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Relatório da 146?

Conferência Anual D ’A
Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
S erm õ es e p rocedim entos dos dias 3 , 4 e 6 de abril de 1976, no T abernáculo da P raça do
T em p lo , C idade do L a g o S a lg a d o , U tah .

O Senhor diz que E scritu ra é “ a von tad e . . . m en­ visões sublinham a atual ênfase das A utoridades
te . . p alav ra” e “ a voz do S enhor e o p o d e r de G erais no sentido de os m em bros se dedicarem
D eus p ara a salvação” . (D & C 68:4.) m ais energ icam en te em voltar “ os co raçõ es dos fi­
lhos aos pais” (Joseph Sm ith 2:38.) (Vide o texto
Os m em bros presentes à co nferência geral de abril com pleto das visões nas pp. 116, 117, 118.)
de 1976 tiveram a rara opo rtu n id ad e de apoiar e N a sessão vesp ertin a de sábado, o P residente N.
aprovar a ação da Prim eira Presidência e do C on­ Eldon T a n n e r, prim eiro conselheiro na Prim eira
selho dos D oze, que acrescentaram duas visões à
Presidência, a p resen to u a ação da P rim eira Presi­
Pérola de G ran d e Valor, aum entando, assim, o
d ência e do C onselho dos D oze a respeito das
contexto oficial das obras-padrão da Igreja.
duas visões a serem incluídas na P éro la da G ran d e
As duas referidas visões são a Visão do R eino C e­ Valor, solicitando aos líderes e m em bros presentes
lestial, d ad a ao P ro feta Joseph Sm ith em 1836, e a que a apoiassem a aprovassem . O P residente T an ­
Visão da R ed en ção dos M ortos, c o n ced id a ao n er ap resen to u ainda o nom e de q u a tro novos
P residente Joseph F. Sm ith, em 1918. A visão m em bros do Prim eiro Q uorum dos S eten ta — Él­
dada ao P rofeta Joseph Sm ith refere-se à salvação der C arlos E. Asay, de Provo, U tah; É lder M.
dos que m orrem sem o co n h ecim en to do E vange­ Russel B allard Jr., atu alm en te presidente d a M is­
lho, e a do P ro feta Joseph F. Sm ith diz respeito à são do Canadá-Toronto; Élder John H. G roberg, de
visita do Salvador ao m undo espiritual, no p eríodo Idaho Falls, Id ah o ; e É lder Ja c o b de Jag er, de Nij-
entre sua crucificação e ressurreição, e stab elecen ­ m agen, Países Baixos. Isto eleva o núm ero das
do a d o u trin a da red en ção dos m ortos. A m bas as A utoridades G erais p ara c in q ü e n ta e quatro.
LiãhÕnã
A PRIMEIRA PRESIDÊNCIA CONTRACAPA: Relatório da 146* Conferência Anual d’A Igreja de Jesus Cristo
Spencer W. Kimball dos Santos dos Últimos Dias.
N. Eldon Tanner
Marion G. Romney SESSÃO MATUTINA DE SÁBADO
3 A Pedra Cortada Sem Mãos Presidente Spencer W. Kimball
CONSELHO DOS DOZE 8 Madrugada de Desespero Manhã de Alegria Élder Thomas S. Monson
Ezra Taft Benson 10 Os Lamanitas Hão de Levantar-se em Majestade e Poder Élder J. Thomas Fyans
Mark E. Petersen 12 A Mensagem de Elias Élder Mark E. Petersen
Delbert L. Stapley
LeGrand Richards SESSÃO VESPERTINA DE SÁBADO
Howard W. Hunter
15 Relatório Estatístico de 1975
Gordon B. Hinckley
16 Ele E o Filho de Deus Élder David B. Haight
Thomas S. Monson 18 A Voz Mansa e Delicada Élder S. Dilworth Young
Boyd K. Packer 20 Vós Sois Vosso Maior Tesouro Élder John H. Vandenberg
Marvin J. Ashton 22 A Palavra de Sabedoria Élder Theodore M. Burton
Bruce R. McConkie 24 Crocodilos Espirituais Élder Boyd K. Packer
L. Tom Perry
David B. Hight
SESSÃO DO SACERDÓCIO
26 Autoridade e Poder do Sacerdócio Bispo H. Burke Peterson
COMITÊ DE SUPERVISÃO 29 “ Buscai Não as Riquezas, mas a Sabedoria” Élder Franklin D. Richards
Robert D. Hales 31 Uma Oportunidade Missionária Élder Carlos E. Asay
O. Leslie Stone 32 Aprender a Obedecer e Servir Élder M. Russel Ballard Jr.
David B. Haight 33 Ao Aceitar o Chamado Élder John H. Groberg
Howard W. Hunter 34 Proclamai-o do Alto dos Telhados Élder Jacob de Jager
35 Considerais vosso Sacerdócio um Direito Adquirido? Presidente N. Eldon Tanner
39 Os Rapazes Precisam de Heróis Junto de Si Presidente Spencer W. Kimball
EDITOR DAS REVISTAS DA IGREJA
Dean L. Larsen
SESSÃO MATUTINA DE DOMINGO

EXECUTIVO DO INTERNATIONAL 42 Se Servirem ao Deus da Terra Pres. N. Eldon Tanner


MAGAZINE 46 Comunicação Familiar Élder Marvin H. Ashton
Larry Hiller, Editor Gerente 49 “ Aí Estou Eu no Meio Deles” Élder Joseph B. Withlin
Carol Larsen, Editor Associado 51 Estas Quatro Coisas Élder Robert L. Simpson
Roger Gylling, Desenhista 54 Um Homem Honesto — a Mais Nobre Obra de Deus Élder Gordon B. Hinckley

EXECUTIVO DA “ A LIAHONA” SESSÃO VESPERTINA DE DOMINGO


José B. Puerta, Coordenador de Línguas 57 “ O Que o Homem Sem ear. . Élder L. Tom Perry
José G. F. da Silva Correspondente 59 Um Profeta Vivo Élder Loren C. Dunn
Moacir S. Lopes, Supervisor de Layout 61 Quem É Jesus? Élder Eldred G. Smith

REGISTRO: Está assentado no cadastro da DIVISÃO DE CENSURA DE DIVERSÕES PÚBLICAS, do D.P.F., sob o n* 1151-P
209/73 de acordo com as normas em vigor.
SUBSCRIÇÕES: Toda a correspondência sobre assinaturas deverá ser endereçada ao Departamento de Assinaturas, Caixa Postal
19079, São Paulo, SP. Preço da assinatura anual para o Brasil: Cr$ 20,00; para o exterior, simples: US$ 5,00; aérea: US$ 10,00. Pre­
ço do exemplar avulso em nossa agência: Cr$ 2,00; exemplar atrasado: Cr$ 2,50. As mudanças de endereço devem ser comunicadas
indicando-se o antigo e o novo endereço.
A LIAHONA —c 1976 pela Corporação da Presidência de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Todos os direitos
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trada sob o número 93 do livro B, n9 1, de Matrículas e Oficinas Impressoras de Jornais e Periódicos, conforme o Decreto n9 4857
de 9-11-1930. “ International Magazine” é publicado, sob outros títulos, também em alemão, chinês, coreano, dinamarquês, espa­
nhol, finlandês, francês, holandês, inglês, italiano, japonês, norueguês, samoano, sueco e tonganês.
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ção seguida por esta revista, reservamo-nos o direito de publicar somente os artigos solicitados pela redação. Não obstante, serão
bem-vindas todas as colaborações para apreciação da redação e da equipe internacional do “ International Magazine” . Colabora­
ções espontâneas e matérias dos correspondentes estarão sujeitas a adaptações editoriais.
1
63 Parentescos Élder William Grant Bangerter Participação Adicional —As orações nas
66 O Direito de Escolha Élder Henry D. Taylor sessões da conferência foram oferecidas
68 “ As Folhas da Figueira Estão Começando a Brotar” Élder Bernard P. Brockbank por: Sessão do bem-estar, sábado de
70 Reflexões Pascais Élder Delbert L. Stapley manhã —Irmão Agricol Lozano, repre­
sentante regional do Conselho dos Do­
ze, e Irmã Janath R. Cannon, primeira
SESSÃO MATUTINA DE TERÇA-FEIRA conselheira na presidência geral da So­
73 O Caminho da Vida Pres. Marion G. Romney ciedade de Socorro; sessão matutina de
76 O Valor das Sagradas Escrituras Élder LeGrand Richards sábado — Élder O. Leslie Stone e Élder
78 O Livro de Mórmon Élder James A. Cullimore James E. Faust, assistentes do Conselho
81 A Questão do Testemunho Pessoal Élder Joseph Anderson dos Doze; sessão vespertina de sábado
83 O Valor de um Povo Élder Charles A. Didier — Élder William H. Bennett, assistente
do Conselho dos Doze, e Élder A. Theo-
dore Tuttle, do Primeiro Conselho dos
SESSÃO VESPERTINA DE TERÇA-FEIRA Setenta; sessão do Sacerdócio, sábado à
85 Joseph Smith — O Grande Profeta da Restauração Élder Bruce R. McConkie noite — Élder Sterling W. Sill e Élder
88 Estamos Nós Seguindo o Modelo de Cristo? Élder William R. Bradford Marion D. Hanks, assistentes do Conse­
90 A bênção de Se Construir um Templo Élder Adney Y. Komatsu lho dos Doze; sessão matutina de do­
92 És Tu um Membro Missionário? Élder Gene R. Cook mingo — Élder Paul H. Dunn, e Élder
94 Para Que Sejamos Um Élder Howard W. Hunter Hartmann Rector Jr., do Primeiro Con­
96 Em Busca de Riquezas Eternas Presidente Spencer W. Kimball selho dos Setenta; sessão vespertina de
domingo — Élder Rex D. Pinegar, do
Primeiro Conselho dos Setenta, e Irmão
SESSÃO DO BEM-ESTAR Antonio C. de Camargo, representante
99 A Igreja e a Família nos Serviços do Bem-Estar Bispo Victor L. Brown regional do Conselho dos Doze; sessão
102 Sistema de Emprego da Igreja Bispo H. Burke Peterson matutina de terça-feira — Bispo Victor
105 Armazenamento de Gêneros Alimentícios Bispo Vaughn J. Featherstone L. Brown, bispo presidente da Igreja, e
107 Ensinar Auto-Suficiência às Mulheres SUD Irmã Barbara B. Smith Élder Robert D. Hales, assistente do
109 Princípios Básicos dos Serviços de Bem-Estar da Igreja Pres. Marion G. Romney Conselho dos Doze; sessão vespertina
112 Preparação Familiar Presidente Spencer W. Kimball de terça-feira — Bispo Vaughn J.
115 Texto Escriturístico das Visões Acrescentadas à Pérola de Grande Valor Featherstone, segundo conselheiro no
118 Pensamentos de Conferência Bispado Presidente, e Irmão Paul C.
119 Eu Resolvi Presidente Spencer W. Kimball Andrus, representante regional do Con­
120 Autoridades Gerais da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias selho dos Doze.
122 Anúncio de Quatro Novas Autoridades Capa: Reprodução de uma pintura ori­
124 Só Para Divertir ginal de Grant Romney Clawson, ex­
posta como mural no Centro de Visitan­
tes da Praça do Templo.

125 Perfil de um Lider José B. Puerta


126 Sigam-me “ Eu vos farei Pescadores de Homens” José Glaiton F. da Silva
127 O Ramo de Jaçanã Inaugura Sua Nova Capela José G laiton F. da Silva
128 Notícia Sobre o Templo José G. F. Silva O material fotográfico deste número foi
129 Conferência Geral da Estaca Campinas, Brasil José G laiton F. da Silva fornecido por membros do Departa­
mento Fotográfico da Igreja: Eldon K.
Linschoten, Longin Lonczyna Jr., Mari-
lyn Erd, Jed A. Clark, Craig L. Law.

ORADORES Featherstone, Vaughn J., p. 105 Richards, LeGrand, p. 76


Anderson, Joseph, p. 81 Fyans, J. Thomas, p. 10 Romney, Marion G., pp. 73, 109
Asay, Carlos E., p. 31 Groberg, John H., p. 33 Simpson, Robert L., p. 51
Ashton, Marvin J., p. 46 Haight, David B., p. 16 Smith, Barbara B., p. 107
Ballard, M. Russel, Jr., p. 32 Hinckley, Gordon B., p. 54 Smith, Eldred G., p. 61
Bangerter, W. Grant, p. 63 Hunter, Howard W., p. 94 Stapley, Delbert L., p. 70
Bradford, William R., p. 88 Kimball, Spencer W., pp. 3, 39, 96, 112 Tanner, N. Eldon, pp. 35, 42
Brockbank, Bernard P., p. 68 Komatsu, Adney Y., p. 90 Taylor, Henry D., p. 66
Brown, Victor L., p. 99 McConkie, Bruce R., p. 85 Vandenberg, John H., p. 20
Burton, Theodore M., p. 22 Monson, Thomas S., p. 8 Wirthlin, Joseph B., p. 49
Cook, Gene R., p. 92 Packer, Boyd K., p. 24 Young, S. Dilworth, p. 18
Cullimore, James A., p. 78 Perry, L. Tom, p. 57
de Jager, Jacob, p. 34 Petersen, Mark E., p. 12
Didier, Charles A., p. 83 Peterson, H. Burke, p. 102
Dunn, Loren C., p. 59 Richards, Franklin D. p. 29
2 A LIAHONA
Sessão m atu tin a de sáb ad o , 3 de abril de 1976 crescido b a sta n te , e com os dezes­
seis tem plos em fun cio n am en to , a
o b ra co n tin u a a p lena força, ten d o
A Pedra sido a n u n cia d a a c o n stru çã o de
m ais três: em São P aulo, B rasil; T ó ­
quio, Ja p ã o ; e S eattle, W ashington.

Cortada sem E dificarem os m ais o u tro s tem plos,


p a ra que prossiga o g ran d e trab alh o
p ara os vivos e pelos m ortos.

Mãos Som os m uito grato s pela ex celen­


te re a ç ã o p o r p arte do povo d a Ig re­
ja à nossa in stân cia de que cultivas­
P r e s id e n te S p e n c e r W . K im b a ll sem h o rtas e p o m ares, lim passem e
Em cum prim ento da profecia de D a n ie l, o E vangelho está -se propagan­ em belezassem suas p ro p ried ad es.
do, para encher a terra inteira. P o r to d a p a rte , estam os vendo
quintais com belas h o rtas, algum as
ferên cias p a ra que os san to s pu d es­ fileiras de m ilho, um p o u co de c e ­
sem c o n h e c e r as A u to rid ad e s G e ­ nouras, b a tata s, cebolas, ab ó bora.
rais, te r o p o rtu n id a d e de v o ta r a E m certo s lugares, ja rd in s cederam
resp eito de seus líderes e ouvir ser­ lu gar a h o rta s ou dividem o espaço.
m ões de altas a u to rid a d e s d a Igreja. O u tro asp ecto louvável do culti­
F om os m uito bem receb id o s e vo de h o rta s é o in tercâm b io de
tra ta d o s, v o lta n d o de lá m uito afei­ p ro d u to s en tre vizinhos, p ro m o v en ­
ço ad o s à q u ela b o a gen te d a região do c am arad ag em e boa vizinhança.
sul. Se to d a fam ília tivesse um a h orta,
H á de interessar-vos sab er que a e as d a z o n a ru ral além d a h o rta um
Ig re ja e stá c resce n d o rap id am en te p eq u en o p o m a r, u m a v aca e gali­
em n u m ero so s países estrangeiros, nhas, é assom broso q u ã o auto-
bem com o em nossa p ró p ria terra. suficientes seriam no asp ecto ali­
A g o ra tem os m em bros d a Igreja m entar.
em sessenta e seis países, na m aioria C rem os no ben efício do tra b alh o
d o s q u a is e sta m o s p re g a n d o o p a ra nós p ró p rio s e nossos filhos.
E vangelho. T em os vinte e três mil e N os p ro jeto s do b em -estar, co n tri­
ta n to s m issionários, dos quais aci­ buím os com horas d e tra b alh o , a
eus queridos irmãos, aqui es­

M m a de dois mil são rap azes e m oças fim de satisfazer nossas n ecessida­
tam os mais um a vez neste locais, p re g an d o o E vangelho em des de p ro d u çã o . D everíam os ensi­
h istórico T ab ern ácu lo da sua p ró p ria te rra . nar nossos filhos a tra b a lh a r, e eles
Praça do Tem plo, na Cidade do Lago Q u an d o , em 1938, fui feito p resi­ deveriam a p re n d e r a c o m p artilh ar
Salgado, a fim de considerarmos d e n te de e staca, esta era a 124» do as resp o n sab ilid ad es dom ésticas.
assuntos im portantes p ara o m undo, m u n d o , e n q u a n to ag o ra tem o s sete- D evem ser e n ca rreg ad o s de c o n ser­
para os m em bros, para nós próprios. c en tas e c in q ü e n ta ; e c o n tra as vin­ var a casa lim pa e em o rd em , m es­
Os últim os m eses foram b astan te te e p o u cas m issões que tínham os m o que seja m o d esta. A s crianças
interessan tes p a ra nós. q u a n d o fui m issionário, agora te ­ po d em ser e n c arreg ad a s tam b ém de
D u ran te o m ês de fevereiro e p ri­ m os c e n to e trin ta e q u a tro . cu id ar d a h o rta, e isto será bem m e­
m eiros dias de m arço , visitam os os G ra n d e p arte do im enso m undo lh o r p a ra elas do que ficar horas
países e ilhas d o P acífico Sul. U m a q u e h ab itam o s está c o b e rto p o r dian te d a televisão.
gran d e co m itiva de re p re se n ta n tes co n g reg açõ es nossas na A m é rica do T em p o livre em excesso deixa as
d a Igreja, in teg rad a p o r alguns dos Sul, no O rien te, M ares do Sul, Á fri­ crian ças en ted iad as, e é natu ral que
irm ãos de m aior a u to rid a d e , dirigi- c a do Sul, E u ro p a e m uitos o u tro s q u eiram m ais e m ais das coisas ca­
ram -se ao H em isfério M erid io n al, a lugares. A n u alm e n te, m uitas d ez e­ ras p a ra sua re c re a ç ã o . T em os que
fim de passar alguns dias com as nas de m ilhares d e pessoas des­ em p resta r dignidade ao trab alh o ,
progressivas e flo rescen tes co m u n i­ co b rem que o E vangelho satisfaz co m p artilh a n d o as resp o nsabilida­
dades do P acífico Sul. suas n ecessidades espirituais, e c o n ­ des d a casa e do quintal.
Em virtude de a m aior p arte dos seguim os c o n v e rte r g ran d e n úm ero D e um gu ard a-flo restal, re c e b e ­
cem mil m em bros dos M ares d o Sul de pessoas. m os esta carta:
não te r co n d içõ es de algum a vez vir N ossas a u to rid a d e s gerais viajam “ Em um dia, q u in h en to s de seus
à C idade do Lago Salgado, p ara c o n sta n tem en te pelo m u n d o e d e d i­ jo v en s ad u lto s rec o lh eram lixo, p e­
um a c o n ferên cia geral, resolvem os cam suas energias p ro c u ra n d o levar dras, en tu lh o , e p in taram m ais de
levar-lhes um a c o n fe rê n cia de área. às novas área s e povos o tre in a m e n ­ q u a tro c e n ta s m esas, p o ntes e sani­
Assim , na N o v a Z elân d ia, em três to e e n sin am en to s necessários aos tário s de ac am p a m en to s e locais de
cidades d a A u strália, em S am oa, m em b ro s re c e n te s d a Igreja. piq u en iq u e. V inte e sete estacas
T onga, Fiji e T aiti, realizam os c o n ­ N osso tra b a lh o pelos m ortos tem p a rticip a ram desse p ro je to . Foi um

AGOSTO DE 1976 3
sucesso m o n u m en tal. O en tu sias­ a n u alm en te tra p o s suficientes para divórcio foi irresponsabilidade fi­
m o, vitalidade e esp írito de d e d ic a ­ c o m p ra r os livros esco lares p ara n an ceira p o r p arte do m arido, e m á
ção d e m o n stra d o s p o r esse lab o rio ­ seus filhos e ain d a m ais. adm in istração p e c u n iá ria d a p arte
so g ru p o de jo v en s, é um exem plo Se quiserdes ficar ricos, p o upai o de am bos, m arido e m ulher. A re ­
das m elh o res trad içõ es e en sin a­ q u e ten d es. U m to lo po d e g an h ar q u ere n te d e c la ra não te r co n h eci­
m entos d a Igreja de Jesus C risto d in h eiro ; m as é preciso um hom em m en to de n en h u m a infidelidade por
dos Santos dos Ú ltim os D ias.” sábio p a ra sab er p o u p a r e aplicá-lo p a rte do m arido. Ele afirm a en fati­
É assom broso o q u a n to nossa ju ­ em seu p ró p rio benefício. c am en te que n u n c a foi infiel à espo­
v en tu d e consegue fazer, q u an d o “ C onvém que cu idem os m uito sa d u ra n te seu c a sa m e n to .”
bem dirigida e o rien tad a. bem das b ên ção s que D eus nos c o n ­ N o e n ta n to , e n c o n tra ram ta m a ­
D iz ia o P r e s id e n te B rig h a m ced e; do c o n trário , estarem os' re ­ n h a dificu ld ad e em arranjar-se fi­
Y oung: nu n cian d o à h e ra n ç a de p o d e r e n a n c eira m en te, que decidiram te r­
“ M in h a fé n ão m e leva a p en sar g lória que D eus nos d estinou. É m inar o casam en to . Eis um a fam ília
que o S en h o r nos p ro v e rá de leitão através de nosso p ró p rio cu idado, que p o d e ria e sta r ainda in tac ta e fe­
assado, p ão já a m a n teig ad o e tc .; ele frugalidade e o bom senso que liz um com ou o u tro , não fora pela
nos d a rá a c a p a c id ad e de cu ltiv ar o D eus nos deus que nos h ab ilita a falta de um o rç a m e n to c u id ad o sa­
cereal, de o b te r os fru to s d a te rra , p re se rv ar nosso grão, nossos re b a ­ m ente elab o ra d o e cu id adosam ente
de c o n stru ir h a b itaçõ es, de co n se­ nhos e m an ad as, esposas e filhos, o b ed ecido.
guir algum as tá b u a s p a ra fazer um casas e terras, au m e n tan d o -o s, o b ­ N a últim a co n ferên cia , falam os a
caix o te; e q u a n d o ch e g a r a co lh ei­ te n d o c o n tin u am en te m ais p o d e r e respeito de um o rç a m e n to bem pla­
ta, d an d o -n o s os grãos, devem os in fluência p a ra nós, in d ividualm en­ n ejado p a ra ca d a fam ília, o qual vos
preservá-los - p o u p em o s o trigo até te, e p a ra o R eino de D eus com o p o u p a rá m uitas discussões fam ilia­
term o s provisões p a ra um , dois, cin ­ um to d o .” (D iscourses of Brigham res e m uitos desen ten d im en to s.
co ou sete anos, até o povo disp o r Young, D esere t B ook, ed. 1966, pp. “ E p o r que m e cham ais Senhor,
de reserv as de p ão suficiente p a ra 291-92). S enhor, e não fazeis o que eu di­
su sten to p ró p rio e d aq u eles que C om re sp e ito a dívidas, disse go?” (L ucas 6:46).
aqui virão em b u sca d e seg u ran ­ B righam Y oung; E sta, um a p e rg u n ta do próprio
ç a ... “ Pagai vossas dívidas, nós vos S enhor, é e x tre m am e n te forte e im ­
“ Q ue n ão se d e sp erd ice n a d a ” , aju d arem o s a fazê-lo, m as não c o n ­ p o rta n te p a ra nós.
aco n selh av a ele. “ Levai as coisas tra í m ais nenhum a. A lguns talvez se adm irem por
com calm a, reco lh ei tu d o , não d e s­ “ Sede p o n tu a is em to d as as co i­ que as A u to rid a d es G erais falem
p e rd iç a n d o n a d a . . . sas, p a rtic u la rm e n te em saldar vos­ das m esm as coisas, co n ferên cia
“ Sede p ru d en tes, p o u p ai to d as as sas dívidas.” (D iscourses, p. 303). após c o n ferên cia. A o estu d ar os
coisas, e o que tiv erd es em excesso, N ós costu m áv am o s p re g a r m uito p ro n u n c iam en to s dos pro fetas a tra ­
pedi a vossos vizinhos q u e vos aju ­ a respeito do p ag a m e n to de dívidas, vés dos séculos, suas norm as tor-
dem a consum ir. m as hoje chegam os a u m a situação nam -se p erfeitam en te claras. Nós
“ N u n c a consid ereis te r p ã o sufi­ em que som os in cen tiv ad o s a gas­ p ro cu ram o s, segundo as palavras de
cien te p a ra p erm itir que vossos fi­ ta r, a co m p ra r a prazo , a co m p rar A lm a, en sin ar ao povo “ um a aver­
lhos d esp erd icem u m a c ro sta ou com a n te c ip a ç ã o — p a ra p ag a r no são e te rn a c o n tra o p e ca d o e a ini­
m iolo dele. O h o m em d o n o de m i­ ano que vem . q ü id ad e” . P regam os “ o a rre p e n d i­
lhões de alq u eires de trigo e m ilho Em 1830, o S en h o r d eu um a rev e­ m en to e a fé no S enhor Jesus C ris­
n ão é b a sta n te rico p a ra p erm itir lação a M artin H arris: “ Paga o que to ” . (A lm a 37:32,33.) Louvam os a
que sua em p re g a d a jo g u e um único deves ao tipógrafo. D esem b araça- hum ildade. P ro cu ram o s ensinar o
grão no fogo; q u e seja ap ro v eitad o te de o b rig a çõ e s.” (D & C 19:35) povo a resistir “ a to d as as ten taçõ es
p a ra algum a coisa e volte n o v am en ­ “ O hom em que não q u e r pagar d o dem ô n io com sua fé no Senhor
te à te rra , cu m p rin d o o p ro p ó sito h o n e stam en te suas dívidas não é Jesus C risto ” . (A lm a 37:33.) E nsina­
p a ra o qual nasceu. L em brai-vos de um santo dos últim os dias, se tiver m os nosso povo a “ n u n c a se can sa­
não d e sp e rd iç a r n ad a, m as cu id ar os m eios de fazê-lo. rem de boas o b ra s” . (A lm a 37:34.)
de to d as as coisas. “ É m uito e rra d o , e rra d o m esm o, P ro fetas dizem as m esm as coisas,
“ N ã o existe n e sta cid ad e um a e m p restar de um inim igo e não p o rq u e en fren ta m o s basicam ente
fam ília de duas, três, q u a tro ou cin ­ reem bolsá-lo; fazer isto é indigno os m esm os problem as. Irm ãos, a so­
co pessoas, q u e não possa e c o n o m i­ d o c a rá te r de q u a lq u e r ser h u m ano; lu ção desses p roblem as não m udou.
zar o b astan te de sua m esa, d o q u e é m as to d o s os que em p restam de um S eria p o u co p ro v eitoso o farol que
d e sp e rd iç a d o pelos filhos e tem que am igo, e p a rtic u la rm e n te do p o b re, em itisse um sinal d iferen te p a ra
ser jo g a d o no fogo e v arrid o pela se não o reem b o lsarem , são indig­ guiar cad a navio a e n tra r no porto.
p o rta , p a ra alim en tar um p o rc o que nos d a associação dos san to s.” (D is­ S eria um m au guia aquele que, co ­
lhes fo rn e c e rá carn e suficiente p a ra courses, pp. 303-4). n h e ce n d o o cam in h o seguro p a ra
o an o todo,, ou p elo m enos, a que N u m a c a rta re fe re n te a um a libe­ subir a m o n ta n h a, conduzisse as
deveriam ingerir. ra ç ã o de divórcio, co n stav a o se­ pessoas en treg u es aos seus cuidados
“ M esm o n a casa d a fam ília m ais guinte: p o r sendas im previsíveis e perigo­
p o b re d e sta c o m u n id ad e, aven tu ro - sas, das quais ninguém reto rn o u .
m e a a firm a r q u e d e s p e rd iç a m “ A p a re n te m e n te a cau sa deste Sinto-m e hoje p artic u larm en te

4 A LIAHONA
im pelido a co n v id ar os povos de que se alega sucessora dos que lheita te rm in ad o e vossas alm as não
to d a p arte a que investiguem o co m p artilh aram o m inistério te rre ­ estarão salvas.
E vangelho R e sta u ra d o de Jesus no de C risto; tam p o u c o é um a reli­ “ Ouvi àquele que é o advogado
C risto com suas d o u trin as de salva­ gião p ro te sta n te. Ela é a rrestau ra- ju n to ao Pai, e que está p leiteando a
ção e exaltação. ção divina do reino te rre n o de C ris­ vossa cau sa p erante ele — . . .
A tod o s os que ouvem m in h a voz to , org anizada ex atam en te com o a “ E assim tam bém m a n d e i. ao
hoje, eu p ro clam o com to d a singe­ sua igreja prim itiva, com “ a p ó sto ­ m undo o m eu e te rn o convênio,
leza e v eracid ad e que a Ig reja de J e ­ los, pro fetas, pastores, m estres, p a ra ser um a luz p ara o m undo,
sus C risto dos Santos dos Ú ltim os evangelistas, e tc .” (6? R egra de Fé). para ser um padrão, para o m eu p o ­
D ias é literalm en te o rein o a u to ri­ Em vosso estudo da Igreja re sta u ­ vo, p a ra que os gentios o p ro c u ra s­
zado de D eus n a te rra atu alm en te. rad a, e n co n trareis nela os divina­ sem e p a ra que seja um m ensageiro
O M estre e Salvador, o p ró p rio m ente restau rad o s pod eres e a u to ri­ diante de m in h a face e prep are o
dades do S anto S acerdócio. Por cam inho dian te d e mim.
S enh o r Jesus C risto, e stá à te sta
desta Igreja em to d a sua m ajestade esta divina au to rid ad e , e não h á o u ­ P o rta n to , e n tra i n ele, e com
tro m eio, são realizadas as o rd e n a n ­ quem vier, eu raciocinarei com o
e glória, dirigindo os negócios dela
ças salvadoras do E vangelho e to r­ com os hom ens em dias passados, e
través de seus p ro fetas e apóstolos
nam -se válidas p a ra o tem p o e to d a vos m o strarei o meu forte racio cí­
divinam ente in dicados e apoiados.
a etern id ad e. Isto testifico a todos n io .” (D & C 45:1-3,9-10.)
C om o um dos m ais hum ildes d e ­
vós que ouvis a m inha voz. E sta é a Igreja R e stau rad a. Este é
les, ergo m inha voz dos to p o s destas
D e s c o b rire is q u e o c h a m a d o o rein o de D eus na te rra , pois foi
belas m o n tan h as, p a ra p ro clam ar
m orm onism o é um a igreja flores­ C risto quem o organizou.
que esta Ig reja de Jesus C risto, ge­
cen te, v ibrante, dinâm ica e desafia­ P or c erto vos lem brais do inci­
ralm en te ch a m a d a de “ m orm onis-
do ra, na v erdade um m odo de viver d ente dos prim órdios da história,
m o ” , é o p o d e r de D eus p a ra a sal­
que afeta to d o s os cam inhos da vi­ q u a n d o e la esta v a -se in ic ia n d o .
vação.
da, cad a fa ce ta da vida. Essa im p o rtan te ép o ca da história
Prom eto-vos em v erd ad e que um
Som os um a igreja proselitista por passou-se som ente uns seiscentos
dos m ais im p o rtan tes dias de vossa
m an d am en to divino. H oje em dia ou setec en to s anos antes de C risto,
vida será aqu ele em que d ecid ird es
tem os espalhados pelo m undo m ais e o S enhor achou p o r bem revelar,
investigar o E vangelho R estau rad o .
de vinte e trê s mil m issionários que de m aneira um tan to incom um , o
Essa d ecisão vos d e sv en d ará vas­
co n trib u em abn eg ad am en te d e seu que estava p o r a co n tecer.
tos p an o ram as de v erd ad es rev ela­
tem p o , m eios e talen to s p ara difun­ N a b u c o d o n o so r, o rei da B abilô­
das do E vangelho e inú m ero s cam i­
d ir a m ensagem d a R estauração. nia, sitiara e v e n ce ra Jerusalém , le­
nhos pelos quais p o d e rã o ch e g a r à
Eles se en co n tra m na m aior p arte vando cativo seu povo. E n tre os p ri­
espiritu alid ad e, a m o r e paz.
dos países do m undo livre. A m en ­ sioneiros estavam D aniel e seus ir­
Entendereis m elhor vosso relacio­ sagem deles destina-se à h u m an id a­ m ãos. Eles foram fiéis aos seus p a­
n am ento com a D eidade. E n co n tra- de in teira em to d a a p arte - ao drõ es e recu saram -se a b e b e r com o
reis a resp o sta p a ra as im p o rtan tes m undo c ató lico , aos p ro testan te s, a rei e seus súditos.
p erg u n tas de onde viestes, p o r que to d o ch am ad o m undo cristão; ao “ E em to d a a m atéria de sab ed o ­
estais aqui e p a ra onde ireis. m undo dos hindus, budistas, m u çu l­ ria e inteligência, sobre que o rei
O batism o na a u tê n tic a igreja de m anos, ju d e u s, xintoístas, aos segui­ lhes fez perg u n tas, os a ch o u dez ve­
C risto p o r p essoa devid am en te a u ­ dores de C onfúcio — a to dos os p o ­ zes m ais do u to s do que to dos os m a­
to rizad a abre as p o rtas p a ra a exal­ vos de to d as as raças e credos. gos ou astrólogos que havia em
ta çã o nos reinos ete rn o s de glória; Solicitam os a to d o s que dêem o u ­ to d o o seu re in o .” (D an . 1:20.)
exaltação esta a ser g an h a pelo a r­ vidos à m ensagem dos m issionários
N a b u c o d o n o so r teve um sonho
rep en d im en to , p o r u m a vida ju sta, SU D . N en h u m a m ensagem que po-
q ue quis fosse rep ro d u zid o e depois
g u ard an d o os m an d am en to s do Se­ dereis o u vir e x ercerá m aior im p ac­
in te rp re ta d o pelos seus m agos, as­
nhor, e pelo serviço aos seus sem e­ to p a ra b en eficiar vossas vidas, ta n ­
to aqui com o no além . tró logos e e n ca n ta d o res. A penali­
lhantes. d ad e p a ra os que não conseguissem
O E vangelho de Jesus C risto é As reco m p en sas p a ra os honestos
de c o ra ç ã o q u e buscam a verdade c o n ta r e in te rp re ta r o sonho e ra a
para to d o o m undo e p a ra todos os se n ten ça de m o rte. Eles p ro c u ra ­
povos. N ós proclam am o s a p a te rn i­ são inestim áveis.
D isse o Senhor: “ A ten tai, ó p o ­ ram g a n h a r te m p o , a fim de co n ­
dade de D eus e a fratern id ad e de
vo . . . a quem o reino foi dad o ; v en c er o rei d e que não havia ho­
to d o o g ên ero hum ano. P ro clam a­
"atentai e dai ouvidos àq u ele q u e es­ m em vivente capaz de sab er o so­
m os a filiação divina de Jesu s C risto
ta b e le c eu o fu n d am en to da te rra , nho e sua in te rp re ta ç ã o .
a quem crucificaram , que seu sa­
que fez os céus e to d as as suas hos­ F u rioso, N a b u c o d o n o so r o rd e ­
crifício divino foi um resgate p a ra a
tes, e p o r quem foram feitas todas nou a m o rte dos sábios d a B abilô­
hum anidade inteira. P restam os te s­
as coisas q u e vivem , se m ovem e nia.
tem u n h o de sua ressu rreição e de
têm ser. D aniel, o inspirado, pediu ao rei
que ele vive hoje, p o stad o à m ão d i­
q ue lhe conced esse algum tem po e,
reita de D eus, a fim de dirigir os n e­ “ E novam ente digo, a te n ta i para
ele, D an iel, in te rp re ta ria o sonho. E
gócios de seu reino terren o . a m inha voz, se não a m orte vos
depois diz:
A o investigardes a Igreja de Jesus a p a n h a rá ; n u m a h o ra em q u e não
C risto, vereis não ser um a religião sabeis, o verão te rá passado, a c o ­ “ E e n tão foi rev elad o o segredo a
AGOSTO DE 1976 5
C om a h istó ria do m u n d o resum i­
d a m e n te d elin ea d a, ag o ra seguia-se
a v e rd a d e ira rev elação . D isse D a ­
niel:
“ M as, nos dias destes reis, (isto é,
o g ru p o de n ações eu ropéias) o
D eus d o céu le v a n ta rá um reino
q ue n ão será jam ais d estru íd o ; e
este rein o não p assará a o u tro povo;
esm iu ç ará e co n su m irá to d o s estes
reinos, e será e stab elec id o para
sem pre.
“ D a m an e ira com o viste que do
m onte foi c o rta d a um a p ed ra, sem
m ãos, e ela esm iuçou o ferro, o
co b re, o b arro , a p ra ta e o o uro, o
D eus g ran d e fez sa b er ao rei o que
h á de ser d epois disto; e c e rto é o
so n h o , e fiel a sua in te rp re ta ç ã o .”
(D an . 2:44-45.)
E sta é a rev ela ção c o n c ern en te à
h istória d o m undo, q u a n d o um p o ­
d e r m undial iria su p lan tan d o o u tro ,
até existirem nu m ero so s reinos m e­
n o res c o m p a rtilh a n d o o dom ínio da
Foto informal do Presidente Kimball
te rra .
D aniel n u m a visão de noite: en tão 2:28.) E e ra nos dias desses reis que o
D aniel louvou o D eu s d o c é u .” E xplicou que o sonho do rei fo ra p o d e r não m ais seria d a d o aos ho­
(D an. 2:19.) um re tra to d a h istó ria do m undo. m ens, m as o D eus dos céus e sta b e ­
Seguiu-se a visão d a g ran d e e stá tu a lec eria um reino — o rein o de D eus
E D aniel, o insp irad o , louvou ao
com c a b e ç a de o u ro fino, p eito e n a te rra , o qual ja m a is seria d estru í­
Senhor, dizendo: do nem en tre g u e a o u tro povo.
b ra ço s de p ra ta , v en tre e coxas de
“ Seja b en d ito o nom e de D eus
co b re, p ern a s de ferro , e pés, p arte A Ig re ja de Jesu s C risto dos San­
p a ra to d o o sem p re, p o rq u e dele é a
de ferro e p a rte de b arro . D epois a tos dos Ú ltim os D ias foi resta u ra d a
sab ed o ria e a fo rça;
rev ela ção prossegue: em 1830, após n u m erosas rev ela­
“ Ele m u d a os te m p o s e as h o ras; “ E stavas v en d o isto q u a n d o um a ções de fo n te divina; e este é o re i­
ele rem ove os reis e e sta b e le c e os p e d ra foi c o rta d a , sem m ão, a qual no indestrutível e insuplantável es­
reis; ele d á sab ed o ria aos sábios e feriu a e stá tu a nos pés de ferro e de tab e le c id o pelo D eus dos céus, e a
ciên cia aos en ten d id o s. b a rro , e os e sm iu ço u .” (D an 2:34.) p e d ra c o rta d a d a m o n ta n h a, sem
“ Ele revela o p ro fu n d o e o es­ E os vários m ateriais que c o m p u ­ m ãos, que se to rn a ria um grande
condido: co n h e c e o q u e e stá em n h am a e stá tu a se frag m en taram e m o n te e e n c h e ria a te rra inteira.
trev as e com ele m o ra a luz. “ se fizeram co m o a p rag an a das ei- A h istó ria viu os p o d ere s m un­
“ Ó D eu s de m eus pais, eu te lo u ­ ras no estio, e o v en to os le v o u ” . O diais surgindo e d e sp a re c en d o d e ­
vo e cele b ro , p o rq u e m e d este sab e­ v en to levou a m atéria d estru íd a, pois de g o v ern arem o m undo por
d o ria e fo rç a ; e ag o ra me fizeste sa­ “ m as a p e d ra que feriu a está tu a , se p o u c o te m p o , m as no princípio do
b e r o que te p e d im o s . . ( Da n fez um g ra n d e m o n te e en c h eu to d a século dezen o v e era cheg ad o o dia.
2:20-23.) a te r ra .” (D an 2:35.) Um novo m u ndo, a A m érica, havia
E aí, c o n h e c e n d o o fu tu ro p o r re ­ D aí seguiu-se a in te rp re ta çã o . sido d e sc o b e rto , co lonizado e e sta ­
v elação, D an iel in te rc e d e u p ela N a b u c o d o n o so r e n c a rn a v a o rei va sendo p o v oado. C onseguira a in­
vida dos m agos e A strólogos. L eva­ dos reis, o p o d e r m undial, re p re se n ­ d e p e n d ê n c ia e u m a co n stitu ição
do à p re se n ç a do rei, este p e rg u n ­ ta d o p ela c a b e ç a de o uro. que g a ra n tia a lib erd ad e aos h o ­
tou: O u tro reino surgiria e to m a ria o m ens; o povo estava a g o ra e sclare­
“ Podes tu fazer-m e sa b e r o sonho d o m ínio do m undo cido, p e rm itin d o , assim , que fosse
que vi e a su a in te rp re ta ç ã o ? ” (D a ­ A in te rp re ta ç ã o incluiu o d o m í­ estab e le c id a e reinasse a verdade.
niel 2:26.) nio de o u tro s reinos. C iro, o G ra n ­ N en h u m rei ou g ru p o de g o ver­
D an iel re sp o n d e u q u e o segredo d e, com seus m edos e p ersas, seria nan tes p o d e ria p rev er o d esen ro lar
d o rei n ã o p o d e ria ser in te rp re ta d o s u p lan ta d o pelo rein o m aced ô n io d a histó ria; p o rém o jovem , p u ro e
pelos sábios, astró lo g o s, m agos e o u grego sob Filipe e A lex an d re digno P ro feta D aniel p ô d e re c e b e r
adivinhos do rei: M agno; e estes seriam do m in ad o s um a re v ela ção de D eus.
“ M as há um D eu s nos céu s, o pelo Im p ério R o m an o ; e R o m a te ­ T al d esv en d am en to d a história do
q ual rev ela os seg red o s; ele . . . fez ria seu lu gar to m a d o p o r um p u n h a ­ m undo tin h a um p ro p ó sito — que os
sa b e r ao rei N a b u c o d o n o so r o que d o de n açõ es E u ro p éias re p re se n ta ­ h o n e s to s d e c o ra ç ã o p u d e sse m
h á de ser no fim dos dias . . ( Da n das pelos dedos dos pés. a g u a rd a r ansio sam en te seu estabe
6 A LIAHONA
lecim en to , e n u m ero so s h o m en s e ch e g a d o o te m p o . As con d içõ es a d ian te até e n c h e r to d a a terra .
m ulheres de b em , c o n h e c e n d o as eram p ro p ícias; m u ita gen te estav a O p e q u e n o re in o ia e n fre n ta r dias
revelaçõ es de D eu s e as p e rsp e c ti­ p ro n ta p a ra re c e b e r a v erd ad e em difíceis. P ro fetas foram assassina­
vas fu tu ras, tê m a g u a rd a d o ansio sa­ sua p len itu d e. dos. P erseg u içõ es e pressões afligi­
m ente esse dia. Em rá p id a sucessão, a p a re c e ra m ram a p e q u e n a igreja que crescia
Ele raio u de m a n e ira reg u lar, o u tro s visitantes. P e d ro , T iago e rap id a m e n te . P o r re v elação , foi o r­
norm al. U m in sp irad o g a ro to de c a ­ Jo ã o - os últim os ho m en s a possuí­ d e n a d o o g ran d e êxodo p a ra o O es­
to rze anos e n c o n tro u d ificu ld ad e rem as chaves d o rein o , o p o d e r do te , o q u al foi co lo n izad o à cu sta de
em a n te v e r o fu tu ro so m en te pelas S ace rd ó c io e as b ê n çã o s d a e te rn i­ m uitas trib u la çõ e s. H ouve d e rra ­
E scritu ras. E n tã o , num d en so b os­ d a d e — a p a re c e ra m ao m o ço e res­ m am en to de sangue. A fom e rec la ­
que, busco u o S en h o r e o ro u p o r sa­ ta u ra ra m o p o d e r e a u to rid a d e de m ou vidas, m as hoje a p e d ra rola
bedo ria. q u e estiveram investidos n a te rra . av an te p a ra e n c h e r a te rra.
O tem p o e ra ch eg ad o e, em b o ra Jo ã o B atista, d e c a p ita d o p o r H e- V inte e trê s mil jo v en s m issioná­
o adversário , S atan ás, sa b e n d o de rodes, agora, p o rém , Como ser res- rios p ro cla m a m estas verd ad es a
to do s os p o d e re s d a e te rn id a d e que su rre to , re to rn o u à te rra , e p e la im ­ m ilhares d e pessoas em sua p ró p ria
seriam rev elad o s com o E vangelho, p o sição das m ãos, c o n feriu ao P ro ­ te rra . O E vangelho se difunde pela
fizesse tu d o ao seu a lcan ce p a ra fe ta Jo se p h o S ace rd ó cio A arô n ico . n a çõ es do m u n d o em sua investida
d estru ir o rap az e a p e rsp e c tiv a da O g ran d e M oisés d e o u tro ra veio p a ra cu m p rir a p ro m essa feita por
R e sta u ra ç ã o - a d esp eito dele, veio n o v am en te à te r ra co m o um ser ce ­ D eus, atrav és de D an iel, d e que e n ­
a visão esp lên d id a e m agnífica à- lestial, re sta u ra n d o as chaves d a c o ­ ch e ria to d a a te rra . M uitas pessoas
quele p u ro e in q u isid o r g aro to . E m ­ ligação de Israel. de to d as as n ac io n alid a d es e línguas
p e n h a n d o to d a su a fo rç a e com o Elias, o p ro fe ta d a e te rn a o b ra estão a c e ita n d o o E vangelho em vá­
p o d e r d o S en h o r, as trev as foram pelos m o rtos, voltou p a ra ab rir o rios países, e a Ig re ja e o rein o cres­
desfeitas. S atan ás ren d eu -se e a vi­ c a m in h o e fazer p re p a rativ o s p a ra o cem e p ro g rid em , e afirm am o-vos e
são a c o n te c e u , com u m a co lu n a de g ran d e tra b a lh o d o te m p lo e p a ra a testificam o-vos que ele, conform e
luz surgindo e x a ta m e n te acim a d a re sta u ra ç ã o do E vangelho àqueles as palav ras d e D an iel, “ não será ja ­
ca b e ç a d o rap az — u m a luz m ais in ­ q u e haviam m o rrid o sem o p o rtu n i­ m ais d e stru íd o ; e este reino não
ten sa q u e o b rilh o d o sol, q u e d e s­ d ad e de ouvi-lo. p assará a o u tro povo . . . e será esta­
ceu g ra d u a lm e n te até atingi-lo. O O S en h o r falou aos o rg an izad o res belecid o p a ra se m p re .” (D an . 2:44.)
jovem Jo sep h co n tin u a: d a Igreja: N u m ero sa s rev elaçõ es m ostra­
“ Logo após esse a p a re c im en to , “ N in g uém se rá desig n ad o p ara ram aos m em b ro s q u e a vida etern a,
senti-m e livre d o inim igo q u e me re c e b e r m a n d am e n to s e rev elaçõ es a qual é a m e ta deles, po d e ser al­
havia sujeitado. Q u a n d o a luz re ­ n e sta igreja, a não ser o m eu servo c a n ç a d a fazendo as o rd e n an ç as e
p ouso u sobre m im , vi dois P e rso n a ­ Jo sep h Sm ith, pois ele as rece b e dep o is g u a rd a n d o os m an d am en to s
gens, cujo re sp le n d o r e g lória d e sa ­ co m o M oisés.” (D & C 28:2.) de D eus.
fiam q u a lq u e r d e sc riç ã o , em pé, E o P ro fe ta M o rô n i a p a re c e u a N ós vos dam o s estas verdades,
acim a de m im , no ar. U m deles fa­ Jo se p h , exp lican d o -lh e d u ra n te lo n ­ não com a rro g â n c ia ou o ig ulho
lou-m e, c h am an d o -m e pelo no m e, e gas h o ras o p o v o a m e n to do c o n ti­ m u n d an o , m as com p ro fu n d a since­
disse, a p o n ta n d o p a ra o o u tro : “ E s­ n en te a m eric an o pelos lehitas e rid ad e e o fe re n d a caridosa — o
te é o meu Filho Am ado. O uve-o!” tam b ém a re sp e ito d o Livro de E vangelho inestim ável, o E vange­
(Josep h Sm ith 2:17.) M ó rm o n , o qu al viria à luz e seria lho v erd ad eiro , o E vangelho d a sal­
E sta a p re se n ta ç ã o form al p elo trad u zid o . Este livro seria o u tra te s­ v a ção e ex altação .
Pai ao F ilho e ra m u ito im p o rta n te , te m u n h a d o a p a re c im e n to de C risto E u sei que ele é v erd ad eiro . Sei
pois este seria o m u n d o de Jesus n a A m é ric a e te stific a ria que Jesus qu e é divino. Sei que é a p eq u e n a
C risto e a Ig reja de Jesu s C risto e o é o C risto, ô D eus E te rn o , ta n to aos p e d ra q u e foi c o rta d a d a m o n tan h a,
reino de Jesu s C risto. ju d e u s co m o gentios. Esse registro, sem m ãos. Sei q u e ele e n c h e rá a
P erg u n tas fo ram feitas e re sp o n ­ o L ivro de M ó rm o n , aju d a ria a c o n ­ te rra c o n fo rm e foi p ro fetizad o e o r­
didas, e d a d a s v e rd a d e s ete rn a s. Foi firm ar a d iv indade do S en h o r Jesus d e n a d o pelo S alvador Jesus C risto,
esclarecid o ao jo v em e in d en e J o ­ C risto. q u a n d o , em seus últim os m om entos
seph qu e, se conservasse su a digni­ A ssim foi o início; e o E vangelho n a te rra , disse ao onze apóstolos:
dade e se m antivesse lim po p e ra n te foi sen d o rev elad o lin h a so bre li­ “ Id e p o r to d o o m u n d o , pregai o
o S enhor, ele seria resp o n sáv el p ela nh a, p re c e ito so bre p re c e ito ; v e rd a ­ evan g elh o a to d a a c ria tu ra ” - a
re sta u ra ç ã o d a Ig reja e d o E v an g e­ des foram re sta u ra d a s; p o d e r foi to d a n ação , trib o , língua e povo.
lho e d o p o d e r e a u to rid a d e de co n ferid o e a u to rid a d e re v elad a; e, (Vide M arco s 16:15.) Sei que isto é
D eus. g ra d u a lm e n te , foi h av en d o luz sufi­ v erd ad e d e sd e o nascim en to de
À m ed id a q u e a d q u iria m a tu rid a ­ c ien te e g en te b a sta n te p a ra o rg an i­ A d ão aos dias de D aniel, aos dias
de, o jovem im acu lad o re c e b ia ta m ­ z a r o re in o de D eu s visto p o r D aniel de Jo se p h Sm ith e a té hoje. Sei que
bém u m a to rre n te , u m a av ala n c h a h á dois mil e q u in h e n to s anos atrás. é v e ríd ico e divino. N ós vo-lo o fe­
de m in istraçõ es d os céus. F o ram A Ig reja foi o rg a n iza d a, com ap e­ recem o s g ra cio sam e n te. P rom ete-
dadas com issões; c o n fe rid a a u to ri­ nas seis m em b ro s, m inúscula, se m o-vos a vida e te rn a , caso seguir-
d ad e; in fo rm açõ es c o n c e d id a s; e as c o m p a ra d a à p e d ra c o rta d a d a d es e strita m e n te seus p receito s. E
revelaçõ es d o alto c o n tin u a ra m m o n ta n h a , sem m ãos, a q u al havia p re s to -v o s e s te te te m u n h o em
p ra tic a m e n te in in te rru p ta s, pois e ra de d e stru ir o u tra s n açõ es e ro la r nom e de Jesu s C risto . A m ém .
AGOSTO DE 1976 7
1943, p. 249.)
O ateu B e rtra n d R ussel a c re sc en ­
ta em seu te sta m e n to : “ N em fogo,

Madrugada nem h eroísm o, nem in teg rid ad e de


p en sa m e n to e sen tim en to s podem
p re se rv a r u m a vida individual além
do tú m u lo .” E A rth u r Schope-
de Desespero— n h au e r, filósofo e pessim ista germ â­
nico, era ain d a m ais am argo: “ D e ­
sejar im o rta lid ad e é d eseja r a p e r­

Manhã de Alegria p e tu a ç ã o e te rn a de um grande en ­


gano” .
D e fato, to d a pessoa consciente
É lder T hom as S. M onson, tem feito a si m esm a a p e rg u n ta uni­
do C o nselho dos D oze. versal, tã o bem expressa pelo vene­
rável, p e rfeito e ju sto hom em ch a ­
O Senhor deu a verdade para consolar-nos nos m om entos de dor e le­ m ado Jó , que, há c en te n a s de anos,
indagava: “ M o rre n d o o hom em ,
var-nos das trevas para a luz.
p o rv e n tu ra to rn a rá a viver?” (Jó
I
ção com o ca p tu ro u -m e a alm a. O 14:14.) P o r in sp iração do alto, ele
a rtista F ran k B ram ley, p in ta ra um a p ró p rio re sp o n d e u à sua pergunta:
hum ilde c h o u p a n a de fren te p a ra o ‘ “ Q uem me d e ra ag o ra que as
m ar revolto. A jo e lh a d a ao lado de m inhas palav ras se escrevessem !
u m a an ciã, via-se a jo v e m e aflita Q uem me d e ra que se gravassem
esp o sa que ch o rav a a p e rd a d e seu num livro!
m arid o n avegante. O to c o de vela “ E q u e com p e n a de ferro, e com
no p a ra p e ito d a ja n e la revelava sua ch u m b o , p a ra sem pre fossem escul­
longa, inútil vigília. P esadas nuvens pidas n a roch a!
escu ras eram tu d o o que restav a da “ P o rq u e eu sei que o m eu R ed e n ­
noite de to rm en tas. to r vive, e que p o r fim se levantará
Pude sen tir sua solidão, seu d e ­ sobre a te rra .
sespero. O títu lo vividam ente o b ­ “ . . . em m in h a c arn e verei a
sessivo d a d o p elo p in to r à sua o b ra D e u s.” (Jó 19:23-26.)
rev elava a trá g ic a história. Dizia: P oucos p ro n u n c ia m e n to s escri-
M adrugada de D esespero. tu rístico s revelam tã o claram en te
O q u a n to a jo v em viúva ansiava um a v e rd a d e divina com o faz a
p elo consolo, pela v e ra cid ad e do ep ísto la de P aulo aos coríntios:
“ R e q u ie m ” de R o b e rt L ouis Ste- “ P o rq u e, assim com o to d o s m o r­

S
into-me profundam ente hon­ rem em A dão, assim tam b ém todos
venson:
rado por ocupar este púlpito O navegante voltou do m ar, pa ra serão vivificados em C risto .” (I
após o presidente da Igreja, C or. 15:22.)
casa
mesmo o profeta de Deus, Spencer A m o rte, fre q ü e n te m en te , chega
E o caçador retornou das m onta­
W. Kimball. M eus pensam entos hoje com o um in tru so . É um inim igo que
nhas.
voltam-se para a G rã-B retanha, a ter­ surge re p e n tin a m e n te em pleno fes­
P a ra ela e m uitos o u tro s que p e r­
ra de seus antepassados. tim d a vida, ap ag an d o suas luzes e
d eram en tes q u erid o s, c a d a m a d ru ­
L ondres, In g la te rra , está im p reg ­ gada é de d esesp ero . É a ex p e riê n ­ alegrias. V isita os idosos q i e cam i­
n a d a de h istória. Q u em já n ão ouviu cia dos que e n c a ra m a m o rte com o nham com passos trôpegos. Seu
falar de T rafalg ar S q u are, d o P a lá ­ o fim de tu d o , e a im o rtalid ad e c h am ad o é ouvido pelos que mal
cio de B uckingham , d o Big Ben, d a co m o m ero sonho. atingiram m eta d e do cam inho d a vi­
A b ad ia de W estm in ster ou d o Rio A re n o m a d a c ie n tista M adam e d a, e m uitas vezes ela c ala o riso das
T âm isa? M en o s co n h e c id a s, p o rém M arie C urie, v o ltan d o p a ra casa na crian cin h as. A m o rte p o u sa sua
de valor inestim ável, são as m agnífi­ no ite do fu neral de seu m arido, m ão p esad a so bre aqu eles que nos
cas galerias de arte situ ad as nessa P ierre C urie, m o rto num acid en te são caro s, d eixando-nos, às vezes,
cid ad e de cu ltu ra. nas ruas de Paris, a n o to u em seu em fru stra çã o e intrigados. Em c e r­
Em c e rta ta rd e cin zen ta de in v er­ diário: tos casos, q u a n d o h á m uito sofri­
no, visitei a fam o sa G a le ria T ate, “ Eles e n c h e ra m a sep u ltu ra e m en to e d o r, a m orte vem com o um
m arav ilh an d o -m e d ian te das p aisa­ c o b rira m -n a de flores. T u d o a c a ­ anjo m isericordioso. P orém , quase
gens de T h o m as G ain sb o ro u g h , os bou. P ierre do rm e seu d e rra d e iro sem pre c o n sid eram o -la um inim igo
re tra to s de R e m b ra n d t e as nuvens sono debaixo d a te rra ; é o fim d e tu ­ d a felicidade h um ana.
tem p estu o sas de Jo h n C o n stab le. do , tu d o , tu d o .” (V icent S heehan, A d esg ra ça d a viúva, p o r exem ­
E sco n d id a num c a n to d o te rc e iro tra d ., M adam e C urie: A Biography plo, é um te m a com um nas S agra­
an d a r, e n c o n tre i u m a o b ra-p rim a by Eve C urie, G a rd e n C ity, N ova d as E scritu ras. N ossos c o ra çõ e s se
q u e n ão só d e sp e rto u m inha aten- Y ork: G a rd e n C ity Publishing C o., co n d o e m com a situ ação d a viúva
8 A LIAHONA
de S arep ta. Seu m arid o se fora. a m arg u ra. E n tã o veio a um p ro fe ta m u n d o a dá. N ão se tu rb e o vosso
A cab ara-se sua escassa re se rv a de m o d e rn o de D eus, que c o n h ec ia c o ra ç ã o , nem se a te m o riz e .” (João
alim entos. F o m e e m o rte a a g u a r­ b em essas d u as irm ãs, a in sp iração 14:27.)
davam . E n tã o ch eg o u Elias, o p ro ­ d o S e n h o r p a ra c u id a r d a angústia “ N a casa de m eu Pai h á m uitas
feta de D eus, q u e lhe tro u x e, a tra ­ d elas. O É ld er H a ro ld B. L ee d e i­ m o rad as; se não fosse assim , eu vo-
vés de sua fé, a paz celeste. x o u se u m o v im e n ta d o g a b in e te lo te ria d ito ; vou p rep ara r-v o s lu­
L em b ram o -n o s tam b ém d a viúva p a ra visitar o a p a rta m e n to de c o ­ gar . . . p a ra que o n d e eu estiv er es-
de N aim , que c h o ra v a a p e rd a d o fi­ b e rtu ra das d u a s viúvas solitárias. tejais vós ta m b é m .” (Jo ão 14:2-3.)
lho. Sua fé in abalável e p rece ferv o ­ O uviu suas alegações, sentiu a afli­ D a escuridão e terror do Calvário,
rosa p ro p o rc io n a ra m -lh e um a d á d i­ ção em suas alm as, e depois as c h a ­ surgiu a voz d o C o rd eiro , dizendo:
va divina. O S en h o r Jesus C risto de- m ou p a ra serv ir ao S en h o r e à h u ­ “ Pai, nas tu as m ãos en treg o o m eu
volveu-lhe p recio sa a vida de seu fi­ m an id ad e. As du as v o ltaram suas esp írito .” (L u cas 23:46.) E a escuri­
lho. vistas p a ra fo ra e p a ra cim a p a ra a d ã o já não e ra m ais e scu ra, pois es­
M as, e hoje? E xiste consolo p a ra v ida a lh eia e a face d e D eus. A Paz tava com seu Pai. Viera de D eus e
o c o ra ç ã o aflito? D eus c o n tin u a to m o u o lugar d a p e rtu rb a ç ã o . C o n ­ retornara para ju n to de D eus. Assim
lem b ran d o -se d a viúva em sua la b u ­ fian ça dissipou o d ese sp e ro . M ais ta m b ém aqu eles que an d am com
ta? u m a vez D eu s se lem b ro u d a viúva D eus n e sta p e re g rin a ç ã o te rre n a ,
e, p o r in te rm é d io de um p ro fe ta , le- sabem p o r b e n d ita e x p eriê n cia que
N ão m uito d istan te d este T ab er- vou-lhe co n so lo divino. ele não a b a n d o n a rá os filhos que
nácu lo viviam duas irm ãs. A m bas A tre v a d a m o rte sem pre p o d e ser nele confiam . N a noite d a m orte, a
tinh am dois b o n ito s filhos. A m bas d issip ad a p ela luz d a v erd ad e rev e ­ sua p re se n ç a será “ m elh o r que um a
tinh am m aridos carin h o so s. A m bas lada. luz e m ais segura q u e a sen d a co ­
viviam com c o n fo rto , p ro sp erid ad e “ E u sou a re ssu rre iç ã o e a v id a,” n h e c id a ” . (D e “ G o d K now s” , M in-
e b o a saúde. E n tã o o ceifeiro im p la­ disse o M estre; “ q u em c rê em mim, nie L ouise H askins.)
cável visitou seus lares. P rim eiro, a in d a q ue esteja m o rto , viverá; A rea lid ad e d a ressu rreiç ão foi
am bas p e rd e ra m um filho; d epois o “ E to d o aq u ele q u e vive, e crê em p ro c la m a d a p e lo m á rtir E stêvão,
m arido e pai. A m igos as v isitaram ; m im , n u n c a m o rre rá .” (Jo ão 11:25- q u a n d o , o lh a n d o p a ra o alto, b ra ­
palavras d eram -lh es c e rto con so lo ; 26.) dou: “ Eis que vejo os céus ab erto s,
porém a d o r co n tin u a v a d o m in a n ­ E sta co n fian ç a, sim , m esm o a e o Filho do H om em que está em pé
do. sa n ta co n firm ação d a vida além tú ­ à m ão d ire ita de D e u s.” (A tos 7:56.)
Passaram -se os anos. Os co raçõ es m ulo, bem p o d e ria ser a paz p ro m e ­ N a e stra d a p a ra D am asco , Saulo
con tin u av am angustiad o s. As duas tid a p elo S alvador, q u a n d o asseve­ teve u m a visão do C risto ressu rreto
irm ãs p ro c u ra ra m e co n seg u iram ro u aos discípulos: e ex altad o . M ais ta rd e , com o P aulo,
afastar-se d o m u n d o q u e as ro d e a ­ “ D eixo-vos a m in h a paz, a m inha d e fen so r d a v erd ad e e destem ido
va. F ic a ra m s o z in h a s co m su a paz vos dou: n ão vo-la do u com o o m issionário a serviço do M estre, ele
p re sto u te ste m u n h o do S en h o r res­
Novos membros do Primeiro Quorum dos Setenta: Élder Carlos E. Asay e Élder M. Russel Ballard Jr. su rre to , q u a n d o d e c la ro u aos santos
de C orinto:
“ C risto m o rreu p o r nossos p e c a ­
dos, segundo as E scrituras.
“ E que foi sepultado, e que res­
suscitou ao te rc e iro dia, segundo as
E scritu ras,
“ E que foi visto p o r C efas, e d e­
pois pelos doze.
“ D ep o is foi visto, um a vez, por
m ais de q u in h en to s irm ãos . . .
“ D ep o is foi visto p o r T iago, d e­
pois p o r to d o s os apóstolos.
“ E p o r d e rra d e iro de to d o s me
a p a re c eu ta m b é m a m im .” (I C or.
15:3-8.)
N a nossa d isp en sação , este m es­
m o te ste m u n h o foi expresso in trep i­
d a m e n te p e lo P r o f e ta J o s e p h
Sm ith, q u a n d o ele e Sidney R igdon
testificaram :
“ E agora, depois dos m uitos tes­
te m u n h o s que se p re sta ra m dele,
este é o te ste m u n h o , últim o de to ­
dos, que nós dam os dele: Q ue ele
vive!
“ Pois vim o-lo, m esm o à direita
AGOSTO DE 1976 9
de D eus; e ouvim os a voz te stific a n ­
do que ele é o U nigênito d o Pai —
“ Q ue p o r ele, p o r m eio dele, e
dele, são e foram os m undos c ria ­
dos, e os seus h a b ita n te s são filhos e
Os Lamanitas Hão de
filhas g erad o s p a ra D e u s.” (D & C
76:22-24.)
Este é o c o n h e c im e n to que sus-
Levantar-se em
tém . Esta é a v e rd a d e q u e co n fo rta.
E sta é a co n fia n ç a q u e guia os es­
m agados p ela d o r, das som bras da
Majestade e Poder
escu rid ão p a ra a luz. É lder J. T hom as Fyans
Tal auxílio n ão é re strito aos id o ­ Assistente do Conselho dos Doze
sos, aos in stru íd o s ou a u m a m inoria
seleta. E stá à d isp o sição de todos. O crescim en to fenom enal da Igreja no M é x ic o e A m érica Central é o
A nos atrás, os jo rn a is d a C idade cum prim ento de uma profecia.
d o Lago Salgado p u b licav am a n o ta
de falecim en to de u m a b o a am iga - Church of Jesus C hrist of Latter-day
de u ’a m ãe e esp o sa lev ad a p ela S aints, N ew Y ork, “ P ro p h e t” Offi­
m o rte no vigor dos anos. F ui ao ve­ ce, 6 de abril de 1845, p. 3).
lório e lá e n c o n tre i u m a m ultidão D isse o P r e s id e n te B rig h a m
re u n id a p a ra e x te rn a r suas c o n d o ­ Young, falando da conversão dos la­
lências ao m arid o d e sn o rte a d o e m anitas: “ O lhai e vede-os com o
aos filhos o ífã o s de m ãe. S u b ita­ um a la b a re d a de fogo, u m a forte
m en te a m e n o r d as crian ças, Kelly, to rre n te im p etu o sa qual a grandiosa
re c o n h e c en d o -m e , ag arro u -m e a m a rc h a de an jo s.” (Young WomaiTs
m ão. Jo u rn al, m aio de 1890, p. 263.)
— V enha com igo, — disse, dirigin- Jo h n T ay lo r expressou-se assim:
do-se p a ra o esquife no qual jazia o “ E ntre os d a casa de Léhi, deve ser
c o rp o d a m ãe am ad a. — Eu não es­ in troduzida e m an tid a a m esm a o r­
to u c h o ra n d o , e você tam b ém não g anização do S acerd ó cio , com o en ­
deve c h o ra r. M u itas vezes m am ãe tre os d a casa de Israel, reunidos
me falou d a m o rte e d a vida com o d e n tre as n açõ es g en tias.” (C arta
Pai C elestial. Eu p e rte n ç o à m am ãe dirigida a A. C arrin g to n , L iverpool,
e ao p ap ai. T o d o s nós v o ltarem o s a 18 de o u tu b ro de 1882.)
esta r ju n to s. P e n e tra n d o no fu tu ro , revelou o

A
o escutarm os o profeta na
E n tã o v ieram -m e à m en te as p a ­ abertura desta confere ncia, P r e s id e n te W ilfo rd W o o d ru ff:
lavras d o salm ista: “ D a b o c a das lem brei-m e de que a inspira­ “ Sião se lev an tará e florescerá. Os
c r ia n ç a s . . . tu su sc ita ste fo rç a ” . ção e diretriz dos profetas pelos anos, lam anitas flo resce rão com o a rosa
(Salm o 8:2.) deram -nos conhecim ento antecipado nas m o n tan h as . . . C a d a palavra
C om olhos e m b açad o s pelas lá­ do que estava por acontecer no fu­ que o S en h o r falou a seu respeito se
grim as, vi o sorriso lindo e cheio de turo. cu m p rirá, e eles, p o u co a po u co , re ­
fé de m inha am iguinha. P ara ela, N e sta d isp en sação , o nosso te m ­ c eb erã o o E vangelho. Será o dia do
cuja p e q u e n in a m ão c o n tin u av a po, foi-nos d a d o aqui na te rra um li­ p o d e r de D eus e n tre eles, e en tão
a g a rra d a à m inha, jam ais haveria vro de p ro n u n c ia m e n to s p ro féticos. um a n a çã o n asc erá num único d ia.”
u m a m ad ru g ad a de d esesp ero . A m ­ Diz o P ro fe ta Jo sep h Sm ith: “ Um (Journal of Discourses, 15:282.)
p a ra d a p o r seu te ste m u n h o in a b a lá ­ dos po n to s m ais im p o rta n te s d a fé A gora, co n sid erem o s as revela­
vel, sab en d o q u e a vida c o n tin u a na Igreja dos S antos dos Ú ltim os ções de hoje, co n fo rm e as c o m p a r­
após a m o rte, ela, seu pai, seus ir­ D ias, atrav és d a p le n itu d e do E van­ tilhou co n o sco o p ro fe ta atual, P re ­
m ãos e irm ãs e na v e rd a d e to d o s os gelho e te rn o , é a colig ação de Israel sidente S p en cer W. K im ball: “ Os
q u e co m p artilh am o co n h e c im e n to (da qual fazem p arte os lam an itas)” . lam anitas hão de levantar-se em
dessa v erd ad e divina, p o d em d e c la ­ (H istory of The Church of Jesus m ajestade e p o d e r.” (Conference
ra r ao m undo: “ O ch o ro p o d e d u ra r C hrist of L atter-day S aints 2:357.) R eport, o u tu b ro de 1947, p. 22.)
u m a no ite, m as a alegria vem pela N um a p ro c la m a ç ão dos D oze Estas palavras p ro féticas foram
m a n h ã .” (Salm o 30:5.) A póstolos da Igreja R e sta u ra d a em ditas no dia 3 de o u tu b ro de 1947,
C o m to d a a fo rç a d ’alm a, testifi­ 1845, é-nos d ito com resp eito aos q u an d o n a A m érica C en tral tín h a ­
co q u e D eus vive, que seu F ilho lam anitas d a A m érica do N o rte e m os m enos *de cem m em bros, e no
A m ad o é as p rim ícias d a re ssu rre i­ do Sul: “ Eles tam b ém virão a te r g ran d e país do M éxico m enos de
çã o , q u e o E vangelho d e Jesu s C ris­ c o n h ec im e n to de seus an tep assad o s cinco mil, m etad e dos quais locali­
to é a luz p e n e tra n te q u e to rn a ca d a e d a p lenitude do E vangelho; e eles zados nas colônias m órm ons. “ Os
m ad ru g ad a de d e se sp e ro em m anhã o a c e ita rão e to rn ar-se-ão um ram o lam anitas hão de levantar-se em
d e alegria. ju sto d a C asa de Israel.” (Proclam a- m ajestad e,” rep ito . A queles m enos
Em nom e de Jesu s C risto . A m ém . tion of the Twelve Apostles of the de cem n a A m é ric a C en tral de
10 A LIAHONA
q uan d o foram d itas essas palavras
proféticas, flo resceram , tra n sfo r­
m ando-se em m ais de q u a re n ta mil
hoje em dia. D os escassos cinco mil
no M éxico d a ép o ca, um a rica seara
de mais de cen to e c in q ü e n ta mil se
ergue firm e no cam p o b ra n c o p ara
a ceifa. O n ú m ero to tal de m em bros
de 1947, hoje em dia, re p re se n ta a
co lh eita de dois m eses apenas.
P rosseguindo, d e c la ra v a o P resi­
d en te K im ball: “ C h e g a rá o d ia . . .
no qual te rã o seg u ra n ç a e c o n ô m i­
ca, cu ltu ra, refin am en to e in stru ­
ção; q u an d o e sta rã o o p e ra n d o fa­
zendas, em p resas e indústrias, tra ­
balh an d o co m o profissionais e p ro ­
fessores.” (Ibid)
Q u an d o estas p alav ras atingiram
nossos ouvidos em 1947, b astariam Uma fam ília presente à conferencia.
os dedos de u ’a m ão p a ra c o n ta r os lado de ru ín as de antigas civiliza­ m uitos, m uitos dias, m as que agora,
m em b ro s p ro fis s io n a liz a d o s d a ções q u e atin g iram um grau de paz resp o n d e n d o com p rom essas im pe­
Igreja no M éxico e A m érica C e n ­ que ta n to alm ejam os. lidas p o r um a fo rç a in te rio r tão in­
tral - ou o n ú m ero de carro s ou c a ­ E o P resid en te K im ball agora cessante q u a n to as o n d as e a m aré,
sas com instalaçõ es m o d ern as p o r contin u a: “ . . . q u a n d o serão o rg a­ serão elevadas m e re cid am en te às
eles possuídos. nizados em alas e esta ca s de Sião” . antigas m arcas as m etas não atingi­
“ E starão o p e ra n d o fazen d as” , (Ibid) Q uinze estaca s organizadas das desde te m p o s im em oriais, a tra ­
disse o P resid en te K im ball. U m p re ­ num ú n ico dia. M uitas m ais em vias vés do serviço m eritório.
sidente de esta c a ad m in istra um de p o lim en to e ap ro v a ç ã o final. P resid en te K im ball, o Senhor
co n ju n to de sete g ran jas com m ais H e rm an o s de M ex ico y A m erica a b en ç o o u suas palavras proféticas,
de q u a tro c e n ta s mil galinhas. C en tral, favor de p o n e rse de pie. cum prindo-as.
O P resid en te K im ball co ntinua: E stes irm ãos re p re se n ta m a lid e­ C om o ele soube? Q uem lhe deu o
“ . . . em p resas e indústrias, tra b a ­ ra n ç a de trin ta e u m a estacas, e p o d e r de d esv e n d a r o futuro? O que
lhando com o profissionais e p ro fes­ c e n to e se te n ta e u m a alas e ram os. ro m p eu as peias do m edo de sua
sores.” O uvi e sta lista de profissões S o m ando as nove m issões, trin ta e língua?
das presidênciasj de estaca, sum os oito d istritos e d u z en to s e quinze ra ­ Os p ro fe tas não são discernidos
conselh eiro s e bispos d a á re a d a C i­ m os, te ríam o s um to ta l de q u a tro ­ p o r p ro cesso s in telectu ais. Estas
dade do M éxico: a rq u ite to s; ad v o ­ cen to s e c in q ü e n ta e seis unid ad es p rovas de hoje não foram a p resen ­
gados; en g en h eiro s (agrônom os, d a Ig reja nessa p a rte (M éxico e tad a s p a ra c o m p ro v a r que o P resi­
bioquím icos, m ecân ico s, a e ro n á u ti­ A m érica C e n tra l) d a se a ra do Se­ d e n te K im ball é um p ro feta . Elas
cos, p etro q u ím ico s, to p ó g rafo s ci­ nhor, que p ro d u z fru to s a b u n d a n ­ não passam de evidências visíveis
vis, eletricistas); m édicos, inclusive tes. Sim, ap ro x im an d o -se de d u z en ­ de um p o d e r in te rio r — não, não
cirurgiões e p e d ia tra s; d en tistas; tos mil espíritos e te rn o s revestidos um a p rova, m as um testemunho dos
enferm eiras; ad m in istra d o re s de de co rp o s m ortais. A í está de pé a p o d eres divinos em an a d o s d a F o n te
em p resa; alfaiates; c arp in teiro s; evid ên cia viva do cu m p rim en to de de to d a v erd ad e e tern a.
em p reiteiro s de o b ras; pro fesso res; u m a p rofecia. Assim co m o o S e n h o r instruiu
direto res de esco la; m ecân ico s de M u chas g racias, h erm an o s, pue- A b rã a o , Isaq u e e Ja c ó — e a in spira­
autom óveis; m ecân ico s de m áq u i­ d en sen tarse. ção deles foi g u a rd a d a p a ra nossos
nas de e scritó rio ; ferreiro s; c o rre to ­ R e c e n te m e n te, n u m a das praias dias — assim co m o Jerem ias, Isaías,
res de seguros; ag ricu lto res — al­ do O c e a n o P acífico, fiquei o b ser­ M alaquias e o u tro s reg istraram es­
guns b astan te h um ildes . . . e a lista van d o p o r alguns m o m en to s as o n ­ critos sagrados, d a m esm a form a
c o n tin u a sem fim. das e a m aré av a n ç an d o sobre a fala o p ro fe ta de hoje.
C om parável a esta lista é o p ro ­ areia, com seus d e d o s esten d en d o - E u testifico que existe na te rra
gresso do país. se até m arcas não a lcan çad as desde um p ro fe ta do S en h o r sem elhante
À vista de um antigo esta tu á rio a m aré do dia a n te rio r. C om a p o ­ aos dos tem p o s antigos — não tra ­
to lte c a , nasce u m a das m aiores refi­ d e ro sa vaga das p ro fu n d ezas que ja n d o sandálias e as longas vestes de
narias d a A m érica L atin a, e sp e ra n ­ elevava m ais e m ais as m arcas sobre o u tro s tem p o s, m as investido de p o ­
do p ro cessar rios de p e tró le o tra z i­ a areia, veio ta m b é m com o que a d e r, visão e p re sc iên c iá p a ra o hoje
dos p o r tu b u laçõ es de c e n te n a s de le m b ra n ç a de p rom essas feitas a e o am anhã.
quilô m etro s p o r m o n tan h as e vales. crian ças, cu ja m e m ó ria está e m b a­ O S en h o r é a nossa luz, e essa luz
U m a usina g e ra d o ra de eletricid ad e ç a d a p ela d istâ n c ia e te m p o , que é re c e b id a atrav és de p ro fetas. Isto
suficiente p a ra su p rir m uitas cid a­ ig u alm ente p ro c u ra m , anseiam e eu testifico em nom e de Jesus C ris­
des está-se elev an d o aos céu s, ao m erecem a ltu ra s não atingidas há to. A m ém .
AGOSTO DE 1976 11
lhe fossem o b ed ien tes. P o r isso, sa­
ben d o de an tem ão que h averia um
afastam en to , a apostasia, p ro v id en ­
ciou a re sta u ra ç ão d a v erd ad e origi­

A Mensagem nal nos últim os dias. Isto foi an u n ­


ciado atrav és do A p ó sto lo Pedro,
q u an d o um dia falava da segunda
vinda do S enhor. Explicou que essa
de Elias segunda vinda seria p rec ed id a , nos
últim os dias, de um a re sta u ra ção
É ld e r M a r k E . P e te r s e n , tão am pla do E vangelho, que traria
de volta tu d o o que D eus havia fala­
d o C o nselho dos D oze
do pela boca de seus santos profetas,
desde o princípio. (Vide A tos 3:21.)
M as, co m o isto se faria? As E scri­
tu ras no-lo explicam ? Sim, de fato,
pois dizem que o E vangelho seria
trazid o de volta à te rra p o r um anjo
v o ando pelo m eio do céu , na hora
do juízo de D eus, p a ra que essa ver­
D eu s nos tem com o responsáveis pela salvação de n ossos próprios pa­ dade fosse p re g a d a a “ to d a a nação,
rentes — esp ecificam en te o s nossos próprios. e trib o , e língua e p o v o ” . (A poc.
14:6.)
c o n tre m ” . (M at. 7:14.) M as as E scrituras dizem tam bém
N o d e c o rre r dos séculos, deu-se que viria um segundo anjo com o
um g ran d e a fa stam en to dos en sin a­ parte dessa g ran d e e nova revelação
m entos cristão s originais, re su lta n ­ de D eus. C hegam a identificá-lo
d o na m u ltiplicidade de c red o s e pelo nom e, dizendo que esse segun­
d en o m in açõ es. do perso n ag em celeste seria o a n ti­
M as C risto em si não e stá dividi­ go Elias, o qual foi elevado aos céus
d o - não o C risto gen u ín o . Isto fi­ sem p ro v ar a m orte. E x tra o rd in á­
cou bem explícito, q u a n d o o A pós­ rio, não é?
to lo P aulo, escrev en d o aos corín- N ós testificam os que o prim eiro
tios, rep ro v o u -o s pelas divergências anjo já veio, e há um século e m eio
existentes e n tre eles. confiou o E vangelho ao P rofeta J o ­
seph Sm ith. N ós, santos dos últim os
E stá C risto dividido?” - P e r­
d ia s, so m o s d e p o s itá rio s desse
guntou-lhes; “ Foi P aulo cru c ifica ­
Evangelho, e atu alm e n te estam os
do p o r vós? ou fostes vós batizados
levando-o a to d o o m undo livre.
em nom e de Paulo?” (I C or. 1:13.)
M as, e q u a n to ao segundo anjo?
Ele os desafiou, dizendo: “ C ad a Se o p rim eiro tro u x e o E vangelho,
um de vós diz: E u sou de Paulo, e eu qual seria o p ro p ó sito de vinda de

N
ós, santos dos últimos dias, de A poios, e eu de C efas, e eu de um segundo? Por que haveria Elias
tem os um a m ensagem divina C risto ,” (I C or. 1:12), m ostrando, de ser m a n d ad o n o vam ente à te rra
para o m undo — que D eus assim , as divergências surgidas e n ­ nestes últim os dias?
voltou a falar dos céus nestes últimos tre o povo, que ele, P aulo, havia O P ro feta M alaquias explica, di­
dias e mais um a vez nos deu o Evan­ co n v ertid o p o u co te m p o antes. Es­ zen d o q u e Elias viria à te rra “ a n ­
gelho de Jesus Cristo num a grande e te , p o rém , foi um dos sintom as d a ­ tes . . . (do) dia g rande e terrível do
nova revelação de sua vontade. q ueles tem pos — evidência de que S enhor;
Estais su rp reso s de que D eu s fa­ já nos dias de P aulo o cristianism o “ E c o n v e rte rá o c o ra ç ã o dos pais
lou nestes tem p o s? S erá que nós,, co m eçav a a se d esintegrar. aos filhos, e o co ra ç ã o dos filhos a
que vivem os h oje, som os m enos im ­ É ev id en te pelas E sc ritu ras que, seus pais; p a ra que eu não venha, e
p o rta n te s p a ra ele d o q u e os que vi­ pela p resciê n cia de D eus, foi m os­ fira a te rra com m ald ição .” (M al.
veram há dois mil anos? Será que tra d o aos apóstolos antigos, de a n ­ 4:5-6.)
ele faz a c e p ç ã o de pessoas? tem ão , que o cristianism o se frag­ E sta oassagem das E scrituras tem
P ara nos salvarm os, n ão p re c isa ­ m e n taria, que d e stru íd a seria a u n i­ in trigado p ro fu n d am en te os e stu ­
mos d o m esm o E vangelho re q u e ri­ d ad e pela qual C risto havia o rad o , diosos da Bíblia. Eles não sabem di­
do nos dias de P ed ro e Paulo? Exis­ tra z e n d o consigo um a fastam en to zer o seu sentido. M uitos im agina­
te so m en te um E vangelho. H á so­ geral d a v erd a d e prim itiva. ram e esp ec u laram , m as ninguém
m en te um Salvador, e ele nos d eu M as o S en h o r n ã o se co n fo rm o u soube realm en te.
um só cam in h o e stre ito e a p e rta d o em a b a n d o n a r um c ristia n ism o O que esta E sc ritu ra q u e r dizer?
p a ra a salvação, e m b o ra , infeliz­ frag m en tad o . C o n tin u a v a decid id o P o r que Elias te ria que vo ltar à te r­
m en te, “ p o u co s h á q u e . . . (o) e n ­ a salvar a h u m an id a d e, d esde que ra? O b v iam en te d ev e ria te r algo a
12 A LIAHONA
ver com a fam ília, d esd e q u e iria dos vivos co m o dos m o rto s, e que, e te rn o foi p a ra a esfera dos m ortos,
co n v e rte r o c o ra ç ã o dos pais aos fi­ na v e rd a d e, p a ra ele m esm o os m o r­ q ue estavam vivos e a le rta num a
lhos, e o c o ra ç ã o dos filhos a seus tos estão vivos. (Vide L ucas 20:38.) existência espiritual. C a d a pessoa
pais. M as, p o r quê? T o d av ia, ele só tem um E vange­ co n tin u a v a a ser ela m esm a. C ad a
O sen tid o d e sta E sc ritu ra só foi lho; e visto não fazer distin ção e n ­ um p o d ia e sc u ta r e a p re n d e r — e as­
dado a c o n h e c e r d ep o is de o p ri­ tre vivos e m o rtos, am bos têm que sim fizeram , pois Jesus pregou-lhes
m e iro a n jo h a v e r r e s ta u r a d o o ser salvos pelos m esm os princípios seu E vangelho e x a tam en te com o fi­
E vangelho. N a v e rd a d e foi o E v an ­ do E vangelho. O S en h o r não faz zera aqui n a te rra . (Vide I P ed ro 3.)
gelho R e sta u ra d o q u e abriu nosso a c e p ç ão de pessoas. P ed ro disse mais: “ P o rque por
e n te n d im e n to p a ra o p ro p ó sito da A salvação vem so m en te p e la fé isto foi p reg a d o o E vangelho ta m ­
vinda de Elias. no S en h or Jesus C risto, pelo a rre ­ bém aos m o rtos, p a ra que, na ver­
Seu g ran d e significado é que a p en d im en to do p e c a d o e batism o d ad e, fossem ju lg ad o s segundo os
salvação p ode ser o b tid a p o r to d o s p o r im ersão na água p a ra rem issão hom ens na ca rn e, m as vivessem se­
os que viveram n a te rra , até m esm o d os p ecados, realizad o p o r pessoa gundo D eu s em e sp írito .” (I P edro
pelos q u e m o rre ra m em tem p o s tão d e v id am en te au to riz ad a . 4:6.)
rem o to s co m o os dias de A d ão , b a s­ E, os m o rto s p o d e rã o p re e n c h e r Jesus lhes te ria p reg ad o , se não
tan d o que creiam no S en h o r Jesus tais requisitos? Sim, se quiserem . pudessem ouvir e e n te n d e r? T eria
C risto. T a n to os vivos co m o os m o r­ M as com o? p re g ad o fé e arre p e n d im en to , se
tos p o d em ser salvos. P ed ro ensinou q u e, e n q u a n to o não fossem cap azes de c re r e arre-
M as de q u e m an eira? co rp o de C risto ja zia no sepulcro, pen d er-se? O S alvador p o rv e n tu ra
Jesus explicou ser o D eu s ta n to d ep o is d a c ru c ific aç ã o , seu espírito não é p rá tic o e realista?
M as, e q u a n to ao b atism o e o u ­
tras o rd e n a n ç a s salvadoras?
A gora, quem nos aju d a é Paulo.
O Élder Joseph B. Wirthlin, à esquerda, conversando com o Élder David B. Haight.
Ele faz sab e r q u e, na igreja p rim iti­
va, existia um con v ên io pelo qual os
vivos podiam batizar-se pelos m o r­
tos, p ossibilitando, assim , o batism o
àqueles que já haviam p a rtid o d esta
vida.
M as quem po d e fazê-lo e com
que au to rid ad e ? D e que m aneira
p o d erem o s id en tificar os m ortos, a
fim de sa b er p o r quem está sendo
feito o trab alh o ?
E p o r isto que Elias veio cum ­
p rin d o a p ro fec ia d e M alaquias. E
testificam o-vos que ele de fato veio,
que a p a re c eu no T em p lo de Kir-
tlan d a 3 de abril de 1836 — há exa­
ta m e n te cen to e q u a re n ta anos
atrás.
Ele veio en sin ar a nós, os vivos,
que os m o rto s p odem ser salvos, e
que som os os in stru m en to s nas
m ãos de D eus p a ra to rn a r isto
possível. E assim que a sua vinda
co n v erte o nosso c o ra ç ã o aos nos­
sos p a re n te s m ortos.
O s m o rto s ouvem o E vangelho na
esfera em que vivem agora e, sab e­
d o res de que suas o rd e n a n ç a s salva­
d o ras têm que ser realizad as vica-
riam en te p o r nós, necessariam en te
voltam seu c o ra ç ã o a nós, na esp e­
ra n ç a de q u e façam os o trab alh o
p o r eles. E assim está sendo c u m p ri­
d a a m issão de Elias.
N ós, santos dos últim os dias, te ­
m os feito nossa p arte d esta grande
o b ra. C o n stru ím o s tem plos sagra­
dos nos quais se realizam essas o r­
d en an ça s vicárias. C riam os a me-
13
lhor b ib lio teca g en ealó g ica d o m u n ­ p ró p rio s an tep assad o s. m os id en tificado esp ecificam ente
do, na qual pesq u isam o s os d ad o s D eus nos tem com o responsáveis nossa g ente. D aí a p re m e n te n eces­
id en tificad o res de nossos p a re n te s p ela salvação de nossos p ró p rio s sidade de um bem dirigido p ro g ra ­
m ortos. p a re n te s — e sp ecificam en te de no s­ m a g enealógico em to d a fam ília.
M as ain d a assim , há m uitos que sos próprios. E spero que m e perd o eis p o r estar
c o n tin u a m n ã o c o m p re e n d e n d o D iscu rsan d o so bre este assunto, sendo tã o exigente nisto, m as d es­
esta d o u trin a , nem e n te n d e m a res­ o P resid en te Jo se p h Fielding Sm ith c o n h e ço o u tra m a n eira de explicar
p onsab ilid ad e que n ela lhes cabe. disse c e rta vez: com d eta lh es os po n to s específicos
Sabeis que toda pessoa viva tem a “ N ão itn p o rta que o u tras coisas que te n h o em m ente.
resp o n sab ilid ad e de c o la b o ra r na fom os ch a m ad o s a fazer, ou q u al a D isse o P ro fe ta Jo se p h Sm ith ser
salvação de seus p ró p rio s p a re n te s posição que o cu p am o s, ou q u ã o d e ­ necessário que aq u eles que nos p re ­
falecidos? N o ssa p ró p ria salvação d ic a d am e n te tem o s tra b a lh a d o na ced e ra m e os q u e nos seguirão se­
d ep en d e g ra n d e m e n te disto. N ão Ig reja em o u tro s sentidos, ninguém jam salvos ju n ta m e n te conosco.
p od em o s ser a p e rfe iço a d o s sem está isento d essa g ra n d e ob rig ação Disse q u e, sem essas o rd en an ças,
nossos an tep assad o s, nem eles se­ (de realizar o tra b a lh o do tem p lo p rovidas nos tem plo s, nem nós,
rão a p erfeiçad o s sem nós. (Vide pelos m ortos). nem nossos m o rto s po d em o s re c e ­
H eb. 11:40.) E p o r quê? “ E exigido do ap ó sto lo , bem b e r nosso e n g ran d ec im en to eterno.
O S en h o r exige q u e to d o casal co m o do m ais hum ilde éld er. L u­ (Vide Ensinam entos do P rofeta Jo ­
seja casad o p a ra to d a a e te rn id a d e , g ar, ou em in ên cia, ou p ro lo n g ad o seph Sm ith, p. 348).
e c a d a filho seja selad o a seus pais serviço na Igreja, no cam p o m issio­ T o d o aq uele que d eseja re c e b e r a
pelo p o d e r d o san to S acerd ó cio . nário, nas e stacas de Sião ou onde salvação su p rem a, diz o P ro fe ta J o ­
Esse p ro cesso deve ir rem o n ta n d o q u e r que seja, não d ã o a ninguém o seph, “ deve re c e b e r to d a s as o rd e ­
ao p assado, até o n d e possam os c o n ­ d ireito de n eg ligenciar a salvação n anças p a ra c a d a um deles (nossos
seguir d ad o s g en ealó g ico s p a ra ju s ­ de seus m ortos. p aren tes) se p a ra d a m en te , com o se
tificá-lo. Isto , além dos batism os “ A lguns p o d e m a c h a r que se p a ­ fosse p a ra si m esm o, d esde o batis­
que fazem os pelos nossos m ortos. gam o dízim o,, fre q ü en tam reg u la r­ m o até a o rd e n a ç ã o . . . e . . . re c e ­
Se d eix arm o s de realizar este tr a ­ m ente as reu n iõ es, cu m p rem seus b er to d a s as chaves e p o d eres do
balho, esta re m o s arrisc a n d o nossa d everes, c o n trib u e m do que é seu S acerd ó cio com o p a ra si m esm o.”
p ró p ria salvação. p a ra o su ste n to dos p o b res, e te ­ (Ensinam entos, p. 354.)
E n tão , q ual é a n ossa o b rig ação ? n h am d e d ica d o talvez dois ou m ais Disse mais: “ Se qu ereis recebê-
Se p r e t e n d e r m o s o b e d e c e r ao anos p reg a n d o no m u n d o , estã o d e ­ lo, ao esp írito do P ro feta Elias, d e ­
E vangelho, c a d a um de nós d ev e rá sobrigados de m ais d everes. vem os resg a tar nossos m ortos, unir-
fazer p esquisa g e n ealó g ica e reali­ “ O m aio r e su p rem o d ev e r d e to ­ mo-nos a nossos p a i s . . . e selarm os
z ar estas o rd e n a n ç a s salv ad o ras p e ­ dos, p o rém , é o tra b a lh o pelos m o r­ nossos m ortos p a ra que se levantem
los p a re n te s identificad o s. tos. P odem os e dev em o s fazer to d as na prim eira re ssu rre iç ã o .” (Ensina­
M uitos supõem q u e cu m p rem essas o u tra s coisas pelas quais se re ­ mentos, p. 329; grifo nosso.)
suas resp o n sab ilid ad es indo sim ­ m os re co m p en sa d o s; m as, se negli­ E n o v am en te acresc en ta : “ M as
p lesm ente ao tem p lo . M as isto não g en ciarm o s o m ais im p o rta n te p ri­ com o (os santos) se to rn a rã o salva­
é to ta lm e n te c o rre to . N ós d evem os vilégio e m an d am en to , estarem o s do res no M o n te Sião?” Ele resp o n ­
ir ao tem p lo , é óbvio, e fre q ü e n te ­ sob sev era c o n d e n a ç ã o , a desp eito de à própria pergunta, ao dizer: “E-
m ente. Se a in d a n ão dispu serm o s de to d as as o u tra s b o as o b ra s.” dificando seus tem plos, erigindo
dos registros de nossos p ró p rio s p a ­ (Seeking after O u r D ead, G en ealo - suas pias batism ais e indo rec e b e r
ren tes falecidos, e n tã o , en q u a n to gical Society o f U tah , 1928, pp. 35- todas as o rd e n a n ç a s . . .em ben efí­
estam os fazen d o pesquisas, a ju d e ­ 36). cio de to d o s os seus prog en ito res
m os o u tro s com os d eles, p o r to d o s Q u a n d o dizem os q u e devem os fa ­ m o rto s.” (Ensinam entos, p. 322.)
os m eios. zer o tra b a lh o esp ec ificam e n te pela Se crem o s de fato na re sta u ra ção
D eve ficar e n te n d id o , p o rém , nossa p ró p ria linhagem , o q u e isto do E vangelho, tem os que a cre d ita r
q ue, se form os ao tem p lo sem que significa? tam b ém na m issão de Elias. P ro cla­
seja pelos nossos p ró p rio s m ortos, Significa que p rim e iro fazem os m am os que ele veio à te rra e e n tre ­
e starem o s fazen d o a p en as p a rte de p esquisa gen ealó g ica, a fim de id en ­ gou as chaves do m inistério ao P ro ­
nosso dev er, p o rq u e é-nos re q u e ri­ tificar nossos p ró p rio s an tep assad o s feta Jo sep h Sm ith. Em c o n seq ü ên ­
do q u e vam os lá p a ra salvar esp eci­ e seus fam iliares. D epois, vam os ao cia de suas o b ras, o c o raç ão dos
ficam en te os nossos p a re n te s m o r­ te m p lo realizar o tra b a lh o de o rd e ­ pais com o o dos filhos estão-se co n ­
tos e selem os as várias g era ç õ e s n anças p o r estes nossos p a re n te s v e rten d o um ao o u tro , e está sendo
pelo p o d e r d o san to S acerd ó cio . m ortos que id entificam os p ela pes­ feito esse tra b a lh o vital.
T em o s de elim in ar de nossa m en ­ quisa genealógica. D evem os ser se­ P orém , c a d a um d e nós tem que
te a idéia de q u e, indo sim plesm en­ lados n u m a esp ecífica linha do Sa­ fazer a sua p a rte pelos pró p rio s p a ­
te ao tem p lo , estam o s cu m p rin d o ce rd ó c io a nossos p ró p rio s a n te p a s­ rentes falecidos. Isto é tã o essen­
p le n a m e n te nossa resp o n sab ilid ad e, sados específicos, e estes p recisam cial, que deve re c e b e r alta p rio rid a­
pois n ão é bem assim . Isto só não ser selados esp ec ificam e n te a nós. de em nossa vida diária. E que pos­
basta. C o n tu d o , é preciso lem b ra r que sam os d ar-lh e esta g rande p rio rid a­
D.evemos ir lá esp ecificam en te não po d em o s ligar assim nossas de, é m inha hum ilde prece no sa­
p a ra fazer o tra b a lh o p o r nossos p ró p rias linhagens, sem an te s te r ­ g ra d o nom e de Jesus C risto. A m ém .
14 A LIAHONA
Sessão vespertina de sábado, Membros portadores do Sacerdócio de em empregos remunerados . 20.078
3 de abril de 1976. Melquisedeque em 31 de dezembro de 1975: Dias/homem de trabalho
Élderes ....................................... 308 863 doados ao plano de
Relatório Setentas ..................................... 25 734 Bem-estar (estim ativa)........ 330 000
Dias/unidade de uso de
Sumos sacerdotes .................... 113 189
Estatístico Total de portadores do equipamentos doados ........ 10045
Sacerdócio de Sociedade Genealógica
de 1975 Melquisedeque ............... 447 786 Nomes liberados em 1975 para
Total geral de portadores do ordenanças do te m p lo __ 3 394 762
Sacerdócio Aaronico e de Registros genealógicos microfilmados
Melquisedeque .................. 873 793 em 37 países durante o ano, produzi­
(A cusando um aum ento de 32 051 ram 876 532 rolos de microfilme de
durante o ano de 1975) 30,5m para uso da Igreja, eqüivalendo
Para informação dos membros da
a mais de 4 219 504 volumes impres­
Igreja.
Organizações da Igreja sos de 300 páginas cada
A Primeira Presidencia publicou o (Alistamento)
seguinte relatório estatístico referente Sociedade de Socoro .......... 954 957 Templos
à congregação geral da Igreja em fins Escola Dominical ................. 3 243 31 Número de endowments realizados em
de 1975: Rapazes em idade do Sacer­ 1975 nos 16 templos em operação:
dócio Aaronico ................. 257 082 Para pessoas vivas ............... 47 142
Moças ..................................... 223 440 Pelos mortos ......................... 3 027 956
Unidades Associação da P rim á ria ....... 484 261 Total de endowments .......... 3 075 098
Número de estacas de Sião
em fins de 1975 ...................... 737 Plano de Bem-Estar Sistema Educacional da Igreja
Número de alas ............. ............ 5 095 Número de pessoas assistidas Total de matriculados em
Número de ramos indepen­ durante o ano ......................112 715 escolas da Igreja, incluindo
dentes em estacas ................... 1 295 Número de pessoas colocadas seminários e in stitu to s__ 324 670
Total de alas e ramos inde­
pendentes em estacas no o Élder Alvin R. Dyer, assistente do Conselho dos Doze, conversando com amigos.
final do ano ............................ 6 390
Número de ramos de missão
no final do ano ........................ 1 761
Número de missões de tempo
integral no final do ano ........ 134

Número de Membros da Igreja


em 31 de dezembro de 1975
Nas e s ta c a s............................ 3 126 469
Nas missões ........................... 445 733
Total ............... ...................... 3 572 202

Crescimento da Igreja no
Ano de 1975
Crianças abençoadas nas
estacas e missões .................. 19 723
Filhos registrados batizados
nas estacas e m issõ es............ 50 263
Conversos batizados nas
estacas e missões .................. 95 412

Estatísticas Sociais (Baseadas


em dados recebidos das estacas
e missões referente a 1975)
Taxa de nascimentos por mil ... 27,79
Número de pessoas casadas
por mil ....................................... 13,75
Mortes por m i l ............................. 4,36

Sacerdócio
Membros portadores do Sacerdócio Aaro­
nico em 31 de dezembro de 1975:
Diáconos ................................... 140 832
M e stre s...................................... 106 934
Sacerdotes ............... ................ 178 241
Total de portadores do
Sacerdócio Aaronico .......... 426 007
AGOSTO DE 1976 15
obedecei à lei que vos darei.” (D&C
42:2.)
As instruções que o Mestre deu então,
são iguais hoje:
í>?E agora, eis que vos dou um manda­
mento: Quando estiverdes congregados,
vos vos devereis instruir e edificar uns
Ele é o Filho aos outros, para que saibais como agir,
como dirigir a minha ig reja. . .
“ E do alto sereis ensinados” . E pros­

de Deus. seguiu, dizendo: “ Santificai-vos e sereis


investidos de poder,” (D&C 43:8,16.)
Suas promessas são claras para nós:
“ Se pedires, receberás revelação sobre
É ld e r D a v id B . H a ig h t revelação, conhecimento sobre conhe­
do C o nselho dos D oze cimento.” (D&C 42:61.)
E depois, essa grandiosa promessa:
Como membros da Igreja, nosso chamado é ajudar os outros a aprenderem “ E se os vossos olhos estiverem fitos só
na minha glória, os vossos corpos se en­
esta grande verdade.
cherão com luz, e em vós não haverá
precisava da ajuda do Senhor. Minha trevas; e o corpo que é cheio de luz
alma transbordava de emoção, quando compreende todas as coisas.” (D&C
tentei cantar com eles: ‘De ti, Senhor 88:67.)
careço. Só de ti careço! Oh, dá-me a tua No transcorrer dos anos, outros têm
bênção, Jesus, Senhor!” (Hinos, n9 61.) sido aconselhados exatamente como eu
O peso deste novo chamado e respon­ fui instruído e aconselhado pelo Presi­
sabilidade para o qual acabastes de me dente Kimball. Cento e quarenta e seis
apoiar, esmagar-me-ia, não fora o co­ anos atrás, quando a Igreja foi restaura­
nhecimento que tenho do Salvador. da, a Primeira Presidência instruiu Par-
Tenho orado diariamente por um me­ ley P. Pratt, membro recém-chamado
lhor entendimento do Mestre ao prepa­ dos Doze: 0 , Senhor, favorece dos céus
rar-me para a sagrada responsabilidade este teu servo; perdoa-lhe seus pecados,
de ser uma testemunha especial dele em santifica seu coração e prepara-o para
todo o mundo. Suas palavras agora me receber a bênção . . . Aguça sua inteli­
parecem mais claras. Disse ele: “Apren­ gência, comunica-lhe toda a sabedoria,
de de mim e ouve as minhas palavras; a prudência e o discernimento de que
anda na mansidão do meu Espírito e te- necessita como um ministro da retidão,
rás paz em mim .. . e para magnificar o apostolado ao qual
“ Declararás arrependimento e fé no é chamado.”
Salvador, e remissão de pecados por ba­ E, prosseguindo, disseram: Tu te en-
spero que sentistes o doce espí­ tismo, e pelo fogo, sim, pelo Espirito gajaste numa causa que requer toda tua

E rito do coro da Primária que


vem abençoando esta reunião.
Ouvistes a mensagem deles? Escutastes
Santo.” (D&C 19:23,31.)
O Salvador disse: “ Erguei-vos e cingi
os vossos lombos, tomai vossa cruz e se­
a te n ç ã o ... Torna-te um dardo poli­
d o . . . Para seres perfeitamente polido,
terás que suportar muita labuta, muito
o que disseram? gui-me, e apascentai as minhas ove­ trabalho e muitas privações . . . Teu tra­
Será que quando ele voltar, lhas,” (D&C 112:14.) balho terá de ser incessante, e grande
Lá estarei, preparada, A declaração do Salvador: “ E a vida tua labuta; terás que prosseguir e labu­
Para olhar sua face querida eterna é esta: que te conheçam a ti só, tar até que esteja feito o grande traba­
E junto com ele orar? por único Deus verdadeiro, e a Jesus lho . . . Teu Pai Celestial o requer; o
Cristo, a quem enviaste.” (João 17:3), campo é dele; o trabalho é dele: e ele te
(Tradução livre e aproximada de “ I confortará e dará ânimo . . .
agora tem um sentido muito mais pro­
Wonder, When He Comes Again” , por
fundo para mim. Não é somente meu “Acautela-te contra o orgulho” , con­
Mirla Greenwood Thayne. N. do T.) tinuaram. Acautela-te contra o mal;
desejo como minha sagrada obrigação
Diz o Profeta Alma que muitas vezes ajudar os outros a saberem e entende­ evita a própria aparência do m a l. . .
se comunicam palavras às crianças, que rem isto. Embora os tempos tenham Conhecerás milhares que, quando te vi­
chegam a confundir o sábio e o instruí­ mudado desde que foi restaurada na rem pela primeira Vez, nada saberão a
do. (Vide Alma 32:23.) Estou certo de terra a única verdadeira Igreja de Cris­ respeito da salvação por Jesus Cristo,
que vimos um exemplo disto aqui hoje. to, as necessidades são as mesmas, e as mas apenas o que virem em t i . . .
Poucas horas depois de ter sido orde­ promessas confotadoras. Ouvi isto: “Cultiva grande humildade .. . Acau­
nado e designado pelo Presidente Kim­ “ Achegai-vos a mim e eu me achega- tela-te c o n tra . . . os bajuladores do
ball, viajei a fim de participar de reu­ rei a vós; procurai-me diligentemente e mundo. . . . Coloca teu ministério em
niões em Norfolk, Virginia. Minha alma me achareis; pedi, e recebereis; batei, e primeiro lugar . . . Lembra-te, as almas
continuava ainda tomada de assombro. abrir-se-vos-á.” (D&C 88:63.) dos homens são confiadas ao teu cuida­
Mas, ao entrar na sala de reunião de Nossos desafios são idênticos: “Tu do . . . ”
uma conferência regional de Jovens pregarás a plenitude de meu Evangelho, Eles prosseguiram dizendo a Parley
Adultos, eles estavam cantando: “ Care­ o qual enviei nestes últimos dias, o con­ P. Pratt: “E preciso que recebas um tes­
ço de Jesus” . Eles tinham escutado meu vênio . . . para recuperar o meu povo.” ( temunho do Céu .. . para que possas
apelo. Aqueles jovens conheciam mi­ D&C 39:11.) prestar testemunho da veracidado do
nha necessidade - sabiam do quanto eu “Outra vez vos digo, atendei, ouvi e Livro de Mórmon . . .
16 A LIAHONA
“ Fortalece tua fé . . . tério. Foi quando fez aos Doze duas Espírito de Deus. Eis aqui a sua promes­
“ És chamado para pregar o Evange­ perguntas momentosas. Primeiro, inda­ sa de que a igreja dele, fundamentada
lho do Filho de Deus às nações da terra; gou: “ Quem dizem os homens ser o Fi­ sobre a rocha da revelação inspirada,
é a vontade do Pai Celestial que procla­ lho do homem?” (Mat. 16:13.) Os após­ resistiria a todos os poderes do inferno.
mes o seu Evangelho aos confins da ter­ tolos responderam com palavras sóbrias Aqui ele conferiu à sua igreja o poder'
ra, e nas ilhas do mar .. . e honestas, admitindo, porém, que o de abrir e fechar, de ligar e desligar, e a
“ Está constantem ente preparado Messias não fora reconhecido pelo promessa de que as chaves do Sacerdó­
para dares em sacrifício a tua (vida), se mundo que viera salvar. Repetiram as cio, exercidas com justiça na terra, se­
for da vontade de Deus . . . Sê sempre suposições do povo. Uns diziam ser riam ratificadas nos céus.
piedoso; sê sempre vigilante . .. João Batista; outros, um novo Elias; ou­ Deus nos abençoe com fé em Cristo
“ Este Evangelho tem que rolar e rola­ tros viam nele a ternura de Jeremias, - a fé que Cristo acentuou, quando apa­
rá adiante até que encha (toda) a ter­ pensando que fosse ele. E muitos consi­ receu aos onze. Tomé, conforme recor­
ra ... deravam-no um profeta. A luz resplan­ dais, quis uma prova — quis ver com
“Tu precisarás de uma fonte de sabe­ decera nas trevas, mas as trevas não a seus próprios olhos o que lhe haviam
doria, conhecimento e inteligência, tal compreenderam. (Vide João 1:5.) Ape­ contado. O Salvador disse: “ Porque me
como jamais tiveste . . . (Deus) pode do- nas podemos imaginar o desapontamen­ viste, Tomé, creste; bem-aventurados
tá-lo de pompa mundana ou grande to, quando o Salvador dirigiu a segunda os que não viram, e creram.” (João
ap arato . . . pergunta aos apóstolos: “ E vós, quem 20:29.)
“Tens que proclamar o Evangelho dizeis que eu sou?” (Mat. 16:15.) Eu não vi, mas sei. Eu sempre soube,
em sua simplicidade e pureza.” (Auto- Era preciso que o Salvador os con­ mas agora obtive maior certeza, e oro
biography of Parley Pratt, Deseret vertesse, e eles convertessem o mundo. que eu sempre saiba que este é o Evan­
Book Co., 1961, pp. 119-26.) Veio a resposta. Coube a Pedro a honra gelho do Senhor Jesus Cristo, que foi
Agora eu sei pelo poder do Espírito, imortal de responder por todos eles: restaurado em nossos dias, qué Deus é
que essa orientação e conselho dados “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vi­ uma realidade. Sei que ele vive, que o
sob a inspiração do Profeta Joseph vo.” (Mat. 16:16.) homem foi criado à sua imagem e se­
Smith, destinados aos irmãos daqueles Esta resposta veio do apóstolo sênior. melhança. Sei que Jesus de Nazaré, nas­
tempos, são destinados igualmente a Eles reconheciam agora em Jesus de cido de Maria, é o Cristo, o Filho de
nós. Estes onze servos eleitos com quem Nazaré o Messias prometido a seu povo Deus, e que debaixo do céu nenhum ou­
agora tenho a honra de estar associado, e um Filho de Davi; ele, porém, era tro nome há pelo qual o homem poderá
não só dedicaram tudo o que possuem a mais que isso — mesmo “ o Filho de ser salvo. Sei que ele vive agora —hoje
edificação do reino, como levam uma Deus vivo” . _ —e que só existe salvação por meio de­
vida de justiça e total dedicação. Espero “ E Jesus, respondendo, — disse-lhe: le; que ele nos levará de volta, se for­
segui-los e imitar seu exemplo. Amo a Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, mos dignos, à presença de Deus, nosso
cada um deles. Amo a Primeira Presi­ porque to não revelou a carne e o san­ Pai Eterno.
dência e todas as Autoridades Gerais. gue, mas meu Pai que está nos céus. Oro que a centelha divina existente
Sinto um calor n’alma, quando estou na “ Pois também eu te digo que tu és Pe­ em nós se desenvolva num firme conhe­
sua companhia. dro, e sobre esta pedra edificarei a mi­ cimento e convicção, e que, através da
A respeito dos Doze, diz o Presidente nha igreja, e as portas do inferno não revelação pessoal, viremos a saber que
Joseph F. Smith: “Estes doze discípulos prevalecerão contra ela; Jesus é o Filho do Deus vivo, que o Pre­
de Cristo devem ser testemunhas ocula­ “E eu te darei as chaves do reino dos sidente Kimball é o único homem na
res e auriculares da missão divina de Je­ céus; e tudo o que ligares na terra será terra que possui e exerce em retidão as
sus Cristo. Não lhes é permitido dizer ligado nos céus, e tudo o que desligares chaves do reino, e é o porta-voz de
simplesmente: ‘Eu acredito; aceitei o na terra será desligado nos céus.” (Mat. Deus na terra.
Evangelho, porque acredito . . . ’ . . . o 16:17-19.) Abençoa-nos com inspiração celes­
Senhor nos informa que eles têm de sa­ Esta confirmação de Pedro foi igual­ tial, para sabermos e estarmos prepara­
ber, têm de adquirir o conhecimento mente o testemunho de Jesus a respeito dos para a sua vinda —pois ele há de vir
por si mesmos. O conhecimento deve de si próprio e uma promessa que nós, como Rei dos reis, para reinar para
estar com eles, como se o tivessem visto capazes de assim reconhecer, somos todo o sempre. Isto eu testifico, ao orar
e ouvido com seus próprios sentidos, se­ bem-aventurados, quando guiados pelo em seu santo nome. Amém.
ndo, realmente conhecedores da verda­
de. Esta é a missão que lhes foi designa­ Intérprete prepara-se para Jazer a tradução simultanea de um discurso de conferencia
da: testificar de Jesus Cristo, que foi
crucificado, ressurgiu dos mortos e que
está agora investido de todo o poder, à
mão direita de Deus, e que é o Salvador
do mundo . . . essa é a doutrina e a ver­
dade que lhes compete pregar ao mun­
do, providenciando que seja transmitida
a todos os homens . . . que Joseph Smith
é um profeta de Deus, e que foi autori­
zado e preparado para assentar o alicer­
ce do reino de Deus.” (Doutrina do
Evangelho pp. 159-160.)
Sei que o espírito de revelação é tão
essencial para nós hoje como o foi para
os Doze, durante o ministério terreno
do Salvador. Naquela ocasião, houve
um incidente que alguns autores consi­
deram o ponto culminante desse minis­

AGOSTO DE 1976. 17
recedores.
Segundo, ela virá à m ente do re-
ceb ed o r. O P ro fe ta E nos orava ao
Senhor e d escreve, p o r exem plo,
sua ex p eriên cia assim:
“ E en q u an to estava assim lu tan ­

A Voz do em espírito, eis que a voz do Se­


nh o r veio de novo à m inha m ente,
dizendo . . ( Enos 10.)

Mansa e Delicada O que ele falou a Enos, não me


interessa neste m o m ento, m as o
m eio usado p a ra falar-lhe está aqui
ilustrado. A palavra do S enhor vem
É ld e r S. D ilw o r th Y o u n g à m ente.
d o P rim eiro C o nselho dos S etenta T erceiro , ouçam os ag o ra a ins­
tru ç ão d a d a pelo S enhor a O liver
C ow dery, que desejava trad u zir e
rec eb e u perm issão p a ra tal.
P ara ouvir a voz suave e m ansa, tem os que ser justos e m erecedores. “ Sim, eis que eu falarei à tua
m ente e ao teu co ra çã o , pelo Espíri­
Elias?” (I Reis 19:11-13.) to S anto, que virá sobre ti e h ab ita ­
Q u ando soube que estav a em c o ­ rá em te u c o ra ç ã o .”
m u nicação com o S enhor, Elias fa­ E e n tão prossegue, declaran d o
lou-lhe de seu grave p ro b lem a e por sua g en uína força, se assim a c o n te ­
que se escondia na cav erna. E ntão cer:
re ceb eu in stru çã o sobre o que devia “ A gora, eis que este é o espírito
fazer. de rev elação ; eis que este é o espíri­
to pelo qual M oisés conduziu os fi­
D ois mil e sete ce n to s anos d e ­
lhos de Israel atrav és do M ar V er­
p o is, fo ra m -n o s r e s ta u ra d o s os
m elho em te rra seca.” (D & C 8:2-3.)
m eios pelos quais po d em o s ouvir a
voz do S e n h o r. C o n fo rm e d e s ­ A qui; pois, se c o m p leta o que dis­
se Enos: m ente e c o ra ção - não o
cobriu Elias, não será no vento fo r­
c o ração que p alpita, mas o que
te, ou no tro v ão , relâm pago ou o u ­
“ se n te ” .
tra m an ifestação e sp e ta c u la r q u al­
O liver C ow dery te n to u e fracas­
qu er. V irá, com o p a ra Elias, num;
sou, sendo-lhe dito:
“ Voz m ansa e d elic a d a ” .
“ M as, eis que te digo, deves po n ­
N ão p re te n d o e n u m e ra r to dos os
d e ra r em tu a m en te; depois me d e ­
m eios pelos quais o S en h o r p o d eria
ves p e rg u n ta r se é co rre to e, se for,

D
am os as boas-vindas aos q u e re r falar ao seu p ro fe ta eleito.
P od eríam os c ita r ap a riç õ es pes­ eu farei a rd e r d e n tro de ti o teu pei­
q u a tro novos m em bros do to; hás de sen tir assim, que é certo.
P rim eiro Q u o ru m dos Se­ soais, vozes viondas do m eio de
um a nuvem e obviam ente o que M as, se não for co rre to não senti-
te n ta , assegurando-lhes nossa afei­ rás isso, m as terás um estu p o r de
ção, nosso to tal ap o io e ace ita çã o acabam os de m en cionar.
pen sam en to que te fará esq u ecer o
P orém , p a ra o m em b ro d a Igreja
de suas designações e farem os to d o que for e rra d o ; p o rta n to , não podes
d ecidido a g u a rd a r os m an d am en ­
o possível p a ra c o o p e ra r com eles escrever aquilo que é sagrado, a
to,s que p recisa de o rie n ta ç ã o p e s­
em seu trab alh o . não ser que eu te p erm ita .” (D & C
soal em seus negócios cotidianos,
Irei ler-vos u m a ex p eriên cia de 9:8-9.)
que im plora pela vida de sua esp o ­
Elias que se e n c o n tra no cap ítu lo E eu d iria que tam b ém não po-
sa ou um filho grav em en te enferm o,
dezenove, de I Reis: o S E nhor indicou seguidam ente deríeis pen sar, d a m esm a m aneira.
“ E ele lhe disse: Sai p a ra fora, e que a resp o sta será d ad a pela “ Voz F azer a rd e r o peito é o u tra form a
põe-te neste m onte p e ra n te a face m ansa e d e lic a d a ” . C om o, en tão , de dizer que “ sen tir” é u m a parte
do Senhor. E eis que passava o Se­ sab er de que form a rec eb ê -la e o im p o rtan te do processo de revela­
nhor, com o ta m b é m um g ran d e e que devo esperar? ção.
forte v en to que fen d ia os m o n tes e Q u arto , n a terrível rep rim en d a
P rim eiro, o S en h o r falará pelo
q u eb rav a as p en h as d ian te d a face seu E spírito, que é o E spírito S anto. de N éfi a seus irm ãos, devido às
do S en h o r; p o ré m o S en h o r n ão es­ suas in ten çõ es assassinas, diz ele:
F alando aos D oze em 1829, disse o
tav a no vento: e dep o is do vento, “ Sois ráp id o s em c o m e te r iniqüi-
Senhor, referindo-se às palavras
um terrem o to : tam b ém o Senhor d a d e s , p o r é m v a g a r o s o s em
que dera:
não estava no terrem o to : lem brar-vos do S enhor vosso D eus.
“ Pois é a m inha voz que vo-las
E dep o is do te rre m o to , um fogo; diz; pois são dadas pelo m eu E spíri­ H aveis visto um anjo que vos fa-
p o rém tam b ém o S en h o r não estava to .” (D & C 18:35.) lour; ssim, haveis ouvido sua voz de
no fogo: e d epois do fogo, u m a voz q u ando em q u a n d o ; e ele vos falou
m ansa e delicada. M ais tarde, em 1832, instruía os él­ num a voz m ansa e d elicad a porém
“ E su ced eu q ue, ouv in d o -a Elias, deres: “ Eu que falo pela voz do meu havéis p erd id o a sensibilidade, de
envolveu seu ro sto na sua cap a, e Espírito, (D & C 75:1.) E im portante m odo que não pud estes p e rc e b e r
saiu p a ra fora, e pô-se à e n tra d a da que aprendam os a perceber quando o suas palavras; p o rta n to falou-vos
caverna: e eis que veio a ele um a Senhor nos fala pelo seu Espírito, pois ele com voz de tro v ão , o que fez
voz, que dizia: Q ue fazes aqui, ele certam ente o fará aos justos e m e­ tre m e r a te rra com o se estivesse
18 A LIAHONA
p ara fen d er-se.” (I N éfi 17:45.)
R epito: “ Ele vos falou n u m a voz
m ansa e delicad a, p o rém havíeis
perd id o a sensibilidade, de m odo
que não p u d estes perceber suas p a ­
lavras.” (G rifo nosso.) P or que ele
não disse: “ H avíeis p erd id o a au d i­
ção, de m odo que não p u d estes o u ­
vir suas palavras? P o rq u e a certeza
provém do sen tim en to .
Se desejo re c e b e r rev elação do
Senhor, ten h o que e sta r em sintonia
com ele, g u ard an d o seus m an d a­
m entos. E ntão , q u a n d o necessário,
segundo a sua sab ed o ria, sua p ala­
vra virá à m in h a m en te p o r m eio de
meus p en sam en to s, aco m p an h ad a
de um sen tim en to n a região do p e i­
to. É algo im possível de descrev er.
O term o que m ais se aproxim a é
“ ard e r” ou “ a rd o r” . E ste se faz
aco m p an h ar sem pre de u m a sen sa­
ção de paz, m ais u m a testem u n h a
de que o que ouvim os é certo . D es­
de que se re c o n h e c e esse ard o r,
esse sen tim en to , essa paz, n u n ca
mais se p recisa e rra r na vida diária
ou na o rie n ta ç ã o receb id a. Pode-se
sab er tam b ém que u m a rev elação é
certa, q u an d o estiver em h arm onia
com p rincípios revelados; caso co n ­
trário , não é d o Senhor. O S enhor
nun ca se contradiz. E vital que to ­
dos saibam que ninguém jam ais re ­
ceb erá rev elação c o n trá ria à p ala­
vra d a d a ao p ro fe ta vivo. A ap lica­
ção deste p rin cíp io ev itará m uitas
frustraçõ es d a vida cotidiana.
A m aioria dos aqui p resen tes já
teve essa ex p eriên cia m uitas vezes,
mas h á um a gran d e m ultidão de
nossos filhos que a d esco n h ecem e
precisam ser levados a enten d ê-la.
E q u an d o devem os en sin ar esse
princípio? Q u an d o nos dam os co n ta
de situações q u e indicam a necessi­
dade de sua ap licação . C e rta o c a ­
sião, um g aro tin h o , zangando-se
com seu c o m p an h eiro de b rin q u e ­
do, e n tro u em casa afirm an d o que
nunca m ais voltaria a b rin c a r com
ele nem o d eix aria e n tra r na casa. Élder LeGrand Richards, do Conselho dos Doze.
A m ãe - m u lh er sábia - largou o
que estava fazendo, não m ais ta rd e ,
mas no m esm o m o m en to , e disse: — M uitas vezes há, d u ra n te o cre s­ P o r esse m eio, o P ro feta Jo sep h
Filho, vam os até o q u a rto e, de jo e ­ cim en to de nossos hom ens, que eles Sm ith re c e b e u rev elação , assim
lhos, co n v ersar com o Pai C elestial. precisam b u sc ar o E spírito, a fim de com o os que o su ced eram com o
Lá ela lhe explicou q u e p recisava sab er com o agir ou fazer. Q u ando presid en tes d a Igreja. E p o r esse
ap re n d e r a p e rd o a r e p ed iu que tod o s os pais co m eçam a ensiná- m eio a Ig reja se m an tém em sinto­
orasse a resp eito . E la o rou prim eiro los? C om o? N as noites fam iliares? nia com a v o n tad e do S enhor, a tra ­
e d e p o is a ju d o u -o a c o m e ç a r. Sim, p o rém m uito m ais im p o rta n te, vés do P resid en te S pen cer W . K im ­
Q uando saíam d o q u a rto , o garo to , q u an d o surge a necessid ad e, no m o­ ball. P or esse m eio, p o d erem o s en ­
levantando os olhos p a ra ela, disse: m en to de n ecessidade. E en tã o que co n tra r ev e n tu alm en te o cam inho
- A cho q u e vou b rin c a r com ele eles c o m p ree n d em que, se estive­ para a vida e te rn a , e oro que possa­
novam ente. Ele p ode vir aqui. - P o ­ rem certos, a voz do S en h o r virá à mos en te n d e r. P resto testem u n h o
dem os dizer que foi um a resp o sta à sua m ente com um c e rto sen tim en ­ dessa v erd ad e e do fato de que o
oração. Sim, mas tam b ém o co m e ­ to no p eito , ac o m p a n h a d o p ela paz. P residente S pen cer W . Kimball é
ço de o rap azin h o ouvir a voz d o Se­ Eles e starão re c e b e n d o a voz do Se­ um p ro feta, em nom e de Jesus C ris­
nhor, e isto é o im p o rtan te. n h o r a eles dirigida to, A m ém .
AGOSTO DE 1976 19
As m oedas, co n to u , foram d istri­
buídas en tre os m em bros, na esp e­
ra n ç a de que, q u an d o os hom ens
m etessem a m ão no bolso e as se­
nhoras abrissem a c a rte ira em bus­
ca de um tro ca d o , a m o edinha b ri­
lh an te fosse a p rim eira coisa que
vissem , reco rd an d o -lh es o seu d e­
ver. S orrindo, en treg o u u m a m oedi­
nha a c a d a um dos dois e disse:
— Foi um sucesso! O povo tem
co rresp o n d id o e agora estam os p ro ­
Vós Sois Vosso gredindo em nosso projeto.
Q u an d o ele disse isto, pensei:

Maior Tesouro “ Um bom princípio bem aplicado


traz bom resu lta d o .”
Passado um m om ento, ele inver­
teu a coisa e quis sab er qual era a
É ld e r J o h n H . V a n d e n b e rg nossa p re sen te o cu p ação , ao que
A ssistente do C o nselho dos D oze replicam os: — C oin cid en tem en te,
nós tam b ém estam os co n stru in d o
igrejas p a ra a Igreja de Jesus C risto
Todos nós devemo-nos analisar e descobrir nosso próprio valor dos S antos dos Ú ltim os Dias.
— Q u an tas os senhores estão-
m aiores cidades do Texas. F alo u de con stru in d o ?
algum as ex p eriên cias fru strad o ras
— N o m o m en to , algum as c e n te ­
dele e do com ite fin an ceiro no to ­ nas, - resp o n d em o s, o que provo­
c an te ao lev an tam en to de fundos cou um o lh ar de su rp re sa da parte
dos m em bros d a sua igreja; haviam dele.
te n ta d o p ratic a m e n te tu d o , desde — M as isto re p re se n ta um m on­
pedidos indiretos, com o ja n ta re s, tão de edifícios! C om o é que con se­
bazares, jogos de azar — m as n e ­ guem financiá-los? O nde, no m un­
nhum m eio teve sucesso. do, conseguem a rra n ja r tan to di­
C o n v o caram um a reu n ião e sp e­ nheiro?
cial p a ra so lu cio n ar os p roblem as — D os m em bros d a Igreja e, por
nova coin cid ên cia, o grande segre­
financeiros. E foi d u ra n te essa re u ­
do que os senhores desco b riram no
n ião, disse ele, que lhes o co rreu p rincípio do dízim o tem sido um a
um a idéia brilh an te, depois de al­ d o u trin a d a Ig reja do S enhor desde
guém sugerir que consultassem as o princípio de sua resta u ra ção , -
E scritu ras p a ra e x p e rim e n tar a m a­ replicam os.
n eira do Senhor. A passagem e n ­ Isto ensejou um a extensa co n v er­
c o n tra-se em M alaquias: sa sobre a grande d ed icação dos
“ T razei to d o s os dízim os à casa santos dos últim os dias, não só
do teso u ro , p a ra que h a ja m an ti­ q u an to ao pag am en to do dízim o,
e c e n te m en te , m ex en d o em

R a lg u m a s le m b ra n ç a s m i­
nhas caiu-m e nas m ãos u m a
m oeda que m e tro u x e à m ente um a
m entos n a m inha casa, e depois fa­
zei p rova de m im , diz o S en h o r dos
E xércitos, se eu não vos ab rir as ja ­
ofertas de jeju m , além dos fundos
de co n stru ção , fundo do tem plo,
fundo do b em -estar, o rçam entos,
fundos m issionários etc., com o tam ­
agradável e x p e rie n c ia . nelas do céu, e não d e rra m a r sobre bém d o an d o g ran d e p arte de seu
vós um a b ê n ç ã o tal que d e la vos a d ­ tem po livre tra b a lh a n d o na Igreja,
A nos atrás, ao to m a r o avião em v enha a m aior a b a sta n ç a .” (M al. na sua adm in istração e p a rticip a n ­
D en v er, p a ra v o ltar à C idade do 3:10.) do em seus program as. Explicam os
L ago Salgado, pois tin h a sido convi­ P or e sta passagem , o com itê c o n ­ nosso extenso p ro g ram a m issioná­
d ado a fazer p arte do C om itê de ceb eu a idéia ú n ica de tra n sm itir a rio e a d e v o ção de nossos jovens.
C o n stru ção d a Igreja, e n c o n tre i um m ensagem aos m em bros cu n h an d o D em o n stran d o intenso interesse,
m em b ro d a nossa equipe q u e fazia a um a m o ed in h a de co b re, relu zen te recostou-se na p o ltro n a e falou p e n ­
sativam ente:
m esm a viagem . E stava a c o m p a n h a ­ com o o u ro p uro, do tam an h o a p ro ­
— E assom broso! V ocês devem
do de um sen h o r que c o n h e c e ra p o r x im ado d a de c in q ü e n ta centavos te r algo que *não tem os.
acaso. S entados ju n to s no avião, de d ólar, te n d o inscrito num dos la­ E surge n o vam ente a q u estão —
p u sem o-nos a co n v ersar. Ind ag u ei dos: “ Um décim o é do S en h o r” , e qual a d ife ren ç a que na verdade
ao tal se n h o r qual sua o cu p a ç ã o d o outro: “ T razei to d o s os dízim os causa tal devoção? D eixem os que
atual. C o n to u -n o s que e ra en g e­ à casa do S enhor e d erra m a rei Jo sep h Sm ith resp o n d a. Em d e ­
n h eiro , na é p o c a o cu p a d o na co n s­ sobre vós um a b ên ç ão tal, q u e dela zem bro de 1839, ele encontrava-se
tru ç ã o de u m a igreja n u m a das vos adv en h a a m aior a b a sta n ç a .” em W ashington D .C ., em com pa-

20 A LIAHONA
nhia de outro s irm ãos, te n ta n d o D eus . . . Pois p a ra o hom em sacrifi­ seu m aior tesouro. Se p u d er d e te r­
conseguir q u e os santos fossem c a r tu d o o que é seu . . . re q u e r m ais m inar po ir si m esm o — d escobrir o
com pensados pelas injustiças sofri­ do que a sim ples c re n ç a ou suposi­ que é e qual o seu destino, e p u der
das. Em c a rta a seu irm ão, H yrum , ção de que está fazendo a vontade encontrar e desenvolver os elem en­
ele dizia que haviam sido receb id o s de D eus; p o ré m co n h ecim e n to ge­ tos de valor em sua natu reza - sua
pelo p resid en te dos E stados U nidos nuíno, co m p re e n d e n d o que, q u a n ­ vida a d q u irirá a b ele za d a o r ­
e co n tav a que: “ Em nossa entrev is­ do estes sofrim entos tiverem te rm i­ dem . . . Digo ‘se p u d e r’, pois este
ta com o p resid en te, ele perg u n to u - nado, ele e n tra rá no repouso e tern o processo exige sabedoria, e sabedo­
nos no que nossa religião deferia e será p a rtic ip a n te d a glória de ria é um fruto que am ad u rece len ta ­
das o u tras religiões d a ép o ca. O Ir­ D eus . . . O bservem os aq u i,” p ro s­ m ente. T alvez você ainda não seja
m ão Josep h disse q u e diferíam os na segue ele, “ que u m a religião que sábio, talvez ainda seja incapaz de
m aneira de b atizar e d o dom do não re q u er o sacrifício de to d as as um a auto-análise, talvez esteja con­
E spírito S anto p ela im posição das coisas, jam ais tem p o d e r suficiente fuso e n tre as superficialidades e
m ãos, julgando que to d as as o u tras p a ra p ro d u zir a fé necessária p ara ap arên cias d a vida, talvez seu códi­
co n sid eraçõ es estavam co n tid as no vida e salvação.” (Lectures on Faith, go de c o n d u ta seja baseado nos cos­
dom do E spírito S an to .” (History of 6:4,5,7,.) tum es vigentes e nos ditos de p re ­
The Church of Jesus Christ of Latter- A lguns têm o privilégio de o b ser­ tensos filósofos, talvez você se en ­
day Saints, 4:42.) Este é o dom c o n ­ var de certas posições favoráveis, o co ntre ab atid o e desanim ado, até
cedido a to d o m em bro ao ser c o n ­ c rescim ento e vitalidade d a Igreja m esm o em lo uca retira d a diante das
firm ado na Igreja. A queles que lhe viva. Esse m ovim ento m ostra que a cousas da vida que p arecem opor-se
co rresp o n d em são p o r ele guiados. fé está au m en tan d o na te rra , que é a você e rechaçá-lo. M as, m esm o
O S en h o r aludiu ao p o d e r do estab elecido o convênio e te rn o de assim, isto é ap enas um a condição
Espírito Santo em suas instruções D eus, e que está sendo p ro clam ad a ou disposição passageira. A condi­
aos discípulos, q u an d o disse: a p lenitude do E vangelho. (Vide ção se c o rrig irá por si, a disposição
“ T odavia digo-vos a v erd ad e, que D & C 1:21.) Isto c o n c o rd a com a re ­ passará.” (R ich ard W ightm an.)
vos convém que eu vá; p o rq u e, se v elação d ad a atrav és do P ro fe ta Jo ­ O E vangelho em sua plenitude
eu não for, o C o n so lad o r não virá a seph Sm ith, q u a n d o este passava al­ fornece a ajuda necessária para
vós; mas, seu eu for, enviar-vo-lo- gum as de suas h o ras m ais difíceis na “ d eterm in ard es p o r vós m esm os -
ei. C adeia de L iberty, d u ra n te o inver­ d escobrirdes o que sois e qual o
“ E, q u an d o ele vier, co n v en cerá no e p rim avera de 1838/39. D o m eio vosso d estin o ” .
o m undo do p ecad o , e d a ju stiç a e d aquele m undo de trevas, ele d e cla­ Diz o Rei B enjam im , um dos p ro ­
do juízo. rou: fetas do Livro de M órm on, falando
“ Ainda te n h o m uito que vos d i­ “ Q u anto tem p o podem p e rm a n e­ dos atrib u to s de D eus: ‘Se o con h e­
zer, mas vós não o podeis su p o rta r c er im puras as águas que correm ? cim ento d a b o n d ad e de D eus em
agora. Q ue p o d er d e te rá os céus? S eria tão vós . . . d e s p e rto u o se n tim e n to
“ M as, q u a n d o vier aquele E spíri­ inútil q u e re r o hom em este n d e r seu de . . . (vosso) estad o de d eca d ên ­
to de v erd ad e, ele vos guiará em débil b raço p a ra desviar do seu cu r­ cia . . .
to d a a v e rd a d e .” (Jo ão 16:7-8,12- so o rio M issouri, ou fazê-lo ir co r­ “ . . . este é o m eio pelo qual vem a
13.) ren teza acim a, com o ev itar que o salvação . . .
E pelo E spírito S anto que os T odo Poderoso derram e os seus co­ C rede em D eus; acreditai que ele
m em bros receb em o co n h ecim en to nh ecim entos dos céus sobre as ca­ existe e que criou to d as as coisas,
e testem u n h o d a v erd ad e. E assim beças dos santos dos últim os dias.” tan to no céu com o na te rra ; acredi­
influenciados, eles de bom grad o e (D & C 121:33.) tai que ele tem to d a a sabedoria e
volu n tariam en te apóiam a causa do Este co n h ecim e n to que o T odo- poder, ta n to nos céus com o na te r­
Evangelho R estau rad o de Jesus p o d ero so derram a sobre a ca b eç a ra; acred itai que o hom em não
Cristo. Seja o que for que lhe seja dos santos refere-se ao co n h eci­ p ode e n te n d e r todas as coisas que o
req u erid o , eles resp o n d em e sen­ m ento p erd id o d a v erd ad eira n atu ­ Senhor pode.
tem -se satisfeitos a respeito. H av e­ reza do Pai e de seu Filho, Jesus “ A lém disso, acred itai que vos
ria de ser d o u tra m aneira? O p reço C risto; ao genuíno pro p ó sito e sen­ deveis a rre p e n d e r de vossos p e ca ­
é pago, segundo a ilu stração d esta tido d a vida; às verd ad eiras d o u tri­ dos, abandoná-los e hum ilhar-vos
simples parábola: nas do E vangelho que, q u an d o acei­ diante de D eus, pedindo com since­
“ O utrossim o reino dos céus é se­ tas, firm am a fé em D eus, tão essen­ ridade de c o raçã o que ele vos p er­
m elhante ao hom em , n egociante, cial p a ra a vida e te rn a na prece doe; e agora, se acreditais em todas
que busca boas péro las; o fe rta d a p o r Jesus em favor de seus estas coisas, p ro cu rai fazê-las.”
“ E, en c o n tra n d o u m a p éro la de discípulos e to d o s os cren tes, ele (M osiah, 4:5,8-10.)
g ra n d e v a lo r, fo i, v e n d e u tu d o disse: U sando esta E scritura com o base
q u an to tin h a, e com prou-a. (M at. “ E a vida e te rn a é esta: que te co ­ e seguindo o cam inho que o Salva­
13:45-46.) n heçam , a ti só, p o r único D eus ver­ d o r descreve com o sendo “ estrei­
Josep h Sm ith, falando sobre o as­ dad eiro, e a Jesus C risto, a quem to ” e “ a p e rta d o ” (Vide M at. 7:14),
sunto, expressou-se assim: “ T al era, enviaste.” (João 17:3.) fará a pessoa c o m p ree n d er que ela
e sem pre será a situ ação dos santos O propósito geral do p la n o do p ró p ria “ é seu m aior te so u ro ” . M i­
de D eus qu e, a m enos q u e ten h am E vangelho é in form ar a h u m an id a­ lhões assim testificaram pelo poder
um genuíno co n h ecim en to de que o de de que ela po d e agir de aco rd o do E spírito S anto, q u ando aceita­
rum o que seguem está de acordo com seus princípios; é aju d ar o in­ ram a v erd ad eira d o u trin a e com
com a v o n tad e de D eus, sua m ente divíduo a e n co n tra r-se p ro p o rcio ­ outros ju n taram -se à verdadeira
se a b a te rá e d esfalecerão , p o rq u e nar-lhe um a resp o sta p a ra seus dile­ Igreja.
assim tem sido e sem pre será a o p o ­ mas. Disse alguém, a rspeito de um Q ue D eus nos ab ençoe e ajude a
sição do c o ra ç ã o dos incrédulos e desses dilem as: “ Seu m aior p ro b le ­ e n te n d er isso, eu oro hum ildem ente
d a q u e le s q u e n ã o c o n h e c e m m a é você m esm o. V ocê é tam bém em nom e de Jesus C risto. A m ém .
AGOSTO DE 1976 21
q ue ain d a n ão ad q u iriram m atu ri­
d ade nem sa b ed o ria suficiente p a ra
re c o n h e c e r seus efeitos d estru id o ­
res. Em suas b rav atas e dem o n s­
tra n d o in e x p eriên cia d a vida, essas
quase crian ç as são te n ta d a s a expe­

A Palavra de rim e n ta r tais drogas p o r curiosida­


de, e, co m o re su ltad o , p rejudicam o
co rp o e a m en te. A n tes de se darem

Sabedoria co n ta, são escravos desse h ábito vi­


cioso. D esco b rem e star segurando
um a o n ç a pelo rab o — não podem
É lder T h eo d o re M . B urton c o n tin u a r assim nem i o u sar largar.
A ssistente do C o n selh o dos D oze T ard e dem ais, eles se vêem m etidos
num ap u ro terrível.
P o r assu stad o r e terrív el que seja
o vício de drogas, o co nsum o de ál­
Nosso guia de saúde foi dado por revelação e deve ser usado para nossa prote­
cool e ta b a c o no final das co n tas é
ção e benefício. igualm ente d estru tiv o . Eles co nsti­
coisas p reju d iciais ao m eu o rganis­ tuem nosso p rin cip al p ro b lem a de
mo. drogas hoje em 'd ia, pois essas
N aq u eles dias, n a v e rd a d e ra ra ­ substâncias são de fato drogas e
m ente se passava u m a co n ferê n cia com o tal d ev eriam se consideradas.
sem um discu rso so b re a P alav ra de O p ro b lem a com esse tip o de d ro ­
gas é que seus efeitos são m ais
S ab edoria. H oje eu g o staria d e re ­
graduais. C om o a d estru iç ã o que
to m a r esse co stu m e e fa la r a resp ei­
causam não se to rn a de im ediato
to d a rev e lação d ad a pelo S e n h o r a
a p a re n te , jo v en s e adultos, igual­
Jo seph Sm ith, no d ia 27 de fev erei­
m en te, n ão se d ã o c o n ta de seus
ro de 1833, e que no D o u trin a ’
efeitos preju d iciais até que o dano
C onvênios en c o n tra-se na seção 89.
já esteja feito. Q uando o uso prolon­
E m b o ra de há m uito se c o n h e c e s­
gado do fum o cau so u c ân ce r, enfi-
sem os m ales re lac io n ad o s com o
sem a e p ro b lem as card íaco s, nem
abuso do álcool, n a q u e la é p o c a não
to d o o a rre p e n d im en to do m undo
\ se sabia q u ã o p ern icio so p o d ia ser o
\ seu uso. T am b ém se d esco n h eciam
p o d e rá salvar a pessoa do sofrim en­
naq ueles dias os perigos do uso do to p o r eles p ro v o ca d o . Q u an d o um
tab a co , ch á e café e do co nsum o ex­ a lc o ó latra p e rd e u saúde, em prego,
cessivo de carn e. O S enhor, p o rém , fam ília e re p u ta ç ã o , o p esar de te r
c o m e çad o a b e b e r é p o u co consolo
co n h e cia esses perigos e avisou seus
p a ra um a vida arruinada.

M
eus irmãos, aos testem unhos filhos, a fim d e p ro teg ê -lo s ta n to o r­
prestados pelo Irm ão M ax­ g ân ica co m o m e n talm e n te. Em m i­ A lguns am igos m eus têm -m e p e r­
well, acrescento o meu sin­ n h a op in ião , nestes dias em que vi­ g u n tad o p o r que eu, com o cientista,
cero “am ém ” . Q uando eu era m eni­ não falo c o n tra o uso de tais subs­
vem os, existe g ran d e n ecessid ad e
no, costumávam os cantar na Escola tân cias. “ C om sua bagaigem , cien tí­
de tal a c o n se lh am en to .
D om inical um hino intitulado “Nas N a d é c a d a de 1960, houve g rande fica co m o ex -p ro fesso r de quím ica,
M ontanhas de Sião” , ao qual cham á­ alarde a resp e ito d a c h a m a d a “ cul­ p ode falar com a u to rid a d e ,” dizem -
vamos de hino da Palavra de Sabe­ tu ra das d ro g a s” , e com m uita ra ­ me os am igos. “ P or causa de seu
doria. E ra uma de nossas músicas zão. A o verm os p essoas, e sp ecial­ c o n h ec im en to e e x p eriên cia cien tí­
preferidas e sem pre a cantávamos fica, as pessoas a c re d ita rã o no se­
m ente jo v en s ad u lto s d estru in d o
com grande entusiasmo. U m a das nhor! Pense no bem que p o d e ria fa­
seu organism o e in te lec to pelo uso
estrofes diz: zer, co m o cien tista , p a ra salvar nos­
de n a rc ó tic o s e dro g as viciadoras,
Se sadias querem ser, fortes se de­ ficam os p ro fu n d a m e n te alarm ados. sa g e n te !” T u d o o que posso dizer é
senvolver, E m b o ra ta l h á b ito c o n tin u e a nos q ue tem o s c e n te n a s de ex celentes e
Chá, café e fumo todas odiarão; p re o c u p a r g ra n d e m e n te , seus efei­ e x p erim en ta d o s cientistas em nossa
Nunca álcool irão tomar, muita tos d estru tiv o s m e re c e ra m ta m a n h a Igreja, que se m o stram tão qualifi­
carne evitar, p u b licid ad e, que re g re d ira m um cados com o eu p a ra falar a resp eito
E assim contentes sempre estarão. p o u co , pelo m enos p o r p a rte dos d a P alavra de S ab ed o ria, m o stran ­
(“ N as M o n ta n h a s de S ião” , H i­ a d o lescen tes m ais velhos e jo v en s d o co m o esta rev ela ção tem sido
nos, n9 114.) adultos. c o rro b o ra d a e c o n firm ad a cientifi­
Fui e n sin ad o ta n to em casa co m o cam en te.
na Ig reja a g u a rd a r a P alav ra de Sa­ O co nsum o de d ro g as, co n tu d o , P orem , p erm iti-m e dizer m ais
b ed o ria. D esd e c ria n ç a , ap ren d i c o n tin u a sen d o um sério p ro b lem a um a coisa. A c o n firm a ção científi­
u m a im p o rta n te lição - ev ita r as e n tre os a d o le sc e n te s m ais jo v en s ca d a P alav ra de S ab ed o ria não tem
22 A LIAHONA
dos que ouvem ou venham a ler es­
tas palavras. R ep ito — o uso de ta ­
baco, chá, café e b ebidas alcoólicas
de q u a lq u e r espécie é não só d esa­
gradável ao S en h o r com o igualm en­
te d e stru tiv o p a ra vosso co rp o e
vossa m ente.
N ão sei o que o S en h o r quis dizer
com as seguintes palavras, m as
aceito -as pelo significado ap aren te:
“ E to d o s os s a n to s q u e se
lem b rarem e g u ard arem e fizerem
estas coisas, o b e d e c e n d o aos m an­
d am en to s, re c e b e rã o saúde p a ra o
seu um bigo e m e d u la p a ra os seus
ossos;
“ E a c h a rã o sab ed o ria e grandes
teso u ro s de co n h e cim e n to , até m es­
mo teso u ro s o cultos;
“ E c o rre rã o e n ão se can sarão ,
cam in h arão e não d esfalecerão .
“ E eu, o S en h o r, lhes faço a p ro ­
m essa de que o an jo d e stru id o r os
p assará co m o aos filhos de Israel, e
não os m a ta rá .” (D & C 89:18-21.)
Q u an d o leio “ saúde p a r a . . . o
um bigo e m ed u la p a ra os . . . ossos”
im agino a possibilidade de um a p ra ­
ga devastadora, assolando o m undo
O Presidente E z r a T a ft Benson, do Conselho dos Doze. com o co n se q ü ê n c ia de u m a polui­
im pedido que nossa ju v e n tu d e o fu ­ ta. Fui ch a m a d o c o m o a u to rid a d e ção g en eralizad a, p ro d u z id a pelos
mo, m aco n h a, b eb id as alco ó licas e geral e receb i a m o rd o m ia especial riscos de ra d ia çã o num a g u erra fu­
o utras d rogas. N os E stad o s U nidos, de en sin ar a v e rd a d e ao povo. tu ra . S eria este, talvez, um dos
to d o m aço de cig arro s e to d a a p ro ­ C o m o a u to rid a d e g eral, te n h o um m eios usados pelo S en h o r p ara se­
pag an d a a re sp e ito trazem o b rig a to ­ sólido te ste m u n h o pessoal de que p a ra r os o b e d ie n te s dos d e so b e­
riam en te um aviso: Jesus C risto é o S alvador e R e d e n ­ dientes? P o d e ria h av er algum a co ­
ADVERTÊNCIA: O Diretor Nacio­ to r de to d a a h u m a n id ad e . Eu sei nexão en tre essas substâncias p ro i­
nal de Saúde Decidiu que o Fume É que ele é o C ria d o r e que c o n h ec e o bidas e p artícu las radioativas que
Prejudicial à sua Saúde. fim d esde o p rin cíp io . C o m o C ria ­ p ro v o cariam u m a m aio r abso rção
d o r do hom em , ele sabe quais as p ela m e d u la dos ossos, resu ltan d o
P orém , e sta a d v e rtê n c ia feita p o r coisas boas p a ra nosso co rp o e em m a io r possibilidade de dan o ? Eu
um cien tista não im p ed e que as p es­ quais as que nos prejudicam : Jesus não sei.
soas fum em . As c in q ü e n ta mil m o r­ C risto, com o o D eus d este m undo, O que sei é q u e, se g u ard arm o s a
tes e ferim en to s em o ito c e n ta s mil inform o u-nos que as b ebidas al­ P alavra de S ab ed o ria, serem os p o u ­
pesso a s p ro v o c a d o s a n u a lm e n te coólicas, o ta b a c o , ch á e café são p ados pelo an jo d e stru id o r. O que
por m oto ristas alcoolizados, d e se n ­ preju d iciais à nossa saúde. O uso sei é que D eus re c o m e n d o u que
cad eariam u m a av ala n c h a de m ar­ co n tín u o dessas substancias nos n ão ingeríssem os b ebidas alcoóli­
chas de p ro te sto , se fossem co n se­ ca u sa rá d o r e pesar. N ão são ap e­ cas, ch á ou café, e nos abstivésse-
qü ên cia de algum a aç ã o m ilitar p o r nas prejudiciais à saúde, m as literal­ m os do ta b aco . Q u ão insensato é
p arte dos E stados U nidos. E n tre ­ m e n te d e s tro e m nosso c o rp o e usar q u a lq u e r su b stân c ia que vicie e
tan to , p o u cas vozes de p ro te sto se m en te. p reju d iq u e o co rp o . A p alav ra do
levantam c o n tra o c o n tín u o e sem ­ Visto co m o sei que D eu s vive e S en h o r m e b asta p a ra guiar-m e na
pre c rescen te uso d o álcool e n tre os q u e essas in stru çõ es p ro v êm dele, vida. Insto-vos, p o rta n to , a ouvirdes
m otoristas. T a m p o u c o essas c o n fir­ com o servo de D eus, estou em m e­ c u id ad o sa m e n te estas palavras de
m ações d a P alav ra de S ab ed o ria lhor p o sição p a ra a d v e rtir o povo a d v ertê n cia, não só para abster-se
im pedem o povo de fu m ar e b eb er. do m undo e os m em b ro s d a Igreja das coisas p reju d iciais ao vosso c o r­
A m bos estão a u m e n ta n d o , a d e s­ em p a rticu lar, c o n tra tais perigos, po, co m o tam b ém q u a n to ao uso
peito d a ev id ên cia e e x p eriên cia do q u e esta ria ja m a is co m o cientis­ dos alim entos recomendados pelo
científica q u e d em o n stra m q u ão ta. D eu s nos ad v ertiu e rea lm en te S enhor, in gerindo-os com p ru d ê n ­
prejudiciais são esses hábitos. p rev en iu, d a n d o -n o s a P alav ra de cia e açõ es de graças.
T odavia, existe u m a razão m e ­ S ab e d o ria co m o rev e laç ão . N a q u a ­ O S en h o r falou. D isto eu presto
lhor p a ra eu falar d a P alavra de Sa­ lidade de servo de D eus, passo esse teste m u n h o em nom e de Jesus C ris­
bed o ria do que o fato de ser cien tis­ c o n h e c im e n to ad ian te p a ra o bem to. A m ém .
AGOSTO DE 1976 23
rista de um cam in h ão de com bustí­
vel que saíra do alo jam ento tard e
p o r cau sa de um p ro blem a. A c o rd a ­

Crocodilos Espirituais m os o chefe e, no devido tem p o , es-


távam os instalados em nossa ca b a­
na. Pela m an h ã, tro u x eram -n o s de
volta ao alo jam ento.
É ld e r B o y d K . P a c k e r E stávam os sem c arro , e sem te le­
d o C o nselho dos D oze fone, não h av endo m eio de conse­
guir c o n d u çã o até o fim do dia. E n­
Perigos espreitam por toda a p arte na vida dos jovens — mas existem guias frentam os o d esa p o n tam en to de fi­
para advertir e ajudá-los. c ar ali o dia inteiro . N osso único dia
no p arq u e estava estragado, e para
O P residente B adger m ostrava-se m im , se fora o sonho de um a vida
um ta n to vago a resp eito do p ro g ra­ inteira.
m a p a ra o dia 10 de setem bro, que C o n v e rsa n d o co m um jo v e m
a c o n tece ser m eu aniversário. Está- g u arda-florestal, ele ficou surpreso
v am os n a R o d é sia , p la n e ja n d o , pelo fato de eu co n h e c e r tão grande
pensava eu, voltar para Johannes- núm ero de pássaros africanos. E n­
burg, na Á frica do Sul. M as ele ti­ tão ele se pro n tifico u a nos ajudar.
n h a o u tros planos e acabam os d e­ — E stam os co n stru in d o um novo
sem b arcan d o na C a ta ra ta de V itó­ abrigo de observ ação acim a de um a
ria. cacim ba, a uns trin ta e cinco quilô­
— N ão m uito longe daq u i existe m etros do alo jam ento. N ão está
um a reserva de caça, — explicou- p ro n to ainda, m as é bem seguro. Eu
m e. — A luguei um ca rro , e am anhã, os levarei até lá com um lanche, e
seu aniversário, vam os passar o dia hoje à tard e , q u a n d o seu ca rro ch e­
observando anim ais selvagens afri­ gar, m an d arei buscá-los. Assim p o ­
canos. d erão ob serv ar tan to s anim ais ou
G o staria de dizer que esses p a r­ m esm o m ais do que an d an d o de
ques africanos são d iferentes. As carro p o r aí.
pessoas é que ficam enjauladas, e os A cam inho do abrigo de observa­
alo, hoje, à juventude da anim ais, em lib erd ad e. Isto é, exis­ ção, ele se o fe re ceu p ara nos m os­

F Igreja, ao Sacerdócio A aro­


nico e moças, e a estes m a­
ravilhosos jovens do nosso coro. A
tem alo jam en to s especiais onde os
v is ita n te s p e rn o ita m , p ro te g id o s
po r altas c ercas; depois de c la re a r o
tra r alguns leões. Saiu d a estrada, e
não m uito depois, localizou um gru­
po de dezessete leões, to dos estira-
fim de ensinar-vos um a lição não mui­ dia, podem p e rc o rre r o te rritó rio de dos em pleno sono, e dirigiu-se dire­
to fácil de se aprender, vou contar-vos carro , m as sem sair deste. tam en te até eles.
uma experiencia. C hegam os ao p a rq u e ao e n ta rd e ­ P aram os p e rto de um aguadouro,
Sem pre tive gran d e in teresse p o r cer. D evido a algum engano, não a fim de o b serv ar os anim ais que vi­
anim ais e aves; q u a n d o ain d a garo- havia aco m o d aç õ es suficientes p ara nham ali m atar a sede. E ra ép o c a de
tin h o e as o u tra s crian ças j q u eriam to d os os visitantes, e q u a n d o chega­ seca e pouca água; na realidade, ape­
b rin c a r de “ cow boy” , eu q u eria fa­ m os, não havia m ais n en h u m a c a b a ­ nas um as p o ças de lam a. Q u ando os
zer um safari na Á frica e fingir estar na disponível. O guarda-florestal elefantes pisavam na lam a m ole, a
caçan d o anim ais selvagens. chefe inform ou-nos de que tinham d ep ressão d a p e g ad a se en chia de á-
Q u an d o a p re n d i a ler, p ro cu rei li­ u m a ca b a n a isolada a uns treze qui­ gua e ra ali que os anim ais iam b e­
vros que falavam de p ássaros e an i­ lôm etros dali, onde p o d eríam os ber.
mais, e cheguei a a p re n d e r bastan te passar a noite. Os antílopes m ostravam -se p arti­
a resp eito deles. A o ch eg ar à a d o ­ D evido à d e m o ra com o ja n ta r, cu larm en te ariscos. Aproxim avam -
lescência, eu co nseguia id en tificar a saím os do alo jam en to m uito depois se d a p o ç a e logo fugiam ap av o ra­
m aioria dos anim ais africanos, d ife­ do an o itecer. E n co n tram o s a e n c ru ­ dos. C om o não conseguia ver ne­
ren cian d o o o ran g o tan g o de um zilhada, e logo d epois d e p e rc o rre r nhum leão p o r p e rto , perguntei ao
im pala, ou o órix de um gnu. c u rta d istân cia do cam inho estreito, guia p o r que eles não bebiam . Sua
Sem pre desejei visitar a Á frica o m o to r enguiçou. A cham os um a resposta foi: — C rocodilos.
p a ra v er os anim ais, e finalm ente, la n te rn a e saltei p a ra ver se não era Eu sabia que ele devia estar brin ­
surgiu a o p o rtu n id a d e . A Irm ã P ac­ um fio solto ou cóisa parecid a. can d o e p erg u n tei sério: — Q ual é o
ker e eu recebem os a designação de Q u ando o fach o de luz atingiu o problem a?
p e rc o rre r a M issão d a Á frica do Sul ch ão p o eiren to , a p rim e ira coisa — C ro codilos — voltou a resp o n ­
em co m p an h ia d o P resid en te H o ­ que vi foram pegadas de leão! der.
w ard B adger e sua esposa. Foi um D e volta d e n tro do carro , decidi­ — B obagem , — repliquei. — N ão
p ro g ram a b a sta n te cansativo - em m os passsar a noite ali m esm o! F e ­ há nenhum cro co d ilo p o r aí. Q ual­
sete dias, d ed icam o s oito capelas lizm ente, um a ou duas horas m ais q u e r pessoa po d e ver isso.
espalhadas p elo en o rm e contin en te. ta rd e , fom os soco rrid o s pelo m o to ­ Pensei que ele estivesse se diver­
24 A LIAHONA
tindo à m inha custa, o p re te n so p e ­ tuais, infin itam en te m ais perigosos, m ãe - de bispo, líder, supervisor.
rito em c aça african a, e finalm ente ain d a m ais falsos e m en o s visíveis N osso en cargo é assegurar que pas­
pedi-lhe q u e nos dissesse a v erd ad e. q ue aq ueles tã o bem cam uflados seis p ela m o rtalidade sem serdes fe­
D evo lem brar-vos de q u e eu não rép teis na Á frica. ridos p o r esses cro codilos espiri­
era tã o ig n o ran te assim ; tin h a lido Esses cro co d ilo s espirituais p o ­ tuais.
um a p o rção de livros a resp eito da dem m ata r ou m u tilar vossa alm a. T odas as instru çõ es e atividades
Á frica. A lém disso, to d o m undo P odem d estru ir vossa paz de espíri­ na Igreja têm com o principal p ro ­
sabe que não se p o d e e sco n d er um to e a paz de esp írito daq u eles que pósito o desejo de v er nossa ju v e n ­
crocodilo num a pegada de elefante. vos am am . É c o n tra eles que deve­ tu d e livre, in d e p en d e n te e segura,
P erceb en d o que eu n ão lhe dava m os adverti-los. A tu a lm en te , em ta n to espiritual com o tem poral-
créd ito , resolveu, su p o n h o , dar-m e to d o o m undo m ortal, dificilm ente m ente.
um a lição. D irigiu o c a rro até o u tro existirá um b e b e d o u ro que não es­ Se esc u ta rd e s os conselhos de
local onde ficam os sobre um b a r­ te ja in festado deles. vossos pais, vosso m estres, vossos
ran co acim a d a cacim b a lam acen ta. N o u tra viagem p ela Á frica, dis­ líd e r e s e n q u a n to so is jo v e n s ,
- Ali, - ap o n to u . - V eja p o r si cuti essa ex p eriên cia com um g u ar­ podeis a p re n d e r com o seguir o m e­
m esm o. d a-florestal de o u tra reserva. Ele lh o r guia que existe — o sussurro do
Eu n ão conseguia ver n ad a além me assegurou que é de fato possível S anto E spírito., Isto é revelação
da lama, um pouquinho d’água, e os e sc o n d er n a p eg ad a de um elefante pessoal. H á um pro cesso pelo qual
anim ais nervosos à distância. E n ­ um c ro co d ilo de ta m a n h o suficiente som os ad v ertid o s em caso de perigo
tão , de re p e n te , eu vi! U m en o rm e p a ra p a rtir um hom em em dois p e ­ espiritual. E x atam en te com o fui
crocodilo an in h ad o na lam a, à esp e­ daços. avisado p elo guia, podeis re c e b e r si­
ra de um in cau to anim al suficiente­ D ep ois, m o strou-m e o local de nais que vos alertem sobre os c ro ­
m ente sed en to p a ra vir beb er. u m a trag éd ia. U m jo v em inglês es­ codilos espirituais que estão à es­
Subitam en te passei a acred itar! tav a tra b a lh a n d o no hotel d u ra n te a preita.
Q uando p e rc e b e u m in h a disposição te m p o ra d a , e a d esp eito dos co n s­ Se vos p u d erm o s en sin ar a escu ­
de dar-lhe créd ito , ele prosseguiu ta n te s e re p etid o s avisos, ele passou ta r essas com u n icaçõ es espirituais,
com a lição: p ela c e rc a do alo ja m en to p a ra veri­ estareis p ro teg id o s desses cro co d i­
- H á crocodilos esp alh ad o s pelo ficar algum a co isa do lad o oposto los d a vida. podeis a p re n d e r com o é
parq u e inteiro, — explicou. —N ão só de u m a p o ç a d ’água tã o rasa, que ser guiado do alto. E ssa inspiração
nos rios. N ão tem o s n en h u m b e b e ­ n ão ch egava a co b rir seus tênis. p o d e surgir em to d as as vossas ativi­
do u ro sem q u e h aja um cro co d ilo - Ele não tin h a d a d o dois passos d ades, na escola, ao n am o ra r - não
p o r p erto , disso p o d em e sta r certos. na água, — c o n to u o guia, — q u an d o só nas designações d a Igreja.
O guia foi m ais bond o so do que foi pego pelo cro co d ilo e não p u d e ­ A p ren d ei a com o o ra r e com o re ­
eu m erecia. M in h a atitu d e de “ sa- m os fazer n ad a p a ra salvá-lo. c e b e r resposta p a ra vossas orações.
b e-tu d o ” d ian te de sua resp o sta P are c e c o n tra ria r a nossa pró p ria Q u an d o o ra rd e s a resp eito de algu­
“ cro co d ilo s” p o d e ria te r p ro v o cad o n atu reza, p rin cip alm en te q u an d o m a coisa, é preciso esp e rar p acien ­
o desafio: som os jovens, a c e ita r m uita o rie n ­ te m en te m uito, m uito tem p o até
- Bem , e n tã o vá lá e veja p o r si ta ç ã o dos o u tros. P orém , m eus am i­ que v en h a a resposta. A lgum as o ra­
m esm o! gos, h á ocasiões em que, não im p o r­ ções têm que ser respondidas im e­
Eu p o d ia ver p o r m im m esm o que ta o q u a n to p ensam os sab er ou o d ia ta m e n te p a ra vossa p ró p ria segu­
não havia croco d ilo s. Eu estav a tão q u a n to d esejam os fazer u m a coisa, ran ça, e certo s influxos do Espírito
certo disso, q u e bem p o d eria te r nossa p ró p ria ex istên cia depen d e virão m esm o sem te rd es orado.
saltado só p a ra v er o q u e havia lá. E d e d a rm o s a te n ç ã o aos nosso s D esde que estejais realm en te d e­
tal gesto arro g an te p o d eria te r sido guias. cididos a seguir esse guia, vosso tes­
fatal! E le, p o rém , tev e p aciên cia B em , é horrível p en sa r naquele tem u n h o cre sc erá, e ao longo do
b astan te p a ra m e ensinar. m oço que foi d ev o rad o pelo c ro c o ­ cam inho, haveis de e n c o n tra r p ro ­
M eus jo v en s am igos, esp ero que dilo. M as isto não é, de form a algu­ visões em lu g a re s in e sp e ra d o s,
sejais m ais sensatos d ian te de vos­ m a, a p io r coisa q u e p o d e a c o n te ­ com o ev idência de que alguém sa­
sos guias do q u e eu fui nessa o c a ­ cer. E xistem coisas m orais e espiri­ bia que seguiríeis a q u ela trilha.
sião. A quele co n v en cim en to de tuais m uito piores do que p en sa r em O exercício fun d am en tal du ran te
p re te n d e r sab er tu d o realm en te era ser feito em p ed a ço s p o r u m réptil vossa ju v e n tu d e , p a ra que vos to r­
indigno de m im , co m o tam b ém não m onstruoso. neis e sp iritu alm e n te fo rtes e in d e ­
é digno de vós. N ão me orgulho dis­ F elizm ente, existem na vida guias p en d en tes, reside na ob ed iên cia a
so e acho que te ria v erg o n h a de fa­ suficientes p a ra im p ed ir que tais vossos guias. Se os seguirdes e o fi-
lar-vos a resp eito , se não fosse coisas a c o n te ç am , desde q u e esteja­ zerdes de b o a v o n tad e, ap rendereis
com o possível ajuda. m os d ispostos a, de vez em q u an d o , a co n fiar nesses delicados, sensíveis
A queles q u e vos p re c e d e ra m na a c e ita r um conselho. influxos espirituais. A p ren d ereis
vida já ex p erim en taram um p o u co A lguns de nós fom os designados que eles sem prç, invariavelm ente,
as tais cacim bas e lev an tam a voz da a servir de guias e guard as agora, vos levarão ao que é certo .
ad v ertên cia sob re os crocodilos. com o vós o sereis num fu tu ro próxi­ A gora, m eus jo v en s am igos, gos­
N ão só q u a n to aos g ran d es répteis m o. E v erd ad e que não co stu m a­ taria de referir-m e a o u tra ex p eriên ­
cinzentos que vos p o d em fazer em m os u sar tais títulos. Som os co n h e ­ cia, da qual m e lem bro c o n stan te­
pedaços, com o os crocodilos espiri­ cidos pelos títu lo s de pais - |>ai e m ente, m as p o u co falo. N ão vou
AGOSTO DE 1976 25
co n tá-la em d etalh es, apen as refe- Sessão do S acerdócio, sábado, 3 de abril de 1976.
rir-m e a ela. A c o n te c e u há m uitos
anos, q u an d o talvez n ão e ra tão jo ­
A núncio feito pelo P residente S pen cer W. K im ball, no início da sessão do
vem q u a n to vós agora, e teve a v er
S acerdócio.
com m inha d ecisão de seguir esse
guia. Q uerem os a n u n c ia r que, a fim de p ro p o rc io n a r m elhor lid e ra n ça às nos­
Eu sabia o que e ra o arb ítrio e sa­ sas estacas, os re p re se n ta n tes regionais dos D oze re ce b erã o lim itada linha
bia quão im portante é ser in d e p e n ­ de au to rid ad e na Igreja. Eles não ch am arão nem d esobrigarão líderes locais.
d en te, ser livre. Sabia de algum a S erão responsáveis pelo tre in a m e n to das p residências de estaca no trabalho
form a que havia u m a coisa d a qual eclesiástico, pro g ram as d a Igreja e técn icas de lid eran ça. A p a rtir de agora,
o S en h o r jam ais me privaria, e esta p re starã o co n tas a P rim eira P residência e ao C onselho dos D oze, através da
a u to rid ad e geral su p ervisora d a área. Os re p re se n ta n tes regionais rec eb e rão
era m eu livre arb ítrio . N ão ced eria
in struções d etalh ad as sobre esse acréscim o de responsabilidade na sessão
meu arb ítrio a n en h u m o u tro ser se­ de in stru ção a ser realizada na segunda-feira. M aiores inform ações sobre o
não a ele! D ecid i dar-lhe a única assunto serão tran sm itid as aos líderes de estaca através dos rep resen tan tes
coisa que ele jam ais mè tom aria - regionais, e p o r corresp o n d ên cia,, das A u to rid ad es G erais.
m eu a rb ítrio . D ecid i, sozinho, que
daq u ela h o ra em d ian te, eu faria as
coisas à sua m aneira.
Foi u m a p ro v a ç ã o difícil p ara
mim , pois achei estar desistindo da
coisa m ais p recio sa que eu possuía.
M oço ainda, não tin h a sabedoria
b astan te p a ra sab er que p o r te r
exercido m eu arb ítrio e d ecidido
Autoridade e Poder
p o r mim m esm o, eu n ão o estava
perdendo. E stava-o fortalecendo!
A q u ela ex p eriên cia ensinou-m e o
do Sacerdócio
sentido d e sta E scritura: “ Se vós
p e rm a n e c erd e s na m inha palavra,
Bispo H . B urke P eterson
v erd ad eiram en te sereis m eus discí­ P rim eiro C o n selh eiro no B ispado P residente
pulos;
“ E c o n h ecereis a v erd ad e, e a
verd ad e vos lib e rta rá .” (Jo ão 8:31 -
32.) A autoridade do S acerd ócio pode tornar-se em poder do S acerd ócio
D esde aí, os cro co d ilo s espiri­ para a bênção da fam ília — se os hom ens viverem retam ente.
tuais não me têm feito ta n to m edo,
pois em m uitas ocasiões te n h o sido do para encontrar um meio de trans-
alertad o sobre o nde espreitavam . mitir-vos uma mensagem que consi­
F ui m ordido u m a ou dus vezes, e dero de máxima im portancia e de in­
ce rta ocasião p recisei de prim eiros teresse vital para todos os filhos de
soco rro s espirituais, m as te n h o sido nosso Pai. Orei e oro agora que seu
salvo em geral p o r e sta r prevenido. Espírito nos assista. Testifico-vos que
A fo rtu n a d a m e n te, existem p ri­ o que vou dizer é verdade, pois sua
m eiros so co rro s espirituais p a ra os preparação foi induzida pelo Espíri­
que foram m ordidos. O bispo d a ala to. Que vosso coração esteja aberto
é o guia e n c a rreg a d o de p re sta r os e vosso espírito, receptivo.
prim eiros soco rro s. E le está igual­ O p ro g resso espiritual e a felici­
m ente em co n d ição de tr a ta r dos d ad e resu ltan te , está basead o no
que foram m o ralm en te atacad o s en ten d im e n to dos princípios do Sa­
p o r tais cro co d ilo s espirituais — e cerd ó c io na sua obediência. C reio
vê-los to ta lm e n te recu p erad o s. hav er m uitos cuja vida está anuvia-
A q u ela e x p eriên cia n a Á frica foi d a p ela infelicidade, po rq u e nós, ir­
mais um lem b re te p a ra eu seguir o m ãos do S acerdócio, não a ten tam o s
G uia. Eu o sigo, p o rq u e q uero. o q u a n to deveríam os p a ra a voz ad-
A través d a o u tra ex p eriên cia, vim a m o estad o ra. do Senhor. C onform e
c o n h e c e r o G u ia. P resto te ste m u ­ ele diz aos irm ãos, há perigo q u a n ­
nho de q u e ele vive, que Jesus é o d o fazem os m au uso do S acerdócio.
C risto. Sei que possui um co rp o de eus irmãos, sou particular­ T o d o s nós lem os m uitas vezes a re ­
carn e e ossos, que dirige esta Igreja,
e que seu p ro p ó sito é guiar-nos a
to d o s seg u ram en te de v o lta à sua
M m ente grato pela designação
de falar na reunião do Sacer­
dócio desta noite. Im agino que esta
velação a seguir. P erm iti que a leia
nov am en te, relacio n an d o -a à nossa
c o n d u ta d iária na vida? C itan d o de
p resen ça. Em nom e d e'Jesu s C risto. seja a m aior assembléia do Sacer­ D o u trin a & Convênios:
A m ém . dócio nesta dispensação. T enho luta­ “ Eis que m uitos são cham ados
26 A LIAHONA
m as pou co s sao escolhidos. E p o r P o d em os te r o p o d er, m eus jo vens cu lp a — ele o so b rep u jará. N ão é
que não são eles escolhidos? irm ãos, de elim in ar òs m aus p e n sa­ preciso que o conserve.
m en to s d e um g ru p o de rapazes en- C o m p re e n d e rá que um a resposta
“ P o rq u e seus co ra ç õ e s estão tã o tre tid o s em c o n v ersa vulgar. P o d e­ c o n c ilia d o ra d esarm a a cólera. Sua
fixos nas coisas deste m u n d o , e as­ m os te r o p o d e r de c u ra r os en fe r­ voz jam ais se elev ará em ira no seu
piram ta n to às ho n ras dos hom ens, m os e co n so lar os solitários. E stes lar; ele n u n ca p u n irá com raiva.
que não ap ren d em esta ú n ica lição são alguns dos im p o rtan te s p ro p ó si­ C om o um de seus m ais significa­
(aten tai p a ra a lição, irm ãos) — tos do S acerd ó cio . tivos atrib u to s, aquele que d esen ­
‘Q ue os d ireito s d o S acerd ó cio Q u a n d o tem o s o p o d e r de a b e n ­ volveu esse p o d er do S acerdócio
são in sep arav elm en te ligados aos ç o a r a fam ília em algum a das m a­ h o n ra rá , re sp e ita rá e dignificará
p o d eres dos céus, e que os p o d eres neiras m en cio n ad as, en tão estam os não só em p en sam e n to com o por
dos céus não po d em ser c o n tro la ­ u san d o esta a u to rid a d e co n ce d id a açõ es as m ais e n c a n ta d o ra s c ria tu ­
dos nem m anipulados, a não ser p o r D eus p a ra seu m ais excelso p ro ­ ras do S en h o r — suas filhas.
pelo p rin cíp io d a re tid ã o .” (D & C pó sito — ligar os laços fam iliares e Irm ãos, ouvis o S en h o r a co n se ­
121:34-36.) e x e c u ta r o rd e n a n a ç as do S ac erd ó ­ lh an d o seus filhos? Podeis ouvi-lo
D isto d e p re e n d o q u e há u m a d i­ cio que p e rd u ra rã o pelas e te rn id a ­ d izer a nós: — sede cuidadosos, sede
feren ça e n tre a u to rid a d e e p o d e r do des. A q u ele que desenvolveu o p o ­ p ru d e n te s com esta a u to rid ad e que
S acerdócio. P o d e r e a u to rid a d e , d e r e o e m p re g a p a ra fazer as coisas vos dei? L em os ainda em D o u trin a
com re fe rê n cia ao S acerd ó cio , não en u m e rad a s, h á de co n sid era r ho­ & C onvênios:
são n ecessariam en te sinônim os. T o ­ n e sta m en te os desejos ju sto s de sua “ N ós ap ren d em o s p o r ex p eriên ­
dos os p o rta d o re s do S acerd ó cio fam ília, m esm o que não sejam exa­ cias d o lorosas que é d a n a tu re z a e
possuem a au to rid a d e d e agir em ta m e n te id ênticos aos seus. E scu ta­ disposição de quase to d o s os h o ­
nom e do S enhor, p o rém a eficácia rá seus fam iliares com a m esm a m ens q u e, tã o d ep ressa adquirem
d a nossa au to rid ad e — ou se prefe- a te n ç ã o que d a ria a um líd er do Sa­ um p o u c o de au to rid ad e , com o su­
ris, o p o d e r p ro v en ien te dessa a u to ­ cerd ó c io . D a rá a te n ç ã o — m esm o à p õ em , logo co m eçam a ex e rc er in­
rid ad e —d e p e n d e d o p a d rã o de nos­ m e n o r das crianças. ju sto dom ínio.
sa vida; d ep en d e d a nossa retid ão . C o lo c a rá o b em -estar de sua “ P o r isso, m uitos são cham ados,
N o tai n ovam ente. “ Os p o d eres dos fam ília acim a do seu p ró p rio c o n ­ m as p o u co s são esco lhidos.” (D & C
céus n ão p o d em ser co n tro lad o s forto. 121:39-40.)
nem m anipulados, a não ser pelo A p re n d e rá a co n tro lar-se. N ão M uitos são os irm ãos que não en ­
p rincípio d a re tid ã o .” u sa rá seu gênio irritad iço com o des­ ten d em o sentido dessas palavras
G o sta ria de sugerir q u e m uitos de
nós p erd em o s de vista um a das m ais
O Presidente Walter Spãt de São Paulo, Brasil, num reencontro com o Irmão Birch Larsen, do Texas.
im p o rtan tes razões de term o s o Sa­
cerd ó cio . S er um eficien te p resi­
d en te de q u o ru m de m estres, p resi­
d en te de q u o ru m de éld eres, bispo
ou con selh eiro é im p o rtan te — gas­
tam os m uitas horas in stru in d o esses
oficiais. E x ecu tar as o rd e n a n ç a s vi­
tais do S acerd ó cio é essencial. P o ­
rém , ainda m ais im p o rtan te que
tu d o isso é a necessidade de a p re n ­
derm o s com o u sar o S acerd ó cio
para abençoar nossa família e lar.
Se viverm os de ac o rd o , p o d e re ­
m os te r um p o d e r re c e b id o de nos­
so Pai C elestial, que tra rá paz a um
lar p ertu rb a d o . P odem os te r o p o ­
d e r de a b e n ç o a r e c o n fo rta r c ria n ­
cinhas, q u e levará o sono a olhos la­
crim osos nas altas h o ras d a m a d ru ­
gada. T erem o s o p o d e r que tra rá fe­
licidade a u m a noite fam iliar, o p o ­
d e r de acalm ar os nervos agitados
de u m a esposa exausta. T e re m o s o
p o d e r de p ro v e r o rie n ta ç ã o a um
ad o lescen te confuso e v ulnerável, o
poder de abençoar um a filha antes de
sua p rim eira saída com o n am o rad o
ou antes de casar-se no tem p lo ; ou
p a ra a b e n ç o a r um filho an tes de sua
p a rtid a p a ra a m issão ou facu ld ad e.

AGOSTO DE 1976 27
sagradas: q ue é im p o rta n te os irm ãos tere m o davia, só um a p e q u en a fração desse
N ão d evem os d e m o n stra r falta de m esm o cu id ad o com o tre in a m e n to esforço é d e d icad o à e d u c a ç ã o sa­
co n sid eração das g a ro ta s com o têm p a ra com o c erd o tal e desenvolvim ento espiri­
N ão d evem os co m an d ar dos rapazes do S acerd ó cio . B asta tu al das m oças. C om o esp e rar um
N ão d evem os ser d itato riais c o n sid erarm o s a ex p eriên c ia dos re su ltad o igualm ente ex celen te, se
N ão nos devem os inflar de o rg u ­ dois mil jo v en s am onitas de H ela- não lhes d erm o s m aior aten çã o ? A
lho. m â, p ara verm os um dos asp ectos m enos que as m oças ten h a m um
G o sta ria de falar algum a coisa d a c ap a cid ad e das m ulheres. Passo m odelo e saibam quais as q u alid a­
sob re o p o d e r do S acerd ó cio com a c ita r Alma: des sac erd o tais que-devem p ro c u ra r
rela ç ã o à vida das m ulheres. D isse o “ E eis que dois mil desses jo v en s num c o m p a n h eiro ete rn o , a co nse­
É ld er Jo h n A. W idtsoe: “ O S acer­ firm aram a c o rd o e peg aram em a r­ q ü ê n c ia p o d e rá ser que, em g e ra ­
d ó cio n ão é co n ferid o segundo a c a ­ m as de g u e rra p a ra d e fe n d e r seu ções fu tu ras, m uitas fam ílias sofre­
p a cid ad e m ental, m as d a d o a h o ­ país . . . rão p o r c au sa d a escolha de um
m ens de bem . . . A m u lh er tem seu “ E eram to d o s jovens, m uito va­ co m p a n h e iro errad o . Isto é evitá-
dom de igual m agnitude. . . . Um len tes e corajosos, d o ta d o s de g ra n ­ vel, se os irm ãos do S acerd ó cio fo­
p o d e r m ais sábio q u e q u a lq u e r na de vigor e atividade; m as eis que rem m odelos a p ro p riad o s e derem
te rra , e n te n d e p o r q u e um espírito isto não e ra tu d o , pois eram ta m ­ m aio r co m p reen são e m ais energia
no re m o to p rin cíp io foi feito m as­ bém hom ens fiéis em to d as as o c a ­ ao tre in a m e n to das m oças.
c u lin o o u fe m in in o .” (J o h n A. siões e em to d as as em presas que E agora, irm ãos, p a ra concluir,
W idtsoe, Priesthood and Church Go­ lhes fossem confiadas. go staria de vo ltar ao D o u trin a &
vernment, D e se re t B ook C o., 1954, “ Sim, eles eram hom ens que C onvênios:
P- 90.) am avam a v erd ad e e a so b ried ad e, “ N en h u m p o d er ou influência
O hom em n ão é su p e rio r à m u­ pois haviam a p ren d id o a g u a rd a r os po d e ou deve ser m antido p o r v irtu ­
lher. N o e n ta n to , nós su b e n te n d e ­ m an d am en to s de D eus e a a n d ar de do S acerd ó cio , a não ser que seja
m os isto p ela p ró p ria n a tu re z a de re ta m e n te p e ra n te ele. com p ersu asão , com longanim ida-
c e rta s coisas que fazem os. O fato de “ E até aq u ela d a ta eles ain d a não de, com m an su etu d e e te rn u ra , e
um h om em te r o S acerd ó cio e ser o haviam p elejado, não o b sta n te , não com am o r não fingido;
oficial p resid en te no lar, bem com o tem iam a m orte e m ais pensavam “ C om benignidade e c o n h e c i­
nas organ izaçõ es da Igreja, de fo r­ na lib erd ad e de seus pais do que em m en to p uro, que g ra n d e m en te am ­
m a algum a o to rn a su p erio r. O Sa­ suas p ró p rias vidas; sim, eles ti­ p liarão a alm a, sem hipocrisia e sem
c e rd ó c io é um a a u to rid a d e e res­ nham sido ensinados por suas mães dolo.
ponsab ilid ad e divin am en te c o n c e ­ q u e, se não duvidassem , D eus os li­ “ R e p ro v an d o às vezes com fir­
d id a q u e re c e b e rá sua su p rem a re a ­ v raria. m eza, q u a n d o m ovido pelo E spírito
lização som ente se h o u v er u m a es­ “ E rep etiram -m e e n tã o as p a la ­ S anto; e depois, m o stran d o um
p o sa d e d ic a d a e feliz ao seu lado. vras de suas m ães, dizendo: N ã o d u ­ am o r m aior p o r aquele que re-
N o tai — “ feliz” é a d escrição d a es­ v idam os que nossas m ães o so ubes­ p re e n d e ste , p a ra que não te julgue
posa. sem .” (Al. 53: 18,20-21; 56:47-48.) seu inim igo;
H o m em algum será ex altad o p o r P a re c e -m e m ais q u e sim p les “ P a ra que ele saiba que a tu a fi­
si só, in d e p e n d e n te m en te de q u ão c o in c id ên c ia q u e, ao fazer m en ção d elidade é m ais forte do que os la­
g ran d es o b ras fez na te rra . d e to d o s os que p o d eriam ser tidos ços d a m orte.
Irm ão s, seria bom nós e n te n d e r­ co m o responsáveis p elo g ran d e va­ “ Q ue as tu as e n tra n h a s tam bém
m os q u e m uitas das m elhores idéias lo r e ânim o desses dois mil jo v en s, o sejam ch eias de carid ad e p ara com
aplicáveis na b o a ad m in istração de re g istra d o r se sentisse im pelido a to d o s os hom ens e para com a fam í­
u m a fam ília, surgem de um d eb ate m e n cio n a r som ente a in stru ç ão m a­ lia d a fé, e que a v irtu d e a d o rn e os
fran co com nossas esposas e p e d in ­ te rn a . M uitos o u tro s p o d e ria m te r teu s p en sam en to s incessan tem en te;
do con selh o s a elas. A m u lh er p os­ sido m en cio n ad o s — m as fo ram -no e n tã o tu a co n fian ç a se to rn a rá forte
sui um a habilidade esp iritu al e m en ­ só as m ães. O fato de as m ães serem na p re se n ç a de D eus; e, com o o o r­
tal ab so lu tam en te ú n ica p a ra fo rta ­ u m a das chaves e segredos do vigor valho dos céus, a d o u trin a do S acer­
le c e r o re la c io n a m en to fam iliar. d o S acerd ó cio A a rô n ico m e leva a d ó cio se d e stila rá sobre a tu a alm a.
E n tre ta n to , p recisa ser n u trid o e c re r que os líderes do S acerd ó cio “ O E spírito S anto será teu com ­
p restig iad o p e la a u to rid a d e p resi­ d ev eriam d e d ic a r m ais te m p o ao p a n h eiro co n stan te e o teu ce tro um
d en te d o S acerd ó cio no lar. D eve- ensino de ap ro p ria d o s princípios do c e tro im utável de retid ão e v erd a ­
m o -n o s s e n tir c o n te n te s e n ã o S acerd ó cio às m oças, p a ra que as de; e o te u dom ínio um dom ínio
a m eaçad o s pelas b oas q u alid ad es fu tu ras g era çõ e s do S acerd ó cio A a­ e te rn o e, sem m edidas com pulsó­
de nossa esposa. D isse c e rta vez o rô n ico possam ser tã o ab en ço a d as rias que fluirá a ti p a ra to d o o sem ­
É ld er N eal A. M axw ell: “ Sou g ra to q u a n to os dois mil filhos de H ela- p re .” (D & C 121:41-46.)
pelas ca ra c terístic a s e q u alid ad es m ã. Q ue m aravilhosa prom essa! B en­
(de m inha esposa) q u e su p eram m i­ É ev idente que os irm ãos do Sa­ d ita a fam ília que po d e o lh a r para
nhas p ró p rias em algum as d im en ­ c e rd ó cio estã o d e d ican d o g ran d e vós, irm ãos, com o o c o n d u to vital
sões críticas de nossa so cied ad e p o rç ã o de seu tem p o e esforços p la ­ que liga os céus e o lar.
co n ju g al.” (B Y U T w elve-S take Fi- n e ja n d o m eios de influir no c a rá te r E u vos testifico que sei que ele vi­
reside, 4 de ja n . de 1976.) e esp iritu alid ad e dos rapazes do Sa­ ve, que Jesus é o C risto, em nom e
G o sta ria de sugerir-vos tam b ém cerd ó cio . Isto deve c o n tin u a r. T o ­ de Jesus C risto. A m ém .
28 A LIAHONA
de M elquisedeque, cham o vossa
ate n çã o p a ra o fato de que o Presi­
d en te K im ball nos solicitou am­

“ Buscai Não pliarmos nosso passo. G o staria de


sugerir que um a ó tim a fo rm a de
am pliarm os nosso passo seria co ­
m eçar a tra b a lh a r com grupos de él­

as Riquezas, deres em persp ectiv a e outros, em


lugar de fazê-lo individualm ente.
U m a das coisas com uns a quase
todos esses irm ãos inativos é que,

Mas a Sabedoria” na realid ad e, não co n h ecem a d o u ­


trin a d a Igreja. Se conhecessem , a
m aioria deles seria ativa.
É lder Franklin D . R ichards, D escobri, p ela experiência, que
um n úm ero substancial desses élde­
A ssistente do C o nselho dos D oze res em persp ectiv a são casados com
m ulheres não-m em bros. N esses ca ­
sos, seria con v en ien te que o presi­
Q uando ajudam os o s outros a aprender a sabedoria do E vangelho, seu d en te do q u o ru m de élderes solici­
tasse ao líd er d a m issão d a ala que
testem unho se fortalecerá e terão paz na vida.
m andasse m issionários de estaca ou
de tem p o integral, p a ra ensinar a
p ecto m aterial, estavam confusas e esposa n ão -m em b ro , com a c o o p e­
infelizes, ped in d o m eu conselho ração e na presença do m arido inati­
sobre com o re m ed ia r tal situação. vo. N a tu ralm en te os m em bros fam i­
D isse-lhes q u e o S enhor já havia liares devem c o n tin u a r visitando e
resp o n dido à qu estão , q u an d o fa­ in teg ran d o essas fam ílias.
lou: A fim de conseguir en sin ar e re a ­
“ Buscai não as riquezas, m as a tivar m aior n ú m ero de m em bros, é
sabed o ria, e eis que os m istérios de m ais eficaz fazê-lo em grupos — em
D eus vos serão revelados, e en tão reu niões a dom icílio. O btive igual­
sereis en riquecidos. Eis que é rico m ente m elhores resultados, tra b a ­
aquele que tem a vida e te rn a .” lhando com grupos com patíveis
(D & C 6:7.) q u an to à idade, e d u c aç ão e in teres­
Sugeri-lhes que provavelm ente ses. C om um p o u co de esforço ge­
p recisavam m u d ar as p rioridades ralm ente é possível reuni-los em
em sua vida e b u sca r m ais sa b ed o ­ grupos hom ogêneos.
ria, ao invés de ta n to s prazeres e Esse m éto d o m issionário deveria
posses m ateriais. ser, em m inha opinião, um dos p rin ­
Os p roblem as desses m eus am i­ cipais esforços p a ra alcançarm os
gos d e sn o rte ad o s são, a m eu ver, es­ nossos objetivos, p articu larm en te
sencialm ente os m esm os sentidos p o r ser o e stu d o tão vital p a ra a ob­
p o r c e rca de q u a tro c e n to s e dezoito ten ção de co n h ec im en to do E van­
mil éld eres em p erspectiva. B asica­ gelho e p ro c u ra de sabedoria.
m ente, esses élderes em persp ectiv a O S en h o r nos disse: “ nos m elho­

M
eus am ados irmãos, estam os
vivendo num a época muito necessitam de m o d ificar suas p rio ri­ res livros p ro c u ra i palavras de sabe­
dades e b u scar sab ed o ria, em lugar d o ria; p ro c u ra i co n h ecim en to , m es­
interessante e notável, na
de tan to s p razeres e coisas m ate ­ m o pelo estudo e tam b ém pela fé” ;
qual o Espírito do Senhor está sendo e tam bém : “ ensinai-vos uns aos ou­
riais. E ste deve ser um dos m ais vi­
derram ado abundantem ente sobre a tais p roblem as de cresc im en to do tro s palavras de sab e d o ria ” . (D & C
face da terra; porém , é igualmente S acerd ócio de M elq u ised eq u e e, 88:118; vide tam b ém D & C 109:7.)
uma época de permissividade, tribula- q u an to a isso, d a Ig reja in teira hoje E stu d an d o o E vangelho, a p re n ­
ções e infelicidade, em que o coração em dia. dem os a resp eito do estad o preexis­
de muitos se prende aos tesouros, C o n tu d o , desde que foi a n u n cia ­ ten te, do p ro p ó sito d a existência e
prazeres e riqueza mundanos. do o p ro g ram a p a ra os éld eres em da vida v in d o u ra; sim, com o p ro ­
Um dos g ran d es desafios com p ersp ectiv a em 1972, m uitos deles m ete a E scritu ra, adquirim os sabe­
que nos d efro n tam o s hoje é ad q u i­ foram o rd en a d o s éld eres e são a ti­ d o ria e são-nos revelados os m isté­
rir suficiente sab ed o ria, e n te n d i­ vos em seu q u o ru m . As p e rc e n ta ­ rios dos céus.
m ento e fo rç a in te rio r p a ra viver­ gens de atividade a u m e n taram ta m ­ D eve-se d a r g rande ênfase ao en ­
mos co n te n te s e realizados em nos­ b ém co n sid erav e lm en te ; e p o r isso sino d a d o u trin a da Igreja aos éld e­
so m undo com plexo e difícil, sem q u ero elogiar-vos, d ed icad o s líderes res em perspectiva. Em m uitos c a ­
nos deixarm os env o lv er na lou ca do S acerd ó cio , p ela eficiente ab o r­ sos, os quo rú n s de élderes obtive­
com petição pelas posses e p r a ^ r e s dagem de ta n to s de nossos p ro b le ­ ram ex celen tes resultados, ensinan­
m ateriais. mas de expansão. C rescim en to é do grupos de m em bros a se p re p a ­
R ecen tem en te, fui p ro c u ra d o p o r um p ro b le m a que solucionam os rarem p a ra ir ao tem p lo e rece b er
duas pessoas jo v en s e um a m ais ido­ com p razer. seus endow m ents.
sa que, con fo rm e ex plicaram , em ­ A gora com o diretor administrati­ Visto que m uitos desses élderes
b o ra sendo b em sucedidas, no as­ vo d o D e p a rta m e n to do S acerdócio em persp ectiv a são hom ens de mais
AGOSTO DE 1976 29
idade, alguns q u o ru n s de élderes ti­ do-lhes o p o rtu n id ad e de p lena in te­ sionário; estão p ree n c h e n d o sua
veram b a sta n te sucesso utilizando g ração e in cen tiv an d o sua p artic i­ vida com atividad.es interesssantes,
sum os sa cerd o tes no p ro cesso de p ação na Igreja, p a ra q u e possam proveitosas e aliviando o fardo dos
reativação. re c e b e r as b ê n çã o s resu ltan tes des­ enferm os e so b recarreg ad o s com
Posso igualm ente v er grupos p a r­ sa atividade. As organizações da m uitos problem as.
ticip an d o de p ro g ram as esportivos, Igreja irão igualm ente e n c o ra ja r e T en h o p ale stra d o pessoalm ente
reuniões d a n ç a n te s e n um erosas aju d ar as pessoas de grupos m inori­ com grupos de Interesses E speciais
outras atividades recreativ as com o tários a ace itarem os m aioritários e e Jovens Adultos em muitas partes
p arte do grande p ro cesso d e re a ti­ a com eles co n fra tern izarem . A P ri­ do m undo e acho que, em suas áreas
vação. m eira P residência, n u m a c a rta d a ­ de atividade respectivas, eles estão
C om o parte do ensino, instrução e ta d a de 10 de o u tu b ro de 1972 e que a p recian d o m ais e m ais o propósito
in teg ração dos éld eres em p e rsp e c ­ agora está sendo re ite ra d a, esboça d a vida e e n c o n tra n d o felicidade e
tiva, d everíam os envolvê-los na ati­ os princípios fu n d am en tais p ara paz m uito acim a de suas e x p ectati­
vidades d a Igreja, m esm o q u e a guiar-nos nesse setor. vas. T em havido m uito progresso
p rincípio as designações sejam p e­ O D e p a rta m e n to do S acerdócio nesses seto res e hav erá m uito mais,
quenas. L em bro-m e de ouvir casos de M elq uisedeque adm inistra ta m ­ estou certo , à m edida que form os
em o cio n an tes em q u e éld eres em bém o P ro g ram a de R elações M ili­ c o m p ree n d en d o m elhor as suas ne­
persp ectiv a e recém -co n v erso s fo­ tares. E n tre os m ilitares, existem cessidades.
ram en carreg ad o s de tarefas com o m uitos m em bros fo rtes d a Igreja U m a de m inhas netas disse o se­
içar e re c o lh e r a b a n d e ira da cap ela q ue seguem o cam in h o d a retid ão e guinte a resp eito do pro g ram a para
todos os dias, ou cu id ar d a c o n se r­ além disso, en c o n tram tem p o p ara Jovens A dultos: “ O p ro g ram a de
vação dos hinários, ou a tu a r com o co m partilhá-lo com o u tro s e serem Jovens A dultos é talvez o m ais no­
secretário ad ju n to no q u o ru m de él­ um exem plo de coragem e integri­ tável p ro g ram a que a Igreja já ofe­
deres; e em to d o s eles, as pessoas dade p a ra m uitos que necessitam receu a seus jovens. P or quê? P o r­
envolvidas sentiram -se satisfeitas e tã o u rg en tem e n te dessa assistência. que possui o p o ten cial de satisfazer
tiveram experiên cias valiosas. Sim, em rem o to s re c a n to s de países todas as necessidades deles, sejam
Irm ãos, assegurai que os élderes distantes, o ensino fam iliar é fiel­ elas religiosas, sociais, educacionais,
em p e r s p e c t i v a e o s r e c é m - m en te execu tad o . E stam os vital­ recreativas, ou individuais. A cim a
conversos te n h a m o p o rtu n id ad es m ente in teressad o s nesses exem plos de tu d o , o p ro g ram a de Jovens
de p a rtic ip a r das atividades na Igre­ e co n trib u içõ es de nossos m em bros A dultos m odifica vidas. T en h o visto
ja. d ed icados cu m p rin d o serviço mili­ m uitas pessoas quietas, reservadas,
T alvez fosse in teressan te n o ta r ta r, e nos orgulham os deles. que sem ele p o d eriam passsar des­
q ue, fre q ü e n te m en te , m esm o q u a n ­ O ensino fam iliar é o u tra função perceb id as, a c e itar cham ad o s de
do buscam os sab ed o ria em lugar de do S acerd ó cio que nos p reo cu p a. O responsabilidade e transform ar-se
riquezas, o S en h o r nos ab e n ç o a Senhor disse que o d ev er do m estre em ex celen tes líderes. É, de fato,
com sab ed o ria e riquezas, com o fez fam iliar do S acerd ó cio é “ visitar a um p ro g ram a in sp irad o .”
com o R ei S alom ão. Q u an d o isto casa de ca d a m em bro, ex o rtan d o -o Irm ãos, qu ão gratos não d evería­
oco rre, tem o s a g ran d e o p o rtu n id a ­ a o ra r em voz alta e em segredo e a m os ser p o r possuir o Sacerdócio
de e resp o n sabilid ad e de em p reg ar cu m p rir to d a s as obrigações da nesta disp en sação d a p lenitude dos
nossas posses m ateriais n a edifica­ fam ília . . . zelar sem pre pela igreja, tem pos. T o m em o s nova resolução
ção do rein o de D eus. e sta r com os m em bros e fo rtalecê- de h o n ra r o nosso S acerdócio e
O p ro g ram a dos éld eres em p ers­ los.” (D & C 20:51,53.) m agnificar nossos cham ados em to ­
p ectiva é apen as um dos desafios Irm ã o s, m a g n ifiq u e m o s n o sso dos os m om entos.
tã o im p o rtan tes p a ra o S acerd ó cio ch am ad o com o m estres fam iliares, R esum indo, quero dizer-vos que,
hoje. P erm iti-m e a b o rd a r b rev e­ e as fam ílias que visitarm os, bem in d ep en d en te de nossa idade, um a
m ente alguns outros. com o nossa p ró p ria , serão a b e n ç o a ­ das m ais im p o rta n tes perg u n tas que
U m a das g ran d es n ecessidades das e fortalecidas. even tu alm en te terem o s que resp o n ­
hoje em dia é m aior am o r e solida­ O u tra fu n ção d a Ig reja na qual d er é: — D evo b u sca r riquezas te rre ­
riedade d e n tro das fam ílias; e o p ro ­ estam os p ro fu n d am e n te interessa­ nas ou sabedoria?
gram a de noite fam iliar d a Igreja dos é a A IM do S acerdócio, organi­ Sei que m eus am igos p e rtu rb ad o s
destina-se, con fo rm e sabeis, a aju ­ zada h á quase tfês anos p a ra satisfa­ e todos nós e n c o n tra rem o s felicida­
d a r a satisfazer tal n ecessidade. T e­ zer as necessidades dos adultos sol­ de, paz e vida e tern a, se buscarm os
m os p o r resp o n sab ilid ad e serm os teiro s — ajudá-los a sentir que o cu ­ sab ed o ria e não riquezas terren as.
um exem plo em nosso p ró p rio lar e pam um lugar im p o rtan te na Igreja Possam os viver de form a a m ere­
com o m estres fam iliares, a fim de — e in ce n tiv ar sua p artic ip a ç ão em cer essas bênçãos.
incentivar e m o tiv ar nossas fam ílias certo s asp ecto s d a atividade da P resto-vos m eu testem u n h o de
a fazerem o m esm o. T od o s os que Igreja. que sei que D eus vive e que Jesus é
realizam noites fam iliares p o d em Os quo ru n s de élderes são res­ o C risto. E sei que o P ro fe ta Jo sep h
testificar que há m ais am o r e n tre os ponsáveis pela in te g raçã o e ativida­ Sm ith foi in stru m en to nas m ãos do
pais, en tre os pais e filhos, e en tre de dos irm ãos solteiros, e a S o cieda­ S enhor p a ra re sta u ra r o Evangelho
os filhos. C o n tin u em o s a d a r ênfase de de S o corro p e la das irm ãs soltei­ de Jesus C risto em sua plenitude,
a este insp irad o p ro g ram a de noite ras. bem com o o p o d e r de agir em nom e
fam iliar. R elatórios de to d a p a rte d a Igreja de D eus. T estifico tam b ém que o
O u tro assu n to que nos p re o c u p a m ostram que está a u m en ta n d o c o n ­ P residente S p en cer W . K im ball é
m uito é o dos grupos m in oritários sideravelm ente a p a rtic ip a ç ão dos um p ro fe ta de D eus. Possa o Se­
d e n tro d a Igreja. Os m em b ro s dos adultos solteiros — ta n to dos Jovens n h o r suster e m agnificá-lo, e possa­
grupos m aio ritário s têm a resp o n sa­ A du ltos com o Interesses E speciais. mos nós apoiá-lo igualm ente de to ­
bilidade de a c e ita r os grupos m ino­ E stão fo rm an d o grupos de noite fa­ das as m aneiras, eu oro em nom e de
ritários resid en tes em sua área, d a n ­ m iliar; estão fazendo tra b a lh o m is­ Jesus C risto. A m ém .
30 A LIAHONA
do E vangelho de Jesus C risto, co n ­
form e foi re sta u rad o em nossos
dias. N ão batem os, com o ensinou o
É ld er P ack er, num a só tecla; nós

Uma Oportunidade to cam o s o tecla d o inteiro. Sabem os


p o r que estam os aqui; sabem os
p a ra o que nos devem os p re p a ra r; e

Missionária sabem os on d e estivem os.


E q u a rto , tem os sucesso, porque
o que fazem os é p ela fo rç a e p o d e r
É lder C arlos E. Asay, do te ste m u n h o pessoal. N ossos jo ­
do P rim eiro Q u o ru m dos S eten ta vens saem a p reg ar, não p o r causa
de algum a prom essa de rem u n e ra­
ção , m as p o rq u e têm testem u n h o ;
privam -se de fre q ü e n ta r a facu ld a­
de ou a deixam p a ra m ais tard e,
e põem de lado o u tros planos pes­
“ M inha a l m a . . . se deleita nos c o n v ê n io s . . . [do] S en h o r.” (2 N é fi soais p a ra p o d e rem co m p artilh ar
1 1 :5 .) seu te ste m u n h o com o m undo. Eu
disse: - Q u ando sua igreja p u d e r
F alan d o um p o u co de m eu te s te ­ co n d u zir um p ro g ram a dirigido por
m unho, u m a ex p eriên cia talvez seja um p ro fe ta sob o p o d e r do S acerd ó ­
útil. E n q u a n to servia com o p re si­ cio, p reg an d o a plen itu d e do E van­
d e n te de m issão, tive o p o rtu n id ad e g elho p ela fo rç a de testem u n h o s
de d iscu tir o E vangelho e o trab alh o pessoais, p o d e rã o fazer ex atam en te
m issionário com um m inistro p ro ­ o que nós fazem os, em b o ra não
te sta n te . Ele estava p re o c u p a d o p o r haja n ecessidade de se d ar a esse
te r sido ch am ad o a p resid ir um a tra b a lh o . N ós já estam os fu n cio n an ­
m issão de sua igreja, e p o r cau sa de d o ; p o r que não se ju n ta a nó s9
u m a ex p eriên c ia a n terio r, p o u c o fa­ Ele não a c eito u o convite.
vorável buscava ajuda. V eio ao m eu É a v erd ad e. E, oh, com o sou fe­
escritó rio em D allas, T exas, e disse liz d e re c e b e r nova o p o rtu n id ad e de
que na realid ad e não desejav a acei­ to m a r no v am en te p a rte ativa no
ta r o c h am ad o , m as ach av a que d e ­ tra b a lh o m issionário.
via. D isse sab e r que tín h am o s o m e­ T alvez eu possa concluir, citan d o
lhor p ro g ra m a m issionário do m u n ­ algo dito p o r Néfi: “ M inha alm a se
do , e desejava sab er p o r q u e tin h a d e le ita nas E scritu ra s.” (2 N éfi
ta n to êxito. P enso que estav a a p ro ­ 4:15.) A m in h a tam b ém . Disse ele:
cu ra de algum as “ d ic as” so bre o r­ “ M in h a alm a se regozija em pro v ar
eus irmãos, não preciso di­ gan o g ram as ou coisas tais, m as eu

M zer-lhes quão atem orizado


estou. M eu c o ra ç ã o bate
acelerado e sinto necessidade do
sabia que isto não resolveria o
p ro b le m a dele.
D epois de refletir um p o u co , ex-
a m eu povo a v erd ad e sobre a vinda
de C risto .” M in h a alm a tam b ém se
regozija nisto. D iz ele: “ M inha
alm a . . . se d eleita nos convênios
apoio do Espírito ao prestar-vos meu pliquei-lhe que havia q u a tro razões que o se n h o r fez com nossos pais;
testem unho. Com o bem podeis imagi­ básicas responsáveis pelo sucesso sim , m in h a alm a deleita-se na sua
nar, sinto-me hum ilhado por este cha­ d o p ro g ra m a do Senhor. Em p ri­ g raça, ju stiç a, p o d e r e m isericórdia,
m ado e todas as minhas deficiencias m eiro lugar, tem os sucesso, p o rq u e e no g ran d e e e te rn o plano p ara sal­
e fraquezas parecem avolumar-se, som os guiados p o r um p ro fe ta vivo, var-nos d a m o rte .” M inha alm a se
quando m e ponho a prever minhas um hom em que é o p o rta-voz de d eleita tam b ém nisso. E diz ele:
novas responsabilidades. Q uero que D eu s na te rra , um hom em que re c e ­ “ M in h a alm a deleita-se em p ro v ar a
saibais que tenho testem unho do be in sp iração — rev elação — em fa­ m eu povo q u e, sem a vinda de C ris­
Evangelho de Jesus Cristo. Sei, de v o r d a Igreja. to , to d o s os hom ens p e re c e rã o .” (2
todo o coração, que D eus vive, que Segundo, tem os sucesso, porque N éfi 11:4-6.) Eu sei que isto é um fa­
Jesus é Cristo, que Joseph Smith foi trabalham os sob o poder e autoridade to.
um profeta e que tem os atualm ente d o san to S acerd ó cio . N ós não assu­ R ogo ao S enhor que me ab en ço e,
um profeta vivo dirigindo os negócios m im os essa au to rid a d e p o r co n ta to rn e -m e capaz e à a ltu ra d a tarefa
do reino. Sei que isto é verdade. p ró p ria ; ela é-nos co n ferid a pela que m e esp era, que seja pacien te
Q u ero e x te rn ar m inha g ra tid ã o à im p o sição das m ãos e som os devi­ com igo e m e p e rd o e de to dos os
m inha q u e rid a esposa, à m inha d a m e n te com issionados a sair e p re ­ m eus p e ca d o s e falhas. E u apóio o
fam ília, ao B ispado P resid en te a g ar o E vangelho. N ós tem os o Sa­ p ro fe ta ; ap ó io as A u to rid ad e s G e ­
quem ta n to am o, e a to d o s os o u tro s cerd ó cio . rais. Sinto-m e hum ilde com a p ers­
que aju d aram a p re p a ra r-m e p a ra T e rc eiro , disse, eu, tem os sucesso p e ctiv a d e tra b a lh a r com eles. Em
esta responsabilidade. p o r estarm o s en sin an d o a plen itu d e nom e de Jesus C risto. A m ém .
AGOSTO DE 1976 31
p o r alguns m inutos, e m eu m aior
desejo é a p re n d e r a me sen tir c o n ­

Aprender a fortável nela através de m inha o b e­


d iên c ia e m eu serviço. R ogo que o
S enhor m e a b en ço e , p a ra que possa
re p re se n ta r co n d ig n am en te o P resi­
Obedecer e Servir d en te K im ball, seus conselheiros, o
C onselho dos D oze e todas as A u to ­
ridades G erais; que, q u an d o me
É lder M . Russel B allard Jr. m an d arem fazer seja o que for, eu
do P rim eiro Q u o ru m dos S eten ta seja capaz de cu m p rir a v o ntade e a
ordem do Senhor.
A g rad eço à m inha esposa, aos
m eus sete filhos, à m inha m ãe e ao
m eu pai p o r terem to rn a d o possível
este ch am ad o . E m penho m eu total
T estem unho de uma recém -cham ada autoridade geral. apoio e lealdade aos m eus irm ãos e
ao S enhor, e rogo que sua paz e
não im aginando jam ais que v o ltaria b ê n çã o estejam com igo, à m edida
a ficar tã o p e rto deste púlpito. que p ro g rid o em m inha designação.
L em bro-m e de hav er dito ao m eu T en h o um g rande teste m u n h o do
am igo, q u an d o saím os d a c o n fe rê n ­ E vangelho, pois sei que ele é v erd a­
cia: C om o seria bom ser um a au ­ d eiro. Sou p o rta d o r das saudações
to rid a d e geral; en tã o a gen te p o d e ­ dos santos e de to dos os m issioná­
ria sentar-se num a daq u elas g ra n ­ rios do leste do C an ad á aos irm ãos
des p o ltro n a s verm elh as.” do S acerd ó cio do m undo afora.
G o sta ria de dizer-vos, m eus ir­ D eixo este te te m u n h o hum ildem en­
mãos, que estive sentado num a des­ te e no digno nom e do S en h o r Jesus
sas g ran d es p o ltro n as verm elhas só C risto. A m ém .
Regente de um coro

eus queridos irmãos, sou gra­

M to que o Irm ão Asay ecoasse


meus sentim entos p o r mim.
Sou igualmente grato por saber que
não sou o único cujo coração está-lhe
palpitando na garganta.
A o a v e n ta r na possibilidade de
prestar-v o s hoje à noite m eu te ste ­
m unho, m eus p en sam en to s re m o n ­
taram há m uitos anos atrás, q u an d o
eu estava no S acerd ó cio A arô n ico e
não sei com o, eu e um de m eus
co m p an h eiro s viem os p a ra r aqui
p e rto das escadas, o n d e não era
nosso lugar, p o u co antes d o início
d a reu n ião do S acerd ó cio . O P resi­
d e n te G eo rg e A lb ert Sm ith, com
su a b o n d ad e, viu nosso ap u ro , e o b ­
serv an d o q u e não tín h am o s m esm o
ao n d e ir, co nvidou-nos a se n ta r nos
deg rau s ju n to ao púlpito. F iquei
sen tad o ali com m eu am igo, p e rto
das g ran d es p o ltro n as v erm elhas
o cu p ad as pelas A u to rid ad es G erais,
observ an d o o p ro sseg u im en to da-
a u e la g ran d e sessão do S acerd ó cio ,

32 A LIAHONA
p a ra vir p a ra cá, m inha esposa dis­
se: - B em , será que devem os fo rn e­
ce r algum a info rm ação ao jorn al?
— N ão , eles disseram que tinham
to d o s os d ad o s necessários.

Ao Aceitar A o que ela respondeu: — A posto


com o vai sair errad o .
E la estav a com a razão. Q uando

o Chamado abrim os o Church News, eles h a­


viam -nos “ to m a d o ” dois filhos.
P ara vossa inform aço, tem os ainda
É lder Jo h n H. G ro b erg a p e q u e n a Jen n ie M arie e a Viki
A nn depois do T hom as, m en cio n a­
do P rim eiro Q u o ru m dos S eten ta
do no jo rn a l. Eu disse a Jean que
p o ria as coisas em p rato s lim pos.
Q uatro pensamentos ao ingressar no Prim eiro Quorum dos Setenta P orém , não posso expressar em
palavras m eu a p re ço p o r m inha es­
m u n h o d a m inha certez a de que d e ­ po sa e m eus filhos. T alvez apenas
p en d em o s deles ta n to , se não mais, isto; eu a am o — sem pre a am ei e
q u a n to eles de nós. T em os que aju- hei de am á-la sem pre, assim com o
d ar-n o s m u tu am en te. N ossa salva­ tam b ém aos nossos filhos.
ç ão d e p e n d e disso. E p o r últim o, g o staria de p restar
Em te rc e iro lugar, go staria de ex­ m eu te stem u n h o de que sei que
te rn a r m eu ap re ç o p o r to d o s os que nosso Pai nos céus vive e que, talvez
têm sido tã o bondosos e pacien tes m ais im p o rta n te ainda, ele nos am a
comigo, aos líderès da Igreja, que bem co m o filhos seus. Sei que Jesus é o
sei, às vezes rilharam os d e n te s, o b ­ S alvador do m undo. Sei que ele nos
serv an do os erro s que eu co m etia, am a, é nosso am igo, com tu d o o
m as m esm o assim , me g u iaram e di­ que isto possa im plicar. Ele am a a
rigiram p ac ie n tem en te. E spero e todos. M in h a e x p eriên cia p a rticu la r
oro q u e consiga ser pelo m enos tão tem sido m ais com os povos das
b o n d o so e p acien te com o u tros, ilhas. G o sta ria ap enas de enviar à-
seja em qual for a responsabilidade q u ela gen te calm a e afável das ilhas
que me derem , com o eles têm sido m eu p a rtic u la r O fa Atu (sincero
com igo. E x tern o m eu a p re ç o p o r am or). Vós ab ra n d astes m inh’alm a,
eus queridos irmãos, em oca­ m inha esposa e filhbs, m eus pais, salvastes m inha vida, dem onstras-

M siões com o esta há muito o


que sentir, e pouco a dizer.
A cho im portante que eu diga quatro
am igos e vizinhos - ninguém p o d e ­
ria te r vizinhos m elhores do que te ­
mos.
tes-m e o significado do sacrifício e
am or, e destes a incom parável b ên ­
ção d a fé.
coisas. Foi dito aqui que devem os escu ­ Eu sei que Jo sep h Sm ith é um
A ntes de tu d o , p u b licam en te e na ta r nossa esposa. Elas possüem q u a ­ p ro fe ta de D eus, que o P residente
p re se n ç a d o S en h o r e de seus ser­ lidades que não tem os. Em m uitos K im ball é um p ro feta de D eus.
vos, q u e ro a c e ita r o convite q u e o casos, deve-se seguir a in tu ição fe­ P resto este tete m u n h o em nom e de
P residente K im ball m e fez de d e d i­ m inina. Q u an d o nos p rep aráv am o s Jesus C risto. A m ém .
ca r o resto de m inha vida ao serviço A Irm ã Carrie Torgersen, da Cidade de Lago Salgado, escutando a conferencia do lado de fora.
do Senhor.
Em segundo lugar, q u e ro p e d ir
vossa ajuda. R eco n h eço que sou
fraco e p reciso da vossa ajuda. A o
exam inar p ro fu n d a m e n te m in h ’al-
ma nestes últim os dias, cheguei à
inegável co n clu são de que m uitas,
se não a m aio ria das ch am ad as
“ realizaçõ es” , têm sido m ais fru to
do em p en h o de o u tro s d o q u e do
m eu próprio.
O uvim os falar fre q ü e n te m en te d a
necessidade de irm os ao tem p lo fa­
zer as o rd e n a n ç as pelos nossos a n ­
tepassad o s m ortos, isto é, p ensam os
na sua d e p e n d ê n c ia de nós. E m b o ra
não te n h a um e n te n d im e n to pleno
dessas coisas, q u ero p re sta r te ste ­
AGOSTO DE 1976 33
pará-lo p a ra o sagrado ch am ado de
ser um m issionário, segundo o Se­
nh o r ord en o u . Pòis está escrito em
D o u trin a & C onvênios, seção 68:
“ E eles tam b é m en sinarão as suas
crianças a o ra r e a an d ar em retidão
p e ra n te o S e n h o r.” (D & C 68:28.)

Proclamai-o do Q uão grato s e satisfeitos nos senti­


mos, q u an d o soubem os que ele fora
ch am ado p o r inspiração a servir

Alto dos Telhados num lugar to ta lm e n te de acordo


com u m a rev e lação d a d a através
do Profeta Joseph Smith: “ Enviai os
É lder Jaco b de Jager, élderes d a m inha igreja às nações
do P rim eiro Q u o ru m dos S eten ta longínquas; às ilhas dos m ares; en ­
viai-os às n açõ es estran g eiras.”
(D & C 13:8.)
Q uando chegar a hora da redenção, a hora da preparação já passou.
A to d o s vós aqui reunidos, eu te s­
ta r um a h istó ria in teresssante a res­ tifico com g ran d e alegria e em to d a
peito de vossa co nversão e batism o hum ildade, que o fato de fazer mis­
na Igreja; sobre vosso prim eiro con­ são a m ilhares de quilôm etros de
ta to com os m issionários; e a respei­ casa, trouxe nosso filho p a ra mais
to dos trê s estágios pelos quais to ­ p e rto de nós do que n u n ca antes;
d o s tem os que passsar, q u an d o e n ­ que nós, em casa, particip am o s das
tram os no rein o aqui na te rra —o do bênçãos que ele receb e do Senhor
ingresso, do desenvolvim ento e da p o r sua fidelidade e diligência no
m o rd o m ia — to d o s eles p a rte do trab alh o ; e que em virtude disso so­
progresso e te rn o do hom em , da m os um a fam ília m ais feliz.
p reex istên cia p a ra a vida no além . Perm iti-m e, pois, rec o m e n d a r e
O p ro p ó sito de eu e star aqui hoje en co ra ja r to d o s os pais a que p re p a ­
é c o m p a rtilh ar m eu te stem u n h o rem seus filhos p ara cum prirem
convosco e depois, co m p artilh a r um a m issão conform e um p ro feta
convosco a m inha felicidade. de D eus m andou. Sabei, pais: “ E
quem for um m ordom o fiel, ju sto e
P orque desde o p rim eiro dia em
sábio, e n tra rá p ara o gozo do seu
que os m issionários b a te ra m à m i­ S enhor, e h e rd a rá a vida e te rn a .”
eus am ados irmãos, que glo­ nha p o rta n a H o lan d a; desde o b a ­

M riosa oportunidade é poder


conhecer pessoalm ente, em
meu novo cham ado para colaborar na
tism o d a Irm ã de Ja g er e m eu p ró ­
prio em T o ro n to , C an ad á, onde en ­
tão residíam os; d esde que tive o
(D & C 51:19.) A p arte d a prom essa:
“ e n tra rá p a ra o gozo do S en h o r” é-
nos d a d a m esm o p a ra esta vida, en ­
q u an to estam os aqui n a terra . E se
edificação do seu reino, tantos filhos grande privilégio de b atizar pelo som os m ordom os fiéis, ju sto s e sá­
dignos, eleitos de nosso Pai Celestial, p o d er do S anto S acerd ó cio de M el­ bios agora, havem os de e n tra r “ no
dos quais disse Jesus, tenho certeza: quisedeque m eu p ró p rio filho e fi­ gozo (de nosso) S en h o r” e Salvador
“ N ão m e esco lh estes vós a mim, lha; desde nosso casam en to p ara o agora e p re p a rar-n o s p a ra a vida
m as eu vos escolhi a vós.” (Jo ão tem p o e to d a a e tern id a d e, e selar etern a. Irm ãos, é agora que d e te r­
15:16), e a resp eito de quem disse o nossos filhos a nós no T em p lo da m inam os ao nde irem os, quan d o
P rofeta Jo sep h Sm ith: “ Vós sois os Suíça, nossa felicidade e alegria no deixarm os e sta vida m ortal, po rq u e,
que o m eu Pai me d eu ; sois m eus rein o têm crescid o sem p arar. ch egada a h o ra d a red e n çã o , te rá
am igos.” (D & C 84:63.) E agora, p a ra c o ro a r a o b ra, por passado o tem p o de p rep raç ão .
N ão te n h o dúvida algum a de que assim dizer, nosso filho M ichael es­ Testifico-vos, com o um holandês
o S enhor nos co n g reg o u aqui, pois tá fazendo m issão de te m p o integral feliz que e n c o n tro u o E vangelho de
foi revelado através do P ro feta J o ­ n a ilha de Java, Indonésia. P o r sua Jesus C risto com o u m a L iahona
seph Sm ith: “ E o q u e for fiel, se to r­ vez, está en sin an d o àq uele povo
p ara sua vida, que, vivendo os m an ­
n ará fo rte em to d o lugar; e eu, o Se­ m aravilhoso de lá o que seus pais e
dam en to s de D eus, terem o s alegria
n hor, irei co n v o sco .” (D & C 66:8.) tan to s professores fiéis e ded icad o s
hoje, am an h ã e p a ra to d a e te rn id a ­
lhe ensinaram com am o r e p a ciê n ­
A qui ch egam os vindos de todos de. E de onde q u e r que viestes, p ro ­
cia — o plano de salvação em todos
os can to s d o m undo, e eu p ró p rio clam ai o alto dos telhados: “ O reino
os seus po rm en o res. de D eus foi resta u ra d o na te rra pelo
de u m a cid ad ezin h a na H o lan d a, na
q u a l re s id e m a p e n a s q u a tr o Q u an d o partiu d a H o la n d a p ara P ro feta Jo seph Sm ith.” E caso so­
m em bros d a Igreja. T e n h o certeza Java, a ilha on d e ele n asceu, tín h a ­ frais de acro fo b ia —isto é, m edo das
de que m uitos de vos p o d ereis c o n ­ m os feito o que podíam os p a ra pre- alturas — não subais no telhado;
34 A LIAHONA
perm an ecei sim plesm ente no chão
e dai a vosso am igos e vizinhos a
m esm a m ensagem : “ O rein o de
D eus foi re sta u ra d o na te rra pelo
Profeta Jo sep h Sm ith.”
C om o com a L iah o n a que en c o n ­
Considerais
trei em m inha vida, vos p o d ereis ler
as revistas d a Igreja a resp eito dos
cam inhos do S enhor n esta dispen-
Vosso Sacerdócio
sação; e vossa e nossa fam ília serão
fam ílias m elhores em virtu d e disso.
Essas são as b ên ção s dos santos dos
Um Direito Adquirido?
últim os dias fiéis em to d o o m u n ­ P residente N. Eldon T an n er,
do, trazen d o g ran d e alegria e felici­ P rim eiro C o n selh eiro na P rim eira P residência
dade à vida deles.
Vós, am erican o s aqui reunidos,
“ T ende a coragem e hom bridade, o vigor e determ inação de fazer
tendes um d ito p o p u la r que diz: “ A
aquilo que o Senhor deseja que fa ç a is .”
vida não é só pêssego e crem e de
le ite ” (E q u iv a le n te ao n o sso
“ Som bra e água fresca” . N . do T.) agir em nom e do Senhor. Eu trem o
E m bora na H o la n d a ten h am o s p ês­ e tem o aqui p o stad o diante de vós,
segos à von tad e na estação p ró p ria, p e n san d o no que este co rp o é, e re­
e b astan te crem e de leite o an o in ­ p re se n ta —tremo p o r causa d a gran ­
teiro, som os felizes, sab en d o com de responsabilidade im posta ao Sa­
certeza que o S en h o r nos traz felici­ cerd ó cio , e temo p o r não estarm os
dade. fazendo tu d o o que o S enhor deseja
que façam os.
C o ncluindo, presto-vos m eu te s­
N u n ca an tes senti tão audam ente
tem u n h o de que esses irm ãos com
a necessidade e im p o rtân cia do Sa­
os quais te n h o o privilégio de co m ­
c erd ó cio no m undo, e a necessida­
p artilh a r a trib u n a hoje, são hom ens
de de todos nós, sem exceção, ho-
de D eus; que o P resid en te S p en cer
rarm os nosso S acerdócio, magnifi-
W. K im ball é realm en te um p ro fe ta
carm os nossos cham ados e co n tri­
do D eus vivente, p a ra nos guiar
buirm os sem pre que puderm os para
nestes últim os dias. T estifico que os
a p ro m o ção d a causa d a verdade,
irm ãos d o C o nselho dos D oze são retid ão e paz no m undo inteiro. Ao
de fato ch am ad o s com o te ste m u ­
falar-vos, oro hum ildem ente que o
nhas especiais d o nom e de C risto eus am ados irmãos, apreciei
no m u n d o in te iro , e x a ta m e n te
com o os m em b ro s do P rim eiro
C onselho dos S e te n ta foram c h a ­
M im ensam ente e desejo con-
gratular-m e com este coro
m asculino pelos belos e maravilhosos
E spírito e as bên ção s do S enhor nos
ajudem e inspirem .
A fo rç a d a Igreja, o crescim ento
d a Igreja e a ed ificação do reino de
m ados p a ra p re g a r o E vangelho em núm eros de canto que nos proporcio­
D eus aqui na te rra d ep en d em de
tod o o m undo. Eu os am o e adm iro naram esta noite. A preciei tam bém
com o cum prim os o nosso dever.
pelo exem plo que d ão , p o r sua am i­ muito os testem unhos dos irmãos,
zade, pela m an eira de nos en sin a­ particularm ente dos novos irmãos E sta noite g o staria de falar sobre
rem , pelo E spírito, to d as as coisas cham ados, designados e ordenados a im p o rtân c ia do S acerdócio e
com o m em bros do Prim eiro Q uorum sobre o que o S enhor esp era d aq u e ­
que devem os fazer, a fim de re to r­
narm os ao nosso Pai C elestial. dos Setenta. les que o possuem . É preciso com ­
E um g ran d e privilégio e p esada p re en d e rm o s que n ão existe nada
Esta co n fe rê n cia to c a rá nosso co ­ no m undo m ais p o d ero so que o Sa­
resp o n sabilidade estar dian te de um
ração e m o d ificará nossa vida, e te s­ cerd ó cio de D eus. E n tre ta n to , tem o
co rp o do S acerdócio. Em lugar al­
tifico-vos que a vossa vida não será que m uitas vezes ce rta s pessoas o
gum do m undo in teiro e n c o n traríeis
a m esm a, q u a n d o re to rn a rd e s p a ra en c arem com o direito adq u irid o e
hom ens de ta n ta fineza, p u reza, d e ­
vossas respectivas alas e ram os. N ós não um privilégio. M uitos parecem
v oção, h o n o ra b ilid ad e e co n fian ça
voltarem os edificados, m ais sábios, a ch ar que a idade d ete rm in a q u a n ­
que, com o indivíduos e co m o g ru ­
m ais sen sív eis às n e c e ssid a d e s do estão em c o n d içõ es de re c e b e r o
po, possuem g ran d e p oder. Vós fos-
alheias e m elh o r eq u ip ad o s com o S acerd ó cio ou nele ser avançado.
tes ch am ados, o rd e n a d o s e tivestes
con h ecim en to de que n ecessitam os Pensem os p o r um m om ento na
o S acerd ó cio co n ferid o a vós p o r
em nossos lares e, p o rta n to , se re ­ g rande im p o rtân c ia que o Senhor
servos auto rizad o s de D eus.
mos mais felizes e m ais chegados ao em p resto u ao S acerd ó cio A arô n i­
nosso Pai C elestial. Possa a paz e fe­ A lém disso, nen h u m hom em fora co, q u an d o de sua restau ração .
licidade estar convosco neste dia e d a Igreja de Jesus C risto dos Santos Jo ã o B atista, aqu ele que batizou o
sem pre, eu o ro h u m ild em en te em dos Ú ltim os D ias possui este S acer­ S enhor, foi enviado p a ra re stau ra r o
nom e de Jesus C risto. A m ém . dócio ou a a u to rid a d e de falar ou S a c e rd ó c io A a rô n ic o . Im p o n d o
AGOSTO DE 1976 35
suas m ãos sob re a c a b e ç a de Jo sep h vou-me a vida. Falo nisso porque é fato de o S en h o r haver indicado
Sm ith e O liver C ow dery, disse: um princípio que tem -se m anifesta­ com o presid ên cia deste S acerdócio
“ A vós, m eu s c o n se rv o s, em do na Igreja de D eus, nesta com o o bispado que possui.as chaves e a u ­
nom e d o M essias, eu confiro o Sa­ em ou tras g erações. E u tive a m inis­ to rid ad e do m esm o. N ão sei qu an to
cerd ó cio de A arão , q u e possui as tra ç ã o dos anjos, e n q u a n to p o rta ­ a vós, m as to d a vez que vejo o Sa­
chaves da m inistração dos anjos, do d o r do ofício de sac erd o te. Tive vi­ cerd ó cio A arô n ico adm inistrando e
evangelho do arrependim ento e do ba­ sões e revelações. Viajei m ilhares d istribuindo o sacram en to , penso
tism o p o r im ersão para rem issão dos de quilôm etros. B atizei pessoas, no grande e glorioso privilégio que
(D & C 13; grifo nosso.)
p e c a d o s.” e m b o ra não pudesse confirm á-las isto re p re se n ta p a ra esses jovens.
p o r faltar-m e a u to rid ad e p a ra fazê- Sei que o S enhor q u e r que sejam
T o d o s d e v e m o s c o m p re e n d e r
lo .” (Millennial Star, 1891, 53:641- dignos e rev eren tes, e não fica satis­
que g ran d es o bras de retid ão p o ­
42.) feito q u an d o não o são.
dem e são ralizadas p elo S acerd ó cio
A arô n ico . D iz o P resid en te W ilford Disse ainda: “ D esejo incutir-vos O S enhor m e n cio n a o u tro privilégio
W oodruff, co n ta n d o u m a de suas o fato de que não faz n en h u m a dife­ e responsabilidade do S acerdócio
experiências. rença se um hom em é sacerdote ou A arô n ico , q u an d o diz:
ap ó stolo, desde que m agnifique o
“ P or trê s vezes senti-m e fo rte ­ “ P o rta n to , levai convosco os que
seu cham ado. O sac erd o te possui as
m ente im pelido a subir e ad v ertir são o rd en ad o s ao S acerdócio M e­
chaves d a m in istração dos anjos.
Pai H ak em an (um dos p rim eiros nor, e enviai-os ad ian te de vós para
N u n ca em m inha vida com o a p ó sto ­
apóstatas). F in alm en te assim fiz, se­ m arc ar e n co n tro s, e p re p a ra r o ca­
lo, seten ta ou éld er tive m aior p ro ­
gundo o m an d am en to de D eu s a m inho, e c u m p rir os com prom issos
te ç ã o do S en h o r do que en q u a n to
m im . N a te rc e ira vez que estive que vós não p u d erd es cu m p rir.”
possuía o ofício de sac erd o te. O Se­
com ele, sua casa p a re c ia rep leta de (D & C 84:107.)
nhor me revelou p o r visões, revela­
espíritos m alignos, e senti-m e espi­ N os últim os anos, te n h o tido o pri-
ções e pelo S anto E spírito m uitas
ritu alm en te p e rtu rb a d o d ian te da coisas que me aguardavam (Millen- vlégio de fazer o ensino fam iliar
m anifestação. Q u an d o term in ei m i­ com um m estre o rd en ad o , p arte do
nial Star, 1891, 53:629.)
nh a a d m o estação , deixei-o. Ele me tem po, e atu alm e n te com lum sa­
seguiu da sua casa com a intenção de Bem , n atu ra lm e n te to d o s co m ­ cerd o te. Eles m arcam as visitas e,
me m atar. N ão te n h o d úvida q u a n ­ p reen d em o s que a in sp iração e re ­ na sua vez, a p resen tam a m ensagem
to a isso, pois foi-m e m o strad o em velação que ele re c e b e u com o sa­ e lideram a conversa. O u tro dia
visão. Q u an d o chegou o nde eu me c e rd o te , e que to d o s nós podem os m eu co m p a n h eiro no ensino fam i­
en co n trav a, caiu m o rto aos m eus re c e b er, é p a ra o b enefício e o rie n ­ liar telefo n o u -m e, avisando que o
pés, com o que atingido p o r um raio ta ç ã o do indivíduo, e não d a Igreja. chefe de um a das fam ílias que visi­
dos céus. Eu e ra e n tã o um sa c e rd o ­ A im p o rtân c ia do S acerd ó cio A a ­ tam os estava no hospital, e sugeriu
te, m as D eus me d e fen d eu e p re se r­ rô n ico é igualm ente salien ta d a pelo que fôssem os vê-lo. N ós fom os e o

Vista da seção internacional para estrangeiros.

36 A LIAHONA
abençoam os. m inhos do m undo, p ro n to s e dis­ nhias petrolíferas de H ouston.
Se nos mantiverm os limpos e pu­ postos p a ra fazer o tra b a lh o p a ra o
ros, em sintonia com o Espírito do Se­ G ostaria de contar-vos a experiên­
qual o Senhor nos cham ou.
E m b o ra a ciên cia h aja provado cia de um de nossos jovens que ch a­
nhor, o cu m p rim en to de nossos d e ­
que o uso de chá, café, fum o, d ro ­ m arem os de João, o qual foi para
veres nos d á g ran d e alegria e satis­
gas e álcool é p rejudicial p a ra o o r­ um a escola de trein am en to de ofi­
fação, independentem ente do Sacer­
ganism o, o m u n d o não te m a P ala­ ciais no Leste. Q u ando a escola re­
dócio q u e tem os. A o re ceb erm o s o
v ra de S abedoria. Som os d iferentes cebeu um novo co m an d an te, este
S acerdócio, fazem os c erto s con v ê­
do m undo, p o rq u e o S enhor nos foi hom enageado com um ban q u e­
nios com o Sen h o r, os quais são
te. Ali, ao lado de cad a p rato , havià
m uito im p o rtan tes e obrigatórios. E d eu a P alavra de S ab ed o ria com o
um m an d am en to , com um a enorm e um a ta ç a de co q u etel, e no m om en­
ele esp era que g u ard em o s tais co n ­
b ên ção e prom essa, conform e está to adeq u ad o , todos aqueles futuros
vênios. A qui eu g o staria de citar
registrado na seção 89 de D o u trin a oficiais se levantaram com a taça
partes do convênio do S acerdócio:
& C onvênios. erguida p ara b rin d ar o novo com an­
‘Pois aqueles q u e forem fié is
H oje à noite, gostaria de com parti­ dante —q u e r dizer, todos m enos um
até a o b te n ç ã o d estes dois sa c e rd ó ­
lh a r convosco um a experiência, rapaz que ergueu um copo de leite.
cios d o s 'q u a is falei, e magnificam os
contar-vos um caso relacionado E preciso um b o ca d o de coragem ,
seus chamados, são santificados pelo
com a g u ard a d a P alavra d e S abe­ para ficar ali levntando um copo de
E spírito p a ra a ren o v ação de seus
doria. Q u ando eu e ra p resid en te do leite entre todos aqueles oficiais!
corpos.
R am o E d m o n to n , no C an ad á, esta­ Bem, o com andante reparou, e as­
“ Eles se to rn a m os filhos de M oi­ va en c arreg ad o do nosso grupo de sim que term in o u o ban q u ete, foi
sés e de A a rã o e a sem en te de sacerd otes. C ostum ávam os reunir- direto ao rapaz, indagando:
A brão, e a igreja e o reino, e os elei­ nos no subsolo d a sede d a associa­
tos de D eu s . . . ção ID O F (In d e p e n d e n t O rd e r of - Por que me brindou com um
O dd Fellow s), que tin h a p ared es e copo de leite?
“ E ag o ra vos dou o m an d am en to
de que vos acau teleis de vós m es­ ch ão de barro . U m dos sacerdotes, — É que, senhor, n u nca provei ál­
mos, que aten d ais d iligentem ente às ch am ado M ax, jo g av a no tim e de cool em m inha vida. N ão p retendo
palavras de vida e tern a. b asq u ete d a escola, sendo o único provar. M eus pais não quereriam
m em bro d a Igreja no tim e. O s o u ­ que o fizesse; e penso que o senhor
“ Pois vivereis de to d a palavra tro s rapazes, n atu ralm e n te, não ti­ não q u ere ria igualm ente. C om o de­
que sai d a b o c a de D eu s.” (D & C nham escrú p u lo algum q u an to ao sejava brindá-lo, achei que o senhor
84:33-34, 43-44; grifo nosso.) uso de chá, café, e fum o, e às vezes não se im p o rtaria que o fizesse com
Q ue im ensa b ên ção , prom essa e até m esm o álcool. M ax, é óbvio, o que estou aco stu m ad o a tom ar.
responsabilidade. E isto é p a ra to d o g u ard av a e strita m e n te a Palavra de Ao que o oficial retrucou: - A p re­
aquele q u e g u a rd a r o co nvênio e se Sabedoria. Ele costum ava falar com sente-se no m eu gabinete am anhã.
aplica a to d o s nós. As p rim eiras cin­ os co m p an h eiro s a esse respeito e Suponho que o rapaz passou um a
co palavras do co nvênio são: “ Pois dos m ales de não g u ardá-la; con- noite em claro, m as, q u ando na
aqueles que forem fiéis.” tou-lhes que o S en h o r p ro m etera m an h ã seguinte se ap resen to u ao
Q uanto à fidelidade, gostaria de di­ que, se guardassem a P alavra de Sa­ co m an d an te, sabeis o que a c o n te­
zer um as p o u cas palavras a respeito bed o ria, co rreriam sem se can sar e ceu? R eceb eu um posto no grupo
d a Palavra de S abedoria, castid ad e, cam in hariam sem d esfalecer. A sse­ do oficial, com a explicação:
honestidade e g u ard a dos m an d a­ gurou-lhes, que, caso se abstives-
sem dessas coisas, tornar-se-iam - Q u ero te r à m inha volta ho­
m entos. D isse o Senhor:
m elhores jo g ad o re s de basquete. m ens com coragem de fazer o que
“ Se m e am ard es, guard areis os Ele e ra um dos m elhores do tim e e consideram certo , a despeito do
m eus m an d am en to s.” (João 14:15) resp eitad o pelos rapazes. N ão d e ­ que to d o m undo possa pensar.
E stou c e rto de q u e to d o hom em m o ro u m uito p a ra que to d o s esti­ Em to d a m inhá experiência, ir­
ao alcance d a m in h a voz, esta noite, vessem g u ard an d o a P alavra de Sa­ m ãos, n u n ca houve um m om ento
diria que am a o S enhor. M as com o bedoria. em que g u ard ar os pad rõ es d a Igre­
ele prova isso? o S enhor disse: “ Se H á poucas semanas, estive em ja m e haja privado ou prejudicado
me am ardes g u ard areis os m eus H ouston, no Texas, onde fui recebido de q u alquer form a q u anto a pro m o ­
m an d am en to s” . p o r este m oço e sua fam ília. Ele ções ou reconhecim ento.S em dúvi­
R econheço que existe m uita mal­ co n to u à fam ília sobre os tem pos da, é im possível algúem a ch ar que
dade no m undo hoje em dia. Satanás em que costum ávam os nos reu n ir está hon ran d o o S acerdócio e mag-
está à solta, e às vezes som os d o lo ­ naquele p o rão e das coisas que lhes nificando seu cham ado, enquanto
rosam ente te n ta d o s p o r ele e suas enisnara. D epois eu co n tei à fam ília está q u eb ran d o a Palavra de Sabe­
hostes a fazer coisas que não d e­ as suas experiências e influência doria.
veríam os, e m uitas vezes sucum bi­ sobre o tim e de b a sq u ete, a c e n tu a n ­ A gora, com relação à castidade.
m os p o r d esejarm os ser p o p u lares do que as pessoas sem pre respeitam A im oralidade é tão com um no
en tre os colegas. T odavia, te r o Sa­ aquele que vive de a co rd o com seus m undo que está chegando m esm o a
cerd ó cio nos to rn a d iferen tes, e nós p adrões, e assim será gran d em en te afetar alguns de nossos portadores
tem os que estar p re p a ra d o s p a ra ser beneficiado. M ax é agora geólogo- do S acerdócio, o que m e deixa mui­
diferentes, p ara não seguirmos os ca­ chefe num a das grandes co m p a­ to triste. O Senhor falou definitiva­
AGOSTO DE 1976 37
m ente: “ N ão a d u lte ra rá s.” (Êx. p a ra gozar as bên ção s que, do co n ­ ou não. A coisa m ais persisten te na
20:14.) trário , vos seriam negadas. vida (e, sem dúvida, na m o rte ta m ­
D evo dizer, com g ran d e tristeza, b é m ) é n o s s a p r ó p r i a a u to -
Paulo, falando aos coríntios, disse: que tivem os casos de pessoas, tan to consciência. Assim sendo, não exis­
“ N ão sabeis que os injustos não hão hom ens com o m ulheres, que m en ti­ te pessoa m ais deplorável que a q u e ­
de h e rd a r o rein o de D eus? N ão e r­ ram p a ra e n tra r no tem plo ou sair la que se sente mal consigo m esm a
reis: nem os devassos, nem os idóla­ em m issão. O S enhor disse que n e­ — não im p o rta p a ra on d e fuja, ou
tras, nem os ad ú ltero s, nem os efe­ n hum a coisa im p u ra deve e n tra r no q u ão d ep ressa, ou qu ão longe.”
m inados, nem os sodom itas . . . ” (I tem p lo de D eus. (Vide, p o r ex., (R ich ard L. Evans, Richard Evans
C or. 6:9-10.) D & C 97:15.) Q u ando alguém é e n ­ Q uote B o o k , S a lt L a k e C ity ;
H elam ã, dirigindo-se ao seu p o ­ trev istad o p a ra rec eb er um a re c o ­ Publishers Press, 1971, p. 214.)
vo, adm oesto u -o s com estas p ala­ m en d ação p ara o tem plo ou p a ra a
vras: “ Sim, e ain d a ag o ra a estais O S en h o r pro v id en cio u um m eio de
m issão, deve dar-se co n ta d e que o
a m a d u recen d o , em v irtu d e de vos­ a pessoa livrar-se de tal condição.
bispo ,e p residente d a esta c a estão
sos assassínios, fo rn icação e iniqüi­ Diz ele:
re p re se n ta n d o o Senhor, e que es­
dade p a ra a e te rn a d estru ição ; sim, tão resp o n d en d o com o se fora ao “ Eis que o que se tem arre p e n d i­
e a não ser q u e vos arrep en d ais, ela S en h or e co m p rom etendo-se com o do de seus p ecad o s, o m esm o é p e r­
vos alc a n ç ará m ui b re v e m e n te .” S enhor. O S enhor tu d o sabe e não do ad o , e eu, o Senhor, deles não
(H ei. 8:26.) se deixa escarn ecer. m ais me lem bro.
O nde for que estiverm os, em
com p an h ia de g aro to s ou m eninas, “ P or este m eio po d ereis saber se
T em os casos de pessoas que fo­ um hom em se a rre p e n d e de seus
rapazes ou m oças, é de sum a im p o r­ ram ao tem p lo sem serem dignas, e
tân cia que nos lem b rem o s de quem p ecad o s — eis que ele os confessará
d u ra n te anos sentiram o peso na e os a b a n d o n a rá .” (D & C 58:42-43.)
som os, e ajam os de aco rd o , n u n ca
co n sciência, em dúvida se a o rd e ­
nos p erm itin d o cair em te n ta ç ã o L em brem o-nos sem pre de que
n an ça te rá sido o b rig ató ria e efeti­
que nos levará a tran sg red ir. Som os nós, p o rta d o re s do S acerdócio, so­
va; e p ro c u ra ra m o presid en te da
filhos espirituais de D eus, p o rta d o ­ m os o ex ército real de D eus. Som os
Igreja, inconsoláveis, p a ra p ed ir
res do S acerd ó cio no qual devem os to d o s v o lu n tá rio s , c o m b a te n d o
p erd ão e p ô r o assunto em ordem .
h o n rar e m agnificar nossos c h am a­ co n tra o d em ônio e m ales de todos
Sejam os h onestos, v erdadeiros, cas­
dos. A violação d a lei d a castid ad e é os tipos. E sta é um a lu ta de ce rto ou
tos, b en ev o len tes e virtuosos. (Vide
sum am ente ofensiva ao S enhor, e e rra d o , vida ou m o rte, pela vida
13- R egra de Fé.)
m uito prejudicial e degradante. Ela etern a. Jesus C risto é o nosso líder
Os fu turos m issionários devem
causa p ro fu n d o sofrimento, re m o r­ - nosso g eneral. S pen cer W. K im ­
dar-se c o n ta de que o S en h o r q u er
so de co nsciência, p riv an d o a p es­ ball é o nosso oficial com an d an te.
algúem em que possa co nfiar p len a­
soa de m uitas o p o rtu n id ad es e bân- O S acerd ó cio é a nossas força, e
m en te, algúem p u ro e digno em to ­
çãos que o S enhor tem reservado não p o dem os e n fra q u e ce r nosso
dos os sentidos, p a ra rep resen tá-lo
p ara os fiéis, tal com o fazer m issão, exército, q u e b ra n d o a Palavra de
no cam po m issionário. Se não sois
entrar no tem plo, ser avançado no S abedoria, sendo im orais, desones­
dignos, não aceiteis o ch am ad o , não
S acerdócio e o c u p a r cargos de res­ tos ou irresponsáveis. T em os que
m intais p a ra ch eg ar lá, m as prepa-
ponsabilidade nas organ izaçõ es da p e rm a n e c er fo rtes e seguir as o r­
rai-vos pelo a rre p e n d im en to p a ra ir
Igreja. dens do nosso oficial com an d an te.
em m issão. É m uito m elh o r esp e ra r
T odas as noites e m an h ãs eu oro Se quiserm os v en cer, não podem os
um ano ou m ais do que ir sem ser
h u m ildem ente q u e nossos m em bros te r soldados om issos, não podem os
digno. T en d e a coragem e h o m b ri­
ten h am o d esejo, d e te rm in a ç ão e te r deserto res. P recisam os e neces­
dade, o vigor e d e te rm in a ç ão de e n ­
força de se co n serv arem m o ralm en ­ sitam os de u m a fren te fiel, d ev o ta ­
fre n ta r os fatos, c o n ta r a v erdade,
te lim pos, e im ploro a ca d a um dos da, d ed ic ad a e unida. N ão podem os
de p rep arar-v o s em to dos os senti­
aqui p resen tes esta noite q u e tom e ser vencidos se p e rm a n e c e r puros,
dos p a ra fazer aquilo que o S enhor
a d ecisão de viver co m o o S enhor ob ed ien tes e fiéis à fé.
deseja que façais.
g ostaria de q u e vivesse, e de m an ­ L em brem o-nos tam b ém de que
O u çam os e lem brem o-nos sem ­
ter-se a salvo de sérias te n ta ç õ e s cad a pessoa desleal en fraq u e ce nos­
p re deste p ro fu n d o p ro n u n c ia m e n ­
e transgressões. so ex ército , e o rem os p a ra que não
to do falecido R ich ard L. Evans:
A gora g o staria de falar um p ouco sejam os nós tal pessoa. N ós estam os
sobre ho n estid ad e. N ão existe q u a ­ “ Às vezes, em ce rta s condições engajados n a o b ra do Senhor. Esta
lidade m aior de c a rá te r do que h o ­ é-nos possível e sca p ar de m uitas é a sua Igreja e rein o aqui na terra.
n estidade em tu d o o que fizerm os. coias — de m uros de prisão, de fal­ Som os guiados pelo S en h o r através
M eus pais m e en sin aram , q u an d o sos am igos, de m ás com panhias, de d e n o sso p re s id e n te e p ro fe ta ,
eu e ra ain d a crian ça, a n u n ca m en ­ g ente m a ça n te , de velhos am bientes S pen cer W . K im ball. Possam os se­
tir. — m as n u n ca de nós m esm os. Q u a n ­ guir nosso líder, h o n ra r o S acerd ó ­
Se algum de vós sen tir cu lp a p o r do nos d eitam os à noite, ficam os ali cio, m agnificar o ch am ad o que re ­
algum p e c a d o ou tran sg ressão g ra ­ com nossos p ró p rio s pensam en to s cebem os e pro v ar-n o s dignos em to ­
ve, eu vos insto, ide, confessai e a r­ — q u e r nos agradem ou não. Q u an ­ dos os sentidos, eu o ro hum ilde­
rependei-vos, e lim pai vossa vida de do aco rd am o s p ela m anhã, c o n ti­ m ente em nom e do S enhor Jesus
form a a que possais p rep arar-v o s nuam os ali — q u e r nos apreciem os C risto. A m ém .
38 A LIAHONA
rapazes ap ren d em a dirigir um q u o ­
rum , estão não só beneficiando os

Os Rapazes Precisam jovens do S acerd ó cio A arô n ico des­


ses quoruns, com o preparando-se
com o futuros pais e futuros líderes
dos quoruns do S acerdócio de M el­

de Heróis Junto de Si quisedeque. Eles precisam de ce rta


experiência de lid eran ça, ce rta ex­
p eriên cia em p ro jeto s de se rv iç o ,.
P residente S pencer W. Kim ball c e rta experiência de orató ria, certa
experiência em dirigir reuniões, e
ce rta experiência em com o entabu-
O s jovens precisam de pais que sejam um exem p lo de liderança e lhes lar um relacio n am en to apropriado
dêem oportunidade de desenvolver-se. com as m oças.
Estam os crian d o um a geração
São estas as linhas que a ele dedico . .. real - m ilhares d a qual estão aqui
Som ente um pai, mas o m elhor dos homens.
conosco hoje — que tem coisas es­
(A u to r d esconhecido, Source Book of Poetry, Al
B ry a n t, c o m p .; G ra n d R a p id s, Z o n d e w a n
peciais a cum prir. T em os que p ro ­
Publishing H ouse, 1968) (T radução livre e aproxi­ porcionar-lhes experiências espe­
m ada. N. do T.) ciais no estudo das E scrituras, no
E spero que to d o rapaz aqui p re ­ serviço ao próxim o e no sentido de
sente hoje, sinta o m esm o a respeito serem m em bros co o p erad o res e
de seu pai e lhe ex tern e seu afeto e carinhosos de sua fam ília. T udo is­
g ratid ão p o r te r um pai fiel, sincero to, é lógico, re q u e r tem p o p ara pla­
e m ereced o r de confiança. nejar e im p lan tar - tu d o m enos a
E speram os que vós, p o rtad o re s displicência que às vezes observa­
do S acerdócio, com o filhos, m ari­ mos da parte de alguns pais e líde­
dos, pais e avós, ten h a m co n sid era­ res adultos. Tem os motivos para crer,
ção e afeto p a ra com vossas irm ãs, irm ãos, que o im pacto do m undo
m ães, esposas e avós. O S acerdócio sobre nossa ju v e n tu d e SU D não é
preside no lar; porém , é preciso que apenas m aior do que jam ais foi,
o faça com o Jesus C risto preside com o se d á m ais cedo do que no
sua Igreja - com am or, altruísm o, passado. P or isso, tem os que tra b a ­

N
as m uitas d écad as que te ­ te rn u ra e exem plo. lhar m elhor e m ais depressa!
nho vindo às con feren cias, O S enhor deu a to d o s nós, com o P reocupa-nos, irm ãos, o crescen­
s in to -m e p ro fu n d a m e n te p o rtad o res do S acerdócio, ce rta te núm ero de divórcios, não apenas
im pressionado pelo grande n ú m ero p arte de sua au to rid ad e , m as só p o ­ em nossa sociedade com o tam bém
de jov en s — rapazes - que a c o m p a ­ dem os h au rir os pod eres dos céus n a Ig re ja . E sta m o s ig u a lm e n te
nham seus pais. T en h o n o tad o vez com base em nossa re tid ão pessoal. p reo cu p ad o s com as fam ílias e m a­
após o u tra certo s hom ens que c re s­ A ssim, pois, p ara o p o d er do S acer­ trim ônios que parecem m anter-se
ceram na Igreja, que vem trazen d o dócio ser realm en te sentido num a u n id o s em “ su rd o d e s e s p e ro ” .
fam ília, exige a retid ão dos seus h o ­ A queles que se m ostram atenciosos
tod o s os filhos com eles, sejam eles
m ens e rapazes. C ham am os a ten- e solícitos no n am oro, geralm ente
q u atro , seis, oito ou dez, e ju n to s ção de todos os nossos p o rtad o res c o n tin u a a te n c io so s e so lícito s
a p recian d o esta reunião. do S acerdócio que nosso relacio n a­ no casam ento. A queles que entram
Isto induziu-me a ler algumas linhas que talvez já m ento com nossa esposa, nossa na C asa do S enhor p ara serem sela­
tenhais ouvido: m ãe, nossas irm ãs deve ser aquele do p a ra o tem po e eternidade
em que nos ajoelham os ju n to s, seja após m ad u ra reflexão, estão m enos
Somente um Pai no altar no tem plo ou em nosso p ró ­ sujeitos a terem que e n fren tar di­
. . .M as o M elhor dos Homens. prio lar; nos servim os ju n to s, lado a vórcio e dificuldades, não apenas
Som ente um pai, de traços cansados, lado, um belo com panheirism o. em virtude da cerim ônia de sela-
C hegando em casa da labuta diária;
T razendo bem pouco ouro e fama, E stam os p reo c u p ad o s, irm ãos, m ento, mas por estarem geralm ente
Para m ostrar o q u anto se esforçou, com a necessidade de proverm os m elhor p rep a ra d o s p a ra o casam en­
C ontente, porém , com a alegria dos seus c o n tin u am en te o p o rtu n id ad es sig­ to, em prim eiro lugar. N ão contam
De vê-lo chegar e ouvir sua voz. som ente com seu jovem am or m ú­
nificativas aos nossos jovens, para
Som ente um pai, d ’um a ninhada de quatro, que am pliem sua alm a p re sta n d o tuo, mas tam bém com um vínculo
Um entre não sei quantos milhões; serviços. Os jovens geralm en te não com um de am or pelo Evangelho de
E m penhado a fundo na luta diária,
S uportando os golpes e escárnios da vida
se tornam inativos na Igreja por lhe Jesus C risto que já conheciam antes
Sem um a palavra de ódio ou dor, terem dado coisas significativas d e­ de se en co n trarem . Possuem igual­
Por am or daqueles que em casa o esperam . mais p ara fazer. N enhum m oço que m ente certa p erc e p ç ão do espírito
Som ente um pai, nem rico, nem soberbo, realm ente viu p o r si m esm o com o o de sacrifício e abnegação que sus­
A penas mais um da estuante m ultidão; E vangelho fu n ciona na vida das te n ta de inúm eras m aneiras todo
T rabalhando, lutando, dia após dia, pessoas, se afastará de seus deveres casam ento feliz.
Enfrentando tudo quanto possa acontecer;
Q uieto quando d uram ente condenado,
no reino, deixando-os p o r fazer. Es­ Instam o-vos com o líderes, pais,
T udo suportando p o r am or aos seus. p eram os que nossos bispados, que m aridos e filhos a desenvolverem
tem um a m ordom ia especial nesse mais e mais essa capacidade de co­
Som ente um pai, que tudo dá de si
Para aplainar o cam inho dos filhos, caso, providenciem que haja efeti­ m unicação recíp ro ca den tro da
Fazendo com coragem firme, incansável vas atividades de qu o ru m e ativos fam ília, do quorum , da ala e d a co ­
T udo o que, um dia, seu pai p or ele fez. com itês de jovens. Q u an d o nossos m unidade. A ceitai a realidade de
AGOSTO DE 1976 39
que nosso Pai C eleste esp era a p e r­ dessas artes m anuais estão em falta! se não tiverm os cu id ad o , p ro jetar
feiço am en to pessoal d a p a rte de In teressem o-nos de form a especial nossas preferên cias pessoais q u an to
to d o p o rta d o r do S acerd ó cio . N ós p o r esses hom ens, pois en tre eles a d eterm in ad o assunto com o se fos­
devem os e sta r cre sc e n d o e nos d e ­ en contram -se m uitos de nossos él­ sem posição d a Igreja.
senvolvendo c o n sta n te m e n te . Se deres em persp ectiv a, de cuja e n e r­
gia e habilidades necessitamos e cu­ D esenvolvei fo rça espiritual em
assim fizerm os, o u tro s sen tirão a se­ vós m esm os e h av e rá felicidade na
ried ad e de nosso discip u lad o e, as­ jo s fam iliares se filiarão plen am en te
só se esses hom ens vierem e se ju n ­ fam ília. A retid ão se p ro je ta do in­
sim, p erd o ar-n o s-ão m ais facilm en ­ te rio r do indiívuo p a ra o grupo. Se
te as fragilidades q u e às vezes d e ­ tarem a nós em m aior núm ero.
estiverm os co n v ertidos, (através do
m onstram os p ela m an eira de lid erar T om em os cu id ad o p a ra não im ­ estudo, busca e o ração ), sentirem os
e adm inistrar. p o r dem asiadas exigências fin an cei­ im ed iatam en te o desejo de ajudar
É m uito aco n eselh áv el que a ras aos nossos m em bros. Os líderes os o u tros. A g en u ín a conversão nos
ju v en tu d e d o S acerd ó cio A arô n ico , do S acerd ó cio devem precaver-se leva a fazer tu d o o que puderm os
bem com o os h o m en s do S acerd ó ­ p a rticu la rm en te nesse sentido, pois p a ra a ju d ar os vivos e os m ortos. Se
cio de M elq u ised eq u e, e sta b e le ­ m uitos de nossos m em bros estão estiverm os realm en te convertidos,
çam , sem alard e m as com d e te rm i­ passando p o r dificuldades ec o n ô m i­ d esejarem os igualm ente cu id ar dos
nação, algum as sérias m etas p e s­ cas, p a ra que aos requisitos fu n d a­ nossos no sentido pleno do que sig­
soais de a p e rfe iço a m e n to , e sco ­ m entais do dízim o, o fertas de je ­ nifica o serviço de bem -estar.
lhendo d e term in ad as coisas q u e fa­ ju m , fundos de co n stru ç ão , o rç a ­ A o dizer: “ Q u an d o te converte-
rão d e n tro de d e te rm in a d o p erío d o m ento etc. n ão sejam acrescidos res, co nfirm a teu s irm ãos” (L ucas
de tem po. A in d a q u e os p o rta d o re s ain da gastos e despesas desn ecessá­ 22:32), o S alvador re co rd a-n o s não
do S acerd ó cio de nosso Pai C eles­ rias. só a nossa ob rig ação , m as tam bém
tial estejam no ru m o ce rto , se forem que n a realid ad e não tem os co n d i­
hom ens sem ím p eto , p o u c a influ ên ­ P ara nós, os m ais velhos, que por
assim dizer crescem os q u an d o a ções de fo rta le c er nossos irm ãos até
cia ex ercerão . Vós sois o levedo do que estejam os pessoalm ente c o n ­
qual d ep en d e o m u n d o ; ten d es que Igreja ain d a se e n co n trav a, figura-
d am en te, n a fase de W in ter Q uar- vertidos.
usar vosso p o d e r p a ra d e te r o m u n ­
ters q u an to ao seu progresso — não N en h u m pai, filho, m ãe ou filha
do que a n d a à deriva, sem rum o. deve o cu p ar-se a p o n to de não lhe
p ercam o s o costum e de la n ç a r se­
E speram os que ajudeis nosssas re sta r te m p o p a ra e stu d ar as Escri-
m entes p a ra os que nos seguem . (O
m oças e m oços a co m p re e n d e re m ,
au to r refere-se ao h áb ito dos pio­ Cena de conferencia.
m ais c ed o ain d a d o q u e fazem ago­ neiros de fazer p la n taç õ es ao longo
ra, que certas decisõ es precisam ser
d a trilh a, p a ra serem colhidas pelos
to m ad as u m a ú n ica vez. J á m en cio ­
grupos que vinham m ais ta rd e . N.
nei d este p ú lp ito an tes algum as d e ­
do T .) Sejam os p ioneiros p a ra as ge­
cisões que to m ei c ed o n a v ida e q u e
raçõ es fu tu ras, p lan ta n d o a sem ente
me foram de g ran d e aju d a, p o r não
de nosso te stem u n h o , p a ra que os
ser o brigado a reto m á-las seguida­
que nos seguirem possam co m er o
m ente. P o dem os afastar c e rta s c o i­
pão da fé em tem p o s de fom e em
sas de nós de u m a vez p o r todas!
q u a lq u er p a rte do m undo!
P odem os to m a r u m a só d ecisão a
resp eito de certas coisas que in c o r­ T en h o a p re cia d o g ra n d em en te as
p o rarem o s em nossa vida, to rn a n ­ m ensagens dos o rad o res que me
do-a nossa — sem te r q u e re m o e r e p re c ed e ram . T e n h o a im pressão de
d ecid ir ce n te n a s de vezes o q u e va­ que os vários p ro gram as d a Igreja
m os ou n ão vam os fazer. são com o as teclas de um piano. A l­
O A d v ersário a d o ra viver num g u m as d e la s são u sa d a s m u ito
clim a de indecisão e d esânim o, pois m ais fre q ü e n te m e n te que outras,
é ali que consegue infligir ta n ta s po rém to d a s elas são necessárias de
perd as à h u m an id ad e. M eus jov en s tem p o s em tem p o s, p a ra pro d u zir
irm ãos, se não o fizestes ainda, d e ­ h arm o n ia e equilíbrio em nossas vi­
cidi a decidir-vos! das. P o r isso é que ta n ta s vezes o
E speram os q u e n ão façais esfor­ que falam os em nossos diversos dis­
ço de c o n fra te rn iza ç ã o m e n o r com cursos e reu n iõ es destina-se a nos
os m em bros e fu tu ro s m em bros a r­ recordar a necessidade de equilíbrio,
tesão s e artífices. É adm issível a n ecessidade de nova ênfase aqui
que na Igreja surja a im pressão de ou ali, e a necessidade de fazer as
que aqueles qu e tra b a lh a m m an u al­ coisas m ais im p o rtan te s sem deixar
m ente de algum a fo rm a fizeram as ou tras de lado.
m enos que d everiam . Som os g ratos,
P or favor, cum pri vossos deveres
é óbvio, pelos m uitos profissionais
em nossa Igreja e p o r aqueles tidos de cidadãos em vossas co m u n id a­
co m o fu n cion ário s de escritó rio ; des, estados e nações. Prestigiai e
mas q u e ro q u e nos in teressem os apoiai a lei. T ra b alh a i d e n tro dos li­
m ais d o q u e fizem os até o p resen te m ites d a lei p ara serdes um a in­
fluência b enéfica, co nform e o P ro ­
pelos hom ens — jo v en s e velhos -
que lab u tam n a ch a m a d a classe feta Joseph Smith nos recom endou.
I I
o p e rá ria e q u e são m ais essenciais Evitai, p o r favor, envolver a Ig re­
p a ra nosssa so cied ad e do que m ui­ ja em questõ es políticas, m esm o
tos im aginam . N a v erd ad e, algum as que seja p o r im plicação. É tã o fácil.
40 A LIAHONA
turas e as palavras do p ro fetas m o­ a dia; sen tir intim idade su ticiente tro ; P arley P. P ra tt vinte e três;
dernos. N en h u m de nós deve o c u ­ p a ra fazer p erg u n tas e co n v e rsar de L uke Jo h n so n , vinte e dois; W illiam
par-se ta n to que esq u eça seus m o­ h o m em -p ara-h o m em sobre as coi- Sm ith, d ezenove; O rson P ratt, d e­
m entos de c o n te m p la ç ão e oraçõ es. _sas.” (W alter M acP eek .) zoito; Jo h n F. B oynton, dezoito; e
N enhum de nós deve d ed icar-se a C o n h eceis alguém cu lp ad o d e al­ L ym an E. Jo h n so n , d ezoito, quando
tal p o n to aos seus en carg o s form ais gum d elito grave? N esse caso ele a Igreja foi o rg anizada a 6 de abril
na Igreja, que n ão lhe reste o p o rtu ­ deve, se possível, so lu cio n ar seu de 1830. E estes hom ens, m uitos d e ­
nidade p a ra um d iscreto serviço caso com a lei civil; do co n trário , les, eram do ap o sto lad o em 1835,
cristão aos seus sem elhantes. sua vida se rá a fe tad a p a ra sem pre. q u an d o foi organizado o C onselho
E spero sin ceram en te que to d o Os jo v en s d a Ig reja d everiam dar- dos D oze. T odos eram ainda m oços
pai p ro p o rcio n e esse tip o de intim i­ se c o n ta de q u e n ão precisam ser q u an d o foram privados de Joseph.
dade a seus filhos. G ra n d e p arte hom ens m aduros, exp erim en tad o s Eles eram capazes de inspirar os
disso p o d eria ser cu id ad o na noite p a ra re c e b e re m as b ên ç ão s d a Ig re­ jovens. T orn aram -se grandes mis­
fam iliar regular. ja . Jo seph Sm ith tin h a ap enas c a to r­ sionários. Vós, rapazes, não p reci­
Bispos, jam ais en co rajeis vos­ ze anos, q u an d o teve a Visão, vinte sais e sp e rar p a ra ser grandes. P o ­
sos m em bros a se d iv o rciarem . In ­ e cin co q u an d o organizou a Igreja, deis ser m issionários excelentes,
centivai-os a q u e se reco n ciliem , dezoito q u a n d o c o n h e c e u M orôni, m oços fortes, ótim os co m p an h ei­
que harm o n izem suas vidas, p ro c u ­ vinte e q u a tro q u a n d o lhe foram ros, líderes felizes e dignos de co n ­
rem aju star sua p ró p ria vida em ge­ co nfiadas as placas, e trin ta e nove fiança.
ral. ao ser m artirizado. N ão precisareis e sp era r até am a­
“ Os rapazes precisam de um a T hom as B. M arsh tin h a trin ta e nhã.
porção de heróis, co m o L incoln e um anos e D avid W . P atten trin ta, Q ue o S enhor vos ab en ço e ao
W ashington. M as tam b ém p recisam n a é p o c a em que se to rn a ra m ap ó s­ crescerd es ano após ano, p a ra re c e ­
de alguns h eróis ju n to de si, P re c i­ tolos. E ram to d o s hom ens jovens, b e r a in sp iração do Senhor, a fim de
sam c o n h e c e r p esso alm en te algum p o r assim dizer. serdes capazes de p assar adiante as
hom em de in ten sa en erg ia in teg ri­ B righam Y oung tin h a vinte e oi­ gloriosas b ên ção s do E vangelho.
dade fu n d am en tal. P recisam encon- to ; H e b e r C. K im ball, vinte e oito; E isto, m eus caros, am ados ir­
trá-lo na ru a, sair e a c a m p a r com O rson H yde a p en as vinte e cinco; m ãos, eu oro em nom e de Jesus
ele, vê-lo e conviver com ele no dia W illiam E. M cL ellin, vinte e q u a ­ C risto, A m ém .
As filas aumentam, quando se aproxima a hora da sessão de conferencia.

AGOSTO DE 1976
Sessão m atu tin a de dom ingo, 4 de abril de 1976. que foram os p rim eiros a ch eg ar à
A m érica, na época em que se deu a
confusão das línguas d u ra n te a
co n stru ção d a to rre de Babel.
E x atam ente com o N o é, essa gen­
te tam b ém foi instru íd a a co n stru ir
b a rc o s p a ra tra n s p o r as águas.

Se Servirem ao Q u ando tu d o estava p ro n to , eles


em b arcaram em “ seus navios ou
barco s e av an çaram pelo m ar, e n ­
c o m e n d a n d o -s e ao S e n h o r seu
Deus da Terra D e u s” . (É te r 6:4.)
C ontam as E scrituras: “ E quando
puseram os pés nas praias d a te rra
d a prom issão, curvaram -se sobre a
P r e s id e n te N . E ld o n T a n n e r face d a te rra , hum ilharam -se p e ra n ­
1? C o n selh eiro na P rim eira P residência te o S en h o r e v erteram lágrim as de
alegria dian te dele, em virtude da
O destino da A m érica no plano eterno de D eus. m ultidão de suas te rn as m isericór­
dias p a ra com eles.” (É te r 6:12.)
Seus passos p a ra a p á tria v o lto u ! D epois, seiscentos anos antes do
N as últim as sem ans, tive o privi­ nascim ento de C risto, um p rofeta
légio de e sta r com o P residente de nom e Léhi, que estivera p reg an ­
K im ball e o u tro s de sua com itiva do a rrep e n d im en to aos h abitantes
oficial, nas co n ferên cia s d e á re a da de Jeru salém , re ce b eu ordem do
N o va Z elân d ia, A u strália e das b e­ S enhor de p a rtir com sua fam ília
las ilhas dos M ares do Sul. A N ova p a ra o d ese rto . P o r causa das coisas
Z elân d ia alega ser u m a te rra esco ­ que testific ara c o n c e rn e n tes à m al­
lhida e fav o recid a pelo S enhor, e na dade do povo e d a im inente d estru i­
noite antes de p artirm o s d o T aiti, ção de Jeru salém , foi ridicularizado
o nde se realizou a últim a co n fe rên ­ e escarn ecid o , e o povo p ro cu ro u ti­
cia, um dos irm ãos co m en to u : — rar-lhe a vida. O b ed e ce n d o às ins­
Bem , am an h ã serem os expulsos do tru çõ es do S enhor, p artiu com sua
Éden. fam ília e algum as ou tras pessoas;
F icam os m uito im pressionados após um tem p o passado no d eserto,
com as belezas dos países de todas eles tam b ém foram instruídos a
as te rra s visitadas. D isse a Irm ã co n stru ir u m a e m b arcaçã o e nave­
T a n n e r:“ - C om o é belo o m undo gar p a ra a te rra p ro m etid a. Lemos:

S
endo esta a prim eira confe­ em que vivem os!” Sim, to dos os “ E ac o n te c e u que, depois de h av er­
rencia geral no ano do bi­ países são g ra n d e m e n te a b e n ç o a ­ m os navegado pelo espaço de m ui­
centenário dos Estados Uni­ dos pelo S enhor, e c a d a um deles é tos dias, chegam os à te rra d a p ro ­
dos a A m érica, tenho ponderado e singularm ente d ife re n te em suas b e ­ m issão; e descem os e assentam os
m editado bastante nesse evento em lezas, seu povo, co stum es e tra d i­ nosssas ten d as, e a cham am os te rra
ções. de prom issão.” (1 N éfi 18:23.)
relação ao Evangelho e ao grande
H oje, co n tu d o , g o staria de res­ É n q u an to estiveram no deserto,
plano de vida e salvação. Todos nós
trin gir m inhas palav ras ao H em isfé­ foi perm itido a Néfi, filho de Léhi,
lemos e ouvimos m uita coisa a res­ co n te m p lar em visão coisas c o n c e r­
rio O cidental, e p a rticu la rm en te
peito dos acontecim entos ligados a nentes ao destino d a A m érica — a
aos E stados U nidos d a A m érica, sa­
fundação deste país, e, com os novos lien tando o destino d a A m érica no te rra d a prom issão. Diz ele: “ E,
meios de com unicação de hoje, as plano e te rn o do S enhor. A d esco ­ olhando, vi e n tre os gentios um ho­
notícias rem o m undo inteiro, o b e rta das A m éricas não se deu p o r m em que estava sep arad o da se­
que nos faz tom ar consciência do in- acidente. H avia sido p re o rd e n a d a m ente de m eus irm ãos pelas m uitas
ter-relacionam ento dos países. nos conselhos etern o s. O s p ro fetas águas; e vi que o E spírito de D eus
E speram os q u e to d o hom em seja antigos tin h am -n a em vista, Jacó a desceu sobre o hom em ; e, saindo
leal a sua te rra de origem — a te rra previu ao o rd e n a r seu filho José, esse hom em sobre as muitas águas,
em q u e nasceu, a te rra na qual vive, ch am ando-o de “ ra m o fru tífero chegou até a sem ente de m eus ir­
tra b a lh a e cria seus filhos. L em bro- ju n to à fo n te . . . /c u jo s/ ram os c o r­ m ãos, que estav a na te rra da p ro ­
me das p alavras d o p o e ta Sir W alter rem sobre o m uro . . . até à ex trem i­ m issão.” (1 N éfi 13:12.)
Scott, em “T he Lay of the Last M i­ dad e dos o u teiro s e te rn o s.” (G ên. Isto, co nform e sabem os, refere-
nistrei” (A T ro v a do U ltim o M enes- ^9:22,26.) se a C ristóvão C olom bo, que foi im ­
trel —T ra d u ç ã o livre e aproxim ada. M oisés tam b ém fez prom essas à pelido pelo E spírito de D eus a cru ­
N. d o T.): trib o de José, cu ja te rra , A m érica, zar o o c e a n o p a ra re d esco b rir a
Q u ão m o rta v egeta a alm a do h o ­ seria p recio sa p a ra as coisas do céu A m érica, fav o recen d o , assim, os
m em e d a te rra , e que “ com elas ferirá os propósitos de D eus.
Q ue n u n ca a si m esm o falou: povos ju n ta m e n te até as ex trem id a ­ O p ró p rio C o lo m b o e sc re v e u
E sta é a m inha, m inha te rra n a­ des d a te rr a ” . (Vide D eu t. 33:13- num a c a rta dirigida à h ierarq u ia es­
tal! 17.) E stas são ap en as algum as das panhola: “ N osso S enhor abriu-m e a
C ujo c o ra ç ã o jam ais palp ito u , p rofecias bíblicas, e tem os o Livro m ente, m andou-m e p o r sobre o m ar
Q u an d o de plagas estran h as, de M órm on que fala dos ja re d ita s e deu-m e ânim o p ara o feito. A que-
42 A LIAHONA
les q u e so u b e ra m d e m e u e m p re e n ­
d im e n to ta c h a ra m - n o d e lo u c u ra ,
rid ic u la riz a ra m -m e e rira m d e m im .
M as q u e m p o d e d u v id a r q u e fui in s­
p ira d o p e lo E sp írito S a n to ? ” C ita d o
p o r M a rk E. P e te rs e n , em The
Great Prologue, D e s e re t B o o k C o .,
1975, p. 26.) '
D u ra n te a v ia g em , se m a n a s e se­
m a n as v e le ja n d o sem sin al d e te rr a ,
a tr ip u la ç ã o se a m o tin o u . F in a l­
m e n te C o lo m b o p ro m e te u ao s c o ­
m a n d a n te s d o Pinta e Nínã, os q u ais
q u e ria m v o lta r, q u e , se n ã o a v ista s­
sem te r r a d e n tr o d e q u a r e n ta e o ito
h o ra s, ele d e sistiria . E n tã o foi p a r a
seu c a m a ro te e, s e g u n d o d isse, “ o-
ro u p o d e ro s a m e n te a o S e n h o r” .,
N o d ia se g u in te 12 d e o u tu b r o , eles
a v ista ra m te rr a .
E m su a v isã o , N é fi v iu ig u a lm e n ­
t e a c h e g ad a dos p u rita n o s ingleses,
q u e v ie ra m fu g in d o d a p e rse g u iç ã o
relig io sa. P re v iu a v in d a p a r a a
A m é ric a d e p e sso a s d e m u ita s n a ­
çõ es, su as g u e rra s e c o n te n d a s .
C o n fo rm e diz N é fi, eles se h u m ilh a ­
ra m d ia n te d o S e n h o r, e “ o p o d e r
d e D e u s e s ta v a c o m e le s, e ta m ­
b ém . . . a ir a d e D e u s e s ta v a so b re
to d o s o s q u e se a c h a v a m re u n id o s Élder John H. Vandenberg, assistente do Conselho dos Doze.
p a r a os g u e rra r. q u e e rg u i p a r a esse m e sm o fim , a g ra n d e s r e f o rm a d o r e s d e c la ra ra m
“ E eu , N é fi, vi q u e os g e n tio s q u e C o n s titu iç ã o d e s ta te r r a , e re d im i a q u e se u o b je tiv o e r a r e a firm a r os
h av iam sa íd o d o c a tiv e iro fo ra m te r r a p e lo d e r r a m a m e n to d e s a n ­ e n s in a m e n to s c ris tã o s fu n d a m e n ­
salvos d as m ã o s d e to d a s as o u tra s g u e .” (D & C 101:77-80.) ta is d a B íb lia - re c o n h e c e n d o , p o ­
n a ç õ e s p e lo p o d e r d e D e u s .” (1 N é ­ ré m , q u e n ã o tin h a m a u to rid a d e
fi 13:18-19.) N e n h u m a c o n s titu iç ã o n a te r r a p a r a a d m in is tra r as o rd e n a n ç a s d a
A ssim , as c o lô n ia s a m e ric a n a s te m re sis tid o m ais te m p o q u e esta. Ig re ja , o u p a r a r e s ta b e le c e r a ig reja
c o n s e g u ira m su a in d e p e n d ê n c ia e N ó s p r o c u r a m o s e g e ra lm e n te e n ­ o rig in a l d e C risto . D isse L u te ro : “ O
e s ta b e le c e ra m o g o v e rn o d o s E s ta ­ c o n tra m o s as re s p o s ta s p a r a as c ristia n ism o d e ix o u d e e x istir e n tre
d o s U n id o s, tu d o so b a c e le s te in ­ q u e s tõ e s d e h o je n e sse d o c u m e n to a q u e le s q u e d e v e ria m tê -lo p r e s e r ­
te rv e n ç ã o d e D e u s, p r e p a ra n d o d e o n te m . E le fo i e é u m m ilag re. v a d o .”
este país p a r a seu d e s tin o div in o . T a n to W a sh in g to n c o m o M a d iso n
R o g e r W illia m s , f u n d a d o r d a
assim se re f e r ir a m a e le . É u m d o c u ­ Ig re ja B a tis ta n a A m é ric a , d e c la ro u
N e ste p o n to re n d e m o s trib u to
m e n to in s p ira d o , re d ig id o so b a n ã o e x istir “ u m a ig re ja d e C risto r e ­
aos g ra n d e s h o m e n s q u e a c e ita ra m
o r ie n ta ç ã o d o S e n h o r. J a m e s M a d i­ g u la rm e n te c o n s titu íd a so b re a te r ­
e e n fre n ta ra m o e n o rm e d e s a fio de
son, c o m u m e n te c h a m a d o d e p a i d a ra , n em q u a lq u e r p e s s o a a u to riz a d a
e s ta b e le c e r u m a c o n s titu iç ã o p a r a o
C o n s titu iç ã o , r e c o n h e c e u essa in s­ p a r a a d m in is tra r n e n h u m a o r d e ­
g o v e rn o d o c h a m a d o N o v o M u n d o .
Q u e isto foi ig u a lm e n te in sp ira ç ã o p ira ç ã o e d e u c r é d ito à “ T u te la e n a n ç a d a I g re ja . . .” ( L e G ra n d R i­
o r ie n ta ç ã o d o S e r O n ip o te n te , c u jo c h a rd s, Uma Obra Maravilhosa e um
d iv in a é a te s ta d o p e la p a la v ra d o
S e n h o r, q u a n d o disse: “ D e a c o rd o p o d e r re g e o d e s tin o d a s n a ç õ e s , Assombro, p . 26.)
c u ja s b ê n ç ã o s tê m s id o tã o m a n ife s­ C re m o s q u e ta n to a lib e rd a d e
c o m as leis e a c o n s titu iç ã o d o p o ­
vo, as q u a is p e r m iti q u e fo ssem es­ ta m e n te d is p e n s a d a s a e s ta re p ú b li­ c o m o a c o n tín u a re f o rm a q u e flo ­
c a e m e r g e n te .” (P e te r s e n , Prolo­ re s c e u a q u i, o c o r r e r a m em p r e p a r a ­
tabelecidas, e devem ser m antidas
p a ra os direitos e a p ro te ç ã o de to d a
gue, p . 95.) ç ã o p a r a r e s ta u r a r d o s c é u s, a p le n i­
c a rn e , de a c o r d o c o m os p rin c íp io s C re m o s q u e a C o n s titu iç ã o foi tu d e d o E v a n g e lh o d e J e s u s C risto .
ju s to s e s a n to s; in s p ira d a p o r D e u s , p a r a q u e h o u ­ E ssa r e s ta u r a ç ã o te v e in íc io n o s E s­
“ P a ra q u e to d o h o m e m p o ssa v esse u m a n a ç ã o c o m lib e rd a d e ta d o s U n id o s d a A m é ric a , n a d é c a ­
agir em d o u tr in a e p rin c íp io r e la ti­ a b u n d a n te o n d e se u E v a n g e lh o p u ­ d a d e 1820, a tra v é s d a in s tru m e n ta -
vos ao fu tu ro , d e a c o r d o c o m o d e sse flo re sc e r. D isse J o s e p h S m ith: lid a d e d o P ro f e ta J o s e p h S m ith q u e
a rb ítrio m o ra l q u e e u lh e d e i, p a r a “ A C o n s titu iç ã o d o s E sta d o s U n i­ foi e le ito p e lo S e n h o r e q u e , p o r
q u e to d o h o m e m se ja re sp o n sá v e l d o s é u m g lo rio so p a d r ã o — é fu n d a ­ m e io d e m a n ife s ta ç õ e s p e sso a is d e
p o r seus p ró p rio s p e c a d o s n o d ia d o m e n ta d a n a s a b e d o r ia d e D e u s — é m e n sa g e iro s c e le s te s , re c e b e u os
ju ízo. ü m p e n d ã o c e le s tia l.” ( P e te rs e n , an a is c o n te n d o o re g is tro a u tê n tic o
Prologue, p . 75.) d o s p rim itiv o s p o v o s a m e ric a n o s e
“ P o rta n to n ã o é ju s to q u e u m h o ­
E n tre o u tr a s co isa s, a C o n s titu i­ d o s n e g ó c io s d e D e u s c o m eles.
m em se ja e s c ra v o d e o u tro .
ç ã o g a ra n tiu a lib e r d a d e re lig io sa R e c e b e u a in d a o S a c e rd ó c io e a u ­
“ E co m esse p ro p ó s ito , e s ta b e le ­ q u e p e rm itiu q u e c o n tin u a s s e e flo ­ to r id a d e p a r a r e s ta b e le c e r a Ig re ja
ci, p e la s m ã o s d e h o m e n s sá b io s re sc e sse a R e fo rm a . M u ito s d esses d e J e s u s C risto n e s te s ú ltim o s dias.
AGOSTO DE 1976 43
N a é p o c a d a resta u raçã o , D eu s, o
P ai, e seu F ilh o Je su s C risto se m o s­
tr a r a m r e a lm e n te a J o s e p h S m ith ,
assim c o m o h a v ia m a p a r e c id o a
líd e re s d e d isp e n s a ç õ e s an terio res.
A n u n c ia ra m -lh e q u e a ig re ja d e
C risto se ria r e s ta b e le c id a n a te rr a ,
co m a r e s ta u r a ç ã o d o s m e sm o s
p rin c íp io s e o rd en a n ças e o rg a n iz a ­
ç ã o e x iste n te n a ig re ja p rim itiv a ,
q u e c a iu em a p o s ta s ia c o n fo rm e d o ­
c u m e n ta m e iv d ê n c ia s irre fu tá v e is.
E sta r e s ta u r a ç ã o foi o m a io r a c o n ­
te c im e n to n a h is tó ria d a h u m a n id a ­
de d e s d e o n a s c im e n to , m o rte e re s ­
s u rre iç ã o d e n o sso S a lv a d o r, Je su s
C risto .
S ig n ific a tiv a m e n te , os prim itivos
a m e ric a n o s a q u e n o s re fe rim o s, ti­
v era m c o n h e c im e n to d o n a s c im e n ­
to , m o rte e re s s u r r e iç ã o d o S alv a­
d o r, p o is v ira m os m e sm o s sinais e
m a ra v ilh a s o b s e rv a d o s n o V elho
M u n d o p r e d iz e n d o a v in d a d o S e­
n h o r, su a v id a , m issão e su b s e q ü e n ­
te m o rte e re s s u rre iç ã o .
R e fe rin d o -s e a esses m e sm o s a n ­
tigos a m e ric a n o s , d isse o S e n h o r,
c o n fo rm e c o n s ta n o N o v o T e s ta ­
m e n to : “ A in d a te n h o o u tra s o v e ­
lh as q u e n ã o sã o d e s te a p ris c o ; ta m ­
b ém m e c o n v é m a g re g a r esta s, e
elas o u v irã o a m in h a voz, e h a v e rá
um re b a n h o e u m P a s to r .” (Jo ã o
10:16.)
N o L iv ro d e M ó rm o n , te m o s u m a
b e la d e s c riç ã o d a v isita d e C risto a
essas “ o u tra s o v e lh a s ” a p ó s su a
re s s u rre iç ã o , q u a n d o elas o u v ifa m
a su a voz e r e c o n h e c e ra m - n o , q u a n ­
Irm ã Vantha H ok e sua sobrinha, Contery Luk, do Camboja.
d o lh e s m o s tro u as m a rc a s d o s c r a ­
vos n as su as m ã o s e p és. N ó s s a b e ­ E v a n g e lh o , d a p r e p a r a ç a o e d ire triz lite r a tu r a e e s c u ltu ra s r e c u p e r a ­
m os q u e e ra m as “ o u tra s o v e lh a s” , d iv in a em to d a s as co isa s q u e le v a ­ d as? . . . Q u a l a sim p les h istó ria d e
p o rq u e ele disse: “ S ois a q u e le s de ra m a esse m ais sig n ific a tiv o e v e n ­ to d o s os te m p o s ? - tr a b a lh o , riq u e ­
q u e m falei: T e n h o ta m b é m o u tra s to ? D e v e m o -n o s le m b r a r d o q u e o za, c o r r u p ç ã o , d e c a d ê n c ia e ru ín a .
o v elh as q u e n ã o são d e s te r e d il.” (3 S e n h o r fa lo u a o s ja re d ita s , q u a n d o Q u e p o d e r c o n s e r v a d o r te v e fo rç a
N éfi 15:21.) C risto lh e s e n s in o u o fo ra m tra z id o s e e s te c o n tin e n te : su fic ie n te p a r a c o ib ir a ru ín a d as
E v a n g e lh o , in stitu iu o s a c r a m e n to e “ Eis q u e e s ta é u m a te r r a e s c o lh id a , n a ç õ e s d a a n tig ü id a d e ?
o rd e n o u d isc íp u lo s. D e u -lh e s a u to ­ e to d a n a ç ã o q u e a p o s s u ir s e rá liv re “ B e m , se f o r e s te o d e s tin o d a
rid a d e p a r a c o n f e rir o E sp írito S a n ­ d a se rv id ã o , d o c a tiv e iro e d e to d a s A m é ric a — u m d e s m e d id o p ro g re s ­
to , c u ro u os e n fe rm o s e a b e n ç o o u as o u tra s n a ç õ e s d e b a ix o d o c é u , se so m a te ria l se g u id o d e c o r r u p ç ã o e
as c ria n ç a s p e q u e n a s . O ro u a o P ai servirem ao Deus da terra, Jesus r u ín a — e n tã o C o lo m b o sim p les­
em fa v o r d eles. Cristo, q u e fo i m a n ife s ta d o p e la s m e n te e s te n d e u o e s p a ç o p a r a os
D iz a E sc ritu ra : “ O s o lh o s ja m a is c o isas q u e e s c re v e m o s .” ( É te r 2:12; h o m e n s fa z e re m e x p e riê n c ia s m a te ­
v iram e os o u v id o s ja m a is o u v ira m grifo n o sso .) riais. F a z e n d o d e N o v a Y o rk u m a
a té a g o ra co isas tã o g ra n d e s e m a ra ­ H á m u ito s a n o s , n u m a o b r a in ti­ se g u n d a C a rta g o , d e B o s to n u m a
vilh o sas c o m o as q u e v im o s e o u v i­ tu la d a Beacon Lights of History, d is­ se g u n d a A te n a s , d e F ila d é lfia u m a
m os Je su s d iz e r a o P ai; se o D r. J o h n L o rd , re fe rin d o -s e ao se g u n d a A n tió q u ia e d e W a sh in g ­
“ . . . e n in g u é m p o d e c a lc u la r a d e s c o b r im e n to d a A m é ric a , a p ó s to n u m a o u tr a R o m a , e s ta re m o s re ­
e x tra o rd in á r ia a le g ria q u e e n c h e u fa la r d o se u g ra n d e p o te n c ia l: “ O p e tin d o s im p le sm e n te v elh o s e x p e ­
n o ssa s a lm a s n a o c a siã o e m q u e o m u n d o te m v isto m u ito s im p é rio s rim e n to s.
vim os o r a r p o r n ó s a o P a i.” (3 N éfi p o d e ro s o s q u e d e s a p a re c e r a m sem “ M as n ão te rá a A m éric a n en h u m
17:16-17.) ‘d e ix a r u m tr a ç o ’ d e s u a p a ssa g e m . d e s tin o m ais a lto d o q u e r e p e tir v e ­
B em , e q u a n to ao fu tu ro d a A m é ­ O q u e re s ta d o m u n d o a n te d ilu v ia - lh a s e x p e riê n c ia s , m e lh o rá -la s e to r ­
rica ? Q u a l a m e lh o r m a n e ira d e d e ­ no? . . . O q u e r e s ta d e N ín iv e , d a n a r-se r ic a e p o d e ro s a ? N ã o te r á n e ­
m o n stra rm o s n o sso a p r e ç o a D e u s B a b ilô n ia , d e T e b a s , T iro , C a rta g o n h u m a m is s ã o m a is e le v a d a e
p o r e s ta s m a ra v ilh o sa s b ê n ç ã o s de - os g ra n d e s c e n tr o s d e p o d e r e ri­ n o b re ? Se a A m é r ic a te m u m a m is­
lib e rd a d e , d e u m lu g a r n o q u a l foi q u e z a ? O q u e r e s ta a té m e sm o d a sã o m a io r a p r o c la m a r e c u m p rir,
r e s ta u r a d o se u le g ítim o e e te rn o g ra n d e z a r o m a n a , e x c e to n as leis, e la te r á q u e a p lic a r, c o n ju n ta m e n ­
44 A LIAHONA
d e s fa le ç a n o ssa c o n fia n ç a em ti.
“ T u d o isto n ó s p e d im o s a tra v é s
d e J e s u s C r is to , n o s s o S e n h o r .
A m é m .”
E n c o ra ja m o s n o sso p o v o a serem
c id a d ã o s le ais e c u m p rid o re s d a lei.
“ C re m o s n a su b m issã o ao s reis,
p re s id e n te s , g o v e rn a d o re s e m ag is­
tra d o s , c o m o ta m b é m n a o b e d iê n ­
c ia, h o n r a e m a n u te n ç ã o d a le i.”
(12* R e g ra d e F é.)
E d e n o sso d e v e r, ta m b é m , p r o ­
c u r a r d ilig e n te m e n te , a p o ia r e p re s ­
tig ia r r e p r e s e n ta n te s b o n s, h o n e s ­
to s, h o n ra d o s e sá b io s p a r a g o v e r­
n a r-n o s. G o s ta ria d e r e ite r a r a m e n ­
sag em d a d a ao s s a n to s h á q u a s e se s­
s e n ta a n o s , n a c o n f e rê n c ia g e ra l d e
a b r il d e 1917, q u a n d o o É ld e r
A n th o n y W . Iv in s d isse, d e p o is de
fa la r s o b re a lib e rd a d e relig io sa e a
C o n s titu iç ã o : “ S in to -m e a u to riz a d o
a d iz e r, a q u i n e s ta ta r d e , q u e essas
lib e rd a d e s re lig io sa s e civis, o b tid a s
p elo s h o m e n s , n ã o fo ra m c o n c e d i­
d as p e lo S e n h o r p a r a s e re m d e s tru í­
d as, m as p a r a a q u i p e r m a n e c e r e m
a té q u e a lib e rd a d e p r e v a le ç a d esd e
os rio s a té os c o n fin s d a te r r a , até
q u e o re in o d e D e u s e s te ja e s ta b e le ­
c id o e n tre os h o m e n s e s u a v o n ta d e
se ja fe ita n a te r r a c o m o n o s céu s.
A té q u e s e ja r e c o n h e c id a a P a te rn i­
d a d e u n iv e rsa l d e D e u s e a f ra te r n i­
d a d e d o h o m e m , e os re in o s d e s te
m u n d o se to r n e m re in o d e C risto , o
q u a l r e i n a r á c o m o P r ín c ip e d a
P a z .” (Conference Report, ab ril de
1917, p p . 54-55.)
O Irmão Alexander Schreiner ao órgão.
E eu p r e s to te s te m u n h o d e q u e a
Ig re ja d e Je su s C risto d o s S an to s
te , n o v as fo rç a s — n ã o m a te ria is. E ge W a s h in g to n , e m su a p r e c e p o r d o s Ú ltim o s D ia s é o re in o d e D e u s
só esta s irã o sa lv á -la e sa lv a r o m u n ­ n o sso país: a q u i n a te r r a , c o m o S e n h o r d irig in ­
d o . . . A g e n u ín a g ló ria d a A m é ric a “ D e u s T o d o -p o d e r o s o , q u e n o s d o o tr a b a lh o p o r in te rm é d io de
é ser algo to ta lm e n te d iferen te d a q u i­ d e s te p o r h e r a n ç a e s ta b o a te r r a , n o sso p r o fe ta , o P re s id e n te S p e n c e r
lo de q u e se v a n g lo ria v a m os a n ti­ im p lo ra m o s-te h u m ild e m e n te q u e W . K im b a ll. P e rm iti-m e in s ta r a to ­
gos. E esse algo d e v e se r m o ra l e es­ p o ssa m o s se r s e m p re u m p o v o g ra to d o s, d e to d a p a r te , a q u e a ju d e m a
p iritu a l — o q u e fa lta v a a o s a n ti­ p o r te u fa v o r e d is p o s to a fa z e r a p ro m o v e r a ju s tiç a , in d e p e n d e n te ­
g o s.” tu a v o n ta d e . m e n te d o p a ís em q u e resid is, p e la
T o d o s n ó s so m o s p a r te d o fu tu ro “ A b e n ç o a n o sso p aís c o m tr a b a ­
o b e d iê n c ia às leis e o r d e n a n ç a s d o
d a A m é ric a . N o s s a ta r e f a é a p r e n ­ lh o h o n r a d o , só lid o s a b e r e b o n s
E v a n g e lh o . Se sois m e m b ro s ativ o s
d e r e tir a r p ro v e ito d o p a s sa d o , e ir c o stu m e s.
d a Ig re ja , h a v e re is d e s a b e r q u ais
a v a n te em r e tid ã o , g u a r d a n d o os “ S alv a -n o s d a v io lê n c ia , d is c ó r­
são . Se n ã o sois, g o s ta ria d e q u e
m a n d a m e n to s d e D e u s. E m re la ç ã o d ia e c o n fu s ã o ; d o o rg u lh o , a r r o ­
d ésseis a v ó s m e sm o s a o p o r tu n id a ­
a isto , d isse o P ro f e ta L éhi: “ P o r­ g â n c ia e to d o m a u c a m in h o .
d e d e in v e stig a r e o b te r c o n h e c i­
ta n to e s ta te r r a é c o n s a g ra d a à q u e ­ “ D e f e n t e n o s s a s lib e r d a d e s e m e n to e u m te s te m u n h o p r ó p rio de
les q u e ele tr o u x e r. E se ele s o se rv i­ a m o ld a n u m p o v o u n id o as m u lti­ q u e o e v a n g e lh o foi re s ta u r a d o em
rem d e a c o rd o c o m os se u s m a n d a ­ d õ e s p ro v e n ie n te s d e m u ita s trib o s su a p le n itu d e , c o m a a u to rid a d e
m e n to s, s e rá u m a te r r a d e lib e rd a d e e lín g u as. p a r a a d m in is tra r as re s p e c tiv a s o r­
p a ra eles; e, p o r ta n to , n ã o s e rã o “ C o n c e d e o e s p írito d e s a b e d o ria d e n a n ç a s , e q u e se e n c o n tr a aq u i
m ais le v a d o s c a tiv o s ; e se o fo re m , àqueles aos quais, em te u n o m e, c o n ­ n a te r r a .
se rá p o r c a u s a d a in iq ü id a d e ; p o r ­ fiam o s a a u to rid a d e d e g o v e rn o , S o m e n te se a c e ita rm o s e v iv e r­
q u e , se h o u v e r m u ita in iq ü id a d e , o p a r a q u e h a ja p a z e ju s tiç a n e ste m o s os e n s in a m e n to s d o E v a n g e lh o ,
país s e rá m a ld ito p a r a e le s; se rá , país e q u e , p e la o b e d iê n c ia à tu a lei, p o d e r á c o n c re tiz a r-s e o d e s tin o p la ­
p o ré m , se m p re b e n d ito p a r a os ju s ­ p o ssa m o s m a n ife s ta r o te u lo u v o r n e ja d o p o r D e u s p a r a a A m é ric a , e
to s .” (2 N é fi 1:7.) e n tre as n a ç õ e s d a te r r a . o m u n d o u n ir-se em p a z e f r a te r ­
A o o ra rm o s d ia ria m e n te a D e u s “ E n c h e n o sso c o r a ç ã o d e g r a ti­ n id a d e . Q u e isto p o ssa a c o n te c e r
p a ra q u e n o s g u ie , to d o s n ó s d e ­ d ã o em te m p o d e p r o s p e r id a d e , e em b re v e , e u o r o h u m ild e m e n te em
v e ría m o s ro g a r o m e sm o q u e G e o r- n ã o p e rm ita s q u e n o s d ia s d ifíc eis n o m e d e Je su s C risto . A m ém .
AGOSTO DE 1976 45
q u e o u tro s m e m b ro s d a fam ília d e i­
x a ra m d e c o r r e s p o n d e r, ta lv e z fosse
m e lh o r n ã o o faz erm o s, m as a n te s
d a r e r e c e b e r em n o ssa s c o n v e rsa s.
Q u ã o im p o rta n te é s a b e r c o m o d is­
c o r d a r d o p o n to d e v ista a lh e io sem
s e r o fen siv o . Q u ã o im p o rta n te é

Comunicação te rm o s p e río d o s d e d e b a te a n te s
d a s d e c isõ e s. D iz Jo n e s S tep h e n s:
“ D e sc o b ri q u e a c a b e ç a n ão o u v e

Familiar n a d a a té q u e o c o r a ç ã o e s c u te ; e
e n tã o , o q u e o c o r a ç ã o sa b e h o je , a
c a b e ç a e n te n d e r á a m a n h ã .”
G o s ta ria d e c o m p a r tilh a r c o n v o s­
É l d e r M a r v in J. A s h t o n ,
c o d e se te su g e stõ e s fu n d a m e n ta is
d o C o n s e lh o d o s D o ze
p a r a u m a m e lh o r c o m u n ic a ç ã o fa ­
m iliar.
1. D isp o sição de sa crificar-se. S eja
o tip o d e fa m ilia r q u e a r ra n ja te m p o
p a r a d o a r-se . D e se n v o lv a a c a p a c i­
d a d e e a u to -d is c ip lin a p a r a c o lo c a r
Quando a comunicação familiar parecer emperrada, cada um deveria os o u tro s m e m b ro s d a fam ília e su as
procurar o remédio em si mesmo. n e c e s s id a d e s d e c o m u n ic a ç ã o a c i­
m a d o s se u s p ró p rio s — a d isp o siç ã o
n e fic ê n c ia e c o m u n ic a ç ã o , p o rq u e d e p r e p a ra r- s e p a r a o m o m e n to — o
co m ta is sa c rifíc io s D e u s se a g r a ­ m o m e n to d e c o m p a rtilh a r o m o ­
d a .” A c o m u n ic a ç ã o n a fa m ília ex i­ m e n to .d e e n s in a r. L iv re-se a té m e s­
ge m u ita s v ez es s a c rifíc io , p o rq u e m o d a a p a r ê n c ia d e p r e o c u p a ç ã o
se e s p e r a q u e u se m o s n o sso te m p o , c o n s ig o m e sm o , e a p r e n d a a a rte d e
re c u rs o s , ta le n to s e p a c iê n c ia p a r a p e n e tr a r n o e s c u d o d a p re o c u p a ç ã o
dar, co m p artilh a r e e n te n d e r. C o m u - a lh e ia . T ris te o d ia em q u e se o u v e
m e n te a p ro v e ita m o s os m o m e n to s u m a filh a d izer: — M a m ã e m e d á d e
d e c o m u n ic a ç ã o c o m o o c a siõ e s tu d o , e x c e to d e si m e sm a.
p a r a a firm a r, m a n d a r, a rg ü ir o u M u ito c e d o e v ezes d e m a is la n ç a ­
a m e a ç a r. D e m a n e ira a lg u m a , no m o s as s e m e n te s d o “ N ã o vê q u e es­
s e n tid o m ais la to , d e v e -se u s a r a c o ­ to u o c u p a d o ? N ã o m e a m o le a g o ­
m u n ic a ç ã o fa m ilia r p a r a im p o r, o r ­ r a ! ” Q u a n d o to m a m o s a a titu d e d e
d en a r ou em b araç ar. “ N ã o m e a m o le ” , os m e m b ro s d a
P a ra q u e fu n c io n e , a c o m u n ic a ­ fam ília p o d e m ir a o u tro lu g a r ou
ç ã o fa m ilia r te m q u e se r u m a tr o c a iso lar-se em silên cio . T o d o s os
d e s e n tim e n to s e in f o r m a ç õ e s . m e m b ro s d a fam ília p re c isa m vez
Q u a n d o os m e m b ro s d a fam ília p o r o u tr a se re m a c e ito s d e a c o rd o
em an as atrás, um pai p e r­

S
c o m p re e n d e re m q u e te m p o e p a r ti­ co m seu s p ró p rio s te rm o s , p a ra q u e
plexo perguntou-m e: - P or c ip a ç ã o d e to d o s sã o in g re d ie n te s se sin ta m d isp o s to s a vir, c o m p a r ti­
q u e p a re ç o ser cap az de me n e c e s sá rio s, as p o r ta s d a c o m u n ic a ­ lh a r e p e rg u n ta r.
co m u n ica r co m to d o m undo, m enos ç ã o se a b rirã o fa c ilm e n te n o lar. C o m u n ic a r-s e q u a n d o as c o n d i­
com m eu filho? N ã o é q u e as d iv e rg ê n c ia s d e v a m ç õ e s são p ro p íc ia s p a ra a o u tr a p e s­
— O q u e q u e r d iz e r c o m esse n ã o se r ig n o ra d a s d u r a n te a d is c u ssã o , so a — d u r a n te o p r e p a ro d e u m a r e ­
c o n s e g u ir c o m u n ic a r-s e co m se u fi­ m as é n e c e s s á rio p e s a r e av a liá -las fe iç ã o , d e p o is d e sa ir co m o n a m o ­
lho? — re b a ti. c a lm a m e n te . N o sso p o n to d e v ista ra d o , d e s e r m a g o a d a , d e u m a v itó ­
— S im p le sm e n te q u e to d a vez q u e ou op in ião em geral n ão é tã o im p o r­ ria , um d e s a p o n ta m e n to ou q u a n d o
te n to d iz e r-lh e a lg u m a c o isa , ele ta n te q u a n to um b o m e saudável rela­ d e s e ja n o s c o n fid e n c ia r a lg u m a c o i­
“ cai fo ra ” , — foi a re sp o sta . c io n a m e n to . C o rte s ia e r e s p e ito ao sa, ex ig e s a c rifíc io p e sso a l. É p r e c i­
D u ra n te a c o n v e rs a p a r tic u la r e s c u ta r e re s p o n d e r d u r a n te u m a so e s q u e c e r a c o n v e n iê n c ia p esso al
q u e se se g u iu e m u ita s v ez es d e s d e d isc u ssã o sã o b á s ic o s p a r a u m d iá ­ p a r a in v e s tir te m p o n a c ria ç ã o d e
aí, c h e g u e i à c o n c lu sã o d e q u e ta l­ lo g o a p ro p ria d o . Q u a n d o a p r e n d e ­ u m firm e a lic e rc e p a r a a c o m u n ic a ­
vez u m a d a s p rin c ip a is ra z õ e s de m o s a p a r tic ip a r ju n to s em a s s o c ia ­ ç ã o fam iliar." Q u a n d o a c o m u n ic a ­
n ão c o n s e g u irm o s um b o m re la c io ­ ç õ e s sig n ific ativ as, so m o s c a p a z e s ç ã o fa m ilia r p a r e c e r e m p e rra d a ,
n a m e n to c o m m e m b ro s d a fam ília, d e tr a n s m itir n o sso s p e n s a m e n to s c a d a u m d e v e ria p r o c u r a r o re m é ­
é p o rq u e d e ix a m o s d e a p lic a r c e rto s d e a m o r, d e p e n d ê n c ia e in te r e s ­ d io em si m e sm o .
p rin c íp io s fu n d a m e n ta is d a c o m u n i­ se. Q u a n d o e m n o s s o d e s e s p e ­ Se q u ise rm o s c o n h e c e r o v e rd a ­
c a ç ã o p e sso a l. E m H e b r e u s 13:16, ro n o s in c lin a m o s a d e s is tir d e d e iro a m o r e e n te n d im e n to m ú tu o ,
lem os: “ E n ã o vos e s q u e ç a is d a b e ­ n o sso e s fo rç o d e c o m u n ic a ç ã o , p o r ­ te m o s q u e r e c o n h e c e r q u e c o m u n i­

46 A LIAHONA
c a ç ã o é m ais q u e u m a tr o c a d e p a ­
lav ras. É a tr o c a sábia d e e m o ç õ e s,
s e n tim e n to s e p re o c u p a ç õ e s . É o
d ar-se sem re striç õ e s. “ Q u e m d e n ­
tre vós é sá b io e e n te n d id o ? M o stre
p e lo seu b o m tr a to as su as o b ra s em
m a n sid ã o d e s a b e d o r ia .” (T iag o
3:13.)
2. Disposição de oferecer o am­
biente próprio. O lo c a l, a tm o s f e r a o u
c irc u n s tâ n c ia s d e v e m se r c o n f o r tá ­
veis, re se rv a d o s e p ró p rio s p a ra
u m a c o n v e rsa . C o m u n ic a ç õ e s e fe ti­
vas tê m a c o n te c id o n u m b o sq u e ,
no a lto d e u m m o n te , à b e ira -m a r,
n a n o ite fa m ilia r, d u r a n te u m a c a ­
m in h a d a , n o c a rro , d u r a n te as fé ­
rias, u m a v isita ao h o sp ita l, a c a m i­
n h o d a e sc o la , d u r a n te u m jo g o es­
p o rtiv o . C ria d o o a m b ie n te , d e v e ­
m os d e ix a r q u e o o u tr o m e m b ro d a
fa m ília se ja o c e n tr o d e n o ssa a te n ­
ç ã o , ao re s p o n d e rm o s a p r o p r ia d a ­
m e n te .
M e ses e a n o s d e p o is d e h á m u ito
te r sid o e s q u e c id o o r e s u lta d o d o
jo g o , p e rs is tirá a le m b r a n ç a d e lá
e s ta r so z in h o co m p a p a i. D ific il­
m e n te e s q u e c e re i o e n tu sia sm o d a
g a ro tin h a d e d ez a n o s, ao c o n ta r-
m e d e su a v ia g em d e c a r ro c o m o
p ai, d e P ro v o a té a C id a d e d o L ag o
S alg a d o e d e v o lta p a r a ca sa .
— V o cê s lig a ram o rá d io ? — p e r ­
g u n te i.
— O h , n ã o , — r e s p o n d e u -m e , —
p a p a i fic o u só e s c u ta n d o e c o n v e r­
sa n d o co m ig o . E la te v e o p ai só
p a r a si n u m a m b ie n te q u e tã o logo
n ã o e s q u e c e rá . C ria i a o p o r tu n id a ­ Em primeiro plano, a Irm ã Camilla Kimball, esposa do Presidente Spencer W. Kimball, em companhia de
uma amiga.
d e se m p re q u e h o u v e r n e c e s sid a d e .
C ria i a o p o r tu n id a d e se m p re q u e a o h o m e m se ja p r o n to p a r a o u v ir, m e u p ai m o r re u . . . E u o se g u ra v a
o u tr a p e s so a e s tiv e r p r o n ta . ta rd io p a r a fa la r, ta rd io p a r a se ira r. em m eu s b raço s, no p eq u e n o q u a rto
3. Disposição para escutar. E s c u ­ i í d e h o s p ita l, q u a n d o . . . q u a n d o p a ­
ta r é m ais q u e m a n te r-se c a la d o . E s­ “ P o rq u e a ira d o h o m e m n ã o
p ai c a iu p a r a trá s ; d e s c a n s e i su a c a ­
o p e r a a ju s tiç a d e D e u s .” (T iag o
c u ta r é m ais q u e sim p les silên c io . b e ç a m a n s a m e n te n o tra v e sse iro
E s c u ta r r e q u e r a te n ç ã o to ta l. A 1:19-20.)
e . . . d isse a m a m ã e . . .
h o r a d e e s c u ta r é q u a n d o alg u ém 4. Disposição de vocalizar senti­ “ — E s tá te rm in a d o , m ã e . P a p a i
n e c e s sita d e u m o u v id o a te n to . O mentos. Q u ã o im p o r ta n te é e s ta r m o rre u .
m o m e n to d e a te n d e r a u m a p e s so a d is p o s to a v o c a liz a r n o ssa s id é ia s e “ E la m e s u r p re e n d e u . N u n c a s a ­
c o m p ro b le m a s é q u a n d o e la te m o s e n tim e n to s . S im , c o m o é im p o r­ b e re i p o r q u e fo ra m a q u e la s as su as
p ro b le m a . O m o m e n to d e e s c u ta r é ta n te se r c a p a z d e c o n v e r s a r n o p rim e ira s p a la v ra s a p ó s a m o rte d e ­
q u a n d o n o sso in te re sse e a m o r são n ível d a c a d a m e m b ro d a fam ília. le. M a m ã e falo u : — O h , c o m o ele ti­
v itais p a r a a q u e le q u e b u s c a n o sso M u ita s v ez es te n d e m o s a d e ix a r q u e n h a o rg u lh o d e v o c ê . E le o a m a v a
o u v id o , n o sso c o ra ç ã o , n o ssa ja u d a , os fa m ilia re s p re s u m a m o q u e s e n ti­ ta n to .
n o ssa e m p a tia . m o s a r e s p e ito d e le s; m u ita s v ezes “ D e a lg u m a fo rm a eu s a b ia . . .
T o d o s n ós d e v e ría m o s a p e r fe i­ as c o n c lu s õ e s e s tã o e r r a d a s . M u ita s q u e essas p a la v ra s m e d iz iam u m a
ç o a r n o ssa h a b ilid a d e d e fa z e r p e r ­ v e z e s nos teríamos sa íd o m e lh o r, se c o is a m u ito im p o rta n te . E ra m co m
g u n ta s c e rta s e d e p o is e s c u ta r — in ­ s o u b é ss e m o s c o m o o s fa m ilia re s se q u e u m sú b ito ra io d e luz, co m o
te n s a , n a tu ra lm e n te . E s c u ta r é u m a s e n te m a n o sso r e s p e ito e o q u e es­ u m p e n s a m e n to s u r p r e e n d e n te
p a rte in te g ra n te d e a m a r. Q u ã o p o ­ p e ra v a m d e n ó s. n u n c a an tes absorvido. A in d a assim,
d e ro s a s são esta s p a la v ra s: “ S ab eis J o h n P o w e ll c o n ta e s ta to c a n te h a v ia u m a a g u d a p o n ta d e d o r,
isto , m e u s a m a d o s rm ã o s ; m as to d o e x p e riê n c ia : “ F o i n o d ia em q u e c o m o se fo sse c o n h e c e r m e u p ai
AGOSTO DE 1976 47
m e lh o r n a m o rte d o q u e ja m a is o v io le n ta m e n te . A tu a r d e n tr o d o s li­ q u e os o u tr o s te n h a m c o n o s c o ,
c o n h e c e r a em vida. m ite s d o liv re a r b ítrio d a p esso a. q u a n d o n ã o n o s p o rta m o s à a ltu ra .
“ M a is ta rd e , e n q u a n to o m é d ic o E m p re g a r u m a a b o rd a g e m o tim is ta , Q u a n d o s o m o s p a c ie n te s c o m os
c o n s ta ta v a a m o rte , fiq u ei e n c o s ta ­ e s p e ra n ç o s a . H á e s p e r a n ç a . E xiste o u tro s , to r n a m o -n o s m ais p a c ie n te s
d o n a p a re d e m ais a fa s ta d a d o q u a r ­ u m m e io d e v o lta r. E x iste u m a p o s­ c o m n ó s m esm o s.
to , c h o r a n d o m a n s a m e n te . U m a e n ­ sib ilid a d e d e m e lh o r e n te n d im e n to . “ Sê p a c ie n te ; sê só b rio ; sê te m -
fe rm e ira a p ro x im o u -se e m e a b r a ­ P e rm itir q u e se d e s e n v o lv a um p e r a n te ; te m p a c iê n c ia , fé, e s p e r a n ­
ç o u c o n s o la d o ra m e n te . A s lá g rim as d e n o m in a d o r c o m u m p a ra d e c is õ e s ç a e c a r id a d e .” (D & C 6:19.)
n ão m e p e rm itira m fa la r, m as eu p e s s o a is .” N e m eu ta m b é m te c o n ­ E p re c iso c o ra g e m p a ra co m u n i-
q u e r ia d iz er-lh e: — N ã o e s to u c h o ­ d e n o : v ai-te e n ã o p e q u e s m a is .” c a r-se p a c ie n te m e n te . D e v e m o s d e ­
ra n d o a m o rte d e m e u p ai. C h o ro (J o ã o 8:11) sã o p a la v ra s tã o b o n d o ­ m o n s tra r c o n s ta n te m e n te o rg u lh o ,
p o rq u e p a p a i n u n c a m e d isse q u e se sas e e fe tiv a s h o je , c o m o q u a n d o fo ­ e s p e r a n ç a e a m o r s in c e ro s. C a d a
o rg u lh a v a d e m im . N u n c a m e c o n ­ ra m p r o n u n c ia d a s p e la p rim e ira u m d e n ó s d e v e e v ita r a im p re ssã o
to u q u e m e a m a v a . N a tu r a lm e n te , vez. d e h a v e r d e s istid o , q u e se c a n s o u d e
e s p e ra v a q u e eu so u b e sse essas c o i­ E v ita i im p o r v o sso v a lo re s a o u ­ te n ta r .
sas. E sp e ra v a q u e eu so u b e sse o tro s. Q u a n d o a p r e n d e m o s a tr a ta r D e v e -se e v ita r r e p r e e n d e r um
q u a n to eu sig n ific av a em su a v id a e m e ra m e n te d o a s s u n to se m e n v o l­ m e m b ro d a fam ília d ia n te d e o u ­
o g ra n d e lu g a r q u e eu o c u p a v a de v e r p e rs o n a lid a d e s , e v ita n d o ao tro s. U m a c o n v e rs a p a r tic u la r, c a l­
seu c o ra ç ã o , m as ele n u n c a m e d is­ m e sm o te m p o p r e c o n c e ito s e e m o ­ m a, faz m u ito m ais e fe ito . U m a c a l­
se .” (The Secret of Starving in Love, ç õ e s, e s ta m o s a c a m in h o d a e fe tiv a m a p e r s e v e r a n ç a é u m a v irtu d e
N iles 111.: A rg u s, 1974, p. 68.) c o m u n ic a ç ã o fam iliar. Q u a n d o um in e stim á v e l em n o sso r e la c io n a ­
Q u ã o sig m tic a tiv a s as p a ia v ia s uc m e m b ro d a fa m ília to m a u m a d e c i­ m e n to co m to d o s os fam iliare s.
D e u s, q u a n d o se d e u a o tr a b a lh o de sã o in a d e q u a d a o u im p ró p ria , t e ­ Q u a n d o os m e m b ro s d a fam ília
v o c a liz a r seu s se n tim e n to s com : m os n ó s a p a c iê n c ia e h a b ilid a d e d e n ã o tê m sin to n ia , n ã o h á c o m u n ic a ­
“ E ste é o m e u F ilh o a m a d o ” , sim , tr a n s m itir a a titu d e d e q u e n ã o c o n ­ ç ã o . Q u a n d o fa lta m o s em e n te n d e r
m e sm o a p o d e ro s a c o m u n ic a ç ã o . c o rd a m o s co m o q u e d e c id iu , m as os p rin c íp io s b á s ic o s p a r a um b o m
“ E ste é o m e u F ilh o a m a d o , em q u e ele te m o d ire ito d e o p ç ã o e in te rc â m b io , as p a la v ra s d ita s são
q u e m m e c o m p ra z o .” (M a t. 3:17.) c o n tin u a se n d o um m e m b ro q u e r i­ ig n o ra d a s, d e s a te n d id a s e r e je ita ­
F re q ü e n te m e n te os p ais se c o m u ­ d o d a fam ília? d as. V isto se r a fam ília o fu n d a m e n ­
n ic a m m e lh o r co m seu s filh o s p e la E fácil a p o n ta r e n g a n o s e fa z e r to b á s ic o d a Ig re ja , to d o s d e v e m es­
m a n e ira c o m o e s c u ta m e se d irig e m ju lg a m e n to s . S in c e r o s e lo g io s e ta r d isp o s to s a fa z e r a su a p a rte
um ao o u tro . S uas c o n v e rsa s d e ­ c u m p rim e n to s sã o b e m m ais d ifí­ p a ra m e lh o ra r a co m u n icação . U m a
m o n s tra d o ra s d e g e n tile z a e a m o r ce is p a r a a m a io ria d e n ó s. D e sc u l- b o a c o m u n ic a ç ã o se m p re se rá um
sã o o u v id a s p e la s c ria n ç a s se m p re p a r-se u m p ai co m u m filh o p o r a l­ d o s p rin c ip a is in g re d ie n te s p a ra
a te n ta s e im p re ssio n á v e is. T e m o s g u m e r r o , isto ex ig e v e r d a d e ir a m a ­ e d ific a r a so lid a rie d a d e e p e rm a n ê n -
q u e a p r e n d e r a c o m u n ic a r-n o s efi­ tu r id a d e . U m s in c e ro p e d id o d e c ia d a fam ília.
c a z m e n te , n ã o a p e n a s p e la voz, m as d e s c u lp a s m u ita s v ez es faz um filh o O ro ao P ai C e le stia l q u e n o s a ju ­
p e lo to m , se n sa ç ã o , o lh a re s , g esto s o u filh a se n tir-se s u r p e e e n d e n te - d e a c o m u n ic a rm o -n o s m e lh o r em
e to d a a p e rs o n a lid a d e . M u ita s v e­ m e n te a fe tu o s o p a r a co m o p ai ou n o sso lar, a tra v é s d a d isp o s iç ã o d e
zes, q u a n d o n ã o c o n s e g u im o s c o n ­ m ã e , irm ã o o u irm ã . “ P o rq u e to d o s n o s s a c rific a rm o s, d e e s c u ta rm o s d e
v e rsa r co m u m a filha o u e s p o sa , fi­ tro p e ç a m o s em m u ita s co isas. Se a l­ v o c a liz a rm o s se n tim e n to s , e v ita r­
c a m o s a p e n s a r: “ O q u e h á d e e r r a ­ g u é m n ã o tr o p e ç a em p a la v ra , o tal m o s ju lg a r, d e m a n te rm o s sigilo e
d o c o m e la ? ” , q u a n d o d e v e ría m o s v a rã o é p e rfe ito e p o d e r o s o p a r a d e p r a tic a r m o s a p a c iê n c ia . O ro
e s ta r re fle tin d o : “ O q u e e s tá e r r a d o ta m b é m r e f re a r to d o o se u c o r p o .” a o Pai C e le stia l q u e n o s a ju d e a co-
co m n o sso s m é to d o s ? ” U m so rriso (T ia g o 3:2.) m u n ic a rm o -n o s m e lh o r em n o sso
o p o r tu n o , u m a p a n c a d i n h a n o 6. Disposição de manter sigilo. S er la r, a tra v é s d a d isp o s iç ã o d e n o s sa­
o m b ro n a h o ra a p ro p r ia d a , um c a ­ d ig n o d e c o n fia n ç a , m e s m o nas c rific a rm o s, d e e s c u ta rm o s , d e v o ­
lo ro so a p e r to d e m ã o sã o d e 's u m a q u e s tõ e s e o b s e rv a ç õ e s triv ia is. A s c a liz a rm o s s e n tim e n to s , d e e v ita r ­
im p o rtâ n c ia . O silê n c io isola. P e río ­ q u e s tõ e s e o b s e rv a ç õ e s d e p e s o so ­ m o s ju lg a r, d e m a n te rm o s sigilo e
d o s d e silê n c io te n s o p ro v o c a m es­ m e n te se s e g u irã o , se tiv e rm o s sid o d e p ra tic a r m o s a p a c iê n c ia . “ O h !
p a n to , m á g o a e g e ra lm e n te lev am a d ig n o s d e c o n fia n ç a n o triv ia l. T r a ­ q u ã o fo rte s sã o as p a la v ra s d a b o a
c o n c lu sõ e s e rra d a s . t a r c o n f id ê n c ia e p r e o c u p a ç õ e s ín ti­ r a z ã o ! ” (Jó 6:25.) Sim , q u ã o fo rte s
D e u s r e c o n h e c e o fo rte im p a c to m as co m re s p e ito . C r ia r c o n fia n ç a sã o as p a la v ra s c e rta s , d ita s n o m o ­
d a c o m u n ic a ç ã o c o n tín u a , a o nos m e re c id a . A s p e s s o a s a b e n ç o a d a s m e n to c e r to , à p e sso a c e rta .
a d m o e s ta r a o ra rm o s c o n s ta n te ­ co m a lg u é m c o m q u e m p o d e m c o n ­ P o ssa n o sso c le m e n te e b o n d o s o
m e n te . E le p r o m e te u , ta m b é m , re s­ v e rs a r c o n fid e n c ia lm e n te e c o n fia r, Pai C e le stia l a ju d a r-n o s em n o ssa
p o n d e r q u a n d o n o s c o m u n ic a m o s sã o r e a lm e n te a fo r tu n a d a s . Q u e m n e c e s s id a d e e d e s e jo d e m e lh o r c o ­
e fe tiv a m e n te co m ele. o u sa d iz e r q u e a c o n f ia n ç a fa m ilia r m u n ic a ç ã o fam iliar. E la p o d e rá
5. Disposição para não julgar. P ro ­ n ã o é m a io r q u e u m a c o n f ia n ç a c o ­ c o n trib u ir p a r c r ia r a u n iã o fa m i­
c u r a r se r c o m p re e n s iv o e n ã o c r íti­ m u n itá ria ? liar, se n o s e m p e n h a rm o s e s a c rifi­
co. N ã o d e m o n s tr a r a b a lo , su sto ou 7. Disposição de praticar a paciên­ c a rm o s p o r ela. P o r e s ta m e ta , eu
d e sg o sto d ia n te d o s c o m e n tá rio s ou cia. N a c o m u n ic a ç ã o , a p a c iê n c ia é o ro e m n o m e d o S e n h o r Je su s C ris­
o b se rv a ç õ e s d o s o u tr o s .’ N ã o re a g ir um tip o d e c o n d u ta q u e e s p e ra m o s to . A m ém .
48 A LIAHONA
processo de tornar-se um santo dos últi­
mos dias, dito ao Irm ão Covill, confor­
me registro em D outrina & Convênios,
é aceitar de fato o Evangelho do qual
diz o Senhor: “ E este é o meu Evange­
lho — arrependim ento e batism o pela á-
gua, e então vem o batism o do fogo e do
Espírito Santo, m esm o o Consolador, o
qual m anifesta todas as coias e ensina as
coisas pacíficas do reino .” (D& C 39:6)

“ Aí Estou Eu A pós sua aceitação do Evangelho, o


Irm ão Covill foi incum bido de fazer o
que é a obrigação inelutável de todos
noá hoje. Pois diz o Senhor: “ E se fizer-

no Meio Deles.” des isto, eis que te prepararei para um


trabalho maior. Tu pregarás a plenitu­
de do meu Evangelho, o qual enviei nes­
tes últim os dias, o convênio que enviei
É l d e r J o s e p h B . W ir th lin p ara recu p erar o meu povo, que é da
A ssiste n te d o C o n s e lh o d o s D o ze casa de Israel.” (D & C 39.11.) E eis aqui
a prom essa feita ao É lder Covill..: “ E
aco n tecerá que o p o d er estará contigo;
terás grande fé, e eu estarei contigo e
irei adiante de tu a face.” (D & C 39:12.)
O que foi dito a Jam es Covill nesta dis-
O Senhor prometeu seu poder e influência àqueles que se reunirem em pensação, quando a Igreja existia há so­
m ente nove meses, aplica-se com igual
seu nome
força a nós agora —e é um a notável e
p oderosa reiteração d a prom essa feita
no meio deles. Pediram -m e que trans-
pelo Salvador durante seu ministério
mittisse seu grande am or e apreço por
terreno. Sua garantia de que estará em
vós que estais em casa. Se pudésseis
nosso meio quando dois ou três estive­
ouvi-los prestar seus testem unhos, ha-
rem reunidos em seu nom e, é um a m a­
veíeis de literalm ente vibrar de en tu ­
ravilhosa declaração de seu ilimitado
siasmo e am or pela verdade do Evange­
am or a cada um de nós, assegurando-
lho.
nos sua presença em nossos serviços re­
T am pouco podem os esquecer-nos de ligiosos, em nossa vida individual e na
m encionar nossos m ilitares n a Europa. intim idade de nossa família.
P ara a m aioria deles, o Evangelho de
Jesus Cristo é tudo. Eles captaram o O que quero dizer, ao afirm ar que Je­
espírito que está presente onde e q u an ­ sus deseja que sua presença seja sentida
do “ estiverem reunidos dois ou três” na intim idade de cada um a de nossas
em nom e do M estre. É extraordinária e famílias, pode ser notado na vida de
inacreditavelm ente m aravilhoso o qu e o duas irmãs, amigas nossas, que vivem
Evangelho faz por eles! Esses m oços e em duas estacas distantes entre s i .
suas famílias são um trib u to p ara a Igre­ U m a das irmãs casou fora da Igreja, na
ja —um a força inspiradora. E stão entre esperança de converter o m arido e d e­
os mais dedicados de todos os nossos pois casar-se e ser selada no tem plo. Ela
éculos atrás, quando ensinava a

S seus discípulos em Capernaum,


às margens do Mar da Galiléia,
Jesus disse: “ . .. onde estiverem
m em bros. D oaram m ilhares de dólares
e incalculável m edida de tem po e esfor­
ço para a construção de capelas na E u­
desenvolveu um a personalidade das mais
en cantadoras e espirituais. Seu marido,
contudo, jam ais captou o espírito nem
ropa —capelas que a m aioria talvez nem reconheceu a veracidade do Evangelho,
dois ou tres reunidos em meu nome, aí, es­
chegue a ver, pois provavelm ente esta­ tornando-se um a influência passiva na
tou eu no meio deles.” (Mat. 18:20.) Os
rão de volta em casa ou em outro lugar vida religiosa d a família. N ão obstante,
santos dos últimos dias tem o precioso
qualquer antes de elas serem construí­ esta irm ã deu um belo exem plo à famí­
privilégio de viver, reunir-se e adornar em
das e dedicadas. A glória suprem a da lia, induzindo os filhos a acom panhá-la
nome do Salvador da humanidade, e de
o bra do reino na E uropa, todavia, são no cum prim ento de seus deveres e res­
usufruir o espírito amparador e regenera-
os milhares de m em bros fiéis que trab a­ ponsabilidades religiosas. Ela e os fi­
dor em cada faceta e dimensão de sua
vida. _ lham incessante e alegrem ente, tan to lhos, a despeito do que poderia te r sido
p ara viverem o Evangelho com o p ara um a fácil desculpa p ara negligência e
D esde outubro p.p., a Irm ã W irthlin e indiferença, exem plificaram a adm oes-
com partilhá-lo com outros.
eu viajamos milhares de quilôm etros tação de Jesus, q u an d o disse: “ Assim
pela E uropa C entral, Escandinávia e O encargo e responsabilidade que es- resplandeça a vossa luz diante dos ho­
Finlândia, trabalhando com os onze Ses ab n e g ad a m e n te co m p ro m etid o s m ens, p ara que vejam as vossas boas
presidentes de missão e oito presidentes santos assum iram , evoluiu conform e foi obras e glorifíquem a vosso Pai, que está
de estaca que presidem naquelas áreas. descrito num a revelação d ad a através nos céus.” (M at. 5:16.)
Lá viemos a conhecer mais de mil e qui­ do P rofeta Joseph Sm ith a Jam es Covill,
nhentos missionários que irradiam e co­ o qual havia sido m inistro batista d u ran ­ A o u tra irm ã casou-se com um fiel
m unicam a realidade de que Jesus está te q uaren ta anos. O prim eiro passo no santo dos últim os dias. Com o passar

AGOSTO DE 1976 49
ções, e os meus anjos ao vosso redor,
p ara vos suster.” (D & C 84:88.)
Som ente aceitando nosso Salvador e
fazendo a sua vontade, é que adquiri­
mos o “ sentim ento de agir certo ” , Se
quebrarm os os m andam entos, adquiri­
rem os um “ sentim ento” corresponden­
te. Isto explica por que vemos pais de
coração partido e vergados de vergonha
pelos pecados e obstinação de seus fi­
lhos. Sentem -se intrigados e p erplexos,
e alegam:
— N ós os criam os de m odo a se to rn a­
rem rapazes e m oças corretos e a nossa
sem pre foi um a boa família. Nós não
lhes ensinam os a com portar-se assim!
Os filhos aprenderam todos os precei­
tos. Porém , preceitos não fornecem ne­
cessariam ente a vontade e desejo de
agir certo. N a verdade, a ignorância não
é a unica causa do pecado e conduta de­
plorável. A causa fundam ental p ara a
m aioria das transgressões é a falta de
desejo, a ausência de um a motivação
forte ou influência certa, e um a falta de
vivência dos preceitos. Os indivíduos
que agem certo e “têm fome e sede de
ju stiça” (M at. 5:6), adquirem e conser­
vam vivo, através de suas ações o senti­
m ento de agir corretam ente. Inerente
aos prim eiros princípios do Evangelho,
è o “ princípio do desejo” - o desejo de
am ar a D eus e seus sem elhantes “ de
todo o teu coração, e de to d a a tu a al­
ma, e de todo o teu pensam ento” . (M at.
22:37.) P ara atingir tais alturas, cada um
de nós deve trab alh ar em harm onia com
a vontade de D eus, criando um clim a
que trará Jesus p ara o meio de nossa vi­
da; e então devem os continuar vivendo
“com os olhos fitos na [sua] glória . . . ”
Elder Marvin J. Ashton, do Conselho dos Doze.
(D& C 4:5.)
Esta convicção é claram ente dem ons­
trad a na vida de nossos grandes presi­
dos anos, eies foram om itindo o que a O caso dela era um dos quais Jesus dentes de missão, m ilitares, missioná­
princípio pretendiam fazer consciencio­ disse: “ . . . onde estiverem dois ou três rios e devotados m em bros da Igreja. O
sam ente - adorarem juntos em nom e de reunidos em meu nom e, aí, estou eu no que estou ten tan d o dizer sobre o Salva­
Jesus, para que fosse o centro de suas meio deles” , e isto pode-se aplicar a to ­ dor estar em nosso meio, independente­
atividades familiares. E m bora conti­ dos nós, onde q uer q u e estejam os, em m ente de serm os dois três ou muitos, é
nuassem adm irando a Igreja e seus casa ou outro lugar qualquer. claram ente retratad o na vibrante des­
princípios, esqueceram -se de que agora
N ou tra ocasião, disse Jesus: “ Eis que crição do processo d e aquisição do
eram de fato o sal da te rra que se tornou aperfeiçoam ento espiritual feita por
estou à porta, e b ato .” (Apoc. 3:20.) A
“ insípido” . (M at. 5:13.) Paulo: “ P orque o nosso evangelho não
m enos que abram os a po rta e perm ita­
Conversando a respeito dos filhos, a mos que entre em nossa vida, ele não foi a vós som ente em palavras, mas tam ­
segunda irm ã disse à p rim e ira :: — Por poderá estar no meio de nós. O conhe­ bém em poder, e no Espírito Santo e em
[que seus filhos são tão bons e tão ativos cim ento em si pode ser, mas não é ne­ m uita certeza; com o bem sabeis quais
na Igreja, a despeito de você haver ca­ cessariam ente poder. C onhecim ento fomos entre vós, por am or de vós.
sado fora da Igreja? não é m otivação, tam pouco a lógica. “E vós fostes feitos nossos imitadores,
Q ue a fonte das ações hum anas está ine­ e do Senhor, receb en d o a palavra em
A prim eira respondeu: — Sem pre le­
rentem ente no sentim ento e não no in­ m uita tribulação, com gozo do Espírito
vei comigo à Escola D om inical e à reu­
telecto, e que a con d u ta gera o senti­ Santo.
nião sacram ental.
m ento, está explícito em D outrina &
Convênios com estas palavras: “ E onde “ D e m aneira que fostes o exemplo
Surpresa, a segunda disse: —Eu man­
vos receberem , aí estarei tam bém , pois para todos . . . ” (1 Tess. 1:5-7.)
dava os meus, - ao que a prim eira repli­
irei diante de vossa face. Eu estarei à
cou, com m aior ênfase:
vossa m ão direita e à vossa esquerda, e G o staria de reform ular, a bem d a ên ­
— Mas eu levava os meus! o m eu Espírito estará em vossos co ra­ fase, o que esses escritos inspirados
50 A LIAHONA
contêm para cada um de nós. Paulo re­
gozijava-se no fato de que aquilo que
disseera aos tessalonicences, não eram
palavras vazias para eles, pois tinham
ouvido com interesse, e o que lhes foi
ensinado produzira neles um forte dese­
jo de retidão. Ele acentuou explicita­
Estas
m ente que tam bém o Santo Espírito ha­
via-lhes dado plena convicção da vera­
cidade do que fora ensinado. N ão hesi­
tou em dizer que esta vida, igualm ente,
Quatro Coisas
era mais um a prova da veracidade da
Élder Robert L. Simpson
mensagem. Paulo estava contente por
terem recebido a m ensagem do Evange­ A ssiste n te d o C o n s e lh o d o s D o z e
lho com tam anha alegria e felicidade, a
despeito das m uitas provações. Final­ Objetivos para ajudar todos os santos.
m ente, m enciona o que deve ter sido a
suprem a realização deles — de, serem q u e n ã o se a g ra d a d e to lo s ; o q u e
exemplos inspiradores para todos os v o ta re s , p ag a -o .
seus sem elhantes e que deles a palavra
do Senhor se espalhou para outros, mui­ “ M e lh o r é q u e n ã o v o te s d o q u e
to além dos limites de sua região. Paulo v o te s e n ã o p a g u e s .” (E c le s. 5:4-5.)
prestou-lhes tributo, dizendo que, por T o d o m e m b ro d e s ta Ig re ja a ssu ­
toda a parte onde andava, encontrava m e u m v o to sa g ra d o , q u a n d o se
pessoas que lhe falavam de suas n otá­
s u b m e te a C ris to n as á g u a s d o b a tis ­
veis boas. obras e fé em Deus.
m o . N u m d ia em c a d a s e te , em c a d a
Convém a todos nós serm os lem bra­
d ia d o S á b a d o , n ó s n o s re u n im o s
dos seguidam ente de que conhecer e
guardar as leis e m andam entos divinos p a r a re n o v a r esse s a g ra d o v o to e
sem pre gerou fé, viver reto e inspiração c o m p ro m is s o ao p a rtic ip a rm o s d o
em nosso povo. s a c r a m e n to .
Recordo que, quando os santos se es­ E u g o s ta ria d e su g e rir q u e , c o m o
tabeleceram num a nova área, estavam m e m b ro s d a Ig re ja , te n h a m o s se m ­
em dúvida se deveriam ou não construir p re em m e n te q u a tro o b je tiv o s su-
casas sólidas, pois tinham m udado ta n ­ p re m o s .T o d o s eles e n v o lv e m g e n te ,
tas vezes de lugar. Q uando consultaram p o is o p rin c ip a l c u id a d o d a Ig re ja
o P rofeta Joseph Smith a esse respeito, eus q u erid o s irm ãos, o E v an ­ sã o as p e sso a s. A ssim c o m o as p e s­
ele respondeu: “ C onstruí com o se fos­
sem ficar para sem pre.” Os líderes
atuais de nossa Igreja jam ais perdem de
vista, por um m om ento que seja, a sua
M gelho é v erd ad eiro e regozija-
m o-nos neste co n h e cim en to .
Q ue esp írito d o ce e e n c a n ta d o r tem o s
so as e ra m a p rin c ip a l p r e o c u p a ç ã o
d o S a lv a d o r, assim d e v e r ia s e r co m
to d o s n ó s, se q u is e rm o s au x ilia r o
missão sagrada. Eles estão construindo tid o n esta co n feren cia. E q u ã o m a ra­ M estre a atingir sua m e ta final: “ p ro ­
para nós, para os que nos seguem, para vilhosas e v erd ad eiras te m sido to d a s p o r c io n a r a im o rta lid a d e e a v id a
o futuro, para a eternidade. as m ensagens. e te r n a a o h o m e m .” (M o isé s 1:39.)
O estudo de nossa história encerra E m p rim e iro lu g a r, p e rm ti q u e V id a e te r n a p a r a o in d iv íd u o r e ­
um a grande lição para todos nós. O su­ tra n s m ita a c a d a u m d e v ó s o a m o r q u e r o S acerd ó cio . R e q u e r a aç ão do
cesso da Igreja pode ser atribuído à nos­ d o s p o v o s d o P a c ífic o Sul. E q u a n ­ S a c e rd ó c io ; r e q u e r su b m issã o aos
sa fé em D eus e à orientação inspirada d o se tra z a m o r d a q u e la s b a n d a s , a p rin c íp io s d o S a c e rd ó c io . O s q u a tro
que recebem os de líderes fortes e dedi­
g e n te é o b rig a d a a tr a z e r u m a p o r ­ o b je tiv o s n a v id a d o s q u e p ro fe ssa m
cados, que nunca seguem por atalhos, e
ç ã o d e m a la s e x tra . E u v o s tr a g o s e r m e m b ro s d e s ta Ig re ja re fe re m -
conservam Jesus e suas divinas m ensa­
gens dinam icam ente em nosso meio. esse a m o r e q u e r o q u e sa ib ais q u e se a p e sso a s. S ão eles:
a q u e la g e n te tr a n s b o r d a d e a m o r e
Tenho o privilégio de testificar a ve­ fé.
Primeiro, a o b rig a ç ã o d e p re p a -
racidade do Evangelho de Jesus Cristo e ra r-s e a si e a o s fa m ilia re s im e d ia to s
a liderança m otivadora de nosso grande N ó s n o s re u n im o s c o m o d is c íp u ­ p a ra a p re se n ç a d o S enhor.
profeta, o Presidente S pencer W. Kim­ los d o S e n h o r Je su s C risto . N ó s o
ball; e quanto ao poder e exortação de a m a m o s e q u e r e m o s a ju d á -lo n a ­
Segundo, a o b rig a ç ã o d e se rm o s o
sua vida exem plar e notável; quanto ao g u a r d a d o r d e n o sso irm ã o e d e a u ­
q u ilo q u e p re c is a s e r fe ito . E o P ai
cham ado divino das A utoridades G e­ x ilia rm o s o u tro s m e m b ro s d a Ig re ­
C e le stia l a m a se u s filh o s — os q u e
rais, e a força e nobreza encontrada na ja .
viv em a g o ra , o s q u e a in d a n ã o n a s ­
vida de m ilhares de santos dos últimos
c e ra m e o s q u e j á se fo ra m . N ó s p o ­ Terceiro, A o b rig a ç ã o d e c o m ­
dias em todo o mundo.
d e m o s fa z e r p a r te d e s se p ro c e s s o p a r tilh a r m o s n o sso d o m m ais p r e ­
O ro para que onde estiverem reu n i­ p o r m e io d e n o sso c o m p ro m e ti­ c io so , o E v a n g e lh o , c o m a q u e le s
dos dois ou três de nós, o Salvador este­ m e n to . q u e a in d a n ã o o c o n h e c e m ; e
ja em nosso meio, em virtude de nossa
retidão, em nom e de Jesus Cristo. “ Q u a n d o a D e u s fiz e re s alg u m Quarto, a o b rig a ç ã o d e p ro v e r
Amém. v o to , n ã o ta rd e s e m c u m p ri-lo ; p o r ­ u m a o p o r tu n id a d e d e o b te r b ê n ­
AGOSTO h e 1976 51
ç ã o s e te r n a s ao s n o sso s p a r e n te s cu n d a d o pelas pro fesso ras visitantes ( M a rc o s 16:15), e n ó s estam o s in d o
m o rto s. , d a S o c ie d a d e d e S o c o rro . P a u lo ti­ em n ú m e ro d e v in te e tr ê s m il, le ­
N o ta i q u e n o sso p r ó p rio b em - n h a o e s p írito d o e n s in o fa m ilia r e v a n d o a v e rd a d e d o E v a n g e lh o a
e s ta r p e sso a l e n c a b e ç a a lista, p o r ­ d o tr a b a lh o d e p ro fe s s o ra s v is ita n ­ u m a s c in q ü e n ta n a ç õ e s . M a s m e s­
q u e as ú ltim a s tr ê s gran d es obriga­ te s, q u a n d o e s c re v e u a T im ó te o : “ E m o o e s fo rç o a tu a l n ã o b a s ta , diz o
ç õ e s só p o d e m se r c u m p rid a s dis- o q u e d e m im , e n tr e m u ita s te s te ­ p r o fe ta . T o d a p e s s o a s o lte ira , n a
p o n d o -se d e u m a fo n te d e f o rç a e m u n h a s , o u v iste , c o n fia -o a h o m e n s Ig re ja , a b a ix o d e v in te e c in o an o s,
c o n fia n ç a . O m u n d o j á te m c a so s fiéis, q u e se ja m id ô n e o s p a r a ta m ­ d e v e se r c o n s id e r a d a c o m o um
d e m a is d e u m “ c e g o g u ia n d o o u tr o b é m e n s in a re m os o u tr o s .” (2 T im . e v e n tu a l m issio n á rio , e o re s to d e
c e g o ” . N o ssa fo n te d e c o n h e c im e n ­ 2 :2 .) n ó s d e v e p a r tic ip a r tr e in a n d o , in ­
to é lu z e v e rd a d e . É a p a la v ra d e c e n tiv a n d o e a ju d a n d o -a s a fa z e r
E a g o ra , a te n ta i p a r a isto , v in d o
D e u s n a b e la e s tru tu ra d a re v e la ç ã o e c o n o m ia s p a r a q u e se ja m fin a n c e i­
d ir e ta m e n te d o S e n h o r: “ E v o s d o u
c o n tín u a . É im p re sc in d ív e l r e c e b e r r a m e n te a u to -s u fic ie n te e s , n a m e d i­
o m a n d a m e n to d e q u e e n sin e is a
luz e v e rd a d e a n te s d e p o d e r d ifu n ­ d a d o p o ssív el.
d o u tr in a d o re in o u n s a o s o u tr o s .”
di-la. O S a lv a d o r fo rn e c e u á g u a
(D & C 88:77.) Isto n ão é m e ra suges­ D u ra n te n o ssa r e c e n te v iag em
v iv a a o s e s p iritu a lm e n te s e d e n to s.
tã o : “ . . . v o s d o u o mandamento d e p a r a as c o n fe rê n c ia s d e á r e a d o
N ó s ta m b é m d e v e m o -n o s e m p e ­
q u e e n sin e is u n s a o s o u tr o s .” P a c ífic o S ul, o P re s id e n te K im b a ll
n h a r em o b te r essa c a p a c id a d e . O
fic o u v isiv e lm e n te im p re ss io n a d o ,
n o sso p a p e l n ã o é o d e u m v e n d e ­ G o s to d a a n a lo g ia q u e c e r ta v ez
q u a n d o e n c o n tr a m o s e m F iji d ú zias
d o r d e livros q u e se lim ita a u m a o u v i c o m r e la ç ã o ao e n s in o fa m i­
d e c o n v e rso s in d ia n o s. Viu n esses
sim p les p e rm u ta . P a ra tra n s m itir liar. O o r a d o r m o s tro u u m p e d a ç o
p io n e iro s d e su a ra ç a u m a fu tu ra
e fic a z m e n te a m e n sa g e m d o livro, d e te c id o e s c o c ê s e s u g e riu q u e
p o ssib ilid a d e d e a b rir c a m in h o nas
te m o s q u e d a r d e n ó s p ró p rio s . A m e n ta lm e n te c o n s id e rá s s e m o s c a d a
m a ssas d a ín d ia , q u a n d o fo r c h e g a ­
v e rd a d e se p ro p a g a m e lh o r p e la s c o r d o x a d re z c o m o u m d o s p r o g ra ­
d o o te m p o .
o n d a s d o te s te m u n h o p e s so a l e d ig ­ m a s d a Ig re ja . A s e g u ir, p e rg u n to u :
n id a d e in d iv id u al. — Q u e c o r é o e n s in o fa m ilia r? A A p r im e ira h o ra d e n o ssa se ssão
re sp o s ta : — O e n s in o fa m ilia r n ã o é m a tu tin a d e d o m in g o em S y d n ey ,
D isse o S en h o r a P edro: “ Q u an d o
u m a ú n ic a c o r; é o te c id o to d o . foi tr a n s m itid a a o v ivo p e la te le v i­
te c o n v e rte re s , c o n firm a os te u s ir­
sã o , p a r a m ilh a re s d e la re s em to d a
m ã o s.” (L u c a s 22:32) E a m e sm a O e n s in o fa m ilia r, d e v id a m e n te a A u s trá lia . O s d isc u rs o s fo ra m
im p o r tâ n c ia te m a r e s p o s ta d e P e ­ e x e c u t a d o , p o d e p e r f e it a m e n te m a g n ífic o s e o c o ro u ltra p a s s o u su a
d ro a o S e n h o r n essa o c a siã o , q u a n ­ a b r a n g e r to d a s as f a c e ta s d a Ig re ja c a p a c id a d e n a tu ra l. E sta rm o s r e u ­
d o p ro m e te u : “ S e n h o r, e s to u p r o n ­ d e a c o r d o c o m as n e c e s s id a d e s v a ­ n id o s n o T e a tr o L íric o d e S y d n ey já
to a ir c o n tig o a té à p ris ã o e à m o r­
riá v e is d e c a d a fam ília. G o s to d e s s a e r a u m m ilg a re , u m a h istó ria d r a ­
te .” (L u c a s 22:33.) co m p araç ão ! M u ita s v e z e s c o n s id e ­ m á tic a em si. E m p o u c a s p a la v ra s,
A o b r a e g ló ria d e D e u s p rin c ip ia ra m o s o e n s in o fa m ilia r “ m a is o u tr o e s ta c a s a d e e s p e tá c u lo s e s tá n o r ­
p e la n o ssa p r e p a ra ç ã o . E le r e c o ­ p r o g ra m a ” . E le p o d e e d e v e se r tã o m a lm e n te to m a d a co m d o is a trê s
m en d a: “ Q u e . . . to d o h o m e m a m p lo e la rg o c o m o o e s p e c tro in ­ a n o s d e a n te c e d ê n c ia , e h á u m a t r a ­
a p re n d a o seu d e v e r .” (D & C te ir o d a Ig re ja . d iç ã o im p re s s io n a n te d e p r a tic a ­
1 07:99.) I s to r e q u e r d e d i c a ç ã o : m e n te n e n h u m c a n c e la m e n to . M e s­
A g o ra , to d o s o s q u a tr o b ilh õ e s d e
“ B u scai p rim e iro o re in o d e D e u s .” m o assim , m e n o s d e d o is m e ses a n ­
a lm a s q u e a tu a lm e n te v iv em n a te r ­
(M a t. 6:33.) R e q u e r su b m issã o , o te s d a c o n f e rê n c ia , h o u v e u m c a n ­
r a sã o m u ito caro s a o P ai C e le stia l.
c a m in h o ú n ic o : “ V em . . . seg u e- c e la m e n to d e re s e rv a q u e n in g ú e m
E las ta m b é m n ecessitam d aq u ilo q ue
m e .” (M a t. 19:21.) c o n s e g u e e x p lic a r — q u e r d iz e r, n in ­
v ós e e u te m o s. C u id a r q u e te n h a m
A p e n a s d e p o is d e re a lm e n te c o n ­ g u é m e x c e to o S e n h o r! E a c o n te ­
u m a o p o r tu n id a d e d e o u v ir, e q u e m
v e rtid o s, e v id e n c ia d o p e la d isp o si­ c e u s e r ju s ta m e n te n o n o sso fim d e
sa b e a c e ita r , é o u tr a d e n o ssa s im ­
ç ã o d e m e lh o r a r n o ssa v id a , é q u e s e m a n a ! O S e n h o r se g u e c a m in h o s
p o r ta n te s re s p o n s a b ilid a d e s . D esse
p o d e m o s se r c o n s id e ra d o s c o m o al­ m is te rio so s p a r a re a liz a r se u s m ila ­
m o d o , e s ta re m o s a ju d a n d o ta m b é m
g u é m p o s ta d o em te r r e n o firm e , g re s. A p o s sib ilid a d e d o te le v isio n a -
n o sso P ai C e le s tia l a re a liz a r su a
c o m o a lg u é m p r o n to p a r a r e s p o n ­ m e n to p a r a to d o o p a ís d e v e u -se em
o b ra e s u a g ló ria — a ju d a n d o -o a
d e r a o c h a m a d o , c o m o a lg ú e m p r e ­ g ra n d e p a r te à o b te n ç ã o d o T e a tr o
tr a z e r to d o s o s se u s filh o s p a r a o
p a r a d o p a r a a ju d a r o u tro s. L íric o c o m o lo c a l d a c o n fe rê n c ia .
c írc u lo .
N o ssa se g u n d a o b rig a ç ã o é se r o O u v i u m a s p o u c a s re a ç õ e s típ ic a s
A ssim , o te r c e ir o g ra n d e o b je tiv o d e n ã o -m e m b ro s v in d o s d e to d a a
g u a r d a d o r d e n o sso irm ã o , d e n o ssa
e v o to q u e a ssu m im o s e n v o lv e esses A u s trá lia d e p o is d e a ssistire m à
irm ã , d e b u s c a r a o v e lh a d e s g a r ra ­
q u a t r o b i l h õ e s d e a l m a s . S ig ­ tra n s m is s ã o te le v isio n a d a .
d a , d e e n s in a rm o s u n s ao s o u tro s as
n ific a p r o c u r a r c o n tin u a m e n te as
d o u trin a s d o re in o . A p rim e ira : “ B e m , o q u e v o cê s
q u e e s te ja m p r o n ta s e en sin á -la s.
P re sto -v o s te s te m u n h o d e q u e o E ste e n s in o se faz m e lh o r d e m a n e i­ c o n s e g u e m n a p rá tic a ? F o i sim p les
e n sin o fa m ilia r é o m e lh o r m é to d o r a a p r o p r ia d a , o r d e n a d a e s in c e ra e b o m p a r a c o m o v ín c u lo fam iliar,
d iv in a m e n te in sp ira d o p a r a to c a r q u e as leva à a c e ita ç ã o in co n d icio n al d e a m o r d e u m p e lo o u tr o , a té um
v id a s d e n tr o d a Ig re ja . E ste e x tr a o r ­ d a v e rd a d e d o E v a n g e lh o . D isse o p o u c o fo ra d e m o d a . P a ra m im , h a ­
d in á rio r e c u rs o d o S a c e rd ó c io é se ­ S a lv a d o r: “ Id e p o r to d o o m u n d o ” v ia u m c e r to e n te n d im e n to e s p iri­
52 A LIAHONA
Portadores do Sacerdócio Aaronico de cabeças abaixadas durante a oração.

tu a l.” c o m p ro m is s o d e s e rm o s m is sio n á ­ p o r si.


O u tr a p e s so a dizia: “ M e sm o n ã o rio s; e se e s ta m e n sa g e m n ã o e s tá M u ito s d e n ó s e s tã o -s e d e ix a n d o
se n d o m o fm o n , e n c o n tr e i um p r o ­ c la ra , e n tã o fiz e ste s o u v id o s m o u ­ e m b a la r p e la falsa ilu são d e q u e
co s! a g o ra o c o m p u ta d o r e m ic ro film e
fu n d o se n so d e s a b e d o ria n esse
p r o g ra m a .” A m a io r p a r c e la c a r e n te d e a ju d a se e n c a r r e g a r ã o d e tu d o p o r nós!
d a fa m ília d o P ai C e le s te sã o n o sso s A in d a q u e esses m é to d o s m o d e rn o s
A in d a o u tr a : “ A p r e n d i m a is p a r e n te s m o rto s. S u p o r q u e n ó s, se ja m e sse n c ia is e ú te is , m á q u in a
s o b re su a Ig re ja p e lo d isc u rs o d e m e m b ro s b a tiz a d o s d a Ig re ja , p o d e ­ n e n h u m a ja m a is s e rá c a p a z d e p r o ­
seu p re s id e n te d o q u e lite r a tu r a a l­ m os e s q u e c e r-n o s d e n o sso s a n te ­ p o r c io n a r sa lv a ç ã o a q u a lq u e r h o ­
g u m a p o d e r ia tra n s m itir. A p re c ie i o p a s sa d o s, é o c a m in h o m ais se g u ro m e m , a m e n o s q u e esse h o m e m
c o ro e a m e n sa g e m ; e x c e le n te t r a ­ q u e c o n h e ç o p a r a n o s to r n a r m o s fa ç a o q u e lh e c a ib a faz er. N ã o exis­
b a lh o .” in e leg ív eis p a r a a b ê n ç ã o su p re m a te m a ta lh o s p a r a a e x a lta ç ã o .
E sc u ta i esta: “ Q u e m e n sa g e m q u e to d o s tã o a n s io s a m e n te b u s c a ­
Irm ã o s e irm ã s, sa lv a r n o sso s
in s p ira d o ra ou v i e s ta m a n h ã . Só sen­ m os. O P ro f e ta J o s e p h S m ith re g is­
m o rto s ? T e m o s q u e faz ê-lo — é o
ti n ão p o d e r assistir ao p r o g ra m a in ­ tr o u o se g u in te n a se ç ã o 128 d e
c o m p ro m is s o n o sso . L e v a r o E v a n ­
te iro , p o r te r q u e ir à m in h a p r ó p ria D o u tr in a & C o n v ê n io s, q u a n d o es­
c re v ia ao s m e m b ro s d a Ig re ja , em g e lh o a to d a n a ç ã o , tr ib o , lín g u a e
ig re ja .”
p o v o ? T e m o s q u e faz ê-lo — é um
1842, so b a in s p ira ç ã o e d ire triz d o
E o u tr a p e s so a e s c re v e u : “ E sto u c o m p ro m is s o n o sso . S e r o g u a r d a ­
S en h o r:
in te re s s a d a e m q u a lq u e r lite r a tu r a d o r d e n o sso irm ã o e e n s in a r u n s
q u e q u e ira m m a n d a r-m e — m as “ E a g o ra , m e u s q u e rid o s e a m a ­ ao s o u tro s ? T e m o s q u e faz ê-lo — é
n a d a d e v isitas — a in d a .” d o s irm ã o s e irm ã s, e u v o s a s se g u ro n o sso c o m p ro m is so . A p re n d e r d e ­
q u e e s te s sã o p rin c íp io s r e f e r e n te s v id a m e n te n o sso d e v e r in d iv id u a l e
E m ais o u tra : “ M e u c o r a ç ã o e s tá
ao s m o rto s e v iv o s q u e n ã o p o d e m e n s in a r n o sso s fa m ilia re s, ao v e n ­
c h e io d e a m o r a D e u s e a m e u s se ­
se r e n c a r a d o s c o m d e s c u id o , n o c e rm o s n o ssa s p e q u e n a s fra q u e z a s?
m e lh a n te s, d e p o is d e assistir à su a
q u e diz r e s p e ito à n o ssa sa lv a ç ã o . T e m o s q u e fa z ê -lo — p o is ta l é n o sso
in s p ira d o ra tra n s m is s ã o .”
P ois a s u a sa lv a ç ã o é n e c e s s á ria e c o m p ro m isso .
E fin a lm e n te e s ta aqui: “ Se fosse e s se n c ia l à n o ssa s a lv a ç ã o , c o m o
p o ssív el im a g in a r o c é u , e n tã o essas diz P a u lo c o m r e s p e ito a o s p ais — S im , tu d o p rin c ip ia b e m a q u i, c o ­
p esso as m a ra v ilh o sa s m e d e ra m um q u e eles, sem n ó s, n ã o p o d e m se r m ig o , c o n v o s c o e o c o m p ro m iss o
v islu m b re . D o u -m e c o n ta a g o ra o u v o to q u e a ssu m im o s c o m n o sso
a p e r fe iç o a d o s - n e m p o d e m o s n ó s,
q u ã o d e s e s p e ra d o e s to u p o r sa lv a ­ sem os n o sso s m o rto s , se r a p e r fe i­ P ai C e le stia l, p o is e le disse:
ç ã o . A q u i n a v e rd a d e d e v e e s ta r a ç o a d o s .” (D & C 128-15.) “ Q u a n d o a D e u s fize re s alg u m
re sp o sta . S o c o rro !! v o to , n ã o ta r d e s em c u m p ri-lo ; p o r ­
N ó s b u s c a m o s e x a lta ç ã o . C o n s e ­
g u i-la s ig n ific a p e rfe iç ã o , e o ru m o q u e n ã o se a g r a d a d e to lo s: o q u e
O m u n d o in te iro e s tá g rita n d o
p o r s o c o rro ! N ã o é e m o c io n a n te fa ­ e s tá c la ro . N ã o p o d e m o s se r a p e r ­ v o ta re s , p a g a -o .” (E c le s. 5:4.)
z e r p a r te d e sse sig n ific ativ o ím p e to fe iç o a d o s sem n o sso s m o rto s. T e ­ E e s ta é m in h a e s p e r a n ç a e o r a ­
p a r a d ia n te ? N o s c é u s d e v e h a v e r m os q u e p ro c u r á - lo s ; te m o s q u e fa ­ ç ã o p o r to d o s n ó s, em n o m e d e J e ­
reg o z ijo ta m b é m . V os e e u te m o s o z e r p o r ele s o q u e n ã o p o d e m fa z e r sus C risto , A m ém .
AGOSTO DE 1976 53
por meio de am eças e chantagem , aqui­
lo a que não têm direito.

“ Um Homem O livro de G ênesis contém esta notá­


vel declaração: “ A brão porém disse ao
rei de Sodoma: Levantei m inha mão ao
Senhor, o Deus Altíssimo, o Possuidor

Honesto — A dos céus e da terra.


“ Que desde um fio até à correia dum
sapato, não tom arei cousa alguma de

Mais Nobre tudo o que é teu .” (Gên. 14:22-23.)


Felizmente ainda existem aqueles
que observam tais princípios de retidão

Obra de Deus” pessoal. R ecentem ente no Japão, fomos


de trem de O saka até Nagoya. N a esta­
ção fomos recebidos por amigos, e na
em oção do encontro, m inha m ulher es­
É l d e r G o r d o n B. H i n c k l e y , queceu a bolsa no trem . Com unicam os
d o C o n s e lh o d o s D o ze o fato à estação d eT ó q u io p o r telefone.
Q uando o trem chegou a seu destino
três horas mais tarde, a com panhia nos
A desonestidade difundida e comum ameaça governos, instituições e telefonou, avisando que a bolsa estava
lá. Com o não retornam os via Tóquio,
nossa dignidade pessoal.
passou-se mais de um mes, antes de a re­
ae um a consciência apoquentando-o in­ ceberm os de volta, na Cidade do Lago
cessantemente durante um quarto de sé­ Salgado. Q uando foi devolvida, não fal­
culo a que se sujeitara. Ele não teve paz tava coisa alguma na bolsa. Tais expe­
até restituir o que devia. riências, tem o, estão-se tornando cada
vez mais raras.
Os jornais locais publicaram um
caso sem elhante outro dia. O Estado de O que outrora era controlado por pa­
U tah recebeu um bilhete anônim o, drões morais e éticos do povo, agora
acom panhado de duzentos dólares. Di­ procuram os resolver por meio da lei. E
zia o bilhete: “A som a em anexo é para assim os estatutos se multiplicam, os re­
os materiais usados d u ran te os anos cursos para im por seu cum prim ento
que trabalhei para o Estado, tal com o consom em bilhões, as instalações presi­
envelopes, papel, selos etc.” diárias são constantem ente ampliadas,
mas a torrente de desonestidade conti­
Imaginai só a to rren te de dinheiro nua crescendo e aum entando de volu­
que inundaria os gabinetes governa­ me.
mentais, escritórios de em presas e ne­
gociantes, se todos aqueles que surru­ N aturalm ente a falsidade não é nova.
piaram um pouquinho aqui e ali devol­ E tão velha quanto o homem. “ E disse o
vessem o que tiraram desonestam ente. Senhor a Caim: Onde está Abel, teu ir­
mão? E ele disse: N ão sei; sou eu guar­
e o Senhor quiser inspirar-me, de­ O custo de cada cartucho de m erca­

S sejo falar sobre um assunto consi­


derado, talvez, muito comum.
Porém, creio ser ele a própria essencia do
dorias no superm ercado, de to d a grava­
ta ou blusa com prada no centro de
com pras inclui, para cada um de nós, o
d ador de meu irm ão?” (Gen. 4:9.)
Perguntou M alaquias à antiga Israel:
“ R oubará o homem a Deus? Todavia
Evangelho. Sem a qualidade de caráter da preço dos artigos furtados. vós mè roubais e dizeis: Em que te rou­
qual falo, a estrutura de nosso meio há de bamos? N os dízimos e nas ofertas alça­
desintegrar-se em fealdade e caos. Essa Por quão pouco certos hom ens e mu­ das.
qualidade de Caráter é a honestidade lheres vendem seu bom nome! R ecor­
do-m e do caso am plam ente divulgado “ Com maldição sois am aldiçoados,
pessoal. porque me roubais, a mim, vós, toda a
de em inente figura pública que foi presa
Entre as muitas cartas anônim as que por furtar um artigo que valia menos de nação.” (M al. 3:8-9.)
tenho recebido, há um a de particular cinco dólares. N ão sei se acabou sendo
interesse. C ontinha um a cédula de vinte condenado pela justiça, mas seu peque­ M esmo depois dò milagre de Pente-
dólares e um bilhete, dizendo que o re­ no deslize o condenou perante o públi­ costes, manifestou-se desonestidade en­
m etente, há muitos anos, um dia bateu co. Pelo menos em certo sentido, seu tre alguns que haviam entrado para a
na minha casa. Com o ninguém atendes­ ato insensato anulou grande parte do igreja. Os que se convertiam , vendiam
se, ele experim entou a porta e, notando bem que fizera e que era capaz de ainda suas terras e depunham dinheiro aos pés
que estava destrancada, entrou. Vendo fazer. dos apóstolos.
um a nota de vinte dólares sobre o apa- “ M as um cèrto varão cham ado Ana-
' T oda vez que tom am os um avião, p a­
rador, pegou-a e saiu. D urante todos es­ nias, com Safira, sua m ülher, vendeu
gamos o preço de subm eterm os nossa
ses anos, sua consciência o perturbou e um a propriedade.
pessoa e nossa bagagem a um a revista
agora estava devolvendo o dinheiro.
no interesse da segurança. Somados es­ “ E reteve parte do preço, sabendo
N ão inclui nada à guisa de juros pelo ses preços, sobem a milhões de dólares, tam bém sua m ulher; e, levando um a
tem po que usara o dinheiro. Mas, ao ler tudo por causa da alarm ante desonesti­ p arte, a depositou aos pés dos apósto­
aquele bilhete patético, pensei na usura dade de uns poucos que ten tam obter. los.
54 A LIAHONA
“ Disse então Pedro: Ananias, por que
encheu Satanás o teu coração, para que
mentisses ao Espírito Santo e retivesses
parte do preço da herdade?
“G uardando-a não ficava para ti? E,
vendida, não estava em teu poder? Por
que formaste este desígnio em teu cora­
ção? N ão mentiste aos homens, mas a
Deus.
“ E Ananias, ouvindo estas palavras,
caiu e expirou . . .
“ E, passando um espaço de quase
três horas, entrou tam bém sua mulher,
não sabendo o que havia acontecido.
“ E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendes-
tes por tanto aquela herdade? E ela dis­
se: Sim, por tanto.
“ Então Pedro lhe disse: Por que é que
entre vós vos concertastes para tentar o
Espírito Do Senhor? . ..
E logo caiu aos seus pés e expirou.”
(Atos 5:1-10.)
Hoje em dia, os que praticam a deso­
nestidade não m orrem como Ananias e
Safira, mas falece alguma coisa dentro
deles. A consciência pesa, o caráter de­
finha, desvanece-se o respeito próprio,
a integridade fenece.
No M onte Sinai, o dedo do Senhor
escreveu a lei sobre tábuas de pedra:
“N ão furtarás. (Ex. 20:15.) Depois,
esta declaração foi seguida de mais três
m andam entos, cuja violação envolve
d esonestidade: “ N ão a d u lte ra rá s” ,
“N ão dirás falso testem unho” e “ N ão
cobiçarás” . (Êx. 20:14,16-17.)
Já houve algum adultério sem deso­
nestidade? N o vernáculo se cham a de A Irm ã Seehagen, de Berlin Ocidental.
“ enganar” . E é isto mesmo, pois rouba
a virtude, rouba a lealdade, rouba pro­ Estou lendo um livro histórico, um mica, o mal se espalha e aum enta sua vi­
messas sagradas, rouba o respeito pró­ longe detalhado relato dos em bustes rulência.
prio, rouba a verdade. Envolve trapaça. praticados pelas nâções envolvidas na II Q uando nossa nação foi pega numa
E desonestidade pessoal da pior espé­ G uerra M undial. Seu título é Bodyguard circunstância em baraçosa e o presiden­
cie, pois trai os mais sagrados relaciona­ of Lies, (Escolta de M entiras. N. do T.) te falhou em dizer a verdade ao mundo,
mentos humanos, uma negação dos tirado de um a frase dita por W inston nossa credibilidade diminuiu em pro­
convênios e promessas feitos perante Churchill: “ Em tem po de guerra, a ver­ porções tão trágicas, que nunca chegou
Deus e o homem. É a sórdida violação dade é tão preciosa, que deveria estar a recuperar-se totalm ente. Que atos de­
de um a confiança. É um a rejeição sempre acom panhada por um a escolta soladores tem os visto nos últimos tem ­
egoísta da lei de Deus, e com o outras de m entiras.” (The Second World War, pos, em contraste com a conduta dos
formas de desonestidade, seus frutos vol. 5, Closing the Ring, B oston, em éritos cidadãos que há dois séculos
são dor, am argura, com panheiros in­ H oughton Miffilin, 1951, p. 383.) O li­ em penharam sua vida, seus bens e sua
consoláveis e crianças traídas. vro trata de um a porção de trapaças honra para fundarem esta república. Os
praticadas por.am bosos lados. Lendo-o anos que se seguiram a essa declaração,
“ N ão dirás falso testem unho” . N ova­ testem unharam o em pobrecim ento e
a gente chega novam ente à conclusão
mente a desonestidade. H á pouco, a te­
de que a guerra é o jogo do Dem ônio, e m orte de muitos dos signatários, mas
levisão mostrou o caso de um a m ulher para sua glória eterna, nenhum deles ja ­
que entre suas maiores vítimas está a
que ficou vinte e sete anos na prisão, mais deslustrou sua honra.
verdade.
sentenciada por causa do depoim ento
de testem unhas que agora confessaram Infelizmente, o em prego fácil de falsi­ “N ão cobiçarás” . N ão é a cobiça —
haver mentido. Bem sei que é um caso dades e em bustes continua muito de­ esse mal desonesto, depravado - a raiz
extrem o; porém não sabeis de reputa­ pois de estarem assinados os tratados de da maioria dos sofrimentos do mundo?
ções arranhadas, corações partidos, paz, e alguns dos treinados na arte de Com o o avarento barganha sua vida por
carreiras destruídas pela língua menti­ m entir em tem pos de guerra continuam preço tão vil! R ecentem ente li um livro
rosa dos que prestaram falso testemu^ exercendo sua perícia nos dias de paz. de ficção a respeito dos funcionários de
nho? Então, à sem elhança de doença endê­ um a grande instituição financeira. Ao

AGOSTO DE 1976 55
mãos que derram am sangue inocente;
“ C oração que m aquina pensam entos
viciosos; pés que se apressam a correr
p ara o mal;
“ T estem unha falsa que profere men­
tiras; e o que semeia contendas entre ir­
m ãos.” (Prov. 6:16-19.)
A apreciação expressa por um poeta
inglês há muito tem po é válida até hoje:
“ Um homem honesto é a mais nobre
obra de D eus.” (Alexander Pope, An
Essay on Man. Epistle III, linha 248.)
O nde existe honestidade, outras virtu­
des hão de seguir.”
A última Regra de Fé da Igreja de Je­
sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
afirma que: “ Crem os em ser honestos,
verdadeiros, castos, benevolentes, vir­
tuosos e em fazer o bem a todos os ho­
mens.”
N ão podem os ser menos que hones­
tos, menos que verdadeiros, menos que
virtuosos, se quiserm os m anter sagrada
a confiança recebida. Antigam ente,
costum ava dizer-se entre nosso povo
que a palavra de um homem valia tanto
quanto um contrato. Algum de nós ha­
verá de ser menos fidedigno, menos ho­
nesto que nossos antepassados?
Àqueles que estão ao alcance de mi­
nha voz e que vivem este princípio, que
o Senhor vos abençoe. Vosso é o precio­
so direito de erguer a cabeça na clara
luz da verdade, sem o tem or de homem
algum. Por outro lado, caso houver ne­
cessidade de reform ação, que com ece
aqui onde estam os. Deus há de nos aju­
Cantando os hinos de Sião. dar, se buscarm os a força que dele em a­
m o r r e r o p r e s id e n te , um v i c í - nuavam ressoando, lem bram o-nos das na. Doce então será nossa paz de espíri­
presidente sênior concorreu ao cargo. palavras de Benjamin Franklin: “ Um to. Benditos aqueles com quem vivemos
A história é o relato fascinante de um pequeno vazam ento afundará um gran­ e convivemos.
homem honrado e capaz, mas cuja avi­ de navio” , e tam bém das palavras de Deixo-vos meu testem unho da vera­
dez de subir fê-lo transigir com os A ndrew Jackosn: “N enhum governo li­ cidade da causa na qual labutamos, da
princípios até ser totalm ente destruído, vre pode m anter-se sem virtude no po­ realidade vivente de nosso Pai que é o
quase que arruinando no processo a vo.” nosso D eus, ao qual algum dia cada um
própria instituição que queria dirigir. O Escreveu o autor de Provérbios: de nós terá de prestar contas, e do seu
relato é ficção, mas a história de em pre­ “ Estas seiá cousas aborrece o Senhor, Filho am ado, nosso Salvador e R eden­
sas, governos, e as mais variadas insti­ e a sétim a sua alm a abomina: tor, o A utor da verdade. Em nome de
tuições está repleta de exemplos, de ho­ “ Olhos altivos, língua m entirosa e Jesus Cristo. Amém.
mens cobiçosos que, em sua ânsia egoís­ Participantes da conferencia: Jennifer Dooley, Cindy nllen, Jeanette Allen.
ta, desonesta de subir, destruíram ou­
tros e eventualm ente a si próprios.
Hom ens corretos, bem intenciona­
dos, de grande capacidade, barganham
o caráter por quinquilharias que se d er­
retem qual cera diante de seus olhos, e
sonhos que se transform am em >obse-
cantes pesadelos.
Que rara gema, quão preciosa jóia é o
homem ou m ulher no qual não há cobi­
ça, nem desonestidade, nem atos falsos!
R ecentem ente, vimos a tragédia da de­
sonestidade, quando notícias de subor­
nos ocuparam as prim eiras páginas dos
jornais dos Estados Unidos, Japão e Eu­
ropa. E enquanto essas notícias conti­
56 A LIAHONA
S essão v e s p e rtin a d e sá b a d o , 3 d e a b ril d e 1976. ria suprido, desde que fosse industrioso.
M ais um a vez, houve um a inspeção
do que fora criado. E novam ente foi
achado bom. T udo prep arad o para a
criação do hom em e da mulher. Depois
de todos os preparativos feitos para a
construção de seu lar terreno, eles ti­
nham agora condições de sustentar-se
com as coisas necessárais à vida. Com o
lhes fora fornecido tudo de que pode­

“ O Que o riam jam ais precisar, era possível consi­


derá-los responsáveis pelo seu desem ­
p enho na m ortalidade.

Homem Semear .. As E scrituras registram que o Senhor


en tão incum biu à hum anidade suas res­
ponsabilidades: “ E eu, D eus, os aben­
çoei e lhes disse: Frutificai e multipli­
É ld e r L . T o m P e rry ,
cai-vos e enchei a terra, subjugai-a, e
d o C o n s e lh o d o s D o ze seja vosso o dom ínio sobre todos os pei­
xes do m ar, as aves do céu e to d a coisa
vivente que se move sobre a te rra .”
(M oisés 2:28.)
A obediência às leis imutáveis de D eus proporcionará grandes bênçãos
à nossa vida. O funcionam ento da criação física do
S enhor era claram ente previsível. Suas
vidência no processo criativo foi que leis físicas são eternas e imutáveis. À
houvesse luz, fator essencial para um a m edida que cresce o entendim ento do
construção. Com a luz p ara guiar sua hom em quanto às leis físicas de Deus,
obra, foi possível separar os céus d a te r­ ele pode saber com absoluta segurança
ra. qual será o resultado se obedecer a es­
sas leis.
Com a m orada te rren a assim estabe­
lecida, ele estava em condições de criar U m a vez term inada a criação física, o
um sistem a de suprim ento p ara a hum a­ Senhor atendeu às petições do hom em e
nidade. T rabalhando com a terra, sepa­ o abençoou com o conhecim ento de
rou a te rra seca das águas, cobrindo com o governar a si próprio durante sua
aquela com gram a, ervas e plantas frutí­ proVação m ortal. O hom em devia go­
feras, cada qual com seu sistem a intrín­ vernar sua conduta aqui na te rra por
seco de reproduzir-se segundo sua pró­ meio desses m andam entos. As recom ­
pria espécie. pensas pela obediência a eles eram cla­
ram ente previsíveis. O castigo pela re­
A fim de que pudesse prosseguir esse
jeição de seus decretos divinos era certo
processo vegetativo, era necessário fa­
e absoluto. O Senhor declara estas pala­
zer a te rra girar sobre seu próprio eixo,
vras à hum anidade: “ Pois se um dom é
p ara dar-lhes períodos de repouso atra­
conferido a um hom em , de que proveito
sucedeu que o Senhor falou a vés das trevas e períodos de crescim en­

E Moisés, dizendo: Eis que te reve­


lo no que concerne a este céu
e a esta terra; escreve as palavras que
to pela luz solar. C om o benefício adi­
cional, tal rotação fornecia um sistema
de contagem dos dias, estações e anos.
é se ele não o aceita? Eis que ele não se
regozija pelo que lhe foi dado, nem
exulta naquele que lhe deu a dádiva.
falo. Sou o Princípio e o Fim, o Deus “ E novam ente na verdade vos digo
A gora que estava em funcionam ento
Onipotente; por meio do meu Unigenito, que aquele que é governado pela lei é
o sistem a de vida vegetal, o Senhor ins­
criei estas coisas; sim, no princípio criei tam bém preservado pela lei e por ela
pecionou sua o bra e viu que era boa.
o céu e a terra sobre a qual estás.” aperfeiçoado e santificado.
Isto perm itiu-lhe voltar seus olhos para
(Moisés 2:1.)
a criação d a vida anim al. Prim eiro, os “ A quele que transgride a lei, e não
A o estudar as E scrituras e os maravi- peixes do mar, a seguir as espécies infe­ o b ed ece a ela, mas antes p rocura ser
lhosso preparativos que o S enhor fez riores de aves que voam sobre a terra. p ara si m esm o a lei, preferindo estar em
p ara a criação de nosso lar terrestre, Estes foram seguidos pelo gado e pelas pecado, e nele perm anece inteiram ente,
fico im pressionado com o sistem a e o r­ bestas d a te rra e todas as outras coisas esse não pode ser santificado pela lei,
dem que usa no seu processo criativo. que rastejam sobre a terra, todos eles nem pela m isericórdia, justiça ou julga­
A ssombro-me diante de sua obra. G os­ dotados d a capacidade de se reproduzi­ m ento. P ortanto, perm anecerão ainda
taria de, rapidam ente, rever convosco rem segundo sua espécie. im undos.” (D & C 88:33-35.)
esse processo da criação.
A gora a criação do m undo estava C om entando estes versículos das Es­
Prim eiro, o Senhor fez um levanta­ com pleta. H avia um lugar p ara o ho­ crituras em particular, foi dito: “ T oda
m ento das condições em que teria de mem viver. As águas, a te rra seca, a noi­ lei dada a nós é de natureza tal que,
trabalhar p ara a criação de um a m orada te e o dia, a vida animal e vegetal —tudo cum prindo-a, somos preservados, aper­
terren a para a hum anidade. C ertam ente criado p ara o benefício d a hum anidade. feiçoados e santificados. Se guardarm os
não eram encorajadoras. E ncontrou a O sistem a de suprim ento estava pronto. a Palavra de Sabedoria, nosso corpo se
te rra sem form a e vazia, e trevas cobrin­ T udo o que o hom em jam ais precisasse conservará puro. Se observarm os a lei
do a face do abismo. Sua prim eira pro ­ do princípio até o fim dos tempos, lhe se­ do dízimo, aprenderem os a ser honestos
AGOSTO DE 1976 57
e desprendidos. Se orarm os, estarem os ceu um alicerce firm e, im utável, m ere­ ceitos nela existentes. T oda pessoa seria
em com unicação com o Santo Espírito. cedor de confiança, sobre o qual p o d e­ obrigada, pela consciência, à tem peran­
Se procurarm os cum prir nosso dever mos edificar nossa vida com a certeza ça, frugalidade e industriosidade; à jus­
em tudo, dia a dia nos aproxim arem os convicta de que os resultados dep en d e­ tiça, bondade e caridade p ara com seus
mais da perfeição. Por outro lado, aque­ rão de nosso m erecim ento. sem elhantes; e à piedade, am or e reve­
les que se recusam a ser governados rência p ara com o o D eus O nipotente.
Os fundadores dos Estados U nidos da N essa sociedade, hom em algum p reju ­
pela lei e são lei para si próprios, não
A m érica com preendiam claram ente a d ic a ria sua saúde com g lu to n a ria,
podem ser santificados. Eles estão fora
necessidade de a lei hum ana não confli- em briaguez ou luxúria. H om em algum
do âm bito da m isericórdia, justiça e ju l­
tar com a lei divina. Foi A lexander H a­ desperdiçaria seu tem po com baralho
gam ento, assim com o da lei, e têm que
milton quem disse: “ N enhum a lei hu­ ou qualquer outro divertim ento fútil e
perm anecer imundos. Só quando te n ta ­
m ana tem qualquer validade, se co n tra­ vil. N enhum hom em furtaria ou m enti­
mos obedecer às leis de D eus é que te ­
ria as leis de D eus; e as que são válidas ria ou enganaria seu próxim o de outra
mos direito à sua m isericórdia. N o ju l­
derivam to d a sua autoridade, m ediata form a qualquer, mas viveria em paz e
gam ento, a justiça levará em conta todo
ou im ediatam ente, do seu original.” bo a vontade com todos os hom ens. E
esforço honesto para fazer a vontade de
D eus.” (H yrum M. Smith e Janne M. John A dam s dava-se co n ta do p o ten ­ hom em algum blasfem aria contra seu
Sjodahl, Doctrine and Covenants Com- cial de um governo justo, quando escre­ C riador ou profanaria seu culto. Em to ­
mentary, D eseret B ook Co., 1972, p. veu: “ Suponham os que um país, em al­ dos os corações, reinaria um a piedade e
546.) gum a região rem ota, to m aria a Bíblia devoção racional, viril, sincera e genuí­
Assim, pois, em sua sabedoria e gran­ com o seu único código de leis, e todo na. Q ue sonho, que paraíso essa região
de afeição por nós, o S enhor estabele­ cidadão pautasse sua con d u ta pelos p re­ não seria.”
D esde o princípio d a criação do m un­
O Bispo Walter e a Irm ã Heike Nabrotky, de Düsseldorf Alemanha Ocidental; e a Irm ã Anna Frank, em - do, tem os encontrado ordem no plano
primeiro plano, da cidade do Lago Salgado. do Senhor. M ilhares de anos de história
testificam a consistência do seu governo
dirigindo os negócios da hum anidade.
T ão certo q u anto John Adam s, nós co­
nhecem os os resultados da tem perança,
frugalidade e industriosidade. Q uando
se m anifestam nas ações do hom em , ri­
queza, prosperidade e abundância são
as recom pensas certas pelos seus esfor­
ços. Justiça, bondade e caridade sem pre
produzem paz, am or e harm onia. Os re­
sultados d a glutonaria, em briaguez e lu­
xúria são claram ente previsíveis. Sem
dúvida destruirão o corpo tem poral.
C onhecem os tam bém os efeitos de um
corpo debilitado sobre as funções da
m ente. A destruição de um, tem inelu-
tavelm ente o mesmo efeito sobre o ou­
tro. Os resultados do roubo, m entira e
em buste, são igualm ente absolutos. Nós
conhecem os os prejuízos de tais atos,
pois roubam literalm ente nossa h eran­
ça.
Dias atrás, viajando de avião, fiquei
sentado ao lado de conhecido educa­
dor. N o curso de nossa conversa, ele
contou-m e um a experiência de ensino-
que acab ara de ouvir.
N um dia de exam e, um professor de
trigonom etria disse: “ H oje vou d ar a
vocês duas provas: um a de trigonom e­
tria e o u tra de honestidade. Espero que
passem em am bas. M as, se falharem em
um a, que seja na de trigonom etria. Pois
h á um a p orção de hom ens de bem no
mundo hoje que nunca passariam num
exam e de trigonom etria, mas não existe
nenhum hom em bom no m undo hoje
que não possa passar num exam e de ho­
nestidade.”
C om o precisam os das bênçãos d a in­
tegridade em nosso meio atualm ente!
T o d a sociedade sã necessita de um
núlceo com um de valores baseados na
58 A LIAHONA
divina le i do Senhor. Esse núcleo de va­
lores deveria ser o fundam ento no qual
se baseiam todas as leis que regem a
conduta hum ana. As sociedades que se
governaram por esse conjunto funda­
mental de valores encontraram paz,
prosperidade, alegria, beleza, m oralida­
de e realização. As sociedades que se
consideraram acim a desses princípios
básicós, destruíram literalm ente a si
Um Direito
próprias.
N ão estam os observando em nossa
sociedade de hoje a falta de receptivida­
Adquirido?
de ao ensino desses valores básicos?
É ld e r L o re n C . D u n n ,
N ão estam os vendo um a crescente co­
lheita de crim e, irresponsabilidade, van­ d o P rim e iro C o n s e lh o d o s S e te n ta .
dalismo, trabalho negligente, im oralida­
de e falta de disciplina pessoal, públicos
e privados? Em virtude de nossa relu­
tância em nos envolverm os na preserva­ É por termos um profeta vivo que podemos saber o que o Senhor quer
ção desses valores, grupos pequenos,
que façam os hoje.
radicais e ímpios estão-nos literalm ente
despojando do direito de exercer a li­
berdade de escolherm os nosso próprio q u e alg u n s p e n s a ra m te r c h e g a d o o
sistema de valores. “ d ia d o ju íz o ” . E su s p e ito q u e isto
te v e alg u m im p a c to n o n ú m e ro d e
“ H á um a lei, irrevogavelm ente de­
p e s so a s q u e c o m p a r e c e r a m à se ssão
cretada nos céus, desde antes da funda­
ção deste mundo, na qual se baseiam to ­ d e a b e r tu r a d a c o n f e rê n c ia g era l no
das as bênçãos. d ia s e g u in te .
A c o n f e rê n c ia em si fo i m u ito in ­
“ E quando de D eus obtem os um a te re s s a n te . P e n so q u e o te m a p rin ­
bênção, é pela obediência àquela lei na
cip a l foi o p a g a m e n to d o d ízim o ,
qual a bênção se baseia.” (D & C 130:20-
tra b a lh o n o te m p lo e sacrifício. N ão
21 .)
d e v e is e s q u e c e r-v o s d e q u e h á ce m
O Senhor nos indicou claram ente o a n o s, a Ig re ja tin h a a p e n a s q u a r e n ta
cam inho para obter suas bênçãos. Está e seis a n o s d e e x is tê n c ia , o T e m p lo
obrigado por sua lei divina a nos aben­
d e S alt L a k e a in d a n ã o e s ta v a te r ­
çoar pela nossa retidão. A esm agadora
questão de todas as eras é por que cada m in a d o , e o d e St. G e o rg e q u a se
geração precisa pôr sua lei à prova, p ro n to . P o r isso as A u to rid a d e s G e ­
quando o desem penho do S enhor tem ra is d irig ia m os e s fo rç o s d o s sa n to s
sido absolutam ente consistente de gera­ n e ssa d ire ç ã o .
ção em geração. N ão estará novam ente o r cu rio sid ad e, co n su ltei os A Ig re ja e r a p re s id id a e n tã o , lo g i­
em tem po de re-exam inarm os nossa po­
sição? O que estam os edificando em
nossa própria vida pessoal, na nossa
P registros d a Ig reja p a ra d a r
u m a o lh a d ela n a co n fe re n cia
c a m e n te p e lo P re s id e n te B rig h a m
Y o u n g , e q u a tr o m e m b ro s d o s D o ze
geral de abril d e 1876. Q u eria v er qu e ali p r e s e n te s v iria m a se r fu tu ro s
família, nossa com unidade e nossa na­ tipo de a te n ç ã o te ria re c e b id o n a re ­ p r e s id e n te s d a Ig re ja.
ção estará firm em ente alicerçado num
ferida co n fe re n cia o p rim eiro c e n te ­ E n tr e os e n s in a m e n to s q u e m e
fundam ento baseado na lei divina? N ão
nário d o país. N ã o se falou m u ita coi­ c h a m a ra m a a te n ç ã o n e s sa c o n fe ­
estará novam ente na hora de aten tar­
mos para a adm oestação de Paulo? sa, p o rém to p e i co m o q u e p o d eria r ê n c ia d e a b ril d e 1876, e s tã o es ta s
ser c o n sid erad o o m ais e sp eta cu la r p a la v ra s d e W ilfo rd W o o d ru ff, q u e
“N ão erreis: D eus não se deixa escar­ e v e n to n ã o p r o g ra m a d o d o a n o d o p a sso a c ita r: “ P o d e r-s e -ia in d a g ar:
necer; porque tudo o que o hom em se­ Q u a is são os m a n d a m e n to s d o S e­
c e n te n á r io .
mear, isso tam bém ceifará.
P a r e c e q u e n o d ia 5 d e a b ril d e n h o r? M u ito s del.es e s tã o c o n tid o s
“ Porque o que sem eia na sua carne, 1876, e x a ta m e n te u m d ia a n te s d o n e s te s re g istro s, a B íb lia, o L iv ro de
da carne ceifará a corrupção; mas o que in íc io d a c o n f e rê n c ia g e ra l, e x p lo d i­ M ó rm o n e o L iv ro d e D o u tr in a
semeia no Espírito, do Espírito ceifará a ram q u a tro paióis d e p ó lv o ra lo cali­ & C o n v ê n io s ; e te m o s c o n o s c o os
vida eterna.” z a d o s n a Arsenal Hill (C o lin a d o A r ­ o rá c u lo s vivos, e tiv e m o -lo s d e s d e o
“ E não nos cansem os de fazer bem , se n a l. N. d o T .) A ta l c o lin a fic a v a a p rin c íp io . O S e n h o r n u n c a d e ix a rá
porque a seu tem po ceifarem os” . (Gal. m ais o u m e n o s u m q u ilô m e tro a se u re in o sem u m le g isla d o r, líd e r
6:7-9.) n o r d e s te d a P r a ç a d o T e m p lo , e a p r e s id e n te . . . p a r a d irig ir o s n e g ó ­
e x p lo sã o d e a p r o x im a d a m e n te q u a ­ cio s d e su a I g re ja n a te r r a , p o is esta
D eus nos abençoe, para que Semee­
mos no Espírito, a fim de que nossa co­ r e n ta to n e la d a s d e p ó lv o ra e s p a ­ é a d is p e n s a ç ã o d a p le n itu d e d o s
lheita seja a vida eterna, eu oro hum il­ lh o u e s tilh a ç o s d e p e d r a e c o n c r e to te m p o s , n a q u a l D e u s e s ta b e le c e u
dem ente em nom e de Jesus Cristo. p o r to d a a cid ad e, sen d o o u v id a a um rein o q ue será ete rn o e cujo
Amém. q u ilô m e tro s d e d is tâ n c ia . C o n s ta d o m ín io n ã o te r á fim .” (Journal of
AGOSTO DE 1976 59
n ã o d e v e ría m o s v o lta r ao n o sso
C r ia d o r sem tê -lo s d e v id a m e n te a d ­
v e rtid o .
E m T o n g a , o p r e s id e n te K im ­
b all p e d iu q u e o rá ss e m o s a o S e­
n h o r, p a r a q u e n o s a b risse as n a ­
ç õ e s d o m u n d o , a fim d e p o d e r p r e ­
g a r o E v a n g e lh o em to d a a p a rte .
D isse a c r e d ita r q u e , se ro g á sse m o s
ao S e n h o r, c o m o Ig re ja , d ia e n o ite ,
p a r a m u d a r os c o ra ç õ e s d o s h o ­
m e n s e a b r ir as n a ç õ e s d o m u n d o ,
ele h á d e in te rv ir e a b rir o c a m in h o
p a r a p o d e r m o s p re g a r o E v a n g e lh o
a to d a s as n a ç õ e s.
E m S y d n ey , A u strá lia , fa lo u d e
su a o p e r a ç ã o n a g a rg a n ta e d e
c o m o o s m é d ic o s d e ix a ra m -lh e u m a
p a rte d a s c o rd a s v o ca is, o q u e lh e
p e rm itia p r e g a r o E v a n g e lh o no
m u n d o in te iro . D isse q u e q u e r c o n ­
tin u a r e tr a b a lh a r m u ito n esse se n ti­
d o , m a s n ã o p r e te n d e faz ê-lo so zi­
n h o . E n tã o c o n v id o u to d o s o s
m e m b ro s d a Ig re ja q u e o s e c u n d a s ­
se m e p re g a sse m o E v a n g e lh o e x a ­
ta m e n te c o m o o S e n h o r n o s o r d e ­
nou.
C o m r e s p e ito ao tr a b a lh o m issio ­
n á rio , d isse q u e m u ito s jo v e n s q u e
O Bispado Presidente: Bispo H. Burke Peterson, primeiro conselheiro; Bispo Victor L. Brown, bispo p e n s a v a m q u e n ã o p re c isa v a m ir ou
presidente
n ã o p o d ia m ir, e s tã o a g o ra d e s ­
Discourses 18:189.) in te r p r e ta su a s p a la v ra s. F a z ê -lo é c o b rin d o q u e p o d e m fazê-lo , se p la ­
Isto m e le v o u a r e fle tir so b re a a c a ta r a le tr a m o r ta em d e trim e n to n e ja re m e se p r e p a ra re m ; e e n tã o ,
a b s o lu ta im p o rtâ n c ia d e u m o r á c u ­ d o s o rá c u lo s vivos, o q u e se m p re é d isse, e le , c e r ta m e n te eles d e v e m ir.
lo, um p r o fe ta vivo, e ta m b é m s o b re u m a p o s iç ã o e r r a d a .” E m B ris b a n e , A u s trá lia , o P re si­
as p a la v ra s d o É ld e r O rs o n F . W h it- O q u e o o rá c u lo d e D e u s n o s diz d e n te K im b a ll d isse q u e d e v e m o s ir
ney, d o C onselho dos D oze, q u e dis­ h o je ? O te m a g e ra l, é c la ro , é a p r e s ­ a v a n te , c o m o Ig re ja , e n tra m ês, sai
se: “ O s sa n to s d o s ú ltim o s d ia s n ã o sa rm o s n o sso p asso em d iv e rsa s m ês, a té te rm o s le v a d o o E v a n g e lh o
fazem as co isas p o r e s ta re m im p re s ­ á re a s. H á p o u c a s s e m a n a s, a I r ­ a to d o s.
sas n u m liv ro . N ã o fa z e m as co isas m ã D u n n e eu tiv e m o s o p o r tu n id a ­ N a c o n f e rê n c ia d e á r e a d o T a iti,
p o rq u e D e u s m a n d o u q u e os j u ­ d e d e a c o m p a n h a r o P re s id e n te e in sto u -n o s a fa z e r o tr a b a lh o m issio ­
d e u s as fize sse m ; ta m p o u c o fazem Irm ã K im b a ll, P re s id e n te e I rm ã n á rio e m a n d a r n o sso s ra p a z e s em
o u d e ix a m d e fa z e r q u a lq u e r c o isa T a n n e r e m ais a lg u m a s o u tr a s a u to ­ m issão . D isse q u e d e v e m o s e s ta r
p o r c a u s a d as in s tru ç õ e s q u e C risto rid a d e s e su as e s p o sa s às c o n f e r ê n ­ c o m p e n e tra d o s c o m re s p e ito ao e n ­
d e u ao s n efitas. T u d o o q u e é feito cias d e á r e a n o P a c ífic o S ul. P o sso vio d e m issio n ário s.
p o r e s ta Ig re ja é p o rq u e D e u s, fa ­ c o m p a r tilh a r c o n v o s c o a lg u m a s d e P e n s o q u e to d o s n ó s r e c o n h e c e ­
la n d o d o s c é u s em n o sso s d ia s, o r­ m in h a s a n o ta ç õ e s d o q u e o P re s i­ m o s essas m e n sa g e n s, p o is ele as
d e n o u q u e a Ig re ja assim o fizesse. d e n te K im b a ll fa lo u n e ssa s r e u n iõ e s v em re p e tin d o d e s te p ú lp ito m u itas
N e n h u m liv ro d o m in a e s ta Ig re ja e a re s p e ito d o tr a b a lh o m is sio n á rio ? vezes, A ú n ic a c o isa q u e re s ta a fa ­
n e n h u m liv ro é se u a lic e rc e . N ã o z e r é se g u ir o p ro fe ta .
E m Á p ia , S a m o a , ele p ro m e te u
p o d e is e m p ilh a r livros su fic ie n te s A e s ta d a d o P re s id e n te K im b all
q u e , se o s s a n to s re a liz a ss e m a n o ite
p a r a to m a r o lu g a r d o S a c e rd ó c io n a A u s tr á lia foi a se g u n d a v isita ofi­
fa m ilia r, e c u id a ss e m d o s b a tis m o s,
de D e u s in s p ira d o p e lo p o d e r d o cial d e um p re s id e n te d a Ig re ja à-
o rd e n a ç õ e s ao S a c e rd ó c io , m issõ es
E sp írito S a n to .” (Conference Re- q u e le p aís. A p rim e ira foi a d o P re ­
e c a s a m e n to s n o te m p lo , o p o v o se ­
port, o u t. 1916.) s id e n te D a v id O . M c K a y , em 1955.
ria r e a lm e n te a b e n ç o a d o p e lo S e­
O É ld e r W h itn e y n ã o e s ta v a d e s ­ N e ss a o c a s iã o , e s ta n d o em B risb a ­
n h o r e m u ito p o u c o s se p e rd e ria m ,
m e re c e n d o o p o d e r e g r a n d e z a d a s i i n e, o p r e s id e n te d a m issão le v o u o
E s c ritu ra s — a p e n a s as c o lo c a v a no E m H a m ilto n , N o v a Z e lâ n d ia , ele P re s id e n te M c K a y a c o n h e c e r a c i­
d e v id o lu g a r. D isse ele a in d a : ‘N e ­ r e c o m e n d o u um n o v o e m p e n h o d a d e ; em d a d o m o m e n to d esse p a s­
n h u m h o m e m d e v e ria c o n te n d e r p a r a a lc a n ç a r os filh o s d o s h o m e n s se io , fic a ra m o lh a n d o p a r a o la d o
p e lo q u e e s tá n o s liv ro s em fa c e d o no m u n d o in te iro . T o d o s n ó s so m o s o p o s to d o rio B risb a n e . o n d e se e s­
p o rta -v o z d e D e u s q u e fa la p o r e le e c h a m a d o s ao s n o sso s v iz in h o s, e ta v a d e s e n v o lv e n d o um n o v o s u b u í-
60 A LIAHONA
bio c o n h e c id o c o m o C h e rm sid e . O
P re s id e n te M c K a y p e rg u n to u ao
p re s id e n te d a m issão: — T e m o s a l­
g u m m issio n á rio n a q u e la á re a ? — ao
q u e o s e g u n d o re s p o n d e u n e g a tiv a ­
m e n te . E n tã o o P re s id e n te M c K a y
disse. — M a n d e m issio n á rio s p a r a
lá, p o is o p o v o e s tá p ro n to .
F ò r a m e n v ia d o s m is s io n á r io s
p a r a a q u e la á r e a e tiv e ra m e n o rm e
su c esso . H o je C h e rm sid e faz p a r te
d a A la B risb a n e IV, d a E s ta c a B ris­
b a n e A u strá lia .
Quem E Jesus
S ão e s te s tip o s d e b ê n ç ã o s q u e
É l d e r E l d r e d G . S m ith ,
v êm q u a n d o as p e s so a s n ã o a p e n a s
o u v e m o q u e diz o p r o f e ta v ivo, m as P a tr ia rc a d a Ig re ja
fazem o q u e e le m a n d a . A s b ê n ç ã o s
se e n c o n tr a m em o b e d e c e r à p a la ­
v ra e n ã o a p e n a s em o u v ir a p a la ­
v ra. H o je a I g re ja e s tá ig u a lm e n te
r e s p o n d e n d o a u m p ro fe ta . O P re si­
d e n te K im b a ll v em p e d in d o q u e
to d o ra p a z d ig n o e c a p a z v á p a r a o
c a m p o m issio n á rio , e p o r c a u s a d is­
so, te m o s a g o ra m ais m issio n á rio s
n o c a m p o d o q u e n u n c a a n te s n e s ta
d isp e n sa ç ã o . P o ré m , p re c is a m o s de
m u ito s m ais. Conhecê-lo é guardar seus mandamentos.
P o r ele h a v e r p e d id o q u e to d a
fam ília d a Ig re ja p ro c u ra s s e d e v o ta ­ a o F ilh o d o H o m e m : E is-m e a q u i,
d a m e n te fa z e r a m iz a d e c o m u m a e n v ia -m e . E o u tr o re s p o n d e u e d is­
fam ília n ã o -m e m b ro e a ju d a r o tr a ­ se: E is-m e a q u i, e n v ia -m e . E o S e­
b a lh o m issio n á rio ta m b é m em o u ­ n h o r disse: E n v ia re i o p r im e iro .”
tros aspectos, h á u m p ercep tív el a u ­ (A b r a ã o 3:27.)
m e n to n o n ú m e ro d e c o n v e rso s.
O e s c o lh id o e r a J e o v á , o p rim o ­
A in d a assim , diz o P re s id e n te K im ­
g ê n ito , q u e p r o m e te u q u e iria p a ra
ball, n ós e s ta m o s a p e n a s a r r a n h a n ­
h o n r a r o P ai e d a r-lh e to d a a g ló ria.
d o a su p e rfíc ie e r e s ta m u ito o q u e
fazer. O P ai d e c la ro u : “ P o rq u e eis q u e
G ra ç a s se jam a D e u s p e la s E sc ri­ e s ta é m in h a o b r a e m in h a glória:
tu ra s q u e n o s a ju d a m a c r e s c e r n o p r o p o r c io n a r a im o rta lid a d e e a
E v a n g e lh o d e Je su s C risto e a e n ­ v id a e te r n a a o h o m e m .” (M o isé s
te n d e r a n a tu re z a e a v o n ta d e d o 1:39.)
S e n h o r. A c im a d e tu d o , p o ré m , J e o v á e s ta v a e n tã o so b a d ire triz
g ra ç a s a D e u s p e lo o rá c u lo vivo, d o P ai, o c r ia d o r d e s ta te r r a e d e
p e lo a d m in is tra d o r leg al, q u e p o d e - m u ito s o u tro s m u n d o s. A M o isés
n os d iz e r o q u e o S e n h o r q u e r q u e fo ra m m o s tra d a s em v isã o “ m u itas
u em é aq u ele a q u em c h a ­
fa ç a m o s h o je . S o b a su a d ir e ç ã o , t e ­
m os o le g ítim o d ire ito d e ag ir em
n o m e d e D e u s, e o E v a n g e lh o d e
Q m a m d e Je su s, o C ris to ?
Vós o co n h eceis?
Q u a n d o e s ta v a o ra n d o a o P ai,
te r r a s ; e c a d a te r r a se c h a m a v a
m u n d o , e h a v ia h a b ita n te s s o b re as
su a s f a c e s ” . (M o isé s 1:29.) D e u s d e ­
Je su s C risto é u m a in flu ê n c ia viva, c la ro u a M o isés:
v iáv el, b a s e a d a n a r e v e la ç ã o c o n tí­ p o u c o a n te s d e su a c ric ific a ç ã o ,
n u a. ele disse: “ E e u as c rie i p e la p a la v ra d o
A g ra d e c e m o s -te s in c e r a m e n te , ó m e u p o d e r , q u e é m e u U n ig ê n ito ,
“ E a v id a e te r n a é esta: q u e te c o ­
D e u s, p o r te rm o s u m p r o fe ta p a r a c h e io d e g r a ç a e v e rd a d e .
n h e ç a m a ti só , p o r ú n ic o D e u s v e r ­
nos g u ia r n e s te s ú ltim o s dias. d a d e ir o , e a Je su s C ris to , a q u e m “ E c rie i rp u n d o s sem n ú m e ro , e
P re sto -v o s m e u te s te m u n h o d e e n v ia s te .” (J o ã o 17:3.) ta m b é m o s c rie i p a r a o m e u p r ó p rio
q u e a tu a lm e n te esse p r o f e ta é S p e n ­
N o c o n s e lh o d o s c e ú s, o p la n o e in te n to ; e p o r m e io d o F ilh o , q u e é
c e r W . K im b a ll. E u sei q u e D e u s,
p r o p ó s ito d e s ta v id a te r r e n a foi ex ­ o m e u U n ig ê n ito , eu os c rie i.”
n o sso P ai, vive e q u e Je su s C ris to é
p lic a d o a to d o s os e s p írito s e d e ­ (M o isé s 1:32-33.)
o se u filh o . E u sei d isto . P re sto -v o s
te s te m u n h o disso , em n o m e d e J e ­ p o is o S e n h o r disse: “ A q u e m e n ­ P a ra se te r u m a id é ia d a m a g n itu ­
sus C risto . A m ém . v ia re i? E re s p o n d e u u m s e m e lh a n te d e d e s s a s c ria ç õ e s , c ito p a la v ra s do

AGOSTO DE 1976 61
P re s id e n te J. R e u b e n C la rk Jr.: “ A - (J o ã o 11:24-27.) o re in o animal: p o r d u a s v ezes, os
g o ra , os a s trô n o m o s a d m ite m o q u e d is c íp u lo s, o b e d e c e n d o à su a o r ­
N o u tr a o c a s iã o , a o p a r a r n a fo n te d e m , re c o lh e r a m a re d e c h e ia d e
n e g a v a m a n te s — q u e p o d e m te r
d e J a c ó , J e s u s p e d iu a u m a m u ­ p eix es, q u a n d o a n te s n ã o h av iam
e x istid o , e p ro v a v e lm e n te e x isti­
lh e r s a m a r ita n a q u e lh e d esse um c o n s e g u id o n a d a . (V ide M a t. 14:16-
ra m , m u ito s m u n d o s iguais ao n o s­
p o u c o d ’á g u a e, n a c o n v e rs a q u e se 21, 15:32-38.)
so. A lg u n s d iz em te r h a v id o n e s ta
se g u iu , e la lh e disse:
g aláx ia , d e s d e o p rin c íp io , ta lv ez M o s tro u se u p o d e r s o b re o re in o
u m m ilh ã o d e m u n d o s iguais a este . “ E u sei q u e o M e ssia s (q u e se vegetal, q u a n d o a m a ld iç o o u a fi­
‘“ C r ie i m u n d o s se m n ú m e r o ’ c h a m a o C ris to ) v em ; q u a n d o ele g u e ira . (V ide M a t .'21-19.)
a tra v é s d o ‘F ilh o q u e é o m e u U n i­ v ie r, n o s a n u n c ia rá tu d o .
g ê n ito ’. R e p ito , n o sso S e n h o r n ã o é E m to d a s essas o p o rtu n id a d e s ,
“ Je su s d iss e -lh e ; E u o so u , eu q u e ele foi d e c la ra d o se r o C risto , o F i­
n e n h u m n e ó fito n em a m a d o r ; j á se ­ fa lo c o n tig o .” (Jo ã o 4:25-26.)
g u iu esse c a m in h o v ez es se m c o n ta . lh o lite ra l d e D eu s.
E n o v a m e n te : C u ro u to d a so rte d e m a les e
“ E se p e n s a is em n o ssa g a lá x ia
te n d o d e s d e o p rin c íp io a té a g o ra “ E , c h e g a n d o Je s u s às p a r te s d e d o e n ç a s . À s u a o rd e m , p a rtia m os
ta lv e z u m m ilh ã o d e m u n d o s, e os C e s a ré ia d e F ilip o , in te rro g o u os e s p írito s m a lig n o s, d e c la ra n d o a s­
m u ltip lic a is p e lo s m ilh õ e s d e g a lá ­ se u s d isc íp u lo s, d iz e n d o : Q u e m d i­ sim q u e m ele e ra . F a z ia o ce g o e n ­
xias, p o r c e m m ilh õ es d e g aláx ia s z e m o s h o m e n s se r o F ilh o d o h o ­ x ergar, o co x o an d ar. Sim, co n tro la­
q u e n o s ro d e ia m , e n tã o te re is u m a m em ? v a m e sm o a p r ó p ria v id a, p o is fez
c e r ta v isão d e q u e m é esse H o m e m re v iv e r L á z a ro , o q u a l h a v ia sid o
“ E ele s d isseram : U n s J o ã o B a tis­
q u e a d o r a m o s .” (J. R e u b e n C la rk d e c la ra d o m o rto h á q u a tro d ias.
ta , o u tro s E lias, e o u tro s J e re m ia s
J r., Behold the Lamb of God, D ese - H o u v e a in d a o u tro s caso s.
o u um d o s p ro fe ta s .
r e t B o o k C o m p a n y , 1962, p p . 16- S im , “ a te r r a é d o S e n h o r, e to d a
17.) “ D isse -lh e ele: E v ó s, q u e m d izeis a s u a p le n itu d e ” . (1 C o r. 10:26.) E le
q u e eu sou?
E le n a v e rd a d e n ã o e r a n e n h u m tin h a d o m ín io s o b re to d o s os re in o s
n o v a to n em a m a d o r n a a r te o u c a ­ “ E S im ão P e d ro , re s p o n d e n d o d a te r r a - d e b a ix o d a te r r a , s o b re a
p a c id a d e d e c ria r. “ M u n d o s sem disse: T u és o C ris to , o F ilh o d e te r r a e n o s c é u s a c im a d a te rr a .
n ú m e ro ” ele te m c ria d o . D e u s vivo.
Tudo o q u e fez e r a p a r a os o u tro s
F oi ele, e n tã o , q u e m v eio à te r r a “ E Je su s, re s p o n d e n d o , d isse-lh e: — s u a v id a e r a só se rv ir. N ã o h o u v e
n o m e rid ia n o d o s te m p o s , n a s c id o B e m -a v e n tu ra d o és tu , S im ão B ar- n e n h u m a to eg o ísta .
d a v irg em M a ria — o F ilh o lite ra l d e jo n a s , p o r q u e n ã o to re v e lo u a c a r ­
A p ro x im a n d o -s e o fim d e su a
D e u s, o P ai, “ o F ilh o U n ig ê n ito ” . ne e o sa n g u e , m as m e u P ai, q u e e s­
m issão a q u i n a te r r a , o ro u ao Pai:
tá n o s c é u s .” (M a t. 16:13-17.)
E ele se d e u a c o n h e c e r. D u ra n te “ E u g lo rifiq u e i-te n a te r r a , te n d o
to d a a su a v id a n a te r r a , d e c la ro u E m n u m e ro s a s o c a s iõ e s, d e c la ­ c o n s u m a d o a o b ra q u e m e d e s te a
r e p e tid a m e n te q u e e r a o F ilh o de ro u s e r o C ris to , o F ilh o d e D eu s. fa z e r.
D e u s. A o s d o ze an o s, foi e n c o n tr a ­ S e rá d e a d m ira r e n tã o q u e e le, o “ E a g o ra g lo rific a -m e tu , ó P ai,
d o n o “ te m p lo ” , c o n v e rs a n d o co m F ilh o d e D e u s, o g ra n d e C ria d o r, ju n to d e ti m e sm o , co m a q u e la g ló ­
os “ d o u to r e s ” . R e s p o n d e n d o à r e ­ te n h a p o d e r s o b re os elementos d e s ­ ria q u e tin h a c o n tig o a n te s q u e o
p ro v a ç ã o d a m ã e, disse: “ N ã o sa- ta te r r a , a p o n to m e sm o d e v io la r a m u n d o e x istiss e .” (J o ã o 17:4-5.)
b eis q u e m e c o n v é m tr a t a r d o s n e ­ lei d a g ra v id a d e , a n d a n d o s o b re a á-
E le to m o u s o b re si os p e c a d o s d e
g ó cio s d e m e u P ai?” (L u c a s 2:49.) g u a?
to d o s os q u e se a rre p e n d e s s e m , e
A o se r b a tiz a d o p o r J o ã o , c o m o S u p o n h o q u e p a ra ele, o C riad o r, e n tre g o u su a v id a p a ra q u e to d o s
ta m b é m d e su a tra n s fig u ra ç ã o , u m a foi b a s ta n te sim p les tr a n s f o r m a r á- p u d e s s e m v iv er. E le tro u x e a re s s u r­
voz v in d a d o s c é u s d e c la ro u : “ E ste g u a e m v in h o n a fe sta d o c a s a m e n ­ re iç ã o . V ós v o s d ais c o n ta d e q u e a
é o m e u F ilh o a m a d o em q u e m m e to , q u a n d o lh e p e d ira m q u e a r r a n ­ c r ia ç ã o d a te r r a e to d o o tr a b a lh o
c o m p ra z o .” (M a t. 3:17, 17:5.) ja sse m ais v in h o . d e Je s u s e d o s p ro fe ta s d e s d e o
Q u an d o Jesus estav a p a ra ressus­ p rin c íp io fo ra m feito s p o r vós —
T a m p o u c o foi u m tr u q u e im a-
c ita r L á z a ro , “ d isse-lh e M a rta : E u p a r a q u e tjv é sse is im o rta lid a d e e
g in a rio , q u a n d o a lim e n to u c in c o
sei q u e h á d e ressuscitar n a re s s u r­ v id a e te r n a - assim c o m o p o r todos
m il, fo ra as m u lh e re s e c ria n ç a s ,
re iç ã o d o ú ltim o dia. os d e m a is ?
co m alguns p ães e peixes, e n o u tra
“ D isse -lh e Je su s: E u so u a re s s u r­ o p o r tu n id a d e fez o m e sm o co m F in a lm e n te , em p r e p a r a ç ã o p a r a
re iç ã o e a v id a ; q u e m c rê em m im , q u a tr o m il, n ã o c o n ta n d o m u lh e re s a r e s ta u r a ç ã o d o seu re in o n a te r r a
a in d a q u e e s te ja m o rto , v iv e rá ; e c ria n ç a s . (V ide M a t. 14:16-21, n e s te s ú ltim o s d ia s, ele disse: “ P o r­
15:32-38.) ta n to , o rd e n o q u e te a rr re p e n d a s —
“ E to d o a q u e le q u e vive, e c r ê ­ a r r e p e n d e - te p a r a q u e e u n ã o fira a
em m im , n u n c a m o rre rá . C rê s tu is­ D e m o n s tro u ig u a lm e n te se u p o ­
v a r a d a m in h a b o c a , e c o m a m in h a
to ? d e r so b re os e le m e n to s , q u a n d o ,
ira , e c o m a m in h a c ó le ra , e os te u s
c o m s u a p a la v ra , fez c a lm a r o v e n to
“ D is s e -lh e e la : S im , S e n h o r , s o frim e n to s se jam d o lo ro so s — q u ã o
e as á g u a s re v o lta s . ( M a r c o s 4:39.)
c re io q u e tu és o C risto , o F ilh o d e d o lo ro s o s tu n ã o o sa b e s, n em q u ã o
D e u s, q u e h a v ia de v ir a o m u n d o .” E le d e m o n s tr o u se u p o d e r so b re p u n g e n te s , sim , e n em q u ã o d ifíc eis

62 A LIAHONA
de suportar.
“ P ois eis q u e eu , D e u s, sofri esta s
c o isas p o r to d o s, p a ra q u e , a r r e p e n ­
d e n d o -se , n ão p re c isa sse m so fre r;
“ M as, se não se a rre p e n d e s s e m ,
d e v e ria m so fre r assim c o m o e u so ­
fri;
“ S o frim e n to q u e m e fez, m e sm o
Parentescos
se n d o D e u s, o m ais g ra n d io s o d e to ­ É l d e r W i llia m G r a n t B a n g e r t e r ,
d o s, tr e m e r d e d o r e s a n g ra r p o r t o ­
A ssiste n te d o C o n s e lh o d o s D o ze
d o s os p o ro s, s o fre r ta n to c o rp o ra l
c o m o e s p iritu a lm e n te — d e s e ja r n ã o
te r de b e b e r a a m a rg a ta ç a e r e c u a r

“ T o d a v ia , g ló ria ao P ai, eu to m e i
d a ta ç a e te rm in e i as p re p a ra ç õ e s Devem os considerar todos os membros da Igreja e particularmente
q u e fize ra p a r a os filhos d o s h o ­ nossos parentes mortos parte de nossa fam ília.
m ens.
m il in d iv íd u o s q u e sã o m e u s a n te ­
“ A ssim , ordeno outra vez que te
p a s sa d o s d ire to s . E se e u a c r e s c e n ­
arrependas, p a r a q u e eu n ã o te hu­
ta sse a eles os n o m e s d e se u s filh o s,
milhe co m o m e u p o d e r o n ip o te n ­
m in h a g e n a lo g ia a tin g iria d e c in ­
te .” (D & C 19:15-20; g rifo n o sso .)
q ü e n ta a s e s s e n ta m il p e sso a s, todas
V ós vos le m b ra is d e le , q u a n d o elas a p a r e n ta d a s co m ig o .
p a rtic ip a is d o s a c ra m e n to e vos
D e v id o a o in te n so e m p e n h o d e
c o m p ro m e te is a g u a r d a r se u s m a n ­
m in h a m ã e e o u tro s m e m b ro s d a
d a m e n to s ? Conhecê-lo é guardar
fam ília, fo ra m co lig id o s v á rio s m i­
se u s m a n d a m e n to s . C o n h e c e is
lh a re s d e n o m e s d e p a r e n te s p ró x i­
a q u e le a q u e m c h a m a v a m d e Je su s?
m o s j á fa le c id o s . D e a c o r d o co m a
Sim , é a ele q u e a d o ra m o s. E le é d o u tr in a d a Ig re ja , esses n o m e s tê m
o F ilh o d e D e u s; o G ra n d e C ria d o r. sid o le v a d o s ao te m p lo p a r a a re a li­
É N o sso S a lv a d o r e R e d e n to r. É z a ç ã o d e o rd e n a n ç a s , p a r a q u e ,
n o sso in te rc e s s o r d ia n te d o P ai. F o i q u a n d o os e n c o n tr a r m o s n a v id a
ele q u e m p o ssib ilito u e o b ro u a re s­ alé m tú m u lo , p o ssa m o s re c o n h e c ê -
su rre iç ã o u n iv e rsa l. F o i q u e m , co m los n ã o só c o m o m e m b ro s d e n o ssa
seu P ai, a p a r e c e u a J o s e p h S m ith fa m ília , m as ta m b é m c o m o irm ã o s
n o B o sq u e S ag rad o . rosseguindo nas pesquisas g e­
E a p ó s u m a m a ra v ilh o sa r e v e la ­
ç ã o d a d a a J o s e p h S m ith e S id n ey
P nealógicas, no ssa fam ilia c o n ­
seguiu e ste n d e r m u itas linhas
n o E v a n g e lh o .
A p r e n d i ta m b é m q u e m e s m o
n u m a fa m ília em q u e se te m feito
de antep assad o s até o sécu lo XVI.
R ig d o n , e s te s te stific a ra m : “ E a g o ­ e x te n s o tr a b a lh o g e n e a ló g ic o , a in d a
U m dia, som ei os so b ren o m e s d e nos­
ra, d e p o is d o s m u ito s te s te m u n h o s re s ta fa z e r a m a io r p a rte d a p e s q u i­
sa linhagem e d esco b ri q ue d esce n d o
q u e se p r e s ta r a m d e le , este é o te s ­ sa.
de duzen to s e vinte e seis linhas fam i­
te m u n h o , ú ltim o d e to d o s, q u e nós
lia re s c o n h e c id a s . E sto u c e r to d e E m n o ssa s v id a , ex iste m o u tro s
d a m o s d ele: q u e ele vive!
q u e , se c a d a u m d e v ó s c u ja fam ília p a r e n te s c o s n ã o b a s e a d o s tã o d e
“ P ois v im o -lo , m e sm o à d ire ita se o rig in o u n a S u íça o u In g la te r ra p e r to em la ç o s d e sa n g u e.
d e D e u s; e o u v im o s a v oz te s tif ic a n ­ v e rific a sse su a lin h a g e m a té a m e s­
T e n h o o u v id o o s te s te m u n h o s d e
d o q u e ele é o U n ig ê n ito d o P ai — m a é p o c a , e n c o n tr a r ia alg u n s d o s
m u ita g e n te q u e e n tro u p a r a a Ig re ­
n o m e s q u e e u te n h o .
“ Q u e p o r ele, p o r m e io d e le e d e ­ ja . I n v a ria v e lm e n te , eles fala m d e
le, sã o e fo ra m os m u n d o s c ria d o s , e Isto é u m a in d ic a ç ã o d e q u e t o ­ c o m o v a g a ra m p o r d iv e rsa s filo so ­
os seu s h a b ita n te s sã o filh o s e filh as d o s n ó s te m o s u m p a r e n te s c o re a l fias e relig iõ es, m as q u e , q u a n d o e n ­
g e ra d o s p a r a D e u s .” (D & C 76:22- b a s e a d o n a c o n s a n g ü in id a d e . tra ra m n a Igreja, d esco b riram h av er
24.) e n c o n tr a d o su a v e r d a d e ir a fam ília.
N a m in h a á rv o re g e n e a ló g ic a ,
E u te stific o q u e D e u s vive e q u e E m c e r to se n tid o e s p iritu a l, eles
c o n te i os n o m e s d e s e is c e n to s e c in ­
Je su s é o C risto , o F ilh o d e D e u s ; e v o lta ra m p a r a c a sa .
q ü e n t a in d iv íd u o s id e n tif ic a d o s
q u e , so b a su a d ire ç ã o o E v a n g e lh o c o m o m e u s p r o g e n ito re s d ire to s . T e n h o co n v iv id o b a s ta n te co m
de Je su s C risto foi re s ta u r a d o n e s ta P o ré m , c a lc u le i q u e , se c o n s e g u is ­ u m h o m e m d e n e g ó c io s, u m q u e r i­
d isp e n sa ç ã o p e la ú ltim a vez. T e s ti­ se m p r e e n c h e r to d o s o s c la ro s n o d o am ig o m e u . O c a s io n a lm e n te t e ­
fico esta s v e rd a d e s em n o m e d e J e ­ m e u g rá fic o s o m e n te a té o a n o d e m o s d is c u tid o re lig iã o , e e m b o ra ele
sus C risto , A m ém . 1.500, h a v e ria e n tre q u in z e e v in te n ã o m o s tra sse n e n h u m in te re sse
AGOSTO DE 1976 63
p o r n o s s a Ig re ja , te m | investigado É a s s im q u e se s e n te m , os m is sio n á rio , n o te i q u ã o e s tra n h o
m u ita s filo so fias relig io sas, in c lu in ­ m e m b ro s d e s ta Ig re ja . D e s d e os m e p a r e c ia o p o v o . F a la v a m u m a
d o a Ig re ja M e to d is ta , r e e n c a r n a - d ia s d e Je s u s C risto , os m e m b ro s d e lín g u a d if e r e n te ; a p e le e r a m ais
ç ã o , c e rto s a s p e c to s d o e sp iritu a lis- su a Ig re ja v êm -se c h a m a n d o d e ir­ m o r e n a ; tin h a m c a b e lo s e s c u ro s ;
m o , g ru p o s p e n te c o s ta is e a s so c ia ­ mão e irmã. I s to n ã o é p o r a c a s o — é se u s o lh o s e ra m c a s ta n h o s , e e u m e
ç õ e s d e f ra te rn id a d e c ristã . U m a in te n c io n a l. se n ti p e r d id o e n tre eles. Só m ais
v ez e u lhe d isse q u e alg u m d ia e le se ta r d e é q u e e n te n d i q u e o e s tra n h o
O S a lv a d o r n o s e n s in o u a o r a r ­
filia ria à Ig re ja . e r a eu . M a s a g o ra , d e p o s d e c o n v i­
m o s a o n o sso P ai q u e e s tá n o s cé u s.
Q u a n d o m e p e r g u n to u , so rrin d o , v e r d u r a n te a n o s c o m a q u e la g e n te ,
F a lo u d e si m e sm o c o m o o F ilh o d o
c o m o é q u e e u sa b ia , re sp o n d i: — q u a n d o e s to u e n tre eles, n ã o m ais
P ai e re fe riu -se f re q ü e n te m e n te ao s
Q u a lq u e r u m q u e p r o c u r a tã o sin ­ fa ç o d is tin ç ã o e n tre eles e n o rte -
m e m b ro s d a Ig re ja c o m o filh o s d e
c e r a m e n te c o m o v o c ê e s tá fa z e n d o , a m e ric a n o s o u e u ro p e u s . S in to -m e
D e u s. Se isto n ã o in d ic a la ç o s fa m i­
ja m a is se sa tisfa rá a té e n c o n tr a r a tã o em c a s a c o m eles q u e n em m e s­
lia re s, e n tã o n ã o e n te n d o o se n tid o
r e s p o s ta c o m p le ta . M a s, q u a n d o se m o n o to q u a l a c o r d e se u s c a b e lo s,
d e ta is te rm o s.
filia r á Ig re ja , v o c ê se s e n tirá c o m o o to m d a p e le o u a c o lo ra ç ã o d o s
q u e m c h e g o u em c a sa e n ã o c o n ti­ Q u a n d o fui p a r a a A m é ric a d o o lh o s. N ã o n o to n em m e sm o o id io ­
n u a r á su a b u sc a. Sul p e la p r im e ira v ez, c o m o jo v e m m a q u e fala m .

Alexander Schreiner ao órgão, e membros da Primeira Presidencia. A partir da esquerda: Presidente


Marion G. Romney, Presidente Spencer W. Kimball e Presidente N. Eldon Tanner. ■

A LIAHONA
E les sã o m e u s irm ã o s e irm ãs.
O fe re ç o -lh e s to d o o m e u a m o r e
eles c o rre s p o n d e m co m la ç o s tã o
c h e g a d o s c o m o o s q u e te n h o s e n ti­
d o em m in h a p r ó p ria fam ília.
A g o ra , le n d o as E s c ritu ra s , e n ­
te n d o m e lh o r o q u e o S a lv a d o r q u is
d iz er, q u a n d o , e s ta n d o d e v isita em
c e r to la r, c h e g o u u m m e n sa g e iro
p a r a in fo rm á -lo d e q u e su a m ã e e ir ­
m ã o s o e s p e ra v a m lá fo ra . E le v o l­
to u -se p a r a o h o m e m e d isse, n ã o
p a r a d e p r e c ia r seu r e la c io n a m e n to
fam iliar, m as p a r a e n s in a r u m a li­
ç ã o esp e c ia l: “ Q u e m é m in h a m ã e?
e q u e m sã o m e u s irm ã o s? ” E e n tã o ,
v o lta n d o -se p a r a o g r u p e re u n id o

Para enxergar com mais clareza.

d ia n te d e le , e s te n d e u a m ã o em d i­ viva. M e sm o sem d isp o r d e um te m ­


re ç ã o ao s d isc íp u lo s, d iz e n d o : “ Eis p lo o u b ib lio te c a , to d o m u n d o p o d e
a q u i m in h a m ã e e m e u s irm ã o s! fa z e r isto . N o a n o q u e v em , se r-n o s-
P o rq u e q u a lq u e r q u e fize r a v o n ta ­ ão fe ito s o u tro s d e sa fio s e d esig ­
d e d e m e u P ai q u e e s tá n o s c é u s, n açõ es, até q u e, p au latin am e n te, os
este é m e u irm ã o , e irm ã e m ã e .” m e m b ro s d a Ig re ja em to d a a p a rte
(M a t. 12:48-50.) se to rn e m p erito s n a p re p a ra ç ã o dos
re g istro s d e seu s fa m ilia re s q u e
O q u e e u se n ti n a A m e ric a d o Sul
m o r re r a m sem c o n h e c e r o E v a n g e ­
foi d e s c rito p o r P a u lo em su a e p ís­
lh o .
to la a o s sa n to s efésio s: “ A ssim q u e
Se e s te tr a b a lh o é v e rd a d e iro , p o ­
já n ã o so is e s tra n g e iro s , n em fo ra s ­
d e m o s e s p e r a r em b re v e o d ia em
te iro s, m as c o n c id a d ã o s d o s s a n to s,
q u e fa re m o s p e lo s m o rto s ta n to
e d a fa m ília d e D e u s .” (E f. 2:19.)
q u a n to e s ta m o s fa z e n d o p e lo s vi­
D e s te s e x e m p lo s , in f ir o q u e v o s. É p o ssív el q u e isto r e q u e ira
D e u s, o P ai, d e p o is d e h a v e r e s p a ­ q u e m u ito s m e m b ro s d e v o te m a n o s
lh a d o se u s filh o s p o r to d a a te r r a d e se u te m p o , g a s te m so m a s c o n s i­
p a r a q u e a d q u irisse m e x p e riê n c ia , d e rá v e is , e x a ta m e n te c o m o fa z e ­
d e s e ja v ê-lo s d e v o lta ao la r. N ó s, a m o s a g o ra n o se rv iç o m issio n ário .
q u e m , c o n fo rm e d iz P e d ro , “ e le . . .
J u n ta r [ a fa m ília d o S e n h o r em
te m d a d o g ra n d íss im a s e p re c io s a s
te rm o s e te r n o s c o n s titu i o p ró p o si-
p ro m e s s a s ” (2 P e d ro 1:4), c o m p ro -
to p e lo q u a l o E v a n g e lh o fo i re s ta u ­
m e te m o -n o s a u m a v id a in te ir a d e
ra d o . Isto irá m e sm o sa lv a r n a ç õ e s
s e rv iç o em p ro l d e n o sso s irm ã o s
e o m u n d o . F a z e m o -lo u n in d o n o s­
n ã o tã o fa v o re c id o s.
so s la re s e o b te n d o n o ssa s b ê n ç ã o s
O s p a r e n te s q u e fo ra m p a r a o n o te m p lo . F a z e m o -lo c o n v id a n d o
m u n d o e s p iritu a l sem r e c e b e r as o u tr o s a a c e ita r e m o E v a n g e lh o re s ­
b ê n ç ã o s d o E v a n g e lh o , n ã o p o d e m ta u r a d o . F a z e m o - lo e s te n d e n d o
fic a r e s q u e c id o s p a r a se m p re . U m n o ssa m ã o a o s m u ito s p a r e n te s do
p e q u e n o n ú m e ro d e m e m b ro s d a o u tr o la d o d o s e s p a ç o s e s p iritu a is
Ig re ja te m sid o d ilig e n te . U m a n o v a q u e m o r re r a m se m o E v a n g e lh o .
e r a e s tá ra ia n d o . A g o ra , n e s te m o ­ A q u e le s q u e d e s tro e m um lar, c o ­
m e n to , e s tã o s e n d o e n v ia d a s in s tru ­ m e te m c rim e c o n tr a a e te rn id a d e .
çõ e s a o s su m o s s a c e rd o te s d a Ig re ­ Se n ã o re u n irm o s n o ssa fam ília, a
ja , p a r a q u e m o b ilize m su a s fo rç a s, t e r r a in te ir a s e rá to ta lm e n te d e s ­
a fim d e q u e c a d a m e m b ro seja tr u íd a n a v in d a d e C risto ,d iz M o rô -
a u x ilia d o a e n c o n tr a r su a fa m ília e ni. (D & C 2:3) D e u s n o s a b e n ç o e ,
tr a g a p a r a c a s a o s fa m ilia re s p e r d i­ p a r a q u e se ja m o s s a lv a d o re s n a
d o s. E ste a n o , e s ta m o s to d o s se n d o fa m ília d o S e n h o r em lu g a r d e d e s ­
in s ta d o s a p r e p a r a r n o ssa h is tó ria tr u id o r e s , e u o ro em n o m e d e Je su s
p e s so a l e o rg a n iz a r n o sssa fa m ília C ris to . A m ém .
AGOSTO DE 1976 65
m a d o A d ã o e os se u s a n jo s b a ta ­
lh a v a m c o n tr a o d ra g ã o , q u e e ra

O Direito S a ta n á s, e b a ta lh a v a o d ra g ã o e os
se u s an jo s;

de Escolha “ M a s n ã o p r e v a le c e ra m , n em
m ais o se u . lu g a r se a c h o u n o s cé u s.
“ E foi p r e c ip ita d o o g ra n d e d r a ­
g ã o , a a n tig a s e rp e n te , c h a m a d o o
Élder Henry D. Taylor,
D ia b o , e S a ta n á s, foi p r e c ip ita d o n a
A s siste n te d o C o n s e lh o d o s D o z e
te r r a , e o s se u s an jo s fo ra m la n ç a ­
d o s co m e le .” (A p o c . 12:7-9.)
E n te n d e m o s q u e S atan ás ex ercia
ta m a n h a in flu ê n c ia s o b re seu s c o m ­
p a n h e iro s , q u e u m te rç o d a s h o ste s
Deus nos deu o livre arbítrio. O que estam os fazendo com ele? c e le s te s o seg u iu .
A q u i v e m o s d u a s d ife re n te s p e r ­
S obre q u e estão fu n d ad as as suas s o n a lid a d e s e d o is d ife re n te s m o ti­
bases, ou q u em assen to u a su a p e d ra v o s d e a ç ã o . S a ta n á s p r e te n d ia tir a r
de esquina? o liv re a r b ítrio d o h o m e m e re d im ir
“ Q u a n d o as estrelas d a alva ju n ta s a h u m a n id a d e in te ira à fo rç a , p e lo
aleg rem en te ca n tav am , e to d o s os fi­ q u e e x ig ia o d e v id o r e c o n h e c im e n ­
lhos de D eus rejubilavam?” (Jó 38:3-7.) to , h o n r a e g ló ria . O p la n o d e Je su s
C re m o s q u e h o u v e u m g ra n d e p erm itiria aos indivíduos o p ta r en tre
c o n s e lh o p a r a e s c o lh e r a lg u é m q u e o q u e co n sid erav am ser ce rto e o q ue
v iria à te r r a p a r a n o s r e p r e s e n ta r , e a c h a v a m se r e rra d o , r e c o m e n d a n d o
q u e e x p ia ria p e lo s p e c a d o s d a h u ­ q u e to d a a h o n r a e g ló ria se ria m
m a n id a d e . J o s e p h S m ith asse g u ra - a trib u íd a s a o P ai.
n o s q u e : “ A o re a liz a r-se a p rim e ira D isse a lg u é m c o m m u ita p ro p rie ­
o rg a n iz a ç ã o n o s c é u s, to d o s n ó s e s­ d a d e : “ N ã o h á lim ite p a r a o b em
tiv e m o s p re s e n te s , p re s e n c ia m o s a q u e se p o d e re a liz a r, q u a n d o n ã o
e s c o lh a e d e s ig n a ç ã o d o S a lv a d o r, e s ta m o s p r e o c u p a d o s c o m q u e m r e ­
os fu n d a m e n to s d o p la n o d e sa lv a ­ c e b e r á o c r é d ito .”
ç ã o , e o a p ro v a m o s .” (Ensinam entos E m n o ssa jo r n a d a p e la v id a
do P rofeta Joseph Sm ith, p. 176) te r r e n a , te m o s q u e to m a r m u ita s
m a de nossas m aiores res­ O S e n h o r re v e lo u a M o isés a l­ d e c is õ e s im p o r ta n te s e d e g ra n d e

U ponsabilidades, e privilégio
ta m b ém , é o d ireito d e fazer
escolhas. O s santos dos últim os dias
g u n s p o r m e n o r e s d e sse g ra n d e c o n ­
se lh o , a o e x p lic a r-lh e :” . . . S a ta ­
n ás . . . v eio p e r a n te m im , d iz e n d o :
a lc a n c e , c o m o in d iv íd u o s. D a m o -
n o s c o n ta d e q u e e s p e c ia lm e n te os
jo v e n s tê m q u e d e c id ir q u e m e s c o ­
ac red ita m firm em en te n o princípio E is-m e a q u i, m a n d a -m e e s e re i te u lh e rã o c o m o am ig o s e c o m q u e m
d o livre-arbítrio. filh o e re d im ire i a h u m a n id a d e t o ­ a n d a r ã o . S ão o b rig a d o s a re so lv e r
N ó s e s ta m o s a q u i n a te r r a e p o s­ d a , d e m o d o q u e n em u m a só a lm a ta m b é m o q u e v ã o fa z e r p a r a g a ­
su ím o s m a ra v ilh o so s c o rp o s m o r ­ se p e r d e rá , e sem d ú v id a o fa re i; n h a r a v id a . E sp e ra -se q u e m o ç o s e
ta is, p o r q u e fize m o s u m a e s c o lh a p o r ta n to , d á -m e a tu a . h o n r a .” m o ç a s se a p a ix o n e m , e aí te r ã o o
sá b ia , n a p re e x is tê n c ia , q u a n d o as­ D e p o is o S e n h o r c o n tin u a : “ M a s p riv ilé g io d e e s c o lh e r c o m q u e m
su n to s v itais fo ra m d isc u tid o s e s u b ­ eis q u e m e u F ilh o A m a d o . . . d isse- d e s e ja m c a sa r-se . D e c id ir ã o ig u a l­
m e tid o s à n o ssa c o n s id e ra ç ã o . m e: P ai, fa ç a -se a tu a v o n ta d e e se ja m e n te se o se u c a s a m e n to s e rá n o
E x istíam o s c o m o se re s e s p iritu a is tua a g ló ria p a r a s e m p re .” (M o isé s te m p lo , o ú n ic o lu g a r o n d e p o d e m
a n te s d e a te r r a se r c ria d a . Q u a n d o 4:1-2; g rifo n o sso .) s e r se la d o s p a r a o te m p o e to d a a
foi a n u n c ia d a a o rg a n iz a ç ã o d e u m a A b ra ã o c ita as p a la v ra s d o S e ­ e te r n id a d e .
n o v a te r r a , e v id e n te m e n te f ic a ­ n h o r, q u a n d o diz: “ A q u e m e n v ia ­ E x iste m m u ito m ais d e c is õ e s a to ­
m os m u ito sa tisfe ito s c o m a n o tíc ia . rei? E u m re s p o n d e u s e m e lh a n te ao m a r; c o n tu d o , a p e s so a n ã o e s tá só
Isto se e v id e n c ia p o r alg u m as p e r ­ F ilh o d o H o m e m : E is-m e a q u i, en- a o to m a r essas d e c isõ e s im p o r ta n ­
g untas m u ito in teressan tes e inquisi- v ia -m e. E o u tr o re s p o n d e u e disse: te s. A p ó s o b a tism o , re q u is ito p r e ­
d o ra s fe ita s p e lo S e n h o r a J ó , q u a n ­ E is-m e a q u i, e n v ia -m e . E o S e n h o r p a r a tó r io p a r a se e n tr a r n a Ig re ja , a
d o diz: “ A g o ra cinge os te u s lom bos, disse: E n v ia re i o p rim e iro . p e s s o a r e c e b e a im p o s iç ã o d a s
c o m o h o m e m ; e p e rg u n ta r- te -e i, e “ E o se g u n d o se irrito u e n ão m ã o s, e u m p o r ta d o r d o S a n to S a­
tu re sp o n d e -m e . c o n s e rv o u se u p rim e iro e s ta d o ; e, c e r d ó c io c o n firm a -a m e m b ro d a
“ O n d e e s ta v a s tu , q u a n d o eu fu n ­ n a q u e le d ia , m u ito s o s e g u ira m .” I g re ja e lh e c o n fe re o d o m d o E sp í­
d a v a a te rr a ? F a z e -m o s a b e r, se te n s (A b ra . 3:27-28.) rito S a n to . Se v iv e rm o s r e ta m e n te ,
in te lig ê n c ia . N o liv ro d o A p o c a lip s e , J o ã o ex ­ o E s p írito S a n to n o s a c o m p a n h a r á e
“ Q u e m lh e pos as m e d id a s, se tu p lic a q u e , em c o n s e q ü ê n c ia d a ira g u ia rá n a to m a d a d e ssa s d e c is õ e s
o sa b es? o u q u e m e s te n d e u so b re d e S a ta n á s, “ h o u v e b a ta lh a n o céu : im p o rta n te s .
e la o cordel? M ig u e l q u e v eio a te r r a s e n d o c h a ­ P o r m eio d a o ra ç ã o , p o d e m o s so­
66 A LIAHONA
Ao terminar a sessão.

lu c io n a r n o sso s p ro b le m a s e s a b e r c e r ta , e la s e n tir á u m e s tu p o r d e S im , n ó s te m o s o p riv ilé g io d e to ­


q u e d e c isõ e s to m a r. A o o ra rm o s, p e n sam e n to q u e a lev ará a esq u e c e r m a r d e c is õ e s. M a s se rã o b o a s e
m u ita s vezes te m o s a fo rte im p re s ­ a c o isa e r r a d a . (V ide D & C 9:8-9.) a g ra d á v e is a o n o sso P ai C e le stia l?
são d e q u e a r e s p o s ta p a r a o a s­ O u se rã o e g o ísta s e e g o c ê n tric a s ?
s u n to em p a u ta é um “ n ã o ” . O u tra s A letra de um de nossos hinos nos
traz um a mensagem de grande significa­ J o s u é , um p r o fe ta an tig o , d e c id iu
v ezes, p o d e m o s se n tir q u e n o ssa
do: te n ta r v iv e r r e ta m e n te , e d e p o is de
re s p o s ta é c o r r e ta e d e v e s e r p o siti­
A alm a é livre para agir to m a r e s ta d e c is ã o , p ro c la m o u :
v a m e n te “ sim ” . P o r o u tr o la d o ,
E seu destino decidir; “ . . . e s c o lh e i h o je a q u e m sir­
ta m b é m p o d e a c o n te c e r n ã o r e c e ­
Suprem a lei deixou-nos D eus — v ais . . . p o ré m eu e a m in h a c a s a
b e rm o s u m a re s p o s ta c la ra m e n te N ão forçará os filhos seus.
p o sitiv a o u n e g a tiv a . P a ra ta is c a ­ s e r v ir e m o s a o S e n h o r .” ( J o s u é
Apenas faz-nos escolher 24:15.)
sos, o S e n h o r n o s d e u u m a fo rm u la O bem ou o mal neste viver;
q u e vale a p e n a u s a r — p o n d e r a r e Conselhos dá-nos, com am or, Q u e se ja m o s in sp ira d o s a to m a r
e s tu d a r o p r o b le m a a fu n d o , to m a r C uidado, graças e favor. d e c is õ e s sá b ia s q u e te n h a m a a p r o ­
um a decisão e depois p e rg u n ta r ao É livre o hom em p’ra pensar v a ç ã o d o S e n h o r e se jam p a r a o
S e n h o r se é c o r r e ta . Se fo r a c e r ta , a E p ro cu rar o eterno lar; n o sso b e m e b e n e fíc io p a r a n o sso s
p e s so a s e n tirá u m a r d o r n o p e ito e Se não, seria irracional se m e lh a n te s . P o r isto , eu o ro em
assim s a b e rá e te r á a c e r te z a d e q u e Sem conhecer o bem e o mal. n o m e d e n o sso S e n h o r e S alv a d o r,
sua decisão é b o a; m as, se n ão fo r W illiam C G regg Hinos, n? 72. Je s u s C risto . A m ém .
AGOSTO DE 1976 67
“ Com o tam bém da mesma m aneira
aconteceu nos dias de Ló: com iam , b e­
biam, com pravam , vendiam, plantavam
e edificavam; —Os dias eram opulentos

“ As Folhas da Figueira “ Mas no dia em que Ló saiu de Sodo-


ma choveu fogo e enxofre, e os consu­
miu a todos.

Estão Começando “ Assim será no dia em que o Filho do


hom em se há de m anifestar.” (Lucas 17:
26-30)
O A póstolo Paulo foi inspirado a fa­
a Brotar” zer este resum o d a condição do homem
e do m undo nos últims dias:
“ Sabe, porém , isto: que nos últimos
É ld e r B e rn a rd P . B ro c k b a n k , dias sobrevirão tem pos trabalhosos.
A ssiste n te d o C o n s e lh o d o s D o z e “ Porque haverá hom ens am antes de
si mesmos, avarentos, presunçosos, so­
berbos, blasfemos, desobedientes a pais
e mães, ingratos, profanos.
“ Sem afeto natural, irrreconciliáveis,
Tem os o privilégio de reconhecer os sinais da segunda vinda do Senhor e caluniadores, incontinentes, cruéis, sem
am or para com os bons.
de preparar todos os que querem ouvir.
“T raidores, obstinados, orgulhosos,
(M a t. 24:24.) mais amigos dos deleites do que amigos
“ Porque muitos virão em meu nome, de Deus.
dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a “T endo aparência de piedade, mas
m uitos.” (M at. 24:5.) negando a eficácia dela. “ E a seguir ad­
verte: “ D estes afasta-te.” (2 Tim. 3:1-5)
Disse o Senhor: “ A paz será tirada da
te rra e o diabo terá poder sobre o seu Falando desses tem pos perigosos, diz
próprio dom ínio.” (D& C 1:35.) Jesus. “ E até os santos quase não esca­
parão; contudo, eu, o Senhor, estou
M uitas Escrituras sum ariam os sinais
com eles.” (D& C 63:34.)
e condições mundiais, as guerras, peri­
gos e distúrbios dos últimos dias. As E ntretanto, os santos dos últimos dias
profecias falam de pragas, flagelos, tri- têm prom essas muito grandes do Se­
bulações, calam idades e desastres sem nhor. Disse ele: “ [Eu], o S e n h o r,. . .
paralelo; de rivalidades, guerras, rum o­ [terei] dom ínio sobre os . . . [meus] san­
res de guerra; “se levantará nação con­ tos, e . . . [reinarei] no seu meio, e . . .
tra nação e reino contra reino” . (M at. [descereil p ara ju lg a r . . . o m undo.”
24:7.) H averá sangue, carnificina e d e­ (D& C 1:36.)
solação. As Escrituras falam da com o­
Disse ainda: “ E a vós será dado co­
ntes da segunda vinda de Jesus ção dos elem entos, provocando en­

A C risto, dar-se-ão ce rto s si­


nais e prodígios prom etidos,
possibilitando aos santos sa­
chentes, tem pestades, inçêndios, fura­
cões e terrem otos de intensidade desco­
nhecida em outros tem pos; de vilezas,
nhecer os sinais dos tem pos, e os sinais
da vinda do Filho do H om em .” (D& C
6 8 : 11.)

ber a época aproxim ada desse evento. iniqüidade, im piedade, tum ultos, assas­ “ E com o eu, o Senhor, no princípio
Jesus disse: “ A prendei pois esta parábo­ sinatos, crim e e distúrbios entre os ho­ am aldiçoei a terra, assim tam bém nos
la da figueira: Q uando já os seus ramos mens que desafiam a imaginação. últimos dias eu a abençoei, no seu tem ­
se tornam tenros e brotam folhas, sabeis po, p ara o uso dos meus santos, a fim
“ Porque naqueles dias,” disse o Se­
que está próxim o o verão. de que partilhem da sua gordura.”
nhor, haverá um a aflição tal,que nunca
houve desde o princípio d a criação.” (D& C 61:17.)
“ Igualm ente, quando virdes todas
estas coisas, sabei que ele está próximo (M arcos 13:19.) A Igreja de Jesus Cristo nunca mais
às portas.” (M at. 24:32-33.) será tirada da terra. Este é um dos gran­
“ E todas as coisas estarão em confu­
des sinais dos tem pos — ela continuará
O Presidente Kimball deu-nos este são . . . os corações dos hom ens falha­
crescendo e florescendo e cobrirá a te r­
conselho: “ As folhas da figueira estão rão . . . tem or virá sobre todos os po­
ra.
com eçando a bro tar.” Isto é profético. vos.” (D& C 88:91)
O Espírito Santo e o Sacerdócio de
Quais são alguns desses sinais e prodí­ “ E, com o aconteceu nos dias de N oé,
D eus perm anecerão na terra. N os últi­
gios que se darão nos últimos dias, antes assim será tam bém nos dias do Filho do
mos dias, existirão profetas vivos e
da segunda vinda de Jesus Cristo? homem.
apóstolos vivos eleitos e cham ados por
“Surgirão falsos cristos e falsos profe­ “ Com iam , bebiam , casavam e d a­ Jesus C risto . O S en h o r p ro m eteu :
tas, “ disse o Senhor, “ e farão tão gran­ vam-se em casam ento, até ao dia em “ M eus discípulos perm anecerão em lu­
des sinais e prodígios que, se possível que N oé entrou na arca, e veio o dilúvio gares santos e não serão abalados.”
fora, enganariam até os escolhidos.” e os consum iu a todos. (D& C 45:32.)
68 A LIAHONA
Este é um dos mais im portantes sinais “ E crerão em mim, que sou Jesus pelos hom ens.” (D& C 103:9-10.)
do nosso tempo: “ E este Evangelho do O Senhor falou! Todo santo dos últi­
Cristo, o Filho de Deus. (3 Néfi 20:30-
reino será pregado em todo o mundo, 31.) mos dias deve ser um a luz para o mundo
em testem unho a todas as gentes e en­ e deve ser um salvador de hom ens; e se
tão virá o fim.” (M at. 24:14.) “ Mas antes que venha o grande dia
falharem nesse sagrado encargo de sal­
do Senhor, Jacó prosperará no deserto,
O demonio está fazendo tudo o que var almas, eles serão pisados pelos ho­
e os lam anitas florescerão com o a rosa.
pode para im pedir o progresso, a divul­ mens.
gação da mensagem a todo o mundo. “ Sião florescerá sobre os m ontes, e
E novam ente o Senhor aconselha
Jesus o rd en o u a seus discípulos: nas m ontanhas se regozijará, e será reu ­
seus santos: “ Dou-vos um m andam en­
“ Portanto, ide, ensinai todas as nações, nido no lugar que designei.” (D& C
to, que todo homem, tanto élder, sacerdo­
batizando-as em nome do Pai, e do Fi­ 49:24-25.)
te, m estre, com o membro, aplique-se
lho, e do Espírito Santo; “ E o meu Evangelho será pregado com o seu poder, com o trabalho de
“ Ensinando-as a guardar todas as coi­ aos pobres e humildes, e eles estarão es­ suas mãos para preparar a executar as
sas que eu vos tenho m andado; e eis perando pelo tem po d a m inha vinda, coisas que ordenei.
que eu estou convosco todos os dias, pois está perto —
até à consum ação dos séculos. Amém. “ E que a vossa pregação seja a voz de
(M at. 28:19-20.) “ E aprenderão a parábola da figueira, advertência de todo homem ao seu pró­
pois eis que agora o verão se aproxi­ ximo, com m ansidão e brandura.
Q uanto a Judá e Jerusalém nos últi­
mos dias, o Senhor prom eteu: “ E ntão o ma.” (D& C 35:15-16)
“ Saí de entre os iníquos. Salvai-vos.
Pai os reunirá novam ente e lhes dará Je­ A gora é o tem po em que é urgente­ Sede limpos, vós que portais os vasos do
rusalém por te rra de sua herança. m ente necessário que todo santo dos úl­ Senhor.” (D&C 38:40-42.)
“ R om perão então em cânticos de jú ­ timos dias seja um com Jesus Cristo e
R ecentem ente, o Presidente Kimball
bilo: C antai juntam ente lugares desola­ seja um salvador de homens. Jesus disse
cham ou-nos a atenção para um a velha
dos de Jerusalém ; porque o Pai confor­ a respeito dos seus santos dos últimos
profecia registrada na Bíblia Sagrada e
tou seu povo e redim iu Jerusalém . dias: “Pois eles foram estabelecidos para
que fala das condições que hão de rei­
“ O Pai desnudou seu santo braço aos ser a luz do mundo, e os salvadores dos
nar entre os povos nos últimos dias. Diz
olhos de todas as nações; (nós testem u­ hom ens.” (D& C 103:9) Repito: “ Pois
o Profeta Joel: “ Lançai a foice, porque
nham os parte disto) e todos os confins eles foram estabelecidos para ser a luz
já está m adura a seara: vinde, descei,
da te rra verão a salvação do Pai.” (3 do mundo, e os salvadores do hom ens.”
porque o lagar está cheio, os vasos dos
Néfi 20:33-35.) A seguir, o Senhor acrescenta esta ad­
lagares transbordam ; porquanto a sua
vertência: “ E, se não forem salvadores
“ E acontecerá que há de chegar o dia malícia é grande.
dos homens, serão com o o sal que per­
em que lhes será pregada a plenitude do deu o seu sabor, e para nada mais serve “ Multidões, multidões no vale da de­
meu evangelho; senão para se lançar fora e ser pisado cisão! porque o dia do Senhor esta per­
to, no vale da decisão.” (Joel 3:13-14)
Goro Yamada de Calgary, Alberta, Canadá, e sua família.
N a m aior parte das áreas, o povo tem
hoje mais do que jamais teve. Seus lugares
estão cheios, os vasos transbordam ,
grande é a malícia, e existem multidões
de gente boa, de coração sincero bus­
cando um santo propósito e caminho
devido. Isto acontece nas Ilhas Britâni­
cas, desm entindo o que se lê às vezes.
Jamais houve tempo m elhor para gran­
de parte das pessoas do que hoje.
Parece razoável e possível que um
por cento dos filhos do Senhor que ago­
ra vivem na terra, aceitariam o seu ca­
minho de vida e entrariam para a sua
Igreja, se os santos lhes mostrassem o
caminho.
Um por cento som aria aproxim ada­
m ente trinta e seis milhões, e isto é a
m ultidão de santos potenciais. Sim,
existem multidões e mais i multidões no
vale da decisão, esperando ver a luz
santa que leva à perfeição divina. N e­
cessitamos urgentem ente de todo possí­
vel missionário que esteja em harm onia
com o Santo Espírito. Tem os muitos
qua ainda poderiam ser cham ados. Pos­
samos nós, os privilegiados de viver nos
últimos dias, ser valentes fazer nossa luz
brilhar e ser um com Jesus Cristo, aju-
dando-o a levar a salvação a toda a hu­
manidade. Em nome de Jesus Cristo.
Amém.
A LIAHONA 69
C risto nos in fo rm a q u e estav a seguin­
d o o ex em p lo e os ensin am en to s
d e seu P ai e as o b ra s q u e o P ai e x e ­
c u ta r a , a n te r io r m e n te , em su a p r ó ­
p r ia e x p e riê n c ia , o q u e p ro v a q u e
P ai e F ilh o p o ss u e m , a m b o s, c a r a c ­
terísticas, atrib u to s e p o d ere s indivi­
Reflexões duais sem elhantes.
Q u a n d o T o m é p e r g u n to u a o S e­

Pascais. n h o r: “ C o m o p o d e m o s s a b e r o c a ­
m in h o ? ” , J e s u s re sp o n d e u : “ E u sou
o c a m in h o , e a v e rd a d e e a v id a.
É ld e r D e lb e r t L. S tap le y , N in g u é m v em a o P ai s e n ã o p o r
d o C o n s e lh o d o s D o ze m im .” (J o ã o 14:5-6.) “ P o rq u e ta m ­
b é m d e b a ix o d o c é u n e n h u m o u tro -
n o m e h á, d a d o e n tre o s h o m e n s
p e lo q u a l d e v a m o s s e r sa lv o s” , d e ­
Ter vida eterna, procurar conhecer a Jesus Cristo — através de c la ro u o A p ó s to lo P e d ro a o s su m o s
s a c e rd o te s , a n c iã o s e e s c rib a s d a s
evidências, testemunhas e o testemunho do Espírito Santo.
fa c ç õ e s ju d a ic a s . (A to s 4:12.) E ao
Q u a n d o F ilip e d isse a C risto : a n d a r p e lo a lp e n d re d e S a lo m ã o ,
“ S e n h o r, m o s tra -n o s o P ai, o q u e Je su s fo i p r o c u r a d o p e lo s ju d e u s
n o s b a s ta ” . J e su s r e s p o n d e u . “ E s­ q u e lh e p e r g u n ta ra m s o le n e m e n te :
to u h á ta n to te m p o c o n v o s c o , e n ã o “ Se tu és o C risto , d iz e -n o -lo a b e r ­
m e te n d e s c o n h e c id o , F ilip e ? Q u e m ta m e n te .” ( J o ã o 10:23-25.)
m e vê a m im , vê o Pai: e c o m o di-
zes tu : M o s tra -n o s o P a i? ” (Jo ã o E m v e rd a d e , as o b ra s, m ilag res
14:8-9.) e e n s in a m e n to s d o C ris to , so m a d o s
P a u lo d e c la ro u a o s sa n to s c o rín - às a p a r iç õ e s c e le stia is e c o n firm a ­
tios qu e C risto é “ a im agem d o P ai” ç õ e s d e p e rs o n a g e n s a n g é lic o s —
(2 C or. 4:4) e aos h eb reu s, q u e C risto c o m o ta m b é m as d e c la ra ç õ e s de
é “ a e x p re ssa im a g em d a . . . p e s so a D e u s, o P ai, n a p r e s e n ç a d e te s te ­
[de D e u s t” (H e b . 1:3). É ló g ic o q u e m u n h a s fid e d ig n a s - te s tific a m p le ­
o F ilh o U n ig ê n ito d o D e u s E te rn o n a e co n clu siv am en te q u e C risto é o
se ja a “ e x p re s s a im a g em d a . . . p e s ­ F ilh o U n ig ê n ito d e D e u s n a c a rn e ,
so a Ido P a i]” T o d o filh o te r r e n o - e n o sso R e d e n to r, S a lv a d o r e S e n h o r.
as co isa s te r r e n a s sã o típ ic a s d a s c e ­ A p ó s se u m in isté rio te rr e n o , a
o a v iz in h a r-se a é p o c a d a le stia is — é a im a g em d e se u p ai. E

A P á s c o a , o c o r a ç ã o e as
e m o ç õ e s d o s c ristã o s sen-
te m -se to c a d o s p e lo vital
n a v id a m o rta l, e x iste m filh o s q u e
sã o a e x p re s s a im a g e m d o p ai.
m o rte n a c ru z e su a g lo rio s a re s s u r­
r e iç ã o d e n tr e os m o rto s , C risto
a p a r e c e u a se u s d isc íp u lo s e a b riu -
P e la s r e v e l a ç õ e s m o d e r n a s , lh e s o e n te n d im e n to p a r a co m as
sa c rifíc io e a r e s s u rre iç ã o d o S e­ E s c r it u r a s e e le c o n c e r n e n t e s :
a p r e n d e m o s q u e S e te , o filh o d e
n h o r Je su s C risto . c o m o to d a s a q u e la s E s c ritu ra s re f e ­
A d ã o , “ foi u m h o m e m p e rfe ito e se
P o u c o a n te s d e se r tr a íd o , C risto a s s e m e lh a v a e x a ta m e n te a se u p ai, re n te s a o s a c o n te c im e n to s d e su a
e le v o u seu o lh a r ao s c é u s em o r a ­ ta n to q u e p a r e c ia s e r c o m o ele em vida, m o rte e ressu rreição se haviam
ç ã o s u p lic a n te , in te rc e s s ó ria p e lo to d a s as co isa s, e p o d ia s e r d e le d i­ c u m p rid o . A se g u ir, d isse-lh es: " E
seu s d isc íp u lo s, p r o n u n c ia n d o e s ta f e r e n c ia d o só p e la s u a i d a d e . ” d e s ta s c o isa s sois vós te s te m u n h a s .”
p r o fu n d a d e c la ra ç ã o : “ E a v id a (D & C 107:43.) S e ria isto o q u e C ris­ (L u c a s 24:48.) O A p ó s to lo P e d ro
e te r n a é esta: q u e te c o n h e ç a m a ti to q u is d iz e r q u a n d o fa lo u a F ilipe: e n s in o u a C o rn é lio e su a c a sa tu d o
só, p o r único D eus v erd ad eiro , e a “ Q u e m m e vê a m im , v ê o P a i” ? so b re a m e n sa g e m , m o rte e re s s u r­
Jesus C risto a q u em enviaste.” (Jo ão (Jo ão 14:9.) E sta d e c la ra ç ã o c o n c o r­ r e iç ã o d e C risto , d e c la ra n d o q u e
17:3.) d a ig u a lm e n te c o m a re v e la ç ã o m o ­ D e u s m o s tro u a b e r ta m e n te o S e­
d e r n a d e q u e D e u s “ o P ai p o ssu i n h o r re s s u rre to : “ N ã o a to d o o p o ­
C o n h e c e r a D e u s, o P ai, a a seu v o ,” d isse e le , “ m as às te s te m u n h a s
u m c o rp o d e c a r n e e o sso s tã o
a m a d o F ilh o , Je su s C ris to n o sso q u e D e u s a n te s o r d e n a r a ; a nós,
ta n g ív e l c o m o o d o h o m e m .” (D & C
R e d e n to r e S a lv a d o r, é v id a e te r n a . q u e c o m e m o s e b e b e m o s ju n ta m e n ­
130:22.)
S e rá q u e os h o m e n s os c o n h e c e m te c o m e le , d e p o is q u e re ssu s c ito u
re a lm e n te - seu s a trib u to s , c a r a c ­ A g o ra , Je s u s disse: “ O F ilh o p o r d o s m o rto s . . . A e s te d ã o te s te m u ­
terísticas e p o d e re s? C e rta m e n te é si m e sm o n ã o p o d e fa z e r c o is a a lg u ­ n h o to d o s os p r o fe ta s .” (A to s 10:38-
possív el o b te r-s e ta l c o n h e c im e n to ; m a , se o n ã o v ir fa z e r a o P a i.” (J o ã o 43.)
d o c o n trá rio , n o sso S a lv a d o r ja m a is 5:19.) T a m b é m ; “ F a lo c o m o m eu
te ria d ito . P ai m e e n s in o u .” (J o ã o 8:28.) A q u i O s p r o fe ta s a n te r io r e s a C risto
70 A LIAHONA
te stific a ra m su a v in d a e p r o fe tiz a ­ a o s q u a is co n v id o u : “ V ed e as m i­ q u a tr o o b r a s - p a d r ã o o u E sc ritu ra s
ram o su fic ie n te so b re su a v id a, m i­ n h a s m ã o s e o s m e u s p és d a Ig re ja d e Je su s C risto d o s S an to s
n istério , o b ra s e m ilag res, p a r a a p a lp a i-m e e v e d e ; p o is um e s p írito d o s Ú ltim o s D ias, e s tá re g is tra d o
id e n tific á -lo co m a b s o lu ta c e rte z a . n ã o te m c a rn e n em o sso s, c o m o v e ­ um b e lo re la to d a v isita d e C risto ao
P redisseram igualm ente p a ra a glória d e s q u e eu te n h o . (L u c a s 24:36-40.) p o v o d e s te c o n tin e n te , d e p o is d e
n a c ru z e r e s s u rre iç ã o p a r a a g ló ria re ss u s c ita d o . N e s s a a p a riç ã o , D eu s,
Q u a r to , L u c a s n o s c o n ta q u e , d e ­
c o m o feito s e la d o r d o se u m in isté ­ o P ai, fa lo u d o s c é u s , d e c la ra n d o :
p o is d a p a ix ã o , C ris to “ se a p r e s e n ­
rio e c o m issã o d iv in a d e e x p ia r “ E is a q u i m e u F ilh o b em a m a d o , no
to u vivo, co m m u ita s e in falív eis
p elo s p e c a d o s d o s h o m e n s. q u a l m e a le g ro e n o q u al g lo rifiq u ei
p ro v a s, se n d o v isto p o r ele s p o r es­
A Jo ã o B atista, p re c u rso r de C ris­ p a ç o d e q u a r e n ta d ia s, e fa la n d o d o m e u n o m e ; a ele d e v e is o u v ir.” (3
q u e re s p e ita ao re in o d e D e u s. (A - N é fi 11:7.)
to , foi d a d o um sinal p e lo q u a l p o ­
d e ria r e c o n h e c e r o F ilh o d e D eu s. to s 1:3.) Q u in to , P a u lo , o a p ó s to lo , N o u tr a o c a siã o , Je su s C risto ta m ­
Q u a n d o viu Je su s se a p ro x im a n d o , q u e C risto , d e p o is d a r e s s u rre iç ã o , b é m se a n u n c io u , d iz e n d o : “ Eis q u e
d isse a seus d isc íp u lo s: “ Eis o C o r ­ “ foi v isto p o r C e fa s e d e p o is p elo s so u Je su s C risto , c u ja v in d a ao
d e iro d e D e u s, q u e tir a o p e c a d o d o d o ze . D e p o is . . . u m a v ez p o r m ais m u n d o foi a n u n c ia d a p elo s p ro fe ­
m u n d o .” ( J o ã o 1:29.) T a m b é m de q u in h e n to s . . . ta s .” (3 N éfi 11:10.) S e g u n d o o r e ­
D e u s, o P ai, fa lo u d o s c é u s, te s tifi­ g istro h is tó ric o , o S e n h o r co n v id o u
“ D e p o i s . . . p o r T ia g o , d e p o is
c a n d o d e seu F ilh o a to d o o p o v o um g ra n d e n ú m e ro a se a p ro x im a r,
p o r to d o s os a p ó s to lo s ,” e p o r fim
r e u n id o p o r o c a siã o d o b a tis m o de p a r a “ q u e p o ssais m e te r v o ssas
p e lo p r ó p rio P au lo . (1 C o r. 15:5-8.)
C risto , a n u n c ia n d o : “ E ste é o m eu m ã o s n o m e u la d o e ta m b é m to c a r
F ilh o a m a d o , em q u e m m e c o m p ra - S e x to , o ú ltim o re la to d e te s te ­ as m a rc a s q u e os c ra v o s fize ra m em
z o .” (M a t. 3:17.) E m re s p o s ta à in ­ m u n h a s n o N o v o T e s ta m e n to é a l­ m e u s p és e m in h a s m ão s, a fim d e
d a g a ç ã o d o S e n h o r a P ed ro : “ E ta m e n te sig n ific ativ o p a r a n ó s, p o is q u e p o ssa is s a b e r q u e e u so u o
vós, q u e m d izeis q u e eu so u ? ” , este fo rn e c e e s p e r a n ç a e fé p a r a to d o s D e u s d e Isra e l, e o D e u s d e to d a a
r e sp o n d e u : “ T u és o C risto , o F i­ os filh o s d e D e u s n o f u tu ro . R e fe re - te r r a ,e q u e fui m o rto p e lo s p e c a d o s
lho d e D e u s v iv o .” (M a t. 16:15-16.) se a u m im p o rta n te e v e n to p o s te ­ d o m u n d o .” (3 N é fi 11:14.)
A té m e sm o e s p írito s im p u ro s e m a ­ rio r à r e s s u rre iç ã o d e C ris to e ao s
q u a r e n ta d ia s p a s s a d o s co m os “ E d e p o is d e se te re m to d o s
ligno q u e co n h eciam C risto no m u n ­
d isc íp u lo s, e n s in a n d o e in stru in d o - a p ro x im a d o e te s te m u n h a d o p e s­
d o e s p iritu a l, r e c o n h e c e ra m - n o na
os n a s co isas d o seu re in o . “ E q u a n ­ s o a lm e n te , c la m a ra m a u m a só voz,
c a rn e e o c o n fe ssaram a b e rta ­
d o d iz ia isto , v e n d o -o e le s, foi e le ­ d iz e n d o :
m e n te , c h a m a n d o -o de: “ Je su s, F i­
lho d o D e u s A ltíssim o ” . (L u c a s v a d o às a ltu ra s , e u m a n u v e m o r e ­ “ H o s a n a ! B e n d ito se ja o n o m e
8:28.) c e b e u , o c u lta n d o -o a seu s o lh o s. d e D e u s A ltíssim o ! E, la n ç a n d o -se
“ E e s ta n d o c o m os o lh o s fito s no ao s p és d e Je u s , a d o r a ra m -n o .” (3
A s o b ra s e m ilag res d e C risto , as
c é u , e n q u a n to ele su b ia , eis q u e N éfi 11:16-17.)
e v id ê n c ia s e d e p o im e n to s d e te s te ­
m u n h a s fiéis, fid e d ig n a s e p re s e n te s j u n to d e le s se p u s e ra m d o is v a rõ e s C o m essa d e m o n s tr a ç ã o a m ig á ­
so b re tu d o o q u e v ira m e o u v ira m , v e s tid o s d e b ra n c o . vel e a r r e b a ta d o r a , Je su s c o n firm o u
m e sm o a voz d e D e u s fa la n d o d o s O s q u a is lh e d iss e ra m : V a rõ e s ga- à q u e le p o v o ali r e u n id o q u e e ra de
cé u s, sã o p ro v a c o n v in c e n te d e q u e lileu s, p o r q u e e sta is o lh a n d o p a r a o fa to o se u S e n h o r re s s u r r e to , c o n ­
Je su s n ã o foi a p e n a s um h o m e m de c é u ? E sse Je su s q u e d e n tr e vós foi fo rm e h a v ia m p r e d ito d iv e rso s de
b o n s p rin c íp io s e g ra n d e m e stre , r e c e b id o em c im a n o c é u , h á d e vir se u s p ro fe ta s . T o d a s essas ev id ên -
m as o a u tê n tic o F ilh o d e D e u s, o assim c o m o p a r a o c é u o v istes ir .”
R e d e n to r e S a lv a d o r d o m u n d o , o (A to s 1:9-11.) C ris to foi r e c e b id o no
A pequena Melanie Manfall, de Bountiful, Utah.
e x e m p lo p a r a to d a a h u m a n id a d e ; c é u c o m seu c o rp o re s s u r r e to . Se
c o n h e c e r, a m a r e seg u i-lo é v id a d e v e v o lta r d a m e sm a fo rm a n a se­
e te rn a . g u n d a v in d a , c o n fo rm e a firm a e s ta
A g o ra , as o u tra s e v id ê n c ia s e E s c ritu ra , ele v irá c o m o m e sm o
a firm a ç õ e s d e te s te m u n h a s v e r d a ­ c o rp o . Isto é c o r r o b o r a d o p o r p r o ­
d e ira s, q u e v ira m o S e n h o r re ssu r- fe c ia a u m ra m o d a c a s a d e Is ra e l o
r e to , p ro v a m q u e ele vive h o je ; e x a ­ q u a l p e r g u n ta rá a o S e n h o r n a su a
ta m e n te c o m o o a n jo G a b rie l d e c la ­ se g u n d a v in d a : “ O q u e sã o essas fe ­
ro u a M a ria , m ã e d e Je su s: “ o seu rid a s em tu a s m ã o s e te u s p és?
re in o n ã o te r á fim .” (L u c a s 1:33). O
S e n h o r re s s u r r e to a p a r e c e u m u ita s “ E n tã o s a b e rã o q u e eu so u o S e ­
v ezes a o s seu s d isc íp u lo s d e p o is d a n h o r; p o is lh es d irei: E sta s fe rid a s
p a ix ã o . M e n c io n a re i b r e v e m e n te sã o as q u e m e fiz e ra m n a c a sa d e
a p e n a s alg u m as: P rim e iro a M a ria m e u s am ig o s. E u so u a q u e le q u e foi
M a d a le n a . (J o ã o 20:16-18.) S e g u n ­ e x a lta d o . E u so u Je s u s q u e foi c r u ­
d o , ao s d o is d isc íp u lo s n o c a m in h o c ific a d o . S o u o F ilh o d e D e u s .”
d e E m a ú s. (L u c a s 24:13-35.) T e r c e i­ (D & C 45:51-52; v id e ta m b é m Z a c .
ro , ao s d isc íp u lo s q u e e s ta v a m r e u ­ 13:6.)
n id o s d e p o is d e su a r e s s u rre iç ã o , N o L iv ro d e M ó rm o n , u m a d a s
AGOSTO DE 1976 71
cias e d e p o im e n to s d e te s te m u n h a s d o ,e n sin o u : “ E o E sp írito é o q u e p o d e is s a b e r a v e rd a d e d e to d a s as
sã o p e rsu a siv o s e c o n v in c e n te s p a r a te s tific a , p o r q u e o E sp írito é a v e r­ c o is a s .” (M o rô n i 10:4-5.)
o q u e b u s c a a v e rd a d e , luz e o c o ­ d a d e .” (1 J o ã o 5:6.) T o d o in d iv íd u o p o d e re a liz a r e s ta
nh ecim en to c o n c e rn e n te a D eus e p ro m e s s a , se e s tiv e r d isp o s to a hu-
D e a c o r d o co m e s ta s d e c la ra ç õ e s
seu F ilh o A m a d o . A h u m a n id a d e m ilh a r-se e b u s c a r a luz, o c o n h e c i­
e s c ritu rís tic a s , o te s te m u n h o d o
n ã o p re c is a d e b a te r-s e n as tre v a s m e n to e in te lig ê n c ia q u e flu em d e
E sp írito S a n to q u e to d o s o s q u e são
p a r a a d q u irir fé n o ú n ic o D e u s v e r­ d ig n o s p o d e m c o n s e g u ir, te m o p o ­ D e u s, a tra v é s d o S a n to E sp írito .
d a d e iro e em Je su s C risto , n em no P o r esse p o d e r, eu v o s te s tific o q u e
d e r d e c o n c e d e r c o n h e c im e n to , d is­
p la n o d e v id a e sa lv a ç ã o d o E v a n g e ­ a v id a e te r n a é c o n h e c e r o ú n ic o
c e r n im e n to , fé e o te s te m u n h o d a
lho. O C onsolador, o E spírito S anto, D e u s v e r d a d e ir o e Jesus C risto , q u e
v e rd a d e à q u e le s q u e o b u sc a m p ie ­
o q u al C risto p r o m e te u e n v ia r, é o d o s a m e n te . U m a u to r- p r o fe ta d a n a v e rd a d e é n o sso S e n h o r, R e d e n ­
E sp írito d a v e rd a d e e o g u ia d e seu s h is tó ria e d o u tr in a d o L iv ro d e to r e S alv a d o r.
se g u id o re s p a r a to d a a v e rd a d e . O
M ó rm o n , d eu este sábio co n selh o e
E sp írito S a n to d ev e te s tific a r d o Pai a d m o e s ta ç ã o : “ E u v o s e x o r to a p er- C o n c lu in d o , a lio -m e a o p rim e iro
e d o F ilh o ; ele é um m e stre e ta m ­ p ro fe ta d esta d isp en sação dos últi­
g u n ta rd e s a D eu s, o P ai E te rn o , em
b ém re v e la d o r. T estem u n h a a d e ­ m os dias, d eclaran d o : “ E agora, d e ­
nom e d e C risto, se estas coisas não
c la ra ç ã o d e P e d ro d e q u e “ os h o ­ p o is d o s m u ito s te s te m u n h o s q u e se
sã o v e rd a d e ira s ; e, se p e r g u n ta rd e s
m e n s sa n to s de D e u s fa la ra m in sp i­ p resta ram d ele, este é o te ste m u n h o
co m u m c o r a ç ã o s in c e ro e co m real
ra d o s p e lo E sp írito S a n to ,” (2 P e ­ ú ltim o d e to d o s, q u e n ó s d a m o s d e ­
in te n ç ã o , te n d o fé em C ris to , ele
d ro 1:21), e a d e c la ra ç ã o d e P aulo: le: Q u e ele v iv e !” (D & C 76:22.) Eu
vos m a n ife s ta rá su a v e rd a d e d isso
“ N in g u é m p o d e d iz e r q u e Je su s é o vos a p r e s e n to essas e v id ê n c ia s a u ­
p e lo p o d e r d o E s p írito S a n to .
S e n h o r, se n ã o p elo E sp írito S a n to .” tê n tic a s e v e rd a d e ira s em n o m e d o
(1 C o r. 12:3.) J o ã o , o a p ó s to lo a m a ­ “ E p e lo p o d e r d o E sp írito S a n to S e n h o r J e s u s C risto . A m ém .

Flagrante da conferencia.

A LIAHONA
S essão m a tu tin a d e te rç a - fe ir a , 6 d e a b ril d e 1976. p lic a r a o b v ia m e n te , c o m o P a u lo
d isse ao s a te n ie n s e s n o A re ó p a g o ,
q u e so m o s a ‘ g e r a ç ã o d e D eus.” ' .
(A to s 17:28-29.) T al a firm a tiv a ex i­
g iu a lg u m a e x p la n a ç ã o , p o rq u e ,
c o n fo rm e r e f u to u , n o sso c o rp o físi­
co é g e r a ç ã o d e n o sso s p ais m o rta is.
N e s te p o n to , fiz q u e lesse n a re v e la ­
ç ã o d o S e n h o r, a d e c la ra ç ã o d e q u e

O Caminho “ o e s p írito e o c o rp o são a a lm a d o


h o m e m ” (D & C 88:15), e a c e n tu e i o

da Vida f a to d e q u e é o e s p írito d o h o m e m a
g e r a ç ã o d e D e u s. Isto d e u m a rg e m
p a r a a e x p lic a ç ã o d e q u e o p r ó p rio
D e u s é u m a a lm a , c o m p o s ta d e u m
P re s id e n te M a rio n G. R o m n e y , c o r p o d e c a r n e e o sso s tã o ta n g ív el
2? C o n s e lh e iro n a P rim e ira P re s id ê n c ia q u a n to o h u m a n o , e d e u m e s p írito ;
q u e ele é u m se r re s su rre to ,g lo rifi-
c a d o , e x a lta d o , o n is c ie n te , o n ip o ­
Saber de onde viemos e por que estam os aqui pode guiar nossa vida dia te n te e — em e s p írito , p o d e r e in ­
a dia f lu ê n c ia — u m a p e s so a o n ip re s e n te ,
o s o b e ra n o d o s c é u s e d a te r r a e d e
tu r a lm e n te , le v o u -n o s a d is c u tir o to d a s as c o isa s q u e n e la e x iste m ;
E v a n g e lh o . E le n ã o tin h a re lig iã o , q u e to d o s os e s p írito s h u m a n o s são
e m b o ra d issesse q u e su a m ã e e r a lite ra lm e n te “ filh o s e filh as g e r a ­
c ristã . N ã o fazia n e n h u m c o n c e ito d o s ” p o r ele. (D & C 76:24.)
d e D e u s, n e n h u m a id é ia se h a v ia E n e s te c o n c e ito q u e d e v e te r
tid o u m a e x is tê n c ia p r é - te r r e n a o u p e n s a d o , q u a n d o e s c re v e u : “ N u n c a
se c o n tin u a r ia a v iv e r a p ó s a m o rte . m e e s q u e c e r e i d e o n d e v im ” .
N ã o tin h a p r o p ó s ito alg u m n a v id a,
e x c e to tr a b a lh a r d u r a m e n te p a r a C o m resp eito à nossa estad a aqui
c o n s e g u ir u m “ ra z o á v e l p a d r ã o d e n a te r r a , le m b re i-lh e o fa to ó b v io d e
v id a ” . D ep o is d e d is c u tirm o s u m a s q u e , c o m o filh o s d e D e u s, h e r d a ­
p o u c a s v e rd a d e s f u n d a m e n ta is d o m o s a c a p a c id a d e d e a lc a n ç a r, n a
E v a n g e lh o , ele re s p o n d e u : — T ais p le n a m a tu r id a d e , a e s ta tu ra d e
c o n c e ito s c e r ta m e n te d a r ia m à g e n ­ n o sso s p a is c e le stia is, e x a ta m e n te
te u m o b je tiv o p e lo q u a l v iv er. c o m o h e rd a m o s d e n o sso s p ais m o r­
ta is a c a p a c id a d e d e a tin g ir s u a es­
S e m a n a s d e p o is, e n v ie i-lh e u m a ta tu r a m o rta l; e q u e d e s d e q u e
eu s a m a d o s irm ã o s, m e m ­ c a r ta c o m a lg u m a lite r a tu r a . D e u s p o ssu i u m c o rp o d e c a rn e e

M b ro s e n ã o -m e m b ro s, n e ste
1976? a n iv e rsá rio d e n o s­
so S e n h o r e S a lv a d o r Je su s
E m s u a re s p o s ta , e s c re v e u :
“ A in d a m e le m b ro d o s e n h o r, d e
o sso s, e r a n e c e s ss á rio e perfeita­
m e n te n a tu ra l, n ó s, su a g e r a ç ã o es­
p iritu a l, o b te rm o s ta is c o rp o s , a fim
C risto , e 1469 a n iv e rsá rio d a o r ­ q u e a p r e c ie i r e a lm e n te a c o n v e rs a d e p o d e r m o s s e r c o m o ele é ; q u e a
g a n iz a ç ã o d e su a Ig re ja , n a d isp e n - m a n tid a c o m o s e n h o r n o [a- v in d a à te r r a fo i o m e io p a r a o b te r ­
v iã o l . . . m o s esses c o rp o s . E x p liq u e i-lh e
sa ç ã o d a p le n itu d e d o s te m p o s , eu
vos s a ú d o c o m a m o r e a m iz a d e . “ T e n h o t r a b a l h a d o m u ito . . . m ais, q u e e s ta p r o v a ç ã o m o rta l n o s
sem ‘p r o p ó s ito ’ . . . O s e n h o r m e d á o p o r tu n id a d e d e , e n q u a n to a n ­
A o in ic ia r e s te c o m e n tá rio , te n h o
a b riu os o lh o s p a r a o v e r d a d e ir o d a rm o s p e la fé, n o s p ro v a rm o s d ig ­
em m e n te trê s p e rg u n ta s: D e o n d e
p r o p ó s ito d e se tr a b a lh a r to d o s os n o s d e p ro s s e g u ir p a r a a p e rfe iç ã o e
v ie m o s? P o r q u e a q u i e s ta m o s? E
dias e [da[ p r ó p r ia v id a . . . e x a lta ç ã o n a s e m e lh a n ç a d e n o sso s
p a r a o n d e ire m o s, d e p o is d e te rm i­
p a is c e le ste s .
n a d a e s ta p ro v a ç ã o ? T o d o se r h u ­ “ N e s s e ín te r im ,” d iz ia e le , “ n ã o
m a n o d e v e ria c o n h e c e r as re sp o sta s c o n sig o d e ix a r d e b e b e r e fu m a r a té E x p liq u e i o q u e A b ra ã o e s c re v e u
r e v e la d a s p a r a essas p e rg u n ta s , e a g o r a ” — ele le v a v a u m p a c o te d e a r e s p e ito d e s u a v isã o d o c o n s e lh o
g u ia r-se p o r elas. b e b id a s q u a n d o c o n v e rs a m o s e eu n o s c é u s, n o q u a l foi a p re s e n ta d o o
fi-lo le r a P a la v ra d e S a b e d o ria . A s­ p la n o d o E v a n g e lh o e p r o je ta d a a
M e ses a trá s , n u m a v iã o , se n te i-
sim , e le d izia: “ N ã o co n sig o d e ix a r c r ia ç ã o d e s ta te r r a . C o n s id e re m o s
m e a o la d o d e u m c a v a lh e iro d o
d e b e b e r a té a g o ra , p o r é m n u n c a a d e c la ra ç ã o d e A b ra ã o :
E xtrem o O rien te. D epois de tro ­
m e e s q u e c e r e i d e o n d e v im , p o r q u e
c a rm o s a lg u m a s a m a b ilid a d e s , ele, “ O ra , o S e n h o r h a v ia m o s tra d o a
re s p o n d e n d o a u m a in d a g a ç ã o m i­ e s to u a q u i e p a r a o n d e ire m o s, d e ­
m im , A b ra ã o , as in te lig ê n c ia s q u e
n h a, fa lo u -m e d e se u s n e g ó c io s. A p o is d e d e ix a rm o s e s ta p r o v a ç ã o .”
fo ra m o rg a n iz a d a s a n te s d e ex istir
seguir, quis saber dos m eus. Isto, n a­ Q u a n to a q u em som os, eu lhe ex­ o m undo .. .
AGOSTO DE 1976 73
Flagrante do Tabernáculo, com o Presidente Tanner no púlpito.

“ E h a v ia e n tre eles [os esp írito s] a te rra co m dois propósitos: p rim ei­ m o s n u m lu g a r b e m m e n o s a p ra z í­
um q u e e r a s e m e lh a n te a D e u s [a ro , o b te r um c o rp o físico d e c a r n e e v el. D e p e n d e d e nós.
s a b e r, Je su s C risto ], e d isse ao s q u e osso s n a s e m e lh a n ç a d e n o sso Pai
“ D e a c o r d o co m o a rb ítrio m o ­
se a c h a v a m c o m ele: D e s c e re m o s , C elestial; e segundo, p ara serm o s
r a l" q u e D eu s n o s d e u , te m o s lib e r­
p o is h á e s p a ç o lá, e to m a r e m o s d e s ­ p ro v a d o s - p a r a v e r se fa re m o s “ t o ­
d a d e d e a g ir c o n fo rm e e s c o lh e ­
te s m a te ria is e fa re m o s u m a te rr a d a s as co isa s q u e o S e n h o r ” n o s
m o s, e to d a p e s s o a s e rá “ r e s p o n s á ­
o n d e este s p o ssa m m o ra r; m a n d a r.
vel p o r seu s p ró p rio s . . . [atosl no
Isto e r a o q u e m e u a m ig o tin h a
d ia d o ju íz o ” . (D & C 101:78.)
“ E p ro v á -lo s-e m o s c o m isto , p a ra em m e n te , q u a n d o d isse: “ N u n c a
v e r se eles fa rã o to d a s as c o isa s q u e m e e s q u e c e r e i . . . p o r q u e e s ta m o s U m a n tig o p r o fe ta a m e ric a n o ex ­
o S e n h o r seu D e u s lh es m a n d a r; a q u i.” p re s s o u essa v e rd a d e n e s ta s b e la s
p a la v ra s:
“ E ao s q u e g u a rd a re m se u p r i­ N o ss a p r o v a ç ã o te r r e n a lo g ic a ­
m e iro e s ta d o lh es s e rá a c re s c id o ; e m e n te te rm in a r á co m a m o rte , p o is “ O s h o m e n s são livres . . . e to d a s
os q u e n ã o g u a rd a re m seu p rim e iro ela é a d iss o lu ç ã o d a a lm a — a s e p a ­ as co isa s q u e lh es sã o n e c e s sá ria s
e s ta d o , n ã o te r ã o g ló ria n o m e sm o ra ç ã o d o c o rp o e d o e s p írito . lh e s sã o d a d a s . . . e s tã o liv res p a ra
re in o c o m a q u e le s q u e g u a rd a re m E m c o n s e q ü ê n c ia d a v itó ria d e e s c o lh e r a lib e rd a d e e a v id a e te r ­
seu p rim e iro e s ta d o ; e os q u e g u a r­ C ris to so b re o s e p u lc ro , to d o s n ó s n a . . . o u p a r a e s c o lh e r o c a tiv e iro e
darem seu segundo estad o te rã o au ­ serem o s ressuscitados, o q u e é a re ­ a m o rte , d e a c o r d o co m o c a tiv e iro
m e n to d e g ló ria so b re su as c a b e ç a s d e n ç ã o d a alm a. e o p o d e r d o d e m ô n io ; p o is q u e ele
p a ra to d o o s e m p re .” (A b r. 3:22- p r o c u r a to r n a r to d o s os h o m e n s tã o
O tip o de co rp o q u e re c eb erem o s
26.) m ise rá v e is c o m o ele p r ó p rio .” (2
n a r e s s u rre iç ã o e p a r a o n d e irem o s
depois, d e p e n d e de nós. C o n fo rm e N éfi 2:27.)
T o d o s n ó s sa b e m o s, é ló g ic o , q u e
esse p ro g ra m a e n tã o a n u n c ia d o foi P a u lo e s c re v e u ao s c o rín tio s c o n ­ O u tr o p r o fe ta a m e ric a n o d e s c r e ­
p o s to em p r á tic a . O s e s p írito s q u e c e r n e n te à re ss u rre iç ã o : v e assim n o ssa s itu a ç ã o e n tre a
g u a rd a ra m se u p rim e iro e s ta d o — “ H á c o rp o s c e le ste s e c o r p o s te r ­ m o rte a re ss u rre iç ã o :
isto é, seu estado espiritual — são re s tre s ; m as u m a é a g ló ria d o s c e ­
F o i-m e d a d o s a b e r, p o r u m a n jo
a c re sc id o s, d e a c o r d o c o m o p r o ­ le ste s e o u tr a a d o s te rr e s tre s .
[é A lm a q u e m fala — ele n ão e stá
m e tid o , r e c e b e n d o um c o r p o m o r­ “ U m a é a glória d o sol, e o u tra a
c o n je tu r a n d o ; so u b e -o p o r um a n ­
ta l, q u a n d o n a s c e m a q u i n a te rr a glória d a lua, e o u tra a glória das es­
jo ], q u e os e s p írito s d e to d o s os h o ­
c o m o alm a s h u m a n a s. trelas; p o rq u e u m a estrela difere em
m e n s, lo g o q u e d e ix a m e ste c o rp o
g lória d o u tra estrela. “ A ssim ta m b ém
A p ro m e s s a é q u e , se g u a rd a re m m o rta l, sim , os e s p írito s d e to d o s os
a ressu rreição dos m o rto sl” (I C or.
seu s e g u n d o e s ta d o (isto é, o m o r­ h o m e n s , se ja m eles b o n s o u m a u s,
15:40-42.)
ta l) eles, “ T e r ã o a u m e n to d e g ló ria sã o le v a d o s p a r a a q u e le D e u s q u e
Se g u a rd a rm o s os m a n d a m e n to s
so b re su as c a b e ç a s p a ra to d o o se m ­ lh e s d e u v id a.
d e D e u s a q u i, r e to r n a r e m o s p a r a a
p re” .
su a p r e s e n ç a e co m ele h a b ita re m o s “ E d e v e r á s u c e d e r q u e os e s p íri­
A ssim , to rn o u -s e -lh e c la ro , c o m o n a v id a e g ló ria e te r n a . Se n ã o g u a r ­ to s d a q u e le s q u e sã o ju s to s sejam
é p a r a to d o s nós, q u e v ie m o s p a ra d a rm o s o s m a n d a m e n to s , h a b ita r e ­ re c e b id o s n u m e s ta d o d e fe lic id a d e ,
74 A LIAHONA
que é ch a m a d o paraíso, um estado e a u to rid a d e p a r a e n s in a r e ad m i- fa lo d e m im m e s m o .” (J o ã o 7:14-
d e d e s c a n so e p az o n d e te r ã o d e s ­ n istrá -lo s. 17.)
c a n so p a r a to d a s as su as a fliçõ es,
E n o d ia 6 d e a b ril d e 1830, h á N e n h u m a p e s so a te m , n em p o d e
c u id a d o s e d o re s.
e x a ta m e n te c e n to e tr in ta e seis te r ju s tific a tiv a p a r a r e je ita r esses
“ E s u c e d e rá q u e os e s p írito s p e r ­ a n o s, fo i r e s ta b e le c id a n a te r r a , e n s in a m e n to s e m a n d a m e n to s re v e ­
v erso s, sim , a q u e le s q u e são m au s, co m seis m e m b ro s, a v e r d a d e ir a la d o s p e lo S e n h o r, so b a le g a ç ã o de
n ão te rã o p a rte n o E sp írito d o S e­ ig re ja d e C risto , le v a n d o o se u n o ­ q u e n ã o sa b e q u e sã o v erdadeiros,
n h o r - pois eis q u e p r e fe rira m p r a ­ m e: “ A Ig re ja d e Je su s C r is to ” co m p o r q u e tu d o o q u e o S e n h o r faz ou
tic a r o m al e n ã o o b e m e, p o r c o n ­ o c o m p le m e n to “ d o s S a n to s d o s Ú l­ d iz e n c e r r a em si m e sm o a e v id ê n ­
se g u in te o e s p írito d o d e m ô n io e n ­ tim o s D ia s” — p a r a d is tin g u i-la d a c ia d e su a a u te n tic id a d e ; e to d a
tro u n eles e to m o u -o s p a r a si. E sses ig re ja p rim itiv a . H o je e la c o n ta co m p e s s o a é d iv in a m e n te d o ta d a co m
se rã o a tira d o s n a e s c u rid ã o e x te ­ m ais d e tr ê s m ilh õ es d e m e m b ro s e o s m e io s p a r a d e s c o b r ir essa ev i­
rio r; ali h a v e rá p r a n to , la m e n to s e a tu a lm e n te h á u n s v in te e tr ê s mil d ê n c ia e s a b e r p o r si m e sm a se e la é
ra n g e r d e d e n te s ; e isto em v irtu d e m issio n á rio s p re g a n d o a m e n sa g e m v e rd a d e ira .
d e su a p r ó p ria in iq ü id a d e , p o is to r- d a re s ta u r a ç ã o às n a ç õ e s d o m u n ­
“ O E sp írito d e Je su s C r is to ” , diz
n a ra m -s e c a tiv o s d a v o n ta d e d o d e ­ d o.
a re v e la ç ã o , “ d á lu z a to d o h o m e m
m ô n io .
A g o ra , m e u s irm ã o s e am ig o s, eu q u e v em a o m u n d o ; e o E sp írito
“ E este é o e s ta d o d a s a lm a s d o s sei e vos te s tific o q u e essas co isas a lu m ia a to d o o h o m e m n o m u n d o
in íq u o s, sim , n a e s c u rid ã o e n u m e s­ q u e r e c a p itu le i sã o v e rd a d e ira s . Sei q u e a te n d e à su a voz.
ta d o d e e s p a n to s a e te rrív e l e x p e c ­ que som os alm as h u m an as — co m ­
“ E to d o a q u e le q u e a te n d e à voz
ta tiv a d a a r d e n te in d ig n a ç ã o d a ira p o s ta s d e e s p írito s g e ra d o s p o r
d o E s p írito v em a D e u s, sim , o P a i.”
de D e u s s o b re e le s; E assim p e r m a ­ D e u s, re v e stid o s p o r c o rp o s d e c a r ­
(D & C 84:45-47.)
n e c e m n esse e s ta d o , c o m o os ju s to s n e, sa n g u e e ossos.
no p a ra íso , a té a h o ra d e su a re s s u r­ O P ro f e ta L éh i p r e s to u te s te m u ­
Sei n a tu ra lm e n te , c o m o to d o s
re iç ã o .” (A lm a 40:11-14.) n h o s e m e lh a n te , q u a n d o d isse a
v ós sa b e is, q u e h a v e m o s d e m o rre r;
se u filh o J a c ó : “ O s h o m e n s fo ram
N o J a rd im d o É d e n , D e u s d o to u q u e n o sso c o rp o r e to r n a r á à te r r a
e n s in a d o s [p ela vo z d o E sp írito ! su ­
A d ã o e to d a a su a p o s te rid a d e co m d e o n d e v eio ; q u e n o sso e s p írito
f ic ie n te m e n te p a r a d istin g u ir o b em
o livre a rb ítrio q u e j á g o za v am no v o lta r á p a r a o m u n d o e s p iritu a l;
d o m a l” (2 N éfi 2:5.) E o m e sm o fez
m u n d o e sp iritu a l. q u e em v irtu d e d a v itó ria d e C risto
M ó rm o n , e n s in a n d o a seu s irm ã o s
so b re a m o rte , to d o s n ó s se re m o s
D isse ele ain d a: “ E u, o S e n h o r q u e “ o E sp írito d e C risto é c o n c e d i­
ressuscitados e, co m o alm as im o r­
D eu s, p ro m e ti a A d ã o e à su a se­ d o a to d o s o s h o m e n s , p a r a q u e eles
ta is, e n f r e n ta re m o s o ju íz o d o g r a n ­
m e n te , q u e n ã o s o fre ria a m o rte p o ssa m c o n h e c e r o q u e é b o m e o
d e J e o v á ; e q u e ali n o s s e rá d e s ig n a ­
te m p o ra l a té q u e e u , o S e n h o r q u e é m a u .” (M o rô n i 7:16.)
d o o g ra u d e g ló ria se g u n d o as leis a
D eu s, m a n d a sse an jo s p a r a lh es d e ­
q u e o b e d e c e m o s , e n q u a n to n a m o r­ Q u e to d o s n ó s p o ssa m o s sa b e r
c la ra r o a r r e p e n d im e n to e a r e d e n ­
ta lid a d e . p e lo te s te m u n h o d o S a n to E sp írito
ç ã o , p e la fé n o n o m e d o m e u F ilh o
d e o n d e v ie m o s, p o r q u e e sta m o s
U n ig ê n ito .” (D & C 29:42.) Se n o s le m b ra rm o s d e q u e m so ­
a q u i e p a r a o n d e irem o s, d e p o is de
m os, p o r q u e e s ta m o s a q u i e p a r a
A c o m e ç a r p o r A d ã o e r e p e tin ­ d e ix a r e s ta v id a ; e q u e , v iv e n d o r e ­
o n d e ire m o s a p ó s e s ta p ro v a ç ã o , e
d o -se em to d a su b s e q ü e n te d isp e n - ta m e n te , te n h a m o s “ a u m e n to d e
v iv e rm o s n o ssa v id a s e g u n d o a luz
sa ç ã o d o E v a n g e lh o , o S e n h o r te m g ló ria so b re [nossas] c a b e ç a s p a ra
desse co n h e cim en to , h av em o s d e te r
revelado o E vangelho de Jesus C ris­ to d o o s e m p re ” , e u o ro h u m ild e ­
p a z n e s te m u n d o e v id a e te r n a no
to , o q u al c o n té m os p rin c íp io s e o r ­ m e n te em n o m e d e Je su s C risto .
d e n a n ç a s q u e c o n s titu e m o c a m i­ m u n d o v in d o u ro .
A m ém .
n h o , o ú n ic o c a m in h o p a r a a p a z e O m e io d e d e te r m in a r a v e r a c id a ­
fe lic id a d e n e s ta v id a, e p a r a a v id a d e o u fa lsid a d e d e sse s e n s in a m e n ­
e te r n a e e x a lta ç ã o no m u n d o v in ­ to s d iv in o s, é a p lic a r o te s te p r e s c ri­ Durante a oração
d o u ro . to p o r Je su s, c o n fo rm e o re g istro u
A ú ltim a e d e r r a d e ir a d isp e n sa - Jo ã o :
ç ã o foi in a u g u ra d a n a p rim a v e ra d e “ N o m e io d a fe sta , s u b iu Je su s ao
1820, q u a n d o D e u s, n o sso P ai E te r ­ te m p lo e e n s in a v a .
no co m se u F ilh o ressu rreto , Je su s
“ E o s ju d e u s m a ra v ilh a v a m -se ,
C risto , n o sso S a lv a d o r, a p a r e c e ra m
d iz e n d o : C o m o sa b e este le tra s n ão
em p e s so a a J o s e p h S m ith J r ., no
as te n d o a p re n d id o ?
b o sq u e sa g ra d o p e r to d e P a lm y ra ,
N o v a Y o rk . “ Je su s lh e s re s p o n d e u , e disse: A
m in h a d o u tr in a n ã o é m in h a , m as
N o s p o u c o s a n o s se g u in te s, fo ­
d a q u e le q u e m e en v io u .
ram re v e la d o s to d o s os p rin c íp io s e
o rd e n a n ç a s d o E v a n g e lh o d e Je su s “ Se a lg ú e m q u is e r fa z e r a v o n ta ­
C risto n e c e s sá rio s p a r a a sa lv a ç ã o e d e d e le p e la m e sm a d o u tr in a c o ­
e x a lta ç ã o d o h o m e m , c o m o p o d e r n h e c e r á se e la é d e D e u s, o u se eu
AGOSTO DE 1976
U m a porção de gente no m undo se
satisfaz em colher am oras. Ao olharm os
ao nosso redor e vermos a m aravilhosa
criação do Senhor e tudo o que ele pro­
duziu que está além do poder do ho­
mem, não podem os deixar de reconhe­
cer que a te rra está repleta de elem en­
tos celestiais.

O Valor das Isto, porém , não nos esclarece nada


sobre o que acontece após a m orte. E é
isso que conseguim os pelo estudo das
sagradas Escrituras.

Sagradas Escrituras A p re cio a d e c la ra ç ã o de P edro,


quando diz: “Tem os mui firme, a pala­
vra dos profetas, à qual bem fazeis em
estar atentos, com o a um a luz que alu-
É ld e r L e G r a n d R ic h a rd s , mia em lugar escuro, até que o dia es­
d o C o n s e lh o d o s D o ze clareça, e a estrela da alva apareça em
vossos corações.
“ Sabendo prim eiram ente isto: que
nenhum a profecia da Escritura é de
P elo estudo das Escrituras, poderemos conhecer tudo o que nosso Pai particular interpretação.
que está nos céus quer que saibam os sobre seu amor. “ Porque a profecia nunca foi p ro ­
falar — de onde viemos, por que esta­ duzida por vontade de homem algum,
mos aqui e para onde vamos? Sem co ­ mas os hom ens santos de D eus falaram
nhecim ento dessas coisas, seriamos inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pe­
com o um barco no oceano sem leme ou dro 1:19-21.)
vela ou qualquer outro meio de guiá-lo. As Escrituras são-nos dadas através
Poderíam os m anter-nos à tona, porem do Espírito Santo e não devem ser enten­
jam ais chegaríam os ao porto. didas só pelo inerm e raciocínio hum a­
G o sto das palav ras do S alvador, no, nem sujeitas à interpretação pes­
quando ele disse: “ Examinais as Escri­ soal. Então, se puderm os crer nas Escri­
turas, porque vós cuidais ter nelas a turas com o estão escritas, tem os muitas
vida eterna, e são elas que de mim testi­ verdades para apresentar ao m undo que
ficam .” (João 5:39.) H averá algo mais ninguém mais consegue entender.
valioso do que se buscar a vida eterna, o G osto das declarações do Livro de
conhecim ento de que, após a m orte, po­ M órm on. Em três lugares, é-nos dito
dem os viver com nosso entes queridos, que devem os estudar as profecias de
e na presença deles sermos exaltados Isaías, que todas elas seriam cum pridas,
com nosso Pai nos céus, e seus filhos que no dia de seu cum prim ento seria
santificados e redim idos? dado ao povo entende-las.
G osto da afirm ação de Cícero, dizen­ G osto de estudar as profecias de
do que estava mais interessado no longo Isaías, e na m inha opinião, ele com o
stou muito feliz, irmãos, pelo além -m undo do que no breve presente.

E
que viveu mais em nossos dias do que
privilégio de poder estar con­ G osto desse pensam ento. A cho que, se na sua própria época. Dor ter visto tan ­
vosco nesta grande conferen­ todos nós estivéssemos mais interessa­ tas coisas que aconteceriam nesta dis-
cia, ouvindo as instruções que nos vem dos no longo além -m undo, o m undo em pensação. Esta profecia, por exemplo,
sendo dadas pelos servos do Senhor. que vivemos hoje seria diferente. sem pre me atraiu. Q uando Babuom a
Sou grato ao Senhor pelo afeto e bon­ era a m aior cidade do mundo, Isaías,
G osto de com o o colocou Elizabeth
dade com que me recebeis, quando profetizou que ela seria destruída, que
B arret Browning, dizendo:
visito vossas várias estacas. se tornaria m orada de répteis e feras,
“ A terra está cheia de elem entos ce­ que ali nem mais os árabes arm ariam
Ao refletir sobre o que eu poderia di-
lestiais, e em to d a sarça com um arde a suas tendas. Depois diz que Babilônia
zer-vos nesta m anhã que fosse interes­
cham a de Deus. Mas apenas uns poucos nunca mais seria reedificada. (Vide
sante e inspirador, achei que gostaria de reconhecem que a sarça (e todas as coi­
falar um pouco sobre a im portância das Isaías 13.) Podeis imaginar algúem
sas na terra) são sagradas. São estes declarando hoje que uma de nossas gran­
sagradas Escrituras. poucos que tiram os sapatos em sinal de des cidades seria destruída, para nunca
N ão tivéssemos nós as sagradas Escri­ respeito pelas obras de Deus. Os restan­ mais se erguer? E no entando, até hoje
turas, o que saberíam os a respeito de tes vêem um a sarça com um, enxergan­ Babilônia não foi reconstruída.
nosso Pai Celeste e de seu am or tão do apenas que está carregada de amo-
grande que nos deu seu Filho Unigêni­ ras, as quais ficam com endo em lugar Agora eu gostaria de falar um pouco
to? O que saberíam os sobre seu Filho e de adorar a D eus.” (Transcrição em sobre o C apítulo vinte e nove de Isaias.
o grande sacrifício expiatório, o Evan­ prosa de um trecho do poem a “ A urora Segundo entendo esse capítulo, não exis­
gelho que ele nos deu, os padrões que Leigh” 7:820, d a poetisa inglesa Eliza­ tia no m undo ninguém capaz de en ten ­
devem reger nossa vida e os princípios beth Barrett Browning, 1806-1861, N. do der as profecias de Isaías na época em
dos quais o Irm ão Rom ney acabou de T.) que foi organizada esta Igreja, até o
76 A LIAHONA
aparecim ento do Livro de M órmon. vões que sacudiam to d a a terra, com o A m érica Central e do Sul, onde viviam
Através dele, obtivemos um entendi­ se fossem rachá-la ao meio. esses povos.
mento dessas Escrituras que ninguém
mais no mundo possui. “ E houve relâm pagos tão resplande­ E ntão Isaías continua, dizendo no
centes com o nunca vistos em to d a a capítulo vinte e nove: “Pelo que toda vi­
G ostaria de ler um pequeno trecho, a terra. são vos é com o as palavras dum livro se­
partir do principio do capítulo vinte e lado que se dá ao que sabe ler, dizendo:
nove: “ E a cidade de Z arahem la incendiou-
O ra lê isto; e ele dirá: N ão posso, por­
se.
“ Ai de Ariel, da cidade de Ariel, em que está selado.” (Isa. 29:11.)
que D avi a s se n to u seu a r r a ia l! ” “ E a cidade de M orôni submergiu nas
Conseguireis um cum prim ento disso
(Refere-se a Jerusalém, sob outro no­ profundezas do mar, que a tragou com
em qualquer outra parte deste mundo,
me.) “ A crescentai ano a ano, e suce- todos os seus habitantes.
com o quando M artin H arris levou có­
dam-se as festas.” (Em outras palavras, “ E a te rra cobriu a cidade de Moro-' pias dos hieroglifos das placas, das quais
nas gerações vindouras.) niah, de modo que, em lugar d a cidade, foi traduzido o Livro de M órm on, ao
“ Contudo, porei a Ariel em aperto, e apareceu um a grande m ontanha. P ro fesso r A n th o n em N ova Y ork?
haverá pranto e tristeza.” (Isa. 29:1-2.) Q uando o Professor A nthon deu um
“ E houve um a grande e terrível des­
certificado dizendo que a tradução esta­
truição no território sul.” (3 Néfi 8:5-
Era tudo o que tinha a dizer sobre a va correta, quis que M artin H arris lhe
1 1 .)
destruição de Jerusalém , mas recordai o trouxesse as placas para ele traduzir, ao
que Jesus disse aos doze: O Tem plo se­ Depois, continua descrevendo a des­ que este respondeu. “ Elas estão sela­
ria destruído, não restanto pedra sobre truição nesse território. N ão é de adm i­ das” . Então o professor repetiu literal­
pedra, e a terra arada com o um camp. rar que encontrem ruínas de cidades e m ente as palavras pronunciadas por
(Vide Lucas 21:5-6.) estradas pavim entadas ao escavarem as Isaías milhares de anos atrás: “N ão pos­
Isaías prossegue, predizendo a des­ profundezas da te rra nas regiões da so ler um livro selado.” Isto é o que
truição de outro grande centro, e diz:
“ E ela será para mim com o Ariel. (Isa. O Élder Eldred G. Smith, patriarca da Igreja.
29:2.) Em outras palavras, ele viu a des­
truição de outro grande centro com o a
de Jerusalém . N inguém neste mundo
poderia dizer qual era esse outro cen­
tro, até aparecer o Livro de M órm on.
Depois, Isaías continua com o que viu a
respeito desse outro grupo de povos.
Diz ele: “ Porque te cercarei com o meu
arraial e te sitiarei com baluartes, e le­
vantarei tranqueiras contra ti.”
“ Então serás abatida, falarás de de­
baixo da terra/A g o ra, quero que enten­
dais isto - quando se fala de debaixo da
terra, não é por se estar vivo; é por cau­
sa dos registros do que se falou/, e a tua
fala desde o pó sairá fraca, e será a tua
voz debaixo da terra, com o a de um fei­
ticeiro, e a tu a fala assobiará desde o
pó.” (Isa. 29:3-4.)
H averá alguma outra circunstância
no mundo que cum pra isso, com o o
aparecim ento do Livro de M órm on, das
placas das quais ele foi traduzido e que
contêm os registros dos primitivos habi­
tantes das A m éricas durante um perío­
do de milhares de anos? Depois, no
versículo 6, ele diz: “ Do Senhor dos
Exércitos serás visitada com trovões, e
com terrem otos, e grande ruído, com
tufão de vento, e tempestade, e labareda
de fogo consum idor.”
Basta ler 3 Néfi, para verdes quão li­
teralm ente foi cum prido. Vou citar um
trecho para mostrar:
“ E aconteceu que, no ano trigésimo
quarto . . . levantou-se um a torm enta
como nunca antes havia sido vista em
toda a terra.

“ E desabou tam bém um a grande e


terrível tem pestade, com terríveis tro ­
AGOSTO DE 1976 77
quero dizer, quando falo que, se as pro­
fecias, conform e indicou Pedro, não são
de interpretação particular, então nin­
guém mais no mundo pode interpretar
as profecias de Isaías do capítulo vinte e
nove.
Depois, ele continua no mesmo capí­
tulo, dizendo que a visão de tudo — isto
é, a visão de tudo o que viu a respeito
desse povo e sua destruição, e do apare­
cim ento de seus registros falando do pó
—teria um espírito familiar. Q uando eu
estava fazendo missão em Nova Bedford,
M assachusetts, dei um exem plar do Li­
vro de M órm on ao tesoureiro da Igreja
O Livro
Presbiteriana de lá. Q uando ele quase
term inara a leitura, eu disse: — Lendo
este livro, já lhe ocorreu que qualquer
de Mórmon
um poderia tê-lo escrito para enganar o
E ld e r J a m e s A . C u llim o re ,
povo?
A ssiste n te d o C o n s e lh o d o s D o ze
- Oh, Sr. Richards, - respondeu-m e,
— quando leio esse livro, sinto a mesma
elevação espiritual com o ao ler o Novo
Testam ento. Este registro antigo testifica de Jesus Cristo e seu plano de salvação.
N ão é isto que Isaías tinha em m ente Convidamos a humanidade inteira a que o leia.
ao dizer que teria um espírito familiar?
A seguir, continua no mesmo capítu­ “ E e s ta c o n d e n a ç ã o d e s c a n s a
lo, dizendo: “ E naquele dia os surdos s o b re os filh o s d e S ião , sim , s o b re
ouvirão as palavras do livro, (Que livro? to d o s.
O livro de M órm on) e dentre a escuri­
dão e dentre as trevas as verão os olhos “ E e le s p e r m a n e c e r ã o so b essa
dos cegos.” (Isa. 29:18.) c o n d e n a ç ã o a té q u e se a r r e p e n d a m
e se le m b re m d o n o v o c o n v ê n io ,
Em seu tem po, Isaías, não podia en­
m e sm o o L iv ro d e M ó rm o n e d o s
tender por sabedoria própria a técnica
m a n d a m e n to s a n te r io r e s q u e lh es
da escrita braille que possibilita aos ce­
gos lerem as palavras do livro. d e i, n ã o s o m e n te fa la n d o , m as a g in ­
d o d e a c o r d o c o m o q u e e s c re v i -
Depois, Isaías, diz no mesmo capítu­
lo: “ Pois que este povo se aproxim a de “ P a r a q u e p ro d u z a m fru to s d ig ­
mim e com a sua boca, e com os seus lá­ n o s d o re in o d e seu P ai; c a so c o n ­
bios me honra, mas o seu coração se tr á r io , e s tá p a r a se d e r r a m a r so b re
afasta para longe de mim e o seu tem or os filh o s d e S ião um ju lg a m e n to e
para comigo consiste só em m andam en­ p r a g a .” (D & C 84:54-58.)
tos de homens, em que foi instruído;
O L iv ro d e M ó rm o n n ã o é u m a
“ Eis que continuarei a fazer um a
o b r a c o m u m . E le foi tr a d u z id o d e
obra m aravilhosa no meio deste povo: e u s c a ro s irm ã o s, h o je eu
uma obra m aravilhosa e um assombro,
porque a sabedoria dos seus sábios pe­
recerá, e o entendim ento dos seus pru­
M g o s ta ria d e fa la r-v o s a r e s ­
p e ito d o L iv ro d e M ó rm o n .
M u ita s v ez es fic o p e n s a n d o se e s ta ­
p la c a s d e o u r o e n tre g u e s a J o s e p h
S m ith p o r u m a n jo d e D e u s , tr a d u ­
z id o p e lo d o m e p o d e r d e D e u s. O li­
dentes se esconderá.” (Isa. 29:13-14.) v e r C o w d e ry , q u e foi o e s c re v e n te ,
r e m o s d a n d o a e s te im p o r ta n te r e ­
d e c la ro u : “ E u e sc re v i, co m m in h a
Presto-vos meu solente testem unho g istro o v a lo r q u e d e v e ría m o s . N o s
como um em baixador do Senhor Jesus p r ó p ria c a n e ta , to d o o L iv ro d e
p rim ó rd io s d a Ig re ja , seu s m e m b ro s M ó rm o n (e x c e to u m a s p o u c a s p á g i­
Cristo, de que nós tem os essa obra m a­ a p a r e n te m e n te e n c a r a v a m o L iv ro
ravilhosa e um assombro. Ningúem n as), c o n fo rm e sa ía d o s lá b io s d o
d e M ó rm o n c o m p o u c a s e rie d a d e . P ro f e ta J o s e p h S m ith ao tra d u z i-
mais no mundo é capaz de interpretar
as profecias a que me referi, se as qui­ V eio assim a a d v e r te n c ia e c o n d e ­ lo . . . p o r m e io d o U rim e T u m im .”
sermos tom ar no sentido em que foram n a ç ã o d o S e n h o r q u e ta lv e z se ja tã o (Millennial Star 21 [18591:544.)
escritas. v á lid a h o je c o m o n a é p o c a .
E le c o n té m u m re la to d a v isita d e
Que Deus nos ajude a com partilhar­ “ E em te m p o s p a s s a d o s as v o ssas
C risto ao p o v o d e s te c o n tin e n te .
mos as maravilhosas verdades que rece­ m e n te s se e s c u r e c e r a m p o r c a u s a
C o r r o b o r a e c o m p le m e n ta a B íb lia.
bemos nesta dispensação, por meio da d a d e s c r e n ç a , p o r q u e tr a ta s te s co m
P ro v a a v e ra c id a d e d a B íb lia. O
restauração do Evangelho e dé nosso le v ia n d a d e as co isas q u e r e c e b e s te s
conhecim ento das sagradas Escrituras, te m a c e n tr a l d o L iv ro d e M ó rm o n é
eu oro, deixando-vos meu am or e bên­ Je su s C risto e su a m issão . D e stin a -
ção, em nom e do Senhor Jesus Cristo. “ V a id a d e e d e s c r e n ç a essas q u e se a c o n v e n c e r os g e n tio s e ju d e u s
Amém. le v a ra m a ig re ja to d a à c o n d e n a ç ã o . d e q u e Je s u s é o C risto .
78 A LIAHONA
O L iv ro d e M ó rm o n é um livro O s c rític o s d a Ig re ja h o je em d ia d e G ra n d e V alo r e em o u tra s p a rte s
p ro fé tic o . S eu a p a r e c im e n to c u m ­ ra r a m e n te ta c h a m o L iv ro d e M ó r­ sã o le g ítim as e d o S e n h o r. N o ssa
p re n u m e ro sa s p ro fe c ia s b íb lica s. m o n d e fra u d u le n to . E le se p ro v o u m e n sa g e m p a r a o m u n d o é q u e
a si m e sm o . D e u s vive, q u e Je su s é o C risto , q u e
F o i d a d o ao m u n d o c o m a ad-
m o e sta ç ã o de q u e o h o m e m c o m ­ R o b e rt B. D o w n s e s c re v e u u m li­ D e u s se re v e lo u ao h o m e m n e s ta
p ro v asse su a a u te n tic id a d e , le n d o -o vro in titu la d o Books That Changed d isp en sação e restau ro u o seu E van­
e p e rg u n ta n d o a D e u s se é v e r d a ­ America. E le in c lu i o L iv ro d e M ó r ­ g e lh o c o m to d a s as c h a v e s e p o d e ­
d e iro . A n te s d e c o n c lu ir os an a is m o n e n tre os v in te e c in c o livros res. N a d a e d ific a rá co m m ais c e r te ­
d os n efitas, M o rô n i, ú ltim o p ro fe ta d esse tip o . E m seu c o m e n tá rio , diz z a a fé e te s te m u n h o s d o s m e m b ro s
s o b re v iv e n te d esse p o v o , e s c re v e u ele: “ D u ra n te to d a a h istó ria d o e to c a r á o c o r a ç ã o d o s q u e b u sc a m
d irig in d o -se à q u e le s q u e v iria m a m o rm o n ism o , a m ais p o d e r o s a e s in c e ra m e n te a v e rd a d e d o q u e este
ler o livro nos ú ltim o s dias: efic a z a rm a d a Ig re ja te m sid o o L i­ g ra n d e livro.
v ro d e M ó r m o n .” ( R o b e r t B. E x iste u m p o d e r to d o e sp e c ia l no
“ E q u a n d o re c e b e r d e s e s ta s c o i­
D o w n s, Books That Changed Ameri­ L iv ro d e M ó rm o n . E le p r e s ta um
sas, eu vos e x o rto a p e r g u n ta rd e s a
D e u s, o P ai E te rn o , em n o m e de
ca N o v a Y o rk : M a c M illa n C o ., fo rte , sile n c io so te s te m u n h o d e su a
Í9 7 0 , p. 35.) v e ra c id a d e , q u a n d o o lem o s.
C risto , se esta s co isas n ã o são v e r­
d a d e ira s ; e, se p e r g u n ta rd e s co m Ele é um livro poderoso! P arley P. P ra tt d e c la ro u : “ E n ­
um c o r a ç ã o sin c e ro e co m re a l in ­ M u ita g e n te o leu . E le os fez q u a n to e u o lia [o L iv ro d e M ó r ­
te n ç ã o , te n d o fé em C risto , ele vos a b a n d o n a r su as ig rejas em q u e m o n ], so b re v e io -m e o E sp írito d o
m a n ife sta rá su a v e rd a d e disso p elo e ra m m e m b ro s ativ o s. F ê -lo s d e ix a r S e n h o r e ilu m in o u m in h a m e n te ,
p o d e r d o E sp írito S a n to .” (M o rô n i p ai, m ã e e fa m ilia re s. S u a fé n o li­ c o n v e n c e u m e u ju íz o e in stilo u a
10:4.) v ro e n as v e rd a d e s q u e e n s in a e ra v e rd a d e em m e u e n te n d im e n to , de
tã o fo rte , q u e c o n tin u a v a m c re n d o , m a n e ira q u e eu so u b e se r o livro
Que poderoso desafio!
m e sm o q u a n d o a m e a ç a d o s d e se­ v e rd a d e iro , e x a ta m e n te c o m o um
O Irm ã o W illiam E. B e rr e tt c o n ta
rem d e s e rd a d o s , c a so se filiassem à h o m e m sa b e d is tin g u ir a luz d o d ia
um ca so in te re s s a n te o c o r r id o em
Ig re ja . E les d e s istira m d e su as o c u ­ d a n o ite e s c u r a .” (Journal of Dis­
N o v a Y o rk , em 1938, n o C lu b e d o
p a ç õ e s , d e su a p á tria . M u ito s g a s ta ­ courses 5:194.)
L iv ro d e s ta c id a d e . O o r a d o r e ra o
ram tu d o o q u e tin h a m p a r a c o m ­
ilu stre H e n ry A. W a lla c e , e n tã o S e­ Disse Brigham Young ao ler o li­
p r a r u m a p a ssa g e m d e n av io e d e ­
c r e tá rio d a A g ric u ltu ra . S eu te m a: vro: “ Eu sabia ser ele verdadeiro tão
pois a tra v e s s a ra m as p la n íc ie s a pé
“ O s B ons L ivros d o S écu lo D e z e ­ certo quanto sabia que podia enxer­
a té o V ale d o L ag o S a lg a d o , v iv e n ­
n o v e ” . N o d e c o r r e r d a p a le s tra , d is­ gar com meus olhos ou sentir pelo
d o em c o n d iç õ e s d ific ílim a s.
se ele: “ o m a io r liv ro p u b lic a d o no tato de meus dedos.” (JD 3:91.)
sé cu lo X IX n o c a m p o relig io so foi o O P ro f e ta J o s e p h re g istra em seu N a s m ã ó s d e n ã o -m e m b ro s, ele
L ivro de M ó rm o n . E m b o ra h a ja
d iá rio : “ In fo rm e i ao s irm ã o s q u e o tr a b a lh a e n q u a n to d o rm e m . P e rm iti
sido lido p o r m e n o s de um p o r c e n ­ L ivro d e M ó rm o n e ra o m ais c o r r e ­ q u e v o s c o n te d u a s e x p e riê n c ia s a
to dos a m e ric a n o s , a fe to u d e tal to de to d o s os liv ro s e x is te n te s n a esse re s p e ito .
m a n e ira esse um p o r c e n to , q u e te r r a , a p e d r a a n g u la r d a n o ssa re li­
m u d o u a h is tó ria d o p a ís” . g iã o , e q u e o h o m e m c h e g a ria m ais A p rim e ira é s o b re Ja m e s M o n -
p e r to de D e u s s e g u in d o se u s p r e c e i­ ro e H a stin g s e s u a e s p o sa E d d ie . O
D iz a in d a o Irm ã o B e rre tt: ” É
um livro q u e p ro v o c o u um tu r b i­ to s, d o q u e p e lo s d e q u a lq u e r o u tr o Sr. H a s tin g s e r a m in istro b a tis ta no
lhão de protestos. F ez o que o P ro ­ liv ro .” (Historv of The Church of N o v o M é x ic o d u r a n te os p rim e iro s
feta Jo se p h disse q u e fa ria . D ividiu Jesus Christ of Latter-dav Saints, a n o s d e d e p re s s ã o d a d é c a d a d e
os h o m e n s em d o is c a m p o s — os q u e 4:461.) trin ta . A o té rm in o d e u m a d e suas
são a fav o r d e le e a q u e le s q u e são r e u n iõ e s d e re a v iv a m e n to relig io so ,
C re m o s q u e a B íb lia é a p a la v ra alg u ém lh e d e u um L iv ro d e M ó r­
c o n tra ele. C o n tra ele fo ra m e s c ri­
de D e u s, m a s te n h o p e r g u n ta d o m o n q u e ele le v o u p a r a c a s a e g u a r­
to s [p o ssiv e lm e n te! m ais livros d o
q u e c o n tra q u a lq u e r o u tr o j á p u b li­ m u ita s v ezes a m is sio n á rio s o q u e d o u n a e s ta n te . P a ssa d o s u n s c in c o
c a d o n a A m é ric a . . . N a s e s ta n te s eles fa ria m sem o L iv ro d e M ó rm o n an o s, p e g o u -o p a ra ler. D e p o is de
d a b ib lio te c a d o E s c ritó rio C e n tra l e a r e v e la ç ã o m o d e rn a . Só c o m a lê -lo d e p o n ta a p o n ta , te stific o u à
d a Ig re ja e x iste m m ais d e mil e q u i­ B íblia, q u a l s e ria a su a a b o rd a g e m ? su a fa m ília q u e e ra v e rd a d e iro . N o
n h e n to s livros [a n ti-m ó rm o n s] q u e , O P ro fe ta J o s e p h S m ith d e u a re s­ fim d a s e m a n a se g u in te , ele foi a
em p a rte d e su as p á g in a s, a ta c a m posta: “T ira n d o o L ivro d e M ó rm o n S p rin g v ille , A riz o n a , em b u s c a de
o L ivro de M ó rm o n . M il e q u in h e n ­ e as re v e la ç õ e s , q u e é d e n o ssa re li­ um m e m b ro d a Ig re ja q u e lhe p u ­
to s v o lu m e s e s c rito s p o r mil e q u i­ g ião ? N ã o te m o s n e n h u m a .” (HC d esse e n s in a r m ais. P assa ra m -se
2:52.) a p e n a s p o u c a s se m a n a s a té q u e a
n h e n to s a u to re s d ife re n te s. D esses
fam ília in te ir a se b a tiz a sse .
mil e q u in h e n to s , p ro v a v e lm e n te Se o L iv ro d e M ó rm o n n ã o 'e v e r ­
a p e n a s d o is a lc a n ç a ra m u m a se g u n ­ d ad e iro , e n tã o Jo se p h S m ith n ão foi O I rm ã o H a stin g s e su a fam ília
d a e d iç ã o . . .” (W illiam B e rre tt, um p r o fe ta d e D e u s. E u vos te s tifi­ a p a r e c e r a m em n o s s o p e q u e n o
“ W h a t Is th e B o o k o f M o rm o n ? ” co q u e o L iv ro d e M ó rm o n é v e r d a ­ ra m o d a C id a d e d e O k la h o m a , em
em Know Your Religion Series 1953- d e iro e q u e as re v e la ç õ e s c o n tid a s m e a d o s d e 1939. H av ia m -se m u d a ­
54 21 o u t. 1953, p p . 1-2.) n o D o u tr in a e C o n v ê n io s , n a P é ro la d o p a r a lá, a fim d e p r o c u r a r c o n ­

AGOSTO DE 1976 79
v e r te r a fam ília d o irm ã o q u e ali r e ­ 5:10.) O L iv ro d e M ó rm o n e as r e ­ p o ssa is m e te r v o ssas m ã o s n o m e u
sidia. D e p o is de tra z ê -lo s p a r a a v e la ç õ e s m o d e rn a s p a r a a Ig re ja la d o e ta m b é m to c a r as m a rc a s q u e
Ig re ja, m u d a ra m -se p a r a o n d e m o ­ v ie ra m a tra v é s d e J o s e p h S m ith . E le os c ra v o s fiz e ra m em m e u s p é s e
ra v a m o u tro s p a re n te s , p a r a assim te s tific a d e C risto . E u m a n o v a te s ­ m in h a s m ã o s, a fim d e q u e p o ssa is
p o d e r en sin á-lo s. te m u n h a de C risto. E scu tai as p ala­ s a b e r q u e e u so u o D e u s d e Isra e l e
v ra s d e N éfi: o D e u s d e to d a a te r r a , e q u e fui
A o u tr a e x p e riê n c ia fo i-m e c o n ­
m o rto p e lo s p e c a d o s d o m u n d o . . .
ta d a p o r um b o m am ig o . E le p r e ­ “ A s p a la v ra s q u e e sc re v i em f ra ­
s e n te o u u m d e se u s c o le g a s c o m um q u e z a se rã o to r n a d a s f o rte s p a r a “ E a m u ltid ã o v iu , o u v iu e d e u
L iv ro d e M ó rm o n . P o u c o d e p o s e le s ;p a r a q u e os p e rs u a d a m a fa z e r te s te m u n h o ; e . . . to d o s v ira m e o u ­
este saiu d a c o m p a n h ia e ele s se o b e m . . . e lh es fale m d e Je su s, v iram , c a d a q u a l p o r si m e sm o . . .”
p e r d e ra m d e v ista p o r v á rio s an o s. p e rs u a d in d o -o s a a c r e d ita r n ele e a (3 N éfi 11:14; 17:25.)
Q u a n d o v o lto u a v ê-lo , o c o le g a d is­ p e rs e v e ra re m a té o fim , q u e é a v id a
O L iv ro d e M ó rm o n te s tific a d e
se: — P o ssiv e lm e n te v o c ê g o s ta ria e te rn a .
J o s e p h S m ith . O P ro fe ta L éh i em
d e s a b e r q u e fim le v o u o se u L iv ro
“ E fa le m a s p e ra m e n te c o n tr a o su a s p a la v ra s a Jo s é , seu filh o m ais
d e M ó rm o n , n ã o é? E u n ã o o li, m a s n o v o , re fe riu -s e ao c o n v ê n io fe ito
p e c a d o , s e g u n d o a c la re z a d a v e r ­
m u ito s d e m in h a fa m ília o le ra m , e p o r D e u s co m seu a n te p a s s a d o , o
d a d e ; p o r ta n to , n e n h u m h o m e m se
a tu a lm e n te d e z e n o v e d e m e u s fa m i­ g ra n d e Jo s é q u e foi v e n d id o no E g i­
z a n g a rá co m as p a la v ra s q u e e s c r e ­
lia res e s tã o n a su a ig re ja c o m o r e ­ to . E ste v id e n te e x tra o rd in á rio , J o ­
vi, a n ã o se r q u e te n h a o e s p írito d o
su lta d o disso. E u le v ei o liv ro p a r a sé d o E g ito , re c e b e u d o S e n h o r a
d ia b o .
c a s a e o c o lo q u e i n a e s ta n te . U m a
p ro m e s s a d e q u e , d o fru to d e seu s
n o ite , e n q u a n to c u id a v a d a s c r ia n ­ “ . . . Se a c r e d ita r d e s em C risto ,
lo m b o s , se ria le v a n ta d o u m ra m o
ças p a r a n ós, m a m ã e viu o livro e a c r e d ita r e is n e s ta s p a la v ra s, p o r q u e
ju s to , e ta m b é m q u e o M e ssia s se
c o m e ç o u a lê-lo. Q u a n d o c h e g a m o s sã o as p a la v ra s d e C ris to ; ele m as
m a n ife s ta ria a seu s d e s c e n d e n te s
em c a sa , in te rro g o u -n o s a re s p e ito d e u e elas e n s in a m q u e to d o s os h o ­
n o s ú ltim o s d ias. O S e n h o r h a v e ria
d e le , e disse: “ E ste liv ro é v e r d a d e i­ m e n s d e v e m fa z e r o b e m .” (2 N éfi
d e le v a n ta r um v id e n te e s c o lh id o ,
r o .” Isto foi o in ício d e u m a sé rie d e 33:4-5,10.)
igual a M o isés, p a r a os se u s r e m a ­
a c o n te c im e n to s q u e p r o v o c a ra m
O s n e fita s fo ra m te s te m u n h a s n e s c e n te s:
to d o s esses b atism o s.
p e s s o a is d o S e n h o r r e s s u r r e to .
“ P o rq u e Jo s é em v e rd a d e te stifi­
O S e n h o r d isse a J o s e p h S m ith: Q u a n d o os v isito u , m a n d o u q u e vis­
c o u d iz e n d o : O S e n h o r m e u D e u s
“ E sta g e r a ç ã o r e c e b e r á a m in h a p a ­ sem p o r si m e sm o s, d iz e n d o : “ L e-
le v a n ta rá u m v id e n te , q u e s e rá um
la v ra p o r te u in te r m é d io .” (D & C vantai-vos e vinde a m im , p a ra qu e
v id e n te e s c o lh id o p a ra os fru to s d o s
Flagrante da sessão do Sacerdócio de sábado à noite. m e u s lo m b o s.
“ E fá-lo -ei g ra n d e a m e u s o lh o s,
p o is fa r á o m e u tra b a lh o ,
“ E e le s e rá g ra n d e c o m o M o i­
sés . . .
“ E se u n o m e s e rá igual a o m e u , e
s e rá ta m b é m c h a m a d o p e lo n o m e
d e se u p ai. E ele s e rá s e m e lh a n te a
m im ; p o r q u e a q u ilo q u e o S e n h o r
fizer a tra v é s d e su a m ã o , p e lo p o d e r
d o S e n h o r, g u ia rá m e u p o v o à sa l­
v a ç ã o .” (2 N éfi 3:6, 8-9,15.)
J o s e p h S m ith , o p ro fe ta d o s ú lti­
m o s d ias, c u m p riu essa p ro fe c ia .
O L iv ro d e M ó rm o n é r e a lm e n te
u m a te s te m u n h a d e Je s u s C risto e
d e seu p la n o d e sa lv a ç ã o p a r a a h u ­
m a n id a d e . E u m a te s te m u n h a d e
q u e Je s u s C risto , a tra v é s d e J o s e p h
S m ith , v o lto u a e s ta b e le c e r a su a
o b r a e m n o sso s d ias. C o n v id a m o s
to d a a h u m a n id a d e a q u e o le ia e
d e s c u b r a p o r si m e sm a s u a p o d e r o ­
sa m e n sa g e m .
D eix o -v o s m e u te s te m u n h o d a
v e ra c id a d e d o E v a n g e lh o e d o L i­
v ro d e M ó rm o n , em n o m e d e Je su s
C risto . A m é m .
A LIAHONA
u m c o r a ç ã o s in c e ro e co m re a l in ­
te n ç ã o , te n d o fé em C risto , ele vos
m a n ife s ta rá su a v e rd a d e disso p elo
p o d e r d o E sp írito S an to .
“ E p e lo p o d e r d o E sp írito S a n to

A Questão do p o d e is s a b e r a v e rd a d e d e to d a s as
co isas,
“ E p e lo p o d e r d o E sp írito S a n to

Testemunho Pessoal d ev e is s a b e r q u e ele ex iste ; p o r ta n ­


to , eu v o s e x o rto a q u e n ã o n eg u e is
o p o d e r d e D e u s; p o r q u e e le o b ra
É ld e r J o s e p h A n d e rs o n c o m p o d e r, d e a c o rd o co m a fé d o s
A s siste n te d o C o n s e lh o d o s D o ze filhos d o s h o m e n s, o m e sm o fa z e n ­
d o h o je , a m a n h ã e s e m p re .” (M o rô .
10:4-5, 7.)
L e m b ro -m e d e h a v e r lid o h á al­
g u n s a n o s q u e u m e m in e n te p re la d o
d e u m a d as ig rejas cristã s d a C id a d e
d o L ag o S alg a d o , a g o ra j á fa le c id o ,
O testemunho da verdade é nosso principal arrimo ao proclamarmos a e x te rn o u su a a d m ira ç ã o e re sp e ito
mensagem do Evangelho. p e lo s m e m b ro s d a I g r e ja .d e Je su s
C risto d o s S a n to s d o s Ú ltim o s D ias
seu s a p ó s to lo s e s tiv e ra m n a te r r a e seu s p a d rõ e s d e c o n d u ta , m as d is­
n o m e rid ia n o d o s te m p o s. se n ã o a p o ia r seu c o s tu m e d e p re s ­
ta r te s te m u n h o .
A s pessas q u e se v alem u n ic am e n te
d a razão p a ra ch e g ar a conclusões, N ã o o b s ta n te os m u ito s e g ra n d e s
en c o n tram dificuldade em a c e ita r co ­ m ilag res q u e os d isc íp u lo s d o S e­
m o v erd ad eiras as coisas q u e n ão p o ­ n h o r v ira m -n o faz er, h o u v e m o ­
dem ser co m p ro v ad as pelos cinco m e n to s em q u e p a re c ia m u m p o u c o
sentidos. P aulo talvez ten h a-se referi­ d u v id o so s q u a n to a o se u S e n h o r e
d o a isso, q u a n d o disse: “ P o ,q u e, qual M e s tre , se d e fa to e ra o C risto d o
dos ho m en s sabe as coisas dos h o ­ q u al h av iam fa la d o os p ro fe ta s.
m ens, sen ão o E spírito d o h o m em , C e rta o c a siã o , c o n tu d o , d izem as
que nele está, assim ta m b ém ninguém E s c ritu ra s q u e “ c h e g a n d o Je su s às
sabe as coisas d e D eu s, sen ão o Espí­ p a rte s d e C e s a ré ia d e F ilip o , in te r ­
rito de D eu s.” (1 C or. 2:11.) ro g o u os seu s d isc íp u lo s, d izen d o :
C om o diz o po eta inglês, Jo h n D rydcn:
Q u e m d izem o s h o m e n s se r o F ilh o
do hom em ?
Pálido como o brilho fug a z da lua e das estrelas
m a d as p e c u lia rid a d e s d o s

U
Para o solitário, exausto viajor errante,
A Razão é para a Alm a; e, como no alto “ E eles d isseram : U ns J o ã o B a tis­
m e m b ro s d a Ig re ja d e Je su s
Esses luzeiros transitórios só mostram o firm a­ ta , o u tro s E lias, e o u tro s Je re m ia s
C risto d o s S a n to s d o s Ú lti­ mento o u um d o s p ro fe ta s .
m os D ia s é a q u e s tã o d o te s te m u ­ S em nos alumiar, a frouxa luz da razão
n h o p e sso a l. E b a s ta n te c o m u m q u e Não basta para deslindar o caminho duvidoso, “ D isse -lh es ele: E vós, q u e m di-
Mas apenas para vislumbrar um dia melhor.
os m e m b ro s fiéis d a Ig re ja p re s te m E como aqueles círios noturnos desaparecem zeis q u e eu sou?
te s te m u n h o d e su a fé e d o c o n h e ­ Quando surge no horizonte o sol radiante,
Em presença da Religião, a Razão empalidece E ra u m a p e r g u n ta in cisiv a, q u e
c im e n to d a a u t e n ti c id a d e d e s ta Derrotada, dissipada por sua luz sobrenatural. p u n h a à p ro v a a fé q u e eles p o s ­
o b r a se m p re e o n d e h o u v e r o p o r ­
su íam .
tu n id a d e . É d e se já v e l e e s p e ra d o ( ( “ R e lig io L a ic i” , T h e P o e tic a l
q u e a n te s d e u m a p e s so a filiar-se W o rk s o f D ry d e n , Cambridge: The “ E S im ão P e d ro , re s p o n d e n d o ,
à Ig re ja , e la te n h a c e r te z a p e sso a l Riverside Press, 1950, p. 162.) ( T r a ­ d isse: T u és o C risto , o F ilh o d e
d a v e ra c id a d e d as d o u trin a s q u e e n ­ d u ç ã o liv re e a p ro x im a d a . N . d o T .) D e u s v iv o .”
sin a m o s, d e q u e o E v a n g e lh o q u e
p ro c la m a m o s é o p la n o r e s ta u ra d o M o rô n i, d e s p e d in d o -se d o s la m a ­ “ E Je su s, r e s p o n d e n d o , disse-lhe:
n ita s, d e ix o u e s te te s te m u n h o c o n ­ B e m -a v e n tu ra d o és tu , S im ão B ar-
d e v id a e sa lv a ç ã o , d e q u e n ã o se
tr a ta de u m a n o v a re lig iã o , m as fo rm e re g is tra d o n o L iv ro d e M ó r ­ jo n a s , p o rq u e to n ã o re v e lo u a c a r ­
m on: n e e o sa n g u e, m as m e u P ai, q u e es­
d o e te r n o E v a n g e lh o , ch a v es, p rin ­
cípios e d o u trin a s re stitu íd a s ao tá n o s c é u s .” (M a t. 16:13-17.)
“ E , q u a n d o r e c e b e r d e s e s ta s c o i­
h o m e m n a te r r a p o r m e n sa g e iro s sas, eu vos e x o rto a p e r g u n ta rd e s a E ste te s te m u n h o q u e P e d ro r e c e ­
cele stia is q u e p o ssu íra m ta is c h a ­ D eu s, o P ai E te rn o , em n o m e d e b e u c o m o re v e la ç ã o d o P ai c h e g o u -
ves e a u to rid a d e em d isp e n sa ç õ e s C risto , se es ta s co isas n ã o são v e r­ n o s a tra v é s d e to d o s esses an o s, e é
a n te rio re s e q u a n d o o S e n h o r e d a d e ira s ; e, se p e rg u n ta rd e s co m u m a in d ic a ç ã o d e co m o p o d e m o s
AGOSTO DE 1976
s a b e r q u e Je su s é o C risto . D a to d o m e m b ro p o d e te r esse te s te ­ em 1830, m ilh õ e s d e s a n to s d o s ú l­
m esm a fo rm a p o d em o s sab er e p res­ m u n h o , d e s d e q u e o b u s q u e p e lo tim o s d ia s s e n tira m em se u c o r a ç ã o
ta r te s te m u n h o d a v e ra c id a d e d o e s tu d o e sin c e ra o r a ç ã o , e g u a r d a r e a lm a, p e lo d o m e p o d e r d o E sp íri­
E v a n g e lh o R e s ta u r a d o , d e q u e os m a n d a m e n to s d o S e n h o r. E sse to S a n to , o te s te m u n h o d e q u e J e ­
a q u e le m e sm o Je su s vive h o je e é te s te m u n h o se to r n a r á u m c o n h e c i­ sus é o C ris to ; d e q u e e le v iv e; d e
nosso S a lv a d o r e R e d e n to r. D e u s o m e n to d a v e ra c id a d e d e s ta o b ra . q u e é o P rim o g ê n ito d o P ai em e s p í­
p o d e re v e la r ao h o m e m p o r in te r ­ U m a v id a r e ta e s e rv iç o a b n e g a d o rito e o U n ig ê n ito d o P ai n a c a r n e ;
m édio d o dom e p o d e r d o E spírito fá -lo -ã o fo rta le c e r-s e d ia a d ia, q u e é n o sso R e d e n to r e S a lv a d o r;
S a n to , p o is é p o r m eio d e le q u e p o ­ tra n s f o r m a n d o - o n u m c o n h e c im e n ­ q u e é o A u to r d o e te r n o p la n o d e
d e m o s s a b e r to d a s as co isas q u e nos to q u e n a d a a lé m d e d e s c u id o ou v id a e s a lv a ç ã o ; q u e é n o sso Irm ã o
co n v ê m sa b e r. A fo n te d e sse te s te ­ p ecad o p o d em e n fra q u e ce r ou d es­ M a io r; q u e , em re s p o s ta à h u m ild e
m u n h o é a r o c h a d a re v e la ç ã o so b re tru ir. o r a ç ã o d e J o s e p h S m ith ( e n tã o um
a q u al e s tá e d ific a d a a Ig re ja de D av i O . M c K a y , u m d o s p a s sa d o s g aro to d e q u ato rz e anos), nosso Pai
C risto , c o n tr a a q u al as p o rta s d o p re s id e n te s d a Ig re ja , d isse c o m re s ­ C e le stia l e seu F ilh o J e s u s C risto ,
in fe rn o n ão h ã o d e p re v a le c e r. p e ito a e s te a s su n to : “ O te s te m u n h o se re s c e le stia is g lo rific a d o s d e c a r ­
C o n fo rm e e x p lic a o S a lv a d o r, a c a r ­ d o E v a n g e lh o d e J e s u s C risto é o ne e o sso s, a p a re c e ra m -lh e n o b o s ­
ne e o sa n g u e n ã o re v e la m essas m ais sa g ra d o e m ais p re c io s o d o m q u e p e r to d e P a lm y ra , N o v a Y o rk ,
c o isas; elas só p o d e m se r c o n h e c i­ d e n o ssa v id a , o b tid o u n ic a m e n te em 1820; q u e o re la to d e Jo se p h
d as p o r re v e la ç ã o v in d a d e n o sso p e la a d e s ã o ao s p rin c íp io s d o E v a n ­ d e s sa e x p e riê n c ia é v e rd a d e iro . E s­
Pai n os céu s. g e lh o , n ã o se g u in d o os c a m in h o s d o sas p e s so a s tê m te s tific a d o q u e o
m u n d o . C e d e n d o às s e d u ç õ e s d o E sp írito S a n to lh e s m a n ife s to u se r
N o sso te s te m u n h o d a v e ra c id a d e
m u n d o , p o d e is c o n s e g u ir p ra z e re s J o s e p h S m ith u m p r o fe ta d o D e u s
d e ssa o b ra é ú n ic o , e ta lv e z n o sso
m o m e n tâ n e o s . v iv o , e s c o lh id o a n te s d e s e re m la n ­
p rin c ip a l a rrim o ao p r o c la m a rm o s a
ç a d o s os fu n d a m e n to s d a te rr a
m e n sag e m d o E v a n g e lh o ao m u n ­ “ P o d e is ta lv e z c o n s e g u ir p ra z e re s p a r a se r u m in s tru m e n to n a s m ão s
d o . E sse te s te m u n h o te m q u e ser tra n s itó rio s , sim ; m as n ã o a c h a re is d o S e n h o r, p r e p a ra n d o o c a m in h o
firm e e sincero. D eve estar alice rç a­ a le g ria — n ã o e n c o n tr a r e is f e lic id a ­ p a r a a r e s ta u r a ç ã o d o E v a n g e lh o de
do n a ro c h a d a revelação. D ev e ser d e. A fe lic id a d e só se e n c o n tr a se ­ J e su s C ris to n e s ta d is p e n s a ç ã o d a
c a p a z d e re sistir ao s v e n to s d a c r íti­ g u in d o a q u e le b a tid o c a m in h o es­ p le n itu d e d o s te m p o s. A in d a m ais,
ca e ao s v e n d a v a is d a p e rs e g u iç ã o tr e ito e a p e r ta d o q u e c o n d u z à v id a q u e os q u e s u c e d e ra m o P ro fe ta J o ­
q u e ta lv ez se le v a n te m c o n tra a e te rn a . se p h S m ith c o m o p r o fe ta s d a Ig re ja
Ig re ja . T e m q u e se r firm a d o p o r
“ E ste é o m e u te s te m u n h o p a ra d o S e n h o r, in clu siv e S p e n c e r W .
u m a v id a re ta . À m e d id a q u e c re sc e
vós. À s v ez es e x iste m o b s tá c u lo s ; K im b a ll, n o sso a tu a l p r o fe ta e p r e ­
no ssa c o m p re e n s ã o d o E v a n g e lh o
h á p e rs e g u iç ã o ; h á re n ú n c ia ; h a v e ­ s id e n te , p o s su íra m e p o ssu e m as
d e Je su s C risto , a u m e n ta n o sso e n ­
r á lá g rim a s, p o r q u e e s ta re is em c h a v e s d o re in o d e D e u s n a te r r a , o
te n d im e n to d o p ro p ó s ito d a v id a , e
c o n s ta n te c o n ta to co m essas s e d u ­ q u e , e n tre o u tr a s co isas, lh e s d á a u ­
a n o ssa fé n o s re p r e s e n ta n te s de
ç õ e s, esses id e a is m u n d a n o s e te - to r id a d e e a re s p o n s a b ilid a d e d e
D e u s é m a g n ific a d a em n o ssa m e n ­
reis q u e su p e rá -lo s; e, n o m o m e n to , le v a r â m e n sa g e m d o E v a n g e lh o
te.
p a r e c e r á ex ig ir sa c rifíc io , m as isto R e s ta u ra d o a to d o o p o v o , p a r a q u e
A o sa íre m p e lo m u n d o le v a n d o a é a p e n a s te m p o rá rio . O S e n h o r n in g u é m p o ss a e s c u s a r-se . O P ro ­
m ensagem d a resta u raçã o , nossos n u n c a a b o n d o n a a q u e le s q u e o b u s­ f e ta J o s e p h se lo u se u te s te m u n h o
m issio n ário s p re s ta m te s te m u n h o c a m . E le ta lv e z n ã o v e n h a e x a ta ­ c o m o p r ó p rio sa n g u e , assim c o m o
d a v e ra c id a d e d e s ta o b ra d o s ú lti­ m e n te c o m o p e n s a is, m as v irá . O m u ito s m ais, d e sd e q u e o E v a n g e ­
m os dias. T a is te s te m u n h o s tê m q u e S e n h o r c e r ta m e n te c u m p rirá a p r o ­ lh o foi re s ta u r a d o n a te rra :
ser m ais d o q u e m e ra s p a la v ra s — m e ssa q u e vos fez .” D e p o is d e u m a c o n v iv ê n c ia d e
tê m q u e se r v e rd a d e ira c o n v ic ç ã o . m ais d e c in q ü e n ta a n o s c o m os líd e ­
E q u a n d o b ro ta m d o c o r a ç ã o e R e fe rin d o -s e a in d a ao te s te m u ­
res d a Ig re ja a q u i n a te r r a — os p r o ­
a lm a c o m o d e v e r ia m , e x e r c e m n h o e ao se u em p a r tic u la r, ele d is­
fe ta s, v id e n te s e re v e la d o re s d e s ta
so b re os o u v in te s u m im p a c to q u e se: “ M a s o te s te m u n h o d e q u e e s ta
d is p e n s a ç ã o — p e río d o d u r a n te o
n ão é fácil d e r e je ita r, p o r q u e eles o b r a é d iv in a , n ã o v eio p e la m a n i­
q u a l p u d e te s te m u n h a r a in s p ira ç ã o
v ê m a c o m p a n h a d o s p e lo S a n to fe s ta ç ã o , p o r m ais su b lim e e g lo rio ­
e re v e la ç ã o d o S e n h o r a seu s s e r­
E sp írito . sa q u e fo sse [ele fa la a q u i d e u m a
vos, eu ju n to m e u te s te m u n h o d e
m a n ife s ta ç ã o e s p e c ia l q u e lh e foi
q u e o E sp írito d o S en h o r testifico u à
D isse E m e rso n : “ O v ício d e n o ssa c o n c e d id a ], m as p e la o b e d iê n c ia à
m in h ’a lm a a v e ra c id a d e d e s sa s c o i­
te o lo g ia e s tá em c o n s id e ra r a B íblia v o n ta d e d e D e u s, d e a c o r d o c o m a
sas. T e stific o q u e , se c o n s e g u irm o s
um livro fe c h a d o e q u e a é p o c a d a p ro m e s s a d e C risto : ‘Se a lg u é m q u i­
sin to n iz a r n o sso e s p írito e te r n o
in sp ira ç ã o p a s s o u .” se r fa z e r a v o n ta d e d e le , p e la m e s­
c o m os in flu x o s d o S a n to E sp írito
E sta ig re ja n ã o d e p e n d e u n ic a ­ m a d o u tr in a c o n h e c e rá se e la é d e
d e D e u s, a m ã o d e D e u s p o d e t o r ­
D e u s, o u se e u falo d e m im m e s­
m e n te d o s p ro fe ta s e a p ó s to lo s d e n a r-se v isív el; e o o u v id o a te n to a s­
d isp e n sa ç õ e s p a s sa d a s, n em d o te s ­ m o .’” (D a v id O . M c K a y , Treasures
sim sin to n iz a d o p o d e r á se r r e c e p ti­
te m u n h o d a s a tu a is A u to rid a d e s
of Life, D e s e r e t B o o k , C o ., 1962, v o ao s s u ss u rro s c e le stia is da voz de
p p . 229-31.)
G e ra is. A f o rç a d e s ta ig re ja e s tá no Deus, em n o m e d e Je s u s C risto .
te s te m u n h o e fé d e seu s m e m b ro s, e D e s d e a o rg a n iz a ç ã o d a Ig re ja , A m ém .
82 A LIAHONA
d ê n c ia ; c o m o ta n to s p a íse s d o m u n ­
d o f o ra m s o c o rrid o s e au x ilia d o s,
q u a n d o a tin g id o s p o r a lg u m a c a tá s ­

O Valor de tro fe .

L e m b ro -m e , q u a n d o m o ç o , r e c e ­
b e r a v isita d e d o is ra p a z e s . (E s tra ­

Um Povo n h a m e n te eles tin h a m o m esm o


p re n o m e : É ld e r!) E les m o s tra ra m á
n o ssa fa m ília o L iv ro d e M o ím o n ,
É ld e r C h a rle s A . D id ie r,
u m a e v id ê n c ia d o c u id a d o e a fe to
d o P rim e iro Q u o ru m d o s S e te n ta d o S e n h o r p e lo s seu s filh o s, p ro c la ­
m a n d o -n o s a m e n sa g e m d a re s ta u ­
r a ç ã o d o E v a n g e lh o , a filia ç ã o d iv i­
n a d e C risto , a d iv in a m issão d e J o ­
“ As instituições valem o que valem os indivíduos” se p h S m ith e a d iv in d a d e d e s ta ig re ­
ja . S u a m e n sa g e m e d isp o s iç ã o d e
a te n d e r a o c h a m a d o d o p r o fe ta m o ­
d e c lin a rá d e a c o rd o c o m os a n se io s
d ific o u n o ssa s v idas.
d e su a g e n te .
L e m b ro -m e d e h a v e r a p re n d id o ,
U m p o v o , u m p aís, te m fe ito m ais
c o m o p a i, c o m o p o r ta d o r d o S a c e r­
p e lo m u n d o q u e q u a lq u e r o u tr a n a ­
d ó c io , c o m o p re s id e n te d e m issão
ç ã o n a H istó ria , p o r c a u s a d o s a n ­
(g ra ç a s ao v o sso e x e m p lo d e c a r id a ­
seio s ju s to s d e su a g e n te . P e rm iti
d e , sa c rifíc io , a m o r, d e d ic a ç ã o , tr a ­
q u e h o je c e le b re c o n v o s c o o b ic e n ­
b a lh o ), u m a liç ã o - q u e a fo n te de
te n á r io d a c r ia ç ã o d o s E sta d o s U n i­
to d a s as b ê n ç ã o s é D e u s, a tra v é s d a
d o s — u m p aís p o s s u id o r d e u m a
o b e d iê n c ia a seu s m a n d a m e n to s.
c o n s titu iç ã o d iv in a m e n te in s p ira d a
A g o ra , q u a n d o p e r c o r r o as m issõ es
- e c o n v o s c o lo u v e o S e n h o r p e lo
e e s ta c a s d a E u ro p a , eu v ejo os fru ­
q u e seu s h a b ita n te s fo ra m , p e lo q u e
to s d a s se m e n te s p la n ta d a s p elo s
sã o e p e lo q u e se rã o ?
m issio n á rio s, alg u n s d o s q u ais g o s­
L e m b ro -m e d a s h is tó ria s q u e , ta r ia d e c o m p a r tilh a r c o n v o sc o .
q u a n d o c ria n ç a , s e n ta d o n o c o lo d e
Vi os fru to s d e se c o m p a rtilh a r o
m e u av ô , ele m e c o n ta v a a re s p e ito
eu s c a ro s irm ã o s, g o sta ria E v a n g e lh o e d e c h a m a r to d o jo v e m

M d e c o m p a r tilh a r c o n v o s c o
o e s p írito d a Á re a d a E u ro ­
p a O c id e n ta l e tra n sm itir-v o s a
d a g e n e ro s id a d e d o p o v o a m e r ic a ­
no. C o m voz b o n d o s a e r o u c a , ex ­
p lic a v a c o m o o n o sso p o v o foi sal­
p a r a fa z e r m isssão , ao o b s e rv a r um
jo v e m m issio n á rio e s p a n h o l p re s ta r
seu te s te m u n h o n a Itá lia . O u tro él-
vo d a in a n iç ã o n o fim d a I G u e r r a
m e n sa g e m d e a m o r, d e te s te m u n h o d e r q u e a c a b a r a d e se r c h a m a d o d a
M u n d ia l. M in h a p r im e ira v isã o d e s ­
d o s p o v o s d a B é lg ic a, F ra n ç a , I tá ­ E s ta c a -P a ris , c o n to u ao p re s id e n te
sa c a r id a d e d e u -se q u a n d o vi o p r i­
lia, d o s P aíse s B aix o s, E s p a n h a e d a m issão , c o m lá g rim as n o s o lh o s,
m e iro s o ld a d o a m e r ic a n o n o seu
S uíça. q u e ele e se u c o m p a n h e iro h av iam
c a r ro d e a ssa lto , n o d ia d e n o ssa li­
D u ra n te a ú ltim a m u d a n ç a , e n s in a d o , n a n o ite a n te rio r, c in c o
b e r ta ç ã o . M e te u -m e n a m ã o u m p e ­
q u a n d o p a s s s a v a p e lo c h a m a d o p a le s tra s n u m a lín g u a q u e d e s c o ­
d a ç o g ra n d e d e alg o p a r a p o r n a b o ­
p ro c e sso d e “ lim p e z a ” , to p e i co m n h e c ia m trê s se m a n a s a trá s.
ca. (M u ito d e p o is vim a s a b e r q u e
um d o s m e u s v elh o s c a d e rn o s de
a q u e le alg o se c h a m a v a “ c o rn e d Vi o s fru to s d e se a m a r a m e n sa ­
a n o ta ç õ e s e s c o la re s d e leis in te r n a ­
b o e f” !) g em d e u m p r o fe ta in sp ira d o d o S e­
cio n ais. N a c a p a e u h a v ia e s c rito
n h o r p a r a a p re s s a rm o s n o sso p asso ,
em g ra n d e s le tra s m a iú sc u la s, u m a L e m b ro -m e , c o m o a d o le s c e n te ,
a o o u v ir o líd e r d a m issão d e um
c ita ç ã o d e A ristid e B ria n d , e s ta d is ­ d e r e fle tir so b re os sa c rifíc io s d o
ra m o em B ru x elas, B é lg ic a, fala r
ta fra n c ê s c o n te m p la d o c o m o P r ê ­ p o v o a m e r ic a n o , ao p e d a la r co m
a o s se u s c o m p a n h e iro s d o S a c e rd ó ­
m io N o b e l d a P az e u m d o s id e aliza - m in h a b ic ic le ta p e lo s c e m ité rio s
cio d e su a e m o ç ã o d e s a b e r q u e
d o re s d a e x tin ta L ig a d a s N a ç õ e s e n ã o m u ito d is ta n te s d e c a sa , e o lh a r
q u in z e fam ílias se d isp u n h a m a e n ­
q u e dizia: “ A s in stitu iç õ e s v a le m o c a la d o p a r a as m ilh a re s d e c ru z e s
c o n tr a n o v a s fam ílias e co n v id á-las
q u e v a le m o s in d iv íd u o s.” N o d e ­ b r a n c a s a lin h a d a s o r d e ir a m e n te ,
a o seu la r p a r a re c e b e r e m os en si­
c o r r e r d o s a n o s, p o n d e r e i fre q ü e n ­ m a rc a n d o as s e p u ltu ra s d o s q u e d e ­
n a m e n to s d o s m issio n ário s.
te m e n te e s ta v e rd a d e ao e s tu d a r o u ra m s u a v id a p a r a q u e e u p u d e s se
tr a b a lh a r c o m d ife re n te s in s titu i­ v iv e r em lib e rd a d e . L e m b ro -m e d e Vi os fru to s d o sa c rifíc io ao e s c u ­
çõ es, ta l c o m o e m p re sa s , g o v e rn o s a p r e n d e r , q u a n d o e s tu d a n te , c o m o ta r p r e s id e n te s d e d is trito e m p e ­
o u m e sm o ig rejas. E p e n s e i q u e p e la o s p a íse s e u r o p e u s c o n s e rv a ra m su a n h a n d o -se em c o n s e g u ir m e lh o r
m e sm a a n a lo g ia p o d e -se d iz e r q u e o lib e rd a d e e c o n ô m ic a g ra ç a s a o p la ­ ín d ic e d e a tiv id a d e , f re q ü ê n c ia e r e ­
v a lo r d e u m p a ís d e p e n d e d o v a lo r n o d o G e n e ra l M a rs h a ll; c o m o n o s­ s u lta d o s , a fim d e se q u a lific a re m
de seu povo, e q u e ele a sce n d erá ou so p a íse s c o n s e rv a ra m s u a in d e p e n ­ p a r a a tr a n s f o r m a ç ã o em e sta c a s.
AGOSTO DE 1976 83
Flagrante da Praça do Templo, entre duas sessões

Vi os fru to s d o tr a b a lh o e d e d ic a ­ fe ta vivo. A ig re ja é a Ig re ja d e J e ­ ç ã o d e te r m in a n te d e n o ssa s e s c o ­


çã o ao o b s e rv a r c e n te n a s de sus C ris to d o s S a n to s d o s Ú ltim o s lh as, d e c id in d o assim n o ssa v id a
m e m b ro s f re q ü e n ta n d o o te m p lo , D ias, r e s ta u r a d a p e lo P ro f e ta J o ­ e te r n a . A lm a o e x p re ss o u d e m o d o
p re p a ra n d o -s e p a r a as p ró x im a s se p h S m ith . O S e n h o r é o S e n h o r m u ito claro :
c o n fe rê n c ia s d e á re a , e d ific a n d o o Je su s C risto , d o q u a l é d ito : “ p o r ­
“ N ã o d e v e r ia p e r tu r b a r co m os
re in o c o m re n o v a d o e s p írito d e s e r­ q u e . . . d e b a ix o d o s c é u s n e n h u m
m e u s d e s e jo s o firm e d e c r e to d e um
v ir a seu s se m e lh a n te s. A lista c o m ­ o u tro n o m e h á, d a d o e n tre os h o ­
D e u s ju s to , p o is sei q u e ele c o n c e d e
p le ta d o s fru to s se ria lo n g a d e m a is, m e n s p e lo q u a l d e v a m o s s e r sa l­
a o s h o m e n s s e g u n d o os seu s d e s e ­
m as q u e r ia q u e so u b é sse is q u e v o s­ v o s.” (A to s 4:12.)
jo s, se jam e s te s p a r a a m o rte o u
sas sem entes caíram em te rra fértil e
Isto é v e rd a d e e te r n a , e “ o q u e p a r a a v id a ; sim , sei q u e c o n c e d e
e s tã o p ro d u z in d o m ais e m ais b o n s
fo r m ais o u o q u e fo r m e n o s d o q u e a o s h o m e n s se g u n d o o seu d e s e jo ,
fru to s.
isso é o e s p írito d a q u e le se r in íq u o ta n to p a r a a sa lv a ç ã o c o m o p a r a a
Sim , le m b ro -m e d o q u e fize ste s e q u e d e s d e o p rin c íp io foi m e n tir o ­ d e s tru iç ã o .
ta m b é m o fazem m ilh õ es d e p esso as s o .” (D & C 93:25.)
“ Sei q u e o b em e o m al e s tã o
q u e b u sc a v a m a lu z d o e x e m p lo e
A tu a lm e n te , seja n a e s c o la , n o d ia n te d e to d o s os h o m e n s ; e a q u e le
v e rd a d e . H o je já é p a s sa d o p a r a
tr a b a lh o o u o n d e q u e r q u e e s te ja ­ q u e n ã o d istin g u e o b e m d o m al n ão
m u ito s, e o a m a n h ã u sa u m a m á s c a ­
m o s, a o p ç ã o e n tre a v e rd a d e e o é c u lp a d o ; m a s a q u e le q u e c o n h e c e
ra a s su sta d o ra . O h o je a in d a p o d e
m al n o s s e rá a p r e s e n ta d a d e m u ita s o b em e o m al, a esse lh e s e rá d a d o
m u d a r o a m a n h ã , m as q u e e sp é c ie
m a n e ira s d ife re n te s — p o r jo rn a is , s e g u n d o seu d e s e jo , b u s q u e o b em
d e s o c ie d a d e e sta m o s c o n s tru in d o ?
c a rta z e s , in d iv íd u o s, rá d io , te le v i­ o u o m a l, a v id a o u a m o rte , a a le ­
Q u e tip o de p aís te re m o s , se, c o m o
sã o , c o n v e rsa s. A o p ç ã o m e n ta l te m g ria o u o re m o rs o d e c o n s c iê n c ia .”
p o v o , n ão n o s d e fe n d e rm o s co n -
q u e se r c o n c r e tiz a d a a c e ita n d o ou (A l. 29:4-5.)
tra s as in v e stid a s d o m al? N ã o foi
re je ita n d o , d ita n d o o u o b e d e c e n d o ,
M oroni q u em rasgou um p e d a ç o de L e m b re m o -n o s d e , ju n to s , c e ­
a c o n s e lh a n d o o u d iss u a d in d o .
su a tú n ic a e n ele e s c re v e u a fim le b ra r “ co m jú b ilo ao S e n h o r, to d o s
de sa lv a r seu p o v o d a e sc ra v id ã o : Q u e s e n tim e n to s d e te r m in a rã o os m o ra d o re s d a te rra .
“ E m m e m ó ria d e n o sso D e u s, n o ssa e ssa o p ç ã o d iá ria ? A m o r, p a ix ã o ,
“ S ervi a o S e n h o r co m a le g ria . . .
relig ião , n o ssa lib e rd a d e , n o sssa p az m e d o , c o ra g e m , o rg u lh o , in d o lê n ­
S ab ei q u e o S e n h o r é D e u s; foi ele e
e no ssas e sp o sa s e filh o s.” (A l. cia o u v o n ta d e ? E s tã o e s te s s e n ti­
n ã o n ó s q u e n o s fez p o v o se u e o v e ­
46:12.) m e n to s d e a c o r d o c o m n o ssa fé e
lh as d o seu p a s to ” . (S a lm o 100:1-3.)
te s te m u n h o ? A c h a v e p a r a a re s p o s ­
E u d isse n o p rin c íp io q u e o v a lo r O f u tu ro d o m u n d o e s tá n as m ã o s
ta c o r r e ta n o s é d a d a p o r u m P ai
de um país re sid e nos v a lo re s d e seu d o p o v o , e se g u ir u m p r o fe ta vivo
a m o ro so :
povo: P a ra o p o v o d e D e u s, p a r a o h o je d e te r m in a r á n o ssa sa lv a ç ã o . É
p o v o q u e q u e r p az , p a r a su as e s p o ­ A q u e le q u e g u a rd a os seu s m a n ­ m in h a p r e c e q u e , g ra ç a s a u m a
sas e filh o s, ex iste u m só c a m in h o , d a m e n to s re c e b e v e rd a d e e luz, a té g ra n d e c o n f e rê n c ia , to m e m o s n o ­
u m a só ig reja, um só S e n h o r. q u e se ja g lo rific a d o em v e rd a d e e vas re s o lu ç õ e s p a r a q u e se ja m o s
c o n h e ç a to d a s as c o is a s .” (D & C le m b r a d o s p a r a to d o o s e m p re
O c a m in h o é a r r e r p e n d e r- s e e
93:28.) c o m o um p o v o q u e d e s e ja se rv ir ao
o b e d e c e r ao s m a n d a m e n to s d o S e­
S e n h o r.
n h o r, e se r um e x e m p lo p a r a o re sto A o b e d iê n c ia a o s m a n d a m e n to s
d a s n a ç õ e s , d a n d o o u v id o s ao p r o ­ d ev e s e r a ú n ic a e e s se n c ia l c o n d i­ E m n o m e d e Je s u s C risto . A m é m .
84 A LIAHONA
S essão v e s p e rtin a d e te rç a - fe ir a , 6 d e a b ril d e 1976. S o b a d ir e ç ã o d o S an tíssim o e de
M ig u e l, q u e v eio a to rn a r-s e o p ri­
m e iro h o m e m , ele p a rtic ip o u d o s

Joseph Smith - e m p re e n d im e n to s c ria d o re s d o Pai.


N o e s ta d o p ré -m o rta l, c re sc e u
e m luz, c o n h e c im e n to e in te lig ê n ­

O cia, a lc a n ç a n d o u m a e s ta tu ra e s p iri­
tu a l q u e p o u c o s p o d e ria m ig u a lar, e
foi e n tã o p r e o r d e n a d o a p re sid ir a

Grande Profeta m a io r d e to d a s as d is p e n sa ç õ e s do
E v a n g e lh o .

da Restauração E is u m h o m e m q u e foi c h a m a d o
p o r D e u s c o m o o fo ra m os p ro fe ta s
an tig o s.
É ld e r B ru c e R . M c C o n k ie , N a s c id o e n tre os m o rta is co m os
d o C o n s e lh o d o s D o z e ta le n to s e a c a p a c id a d e e s p iritu a l
a d q u irid a n a p re e x is tê n c ia , no d ev i­
“ O s confins da terra inquirirão pelo teu nome, e . . . procurarão. . . d o te m p o ele e s ta v a p r o n to p a ra
bênçãos de tuas mãos continuam ente.” (D & C 122:1-2') e x e c u ta r o tr a b a lh o p a r a o q u a l fo ra
p re o r d e n a d o .
v a ç ã o em n o sso s d ia s, d e alg u ém
q u e re v e lo u a q u e la s leis e v e rd a d e s N a p rim a v e ra d e 1820, o s S u p re ­
re fe r e n te s ao n o sso b e n d ito S e n h o r, m o s R e g e n te s d o u n iv e rso ro m p e ­
q u e p o s s ib ilita rã o a to d o s o s h o ­ ra m o v éu d e tre v a s q u e h á m u ito s
m en s r e to r n a r à C e le stia l P re s e n ç a sé c u lo s c o b r ia a te r r a . E sc o lh e n d o
e ali r e c e b e r a v id a e te r n a p r e p a r a ­ o te m p o , o lu g a r e a p e s so a , d e s c e ­
d a p a r a os fiéis. ram d e su a m o ra d a c e le stia l a té
um b o s q u e p e r to d e P a lm y ra , N o v a
F a la re i d e J o s e p h S m ith J r ., o
Y o rk . C h a m a n d o o jo v em J o s e p h
g ra n d e p r o fe ta d a r e s ta u r a ç ã o , o
p e lo n o m e , e x p lic a ra m -lh e q u e a
p rim e iro a o u v ir a V oz C e le stia l
relig ião p u r a e p e r f e ita n ã o m ais
n e s ta d is p e n s a ç ã o , a q u e le p o r c u jo
e x istia e n tre os h o m e n s, e q u e ele
in te rm é d io o re in o d e D e u s foi e s ta ­
se ria o in s tru m e n to em su as m ão s
b e le c id o m ais u m a v ez e n tre os h o ­
p a r a r e s ta u r a r a p le n itu d e d e seu
m en s, a fim d e q u e o G ra n d e Je o v á
E v a n g e lh o E te rn o .
p u d e s se c u m p rir os c o n v ê n io s feito s
em o u tro s te m p o s , e p r e p a r a r u m P o s te rio rm e n te , J o ã o o q u e b a ti­
p o v o p a r a h a b ita r c o m ele n a te r r a z o u n o sso S e n h o r, e d e p o is P e d ro ,
o n d e ra m o s , o ra m o s e fa la ­ em re tid ã o p o r m il an o s.

P m os c o n tin u a m e n te , a q u i e
em to d a a p a r te , s o b re o
S e n h o r n o sso R e d e n to r — b e n d ito
T o d o s n ó s n e c e s sita m o s d o p o d e r
ilu m in a d o r d o S a n to E sp írito ao
T ia g o e J o ã o , seu s a p ó s to lo s p re s i­
d e n te s , a p a r e c e ra m c o m o m inis-
tr a n te s a n g é lic o s ao re c é m -
c h a m a d o p r o fe ta , c o n fe rin d o -lh e os
v o lta rm o s n o ssa a te n ç ã o p a r a esse
seja o seu n o m e ! — e s o b re a sa lv a ­ m e sm o s sa c e rd ó c io s e x e rc id o s p o r
p ro fe ta , c u ja vo z e r a á vo z d o S e­
ç ã o q u e e s tá n e le e u n ic a m e n te eles d u r a n te se u m in isté rio m o rta l.
n h o r p a r a to d o s o s h a b ita n te s d a
n ele. E sses sa c e rd ó c io s sã o o p o d e r e a u ­
t e r r a a p a r tir d e seu d ia . O ro q u e
E n sin a m o s e te stific a m o s q u e a to r id a d e d e D e u s, d e le g a d o s ao h o ­
essa luz d o a lto p o ssa d e rra m a r-s e
sa lv aç ão e s tá e m C risto . E le é n o sso m em n a te r r a , p a r a ag ir em to d a s as
s o b re n ó s em g ra n d e a b u n d â n c ia .
S e n h o r, n o sso D e u s, n o sso R ei. co isas p a r a a sa lv a ç ã o d o s h o m e n s.
A d o ra m o s o P a i e m seu n o m e , C o m r e s p e ito a esse h o m e m , J o ­
c o m o fiz e ra m to d o s os sa n to s p r o fe ­ se p h S m ith , d ig a m o s — O u tro s v isita n te s c e le stia is - M i­
tas e o s sa n to s d e to d a s as é p o c a s . g u el, G a b rie l, R a fa e l, M o isés, E lias,
Eis a q u i u m h o m e m q u e foi e s c o ­
E la ías — c a d a u m p o r su a vez, c o n ­
R e g o z ija m o -n o s n e le e n o seu sa­ lh id o a n te s d e n a s c e r, q u e foi c o n ta ­
fe rira m -lh e as ch a v es, p o d e re s , d i­
crifíc io e x p ia tó rio . S eu n o m e e s tá d o e n tr e o s n o b re s e g ra n d e s n o s
re ito s e p re rro g a tiv a s q u e eles p r ó ­
a c im a d e to d o s o s d e m a is , e a ele c o n s e lh o s e te rn o s , a n te s d e s e re m
p rio s p o ssu íra m em o u tro s te m p o s.
d e v e rá d o b ra r-s e to d o jo e lh o , e a s s e n ta d o s os f u n d a m e n to s d e s te
A ssim , J o s e p h S m ith to rn o u -s e um
to d a lín g u a c o n fe s s a r q u e ele é o m undo.
a d m in is tra d o r leg al, c h a m a d o e c o ­
S e n h o r d e to d o s, sem o q u a l n ã o h a ­
J u n to c o m A d ã o , E n o q u e , N o é e m issio n a d o d o a lto p a r a r e p r e s e n ta r
v eria n e m im o rta lid a d e n em v id a
A b ra ã o , e s te v e a s s e n ta d o em c o n ­ o S e n h o r, se r seu p o rta -v o z , p re g a r
e te rn a .
se lh o c o m os D e u se s, q u a n d o se fa ­ o se u E v a n g e lh o , a d m in is tra r suas
M as a g o ra v o u fa la r d e u m o u tro , ziam os p la n o s p a r a c r ia r u m a te r r a o rd e n a n ç a s . O c h a m a d o d e le n ão
d e a lg u ém p o r c u jo in te rm é d io v eio o n d e p u d e s s e m h a b ita r as h o ste s foi u m a n s e io v ag o , in d e fin id o de
o c o n h e c im e n to d e C risto e d a sa l­ d o s filh o s d e n o sso P ai. fa z e r o b e m o u e n s in a r a v e rd a d e .
AGOSTO DE 1976 85
m as a m e sm a d e s ig n a ç ã o lite ra l d a ­ los e p ro fe ta s p rim e v o s. v iu e n tã o “ o e s p írito m a lig n o d eix á-
d a, em o u tro s te m p o s , à q u e le s a E is u m h o m e m q u e d e u a o m u n ­ lo e s u m ir d e v ista ” . A í tu d o fico u
q u e m Je su s disse: “ N ã o m e esco - d o a tu a l m ais E s c ritu ra s sa g ra d a s em p az . (Jo s e p h F ie ld in g S m ith , Es-
lh e ste s vós a m im , m as eu vos e s c o ­ d o q u e q u a lq u e r o u tr o p r o f e ta q u e sentials in Church History, D e s e re t
lhi a vós e vos n o m e e i.” (Jo ã o j á v iv e u ; n a v e rd a d e , e le n o s p r e s e r ­ B o o k C o ., 1969, p p . 95-96.)
15:16.) v o u m ais a re s p e ito d a v o n ta d e , d o E m C a n á d a G a lilé ia , Je su s fez
Eis u m h o m e m q u e viu a D e u s e p e n s a m e n to e d a p a la v ra d o S e n h o r se u p rim e iro m ilag re, tr a n s f o r m a n ­
r e c e b e u a v isita ç ã o d e an jo s. d o q u e a s o m a d o s d o z e m a is p ro lí­ d o á g u a em v in h o . J o s e p h fez o seu
fico s a u to re s p ro fé tic o s d o p a s sa d o . em C o lesv ille, N o v a Y o rk , q u a n d o
C o m o Isaías nos te m p o s d o R ei
T ra d u z iu p e lo d o m e p o d e r d e o S a c e rd ó c io d e D e u s m a n d o u um
U zias, e c o m o M o isés e s e te n ta d o s
d e m ô n io a b a n d o n a r u m c o rp o u s u r ­
a n c iã o s d e Isra e l, n o d e s e rto , J o ­ D e u s o L iv ro d e M ó rm o n , o q u a l é
c o m p a rá v e l à p r ó p ria B íb lia, p o is pado.
sep h S m ith ta m b é m viu o D e u s de
Isra el. A 3 d e a b ril de 1836, no d e s c re v e os n e g ó c io s d e D e u s co m N o d ia 22 d e ju lh o d e 1839, em
T e m p lo d e K lrtla n d , o G ra n d e J e o ­ os a n tig o s h a b ita n te s d o c o n tin e n te C o m m e rc e (a g o ra N a u v o o ), Illi­
vá a p a re c e u em g ló ria c o m o à p le n a a m e ric a n o , e c o n té m a p le n itu d e d o n o is,e em M o n tro s e , Io w a , o P ro f e ­
luz d o sol; e, fa la n d o c o m u m a voz E v a n g e lh o E te rn o . ta foi d e c a s a em c a sa c u r a n d o os
qiie e r a c o m o o so m d e m u ita s á- sa n to s e n fe rm o s e so fre d o re s , u m a
R e c e b e u e p u b lic o u p a r a o m u n ­
g u as, te stific o u a re s p e ito d e si m e s­ um . E n tre os assim c u ra d o s , e s ta ­
d o m u ita s v isõ e s e re v e la ç õ e s re f e ­
m o, d iz en d o : v a m B r ig h a m Y o u n g e v á r io s
r e n te s a o s n e g ó c io s d e D e u s c o m o
seu p o v o em n o sso s d ias. C e rc a d e m e m b ro s d o s D o ze . A um d o s h o ­
“ S o u o p rim e iro e o ú ltim o ; so u o
q u e v ive; so u o q u e foi m o rto ; so u o d u z e n to s e c in q ü e n ta p á g in a s d e la s m e n s q u e e s ta v a às p o rta s d a m o rte ,
e s tã o n o liv ro d e D o u tr in a & C o n ­ d isse o se rv o d e D e u s: “ I rm ã o
v o s s o a d v o g a d o j u n t o a o P a i.”
v ê n io s; o u tra s e n c o n tra m -s e re g is ­ F o rd h a m , eu te o r d e n o em n o m e d e
(D & C 110-4.)
tra d a s n a History of the Church. Je su s C risto , le v a n ta d e s sa c a m a e
M o rô n i, “ um sa n to a n jo , c u jo se ja c u ra d o . ” W ilfo rd W o o d ru ff,
s e m b la n te e ra c o m o o re lâ m p a g o e E le re v iso u e c o m p le to u a B íb lia q u e e s ta v a p r e s e n te , c o n ta : “ S u a
cu jo v e s tu á rio e r a m ais p u r o e b r a n ­ (v e rsã o d o R e i T ia g o ) p e lo e s p írito v o z e r a c o m o a v oz d e D e u s e n ã o
co d o q u e q u a lq u e r o u tr a b r a n c u ­ d e in s p ira ç ã o , c o n trib u in d o m ais d e h o m e m . P a r e c ia fa z e r a c a s a t r e ­
r a ” (D & C 20:6), e n tre o u tro s , a p a ­ p a r a o a p e r fe iç o a m e n to d e s s a o b ra m e r a té o s a lic e r c e s . O I r m ã o
re c e u -lh e n u m e ro sa s vezes, em c o ­ d e e s c rito s sa g ra d o s e p a r a r e c o m ­ F o rd h a m le v a n to u -s e im e d ia ta m e n ­
n e x ã o c o m o a p a re c im e n to d o s in s­ p o r su a p e r f e iç ã o o rig in a l, d o q u e te d a c a m a , c u r a d o .” (Essentials in
p ira d o s e s c rito s d o s a n tig o s h a b i­ q u a lq u e r o u tr a p e s s o a j á fez. G r a n ­ Church History, p. 270.)
ta n te s d a A m é ric a . d e p a r te d o q u e fez n e sse s e n tid o
E is u m h o m e m q u e fo i p e rs e g u i­
e s tá p u b lic a d o n a P é r o la d e G ra n d e
E is u m h o m e m a q u e m os c é u s d o , c a ç a d o c o m c ã e s , a c o s s a d o e fi­
V alor.
e sta v a m a b e rto s q u a l u m liv ro , q u e n a lm e n te a s sa ssin a d o p e lo te s te m u ­
r e c e b e u re v e la ç õ e s, te v e visõ es e S eu s d ito s e fe ito s, su as id a s e v in ­ n h o q u e tin h a e p re s ta v a d e Je su s
c o m p re e n d ia os p r o fu n d o s e o c u l­ d as, os p o r m e n o r e s d e su a v id a d iá ­ C risto .
to s m isté rio s d o re in o p e lo p o d e r d o r ia sã o b e m c o n h e c id o s . S eu d iá rio ,
c o b rin d o p rin c ip a lm e n te o p e río d o F o i c o b e r to d e a lc a trã o e p e n a s,
E sp írito S a n to .
q u e vai d a o rg a n iz a ç ã o d a Ig re ja , e s p a n c a d o , p re s s io n a d o , o d ia d o ,
D u ra n te esse p e río d o p e n te - e x p u lso , p e rs e g u id o “ p o r c a u s a d a
em F a y e tte , a té su a m o rte , em
c o sta l, q u a n d o h o u v e tã o p ro fu so ju s tiç a ” (M a t. 5:10.) P asso u m e ses
C a rth a g e , e s tá se n d o a g o ra p u b lic a ­
d e r r a m a m e n to d a g ra ç a d iv in a em n as p ris õ e s h o rrív e is d e se u te m p o e
d o p e la Ig re ja em seis v o lu m e s, to ­
K irtla n d , J o s e p h S m ith viu “ o re in o foi v ítim a d e se g u id as a c u s a ç õ e s fa l­
ta liz a n d o trê s m il d u z e n ta s e n o v e n ­
c e le stia l d e D e u s em su a g ló ria ” . sas e m a lic io sas. C e r ta v ez, ele e a l­
ta e c in c o p ág in as.
Viu a in c o m p a rá v e l b e le z a d a p o rta , guns co m p an h e iro s, fo ram ap risio n a­
a tra v é s d a q u a l e n tr a r ã o os h e r d e i­ E is u m h o m e m q u e , à s e m e lh a n ­ d o s p o r u m a m ilícia ilegal. N o d ia l 9
ro s d esse re in o , e e r a s e m e lh a n te a ç a d o M e s tre d o q u e e r a se rv o , ex ­ d e n o v e m b ro d e 1838, u m a p r e te n s a
um c írc u lo d e c h a m a s d e fo g o ; ta m ­ p u lsa v a d e m ô n io s e c u ra v a e n f e r ­ c o rte m a rc ia l — q u e se ig u a la em in ­
b ém [viu] o re fu lg e n te tr o n o de m os. fâ m ia e ile g a lid a d e ao ju lg a m e n to
D e u s, s o b re o q u al se a c h a v a m s e n ­ d e Je su s p e r a n te P ilato s — s e n te n ­
N o m e sm o m ês d a o rg a n iz a ç ã o
ta d o s o P ai e o F ilh o .” (Ensinamen­ c io u o g ru p o à m o rte . A o rd e m
d a Ig re ja , N ew ell K n ig h t foi p o s su í­
tos do Profeta J o s e p h S m ith , p. 104.) d a d a foi:
d o p o r u m e s p írito m a lig n o , d e
S u a v isã o d o s g ra u s d e g ló ria é m o d o tã o b r u ta l e aflitiv o , q u e su as “ G e n e ra l d e B rig a d a D o n ip h a n :
a m ais c o m p le ta e m a ra v ilh o sa d e s ­ “ fe iç õ e s e s ta v a m d is to rc id a s , e seu s “ S e n h o r: — A m a n h ã , às n o v e h o ­
c riç ã o d o q u e ex iste a lé m d o v éu , m e m b ro s se c o n to rc ia m d e m a n e ira ras d a m a n h ã , o s e n h o r e x e c u ta r á
d e n tre os e s c rito s d e to d o s os p r o fe ­ a s s u s ta d o ra ,” e “ fo i e rg u id o d o J o s e p h S m ith e os o u tro s p ris in e iro s
ta s. S uas in ú m e ra s re v e la ç õ e s, d a ­ c h ã o , se n d o a rre m e s s a d o d e u m p o r fu z ila m e n to , n a p r a ç a p ú b lic a
d as em n o m e d o S e n h o r, e x p õ e m as la d o p a r a o u tr o ” . O P ro fe ta “ r e ­ d e F a r W e st.
m a ra v ilh a s d a e te r n id a d e e as g ló ­ p r e e n d e u o e s p írito m a lig n o em “ (ass.) S am u e l D . L u c a s ,
rias d o E v a n g e lh o tã o c la ra e p e r- n o m e d e J e s u s C risto , o r d e n a n d o - “ G e n e ra l C o m a n d a n te d e
su a siv a m e n te c o m o as d o s a p ó s to ­ lh e q u e se fo ss e ” . O I rm ã o K n ig h t D iv is ã o ”
86 A LIAHONA
“ Isto é assassinatol a sangue-frio.
Não obedecerei às suas ordens. Mi­
nha brigada m archará para Liberty
am anhã às 8:00; e se o senhor exe­
cutar esses homens, eu o responsa­
bilizarei perante um tribunal terre­
no, que Deus me ouça.
“ (assi.) Q.W. Doniphan,
“ G eneral de Brigada”
(Essentials, p. 241.)
M as, afinal,o P ro feta Joseph
Smith que era testem unha do Se­
nhor, e deste recebera a promessa
de que “ teus dias estão contados e
os teus anos não serão dim inuídos”
(D& C 122:9), de acordo com o pla­
no divino, foi cham ado a sofrer a
m orte com o m ártir, com Hyrum
Smith, o patriarca.
As derradeiras palavras do viden­
te m artirizado foram: “ Ó Senhor,
meu D eus!” (Essentials, p. 383),
que pronunciou quando seu espírito
entrou na esfera na qual os justos
estão livres das perseguições dos
ímpios e onde, vivendo com ho­
mens justos aperfeiçoados pelo san­
gue d aquele cujas testem u n h as
eram , finalm ente encontram perfei­
ta alegria e paz.
Eis um hom em , cuja grandeza re­
side no fato de ter sido um a teste­
m unha daquele mesmo Senhor pelo
qual m orreram outros profetas em
tem pos idos.
“ E agora, depois dos muitos teste­
munhos que se prestaram dele, este
é o testem unho, último de todos,
que nós damos dele: Que ele vive!
“ Pois vimo-lo, mesmo à direita
de Deus; e ouvimos a voz testifican­
do que ele é o Unigênito do Pai.”
(D& C 76:22-23.)
Eis um hom em que foi um profe­
ta no pleno, total e literal sentido do
term o, conform e o sabem todos os
que atenderem à voz do Espírito
Diz a declaração divinamente
aprovada, em itida após seu m artí­
rio: “ Joseph Smith, o Profeta e Vi­
dente do Senhor, com exceção só
de Jesus, fez mais pela salvação dos
hom ens neste mundo, do que qual­
quer outro homem que jam ais viveu
nele.” (D& C 135:3.)
Aqui estão as palavras da Deida-
Heidi e Julie Harold, de Priesl River. Idaho.
de faladas a Joseph Smith, pelas
O G enral Donipham desafiou as com a tem eridade nascida da justa quais todos os hom ens poderão jul­
ordens de seu superior, replicando indignação: gar seu próprio estado de desenvol-
AGOSTO DE 1976 87
vimento espiritual:
“ Os confins da terra inquirirão
pelo teu nome, e tolos zom barão de
ti, e o inferno contra ti se enfurece­
rá;
“ Enquanto os puros de coração,
e os sábios, e os nobres, e os virtuo­
sos procurarão conselho, e autori­
dade, e bênçãos de tuas mãos conti­
Estamos Nós Seguindo
nuam ente.” (D&C 122:1-2.)
Seria bom que todos os homens
O Modelo de Cristo?
se perguntassem qual a sua posição
com referência a Joseph Smith e É ld e r W illiam R ., B ra d fo rd ,
sua missão divina. Estarão inquirin­ do Prim eiro Quorum dos Setenta
do pelo seu nome e buscando a sal­
vação encontrada unicam ente no
‘Fareis aquilo que me vistes fazer.” (3 N éfi 27:21.)
Evangelho de Cristo, conform e foi
revelado ao seu profeta m oderno, que devereis ser com o eu sou.” (3
ou estarão zom bando e desprezan­
Néfi 27:21,27.)
do os oráculos vivos do Senhor,
afirmando que Deus não mais fala Agora, pergunto-vos, estais se­
com os homens com o fazia antiga­ guindo esse m odelo em vossa vida?
mente? A grande questão que todos Posso salientar alguns pontos desse
os hom ens de hoje têm que respon­ m odelo e sugerir que os com pareis
der, pondo em risco sua própria sal­ com vossa vida?
vação é: Joseph Smith foi um profe­ Por que nome sois chamados?
ta de Deus?
“ Eis que Jesus Cristo é o nome
Q uanto a mim e minha casa, ha­ dado pelo Pai, e não há outro nome
vemos de buscar constantem ente o dado pelo qual o hom em se possa
conselho, autoridade e bênçãos salvar.” (D& C 18:23.)
dele e daqueles que agora enver-
gam seu m anto de profeta. Será que as coisas que pensais e
fazeis vos habilitam a portar o nome
A g o ra , q u e n ã o h a ja m a l­ de Jesus Cristo? Vosso am or a este
entendido. Nós somos testem unhas santo nome vos inspira e eleva a
de Cristo. Ele é o nosso Salvador. ecomendo a todós vós esses sublimes alturas e vos faz desejar in­
Ele é a porta. Ele está junto à porta
e “ ali não tem nenhum em pregado,
e não há nenhum a outra passagem a
R grandes homens que vem
transmitindo a brilhante luz
das verdades do Evangelho de Jesus
tim am ente que todo o m undo o co­
nheça e assum a seu sagrado nome?
Sentis um a dor aguda, com o se um
não ser pelo portão; porque ele Cristo no decorrer desta conferencia. punhal vos transpassasse o coração,
não pode ser enganado, pois que quando ouvis o nome do Filho de
A verdade demonstrada durante os
seu nome é Senhor Deus” . (2 Néfi Deus ser tom ado em vão? Alguma
trabalhos desta conferencia deve ale­
9:41.) vez entrais por portas pelas quais
grar o coração e tranqüilizar a alma
Porém, somos igualmente teste­ de todos aqueles que por ela pautam ele nunca passaria? Conservastes o
munhas de Joseph Smith, por quem o rumo de sua vida, para que possam nome dele limpo e im aculado, de
Conhecemos á Cristo e que é o admi­ andar em perfeita segurança pelo m odo que, por vossa causa, não lhe
nistrador legal ao qual foi dado o mundo tão obscurecido pelos ensi­ tenha sido perm itido entrar em con­
poder de ligar na terra e selar nos nam entos de Satanás. tato com o que é vil e im próprio?
céus, para que todos os hom ens, a Sois edificadores do reino em seu
Nosso M estre Jesus Cristo esta­ nome? N enhum homem pode servir
partir do seu dia, pudessem ser her­
beleceu o m odelo em todas as coi­
deiros da salvação. a dois mestres. Os hom ens devem
sas e com este decreto conclam ou
declarar-se servos de Cristo, tom ar
Nós ligamos os nomes de Jesus todos os hom ens a segui-lo: sobre si o nome dele e fazer o seu
Cristo e Joseph Smith em nossos
“ Em verdade, em verdade vos trabalho, ou serão vítimas da arm a­
testem unhos. E agora testificamos,
digo que este é o meu Evangelho; e dilha sedutora de Satanás, ajudan-
tendo Deus por testem unha, que
sabeis o que deveis fazer em m inha do-o em sua obra destrutiva.
Joseph Smith é seu profeta, e faze-
igreja, pois as obras que me vistes E quanto ao vosso am or ao Pai?
mo-lo no bendito nome daquele
fazer, essas mesmas fareis, porque
que é o Senhor de todos, e de quem Cristo am ava o Pai. O rava a ele e
fareis aquilo que me vistes fazer.
nós e todos os profetas testificamos, dava-lhe louvor. R epresenta-o em
que é Jesus Cristo. Assim seja. “ Portanto, que classe de homens tudo o que faz. Serve-o e se alegra
Amém. devereis ser? Em verdade vos digo em fazer a obra dele. O bedece p er­
88 A LIAHONA
feitamente a cada instrução dele. Se Quantos de vós repatis com vos­ com o o M estre.
quisermos ser com o Cristo, nós sos sem elhantes?
tam bém tem os que fazer essas coi­ Seguistes o m odelo de Cristo, es­ Vós, pais, mudai e dirigi os negó­
sas, pois ele disse: “ Porque fareis tabelecido para o bstimo? Ele ensi­ cios de vossa família com o se Cristo
aquilo que me vistes fazer.” (3 Néfi nou ser absolutam ente necessário estivesse à testa dela.
27:21.) que todos os hom ens se batizassem: Vós, mães, amai, honrai e respei­
Como é vosso relacionam ento “ E os que crerem em mim, e fo­ tai vosso marido e praticai atos cris­
com o próximo? O M estre é quem rem batizados, se salvarão; e são es­ tãos. Expeli o que é ímpio das qua­
novamente dá o exemplo: tes os que herdarão o reino de Deus. tro paredes de vosso lar, fazendo
dele um santuário onde vossos fi­
“ Portanto ouvi a minha voz e se­ “ E os que não crerem em mim, e lhos aprenderão a respeito de Deus
gui-me . . . não forem batizados, serão conde­ por preceito e exemplo.
nados.” (3 Néfi 11:33-34.)
“ E que todo homem estime a seu Vós, filhos, copiai o m odelo de
irmão como a si mesmo e pratique Existem muitos que zom bam e Cristo. Rejeitai a pornografia e os
a virtude e santidade diante de mofam dessa ordenança vital. Ela venenos das drogas e álcool. Sede
mim. foi m odificada segunda a conve­ com panheiros de Cristo, e ele se
niência do hom em ou, em certos achegará a vós e será vosso melhor
“ . . . Eu vos digo, sede um; e se
casos, totalm ente abolida com o coi­ amigo. N ão existe m elhor amigo do
vós não sois um, não sois m eus.”
sa sem im portância alguma. G rande que Cristo.
(D&C 38:22,24-25,27.) parte do m undo adota os falsos e
Tendes realm ente am or às pes­ iníquos ensinam entos de Satanás, Vós, jovens adultos, sois a m elhor
soas que vos rodeiam ? O am or é o que dizem que Deus está m orto, e, parte de qualquer geração. C onser­
único elem ento que pode abrandar portanto, morta igualmente sua igre­ vai-vos p u ro s . S ede os p o rta -
o coração hum ano. O am or que ja, e suas ordenanças sem nenhum estandartes na grande campanha
Cristo tem por nós levou-o a se sa­ valor. E assim, com parativam ente para trazer todos o s.h o m e n s ao
crificar voluntariam ente, a sofrer e poucos tom aram sobre si o nom e de M estre. Preparai vossa m ente, en-
m orrer por nós. Ponderar a magni­ Cristo e entraram para o seu reino chendo-a com as verdades eternas
tude do que ele fez pela hum anida­ pelas águas do batismo. contidas nas sagradas Escrituras.
de inteira ao sofrer no horto, deve­ Sede obedientes a vossos pais e a
A mensagem desta igreja a todos Deus. Escutai e entoai a música ce­
ria hum ilhar o mais orgulhoso. Ao
os hom ens de todas as partes é a leste. Rejeitai os sons e ritmos bai­
revelar esse acontecim ento, ele nos
mesma que foi pregada por Jesus xos, vulgares da m úsica de Satanás.
disse: “ Sofrimento que me fez, mes­
Cristo desde o princípio. Ele gostaria de conquistar vosso
mo sendo Deus, o mais grandioso
de todos, trem er de dor e sangrar A rrependei e batizai-vos. Cristo apreço com seus ritmos sensuais e
por todos os poros, sofrer, tanto o fez. E “ que classe de hom ens.de­ carnais, para assim vos conduzir ao
corporal com o espiritualm ente — vereis ser? Em verdade vos digo que inferno. Resisti à tentação, desen­
desejar não ter de beber a am arga devereis ser com o eu sou.” (3Néfi volvendo um forte relacionam ento
taça e recuar — I 27:27.) com Jesus Cristo. Nenhum outro
relacionam ento vos trará m aior ale­
“ Todavia, glória ao Pai, eu tom ei Ser com o Jesus Cristo é, exige
gria e felicidade.
da taça e term inei as preparações que o hom em se modifique. Com
que fizera para os filhos dos ho­ toda seriedade e sinceridade de co­ A todos vós que estais ao alcance
mens.” (D& C 19: 18-19.) ração, eu vos exorto a m udar e ser de m inha voz e não seguis o modelo
do M estre, eu imploro, mudai. Abri
Os Élderes Franklin D. Richards e William Grant Bangerter. Assistentes do Conselho
dos Doze. vosso coração ao am or dele. Abri
vossa porta aos servos dele. Permiti
que entrem em vosso lar e vos ensi­
nem o que deveis fazer para serdes
com o ele é. Rejeitar os servos dele,
enviados para executar o seu trab a­
lho e ensinar o seu m odelo de salva­
ção, fará com que fiqueis nas trevas
de desespero de um m undo contur­
bado.
Eu vos testifico que Jesus Cristo
dirige os negócios justos desta terra,
que Spencer W. Kimball é um pro­
feta vivo, e recebe e segue as instru­
ções do M estre, para a salvação de
todos os hom ens que quiserem se­
gui-lo. Que assim possamos fazer, é
m inha constante oração em nome
de Jesus Cristo. Amém.
AGOSTO DE 1976 89
ridade e cham ado nas mãos de Jo ­
seph e Oliver, dando início à restau­
ração da plenitude do Evangelho.

A Bênção de se Estou certo de que hoje os santos


nas áreas em que serão construídos
os tem plos, estão-se igualm ente sa­

Construir Um Templo crificando e vivendo pela fé, a fim


de cum prir suas obrigações e desig­
nações. No Japão e outras partes do
O riente, os mem bros estão com pro­
Élder Adney Y. Komatsu, m etidos a construir o tem plo, bem
Assistente do Conselho dos Doze. com o sedes de estaca e capelas.
R ecentem ente, um jovem paí
O s templos nos permitem realizar ordenanças, bem com o dão-nos prestou testem unho a respeito de
sua contribuição para o fundo do
oportunidade de dar o Evangelho a outros.
tem plo. O bispo havia-o desafiado a
contribuir com determ inada quota
causa da liderança e direção que re­
para o fundo do tem plo, soma esta
cebem os de um profeta vivo de
que totalizava praticam ente tudo o
Deus.
O Presidente Kimball anunciou que havia econom izado durante
igualm ente, por inspiração e revela­ anos para construir sua própria casa.
ção, a necessidade de term os mais Depois de discutir o assunto com a
tem plos; e no ano passado, três á- esposa e filhos, decidiram -se a dar
reas do m undo foram designadas ao Senhor toda sua poupança para
para receber a grande bênção de ter a construção do tem plo em Tóquio,
um a nova casa do Senhor, a saber, desistindo do sonho de um a casa

/ São Paulo, Brasil; Tóquio, Japão; e


Seattle, W ashington.
Q uando o Evangelho de Jesus
própria.
Um dia, não muito depois de en­
tregarem sua contribuição ao bispo,
esse irm ão foi cham ado ao escritó­
Cristo foi restaurado nestes últimos
rio do chefe o qual lhe concedeu
dias, tam bém foi restaurada atra­
uma prom oção inesperada na firma
vés do Profeta Joseph Smith, a
com um bom aum ento de salário; a
construção de tem plos e suas orde­
prom oção implicava ainda em aju-
nanças. Pouco após a organização
1a de custo para um a nova casa.

M
eus caros irmãos e amigos. da Igreja, a 6 de abril de 1830, o Se­
É glorioso estar aqui con­ nhor ordenou aos santos que cons­ Tenho certeza de que há muitas
vosco nesta grande confe­ truíssem um tem plo; e de 1833 a outras experiencias inspiradoras en­
rencia e sentir o Espírito do Senhor 1835, com m enos de dois mil tre os m em bros da Igreja, à m edida
manifestar-se através das muitas m em bros na Igreja, o Profeta Jo ­ que dedicam sua vida às necessida­
palavras inspiradas proferidas pelas seph Smith e os santos construíram des da edificação do reino de Deus
A utoridades Gerais. Meu testem u­ um tem plo em Kirtland, Ohio. É prazeiroso observar a dedica­
nho foi fortalecido; meu coração N aquela época, os santos não dis­ ção e fidelidade dos membros. Sem
sentiu-se tocado pelas palavras di­ punham de muitas posses materiais, dúvida, o Senhor há de abençoar e
tas. Hum ildem ente presto-vos meu mas com grande sacrifício deram h o n ra r os que cu m p re m suas
testem unho de que sei que esta é tudo o que tinham para construir a obrigações e sacrificam seu tem po,
a Igreja do Senhor, guiada por um casa do Senhor. Os sacrifícios fo­ talentos e meios para ajudar a edifi-
profeta vivo de Deus, o Presidente ram muitos, mas comparados a gran­ car o reino de Deus na terra. Pela
Spencer W. Kimball. de bênção que se seguiu, eram ape­ revelação m oderna, o Senhor p ro­
O Presidente Kimball tem -nos nas pequenas ofertas ao Senhor. mete àqueles que forem fiéis: “ Pois
advertido repetidam ente quanto à Eis que, no dia 3 de abril de 1836, assim diz o Senhor: —Eu, o Senhor,
necessidade de mais missionários depois de o tem plo estar concluído, sou misericordioso e afável para
para levar a mensagem do Evange­ quando da reunião do dia do Sába­ com aqueles que me tem em , e me
lho aos povos do mundo. Tem-nos do e após solene e silenciosa ora­ deleito em honrar aqueles que me
lem brado de que todo moço digno ção, o Profeta Joseph Smith e Oli­ servem 'em retidão e verdade até o
deveria fazer missão. Hoje em dia, ver Cowdery receberam grandiosa fim.
está aum entando núm ero de batis­ m anifestação. Tiveram um a visão “ G rande será a sua recom pensa e
mos de conversos, à m edida que çom a m anifestação pessoal do Se­ eterna a sua glória.” (D&C 76:5-6.)
mais rapazes e moças dignos estão nhor Jesus C rito aceitando o tem ­ Um dos três grandes profetas que
atendendo ao cham ado para servir plo. Foram ainda visitados por três ap a rec era m ao P ro fe ta Josep h
com o missionários do Senhor. A grandes profetas, portando as cha­ Smith e Oliver Cowdery no Templo
Igreja está crescendo rapidam ente ves e autoridade de seus cham ados, de Kirtland foi Elias, aquele que foi
em m uitas partes do m undo, por cada um dos quais depôs a sua auto­ trasladado aos céus sem provar a

90 A LIAHONA
morte. Ao confiar as chaves da sua que por eles fossem feitos os trab a­ Hoje, muitos jovens estão preen­
dispensação às mãos deles, disse: lhos no tem plo. A m oça pesquisou chendo seus formulários de grupo
“ Eis que chegado é o tem po exa-' diligentem ente em santuarios, ce­ familiar e ensinando o Evangelho
to do qual falou M alaquias —testifi­ mitérios e registros civis, conse­ de Jesus Cristo a seus pais e paren­
cando que ele (Elias) seria enviado guindo reunir setenta e sete nomes. tes por esse m étodo. Por meio da
antes que o grande e terrível dia do O tio do moço, m em bro respeitado pesquisa genealógica e fazendo o
Senhor viesse — e influente da família, sabendo si­ trabalho no tem plo pelos seus pro-
“ Para converter os corações dos so, ficou profundam ente im pressio­ genitores e particularm ente agora
pais aos filhos e dos filhos aos pais, nado e interessado no trabalho d e­ com a proxim idade de um tem plo
para que a terra toda não seja ferida la. N otou a intensa devoção da jo ­ em Tóquio, os mem bros poderão
com um a m a ld iç ã o —” (D & C vem em honrar seus antepassados e viver de m aneira a que o Evangelho
110:14-15.) sugeriu que ela seria um a boa espo­ seja aceito por ainda muitos mais
G ostaria de com partilhar convos­ sa para o sobrinho. O m oço recebeu no O riente. Essas grande obra ape­
co nesta tarde um a experiência permissão de casar-se com ela, o nas com eçou. ,
aco n tecid a a um jovem casal, casam ento realizou-se e mais tarde Presto-vos m eu testem unho de
membros da Igreja no Japão. Eles os dois foram selados no Tem plo do que o Evangelho de Jesus Cristo é o
desejavam casar-se, e com o é costu­ Havaí. cam inho da salvação para os vivos e
me no Japão, pediram permissão a Tradicionalm ente as famílias ja ­ para os mortos, e que Deus ouve e
seus pais não-membros. O pai do ponesas se reúnem para festivida­ atende nossas preces. Ele nos inspi­
moço recusou-se. Preocupados e des especiais em janeiro e agosto. O rará e ajudará a coletar os registros
desapontados, os jovens piedosa­ jovem casal aproveitou essas opor­ de nossos progenitores, e abrirá o
mente procuraram meios de preen­ tunidades para m ostrar seu livro de cam inho, p ara que possam os levar
cher suas vidas com atividades sig­ recordações aos familiares, desper­ alegria e salvação às vidas daqueles
nificativas na Igreja, confiando em tando grande interesse por este seu que nos deram esta existência. Pres­
que obteriam a permissão mais tar­ trabalho e o motivo do mesmo. Dis­ to-vos meu hum ilde testem unho
de. cutiram com os parentes presentes de que sei que Joseph Smith foi um
Nessa época, os m em bros da suas linhagens de antepassados e a instrum ento nas mãos do Senhor
Igreja estavam planejando um a via­ im portância de com pletar a pesqui­ para restaurar o Evangelho nestes
gem ao Tem plo do Havaí, e conse­ sa genealógica. Foi difícil os fami­ últimos dias e de que tem os um pro­
qüentem ente deu-se grande ênfase liares não-m em bros entenderem as feta vivo, o Presidente Spencer W.
à necessidade e im portância de fa­ razões para um a igreja cristã ensi­ Kimball, dirigindo e guiando a Igre­
zer pesquisa genealógica. Assim, os nar princípios com o o “ culto aos ja de Jesus Cristo dos Santo dos Úl­
dois jovens uniram-se a outros na antepassados” , pois este é um ensi­ timos Dias. Isto eu testifico em
busca aos seus antepassados, para nam ento e tradição budista. nome de Jesus Cristo. Amém.

Fila de esperançosos candidatos a um lugar no Tabernáculo.

AGOSTO DE 1976 91
Conheço, por exemplo, um a se­
nhora, uma boa mulher que se viu
num a situação bastante difícil. Ela
participava de um alm oço com al­

És Tu Um Membro guns m em bros da Igreja, tanto ati­


vos com o inativos, e tam bém alguns
não-mem bros. A conversa voltou-

Missionário? se para a questão do aborto e con­


trole de natalidade, e um a das se­
nhoras não-m em bro externou aber­
tam ente durante uns cinco m inutos
É ld e r G e n e R. C o o k ,
seus sentim entos a respeito. Disse,
do Primeiro Conselho dos Setenta erradam ente, não achar nada de
mal no aborto e que não deveria ha­
ver nenhum a restrição im posta a
homem ou m ulher quanto ao con­
trole da natalidade. Essa boa irm ã
É urgente que todos os membros compreendam que eles são o meio pelo da Igreja enfrentou o difícil dilem a
qual o Evangelho será dado ao mundo. de falar do tempo ou outro qualquer
&Convênios, seção 38, versículos assunto não controvertido, ou con­
■•= i 40 a 41: testar e expor a verdade. Ela optou
pela última hipótese. Depois de ex­
“ E outra vez voz digo, dou-vos plicar o que o Senhor tem dito a
um m andam ento, que todo hom em , respeito de ambos os assuntos, pres­
tan to élder, sac erd o te, m estre, tou testem unho do que ela própria
com o m em bro, aplique-se com o sentia. Com o era de esperar, o al­
seu poder, com o trabalho de suas m oço term inou um tanto quanto
mãos, para preparar e executar as abruptam ente. Entretanto, depois
coisas que ordenei. um a das irmãs inativas a procurou e
explicou que nunca antes entendera
“ E que a vossa pregação seja a
o ponto de vista do Senhor quanto a
voz da advertência de todo homem
esses assuntos, e que sentira que o
ao seu próxim o, com m ansidão e
que fora dito era verdade.
brandura.” Para mim, é óbvio que o
Senhor espera que todo homem, Q uando inspirados, senti-vos à
todo homem, erga sua voz e pregue vontade para prestar vossos teste­
o Evangelho de Jesus Cristo com munhos dos princípios que sabeis
m ansidão e brandura. E claro tam ­ serem verdadeiros, irmãos e irmãs.

M
eus irmãos, o Senhor tem bém que aos líderes do Sacerdócio Sentimentos sinceros comunicados de
abençoado grandem ente os em toda a Igreja cabe a responsabi­ coração a coração, por meio de um
trabalhos desta conferen­ lidade de auxiliar os m em bros da testem unho, convertem pessoas à
cia. Ouvistes as A utoridades Gerais Igreja no cum prim ento dessa res- verdade, onde argum entos fracos,
falarem pelo poder do Espírito San­ ponsabiliade missionária. irresolutos e discutíveis nada conse­
to, e se escutastes pelo mesmo Espí­ guem.
rito, fostes edificados e fortaleci­ M uitos m em bros perguntam : -
dos em vossa resolução de guar­ Élder Cook, falar é fácil, mas com o Podeis dar a amigos ou outras
dar os m andam entos. fazê-lo? O que eu posso fazer espe­ pessoas que encontrais no trabalho,
M uito foi dito a respeito do pro­ cificam ente para cum prir m inha em viagem, lojas ou outro lugar
gram a missionário, e agora faço a responsabilidade m issionária de ad­ qualquer, um folheto, um Livro de
todos os aqui presentes hoje á per­ vertir meus sem elhantes? G ostaria M órm on ou outra literatura da
gunta: Quem é realm ente responsá­ de fazer-vos duas sugestões gerais. Igreja, ajudando-os, assim, a se pre­
vel pelo trabalho missonário? O pararem para receber eventualm en­
Prim eiro, podeis tom ar o partido te os missionários e aceitar o Evan­
Presidente Kimball indicou que da verdade onde estiverdes, a todo
todo m em bro deve ser um missio­ gelho. Quantos m em bros não dese­
m om ento em todo lugar. Às vezes, jam ser missionários, mas conti­
nário.Foi sugerido que todos de­ nossos m em bros têm m edo de d e­
vem preparar-se durante a vida in­ nuam cuidando de seus afazeres co­
fender a verdade em clubes, asso­ tidianos sem qualquer tipo de auxí­
teira para serem missionários, não ciações ou até mesmo, ocasional­
só para cum prir missões de tem po lio com o uni folheto, Livro de M ór­
m ente, entre os m em bros da Igreja. mon ou outro instrum ento missio­
integral, com o tam bém preparar-se Conform e disse o Senhor, isto deve
para ensinar a palavra de Deus a to­ nário?
ser feito sem tem or, mas tam bém
dos os que ainda desconhecem a sem arrogância. Falai pelo Senhor e O Senhor evidentem ente tinha
verdade. pelo profeta em assuntos vitais da é- este desafio particular para seus
D iz o S e n h o r em D o u trin a poca. m em bros quando deu ao Profeta Al­
92 A LIAHONA
ma, nas águas de Mórmon, o conve- ra do Senhor. Digo-vos que, se cam pear, o populacho se com binar,
do batismo que todo membro da Igre­ abordardes esse trabalho piedosa­ exércitos podem-se formar, a calú­
ja assume, e que diz em parte, confor­ mente e pedirdes ao vosso Pai Ce­ nia difam ar, mas a verdade de Deus
me registrado em Mosiah 18:9: “Sim lestial que vos revele os meios de irá avante destem ida, nobre e inde­
estais dispostos a chorar com os que serdes um instrum ento em suas pendente até haver penetrado cada
choram; confortar os que necessitam mãos para trazer pessoas para a continente, visitado todo clima,
de conforto, e servir de testem u­ Igreja, ele vos abrirá o cam inho varrido cada país, e soado em cada
nhas de Deus em qualquer tem po, para consegui-lo. ouvido; até que os propósitos de
em ,todas as coisas e em qualquer Deus sejam alcançados, e o G rande
Agora, àqueles que possam estar
lugar.” Jeová diga que a obra está feita.”
ouvindo esta conferência e ainda
(History of The Church of Jesus
É exatamente o que vos pedimos — não são m em bros da Igreja, nós di­
Christ of Latter-day Saints, 4:540)
que esqueçais o medo, vos fortale­ zemos, examinai piedosam ente as
çais no Senhor e presteis ao m undo doutrinas desta igreja. Orai a res­ Presto-vos meu testem unho de
vosso testem unho da veracidade peito dela e havereis de reconhecer que o Evangelho soará em cada ou­
deste Evangelho. assim com o eu sei, que esta é a úni­ vido. Esta é a única igreja verdadei­
ca igreja verdadeira na face da ter­ ra e viva sobre a face de toda a ter­
Agora uma segunda sugestão: O ra. Conversai com m em bros da ra. Porque o Senhor assim o decla­
Presidente Kimball pediu que cada Igreja e aprendei a respeito do rei­ rou, presto testem unho de que exis­
um de nós escolha com espírito de no de Deus na terra hoje em dia. te um profeta vivo na terra hoje, e
oração, um a família para fazer am i­ que há um a real urgência, meus ir­
zade. Escutai o que ele disse: “ T ra­ G ostaria de recordar a todos mãos, de nós, m em bros da Igreja,
balhando juntos com o família, é mais um a vez o que o Senhor disse levantarm os a voz da advertencia
possível fazer um grande trabalho. ao grande Profeta Joseph Smith: para todos os habitantes da terra.
Pai, tu deves assumia liderança. “Nossos missionários estão indo a Possa o Senhor nos dar o poder de
Junto com tua família, escolhe pie­ diversas nações . . . foi erguido o cumprir este propósito, à medida que
dosam ente uma ou duas famílias Estandarte da Verdade; nenhum a lhe obedecermos de todo o coração,
para fazer amizade. Decide quem, mão ím pia pode im pedir o progres­ eu oro em nome de Jesus Cristo.
dentre todos os teus parentes ou so da obra; as perseguições podem Amém.
amigos, queres trazer para a Igreja.
D epois, com o fam ília, p ro cu rai Flagrante do Tabernáculo.
contato com elas. Talvez podeis
planejar com eles um a reunião de
noite familiar, não na segunda-
feira, mas em outro dia da semana,
ou encontrar-se com eles de uma
porção de outras maneiras. Depois,
quando essas famílias dem onstram
interesse, arranjai através do líder
da missãoi da ala ou ram o para con­
vidá-las juntam ente com os missio­
nários a virem à vossa casa a fim de
ouvirem a mensagem da restaura­
ção. Se seguirdes este simples pla­
no, trareis um a porção de boas
famílias para a Igreja.” (Go Ye into
Ali the World, filme estático.)
Notastes que o Presidente Kim­
ball disse escolher piedosamente
uma ou mais famílias?
Recordo o que o Senhor falou
através de Alma, o Filho: “ N ão obs­
tante, foi ordenado aos filhos de
Deus que se reunissem freqüente­
mente e se unissem em jejum e fer-
vente oração, pedindo o bem -estar
das almas dos que não conheciam a
Deus.” (Alma 6:6)
Estais orando pelos que, com o
diz Alma, não conhecem a Deus?
Quando fazemos o trabalho do
Senhor, temos que fazê-lo à m anei­
AGOSTO DE 1976 93
A braham Lincoln, décim o sexto
presidente dos Estados Unidos, ad-
vertiu-nos, usando as palavras do
próprio Salvador: “ Se um reino se
dividir contra si mesmo, tal reino
não pode subsistir;
“E se uma casa se dividir contra si
Para Que mesma, tal casa não pode subsis­
tir.” (M ar. 3:24-25.)
Por grande que seja necessidade
Sejamos Um de unidade no seio das nações, há
necessidade m aior ainda de harm o­
É ld e r H o w a rd W . H u n te r, nia e interdependência dentro da
do Conselho dos Doze Igreja de Jesus Cristo do Santos dos
Últimos Dias em todo o m undo. Ao
aproxim ar-se o fim desta grande
conferência, gostaria de ler-vos o
Por grande que seja a necessidade de unidade e harmonia no seio das
que um profeta m oderno cham ou
nações, ela é maior ainda dentro da Igreja. de “ a maior oração já proferida
lhos no futuro perguntarem , dizen­ neste mundo. Está registrada em
do: Que vos significam estas p e­ João com impressivos detalhes,
dras? conform e ele a ouviu dos lábios do
Filho de Deus, no final da noite em
“ Então lhes direis que as águas que ele e os apóstolos cearam ju n ­
do Jordão se separaram diante da tos pela últim a vez:
arca do concerto do Senhor; pas­ “ Pai, é chegada a hora; glorifica
sando ela pelo Jordão, separaram - a teu Filho, para que tam bém o teu
se as águas do Jordão: assim que es­ Filho te glorifique a t i . . .
tas pedras serão para sem pre por “ M anifestei o teu nome aos ho­
m emorial aos filhos de Israel.” (Jos. mens que do m undo me deste; eram
4:6-7.) teus e tu nos deste, e guardaram a
Desde o princípio dos tem pos, tua palavra . . .
pais deixaram memoriais para os fi­ “ Eu rogo por eles: não rogo pelo
lhos, e filhos têm erguido m em o­ m undo, mas por aqueles que me
riais a seus pais. Aqui na Praça do deste, porque são teus . . .
Tem plo, nós nos rodeam os cons­ Pai Santo, guarda em teu nome
cientem ente com m emoriais assim aqueles que me deste, para que se­
—o velho sino de Nauvoo, o M onu­ jam um, assim como nós . . .

N
a época da conquista da Pa­
lestina ocidental após a mor­ m ento às Gaivotas, estátuas de res­ “ Assim com o tu me enviaste ao
te de Moisés, as dez tribos tauração, o Cristo de Thorvaldsen, m undo, tam bém eu os enviei ao
da antiga Israel foram unidas sob a só para enum erar uns poucos. Eles m undo . . .
“ Eu não rogo som ente por estes,
direção de Josué. Os preparativos ha­ servem para unir um a geração a ou­
mas tam bém por aqueles que pela
viam sido feitos e dada a ordem para tra, preservando, num a longa e
sua palavra hão de crer em mim;
o acampamento aprestar-se para cru­ contínua cadeia, os im portantes
zar o Rio Jordão e sitiar Jericó. Josué eventos de nossa herança comum. “ Para que todos sejam um, com o
disse ao povo que o Senhor faria ma­ A passagem do tem po e o cresci­ tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti;
ravilhas, secando o Jordão, quando m ento de nossas instituições, mui­ que tam bém eles sejam um em nós,
os pés dos sacerdotes que carregavam tas vezes tendem a separar-nos, não para que o mundo creia que tu me
a arca do concerto tocassem a água. só uns dos outros, mas tam bém de enviaste.
E assim com o fora predito, as águas nossos propósitos com uns. Desde
“ E eu dei-lhes a glória que a mim
do Jordão foram m ilagrosam ente os prim órdios da história, foi-nos
me deste, para que sejam um, com o
represadas, e puderam atravessá-lo ordenado edificarm os memoriais,
nós som os u m .” (Jo ã o
a pé seco. ou com em orar a Páscoa ou convo­
17:1,6,9,11,18,20-22.)
car conferências gerais, a fim de
Depois de o povo de Israel haver D entro da Igreja, existe um a
preservar o poder de nossa fé unida
atravessado o leito seco do rio, o constante necessidade de união,
e recordar os m andam entos de
S enhor m andou Josué esco lh er pois se não formos unidos, não so­
Deus em alcançarm os nossas metas
doze hom ens, um de cada tribo, mos dele. (Vide D& C 38:27.) Somos
eternas, imutáveis.
para levarem doze pedras do leito realm ente dependentes um do ou­
do Jordão até o local de acam pa­ Não obstante, para conseguirmos tro, “ e o olho não pode dizer à mão:
m ento daquela noite. A seguir, reforçar nosso poder e preservar Não tenho necessidade de ti; nem
acrescentou: “ Para que isto seja por nossa unidade, são precisos mais ainda a cabeça aos pés: N ão tenho
sinal entre vós; e quando vossos fi­ q u e m o n u m e n to s e fe s tiv a is necessidade de vós.” (1 Cor. 12:21.)
94 A LIAHONA
T a m p o u c o p o d e m os n o r te -
americanos dizer aos asiáticos, nem
os europeus aos habitantes das ilhas
do mar: Não necessitamos de vós.
Não, nesta igreja necessitamos de
cada membro, e oram os com o fez
Paulo, quando escrevia à igreja de
Corinto, “ que não haja divisão no
c o rp o , m as a n te s te n h a m os
membros igual cuidado uns dos ou­
tros.
“ De m aneira que, se um m em bro
padece, todos os m em bros pade­
cem com ele; e, se um m em bro é
honrado, todos os m em bros se re­
gozijam com ele. (1 Cor. 12:25-26.)
As palavras de Paulo são tão váli­
das para nós hoje, com o o foram
para os santos de Corinto.
Pensando na enorm e expansão
da Igreja, na diversidade de línguas
e culturas, e nas m onum entais tare­
fas que ainda estão à nossa espera,
imaginamos se haveria algum obje­
tivo mais im portante do que viver
de m aneira a podermos gozar o
espírito unificador do Senhor.
Os éldres Ezra Taft Benson e Mark E.* Petersen, do Conselho dos Doze.
Como Jesus orou, nós temos que ser
unidos, se quisermos que o mundo
se convença de que ele foi enviado difícil da história aa Igreja, o Profe­ dárias, que alas e estacas, ramos e
por Deus, seu Pai, para nos redim ir ta Joseph Smith referiu-se à oposi­ distritos posssam form ar o grande
de nossos pecados. ção que pode atrasar a Igreja, quan­ corpo de Cristo, preenchendo cada
É a unidade e união que nos têm do não estam os cheios do espírito necessidade, am enizando toda dor,
capacitado até agora a prestar nos­ de apoio e solidareidade. curando toda ferida até que o mun­
so testem unho m undo afora, com “ A nuvem que vinha pairando do inteiro, conform e implorou Néfi,
dezenas de milhares de missionários sobre nós” disse ele, “ rom peu-se há de “ prosseguir para a frente,
para fazer a sua parte. Mais tem com bênçãos sobre nossas cabeças, com firmeza em Cristo, tendo uma
que ser feito. É a unidade que até e Satanás foi frustrado em suas ten­ esperança resplandecente e am or a
agora tem capacitado a Igreja, suas tativas de destruir a mim e à Igreja, Deus e a todos os homens . . .
alas e estacas, ramos e distritos, e sucitando ciúmes no coração de al­ “ M eus queridos irm ãos,” conti­
membros a construir tem plos e ca­ guns dos irmãos; e agradeço ao meu nuou Néfi, “ este é o cam inho; e não
pelas, em preender projetos de bem- Pai Celestial pela união e harm onia há nenhum outro cam inho.” (2 Néfi
estar, pesquisar os m ortos, velar agora prevalecentes na Igreja.” 31:20-21.)
pela Igreja e edificar a fé. Mais tem (History of The Church of Jesus
que ser feito. Estes grandes propósi­ Christ of Latter-day Saints, 2:355.) Pela inteira Igreja mundial, pelo
tos do Senhor não poderiam ter grande corpo de santos do Oriente
sido cum pridos com dissensão, ciú­ É lógico, a chave para um a igreja do O cidente, do N orte e do Sul, nós
mes ou egoísmo. Nossas idéias tal­ unida é um a alm a unida — uma oram os que possamos ser um.
vez nem sempre combinem total­ alma em paz consigo mesma e não
m ergulhada em conflitos e tensões Esta tem sido um a conferência
mente com os que nos presidem em gloriosa. N ela reinou um bom espí­
autoridade, mas esta é a igreja do interiores. H á tanta coisa neste
mundo calculada para destruir essa rito, e por term os sido unidos sob a
Senhor, e ele há de abençoar todo direção de um profeta de Deus,
aquele que se descartar de seu or­ paz pessoal por meio de pecados e
tentações aos milhares. Rogamos apoiando e sustendo-o, o Senhor
gulho, orar por força e contribuir nos tem abençoado. Presto teste­
para o bem do todo. que a vida dos santos seja vivida em
harm onia com o ideal estabelecido munho de que Deus vive e conti­
Pelo mesmo sinal não conheço nuará a nos abençoar, se perm ane­
para nós por Jesus de Nazaré.
armas mais eficientes nas mãos do cerm os com o um e seguirmos seus
adversario contra qualquer grupo Oram os para que os esforços de m andam entos. Que assim possamos
de homens ou mulheres na Igreja Satanás sejam frustrados, que a vida agir é m inha humilde oração, em
do que as da desunião, do criticis- pessoal possa ser pacífica e calma, nome de nosso Salvador e M estre,
mo e antagonismo. Num período que as famílias seiam unidas e soli­ Jesus Cristo. Amém.
AGOSTO DE 1976 95
tos padrões de nossa vida familiar e
com unitária.
Há poucos anos, um avião a jato
cruzou o O ceano A tlântico nos dois
sentidos, em poucas horas. Logo
depois, o jornal New York Times
Em Busca de publicava uma “ charge” , m ostran­
do o jato voando a um a velocidade
fantástica, com a legenda: “ O pro­

Riquezas Eternas gresso científico do hom em .” 'N o


chão, mostrava uma grande tartaru ­
ga, m ovendo-se vagarosam ente,
com a legenda: "O progresso moral
Presidente Spencer W. Kimball
do hom em .”
E acrescentava o autor: “ Esta
“ charge” ilustra de forma vivida o
que pode ser a tragédia da idade
m oderna, e o que é, sem dúvida,
uma das mais imperativas razões
para maior atenção para com os va­
lores morais e espirituais em nossos
lares e escolas.”
“ Seguim os avante com clara visão e sólido julgamento, e rededicamos E por isso que tanto insistimos na
nosso lar e nossa família aos elevados valores morais e espirituais. realização da noite familiar em
cada família sem analm ente, a fim
Já bem no início de seu ministé­ de que possamos guiar, inspirar,
rio, perguntava o Senhor: “ Que educar e dar primazia aos pensa­
buscais?” Referia-se ele ao impulso mentos que conduzem ao cresci­
que induz a busca de bens terrenos, m ento espiritual e inspiração reli­
honras, louvor e riquezas m unda­ giosa.
nas, ou as riquezas eternas d ’alma.
O que aproveitam ao homem? As­ Disse um autor: “ Até onde che­
sim o S e n h o r a p re s e n to u um gamos na longa peregrinação do
vibrante contraste entre as honras homem das trevas para a luz? Esta-
do m undo e as honras que podem mo-nos aproxim ando da luz, do dia
advir à alma. Ele descreve vivida- da liberdade, de paz para toda a hu­
mente o contraste entre as coisas do manidade, ou estarão as sombras de
m undo e as coisas relacionadas com mais outra noite se fechando sobre
os desejos e feitos celestiais. nós?”

R e ite ra m o s re p e tid a m e n te a Nós, membros da Igreja, procla-


exortação de Cristo, quando ad­ mos nossa liberdade e renovação de
moestou seus ouvintes: “ buscai pri­ nossa fé e confiança de term os con­
meiro o reino de Deus, e a sua justi­ trole sobre nossa família, e de po­
mados, irmãos, após quatro
A dias de reuniões de confe­
rencia, agora se aproxim a o
térm ino desta conferencia geral.
ça; e todas estas coisas vos serão
acrescentadas,” (M at. 6:33.)
dermos criar nossos filhos de forma
a am arem a verdade e serem feli­
zes na imortal dignidade do ho­
Esta, pois, é a questão primordial mem, governados pelas leis eternas
Foram horas de regozijo, pois vi­ que leva grande núm ero de pessoas e morais de Deus.
mos grande núm ero de nossos que­ no mundo inteiro a se preparar para
ridos irmãos e irmãs de muitos paí­ a opção — os bens materiais ou os Em vários países, nossa congre­
ses deste nosso globo. É uma gran­ espirituais. g a ç ã o c o n ta com n u m e ro s o s
de alegria reve-los e dar-se conta membros altam ente profissionaliza­
do progresso e desenvolvimento Os sermões desta conferência dos e habilitados. Contudo, temos
conseguido pelo povo deles. acentuaram o fato de que grandes igualmente muitos excelentes líde­
estadistas, lúcidos educadores e o res e m em bros que se dedicam à
Esperam os que a conferência
público em geral apontam a eviden­ m ineração de carvão, a cuidar de
haja proporcionado um estímulo es­
te carência espiritual da época pre­ caldeiras, a serviços contábeis, ati­
piritual, e recordam os as palavras
sente e um declínio dos padrões éti­ vidades de torneiro, apanhar algo­
do Senhor: “ Pois que aproveita ao
cos e morais. dão, cultivar pom ares, curar doen­
homem ganhar o mundo inteiro, se
perder a sua alma? ou que dará o Esperamos que não seja verdade, tes, plantar milho, tudo isso com
homem em recom pensa da sua al­ mas nos opomos intransigentem en­ muito orgulho e proveito.
ma?” (M at. 16:26.) te a qualquer investida contra os al­ Os inimigos da fé não conhecem
96 A LIAHONA
outro Deus, senão a força, nenhu­ Injúrias, calúnias, m aledicência, com pletar todo o ciclo da vida hu­
ma devoção, senão o em prego da criticismo são cupins insidiosos que m ana com todas as suas alegrias e
força. Dominam os hom ens pela destroem o lar. Brigas e palavrões satisfações na ordem natural - in­
traição; lucram com a fome dos ou­ tam bém são males que às vezes pre­ fância, adolescência, m ocidade, pa­
tros. Tudo quanto se lhes opõe, eles judicam o lar. ternidade, meia-idade e a idade dos
deturpam , principalm ente a verda­ netos. C ada idade tem satisfações
G eorge W ashington nos deu um
de. Por isso, seguimos avante com que só se podem conhecer por ex­
bom exemplo nesse sentido. Q uan­
clara visão e sólido julgam ento, e periência própria. É preciso renas­
do soube que alguns de seus oficiais
rededicam os o nosso lar e nossa eram dados a blasfemar, enviou- cer seguidam ente, para conhecer o
família aos elevados valores morais lhes um a carta a l 9 de julho de 1776, curso inteiro da felicidade humana.
e espirituais. da qual citamos: Q uando nasce o prim eiro filho, nas­
ce u’a mãe, nasce um pai e nascem
Por conseguinte com o o lar é o “ Pesa-me ser inform ado que o avós. Somente nascendo que eles
alicerce do país, prosseguimos cui­ tolo e iníquo hábito de blasfem ar e podem vir a ser. Somente pelo ciclo
dando que nossos filhos sejam ensi­ praguejar profanam ente, vício até natural da vida, podem -se alcançar
nados, educados e controlados, vis­ agora pouco conhecido no Exército
to serem nosso mais precioso bem; as grandes alegrias progressivas da
A m ericano, está-se tornando moda. hum anidade.
e ensinamo-los a andarem em reti­ Espero que a oficialidade procura­
dão e a se tornarem dignos cidadãos “ Q ualquer sistema social que im­
rá, tanto pelo exemplo com o in­
do reino de Deus. peça o indivíduo a seguir o ciclo
fluência, pôr um paradeiro nisso, e
Reconhecem os o fato de que o que tanto eles como os hom ens re­ norm al da vida, de casar cedo, de
ensino da religião e m oralidade é, flitam que pouca esperança pode­ criar um a família antes dos cin­
sem dúvida tarefa dos pais. É a res­ mos ter das bênçãos dos céus para qüenta ou coisa tal, e de usufruir as
ponsabilidade dos pais e mães. nossas armas, se os insultarm os com profundas, peculiares alegrias da
nossa im propriedade e insensatez. m eia-idade e de ter netos, frustra a
Nós vos convidamos agora a re­ ordem divina do universo e lança a
tornar para a conferência geral de Além disso, é um vício tão baixo e
vil, sem nenhum a com pulsão, que base para toda sorte de problem as
ou tu b ro , q u ando voltarem os a sociais.”
acentuar os tem as fundam entais tão todo homem de bom senso e cará­
bem e claram ente ensinados nesta ter o detesta e despreza.” Prosseguimos, citando:
conferência. A m aioria dos pais há de concor­ “ Q uando um m oço e um a jovem
dar com esta citação de um aprecia­ do tipo biológico certo se casam aos
C ontinuarem os a pôr em ordem
do autor: vinte e poucos anos, estando prepa­
nossos lares e famílias e a mantê-los
rados para ganhar a vida e sustentar
nessa condição; e continuarem os “ T oda fase da vida hum ana é ma­ e criar seus filhos, eles com eçaram
tam bém a divulgar o Evangelho en­ ravilhosa —a idade irresponsável da o ciclo norm al da vida. Provavel­
tre as nações do mundo. infância, os em ocionantes anos da m ente darão à sociedade bem me­
Se descobríssem os que o alicerce adolescência e nam oro, o período nos problem as quanto a crimes,
de vossa casa, vosso lar está sendo produtivo de lutas e pesados encar­ im oralidade, divórcio ou indigência
solapado por cupins, não perderíeis gos da paternidade; porém , o mais do que seus com panheiros solteiros.
tem po em m andar exam inar o pré­ m aravilhoso tem po da vida chega T erão filhos e os criarão, enquanto
dio e exterm inar a praga. quando pai e mãe se tornam com ­ são vigorosos, gozam-nos quando
panheiros e amigos de seus filhos e estão adultos e obtiveram sucesso,
Existem elem entos destrutivos filhas adultos, bem sucedidos, e co­ dependem deles quando fracos, e
muito mais im portantes que podem m eçam a gozar a alegria dos netos. usufruem o m elhor tipo de seguro
invadir vosso lar, vosssa família.
“ A juventude é circunscrita por contra velhice jam ais inventado
Concordam os com o educador re striç õ es, lim itações, horários, pelo hom em ou Deus, um seguro
suíço Pestalozzi: com binações. A adolescência é que paga suas anuidades em bens
“Nossas alegrias dom ésticas são cheia de mistérios, anseios e derro­ m ateriais quando necessário, mas
as mais deleitosas que a terra ofere­ tas. Em seu início, a paternidade se que, em geral, lhe paga em ricas
ce, e a alegria dos pais com seus fi­ absorve em lutas e solução de alegrais de am or e ca m a ra d a ­
lhos é a mais sublime da hum anida­ problem as. A velhice senil é obscu- gem . . . As suprem as alegrias da ex­
de. T orna seus corações puros e recida por mistérios eternos, porém periência hum anão virão a partir da
bons, eleva-os até seu Pai nos a meia-idade e a velhice normal, se a m eia-idade, através do com pa-
céus.” vida foi vivida reta e plenam ente, nheirsm o, am or e honra dos filhos e
estão repletas de sensação, não ape­ netos.”
Vós e eu entendem os perfeita­ nas de sucesso, mas de com panhei­
mente que essa grande, sublime ale­ E nossa esperança, pois, que to ­
rismo com filhos e netos.” dos os m em bros da Igreja cuidem
gria está ao alcance de cada par de
pais, desde que hajam realizado de­ “ Falando da família, tão funda­ de pôr em ordem sua própria vida, a
vidamente seu casam ento e cum pri­ m ental para nosssa alegria e felici­ fim de poderem gozar esses ciclos
do suas responsabilidades familia­ dade, continuam os a citar ainda da vida.
res, e se prevaleceram altos ideais R.J. Sprague:
E agora, ao chegarm os ao fim
no casam ento e vida familiar. “ T odo indivíduo "orm al deveria desta grande conferência, gostaria
AGOSTO DE 1976 97
de lem brar mais um a vez à nossa apóstolos e servos do S enhor]; . . . ta, outros Elias, e outros Jerem ias
gente — ponham os mãos a obra e ou um dos profetas;
“ N ão buscam ao Senhor para l
cuidemos que todos os líderes cum ­ estabelecer a sua justiça, mas cada “ Disse-lhes ele: E vós, quem di-
pram o Evangelho de Cristo e o en­ um segue o seu próprio cam inho, zeis que eu sou?
sinem a seu povo, a fim de que se segundo a imagem do seu próprio
espalhe por todos o os cantos do “ E Simão Pedro, respondendo,
Deus, a qual é à sem elhança do disse: Tu és o Cristo, o Filho de
mundo. Temos que seguir avante, mundo, e cuja substância é a de um
irmãos, para viver um a vida digna. Deus vivo.” (M at. 16:13-16.)
ídolo, que envelhece e perecerá em
Pagaremos nossos dízimos e ofer­ Babilônia, mesmo a grande Babilô­ Neste recinto, existem hoje meia
tas; iremos ao tem plo e cuidaresm o nia que cairá . .. centena de testem unhas especiais.
dos dados genealógicos de nossos Ao alcance da minha voz, há deze­
mortos. Realizaremos nossa noite “ As coisas fracas do m undo virão nas de m ilhares de homens que to ­
familiar com absoluta regularidade e abaterão as grandes e fortes, para dos, num só grande coro, responde­
e eficiência. Ensinarem os retidão a que os hom ens não se aconselhem riam a essa pergunta: “Tu és o Cris­
nossos filhos. M andarem os nossos com o próximo, nem confiem no to, o Filho de Deus vivo.”
filhos dignos fazer missão. C um pri­ braço da carne —
remos nossas próprias responsabili­ E então o Senhor poderia dizer a
“ Mas para que todo hom em fale, cad a um dos m ilhares de nós:
dades, ensinando o Evangelho aos em nome de Deus, o Senhor.”
nossos sem elhantes e advertindo- “ Bem -aventurado és tu, meu filho,
(D&C 1:1-4,12-14,16,19-20.) porque não to revelou a carne e o
os.
Eu gostaria de concluir com um sangue, mas meu Pai que está nos
No início desta dispensação, dis­
pensam ento sobre Jó, cuja m ulher o céus.
se-nos o Senhor:
procurou com um a sugestão ten ta­ “ Pois digo-te que tu és Pedro,
“ Escutai, ó povo da minha igreja,
dora. Tiago ou João, ou seja quem for, e
diz a voz daquele que habita no alto
e cujos olhos estão sobre todos os “ Então sua m ulher lhe disse: Ain­ sobre esta pedra da revelação —não
hom ens; sim, na verdade vos digo: da reténs a tua sinceridade? A m al­ a pedra de Pedro, porque a Igreja
Escutai, ó povo de terras longín­ diçoa a Deus e morre. não poderia ser edificada sobre a
quas, e vós que habitais as ilhas do vida de nenhum hom em , mas sobre
“ Mas ele lhe disse: Com o fala a pedra da revelação - eu te revelei
mar, escutai juntam ente.
qualquer doida, assim falas tu; rece­ que Jesus é o Cristo.
“ Pois na verdade, a voz do Se­ berem os o bem de Deus, e não re­
nhor se dirige a todos os homens, ceberíam os o mal? . . . “ E eu te darei as chaves do reino
e ninguém há de escapar, e não há dos céus; e tudo o que ligares na
“ Enquanto em mim houver alen­ terra, será ligado nos céus; e tudo o
olho que não verá, nem ouvido que
to, e o sopro de Deus no m eu nariz, que desligares na terra será desliga­
não ouvirá, nem coração que não
será penetrado. “ Não falarão os meus lábios ini­ do nos céus.” (Vide M at. 16:17-19.)
qüidade, nem a m inha língua pro­ E este é o meu testem unho para
“ E os rebeldes serão tom ados de
nunciará engano. vós, meus irmãos, ao concluirm os
muita tristeza, pois suas iniqüidades
serão proclam adas de cim a dos te­ “ Longe de mim que eu vos justifi­ esta maravilhosa conferência, na
lhados, e revelados os seus atos se­ que; até que eu expire, nunca apar­ qual tanto nos regozijamos juntos.
cretos. tarei de mim a minha sinceridade. Meu testem unho é que tudo o que
pode ser ligado na terra pode ser li­
“ E a voz da advertência irá a to­ “ À m inha justiça me apegarei e
gado nos céus pela autoridade e po­
dos os povos pela boca de meus não a largarei; não me rem orderá o
der que foi concedido aos servos do
discípulos, os quais escolhi nestes meu coração em toda a m inha vi­
Senhor. Eles foram dados aos Doze
últimos dias . . . da . . .
Apóstolos nos prim eiros tem pos, fi­
“ Preparai-vos, preparai-vos para “ Porque qual será a esperança do lhes dado novam ente hoje em dia.
o que está por vir, pois o Senhor es­ h ip ó crita, havendo sido avaro, Tudo o que ligardes na terra, será li­
tá perto; quando Deus lhe arrancar a sua al­ gado nos céus. As chaves do reino es­
ma?” (Jó 2:9-10; 27:3-6,8.) tão sobre a terra. Sabemos que o
“ E a ira do Senhor está acesa, e a
Senhor quer que as usemos para
sua espada está banhada nos céus, e Enquanto ouvia os muitos ser­
abrir as portas, a fim de irmos
sobre os habitantes da terra cairá. mões durante esta conferencia, Ma­
adiante e para prom overm os a obra
teus 16 foi citado seguidas vezes.
“ E o braço do Senhor se manifes­ de nosso Salvador com nosso esfor­
G ostaria de citá-lo mais uma vez,
tará; e se aproxim a o dia em que ço especial. E presto-vos este teste­
pois que a repetição há de nos for­
aqueles que não ouvirem a voz do m unho e peço que as bênçãos do
talecer.
Senhor, nem a de seus servos, nem Senhor estejam sobre vós ao viajar-
atenderem às palavras dos profetas “ E chegando Jesus às partes de des de volta ao vosso lar, que este-
e apóstolos, serão desarraigados Cesaréia de Filipo, interrogou os jais protegidos e seguros, e que
dentre os povos. [E gostaria de di­ seus discípulos, dizendo: Quem di­ a mensagem desta conferencia pos­
zer aqui que, durante os dias desta zem os hom ens ser o Filho do ho­ sa estar profundam ente incutida
conferência, ouvimos muitos, mui­ mem? para sem pre em vosso coração, em
tos testem unhos pelos profetas, “ E eles disseram: Uns João Batis­ nome de Jesus Cristo. Amém.
98 A LIAHONA
Sessão do Bem-estar, sábado, 3 de abril de 1976. Poucos meses depois, o Senhor
acrescentava esta adm oestação: “ E
em todas as coisas lembrai-vos dos
A Igreja e a pobres e necessitados, dos doentes
e aflitos, pois aquele que não faz es­
sas coisas, o mesmo não é meu
Família nos Serviços discípulo.” (D&C. 52:40.)
Para habilitar-nos coletivam ente
— com o igreja — a cum prirm os essa
de Bem-Estar responsabilidade, foi organizado o
program a dos Serviços de Bem-
Bispo Victor L. Brown, Estar. Existem certas diferenças bá­
Bispo presidente sicas entre a forma de a Igreja e go­
verno cuidarem dos necessitados.
A preparação familiar é o fundamento no qual se baseia a preparação Uma das mais im portantes dessas
da Igreja. diferenças é assim exposta pelo Pre­
do em tem pos conturbados. Entre- sidente J. Reubem Clark Jr.:
ta n t o , c o n f o r m e te m sid o c ita d o
“ A Igreja não distribui esmolas;
ta n t a s v e z e s “ é p r e c is o q u e listo l
esta é um a das razaões pelas quais
m o d o " . (D & C
devemos fazer da assistência aos
1 0 4 : 1 6 .)
necessitados um problem a local e
por que ele deverá continuar sendo
Esperam os que vós, presidentes
de estaca, bispos e presidentes de local. A Igreja não pode dar esmo­
las; não pode prover um grande de­
Sociedade de Socorro ensineis ao
pósito para o qual os bispos podem
povo os princípios fundam entais da
m andar tudo ou onde se podem
auto-confiança e independência. É
criticam ente im portante que os abastecer de tudo de que precisam
mem bros da Igreja sejam converti­ para seus pobres, com o se a Igreja
dos a este princípio. Se os mem bros fosse o Tesouro dos Estados Uni­
dos. Isto é inexeqüível.” (Conferen-
da Igreja com o um todo praticas­
ce Report, outubro 1944.)
sem esses ensinam entos, não tería­
mos necessidade alguma de tem er Disse o Senhor ainda mais: “ não
eus caros irmãos, somos os problem as que indubitável irão serás ocioso; porque o ocioso não

M gratos pela oportunidade


de, nesta manhã, voltar­
mos a discutir convosco alguns
surgir, fossem quais fossem.
Disse o Senhor: “ Pois se desejais
que eu vos dê um lugar no mundo
com erá o pão nem usará as vestes
do tra b a lh a d o r.” (D & C 42:42.)
Uma esmola ou algo que se conse­
dos princípios fundam entais do celestial, devereis preparar-vos, fa­ gue em troca de nada, fom enta a
programa de Serviços de Bem-Estar zendo as coisas que eu mandei e ociosidade e dependência, e destrói
da Igreja. que exigi de vós . . . o respeito próprio.
É preciso que nos façamos cons­ O “ m odo” do Senhor destina-se a
“ Eis que esta é a preparação com
tantem ente esta pergunta: Qual é a nos ajudar a satisfazer nossas pró­
a qual vos preparo, o alicerce e o
responsabilidade do indivíduo, da prias necessidades e tam bém a cui­
exemplo que dou, por meio dos
família e da Igreja na satisfação das quais podereis cum prir os m anda­ dar dos necessitados de m aneira a
necessidades de nosso povo? Há m entos que vos são dados; lhes preservar ou restituir sua inde­
evidência de que ainda existe quem “ Que pela minha providência, pendência, industriosidade e respei­
não entenda ou pelo menos não não obstante a tribulação que sobre to próprio. Ele execra os injustifica-
leve a sério a recom endação feita vós descerá, a minha igreja perm a­ dam en te ociosos que não são
há tan to s anos. A p aren tem en te neça independente, acim a de todas “ quebrantados de coração, cujos
acham que a Igreja cuidará deles in­ as outras criaturas sob o m undo ce­ espíritos não são contritos, e cujas
dependente do que tenham ou não leste.” (D& C 78:7,13-14.) barrigas não estão satisfeitas, e cu­
feito por si mesmos. jas mãos não cessam de tom ar posse
E disse mais: “ Se estiverdes pron­
Devemos simplesmente reconhe­ dos bens de outros hom ens, cujos
tos não tem ereis.” (D& C 38:30.)
cer que o fundamento do programa Agora, com respeito ao papel da olhos estão cheios de cobiça e que
dos Serviços de Bem-Estar da Igre­ Igreja nos serviços de bem -estar. não Itrabalham l com as Isuasl pró;,
ja depende do grau de preparação Nos prim órdios desta dispensação, prias m ãos” ! (D&C 56:17.) Ele se
do indivíduo e depois de sua famí­ quando a Igreja tinha apenas alguns regozija, todavia, em buscar e cui­
lia, de cuidarem de si próprios. Se meses de existência, o Senhor reve­ dar dos pobres bem -aventurados”
nossa gente apenas entendesse que lou ao Profeta Joseph Smith que que são puros de coração, cujos co­
esses ensinamentos são provenientes nós, com o povo, deveríam os cuidar rações são quebrantados e cujos
do amor do Senhor, e que ele, em dos pobres e necessitados, e minis­ espíritos são c o n trito s” . (D & C
sua infinita sabedoria quer que seu trar-lhes auxílio para que não so­ 56:18.)
povo seja particularm ente abençoa- fram .” (Vide D&C 38:35.) O esforço conjunto dos membros
AGOSTO DE 1976 99
individualm ente e program as orga­ po em que haverá muito mais des­ organizar trabalho de assistência es­
nizados da Igreja para auxiliar esses graças, em que se darão mais fura­ pecial por parte dos quoruns. Os
justos, porém infortunados santos a cões e enchentes . .. mais terrem o­ serviços de saúde e sociais seriam
ajudarem -se a si mesmos, é cham a­ tos . . . Penso que sua probabilidade necessários em muitos lugares. Evi­
do de preparação da Igreja. Com vai crescendo, 'a m edida que nos dentem ente os recursos materiais
seus esforços co n c en trad o s em aproxim amos do fim, e por isso d e­ da Igreja seriam pesadam ente one­
nível de ala, os m em bros da Igreja vemos estar preparados para isso.” rados, financiando tais encargos,
consagram seu tem po, energias e (Conference Report, abril de 1974, principalm ente se a condição dois
meios, a fim de organizar em preen­ pp. 183-84.) perdurasse por longo tem po ou fos­
dim entos de produção, instalações Refletimos m aduram ente sobre se de grande âmbito.
de beneficiam ento com o fábrica de essas declarações e outras sem e­ N a condição três, as circunstân­
conservas, armazéns, agências de lhantes, e procuram os visualizar cias seriam muito sérias. A depres­
em prego e outros organismos dos m e n ta lm e n te , p re v e n d o o que são econôm ica grave, talvez que à
Serviços de Bem-estar. Ajudam aconteceria no futuro sob várias beira da derrocada, com desem pre­
igualmente outros m em bros que te­ condições sociais e econôm icas. go generalizado. Provavelm ente ha­
nham problem as sociais, em ocio­ G ostaria de com partilhar convosco veria m uita dissensão social. Esta
nais e econômicos, vivendo o se­ as possíveis condições que pode­ condição poderia ser conseqüência
gundo grande m andam ento de riam atingir cada um de nós indivi­ de graves problem as econômicos,
am or ao próximo com o a si mesmo. dualm ente e a Igreja coletivam ente. tal com o sério fracasso das colhei­
Além disso, ajudam a Igreja a satis­ G ostaria de ver o que aconteceria tas, desastres naturais em larga es­
fazer as necessidades dos pobres em três condições hipotéticas, po­ cala ou um possível conflito inter­
através de generosas ofertas de je ­ rém potencialm ente reais. nacional. Em tais circunstâncias, a
jum , todos os meses. Tais esforços, A prim eira condição se caracteri­ Igreja, valendo-se de nossos recursos
contudo, destinam-se a cuidar de za por um a econom ia relativam ente atuais, muito provavelmente não teria
apenas um núm ero limitado de san­ estável, m odesta taxa de desem pre­ capacidade de prover qualquer assis­
tos, som ente daqueles que realm en­ go e tragédias naturais em núm ero tência além da fornecida na condição
te não podem cuidar de si mesmos limitado - condição bastante pare­ dois, e portanto não poderia atender a
— a viúva, o órfão, o tem poraria­ cida à que gozamos atualm ente em todas as necessidades de bem-estar do
m ente desem pregado, o doente, o nosso e muitos outros países. A pe­ povo.
portador de problem as emocionais nas um pequeno núm ero de indiví­ Eu gostaria de salientar que essa
e assim por diante. Porém, até mes­ duos ou famílias da Igreja necessita­ preparação inclui mais do que a
mo estes são assistidos som ente d e­ riam de recorrer ao bispo em busca m eram ente tem poral. Particular­
pois que eles próprios e seus fami­ de assistência médica, em ocional m ente na condição dois e três, en­
liares fizeram todo o possível por si ou econôm ica tem porária. Para so­ co n tra ríam o s dissensão social,
mesmo. correr essas famílias ou indivíduos preocupações, tem or, depressão e
Na reunião dos Serviços de Bem- incapazes de sustentar: se totalm en­ todas as tensões em ocionais que
estar do ano passado, o Presidente te sozinhos, usaríamos nossos em ­ acom panham tais condições econô­
M arion G. Romney comentava: preendim entos de produção, arm a­ micas e sociais. As condições sani­
“ Não quero parecer um ‘futurólo- zéns, agências de em prego e fundos tárias seriam precárias. Famílias e
go’ agoureiro. Não sei o que vai de ofertas de jejum . Os apropriados indivíduos teriam que, preparados,
acontecer futuram ente em deta­ serviços de assistência social e de enfrentar tais condições em ocional
lhes. Sei o que os profetas predisse­ saúde da Igreja apoiariam a organi­ e fisicam ente. Os m em bros teriam
ram. Mas digo-vos que o program a zação do Sacerdócio na satisfação m aior necessidade do que nunca de
do bem -estar, organizado para nos dessas necessidades especiais. O se am pararem m utuam ente.
habilitar a cuidarm os de nossas pró­ atual estado de preparação da nossa Estes exemplos, em bora apenas
prias necessidades, ainda não cum ­ Igreja perm ite-nos atender às d e­ hipotéticos, ilustram que a nossa
priu a função que lhe foi destinada. m andas implícitas nessa prim eira salvação tem poral depende unica­
Havemos de ver o dia em que vive­ condição. m ente de seguirmos as recom enda­
remos daquilo que produzim os.” A condição dois é caracterizada ções das A utoridades Gerais a res­
(Conference Report, abril de 1975, p. por mais graves tensões econôm i­ peito de estarm os preparados com o
165.) cas, sociais e de saúde. Poderia in­ família e indivíduo, com o ala e esta­
Disse o Presidente Spencer W. cluir um a depressão da econom ia ca. À m edida que aplicarm os seu
Kimball: com grave desem prego ou talvez conselho, fazemos de Sião um refú­
“ Temos tido muitas calam idades desastres naturais localizados. A so­ gio e m odelo de vida justa, confor­
no período que passou. Parece que ciedade seria instável e desunida. A me ordenou o Senhor nestas pala­
a cada um ou dois dias, há um terre­ fim de a Igreja conseguir satisfazer vras: “ N a verdade digo a vós todos:
m oto ou um a enchente ou um fura­ as necessidades dos impossibilita­ Erguei-vos e brilhai, para que a
cão ou outra desgraça que traz difi­ dos de cuidarem de si mesmos, exi­ vossa luz seja um estandarte para as
culdades para m uita gente. Sou gra­ giria o máximo de nossos projetos nações;
to por ver que nosso povo e nossos de produção, reduziria a variedade “ E para que a congregação na
líderes estão com eçando a captar a de itens produzidos e distribuídos, terra de Sião e em suas estacas seja
visão da auto-ajuda . . . nos obrigaria a prover oportunida­ para defesa e refúgio co n tra a tem ­
“ Penso que está chegando o tem ­ des de trabalho em Krga escala e a pestade.” (D& C 115:5-6.)
100 A LIAHONA
nam ento familiar amoroso. É capaz
de enfrentar galhardam ente os ine­
vitáveis opostos da dor e alegria pri­
vação e abundância, fracasso e su­
cesso por meio de sua fé no Senhor
Jesus Cristo e na vida eterna.” (En-
sig, nov. de 1975, p. 115.)
A preparação familiar é a chave
para a satisfação das necessidades
dos m em bros da família e o funda­
m ento no qual se baseia a prepara­
ção da Igreja.
Q uando falamos de im plementar
a preparação familiar, estamo-nos
referindo a coisas simples, elem en­
tares: um pai m ostrar seu trabalho
ao filho, para que este conheça essa
parte im portante da vida paterna;
os pais envolverem os filhos na ela­
boração do orçam ento familiar; a
mãe ensinar à filha prendas dom és­
ticas, tal com o cozinhar e costurar;
pais e filhos discutirem juntos como
um a família estável e equilibrada se
conduz em tem pos difíceis, desen­
volvendo, assim, um entendim ento
de saudáveis reações emocionais.
O Salvador ensinou-nos a chave
para a eterna lei da paternidade e
viver familiar, quando disse: “Na
Elder Joseph Anderson, assistente do Conselho dos Doze.
verdade, na verdade vos digo que o
Vejamos agora o princípio funda­ orçam ento e adm inistração finan­ Filho por si mesmo não pode fazer
mental, o papel da família e do in­ ceira. Os filhos ap ren d em tais coisa alguma, se o não vir fazer ao
divíduo. O indivíduo tem a respon­ princípios pela experiencia prá­ Pai; porque tudo quanto ele faz, o
sabilidade de cuidar de si mesmo e tica . . . Filho faz igualmente.
de sua família. Diz o Apóstolo Pau­ “ Porque o Pai am a o Filho, e
“ Produção e arm azenamento do­
lo: “ Mas se alguém não tem cuida­ m ostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe
m éstico. A família preparada dispõe
do dos seus, e principalm ente dos m ostrará maiores obras que estas,
de suprim entos suficientes para
da sua família negou a fé, e é pior para que vos m aravilheis.” (João
atender suas necessidades básicas
do que o infiel.” (I Tim. 5:8) Ao in­ 5:19-20.)
durante um ano, pelo menos. Além
divíduo cabe o encargo de prover
disso, p a rtic ip a ativ am en te, se E pelo exemplo que os pais ensi­
sustento para si mesmo, aos pais
possível, na produção desse supri­ nam seus filhos a realm ente se pre­
para seus filhos, aos filhos para seus
mento, com o cultivando e conser­ pararem para viver o caminho de
pais idosos -e avós. Este dever só
vando gêneros alimentícios, costu­ vida do Senhor.
pode ser cum prido, usando-se sa­
rando etc.
biamente os recursos individuais e P reparação familiar, conform e o
familiares. “ Saúde física. A família prepara­ term o é aplicado nos Serviços de
da pratica bons princípios profiláti- B em -estar, é muito mais que um
Permiti que reveja convosco mais cos com referência à nutrição, sani­ lem a ou program a. E a chave pela
uma vez os cinco elem entos básicos dade, prevenção de acidentes, cui­ qual as famílias realizam sua salva­
da preparação familiar, dos quais
dados dentários e prim eiros socor­ ção tem poral. Ela perm ite ao pai e
falamos em reuniões passadas dos ros; também compreendem o uso mãe ensinarem pelo exemplo uma
Serviços de Bem-Estar:
apropriado dos recursos sanitários. lição a p ren d id a das E scrituras:
“ Profissionalização. Na família As prom essas feitas pelo Senhor em “ Porque o Pai ama o Filho, e mos­
preparada, o marido se preparou D outrina & Convênios, seção 89, tra-lhe tudo o que faz.”
para a profissão escolhida. Os filhos em relação à saúde dos santos, de­
A preparação familiar pode to r­
estão-se preparando para uma pro­ vem m erecer especial atenção.
nar-se para todo pai o processo pelo
fissão satisfatória e adequada.
“ V igor socio-em ocional. A família qual cum pre grande parte de seu
“ Finanças. N a família preparada, preparada adquiriu vigor socio- genuíno papel de patriarca da casa.
os pais conhecem e aplicam os em ocional através de um a vida reta, A judando os filhos a se prepararem
nrincípio básicos da elaboração dc do estudo do Evangelho e relacio­ nessoalm ente nas cinco áreas da
AGOSTO DE 1976 101
preparação familiar, ele os está pre­
parando para enfrentar confiante­
mente o mundo. Assim, quando os
pais aproveitam tarefas, projetos e
idéias tangíveis — atuando como
mestres e conselheiros dos filhos —
estão tam bém cum prindo sua res­
ponsabilidade de patriarca da sua
família.
Tentam os salientar a im portância
O Sistema, de
e relacionam ento da preparação da
Igreja e preparação familiar. Nós
necessitamos de am bas, se quiser­
Emprego da Igreja
mos desincumbir-nos de nossas res­ Bispo H. Burke Peterson,
ponsabilidades e estarm os plena- Primeiro C onselheiro no Bispado Presidente
m ento preparados para os desafios
que se nos defrontam . A fim de me­
lhorar a preparação da Igreja, toda N ossa resposta é o quorum do Sacerdócio, a Sociedade de Socorro, o
ala deve engajar-se num projeto de Comitê de Serviços do Bem-Estar da Ala e a equipe de colocação de ala
produção, num program a de em ­ e estaca.
prego e ter acesso a um armazém
do bispo. Para m elhorar a prepara­ Com o pais e líderes, vós e eu te­
ção familiar, tem os que elaborar mos a oportunidade dada por Deus
um plano e pô-lo em prática. É as­ de ensinarmos aos nossos filhos este
sim que nos tornam os mais auto- grande princípio eterno. O princí­
suficientes. pio do trabalho honesto e honrado
vem acom panhado do princípio da
Instam os todos os líderes aqui auto-suficiência - não independên­
presentes nesta m anhã —fazei vossa cia obstinada, arrogante, mas um
luz brilhar de tal modo, que vossos respeito próprio humilde, porém
familiares sigam o vosso exemplo, e forte, e responsabilidade pessoal
de m aneira calma, ponderada, fi­ por nós mesmos.
quem preparados. Ensinai vossos
membros a serem auto-suficientes e Enquanto grande parte da res­
não depender de outros para seu ponsabilidade de en sin ar esses
sustento. . princípios corretos caiba aos quo­
runs do Sacerdócio, a principal res­
Desafiamo-vos igualmente a pôr ponsabilidade de cuidar da própria
em ação todo o program a dos Servi­ pessoa cabe a cada um de nós e à
ços de Bem-Estar em vossas alas e nossa família. Nós que trabalham os
estacas, segundo a capacidade lo­ nos Serviços de Bem-estar, jam ais
cal, a fim de que a vida dos santos rmãos, mais uma vez foi-nos devemos esquecer que nosso objeti­
seja abençoada, e vossas estacas,
estejam onde estiverem, se tornem
um lugar de refúgio.
I lembrada a importancia de
prepararmos sabiamente nos­
sos familiares para os desafios da vida.
vo prim ordial, o trabalho do Sacer­
dócio, é ajudar a pessoa a ajudar-se.
Q uando um membro da ala fica
O Bispo Brown abordou alguns pon­
Em tudo o que falamos quanto à desem pregado ou ocupa um em pre­
tos importantes — alguns elementos
preparação familiar e individual, ja ­ go insuficiente para prover suas ne­
da preparação familiar e preparação
mais devemos perder de vista que cessidades, ele mesmo tem a res­
da Igreja. Eu gostaria de falar-vos
toda essa responsabilidade provém ponsabilidade de encontrar novo
do sistema de em prego da Igreja, o
do Senhor. Ele é o nosso Pai. E pelo em prego. Obviam ente, precisa ser
qual é apenas um a parte da prepa­
am or que nos tem que assim nos en­ instruído e incentivado a com o fa­
ração desta. G ostaria de acentuar
sina. Tudo o que dissemos deve ser zê-lo pelos líderes do Sacerdócio.
que nesta manhã recapitularemos
reforçado por um espírito em har­ M uitos não sabem que passos to ­
idéias conhecidas. Não têm nada de
monia com seus ensinam entos. Ele m ar para encontrar ou m elhorar de
novo, mas necessitam de ser forte­
é a nossa fonte de inspiração com o em prego, necessitando da ajuda dos
m ente acentuadas.
Igreja, família e indivíduo. Ele nos seus líderes de quorum . O indivíduo
prom eteu que, se estamos prepara­ G anhar nosso próprio sustento precisa procurar inteligente e per­
dos, não precisamos tem er. Que vem sendo a m aneira de viver, des­ s is te n te m e n te , p e sq u is a n d o os
possamos ser abençoados como de quando, ao sairem do Jardim do anúncios de em prego em jornais,
líderes e como membros, para se­ Éden, A dão e Eva foram instruídos: indo a agências de em pregos, distri­
guir seu conselho de estarm os pre­ “ No suor do teu rosto com erás o buindo seu curriculum vitae, reco r­
parados, eu oro hum ildemente em teu pão, até que tornes à terra.” rendo a parentes e amigos e usando
nome de Jesus Cristo. Amém. (Gen. 3:19.) quaisquer outros meios honestos
102 A LIAHONA
disponíveis. famílias a eles designadas, quando ja deveria ter pelo menos um a pes­
Ao procurar emprego, o membro aparecer esse tipo de circunstân­ soa h ab ilitad a p ara assistir os
deve valer-se dos recursos de toda a cias. m em bros com problemas de em pre­
família - irmãos, irmãs, tias, tios, go. Se possível, essa pessoa já deve­
Quando um mestre familiar ob­
parentes - todo mundo. Que exce­ rá ter conhecim entos básicos com
serva uma necessidade de em prego
lente oportunidade para fortalecer relação a empregos e disponibilida­
ou m elhor emprego, poderia com u­
os laços familiares, quando a famí­ de para trabalhar diretam ente com
nicá-lo im ediata e confidencialm en­
lia vem em socorro de um dos seus! os mem bros individualmente, sem­
te ao presidente do quorum ou líder
Durante essas épocas desanim ado- pre que designada pelo comitê de
do grupo. Uma form a muito simples
ras, os familiares que dem onstram serviços de bem -estar. Se ela não
e eficiente de os líderes do quorum
genuína e ativa preocupação recí­ possuir tais conhecim entos, deverá
conseguirem inform ações específi­
proca podem exercer forte influên­ ser treinada seja na ala ou estaca.
cas na reunião do quorum , é acres­
cia positiva. Temos recebido muitos relatórios
centar duas colunas na cham ada si­
Há ocasiões em que nem o indiví­ lenciosa todos os domingos, intitu­ encorajadores de alas que estão uti­
duo nem a família conseguem fazer ladas: “ Sabe de alguém que precisa lizando tais recursos pessoais. T ra­
tudo para encontrar um emprego. de em prego?” e “ Sabe de algum balhando através dos líderes do Sa­
Neste caso, o sistema de emprego em prego disponível?” Sempre que cerdócio e mestres familiares, uma
da Igreja deve estar pronto a ajudar um mestre familiar ou m em bro do pessoa habilitada em questões de
o membro a resolver seu problem a. quorum colocar um sim num a das em pregos pode ajudar os adoles­
Em term os simplificados, o propósi­ colunas, o secretário do quorum centes bem com o seus pais a se pre­
to do sistema de em prego é ajudar deve providenciar que o líder do pararem profissionalm ente, mos­
indivíduos qualificados a encontra­ quorum receba a inform ação no trando-lhes como desenvolver habi­
rem o p o rtu n id ad es de trab alh o mesmo dia. Este então deverá en­ lidades rendosas que todos nós pos­
apropriadas no m enor tem po possí­ trar im ediatam ente em contato com suímos. As professoras visitantes da
vel - ou mais simples ainda, colocar a pessoa que respondeu afirm ativa­ Sociedade de Socorro devem ficar
a pessoa certa no lugar certo no m ente, a fim de obter porm enores a alerta aos problem as de emprego
momento adequado - geralm ente respeito. O portunidades e necessi­ das famílias que visitam, com uni­
quanto mais cedo melhor! dades de em prego são coisas pe­ cando-os im ediatam ente à presi­
recíveis. M uitas oportunidades po­ dente da Sociedade de Socorro,
N esta m anhã, eu g o staria de que, por sua vez, levará a questão
m encionar três partes do sistema de dem não durar mais que vinte e
quatro ou quarenta e oito horas. ao com itê de serviços de bem -estar
emprego. Primeira e prim ordial­ ou ao bispo, conform e a urgência
mente, o quorum do Sacerdócio; O manual diz ainda que os quo­ do caso.
segunda, o comitê dos serviços de runs “ devem auxiliar no treinam en­ Quando os líderes do Sacerdócio
bem -estar e recursos hum anos da to profissional ou desenvolvim ento da ala percebem que há necessidade
ala; terceira, um a pessoa habilitada vocacional, recom endando escolas de auxílio adicional, recorrem ao ter­
nesse sentido da estaca. G ostaria de técnicas, aprendizado técnico ou no ceiro componente do sistema de em­
acentuar novam ente que esses com ­ trabalho, de acordo com as necessi­ prego —uma pessoa habilitada em as­
ponentes só entram em ação depois dades . . . O conhecim ento, habili­ suntos de emprego da estaca, chama­
de o indivíduo e sua família, devida­ dades e esforços coletivos do quo­ da pela presidencia da estaca para su­
mente instruídos por seus líderes do rum freqüentem ente ajudarão na plementar o trabalho dos recursos hu­
Sacerdócio e mestres familiares, te­ solução de problem a econôm ico.” manos da ala e resolver problemas e
rem feito tudo ao seu alcance para (Manual do Programa de Bem-Estar, oportunidades de emprego que não
resolver o problema. p. 14.) podem ser solucionados dentro de
O quorum do Sacerdócio é a cha­ Quando o quorum sozinho não uma só ala. O processo da estaca,
ve para o sucesso de todo o progra­ pode ajudar o m em bro a resolver logicamente, é semelhante ao da ala.
ma de em prego - não o quorum seu problem a de em prego, o líder e Esperam os, irmãos, que todas as
existente apenas teoricam ente, mas m em bro do quorum deverão levar o alas e estacas se engajem nesses três
o grupo de homens ativam ente en­ problem a ao escalão seguinte do passos do sistema de emprego: pri­
gajados no auxílio e apoio de um sistema, que é o com itê dos serviços meiro, o quorum do Sacerdócio e a
de seus irmãos. C itando do M a­ de bem -estar da ala. Se possível, o S ociedade de S ocorro, fazendo
nual do Program a de Bem -Estar: líder do quorum já deverá ir prepa­ tudo ao seu alcance para ajudar o
“ Os líderes dos quoruns e mestres rado com um a solução recom enda­ indivíduo; segundo, o comitê dos
familiares devem ficar atentos a si­ da. serviços de bem -estar da ala, assisti­
nais de problem as econômicos, tais do pelo pessoal habilitado, ajudam
como: gastos excessivos, declínio O dever do com itê de serviços de quando necessário; e terceiro, en­
nos negócios, educação inadequada bem -estar é rapidam ente assegurar tram em ação as pessoas habilitadas
para a presente ou futura situação qualquer em prego disponível, se da estaca, quando convocadas.
profissional e outras indicações de houver. M uitas vezes o com itê da Agora, irmãos, nós vos desafia­
pressões econômicas potenciais.” ala poderá recom endar ao líder do mos a que volteis para o vosso povo
(M anual do Programa de B em -Estar, Sacerdócio que o m em bro desem ­ e façais funcionar este program a de
p. 14) Devem m anter-se constante­ pregado consulte um a das pessoas em prego. Se assim fizerdes, ele será
mente alerta, a fim de ajudar as habilitadas na ala. Toda ala na Igre­ capaz de abençoar a vida dos santos
AGOSTO DE 1976 103
O Élder Alma Sonne, assistente do Conselho dos Doze, à direita, conversando com amigos.

de todas as idades. Falando especi­ ala e estaca. Fiquei em ocionado ao ver esse p a­
ficam ente, podeis com eçar de im e­ triarca da família Peterson conser­
C oncluindo, gostariz de recordar
diato: vando-se útil, produtivo e feliz até a
a todos nós que o ê / \ o no esforço
1. Ensinar os indivíduos e famílias de encontrar em pregos baseia-se hora de sua m orte, em virtude de
a serem auto-suficientes e a com o em princípios eternos postos em um dos program s de em prego da
resolver seus próprios problem as, ação por pessoas ajudando pessoas. Igreja. Foi desse homem de bem
na medida do possível, através dos que meu pai aprendeu a nobreza do
H á muitos anos, a Igreja instituiu trabalho, que se tornou um a de suas
líderes do Sacerdócio, mestres fa­
um tipo muito especial de oportuni­ maiores dádivas à própria posteri­
miliares e professoras visitantes.
dade de trabalho que ainda funcio­ dade.
2. M anter vossos representantes, na hoje em dia. Lem bro-m e de
os mestres familiares e professoras quando, certa ocasião, vim à C ida­ Os filhos de Deus jam ais precisa­
visitantes, constantem ente alerta de do Lago Salgado, ainda garoto, rão de envergonhar-se de em pregos
para observar e relatar necessida­ para visitar meus avós. M eu avô, já honrados.
des de em prego; com oitenta e tantos anos, orgulho­
sam ente nos convidou a ver seu lu­ Possamos nós ter a bênção de en­
3. E ncontrar pessoal habilitado gar de trabalho. Eram as velhas In­ sinar esses princípios, em nome de
em questões de em prego em toda dústrias D eseret, em Sugarhouse Jesus Cristo, Amém.
104 A LIAHONA
que eles dizem e sejamos constan­
tes. Se estamos preparados, não te­
mos o que temer.
Irm ãos, o que tem os feito em
nossas estacas e alas no sentido de
que todo santo dos últimos dias dis­
ponha de um a reserva de alimentos
para um ano? N ão nos limitemos
apenas a ensinar o princípio, mas
tam bém a ensinar nossa gente a
com o fazê-lo.
N esta m anhã, eu gostaria de falar
Armazenamento de sobre o arm azenam ento de gêneros
alimentícios, sugerindo três ou qua­
tro coisas que podem os fazer. Co­

Gêneros Alimentícios meçai fazendo um inventário um


levantam ento de todas as vossas re­
servas. Isto poderia ser um ótimo
projeto para a noite familiar, se esti-
Bispo Vaughn J. Featherstone,
verdes preparados. Do contrário,
Segundo C onselheiro no Bispado Presidente.
poderá ser terrivelm ente em baraço­
so diante de seus familiares. Imagi­
nai com o soará o poderoso teste­
A meta: Dispor de suprimentos de gêneros para um ano até abril de m unho que prestais a respeito do
profeta vivo a vossos filhos que sa­
1977. bem que, com o chefe de família, há
prir, pois assim estareis debilitando anos sois aconselhados a fazer uma
vosso caráter. reserva de alimentos para um ano.
Tem os que saber até que ponto es­
D urante vinte e seis anos, desde tam os preparados. C ada família de­
que eu tinha quinze, trabalhei no veria fazer um inventário — conse­
ram o de secos e molhados. A prendi guir dados concretos.
m uita coisa a respeito da natureza
hum ana nesses anos. Lembro-me Em segundo lugar, decidi o que é
dos efeitos de greves, terrem otos e necessário para que vossas reservas
rum ores de guerra sobre muitos atuais atinjam o nível de suprim en­
santos dos últimos dias ativos. À se­ to para um ano. Depois fazei uma
m elhança das cinco virgens loucas lista e elaborai um plano. Conside­
(M at. 25:1-13), eles corriam ao em ­ rai prim eiro as coisas básicas - tri­
pório para com prar gêneros ali­ go (ou outro cereal local), açúcar
mentícios, apanhados no pânico de ou mel, leite em pó, sal e água. A
saber de terem recebido mas não m aioria de nós tem condições de
obedecido à orientação do profeta adquirir esses produtos básicos.
— tem erosos de talvez terem pro- Com prai-os do vosso orçam ento
crastinado tanto, até ser definitiva­ mensal reservado à alim entação. A
m ente tarde demais. Igreja desaconselha contrair dívidas
Foi interessante porque som ente para fazer o arm azenam ento.
nas com unidades SUD é que o povo Agora que sabeis o ponto em que

I
rmãos do Sacerdócio, irmãs
da Sociedade de Socorro. O parecia com prar indiscrim inada­ estais e onde deveríeis estar, o ter­
Presidente Henry D. Moyle m ente. N ão eram apenas uns pou­ ceiro passo é estabelecer uma pro­
sugeriu que, quando alguém fala, de­ cos santos não — mas um núm ero gram ação para atingir vossa meta.
vemos obter tres coisas da mensagem. bem significativo, provocando um Sugiro que daqui a um ano todos te­
Primeiro e a menos importante (aindó grande aum ento nas vendas. Uma nham os um suprim ento de gêneros
assim muito importante); devemos e x p e riê n c ia d essa s a c o n te c e u , p a r a um a n o em to d o lar de
captar o que é dito. Segundo e mais quando foi largam ente divulgada mem bros ativos e inativos da Igreja.
importante: devemos ter uma expe- um a pretensa profecia de alguém Caso o arm âzenam ento de alimen­
riencia espiritual. Terceiro e o mais estranho à Igreja. tos viole a lei de vossò país, então
importante, devemos manter oS com­ Com o às vezes agimos tolam en­ obedecei à lei. Entretanto, mesmo
promissos assumidos com nós mes­ te! Nós tem os um profeta vivo; te ­ nesses casos, podem os cultivar uma
mos. Anotemos e façamo-lo. Jamais mos os oráculos vivos de Deus, a horta, plantar árvores frutíferas e
assumi um compromisso com vós Prim eira Presidençia e o Conselho criar coelhos ou galinhas. Fazei
mesmos que não pretendeis cum- dos Doze Apóstolos. Sigamos o todo o possível dentro das leis de
AGOSTO DE 1976 105
vossa com unidade, e o Senhor há básicos. Confeccionai em casa tudo produzi tam bém outros artigos ne
de abençoar-vos, quando chegar a o que for possível, tal com o móveis cessários para a vida, com o costu­
hora da necessidade. Agora, algu­ e vestuário. rar e consertar vossas roupas, cons­
mas sugestões práticas: truir ou confeccionar coisas neces­
3. Reduzi em cinqüenta por cen­ sárias. Eu poderia acrescentar ain­
1. Segui o profeta. Ele nos acon­ to a verba para recreação. Diverti- da, embelezai, consertai e conservai
selhou a plantar uma horta e árvo­ vos com coisas que não custam di- todas as vossas propriedades.
res frutíferas. Este ano não ficai nhçiro, mas deixarão lem branças
apenas pensando no projeto - exe­ mais duradouras nas crianças. A produção dom éstica de ali­
cutai-o. Cultivai todo o alimento m entos e outros artigos é um a ma­
4. Decidi com o família que no neira de “ esticar” vossas rendas e
que puderdes. Lembrai-vos igual­
próximo ano não haverá viagem de
mente de com prar um suprim ento aum entar vossas habilidades e ta­
férias, se o suprim ento para um ano
de sem entes, a fim de não vos faltar lentos. É um a m aneira de ensinar a
não e s tiv e r c o m p le to . M u ito s
na prim avera seguinte em caso de família a ser auto-suficiente. Nossos
m em bros poderiam adquirir todo
escassez. Vou dizer-vos onde arran­ filhos encontram , assim, muitas
um suprim ento básico para um ano
ja r dinheiro para tudo que estou su­ o p o rtu n id a d e s n e c e s s á ria s de
com o que gastam num a única via­
gerindo. aprenderem os fundam entos do tra ­
gem de férias. Aproveitai as férias
balho, industriosidade e poupança.
2.Procurai alguém que vende ce­ para plantar uma horta, trabalhan­ Disse o Presidente Romney: “ Have­
reais por atacado, dependendo das do e divertindo-se juntos.
mos de ver o dia em que viveremos
condições locais, fazendo arranjos
5. Observai ofertas especiais nos do que produzim os.” (Conference
p ara ad q u irir um a to n elad a ou
superm ercados e adquiri quantida­ Report, abril de 1975, p. 165.)
mais.
des extras desses itens, desde que Eu gostaria de dizer umas poucas
3. D escobri alguém que vende sejam realm ente úteis. palavras àqueles que indagam: —
mel em recipientes grandes e adqui­
6. M odificai vossos hábitos ali- Devo repartir com meus vizinhos
ri o que estiver ao vosso alcance re­
mentares, obtendo as proteínas de que não seguiram o conselho? E
gularm ente, ou então com prai um
fontes menos dispendiosas do que a quanto aos não-m em bros que não
pouco de açúcar a mais, sempre
carne. A conta do armazém pode dispõem dessa reserva para um
que fizerdes compras.
ser cortada. T oda vez que entrardes ano? Devemos repartir com eles? —
4.Com prai sistem aticam ente leite lá e vos sentis tentados a com prar Não, não tem os que repartir - pre­
em pó. doces, chocolate, sorvete, artigos cisamos repartir! N ão nos preocu­
5. Com prai um a quantidade de dispensáveis ou revistas — não o fa­ pem os com pensam en to s tolos
sal extra na próxim a vez que fizer­ çais! Refleti com cuidado; com prai sobre se irem os ou não repartir. Lo­
des compras. apenas o essencial. Depois, em pre­ gicam ente que repartiríam os! O
gai a soma econom izada na com pra que Jesus faria? A mim seria im­
6. A rm azenai água suficiente de suprim entos de reserva. possível estar com endo, enquanto
para servir toda a família durante vejo meu vizinho m orrendo de ina­
pelo menos duas semanas. Se tom arm os a firme decisão de nição. E se acontecer m orrerdes de
que, em abril de 1977, toda família fome depois de repartir, “ ninguém
Onde os gêneros m encionados SUD terá um a reserva de gêneros
não existem ou não são a alim enta­ tem maior am or do que este: de dar
alim entícios para um ano, o Senhor alguém a sua vida pelos seus am i­
ção básica de seu povo, fazei as de­ fará que se torne realidade. T udo o
vidas substituições. gos” . (João 15:13.)
que tem os a fazer é nos decidir, as­
Agora, quanto aos eventuais sa­
Agora, perguntais: “ Onde vamos sumir o com prom isso e depois m an­
tê-lo. Milagres vão ocorrer: o cam i­ queadores, assaltantes e ladrões que
arranjar dinheiro para essas coisas?
nho será aberto, e no próxim o mês nos poderiam tomar o que estocamos
C oncordam os que são necessárias,
de abril, estarem os com nossas des­ para nossa família? Não gasteis nisto
mas o dinheiro anda curto.”
pensas cheias. Através de nossas um só céus ao qual obedecemos.
Eis com o consegui-lo. Aproveitai Acaso supondes que ele abandonaria
ações, nossa disposição, provare­
todas ou qualquer um a das suges­ aqueles que guardaram seus manda­
mos que seguimos nosso am ado
tões a seguir, pois talvez nem todas mentos? Diz ele: “Se estiverdes pron­
profeta e as A utoridades Gerais, o
sejam exeqüíveis em vosso país. que dará segurança a nós e nossos tos, não temereis.” (D&C 38:30) Pre-
1. Decidi em família que vinte e familiares. parai-vos, ó homens de Sião, e não te­
cinco a cinqüenta por cento dos mais. Que Sião envergue seus for­
Agora quanto à produção dom és­ mosos vestidos. Revistamo-nos de to­
gastos de N atal neste ano serão
tica: Onde as condições e leis locais da armadura de Deus. Sejamos mais
aplicados na com pra de suprim en­
o perm itirem , criai animais dom és­ puros de coração, amemos a mise­
tos de reserva.
ticos. Plantai árvores frutíferas, par­ ricórdia, sejamos justos e permaneça­
2. Q uando tiverdes vontade de reiras, legumes e verduras. Assim, mos em lugares santos.
com prar um a roupa nova, não o fa­ tereis alimentos para vossa família C om prom etam o-nos a ter um supri­
çais. Fazei com que vosso guarda- dos quais parte pode ser consum ida m ento alim entar para um ano até
roupa dure mais alguns meses, con­ fresca, e outra destinada a conser­ abril de 1977.
sertando e reform ando o que ten­ vas que com pletarão vossa reserva Bispos e presidentes de estaca,
des. Usai o dinheiro para gêneros alim entar. Semore que possível' aceitem os o desafio em favor dos
106 A LIAHONA
santos em vossas alas e estacas. Se
rá um feito realmente cristão de vos­
sa parte. Acom panhai e verificai
para que, daqui a um ano, tenha­
mos alcançado resultados.
Na conferência de outubro de
1973, o Presidente Ezra Taft Ben-
Ensinar
son deu algumas excelentes instru­
ções a respeito do arm azenam ento
doméstico:
Auto-Suficiência
“ Para
vê uma
midade,
os justos, o Evangelho pro­
advertência antes da cala­
um program a para as cri­
às Mulheres SUD.
ses, um refúgio para cada desas­ Barbara B. Smith,
tre . . . Presidente geral da Sociedade de Socorro

“ O Senhor tem -nos avisado sobre


tempos de fome, mas os justos terão As irmãs aprendem com o ajudar a fam ília no programa de produção e
escutado os profetas e arm azenado armazenamento doméstico através das mini-classes.
um suprim ento de gêneros essen­
ciais para, pelo menos um ano . . . ções de nossos líderes quanto à pro­
dução e arm azenam ento dom ésti­
“ Irmãos e irmãs, sei que este pro­
co, a fim de que cada família esteja
grama do bem -estar é inspirado por
preparada para satisfazer suas ne­
Deus. Vi com meus próprios olhos
cessidades básicas durante pelo me­
as devastações da fome e penúria,
nos um ano. As mulheres SUD de­
quando, por ordem do presidente
veriam estar ativam ente engajadas
da Igreja, passei um ano na arruina­
no cultivo, produção e conservação
da Europa do fim da II G uerra
de alim entos, dentro de sua capaci­
M undial, sem m inha família, distri­
dade de fazê-lo. A Sociedade de So­
buindo m antimentos, roupas de uso
corro deve ajudá-las a serem previ­
e de cam a entre nossos membros
dentes no uso dos recursos disponí­
necessitados. Olhei nos olhos enco-
veis, por grandes ou pequenos que
vados de santos quase que nos últi­
sejam. Com previdentes quero dizer
mos estágios da inanição. Vi mães
sábias, frugais, prudentes, fazendo
dedicadas carregando seus filhos de
reservas para o futuro, enquanto sa­
três e quatro anos, incapazes de an­
tisfazem as necessidades imediatas.
dar por causa da desnutrição. Vi
uma mulher fam inta rejeitar comi­ A Sociedade de Socorro pode

M
eus caros irmãos, esta manhã
da em troca de um carretai de linha. e na reunião do Bem-estar ajudar as m ulheres, proporcionan­
Vi homens adultos chorando ao en­ de outubro p.p., nosso bispo do-lhes instruções específicas e
terrarem as mãos no trigo e feijão presidente, Victor L. Brown, citou os aprendizagem prática. A melhor
recebidos de Sião — da América. versículos 13 e 14, seção 78 do Dou­ oportunidade para isso é a reunião
trina & Convênios, nos quais o Se­ de econom ia dom éstica da ala, nas
“ G raças sejam a Deus pelo pro­ aulas e mini-classes. Pode-se dar
feta, por esse program a inspirado e nhor diz que está-nos preparando pa­
ra resistir às tribulações que havemos tam bém instruções durante mos­
pelos santos que souberam adminis­ tras, sem inários e oficinas de traba­
trar sua m ordom ia de form a a se­ de sofrer para que “a minha igreja
permaneça independente, acima de lho patrocinados pelas Sociedades
rem capazes de prover para os seus de Socorro de distrito e estaca. O
e ainda partilhar com outros.” (Pre­ todas as outras criaturas sob o mun­
do celeste.” (D&C 78:14.) arm azenam ento dom éstico poderia
pare Ye” , Ensign, Jan. 1974, pp. ser um tópico das mensagens de ve­
69,81-82) Tem os sido inform ados de que os rão das professoras visitantes, e
Presto-vos meu humilde testem u­ m em bros da Igreja conseguirão tem a sugerido para discursos nas
essa independência som ente na m e­ reuniões de ala e estaca. As profes­
nho de que o grande Deus dos céus
abrirá as portas e proverá os meios dida de sua obediência à palavra do soras da Sociedade de Socorro de
de m aneira que jam ais im aginaría­ Senhor nesse assunto. A obediência distrito e estaca poderiam fazer do
mos, afim de ajudar todos aqueles traz segurança e auto-suficiência. assunto um a questão de cuidadoso
G era confiança e um a atitude tran ­ planejam ento e assegurar a coope­
que realm ente querem fazer supri­
qüila. ração das Scoiedades de Socorro de
m ento para um ano. Sei que te re ­
mos o tem po e dinheiro, se assumir­ As oficiais da Sociedade de So­ ala na sua im plem entação.
mos o compromisso e o guardar­ corro estão em posição de ajuda­ T oda presidência da Sociedade
mos. Em nome de Jesus Cristo. rem m aterialm ente as irmãos da de Socorro de ala ou ramo deve fa­
Amém. Igreja a obedecerem às recom enda­ zer um a avaliação das condições
AGOSTO DE 1976 107
gerais das irmãs residentes em sua 3. Os planos para nossas mini- Desde o início, foi planejado que
área e preparar um plano anual re­ classes de econom ia dom éstica reveses e provações seriam parte de
ferente a instrução de econom ia do­ preenchem as diversas necessidades nossa experiência terrena, mas o
m éstica sobre assuntos relaciona­ das m ulheres em nossa ala? Senhor m isericordiosam ente provi­
dos com a produção e arm azena­ denciou meios para vencerm os es­
4. Estam os ajudando as irmãs a
m ento dom éstico, segundo as ne­ ses problem as, se formos obedien­
saber com o estim ar necessidades e
cessidades e condições das m ulhe­ tes à sua verdade revelada.
com plem entar seu program a de
res. Tais classes poderiam incluir as As diretrizes para as irmãs da So­
produção e arm azenam ento dom és­
seguintes diretrizes para um viver ciedade de Socorro são as mesma
tico?
previdente: que nos tem pos bíblicos: Obedecer,
Se fizermos estas coisas, quando
1. Como econom izar sistem atica­ Planejar, Organizar, Ensinar e Fa­
su rg ire m d ific u ld a d e s se re m o s
mente para em ergências e arm aze­ com o um a família conhecida minha zer. O bediência é instruir e fazer.
nam ento doméstico. que sofreu inesperados reveses fi­ As irmãs da Sociedade de Socor­
2. A rm azenar como, o que e on­ nanceiros no ano passado. O pai ro sem pre têm sido notadas por fa­
de. adoeceu gravem ente, ficando tem ­ zerem aquilo que foram m andadas
porariam ente sem o ganha-pão. por ordem divina, com excelência,
3. Como guardar sem entes, pre­ Quando term inaram os produtos dedicação e a visão que lhes perm i­
parar o solo, adquirir ferram entas
frescos do refrigerador, a família te ter as recom pensas e a alegria do
de jardinagem apropriadas. com eçou a usar os gêneros estoca­ trabalho justo.
4. Como produzir nossos próprios dos. Q uando o pai se recuperou,
Oro que todas nós nos tornem os
vegetais. teve que procurar trabalho em ou­
donas de casa previdentes e ajude-
tra localidade. Enquanto esteve
5. Como enlatar e secar alim en­ mo-nos umas às outras a cum prir
fora de casa, houve um a avaria no
tos. eficazm ente nossa parte na prepa­
sitem a de fornecim ento de água da
6. Como ensinar e ajudar a famí­ ração familiar. Sei que este é o de­
cidade. A família dispunha de litros
lia a consum ir alimentos necessá­ sejo de nosso Pai Celeste para nós,
e mais litros de água arm azenada
rios para ter boa saúde. seus filhos, a quem ele ama. Em
que usaram durante vários dias até
nome de Jesus Cristo. Amém.
7. Como costurar, consertar e re­ ser restabelecido o fornecim ento
form ar roupas, à m áquina e à mão. normal. D urante toda essa expe­
riência, não houve nenhum sinal de
8. Como planejar e preparar re­ pânico, nem senso de acabrunha-
feições nutritivas e apetitosas com mento. Eles estavam preparados Bispo Vaughn J. Featherstone, segundo conselheiro.
os recursos disponíveis, e com gê­ para a em ergência. Tinham feito
neros do arm azenam ento dom ésti­ provisões adequadas, incluindo
co. um a reserva em dinheiro. As contas
Deve-se aproveitar com sabedo­ essenciais da casa foram pagas, e a
ria os recursos de bibliotecas, servi­ família teve condições de cuidar de
ços de extensão e órgãos governa­ si mesma, sem depender de nin­
mentais. Deve-se dar instruções guém.
que ajudem cada irm ã a entender
Os princípios da preparação fa­
com o elaborar um bom plano de ar­
miliar e uma parte da m ulher na
m azenam ento em conjunto com o
mesma não foram dados apenas
marido, para que este possa dirigir a
para o nosso tem po. Eu considero a
família.
m ulher descrita em Provérbios,
G ostaria de sugerir que, ao apro­ capítulo 31 muito previdente. R e­
var tais planos, toda presidência de cordai sua sabedoria, prudência,
Sociedade de Socorro use a seguin­ frugalidade e preparação, quando
te lista de verificação: “ busca lã e linho, e trabalha de boa
vontade com as suas mãos . . .
1. Com o oficiais da Sociedade de
Socorro, estamos realm ente m oti­ “ Planta um a vinha com o fruto
vando e instruindo as irmãs nos ne­ de suas m ã o s.. . .
cessários conhecim entos para a
“ Estende as suas mãos ao fuso, e
preparação familiar, e depois aju-
as palmas das suas mãos pegam na
dando-as a porém em prática esses
ro c a . . .
conhecim entos?
“ N ão tem erá por causa da neve,
2. Estamos realizando consultas
porque toda a sua casa anda forrada
entre nós e com os líderes do Sacer­
de roupa dobrada . . .
dócio, para que sejam feitos e cum ­
pridos planos adequados e realistas “ Olha pelo governo de sua casa, e
para a produção e arm azenam ento não come o pão da preguiça.” (Vide
domésticos? Prov. 31-13-30.)
108 A LIAHONA
“ Amemo-nos uns aos outros,” es­
creveu João, o Am ado, “ porque a
caridade é de Deus; e qualquer que
am a é nascido de Deus e conhece a
Princípios Básicos dos Deus.
“ Aquele que não am a não conhe­

Serviços de ce a Deus; porque Deus é caridade.


“ Nisto, se m anifestou a caridade
de Deus para conosco: que Deus
Bem-Estar da Igreja enviou seu Filho unigênito ao m un­
do, para que por ele vivamos . . .
Presidente Marion G. Romney, “ Amados, se Deus assim nos
Segundo C onselheiro na Prim eira Presidência amou, tam bém nós devemos am ar
uns aos outros.” (I João 4:7-9,11.)
O s princípios básicos do trabalho e amor sempre distinguirão os “ Quem pois tiver bens do mundo,
serviços de bem-estar do Senhor e, vendo o seu irmão necessitado, lhe
cerrar as suas entranhas, como estará
teram e foram derrotados, mas nem nele caridade de Deus?” (I João
por isso desistiram de opor-se ao 3:17; grifo nosso.)
princípio. “ Se tu me am as,” disse J e ­
su s ,” . . . tu te le m b ra rá s dos
No Jardim do Éden, Deus dotou pobres, e para o seu sustento consa-
Adão e sua posteridade com o livre grarás das tuas propriedades . . .
arbítrio. Desde aí, Satanás e seus
adeptos vêm procurando substituir “ E se repartes com os pobres as
o princípio do livre arbítrio pelo tuas posses m ateriais, a mim o fa­
princípio da força por todos os zes . . . ” (D&C 42:29-31.)
meios imagináveis. Q uando perguntaram a Jesus:
“ M estre, qual é o grande m anda­
Em I Samuel, encontram os um
m ento na lei?” , ele respondeu, se­
exemplo instrutivo dos resultados
gundo Mateus:
de se tom ar decisões erradas. No
prim eiro capítulo, lemos que Israel “ Am arás o Senhor teu Deus de
não quis mais ser governada por jui­ todo o teu coração, e de toda a tua
zes; eles queriam um rei. O profeta alma, e de todo o teu pensamento.
disse-lhes que o rei faria deles ser­ “ Este é o prim eiro e grande man­
rmãos, esta manhã tivemos vos. Mas não quiseram escutar e in­
I uma excelente apresentação
que será de proveito para to­
dos nós, caso seguirmos os conse­
sistiram em ter um rei. Isto entriste­
ceu Samuel, e o Senhor lhe disse:
“ Ouve a voz do povo . . . pois não te
dam ento.
“ E o segundo sem elhante a este,
é: Am arás o teu próximo com o a ti
lhos dados. Tenho em mente discutir têm rejeitado a ti, antes a mim me mesmo.
convosco dois princípios básicos, fun­ têm rejeitado.” (I Sam. 8:7.) “ Destes dois m andam entos de­
damentais nos quais se baseiam os Israel assim renunciava volunta­ pende toda a lei e os profetas.”
Serviços de Bem-Estar da Igreja e riam ente ao governo livre que Deus (M at. 22:36-40.)
que jamais devemos esquecer. São lhes dera. Conseguiram o rei que
eles: primeiro, o amor —amor a Deus queriam , e poucas décadas depois, Todos os três, M ateus, M arcos e
e ao próximo - e segundo, o trabalho. Lucas relatam esse incidente. Lu­
foram levados ao cativeiro como es­
Antes de fazê-lo, todavia, quero cas, contudo, inform a ainda que o
cravos. A escravidão escolhida por
dizer uma ou duas palavras sobre o doutor da lei perguntou mais: “ E
vontade própria não é menos escra­
arbítrio. quem é o meu próxim o?” (Lucas
vidão que a imposta por circunstân­
10:29.)
Livre arbítrio significa liberdade cias externas.
e poder de escolha e ação. Depois E Jesus respondeu-lhe com a pa­
Jesus, exercendo seu arbítrio,
da vida em si, é a mais preciosa he­ rábola do bom sam aritano!
elevou-se ao lugar de segundo
rança do homem. m em bro da D eidade. Lúcifer, exer­ Dois dos_ três princípios pelos
O livre arbítrio já operava no cendo seu arbítrio, caiu no Hades. quais devem funcionar os Serviços
mundo espiritual. O plano do Evan­ Agora, falando do princípio do de Bem -Estar da Igreja — A R B Í­
gelho, ali proposto e adotado, asse­ am or. Nos Serviços de Bem -Estar TR IO E A M O R AO PRÓ X IM O -
gurava que o homem teria arbítrio da Igreja, o am or deve ser a mola são ensinados adm iravelmente nes­
sa parábola.
na mortalidade. Satanás, com um propulsora que nos induz a dar de
terço das hostes celestes, o com ba­ nosso tem po, dinheiro e serviço. Quando amamos ao Senhor, nos­
AGOSTO DE 1976 109
so Deus com todo o coração, mente
poder e força, am arem os nossos ir­
mãos com o a nós mesmos e have­
mos de, voluntariam ente, no exercí­
cio de nosso livre arbítrio, dar parte
do que tem os para o seu sustento.
Agora, quanto ao trabalho. O tra­
balho é exatam ente tão im portante
para o sucesso de nossos serviços de
bem -estar como os dois primeiros
grandes mandamentos e a preserva­
ção do nosso livre arbítrio.
Devemo-nos lem brar sempre de
que, ao anunciar o program a do
bem -estar na conferência de ou­
tubro de 1936, a Primeira Presidên­
cia disse:
“ O nosso propósito fundamental
foi estabelecer, tanto quanto possí­
vel, um sistema sob o qual a maldi­
ção da preguiça seria elim inada e os
demônios da esmola abolidos, dei­
xando brotar novam ente no seio do
nosso povo a independência a in­
dustriosidade, a econom ia e o res­
peito próprio. O propósito da Igreja
é ajudar as pessoas a ajudarem a si
mesmas. O trabalho deverá ser re-
introduzido como o princípio que
rege a vida dos m em bros da nossa
Igreja.” (Conference Report, out. de
1936, p. 3; grifo nosso.)
Em seu discurso de conferência
de abril de 1938, disse o Presidente
Clark:
“ H onro e respeito a velhice. Não
a deixaria passar necessidades nem No intervalo das sessões: À esquerda, o Tabernáculo, e o Centro de Visitantes
sofrer doenças que pudessem ser no fundo.
remediadas. Os idosos têm direito a
todo cuidado, todo ato de bondade,
a todo carinho que um a com unida­ dos por Deus. A família que se re­ co n serv ar sua lib e rd a d e .” (CR,
de agradecida e um a família devo­ cusa a cuidar dos seus não está abril de 1938, pp. 106-7.)
tada possam dar. cum prindo seus deveres. Q uando E digo-vos que nenhum a socieda­
“ Tenho grande sim patia pela ida­ um pai idoso não tem família ou a de conseguirá tam pouco fazê-lo no
de. Conheço as dificuldades dos própria família não tem recursos, futuro.
idosos em se enquadrar na m oderna então a sociedade tem que acudir,
Nas revelações dadas durante a
vida econôm ica . . . já por um a questão de m era hum a­
R estauração e aos presidentes da
nidade. Isto é perfeitam ente claro.
“ É preciso elaborar algum plano Igreja desde aí, o Senhor declarou
para assegurarmos que nenhum a “ Mas esse sábio princípio nem repetida e inequivocam ente que
pessoa idosa passe fome, frio e falta por som bras quer dizer que toda nossos serviços de bem -estar devem
de roupa. Porém, a principal res­ pessoa dever ser m antida pelo esta­ ser alicerçados no am or e no trab a­
ponsabilidade de sustentar um pai do em ociosidade, depois de atingir lho.
idoso cabe à família, não à socieda­ determ inada idade. A sociedade
N a revelação registrada na seção
de. Não estamos num estado socia­ não deve a ninguém um a vida ocio­
42 de D outrina & Convênios, decla­
lista ou com unista no qual as pes­ sa, independente da idade. Jamais
rada pelo Profeta Joseph com o sen­
soas são meros vassalos tocados de encontrei um a linha nas Santas Es­
do a lei da Igreja, disse o Senhor:
lá para cá como animais. Somos ho­ crituras que ordene ou mesmo san­
mens livres. Por isso, conosco a cione isto. No passado, nenhum a “ N ão serás ocioso; porque o
família ainda tem o seu lugar nas sociedade foi capaz de sustentar ocioso não com erá o pão nem usará
responsabilidades e deveres, lega­ grupos num erosos em ociosidade e as vestes do trabalhador.” (D&C
110 A LIAHONA
42:42.) na qual o Senhor fala de ambos, mem trabalhador e desprezar o pre­
Posteriorm ente, disse: doadores e recebedores: guiçoso . . .
“ E, sendo designados a trabalhar, “ Ai de vós, hom ens ricos, que “ Que trabalhem como homens,
os habitantes de Sião com fidelida­ não dais dos vossos bens aos preparem -se para a hora solene em
de tam bém se lem brarão de seus pobres, pois as vossas riquezas con­ que Babilônia e toda sua sabedoria
tra b a lh o s, pois o o cio so se rá sum irão as vossas almas; e esta será m undana, seus vários luxos e modas
lem brado diante do Senhor. a vossa lam entação no dia da visita­ ilusórios cairão com ela para não
ção, do julgam ento e da indignação: mais se lavantarem e perturbarem a
“ Agora, eu, o Senhor, não estou Passada é a colheita, findo é o ve­ terra!” Depois, disse: “ Que gloriosa
bem satisfeito com os habitantes de rão, e a minha alma não está salva! perspectiva, pensar-se que a ébria
Sião, pois entre eles existem ocio­
“ Ai de vós, homens pobres, que Babilônia, a grande cidade do peca­
sos; e seus filhos tam bém estão
não sois quebrantados de coração, do, logo deixará de existir, e o reino
crescendo em iniqüidade; não bus­
cujos espíritos não são contritos, e de Deus se levantará em santo es­
cam sinceram ente as riquezas da
cujas barrigas não estão satisfeitas, plendor sobre suas cinzas, e o povo
eternidade, mas seus olhos estão
e cujas mãos não cessam de tom ar servirá a Deus em perpétua união!”
cheios de avidez.
posse dos bens de outros homens, (Times and Seasons 5:679, 15 de ou­
“ Estas coisas não deveriam exis­ cujos olhos estão cheios de cobiça, tubro de 1844.)
tir, e devem ser abolidas de seu e que não trabalhais com as vossas Bem, meus irmãos, o escrito está
m eio;” (D& C 68:30-32.) próprias mãos! na parede; “ fiel [é] a sua interpreta­
E novamente: “ M as, b e m - a v e n tu r a d o s os ção” . (Dan. 2:45.)
“ Eis que eu vos digo que é a mi­ pobres que são puros de coração, Babilônia será destruída e grande
nha vontade que vades e que não cujos corações são quebrantados e será a sua queda. (Vide D&C 1:16.)
vos demoreis, nem sejais ociosos, cujos espíritos são c o n trito s .”
(D& C 56:16-18.) Mas não desanimeis. Sião não se­
mas que trabalheis com a vossa for­
rá destruída com ela, porque Sião
ça . . . Nas revelações, existem mais de estará edificada sobre os princípios
“ E novam ente, na verdade vos cem referências ao assunto do tra ­ do am or a Deus e aos semelhantes,
digo que todo o homem que for balho, todas elas consistentes com a e do trabalho, trabalho duro, con­
obrigado a m anter sua própria famí­ declaração, duplam ente repetida, forme Deus m andou.
lia, que m antenha, e de modo al­ de que, quando vier, o Senhor re­
com pensará “ cada um de acordo Lembrai-vos de que a Sião de
gum perderá a sua coroa; e que tra­
com a sua obra” (D& C 1:10; vide Enoque foi construída num a época
balhe . . .
igualmente 112:34.) em que a iniqüidade cam peava li­
“ Que todo homem seja diligente vrem ente com o entre nós hoje em
em todas as coisas. E o ocioso não Um pronunciam ento que focaliza dia. Entre os que rejeitaram a pala­
terá lugar na igreja, a não ser que se e em presta real sentido ao assunto vra de Deus naqueles dias, “ houve
arrependa e em ende os seus m o­ do qual estivemos falando, é o “ E- guerras e derram am ento de san­
dos.” (D&C 75:3,28-29.) ditorial sobre o T rabalho” , escrito e gue” ; estavam am adurecendo na
publicado por John Taylor, em im piedade que provocou o dilúvio.
Tão freqüentem ente quanto con­ Nauvoo, a 15 de outubro de 1844.
denou a ociosidade, o Senhor falou “ Mas o Senhor veio e habitou com
Descobri-o recentem ente e o consi­ o seu povo, e eles viveram em redi-
da virtude do trabalho. No dia em
dero um a declaração maravilhosa. dão . . . porque era uno de coração
que a Igreja foi organizada, disse Foi escrito pouco depois da morte
ele: “ A todos os que trabalham na e vontade . . . e não havia pobres
do Profeta e diz: entre eles.” (Moisés 7:16,18.)
minha vinha, abençoarei com gran­
diosa bênção.” (D& C 21-9.) Nove “ O trabalho é o fabricante da ri­ Ao nos prepararm os para a edifi­
meses depois, ele acrescentava: queza. Foi ordenado por Deus como cação de Sião, não devemos nem
meio a ser usado pelo homem para havemos de abandonar os princí­
“ Dou-vos um m andam ento que
ganhar a vida [grifo nosso]; por isso é pios básicos sobre os quais se fun­
todo o homem, tanto élder, sacer­
a condição universal desta grande dam entam os Serviços de Bem-
dote, mestre com o .membro, apli­
obrigação moral que é a vida. Estar da Igreja: amor - am ar a Deus
que-se com o seu poder, com o tra­
balho de suas mãos, para preparar e “ Deus jam ais quis rebaixar sua e ao próximo — e trabalho.
executar as coisas que ordenei.” criação, especialm ente sua própria P erseverarem os, ajudando as
(D&C 38:40.) imagem, por ter de trabalhar; não - pessoas e a se ajudarem , até que “ a
jam ais! De acordo com a Bíblia, o m aldição da preguiça [seja] elimi­
Com referência a um a pessoa que
próprio Deus trabalhou neste m un­ nada e os demônios da esmola abo­
pretendia em pregar dinheiro na
do durante seis dias; e quando lidos, deixando brotar novam ente
Casa de Nauvoo o Senhor disse:
Adão foi vivificado pelo espírito no seio do nosso povo a indepen­
“ Que . . . trabalhe com as suas pró­
que nele fez m orada, lemos que dência, a industriosidade, a econo­
prias mãos, a fim de obter a con­
Deus o colocou no jardim para o la­ mia e o respeito próprio.”
f ia n ç a d o s h o m e n s .” (D & C
vrar. (Gên. 2:15.) Portanto, segundo Este é o meu testem unho que
124:112.)
as instruções de todos os santos ho­ presto-vos em nome de Jesus Cris­
Segue-se um a grande Escritura mens, nós tem os que honrar o ho­ to. Amém.
AGOSTO DE 1976 111
mas aquele que faz a vontade de
meu Pai que está nos céus.” E a ou­
tra: Por que me chamais, Senhor,
Senhor, e não fazeis o que eu di­
go?”
Imaginai o núm ero de pessoas re­
presentadas hoje aqui pelos presi­
dentes de estaca, presidentes de
missão e outros diretores que lide­
ram um a porção de gente. Nossas
setecentas e cinqüenta estacas, to ­

Preparação das elas abrangendo centenas, às


vezes milhares de m em bros pode­
riam m ostrar nossa força, se puser­

Familiar mos mãos à obra e realm ente levar­


mos esse assunto avante até estar
feito. Nós falamos a respeito, escu­
tam os a respeito, mas às vezes não
Presidente Spencer W. Kimball. fazem os as coisas que o Senhor diz.
Irm ãos, reunim o-nos aqui nesta
m anhã para considerar o im portan­
te program a que não deve ser es­
Um apelo profético em favor da produção de gêneros alim entícios e quecido nem relegado a segundo
armazenamento de produtos com estíveis e não com estíveis. plano. À m edida que prosperam os e
aum entam nossas contas bancárias,
requeridas e sugeridas por esta surge um sentim ento de segurança
grande organização. e às vezes acham os que não há ne­
cessidade dos suprim entos sugeri­
O Senhor disse tam bém : “ Nem
dos pelas A utoridades Gerais. Fica
todo o que me diz: Senhor, Senhor!
ali e acaba estragando, dizemos. E
entrará no reino dos céus, mas
aquele que faz a vontade de meu suponham os que aconteça? Pode­
mos repô-los. E preciso lem brar
Pai, que está nos céus.” (M at. 7:21.)
que as condições podem m udar e
E estive pensando que na Igreja que um suprim ento de produtos bá­
existem tantas alas e ramos quanto sicos para um ano poderá ser muito
o núm ero de pessoas neste recinto, apreciado por nós ou outros. Por is­
sem tirar nem pôr. E que grande fei­ so, faríam os bem em dar atenção ao
to não seria se cada bispo e cada que nos tem sido falado e a isto obe­
presidente de ramo, no m undo in­ decer estritam ente.
teiro, sem pre que possível (obvia­
Em uns poucos países é proibido
m ente existem alguns lugares onde
arm azenar ou guardar excedentes.
não é perm itido) tivesse um a reser­
E nós honram os, obedecem os e
va com o a que foi sugerida nesta
m antem os as leis onde quer que vi­
m anhã — e levasse aos seus trezen­
vamos. (Vide 12* Regra de Fé.) T o­

I
rmãos, recomendo-vos os ex­ tos, quatrocentos ou quinhentos
celentes discursos feitos ho­ davia, onde for perm itido, e isto
m em bros a m esma m ensagem, ci­
je aqui pela Irmã Barbara acontece na m aior parte do m undo,
tando as Escrituras e insistindo em
Smith, presidente da Sociedade de devemos escutar o conselho das
que o povo de suas alas e ramos fi­
Socorro, e os demais irmãos. A utoridades Gerais e do Senhor.
zesse as coisas que o Senhor orde­
nou, pois sabemos que muitos não R econhecendo a família com o a
Escutando seus discursos, fiquei as estão fazendo. unidade básica, tanto da Igreja
pensando seguidam ente num a coisa
com o da sociedade em geral, con­
dita pelo Senhor: “ Por que me cha­ E então ouço-os argum entar: —
clamamos os santos de toda a parte a
mais, Senhor, Senhor e não fazeis o Bem, suponham os que arm azene­
que fortaleçam e embelezem o lar
que eu digo?” Estas palavras fica­ mos um a porção e"depois chega al­
com renovado em penho nestes se­
ram-me girando pela mente: “ Por guém e nos tira tudo, nossos vizi­
tores específicos: produção, conser­
que me chamais, Senhor, Senhor, e nhos que não crêem . Isto já foi res­
vação e arm azenam ento de gêneros
não fazeis o que eu digo?” (Lucas pondido pelo Bispo Featherstone.
alimentícios; produção e estocagem
6:46.) E assim, sinto-me induzido hoje a de produtos não comestíveis; con­
M uita gente na Igreja hoje dei­ que acentuem os duas Escrituras: sertos e conservação das casas e
xou de fazer e continua argum en­ “ Nem todo o que me diz: Senhor, terrenos. Na próxima reunião, fala­
tando contra as coisas que lhe são Senhor! entrará no reino dos céus, remos mais sobre isto.
112 A LIAHONA
Incentivamo-vos a produzir o za as vossas casas, quintais, fazends Sou im ensam ente grato aos ir­
máximo de alimentos possível em e negócios. Consertais as cercas. mãos das A utoridades Gerais que
vossa propriedade. Plantai parreiras Pintai e fazei um a limpeza quando mais um a vez voltaram nossa aten­
e árvores frutíferas próprias para o necessário. Conservai os jardins e ção para os assuntos particulares
vosso clima. Cultivai vegetais e quintais em ordem . Sejam quais fo­ referentes ao Program a do Bem-
abastecei-vos de vossa própria hor­ rem vossas condições, fazei com Estar do Sacerdócio. Aprecio a pro­
ta. Mesmo os que moram em apar­ que vosso lar reflita ordem , beleza e longada dedicação e liderança do
tam ento, podem geralm ente culti­ alegria. Planejai com cuidado e exe­ Presidente Romney nesta im por­
var alguma coisa em potes e jardi­ cutai vosso plano de m aneira ordei­ tante causa. Não posso imaginar o
neiras. Estudai o m elhor m étodo de ra, sistemática. Program a do Bem -Estar do Sacer­
produzir vossos alimentos. Tornai dócio e com o nos arranjaríam os
vossos jardins limpos e atraentes, Evitai fazer dívidas. Nós costu­ sem ele.
bem como produtivos. Se houver mávamos falar muito a respeito dis­
crianças na casa, fazei com que p ar­ so, mas hoje em dia aparentem ente A m aneira do Senhor edifica o
ticipem do program a, designando- tudo funciona na base da dívida. am or próprio do indivíduo e desen­
lhes determ inadas tarefas. “ Use seu cartão de crédito e com ­ volve e fortalece sua dignidade, en­
pre tudo a prazo.” Nós somos in­ quanto a m aneira do m undo rebai­
O que o Presidente Rom ney aca­ centivados a faze-lo, mas a verdade xa a auto-im agem e causa profundo
bou de dizer é fundam ental. As é que não precisam os faze-lo para ressentim ento.
crianças devem aprender a traba­ viver.
lhar. Os pais não devem passar dias A m aneira do Senhor induz o in­
e noites tentando descobrir algo Procurai obter de fontes locais divíduo a m aior em penho para to r­
que interesse aos filhos. Devem en­ inform ações seguras sobre conser­ nar-se outra vez econom icam ente
contrar algo para ocupá-los, e m an­ vação de produtos comestíveis e independente, mesmo que tenha
tê-los ocupados, fazendo alguma não comestíveis. Se houver necessi­ necessidade de ajuda e assistência
coisa que valha a pena. dade de informes adicionais, a lide­ tem porária, devido a circunstâncias
rança do Sacerdócio e Sociedade especiais. A m aneira do m undo
Desenvolvei vossas habilidades de Socorro poderá dirigir-se por es­ agrava a dependência do indivíduo
quanto à conservação e arm azena­ crito a: “ Hom e Production and Sto- dos program as assistênciais, ten ­
m ento de gêneros. Reafirm am os a rage” , 50 East N orth Tem ple Street, dendo fazê-lo exigir mais e mais, em
constante recom endação da Igreja Salt Lake City, Utah 84150, E.U.A. lugar de incentivá-lo a tornar-se
de adquirir e m anter suprim entos e obterão todas as inform ações de­ novm ente independente.
suficientes para um ano — supri­ sejadas. Encorajam os todas as famí­
m ento de produtos básicos para lias SUD a se to rn arem auto- A m aneira do Senhor ajuda nos­
nossa sobrevivência. E o Irm ão sos m em bros a obterem um teste­
suficientes e in d ep en d e n tes. A
F eatherstone nos explicou muito grandeza de um povo e de um a na­ m unho pessoal do evangelho do tra­
bem quais são esses produtos. ção com eça no lar. D ediquem o-nos balho. Pois o trabalho é tão im por­
tante para a felicidade hum ana
a fortalecer e em belezar nosso lar
Sempre que possível, produzi com o a produtividade. A m aneira
em todos os sentidos possíveis.
tam bém os artigos não comestíveis. do m undo, entretanto, dá cada vez
M elhorai vossos conhecim entos de Foi Paulo quem escreveu: “Nem m aior ênfase ao lazer e que se evite
costura; confeccionai e consertai as de graça com em os o pão de hom em o trabalho.
roupas da família. Todas as moças algum, mas com trabalho e fadiga,
querem aprender datilografia, tra­ Devem o-nos lem brar sem pre e a
trabalhando noite e dia, para não
balhar num escritório. Ninguém pa­ sermos pesados a nenhum de vós. todos os m em bros da Igreja, de
rece querer costurar, plantar, pro­ guardar a lei do jejum . M uitas vezes
“ Porque, quando ainda estáva- tem os razões pessoais para jejuar.
teger e conservar as coisas que usa.
mos convosco, vos m andam os isto, Mas espero que os membros não he­
Adquiri habilidades manuais con­
que, se algúem não quiser trab a­ sitem em jejuar para nos ajudarem a
forme as irmãs disseram, para con­
lhar, não com a tam bém . am pliar nosso passo na obra missio­
feccionar ou fazer coisas necessá­
rias. “ Porquanto ouvimos que alguns nária, para que seja aberto o ca­
entre vós andam desordenadam en­ minho para a pregação do Evange­
Incentivam os as famílias a que te­ te, não trabalhando, antes fazendo lho às nações onde isto é proibido.
nham essa reserva para um ano; e coisas vãs. E bom para nós jejuarm os bem
dizemo-lo vezes sem conta e repeti­ com o orarm os com respeito a coi­
mos sempre a Escritura do Senhor “ A esses tais, porém m andamos, sas específicas e objetivos específi­
na qual diz: “ Por que me chamais, e exortam os por nosso Senhor Jesus cos.
Senhor, Senhor, e não fazeis o que Cristo que, trabalhando com sosse­
eu digo?” Como é vão quando de­ go, com am o seu próprio pão.” (II Sou grato pela experiência de ter
m onstram sua pretensa espirituali­ Tess. 3:8,10-12.) aprendido, sob a tutela de meu pai,
dade, cham ando-o por seus nomes a lavar arreios com sabão branco e
im portantes, mas deixam de fazer “ Mas, se alguém não tem cuida­ depois engraxá-los para sua conser­
as coisas que ele diz. do dos seus, e principalm ente dos vação. A prendi a pintar cercas de
da sua família negou a fé, e é pior estacas, o tanque d ’água, o galpão
Conservai em bom estado e bele­ pior! que o infiel.” (I Tim. 5:8.) dos veículos, o celeiro, a charrete e
AGOSTO DE 1976 113
a carroça e finalm ente, a casa. E
desde os dias em que senti as mãos
esfoladas, jam ais me arrependi des­
sas experiências. O Presidente Spencer W. Kimball no púlpito

Sempre sinto vontade de alogiar


as irmãs que tecem rendas, fazem
tricô e crochê e sem pre têm algo de
novo e luzindo em sua casa. É sem­
pre agradável quando encontram os
moças que sabem fazer suas pró­
prias roupas, costuram e cozinham
bem, e conservam a casa em ordem.
Hoje em dia, a idéia aparente­
mente é apenas entreter nossos jo ­
vens. Gastam os tem po demais ten­
tando encontrar meios de mantê-los
interessados. N ão vejo mal algum
no trabalho. Creio que foi um a das
criações inteligentes e muito im por­
tantes, necessárias de nosso Pai.
No decorrer dos tem pos, Deus
revogou muitas leis, mas não sabe­
mos de nenhum a revogação divina
quanto à lei do trabalho. Desde os
mais obscuros órgãos dentro do
corpo até a construção do módulo
que pousou na Lua, o trabalho é
um a das condições de se estar vivo.
Sabemos que o trabalho diário é
um a atividade significativa que re­
quer certo dispêndio de energia e
algum sacrifício do lazer.
Sinto-me sempre pesaroso, quan­
do vejo funcionários de lojas, ban­
cos e escritórios queixando-se do
seu trabalho e que são mesquinhos
em seu em penho, tem endo traba­
lhar mais do que o salário com pen­
sa. Sei que suas horas são longas, e
existem muitas leis controlando tais
coisas hoje em dia. M as, pelo m e­
nos, podem ter a atitude certa.
Talvez necessitemos da urgência
prem ente de nossos antepassados.
Eles tinham que trabalhar duro
para sobreviver.
Irm ãos, estou certo de que está
na hora de eu term inar. M as quero
recom endar-vos as palavras da Ir­
mã Smith, do Bispado Presidente e
do Presidente Romney, e dizer que
este é um Evangelho de ação, e
tudo o que aprendem os, devemos
pôr em prática. Deus nos abençoe,
a fim de term os a determ inação
para levar avante todos os m anda­
mentos do Senhor que nos foram
transm itidos. Digo isto em nom e de
Jesus Cristo. Amém.
114 A LIAHONA
A proposta foi aceita por unani­ po, não posso dizer. Vi a incompará­
m idade. O texto que segue são tra­ vel beleza da porta através da qual
duções prelim inares, ainda não di­ entrarão os herdeiros desse reino, e
Texto vididas em versículos. Q uando estes era sem elhante a um círculo de cha­
textos estiverem em sua forma final e mas de fogo; tam bém vi o refulgen-
prontos para serem acrescentados à
Escriturístico Pérola de G rande Valor, voltarão a
te trono de Deus, sobre o qual se
achavam sentados o Pai e o Filho.
ser publicados. Vi as formosas ruas desse reino que
das Visões pareciam ser pavim entadas de ou­
ro. Vi Adão e A braão, nossos pais,
assim com o meu pai, m inha mãe e
Acrescentadas meu irm ão Alvin, que hayia m orri­
do há muito tem po; e maravilhei-
à Pérola VISÃO DO REINO CELESTIAL m e de que ele houvesse recebido
Uma visão dada a Joseph Smith, o um a herança naquele reino, pois
partira desta vida antes que o Se­
de Grande Profeta, no templo em Kirtland,
Ohio, no dia 21 de janeiro de 1836, nhor se dispusesse a reunir Israel
por ocasião da administração das or­ pela segunda vez, e não fora batiza­
Valor denanças do “ endowment” , de acor­ do pela remissão dos pecados.
do com o que havia sido revelado E ntão veio até mim a voz do Se­
sobre elas na época. (Vide History of nhor, dizendo:
the C hurch 2:380-81.)
Todos os que m orreram sem um
co n h e cim en to deste E vangelho,
que o teriam recebido se lhes fosse
perm itido perm anecer na terra, se­
Os ceús nos foram abertos, e vi o rão herdeiros do reino celestial de
reino celestial de D eus e sua glória, Deus; tam bém todos aqueles que,
mas se foi no corpo ou fora do cor­ deste dia em diante, m orrerem sem
D urante a sessão vespertina de
sábado, 3 de abril, o Presidente N.
Eldon Tanner, prim eiro conselheiro
na Primeira Presidência, leu a se­
guinte declaração:
“Num a reunião do Conselho da
Primeira Presidência e do Quorum
dos Doze, realizada no Tem plo de
Salt Lake, a 25 de m arço de 1976,
foi aprovado o acréscim o destas
dua revelações à Pérola de G rande
Valor:
“ Primeiro, um a visão do reino
celestial dada ao Profeta Joseph
Smith, no T em plo de K irtland
/Ohio/, no dia 21 de janeiro de
1836, a qual diz respeito à salvação
dos que m orrem sem conhecim ento
do Evangelho.
“ E segundo, um a visão dada ao
Presidente Joseph F. Smith, na Ci­
dade do Lago Salgado, Utah, a 3 de
outubro de 1918, m ostrando a visita
do Senhor Jesus Cristo ao m undo
espiritual e expondo a doutrina da
redenção dos mortos.
“ E proposto que apoiem os e
aprovemos esta ação e adotem os
essas revelações com o parte das
obras-padrão da Igreja de Jesus
C risto dos Santos dos Ú ltim os
Dias.”
AGOSTO DE 1976 115
ter tom ado esse conhecim ento, mas “ Porque Cristo tam bém padeceu crifício à sem elhança do grande sa­
que o teriam recebido de todo o seu um a vez pelos pecados, o justo pe­ crifício do Filho de Deus e sofre­
coração, serão herdeiros desse rei­ los injustos, para levar-nos a Deus; ram tribulação em nom e do seu R e­
no, pois eu, o Senhor, julgarei a to­ m ortificado, na verdade, na carne, dentor. Todos esses partiram da
dos os homens segundo suas obras, mas vivificado no espírito. vida m ortal, na esperança de uma
segundo o desejo de seus corações. gloriosa ressurreição através da gra­
“ No qual tam bém foi e pregou
Vi tam bém que todas as crianças ça de Deus, o Pai, e seu Filho Uni­
aos espíritos em prisão.
que m orreram antes de chegar à gênito, Jesus Cristo.
idade da responsabilidade, salva­ “ Os quais noutro tem po foram
Vi que estavam cheios de alegria
ram-se no reino celestial. rebeldes quando a longanim idade
e contentam ento e regozijavam,
de Deus esperava nos dias de Noé,
porque o dia da sua libertação esta­
enquanto se preparava a arca; na
va próxim o. Estavam reu n id o s,
qual poucas (isto é, oito) almas se sal­
aguardando o advento do Filho de
varam pela água.” (I Pedro 3:18-20.)
Deus no m undo espiritual, para tra-
“ Porque por isso foi pregado o zer-lhes a redenção das cadeias da
Evangelho tam bém aos m ortos, m orte. Os seus restos mortais se­
VISÃO DA R E D E N Ç Ã O DOS para que, na verdade, fossem julga­ riam restaurados à sua form a per­
MORTOS dos segundo os hom ens na carne, feita, osso com osso, e os tendões e
mas vivessem segundo Deus em a carne voltariam a cobri-los, o
espírito.” I Pedro 4:6.) espírito e o corpo seriam reunidos
para nunca mais se separarem , a
Enquanto ponderava sobre essas
coisas que estão escritas, os olhos fim de que pudessem receber a ple­
Uma visão dada ao Presidente Joseph do meu entendim ento foram aber­ nitude da alegria.
F. Smith, na Cidade do Lago Salga­ tos, e o Espírito do Senhor deposi- Enquanto aquela vasta multidão
do, Utah, no dia 3 de outubro de tou-se sobre mim, e vi as hostes dos esperava e conversava, regozijan-
1918, mostrando a visita do Senhor m ortos, pequenos e grandes. E esta­ do-se por saber que estava próxima
Jesus Cristo ao mundo espiritual e vam reunidos em um só lugar em a hora em que seriam libertados das
expondo a doutrina da redenção dos núm ero incontável de espíritos dos cadeias da m orte, o Filho de Deus
mortos. (Vide D outrina do Evange­ justos, que foram fiéis no testemu­ apareceu, declarando liberdade aos
lho pp. 432-35.) nho de Jesus, enquanto viveram na cativos que tinham sido fiéis, e p re­
m ortalidade, que ofereceram sa­ gou-lhes o Evangelho eterno, a do u ­
trina da ressurreição e a redenção
da hum anidade da queda e dos pe­
cados individuais, desde que hou­
vesse arrependim ento. Mas, aos iní­
quos ele não foi, e entre os incrédu­
No dia 3 de outubro de 1918, sen­ los e os que não se arrependeram ,
tei-me em meu escritório, e en­ que se corrom peram enquanto esta­
quanto lia as Escrituras, com ecei a vam na carne, a sua voz não foi ou­
m editar sobre o grande sacrifício vida; tam bém os rebeldes que rejei­
expiatório que foi feito pelo Filho taram os testem unhos e advertên­
de Deus, pela redenção da hum ani­ cias dos antigos profetas não tive­
dade, e grande e maravilhoso amor, ram o privilégio de sua presença e
que foi m anifestado pelo Pai e o Fi­ nem puderam olhar a sua face.
lho, na vinda do R edentor ao m un­ Onde estes estavam, a escuridão
do, para que, através do seu sacrifí­ reinava, mas entre os justos havia
cio e pela obediência aos princípios paz, e os santos regozijavam na sua
do Evangelho, a hum anidade pu­ redenção e dobraram os joelhos e
desse ser salva. reconheceram o Filho de Deus
Nesse ínterim , m inha m ente vol­ com o seu R edentor e Libertador da
tou-se aos escritos do A póstolo Pe­ morte e das cadeias do inferno. Os
dro aos primitivos santos espalha­ seus sem blantes se iluminaram , e o
dos por Pontos, G alácia, Capadócia brilho da presença do Senhor depo­
e outras partes da Ásia, onde o sitou-se sobre eles, e cantaram lou­
Evangelho tinha sido pregado de­ vores ao seu santo nome.
pois da crucificação do Senhor. M arvilhei-me, porque entendi
Abri a Bíblia e li os capítulos 3 e 4 que o Salvador ficou mais ou menos
da prim eira epístola de Pedro, e três anos no seu m inistério entre os
quando li, fiquei grandem ente im­ judeus e aqueles da casa de Israel,
pressionado, mais do que havia fi­ procurando ensinar-lhes o Evange­
cado antes, com as seguintes pas­ lho eterno e chamá-los ao arrrepen-
sagens: dim ento; e ainda, não obstante suas
116 A LIAHONA
grandes realizações e milagres e testificavam dele na carne, para que assembléia e aguardaram a sua liber­
a proclam ação da verdade com pudessem levar a mensagem de re­ tação, porque os mortos considera­
grande poder e autoridade, poucos denção a todos os m ortos a quem vam a grande ausência dos seus es­
deram ouvidos à sua voz, poucos se ele não poderia pregar pessoalmente píritos dos seus corpos como uma es­
regozijaram na presença e recebe­ por terem sido rebeldes e iníquos, cravidão. A esses o Senhor ensinou,
ram salvação das suas mãos. Mas o para que eles, através da m anifesta­ e deu-lhes poder para ressuscitarem,
seu ministério entre aqueles que ção dos servos enviados pelo mes­ depois que ele ressuscitasse dos mor­
m orreram foi limitado ao curto es­ tre, pudessem tam bém ouvir as suas tos, e entrarem no reino de seu Pai,
paço de tem po com preendido entre palavras. para que fossem coroados com a
sua crucificação e ressurreição; e Entre os grandes e poderosos que imortalidade e vida eterna, e conti­
maravilhei-me nas palavras de Pe­ estavam reunidos nesta vasta con­ nuassem dali em diante os seus traba­
dro, quando disse que o Filho de gregação dos justos, estava o pai lhos, como lhes fora prometido pelo
Deus pregou aos espíritos nos dias Adão, o Ancião de Dias e o pai de to­ Senhor, e serem participantes de to­
de Noé, e como lhe fora possível dos, e a nossa gloriosa mãe Eva, das as bênçãos que foram reserva­
pregar àqueles espíritos e realizar o com muitas de suas fiéis filhas que das àqueles que o amam.
trabalho necessário entre eles em viveram através das idades, e adora­ O Profeta Joseph Smith e meu
tão curto tempo. ram ao verdadeiro Deus vivente. pai,.H yrum Smith, Brigham Young,
E enquanto me m aravilhava, os Abel, o prim eiro m ártir, estava lá, e John Taylor, Wilford W oodruff e
meus olhos foram abertos, e o meu o seu irmão Sete, um dos podero­ outros espíritos escolhidos que fo­
en ten d im en to aclarad o , e com ­ sos, que era a imagem expressa do ram reservados para virem na pleni­
preendi que o Senhor não foi em seu pai Adão. Noé, que advertiu tude dos tem pos, a fim de tom ar
pessoa entre os iníquos, entre os de­ acerca do dilúvio; Sem, o grande parte no estabelecim ento das fun­
sobedientes que rejeitaram a verda­ sumo sacerdote; A braão, o pai dos dações deste grande trabalho dos
de, para ensiná-los; mas eis que, fiéis; Isaque, Jacó e Moisés, o gran­ últimos dias, incluindo a edificação
dentre os justos, organizou as suas de legislador de Israel; Isaías, que de tem plos e realização de ordenan­
forças e designou mensageiros, in­ profetizou que o Rendetor viria para ças vicárias para a redenção dos
vestiu-os com poder e autoridade, e unir os corações quebrantados, a m ortos, tam bém estavam no mundo
comissionou-os para que fossem e proclam ar a liberdade aos cativos e espiritual. Observei que tam bém es­
levassem a luz do Evangelho àque­ abrir-lhes as portas das prisões, tavam entre os grandes e nobres
les que estavam na escuridão, mes­ tam bém estavam lá. que foram escolhidos no começo
mo a todos os espíritos dos homens. Além desses, estavam lá: Eze- para serem governantes na Igreja
E desse modo, o Evangelho foi pre­ quiel, que viu em visão o grande de Deus. Mesmo antes que tivessem
gado aos mortos. E os mensageiros vale dos ossos secos, que seriam no­ nascido, eles, com muitos outros,
escolhidos foram pregar o dia acei­ vam ente revestidos de carne para receberam as suas prim eiras lições
tável do Senhor e proclam aram a li­ voltarem de novo na ressurreição no m undo dos espíritos e foram pre­
berdade aos cativos que estavam dos m ortos com o almas viventes; parados para virem no devido tem ­
presos, mesmo a todos os que se ar­ Daniel, que previu e predisse o es­ po do Senhor, a fim de trabalharem
rependessem dos seus pecados e re­ tabelecim ento do reino de Deus nos em sua vinha para a salvação das al­
cebessem o Evangelho. Desse mo­ últimos dias, para nunca mais ser mas dos homens.
do, foi pregado o Evangelho àque­ destruído nem entregue a outro po­ Vi que os élderes fiéis desta dis­
les que m orrreram em pecado, sem vo; Elias que esteve com Moisés no pensação, quando deixam a vida
conhecer a verdade, ou na trans­ M onte da Transfiguração; Mala- m ortal, continuam os seus trabalhos
gressão, tendo rejeitado os profetas. quias o profeta que testificou da de pregação do evangelho de arre­
A esses foi ensinada a fé em Deus, vinda de Elias — de quem tam bém pendim ento e redenção, através
arrependim ento do pecado, batis­ M orôni falou ao Profeta Joseph do sacrifício do Filho Unigênito de
mo vicário para remissão dos peca­ Smith — declarando que deveria vir Deus, entre aqueles que estão nas
dos, o dom do Espírito Santo pela antes da anunciação do grande e trevas e sob a escravidão do pecado
imposição das mãos, e todos os ou­ terrível dia do Senhor, tam bém es­ no grande m undo dos espíritos dos
tros princípios do Evangelho que tavam lá. O Profeta Elias deveria mortos. Os m ortos que se arrepen­
deveriam conhecer, a fim de pode­ plantar nos corações dos filhos as dem serão redimidos través da obe­
rem ser julgados segundo os ho­ prom essas feitas aos pais, prognos­ diência às ordenanças da Casa do
mens na carne, mas que possam vi­ ticando o grande trabalho a ser fei­ Senhor e depois de haverem cum ­
ver segundo Deus no espírito. to nos tem plos do Senhor na dis­ prido o castigo pelas suas transgres­
pensação da plenitude dos tempos, sões e serem purificados, receberão
E tam bém foi dado a conhecer para a redenção dos m ortos e o se- um a recom pensa de acordo com as
aos m ortos tanto grandes como pe­ lam ento dos filhos aos pais, para suas obras, porque são herdeiros da
quenos, ao injusto com o tam bém ao que toda a terra não seja ferida com salvação.
justo, que a redenção tinha sido tra­ um a m aldição e totalm ente destruí­ Deste modo, a visão da redenção
zida através do sacrifício do Filho da na sua vinda. dos m ortos foi-me revelada, e pres­
de Deus na cruz. Portanto o nosso Todos esses e muitos outros, mes­ to testem unho, e sei que é verdadei­
Redentor, enquanto estava no m un­ mo os profetas que habitaram entre ra, através das bênçãos de nosso Se­
do dos espíritos, instruiu e preparou os nefitas e testificaram da vinda do nhor e Salvador Jesus Cristo. Assim
os espíritos fiéis dos profetas que Filho de Deus, juntaram-se à grande seja. Amém.
AGOSTO DE 1976 117
PENSAMENTOS DE
CONFERÊNCIA
P arec e q u ase que c o n trá rio à nossa p ró p ria n atu re z a , p a rtic u la rm e n te
q u a n d o som os jo v en s, a c e ita r o rie n ta ç ã o d o s o u tro s. M as, m eus jo v en s, há
h o ras em q u e , a d e sp eito d o q u a n to ju lg am o s sa b e r ou d o q u a n to d esejam os
fazer algum a coisa, a nossa p ró p ria ex istên cia d e p e n d e de d arm o s a ten ç ão
aos nossos guias.
Se vocês d erem ouvidos ao c o n selh o de seus pais e m estres e líd eres, e n ­
q u a n to são jo v en s, p o d e rã o a p re n d e r a seguir o m elh o r guai q u e existe — os
su ssurros d o S an to E spírito. Isto é rev e laç ã o individual.
A p re n d am a co m o o ra r e co m o re c e b e r resp o sta p a ra suas o raçõ es. Q u an ­
d o o ra re m a resp e ito de algum a coisa, p o d e ser que te n h a m q u e e sp erar p a ­
c ie n te m e n te p o r m uito, m uito te m p o , a n tes de re ce b ere m um a resp o sta. A l­
gum as o raçõ e s têm que ser resp o n d id as im ed ia ta m en te, a b em de sua p ró p ria
seg u ran ça, e re c e b e rã o m esm o ce rta s in sp iraçõ es, sem tere m o ra d o . - É lder
Bo,d K. Packer. Ê|dt:r Boyd K . Packer.

V ocês pensam em Jesus, q u a n d o p articip am do sa c ra m e n to , e assum em o


co m p rom isso de g u a rd a r seus m an d am en to s? C o n h ecê-lo é g u a rd a r os seus
m an d am en to s.
Sim , é a ele que ad o ram o s. Ele é o F ilho de D eus, o G ra n d e C riad o r. Ele é
o nosso S alvador e R ed e n to r. Foi q u em to rn o u possível nossa re d e n ç ã o . Foi
ele quem , com o Pai, a p a re c e u a Jo se p h Sm ith no B osque S agrado.

Élder Eldred G. Smith.

D esde q u e o P resid en te K im ball p ediu que cad a fam ília d a Igreja p ro c u ­


rasse p ie d o sa m e n te fazer am izade com u m a fam ília n ão -m em b ro e a ju d ar os
m issionários em o u tro s sentidos, au m e n to u m u ito o n ú m e ro de conversos
q u e ingressam na Igreja, m as, a in d a assim , o P resid en te K im ball diz q u e e sta ­
m os ap e n a s co m eç a n d o , e falta ain d a m u ito o que fazer.

— Élder Loren C. Dunn

Q uem é realm en te responsável pelo tra b a lh o m issionário? O P residente


K im ball d ecla ro u que to d o m em b ro deve ser m issionário. T o d o s nos d e v e ría ­
m os p re p a ra r d u ran te a vida in teira p ara ser m issionários, p re p a ra n d o -n o s
não ap en as p a ra fazer missões de te m p o integral, co m o ta m b ém p a ra ensinar
a p alav ra de D eus a to d o s aq u eles q u e ain d a não c o n h ecem a v erdade.
M uitos m em b ro s p erg u n tam : — É ld er C ook, falar é fácil, m as c o m o vou
faze-lo? O q u e posso fazer, e sp ecificam en te, agora, p ara cu m p rir m inha res­
p o n sab ilid ade m issionária de a d v e rtir m eus sem elhantes?
P rim eiro , você p ode to m a r o p a rtid o d a v erd ad e o n d e estiver, a q u alq u er
h o jra, em to d o lugar. À vezes, nossos m em b ro s têm receio de falar em favor
d a v erd ad e na escola, e n tre am igos ou até m esm o, às vezes, e n tre m em bros
d a Igreja.
A gora, u m a seg u n d a sugestão. O P resid en te K im ball p ed iu q u e c a d a um de
nós escolhesse p ied o sam en te u m a fam ília p ara fazer am izade.
Élder G ene R. Cook

118 AGOSTO DE 1976


DE UM AMIGO PARA OUTRO

Eli RESOLVI
Q u a n d o eu e ra g a ro to , ia à ro n ic e , m as e s to u q u e r e n d o
re u n iã o d o S a c e rd ó c io , à E sco la m o strar-v o s um a coisa: se to d o
D o m in ical e ta m b é m à P rim ária, g a ro to e m e n in a — q u a n d o fica
e estav a se m p re o u v in d o h istó ­ um p o u c o m aio r e m ais in d e ­
rias m arav ilh o sas so b re o E v an ­ p e n d e n te d e seus am igos fam ília
gelho. O u v ia m eu s p ro fesso res e tu d o — se to d o g a ro to ou m en i­
d izerem c o n s ta n te m e n te : — N ós na resolvesse; — N ã o vou fazer
n ão b e b e m o s, n ão fu m am o s nem —, e n tã o n ão im p o rta q ual seja a
to m am o s café ou ch á, p o rq u e o te n ta ç ã o , eles p o d e m dizer: - Já
S en h o r disse q u e n ão dev em o s resolvi. E stá d ec id id o .
fazê-lo. E assim c o m e c e i a e n ­
N ã o seria d e s p e rd iç a r u m a
te n d e r o q u e isto significa.
p o rç ã o d e nosso te m p o , se a
E n tã o , q u a n d o ficav a sozinho, c a d a d o m in g o tivéssem os q ue
o rd e n h a n d o as v acas o u em p i­ p a ra r e p e rg u n ta r: - B em , vou
lh an d o fen o , eu tin h a te m p o ou n ão vou à re u n iã o s a c ra m e n ­
p a ra p en sa r. P en sav a so b re esses tal? V ou ou n ão à P rim ária, à E s­
e n sin a m e n to s e to m ei esta d e c i­ c o la D o m in ical?
são:
Q u e d e sp e rd íc io d e tem p o !
- E u , S p e n c e r K im ball, n u n c a M as, se tiv erm o s resolvid o de
vou fu m ar. N u n c a to m a re i café, u m a vez p o r to d a s (“ E u irei à
nem to c a re i em ch á — n ão p o r­ re u n iã o s a c ra m e n ta l to d o s os
que p o ssa ex p lica r o m otivo, d om ingos. “ P a rtic ip a re i d a no ite
m as p o rq u e o S e n h o r p ro ib iu . fa m ilia r to d a s as s e m a n a s .”
E le disse q u e essas coisas são Presidente Spencer W. Kimball
“ Vou o ra r to d a s as n o ite s.” ), v e­
ruins. E x istem a in d a m u itas o u ­ ja m q u a n to te m p o e m e re c im e n ­
tras coisas ru in s ta m b é m q u e to e c o n o m iz am o s.
n ão e stão n a P alav ra d e S a b e d o ­ A ssim , to m a n d o a decisão : —
ria. V ou seg u ir este ca m in h o . E stas
O q u e q u e ro d izer é q u e e n ­ coisas eu fa rei; aq u e la s coisas
fazer isso? — S e m p re dizia a m im n ão vou fazer. - E n tã o n ão te r e ­
tã o , q u a n d o e ra ain d a m en in o ,
m esm o: — R eso lv i q u e n ão ia m os q u e lu ta r com nós m esm os e
eu resolvi: — N u n c a v o u H o c a r
fazer, p o rta n to n ão faço. d e s p e rd iç a r nosso tem p o .
nessas coisas. —E assim , e sta n d o
reso lv id o , foi fácil seg u ir m in h a S ou um p o u c o m ais velh o q u e (D e um d iscu rso feito n a sessão
d ecisão e n u n c a tive tra b a lh o v o cê ag o ra, e só q u e ria d izer q u e p a ra os jo v e n s, sáb a d o , 17 de
com essas te n ta ç õ e s . A p a re c e u logo esta re i u m a n o m ais velh o ag o sto , d a C o n fe rê n c ia G e ra l de
u m a p o rç ã o d e te n ta ç õ e s , m as ain d a, e n u n c a e x p e rim e n te i o Á re a n a D in a m a rc a , F in lân d ia,
eu nem ch e g u ei nem m esm o a g o sto d o ch á , n em café, fum o, N o ru e g a e S u écia. A Ig reja de
analisá-las; n ão p a re i p a ra p e n ­ alco o l d e q u a lq u e r esp é cie, nem Jesu s C risto dos S antos dos Ú lti­
sar: — B em , d ev o ou n ão dev o d ro g as. Isto p o d e p a re c e r fa n fa r­ m os D ias.)

AGOSTO DE 1976
119
A U TO R ID A D ES GERAIS D ’
A IGREJA DE JE SU S CRISTO
DOS
SA N T O S D O S Ú LTIM O S DIAS

Primeira Presidência

P resid en te N . E ldon T a n n er P resid en te S pencer W . Kim ball P resid en te M ario n G . Rom ney
P rim eiro Conselheiro Segundo C onselheiro

Assistentes do Conselho dos Doze.

Jo h n H . V andenberg R o b ert L. Sim pson O . L eslie S to n e Ja m e s E. F au st J . T h o m as Fyans N eal A. M axw ell

Primeiro Conselho dos Setenta

S . D ilw orth Y oung A. T heodore T u ttle P au l H . D unn H a rtm a n R ecto r J r .

Loren C . Dunn Rex D . P inegar

A LIAHONA
Conselho dos Doze

Boyd K. P a c k e r M arv in J . A shton B ruce R . M cC o n k ie L. T om P e rry D avid B . H aight

B ernard |P. B rockbank J a m e s A. C ullim ore M ario n D . H a n k s Jo se p h A nderson W illiam H . B ennett

W . G ra n t B an g e rter R o b ert D . H ale s A dney Y. K om atsu Jo sep h B. W irthlin

Primeiro Quorum dos Setenta Bispado Presidente

John H . G roberg J a c o b de J a g e r

AGOSTO DE 1976 121


Anuncio de Quatro Novas Autoridades Gerais
No dia 3 de abril, durante a Provo, Utah, representante regional toda a Igreja. Além disso, os mem­
segunda sessão geral da 146.a Con­ dos Doze e executivo-assistente do bros do quorum terão outros deve­
ferência Geral Anual, foi anuncia­ Bispado Presidente da Igreja. res, na qualidade de autoridades
da a designação de quatro novos Em outubro do ano passado o gerais, sob a direção da Primeira
membros do Primeiro Quorum dos Presidente Kimball anunciou a or­ Presidência e do Quorum dos Do­
Setenta da Igreja de Jesus Cristo ganização gradual do Primeiro ze Apóstolos.
dos Santos dos Últimos Dias. Quorum dos Setenta com setenta Jacob de Jager nasceu a 16 de
Os quatro irmãos que passarão membros, a fim de colaborar na janeiro de 1923 em Haia, na Ho­
a dar atenção integral às crescentes regularização dos negócios mun­ landa, onde aprendeu técnicas co­
atividades missionárias da Igreja diais da Igreja, particularm ente no merciais e línguas. A fim de esca­
no mundo inteiro, são: setor missionário. Na ocasião foi par do trabalho escravo na Alema­
comunicada a designação de três nha durante a ocupação nazista,
— Jacob de Jager, 53 anos, de por ocasião da II Querra M undial,
Nijmegen, Países Baixos, o primei­ membros do quorum: Charles A.
Didier, de Frankfurt, Alemanha, ele se ocultou durante mais de dois
ro cidadão de seu país a tornar-se anos, tempo que dedicou principal­
uma das autoridades gerais da Igre­ nascido na Bélgica; William Raw-
sel Bradford, presidente da Missão mente ao estudo de línguas. Hoje
ja. Desde 1972 ele vinha servindo fala fluentemente francês, alemão,
como representante regional dos de Santiago do Chile e Dr. Geor-
ge Patrick Lee, um índio navajo inglês e espanhol, além de seu idio­
Doze. ma pátrio, o holandês.
que preside a Missão de Holbrook,
— M. Russel Ballard Jr., 47 Arizona. Serviu como intérprete junto ao
anos, da Cidade do Lago Salgado, Exército Canadense na Europa.
que atualmente serve como presi­ O quorum é presidido pelos se­ Posteriormente serviu nas índias
dente da Missão de Toronto, no Ca­ te componentes do Primeiro Con­ Orientais Holandesas (agora Indo­
nadá. selho dos Setenta. nésia) como oficial de bem-estar
— John H. Groberg, 41 anos, A função primordial do Primei­ das Forças Expedicionárias Holan­
de Idaho Falls, Idaho, igualmente ro Quorum dos Setenta será tor­ desas, quando foi distinguido com
representante regional dos Doze. nar mais eficiente o trabalho mis­ a medalha real “ Para Ordem e
— Carlos E. Asay, 49 anos, de sionário nas estacas e missões em P az”.

Elder Carlos E. Asay Élder M. Russel Ballard, Jr.


122 A LIAHONA
Élder Jacob de Jager Élder John H . G roberg

Durante sua estada em Jacarta, Desde meados de 1974, o Élder diversos cargos de liderança e le­
na Indonésia, em 1954, casou-se Ballard vinha presidindo a Missão tivos nas auxiliares da Igreja, co­
com Bea Lim; o casal tem dois fi­ de Toronto, no Canadá. mo missionário de estaca e missio­
lhos — Robert Michale e Audrey Ele possui muita experiência em nário de tempo integral.
Inez. atividades da Igreja, incluindo dois Carlos Egan Asay nasceu a 12
Retornando à Holanda em 1950, anos de serviço missionário na Mis­ de junho de 1926 em Sutherland,
empregou-se nas Indústrias Eletrô­
são Britânica, na qual serviu como Condado de Millard, Utah, e ca­
nicas Philips, indo trabalhar na
Indonésia. Mais tarde foi transfe­ conselheiro do presidente. sou-se com Collen W ebb, de
rido para Toronto, depois para a O Élder Ballard foi bispo da Ala Monroe, Utah. O casal tem sete
Cidade do México e Istambul an­ X II Holladay e Ala X III Monu- filhos: Marcianne, James, Marcus,
tes de voltr para os Países Baixos, ment Park. Além disso serviu no Brent, Clair, Timothy e Carleen.
onde atualmente é vice-presidente sumo conselho das estacas de Mt. O Élder Asay presidiu a Missão
de vendas de uma importante fá­ Olympus e Monument Park, e co­ do Texas Norte durante três anos,
brica de lâmpadas incandescentes mo assessor de quorum de sacer­ de 1970 a 1973. Anteriormente
da Philips. dotes. serviu como membro da junta ge­
Na Igreja, ele tem servido como John H. Groberg nasceu a 17 de ral da Escola Dominical, como bis­
conselheiro na presidência de um junho de 1934 em Idaho Falls, po da Ala VI South Cottonwood
quorum de élderes em Toronto, su­ Idaho, é casado com Jean Sabin, por cinco anos, e como membro
perintendente da Escola Dominical com quem tem oito filhos: Nancy, do sumo-conselho das estacas de
na Cidade do México, presidente Jean, Elizabeth, Marily, Jane Gay- South Cottonwood e Long Beach.
de ramo em Nijmegen e conselhei­
le, John Enoch, Susan e Thomas Pouco depois de voltar do Texas
ro na presidência da Missão Ho­
Sabin. foi chamado como representante
landesa.
Melvim Russel Ballard Jr. nas­ O Élder Groberg foi chamado regional dos Doze.
ceu a 8 de outubro de 1928 na Ci­ como representante regional dos Foi professor de educação na
dade do Lago Salgado, onde des- Doze em 1969, pouco depois de Universidade Brigham Young e
posou Barbara Bowen da mesma voltar de Tonga, onde presidiu a reitor-assistente da BYU-Havaí em
cidade. O casal tem sete filhos: missão local. Antes havia servido Laie, antes de integrar a equipe
Clark Russel, Stacey, Bry, Holly, como bispo da Ala XXVI de Ida­ executiva no escritório do Bispa­
Melesa, Tamara e Craig. ho Falls durante cinco anos, em do Presidente.
AGOSTO DE 1976 123
SÓ PARA DIVERTIR
Direções
R ichard L atta
Você sabe em que direções estas
flechas estão apontando, se fossem
agulhas de bússola?

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Q U EBRA-CABEÇAS ARITM ÉTICO

Disponha os núm eros de 3 a 11 de


tal m aneira, que sua som a corres­
ponda aos totais já existentes nas 7
fileiras indicadas pelas flechas.

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23 17 23 13

A LIAHONA
Perfil de Um Líder
Presidente Lynn A. Sorensen
Presidente da Missão Brasil Porto Alegre
p o r J o s é B. P u e rta

tes dos alem ães, com imensa difi­ todos os líderes eram americanos, e
culdade, até que um acontecim ento todás as coisas vinham dos Estados
maravilhoso veio m odificar a situa­ Unidos. Agora, com a m udança
ção e abrir novo cam po missioná­ desta Presidência para o Presidente
rio. O Senhor estava “ preparando o Souza, só terem os dois líderes am e­
cam inho pelo qual as suas ordens ricanos em todo o Brasil; o Presi­
poderiam ser cum pridas” , e a pri­ dente Beitler em São Paulo, na pre­
m eira edição do Livro de M oím on sidência da Missão Brasil São Paulo
em português foi editada, juntando- Sul, e uma A utoridade G eral, Élder
se às suas antigas ferram entas de Jam es E. Faust” .
trabalho, que nada mais eram do
O PRESID EN TE Lynn A. Soren­
que a Bíblia e 7 folhetos de proseli­
sen, nasceu em Salt Lake City aos
tismo.
25 de setem bro de 1919, filho de
Ulric Andrew Sorensen, e Fanny
Dos 6 missionários da década de Boam Sorensen, ambos nascidos na
1940, dois hoje são A utoridades G e­ Igreja. Casou-se com Janet W eech
rais; Élder Jam es E. Faust e W. G. Sorensen, aos 12 de fevereiro de
Bangerter. Dos outros quatro, a 1943, no Tem plo de Salt Lake City
m aioria serviu com o Presidente de e desta união nasceram 9 filhos; 6
Missão. A Missão Brasil Porto Ale­ homens, dos quais 4 já fizeram mis­
Presidente Lynn A. Sorensen gre, hoje, conta com 6 distritos e 27 são de tem po integral —3 mulheres.
unidades espalhadas por todo o Rio Dos 6 filhos, 4 já estão casados, en­
Na biografia do Presidente Lynn A.
G rande do Sul. A população da riquecendo o lar dos Sorensens com
Sorensen, um pouco da história da
Missão atinge a núm ero de quase 11 netos, 5 dos quais nasceram en­
Igreja no Brasil. Da mesma forma
5.000 mem bros, e a Estaca Porto quanto eles serviam na presidência
como Élder Faust, Élder B angerter
Alegre Brasil, tem 4.000 membros. da Missão Brasil Porto Alegre.
e outros maravilhosos missionários
C ontrastando com os 6 missionários
da década de 1940, o jovem missio­ O Presidente Sorensen recebeu o
daquela época, hoje tem os cerca de
nário Sorensen, lançava as prim ei­ seu cham ado para retornar ao Bra­
140 missionários. Ao térm ino de sua
ras sementes do Evangelho R estau­ sil com o Presidente da Missão, das
missão havia apenas 3 missionários
rado em solo brasileiro. mãos do então Presidente Harold
brasileiros; hoje tem os 68 missioná­
O seu com panheiro converteu o rios brasileiros, só nesta missão, e B. Lee e segundo as suas próprias
primeiro membro em São Paulo, e com a saida dos missionários am eri­ palavras, a conversa m antida com o
35 anos após voltando à bela Porto canos no mês de junho passado e a Presidente Lee, durante mais de
Alegre, mal podia reconhecê-la em m udança da presidência da missão meia hora, foi uma das experiências
sua beleza e pujante progresso. para o Presidente Jason G arcia de mais m aravilhosas de toda a sua vi­
Também a Igreja havia crescido na Souza, 54% dos missionários são da. E assim, em agosto de 1973, re­
sua volta. Nos idos de 1940, havia brasileiros. Portanto, “ um a obra tornou ao Brasil, deixando o seu
apenas uma missão em todo o Bra­ maravilhosa e um assom bro deveria trabalho com o gerente de produção
sil com sede em Porto Alegre, pos­ se realizar entre os filhos dos ho­ do D epartam ento de C om unica­
suindo 7 membros 6 missionários m ens” após o lançam ento daquelas ções Internas da Igreja, em Salt
de tem po integral, e por mais de prim eiras sem entes. D entro de sua Lake City. Aqui passou mais 3 ma­
dois anos e meio não receberam vi­ hum ildade e com lágrim as nos ravilhosos anos, desta vez ainda
sita de qualquer A utoridade G eral, olhos de em oção ao rem em orar com o missionário, usando a sua ex­
em vista das dificuldades da II aqueles maravilhosos dias, podia-se periência e sabedoria na orientação
G uerra em curso. Mas foi um tem ­ notar a expressão radiante e feliz do e instrução não só de seus 140 mis­
po memorável aquele em que os P resid en te S orensen. “ A c red ito sionários, mas tam bém de todos os
missionários se preocupavam em que está acontecendo algo de m ara­ m em bros da missão.
pregar o Evangelho aos descenden­ vilhoso, ao pensarm os que no início O presidente Sorensen fala com en­
AGOSTO DE 1976 125
diz, devemos entrevistá-los anual­
m ente.”
O presidente Sorensen deixou o
Brasil no princípio de julho passa­
do. Em seu lugar está o Presidente
Jason G arcia de Souza, o quarto
líder brasileiro a ser cham ado para
presidir um a Missão. Deixemos as
palavras finais desta entrevista ao
Presidente Lynn A. Sorensen. “ M i­
nha saída é, naturalm ente, muito
triste e com ovente para mim. Eu
nunca esperava voltar ao Brasil mas
fui muito abençoado ao voltar em
1970, em março de 1973 para a
Reunião Regional e finalm ente em
agosto de 1973, como presidente da
Da esquerda para direita: Irm ã Janet W. Sorensen; Presidente Lynn A. Sorensen e Missão Brasil Porto Alegre. Posso
Irmão Wayne R. Sorensen. dizer que es.tes 3 anos foram uma
tusiasmo sobre o Tem plo no Brasil. prontos para receberem sua reco­ das experiências mais m aravilhosas
Dos desafios e das bênçãos prom e­ m endação para o Tem plo. Fala de de toda a m inha vida (e da de sister
tidas aos que forem fiéis no atendi­ sua satisfação em ter trabalhado Sorensen tam bém ), e sou grato ao
m ento ao cham ado nestas horas de com missionários brasileiros que meu Pai Celestial pela oportunida­
sacrifício. Do seu entusiasmo de le­ apesar de terem pouco conheci­ de de ter voltado ao Brasil, país que
var 33% de sua quota de levanta­ m ento das coisas da Igreja por se­ aprendi a am ar tanto com o missio­
m ento de fundos por ocasião da ce­ rem convertidos há relativam ente nário, com o na qualidade de presi­
rim ônia da A bertura da Terra, em pouco tem po, têm-se revelado ex­ dente de missão. Não há nenhum
m arço passado, quando o desafio celentes missionários e lança o seu trabalho em toda a Igreja que seja
lançado por Élder Faust era para desafio à liderança local dizendo: igual ao trabalho missionário. Se eu
que cada líder levasse 30% da quo­ “ Nosso desafio, especialm ente para pudesse dizer qualquer palavra para
ta. Do sacrifício de muitas famílias os líderes, é o de com eçar a prepa­ o povo brasileiro seriam as mesmas
de sua missão, e particularm ente de ração dos jovens mais cedo, expli­ palavras do profeta: ‘G uardem os
uma delas da cidade de Criciúm a cando-lhes que para sair para um a m andam entos’, pois esta é a m elhor
que estava preparando um filho missão é necessário que se prepa­ m aneira de encontrarm os felicida­
para a missão, hoje servindo em rem com antecedência. Seria bom de, paz e alegria, não som ente nesta
Portugal, família de poucos recur­ que os missionários de tem po inte­ vida, mas tam bém na vida eterna.
sos, e que no Natal do ano passado, gral visitassem os quoruns do Sacer­ Deixo minhas bênçãos com o
resolveu dar ao fundo do tem plo dócio A arônico e explicassem o que povo brasileiro e os nossos agrade­
tudo quanto gastariam no Natal e é um a missão, o preparo que ela cim entos ao Pai Celestial e a este
mais da m etade de seus ordenados. exige. Os jovens devem ser entrevis­ povo, que com todo am or e bonda­
Fala da preparação tão necessária tados regularm ente a partir dos 8 de ajudaram a mim e a sister Soren­
aos membros a fim de que estejam anos de idade, e com o o Profeta nos sen.”

Sigam-me “ Eu Vos Farei Pescadores de Homens”

p o r J o s é Glaiton F. d a S ilv a

Desde o dia 1? de junho de 1976 a filme estático e de folhetos explica­ miliar em sua casa.
Igreja de Jesus Cristo dos Santos tivos.
dos Últimos Dias iniciou um novo Em algumas áreas já se tem algum Conta-nos que no tem po reservado
program a missionário, este progra­ resultado deste inspirado program a. para as brincadeiras toda a família
ma recebeu o nome de “ SIG A ” . brincava d e .“ esconde-esconde. Em
N a Estaca de Santos, o Presidente
determ inada reunião um a m enina,
O esquem a do program a foi am pla­ José Gonzales Lopes nos conta um a
não m em bro da Igreja, porém vizi­
mente divulgado nas alas e nos ra­ experiência sobre este trabalho: “ A
nha do presidente participou dessa
mos, através de reuniões e serões propósito lembro-me e com grande
brincadeira.
domingueiros. Os passos, o que fa­ em oção de um acontecim ento nar­
zer e com o trabalhar com este pro­ rado pelo Presidente Beitler, quan­ Dias após, a mãe dessa m enina en­
gram a foi dem onstrado através do do da realização de um a reunião fa- controu-se com a esposa do presi­
126 A LIAHONA
dente e perguntou-lhe: nhos, parentes e amigos um a parte “ No recente seminário realizado
de nossa felicidade” . com os novos presidentes de mis­
- E verdade que em sua casa vocês são, o presidente Spencer W. Kim­
brincam de “ esconde-esconde” ? — Sobre este program a, o Presidente
ball reiterou a urgente im portância
- Sim respondeu ela, eu meu m ari­ Nelson de G enaro faz estas decla-
ções: de levarmos a mensagem do Evan­
do e as crianças nos divertim os nas gelho a todos os povos do mundo.
noites de reunião familiar. A David O. M cKay, o senhor disse: Indicou, em suas palavras, que os
- Mas . . . porque pergunta isso? I presidentes de estaca, os bispos, os
“ C ada m em bro é um missionário” ,
Aquela vizinha com a voz em barga­ presidentes de ramos e de missões
e hoje com pletando o Senhor disse
da e entre lágrimas respondeu. — tem a responsabilidade, pela qual
à Spencer W. Kimball, “ Ide de
Nós não sabemos como fazer essas terão de responder um dia, de ver
Família à família pregando o Evan­
reuniões e as brincadeiras. que todos os não-mem bros que ha­
gelho” , pois não poderia ser de ou­
bitam dentro da área de sua unida­
tra forma, se o Evangelho é eterno,
Docem ente a voz da irm ã Beitler se de tenham a oportunidade de rece­
a família que tam bém é eterna tem ber o Evangelho.
fez ouvir; então a senhora, o seu
que estar envolvida.
marido e a sua encantadora filhinha
O único meio pelo qual se pode fa­
virão esta noite á nossa casa, onde Particularm ente eu acredito que
zer isso com eficiência é através de
faremos um a reunião e então brin­ este será o program a de agora em
um trabalho de equipe, em que os
caremos de “ esconde-esconde” . diante que trará m ukas pessoas
mem bros assumam a principal res­
para a Igreja de Cristo com a ajuda
Irmãos, o que certam ente se seguiu ponsabilidade de trazer amigos, pa­
de nossas famílias e o Senhor nos
é de fácil conclusão pois foram as rentes e vizinhos, de acordo com os
dará força conform e está escrito em
palavras do Senhor —já determ ina­ princípios do program a “ SIGA” .
D& C 24:12; “ E em todos os tem ­
das ao Profeta, “ Simples procedi­ pos, e em todos os lugares, tanto de Os missionários de tem po integral
mentos conseguirão trazer ótimas dia com o a noite, deverá abrir sua desem penham papel im portante,
famílias para a Igreja.” boca e declarar o M eu Evangelho, pois são especializados em técnicas
“ Irmãos o program a “ SIG A ” tem com o com voz de trom beta. E lhe de ensino, e estão sempre à disposi­
muito desta simplicidade e a form a darei força tal com o não é conheci­ ção para ajudarem os membros a
de ser m ovimentado por todos os da entre os hom ens” . ensinar o Evangelho” .
m embros da Igreja tem sua base e Com respeito ao program a, o Élder Sabemos que Deus dirige este pro­
suporte no princípio de que deve­ Jam es E. Faust, Assistente dos D o­ grama, sua mensagem é de amor,
mos repartir com os nossos vizi­ ze, fez as seguintes considerações: vamos segui-lo.

O Ramo de Jaçanã Inaugura Sua Nova Capela


p o r José Glaiton F. da Silva

Apesar do intenso frio que fazia na presidência da Estaca São Paulo seguir a segunda e a terceira metas
m anhã de domingo, dia 11 de julho Leste Brasil, a reunião de inaugura­ o mais breve possível.
de 1976, o Jaçanã inaugurou jubilo­ ção teve seu início às 10:00 horas,
Encerrou com o seu testem unho
samente a sua capela. O salão de com o Presidente Crem onesi dando
sobre a veracidade deste grande
culto estava literalm ente ocupado, a abertura desta memorável reu­
antecipando, desde ja, a necessida­ trabalho e convidou em seguida o
nião, anunciando o prim eiro hino
de do início, o mais breve possível, irmão Francisco Gomes, Supervi­
“ A Deus Senhor e R ei” e a prim ei­
da segunda etapa da construção. sor de Construção da Capela, para
ra oração feita pelo Presidente do
dizer algumas palavras sobre o seu
O Presidente Ermindo Crem onesi e Q uorum de Élderes, irm ão Evilasio
trabalho na construção de sua pri­
seus dois conselheiros, R oberto Ri­ Fernandes de M acedo.
O Presidente Crem onesi, com o pri­ meira capela e tam bém para prestar
beiro da Silva e José G laiton Ferrei­ o seu testem unho.
meiro orador, falou sobre o esforço
ra da Silva, estavam contentes com
dos m em bros durante o período de O c o r o m is to fo rm a d o p e lo s
o térm ino da prim eira fase da cons­
construção, da ajuda das senhoras, m em bros de Jaçanã cantou um hino
trução e certos de que este aconte­
dos jovens e das moças, que muito de adoração ao Pai Celestial e logo
cimento trará maior entusiasm o e
contribuíram para que o ram o atin­ após usou da palavra o irmão Paulo
crescimento ao Ramo do Jaçanã.
gisse esta prim eira meta. Falou Taroni, um Setenta, um dos mais
Com a presença do Élder Jam es E. tam bém da sua certeza na colabora­ antigos membros em bora jovem na
Faust, Assistente dos Doze, e da ção de todos para que possam con­ idade, o qual trabalhou incansavel­
AGOSTO DE 1976 127
mente para a construção dessa ca­ la. passagem do Ramo de Jaçan ã para
pela. Ala de Jaçanã, e que haveria um
Por fim, tom ou a palavra o Élder novo bispo durante a reunião sacra­
Após outro hino cantado pelo coro, m ental daquele dia.
Jam es E. Faust, Assistente dos D o­
ocupou o púlpito o Presidente De-
ze. Em suas palavras fez dois desa­
mar Staniscia, Presidente da Estaca No final de seu discurso o Élder
fios aos m em bros do Ram o do Jaça­
^São Paulo Leste Brasil. Faust prestou o seu testem unho e
nã. Um dos desafios é o de fazer um
Salientou em suas palavras a im por­ m aior sacrifício e conseguir o mais m a n ife s to u su a g r a tid ã o ao s
tância de se ter am or e trabalho. rápido possível a com plem entação mem bros do Ram o do Jaçanã.
Relem brou, entre outras coisas, o da capela para que se realize uma
sacrifício de nossos irmãos pionei­ cerim ônia mais im portante que esta A congregação cantou o últim o hi­
ros ao se estabelecerem em Nauvoo inauguração, que é a dedicação da no, “ M inha alma hoje tem luz” e úl­
e no Vale de Lago Salgado, reco­ capela. E o segundo desafio é o de tim a oração foi oferecida pelo pri­
nhecendo tam bém o esforço e a d e­ m anter a capela sem pre com o nova, meiro conselheiro do Ram o do Ja ­
dicação dos membros do Ram o do conservando-a e zelando-a, cari­ çanã, irm ão R oberto Ribeiro da Sil­
Jaçanã na construção da nova cape­ nhosam ente. A nunciou tam bém a va.

NOTÍCIA SOBRE O TEMPLO Um a das cinco partes do estaquea­


m ento foi liberada para a concreta-
p o r José G laiton F. da Silva gem das vigas-baldrames, isto quer
dizer que realm ente a Cristiani &
Nielsem está trabalhando em ritm o
acelerado.
Como já foi publicado em edição
anterior, nos meses de junho e julho
as estacas sediadas em São Paulo ti­
veram a oportunidade de colaborar
na co n fecção de blocos. Estes
mem bros doaram horas de seu dia
normal para fazer este trabalho.
D urante o mês de julho esteve no
Brasil, acom panhando as obras, o
Élder Emil Fetzer, responsável pela
arquitetura do prédio.
Realm ente esta é um a obra m aravi­
lhosa e um assombro.

Primeira parte do èstaqueamento liberada para concretagem dos alicerces.

O ritm o de trabalho está acelerado. trabalhar com está com panhia, bem
Tudo corre dentro do esquem a es­ organizada, que está tendo um cari­
tabelecido inicialm ente” , são as de­ nho todo especial neste trabalho” .
clarações feitas pelo Élder Jesem, No m om ento em que fizemos esta
responsável pela construção do reportagem havia 60 hom ens trab a­
Templo. lhando no estaqueam ento e até
No que se refere ao cravam ento das aquela data já haviam sido cravadas
estacas, algumas dificuldades estão 150 estacas, a m etade das 300 pre­
sendo encontradas, mas tudo está vistas.
sendo superado pelo espetacular Ensaios, para testar a capacidade
desem penho da C om panhia Cristia- de peso já foram feitos em algumas
ni & Nielsem ” . Em ocionado, Élder das estacas cravadas e foi tudo
Jensem , diz” : Tivemos m uita sorte com provado que é de prim eira qua­
Sessenta homens trabalharam, trezentas estacas foram
e está sendo um grande privilégio lidade. previstas para sustentar o Templo de São Paulo.

128 A LIAHONA
O irmão Vicente F. de Almeida, o
Conferência Geral da missionário, prestou seu testem u­
nho e teceu algumas considerações

Estaca Campinas Brasil quanto à sua missão.

Em seguida o Patriarca, irmão


p o r José Glaiton F. da Silva McKnight, recém -apoiado, tomou
a palavra e testificou sobre o im por­
tante trabalho de um Patriarca,
sobre a grande responsabilidade
Com a presença do Élder L. Tom travadas por Paulo e a nossa vida que advem de seu chamado.
Perry, do Conselho dos Doze e sua hoje, o presidente da Estaca Cam pi­
esposa, Sister B arbara Perry e do ir­ nas salientou que o próprio apósto­ “ O Patriarcado, diz ele, é como
mão A ntonio Carlos de Camargo, lo Paulo dava valor aos seus sofri­ um a grande oficina que trabalha na
R epresentante Regional dos Doze, mentos, reconhecendo que eram impressão de roteiros, de mapas,
teve início, às 10:00 horas, a 12’ necessários ao seu aperfeiçoam ento para aqueles que querem seguir seu
Conferência Trim estral da Estaca e que lhe trariam recom pensas futu­ cam inho com mais segurança, ba­
Campinas Brasil. ras. Num a carta a Tim oteo ele dis­ seados nas inform ações exatas da­
se: “ Com bati o bom com bate, aca­ queles que os com pilam ” .
O Presidente Nelson de G enaro
abriu a sessão anunciando o prim ei­ bei a carreira, guardei a fé. Desde Em seguida à palavra do novo Pa­
ro hino que foi magnificamente agora, a coroa da justiça me está triarca, a congregação entoou um
cantado pelo coro misto formado guardada, a qual o Senhor justo hino em louvor ao Pai Celestial e
pelas alas da Estaca, após o que o juiz, me dará naquele dia; e não so­ após usou da palavra a irmã R enata
Bispo João Nivaldo Moscão, da ala m ente a mim, mas tam bém a todos G alhardo que prestou seu fervoroso
três da Estaca Cam pinas Brasil, fez testem unho.
a primeira oração.
Após o testem unho da irmã Re­
Após alguns apoios e desobriga- nata os mem bros tiveram o prazer
ções o Presidente G enaro ocupou o de ouvir o irm ão Antonio Carlos de
púlpito com o prim eiro orador da Cam argo, R epresentante Regional
Conferência. dos Doze.
O Presidente G enaro baseou suas Em suas palavras o irmão Camar­
palavras nas experiências do após­ go fez um relato de com o agia,
tolo Paulo, lem brando as dificulda­ com o era o profeta Joseph Smith, o
des vividas por esse grande prega­ que ele fez, o que ele nos deixou,
dor do Evangelho, ao converter-se enfim dem onstrou que os jovens
no caminho de Dam asco e ao pas­ sem pre podem guiar-se pelos seus
sar de perseguidor dos cristãos, a exemplos.
perseguido pela causa de Cristo.
Os m inutos finais foram ocupa­
Traçando um paralelo entre as lutas
dos pelo Élder L. Tom Perry que
trouxe aos m em bros da E staca
Cam pinas Brasil a mensagem espi­
Irm ão M cknight novo Patriarca da Estaca de ritual do Presidente Spencer W.
Campinas Brasil. Kimball.
os que am arem a sua vinda” . (2 Em seu discurso o Élder L. Tom
Tim. 4:7-8) Perry salientou a im portância de se
F inalizando, o irm ão G en aro fazer sacrifícios para fazer um a mis­
exortou os presentes a terem a mes­ são, a im portância de se m anter no
ma coragem de Paulo, enfrentando caminho reto para um a entrada dig­
os obstáculos para defender a causa na no Tem plo. Salientou ainda mais
do M estre, sem se deixar desviar a im portância da m ulher na vida da­
pelos atalhos mais faceis, pois só o queles que possuem o Sacerdócio.
cam inho estreito pode nos dar a No final da conferência sentimos
“ coroa da justiça.” que todos estavam edificados e
Logo após seu pensam ento, o cientes de que devemos nos apri­
Presidente G enaro cham ou ao púl­ m orar como m embros da Igreja de
pito o ex-missionário, Vicente F. de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Almeida, e entregando-lhe certifi­ Dias, porque este é realm ente o tra­
cado de sua desobrigação honrosa, balho do Senhor; se fizermos a nos­
por ter term inado o seu trabalho de sa parte, certam ente o Senhor nos
Élder L. Tom Perry, e seu intérprete, irmão missionário por dois anos, em nome abençoará em todos os nossos mais
Mcknight. de Cristo. sinceros desejos.

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