será composta dos sete uma reunião para o domingo se Young permaneceu no conselho e
membros. guinte, 14 de fevereiro, declaran tornou-se o presidente sênior, com
“Serão adicionados hoje três do sua intenção de organizar os os seis seguintes chamados para
irmãos ao Primeiro Quorum dos Doze Apóstolos. Passou algum servir com ele: John Gould, Ja
Setentas. São eles Charles A. Di- tempo explicando a organização mes Foster, Daniel S. Miles, Josiah
dier,. . . William Rawsel Brad- dos Doze e então disse a Brigham Butterfield, Salmon Gee e John
ford,. . . Élder George Patrick que ele seria um deles; depois, Gaylord.
L e e .. . ”
O quorum deverá ser aumenta
do até alcançar o total de 70. Os
três novos membros são setentas
chamados de muitos lugares e se
tornam autoridades gerais da
Igreja.
A organização do Primeiro Quo
rum dos Setentas foi feita há 140
anos. Igualmente solene (e inco-
mum) foi a organização feita na
quele dia.
A 7 de fevereiro de 1835, Joseph
Smith, o Profeta, dirigia-se para
casa depois do serviço regular da C harles A. D idier William Rawsel Bradford Élder G eorge P atrick Lee
24 A LIA H O N A
Em seus dias, Joseph Smith or tios no mundo todo — diferindo O Presidente Spencer W. Kim-
ganizou 31/2 quoruns de setentas. assim dos outros oficiais da Igreja ball indicou a direção de nossos
O segundo, terceiro e metade do no que diz respeito aos deveres do esforços. Precisamos “ampliar nos
quarto foram organizados sem pre seu chamado. so passo” e aumentar nosso es
sidentes. Os presidentes do Pri “E eles formam um quorum forço. O mundo precisa ser adver
meiro Quorum presidiam sobre igual em autoridade ao das Doze tido, e aqueles que a receberão
eles, assim como sobre 0 Primeiro testemunhas especiais ou Apósto precisam ouvir a mensagem.
Quorum. los, há pouco mencionados.” Os jovens são admoestados a
Em 1845, depois da morte do (D&C 107:25, 26.) que devem considerar como parte
Profeta Joseph Smith, o Quorum A organização da Igreja era tão de seu serviço à Igreja manter-se
dos Doze reorganizou os setentas. pequena naquela época, que não limpos e cumprir missões. Não é
Um total de 10 quoruns foram or havia necessidade de ajudar os uma escolha entre qual opção será
ganizados dentre os élderes abaixo Doze. Os homens podiam ser cha mais proveitosa: ir para a missão
de 35 anos de idade. Seus presi mados para missões sem pertencer ou para a faculdade. Mas, em vez
dentes foram escolhidos dos 63 a um quorum. Organizar missões disso, a decisão de fazer uma
membros do Primeiro Quorum. e conversos eram os principais missão e depois cursar a facul
Assim, os primeiros sete presi objetivos. dade.
dentes presidiam sobre o Primeiro Através dos anos, em vista de Em cada geração, quando cada
Quorum e sobre todos os setentas não haver necessidade imediata de um dos presidentes da Igreja ava
em geral, e os 63 membros do Pri ajuda aos Doze, o Primeiro Quo liou suas responsabilidades, ele fez
meiro Quorum foram divididos em rum não foi organizado. Pode-se mudanças na estrutura organiza
nove quoruns. Ficou entendido entender isto, quando tão recente cional da Igreja para melhor alcan
que, quando houvesse necessidade mente quanto na década de 1930, çar as coisas que foi inspirado a
de uma reunião do Primeiro Quo era costume enviar duas das auto realizar. Isto está em perfeito acor
rum, esses nove grupos de presi ridades gerais para uma conferên do com a revelação moderna.
dentes reunir-se-iam novamente cia trimestral de estaca. Membros Em termos simples, a revelação
como Primeiro Quorum. da Primeira Presidência ou do moderna é a revelação dada hoje
Então os santos se mudaram pa Quorum dos Doze serviam como em dia ao profeta vivo. Ele não
ra o Oeste. Os membros desses presidentes de auxiliares. está limitado a uma organização
10 quoruns foram espalhados entre O crescimento da Igreja duran que foi conveniente para a Igreja
as colônias da nova terra. Tornou- te os últimos 30 anos foi fenome em 1830, 1840, 1870 ou 1950.
se impossível reunir a maioria de nal. Conforme aumentou o núme Se ele não pudesse satisfazer as
qualquer quorum para realizar ro de membros de estacas e mis mudanças do mundo e da Igreja à
uma reunião. Não havia transfe sões, a necessidade de mais auto medida que se apresentam, tornar-
rência dos membros de um quorum ridades gerais tornou-se evidente. nos-íamos tão limitados quanto
para outro. Para assistir na supervisão de es eram os antigos israelitas, que
Em 1883, o Presidente John tacas, foram chamados assistentes acreditavam não se poder desviar
Taylor reorganizou todos os quo dos Doze. Esses importantes auxi das regras estabelecidas por Moi
runs. Designou cada um para uma liares também supervisionavam as sés. Como resultado, viviam numa
estaca e instruiu que todos os se missões, pois estas também aumen condição social que não era ade
tentas fizessem parte dos quoruns taram. A Primeira Presidência e o quada à sua época 1000 anos mais
nas estacas em que viviam. Conselho dos Doze Apóstolos pre tarde.
cisavam definir o tipo de ajuda de
Adicionalmente declarou que, A Primeira Presidência e os
que elas necessitavam.
em caso de ser necessário que o Doze organizaram o Primeiro Quo
Primeiro Quorum se reunisse, o Evidencia-se que estamos na
rum dos Setentas, para satisfazer as
presidente sênior dos primeiros época de empreender um grande
necessidades da época atual em
sessenta e três quoruns poderia esforço para expandir a obra. Na
harmonia com as revelações que
constituir o Primeiro Quorum. Este primavera de 1975, as missões
governam os setentas.
arranjo nunca foi posto em ação, foram aumentadas em mais de 30.
seja pelo Presidente Taylor ou O número de missionários chama Conforme a necessidade, o quo
seus sucessores. dos cresceu enormemente. Atual rum será aumentado em número
mente, o número de missões é de até que alcance o total revelado de
À medida que os anos se pas
133, enquanto o número de mis 70 homens. Depois, se houver
saram, não houve nenhuma neces
sionários totaliza mais de 21.000. necessidade e o profeta assim deci
sidade evidente do Primeiro Quo
(Isto não inclui os milhares de dir, serão organizados um segundo
rum. A revelação que o constituiu
missionários de estaca.) Os proje e um terceiro,-até que haja o sufi
em 1835 diz:
tos para o futuro imediato apre ciente para fazer o trabalho pecu
“Os setentas são também cha sentam um espetacular crescimen liar exigido deles, conforme a
mados para pregar o Evangelho, e to adicional, tanto de missões co Igreja cumpra a profecia e o reino
ser testemunhas especiais aos gen mo de missionários. de Deus preencha toda a terra.
M A IO DE 1976 25
VOCÊ É CO M O
UMA MÃE Ardeth G. Kapp
presidente da estaca pediu que eu a procurasse. mao fortem ente fechada, alguém m urm urava: — Você é
0
Ele disse que você entenderia meu problem a, como um a mãe!
visto que tam bém não tem filhos. A reunião term inou. Tentei sair rapidam ente pela porta
dos fundos, mas meu caminho parecia estar bloqueado por
objetos e pessoas que já não podia identificar. As lágrimas
O tom de sua voz revelava um a atitude
enevoavam m inha visão. — Não posso chorar, — dizia para
de ressentim ento, enquanto ela perm anecia e fa
mim mesma, — devo dar um bom exemplo. Mas podia ouvir
lava ali, na porta da frente. Em bora fôssemos
o eco em meus ouvidos: “Você é como um a m ãe.” Pareciam
estranhas naquele mom ento, reconheci-lhe o sentim ento que
caçoar de mim, enquanto m inhas mãos sustentavam o peso
era a capa de um coração angustiado. D urante as várias
da pequena begônia.
horas que se seguiram, ela expressou-me seus pensam entos
mais íntimos. C horava ao falar dos filhos que lhe foram Este ano não fora diferente. Eu pensara no ditado: “O
negados. tem po cura todas as feridas”, mas os anos se estavam passan
do e eu não estava sendo curada. A inda estava angustiada
Ela veio a mim como um a estranha, mas, com parti e meu coração doía. M inha m ente encheu-se de perguntas
lhando preocupações profundam ente pessoais, tornamo-nos que eu fazia muito freqüentem ente: Meu com panheiro eterno
irmãs; e eu estava agradecida que meu presidente de estaca e eu não havíam os sido ordenados a m ultiplicar e encher
tivesse tido a inspiração de enviar-me essa jovem sensível. a terra e ter gozo em nossa posteridade? N ão devíamos ter
Q uando estava de saída, voltou-se e olhou para mim. Houve posteridade? N enhum a alegria?
um breve m om ento de silêncio. Então, num tom agradecido,
Apressei-me a chegar em casa, a apenas algumas qua
disse: — O presidente da estaca estava certo. Você realm ente
dras da Igreja. Mas o eco da solidão acompanhou-me até
entende. O brigada.
lá. Tentei ignorar a mesa do almoço que havia posto com
Fiquei satisfeita de ter podido aliviar a carga de ou am or e cuidado, mas com apenas dois lugares. O utro dia e eu
trem, pois eu realm ente com preendia o seu problem a. En tentaria novam ente com mais força suportar a tensão.
quanto ela saía e a observava virar a esquina, lembrei-me
Semanas mais tarde, um garotinho que era novo na
de um pensam ento que ouvira do Élder Neal A. Maxwell,
vizinhança, bateu à nossa porta. Q uando a abri, ele olhou
assistente do Conselho dos Doze:
ansioso e perguntou: — Seus filhos podem vir brincar aqui
“Todas as vezes que navegamos com segurança nesta fora?
rota estreita, há outros navios que estão quase perdidos, Um frio pareceu invadir-me, enquanto eu disse quase
ou que estão perdidos, mas que podem encontrar seu cami num sussurro: — Não tenho nenhum filho.
nho devido à nossa lu z.” (Discurso em um serão na Univer A criança, em tom curioso perguntou: — Você não é
sidade de Brigham Young.) mãe?
Nem sempre tive esta com preensão, esta luz; na reali Respondi concisam ente: — Não, não sou.
dade, em certas ocasiões houve névoas de escuridão em O garotinho pareceu não ter entendido e, na inocência
m inha própria vida.1 Entretanto, essas névoas tam bém são da infância, fez a pergunta que eu nunca ousaia exprimir
partes necessárias de nossa vida. “H á condições de incer em palavras: — Se você não é um a mãe, o que é?
teza, dificuldade, tentações e insegurança — e no entanto, Depois que ele se retirou, toda m inha alma clamou:
elas., são o ingrediente que dá à m ortalidade o seu profundo — Deus am ado, se eu não sou um a m ãe, o que sou? — E,
significado. Pois som ente sob tais condições é possível ao novam ente a pergunta penetrante — qual era o plano de
homem alcançar o suficiente, buscar o suficiente e anelar Deus para meu m arido e eu? O que o Senhor queria que
o suficiente para, na realidade, crescer em espírito.” (Bruce fizéssemos?
C. H afen, professor assistente de D ireito, U niversidade de Vários de nossos amigos haviam adotado crianças, con
Brigham Young.) É-nos possível; no entanto, houve épocas, seguindo a alegria de serem pais. Esses filhos não eram como
durante os anos passados, em que eu realm ente duvidava se fossem seus próprios, eles eram seus próprios. Através
disso. do poder selador do santo Sacerdócio, eles se transform aram
Um típico mom ento de confusão aconteceu em certa em um a unidade fam iliar eterna.
m anhã de domingo, alguns anos atrás. A Escola Dominical Nós tam bém desejávamos adotar crianças. Jejuávamos e
era um a ocasião de regozijo — exceto no Dia das Mães. Por orávam os continuam ente, para saber se a adoção era a
não ser mãe, eu me sentia triste. Mas, nesse determ inado vontade de Deus. Sentíamos um estupor de pensam ento
ano, eu disse a mim mesma que seria diferente. como dito nas Escrituras.
“Mas, eis que eu te digo, deves ponderar em tua mente;
D urante a reunião, todas as mães foram convidadas a depois me deves perguntar se é correto e, se for, eu farei
levantar-se e a cada um a foi dada um a flor, como presente. arder dentro de ti o teu peito; hás de sentir assim, que é
A música do órgão tocava suavem ente, enquanto as mocinhas certo.
se moviam pelos corredores, passando as plantinhas — begô “ Mas, se não for correto não sentirás isso, mas terás
nias — em cada fila para as mães que perm aneciam de pé. um estupor de pensam ento.” (D&C 9:8-9.)
Naquele ano, eu havia prom etido ser mais valente do que
durante todos os anos anteriores. Mas, enquanto cada uma M as, por que o estupor de pensam ento, se ansiávamos
das mães recebia seu pequeno presente e as garotas se apro tanto pela confirm ação do Espírito Santo? Queríam os au
ximavam de m inha fila, aqueles antigos sentim entos fam ilia m entar nossa fé, para que pudéssemos receber um a resposta
res voltavam. Desejava não ter vindo à Escola D ominical — positiva. Finalm ente, a mensagem veio:
pelo menos não no Dia das Mães. “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te
As florezinhas em seus vasos foram passadas em cada estribes no teu próprio entendim ento. Reconhece-o em todos
uma das filas, até que todas as mães estavam sentadas. En os teus cam inhos, e ele endireitará as tuas veredas.” (Prov.
tão, como antes, mais um a planta foi passada. Mais uma 3:5.) As palavras não eram novas, mas a mensagem veio
vez ouvi o sussurro costumeiro: — Vamos lá, aceite-a, você como um a resposta ã nossa oração.
a merece. — E então, forçando a pequena planta em m inha
M A IO DE 1976 27
Os pensam entos invadiram excitantes m inha mente. Fé Com um sorriso disfarçado, respondi: — Bradley tem razão.
no Senhor Jesus Cristo — não era este o prim eiro princípio — Acompanhei-os, enquanto escolhiam os biscoitos cuidado
do Evangelho? Fé em que todas as coisas virão a se realizar samente. Então, os pequenos predadores saltitaram pela
no devido tem po do Senhor. porta com seu tesouro, enquanto ali fiquei observando, meu
Esperei ansiosamente para com partilhar esses sentim en coração cheio de alegria.
tos com meu m arido, H eber. Sempre o esperava acordada Um pequeno milagre começava a realizar-se. "D ou a
até que ele voltasse de suas reuniões, mesmo tarde da noite, fraqueza aos homens, a fim de que sejam hum ildes; e mi
porque essa ocasião juntos tornava-se m uito especial. Um nha graça é suficiente para todos os que se hum ilham perante
reservatório de poder sem limites, do qual um a esposa pode mim; pois, se se hum ilharem e tiverem fé em mim, entãc
extrair forças, existe num lar no qual o m arido fiel possui o farei com que as coisas fracas se tornem fortes entre eles.”
Sacerdócio de Deus e magnifica seu cham ado. N esta noite, (Éter 12:27.) Bênçãos que parecem estar longínquas, são
eu pediria outra bênção de meu m arido através de quem com freqüência, apenas adiadas, e somente- em questões
Deus falaria. Com fé crescente, saberíam os a vontade de de grande im portância as almas se tornam intim am ente liga
Deus com relação a nós. das, enquanto procuram elevar-se a Deus. E ele lá está:
H eber sentiu que eu precisava falar. Depois de haver “Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação
mos conversado e de ele me haver confortado, deu-me uma dos séculos.” (Mat. 28:20.)
bênção. Os anos se passaram rapidam ente. Partilham os da ale
O rientado pela inspiração do Senhor, encontram os jun gria de ver os filhos e filhas de nossos amigos partirem
tos a direção que se tornaria nosso propósito para a vida. para missões e planejarem o casam ento no templo. Chegamos
Recordamo-nos das palavras do Presidente David O . McKay: mesmo a com partilhar, eventualm ente, aquela emoção reser
“O mais nobre objetivo na vida é procurar fazer outras vada apenas às pessoas que logo viriam a ser avós. E, em
vidas felizes.” Em m inha bênção, meu marido disse: “Você ocasiões nas quais eu experim entava um anseio fugaz, H eber
não precisa ter crianças para amá-las; am ar não é sinônimo me reanim ava e confortava.
de possuir e possuir não é necessariam ente am ar. O mundo
está cheio de pessoas para serem amadas, guiadas, ensinadas, Fomos abençoados, através dos anos, com ilimitadas
elevadas e inspiradas.” oportunidades de progresso e desenvolvim ento — oportuni
E finalm ente, juntos relemos as palavras do Profeta dades de servir ao nosso próxim o, jovens e idosos, e de
Joseph Fielding Smith: “Se a qualquer pessoa digna forem regozijarmo-nos no dom da vida. Temos podido ver a in
negadas nesta vida as bênçãos que vêm com tanta presteza fluência de Deus em tudo o que é bom.
a outros, e no entanto ela vive fielm ente e se esforça em D urante a sem ana que se seguiü a certo Dia das Mães,
viver os m andam entos do Senhor da m elhor m aneira, que eu estava verificando a correspondência, quando reconheci
lhe for possível, então nada estará perdido para ela. A tal o endereço da rem etente de um a carta, e alegrei-me com
pessoa serão concedidas todas as bênçãos que podem ser outra carta de “um a de m inhas m eninas.” Essas cartas vi
dadas. O Senhor a com pensará com a plenitude depois de nham , em geral, anunciando algum acontecim ento im portante,
term inada esta vida e de haver chegado a vida plena. O antes do nascim ento de um novo bebê. Mas a mensagem
Senhor não deixará de olhar por nenhum a alma que seja desta carta era diferente, e como a resposta de um a oração
digna, mas lhe concederá tudo o que lhe puder ser d a d o .. . ” há muito esquecida:
(Doctrines of Salvation 2:176-77.) “G ostaria de com partilhar com você alguns dos senti
Não ouvi as palavras finais de H eber, quando ele fechou mentos que tenho neste Dia das Mães. Posso lembrar-me de
m ansam ente o livro, pois m inha alma estava em paz. outro Dia das Mães em que eu era um a m enininha distri
N unca mais me senti a mesma depois daquela noite. buindo flores às mães da ala. Parecia ser algo tão especial.
Adveio um a paz calma como o sol nascente, quando o calor Ansiei por algum dia poder levar-me tam bém e ser hom e
de seus raios se move para o alto até abranger todo o céu nageada juntam ente com as outras mães. Este Dia das Mães
e não mais existem nuvens escuras em direção alguma. chegou-me com um significado especial, quando pensei em
Sabíamos que nosso casam ento era eterno e que jun m inha doce avó, tão frágil em seus noventa e seis anos.
tos nos aperfeiçoaríam os voltados para a perfeição. Fizemos Pensei nos sacrifícios e no am or de m inha própria mãe e de
um voto de confiar no Senhor e em seu senso de oportuni m inha amável sogra que está sempre pronta a ouvir. Tenho
agora m inha própria filhinha, pequenina e de sorriso con
dade, sabendo que “tudo o que meu Pai possui ser-lhe-á
dado.” (D&C 84:38.) H averia, ainda, perguntas, mas tam bém fiante.
“Mas não me lem brei somente de minhas mães de san
haveria respostas. “ O que deveríamos fazer no m eio-tem po?”
gue, mas tam bém de um a bela pessoa que transform ou mi
Meu marido me dera a resposta; “O mais nobre objetivo na
nha vida e fez com que eu a amasse e respeitasse sempre
vida é procurar fazer outras vidas felizes.”
com tanta certeza quanto a um a mãe. Se você ao menos
Não me posso lem brar exatam ente quando essa m udan soubesse quantas vezes só o pensar em você me fez mais
ça se realizou, mas nosso lar tornou-se um centro de ativi compassiva e ajudou-me a ajoelhar-me, quando era tão ne
dades da vizinhança. Tínham os sempre visitantes, tanto cessária a orientação de nosso Pai Celestial.”
crianças como os pais apareciam , usando a desculpa “preci
A carta fez-me chorar até não poder mais ver a página.
samos de um biscoito.” Esperavam que H eber estivesse em
Enquanto as lágrimas me corriam pela face, pensei no pri
casa. Ele sempre tinha tem po para ouvi-los, para divertir-se
vilégio que tivéram os de poder ajudar na vida de Jim,
e para dar-lhes conselho.
Karen, Becky, Paul, M ark, Mindv, W anda e as muitas ou
M inhas recom pensas chegaram em m uitas ocasiões ines
tras almas preciosas a quem temos am ado tão profunda
peradas. Uma vez, na m ercearia, quando o rapaz colocava
mente. De meus lábios escapou um a oração. — O brigada,
as compras num cartucho para mim, disse muito esponta
Deus querido. Perm itiste aos teus humildes servos serem
neamente: — Seu m arido é um grande cara para se bater
usados como instrum entos nas tuas mãos. “Cumpra-se em
um papo.
mim segundo a tua palavra.” (Lucas 1:38.)
Uma mãe agradecida escreveu certa vez um a carta a
H eber, dizendo: “M uito obrigada por conversar com meu Esfreguei os olhos, enxugando as lágrimas, e continuei
filho. Suas palavras fizeram toda a diferença. As coisas eram a ler a carta:
difíceis para ele que não tem pai, mas agora decidiu que “Eu a amo m uito e oro freqüentem ente para que o es
quer fazer um a missão. M uito obrigada pelo tem po que pírito orientador do Mestre possa estar sempre com você, a
você despendeu com meu filho.” fim de que possa continuar a trazer bênçãos à vida daqueles
Certo dia, um garotinho passou rapidam ente por mim, que a cercam.
na porta da cozinha, levado por seu amigo que indicava o “Você é como um a mãe para mim. Com amor, C athie.”
caminho. — Bradley diz que a gente pode levar um em cada
mão, — foi o com entário que me fez o menino, enquanto A rdeth G. K app, um a dona de casa, serve na presidência
seu com panheiro mais experiente puxava ansiosam ente a da orgnização G eral das Moças da Igreja. Vive na 29* Ala
gaveta dos biscoitos, abrindo-a bem para escolher m elhor. de Bountiful, Estaca Central de Bountiful, Utah.
28 A LIA H O N A
mados com nossa aparente incapacida samos clam ar a ele que nos perdoe.
lhes mostrarei sua fraqueza. E dou a sim como adultos) acham difícil arre
por Spencer ). Condie
fraqueza aos homens, a fim de que se pender-se e gozar do sentim ento de luz
jam humildes; e m inha graça é suficien e pureza experim entado por Alma.
Como empreendem os a remoção das te para todos os que se hum ilham pe As perguntas feitas por muitos jo
manchas do pecado de nossa alm a? rante mim; pois, se se hum ilharem e vens são: “ Como posso sentir-me nova
O Senhor nos prom eteu, através de tiverem fé em mim, então farei com mente lim po? O que purificará minha
seu profeta Isaías: “A inda que os vos que as coisas fracas se tornem fortes alm a?” G ostaria de sugerir dois passos
sos pecados sejam como a escarlata, entre eles.” (Êt. 12:27.) simples como um início positivo nesta
eles se tornarão brancos como a neve; direção:
Alma, o filho, teve sucesso, com a
ainda que sejam verm elhos como o car
ajuda do Senhor, em purificar sua alma 1. O ração sincera e honesta com du
mesim, se tornarão como a branca lã ,”
infam ada: ração suficiente para alcançar o trono
(Isa. 1:18.)
de Deus. Para Alma, isto levou três
“E aconteceu que, enquanto eu esta
Como é confortante receber do Se dias e noites. Enos clam ou ao Senhor
va sendo assim atorm entado e p ertu r
nhor a certeza de que nossos espíri durante todo um dia e noite, antes
bado pela lem brança de tantos pecados,
tos m anchados podem restaurar-se à de ouvir do Senhor a certeza de que
eis que lem brei tam bém de ter ouvi
pureza, e nossa aparência interior pode seus pecados haviam sido perdoados.
do meu pai profetizar ao povo sobre a
rá tornar-se agradável à vista do Se
vinda de Jesus Cristo, um Filho de A extensão absoluta da oração de
nhor. Ele espera que nos subm etam os
Deus, que viria expiar os pecados do alguém é relativam ente sem im portân
à santificação ou purificação, como é
m undo. cia. O que é de im portância extrema,
evidenciado por ele, quando falou nes
entretanto, é o processo de comunica
tes, os últimos dias: “ E tendo fixado m inha m ente nesse
ção bi-direcional. Alguns entre nós cri
“Pois eu, o Senhor, não posso en pensam ento, clamei em meu coração:
ticam certas religiões que prescrevem o
carar o pecado com o mínimo grau Ó Jesus, Filho de Deus, tem misericór
uso de orações fixas, e no entanto, nós
de tolerância; dia de mim, pois que sinto o fel da
somos freqüentem ente culpados da mes
am argura e estou rodeado com as eter
“E ntretanto, aquele que se arrepende m a form a vã e repetitiva de oração. De
nas correntes da morte.
e faz a vontade do Senhor, será per vemos orar até receber a certeza em
doado.” (D&C 1:31-32.) “E eis que, tendo assim pensado, não nosso coração e alma de que alguém
senti mais dores; e tam bém não fui está realm ente ouvindo, de que estamos,
O Senhor espera que m antenham os mais atorm entado pela lem brança de na verdade, nos comunicando.
nosso espírito e corpo limpos do peca meus pecados.
2. Jejum. Assim como com freqüên
do. Como nossos pais terrenos, o Se
E oh, que alegria e que luz m aravi cia confundim os fazer um a oração com
nhor com preende que ocasionalm ente
lhosa vi então! Sim, m inha alm a se en orar realm ente, nem oram os o suficien
seremos tratados por atividades que
cheu de tanta alegria quanta havia te nem jejuamos o bastante para co
mancham a alma. E ntretanto, ele nos
sido m inha d o r.” (Al. 36:17-20.) m ungar com Deus. A ação de purifica
recorda de que “não veio sobre nós
A luz e alegria do perdão são nos ção do jejum e da oração só pode ser
tentação, senão hum ana; mas fiel é
sas, para quem se habilitar, se estiver plenam ente eficaz quando em contato
Deus, que vos não deixará tentar acima
mos desejosos de seguir o conselho do prolongado com as máculas da alma.
do que podeis, antes com a tentação
Senhor dado nas Escrituras. Ele exige Então, e só então, poderem os iniciar o
dará tam bém o escape, para que a pos-
“um coração quebrantado e um espí processo de nos tornarm os perfeitos e
sais suportar.” (1 Cor. 10:13.)
rito c o n trito ” (3 Né. 9:20) e reconheci experim entar a alegria irresistível como
Ficamos, com freqüência, pessoal m ento hum ilde de nossos pecados e fra a de Alma, o filho, ao alcançarmos a
mente preocupados e às vezes desani quezas. Então, assim como Alma, preci santificação à vista do Senhor.
M A IO DE 1976 29
Notícias
Sobre o
Templo
Precisamente às 15 horas do dia “Damos Graças a T i”, cuja letra Em seguida, um coro formado
20 de março de 1976 foi dado inspirada, aliada à vibrante melo por jovens da AIM das três esta
início à cerimônia de abertura da dia, nunca pareceu mais apropria cas de São Paulo, sob a regência
terra para a construção do Templo da do que naquele momento. da irmã Clery Pereira Bentim e
de São Paulo, o primeiro a ser acompanhado ao órgão pela irmã
construído na América do Sul. Regina Lubrani, cantou o hino
“Bela Sião”, contribuindo desta
O Élder James E. Faust presidiu
forma para que se intensificasse a
e dirigiu essa reunião, que con
espiritualidade dessa reunião his
tou com a presença de aproxima
tórica.
damente 2 .0 0 0 membros de todas
as partes do Brasil. Após o prelú
A IGREJA NA AMÉRICA
dio oferecido pelo coro da AIM,
DO SUL
especialmente organizado para esta
ocasião, o Élder Faust deu as Logo após o Élder Asael T. So-
boas-vindas a todos, reconhecendo rensen, Representante Regional dos
em seguida a presença dos líderes Doze, fez um breve relato de como
da Igreja no Brasil e na América a Igreja surgiu na América do Sul,
do Sul e destacando a presença do destacando o aparecimento e o
presidente da Estaca da África do crescimento da Igreja no Brasil.
Então, o irmão Antonio Carlos
Sul, que muito tem colaborado com Em suas palavras o Élder So-
de Camargo, Representante Re
este grandioso projeto. rensen disse: “Vinte e um anos
gional dos Doze, elevou-nos a
Dando continuidade ao progra Deus em humilde prece, expressan depois da organização da Igreja,
ma, todos os presentes uniram vo do a gratidão e os sentimentos que em 1830, o apóstolo Parley P.
zes e corações cantando o hino possuiam os corações de todos. Pratt chegou em Valparaizo, no
30 A LIA H O N A
Apesar de muitos problemas e Em 1966, finalmente foi organi
dificuldades, como, por exemplo, a zada a primeira estaca na Améri
falta de condução, e comunicação ca do Sul, a Estaca São Paulo.
adequada e a oposição religiosa, a Desde então, oito outras estacas
verdade venceu. foram organizadas, contando atual
Há algumas datas de especial mente com nove estacas e quatro
importância, acrescentou o Élder missões.
Sorensen: Em 1942 terminaram as Partindo de um começo tão hu
reuniões na língua alemã. Em 1953 milde, hoje há mais de 140.000
o Presidente Rulon S. Howlls de membros na América do Sul. Des
dicou a terra no Peru para o tra te número, 50% são membros bra
balho missionário estendendo as sileiros.
fronteiras da Missão Brasileira até O crescimento é espantoso, há
os mares do Pacífico. Em 1953 o no momento 21 estacas e 17 mis
Presidente Frederick G. Willians sões, com outras unidades sendo
abriu a Missão do Uruguai. Em aguardadas; é verdadeiramente
Élder Asael T. Sorensen, Representante janeiro de 1954, o Presidente Da- uma obra maravilhosa.
Regional dos Doze vid O. Mckay, o Profeta ,e primei Sinto-me grato e feliz por estar
ro membro da Presidência da Igreja no serviço do Senhor. Tenho tes
Chile, a fim de divulgar o Evan temunho da veracidade dessa obra.
gelho. Porém encontrou uma situa Esta é a obra de Deus, em nome
ção um pouco difícil e foi preciso de Jesus Cristo. Amém.
voltar.
NO TEMPLO
Com certeza foi o Senhor, reco
nhecendo o sacrifício e fé deste Dando seqüência ao programa
apóstolo, que inspirou muitos con o Presidente Walter Spat tomou a
versos da Alemanha e da Ingla palavra. Em seu discurso ele dis
terra, a emigrarem para o Brasil e se: “Meus queridos irmãos e irmãs,
Argentina. velhos amigos que reconheço aqui
Logo após a chegada desses imi hoje, pessoas que conheci 26 anos
grantes houve uma súplica à Pre atrás.
sidência da Igreja e logo o Após Durante este período eu vi mui
tolo Balard foi chamado para abrir tas coisas acontecerem, e hoje es
a Missão da América do Sul, che Élder |am es E. Faust, A ssistente dos tamos diante de um acontecimento
gando a Buenos Aires em 1925. Doze, A utoridade Residente realmente muito especial, o início
A oração do Élder Balard foi das obras do Templo de São Paulo.
significativa. Missionários saíram a visitar a América do Sul, visitou Creio que todos os membros
de Buenos Aires para o Brasil e a Missão Brasileira. Em 1956 o
Uruguai. As primeiras reuniões Apóstolo Henry D. Moyle sendo
foram feitas em Porto Alegre, na inspirado pelo Senhor disse: “Des
língua alemã. se momento em diante haverá um
Logo após foram para Joinville, despertar espiritual no Brasil, mi
onde foi comprada a primeira pro lhares se converterão à Igreja”.
priedade da Igreja, casa reformada Hoje podemos testificar que já foi
que ainda hoje é utilizada. cumprida esta profecia.
Deste modesto início a Igreja foi Em 1959 a Missão Andina foi
recebendo mais membros e com organizada abrangendo o Peru,
isso mais terrenos e casas foram Equador e Chile e também foi cria
adquiridas para serem transforma da a Missão Brasileira do Sul.
das em capelas. Em 1961 o Élder A. Theodore
Em 1935 foi criada a Missão Tuttle veio presidir sobre as mis
Brasileira, contando com 143 mem sões da América do Sul, e fez cres
bros e nove missionários. cer e se fortalecer o Sacerdócio.
M A IO DE 1976 31
não um ser decaído e desprezado
como muitos crêem que se tornam.
Agora, meus queridos irmãos,
muito em breve estará aqui ao
nosso alcance a maravilhosa opor
tunidade de darmos mais um
passo em direção ao Reino de
Deus.
Esse templo nos aproximará, o
amor crescerá e as virtudes se mul
tiplicarão. Estamos no caminho,
como disse Cristo: “Eu sou o ca
minho, a verdade e a vida, nin
guém vem ao Pai senão por mim”.
Isto eu testifico em nome de Jesus
Cristo. Amém.
Logo após ao discurso do Pre
sidente Spat fomos premiados pe
las belas vozes dos jovens da AIM
com o hino “Quão Belos São”.
Coro formado pelos jovens da A.I.M. das três estacas paulistas QUAL Ê O DESAFIO?
32 A LIA H O N A
maior para construir este templo a de aceitar o Evangelho de Jesus
nosso Deus. Cristo nesta vida terrena.
Significa mais dedicação em nos Essas bênçãos têm sido ou se
sos chamados, e em nossos ensi rão providenciadas por Deus para
nos familiares e de professoras visi todos os seus filhos que as acei
tantes. Significa ser mais obedien tarem.
te ao Senhor e aos seus servos. O desafio é, que alcancemos o
Significa mais dedicação ao tra nosso potencial mais alto que é a
balho missionário, pelos membros divindade.
da Igreja. Significa que todos os
No portal desse templo estará
nossos jovens estarão dispostos a
escrito: “A Casa do Senhor e San
se tornarem dignos como missioná
tidade ao Senhor”, e será a primei
rios. Significa que os nossos jovens
ra vez que estas palavras estarão
estão dispostos a aprender o Evan
escritas em qualquer língua em
gelho e não apenas freqüentar o
edifício sagrado aqui na América
seminário ou instituto quando é do Sul.
conveniente, aos domingos, mas
também as aulas matinais diárias. Do lado de dentro haverá um
Significa que a Igreja não é odor de santidade, e o Espírito de
apenas uma Igreja de fins de se Deus. Por mais importante que o
onde será construído o primeiro mana, mas que a Sociedade de edifício seja, o mais importante
Templo na América do Sul é o de Socorro realiza reuniões durante a mesmo serão as vidas abençoadas
fortalecer a nossa fé e recomeçar semana, e para algumas irmãs du por aquilo que se realiza dentro de
com o forte desejo de sermos San rante todo o dia. suas paredes.
tos fiéis do Senhor nestas terras. O edifício está sendo construído
Chegamos à ocasião de uma se para salvar e exaltar os filhos de
paração, separação esta das fraque Deus. E assim, meus amados
zas e das más companhias. Os que irmãos, irmãs e amigos, a grande
entrarem no Templo, tomarão so oportunidade e desafio é: recome
bre si os votos de castidade e çar, fortalecer a fé, e não sermos
aprenderão as leis de sacrifício e apenas chamados mas também es
obediência. colhidos.
É também ocasião de escolhas. Sendo dignos, fortaleceremos
Em Doutrina e Convênios está es nossos lares e famílias e alcança
crito: “E ouve um dia de chamada, remos nosso mais alto potencial.
é chegado o tempo de escolher e Mas está escrito: “O olho não
que sejam escolhidos os que forem Significa que os pais ocuparão viu, nem o ouvido ouviu, nem pe
dignos”. seus lugares em retidão como pa netrou no coração do homem as
O desafio é, portanto, ser digno, triarcas da família e se encontram coisas que Deus preparou para os
para que não sejamos apenas cha nas reuniões do Sacerdócio e nas que o amam”.
mados, mas para que possamos sacramentais todos os domingos e Eu sei que Deus vive, sei que
ser escolhidos. que irão liderar ao invés de serem esta é sua obra, sei que o Presi
Ser digno agora significa mais liderados por outros membros da dente Kimball é o seu profeta, e
do que significou antes. Significa família. Significa que todas as fa presto esse testemunho em nome
o pagamento mais fiel dos dízimos, mílias desejarão realizar as noites de Jesus Cristo. Amém.
das ofertas. Ainda um sacrifício familiares todas as segundas-feiras Depois do discurso feito pelo
O desafio é: fortalecer os nos Élder James E. Faust, o Élder Jen-
sos lares e famílias. Através desse sem, responsável pela construção
Templo, os membros dignos terão do Templo foi chamado ao púlpi
a possibilidade de alcançarem o seu to para, em poucas palavras, des
mais alto potencial por meio das crever o tamanho do Templo.
ordenanças exaltadoras tão sagra
das que não se pode mencionar e Para encerrar a reunião, a con
nem sequer descrever fora das pa gregação cantou o hino “Tal como
redes sagradas do Templo, pois um facho”, e o irmão Osiris Gro-
elas pertencem às nossas jornadas bel Cabral, Representante Regional
eternas, e ao desenvolvimento e dos Doze, ofereceu a última oração.
potencial interminável de cada Logo após, as autoridades toma
alma humana. As portas do Tem ram de suas pás especialmente pre
plo estarão abertas para o Reino paradas para a ocasião e dirigi
de Deus aos nossos ancestrais que ram-se ao local determinado para a
morreram sem uma oportunidade abertura da terra.