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A PRIM EIRA PR ESID ÊN C IA 1 A D EC ISÃ O D O M A T R IM Ô N IO

S p en cer W . K im ball P re sid e n te S pencer W . K im ball


N. E ld o n T a n n e r
M arion G . R om ney 5 A IGREJA N O SUL D O PACIFICO
R. L anier B ritsch
C O N SELH O D O S DO ZE 10 D IÁ R IO M ÓRM O N
E zra T a ft Benson
M a rk E. P etersen 13 B R IN Q U E D O S FEITO S EM CASA
D e lb ert L. Stapley
L eG ra n d R ichards 14 H ELAM Ã E O S D O IS MIL
H o w a rd W . H u n te r
17 EN C H A O U T R O CESTO
G o rd o n B. H inckley
T h o m as S. M onson 19 O S G U A P O S
Boyd K. P acker
M arvin J. A shton 21 O P E Q U E N O PELICA NO
B ruce R. M cC onkie
L. T om Perry 22 SÓ PARA D IV E R T IR
D avid B. H aight
25 A R ESPEITO DE D IN H E IR O

COM ITÊ DE SU PE R V ISÃ O 27 C O N FER ÊN C IA S DE AR EA N O PACIFICO SUL


R o b e rt D. H ales
O . Leslie Stone 32 M ENSAGEM DA PRIM EIR A PR ESID ÊN C IA — A N Ú N C IO S DE N O V A S
D avid B. H aight M ISSÕES
H o w a rd W . H u n te r
33 M ISSÃ O BRASIL PO R TO ALEG RE TEM N O V O PRESIDENTE

E D ITO R D A S R EV IST A S D A IGREJA 34 D U A S ESTACAS R E O R G A N IZ A D A S


D ean L. L arsen
35 C O N ST R U Ç Ã O D O TEM PLO SEG UE EM RITM O ACELERADO

E X E C U T IV O D O IN T E R N A T IO N A L 36 PERFIL DE UM LIDER
M A G A Z IN E M iguel S o rre n tin o N etto
L arry H iller, E d ito r G e ren te 37 PRIM EIRO CASAL BR A SIL EIR O SEG U E EM M ISSÃ O PARA PO R TUG AL
C arol L arsen, E d ito r A ssociado
R oger G ylling, D esenhista
Nota da Capa:
U m a bela tap e ça ria (T A PA -B A R K ) fe ita em 1936 p elas irm ãs d a Sociedade de
E X E C U T IV O D A “ A L IA H O N A ” S o corro do d istrito de V A V A ’U em J o n g a a d o rn a h á anos o B ureau de Inform ação
José B. P u e rta, C o o rd e n ad o r de L ínguas n a P raça do T em plo. O estilo e o m o tiv o tão trad icio n a lm e n te tonganês e m órm on
José G . F. da Silva, C o rre sp o n d en te m arcam esta o b ra de a rte com o u m a das m ais b elas m ostras do conceito d a Igreja
M oacir S. L opes, S u p erv iso r de L ayout
no m undo.

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acha-se reg istrad a sob o n ú m ero 93 d o livro B, n.° 1, de M a tríc u las e O fic in a s Im p resso ras de Jo rn ais e P eriódicos, co n fo rm e o
D ecreto n.° 4857 de 9-11-1930. “ In te rn a tio n a l M a g azin e” é p u b lic a d o , sob o u tro s títu lo s, tam b ém em alem ão, ch in ês, coreano,
d in am a rq u ê s, e sp a n h o l, fin lan d ês, fran c ê s, ho lan d ês, inglês, ita lia n o , jap o n ês, n orueguês, sam oano, sueco, italian o e tonganês.
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p u b lic a r som ente os artigos so licitados pela red ação . N ão o b sta n te , serão bem -vindas todas as colab o raçõ es p a ra apreciação
da re d aç ão e d a e q u ip e in te rn a c io n a l d o “ In te rn a tio n a l M a g a zin e ” . C o laborações e sp o n tân e as e m atérias dos c o rre sp o n d e n tes
estarão sujeitas a a d ap taç õ e s edito riais.
“ ...M u ltip lic a i-v o s , e enchei a terra , e s u j e i t a i - a . . . . ”
ênsaqem isa rime ira residência (G ên . 1:28.) C o n se q u e n te m en te, o p ro g ram a p a ra todo hom em
e to d a m u lh e r n o rm al está estab elecid o p a ra eles. E o S enhor
esp e ra q u e to d a pessoa no rm al e n co n tre um com p an h eiro
e se casem , p a ra que, nesse m atrim ô n io eles e seus filhos

A Decisão
vivam em alegria e felicidade.

C onheci re ce n te m en te u m jovem ex-m issionário q u e está


com 35 anos de idade, fá v o lto u de sua m issão há 14 anos
e no e n ta n to está pouco p re o c u p a d o a respeito de e star ainda

do solteiro, chegando m esm o a rir-se disso.

S entirei pena d este jovem q u a n d o chegar o dia em que


tiv e r de defrontar-se com o G ra n d e Juiz d ian te do trono,

Matrimônio e q u a n d o o S e n h o r lhe p e rg u n ta r: “ O n d e está tu a m u lh e r? ”


T odas as desculpas q u e ele deu aos seus c onhecidos na terra
p a rec erã o m u ito levianas e sem sen tid o q u a n d o re sp o n d er
ao Juiz. “ E u estava m u ito o c u p a d o ,” ou “ A chei que devia
Presidente Spencer W. Kimball co m p le ta r m eus estudos a n te s,” ou “ N ão e ncontrei a garota
D e um discurso proferido na certa — tais respostas serão vazias e de pouco valor. Ele
Conferência de Área de Estocolm o, sab ia q u e lhe tin h a sido o rd e n a d o e n c o n tra r um a m ulher,
Suécia, em agosto de 1974. e com ela casar-se, fazendo-a feliz. Ele sab ia ser seu dever
te r filhos e prover-lhes u m a v id a ric a e p len a à m ed id a que
crescessem . T u d o isto ele sabia, no e n ta n to , ad io u sua res­
mi o nos achegarm os a vós, n esta ocasião, en co n tran d o - p o n sa b ilid a d e. A ssim , dizem os a todos os jovens, n ã o im ­
/■ vos crescendo em p o d e r e fo rça, encontram o-nos de- p o rta de que país sejam , e a desp eito dos costum es de seu
/”■ sejando-vos não q u a n tid a d e s de ou ro , nem extensões país: seu Pai C elestial esp e ra q u e se casem p a ra a ete r­
I K . de te rra , nem casas de beleza insuperável, nem jóias nid ad e e criem um a fam ília b o a e forte.
que b rilh e m , nem aplausos de hom ens vulgares, ou
O S e n h o r p lan e jo u que os h om ens e m ulheres enco n ­
tesouros da te rra , m as sim a q u ilo que o gran d e p a i, D avi,
trassem uns aos o u tro s e tivessem um a feliz relação fam iliar,
desejou p a ra seu filho; e, ain d a m ais im p o rta n te , aquilo que
fossem fiéis u n s aos o u tro s e perm anecessem p u ro s e dignos.
um sábio filho desejou p a ra si m esm o ao chegar ao d ia de
sua m aior o p o rtu n id a d e . O pai, o Rei D avi, tin h a o rad o : O S e n h o r p o d e ria te r o rg a n iz ad o o seu m u n d o sem
este p ro g ram a de p ro p a g aç ão ; p o d e ria te r en ch id o a terra
“ E a Salom ão, m eu filho, d á um coração p e rfe ito , p a ra com corpos h u m an o s físicos de algum a o u tra m an eira d ife­
g u a rd a r os teus m an d a m en to s, os teus testem unhos, e os re n te d a q u ela p o r ele d e te rm in a d a, talvez algum processo
teus e statu to s; e p a ra fa ze r t u d o . . . . ” (1 C rôn. 29:19.) in cu b a tó rio , m as p a rec e q u e sim plesm ente en ch e r a terra de
seres h u m an o s n ã o era o gran d e objetiv o de nosso Senhor.
Podem os falar-vos a respeito de m atrim ô n io , e da vossa
P o rta n to , ele p lan e jo u que to d a c ria n ça q u e nascesse tivesse
vida em geral? O casam ento é u m a p a rte essencial d a vida. um p a i e um a m ãe.
O Senhor disse: Eles d ev eriam am a r e e n sin a r aquela c rian ça, p re p a ­
“ P o rta n to de ix a rá o varão o seu p a i e a sua m ãe, e rando-a p a ra tornar-se com o seu Pai nos céus, em retid ão
apegar-se-á à sua m u lh e r, e serão am bos um a c a rn e .” (G ên. e p u reza.

2:24.) E en tão ele c o n tin u o u , a cre sc en tan d o : O S en h o r n u n ca p re te n d e u que um a gran d e pa rte da


vida de alguém fosse p a ssa d a na c o n d ição de solteiro. Em um
tem po razo áv el d a vida, ele p lan e jo u q u e cad a jovem deveria
e n c o n tra r a m oça que for m elh o r p a ra ele, e ela deveria
e n c o n tra r o ra p az que fosse seu m elh o r c o m p a n h eiro . O
S e n h o r c ertam e n te não ap ro v a dem o ra p a ra o casam ento.

E m b o ra m uitos jovens n ã o ten h am , p resen tem en te, tem ­


plos em suas p ró p ria s c o m u n id ad es, há, em geral, esses
edifícios santos a u m a d istân cia razoável. Em m inha ju v en ­
tu d e, os santos v iajav am de 800 a 1 200 q u ilô m etro s para
seu casam ento.

E speram os sin ceram en te que, q u a n d o vocês tiverem feito


sua co rte a p ro p ria d a , planejem sua lua-de-m el de m odo a
p o d e r ir a um desses tem plos m ais próxim os, a fim de serem
selados para toda a e te rn id a d e , p a ra q u e seus filhos sejam
p e rm a n en te m e n te seus e que vocês sejam defin itiv am en te
seus pais, e p a ra que ele seja um m atrim ô n io eterno.

JULHO DE .1
D esejam os que seus pais os ed u q u em desde a in fân cia ção dos p razeres da g ratificação total: que a geração de
a aceitarem até m esm o tarefas e em pregos h um ildes, com filhos é ap en as um incidente infeliz. O fato é o d ire ta ­
o p ro p ó sito de g a n h ar algum d in h eiro , e econom izá-lo p a ra m en te c o n trá rio . O desejo sexual foi p la n ta d o em nós, a
sua m issão e seu casam ento. fim de se asseg u rar de que seriam gerados corpos p a ra a b ri­
T em os e sp eran ça de que os jovens estejam desejosos gar os e sp írito s; os p ra ze res d a gratificação do desejo são
de sa c rifica r a p om pa, exibição e cerim o n ial dos casam entos um incid en te, não um p ro p ó sito p rin cip al do desejo .” E
civis, a fim de que eles, e g eralm ente seus pais com eles, en tão ele acrescenta:
possam ir ao san to tem plo p a ra o seu m atrim ô n io . Com
“ Q u a n to ao sexo no casam en to , o tra ta d o necessário
freq u ê n c ia , o custo de um a recepção, de um as férias ou
re fe re n te a isto p a ra os santos dos últim os dias pode ser
p resentes d ispendiosos seria m ais do que su ficiente para
escrito em duas sentenças: L em brai-vos de que o propósito
pag ar um casam ento no tem plo. Q u a n d o I rm ã K im ball
p rin cip al do desejo sexual é g erar filhos. A g ratificação sexual
e eu nos casam os, não tivem os anéis nem um a recepção
deve ser tida com base nisto. V ós, m aridos: sede bondosos
d ispendiosa. O ito anos , depois com prei-lhe um peq u en o d ia­
e atenciosos p a ra com vossas esposas. Elas não são vossa
m an te. Ela ficou satisfeita p o r e sp e ra r até então.
p ro p rie d a d e ; n ã o são m eras conveniências; são vossas adju-
A gora é o tem po de vocês p lan ejarem casam entos bons to ras p a ra o tem po e a e te rn id a d e .” (Conference Report,
e fortes, e o rg an izarem seus pro g ram as, estab elecen d o seus C o n ferên cia G eral do Sacerdócio, o u tu b ro de 1949, págs.
p adrões e so lid ifican d o sua d e te rm in a çã o de se p re p a ra r 194-195.)
p a ra aquele p erío d o de sua vida em q u e estarã o casados
e sua vida será bela e co m p en sad o ra. Ao falarm o s sobre m atrim ô n io , lem bram o-nos, com o diz
L ucas:
C o n seq u en tem en te, m eus q u e rid o s jovens, vocês devem
p e n sa r seriam ente. A vida não é in te iram en te p a ra diversão “ P orfiai p o r e n tra r pela p o rta e streita; p o rq u e eu vos
e b rin ca d eira s. É um assu n to m u ito sério. V ocês fa rã o bem digo q u e m uitos p ro c u ra rã o e n tra r, e não p o d e rã o .” (L ucas
em crescer com o crian ças, associando-se tan to com m eninos 13:24.)
com o com m eninas d u ra n te aqueles prim eiros anos. Q u a n d o
chegarem à ad olescência, suas associações devem c o n tin u a r
sendo um a am izade g e n eralizad a tan to com rap azes com o
com m oças. Q u a isq u e r e n co n tro s o u n am o ro s q u e se afastem
dos co n tacto s sociais devem ser a d iad o s até pelo m enos a
idade de 16 o u m ais, e m esm o e n tã o , m uito ju lgam ento
deve ser u sa d o nas seleções, e na seriedade. Os casais, jovens não devem
O s jovens devem a in d a lim ita r os co n ta cto s m ais p ró ­
esperar até graduarem-se para
xim os d u ra n te vários anos, visto q u e o ra p az irá p a ra a constituírem suas famílias.
m issão q u a n d o tiv e r 19 anos. D eve h a v e r c o n tacto s lim i­ Podem “abrir seu caminho e alcançar
tados e, certam e n te , n e n h u m a p ro x im id a d e com relações seu auge educacional, se estiverem
íntim as q u e envolvam o sexo. N u n ca deve h a v e r sexo algum ,
determinados.”
de n en h u m tipo, antes do casam ento.

T o d o ra p az d ev erá te r e stad o eco n o m izan d o d in h eiro


p a ra a m issão e e star livre de q u a isq u e r d ificu ld ad es, a
fim de e star digno. Q u a n d o v o lta r de sua m issão, aos 21
anos, deve sentir-se livre p a ra c o m e ça r a fa ze r c o n h ec i­
m en to s e ter e ncontros. Q u a n d o tiv er e n c o n tra d o a m oça
certa, deve h a v er um casam en to no tem plo a p ro p ria d o . Po- S om ente atra v és do casam ento celestial se pode enco n ­
de-se receb er todas as bênçãos se m an tiv er o c o n tro le e tra r o c am in h o re to , a e stra d a a p ertad a . A vida e tern a não
receb er as experiências na devida h o ra : p rim e iram en te alguns pode ser o b tid a de n e n h u m a o u tra form a. O S enhor foi
co n tacto s sociais lim itados, en tão a m issão, depois o n a ­ m uito específico e d efin id o q u a n to ao assunto do casa­
m oro, e d aí seu casam en to no tem plo e seus estu d o s, sua m en to . D isse ele:
fam ília e o tra b a lh o de sua vida. Em q u a lq u e r o u tra se­
qü ên cia, ele pode m eter-se em dificu ld ad es. “ Pois este é um d ia de ad v ertên c ia e não de m uitas
palavras. Pois, eu o S enhor, não serei escarnecido nos
D epois do casam ento, as jovens esposas devem ocupar-
últim os d ia s .” (D & C 63:58.)
se em ter e c ria r filhos. N ão conheço n en h u m a E scritura
ou a u to rid a d e que p e rm ita às jovens esposas a d ia r a fam ília As E scritu ras dizem que “ D eus não é D eus dos m or­
e ir tra b a lh a r com o p ro p ó sito de su ste n ta r o m arid o e n ­ tos, m as dos vivos.” (M at. 22:32.)
q u a n to conclui a facu ld ad e. C asais jovens podem a b rir seu
cam in h o e alc an ç a r seu auge e d u cacio n al, se estiverem de­ N ão h á m ortos, a não ser os que escolheram estar
term inados. m ortos q u a n to à lei, m o rto s q u a n to aos benefícios, m ortos
q u a n to às bênçãos, m ortos q u a n to à n a tu re za e tern a do dom .
N ossos jovens devem co m p re en d e r, co n fo rm e citado pelo
P resid en te ). R euben C lark Jr.: E xistem , em nossos p ró p rio s dias, m uitas pessoas que
“ H á c erta crença, tem o que dem ais d ifu n d id a , de que tira m suas p ró p ria s conclusões e fazem sua p ró p ria racio­
o desejo sexual é im p la n ta d o em nós u n ica m en te p a ra o b te n ­ n alização, calcu la n d o , a v alian d o e d esenvolvendo suas p ró ­

2 A LIA H O N A
prias opiniões, e “ re ca lc itra r c o n tra os a g u ilh õ e s.” e fecham são fa to s; os juizes q u e se e n co n tram nos po rtõ es saberão
a po rta para suas p ró p rias o p o rtu n id a d es. com certeza o q u e está reg istrad o , o espírito e o verd ad eiro
registro. O L ivro da V ida (V ide A poc. 20:12) m o strará as
A lgum tem po atrás, c erta m ãe veio a m im em p ro fu n d a
a tiv id ad e s terre n as de nós todos.
angústia. Ela fora d eix ad a só. Seu filho e esposa haviam
sido vítim as de um acidente, d eix an d o vários filhos p e q u e ­ R ep eti as p ro v id ên c ia s e as restrições e as glórias e os
nos. Ela veio a m im com m uitos p esares e disse q u e as b enefícios p o rq u e som os todos inclin ad o s a deixá-los passar
jovens vítim as de um d esastre a v ia tó rio não se h aviam sem n o tarm o s, com o a água do rio que corre, m as o S enhor
casado no tem plo. T en d o am bos v indo de boas fam ílias, tem re p etid o v árias vezes ao vir sua m ensagem da revelação
haviam ig norado ou p ostergado o casam en to ete rn o . H aviam a Joseph S m ith re p etid a m en te , e, ao lerm os e relerm os as
vivido a m aior p a rte de sua ex istência na terra e a in d a não E scrituras. E le diz:
haviam realizado essa o rd e n an ç a. Esse a cid en te os deixou
“ N a v e rd ad e, na v e rd ad e te digo, a n ã o ser que guardes
separados. A d eclaração do casam en to civil: “ até que a
a m in h a lei, n ã o o b terá s esta g ló ria .” (D & C 132:21.) Pode
m orte vos se p a re ” deixou-os solteiros, e a seus filhos órfãos.
algum a coisa ser m ais d ireta e ineq u ív o ca do que isto?
É claro que alguém pode fa ze r no tem plo o tra b a lh o N ão h á lu g ar p a ra a rg u m e n to ou tergiversação.
p o r esses jovens, depois de terem m o rrid o há um ano, m as
H a v erá u m novo e sp írito em Sião q u a n d o as m oças
será que eles a ce ita rão na m orte aquilo q u e lhes foi de tão
disserem aos seus n am o ra d o s: “ Se você não pode o bter
pouca im p o rtâ n cia na vida? E, acim a de tudo isso, vocês
um a re co m en d a ç ão p a ra o tem plo, e n tã o não estou para
acham que D eus seria rid ic u lariza d o dessa m a n e ira ? Ele é
u n ir m in h a vida a você, nem p a ra a m o rta lid a d e .” E os
o D eus dos vivos, não dos m ortos. Ele id en tific o u esta o rd e ­
ra p az es recém -vindos da m issão d irão às suas garotas:
n an ça com o um a que deveria ser feita pelos vivos m esm o.
“ S into m uito, m as p o r m ais q u e a am e, n ã o vou desposá-la
V ocês já co m p re en d e ram q u e não existe m ágica na a não ser no tem plo sa g ra d o .”
m o rte? Q u e d eix ar de re sp ira r n ã o to rn a pessoas d escui­
D eixem -m e m o strar o lad o m ais b rilh a n te. A lgum as se­
dadas em anjos, não to rn a cren tes os descren tes e não traz
m anas atrás, d ividi um a estaca. N o processo de e n co n trar
fé p a ra o n d e h a v ia ceticism o?
um novo p re sid en te p a ra cad a estaca, e ntrevistei 29 hom ens
V ocês já e stu d ara m algum a vez cu id a d o sa m e n te a p a rá ­
e descobri q u e todos os 29 h a v ia m sido selados p a ra a
bola das dez virgens? A quelas que se h a v ia m p re p a ra d o
e te rn id a d e . T in h a m 121 filhos, sendo em m édia 4,3 filhos
p a ra as bênçãos p ro m etid as estav am p ro n tas, e as q u e não
p o r fam ília (ou 6,3 pessoas p o r fam ília). N ão tin h a havido
estavam p re p a ra d a s fo ram deix ad as fora. A p ro c ra stin aç ã o
nem um ú n ico d iv ó tc io no g ru p o to d o ; n ã o h av ia lares des­
é v e rd ad e ira m en te um gatuno.
feitos e n tre a q u elas 29 fam ílias. T odos os 121 filhos tin h am
N os prim eiro s dias da Igreja re sta u ra d a o S en h o r disse am bos os p ro g e n ito res; nem a m o rte nem o d ivórcio haviam
m uito que deve te r sido de ad v ertên c ia p a ra os leitores das d esm an c h ad o seus lares. T o d o s os 29 hom ens estavam rela­
E scrituras, m as, desde que eles n ã o co m p re en d e ram , a voz tiv am en te bem em p reg ad o s e alojados; 43 de todos os filhos
do S en h o r veio n ovam ente. eram adolescentes, m as não havia pro b lem as sérios entre
L em brem -se que o S en h o r disse: eles; n ã o h av ia drogas, nem b e b id a , nem fum o. T odos esta-
vam -se dirig in d o fielm en te em direção à sua exaltação.
“ . . . s e um hom em to m a r um a esposa, e se fizer com
ela um c onvênio p o r esta vida e p o r to d a a e te rn id a d e , se Assim é que ficam os im aginando p o r que, com todas
aquele convênio n ã o fo r p o r m im o u p o r m in h a p a la v ra . . . essas bênçãos e prom essas, as pessoas deix arão de casar-se
e n tã o . . . não será válido nem terá força q u a n d o estiverem da m an eira c o rre ta e assim d esp e rd iç arã o sua vida em um a
fora do m u n d o , p o rq u e não são ligados p o r m im , nem p o r im en sid ão e n reg e la d a q u e p o d e n u n c a descongelar-se. Por
m inha p a la v ra, diz o S en h o r; q u a n d o não estiverem no m u n ­ que q u a lq u e r jovem d a rá nem q u e seja u m sim ples pen sa­
do não será aceito lá, p o rq u e não po d erão p assar os anjos m ento p a ra um m atrim ô n io fora do tem plo e p o rá em risco
e os deuses designados p a ra ali estar, n ã o podem , p o rta n to , aq u elas glórias que podem ser c o nseguidas? P or que um a
h e rd a r a m inha g lória; pois a m inha casa é u m a casa de
pessoa que se casou no tem p lo p e n sa ria em divórcio, em
ordem , diz o S en h o r D e u s.” (D & C 132:18.)
d e sm an c h ar um a fam ília, ou em im o ralid ad es e in fid e lid a ­
O S en h o r to rn a claro que m esm o as recom pensas aos des? P o r que, oh, p ó r q u ê?
anjos são secu n d árias e inferiores às bênçãos d a q u eles “ que
M eus am ados irm ãos é irm ãs, lem brem -se de que lhes
são dignos de um a m aio r, su p rem a e e te rn a m ed id a de gló­
e xpliquei esses assuntos. N u n ca p o d e rão d ize r que os não
ria .” (D & C 132:16.)
a dm ostei. Seus jovens são m arav ilh o so s, com prom essas ricas
O S en h o r p ro m ete m u ito a vocês, jovens que cuidam e gloriosas. O S e n h o r os am a, nós os am am os, e q u e re ­
deste m atrim ô n io de um a m an eira a p ro p ria d a . Ele diz: m os que façam o q u e é c o rre to e gozem das bênçãos que

“ . . . E p assarão pelos anjos e deuses que ali estão, e a co m p an h a m o viver reto.


e n tra rão p a ra a sua ex altação e glória em to d as as coisas, C onfiam os em vocês e lhes prom etem os ricas bênçãos e
conform e selado sobre as suas c a b e ç a s . . . . ” (D & C 132:19.)
um a vida feliz se ou v irem , estu d are m e o ra re m , m an ten d o
O ra, isto não é um a q u estão de o p in iã o ; p ouco im ­ sua vida c o m p le ta m e n te d irec io n a d a no cam inho reto e
po rta o que vocês ou eu pensam os ou arg u m en tam o s. Estes e streito d e lin e ad o p o r nosso S enhor, Jesus C risto.

JULHO DE 1976 3
A IGREJA N O
SUL D O PACÍFICO R. Lanier Britsch

uando Joseph Smith teve a experiência da Élder G rouard, entretanto, deparou com su­

Q
visita do Pai e do Filho na prim avera de cesso quase im ediato quando foi do Taiti para o
1820, as ilhas do m ar estavam , quase sim ul­ leste, para A naa, no grupo T uam otu. Iniciou sua
taneam ente, sendo prep arad as para a intro­ missão nessa ilha no dia 4 de maio de 1845 e batizou
dução do Evangelho. Os m issionários pro­ seu prim eiro converso três sem anas mais tarde. No
testantes introduziram o cristianism o na Polinésia mês de setem bro seguinte ele havia organizado cinco
Francesa (Ilhas Society, Ilhas T uam otu, o grupo ram os com 620 m em bros.
T ubuai e as Ilhas M arquesas) em 1797. Os m issio­ Nesse meio tem po, em T ubuai, Élder Pratt
nários cristãos chegaram ao H avai em 1820. O tra­ havia organizado o prim eiro ram o da Igreja de língua
balho m issionário protestante viável firm ou-se em não inglesa, em 29 de julho de 1844. Foi tam bém
Tonga no fim da década de 1820. Em 1830, Samoa o prim eiro ram o da Igreja no Pacífico. A proxim a­
saudou seu prim eiro m issionário cristão bem dam ente em fevereiro de 1845 havia sessenta mem ­
sucedido. Assim, essas áreas e outras foram expos­ bros em T ubuai.
tas à Bíblia e aos ensinam entos de Jesus C risto antes Mas, não podendo cuidar de todos os problem as
que os m issionários SUD existissem p ara explicar-lhes adm inistrativos dos santos de T uam otu, Élder G rou­
a restauração e ensinar-lhes a plenitude do Evan­ ard solicitou ao É lder P ratt que se unisse a ele.
gelho. T rabalharam juntos em A naa desde fevereiro de 1846
A pesca da baleia era um a grande ind ú stria no até m eados do verão, quando É lder G rouard decidiu
Pacífico d urante o século dezenove, e envolvia cen­ estender a obra até outras ilhas. É lder G rouard
tenas de navios e m ilhares de hom ens. Dois desses voltou a Anaa em setem bro, para a prim eira confe­
pescadores de baleias, A ddison P ratt e Benjamin F. rência dos santos polinésios. Reuniram -se represen­
G rouard, uniram -se, m ais tard e, à Igreja. Em 1822 tantes de dez ram os, totalizando 866 m em bros.
P ratt teve um a desavença com seu capitão, e quando Em m arço de 1847 Élder P ratt em barcou para
seu navio aportou nas Ilhas Sanduíche (H avai) ele casa e para saber o que havia sucedido aos santos
deixou o navio. Perm aneceu em O ahu durante apenas e a sua fam ília. Q uase três anos m ais tarde, ele
seis meses, mas a lem brança das ilhas perm aneceu e James S. Brown voltaram à Polinésia Francesa.
com ele durante anos. No inverno de 1843, o Irm ão Foram seguidos pela fam ília de Élder Pratt e por
P ratt m encionou essa experiência na ilha para Joseph algum as outras fam ílias. Infelizm ente a situação
Smith. Logo veio um cham ado para Addison P ratt e política na Polinésia Francesa tornou impossível con­
três de seus com panheiros: Benjamin F. G rouard, tin u ar o trabalho e a missão foi fechada em 1852.
K now lton F. H anks e N oah Rogers, p ara que fizes­ Possivelm ente a m aior razão do sucesso que
sem uma missão no Pacífico. Saíram de N auvoo em 1 tiveram foi a m aneira pela qual Élder Pratt e Élder
de junho de 1843, viajando para New Bedford, M assa- G rouard viviam com o povo. Eles não lhes faziam
chusetts, onde em barcaram no Timoleon em 9 de exigências com respeito a taxas ou doações espe­
outubro. Sua viagem foi longa e difícil. Élder H anks, ciais. Q uando a Irm ã Louisa B. P ratt e sua irm ã,
que estava doente ao receber seu cham ado, faleceu Caroline Crosby, vieram para as ilhas, ensinaram as
no mar. m ulheres como deviam ser organizadas as fam ílias,
A ilha de T ubuai foi avistada no dia 30 de abril e como serem boas donas de casa. Os m issionários
de 1844, a 640 km ao sul de T aiti. Joseph Smith tinham tam bém organizado pequenas escolas e tra­
e os Doze A póstolos haviam designado esses homens duzido hinos para o taitiano.
para trabalhar nas Ilhas Sanduíche, mas devido à A tentativa seguinte que a Igreja fez para esta­
extensão da viagem e a ansiedade dos habitantes de belecer o Evangelho R estaurado no Pacífico foi nas
T ubuai por ter um m inistro do Evangelho vivendo Ilhas Sanduíche. Em dezem bro de 1850, lá chega­
com eles, foi decidido que a m issão deveria ser esta­ ram dez m issionários vindos dos cam pos de ouro da
belecida na área que agora é cham ada de Polinésia C alifórnia. O trabalho no H avaí progrediu extre­
Francesa. m am ente bem durante os quatro prim eiros anos. De­
Élder P ratt perm aneceu em T ubuai. Élderes pois, a novidade da mensagem perdeu parte do inte­
G rouard e Rogers prosseguiram p ara o T aiti, mas, resse e deu-se um enfraquecim ento gradual. Infeliz­
depois de trab alh ar lá com m uito pouco sucesso, m ente, os problem as que eventualm ente vieram a ser
separaram -se. É lder Rogers saiu de barco de ilha conhecidos como a G uerra de Utah estavam -se for­
em ilha, na área, m as teve tão pouco sucesso que m ando nos Estados U nidos e os m issionários foram
partiu para casa durante o verão de 1845. cham ados de volta em 1858.

JULHO DE 1976 5
Três anos mais tarde chegou novam ente um mis­ Os anos da década de 1880 m arcam o ponto
sionário no H avai, e em 1864, a Igreja no Havai crucial da história da missão da Nova Zelândia.
iniciou um prolongado período de crescim ento Certos chefes M aori e líderes espirituais haviam
constante. predito a vinda de m issionários, e suas visões pro­
O m ais im portante e ím par desenvolvim ento no féticas foram extraordinariam ente confirm adas pela
H avai foi a construção do tem plo em Laie. Desde vinda dos élderes SUD. Q uando o povo Maori viu
a ocasião do seu anúncio em 1915, até q u e ‘foi dedi­ as profecias cum pridas, veio para a Igreja em
cado em 27 de novem bro de 1919, os santos da área grande núm ero. Em 1887 havia mais do que
do Pacífico trabalharam diligentem ente para sua 2.000 m aoris na Igreja. O ano seguinte viu o núm e­
com pletação. ro aum entar por outros 750. Depois disso, o núm ero
D urante m uitos anos o H avai foi o cam po mis­ de m aoris cresceu devagar, mas constantem ente.
sionário mais bem sucedido no Pacífico. O trabalho Depois do período inicial de conversões na década
na A ustrália e na Nova Z elândia não prosseguia de 1880, a m aioria do tem po dos m issionários era
com o mesmo vigor. D urante toda a década de 1840, despendido na atenção às necessidades dos ramos e
a A ustrália se m ostrou um cam po difícil de ser ceifa­ dos m em bros individualm ente. A Igreja era prim or­
do. Em bora os m issionários conseguissem converter dialm ente conhecida como um a Igreja M aori até de­
algum as pessoas e estabelecer alguns ram os, havia pois de 1950.
m uita oposição ao seu trabalho. M ais ou m enos ao mesmo tem po dos sucessos
Essa oposição era um resultado tanto das falsi­ m aori, foram enviados m issionários a Samoa. H a­
dades que se espalhavam , quanto de problem as rela­ viam sido enviados dois élderes havaianos a Samoa
cionados em grande parte com a C orrida do O uro em 1862, mas seus esforços não obtiveram resulta­
A ustraliana de 1851. A febre do ouro contagiou dos. O segundo grupo de m issionários tam bém foi
quase todos. Poucas pessoas desejavam pensar em enviados do H avai. Em junho de 1888, Joseph H.
coisas m ais eternas do que o ouro. D ean e sua esposa chegaram a T utuila, no que é
Um terceiro fator trabalhava contra o sucesso agora cham ado de Samoa A m ericana. Logo chega­
contínuo na A ustrália. Como expresso por um mis­ ram outros m issionários para se reunir a eles, e o
sionário: “ Estou ensinando os prim eiros princípios trabalho foi iniciado ali. Um dos dois élderes de
do Evangelho, ou seja: fé, arrependim ento, batism o, 1862, M anoa, ainda estava lá e ajudou a estabelecer
a im posição das m ãos, obediência à autoridade e a os novos m ensageiros do Evangelho.
coligação em S ião.” A coligação em Sião fortalecia Sam oa forneceu m issionários para iniciar o tra­
os novos m em bros que saíam da A ustrália, mas balho em T onga, dando tam bém um segundo início
enfraquecia grandem ente a Igreja ali. D urante os à Polinésia Francesa. Brigham Smoot e Alva Butler
prim eiros oito anos da m issão, m ais do que 450 san­ foram enviados de Samoa para a ilha de T ongatapu,
tos im igraram p ara Sião. a capital de Tonga, em junho de 1891. Passaram-se
Em bora fosse evidente um considerável sucesso m uitos meses antes que batizassem o prim eiro con­
na A ustrália d urante os anos de m eados da década verso. E, em bora eles e outros m issionários que com
de 1850, o trabalho foi interrom pido abruptam ente eles trabalhavam o fizessem diligentem ente, estabe­
em 1858. Esses m issionários foram , tam bém , cha­ lecessem escolas prim árias e viajassem am plam ente
m ados p ara casa devido à G uerra de U tah. Depois para difu n d ir a nova religião, foram tão mal suce­
da guerra, o trab alh o da m issão recom eçou vagarosa­ didos na conversão do povo tonganês à Igreja que os
m ente. N ão foram enviados m issionários para a m issionários foram retirados em 1897. E ntretanto,
A ustrália de 1856 a 1867, e então som ente um fez dez anos mais tarde, os élderes foram enviados no­
proselitism o na nação. N ão foi até 1875 que se vam ente. Iniciaram sua obra no grupo setentrional
realizou um esforço com binado para d ar ím peto à de ilhas, cham ado de V ava’u. O progresso constante
obra. Q uatorze m issionários foram enviados à Mis­ da missão tornou aconselhável separar Tonga de
são A ustralasiana naquele ano; a m aioria deles tra­ Samoa em 1916.
balhou na N ova Z elândia. Em 1885 havia quatro Os sucessos em Samoa fizeram com que o Pre­
ram os, duas Escolas D om inicais, vinte e um missio­ sidente W illiam O. Lee obtivesse perm issão da Pri­
nários e 178 m em bros na A ustrália. m eira Presidência para enviar élderes para a Poliné­
A obra m issionária SUD foi iniciada na Nova sia Francesa. Foi concedida essa perm issão e, a 22 de
Z elândia em 1854. D aquela época, até 1898, quan­ janeiro de 1892, os élderes Joseph W . Dam ron e
do a m issão foi dividida, a A ustrália e a Nova W illiam A. Seegmiller partiram de Apia para
Z elândia eram um a missão, cham ada de Missão Papeete, no T aiti. Q uarenta anos se haviam passado
A ustralasiana. O progresso foi vagaroso na Nova desde que os pim eiros m issionários tinham sido obri­
Z elândia até a década de 1870, mas, por aquela gados a abandonar seus conversos. Q uando os Élde­
época as coisas estavam correndo suficientem ente res D am ron e Seegmiller aportaram em Papeete, des­
bem p a ra que o presidente da M issão A ustralasiana, cobriram que a Igreja ainda estava viva, mas exis­
Elijah F. Pearce, transferisse a sede da m issão da tiam difíceis problem as. M issionários da Igreja Reor­
A ustrália p ara C hristchurch, N ova Z elândia. D urante ganizada haviam chegado em 1885 e persuadido m ui­
a década seguinte, um a m édia de nove m issionários tos santos dos últim os dias taitianos a se unirem a
trab alh aram em am bos os países, mas principalm ente eles. Élderes D am ron e Seegmiller dedicaram m uitos
na Nova Z elândia. meses de trabalho árduo antes de conseguirem pro-

6 A LIA H O N A
A o alto: Portadores do Sacerdócio Aarônico em Papeete,
Tahiti. Em baixo à esquerda: As belas paisagens são
com uns nestas ilhas, esta vista de Samoa é típica da
beleza da região. Em cim a à direita: Estudantes em
uma scola da Igreja, em Suva, Fiji. Em baixo à
direita: M issionários nativos trabalham no Sul
do Pacífico, aum entando o sucesso da Igreja
gresso em trazer novam ente esses m em bros para o os m issionários que serão cham ados algum dia para
rebanho. a ín d ia, será uma grande vantagem ter as E scritu­
Ao saber do problem a, a Prim eira Presidência ras e outros m ateriais da Igreja disponíveis na língua
enviou James S. Brown, de sessenta e cinco anos do povo que estão ensinando. Os santos hindus de
de idade, um dos prim eiros m issionários, para Taiti, Fiji poderão, um dia, fornecer alguns dos missio­
a fim de ajudar a estabelecer a legitim idade dos mis­ nários que levarão o Evangelho à índia.
sionários m órm ons. Ele chegou em 1.° de junho de As estacas e missões do Pacífico têm preparado
1892. Depois da chegada de Irm ão B rown, passa­ os jovens locais para fazer proselitism o entre suas
ram -se m uitos meses antes que os santos dos últim os próprias nações, e, em bora desconhecido pela maioria
dias dos vários grupos de ilhas da Polinésia Francesa dos m em bros da Igreja, eles estão agora fazendo a
fossem convencidos de que estavam novam ente sob m aior parte do trabalho m issionário em Samoa, T on­
o m inistério da Igreja verdadeira. Nas Ilhas T ua­ ga e Fiji. Os presidentes de missão de Samoa e Tonga
m otu, particularm ente, onde B. F. G rouard tivera são irm ãos locais, conversos à Igreja, e ex-presiden-
tanto sucesso havia q u aren ta e sete anos, os santos tes de estaca. Na Polinésia Francesa, o presidente da
dem oraram para reconhecer que tinham agora pas­ missão, em bora nascido na França, m orou no Taiti
tores autorizados. Q uando chegou esta com preensão, durante m uitos anos. O presidente da missão de Nova
seu líder M aihea, velho e cego, disse: “ Nós lhes damos Z elândia — A uckland é um meio-maori daquele país.
as boas-vindas, damos as boas-vindas a esses jovens O utros presidentes de missão e Representantes Regio­
tam bém . Nossos corações acham -se contentes. Vocês nais no Pacífico e na A ustrália são tam bém santos
nos podem dizer o verdadeiro cam inho a seguir e locais.
nós lhes obedecerem os; pois estivemos m uito tempo É possível que o fator m ais im portante que con­
sem um guia; estivem os como ovelhas sem um ver­ tribui para o desenvolvim ento de fortes líderes da
dadeiro p a sto r.” Em janeiro de 1893, 425 taitianos Igreja nesta área seja o sistema educacional da Igreja.
contavam -se como santos dos últim os dias. É um Os prim eiros esforços educacionais feitos pelos san­
grande testem unho quanto à. força dos prim eiros con­ tos dos últim os dias no Pacífico, realizaram -se sob
versos o fato de que eles e seus descendentes pudes­ a direção de Louisa B. P ratt, quando ensinou a suas
sem perm anecer firm es na fé d urante quatro décadas filhas e algum as crianças nativas. Em 1886 nossos
sem a orientação e ajuda da sede da Igreja. m issionários abriram escolas para as crianças maori
H ouve m uitos obstáculos para o início do tra­ na Nova Zelândia. Na passagem do século havia dez
balho m issionário no Pacífico, mas o período a par­ dessas escolas. As prim eiras escolas da Igreja em
tir de 1946 tem visto um crescim ento quase espe­ Tonga foram abertas em 1895. A quelas, como as es­
tacular. O Presidente David O. McKay acentuou com colas da Nova Zelândia, eram m uito pequenas e
nova ênfase a obra m issionária e os rapazes e moças sim ples. A educação era restrita aos estudos básicos
da Igreja responderam cum prindo missões em n ú ­ elem entares, leitura, escrita e aritm ética. Escolas se­
m ero consideravelm ente m aior. A expansão mis­ m elhantes foram fundadas em Samoa logo depois da
sionária foi observada em Fiji, nas Ilhas Cook, Nova ab ertura da missão. Por volta de 1922, havia vinte
Caledônia, nas Novas H ébridas, nas Ilhas Salomão escolas e 665 alunos, com onze professores paalangi
e nas Ilhas G ilbert, entre outras. O trabalho m issio­ (brancos) e vinte e sete sam oanos.
nário ativo iniciou-se em Fiji d urante os m eados da Os santos de Samoa desenvolveram duas vilas
década de 1950. Desde aquela época a obra lá tem de plantações especiais como locais de coligação du­
progredido m uito bem entre a população m eio-fijia- rante os prim eiros anos deste século — Sauniatu,
na, m eio-hindu daquela região. (A Missão Fiji di­ na Ilha de U polu, e M apusaga, em T utuila. As es­
fere de outras da O ceânia por não ser seu povo em colas eram proem inentes nessas vilas. A banda de
geral polinésio, mas sim m elanésio, hindu e m icro- suas escolas era de p articular im portância para os
nésio.) santos de Sauniatu. A banda não somente entreteve
Suva, Fiji, é o ponto focal de atividade nesta o É lder David O. McKay e seu com panheiro, Élder
m issão. Aqui foi construída a prim eira de várias ca­ Hugh J. C annon, quando lá estiveram em 1921, mas
pelas erigidas ao final dos anos 50. Foi tam bém orga­ tam bém era cham ada pelo cônsul am ericano em Sa­
nizada um a escola prim ária, dirigida pela Igreja du­ moa para tocar em ocasiões im portantes. Bandas se­
rante vários anos e, em um a bela encosta de m orro m elhantes foram organizadas em outros lugares em
que dom ina Suva, está sendo construída a nova Fa­ Samoa, na Nova Z elândia e em Taiti.
culdade T écnica SUD de Fiji, estando program ada As escolas prim árias ainda estão contribuindo
sua dedicação para fevereiro de 1S76. Os santos de m uito para o crescim ento da Igreja em Fiji, Samoa,
Fiji esperam que esta escola seja o berço da expan­ Tonga e Polinésia Francesa hoje em dia. A Igreja
são m issionária em toda a M elanésia. desenvolveu tam bém várias escolas secundárias mo­
Não só se espera que Fiji seja o alicerce da delo nas ilhas. As duas prim eiras escolas secundárias
obra m issionária na M elanésia, m as tam bém que seja da Igreja foram fundadas e funcionaram fora do
um local de lançam ento p ara o trabalho m issionário sistem a escolar organizado da Igreja. A Faculdade
na ín d ia. Esta m issão está agora ensinando o E van­ de A gricultura Maori (F A M ), perto de Hastings,
gelho em dez línguas e traduzindo ativam ente os Nova Zelândia, foi fundada em 1913 e atendeu às
m ateriais da Igreja para seis línguas. Entre essas lín­ necessidades dos neo-zelandeses até 1931, quando
guas está o hindi, um a im portante língua hindu. Para um violento terrem oto danificou irreparavelm ente a

8 A LIA H O N A
escola. O currículo era sem elhante ao das escolas se­ além do estágio do converso individual e do ramo
cundárias norte-am ericanas mas dava ênfase à agri­ fam iliar, além do estágio do ram o e distrito, e está
cultura, artes m anuais e outras habilidades práticas. p ronta para a responsabilidade local com pleta como
O núm ero de m atrículas nunca ultrapassou a de no­ nas estacas de Sião. Q uando o Presidente McKay
venta p o r ano, m as os ex-alunos dessa escola, os anunciou a construção planejada do Tem plo da Nova
“ veteranos,” têm fornecido a m elhor liderança da Z elândia, em 1955, não havia nem um a estaca na
Igreja na Nova Z elândia. A influência da FAM tem nação. O presidente da missão, Ariel S. Ballif, e os
sido sentida através de todos os M ares do Sul por­ líderes dos distritos locais determ inaram que fariam
que m uitos sam oanos, tonganeses e taitianos freqüen­ todos os esforços para estar prontos para a criação
taram a faculdade juntam ente com os jovens m aori. de uma estaca tão logo quanto possível. Foram orga­
Os “v eteran o s” da FAM foram fortes vozes de nizados conselhos, realizaram -se sessões de treina­
encorajam ento para a Faculdade da Igreja da Nova m ento, m issionários foram tirados de todas as posi­
Z elândia, fundada em 1958. ções que ocupavam nos ram os e distritos, onde isso
O utras escolas secundárias foram fundadas por foi possível, e um esforço m aior foi feito para a
m issionários e líderes da Igreja em Tonga e Samoa. preparação espiritual para as responsabilidades de
Em agosto de 1924, o Presidente M. V ernon Coombs, um a estaca. O Tem plo de Nova Z elândia foi dedi­
da Missão Tonganesa arrendou 9V2 acres de terra cado em 20 de abril de 1958; um mês m ais tarde
para uso como um a escola residencial e plantação. foi organizada a Estaca de A uckland. Foi a prim eira
A terra foi cham ada de Makeke, que significa “ le­ estaca a se organizar fora da A m érica do Norte e
vanta e a c o rd a .” Aqui foi construída um a escola Havai.
secundária na qual os alunos plantavam e colhiam a Progresso sem elhante estava tam bém sendo feito
m aioria de seus próprios alim entos, ao mesm o tem po em outras partes do Pacífico. Em m arço de 1960 foi
que prosseguiam em suas m etas educacionais norm ais. criada a prim eira estaca na A ustrália; em 1962 Samoa
A escola M akeke foi aberta oficialm ente em feve­ obteve sua prim eira estaca; Tonga recebeu sua p ri­
reiro de 1926 tendo Sam uela V. Fakatou, form anda m eira estaca em setem bro de 1968; e, em m arço de
da FAM, como professora. Essa escola funcionou 1972, a Estaca do Taiti foi organizada. Existem agora
por mais de duas décadas. vinte e oito estacas no Sul do Pacífico. As Samoas
Em fevereiro de 1952, foi aberta um a nova es­ O cidental e A m ericana são as prim eiras áreas nacio-
cola secundária tonganesa, denom inada Liahona. Um nal-raciais do m undo a serem com pletam ente incluí­
grande sistem a de escolas prim árias tam bém se de­ das em estacas.
senvolveu. Nos fins de 1975, um a nova escola de Um dos principais fatores do desenvolvim ento
nível m édio foi aberta na Ilha de V ava’u, ao norte das estacas foi a decisão dos presidentes de missão
de Tonga. em todas essas áreas durante a década de 1950, de
Três escolas da Igreja têm sido particularm ente retirarem os m issionários das posições nos ram os e
im portantes em Samoa. São elas: M apusaga, que foi distritos para que eles pudessem fazer proselitism o
vendida para o governo dos E.U.A. em 1974; V iola, durante o tem po todo. Como resultado, os mem bros
na Ilha de Savaii; e Pesega, em A pia, U polu. locais apresentaram -se e fizeram o trabalho, ficando
O efeito das escolas da Igreja no Pacífico será os m issionários livres para p ro curar novos conversos.
sentido por gerações vindouras. Ao fim de 1972, A Prim eira Presidência da Igreja e as A utorida­
mais de 5.100 estudantes estavam m atriculados des G erais são m uito am adas e reverenciadas pelos
nas escolas prim árias e secundárias do Pacífico. povos das ilhas do m ar. As visitas dos m em bros dos
O projeto de construção da Escola Secundária Doze Apóstolos como o Élder D avid O. McKay em
Liahona pôs um program a da Igreja novo, mas tem ­ 1921 e Élder George A lbert Smith em 1938 ainda
porário em funcionam ento. Este foi o program a dos são lem bradas como ocasiões especiais e sagradas nas
“ M issionários C o nstru to res.” Por estar tendo dificul­ histórias dessas missões. É lder M atthew Cowley am a­
dades para encontrar trabalhadores habilitados, o pre­ va sobrem aneira os povos polinésios e, por sua vez,
sidente da Missão Tonganesa decidiu cham ar um gru­ era m uito querido por eles. Desde 1950, as visitas
po de rapazes tonganeses p ara missões especiais de feitas pelas A utoridades G erais têm sido tão benquis-
trabalho. tas quanto antes, mas têm sido m uito num erosas para
A Escola Secundária Liahona foi apenas o p rin ­ que as m encionem os aqui.
cípio deste program a que abençoou m uitos ramos O Senhor ama o povo desta parte do m undo e
com novas e belas capelas ao mesmo tem po que o tem abençoado com as m inistrações quase contí­
fornecia treinam ento vocacional a centenas de rap a­ nuas de seus servos escolhidos, com m uitas acom o­
zes. Em bora este program a não seja m ais seguido dações como capelas e escolas, e com fé no Senhor
pela Igreja, m uitas fam ílias vivem bem porque o fesus Cristo. Esses recebedores das bênçãos de A braão
chefe da casa aprendeu um ofício através desse pro­ estão, dia a dia, ocupando seus lugares no Reino de
grama. Deüs.
Não apenas foram construídas capelas em todo
o Pacífico através do program a de m issionários cons­ R. Lanier Britsch, professor assistente de histó­
trutores, mas tam bém um tem plo foi construído na ria e estudos asiáticos na Universidade de Brigham
Nova Z elândia. Q uando são construídos tem plos em Young, serve como segundo conselheiro na presidên­
um país, isto significa que a Igreja se desenvolveu cia da Estaca de Orem Utah Sharon.

JULHO DE 1976 9
DIARIO
os élderes precisavam , e logo estavam a cam inho. Q u a n d o
c hegaram , a m ãe, q u e os e sp erav a n a p ra ia , saudou-os res­
p e ito sa m en te e fez-lhes sinal p a ra que a seguissem até sua
falé (casa).

MÓRMON
“ E stou feliz de que ten h a m v in d o ,” disse. “ Está tudo
bem . A qui está m in h a filh a .”

E la lev a n to u um lençol b ra n c o do co rp o d a criança, que


estava d e ita d o no chão d a c ab a n a. O s élderes a firm aram
A s quatro experiências verdadeiras que se seguem foram que a c ria n ça e stav a m o rta, m as a m ãe insistiu que estava
preparadas por R. Lanier e loA nn M. Britsch. viva e acre sc en to u : “ Façam o que os vi fa ze r em m eu
so n h o , n a n o ite p a ssà d a, e ela fic a rá bem . V ocês têm a u to ­
rid ad e p a ra fa ze r o que vi fazerem em m eu sonho? Vocês
u n g iram a q u ela c ria n ça com óleo; im p u seram as m ãos sobre
'Tive U m Sonho. sua c a b e ç a .”

Vocês Ungiram Minha Filha” Eles n ã o p o d iam h e sita r m ais. T in h a m a a u to rid ad e ,


assim , a d m in istra ra m p a ra a c ria n ça , c obriram -na com o
pano, e p a rtiram .

É ld er W o o d n ã o o u v iu m ais n a d a a resp eito d a crian ça


m n o v e m b ro de 1889, o É ld e r E d w a rd J. W o o d e seu o u d e sua m ãe até dois anos depois, q u a n d o foi cham ad o

E p re sid en te de m issão, Joseph H . D ean, fo ram a um


lu g ar isolado, sob um a árv o re de b â n ia , na Sam oa,
e o ra ra m ao S e n h o r so licitan d o o rien taç ã o . U m a m e­
n in a estava d o en te e a m ãe, h a v en d o visto os élderes
em um sonho, p e d ira aos m issionários q u e viessem à sua
p a ra tra b a lh a r em o u tra ilha. P a ra g ra n d e su rp resa sua,
foi g e n tilm e n te sa u d a d o p o r u m a m u lh e r que o cham ou
pelo nom e. T ro u x e p a ra o seu lad o um a m enina de cerca
de nove anos e, dirigindo-se às pessoas q u e os cercavam
disse:
ilh a p a ra c u ra r a crian ça. E n tre ta n to , os élderes estavam
desconfiados. O p aís e stav a ag itad o , a posição m ó rm o n era “A q u i está u m teste m u n h o vivo d a gran d e fo rça do
p re c á ria e os élderes tin h a m m edo de um a arm ad ilh a. E vangelho, e do p o d e r e a u to rid a d e possuídos pelo Sr. W ood
e seus c o m p a n h eiro s. E les a d m in istrara m p a ra esta criança
E n tão , no m eio d a p rece, É lder W ood o uviu um a voz,
assegurando-lhe q u e d ev eriam ir. E sta foi a re sp o sta de que
1. “Ele s não podiam hesitar m ais. Tinham a autoridade, assim ,
ad m inistraram para a criança, cobriram -na com o pano, e
partiram ."

A LIA H O N A
há dois anos. D esde aí n u n c a m ais os vi, m as sei q u e têm tid o um sonho, m uitas sem anas antes no q u a l se en co n trara
o p o d e r de D eus com eles e todos vocês devem o u v ir a com dois rap az es q u e lhe fa la ram a respeito de um livro.
sua m ensagem .” Q u a n d o a c o rd a ra, o sonho n ã o tin h a n en h u m significado
claro p a ra ele; com o tam bém não tivera m u ito efeito sobre
A o b ra do S en h o r espalhou-se ra p id a m e n te , e em p ouco ele, exceto, talvez, o de incitá-lo a fa ze r o c o m en tário elo­
tem po foi ali estabelecido um ram o d a Igreja, com m ais gioso p a ra sua esposa, o q u e a h a v ia e n co ra ja d o a c o n v id a r
de 100 m em bros. (T ira d o do D iá rio de W ood, novem ­ os élderes. Q u a n d o os m issionários lhe explicaram a p ri­
b ro de 1889; um a “ Fita G ra v a d a de E d w a rd J. W o o d ” ; e m eira discussão e fa la ra m so b re o L ivro de M órm on, Tony
T hom as C. R om ney, The G ospel in A ction, C idade do Lago os re co n h e ce u com o os ra p az es com quem hav ia falado em
S algado: D eseret N ew s Press, 1949, págs. 262-63.) seu sonho. E m b o ra T o n y parecesse ser c o n tra os m issioná­
rios e houvesse re p re e n d id o sua m u lh e r p o r tê-los convidado,
an te s que a lição term in asse ele já sabia que deveria ouvir
a m ensagem do E vangelho re stau ra d o .
“A F IN A L DE C O N T A S, POR Q UE VOCÊ C O N V ID O U
T ony n ã o e n tro u nas águas do b atism o sem p assar p o r
O S M ISS IO N Á R IO S?”
algum as p ro v a s de seu c a rá te r. Ele gostava de to m a r chá e
tam b ém de b eb id as alcoólicas. V isto que a época de N atal
e stav a p ró x im a e com ela as festas do escritó rio ju n ta m en te
* ld e r M a rk H a ffn e r e seu c o m p a n h eiro , É ld er D ean

E
com os b rin d es e beb id as, T ony ficou im ag in an d o se não
R asm ussen estavam p a rad o s n a esq u in a de um a rua
seria m elh o r ir a um a o u d u a s festas em q u e bebesse antes
em Suva, Fiji, d isc u tin d o aonde d ev eriam ir. N ão
de d e ix a r de lad o essas coisas e se c o m p ro m ete r a g u a rd ar
sabiam q u e a Irm ã A m i P etero vivia do o u tro lad o da
a P a lav ra de S a b e d o ria . M as o p re sid en te do d istrito de
ru a . M as, ela os v iu ali, de pé, e os co n v id o u p a ra
e n tra r. E n q u a n to estav am em seu jard im , co n v ersa n d o , ela Suva visito u T ony e exp lico u q u e seria m elh o r p a ra r im e­
p e rg u n to u : “V ocês n ã o q u erem e n tra r e d a r ao m eu m arid o d iata e co m p le ta m e n te. T ony p ô d e ver a razão de seus
as lições m issio n árias? E le está p ro n to p a ra ouvi-las a g o ra .” a rg u m en to s e fez e x atam e n te isso.

O s m issionários n ã o sab iam a in d a que, desd e q u e T ony A ntes de se filia r à Igreja ele era um a pessoa d espreo­

P etero se h av ia casado com A m i, ela e stiv era o ra n d o para c u p ad a , com poucas am bições n a vida. N em m esm o era

que algum dia ele ouvisse os m issionários e se unisse à um fu n c io n á rio sério o u c u id ad o so no b an co em que tra ­

Igreja. N em sab iam q u e ele n ã o h a v ia p e d id o p a ra ou v ir b a lh a v a. M as, d epois de a p re n d e r a respeito do v erd ad eiro

sua m ensagem . T in h a feito com A m i um c o m en tário casual p ro p ó sito d a v id a, T o n y d ecid iu te r um im p o rta n te trab a lh o

elogiando a Igreja, e isto lhe d e u a coragem de c o n v id a r a re aliz a r. C oncluiu tam b ém q u e seus p a trõ e s m ereciam um
os élderes p a ra v ir à sua casa. serviço m elh o r p re sta d o p o r ele. P o r tra b a lh a r m u ito m ais
e com m aio r re sp o n sa b ilid ad e d epois de se h a v er u n id o à
O s élderes sen tiram q u e a p a le stra, n a q u ela n oite de Igreja, T ony foi p ro m o v id o p a ra um a nova posição com o
nov em b ro de 1973 h a v ia sido bem su ced id a. T ony p a rti­ oficial do ban co a p en as dois m eses d epois de seu batism o.
c ip a ra e até fizera algum as p e rg u n ta s. F ora am igável p a ra
com os élderes e p a rec era e sta r in te ressa d o em sua m en sa­ O s élderes e x p licaram a im p o rtâ n cia d a fam ília a Tony
gem. Q u a n d o a lição term in o u , ele co n co rd o u em en co n ­ d u ra n te as discussões m issionárias, e ele e A m i decidiram ,
trá-los n ovam ente. m esm o a n tes de ele ser b a tiz ad o , q u e iriam ao tem plo para
serem selados com o u m a fam ília logo q u e possível. Eles
M as, q u a n d o os élderes sairam n a q u ela noite, ele falou fica ram sa b e n d o logo q u e a M issão Fiji estava p lan e jan d o
a sp eram en te a sua esposa: “ A m i,” disse, “ afinal de contas, re aliz a r sua p rim e ira e x cu rsão ao T em p lo d a N ova Z elân d ia
p o r que você co n v id o u os m issionários p a ra v ir? Sabe que
no início de jan e iro de 1975.
n ã o estou in teressad o em sua Ig re ja .” E n tre tan to , u m com ­
prom isso hav ia sido assum ido p a ra o u tra re u n iã o , e m esm o E ra necessário q u e eles fizessem alguns sacrifícios para
que T ony fosse c o n tra c o n tin u a r as lições m issionárias, d e ­ le v a n ta r d in h eiro su ficien te p a ra a viagem . N o início de
cidiu q u e seria cortês e d e ix a ria q u e os élderes viessem 1974 eles se m u d ara m p a ra um a casa m en o r e m enos dis­
novam ente. p e n d io sa. T am bém eco n o m izaram de o u tra s m an eiras e um
ano e d u a s sem anas d epois do Irm ão P etero te r sido b a ti­
M as, ao o u v ir pela segunda vez os e n sin am en to s da
zado, ele, sua esposa e dois filhos fo ram selados com o
Igreja, o bteve um teste m u n h o de que o E vangelho é ver­
fam ília p a ra o tem po e toda e te rn id a d e . T ony é agora um
d ad eiro e, passaram -se a p en as q u a tro sem anas antes que fosse
m em b ro do C onselho do D istrito de Suva. Em sua posição
b atizad o . Sua aceitação do E vangelho e seu rá p id o p ro ­
com o d ire to r do S acerdócio A arô n ico , ele organizou a p ri­
gresso su rp re en d e ra m tan to a sua esposa com o aos élderes.
m eira co n ferê n cia dos jovens d a M issão Fiji. Foi agora em ­
S om ente depois de h a v er co m p le ta d o as discussões m issio­ p re g ad o pelo Sistem a E d u cacio n al da Igreja com o teso u reiro
n árias ele co n to u a sua m u lh e r e aos éld eres a resp eito de da E scola P rim ária SU D de Suva e d a nova escola técnica
um a experiência que tiv e ra antes da p rim eira lição. H avia SU D q u e está sen d o c o n stru íd a .

JULHO DE 1976 11
tem plo. E le re la to u isso depois da p a rtid a do P residente
Pelo Templo, Vivemos com Stone: “M in h a m u lh e r e eu falam os a resp eito de nossa
decisão. D isse ela: “ E stá bem , nós o farem os, m as você
70 Centavos por Mês. sabe que eu disse às m in h as am igas e
vam os à ded icação d o te m p lo .” N u n c a
m in h a fam ília que
me esquecerei do
q u e fu i im pelido a d ize r no m om ento. E u disse: “ V am os
fe ch a r a p o rta p a ra S atanás e deixá-lo fora. F arem os o que
ivem os que fa ze r algum as coisas ex tra s p a ra re a ­
o S e n h o r nos d iz p a ra fa z e r.”
lizar nossos o b jetiv o s,” d e claro u sim plesm ente o
Irm ão V a h a ’i T onga. O Irm ão T onga e sua m u ­ “ N a q u a rta -feira pela m an h ã fui ao ban co do governo
lh e r desejavam , acim a de to d as as coisas, estar e tirei todo o d in h eiro . Dei-o à m in h a esposa e lhe disse
em N ova Z elân d ia p a ra a ded icação do tem plo, que o desse ao P resid en te Stone.
m as n ã o era fácil p a ra um san to ton g an ês e co n o m izar di­
n h e iro su ficiente p a ra um a viagem assim . F o ram precisos “ N aq u ela n oite conversam os um pouco. Eu disse: “ Q u e ­
m eses de p re p ara çã o e econom ia, m as fin alm en te o d in h eiro rid a , o S e n h o r nos p ro m eteu a tra v és de nossos líderes que
foi ju n ta d o e os planos feitos. se g u ard arm o s seus m an d a m en to s ele nos p re p a ra rá algum
M as a Igreja do S e n h o r tin h a o u tra s n ecessidades, e o c am in h o p a ra que possam os ir à dedicação. Nós tem os
p re sid en te d a m issão, F red Stone, chegou-se aos T onga com vacas, porcos e alguns cavalos, além da m obília e esteiras.
u m a solicitação. “ Irm ão T o n g a ,” disse o P resid en te Stone, V am os v e n d er tu d o p a ra que possam os receb er as bênçãos
"q u e ro q u e você pegue todo o d in h eiro q u e econom izou da d e d ic aç ã o .”
p a ra ir ao tem plo e o trag a p a ra m im . Q u erem o s c o n stru ir
“ C om eçam os a d ize r às pessoas que desejávam os vender
um a c ap ela em seu ram o , e se você não c o n trib u ir com
nossa criação, m as, q u a n d o v in h am , diziam : “ N ão, é m uito
o d in h eiro , o p ro g ram a de c o n stru çã o p a ssa rá pelo seu ram o
caro, é m u ito d in h eiro p o r essas co isas.” Isto foi na quinta-
e vocês terão que e sp e ra r v ários anos p a ra e d ifica r urna
feira, e sexta-feira tam b ém n ã o foi bem sucedida. N a se­
c a p e la .”
g u nda-feira seguinte o nav io T ofua deveria p a rtir.
“ E u o farei. A m an h ã tra re i o d in h e iro ,” re p lico u V a h a ’i
“ N a m a n h ã de sáb ad o três fam ílias vieram , as quais
T onga. M as e ra difícil desistir de seu son h o de ver o novo
n ecessitavam de algum as vacas, porcos e o u tras coisas, e
recebem os e n tre 500 e 600 dó lares em apro x im ad am en te
2. “Na m anhã de sábado três fa m ília s vieram , as q u a is ne­
ce ssitavam de algum as vacas, porcos e outras c o isas, e
m eia h o ra. Eu disse a m in h a m u lh e r que tínham os o d inheiro
recebem os entre 500 e 600 dólares em aproxim adam ente e po d íam o s ir.
m eia hora."
“ N a m an h ã de segunda-feira fui a N u k u ’alofa d a r o
d in h eiro ao P resid en te S tone. S urpreso, ele perguntou-m e:
“ O n d e conseguiu o d in h e iro ? ”

“ V endem os algum as de nossas coisas para po d er ir à


d e d ic aç ã o .”

“ Irm ão T o n g a ,” disse ele, “ O S e n h o r o a b e n ç o a rá .”

“ R ealizam os, no tem plo, m u itas bênçãos. Fom os o p ri­


m eiro casal-testem u n h a e o p rim e iro casal a ser selado no
T em p lo d a N ova Z elân d ia . Eu era o regente do coro ton­
ganês e o P resid en te M cK ay cham ou-m e p a ra reger toda
a congregação no h in o de e n ce rram en to do serviço dedi-
c atório.

“ Q u a n d o m inha m u lh e r e eu fom os selados um ao


o u tro , algo to co u m eu co ração . N ossos filhos n ã o estavam
c onosco e vieram -m e lágrim as aos olhos. Q u a n d o chegam os
em casa p ro m eti aos nossos q u a tro filhos q u e se eles aju­
dassem , p o d eríam o s ir ju n to s ao tem plo. Pensei com igo
m esm o: “C om o lhes posso d ize r seja um bom m enino, ou
um a boa m en in a, se não sou selado a eles no te m p lo ? ”
Senti-m e com o se n ã o fossem m eus.

“ D u ra n te dois anos sacrificam os qu ase tu d o . D ividia


o m eu salário d a escola e n tre cad a um de nós, e econom i­
závam os isso. M as pagávam os nosso dízim o e o fe rta de
jejum . F icávam os com 70 cen tav o s de d ó lar nas m ãos em
cada m ês. E ra assim que eu v iv ia com m in h a fam ília, com
70 cen tav o s p o r m ês d u ra n te dois anos. V ivíam os d aquilo
que po d íam o s c u ltiv a r e ju n ta r. L em bro-m e de que m inha
m u lh e r aco rd a v a bem cedo, pela m a n h ã p a ra fa ze r nossas
salad as com b a n an a s e leite de côco. M eus filhos não podiam

(continua na pág. 23)

A LIA H O N A
BRINQUEDOS FEITOS EM CASA
Bilboquê de Argolas
Você precisará de: canivete, um bastonete forte de 30 cm de com prim ento e 2 cm de
diâm etro, 1 m de b arb ante mole e forte e 6 argolas suficientem ente grandes para encaixar
facilm ente no bastonete.
1. Com pre as argolas ou faça-as de osso ou ainda corte-as do pescoço de um a abóbora
ou cabaça.
2 . A pare um a das extrem idades do bastonete, de m odo que fique liso e afilado mas não com
a ponta m uito afiada.
3 . A m arre um a das extrem idades do barbante à parte m ais grossa do bastonete, onde
se irá segurar. Se o barbante escorregar, faça um sulco no cabo. Enfie no barbante todas as
argolas, menos um a, am arrando-a à extrem idade, a fim de não deixar que as outras escapem.
4 . Segure o bastonete pelo cabo e im pulsione as argolas para cima, tentando apanhar tantas
quanto possível na extrem idade aparada do bastonete.

Botão Zumbidor
Você precisará de: 1 botão de 5 cm de
diâm etro com dois buracos e 2 pedaços de barbante,
tendo cada um 30 cm.
1. Passe cada pedaço de barbante através de um
buraco do botão e am arre os pedaços de
barbante conform e m ostra a ilustração.
2 . Enfie as extrem idades com os nós nos dedos
do meio de cada mão e dê voltas no
Botão Z um bidor até que o barbante esteja
firm em ente enrolado.
G ire, alternadam ente afastando as mãos e então
aproxim ando-as. O botão, ou disco de m adeira
precisa ter pelo m enos 5 cm de diâm etro.

Barquinhos de
casca de noz
Você precisará de: casca de m eia noz
vazia, cera de vela, pequena vareta
reta, papel ou folha para fazer a
vela e tesoura.
1. Amoleça a parafina e aperte-a
dentro da casca.
2 . Corte o papel da form a desejada
p ara a vela.
3 . Enfie o bastonete através do papel e
pressione a sua extrem idade na
parafina am olecida.
B E L f l MÃ
E t S DOI S MI L (Alm a 53-56)

inha havido m uita guerra en­ nitas) — aqueles convertidos ao em todas as em pressa que lhes

T tre os nefitas e os lam ani-


tas. Finalm ente, o G eneral
M orôni e suas legiões nefi­
Senhor por Amon e seus irm ãos
— desejaram aju d ar seus amigos
nefitas a com bater os exércitos la­
m anitas. O profeta H elam ã ficou
fossem confiadas.”

H avia, ao todo, 2 000 desses fi­


lhos valentes, e eles pediram a
tas conseguiram um a im por­ H elam ã que os liderasse em bata­
tante vitória e tom aram posse da agradecido por sua oferta para lu­ lha, com o que ele concordou. E,
cidade de M uleque, um a fo rtifi­ tar, mas persuadiu-os a que m an­ a despeito de sua juventude e inex­
cação de seus inimigos. tivessem o juram ento que haviam periência em com bate, os am oni­
feito ao Senhor de nunca d erra­ tas provaram -se bons soldados.
M orôni e seu povo despende­
m ar novam ente o sangue hum ano. Sob a chefia de H elam ã, a quem
ram os meses seguintes reparando
E ntretanto, havia m uitos filhos cham avam de “ P ai” , esses jovens
as suas fortalezas e providencian­
dos am onitas, retos e corajosos, conseguiram sucesso após sucesso,
do alim ento p ara suas fam ílias.
que não estavam com prom etidos provando-se um a grande força
D urante esse tem po de p rep ara­
pelo juram ento de seus pais: “ E para os exércitos nefitas que se
ção, e devido ao fato de que a
fizeram o convênio de bater-se haviam tornado cansados devido
atenção dos nefitas estava sobre
pela liberdade dos nefitas, sim, de à luta.
outras coisas, os lam anitas pude­
proteger sua pátria, ainda que Em todas as batalhas lutadas
ram cap tu rar algum as das cidades
com sacrifício da própria vida; pelos am onitas, m uitos entre eles
nefitas ao sul, perto do m ar. E n­
tão, enquanto os nefitas com eça­ sim, e concordaram em nunca re­ foram feridos, mas nenhum deles
n unciar à sua liberdade e a com­ jam ais foi m orto, porque, em bora
vam a discutir e fazer intrigas en­
bater, em todas as circunstâncias, eles ainda não houvessem peleja­
tre si, os lam anitas se to rnaram
p ara defender os nefitas e a eles do, “ não obstante, não tem iam a
m ais audaciosos, preparando-se
próprios do cativ eiro .” m orte e m ais pensavam na liber­
p ara atacar as cidades m aiores
dade de seus pais do que em suas
dos nefitas. Além de serem jovens e ansio­ próprias vidas; sim, eles tinham
V endo a situação desesperadora sos por servir ao Senhor e ao po­ sido ensinados por suas m ães que
que seus protetores estavam en­ vo, esses jovens eram honrados e se não duvidassem Deus os li­
frentando, o povo de Am on (am o- “ . . . fiéis em todas as ocasiões e v ra ria .”

14 A LIAHONA
15
ogo que Papai e Saul terminaram a refeição ma­ “Será que uma outra pessoa nã.o pode ajudar

L tinal, Rebeca começou a tirar os pratos da


mesa. Se ela fizesse depressa o seu trabalho,
poderia ser a primeira a chegar à casa de Ana.
desta vez? Por que tem sempre que ser a senhora?”

“Outros ajudarão,” disse Mamãe. “Haverá ne­


cessidade de que muitos ofereçam ajuda antes que
“Ajudá-la-ei a lavar os pratos antes de sair,” a mulher do oleiro fique boa. Assim, você precisa
disse Mamãe. cuidar de nossos pequeninos hoje. Papai e Saul não
“Sair?” perguntou Rebeca surpresa. “A senhora voltarão ao meio-dia, mas o almoço deverá estar pre­
vai novamente para a casa de V o vó?” parado para Raquel e a pequena Ana.”

“N ão,” respondeu Mamãe. “Mas preciso ir à Não é justo, pensou Rebeca. Por que sempre
casa de Esdras, o oleiro. A esposa dele está doente devo deixar de me divertir e ficar em casa? Ana e
há vários dias e há muito que precisa ser feito. Faça
com que Raquel a ajude a arrumar as camas. A pe­
quenina Ana estará pronta para voltar a dormir logo
m ais.”

Rebeca olhou alarmada para sua mãe. A senhora


vai deixar comigo os pequeninos?” perguntou.

“Sim, querida, preciso deixá-los,” respondeu


Mamãe. “A casa onde há doença não é lugar para
as outras meninas nunca têm que ficar em casa e tem necessidade de respigar nos cam pos como um a
trabalhar. Simplesmente não é justo! pobre m endiga!”

D epois que M am ãe saiu, R ebeca obrigou-se a


“Talvez não para sua própria fam ília,” respon­
cuidar das crianças e da casa, mas ficou cansada e
deu M amãe sim plesm ente. “ Mas a filha dela precisa
de m au hum or o dia todo. N aquela noite, entre­ aprender a fazer esse tra b a lh o .”
tanto, M am ãe não pareceu n o tar que R ebeca estava
am uada quando disse a sua filha: “ A cabo de saber M am ãe colocou a m ão no braço de Rebeca.
que dentro de dois dias os ceifeiros com eçarão o “ M inha filha, um a m ulher nunca sabe quando po­
seu trabalho nas plantações do oeste da cidade. Vovó derá haver necessidade em sua própria fam ília. Pre­
virá cuid ar das crianças m ais novas e você e eu cisa aprender a fazer m uitas coisas — mesmo tare­
nos juntarem os às respigadoras.” fas d ifíceis.”

“As resp ig ad o ras?” G ritou R ebeca sem acredi­ “ As mãos da m ulher são feitas para o serviço,”
tar. “ A m ulher de Sim ão, o m ercador de lãs, não continuou M amãe, “ se não for o serviço para sua
própria fam ília, então para os outros m enos afortu­

ENCHA OUTRO nados. Sem pre há precisão e sem pre há op o rtu n id ad e.”

Mais um a vez Rebeca teve que dizer a suas


amigas que não poderia brincar, e A na sorriu am a­
relo quando Rebeca sugeriu que elas tam bém vies­
sem. “ M eu pai não pede essa ajuda das m ulheres
de sua fam ília,” respondeu ela arrogantem ente.

Um ru bor de vergonha subiu ao rosto de Re­


beca. “Por que Mamãe não compreende como me
faz parecer diante de minhas amigas?” pensou in­
dignada.

O sol não se havia ainda levantado quando


Vovó veio para cuidar dos pequeninos. E o ressen­
tim ento abrasava o coração de Rebeca enquanto ia
andando ao lado da M ãe, cada um a carregando um
cesto, atravessando a cidade, em direção aos cam ­
pos do outro lado. Algumas outras já haviam che­
gado lá.

M amãe ensinou a Rebeca como encontrar as es­


pigas de cereal que haviam sido deixadas pelos sega-
dores e como lim pá-las colocando-as no cesto. M a­
mãe se abaixava até para ap anhar sementes dos ce­
reais que haviam caído no chão.

“ Precisam os trab alh ar o m ais depressa possível” ,


explicava ela, “ antes que as aves venham e tirem
de nós os g rão s.”

No princípio, Rebeca teve dificuldade em arran­


car as espigas sem q u eb rar um a grande parte da haste,

17
Um dos meios que mais têm sido
utilizados pelos jovens da Estaca
Brasil Porto Alegre para divulga­ sentações prom ovidas pela prefei
ção da Igreja é a dança. tu ra de Porto Alegre para os turis
Foi form ado um grupo folclóri­ tas que visitam aquela cidade.
co de danças gaúchas que está se Mesmo considerando como sua
apresentando com m uito sucesso e, m elhor apresentação o espetáculo
não obstante certas 2 dificuldades, cultural da Conferência de Área, jovens da Igreja de lesus Cristo
tem produzido bons frutos prepa­ no Parque A » J itm b i“ £||i.G uapos dos Santos dos Últimos Dias
rando pessoas para tornarem -se aprim o Os G u ap o s” em suas apresen
mais receptivas ao Evangelho. rando e ,ensaíafltfa*^utio s ,t ipos de tações recebem pequenos cachês
“ Os G u a p o s”, grupo form ado no danças folclóricas. ' """" os quais são destinados a duas fi­
dia 3 de dezem bro de 1974, está A tualm ente a preocupação m aior nalidades; fundo de construção do
sob a direção e orientação do pro­ é form ar um conjunto musical que Tem plo e*a cobertura das despesas
fessor Elias A senato. possa acom panhá-los em suas ap re­ com seu guarda-roupa.
O grupo tem se apresentado em sentações. O conjunto é form ado por Jo­
diversas oportunidades, em vários A finalidade é divulgar a Igreja vens do Sacerdócio A arônico e
lugares do Rio G rande do Sul e e por este motivo a cada apresen­ Moças e A ssociação de Interesses
principalm ente na C apital em apre­ tação são anunciados como os M útuos com idades que variam de
15 a 25 anos e é auxiliado pelas'
senhoras da Sociedade de Socorro,
as quais, juntam ente com um
alfaiate da Igreja, confeccionam
os trajes típicos.
Em agosto “ Os G u a p o s” sfc
apresentarão .em Porto Alegre
num a série de program as referen­
te ? às com em orações da semana
Gaúcha. .
m as, depois de algum tem po ficou m ais habilidosa. “ Esta é a m inha prim eira vez nos cam pos,”
G radualm ente, o fundo de seu cesto com eçou a en­ adm itiu Rebeca. “ M inha mãe disse que eu preciso
cher-se. Suas costas e braços ficaram cansados e aprender, mas eu sou tão vagarosa.”
Rebeca fez um a pausa p ara espreguiçar-se. O lhou à
"V ocê ap ren d erá,” a garota assegurou-lhe.
sua volta, no cam po, e viu que m uitas pessoas m ais
haviam agora chegado p ara respigar — m ulheres e “ M inha m ãe está a li,” disse Rebeca, apontando
crianças de todas as idades. p ara o outro lado do cam po.

Rebeca ficou surpresa de ver algum as das pes­ A m enina assentiu. “ Sim, todo m undo a conhe­

soas que lá estavam — m ulheres tão idosas e invá­ ce. Ela vem todos os anos aos cam pos. E existem na

lidas que pareceria não poderem m over-se pelo cam ­ cidade m uitos a quem aju d o u .”

po. Mas ainda assim trabalhavam . E lá estavam as “ M amãe diz que as m ãos da m ulher são feitas
crianças trabalhando tam bém , crianças tão pequenas para serv ir,” disse Rebeca.
que quase ainda engatinhavam .
As duas m eninas trabalharam juntas até que
As m ãos de R ebeca trab alh aram m ais rapida­ M amãe veio para dizer que era hora da refeição do
m ente enquanto ela pensava nestas pessoas que vi­ m eio-dia.
nham ao cam po. “T alvez se eu fizer um bom res-
“ Coma conosco,” convidou Rebeca a sua nova
pigo M amãe me deixe colocar um pouco de meus
amiga.
grãos no cesto daquela senhora, ou no do m enini-
n h o ,” pensou ela num rasgo repentino de solida­ “ Eu — eu não havia pensado em parar ainda e
riedade. meu irm ão — ”

Fazendo outra pausa p ara descansar as costas A garota olhou para o m enininho a quem Re­
fatigadas, Rebeca encontrou-se a poucos passos de beca não havia notado antes.
um a garota m ais ou menos de sua idade que olhava
“ Seu irm ão tam bém ,” Rebeca acrescentou rapi­
e sorria tim idam ente. “ Esta é a parte m ais difícil
dam ente. Ela im aginou que eles não tivessem comida
da respigagem ,” disse ela. “ As costas doloridas. Mas,
para trazer. “ Por favor, partilhe conosco.”
fica mais fácil depois de alguns d ia s.”
A aparência cansada deixou o rosto do garo-
“ E ntão você já respigou a n te s? ” perguntou Re­
tinho à vista do pacote generoso de alim entos. Ape­
beca.
sar de esfom eada, Rebeca comeu m enos do que de­

“M uitas vezes.” A garota esfregou as costas mais sejava e passou-lhe a porção extra.

um a vez e então se inclinou para trabalhar. “ Os ho­ Depois de haverem a m enina e seu irm ão vol­
m ens destes cam pos são sem pre generosos com o que tado ao respigo, Rebeca perguntou a sua mãe: “ Se
deixam p ara as respigadoras. É verdadeiram ente uma eu trab alh ar bastante todos os dias no respigo, po­
b ên ção .” derei partilh ar daquilo que respigo com outros que
p recisam ?”
Rebeca olhou rapidam ente em direção à outra
garota. Uma bênção respigar? im aginou. Lágrim as apareceram brilhantes nos olhos de
sua mãe que abraçou Rebeca e disse: “ M inha filha,
A surpresa parece ter-se m ostrado em seu rosto,
que orgulho você me dá. Como aprendeu de­
pois a m enina disse: “ H á dois anos, m eu pai foi
pressa o cam inho da solidariedade e do a m o r.”
atingido e ferido pelos chifres de um boi e não pode
fazer mais trabalho pesado. M inha m ãe tam bém não “ Eu deveria ter aprendido há m uito tem po,”
é forte. Existem três filhos m ais novos do que eu; respondeu Rebeca, “ quando tenho tido você como
assim , cada um de nós faz o que p o d e .” um exem plo.”

20 A LIA H O N A
0 Pequeno Pelicano
Q uando o Pequeno Pelicano surgiu de
sua casca, sua m ãe não estava lá.
Ela havia sem pre cuidado de seu único
ovo com carinho, m as agora, havia saído
por alguns m inutos p ara pescar. Como
todos os pelicanos, ele nasceu cego,
assim , o Pequeno Pelicano não sabia que
estava sozinho e que não tin h a penas
p ara cobrir-lhe o corpo. M as sabia que
estava com fome.

As mães pelicanos estão sempre


prontas para cuidar de bebês, os seus
próprios ou os de algum a outra mãe.
Logo, lá veio um a m ãe pelicano que
ofereceu ao Pequeno Pelicano um a sopa
m uito estranha.

Os pelicanos são grandes pescadores.


Eles m ergulham diretam ente para baixo,
atingindo as águas quase que sem um
m arulho sequer. A panham grandes peixes
com seus bicos de trin ta centím etros.
Às vezes, apanham peixinhos puxando a
bolsa de quase dois litros, debaixo de
seu bico inferior, pela água. Q uando os
peixes são engolidos, vão para o papo do
pelicano — estôm ago núm ero um.
Q uando o Pequeno Pelicano queria
com ida, lá vinha o alim ento parcialm ente
digerido do papo da grande ave.
O Pequeno Pelicano m ergulhava sua
cabeça na bolsa e com ia tudo que queria.
E até ser m ais velho, o Pequeno Pelicano
foi alim entado por m uitas mães
diferentes.

Q uando tinha oito sem anas de idade,


o Pequeno Pelicano podia ver e já lhe
com eçavam a nascer penas. Podia
flu tu ar como um a rolha e nadar com
pés fortes palm ípedes. Já era tem po de ele
aprender a voar e pescar.
Já era tem po de ele conseguir seu
próprio alim ento e de m anter seu
bico fora das bolsas dos outros.
SO PURA
DIVERTIR

Quebra-Cabeça do
Carroção Pioneiro

24» .16

25• «23 17 • • 15

Q ue im portante edifício levou quarenta


anos para ser construído?

13 •
QUEBRA-CABEÇA DOS PONTOS LABIRINTO DO
PARA COLORIR CARRINHO DE M ÃO
C olorir e identificai" este anim aj peludo que Você pode encontrar
peram bulava pelo oeste norte-am ericano. seu cam inho para o
V ale do Lago Salgado?

i
^ p z n ---------

u i
1

o w
(continuação da pág. 12) pela d a ilha, o p o d e r do S e n h o r veio sobre ele e com grande
fo rça ele rev elo u suas d e sc o b ertas, ch am an d o o povo ao
co m p ra r doces ou sapatos, ou ir ao cinem a p o rq u e estavam
a rre p e n d im e n to . E le lhes disse q u e se se h um ilhassem d iante
econo m izan d o p a ra ir ao tem plo.
do S e n h o r e g uardassem todos os seus m an d a m en to s, ele os
“A d icio n alm en te ao m eu em prego com o p ro fesso r re ­ a b en ç o aria e re sta u ra ria suas p lan taçõ es a um a con d ição sau­
g ular na E scola S e cu n d ária L iahona, eu fazia o u tro s tra ­ d ável e v e rd ejan te , e q u e elas p ro d u z iriam fru to s a b u n d a n ­
balh os co n fo rm e m e ap areciam . P a ra e co n o m izar nos custos tem ente.
do tra n sp o rte eu tam b ém ia de bicicleta p a ra as reuniões
O P re sid e n te R ossiter in au g u ro u en tão o seu p lan o para
do d istrito em N u k u -alo fa, a 11 q u ilô m e tro s de distân cia.
a ju d a r o povo a p a g ar seus débitos. V o lto u a T aiti e, depois
E u era co nselheiro do p re sid en te da AM M da m issão e
de m u ita p e rsu asão p ô d e a rre n d a r um nav io e suprim entos
tin h a que v ia ja r de ram o em ram o. Ia de b icic le ta c u m p rir
a serem u sad o s pelos n a tiv o s d u ra n te o p erío d o da tem po­
essas designações. A m aio ria das reu n iõ es de nosso d istrito ra d a de pesca de pérolas. T ro u x e esse nav io a T a k a ro a onde
com eçavam às 6:00 h o ra s, assim , eu tin h a q u e sair de casa
os n ativ o s, com seus a nim ais e bens, e m b a rca ram e ru m aram
m uito cedo pela m anhã. p a ra os locais de pesca de p é ro la s em o u tra ilha.
“ Q u a n d o chegou o p ra zo final p a ra term os nosso di­ Lá, sob a su p erv isão do P resid en te R ossiter, o povo
nh eiro , m in h a filha de cinco anos disse: “ P apai, deixe-m e e stab eleceu seus lares, o rg an izo u p rá tic a s san itárias rigoro­
c o n ta r m eu d in h eiro ” E la o co n to u e disse: “ T erm in ei, con­ sas, e com eçou as longas h o ras d e á rd u a pesca às pérolas.
segui d in h eiro su ficien te p a ra ir ao te m p lo .” O s dois garotos O povo estava m ais econôm ico e tra b a lh a v a com m ais
m ais velhos disseram q u e tin h a m cerca de 235 dólares. D e­ a fin co e d u ra n te m ais tem p o do q u e já h a v ia m feito antes e,
pois de e co n o m izar d u ra n te dois anos, o p e q u en in o havia ao térm in o d a tem p o ra d a os m erg u lh ad o re s h av iam ap a ­
conseguido 65 dólares. E u h a v ia g u a rd ad o quase 1 300 dó­ n h a d o 75 p o r cen to m ais de co n ch as do q u e q u a lq u e r ou tro
lares p a ra m in h a fam ília. g ru p o de m erg u lh ad o re s d a ilha. M as, alguns com erciantes
“ P udem os, atrav és de sacrifício, lev a r nossa fam ília a ficaram enciu m ad o s p o r sua u n ião e sucesso e se reu n iram
N ova Z elân d ia p a ra ser selada no tem plo. T ivem os q u e fazer p a ra m a n te r b aixos os preços das co n ch as de pérolas. Esses
algum as coisas e x tra p a ra re a liz a r nossos o bjetivos, m as foi- c o m ercian tes o fe re c era m ao P re sid e n te R ossiter e seus segui­
nos um a gran d e b ê n ç ã o .” d o res ap en a s 15 cen tav o s a lib ra , e n q u a n to estav am pagando
aos o u tro s grupos 20 centavos.
M as o P re sid e n te R o ssiter p e rm a n ec e u firm e. R ecusou-se
A Bêncão da 3 a v e n d e r àq u ele preço e a n u n cio u q u e as conchas seriam
a rm a ze n a d as p o r o u tro ano, até q u e o p reço fosse elevado.
Palavra de Sabedoria O arm a ze n a m e n to foi d esnecessário, e n tre ta n to , p o rq u e o
m aio r c o m e rcia n te cedeu e c o n co rd o u n ã o som ente em pag ar
h | o e n tra rem de barco n a p ra ia de T a k a ro a , a distân-
30 cen tav o s p o r lib ra m as tam b ém tra n s p o rta r os nativos
/ ■ cia de três dias de T aiti, o P re sid e n te E rn est C.
p a ra casa g ra tu itam en te .
/" " ■ R ossiter e sua esposa n o tara m , p re o cu p a d o s, que os
F oram lev a n tad o s n a q u ela tem p o ra d a m ais d o que 50 000
J- co q u eiro s d a ilh a estavam a m arelad o s e as copas caíam
dó lares com a v e n d a de conchas de péro las e o m esm o
flácidas. N a m a n h ã seguinte so u b e ram que esta era
sistem a foi u sa d o d u ra n te as duas tem p o rad a s seguintes. Ao
tam bém um a grave p re o cu p a çã o p a ra os nativ o s da ilha. Em
térm in o d a q u ele tem po os n a tiv o s estavam co m p letam en te
um conselho solene, os h a b ita n te s da vila chegaram -se ao
isentos de dívidas. A d icio n alm en te, h av iam pago seus dízim os
P residente R o ssiter com seu pro b lem a.
e o fe rta s e assistido às suas reu n iõ es sacram entais.
C om gran d e d ig n id ad e o chefe cham ou-o pelo seu nom e
A o térm in o d a p rim e ira tem p o rad a , ao se a p roxim arem
n ativ o e disse: “ E ren e ta , d u ra n te m uitos, m u ito s m eses tem os
d a sua ilha, cad a n a tiv o o b se rv o u an sio sam en te as praias
estado te n ta n d o le v a n ta r d in h eiro p a ra p a g ar nossos débitos
de sua te rra n a ta l. A o se a p ro x im are m o su ficien te p a ra ver
p a ra com os com ercian tes bran co s. O Senos n ã o nos tem
c la ram e n te as p lan ta çõ e s, lágrim as de ação de graça e gratid ão
favorecido. N ossos co q u eiro s têm u m a p rag a. Suas copas
e n ch e ram os olhos de to d o s os santos n a tiv o s fiéis. A li, sob
estão flácidas, e seus côcos caem ao ch ão sem a m a d u rec e r.
a luz do sol d a m an h ã , as co p as dos c o q u eiro s h a v ia m todas
O s com ercian tes am eaçam e x ec u ta r a h ip o te c a sobre nossas
m u d ad o de um v e rd e d o e n tio p a ra um a coloração p ro fu n d a
plan taçõ es a m enos que paguem os o que lhes devem os. E n­
e viçosa, e os cocos e ram em m aio r a b u n d â n c ia em cad a
tram os todos os anos n a pesca d a p é ro la , m as voltam os
u m a das árv o res do que jam ais foram .
d evendo aos co m ercian tes m ais do q u e devíam os antes de ir.
C om o vê, estam os n e cessitan d o e x tre m a m en te sa lv ar todas E m três anos seus déb ito s h av iam sido pagos, suas
as nossas posses.” p lan ta çõ e s estav am c u ra d a s e os santos se h aviam hu m ilh ad o
e a g rad eciam ao S e n h o r p o r estas g ra n d es -bênçãos. As pala­
O P residente R ossiter ficou p ro fu n d a m e n te en tristecid o
vras do S e n h o r fo ram c u m p rid as: “ E u, o S enhor, estou o b ri­
e solicitou um p e río d o de três dias de o ra çã o e jejum p a ra
gado q u a n d o fazeis o q u e eu d ig o .” (D & C 82:10.)
dar-lhe tem po de p e n sa r so b re o p ro b lem a do d é b ito dos
nativos. Suas investigações levaram -no a um a conclusão su r­
R. Lanier Britsch, professor assistente de história e es­
p reen d en te: o povo n ã o e stav a g u a rd a n d o a P alav ra de Sa­
tudos asiáticos na U niversidade de Brigham Young, serve
bed o ria nem p a g an d o seus dízim os e o fe rta s de jejum ; não
com o segundo conselheiro na presidência da Estaca Orem
estavam h o n ra n d o seu S acerdócio.
Utah Sharom. JoAnn Murphy Britsch serve com o primeira
À tard e do ú ltim o dia do jeju m , P resid en te R ossiter conselheira na presidência da Primária da Ala 31 de Orem,
convocou um a assem bléia de todos os santos. A li, na ca­ U tah. O casal tem cinco filhos.

JULHO DE 1976 23
de q u e sei q u e a Igreja M órm on é a v e rd a d e ira Igreja de
D e u s.”
"Saiam da Vila A e n o rm e fog u eira o b rig av a a todos a se m anterem
longe. O alto chefe disse: “ Sale M anu, dei-lhe um a o p o rtu ­
ou Morrerão’ n id ad e de sa lv ar sua v id a e a de sua fam ília. O que tem
a d iz e r? ”
John Lewis Lund
Sale M an u re sp o n d eu : “ E stam os p ro n to s p a ra m orrer!
O q u e estão e s p e ra n d o ? ”
o r que um filho resp eita seu p a i? Sekeli Sale M anu,

P
O alto chefe ficou in tim id ad o . “ A gora sei que você é um
o segundo filho m ais novo de um a fam ília de onze hom em de D eus, e não posso fazer essa coisa e n o rm e ”
filhos, p o d e ria d izer p o r q u e ele o faz, pois q u a n d o disse ele. O s h a b ita n te s da vila saíram um a um . A grande
fa la de seu pai, Sale, é com um a rev erên cia que co­ fogueira queim ou-se. N a q u e la n o ite a polícia veio e p rendeu
m ove o coração. o alto chefe, o m in istro e uns q u a re n ta outros. M ais tard e,
em um trib u n a l a p in h a d o , o ju iz estava decid id o a fazer dos
Q u a n d o Sekeli tin h a dez anos de idade, seu pai e
p erseguidores um exem plo. A Sale M anu ele disse: “O que
fam ília fo ram c h am ad o s com o m issionários, a fim de irem
q u e r que você d e clare ser um castigo ju sto p a ra estes h o ­
a S a tu p aitea , q u e é c o n h ecid a com o M osula, n a Sam oa O c i­
m ens, inclusive anos de prisão , eu lhe concederei. N estas
d e n ta l, p a ra estab e le c er um ra m o d a Igreja n a q u ele povoado.
ilhas h a v e rá lib e rd a d e de re lig ião .”
O s m órm ons e ram o d iad o s e perseguidos ali e, em certa
ocasião u m a irad a tu rb a , lid e rad a p o r um m in istro local, M as Sale M an u rep lico u : “ E u os p erd ô o . D eixem -nos ir
a ta co u a fam ília M an u e n q u a n to estavam v isita n d o os d o en ­ p a ra suas casas, e p a ra suas fam ílias com a com preensão
tes. Sekeli a in d a se pode lem b ra r de ser e m p u rra d o , caindo de q u e deixem os santos dos últim os dias em p a z .”
no chão, ju n ta m en te com todos os o u tro s irm ãos e irm ãs,
O ju iz d e cre to u : “ D esta h o ra em d ian te os santos dos
e n q u a n to o m in istro e m p u rra v a Sale c o n tra um a á rv o re com
últim os dias p o d e m p re g a r em q u a lq u e r local d esta ilha,
um a faca do m ato no pescoço e dizia: “ P o r q u e você ro u b a
e se tiverem pessoas su ficientes p a ra e d ifica r u m a capela,
m in h as o v e lh a s? ”
c ertam e n te p o d e rão fa ze r isso .”
“ P o rq u e você eng an a essas pessoas e não sabe o que
C en ten as de h a b ita n te s d a vila se u n ira m à Igreja e
é a v e rd a d e ,” re d arg u iu Sale M anu. A m eaçado de q u e ele
d e n tro de alguns m eses todos, m enos um p u n h a d o das 900
e to d a sua fam ília seriam m o rto s se n ã o negassem a fé, Sale
pessoas que m oravam na ilha haviam sido batizados. Q u a n ­
M an u re sp o n d eu : “ N ão negarei que Joseph S m ith é u m p ro ­
do p e rg u n ta ra m a Sale M anu onde deveriam c o n stru ir sua
fe ta de D e u s.” A am eaça não foi c u m p rid a, m as a persegui­
capela, ele os levou p a ra as cinzas da gran d e fogueira, onde
ção c o n tin u o u e fin alm en te veio um a nota do alto chefe
as b rasas h aviam d eix ad o suas m arcas no chão. H oje existe
da vila, dizen d o : “ S aiam da vila o u m o rre rã o .”
um a capela de ala no local.
Sale M anu rem ou sua can o a com flu tu a d o re s d u ra n te
Sale M anu foi de vila em vila até o fim de sua vida
dois dias e duas noites p a ra ver o P re sid e n te John A dam s
p reg an d o o E vangelho. D u ra n te sua ú ltim a designação, com o
e p e rg u n ta r-lh e o q u e fazer. P resid en te A dam s in stru iu Sale
p re sid en te do ra m o em Fagom alo, a sua vila natal, ele e n ­
a o ra r com relação ao assunto e assegurou-lhe q u e o Se­
controu-se com u m sub-chefe que estava q u ase convencido
n h o r resp o n d eria às suas orações. Foram no v am en te gastos
de que se d e v eria u n ir à Igreja, m as n u n c a chegara a
dois dias e du as noites sobre as águas na v olta para sua
com prom eter-se. Ele disse: “ Sale M anu, se você for fiel até
fam ília, o ra n d o p o r o rien taç ã o e q u a n d o chegou, reuniu
o fim de seus dias, eu m e afiliarei à Ig reja .” A ntes de sua
sua fam ília a ssu stad a à sua v olta e disse: “ É a v o n tad e do
m o rte, Sale M anu co m p ro u um lote de te rra p a ra ser en ­
S en h o r q u e fiquem os n esta ilha e nesta vila, e que, se ne­
te rra d o em fre n te à p o rta p rin cip al da casa desse hom em .
cessário, selem os com nosso p ró p rio sangue, o testem u n h o
É desnecessário d izer q u e depois q u e Sale M anu m orreu, este
q u e tem os de q u e sabem os que Joseph S m ith foi um p ro feta
sub-chefe e to d a sua fam ília se u n iram à Igreja. O sub-chefe
de D e u s.”
tornou-se, m ais tard e , p resid en te de ram o.
N o dia 24 de d e ze m b ro de 1945, suas h o rtas fo ram des­
H oje, to d a Sam oa é c o b e rta p o r estacas; é o prim eiro
tru íd a s, suas árv o res d e rru b a d a s e seus ab acax is arra n c ad o s.
país do m u n d o a e sta r c o m p le ta m e n te o rg a n iz ad o em estacas
O alto chefe da vila disse que eles teriam que p a rtir antes
de Sião. D e todos os discursos p ro ferid o s p o r Sale M anu,
de a m a n h ec e r ou seriam queim ados vivos.
nen h u m foi m ais p o d ero so do que as nove sim ples palavras
A m an h ã do n atal e n co n tro u a fam ília M an u ajo elh ad a que ele disse a seu filho, Sekeli, p ouco antes de m orrer.
em oração, vestid a com suas m elhores ro u p a s. N ão havia “ S ek eli,” disse ele, “ seja o tip o de pai que eu fu i! ”
cam isas b ra n ac s suficientes p a ra os rapazes, assim , Sekeli
Será de a d m ira r que Sekeli Sale M anu respeite seu pai?
ficou sem cam isa. Q u a n d o o p o p u lac h o pôs fogo em sua
casa, a fam ília retirou-se p a ra a c o zin h a que e ra se p arad a
e e sta tam b é m foi q ueim ada.
Foi feita um a gran d e fo g u eira p o r ord em do a lto chefe, Dr. John Lewis Lund é diretor dos seminários e institutos
e foi d a d a à fam ília M anu um a últim a o p o rtu n id a d e de de religião na área da Estaca de Olympia Washington. Serve co­
mo bispo da Ala Três de Olympia. Antes de seu chamado
d eix ar a vila. Sale M anu m anteve-se firm e: “ E stou aqui
como bispo, o Irmão Lund serviu como um presidente da missão
p o rq u e m inha Igreja é v e rd a d e ira e n u n c a negarei m eu tes­ da estaca, tendo Sekeli Sale Manu como seu primeiro conse­
tem u n h o . E stou p ro n to p a ra m o rre r e selar m eu testem u n h o lheiro.

24 A LIA H O N A
A
RESPEITO
DE
DINHEIRO
Élder Marvin J. Ashton
do Conselho dos Doze

(De um discurso proferido na reunião dos Serviços licidade que um a criança cresça em um lar onde
de Bem -Estar, em 5 de abril de 1975.) lhe seja incutido na m ente que há um a árvore de
dinheiro da fam ília que deixa cair dinheiro autom a­
ticam ente como se fossem folhas um a vez por se­
e desejam os viver abundante e alegrem ente no m ana ou por mês.

S m undo de hoje, é essencial que tenham os um a


adm inistração financeira apropriada. Creio que
as idéias que se seguem nos ajudarão a todos
a alcançar um m eio aperfeiçoado de adm i­
nistrar as finanças pessoais e fam iliares.
2. Ensinar as crianças a decidirem a respeito
de dinheiro. Ensinem -nas em um tipo de raciocínio
que elas com preendam . “ Econom ize o seu d in h eiro ”,
é um tipo de declaração sem sentido de um pai para
um filho, m as, “ Econom ize o seu dinheiro para um a
1 . Ensinar cedo aos membros da família a im ­ m issão, um a bicicleta, um vestido, ou um enxoval”
portância de trabalhar e ganhar. “ N o suor do teu dá um sentido com preensível.
rosto com erás o teu p ã o ” (G ên. 3:19) não é um con­ A unidade fam iliar vem de se fazer economia
selho fora de m oda. É básico p ara o bem -estar juntos, para um propósito com um e aprovado em
pessoal. conjunto. A cham os, em nosso lar, ser unificante
Um dos m aiores favores que os pais podem fazer com que um a criança econom izasse para um
fazer a seus filhos é ensiná-los a trab alh ar. M uito projeto m aior. E ntão, quando a quantia fosse alcan­
tem sido dito, d urante os anos, a respeito de crian­ çada, nós, como pais, acrescentávam os a ela um a
ças e suas m esadas m onetárias. As idéias e recom en­ percentagem predeterm inada sem elhantem ente ao que
dações variam m uito. Creio que as crianças devem a Igreja faz com as alas e estacas no que se refere
ganhar suas necessidades m onetárias através de ser­ a assuntos de construção e em preendim entos im obi­
viço e de tarefas apropriadas. A cho que é um a infe­ liários.

JULHO DE 1976 25
3 . E nsinar os m em bros da fam ília a contribuir não estão vivendo como devem os santos dos últi­
cada um p ara o bem -estar total da fam ília. E ncora­ mos dias!
jem projetos de levantam ento de fundos que as crian­ 8 . Fazer da educação um processo contínuo.
ças com preendam e que contribuam p ara um obje­ Com pletem tantos cursos form ais de tem po integral
tivo fam iliar. Algum as fam ílias perdem um a trem en­ quanto possível. O dinheiro gasto para a educação
da experiência financeira e espiritual quando deixam é despendido de m aneira sábia. Usem a escola no­
de sentar-se juntos, preferivelm ente d urante a noite turna e os cursos por correspondência onde são ofe­
fam iliar, e cada um contribui com sua quota de uma recidos, a fim de supleem ntar sua educação. A dquira
quan tia m ensal que vai p ara o filho ou filha, irm ão algum a habilidade ou aptidão especial que possa ser
ou irm ã que está servindo no cam po m issionário. usada com o propósito de evitar o desemprego pro­
Q uando todos participam nesta atividade m ensal, o longado. Nos dias atuais de grande desemprego em
m em bro da fam ília que é servido torna-se “nosso todo o m undo, não nos devemos perm itir, quando
m issionário” e todos da fam ília p artilham do orgulho estiverm os desem pregados, ficar sentados a espera
pelo que está realizando. de “ nosso tipo de tra b a lh o ” se outros empregos hon­
4 . E nsinar aos m em bros da fam ília que o p a­ rosos tem porários estiverem disponíveis.
gam ento im ediato das obrigações financeiras é parte 9 . T rab alh ar com o objetivo de possuir sua
da integridade e honradez. Pagar o dízim o Àquele própria casa. Isto se classifica como um investim en­
que não nos vem cobrar todos os meses ensinar- to, não um a despesa. Com prem o tipo de casa que
nos-á a ser m ais honestos com aqueles que estão m ais sua renda com porte. M elhorem -na durante todo o
próxim os fisicam ente. tem po em que nela m orar. E ntão, quando a venderem ,
5 . A prender a co ntrolar o dinheiro antes que poderão usar o capital para obter um a casa melhor.
ele controle você. U m a fu tu ra esposa seria sábia, 10. P articip ar em um program a de seguro. É
perguntando-se a si m esm a: “M eu noivo sabe adm i­ da m aior im portância ter um a garantia de cuidados
n istrar o d in h e iro ? ” “ Sabe com o perm anecer fora m édicos e um seguro de vida adequado.
de d ív id a s? ” Estas perguntas são m ais im portantes 11. P rocurar com preender e enfrentar a infla­
do que “ Ele pode ganhar m uito d in h e iro ? ” Novas ção existente. Procurem reconhecer o valor real do
atitudes e relações p ara com o dinheiro devem ser dinheiro. E m bora as pessoas hoje em dia ganhem
constantem ente desenvolvidas p o r todos os casais. mais, o dinheiro vale m enos. P ortanto, a m aioria dos
A final, a sociedade deve ser com pleta e eterna. assalariados de hoje têm menos poder de com pra do
que tinham em 1-973. Até certo ponto, a inflação
6 . A prender autodisciplina e autocontrole em
provavelm ente nos acom panhará durante m uito tem ­
questões de dinheiro. Essa conduta pode ser mais
po. C om preendam que estão vivendo em um a nova
im portante do que o conhecim ento de contabilidade
era de preços mais altos e energia menos abundante.
obtido na escola. Os casais dem onstram m aturidade
12. Envolver-se em um program a de arm azena­
genuína quando consideram seus com panheiros e fa­
gem de alim entos quando isto for perm itido por lei.
m ílias como m ais im portantes do que seus próprios
im pulsos de gastar. A cum ulem seus suprim entos básicos de um a form a
sistem ática e ordeira. Evitem endividar-se com este
H abilidades na adm inistração do dinheiro de­ propósito. T enham cuidado com os planos prom ocio­
vem ser aprendidas em conjunto, num espírito de nais que não são sensatos.
cooperação e am or em base contínua. Para o m arido
Estes pontos e sugestões não têm a intenção de
que diz que a esposa é a pior adm inistradora de
ser com pletos ou exaustivos. Em vez disso, espera-se
dinheiro do m undo, eu d iria: “ O lhe-se no espelho
que tenha sido identificada um a necessidade para
e conheça o pior trein ad o r de professores do m u n d o .”
nossa séria consideração. Precisam os reconhecer e
7 . U sar um orçam ento. Evitem o pagam ento de estar cônscios dessas diretrizes básicas necessárias
juros, a não ser que seja p ara a com pra da casa, para uma adm inistração sábia do dinheiro.
p ara a educação ou outros investim entos de vital Deus nos ajude a com preender que a adm inis­
im portância. C om prem utensílios, m obília, veículos tração financeira é um ingrediente im portante para
etc. a dinheiro. Evitem com prar a crédito ou em o bem -estar pessoal apropriado. A prender a viver
prestações e sejam cuidadosos com o uso dos car­ dentro dos lim ites de nossos meios deve ser um
tões de crédito. Eles são feitos principalm ente para processo contínuo. Precisam os trab alh ar constante­
a sua conveniência e não devem ser usados descui­ m ente com o propósito de nos m anterm os livres de
dada ou im prudentem ente. C om prem objetos usados dificuldades financeiras.
até terem econom izado o suficiente p ara com prá-los O dinheiro, na vida dos santos dos últim os dias,
novos e de boa qualidade. Econom izem e invistam deve ser usado como um meio de se alcançar a feli­
uma percentagem específica de sua renda. A prendam cidade eterna. Usos descuidados e egoístas fazem com
o princípio de obediência fazendo suas contribuições que vivamos em escravidão financeira. N ão nos po­
à Igreja e pagando suas obrigações financeiras em dia. demos perm itir negligenciar a participação pessoal e
P or favor, ouçam isto cuidadosam ente — e se fam iliar em nossa adm inistração financeira. Deus vai
fizer com que alguns de vocês se sintam pouco à “ abrir as janelas do c é u ” (M al. 3:10) a nós neste
v ontade, é de propósito: os santos dos últim os dias aspecto se sim plesm ente viverm os perto dele e guar­
que evitam ou ignoram seus credores m erecem sentir darm os seus m andam entos. Q uanto a isso, presto meu
as frustrações interiores que essa conduta causa, e testem unho, em nome de Jesus Cristo. Amém.

26 A LIA H O N A
r

Conferências de Area no
Pacífico Sul
u ra n te dezesseis dias, nos m eses Q u a n d o o P resid en te K im ball e sua

D de fevereiro e m arço, os m em ­
bros d a Igreja n a região do Pa­
cífico Sul v iram sua v id a e n ri­
q u e cid a ao se re u n ire m com o
P resid en te S p en cer W . K im ball e o u ­
com itiv a ch eg aram a Pesega, foram re­
cebidos pelo chefe de estado da Sam oa
O c id e n ta l e seu p rim eiro-m inistro, bem
com o pelos líderes locais das ou tras
p rin cip ais igrejas de Sam oa. C om o ho­
tras A u to rid ad e s Gerais; n as co n ferên cias m enagem ao P re sid e n te K im ball, foi rea­
de área em Sam oa, N ova Z elân d ia , Fiji, lizada a cerim ô n ia re al do “ k a w a ” * pe­
T onga, T a iti e n a A u strá lia — em Mel- ra n te um a m u ltid ão de m ais de cinco
b o u rn e , Sydney e B risbane. m il pessoas, ta n to m em bros com o não-
O P resid en te K im ball fez-se a co m p a­ m em bros. Essa cerim ô n ia real é a m ais
n h a r pelo P re sid e n te N. E ldon T an n e r, alta h o n ra ria que se pode oferecer, em
p rim e iro co nselheiro d a P rim eira P resi­ S am oa, a u m d ig n itá rio visitante.
d ência; É ld e r B ruce R. M cC onkie e Él­ A cerim ô n ia foi seguida de um b a n ­
d e r D avid B. H aig h t, do C onselho dos q u e te e o fe rta de p resen tes e o d ia te r­
D oze; É ld er M arion D . H a n k s, É ld er m in o u com u m p ro g ram a c u ltu ra l ela­
W illiam H . B an n ett, É ld er R o b e rt L. b o ra d o e a p rese n tad o pelos santos das
S im pson e É ld e r R o b e rt D . H ales, as­ diversas estacas.
sistentes do C onselho dos D oze; Bispo N o tra n s c o rre r das diferen tes sessões
V ic to r L. B row n, b isp o p re sid e n te da de c o n ferê n cia, as A u to rid ad e s G erais
Igreja; e É ld er L oren C. D u n n , do P ri­ e x te rn a ra m sua alegria ao verem que
m eiro C onselho dos S etentas. m ais de o ite n ta p o r cen to dos cento e
A série de con ferên cias teve início trin ta m issionários sediados em Sam oa
no dom ingo, 15 de fev ereiro , em Pago- são sam oanos. O P residente K im ball res­
Pago, n a Sam oa A m erican a, onde m ais salto u a im p o rtâ n cia de se c u id a r da
de m il m em bros se con g reg aram n u m a genealogia e fa ze r o trab a lh o m issioná­
sessão especial de co n ferê n cia p a ra os rio com o req u isito s prelim in ares p a ra a
que n ã o tin h a m con d ição de co m p arecer c o n stru çã o de um tem plo local. R eite­
às sessões em Pesega, U p o lu , n a Sa­ rou igu alm en te a d eclaração do Presi­
m oa O cid en tal. d e n te Joseph F. S m ith de q u e os poli-
N o d ia seguinte, iniciaram -se as c o n ­ nésios são d escendentes do nefita Ha-
ferên cias n a Sam oa O c id en tal. O s san­ gote, e e x o rto u cad a m issionário a de­
tos de lá h av iam jeju a d o e o ra d o p a ra se m p en h a r u m p a p el im p o rta n te n a co­
que houvesse b om tem po, e fo ram re ­ ligação de Israel.
com pensados q u a n d o , após um a sem a­ M ais a d ia n te, n a con ferên cia, o P resi­
na de v en ta n ias e ch u v as to rren ciais, o d e n te K im ball elogiou os santos sam oa­
firm a m en to com eçou a c la re a r no dia nos pela alta porcen tag em (70% ) de
da conferência. c asam entos no tem plo que alcançaram ,

ê*,%

JULHO DE 1976
a ce n tu a n d o , p orém , a necessidade de Igreja. A co n ferên cia foi assistida p o r
se fazer m u ito m ais no to ca n te ao tra ­ cerca de dezesseis m il pessoas.
balh o local. “ A pós esta co nferência A p róxim a e ta p a do m o vim entado
deve h a v er em Sam oa um sú b ito incre­ p ro g ram a de conferências foi Suva, nas
m ento de e sp iritu a lid ad e n a Igreja, sob Ilhas Fiji, onde o ito cen to s m em bros
todos os aspectos; do c o n trá rio sen ti­ co m p a rec e ra m à c o n ferê n cia. A lguns
rem os que nossa e stad a aq u i talvez te­ deles vin d o de tão longe com o a N ova
n h a sido in ú til” , afirm ou. C aledônia, um a viagem de a p ro x im ad a ­
De Sam oa, o P ro feta e dem ais A u to ­ m ente mil e duzen to s q u ilô m e tro s por
rid ad es G erais v iajaram para A uckland, te rra e m ar.
N ova Z elân d ia , onde o P residente Kim ­ N a segunda-feira, 23 de fev ereiro , no
ball o fereceu um alm oço q u e contou p razo de seis horas, as A u to rid ad e s G e­
com a p resença do p rim eiro-m inistro rais da Igreja p a rticip a ram de um a e n ­
desse país. D epois o g rupo seguiu para trevista coletiva com a im p ren sa, um a
H am ilton, local d a co n ferên cia. recepção social, um pro g ram a c u ltu ral
E n q u an to o P resid en te e a Irm ã K im ­ e um a sessão geral de conferência. P er­
ball ficaram re p o u san d o p o r causa de n o ita ram ali, a n tes de seguirem no dia
um a leve virose, o P re sid e n te T a n n e r e seguinte para T onga, p o r via aérea.
os dem ais co m p areceram à trad icio n a l E m b o ra o tem po q u e as A u to rid ad e s
cerim ônia m aori de boas-vindas. H ouve G erais da Igreja p assaram em Fiji pos­
o trad icio n a l desafio feito p o r um gUSr- sa na rec er c u rto , o esp írito da confe­

reiro solitário que colocou um d io rito rência não a b a n d o n a rá tão cedo os


d ian te do P re sid e n te T a n n e r. D epois se­ santos de lá.
guiram -se as boas-vindas. D isse um deles, resu m in d o os sen ti­
Na m esm a noite, três m il p a rtic ip a n ­ m en to s de m u ito s: “M eu testem u n h o
tes a p rese n tara m um p ro g ram a ilu stra n ­ foi fortalecido. A gora sinto que deverei
do a c u ltu ra polinésia m ao ri. N o sá­ fazer m uito m ais pelo S enhor, vivendo
b ad o e dom ingo seguiram -se as sessões o E vangelho com o devo v iv er.”
regulares de conferência. Em T onga, com o em todos os lugares,
E m b o ra a N ova Z elân d ia estivesse as a u to rid a d e s rece b era m en tu siásticas
p assan d o pelo m ais chuvoso verão dos boas-vindas d a p a rte dos m em bros. Fo­
últim os q u a re n ta e seis anos, d u ra n te a ram rsc sb ld c ô no a ero p o rto p o r um a
con ferên cia o tem po m ostrou-se enso- b a n d a de m úsica e m ais de d uzentos
Iaraí!?: !Ü0 ÍC, UIuô 'oenção, pois as d an ça rin o s. D epois, n a casa da m issão,
sessões gerais fo ram realizad as ao ar houve o trad icio n a l o ferecim en to do
livre, no estádio oval d a F acu ld ad e da “ k a v a ” e um e n o rm e leitão.
O P resid en te K im ball, P residente zaram -se no lindo te a tro de ó p eras lo­
T an n e r, É ld er S im pson e D avid K enne- cal, não m uito d istan te do lugar em que
dy tiv eram a in d a um a a u d iê n cia com dese m b a rca ram os p rim eiros m issioná­
sua alteza real, o P rín cip e F ataehi rios m órm ons na A ustrália, em 1851.
T u ’ip eleh ak e, p rim eiro-m inistro e p rín ­ A p rim e ira h o ra d a sessão de d om in­
cipe regente. (O Rei T au fa-ah au T u p o u
go de m an h ã , em Sydney, foi re tra n s­
IV e o u tro s m em bros da fam ília real m itid a p o r dez em issoras de televisão
e stavam fo ra do país n a ocasião.) p a ra todos os estados a u stralian o s. N es­
M ais tard e , no m esm o d ia, o Presi­
sa h o ra o P residente K im ball falou a
d en te K im ball e dem ais v isitan tes p a r­
resp eito das q u a lid a d es de um p rofeta:
tic ip ara m de um g ra n d e b a n q u e te em “ P ara ser um p ro feta do S enhor, não
estilo tonganês, q u e in clu iu m ais de se p recisa ser m u ito im p o rta n te aos
cento e o ite n ta leitõ ezin h o s assados. A olhos dos hom ens. N ão é preciso ser
seguir com eçou o p ro g ram a c u ltu ral,
um jovem atlético, um in d u stria l, um
com ap rese n taç ão de m ais de m il d a n ­ fin a n c is ta . . . O S en h o r pode apresen­
çarinos. A desp eito de te r c hovido to r­
ta r suas m ensagens divinas através de
ren cialm en te no d ia a n te rio r à c onfe­
hom ens fracos to rn ad o s fortes. Ele subs­
rência, e o cam po de “ rugby" no qual
titu iu a voz fraca, tím ida de M oisés
se a p re se n ta ra m estivesse b a sta n te la ­
p o r um a fo rte, e deu ao jovem E noque
m acento, os d a n ça rin o s se a p rese n tara m
p o d e r que fazia h om ens trem erem em
com gran d e entusiasm o.
sua presença, pois E noque an d av a com
N o d ecu rso d a co n ferê n cia os san­
D eu s. . .
tos de T onga ouv iram n um erosas m en ­
“O m u n d o p recisa é de um profeta
sagens de in sp iraç ão das A u to rid ad e s
— um líd e r que dá o exem plo — puro,
G erais e líderes locais do S acerdócio.
cheio de fé, p o ssu id o r de a trib u to s di­
O P re sid e n te K im ball re co m en d o u aos
vinos, com um nom e im p o lu to ; um m a­
santos locais que ficassem em T onga
rid o am ado, um v erd ad e iro p a i.”
p a ra fa ze r Sião flo rescer ali. “ T onga é
S iã o ”, a firm ou. E logiou a in d a os sa n ­ Em p re p ara çã o p a ra a transm issão de
tos tonganeses pelo n ú m ero de m issio­ dom ingo de m an h ã , os m em bros e m is­
nário s que haviam fo rn ec id o , in ce n ti­ sio n ário s d istrib u íra m m ais de cem mil
vando-os a re d o b ra re m seus esforços. convites e n tre am igos e vizinhos para
D e T on ga a com itiv a p a rtiu p a ra a que assistissem à transm issão televisio­
A u strália, o n d e h o u v e co n ferên cias em nad a. T erm in ad a a transm issão, cente­
Sydney, B risbane e M elb o u rn e. Em nas de pessoas escreveram c artas a res­
Sydney as sessões de co n ferê n cia reali­ peito. “ Foi um a de m inhas m ais glo-
riosas e x p eriên c ias” , afirm o u um teles­
p ectad o r.
O u tro escreveu: “ M eu coração está
re p le to de am o r a D eus e ao p róxim o
depois de assistir à sua in sp irad o ra
tran sm issão tele v isio n a d a.”
D u ra n te a sessão m atin al de d o m in ­
go, u m a se n h o ra idosa e n tro u no salão
no q u a l as pessoas q u e n ã o e n c o n tra ­
ram lu g ar no te a tro de ó p e ra acom pa­
n h a v am a c o n ferên cia pela televisão.
P erg u n to u se p odia ficar, e um recep ­
cionista arran jo u -lh e um lugar. T erm i­

n a d a a sessão ela disse ao m esm o:


“M oço, h á o ite n ta e um anos eu vinha
p ro c u ra n d o p o r isto .” D epois p e d iu o
end ereço de um a cap e la pró x im a à sua
casa.
A e ta p a fin al foi em T aiti, onde h o u ­
ve sessões de c o n ferên cia na segunda e
terça-feira, 1." e 2 de m arço. A li as
A u to rid ad e s G erais v o ltaram a reunir-se
depois de terem c u m p rid o p rogram as
difere n te s na A ustrália.
Em T aiti, com o em todos os lugares
da série de co n ferên cias, os m em bros
não p a rav a m de e x te rn a r seu am o r pelo
P residente K im ball. O fe rec e ra m lem ­
bra n ça s, d a n ç a ra m e c a n ta ra m com o
boas-vindas.
Esse a m o r foi re trib u íd o pelo p ro feta ,
re p etin d o , com o em to d a p a rte , as p a ­
lavras: “ N ós os a m am o s.” E foi nesse
esp írito de am o r q u e aco n selh o u os
m em bros. “ O E vangelho p e rte n ce a to­
dos os p o v o s”, disse ele. “ P ara os tai-
tia n o s estas belas ilhas são Sião. A co­
ligação dos santos é p a ra vós e p a ra
m im . T em os que tra b a lh a r m uito, m uito
p a ra fa ze r com que nossos v izinhos co­
nheçam os v erd ad eiro s valores do E van­
gelho. N ão ignoreis este im p o rta n te de­
sa fio .”
“ Q u e D eus vos ab ençoe pro fu sam en te
com seu e sp írito ao c riard es cad a c ria n ­
ça p e q u e n a de m o d o a tornar-se com o
seu Pai C e le stial.”
O s m em bros taitia n o s n ã o fo ram os
únicos q u e ouv iram as m ensagens das
a u to rid ad e s. N a m an h ã de terça-feira, o
P re sid e n te K im ball e o u tro s de sua co­
m itiv a h a v ia m v isita d o o go v ern ad o r
do T aiti, C harles S chm itt. À ta rd e , o
G o v e rn a d o r S chm itt re fo rm u lo u seus
p lan o s de m odo a p o d e r c o m p arecer à
sessão de en ce rram en to da conferência.
Ali o u v iu o É ld er M cC onkie dizer:
“ N ós tem os a m aio r m ensagem de to­
dos os te m p o s”, e x p lic an d o a seguir em
d e ta lh es sim ples m as poderosos, a res­
tau ra çã o do E vangelho de Jesus C risto.

Ao térm in o d a co n ferên cia, o Presi­


d e n te K im ball lem b ro u aos santos:
“ N ão estam os b rin c a n d o sobre estas
coisas. As coisas q u e ouvistes são im­
p o rta n te s p a ra vós. A plicai-as em vossa
v id a .”

“ E stam os tristes que a con ferên cia es­


teja ch eg an d o ao fim .”

As A u to rid ad e s G erais ficaram de pé


e n q u a n to o hino de adeus expressava
os sen tim en to s dos santos taitianos. E ra
«v. o m esm o sen tim en to q u e h aviam expe­
rim e n tad o nas reu n iõ es de conferência
a n terio res.

r i
O P resid en te K im ball acenou para o

i
povo, o b se rv an d o os rostos dos cantores
m ais próxim os, viu seus lábios se m ove­
rem e seus olhos m arejad o s de lágri­
m as.

E ncam inhou-se p a ra a m u ltid ão a fim


de ficar ju n to do povo que tan to am ava.

* K ava — b eb id a feita com água e raí­


zes secas, em pó, d a p lan ta ch am ad a
“k a v a ”. N a cerim ô n ia real do “ k a v a ”,
o d ig n itá rio hom en ag ead o é p resen tead o
com um a tigela de “ k a v a ” , um a raiz
verde de “ k a v a ”, um a esteira fin am en te
tec id a e p resen tes que incluem um lei­
tão assado.

31
Mensagem da Primeira Presidência
N um a declaração saída dos es­ cultivar alguns alim entos em vasos “ M antenham em bom estado e
critórios centrais da Igreja pouco ou jardineiras. em belezem suas casas, quintais,
antes da Conferência G eral de fazendas e escritórios: Consertem
“ Estude os métodos m elhores de
A bril, o Presidente Kim ball disse: m uros e cercas, limpem e pintem o
pro duzir seus próprios alim entos.
que for necessário. M antenham
“ Reconhecendo que a família é Torne seu jardim agradável, atraen­
suas propriedades e jardins bem
a unidade básica tanto da Igreja te e produtivo. Se houver crianças
arrum ados. Sejam quais forem as
como da sociedade em geral, ro­ em seu lar, faça com que elas se
circunstâncias, deixem que suas
gamos a todos os Santos dos Ú lti­ envolvam no processo, designan­
propriedades reflitam beleza, or­
mos Dias e a todas as pessoas em do-lhes tarefas.
dem e felicidade.
todas as partes do m undo que nes­ “ Desenvolva suas habilidades na
te ano fortaleçam e em belezem o “ Planejem bem e realizem seus
preservação e arm azenam ento de
lar com renovado esforço nestas planos de uma m aneira ordenada
alim entos no lar. Reafirm am os o
e sistem ática. Evitem dívidas e
áreas específicas: conselho anterior dos líderes da
acostum em -se à econom ia e ao tra­
“ 1 — Produção, preservação e Igreja para que adquiram e m an­
balho. Procurem nas fontes locais
tenham o suprim ento de alim entos
arm azenam ento de alim entos. inform ações seguras sobre a pro­
básicos apropriados para a sua die­
“2 — Produção e arm azena­ ta para um ano. Arm azenem um dução, preservação e arm azena­
m ento de artigos que não se refe­ suprim ento de água. m ento de alim entos e outros arti­
rem à alim entação. gos. Se precisarem de mais infor-
“Produção e armazehamento de
inform ações, os líderes do sacerdó­
“ 3 — Conservação e limpeza artigos que não se referem à ali­
cio e da Sociedade de Socorro po­
dos lares e arredores. mentação.
dem escrever para: “ Home Pro-
“Produção, preservação e arma­ “ Sem pre que possível, supra suas duction and Storage” — W elfare
zenamento de alimentos. necessidades básicas que não se re­ Services, 50 East N orth Tem ple,
lacionam à alim entação. D esenvol­
“ Encorajam os você a cultivar Salt Lake City: Utah - 84150.
va suas habilidades com costura,
todo o alim ento que lhe for possí­ para fazer e consertar roupas para “ Encorajam os todos os Santos
vel em sua propriedade ou em ou­ sua fam ília. Desenvolva suas habi­ dos Últimos Dias e outras fam ílias
tro solo disponível. Plante árvores lidades em trabalhos m anuais para a tornarem -se autoconfiantes e in­
frutíferas, e vinhas se seu clima fazer coisas necessárias. Encoraja­ dependentes. A grandeza de um
for propício ao seu crescim ento. mos as fam ílias a terem um supri­ povo e de um a nação começa no
Cultive legumes. m ento de roupas para um ano. lar. D ediquem o-nos a fortalecer e
“ Mesmo aqueles que m oram em “Conservação e limpeza dos la­ em belezar o lar de todas as for­
apartam entos podem geralm ente res e arredores. mas que puderm os.”

Anúncios de Novas Missões


A núncio de Novas Missões sediadas em H ouston, Texas; W in- A Missão El Salvador San Sal­
Salt Lake City, U tah — Foi nepeg, C anadá; e Kaohsiung, For­ vador será form ada pela divisão da
anunciada recentem ente, pela p ri­ mosa, a Igreja tem agora 145 mis­ Missão G uatem ala Cidade da G ua­
m eira presidência d ’A Igreja de sões em todo o m undo. As oito no­ tem ala, já existente. Os membros
Jesus Cristo dos Santos dos Ú lti­ vas com eçarão a operar em Julho. da Igreja na G uatem ala atingem a
mos Dias, a form ação de oito no­ Para form ar a nova missão Japão casa dos 17.000. Os m em bros na
vas missões. O kayam a, as missões já existentes nova missão em El Salvador so­
As sedes das novas missões se­ Japão Fukuoka e Japão Kobe, fo­ mam aproxim adam ente 12.000.
rão em: O kayam a, Japão; San Sal­ ram reorganizadas. O total de m em ­ As Missões Espanha Barcelona e
vador, El Salvador; Barcelona e bros nas três missões é de, aproxi­ Espanha Sevilha serão form adas
Sevilha, E spanha; G oteborg, Sué­ m adam ente, 11.000. As unidades pela divisão da Missão Espanha
cia; Lima, Peru; T am pa, Flórida da Igreja existentes em H iroshim a, M adri. O núm ero de membros na
e M anchester, Inglaterra. T akam atsu, O kayam a, K urashiki e E spanha, onde a obra m issioná­
Com as oito novas missões, T ottori serão incluidas na nova ria é relativam ente nova, eslá-se
mais as outras três recentem ente M issão O kayam a. aproxim ando de 1.000.

32 A LIA H O N A
A Missão Suécia G oteborg está tados de Ica, A yachucho, A requi- Myers. H á cerca de 12.000 mem ­
sendo criada pela divisão da Mis­ pa, M oquegua, T acna, Puno, Apu- bros da Igreja na Missão Tam pa
são Suécia Estocolmo. O total de rim ac, Cuzco, M adre de Dios e e 7.000 na Missão Forte L auder­
m em bros na missão Estocolmo é H uancavelica. A M issão Peru Li­ dale.
de aproxim adam ente 3.000 e na ma N orte abrangerá o resto do A M issão Inglaterra M anches-
nova Missão G oteborg, 2.500. país. H á cerca de 8.000 m em bros ter está sendo form ada pela reor­
no norte e perto de 7.000 no sul ganização da Missão Inglaterra
A atual Missão Peru Lima está
do Peru. Leeds. A linha divisória do topo
sendo dividida em duas: a Peru da Cadeia Penina de M ontanhas,
Lima N orte e a Peru Lima Sul, A Missão Flórida Tam pa será seguindo para o norte e para o sul,
am bas com sede em Lim a. A Mis­ criada pela divisão da M issão Fló­ entre M anchester e a fronteira da
são Peru Lima Sul incluirá a me­ rida Forte Lauderdale. A linha di­ Escócia. Na Missão Leeds há cer­
tade sul de Lima, um pequeno visória entre as duas missões vai ca de 11.000 m em bros e na Mis­
canto do estado de Junin e os es­ do Cabo C anaveral até o Forte são M anchester, cerca de 8.000.

M ISSÃO BRASIL conseqüentem ente, seria cham ado


p ara um novo cargo. No dia 17 de
deiro, e ele presta este testem unho
ao deixar de aceitar um honroso
PORTO ALEGRE m arço, chegando em sua casa, após
um dia de trabalho, sua esposa lhe
cargo no governo do Estado do Pa­
raná. Uma sem ana após a confir­
TEM NOVO disse que o Presidente M arion G.
Romney, da Prim eira Presidência
m ação pelo Presidente K im ball de
seu cham ado ,o governador do Es­
PRESIDENTE desejava falar-lhe. E assim, ambos tado do Paraná, através do secretá­
foram entrevistados pelo Presiden­ rio de Recursos H um anos do Go­
te Rom ney o qual declarou-lhes verno do Estado, Dr. G astão A.
por José B. Puerta que seriam cham ados para presidir Pires, lhe oferecia um a alta posição
uma missão. no Estado. O Presidente Souza
declinou do convite e assim se
“ Existem certas coisas na vida O utro fato que m erece destaque expressou à redação:
da gente que vêm testem unhar que é o que se relaciona com a con­
realm ente o E spírito Santo pode firm ação de seu cham ado através “A posição que o governo me
nos dizer o que vai ser de nos­ de um a carta do Presidente Spen­ oferecia não só era um a posição
sas v id a s.” Com estas palavras, o cer W . K im ball. H á algum tempo m uito alta do ponto de vista pes­
novo presidente da Missão Brasil o Presidente Souza havia com uni­ soal mas tam bém do ponto de vis­
Porto Alegre, Jason G arcia de cado aos vários departam entos da ta financeiro, com altos vencim en­
Souza, recentem ente desobrigado Igreja, que não m ais usaria a sua tos e regalias excepcionais em fun­
da Presidência da Estaca C uritiba caixa postal, para efeito de rece­ ção do cargo, mas eu estou feliz
Brasil, iniciou sua breve entrevis­ bim ento da correspondência, uma por ter tido a firm eza de agrade­
ta. Ele substitui o Presidente Lynn vez que o serviço de entrega dom i­ cer ao governador, na pessoa de
A. Sorensen, que tão bem serviu ciliar era excelente. seu secretário, essa oportunidade.
esta m issão d urante os três anos de
sua designação. Vale a pena rela­ N o dia 7 de abril (já se haviam
tar alguns fatos im portantes que passado 21 dias após a entrevista
confirm am as palavras do início com o Presidente Romney, e o seu
desta reportagem . Segundo nos cham ado ainda não havia sido con­
relatou o Presidente Souza, em firm ado) , tornou a receber uma
janeiro deste ano pretendia com ­ nova m anifestação do Espírito
prar um novo carro e de acordo Santo. N aquele dia, exatam ente às
com sua esposa, isto já era um fato 5,30 horas da tarde, sentiu que de­
decidido. No entanto, ao voltarem veria ir ao correio, porque sabia
a falar sobre o m esm o assunto, o que um a carta havia sido enviada
Presidente disse à sua esposa que para a sua antiga caixa postal.
não m ais iriam trocar de carro. Im ediatam ente apanhou o carro,
Esta m udança de idéia, provocou, foi ao correio, e a carta que lá
como não poderia deixar de ser, a estava era exa-tamente a carta do
curiosidade da irm ã L indam ir que Presidente K im ball, confirm ando
desejou saber o por quê dessa re­ o seu cham ado para presidir a Mis­
viravolta. O Presidente explicou, são Brasil Porto Alegre.
então, à irm ã Lindam ir, que havia O Presidente Jason G arcia de
ouvido a voz do E sp írito - Santo Souza possui um forte testem unho
dizendo-lhe que ele seria desobri­ desta Igreja, e a firm e convicção Presidente jason e sua esposa
gado da Presidência da Estaca, e de que temos o Evangelho V erda­ irmã Lindamir

JULHO DE 1976 33
e dizer-lhes, com tranqüilidade,
que eu vou, feliz, atender ao cha­
m ado do Profeta do Senhor, para
presidir a Missão Brasil Porto
A legre.”

Ao circular esta edição da “A


L iah o n a”, no dia 1 de julho, o P re­
sidente Jason G arcia de Souza, sua
esposa e dois de seus 4 filhos esta­
rão em Porto Alegre, iniciando
suas atividades na presidência da
Missão, e como ele próprio diz, re­
petindo as escrituras, “em prim ei­
ro lugar sem pre estiveram as m i­
nhas responsabilidades p ara com o
Reino do Senhor e espero que sem­
pre estejam ; mas “ Buscai prim eiro
o reino de D eus, e a sua justiça, e
N ova presidência da Estaca de Curitiba. À esquerda, o 1.° conselheiro Albino
todas estas coisas vos serão acres­ Bruno Schm eil, ao centro, o Presidente M ilton José N ielsen, à direita, o 2.° conse­
cen tad as.” (M ateus 6:32) lheiro N ob uo Suzuki.

quais se incluem : m em bro do Sumo


DUAS ESTACAS Rodam és Sceppa e José Á lvaro da
Costa Borba. É lder James E. Conselho, Presidente de Ramo,
REORGANIZADAS Faust, A ssistente dos Doze, presi­ Bispo, e ultim am ente era o pri­
diu esta conferência ,assistido pelo m eiro conselheiro na Presidência
Élder A ntonio Carlos de Cam argo, da Estaca São Paulo Leste Brasil.
por José B. Puerta
R epresentante Regional dos Doze. N a vida profissional, é gerente de
Presidente Staniscia nasceu em vendas de um a D istribuidora de
ESTACA SÃO PAULO LESTE Produtos Farm acêuticos.
São Paulo, aos 25 de setem bro de
BRASIL
1938, filho de Paulino Staniscia, Presidente Rodames Sceppa, 46
Presidente D em ar Staniscia foi já falecido, e A delina Philom ena anos de idade, nasceu em São Pau­
apoiado na conferência da estaca Rugna Staniscia, e foi batizado no lo e casou-se com N air Rodrigues
no dia 22 de fevereiro últim o, co­ dia 13 de agosto de 1967. Casa­ Sceppa. Foram selados no Tem plo
mo presidente da Estaca São Paulo do com Sandra Staniscia, foram de Salt Lake City, em setem bro de
Leste Brasil, sucedendo ao Presi­ selados no tem plo de Salt Lake no 1972. O casal possui 3 filhos. Pre­
dente O siris G robel C abral, recen­ dia 4 de outubro de 1973. Pos­ sidente Sceppa batizou-se em 15 de
tem ente cham ado como R epresen­ suem um filho, Sergio R icardo, dezem bro de 1963 e serviu em di­
tante Regional dos Doze. Foram com 6 anos de idade. O cupou versas posições, como: m em bro do
apoiados como seus conselheiros diversas posições na Igreja, nas Sumo Conselho, Presidente de Ra­
mo e servia ultim am ente como con­
selheiro na presidência da Estaca.
O irm ão Sceppa, na vida profis­
sional, é contador de um a renom a-
da firm a gráfica.
O Presidente José Alvaro da
Costa Borba, 30 anos de idade, foi
apoiado como segundo conselheiro
da presidência da Estaca. Batizou-
se em 13 de janeiro de 1962, e pra­
ticam ente passou toda a sua moci­
dade dentro da Igreja. Casado
com V era Lucia Bastos Fusco da
Costa Borba, o casal tem dois filhos
que foram selados em 3 de abril
de 1975, no Tem plo de Provo.
O presidente Borba serviu como
C onselheiro de bispado, m em bro
do sumo conselho, e ultim am ente
N ova presidência da Estaca São Paulo Leste Brasil. À esquerda, o 1." conselheiro exercia o cargo de secretário exe­
Rodam és Sceppa, ao centro, o presidente Dem ar Staniscia, à direita, o 2 ° con­ cutivo da Estaca. Na vida profis­
selheiro José Álvaro da Costa Borba. sional é Econom ista, exercendo
A LIA H O N A
34
atualm ente a função de d iretor do ano de 1960. É casado com Dirce ções na Igreja, dentre elas como
Centro Editorial Brasileiro. M ari Nielsen e foram selados no presidente de Ram o, bispo, mem ­
Tem plo de Salt Lake City em 14 bro do Sumo Conselho, e ultim a­
ESTACA CURITIBA BRASIL de m aio de 1975. O casal possui 3 m ente como segundo conselheiro
encantadoras filhas. O presidente na presidência da estaca. N a vida
Sob a presidência do Élder Ja­
Nielsen serviu, entre outras posi­ profissional é um securitário bem
mes E. Faust, A ssistente dos Doze,
ções, como conselheiro de bispado, sucedido.
e assistido pelo Élder O siris Grobei
bispo, e como consolheiro da esta­ N obuo Suzuki, 46 anos de ida­
Cabral, R epresentante Regional
ca. Na vida profissional, o presi­ de, é natural de G etulina, Estado
dos Doze, a Estaca de C uritiba foi
dente Nielsen é Engenheiro M ecâ­ de São Paulo, e é casado com Yuki
reorganizada, no dia 16 de maio
nico, form ado pela U niversidade Suzuki, e desta união possuem 4
de 1976. Foi apoiado como novo
Federal do Paraná, dedicando-se ao filhos já selados no Tem plo de Salt
Presidente em substituição ao Pre­
ram o de H idráulica. Lake City, por ocasião de sua visi­
sidente Jason G arcia de Souza, que
ta em 11 de abril de 1972. Bati-
foi recentem ente cham ado para Albino Bruno Schm eil, 41 anos
zou-se em 5 de dezem bro de 1959,
presidir a M issão Brasil Porto Ale­ de idade, nasceu em C uritiba, Pa­
e, fiel a este convênio, tem servi­
gre, N ilton José Nielsen — Con­ raná, e é m em bro da Igreja há 11
do, dentre outras posições, como
selheiros, Presidente Albino Sch- anos. Casado com Erica Schmeil m em bro do ram o, Presidente de
meil e Presidente N obuo Susuki. foram selados no Tem plo de Salt sumo conselho, e por ocasião do
O presidente N ielsen, nasceu em Lake City em outubro de 1972. O seu cham ado, como bispo da Ala 2
Jundiaí, Estado de São Paulo, e casal tem 6 filhos. O presidente de C uritiba. O Presidente Suzuki
batizou-se nessa mesma cidade no Schmeil serviu em diversas posi- exerce a profissão de vendedor.

CONSTRUÇÃO DO m aio, e que não são com uns nes­


tes meses segundo os inform es que
TEM PLO SEGUE recebem os o cronogram a estabele­
cido não sofreu nenhum a alteração,
EM RITMO e tudo transcorre norm alm ente. A
casa onde funcionava a ala 5 da
ACELERADO Estaca São Paulo, foi totoalm ente
por José Benjamin Puerta dem olida e em seu lugar será ins­
talada a cabine de m edição e o
A cravação das estacas, a p ri­ reservatório de água. A constru­
meira das 300 estacas m oldadas tora C ristian & Nielsen, que está
“ in lo co ”, foi iniciada no dia 25 encarregada da construção do tem ­
de maio. A terraplenagem do ter­ plo, é um a das m ais im portantes
reno está com pletam ente term ina­ do país, tendo já construído diver­
da, e já se pode visualizar o con­ sas obras im portantes, das quais
torno da estru tu ra do tem plo. podem os destacar o H ilton Hotel
A pesar das contínuas chuvas que e o City Bank, em São Paulo, e
têm caído nos meses dc abril c diversas em baixadas em Brasília. A Primeira estaca cravada no solo, onde
terraplenagem do local onde será será construído o Tem plo de São Paulo.
o estacioonam ento tam bém está
praticam ente com pleta. D urante natureza especial, foi provavel­
os meses de junho e julho os m em ­ m ente a últim a oportunidade de
bros da Igreja terão a o p ortuni­ doação de m ão-de-obra pelos mem ­
dade de trab alh ar na construção bros. T odo esforço tem sido feito
dos blocos para o tem plo. Sob a no sentido de acelerar a constru­
supervisão do Élder jensen, um ção a fim de cam inharm os contra
esquem a bem organizado foi elabo­ a inflação, mal que assola o m undo
rado, possibilitando a todas as es­ inteiro, atualm ente. O custo da
tacas e missões sediadas aqui em obra .inicialm ente orçada em 3 mi­
São Paulo, doarem a sua m ão-de- lhões de dólares, já ascende à casa
obra nesta im portante fase da dos quatro m ilhões de dólares, e
construção. Sabemos de m uitos esta diferença deverá ser levantada
irm ãos que tiraram suas férias nes­ pelos brasileiros, como um privi­
te período a fim de poderem doar, légio, conform e palavras do Élder
com alegria e como privilégio, as James E. Faust, num a recente
duas sem anas de trabalho designa­ reunião com todos os presidentes
Homens da Construtora C R ISTIA N &.
N IELSEN , responsável pela construção das a cada estaca. A construção de estacas e bispos de toda a Amé­
do Tem plo. dos blocos para o tem plo, por sua rica do Sul, em Salt Lake City.

JULHO DE 1976 35
Perfil de um Líder
PRES. MIGUEL SORRENTINO NETTO

PRESIDENTE DA ESTACA DE PORTO ALEGRE BRASIL

por José B. Puerta

da antiga AMM, passaram a fre­ amigos, e uma tentadora proposta


q ü entar a Igreja e se batizaram , há para perm anecer em São Paulo, mas
cerca de 8 anos. Sabemos que a O Senhor estava preparando o ca­
Igreja tem transform ado a vida de m inho para um novo presidente de
m uitas pessoas, e exercido uma estaca.
enorm e influência na unidade fam i­
Q uando chegou ao sul, a fam ília
liar. Sobre esta transform ação é o
S orrentino passou a freqüentar o
próprio Presidente Sorrentino que
Ramo I do então distrito de Porto
nos relata, dizendo que “desde que
Alegre, na ocasião presidido por um
me casei sem pre fui um a pessoa
m issionário de tempo integral,
que gostava de ficar com m inha
Élder A m ato. Levava consigo uma
fam ília, com os vícios com uns às
pessoas que não pertencem à nossa carta do Presidente W alter Spat,
Igreja. Vivia bem com meus filhos seu antigo presidente de estaca, re­
com endando que a apresentasse ao
e com m inha esposa e senti as bên­
çãos da obediência à Palavra de seu presidente do ram o, mas não o
S abedoria, quando comecei a se­ fez em bora fosse arguido pelo
gui-la. Houve um m elhor relacio­ Élder A m ato a respeito dessa carta
nam ento fam iliar, e a tranqüilidade ou de sua ficha de m em bro, tem en­
em saber que estava no cam inho do, como m em bro novo que era, a
certo é que deu à vida um aspecto possibilidade de um cham ado de
totalm ente diferente, ou seja, mais m uita responsabilidade. Assim, fre-
segurança, paz e felicidade.” quentou o ram o sem ter nenhum
A persistência de dois jovens
cargo até que o presidente da Es­
m issionários num a abordagem sim ­
O Presidente Miguel Sorrentino cola Dominical o consultou sobre a
ples em um ponto de ônibus, num a
N etto, é natural de São Paulo, Ca­ possibilidade de cham á-lo para ser
das m ais m ovim entadas ruas de São
pital, e nasceu a 8 de fevereiro de o seu conselheiro, no que, de ime­
Paulo, e um a pequena reunião da
1935. E casado com Clarice Sebas- diato, concordou. Q ual não foi a
AMM do então florescente ram o da
tiana D ’A m brosio e dessa união sua surpresa, ao entregar a carta ao
Lapa foram fatores decisivos na
nasceram dois filhos: Miguel Sor­ Élder Amato, quando foi inform a­
conversão da fam ília Sorrentino.
rentino júnior, atualm ente com 17 do de que estava sendo cham ado
Perm itindo aos dois jovens m issio­
anos de idade, e Ana Paula, com como presidente do ram o, uma vez
nários que o visitassem em sua re­
12 anos de idade. Fez o selam ento que este m issionário já estava no
sidência, abriu com isto as portas
no Tem plo de Salt Lake City. fim de sua missão e havia neces­
do Evangelho R estaurado a toda a
O cupou, enquanto em São Paulo, sidade de liderança local. E assim
fam ília. Provenientes de fam ílias
diversas posições de liderança no o Presidente Sorrentino perm ane­
tradicionalm ente católicas, tanto o
ram o da Lapa, como Assistente da ceu como presidente do ramo por
Presidente Sorrentino, que já bus­
presidência da AMM, presidente da um ano, sendo logo em seguida cha­
cava a verdade desde os seus treze
AMM, líder do G rupo de Élderes e m ado para ser conselheiro do Dis­
anos de idade, com o a irm ã Cla­
conselheiro na presidência do R a­ trito, e logo mais um presidente de
rice, sua dedicada esposa, apresen­
mo. Transferiu-se para Porto Ale­ D istrito. Nessa oportunidade, os
taram , de início, pequeno interesse
gre ,ao aceitar o convite para abrir planos para a organização da Es­
pelas palestras, em bora, polidam en­
a filial da firm a em que trabalhava, taca Porto Alegre Brasil já estavam
te, as recebessem e ouvissem , sem
naquela capital. em fase final, e no dia 13 de fe­
no entanto m anifestarem desejo de
se batizar. Depois de receberem vereiro de 1973, com a presença do
Foram m om entos difíceis os que
um a advertência dos m issionários Élder M ark E. Petersen, do Con­
antecederam à sua decisão. “ Fiz
de que, se não fossem à Igreja, eles um a oração, consultei o Pai Celes­ selho dos Doze, foi organizada a
não mais retornariam à sua casa, tial ,consultei m inha esposa e então Estaca Porto Alegre Brasil e o Pre­
decidiram então visitá-la. E assim, decidim os vir para o S u l” , disse o sidente Miguel Sorrentino Neto foi
todos os m em bros da fam ília, após Presidente Sorrentino. N ão era na­ cham ado para presidi-la. A Estaca
a prim eira visita à capela da reunião da fácil deixar a Igreja aqui, os foi organizada com 8 unidades,

36 A LIA H O N A
sendo 7 alas e 1 ram o. Foram cha­ e no testem unho, e por isso sabe­ Segundo as palavras do Presi­
m ados como seus conselheiros na mos que podem os contar, no futuro dente Sorrentino, todos estão fa­
presidência, o irm ão V ilm ar G astão com ótim a lid eran ça.” zendo sacrifício no sentido de da­
Pacheco de Caldas, e o irm ão A r­ A Estaca Porto Alegre Brasil, rem a sua contribuição para o fun­
m ênio Augusto Seabra de O liveira. bem como as dem ais estacas e mis­ do de construção do tem plo, des-
A tualm ente a Estaca Porto Alegre sões, tam bém recebeu a sua quota tacando-se a presença dos jovens,
Brasil conta com um a população de na participação de levantam ento de que se privam de seus lanches,
3.654 m em bros, e p o r ocasião des­ fundos para o T em plo, e sobre este fazem longas cam inhadas a pé, e re­
ta reportagem (m aio) tinha 7 mis­ assunto, assim se expressou o Pre­ vertem estas im portâncias para o
sionários de tem po integral no cam ­ sidente Sorrentino: “Nós, que já fundo do tem plo. Tam bém , as apre­
po, e de acordo com as palavras do tivemos a oportunidade de passar sentações do grupo folclórico, “ Os
Presidente Sorrentino, até dezem ­ pelo tem plo, sabemos que os mem ­ G u ap o s”, form ado por jovens da
bro próxim o totalizará 25 jovens no bros serão abençoados e beneficia­ Estaca Porto Alegre Brasil, doam a
campo m issionário. Dos 7 missio­ dos com o fato de term os um Tem ­ m etade do que recebem em suas
nários, 5 deles estão em Portugal, plo no Brasil. Os, m em bros ganha­ apresentações para a construção do
e outros dois servindo aqui mesmo, rão m aior conhecim ento, espiritua­ Tem plo.
no Brasil. “Temos certeza de que lidade, fortalecim ento de seus tes­ Em sua vida profissional, o Pre­
os nossos jovens estão se p rep aran ­ tem unhos. Os m em bros aqui no sidente Sorrentino é um bem suce­
Sul, estão se preparando tanto no dido hom em de negócios, e gerente
do para a m issão, e tem os conheci­
que concerne à contribuição para o de um a das m ais im portantes fir­
m ento que um grande grupo de
fundo de construção, bem como mas no ram o de m aterial para escri­
jovens na Missão Brasil Porto Ale­ espiritualm ente para se tornarem tório. A daptou-se m uito bem no
gre, tam bém está se preparando dignos de receberem a sua recom en­ sul, assim como todos os membros
para esse mesmo trabalho. Pelas dação, e por este m eio, poderem de sua fam ília, e tem contribuído
cartas que temos recebido de nos­ en trar no Tem plo e realizarem seus com a sua parcela no fortalecim en­
sos m issionários, podem os sentir endow m ents e o trabalho pelos seus to do reino de Deus naquela parte
que estão crescendo no Evangelho m o rto s.” tão grande do nosso am ado Brasil.

Primeiro Casal Brasileiro Segue em Missão


para Portugal
No últim o dia 21 de m aio segui­ m ais recentem ente, conselheiro na
ram para Portugal, como m issio­ Missão Brasil São Paulo N orte, por
nários de Tem po integral, o irm ão mais de 5 anos, e conselheiro no
Osiris C abral T avares e sua es­ WKÊÊÊÊÊÊÊÊi ram o de M oema, da Estaca São
posa Jacira G robel C abral. A M is­ Paulo Oeste Brasil. A irm ã Jacira,
são Lisboa Portugal está crescendo que já serviu em diversas posições
rapidam ente e seus m em bros, na de liderança na organização da
sua totalidade recém batizados, ne­ Igreja, conta ainda com o dom es­
cessitam de liderança, razão pela
piritual de excelente pianista, que
qual a Prim eira Presidência tem
pretende com partilhar com as
solicitado a ajuda de casais dotados
irmãs da nossa querida mãe pátria.
desse potencial a fim de dirigir e
liderar os m em bros. O irm ão O si­ No seu em barque, m uitos mem ­
ris e a irm ã Jacyra contam com bros, parentes e amigos, levaram o
um a experiência enorm e de lide­ seu abraço ao casal, e votos de ple­
rança. Ele serviu como presidente no sucesso em seu trabalho missio­
de ram o, presidente de D istrito, nário. O casal servirá naquela mis­
Conselheiro do Presidente W alter são por 18 meses, e sua prim eira
Spat, quando da organização da Irm ão O siris C abral e sua esposa lac ira designação foi de presidir o Ramo
Prim eira E staca em São Paulo, e G robel Cabral. do Porto.

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