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N A C A P A . . . David 0 .

M cKay, 77, o novo e nono presidente — projeta,


vidente e revelador — da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Foi nom eado e apoiado n o d ia 9 de a b ril ouço as in sp irad o ras p a la v ra s dos servos do
n u m a assem bléia solene de m em bros do S e n h o r d u ra n te as sessões d a C o n ferên cia
sacerdócio e d a Ig re ja . Os conselheiros, es­ S em e stra l da Ig re ja n o g ran d e T a b e rn á -
colhidos p o r êle e ta m b é m apoiados n a a s­ culo.
sem bléia, são S tep h en (E stevão) L. R ich ard s,
O P re sid e n te D vaid O. M cK ay dirige a -
l.o conselheiro, e J. R euben C lark Jr., 2.o
gora a p alá v ra aos S an to s. E las são cheias
conselheiro.
de am or, sabedoria e in sp iração . C onform e
P resid en te M cK ay recebeu o novo cargo o ficialm en te anu n ciad o , q u ási quinze m il
por ser o m ais an tig o dos A póstolos e a tu a l pessoas se en c o n tram p resen te à e sta ses­
p resid en te do C onselho dos Doze Apóstolos. são. No e n ta n to , c e n te n as de m ilh a re s de
Poi ordenado Apóstolo no ano 1906. D esde S an to s têm os seus rád io s sin to n izad o s p a ra
que P res. M cK ay serviu tam b ém como 2,o o p ro g ra m a e seus corações se reg o sijam
conselheiro n a P rim e ira P resid ên cia h á 16 com a m ensagem do E vangelho que tã o d o ­
anos o A póstolo José P ielding S m ith e s ta ­ cem ente chega aos seus ouvidos.
va d esem penhando as funções de p re sid e n ­
te do C onselho. P res. M cK ay foi designado A sem an a que passou tro u x e a n g ú stia e
p a ra ser 2.o conselheiro em outubro, 1934 d ôr aos corações dos S an to s em to d a s as
pelo Pres. H eber J . G ra n t, e designado n o ­ p a rte s do m undo com o falecim en to do bem
vam ente em m aio, 1945 pelo P res. Jo rg e A l­ am ad o p ro fe ta e P e rsid e n te d a Ig re ja : J o r ­
berto S m ith. ge A lberto S m ith .
P res. R ich ard s foi ordenado apóstolo em P a re cia im possível que ta l fáto viesse a
Jan eiro de 1917. A ntes tra b a lh o u com P res. suceder. A realid ad e é cruel e d u ra ! Todos
M cKay m uitos anos n a d ire to ria d a Escola os apóstolos m e n c io n a ra m o seu nom e com
D om inical da Ig re ja . D epois, serviu n o co­ o m ais p ro fu n d o respeito e dedicam os seus
m itê m issionário da Ig re ja , com P res. M c­ m elhores p en sam en to s p a ra e x a lta r a vida
K ay sendo p resid en te do com itê. E m 1949 de esforço religioso, am o r e serviço que êle
visitou as missões do B rasil, U ruguai, e A r­ ren d eu à h u m an id ad e.
g entina, e n o ano seguinte, v iajo u n a s m is­
sões europeias. Foi escolhido como l.o con­ O P re sid e n te S m ith faleceu n o d ia em
selheiro em v irtu d e de ser o m ais an tig o no que com pletou o ite n ta e u m a n o s de idade.
apostolado do que P res. C lark ; ap ezar deste S u a vida in te ira foi d ed icad a à p ro m u lg a­
ter servido h á 18 anos como l.o conselheiro ção do E vangelho de Jesu s C risto ao m u n ­
n a P rim eira P resid ên cia d a Ig re ja . Os dois do. T a n ta afeição, carin h o , h u m ild ad e e
ofícios são considerados co-iguais em a u to ­ am ôr, que tã o bem carac te riza v a su a glo­
ridade, am or, confian ça, e responsabilidade riosa ex istência, d ificilm ente (é visto) é
p e ra n te o C onselho, o S e n h o r Je su s C risto, exem plificado em q u alq u er o u tro m o rtal.
e o povo em geral. P res. C lark foi ordenado A n o ssa sabedoria de m o rta is é fin ita e
apóstolo em 1934. c u rta. No e n ta n to , u m a a c a le n ta d o ra c er­
P a ra apreciarm os m elh o r o espirito e teza das recom pensas esp iritu a is in u n d a
am biente n estas sessões da conferência, a - todo o nosso ser. E m bora existam os c ir­
p resen tam o s os seguintes pen sam en to s, r e ­ cu n scrito s ao nosso pequeno conhecim ento,
cebidos do Irm ão, R em o Roselli. sabem os que o S enhor, n a S u a in fin ita s a ­
bedoria, ben ig n id ade e am ôr, espera, esse
Aos amados irmãos brasileiros: seu g ran d e servo com o seu coração em
reg o sijo :
N este m esm o in s ta n te os m eus olhos se “ Vem servo bom e fiél, e n tr a n o descanço
en co n tram m arejad o s de lág rim as e n q u an to do S en h o r.” Remo Roselli
São Paulo
JUNHO DE 1951
Rua Itapava, 378
Ano IV N.° 6
Tef.: 33-6761

ÓRGÃO O FIC IA L DA M ISSÃO B R A S IL E IR A DA IG R E JA D E JE S U S C R ISTO DOS


SA NTOS D OS Ü LTIM O S DIAS

SUMÁRIO
ir E D I T O R IA L ........................... P res. R u lo n S. Howells 102
trad u zid o p or O don dos S an to s
“ A LIA H O N A ” é publi­
ARTIGOS ESPECIAIS
cada m en salm en te no
B rasil pela Ig re ja de J e ­ O M ovimento Missionário — P res. D avid O. M cK ay 104
sus C risto dos S an to s dos trad u zid o p or José F. Bueno
Ültimos Dias. Preços das
A Linda Cidade de Nauvoo — c u rta h is tó ria da
assin a tu ra s: por c a d a
I g r e j a .................................................................................. 105
exem plar, Cr$ 4,00; por
ano, C r- 40,00; exterior, trad u zid o p or L ia C arneiro
Cr$ 50,00. Tôda corres­ Administração de um D is t r it o ........................................ 108
pondência à C aixa P o stal
862, São Paulo, S. P. G e n e a lo g ia ..................... Apóstolo M elvin J. B allard 116
trad u zid o pelos É lderes C am argo e W ilcox
D ireto r-R ed ato r
O Meu T e s te m u n h o ..................... É lder V. L. Isfeld 117
Cláudio Martins dos trad u zid o p or O don dos S an to s

Santos Voz do P r o f e t a ............................. P res. Alm a S onne 4.a capa


trad u zid o p o r Cicero P. L an a
R egistrado sob N.° 93 do
Livro “ B ” n.° 1, de M a­ VÁRIOS
tríc u la de O ficinas Im ­ Presidente David O. M c K a y ........................................... ...2.a capa
pressoras, Jo rn a is e P e ­
Interpretação de Línguas — P res. D avid O. M cK ay 3.a cap a
riódicos, conform e D e­
creto N.° 4857, de 9-11- Rumo dos R a m o s .....................................................................118
1939.
N ESTE N ÜM ERO: F o to g ra fias de todos os M issionários re -
gulares d a M issão B rasile ira.

Endereços dos Ramos da Igreja no Brasil


SÃO PAULO: R u a Sem inário, 165 1.° and. PONTA G RO SSA : R u a 15 de Novembro,
CAMPINAS: R u a C esar B ierren b ach , 133 354, 3.° a n d a r
SOROCABA: R u a S a ld a n h a M arin h o , 54 PÔ RTO A LEG RE: Av. New York, 72
R IB EIRÃ O P R ÊT O : R u a A lvares C abral, 93 NOVO H A M BU RG O : R u a D avid C a n a b a r-
SANTOS: R u a P a ra ib a , 94 ro, 77
R IO DE JA N E IR O : R u a C am aragibe, 16 Pontos adicionais para informações:
(T ijuca)
JO IN V IL E : R u a Frederico H über PIR A CICA B A : Vila Boyce, R u a Alfredo, 5
IPO M ÉIA : E stra d a p a ra v ideira R IO CLARO: R u a 5, 1539
C U R ITIB A : R u a Dr. E rm elino de Leão, 451 BAURÜ: R u a Ezequiel R am os, 5-61
H á m ais ou m enos doze anos, os olhos do
m undo futebolístico estav am n a U n iversidade de
N otre D am e, E E .U U ., e n o fam oso qu ad ro de
R ockne. A defesa daquele q u ad ro e ra conhecida
como os “ q u a tro cavaleiros” e a lin h a as “ sete
m u las” . C e rta ocasião os “ Q u a tro cavaleiros”
d e m o n straram m elh o r a tu aç ão e recaiu sobre êles
o êxito do seu quadro.
Com a d eterm in ação de en sin a r aos seus p u ­
pilos que n ã o e ra só a defeza que fo rm av a u m
quadro, R ockne os colocou n a lin h a de fre n te em
um “ jogo p u x ad o ” em su b stitu ição à s “ sete
m u la s.”
O q uadro ad v ersário m a rre to u e dom inou os
“ q u atro cavaleiros” com considerável facilidade.
Q uando as “ m u la s” v o ltaram ao jogo os “ Q u atro
RULON S. H O W ELLS cavaleiros” , m ais u m a vez, com eçaram a galopar.
Presidente da Missão
Não foi d ita u m a p ala v ra , p o r n ã o ser necessário.
U m a o u tra lição q u a n to ao esforço em co n ju n to
foi h a b ilm en te d em o n strad a .
Nos escritorio‘i de P au lo aos C arin to s (I Cor. 12:14-21 incl.) en co n tram o s esta bela lição
“ P orque tam b ém o corpo n ão é u m só m em bro, m as m uitos. Se o pé disser:
Porque n ão sou m ão, n ão sou do corpo: n ão se rá p o r isso do corpo? E se a o relh a disser:
P orque n ão sou olho, n ão sou do corpo: n ã o será p or isso do corpo? Se todo o corpo
fosse olho, onde e sta ria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde e sta ria o o lfato? M as

AOS N O S S O S L E IT O R E S
A A LIAHONA e os m issionários que a tu a lm e n te se
en co n tram em seu país, sen tem -se felizes ao a p re s e n ta r-
lhes êste núm ero especial, e esperam assim , d a r m ais a m ­
pla com preensão dos propósitos e procedim entos de sua
m issão, e p rin cip alm en te, a su a relação do g ran d e t r a ­
balho m issionário dissem inado em quase todos os g ra n ­
des países do m u n d o . . .

Em cima vemos o Élder Kenneth L. M cBride, Se­


cretário da Missão desde Julho 1950.
À esquerda, Irmã Deon Crane, quasi dois anos no
escritório como guarda-livros e secretária do pre­
sidente. Ela se despedirá em Junho, quando vol­
tará para casa.

102 A LIA H O N A
agora Deus colocou os m em bros no corpo, cada
um deles como quiz. E, se todos fossem u m só
m em bro, onde e sta ria o corpo? A gora pois h á
m uitos m em bros, m as um corpo. E o olho não
pode dizer á m ão. N ão te n h o necessidade de ti,
nem ain d a a cabeça aos pés: Não te n h o n eces­
sidade de vós.”
E m tô d as as organizações n a m issão, como,
por exemplo n a “ M u tu o ” , tem os p resid en tes ou
su p erin ten d en tes. Tem os conselheiros ao p re ­
sidente ou assisten tes ao su p erin te n d e n te . Tem os
secretários, diretores de m úsica e de o u tra s a ti­
vidades e lideres de grupos de diversas idades.
C ada indivíduo é im p o rta n te p a ra o progresso
geral. N inguém é m ais im p o rta n te do que o
outro e ninguém pode re c u sa r-se a c a rre g a r sua
parcela d a carga, do co n trário h a v e rá “ b rech as M A R Y PIER C E HOW ELLS
n a defeza” .
Presidente das Sociedades de Socorro
T rab alh em o s em h a rm o n ia e com am or, h o n ­
ran d o aos outros em seus cham ados, lem b ran d o -
nos de que esta é a nossa fu n ção “ M U TUA ” .
P.S. Sim , o ir a is im p o rta n te de tudo, é que n ão podem os exercer a nossa fu n ção de
acordo com nossa sabedoria e d estreza; este é o tra b a lh o do S e n h o r e Êle e stá sem pre
pronto a fazer m ais do que to d a S u a p a rte , Se assim d eixarm o-lO agir.
A função M u tu a será bem fe ita , se fizerm os to d a a nossa p a rte e concederm os
um a oportunidade ao S en h o r. Seu E sp irito se rá e n co n trad o onde h ouver h arm o n ia e
am or, e onde leais tra b a lh a d o re s viverem ju n to s em união.

À b aik ô , ò Éldei1
Vernon Lavard Snow

atu a' guarda-livros

dá Missão

Em cima à direita, vemos: Élder Herbert Newel Morris, no escritório da


Missão desde Novembro 1950, atualm ente encarregado da A LIA H O N A .
Ao centro, o Élder Cerald L. Hess, que despediu-se em Maio, depois de
servir no fim da missão como diretor dos auxiliares. À esquerda, Gléo
Jordan, encarregado das traduções dos manuais, escritor dos programas
de rádio e locutor do film e “ Vale do Triunfo” .

Junho de 1951 103


0 Movimento Missionário
Pelo Pres. D A V ID O. M c K A Y L em brai-vos de que o valôr das alm as é
g ran d e n a v ista de Deus.
E m homenagem ao novo presidente E se aco n tecer que, se tra b a lh a rd e s todos
re-publicamos, na íntegra, um discur­ os vossos dias p ro clam an d o arrep en d im en to
so por êle pronunciado e resumido a êste povo, e tro u x erd es a M im m esm o que
numa A Gaivota do ano passado. seja u m a só alm a quão g ra n d e será a vossa
aleg ria com éla no R eino de M eu P ai.
T o d o s os m em bros sabem d a existência
E agôra, se a vossa aleg ria fô r g ra n d e com
de d u as g ran d es divisões eclesiasticas
u m a só alm a que tro u x estes a M im n o R eino
n a Ig re ja de Jesú s C risto: u m a, c riad a n a
de M eu P ai, quão g ran d e se rá a vossa a le ­
E staca s e P aró q u ias e a o u tra p a ra o t r a ­
g ria se m e tro u x erd es m u ita s a lm a s” .
balho m issionário. F a la re i sôbre a seg u n ­
O serviço m issionário av a n ç a h a rm o n io ­
da. P enso que m uito s de nós n ã o tê m a
sam en te p a ra a consum ação d êste p lan o
e x a ta com preensão do valôr e das possibi­
eterno.
lidades em estado la te n te dêste g ran d e
O tex to grifad o “ ide vós por todo o
ram o de ativ id ad e d a Ig re ja . P e rm ita m -m e
mundo” é re a lm e n te u m a in ju n ç ã o d a d a aos
en u m erá-las.
apostolos p or C risto ressucitado. Com efeito,
1) Como um incentivo s a lu ta r á vivência
Êle diz:
e n tre a ju v en tu d e, atu an d o , d essarte, como
“ Enquanto as nações não aceitarem o
p lasm ad o r de caracte re s; sua in flu ên cia é
Evangelho e os seus habitantes não fôrem
im ensurável.
meus discípulos, não devem considerar o
2) Como exem plo de tra b a lh o volu n tário trabalho term inado.”
dedicado á causa do M estre.
É sta ordem n ã o foi d ad a in d isc rim in a d a ­
3) Sua fo rça educativ a e rele v a n te p re s­ m en te aos h o m en s e sim, aos apóstolos aos
tígio sôbre nossa com unidade e stá c la ra m e n ­ quais se dirigiu. M ais ta rd e , con ferin d o -lh es
te m an ifestad a. a u to rid ad e e ab en ço an d o -lh es, disse: (São
4) Como contribuição p a ra um m elh o r Jo ão 20:21, 22. — ).
en ten d im en to e n tre as N ações e a licersa- D isse-lhes pois Jesús outra vez: Paz con-
m en te da am isade in te rn a c io n a l n ã o é fa to r vosco; assim como o Pai me enviou, tam ­
que se desprese. bém eu vos envio a vós.
5) O propósito do Todo Podoreso é salv ar
E, havendo dito isto, assoprou sôbre êles
o indivíduo e n ão to rn á -lo u m m éro d en te
e disse-lhes: Recebei o Espirito Santo.
da engrenagem e stata l. Disse êle (D & C.
(Continua na pág. 110)
18:10, 15, 16. — )
À esquerda, Scott H.
Taggart, diretor atua!
dos auxiliares.

Ao centro, John H.
W h itak er, diretor do
Plano de Bem Estar.

À direita, Reah L. Hor-


ton, diretora das e x i­
bições e quadros de­
monstrativos. Ela se
despedirá logo.

104 A LIA H O N A
C U R T A H ISTÓ RIA DA IGREJA 13.a PARTE

A LINDA CIDADE DE NAUVOO


losé S m ith e seus correligionários não b o ra r u m p lano p a ra estabelecer seu povo
foram fusilados n a p ra ç a pública de n aquêle E stado.
P a r W est, pois, o G en eral D o n ip h an , a quem y ê s s e m eio tem po, m u ita coisa aconteceu
o rd en aram a execução, se recusou a p r a ­ aos S an to s em M issouri e Illinois.
tic á-la. “ É um assasin ato a sangue frio ” , G e n e ra l C lark que, to m an d o p a rte reve-
respondeu êle ao m a jo r g e n eral Lucas. la n te nos acontecim entos, fez a situação a-
“ Não obedecerei as suas o rd en s” . M in h a tin g ir o auge, chegou a F a r W est. Alí sob
brig ad a m a rc h a rá p a ra L ib erty a m a n h ã as ord en s do G en eral Lucas, p ren d eu os
de m a n h ã e si o sen h o r fu silar êstes h o ­ resid en tes de A d am -o n d i-A h am e se ap o ­
m ens, o acu sarei p e ra n te um trib u n a l te r ­ dero u de todos os bens M órm ons sôbre os
reno, si D eus quizer” . quais poude la n ç a r m ão, p a ra p a g a r as
despêsas d a m ilícia em p en h a d a em expulsar
Todos os prisioneiros, porém fo ram le ­
os S a n to s do E stado. “ Vocês n ã o devem
vados, prim eiro p a ra In d ep en d en ce, depois
p e n sa r em p erm an ecer aqui m ais tem po
p a ra R ichm ond e L iberty e encarcerad o s
n em fazer p la n ta çõ e s” disse êle aos M ór­
d u ra n te seis m êses, sendo julgados ap en as
m ons, “ pois no m om ento que assim agirem
pela p a rte c o n trária, sem poderem se d e­
o povo fic a rá c o n tra vocês. Si eu fô r n o ­
fender. M uitos dêles conseguiram , afin al,
v am en te ch am a d o p a ra c á . . . vocês não
fugir sem m u ita resistên cia dos g u ard as.
poderão e sp erar de m im n e n h u m a com ­
Não h a v ia provas c o n tra os prisioneiros e,
paixão, m as sim com pleto ex te rm ín io ” .
p o rtan to , n ão poderiam ser processados.
D isse êle e sta r agindo por d eterm in ação do
D u ra n te o tem po em que estiveram
G e n e ral L ucas — o hom em que su m a ria ­
presos, o p ro feta recebeu m u ita s revelações
m e n te ordenou o fu silam en to de José S m ith
im p o rtan tes e deu valiosas in stru çõ es ao
e H yrum S m ith , em F a r W est.
seu povo. E n tre o u tras, fig u ra a e n c o n tra ­
A cred ita-se, p len am en te, que a expulsão
d a n a secção 212 de “ D o u trin as e C on­
dos M órm ons de M issouri te n h a sido em
vênios” . ..
consêquencia de um a rd il tra m a d o pelo
Foi n êste m om ento que o P ro fe ta fez g o v ernador e o u tra s au to rid a d e s governa*
alusão ao p ressen tim en to que teve do seu m en tais. T em -se d a m esm a fo rm a, tô d a a
m artírio. D eclarou êle a H y m an W ig h t que razão em a c re d ita r-se que n ã o som ente a
não chegaria a com p letar q u a re n ta anos, prisão dos líderes M órm ons, como tam b ém
pedindo-lhe que g uard asse segredo a té de* a “ fu g a ” dêstes, faziam p a rte dêsse plano,
pois da sUa m orte.
Os S a n to s a b a n d o n a ra m M issouri o m ais
O profeta, com alguns co m panheiros de depressa possível. A m aio ria se refugiou
prisão, chegou a Q uincy, Illinois, em A bril
de 1839 e im ed iatam e n te com eçou a e la ­

À esquerda, Maria Eu-


nice Pires, codiretora
das Prim árias da Mis-
sàói Tradutora e cor­
retora.

Também prestaram ser­


viço no escritório em
1950 : Lawrence J.
Leavitt e Elmo Roy-
lance M artin.

Junho de 1951 105


èm Q uincy e Illinois. O êxodo de m il e Ao alcan çarm o s o M ississipi descobrim os
q u in h en to s hom ens, m u lh eres e crian ças que n ão nos seria possível a tra v e ssá -lo n a ­
começou no inverno, trazen d o , em conse­ quela noite, n em tã o pouco en co n tram o s
qüência, m u ito sofrim en to p a ra os velhos, q u alqu er abrigo, pois m uitos S a n to s que lá
m ulheres e crianças. O re lato d a irm ã h a v ia m chegado a n te s de nós e stav am a
Sm ith, m ãe de José e H y ru m é típico: esp era de u m a o p o rtu n id ad e p a ra ch egarem
“ No prim eiro dia chegam os a u m lu g ar a té Q uincy. A neve co n tin u av a a cair, co­
cham ado F in n e y ’s G rove, onde p e rn o itá ­ brindo o. chão com u m a c a m a d a de seis pés
m os n u m a casa de m ad eira, b a sta n te in - de espessura. Aí m esm o fizem os nossas c a ­
confortável. D u ra n te a m etad e do dia se ­ m as e descansám os d a m elh o r fo rm a pos­
g u in te cam inhei a pé e a n o ite ficám os sível, n e sta s c ircu n stâ n cias. N a m a n h ã se­
em casa de um M r. T hom as, m em bro da g u in te nossas cam as estav am co b ertas de
Ig reja. No terceiro dia, á ta rd e , começou a neve e as ro u p as que n o s a g a z a lh a ra m es­
chover. A n o ite p a rá m o s n u m a casa, onde ta v a m in te ira m e n te congeladas. — L ev an -
pedim os perm issão p a ra fica r a té o d ia se­ tá m o -n o s e te n tám o s a c e n d er u m fo g arei-
guinte. O hom em com que falám o s nos ro, m as vendo que isto seria im possível, nos
m ostrou u m a depen d ên cia do lado de fó ra resignám os àquela disco n fo rtáv el situação.
da casa, tão su ja que chegou a d a r n á u ­
seas, e nos disse que si a lim pássem os e Ao p ô r do sol chegám os a Q uincy. Sam uel
fizessem os os nossos próprios provim entos h a v ia aí alugado u m a casa onde nos aco­
de le n h a e ág u a, poderíam os p ern o ita r. lhem os, ju n ta m e n te com q u a tro o u tra s
C oncordam os e depois de m u ito tra b a lh o fam ília s.”
conseguim os a r r a n ja r espaço p a ra as nossas Nêsse tem po Lucy S m ith tin h a 62 ano s e
cam as. o seu m arid o 77. Ê ste últim o faleceu um
V iajam os todo o d ia seg u in te debaixo de ano depois dêstes triste s acontecim entos,
chuva. P edim os pousada em vários lu g a ­ v ítim a d a perseguição que sofreu em conse­
res, m as nos recu saram . F in a lm e n te , ch e­ q ü ên cia d a su a cren ça religiosa.
gam os a um lu g ar m u ito parecido com o da Em Illinois os exilados fo ra m bem rece­
n o ite a n terio r, onde pern o itam o s, sem fogo bidos, c o n tra sta n d o com a recepção que t i ­
p a ra nos aquecer. No qu in to d ia, pouco v eram no E stad o vizinho. P essoas de p re s­
a n te s de chegarm os a P alm y ra, no M issouri, tígio em Q uincy se re u n ira m e elegeram
D on C arlos disse a M r. S m ith “ P ai, esta u m a com issão, cujo dever e ra o de p ro c u ra r
situ ação é in su sten tá v e l e eu n ã o a su p o r­ u m la r conveniente p a ra os refugiados. A
ta re i por m ais tem po; e n tra re i no prim eiro com issão p resto u u m bom serviço, d u ra n te
lu g ar que m e p arecer confortável e o S e­ o tem po em que estav a em p e n h a d a nêsse
n h o r m e s e g u i r á ...” tra b a lh o . Isto se deu e n tre N ovem bro de
1838 e A bril de 1834.
M a próxim a casa que chegam os, tin h a - D u ra n te êsse tem po, no e n ta n to , com is­
m os todo o c o n fo rto . . . sões de M órm ons tam b ém estav am ativas,
Depois de term os aí passado a n o ite, co n ­ u m as cooperando com a com issão de Quicy,
tin u am o s a jo rn a d a a -p e s a r-d a chuva e em busca de casas e em prego p a ra o seu
eram os obrigados a c a m in h a r d en tro da povo e o u tra s p ro cu ran d o u m lu g ar conve­
lam a e da ág u a p a ra e v ita r que fosem os n ie n te p a ra se estabelecerem em Illin o is ou
detidos pela im undação. A seis m ilh a s do Iow a. Q uando o p ro fe ta chegou em Q uincy,
rio M ississipi a te m p e ra tu ra desceu ain d a em A bril de 1839, depois de m ais de cinco
m ais e em vez de chuva tivem os neve e m êses de prisão, todos os S a n to s h av iam
granizo e o chão e n tre nós e o rio estava deixado M issouri, estabelecendo-se, tem p o -
tão ench arcad o que a cad a passo o pé a - rà ria m e n te , em Illinois e Iow a e todos os
tolava a té os tornozelos; m esm o assim fo­ seus in teresses estav am razo àv elm en te sa l­
m os obrigados a cam in h a r, ou m elh o r n a ­ vaguardados. O P ro fe ta , p o rta n to , tom ou
dar, p a ra percorrerm os as seis m ilhas. im ed iatas providências p a ra e n c o n tra r um

>106 A LIAH ON A
local onde pudesse estabelecer seu povo p e r entes, cu ran d o -o s. M ais tard e, foi a M on­
m an en tem en te. trose, Iow a, onde curou todos os doentes.
V erd ad eiram en te, como Élder W ilford
W oodruff re la ta o in cid en te, com detalhes,
n a r a o N orte de M ississipi, a cincoenta
no seu diário, aquêle foi o d ia do S enhor.
m ilh as de Q uincy, h av ia um lu g ar c h a ­ Aquilo que podia te r sido u m a calam idade,
m ado Com m erce. S itu ad o n u m a graciosa to rn o u -se u m a benção.
curva do rio, a leste, subia o te rre n o suave­ A p rincípio a in ten ção dos S an to s era o-
m en te .term in an d o n u m a g ra n d e planice. c u p ar u m a g ran d e á re a em Illinois e Iowa,
T endo sido êste local um an co rad o u ro p a ra m as esta idéia foi a b a n d o n a d a por um
as em barcações que subiam e desciam o rio, p lano de concen tração . P a ra com eçar, cinco
ain d a existiam algum as casas. A te rra , no “ E sta c a s” fo ra m organ izad as, m as logo d e­
e n tan to , por fa lta de canalização adequada, pois trê s delas se d isp ersaram , ficando a-
estava tão la m acen ta que to rn a v a im possí­ p en as u m a em cad a lado do rio. (“ E s ta c a ” é
vel a passagem de um hom em de um lado u m a divisão d a Ig re ja que corresponde a
para outro, e im p raticáv el a passagem de u m a diocese em alg u m as o u tras Ig re ja s
m uitas pessoas de u m a vez. V iam -se aqui C ristãs.) Porém , com prindo u m a rev ela­
e acolá algum as arvores e arbustos. ção, em 1841 os S an to s se re u n ira m no con­
Ê ste lu g ar foi escolhido pelo P ro fe ta como dado de H ancock, em Illinois e no condado
fu tu ra m o rad ia do seu povo e, an tec ip an d o de Lee, em Iow a. No prim eiro ano, a p o ­
a realização do que tin h a em v ista, d eu -lh e pulação de Nauvoo e ra de v in te a vin te e
o nom e de Nauvoo, que quer dizer “ lin d a ” . cinco m il. T o rn o u -se a m aio r cidade do
C om praram as te rra s de um S n r. W hite E stado.
e um Dr. G alland, em C om m erce e vizi­
jPm D ezem bro de 1840, Nauvoo foi in co r-
n h an ças, tam b ém a oeste do rio, em Iowa.
p o rad a. S u a c a rta , que foi concedida
Dr. G alland aconselhou os M órm ons a se
pelo legislativo, era, provavelm ente, a m ais
estabelecerem em Iow a, que e ra en tão um
lib eral ja m a is concedida a o u tra qualquer
territó rio , pois que d esta fo rm a te ria m m ais
cidade am erican a. R ealm en te, a c a rta a
probabilidades de receberem proteção do
p u n h a n a categ o ria de “ cidade e sta d u a l” .
governo federal do que si fôssem p a ra outro
Além dos privilégios com uns, Nauvoo tin h a
estado “ o nde” , dizia êle, “ os m aio res vilões
um poder ju d iciário e u m a m ilícia, au to n o -
ocupavam os m ais elevados carg o s” . Al­
m ose um a u niversidade. T in h a um p re ­
guns S antos fo ram p a ra Iow a, m as a m a io ­
feito e u m a câm ara, com posta de vereadores
ria perm aneceu em Illinois. Logo que com ­
e conselheiros, a q u al possuia poderes ge­
p ra ra m te rra , os S an to s com eçaram a ocupar
Com m erce e M ontrose, esta ú ltim a do lado ra lm e n te concedidos aos juizes de paz e se
do rio que ficava no estado de Iowa. re u n ia p a ra decidir as questões civis e c ri­
m inais. A Legião Nauvoo, c o n tan d o e n tre
Devido á um idade do local, aos m osquitos q u a tro ou cinco m il hom ens, era in d ep e n ­
e ao estado de fraqueza em que o povo se d en te da m ilícia estad u al, m as obedecia
en co n trav a, a p rim eira coisa que aconteceu ordens do governador em q ualquer even­
a todos foi a p a n h a r a febre in te rm ite n te . tu alid ad e. A un iv ersid ad e de Nauvoo tin h a
A lguns m oravam em casa, m as outros em perm issão p a ra lecionar “ arte s, ciências e
cabanas por não terem tido tem po de cons­ eru d iç ã o ” . O rson Spencer, que possuia o
tru ir. O pro feta, que h a v ia cedido sua diplom a de professor, e ra o p resid en te e
casa p a ra os doentes, tam b ém caira com a O rson P ra tt, que se to rn o u célebre m a te -
febre. U m a m a n h ã , porém , êle se lev an to u tático , era professor. O prim eiro prefeito
e começou a a d m in is tra r sôbre os doentes foi Dr. Jo ão C. B en n et, que h a v ia tra b a lh a d o
das vizinhanças, que im e d ia ta m en te fic a ­ pela c a rta . No e n ta n to , n ão serviu m uito
ra m bons. Depois disto, em co m p an h ia de tem po n ê ste cargo, José S m ith , o idealizador
outros irm ãos, fez o m esm o com o utros d o ­ d a c a rta , o su b stitu iu .

Junho de 1951 107


Administração de um Distrito |
O m ais p erfeito sistem a de organização casos o p resid en te do d istrito é um m issio­
dum a ig reja existe na Ig re ja de Jesu s C risto n ário , agindo sem conselheiros. O ram o é
dos S an to s dos ü ltim o s D ias. C ada ano a u n id ad e local da m issão. É presid id a por
m uitos teologos vão a S a lt Lake City p a ra um p resid en te do ram o, que é auxiliado
a estu d ar, e m uitos p a rte m convertidos n a por dois conselheiros. Q uando possível o
d o u trin a d a Ig re ja ; e em m u ita s escolas é p resid en te n ão deve ser u m m issionário,
e stu d ad a pelos estu d a n te s e a p o n ta d a como m as sim um m em bro do ram o.
sendo perfeita. Pois assim deve ser; foi
As organizações au x iliad o ras são: A So­
criada por Deus.
ciedade de Socorro, a Escola D om inical, a
Eis aqui, u m a an alise dum a das fases da
A ssociação de M elh o ram e n to M útuo, e a
ad m in istração —• a direção dum d istrito
A ssociação P rim á ria . C ada u m a dessas
d en tro dum a m issão.
organizações é dirig id a p o r um presid en te,
Como um auxílio á a d m in istração , a m is­
auxiliado p o r dois conselheiros.
são é dividida em d istrito s que são por sua
vez com postos de ram os. P residindo cada C ada p resid en te dum a organização é
d istrito h á um p resid en te que é d ire ta m e n te responsável p e ra n te o p resid en te do ram o.
responsável ao presiden te da m issão pelas As reuniões são p resid id as pela m aio r a u ­
condições de seu d istrito . N a m aio ria dos to rid ad e p resen te n as m esm as.

PRISIDfcNTES LOS DISTRITOS E RAMOS — PASSADO E PRESENTE

Richard K. C o tant W ayde C. Stoker Stanley K. Taylo r


Robert E. Everton
d: São PauSo d : Rio de Janeiro d : Cam pinas r: Ribeirão Preto

Rowland P. Stoll
Ja ck A. Brown Dean N . Bushm an Lam ont Sant
d: Joinvilç çj; Porto Alegre d ; Ç u ritib a r : Ponta Crossa

I0K A LIA H O N A
j
No cam po de ação das missões a ordem
de au to rid ad e é a seg u in te: P resid en te
da Missão — presiden te de d istrito — p re ­
sidente de ram o — e outros oficiais dos
ram os de acôrdo com sua categoria. O utros
m issionários que não são p resid en te s do
d istrito ou ram o, tra b a lh a n d o nos ram os,
não tem au to rid ad e p a ra presidir.
A pessóa que preside, no e n ta n to , não
precisa sem pre dirigir a reunião.
A presidência do ram o deve ser com posta
por m em bros do sacerdócio. E é p ru d en te,
m as não necessário, que quando possivel, Joseph W. Holden
um m em bro do sacerdócio m erecedor seja
r: Santos 1950 W esto n B. Jackson
escolhido p a ra presidir a Escola D om inical
r : Rio de Janeiro r : Rio de Janeiro 1950
e a M útuo. Os presid en te s dos ram o s são
escolhidos e designados pelo p resid en te da
m issão auxiliado pelos p resid en te s dos d is­
tritos.
O p resid en te d a m issão é responsável p e ­
ra n te os m em bros do C onselho dos 12 A-
póstolos e a P rim eira P resid ên cia da Ig re ja .

td w ard M . Thom as H enry L . Gofdsmith


r : Santos r: Sorocaba

r : Baurú C!arence I . Moon


MTs silou.á;rl© ê

Lloyd J. Stevens Elw yn L . Sm ith


r. Rio Claro r : Porto A legre 1^50 J. Stanley Houston C u rtis W. Slade

Junho de 1951 109


Ós 46 chefes que presidem êsta s missões
Movimento são g eralm en te escolhidos n a h ie rarq u e e e n ­
tre os m em bros da Ig re ja . São êles h o m en s
(C o ntinu ação da pág. 1041 de negócio, em preiteiros, fazendeiros, p ro ­
A proclam ação do E vangelho está sendo fessores, advogados, m édicos, d e n tista s e de
feita á to d as as nações e rein ad o s tã o r á ­ to d as as o u tra s profissões. Q u ando alguém é
pido q u a n to p erm itam os meios, p ro c la m a ­ ch am ad o êle n ão cogita de suas resp o n sab i­
ção êssa o riu n d a da au to rid a d e recebida pela lidades e é raríssim o o escolhido oferecer
Ig re ja de Jesú s C risto e Deus, seu Pai, alg u m a acusa, em bora a aceitação signifique
quando ap arecerem ao fu n d a d o r da Ig re ja sacrifício fin an ceiro e, em alg u n s casos, p re ­
no começo do século passado. juízos n a vida política.
E m bora a Ig re ja seja jovem (120 anos) e A s m issionários são selecionados e n tre os
co m p arativ am en te pequena em nú m ero de moços e m oças e n tre Dezenove a tr in ta
m em bros h á, p resen tem en te, incluindo a anos e os m ais ap to s e experientes são a -
g ran d e m issão do T em ple S quare, cêrca de ceitos p a ra c u m p rir êsse sagrado dever.
q u a re n ta e seis missões o rg an isad as n a E u ­ P ica bem dizer aqui que a resp o n sab ili­
ropa, E stados U nidos, C an ad á, Mexico, A- dade de e n sin a r o E vangelho rep o u sa sôbre
m ericana L atin a, Ilh a s do P acífico e Jap ão . os hom bros da Irm a n d a d e da Ig re ja —
N estas missões h á m ais do que 1500 r a ­ n ão sôbre as m ulheres, porém , a afetuosidade
mos e, se incluirm os as Escolas D om inicais com que èlas fo m en tam reuniões fam iliares
Independentes, o núm ero sobe p a ra 1800. e desenvolvem as E scolas D om inicais e t r a ­
Exclusive as P aró q u ias e ram os n a s E stacas. b alh am em o u tra s fases do m ister m issio-
MISSIONARIOS

W e nd ell D. W in e g ar L. Orlin Johnson Clonn A . Mom berger John W . Ridge

Dean A . Young Blaine H . H ardcastle Sterlin g A . H ill L yle E. Lapray

110 A LI V H O N A
nário é da m ais a lta ordem . Seus desejos Êste é o espirito m issionário do trab alh o .
e mesmo anciedade de tra b a lh a r n ão são Êsses h o m en s vão cheios de am ôr, n a d a que­
excedidos pelos jovens rapazes. ren d o d as nações p a ra onde são m andados.
D esta juvenilidade quais são os escolhidos Não desejam aplau so s e n em aquisições p e ­
p a ra re p re se n ta r a Ig re ja ? Êles tam bém , cu n iárias. Dois ou trê s anos a trá s, m uitos
assim como os presid en tes, saem d a h ie r a r­ dêles estav am recem -saíd o s do exército.
quia e d en tre os m em bros. São êles faz e n ­ G ra n d e nú m ero dêles econom isou seu sa ­
deiros, artezãos, am auenses, bancários, se­ lário g an h o com o risco de su a p ró p ria vida
cretário s e operários. Os que são casados p a ra p a g a r sua despesa em fu tu ra m issão
deixam suas m ulheres e crian ças os quais caso recebessem o cham ado.
a ju d a m -n o a m a n te r-se em seu tra b a lh o N este fa to tem os de re lan ce um sinal da
n a m issão. T odos êles, q uando em m issão, b enéfica in flu ên cia do sistem a m issionário
pensam no d ia do retô rn o em que, com sua sôbre a ju v en tu d e. Todo D iácono, M estre,
bem am ad a , possam c o n stru ir o “ Home, S acerd o te e E lder (ancião) d a Ig re ja corr
Sweet H om e” . p reend e que p a ra ser de valôr p a ra a Igrejp
Como já observam os, cad a m issionário deve ser tem p erad o em seus h áb ito s e mo
paga pela sua p ró p ria m an u te n ç ã o e, em ra lm e n te puro. A êle é ensinado que n ão
m uitos casos, co n ta com a assistên cia de h á duplicidade n a m o ral d a castidade, que
seus pais e m esm o dos am igos em fa lta d a ­ todo moço ou m oça deve co n serv ar-se livre
queles. O verdadeiro cristian ism o é am ôr das im purezas sexuais. Lí, u m a vêz, um a
em ação. N ão h á m elh o r m eio de m a n ife s­ c a rta que u m a m ãe m an d o u a seu filho
ta r o am ôr p a ra com D eus do que m o stra r quando no exército, c a rta êssa contendo
despreendido am ôr pelo seu sem elhante. u n ica m e n te três p ala v ras além d a assina-

■i. Dean C rand ali Roy J. C ledh ill James R . Soderberg R. Eugene Rasm ussen Doyle W . Packer

■aig B. Ben tley Roy A. M cC ícIlan A rv in C . Shreeve T ra vís C . H aw s F. Clen W aldron

lunho de 1951 ? 111


tu ra . As trê s p a la v ra s
que m u ito m e im pressio­
n a ra m foram ê stas:
“ Quinn, conserva-se
p u ro ” .
Jovens rap azes no ex é r­
cito desejosos de no f u ­
tu ro serv ir como m isso-
n ário s e que p a ra a lc a n ­
çarem ta l d esiderato e-
conom izam seus salários,
alim en tam um m ais n o ­
bre ideal do que os seus
“ am igos” que p ro d ig a­
m en te esb an jam os seus
em salões de jogos e em
casas suspeitas.
H á m u ito s exem plos de
jovens soldados que m a n ­
d a ra m suas econom ias
aos seus pais afim de
Reo L. W illiam so n Jon V er! Rees Glenn A. Jorgenson que as depositassem no
banco p a ra ser usad as
q u ando estivessem e m
m issão. Sabem os de dois
ou trê s casos adicionados
com o seguinte a v iso :
“ caso n ã o voltarem os,
u sem -n as p a ra p a g a r as
despezas de algum jo ­
vem que receber o c h a ­
m ado” .
p S S E S jovens quando
" vão como re p re se n ­
ta n te s d a Ig re ja a p re n ­
dem que, um em baixador
de q ualquer organização,
com ercial, d ip lo m ática
ou religiosa, deve
possuir u m a salien te
q u alidade, e êssa é:
co nfiança. E stav a m uito
R ich aid M. Fow 'es H. K im b all W ood Oswaldo França certo quem disse que é
m uito m elh o r ser de co n ­
fia n ça do que ser am ado.
E quem re p re se n ta m os
m issionários? P rim eiro,
êles re p rese n ta m seus
pais e p o rtan to , têm a
responsabilidade de m a n ­
te r seus nom es lim pos;
segundo, re p re se n ta m a
Ig re ja , esp e c ific a d am e n ti
a E staca onde vivem e
t e r c e i r o , re p re se n ta m
Nosso Senhor Jesú s
C risto do qual são h u ­
m ildes servidores.
Êst es em baixadores,
podem os c h am á -lo s a s­
sim, re p re se n ta m êstes
Donald R. Lym an Con L . Taylo r James C raw ley trê s grupos e tê m a re s ­

112 A LIAHONA
ponsabilidade de cuidá-
las com a m aior devoção,
pois é a m aior de toda a
sua vida.
Porém , qual é a p ro e ­
m in en te m ensagem que
devem d a r aos cristãos e
aos n ão cristãos? C e rta ­
m en te h á um valioso m o ­
tivo p a ra ju stific a r suas
presenças em todo o
m undo; P rim eiro, e isso
já foi ouvido e repetido
m u itas vêzes, sua m e n ­
sagem diz que Je su s é o
filho de D eus e o re d e n ­
to r e salvador d a h u m a ­ C alvin R. Anderson Ralph C. M cD o nad De Lloyd M. Nield
nidade. P a ra êles, “ Jesus
não é legendária figura
da h is tó ria ” p a ra fra ­
seando H all C aine q u a n ­
do se dirige ao m undo
cristão : “ Êle n ão é m e ­
ra m e n te um san to que se
p in ta nos painéis dos
tem plos, u m a espécie de
fa d a d a qual não pode­
mos ap ro x im arm o -n o s e
nem ao m enos p ro n u n ­
ciarm os seu nom e. P o ­
rém , é ain d a o que sem ­
pre foi em carne, um a
realidade, um hom em com
as m esm as paixões por
nós, um guia, um con­
selheiro, um consolador,
um a g ran d e voz e x o rta n ­
do-nos a viver n o b rem en ­
te, m o rrer b rav am en te e
conservar nossa coragem Delbert j. Rhees George C . M illcr David H, W ilson
a té o fin a l.”
Êsses m issionários d e­
claram ju n to com, P edro:
(Ato 4:12. —)
E em n en h u m outro h á
salvação, porque tam bem
debaixo do céu n e n h u m
outro nom e h á , dado e n ­
tr e os hom ens, em que
devam os ser salvos.
A segunda d istin ta
m ensagem é êsta:
Todo m issionário devia
claram ente com preender
e explicitam ente d ecla rar
em inequívocas p a la v ra i,
a relação existente en tre
iáu
êsta Ig re ja e qualquer
o u tra organização re li­
giosa, que ela não é o ri­
g in ad a e nem tão pouco
um a divisão de qualquer Thom as F, Jensen Duanç K . Johnson Rulon Stoker

Junho cie 1951 113


dêlas. V erdade, a Ig re ja é g eralm en te
classificada e n tre as P ro te sta n te s; m as, o
P ro testan tism o com eçou com os g ran d es
dissidentes ta is como M a rtin L u ter, P h ilip
M elan ch th o , U irich Zwingli, Jo h n K nox
e outros. Aqueles g ran d e s refo rm ad o res d e­
n u n c ia ra m p rá tic a s c o rru p ta s n a Ig re ja
C atólica, p a rtic u la rm e n te a v enda de in ­
dulgências porque a ind u lg ên cia podia sa ­
tisfaze r-se por meio de contribuições em
d'.nheiro. A p rá tic a co n tin u o u ó ra sob um ,
ó ra sob ou tro p retex to a té se to r n a r um
A íla n B. Laid la w Cayíord A , M cCalIson
reg u lar h áb ito p a ra a u m e n ta r o c a p ital do
P ap a. Isso foi estendido a té ás alm a s do
p urgatório. Os g ran d es hom ens, nom eados
h á pouco, rev elaram -se c o n tra êsse e o u ­
tro s m ales e o rg an isara m Ig re ja s em sinal
de protesto. N a segunda D ieta de Spires
foi fe ita a seguinte resolução: desaprovando
inovações reigiósas nos estados L u teran o s,
proibindo a p rá tic a das fo rm as de fé re fo r­
m ad a de Z w inglian e A n a b a p tista . A m i­
n o ria L u te rá n a p ro testo u e este p rotesto
foi assinado p o r quatorze cidades assim como
pelo eleitor da Saxonia, o p refeito de H esse e
o u tra s q u atro províncias. Aqui o nom e
p ro te sta n te e stá designado um p artid o
evangélico.

P ro testan tism o , sob m uitos e d iferen tes


nom es, espalh ou -se por tô d a a E u ro p a e Leal E. Jordan

m ais ta rd e por to d as as colônias A m erica­


nas. A liberdade de livrem ente a d o ra r to r-
n ou-se cada vez m ais um sag rad o direito
no indivíduo m as, nos corações de m uitos
cren tes em Jesú s de N azareth , p erm an eceu
um a e n tra n h a d a crença, u m sen tim en to de
que a a u to rid ad e p a ra re p re se n tá -lo tin h a
sido tira d a aqui n a te r ra e que lá devido a
êssa apostasia, a v e rd a d e ira Ig re ja n ão
p od erá existir en q u an to C risto n ão en v iar
novos apóstolos p a ra restab elecê-la.

Isto em efeito foi o que o S en h o r disse a


em efeito foi o que o S en h o r disse a
José S m ith quando êle estava com q u a ­
torze anos e in q u iriu -o sôbre quais das seitas
é ra certa e a qual êle devia ligar-se. Jack R. Livingston )ay W . Crant

114 A LIA H O N A
Jerry F. Twitcheü Orson H. W hite John H. W est Jr. DeSwin R. Morris

Farrel ). Olsen John Talmadge Huber Dafe C . W ilcox Lar,y Dale Johnson

em ausência a fotografia do Elder Robert Napp


R espondeu-lhe D eus que a n e n h u m a , com Assim foi estabelecida pela d ire ta reve­
as seguintes p alav ra s: (José S m ith , 2:19). lação e d iv in a a u to rid ad e do P a i E te rn o e
Poucos anos m ais ta rd e , especificam ente Jesú s C risto que fu n d are m a Ig re ja no meio
6 de A bril de 1839, José S m ith recebeu, pelo
do tem po, a Ig re ja dos ü ltim o s D ias a q u al
espírito de profecia e revelação, in struções
e stá colocada como p io n eira no estabeleci­
do S alvador p a ra org a n isa r S u a Ig re ja u m a
vez m ais sôbre a te rra . m en to do rein ad o de D eus sôbre a te rra .
N as p a la v ra s do P resid e n te J o h n T ay lo r;
F oi-m e respondido que n ão m e filiasse a
“ pelo m enos o P a i tem u m a Ig re ja e um
qualquer dêlas, porque tô d as estav am e rr a ­
das; e o P ersonagem que se d irig ira a m im povo que se subm eteu á su a lei e querem
disse serem tô d as os credos u m a a b n o m in a- su b m eter-se a ela com g en te re u n id a d en tre
ção á S ua V ista e e starem tôdos co rru to s; as nações d a te r ra sob a direção de um h o ­
“ êles se chegam a M im com os seus lábios,
m em in sp irad o por D eus, o p o rta-v o z de
porém os corações estão longe; “ êles e n si­
Jeo v á p a ra seu povo, digo que, com ta l or-
n a m como d o u trin a os m a n d a m e n to s dos
hom ens, tendo u m a religiosidade ap en as g anisação, h á u m a ch an ce p a ra o S enhor
form al, porém negam o M eu P o d e r” . D eus ser revelado; u m a o p o rtu n id ad e p a ra

Junho de 1951 115


Stneilop
Pelo apóstolo
MELVIN J. BALLARD, falecido

Escolhido e traduzido pelos dire­


tores do departamento de geneolo-
cjia da Missão, Élderes José Maria
de Camargo, à esquerda, e Paul
H. W ilcox, à direita.
O tra b a lh o que você faz pelos seus os que lá receb eram o E vangelho e os que
antep assad o s é válido e genuino e têm direito p a ra que seus tra b a lh o s se jam
os g lo rificará se êles o aceitarem . H á in ú ­ feitos. Q u ando o S en h o r estiver p ro n to ,
m eras evidências de que os m ortos estão tu d o será m u ito sim ples e m u ito fácil. P o ­
interessados n isto. Se você prosseguir com dem os a p re ssa r êsse d ia fazendo as pesq u i­
as pesquizas genealógicas, os cam in h o s se sas que podem os h o je fazer.
ab rirão à d ireita e à esquerda. Você a- U m a das in ú m eras evidências de que a-
c h a rá novas avenidas a b e rta s em sua f r e n ­ queles que estão no M undo E sp iritu a l sa ­
te. Os m ortos sabem onde estão os reg is­ bem do tra b a lh o que fazem os aq u i nos
tros. Você deve, p o rta n to , p ro cu rá-lo s a té Tem plos, foi re la ta d a pelo P resid en te W ood
onde fo r possível. M as, h á n a tu ra lm e n te , do Tem plo de A lberta n o C an ad á. Q uando
h ostes de hom ens e m u lh eres no M undo selava um grupo de crian ças aos pais, no
E sp iritu al c u ja s h istó rias e reg istro s n ão m eio d a cerim ônia teve a in sp iraçã o de p e r-
existem em q ualquer p a rte d a te rra . Mas, g u ta r à m ãe que e stav a p re se n te : “ Irm ã ,
estão no M undo E spiritu al. esta lista contem os nom es de todos os
Q uando você tiv er tu d o que lh e fo r pos­ seus filh o s?” E la resp o nd eu : “ Sím , to d o s” .
sível e chegar aos lim ites o que a - Começou de novo, m as, o u tra vez p e rg u n ­
contecerá? Como sem pre te m acontecido to u se a lista c o n tin h a todos os nom es. A
no passado, onde o hom em e n c o h tra o seu sen h o ra disse que n ão h a v ia o u tro s filhos.
lim ite, aí D eus e n tra a S u a providência. E n o v am ente começou, m as, m ais u m a vez,
O S en h o r n u n c a nos a ju d a en q u a n to po­ p aro u e p erg u n to u pela te rc e ira vez: M in h a
dem os a ju d a r a nós m esm os. Ê ste é o irm ã, você n ão p erd eu u m a c rian ça cujo
nosso dia. N ão esperam os que Êle fa ç a nom e n ão está incluído n e sta lis ta ? ” E la
Coisas m arav ilh o sas q u ando nós m esm os respondeu: “ Sim , a g o ra eu m e lem bro.
tem os os recursos. Q uando tiverm os feito P erdem os um bebê. M orreu logo depois
tôdo o possível, en tão v irá a o p o rtu n id ad e de seu n ascim en to . Esqueci de in clu ir o
de D eus. N ão pense p o r u m m om ento seu nom e n a lista .” O n om e foi dado e a
siquer que os tem plos fe c h a r-se-ão . C on­ crian ça sendo o prim ogênito, foi nom eado
tin u a rã o a trav és do M ilênio. G ra n d e hostes p rim e ira m en te e todos os filhos fo ram se­
de hom ens e m u lh eres n o M undo E sp iritu a l lados aos pais.
estão esperando êste tra b a lh o . N ão deve­ O P re sid e n te W ood disse e n tã o : “ C ad a
ria êste fá to nos e n c o ra ja r a fazer tu d o vez que com eçava a selar os filh o s ouvia
p a ra aliv iar a su a an g ú stia? C e rta m e n te u m a vóz dizendo: “ M am ãe, n ã o te esque­
que sim. Q uando tiverm os feito tôdo o ças de m im ” e n ã o p odia c o n tin u a r. Esse
possivel v irá o d ia em que as pessoas a u ­ apêlo re p e tia -se a té que descobrim os a
to rizad as que presidem n o M undo E sp iri­ om issão” .
tu a l, virão e revelarão os nom es de todos (Continua na pág. 120)

116 A LIA H O N A
0 Meu Testemunho
te r a tu r a s estav am de acôrdo com os en si­
n a m en to s da Bíblia, a ch an d o assim , deci­
d iu-se in v estig ar a respeito. A pesar de n ão
te r conhecido n e n h u m m em bro d a Ig re ja ,
sabia que em S p an ish F ork, U tah , h av ia
u m a pequena colônia de Islandêses M ór­
m ons, dessa m a n e ira escreveu u m a c a rta
pedindo inform ações sôbre a Ig re ja . En­
viou a c a rta a p en as com esse endereço,
escrito em Isla n d ê s: “ á u m Isla n d ês M ór-
Pelo Élder V IC T O R L E O 1SF E L D
m on, em U ta h , nos E stados U nidos.”
U o fim do século dezenove, m uitos I r la n ­ O carteiro leu a ú ltim a p a rte do ende-
deses d eixaram seu p aís n a ta l, p a ra rêço m u ito bem , porém quando a c a rta es­
te n ta re m u m a nova vida no “ Novo M u n ­ ta v a p erto do seu destino, veio a d ificu l­
d o” . D esses a m aio ria dirig iu -se ao C a­ dade, o jovem carte iro do tre m e ra descen­
n a d á e aos E stados U nidos. E m 1873, um d en te de islandêz, m as n ão en te n d e u a lin ­
pequeno núcleo de colonos rad ico u -se n as guagem , reco n h ecen d o -a a p en as como sendo
proxim idades de C uritib a, P a ra n á . V ieram islan d êsa, seu p ai e ra islandês e estav a t r a ­
ao B rasil, como u m a p a rte av an çad a, n a b alh an d o nessa secção de e stra d a de ferro.
esperança, de trazere m seus am igos, caso O c arteiro decidiu a m a rra r u m a p e d ra á
a te r ra fosse adaptáv el. E n tre esses p io ­ c a rta e a tiro u -a do tre m q u ando este passou
neiros, e n co n trav a-se m eu avô M agnus pela casa de seu pai, n a esp eran ça de que
Isfeld, naq u ela época com a idade de 20 alguém a en co n trasse. Isto foi no m eado do
anos. inverno, a neve e ra m u ito fo rte e a c a rta
M agnus e ra um hom em inclin ad o a r e ­ ficou e n te rra d a , a p e n a s depois de m êses a-
ligião, dessa m a n eira , chegou a ser um pós te r-se d erretid o a neve, n a prim av era,
diácono da Ig re ja L u te ra n a , ap e sa r de n ão foi a c a rta e n c o n tra d a e fin a lm en te e n tre ­
concordar com pletam en te com os e n sin a ­ gue a um dos Islandêses, m em bro d a Ig reja
m entos d esta Ig re ja , fin a lm e n te ren u n cio u de Je sú s C risto dos S a n to s dos Ú ltim os Dias.
o cargo de diácono, m otivado p ôr u m a con- Após pequeno período de tem po, 8 pessôas
trav ersia a respeito de se p u ltam en to de estav am se correspondendo com m eu avô,
u m a criança, que a Ig re ja n ão co n sen tiu ten d o êle se convencido de que êssa e ra a
em que a m esm a fosse e n te rra d a n o cem i­ Ig re ja v ed ad eira de Jesú s C risto. E m co n ­
tério da Ig reja, alegando de que a m esm a seqüência, vendeu su a fáb rica de concreto,
h a v ia falecida sem batism o, n ão podendo que estav a sendo m u ito bem dirig id a e ju n ­
em consequencia ser salva. M ag n u s re p ro ­ ta m e n te com sua esposa e nove filhos, o
vou essa atitu d e , dizendo que q ualquer Ig re ­ m e n o r dêstes a p en as com um ano de idade,
ja que condenasse u m a c ria n ç a in o cen te ao iniciou a g ran d e jo rn a d a , n o ano de 1904.
satan az, deve ser ela p ró p ria do S a ta n â z . u an d o a F m ília chegou a Nova Y ork a -
N aquela época, Jo n a s Jo h n so n , cun h ad o Q conteceu que os oficiais d a im igração
de M agnus voltou a Isla n d ia em gozo de estav am p o r d em ais ocupados com algum as
férias. P erm anecendo lá p ôr v o lta de um p a re lh a s de navios de im ig ra n te s europeus.
ano e em seu regresso tro u x e alg u n s folhetos D isseram a m eu avô, que êle te ria de p e r­
“ M órm ons” os quais fo ra m en treg u es a m an ec er n o E difício de Im ig raç ão pelo m e­
M agnus. nos d u as sem an as, a n te s de lh es serem p e r­
M agnus leu sôbre esta “ Nova Ig re ja ” com m itid a s e n tra d a . N êsta época o C an a d á es-
in terêsse e achou que o conteúdo dessas li­ (Continua na pág. 120)

Junho de 1951 117


O R U M O DOS RAMOS
J oinvlle
No dia 9 de m arço Joinvile com pletou 100
anos, e em com em oração esteve em festa 10
dias. N este tem po foi v isitad a p or a ltas
au toridades, civis e m ilitares, como tam b ém
o P rín cip e de B rag an ça , convidado de h o n ra
cujos an tep assad o s resid iram e m o rre ra m
aqui. Nos trê s prim eiros dias tivem os m uitos
desfiles com 22 carro s alegoricos re p re se n ­
ta n d o a p rim eira b a rc a que veiu a Joinville
com seus colonizadores, o casam en to da
P rin cesa Isabel, a p rim e ira m á q u in a de
tecer,o prim eiro clube esportivo, a p rim eira
escola, e m u itas o u tra s coisas.
T am bém tivem os a p a ra d a m ilita r n a qual Uma coroa na Rua do Príncipe em Joinvile.
to m a ra m p a rte a C av alaria de C u ritib a, os Parte da grande festa do centenário.
Fuzileiros N avais do R io, e o 13 B .C . de
C açadores de Joinville. R ealizou-se o m aio r São P aulo, e alg u n s m em bros, am igos, e
desfile de bicicletas que já tê m visto em m issionários de C u ritib a. Foi u m a ó tim a
Joinvile, á ad m iração dos v isitan tes. C al­ con ferên cia e estam os an cio sam en te esp e­
culou-se n o m ínim o 7 m il b icicletas que t o ­ ra n d o a próxim a. A té breve nossos q u e ri­
m a ra m p a rte no desfile. D esfilaram os o- dos amigos.
perários, m arcineiros, carp in teiro s, e colo­ Yolanda Daher
nos com cachos de b a n a n a s, g a lin h a s e fe r-
ram entos. Os caçadores, pescadores, c a rre ­ BÂURÚ
gadores, e p ais com suas fam ílias e p ares
de nam o rad o s tam b ém p assaram . O m ês de A bril te m sido de g ra n d e s a ti­
T am bém teve a in a u g u raç ã o do P av ilh ão vidades p a ra os nossos m issionários. No
com a exposição In d u s tria l de Joinvile, e d ia 8 foi re alizad a u m a co n ferên cia em que,
m ais ta rd e nos serv irá p a ra jogos de voley- com g ra n d e p raz e r contam os com a p re ­
bol e bola ao cesto. Tivem os m u ita s o u tra s sença do P res. R u lo n S. Howells, que efe­
exposições como de tra b a lh o s m an u ais, o r- tu o u u m a bela preleção que a todos os p re ­
quidias, e ag ro -p ecu aria. No palácio que sen tes in teresso u v ivam ente. C o n trib u in d o
p erten cia aos prín cipes de Joinvile foi feita im enso p a ra o êxito d a reu n iã o a Irm ã M ary
a exposição de objetos p e rte n c en tes aos P ierce Howells c a n to u alg u n s n ú m ero s do
estran g eiro s colonizadores e fu n d ad o res seu vasto rep ertó rio de lin d a s canções. Não
d esta bela c id a d e ... “ a cidade ja rd im ” . As se pode d e ix ar de m e n cio n ar o q u arteto
ru a s p rin cip ais estav am to d a s lin d am en te que, com posto dos élderes M oon, Taylor,
en feitad as com b a n d e irin h a s e arcos todos C ran d all, e Fowles, b rin d o u -n o s com duas
ilum inados. A ru a p rin c ip al d a cidade, R u a lin d a s canções que a g ra d a ra m plen am en te.
do P ríncipe, tin h a trê s lin d as coroas, estas No dia 14, d ia do P an am erican ism o , os
eram to d as ilu m in ad as em cores d iferentes. m issionários o rg an izaram um pic-n ic ao
No ultim o dia das festividades realizou- qual com pareceu um alegre e an im ad o g ru ­
se a p rim eira co nferên cia deste ano n a po de am igos. A esta reu n ião n ão fa lta ra m
Ig re ja . E steve p resen te o P res. R u lo n S. pestiscos e vários jogos e a in d a a sad ia a n i­
Howells, o qual nos alegrou m u ito com sua m ação dos p resen tes o que co n trib u iu p a ra
h o n ro sa visita. S entim os m u ito a fa lta de o com pleto êxito do p ic-n ic que todos se
su a exem a. sen h o ra que n ão pôde com ­ lem brarão.
parecer. O único fa to que tu rv o u o êxito absoluto
E stiv eram p resen tes tam b ém o Irm ão d a reu n ião foi a au sên cia do É lder Fowles
C arlos S ta rk , o p resid en te do ram o de Novo que foi ch am ad o a p re s ta r su a cooperação
H am burgo, e a sua fa m ília ; o Irm ã o G u s­ de valôr in estim áv el no ram o do R io de
tav o K aiser e fam ília que residem n a cid a­ Ja n e iro , d eixando um vazio em nossos co­
de do R io do S ul; e a Irm ã lis a O tto de rações.

118 A LIA H O N A
Pedim os ao nosso P a i C elestial que con­
tin u e o rien tan d o as ativ id ad es dos nossos
esforçados élderes, p reserv an do o êxito que
os m esmo têm logrado em todos os seus
em preendim entos.
Myriam Boemer M onteiro de Castro

RIIO DE IAN EIRO


Alô qupridos irm ão s e am igos! É com
m u ita alegria que estam os aqui no v am en te
p a ra d a r as n o tícias do nosso querido ram o.
No dia 1 de A bril a nossa irm ã D orothea
S cheffer fez anos e como sem p re ofereceu
aos m em bros, m issionários e am igos u m a
Grupo brasileiro na reunião dos ex-missionários
la u ta m esa de doces e sorvetes, n u m a re u ­
nião m uito agradavel. Q uerem os aprovei­
ta r desta o p ortunidad e n ’A LIAHONA p a ra A SSO CIA ÇÃ O DOS EX-M ISSIO NÁ-
d esejar a nossa q u erid a irm ã m u ita s feli­ RSOS BRASILEIROS
cidades e b a sta n te sucesso em sua vida. No C onform e p rom eti, tra g o ao co n h ecim en ­
dia 9 festejam os tam b ém aleg rem en te, o to dos queridos irm ãos do B rasil u m re su ­
aniversário do nosso esforçado É lder J a c k - mo das ativ id ad es em que os nossos q u eri­
son que infelizm ente n o d ia seguinte em ­ dos ex-m issionários se têm em penhado.
b arcou p a ra B au rú , fa to que en ch eu de p e ­ D u ra n te a s Sessões d a C o n ferên cia se­
sa r os m em bros e seus alu n o s de inglês. Êle m e stral d a Ig re ja em S a lt L ake City os ex-
nos aju d o u m uito, e querem os d e se ja r-lh e m issionários do B rasil, inclusive os nossos
tam bém m u itas felicidades em seu novo p atrício s que se e n c o n tra m em U ta h se re u ­
ram o. P a ra c o n tra b a la n ç a r a au sên cia de n ira m p a ra a nossa fe sta e co n fratern isação .
É lder Jack so n recebem os os É lderes H ich ard Creio que tivem os a p ro x im ad am en te 200
Fowles e A llan L aidlaw , e desejam os boa pessoas p resen tes e rein o u e n tre todos um
sorte p a ra am bos. espírito de p u ríssim a co rdialidade e alegria.
E stam os co n ten tes porque as a u las de in ­ D ando início a essa reu n iã o tão an cio sa-
glês que tin h am o s iniciado em Botafogo, m en te esp erad a a irm ã W an d a G ia n e tti
e foram in terro m p id as p o r fa lta de fr e ­ Boyce en ca n to u a todos os p resen tes com
quência, recom èçaram com b a sta n te s alunos, u m a lin d a canção b rasileira. A su a in te r­
estando bem an im ad as. T am bém n o I n s ti­ p re ta çã o excelente a p a r de su a graciosi­
tu to B rasil-E stad o s U nidos os É lderes S toker dade a rra n c o u m erecidos aplausos.
e M iller en sin am inglês. Como resu ltad o O É lder Beck m o stro u um dos seus in ú m e ­
da nova atividade fo ram vendidas n u m a ros film es do B rasil o q ual rev estiu -se de
sem ana 50 a ssin a tu ra s d ’ A LIAHONA. m u ito sucesso e nos tro u x e saudosas rec o r­
No dia 17 realizam os um baile p ró -co n s- dações d a q u erid a e d ista n te M issão B ra ­
tru ção da Ig re ja do R am o de C am pinas. sileira.
Foi m uito concorrido com leilão a m e ric a ­ A Lilly W iest e R em o R oselli em fa n ta sia
no, doces e refrescos. Todos g o staram t a n ­ de carn av al, a rra n c a ra m estrepitosos a -
to que p rep arám o s ou tro no m ês de m aio. plausos daq u ela peq u en a m u ltid ão . M ais
M útuo, bem an im ad a, te m realizado bons u m a vez a W a n d a c a n to u satisfazendo aos
pro g ram as e agora en saiam o s a q u a d rilh a m ais a p u rad o s gostos.
am erican a. A Sociedade de Socorro re a ­ F in d o o p ro g ra m a todos nos deliciam os
liza suas reuniões depois das au las de in ­ com refrescos, sorvetes e bolachas. Q uasi
glês, as te rças-feiras, com u m a freq u ên cia todos os p resen tes se co m p ro m eteram a
boa e u m a anim ação geral. No m ês de m aio co n trib u ir m en salm en te p a ra o fu n d o de
com eçam os as au las de corte e co stu ra, que M an u ten ção de M issionários B rasileiros.
são dirigidas pela nossa am iga, A legre Nigri. Aos m em bros do B rasil, querem os en v iar
E stas são as no tícias prin cip ais, e p ro m e­ a nossa expressão do nosso m ais puro
tem os v o ltar no próxim o m ês com m ais n o ­ am ôr, e os desejos de que co n tin u em firm es
vidades. A té lá, desejam os saú d e e felici­ n a sua .s a n ta cau sa do E vangelho de Jesu s
dades p a ra todos os m em bros e am igos, que C risto. Não nos é possível en v iar-lh es as
as bênçãos de D eus e ste ja m com a M issão nossas n o tícias como desejaríam o s, m as em
B rasileira p a ra que possam os p ro g red ir sem ­ nossas preces ao P ai, sem pre pedim os pelo
pre levando a nossa m ensagem à todos os seu progresso esp iritu al e bem e sta r m a ­
nossos com patriotas.
W alter Duarte te ria l. Saudações, envia Remo Roselli

Junho de 1951 119


M O V IM E N T O (Continuação da pág. 115) observar to d as as coisas a té o rd e n ad a s pelo
a lei da vida m a n ifestar-se, um ensejo p a ra S enhor.
Jesú s in tro d u zir os princípios dos céus sôbre Isto , então, Irm ão s, é o p re p a ra tó rio p a ra
a te r ra e p a ra que a v o n tad e de D eus seja a o rganisação da Ig re ja no m u n d o in teiro ,
fe ita n a te r ra com é fe ita n o céu.” ( J .D . o estabelecim ento do rein ad o de D eus n a
18:140, oct. 10, 1875) te r ra pelo meio dos q u a is ... o S en h o r D eus
Com essas d u as gran d es e fu n d a m e n ta is possa ser revelado e u m a o p o rtu n id ad e seja
verdades; a divindade de Nosso S en h o r oferecida á lei d a vida p a ra que possa m a ­
Jesú s C risto, o salvador d a h u m a n id a d e e n ife sta r-se .
a re sta u ra ç ã o do E vangelho n e ste tem po, os E stes m ilh ares de h o m en s que possuem o
m issionários oferecem o m axim o de suas sacerdócio em to d a a p a rte são os em b aix a­
abilidades afim de d are m consecução á in - dores d a bôa v ontade. O d esid erato desse
junção de en sin arem o E vangelho á tô d as tra b a lh o é re fo rm a r os corações, m o d ifi­
criatu ras, b atiz a n d o -a s em nom e do P ai, do cando os egoistas e am biciosos em to le ra n ­
P ilho e do E sp írito S an to , e e n sin a n -a s a tes, com passivos e a m a n te s do próxim o.

G E N E O L O G IA (Continuação da pág. 116) EM F E S T A


Nossos am ados que faleceram bem sabem O ram o de São P aulo regozijou-se b a s­
o que e stá acontecendo. Êles estão m ais ta n te n a ocasião do casam en to realizado n a
p erto de nós do que pensam os. Os seus
ig re ja n o d ia 12 de M aio e n tre a Irm ã
corações estão voltados p a ra a g ra n d e obra
que estam os realizando. Se voltarm os n o s­ M a rg a re t B e n t e o Irm ão A lberto Valleixo.
sos corações p a ra êles, poderem os fazer com O ferecem os, todos nós, os nossos votos de
que êles sejam felizes e tam b ém g ran d e felicidade, com u m a vida ch eia d as b ên ­
será a nossa alegria. çãos do S en h o r.

TESTEM UNHO (Continuação da pág. 117) E ra sonho de m eu pai, que um de seus


filhos tivesse o previlégio de v ir ao B ra sil
ta v a aceitando im ig ran tes e o G overno C a­ como m issionário. V arias vêzes êle disse-
n adense tin h a re p re se n ta n te s ju sta m en te m e a respeito de su a v ida em C uritiba
n a s docas de Nova Y ork, oferecendo ao quando e ra rap a z, esta s lem b ran ças to r n a ­
povo “ te r ra liv re” no C a n a d á e n ã o era ra m -se m eu sonho tam b ém . M eu p ai n ão
necessário e sp erar n a fro n te ira , e o re su l­ viveu p a ra ver seu sonho realizado, porém
tad o foi, que eu n asci c ad an en se em lu g ar de u m a coisa estou certo, êle sabe.
de n o rte am ericano.
T ão logo, chegou M agnus e su a fam ília E sta h is tó ria d a conversão de m eus avós,
ao C an ad á, escreveu pedindo o envio de te m sida sem pre u m te ste m u n h o p a ra m im ,
m issionários afim de que êles pudessem ser e espero que alg u n s dos leitores de a “ A
batisados. É curioso n o ta r que n e n h u m a L ia h o n a ” possam fo rtific a r seus testem u n h o s
daquelas pessoas h a v ia visto sequer um com esta experiência.
m em bro d a Ig re ja . Os anos p a ssa ra m -se e
G o sta ria de fo rm u lar um pedido aos q u e­
n e n h u m m issionário apareceu.
ridos leitores: E u sei que te n h o alg u n s p a ­
Em 1918 os p rim eiros m issionários vieram
re n te s d ista n te s aqui no B rasil, esp ecial­
á sua casa, esse m esm o outono M agnus, sua
m en te em C u ritib a e R io de Ja n e iro , to d a ­
esposa e vários de seus filhos fo ram b a ti­
via n ão ten h o certeza de seus n o m es n em
sados, e n tre êles m eu pai. A lguns m eses
conheço seus endereços. Se souberem de
depois, de acôrdo com sua profecia, a g ran d e
alguém que possa te r relação com a F am ília
epidem ia veio e em Ja n e iro de 1919 m eu
avô e três de seus filhos m o rreram d en tro Isfeld, a p rec ia ria receber in fo rm açõ es por
de poucos dias. in term éd io d a C aixa P o sta l 862, São Paulo.

120 A LIA H O N A
Na I n t e r p r e t a ç ã o d a s L í n g u a s
Especialmente para os nossos leitores que Now, I faced a n au dience t h a t h a d as-
estudam inglês, apresentam os esta página. sem bled w ith u n u su a l ex pectations, a n d I
E se alguém quizer traduzi-la, oferecemos th e n realized, as never before, th e g re a t
um prêmio de um m eio-ano da A LIAHONA resp o n sab ility of m y Office. F ro m th e
para a melhor tradução recebida na reda­ d ep th of m y soul, I p ray ed for D ivine as-
ção antes do dia 1 de Julho, 1951. sistance.
W hen I arose to give m y address, I said
T estim ony of P re sid e n t D avid O. M cK ay,
to B ro th e r S tu a r t M eha, o u r in te rp re te r,
G iven in a n Illu stra te d L ectu re on H is W orld
th a t I w ould sp eak w ith o u t h is tra n sla tin g ,
to u r of th e M issions of th e C h u rch , a t S a lt
sen ten ce by sentence, w h a t I said, a n d th e n ,
Lake City, U ta h D ecem ber 25, 1934.
to th e au dience I co n tin u ed :
<► “ I wish, oh, how I w ish I h a d th e pow er
to speak to you in your own tongue, t h a t I
í | n e of th e m ost im p o rta n t events on my
m ig h t te ll you w h a t is in m y h e a rt; b u t
world to u r of th e m issions of th e
since I h a v e n o t th e gift, I pray , a n d I ask
C hurch w as th e g ift of in te rp re ta tio n of th e
you to p ray , t h a t you m ig h t h av e th e sp irit
English tongue given to th e sa in ts of New
of in te rp re ta tio n , of d iscern m ent, t h a t you
Z ealand, a t a ' session of th e ir conference,
m ay u n d e rs ta n d a t le a st th e sp irit w hile I
held on th e 23rd day of April, 1921, a t P u k e -
am speaking, a n d th e n , you will g et th e
tapu, H untly, W aikato.
w ords a n d th e th o u g h t w hen B ro th e r M eha
T he service w as h e ld in a larg e te n t, be-
in te rp re ts.”
n e a th th e shades of w hich h u n d re d s of e a r-
n est m en a n d w om en g a th e re d in anxious My serm on la ste d fo rty m in u tes a n d I
an ticip atio n of seeing a n d h e a rin g a n have n ev er ad d ressed a m o re a tte n tiv e , a
A postle of th e C hurch, th e firs t one to visit m ore resp e c tfu l audience. My listen ers were
th e ir land. in p erfect ra p p o rt — th is I knew w h en I
W hen I looked over th a t v a st assem blage saw te a rs in th e ir eyes. Som e of th e m a t
an d co n tem plated th e g re a t exp ectatio n s lea st p e rh a p s m o st of th em , w ho d id n o t
th a t filled th e h e a rts of ali w ho h a d m e t u n d e rs ta n d E nglish, h a d th e g ift of in te r­
together, I realized how in ad eq u a tely I p re tatio n .
m ig h t satisfy th e a rd e n t desires of th e ir B ro th e r S idney C hristie, a n a tiv e New
sould, an d I yearned, m ost earn estly , fo r th e Z ealander, w ho h a d been a stu d e n t a t th e
g ift of tongues t h a t I m ig h t be able to B rig h am Y oung U niversity, a t th e close of
speak to th e m in th e ir n ativ e language. m y address, w hispered to me, “ B ro th e r
ü n ti l t h a t m om ent I h a d n o t given m u ch M cK ay, th e y got your m essage.”
serious th o u g h t to th e g ift of tongues, b u t “ Y es,” I replied, “ I th in k so, b u t fo r th e
on t h a t occasion, I w ished w ith a li my ben efit of som e w ho m ay n o t h a v e u n d e r-
h e a rt, th a t I m ig h t be w o rth y of t h a t divine stood, we will h av e B ro th e r M eh a give a
power. synopsis of it in th e ir lan g u ag e .”
In o th e r m issions I h a d spoken th ro u g h
a n in te rp re te r, but, able as ali in te rp re te rs D u rin g th e tra n sla tio n , some of th e New
were, I, nevertheless, fé lt h am p ered , in fa c t, Z e alan d ers co rrected h im on som e points,
som ew hat in h ib ited , in p rese n tin g my show ing th a t th e y h a d a clea r conception
message. of w h a t h a d been said in E nglish.

e p o rta n to válido p a ra todo o m undo. As­


V O Z DO P R O F E T A sim seu nom e p assa a h istó ria ligado ao
(Continuação da 4 .a capa)
F in alm en te, este p ro feta do século d e­ dos p ro fe tas dos p rim eiro s dias, cujos n o ­
zenove deu a su a vida com um te stem u n h o m es e feito s glorificam as p ág in as das sa ­
da sua sinceridade — selado e certificado — g ra d a s escritu ras.
A VOZ DO PROFETA
Pelo Élder
ALMA SONNE C alou-se no mês de
Presidente das Missões Euro­ Junho, 1844
péias, assistente ao Conselho
dos 12 Apóstolos.

José S m ith, o P ro feta , e seu irm ão, H y- “ E n q u a n to que o pu ro de coração, o p ru -,


rum , S m ith, o P a tria rc a , fo ram assassinados d en te, o n o b re e o virtuoso p ro cu rarão ,
por desordeiros em 27 de Ju n h o de 1844. Foi co n sta n te m e n te, conselho, poder e bênçãos
um dia de triu n fo p a ra os seus inim igos. O de tu a s m ãos.
pecado tin h a se extrem ado. O golpe caiu “ E te u pôvo ja m a is v o lta rá co n tra ti
pesad am en te sobre am igos e discípulos. pelo teste m u n h o de tra id o re s” . (D. e C.
122:1-3)
M as quão pobre e v a sta foi a v itó ria! O E stas p ro féticas revelações fo ram feitas
P ro fe ta de D eus ain d a vive em poderosas n u m a ocasião em que êle estav a sendo d i­
m entes, desenvolvendo u m a in flu ên cia que fam ado, tra íd o e aprisionado. Cem anos
se estende m uito além dos lim ites d a esfera de in v estigação e d esapiedado criticism o
te rre n a . O seu nom e e stá sendo p ro c la m a ­ co n firm a ram a sua v eracidade. Como um
do em todo o m undo, como u m re s ta u ra d o r p ro feta de D eus êle fa la v a com u m a voa
da verdade divina. S uas p rofecias e rev e­ fo rte e c la ra ; êle via o fu tu ro como êle se
lações estão sendo con sid erad as esplendor d e sen ro laria d ia n te dos h o m en s e êle p ro ­
de conhecim ento avançad o e m o d ern a in s­ fe riu conselhos p a ra g u ia r e sa lv a g u a rd á-
tru ção C ertam en te que seu nom e está los em sua lu ta p a ra u m a v ida m elhor.
fixado n a s p ág in as da h istó ria. Êle e stá de E n q u an to viveu, m a rav ilh o u seus c o n tem ­
pé, orgulhoso e b rilh a n te , n u m m undo r e ­ p orâneos com ensinos que era m p ro fu n d a ­
ligioso dividido fo r fações que se e n fre n ­ m e n te co nstru tiv o s e que satisfaziam as
tam . Ele su rg irá cada vez m aio r no h o ri­ necessidades d a alm a. As m en tes m ais a -
zonte h u m an o áo p erp assa r dos anos. p u ra d a s fic aram p erp lex as e in trig a d a s a n te
A exatidão de suas persp ectiv as e a sa ­ su as dem onstrações de poder e liderança.
n id ad e de suas d o u trin a s estão sendo reco­ A sua m ensagem ao m undo tem a tra íd o
n hecidas e serão defend id as in te ira e com ­ e cativado h o m en s tem en tes a D eus e m u ­
pletam en te. O seu teste m u n h o n ã o pode lheres de fé, integros e in telig en tes, cu jas
ser an u lad o p elas declarações de traid o re s v id a s_ tê m refletid o o bras bôas e re a lisa -
e blasfem adores, n em pode ser desfeito p e­ ções ctignas. Q uando jovem êle ataco u ,
la calú n ia e velipêndio de fan á tic o s e zom - desarm ado, o poderoso e b rig u en to eclesi-
badores. asticism o de seus dias. Seus re p re se n ­
“ As ex trem idades da te r ra in d a g a rão do ta n te s re p lic a ra m com perseguição e rid í­
teu nom e, tólos ju lg a r-te -ã o m al e o in ­ culo. .E ra m as su as ú n icas resp o stas.
fern o en fu re c e r-se -a co n tra ti; C: (Continua na 3.a capat

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