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Meu
Testemunho
de Jesus
Cristo
Marion G. Romney
2.° Conselheiro da Prim eira Presidência
4 A LIAHONA
Quando Néfi, o neto de Helamã, “ . . . viu “Mostrai-me uma moeda. De quem tem a ima
essa maldade em seu povo, seu coração se afligiu gem e a inscrição?
extremamente. E, respondendo eles, disseram: De César.
“E . . . saiu, prostrou-se por terra e clamou fer “Disse-lhes então: Dai pois a César o que é de
vorosamente a seu Deus em favor do povo, sim, o César, e a Deus o que é de Deus.
qual se achava prestes a ser destruído, em virtude de “E não puderam apanhá-lo em palavra alguma
sua fé na tradição de seus pais. diante do povo; e, maravilhados pela resposta, cala-
“E aconteceu que clamou fortemente ao Senhor ram-se.” (Lucas 20:23-26.)
todo o dia; e eis que a voz do Senhor veio a ele, Jesus não era apenas todo sabedoria, mas tam
dizendo: bém onisciente e onipotente.
“Levanta a cabeça e tem bom ânimo; pois eis O seguinte relato ilustra sua onipotência:
que o tempo é chegado e esta noite o sinal será dado, “ . . . chegando eles a Capernaum, aproximaram-
e amanhã Eu virei ao mundo. . . se de Pedro os que cobravam as didracmas, e disse
“E aconteceu que as palavras chegadas a Néfi ram: O vosso mestre não paga as didracmas?
foram cumpridas, em conformidade com o que lhe “Disse ele: Sim. E, entrando em casa, Jesus se
tinha sido comunicado; pois eis que, ao pôr do sol lhe antecipou, dizendo: Que te parece, Simão? De
não veio a escuridão. . . ” (3 Néfi 1:10-13, 15.) quem cobram os reis da terra os tributos, ou o censo?
Esta ocorrência é, para mim, uma evidência to Dos seus filhos ou dos alheios?
cante do cuidado e preocupação infinitos que o Sal “Disse-lhe Pedro: Dos alheios. Disse-lhe Jesus:
vador tem por nós mortais. Ela confirma meu tes Logo, estão livres os filhos;
temunho de Sua divindade.
Os registros de Seu ministério mortal estão re
pletos de evidências persuasivas de Sua divindade.
A sabedoria por Ele demonstrada é incompa
rável.
Pintura por James Joseph
Por exemplo: quando tinha apenas doze anos de Jacques Tissot.
idade, sua mãe, Maria, e o marido, José “ . . . o acha c John H. Eggers
ram no templo, assentado no meio dos doutores, ou- Publications , do Museu
vindo-os, e interrogando-os. de Brooklyn.
“E todos os que o ouviam admiravam a sua
inteligência e respostas.” (Lucas 2:46-47.)
O seguinte incidente, relatado por Lucas, fornece
Jesus respondeu aos astuciosos
evidência convincente da divina sabedoria de Cristo: fariseus: “D ai a César o que é de
“ . . . os principais sacerdotes e os escribas pro César (M arcos 12:17.)
curavam lançar mão dele. . .
“ . . . trazendo-o debaixo do olho, mandaram es
pias, que se fingissem justos, para o apanharem nal-
guma palavra e o entregarem à jurisdição e poder do
presidente.
“E perguntaram-lhe, dizendo: Mestre, nós sabe
mos que falas e ensinas bem e retamente, e que não
consideras a aparência da pessoa, mas ensinas com
verdade o caminho de Deus.
“É-nos lícito dar tributo a Cesar ou não?” (Lu
cas 20:19-22.)
Se Jesus tivesse respondido sim, teria enfurecido
os judeus. Se dissesse não, estar-se-ia opondo aos
romanos.
“E, entendendo ele a sua astúcia, disse-lhes: Por
que me tentais?
Testem unho de M arcos: Cristo era o divino Salvador.
SETEMBRO DE 1975 5
“Mas, para que os não escandalizemos, vai ao terem falhado (Mat. 17:14-21, Marcos 9:14-29, Lucas
mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir, 9:37-43); (4) sobre a morte, levantando o filho da
e, abrindo-lhe a boca encontrarás um estáter; toma-o, viúva de Naim (Lucas 7:11-17) e chamando Lázaro
e dá-o por mim e por ti.” (Mat. 17:24-27.) do túmulo (João 11:17-46); (5) sobre o túmulo, res
Marcos relata esta ilustração: suscitando a si mesmo e a outros (Lucas 24:1-6, Mat.
“E, logo que se aproximaram de Jerusalém, de 27:52-53.)
Betfagé e de Betânia, junto do Monte das Oliveiras, Todas estas coisas — os acontecimentos de sua
enviou dois dos seus discípulos. vida pré-mortal, a evidência de sua sabedoria, de sua
E disse-lhes: Ide à aldeia que está defronte de onisciência e onipotência, e sua vitória sobre a tumba
vós; e, logo que ali entrardes, encontrareis preso um — confirmam meu testemunho de que Jesus é o
jumentinho, sobre o qual ainda não montou homem Cristo.
algum; soltai-o, e trazei-mo. A fonte real de meu testemunho, entretanto, é
E, se alguém vos disser: Por que fazeis isso? a evidência do Espírito Santo, que recebi como um
dizei-lhe que o Senhor precisa dele, e logo o deixará resultado de seguir o conselho de Morôni de
trazer para aqui. perguntardes a Deus, o Pai Eterno, em nome de Cris
E foram, e encontraram o jumentinho preso fora to. . . ” (Morôni 10:4), e o conselho do Senhor a Oli-
da porta, entre dois caminhos, e o soltaram. ver Cowdery de “ . . . ponderar em tua mente; depois
E alguns dos que ali estavam lhes disseram: Que me deves perguntar se é correto e, se for, eu farei
fazeis, soltando o jumentinho? arder dentro de ti o teu peito; hás de sentir assim,
que é certo.” (D&C 9:8.)
Eles, porém, disseram-lhes como Jesus lhes tinha
mandado; e deixaram-nos ir.” (Marcos 11:1-6.) Segui estas instruções e tenho sentido a ardência
As evidências de sua onipotência são inume em meu peito. O Senhor tem iluminado e dito paz
ráveis: à minha mente. Deu-me um testemunho ao coração
Ele demonstrou poder (1) sobre os elementos através do Espírito Santo. Sei que Jesus é o Cristo.
transformando a água em vinho (João 2:1-11), acal
mando as tempestades (Mat. 8:23-27, Marcos 4:35-
41, Lucas 8:22-25), e andando sobre o mar (Mat. " . . . Em verdade vos |
digo que esta pobre f
14:24-33, Marcos 6;47-52, João 6:16-21); (2) sobre viúva deitou mais do I
a doença e a moléstia curando o filho do régulo (João que todos os que
deitaram na arca do
4:46-54), a sogra de Pedro (Mat. 8:14-15, Marcos teso u ro . . . ”
1:29-31, Lucas 4:38-39), e a mulher com o fluxo de (M arcos 12:43.)
sangue (Mat. 9:20-22, Marcos 5:25-34, Lucas 8:43-
48); (3) sobre os espíritos imundos e malignos, expul-
sando-os do endemoniado gadareno (Marcos 5:1-20,
Lucas 8:26-39), e do rapaz depois de os discípulos ■i
SETEMBRO DE 1975 7
ÉPOCA DO DOMÍNIO
PERSA
(538-332 A.C.)
Depois de conquistar a Babilônia,
o Rei Ciro, da Pérsia, decretou
(em 538 A.C.) que o povo
exilado de Judá poderia voltar
à sua terra. Isto realizou-se
em três migrações, de acordo
com o registro das Escrituras.
Entretanto, a apostasia e o
domínio persa ainda estão
evidentes ao térm ino do Velho
Testamento.______________________
CJ o
O
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Em 323 A.C., depois da morte Em 168 A.C., irrompeu uma 142 A.C. Continuaram as Em 37 A.C., Herodes, tendo
de Alexandre, o vasto império revolta que foi selvagemente conquistas pelo povo de Judá obtido a comissão através de
foi evenaulmente dividido entre abafada. Adicionalmente, os até que finalmente dominaram a favor do senado romano, como
quatro dos alegados “ sucessores” sírios construíram uma cidadela maior parte do te rritó rio, um rei-vassalo do povo de Judá,
de Alexandre. A Palestina, fortificada com o nome de incluindo a Fortaleza de Acra, governou tiranicamente sobre
durante este período foi um Acra, em Jerusalém, para. em Jerusalém, assegurando a um povo que o chamava de
país-tampão entre as duas reforçar seu domínio. A oposição independência do estado, havia “ Meio-Judeu!” Através de medidas
porções contendoras do império. aumentou — um grupo conhecido tanto esperada. rígidas, foi estabelecida a ordem
como os Hasidim (os santos) em toda a região e seu reinado
301 A.C. O período de controle resistiu passivamente Em 129 A.C., os samaritanos e promoveu a cultura greco-romana
dos Ptolomeus sobre Judá na praticando os Estatutos idumeus (nome grego para os entre o povo.
Palestina começa com sua Mosaicos em segredo ou no edomitas) foram subjugados
conquista final da terra. Os deserto. (Este é o grupo pelos judeus, tornando-se parte Em 20 A.C., Herodes Iniciou a
Ptolomeus eram os governantes geralmente conhecido como o do reino. reconstrução do templo e seu
gregos do Egito. Pouco se sabe do início dos fariseus.) complexo em Jerusalém. A obra
de seu domínio sobre o povo 63 A.C. Pompeu e as forças do templo em si foi inicialmente
de Judá. Em 167 A.C., o templo foi romanas, havendo conquistado o completada em cerca de oito
profanado e usado como um reino greco-sírio dos Selêucidas, anos, mas o projeto durou muitos
c. 283 A.C. A influência da santuário para o deus ' Zeus, tomou o controle de Jerusalém anos após a sua morte,
helenização do povo de Judá dos gregos. Foi decretada a pena e a nação de Judá voltou a ser ultrapassando mesmo a época
produziu a tradução grega do de morte, reforçando a proibição vassala, agora de Roma. de Cristo, até que fosse
\/elho Testamento conhecida como das observâncias mosaicas. completada.
A Septuaginta (LXX). Sob a Tornou-se compulsória a adoração
direção de Ptolomeu Filadelfo aos deuses pagãos. Tradicionalmente, Herodes faleceu
(II) e sancionada oficialmente em 4 A.C., somente cerca de
oelo líder ou sumo-sacerdote No vilarejo de Modin, Matatias, um ano após o nascimento
em Jerusalém, a obra foi cujo nome de fam ília era de Cristo (considerada como
completada por anciões autorizados Assamoneu, e que recebeu sendo em aproximadamente 5 A.C.
do povo em Aliexandria, Egito. mais tarde o nome de Macabeu, pela maioria dos eruditos).
resistiu à tentativa de um
Em 198 A.C., os governadores oficial sírio de aplicar os
gregos da Síria, conhecidos como decretos contra o povo. Isto
os Selêucidas, conquistaram a precipitou a rebelião através de
terra e intensificaram o domínio toda a terra. Depois da morte de
helênico da nação vassala. Matatias, seu filho Judas,
continuou em seu lugar.
Em 175 A.C. a exploração e A fam ília Assamoneu manteve
adaptação forçada da cultura a liderança, obtendo a
grega pelos governantes trouxeram independência para Judá, a
grande pressão sobre o povo. qual se manteve até a conquista
O templo foi saqueado, foram pelos romanos em 63 A.C.
proibidas as ordenanças de (Vide o Gráfico da fam ília
sacrifício e ofertas, circuncisão, Assomoneu. Os números
festas e sábados. Foi ordenada indicam sua ordem sucessiva
a destruição das Escrituras e de liderança.)
muitos livros da lei foram
queimados. O Sacerdócio da Em 164 A.C., o templo foi
liderança foi corrompido pela purificado e rededicado sob a
venda do cargo de sumo- liderança de Judas Macabeu.
sacerdote para quem oferecesse Este dia tem sido anualmente
o lance mais alto. celebrado como o Chanucá
ou a Festa da Dedicação
(às vezes chamada de Festa
das Luzes).
SETEMBRO DE 1975 9
As
Influências
Greco-
Romanas
Sobre a como a solução para todos os ma Com a idade de 20 anos, Ale
SETEMBRO DE 1975 11
O Salvador, no Ianque de Betesda.
Q uadro de Carl Heinrieh Bloeh. Cor
tesia da Camera Clix Photo.
“ Por que transgredis vós tam bém o relação às pessoas campesinas: “ Pode
m andam ento de Deus pela vossa tradi vir alguma coisa boa de N azaré?. . . ”
ção?. .. invalidastes, pela vossa trad i (João 1:46.) “És tu tam bém da Gali-
ção, o m andam ento de D eus. . . ” (Mat. léia? Examina, e verás que da Galiléia
15:3, 6; veja tam bém Marcos 7:3, 8-9, nenhum profeta surgiu.” (João 7:52.)
SETEMBRO DE 1975 13
de; aos dezoito a câm ara-nupcial; aos 11:13-21; Num. 15:3741.) Seguia-se o déia sob um governador rom ano e o
vinte ter (um a profissão; aos trinta, principal propósito do serviço — o en restante com reis-vassalos. Os repre
autoridade; aos quarenta, discernim en sino do povo. Começava com a leitura sentantes de Roma eram principalm en
to; aos cinqüenta, conselho, aos ses sucessiva sistem ática dos livros de Moi te m ilitares e adm inistravam os assun
senta ser um ancião (élder) ... ” sés, uma seção arranjada para cada tos civis do povo. Eclesiasticamente, o
(Aboth. 5:21.) Sabá do ano. Depois da leitura da lei,
povo judeu era governado em cada
seguia-se um a lição dos profetas que
Na idade dos seis anos, a educação com unidade por um sinédrio ou “con
costum eiram ente era correlacionada
dos filhos masculinos passava para a selho”, que variava em tam anho de 3
com a seção da lei que fora lida. O
escola local, anexa a quase toda sina a 23, dependendo da extensão da co
serviço freqüentem ente term inava com
goga do país. O professor era sempre m unidade. Todos os sinédrios locais
um sermão ou discurso. Serviços es
um homem casado, assalariado pelos eram designados e dirigidos por um
peciais seriam tam bém realizados em
pais que contribuíam voluntariam ente G rande Sinédrio em Jerusalém. Sua
dias de festa, e, em alguns lugares, nas
para o seu sustento. O estudo das Es jurisdição, em bora pretendendo ser li
segundas e quintas-feiras para as pes
crituras iniciava-se pelo Levítico, pas
soas das fazendas que vinham ao m er m itada a assuntos religiosos, tinha am
sando pelos outros livros de Moisés,
cado e não viviam perto da sinagoga. plo efeito por causa da lei mosaica e
depois para os profetãs e finalm ente
O serviço durava de um a a três horas, das tradições. Cada cidade e vila tinha
para os outros escritos. Adicionalm ente,
dependendo da ocasião e dos oradores. também um a autoridade judia local
o estudo das tradições vinha à m edida
As m ulheres sentavam-se nas laterais, denom inada de “os anciãos”. Esses an
que a idade e o avanço perm itia. Co
longe dos homens e separadas por uma ciãos governavam principalm ente os
mo a escola ocupava apenas quatro ou
repartição, ou na parte de trás da assuntos sociais e também exerciam um
cinco horas do dia, havia bastante tem
principal área da assembléia. Desta lim itado controle civil. O povo estava
po para que o jovem aprendesse uma
form a, as m ulheres podiam tam bém sujeito a impostos para cada um des
profissão. T rabalhando com seu pai ou
participar das instruções.
outra pessoa, ele deveria aprender a ses corpos governantes. As mulheres
profissão, não im porta onde sua educa O casam ento era encarado como um começavam a pagar imposto na idade
ção fosse levá-lo. Se, com a idade de dever religioso. O rapaz devia casar-se de 12 anos e os homens aos 14. Um
16 ou 17 anos o jovem houvesse con aos 16 ou 17 anos e, aos 20 nos im posto do templo para m anter e fa
tinuado os estudos e dem onstrado bom casos extremos. As moças podiam ser zer funcionar o santuário e seus diri
progresso, poderia prosseguir com um dadas em casam ento pelos pais com gentes tam bém era exigido. Do tributo
grande professor. A maioria, entretanto, doze anos e um dia. Se fossem casa imperial de Roma aos impostos arre
deixava a escola depois de aproxim a das antes dessa tenra idade, tinham di
cadados em toda a com unidade para o
dam ente cinco anos p ara continuar no reito ao divórcio. Depois da idade le
sustento da sinagoga, escolas, obras
trabalho escolhido como profissão. gal, a moça tinha livre direito para
públicas e exigências sociais; o povo
consentir com qualquer noivado, ou
E a educação das m ulheres? A edu tinha que arcar com uma pesada carga
casam ento. T anto o noivado como o ca
cação da m enina era inteiram ente ca em sua luta pela vida.
sam ento exigiam um contrato p or es
seira. Seus primeiros anos eram seme crito, que só podia ser rescindido atra
Este breve relance da vida cotidiana
lhantes aos do m enino — participando vés do divórcio. O noivado era um
do homem comum durante a época de
das orações e citações de Escrituras. A tipo de período de compromisso pres
Cristo foi obtido através do exame dos
medida que ia crescendo, eram-lhe en crito pela lei, a fim de serem feitos
rem anescentes dos escritos rabínicos
sinadas habilidades domésticas e m a todos os arranjos necessários para o ca
posteriores. E, no entanto, a evidência
ternais; mas, adicionalm ente, seu trei samento. O divórcio era conseguido
da influência das “tradições” confor
nam ento era enriquecido quando assis com algum a facilidade de acordo com
me encontrada nas páginas do Novo
tia regularm ente às festas, festivais e as interpretações e tradições estabele
Testam ento sugere seu valor em uma
serviços na sinagoga com sua família. cidas pelos anciãos do povo. Nenhum
reconstrução parcial da era do novo
divórcio, entretanto, era legal sem um a
A adoração na sinagoga era o pon convênio das Escrituras. Enquanto a
carta ou docum ento de divórcio.
to alto do Sabá. O serviço consistia, lei mosaica e essas “tradições” em sua
basicam ente, de orações especiais e da Os problem as do governo durante plenitude se tornaram um a maldição
recitação do Shema, que é um tipo os tempos refletem-se na taxação dos para alguns, para outros foram um
de credo escriturístico tirado de Deute- impostos sobre o povo. Toda a terra mestre-escola de preparação para a lei
ronôm io e Números. (Deut. 6:4-9; era um a província rom ana, com a Ju- do Evangelho. (Vide G ál. 3:13, 24-25.)
14 A LIAHONA
Árvore da Felicidade
Eva Gregory de Pimienta
Adriano tem outros planos para as sementes. — Senor Alcalde (Sr. Prefeito)? — perguntou
No início, Adriano pensou em vender as semen hesitante.
tes da árvore tabachin. Se Don Porfírio Paz estava O homem levantou os olhos, então sorriu e disse:
desejando pagar um preço tão grande pela árvore, — Si, José Lopez, às suas ordens.
haveria provavelmente outros que pagariam alguns Respirando fundo, Adriano começou: — Acaba
centavos pelas sementes. de me ocorrer que talvez o senhor gostasse de ter
Ele abriu uma das vagens e contou vinte semen
tes. Olhou para as centenas de vagens e começou a
multiplicar cada uma das sementes por quatro cen
tavos. O resultado fez com que sua cabeça girasse
com um sentimento de riqueza. Pensou, então, no
rosto duro e egoísta do homem rico.
Ele não é feliz, admitiu Adriano para si mesmo.
A riqueza nem sempre traz felicidade.
Lembrou-se das ruas vazias e feias e da “plaza”
da vila vizinha onde havia apenas algumas árvores
de sombra. Agora lhe vinha uma idéia diferente.
— Padre (papai), — perguntou ele na manhã
seguinte, — o senhor poderia passar sem mim hoje?
Tenho uma tarefa muito importante a realizar.
— Si, — concordou seu pai.
O palácio da justiça havia acabado de abrir para
os trabalhos do dia quando Adriano chegou à vila.
Entrou hesitante, inclinando a cabeça para o homem
que estava varrendo a rua de pedras.
Ele tirou o sombrero enquanto avançava vaga
rosamente em direção ao homem grande que estava
sentado atrás de uma mesa gasta.
SETEMBRO DE 1975 15
algumas árvores extraordinárias para embelezar a — Gracias (obrigado)! — disse Adriano.
plaza. Seus pés voavam, mal tocando o chão, quando
Os olhos azuis de Don José reluziram alegre correu para casa. Estava quase sem fôlego de exci
mente. tação ao contar a seus pais a história do violino. Eles
— Você é o dono da árvore tabachin? — per acenaram com prazer enquanto Adriano exclamava
guntou ele. repetidamente: — A árvore da felicidade! Ela rea
— Si, Senor, — respondeu Adriano. lizou meu sonho!
— Acho que seria uma idéia excelente, — disse Quando as árvores tabachin floriram na vila,
o prefeito. — Mas acho que as sementes são muito Adriano já havia aprendido tudo que podia do velho
delicadas. Quem as plantará? professor de música. — Agora você está pronto para
— Plantarei as sementes, Senor, — ofereceu ir para a cidade, onde se encontram os verdadeiros
Adriano, — e cuidarei das plantinhas depois do tra mestres, — disse ele.
balho, à noitinha. — Mas, não tenho dinheiro algum, — protestou
Adriano plantou as sementes, construiu cercas Adriano.
protetoras em sua volta e cuidou das plantinhas como
— Você tem mais do que dinheiro, — replicou
se fossem suas. E quando elas ficaram fortes e não
o mestre. — Você pode tocar violino para pagar seus
precisavam mais de muitos cuidados, o prefeito cha
estudos e também por seu alimento.
mou Adriano para uma reunião especial.
— Queremos, de alguma forma, agradecer-lhe E assim Adriano partiu para Oaxaca. Depois
pelo que fez pela vila, — declarou o prefeito. — Gos de dois dias de caminhada, o lanche que sua mãe pre
taríamos de saber se podemos realizar algum simples parara havia terminado. Cansado e com fome ele
desejo seu. chegou a um pequeno vilarejo ao pôr do sol.
Adriano olhou para o círculo de rostos sorriden Agora, começa o teste, pensou Adriano de si
tes à sua volta. Seu coração disparou — com sur para consigo. Parou na esquina e tirou seu violino.
presa e esperança. Imaginou se ousaria pedir o que A princípio, somente uma ou duas pessoas curiosas
mais desejava. pararam, mas, continuando a tocar, muitas outras se
— Senor, — disse finalmente, — tenho real reuniram. Quando parou choveram sobre ele pe
mente um desejo. Eu gostaria de aprender a tocar quenas doações de dinheiro.
violino. Adriano chegou à cidade com dinheiro suficiente
O prefeito atirou para trás a cabeça e sua grande para pagar a comida e um quartinho nos fundos de
risada ecoou pelo pequeno saguão. uma hospedaria. O hospedeiro concordou em deixar
— Você terá seu desejo satisfeito! — declarou. Adriano trabalhar nos estábulos.
— O velho professor de música é um amigo meu. Algumas semanas mais tarde, Adriano encontrou
Eu mesmo o levarei até ele. um professor de música disposto a dar aulas a um
— Sou muito velho e quase surdo, — objetou humilde rapaz do interior pela pequena taxa que este
o mestre de música quando o prefeito e Adriano che podia pagar.
garam à sua casa. — E como é que vou saber se As mãos de Adriano começaram a tremer quan
este rapaz tem talento musical? do se pôs a tocar. Este não é meu velho professor,
Rapidamente Adriano tirou a flauta de dentro pensou Adriano preocupado. Seu rosto é severo e frio.
da camisa e, antes que o professor pudesse protestar, Mas não devo perder esta oportunidade.
começou a tocar. Forçou-se a pensar nos largos ramos da árvore
Depois das primeiras notas, o ancião começou tabachin com suas flores escarlates salpicadas de ou
a debruçar-se, colocando a mão em forma de concha ro. Finalmente, seus dedos começaram a mover-se
ao ouvido. Logo estava acenando com a cabeça. firmes e rapidamente.
Quando Adriano terminou, os olhos do mestre esta- — Um-m-m, — disse o mestre quando Adriano
vam brilhantes de prazer. — Eu o ensinarei, — con terminou, — de quem é essa música? Nunca a ouvi
cordou ele. antes.
— Mas. . . — começou Adriano, lembrando-se — É minha, — disse Adriano, imaginando se
repentinamente da coisa mais importante de todas. devia ter tocado alguma outra coisa.
— Não se preocupe, meu filho, — disse o pre — Você está disposto a trabalhar muito sem
feito, pondo a mão no ombro do menino, — a cidade reclamar e fazer muitos sacrifícios? — perguntou o
comprará um violino para você. m estre.,
16 A LIAHONA
— Si! Si! — prometeu Adriano, e, a partir da vantou-se surpreso de sua cadeira e adiantou-se
quele momento a vida dele ficou muito diferente. apressadamente.
Em vez de trabalhar nos estábulos, ele tocava à noite — Espere, — ordenou o presidente gesticulando
para os hóspedes da estalagem. Ele estudava e pra para que o poeta voltasse à sua cadeira. — Este rapaz
ticava para tomar realidade seu sonho de tocar nos sabe muito bem o que está fazendo.
grandes salões de concerto. Ao invés do som do violino, a sala encheu-se
Um dia, quando Adriano se movia entre as me das notas altas e doces de uma flauta rústica. Adriano
sas da grande sala de jantar da estalagem, notou vá emitiu o som do canário silvestre e da calandra. To
rios estranhos perto da lareira. Quando a última nota cou as ovelhas pastando, o cão pastor e os riachos
de seu violino morreu, um dos estranhos dirigiu-se murmurantes em sua flauta. Quando terminou, viu
a ele. que os olhos do presidente estavam cheios de
Adriano curvou-se polidamente e permaneceu lágrimas.
quieto esperando que o estranho alto e esguio falasse. Nos dias seguintes Adriano lembrou-se daquele
— Qual é seu nome, rapaz? — perguntou o rosto circunspecto e triste. Lembrou-o enquanto to
homem. cava seu violino nos grandes salões de concerto. Lem
— Adriano, — respondeu. brou-o quando se misturava com os ricos ou tocava
— Bem, Adriano, — respondeu o estranho, — para os pobres.
você gostaria de tocar para um amigo meu muito es Certo dia, descendo de sua carruagem para en
pecial que está visitando Oaxaca, sua cidade natal? trar em um salão de concertos, Adriano viu que a
— Se minha música lhe agradou terei prazer em multidão que se reunia para vê-lo era ainda maior
tocar para o seu amigo, — respondeu Adriano. do que a costumeira. Compunha-se de homens, mu
— Virei buscá-lo dentro de uma semana, con lheres e crianças de todas as camadas da vida. Ao
tando de hoje, então, — disse o estranho. — Meu abrir caminho entre as pessoas, um menino engraxate
nome é Guillermo Prieto, e o amigo a respeito do adiantou-se.
qual falo é Don Benito Júarez. — Como gostaria de poder ouvir o grande
O primeiro nome foi o bastante para fazer Adria Adriano tocar só uma vez! — escutou Adriano.
no assombrar-se pois Guillermo Prieto era um poeta O violinista parou repentinamente. Colocando
famoso, mas o segundo nome deixou o rapaz sem a caixa do violino sobre o joelho, ele o retirou e co
fala. Don Benito Júarez era o presidente do México! meçou a tocar. Executou a música dos grandes mes
Adriano passou a semana seguinte praticando co tres, e suas próprias músicas. Fez com que o violino
mo nunca o fizera antes. Quando chegou o dia do risse. Fê-lo chorar. Então, inesperadamente, come
grande acontecimento, ele se vestiu cuidadosamente. çou a tocar uma nova canção. E sentiu estar tocando
Mas, ao olhar-se no espelho, divisou o rosto de um a canção da árvore da felicidade.
pastor amedrontado e solitário. Para tomar coragem, Quando a multidão finalmente se dispersou,
Adriano pegou sua flauta da mesa e a colocou dentro Adriano sentiu uma súbita saudade de seu lar e da
de sua jaqueta de veludo. árvore tabachin. Deixou a carruagem na rua e come
A sala de recepções da rica mansão estava cheia çou a andar.
de homens e mulheres importantes e ricos. Houve Os antigos dizem que as árvores tabachin da vila
uma movimentação quando entrou um homem de ter floriram no dia em que Adriano chegou, embora ain
no escuro. Guillermo Prieto levou Adriano para co da fosse muito cedo.
nhecer o presidente. O rapaz sentiu-se muito pequeno — Sei o que é a felicidade, — disse ele, depois
e humilde diante do homem grande e famoso. de haver saudado seus pais. — A felicidade é dar,
dar como fiz com as sementes da árvore tabachin.
— Toque agora, — disse o presidente gentil
Darei minha música a todos aqueles que quiserem
mente, depois de havê-lo cumprimentado.
ouvir e minha riqueza aos pobres e desafortunados.
Repentinamente Adriano ficou impressionado Levando apenas uma muda de roupa e seu vio
pela nota de tristeza no rosto do presidente. lino, Adriano iniciou uma viagem por todos os can
Aqui está um homem famoso, pensou divagando, tos do México. De todas as músicas que tocou, “A
mas é evidente que está preocupado e solitário. Canção da Árvore da Felicidade” foi a favorita de
Lembrou-se, então, de que Don Benito Júarez todos.
já havia vivido nas montanhas de Oaxaca. Decidindo- E algumas pessoas acham ainda hoje que o som
se rapidamente, Adriano fechou a caixa do violino e macio e doce do vento nas árvores tabachin é real
apanhou sua flauta. Ao vê-la, Guillermo Prieto le mente a música do violino de Adriano.
SETEMBRO DE 1975 17
QUEBRA-CABEÇAS DE PONTOS LABIRINTO
Evalyn Shephard Beverly Johnston
Una os pontos para encontrar dois amigos emplumados.
48
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35 3l)
para
Divertir
ASSOPRAR BOLHAS
por Chauncey Mobberly
Você precisará de: tubo de papelão,
cartolina, tesoura, tintas e pincel.
Pinte o tubo de papelão de uma cor viva.
Este será seu soprador de bolhas.
Depois que a tinta estiver seca, pinte duas
fileiras, uma de oito e outra de seis
círculos brancos pela extensão do tubo.
Escreva as palavras ASSOPRAR BOLHAS
usando um círculo branco para cada letra.
Corte, na cartolina, quatro círculos
(“bolhas”) um pouco menores do que o
diâmetro do tubo de papelão. Escreva a
palavra BUM em um lado de cada círculo.
É divertido brincar de assoprar bolhas
TESTE DE COMBINAÇOES
Richard Latta
Combine as gravuras destes
objetos com os seus nomes.
19
PAREDES
RELUZENTES
por íris Syndergaard
SETEMBRO DE 1975 21
a construir um templo. Observou com os pedaços de porcelana e vi — Não fique triste, Hilda, —
seu pai levantar a caixa de louças dro reluzindo. disse a mãe, pondo o braço à volta
e colocá-la na parte traseira de uma da garota, que soluçava. Mas, por
carrocinha puxada a burro. Eles Um homem que se encontrava todo o caminho de volta, dentro da
foram, então, para a ribanceira próximo disse: — Quase todas as carroça, com a caixa vazia cha
onde estava sendo construído o mulheres SUD deram suas melho coalhando atrás, Hilda continuava
templo. res porcelanas para o templo. chorando silenciosamente.
Certa tarde, depois de terminado
Hilda desceu da carroça e seguiu Hilda mal podia acreditar quan
do viu a mãe tirar aquela linda por o templo, Hilda andava com os pais
o pai até um grande tanque onde
celana de Dresden de uma caixa e pela estrada em direção ao belo
um trabalhador estava mexendo
estender cada peça a um homem edifício. O sol se estava pondo e
alguma coisa.
que estava ao lado do tanque. Ele Hilda viu as paredes do templo.
Inclinando-se, o pai de Hilda fa as colocou em uma táboa achata Elas reluziam e brilhavam à luz
lou através do barulho: — Esta da, quebrou-as e varreu os pedaços do sol.
mos fazendo argamassa de estuque espatifados para dentro do tanque. — Oh, Mamãe! — exclamou,
para o exterior das paredes do com o coração subitamente cheio e
templo. Descobrimos que porcela Quando o jarro azul de porcela feliz. — Está vendo aquele brilho
na pulverizada ajuda a segurar a na foi quebrado e varrido para a azulado ao lado da porta da frente?
massa. Além disso, — acrescentou, mistura de estuque, Hilda começou Só o vaso de porcelana da Vovó
— as paredes ficam muito bonitas a chorar. Larson poderia reluzir assim!
PRIMEIRO PERÍODO:
DAS PREDIÇÕES DA MORTALIDADE
DE JESUS AO MINISTÉRIO DE JOÃO
Lições 6-8 da Escola Dominical
A Vida pré-mortal
Anunciação a Zacarias Jerusalém 1:5-20
1:1-19
Belém
1:1-17
2:1-5
2:6-7
3:23-38
2:8-20
Quatro Circuncisão
Apresentação no templo
Volta a Nazaré
Belém
Jerusalém
Nazaré
Belém ou
2:21
2:22-38
2:39
TERCEIRO PERÍODO:
INÍCIO DO MINISTÉRIO NA JUDÉIA
DESDE A PRIMEIRA PÁSCOA ATÉ A VOLTA
W Efrai m
-a.!
Jerico
A GALILÉIA
Lições 14-15 da Escola Dominical
Jerusalém
w Belém 0
®^Betania
A primeira Páscoa — primeira
purificação do templo
Nicodemos visita a Jesus
Jerusalém
Jerusalém
2:13-25
3:1-21
|\r
M acários
Volta à Judéia Judéia 3:22
Hebram 9 Testemunho de João a seus Judéia 3:23-36
discípulos
Herodes aprisiona a João Maquero 14:3-5 6:17-20 3:19-20
Jesus parte da Judéia para a Judéia 4:12 1:14 4:14 4:1-3
M ar Morto
SETEMBRO DE 1975 23
dos pode levar a uma melhor com QUARTO PERÍODO: ?®s.E,R.Y*ÇAo; Conforme usado aqui,
24 A LIAHONA
“Organizei os incidentes em uma
Expulsa demônios dos Gadara 8:28-34 5:1-20 8:26-39 ordem cronológica que parece, de
gadarenos (gergesenos)
Volta a Capernaum Capernaum 9:1 5:21 8:40
maneira geral, representar o ponto
Faz reviver a filha de Jairo Capernaum 9:18-29, 5:22-24, 8:41-42, de vista da maioria dos harmonis-
23-26 35-43 49-56
Cura mulher com o fluxo Capernaum 9:20-22 5:25-34 8:43-48 tas consultados. Não se deve supor
Cura dois cegos Capernaum 9:27-31
Cura endemoniado mudo Capernaum 9:32-34
que representem necessariamente a
Segunda rejeição em Nazaré Nazaré 13:54-58 6:1-6 verdadeira ordem cronoiogica dos
Viagem à Galiléia Galiléia 9:35-38 6:6
Enviados os Doze — Parábola Galiléia 6:7-13 9:1-6 acontecimentos que compuseram a
das terras e mordomias vida do Salvador. Supõe-se que
Jesus continua sua viagem Galiléia 10:1,5-42
Herodes decapita João2 Maquero 6:21-29 eles possam aproximar-se dessa or
Herodes pensa que Jesus é Galiléia 11:1 6:14-16 9:7-9
João dem. É certo que alguns elabora
Os doze relatam sua missão Capernaum 14:6-12 6:30 9:10 riam uma ordem cronológica dife
M inistério em Betsaida Betsaida 14-1-2 6:31-32 9:10-11
Alimenta cinco mil (perto de Galiléia 14:13 6:33-44 9:12-17 6:1-14 rente da que é aqui usada.
Betsaida)
Jesus impede que o façam rei Galiléia 14:14-21 6:45-46 6:15
14:22-23 “Mas, afinal, a ordem precisa de
Jesus anda por sobre o Mar Galiléia 14:24-33 6:47-52 6:16-21
da Galiléia acontecimentos pode não ser muito
Discurso à multidão sobre o Capernaum 6:22-71
Pão da Vida importante. O que Jesus disse e fez,
Cura pessoas em Genesaré Genesaré 14:34-36 6:53-56 seu ensinamento e doutrinas é que
Discurso sobre a pureza Capernaum 15:1-20 7:1-23
realmente importam. (Our Lord of
the Gospels p. VI).
'Tanto McConkie quanto Taimage indicam 2No livro Jesus, o Cristo, de Taimage, a
que o Sermão da Montanha foi feito história do aprisionamento de João
depois da chamada dos Doze (Vide Batista até sua morte é considerada como
Taimage, Jesus, o Cristo, p. 223) e um todo, fora da cronologia dos
também, McConkie, Doctrinal New acontecimentos. (Vide Jesus, o Cristo,
Testament Comentary, volume I, pp. 245-53.)
The Gospels pp. 14-16, 213-15.
QUARTO PERÍODO:
GRANDE MINISTÉRIO DA GALILÉIA (continuação)
C. Do Afastamento para o Norte da Galiléia até
o Encerramento do Ministério Galileu
Lições da Escola Dominical 24 e 25
Viagem para as regiões 15:21 7:24 7:1 'Este período é combinado em très partes,
setentrionais A, B e C no curso da Escola Dominical.
Cura a filha da mulher grega Região de Tiro 2Jesus, o Cristo, p. 500, nota h.
e Sidon 15:22-28 7:25-30 3Jesus, o Cristo, p. 504, nota 5.
Volta ao Mar da Galiléia Mar da Galiléia 15:29 7:31
Cura o homem surdo Decápolis 7:32-37
Alimenta os quatro mil Decápolis 15:29-38 8:1-9
Jesus vai para Magdala (Mar Magdala 15:39 8:10
da Galiléia)
Discursos a respeito de sinais Capernaum 16-1-2 8:11-21
Cura o cego Betsaida 8:22-26
O testemunho de Pedro sobre Região de
o Cristo Cesaréia de
Filipo. 16:13-20 8:27-30 9:18-22
Ensina os discípulos a respeito Região de 16-21-28 8:31-38 9:23-27
da morte e da ressurreição Cesaréia de
Filipo 9:1
A transfiguração — confere Monte da
as chaves do Sacerdócio Transfiguração1 17:1-13 9:2-13 9:28-36
Cura um endemoniado 17:14-21 9:14-29 9:37-43
Jesus viaja novamente pela Galiléia 17:22-23 9:30-32 9:43-45
Galiléia
Jesus inquirido sobre o Capernaum 17-24-27
dinheiro do tributo
Discurso sobre mansidão e Capernaum 18-1-14 9:33-37 9:46-48
humildade
Discurso sobre o perdão e o Capernaum 18:15-35
poder selador
Responsabilidade daqueles que Capernaum 9:38-42 9:49-50
agem por Cristo
SETEMBRO DE 1975 25
Discurso sobre sa crifício 2 Capernaum 9:57-62
Envia os setenta Capernaum 10:1-16
Encorajado a ir à Judéia — Galiléia 7:2-9
rejeitado pelos seus
Jesus inicia sua viagem para
Jerusalém Galiléia 9:51-56 7:10
QUINTO PERÍODO:
FINAL DO MINISTÉRIO NA JUDÉIA
Lições da Escola Dominical 26, 27, 28
26
Parábola do rico e Lázaro1 Peréia 16:19-31
Discurso sobre os escândalos Peréia
e a fé ' 17:1-10
Lázaro volta à vida Betânia 11:17-46
Conspiração contra Jesus Jerusalém 11:47-53
Viagem à cidade de Efraim Efraim 11:54
Viagem continua — Jesus cura
a dez leprosos1 Samaria 17:11-19
Discurso sobre o Reino de Deus Galiléia 17:20-37
Parábolas: Galiléia
A viúva importuna2 18:1-8
0 fariseu e o publicano1 18:9-14
Atravessa o Jordão para a
Peréia 9:1-2 10:1
Os fariseus tentam a Jesus' Peréia 19:3-12 10:2-12
Abençoa as criancinhas' Peréia 19:13-15 10:13-16 18:15-17
0 mancebo rico pergunta a
respeito da vida eterna' Peréia 19:16-30 10:17-31 18:18-30
Parábola dos trabalhadores na
vinha Peréia 20:1-16
Vai adiante dos Doze para
Jerusalém Peréia 20:17-19 10:32-34 18:31-34 Betânia, am biente de M aria e Marta.
Ambições de João e Tiago Peréia 20:20-28 10:35-45
Cura do cego Bartimeu (perto
de Jericó) 20:29-34 10:46-52 18:35-43
Jesus fica com Zaqueu, o
publicano Jericó 19:1-10
Parábola das dez minas Jericó 19:11-27
Continua em direção a 19:28
Jerusalém
Muitos o procuram Jerusalém 11:55-57
SETEMBRO DE 1975
27
A questão dos saduceus
referente ao casamento depois
da ressurreição 22:23-33 12:18-27 20:27-40
Perguntas do doutor da lei a
respeito do grande mandamento 22:34-40 12:28-34
Jesus pergunta aos fariseus
a respeito de Cristo 22:41-46 12:35-37 20:41-44
28
Partilha das roupas pelos 23:34
soldados
Zombaria e escárnio dos 27:35-36 15:24 23:34 19:23-24
principais
Declarações posteriores na cruz 27:39-44 15:29-32 23:35-37
23:39-43 19:25-27
A escuridão cobre a terra 27:45 15:33 23:44-45
Últimas declarações na cruz 27:46-47 15:34-35
Jesus morre 27:48-50 15:36-37 23:46 19:28-30
Testemunho do centurião 27:51-56 15:38-41 23:45,
47-49
Aparições subseqüentes às do
primeiro dia da semana.
SETEMBRO DE 1975 29
rigoroso. Em 37 A.C., ele estabe Ituréia, Traconites, Batanéia, Gau-
Uma leceu firmemente a dinastia hero-
diana em Jerusalém, assassinando
lanites e Auranites. Seu reinado,
até 34 A. D., foi pacífico e justo.
Q
do matar o Messias, ordenou a legislador da Galiléia e Peréia, as
lém da Judéia, a Palestina
morte de todas as crianças abaixo quais governou até ser exilado por
era parte do Império Roma
de dois anos de idade, nas circun- Roma, em 38 A. D. Por ter Jesus
no. De acordo com as práti
vizinhanças de Belém. passado a maior parte de sua vida
cas dos romanos, era permitido aos
Com a morte de Herodes, o e ministério na área da Galiléia,
líderes locais conservarem seus
Grande, seu reino foi dividido entre Herodes Antipas é o governador
títulos desde que mantivessem a
três de seus filhos; foram rebaixa mais mencionado na história do
paz e prestassem obediência a
dos de reis para governadores por Novo Testamento. Constando ter
Roma.
ordem de Roma. sido chamado de “raposa”, por
Antipater (ou Antipas), filho do
Jesus, Antipas governou em sagaz
rei da Iduméia, havia abraçado o Arquelau recebeu a Judéia, in
e íntima aliança com Roma. Foi
judaismo, embora não fosse israeli cluindo Samaria e Iduméia — a
censurado por João Batista devido
ta. Tendo conseguido os favores de porção prêmio. Era um soberano
a seu casamento incestuoso com a
Roma foi nomeado governador da cruel, tão temido que depois de
esposa do irmão, Herodias. Ela
Judéia por Júlio César, em 47 A. C. Maria e José terem voltado da fuga conseguiu que João fosse deca
Imediatamente dividiu seu poder para o Egito não retornaram a Be pitado. Amigo íntimo do impera
entre seus quatro filhos, e Herodes lém mas estabeleceram-se em Na
dor romano Tibério, deixou de ter
recebeu a Galiléia. zaré. Pelo ano de 6 A. D., Arque
essas regalias com Calígula e foi
Perto do ano 40 A.C. Herodes lau foi deposto por Roma e exila
banido.
havia demonstrado sua habilidade do. A Judéia passou então para o
em abafar as revoltas, e o Senado governo direto de um romano, Talvez um estudo dos seguintes
Romano tornou-o rei da Judéia. O sendo Pôncio Pilatos o governador gráficos e mapas que tratam de
reinado de Herodes I (ou Herodes, na época da crucificação de Cristo. Cristo e do mundo em que viveu
o Grande) foi marcado por derra Herodes Filipe, outro filho de nos forneçam uma compreensão
mamento de sangue e governo Herodes, o Grande, recebeu a melhor do Salvador.
30 A LIAHONA
MPERADORES (CÉSARES)
DO IMPÉRIO ROMANO < AUGUSTO (27 A.C. ■ 14 A.D. TIBÉRIO (14 - 37 A.D.)
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Períodos da vida de
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DE NOSSO SENHOR^ O- ■UJ
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SETEMBRO DE 1975 31
O espírito da obra missionária é sempre alegre, obediente e respon
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evidente na vida e personalidade sável.”
do Élder Bernard P. Brockbank. A O desejo de Élder Brockbank de
maior parte de sua vida tem sido ser bem sucedido em todas as res
n
dedicada à difusão do Evangelho. ponsabilidades que recebe é basea
Quando ele fala, é com entusiasmo do na fé no Senhor. Ele acha que,
n ■mk.
e convicção de alguém que ama o
trabalho do Senhor e quer parti
se uma tarefa for digna, o Senhor
fornecerá os meios para que ela
Y1
lhá-lo com seu próximo. tenha sucesso.
Presidiu a três missões na Grã- Serviu em muitas posições de
Bretanha. Em 1960, tornou-se pre responsabilidade na Igreja, incluin
sidente da Missão Britânica-Norte. do as de bispo, sumo-conselheiro
Élder Bernard P. Brockbank Quando esta foi dividida, em de da estaca e presidente da estaca.
zembro de 1960, tornou-se presi Foi também oficial e professor nas
evido ao seu rápido cresci dente da nova Missão Escócia- organizações para jovens da Igreja.
32 A LIAHONA
James E. Faust:
Homem de Fé
Por Jack E. Jarrard
ames E. Faust, Assistente dos Do posa são orientadas p ara a família, e nos m andasse nossa parte do di
J
alguma.
ze, é descrito pelos colegas de
profissão e da Igreja como um
homem de fé, um líder com
preensivo e bondoso e um a pes
soa que nunca transigiu, por razão
estando entre elas esquiar e outros
esportes.
Élder Faust rapidam ente indicou que,
além de um a esposa e mãe exemplar,
a Sra. Faust tem tam bém trabalhado
ativam ente na Igreja. No mom ento,
nheiro.
“O dinheiro não chegou, e quase
fiquei com vontade de denunciar o ho
mem à Associação dos Advogados do
Texas. Então, pensei: “Belo bispo vo
cê é. O re com relação ao assunto.
Calmo e m odesto, Élder Faust é des ela é presidente da Sociedade de So Apresente-o ao Senhor, e depois tome
crito como um “bom o uvinte”, que dá corro de sua estaca e serviu como pre providências.”
toda atenção àquele com quem está sidente da Sociedade de Socorro da “Alguns dias depois, recebi um a car
falando. ala. ta por via aérea desse homem, com
“Ele pode selecionar o m érito das “A Igreja é nossa vida. Aceitamos um cheque e um a explicação. Ele ha
idéias de um a pessoa, a despeito do sem pre os cham ados que recebemos, via estado seriam ente doente e hospi
fato de que possa haver deficiências pois ambos sabemos que esta é a talizado, não tendo tido tem po para
pessoais naquele indivíduo em p arti Igreja do S enhor”, acrescentou Élder fazer nada quanto ao dinheiro, até que
cular”, disse um colega. A crescentou Faust. o m andou pelo correio. Se eu hou
que Élder Faust é suficientem ente hu Estava com apenas 17 anos, quando vesse prosseguido e feito o que dese
milde para modelar-se de acordo com o foi cham ado para servir como superin jara fazer inicialm ente, poderia ter
exemplo de outra pessoa, ou desejar tendente da Escola D ominical de sua causado algum problem a a este ho
progredir aplicando a idéia de outra ala, e com 28, quando ordenado como m em ”, disse Élder Faust.
pessoa, se esta idéia for boa. o bispo da ala. Com 35 anos, foi cha Sua habilidade de previsão é tam
Foi advogado durante 22 anos, antes mado para servir como presidente da bém dem onstrada em um a providência
de seu cham ado para ser Assistente dos estaca. que tom ou, quando era presidente da
Doze. "Acho que o fato de eu ter sempre Estaca de C ottonwood, em 1956.
Ele mesmo adm ite ser mais orientado sido ativo e servido em várias posi N aquela ocasião, Élder Faust, como
pelas pessoas do que pelos program as. ções como um jovem, é um a das ra presidente da estaca, com prou 10 ter
“É esta a razão de ser da Igreja — zões por que gosto de envolver os jo renos para capelas dentro da área da
ajudar as pessoas. Ájudá-las a encon vens no trabalho. estaca, sabendo que a Igreja cresce
trar-se a si mesmas, a seus objetivos “Descobri que, se um a posição for ria. Desde aquela época, foram cons
e o seu caminho de volta ao seu Pai dada aos jovens, eles a desem penha truídas a m aioria das capelas, e exis
nos céus. rão. Se eles estiverem envolvidos e tem, na área, quatro estacas.
“Se as pessoas forem ensinadas da funcionando, ser-lhes-á fácil resistir às O trabalho da Igreja é o seu grande
m aneira correta, poderão enfrentar m uitas tentações deste m u n d o ”, disse amor.
qualquer situação. É exatam ente como Élder Faust. “Cada um de meus chamados tem
disse o Profeta Joseph Smith: “Ensi “M inha fam ília sem pre foi dedicada sido diferente. Creio que aqueles que
no-lhes princípios corretos, e eles go- e religiosa, servindo a Igreja em m ui recebi p ara trabalhar com o Sacerdó
vernam-se a si mesm os”. tas posições. M inha mãe é, como sem cio Aarônico-Jovens foram os mais
“Esta é um a Igreja que cresce e, pre tem sido, um a m ulher devotada agradáveis.
cada vez mais serão necessários líde que ama ao Senhor e à sua Igreja”,
“H á problem as diferentes em cada
res. Essas pessoas serão fortalecidas explicou Élder Faust.
um dos chamados. E cada um deles faz
ao receberem responsabilidades”, disse Élder Faust é um grande crente na
com que a pessoa se desenvolva. Apre
Élder Faust. premissa de que para uma pessoa ser
ciei cada um dos cham ados que já re
Acrescentou que gosta das pessoas e um bom santo dos últim os dias, tem
cebi, e sei que m inha esposa se sente
aprecia m uito estar entre elas. Espe que sê-lo sete dias por semana, não
da mesma form a. Temos apreciado
cialmente entre os jovens. apenas aos domingos.
cada m inuto destes quatro anos em
“Q uando era presidente da estaca, “Só para ilustrar: A prendi, há al
que fui R epresentante Regional dos
compramos um lote de terra — aproxi guns anos, um a boa lição, quando era
D oze”, disse ele.
m adam ente 375 acres — com propósi um bispo. A prendi como precisamos
tos recreativos. Era para uso da estaca, deixar que este sentim ento de am or ao Em seu atual cham ado como Assis
e sabendo que seria usado principal Mestre e ao Evangelho entre em nossa tente dos Doze, disse Élder Faust:
m ente pelos jovens, designamos cada vida profissional. “Não posso deixar de refletir seguida
jovem a que levantasse a quantia ne “Eu havia recebido um a designa m ente a respeito desse cham ado, e de
cessária para um acre desse terreno, e ção em meu escritório e havia term i perguntar: ‘Por que eu ?’ Conheço
eles o levantaram ”, lembra-se Élder nado alguns processos. T rabalhava no m uitos homens de grande fé e capaci
Faust. caso com um advogado do Texas. A dade que poderiam servir neste cargo,
Este amor aos jovens é dem onstrado firm a recebeu um cheque e eu o en e ainda pergunto: ‘Por que eu ?’ ”
em sua vida fam iliar. As preferências dossei, enviando-o ao advogado do Te “Não me sinto simplesmente hum il
recreativas de Élder Faust e sua es- xas para que ele endossasse, recebesse de, sinto-me am edrontado. Necessita
SETEMBRO DE 1975 33
rei de ajuda, especialm ente do Senhor, de 1939 a 1942 e, ao voltar da mis de 1943, no Templo do Lago Salgado.
ou não terei capacidade.” são, ingressou na Força Aérea. O casal tem cinco filhos — três rapa
“Tenho um a grande fam ília e um a Esteve na Escola de C andidatos a zes e duas moças, e um a neta que
boa esposa que me apoiará nesta p ar Oficiais em Miami Beach, Flórida, tem sete meses de idade.
te do meu trabalho. Da mesma forma onde recebeu sua prom oção cottio se “Q uando term inou a guerra, tínha
como sempre me sustentaram e apoia gundo tenente, freqüentando, então, a mos este lote de terreno e construím os
ram em meu trab alh o ”, disse ele. Escola de Inteligência A érea em Har- a casa em que moramos agora”, disse
Élder Faust nasceu em D elta, Utah, risburg, Pennsylvania e a Escola de Élder Faust. Ele m orou na área de
em 31 de julho de 1920, filho de Geor- Táticas Aplicadas em O rlando, Fló C ottonw ood do Condado do Lago Sal
ge A. e Amy Finlinson Faust. Seu pai rida. gado a m aior p arte de sua vida.
era um dos mais respeitados juristas D urante a Segunda G uerra M undial, Pouco depois de formar-se em direi
em U tah e serviu como juiz distrital serviu como oficial da inteligência, to pela Universidade de Utah, em 1948,
durante muitos anos. com seu conhecim ento tanto do p ortu Élder Faust candidatou-se, e foi eleito,
Élder Faust formou-se em advocacia guês como do alemão ajudando-o con deputado estadual por Utah.
na Universidade de U tah e tam bém se sideravelm ente. Tem sido ativo em sua profissão,
destacou ali como corretor. Casou-se com R uth W right, da Ci procurando sem pre servir bem e aper-
Serviu como m issionário no Brasil dade do Lago Salgado, em 21 de abril peiçoá-la.
34 A LIAHONA
do Élder Hunter foram dedicados expectativas, e o treinamento que
ao Livro de Mórmon. Ele tirou você recebeu, possam realizar-se.
muitas fotografias de descobertas
arqueológicas e tinha uma impor Mas o Élder Hunter dedicou-se
tante coleção particular de objetos à Igreja e foi enquanto lecionava
de arte do México, da América no Instituto SUD de Logan que
Central e do Sul. Élder Hunter foi chamado como Autoridade Ge
doou sua coleção de fotografias e ral, em abril de 1945.
objetos de artesanato à Igreja, es
perando que sua contribuição pos Enquanto a família morava em
sa ajudar outras pessoas a conhe Logan, o Élder e a Irmã Hunter
cerem a evidência histórica e construíram sua própria casa, mos
arqueológica da veracidade do Li trando o talento de Élder Hunter
vro de Mórmon. para o trabalho pesado e o uso de
ferramentas. Um artigo na Impro-
vement Era conta sobre esses anos:
Élder Hunter, o oitavo de onze
filhos e filhas, nasceu de John “Em Logan, a família mora nu
Edward e Margaret Teeples Hun ma casa que eles próprios cons
ter, em Holden, Utah, em 25 de truíram. O Irmão Hunter foi seu
outubro de 1902. Freqüentou es próprio empreiteiro, mestre de
colas públicas em sua cidade na obras e carpinteiro-chefe. Eu sem
tal, depois matriculou-se no Colé pre me maravilhei como um tran
gio Brigham Young em Provo, e qüilo casal podia criar seus filhos,
Élder Milton Reed Hunter mais tarde na Universidade de Bri passar as noites de quinta, sexta e
gham Young, onde recebeu o grau sábado no instituto, fazer mais tra
de bacharel em 1929 e o de mes balho regular da Igreja na Ala No
trado em 1931. Foi para a Uni ve de Logan e na Estaca Cache do
versidade da Califórnia, em Berke- que as pessoas com horas de tra
ley, onde recebeu o seu grau de balho regulares, e ainda produzir
doutor em Filosofia, em 1935. Ca e publicar livros escolares.
sou-se com Ferne Gardner, de
O Élder Milton Red Hunter, Léhi, Utah, em 30 de julho de
membro do Primeiro Conselho dos No seu funeral, realizado em 30
1931, no Templo de Logan. No de junho de 1975, na Sala de
Setenta durante 30 anos, morreu funeral do Élder Hunter, o Presi
de insuficiência cardíaca e renal a Assembléia, na Praça do Templo,
dente Spencer W. Kimball afirmou: o Élder S. Dilworth Young encer
25 de junho de 1975, em Salt La- Seu Centro da vida foi sua com
ke City com a idade de 72 anos. rou suas observações com um tes
panheira e adjutora, Ferne, e seus temunho conjunto, por ele próprio
Ele já andava com a saúde precá seis maravilhosos filhos.
ria nos últimos anos. e pelo Élder Hunter: “Durante
trinta anos, fomos irmãos, Élder
Antes de seu chamado para ser Ele teve de escolher entre servir Hunter e eu, no Primeiro Conse
uma Autoridade Geral da Igreja à Igreja e servir ao mundo, o que lho dos Setenta. Embora eu saiba
em 1945, o Élder Hunter havia le lhe poderia ter trazido fama e for que Deus é nosso Pai, ele o sabia
cionado em escolas em Utah, Ne tuna. O chefe do departamento de melhor que eu. Embora eu sou
História de uma universidade de besse que o Senhor Jesus Cristo é
vada e Wyoming durante 17 anos.
prestígio ofereceu-lhe um emprego meu Redentor, ainda ele o sabia —
Foi um escritor prolífico, tendo
como professor, mas o Élder Hun eu acredito com maior intensidade.
sido autor de 23 livros, principal
ter escolheu, ao invés disso, lecio Ele foi inteiramente fiel aos pro
mente sobre assuntos religiosos e
nar no Instituo SUD, em Logan, fetas sob os quais serviu. E sabia
históricos e de inúmeros artigos,
Utah. Depois de ouvir a recusa e prestava testemunho. . . de que
revistas e jornais. Entre os seus
do Élder Hunter, o chefe do de o Presidente Kimball é um profeta
trabalhos mais conhecidos, está
partamento de História disse: do Senhor” .
“The Gospel Throug the Ages”,
que as Autoridades Gerais lhe pe A perda do Élder Hunter, autor,
diram que escrevesse. Esse livro Hunter, não deixarei que você professor, erudito e missionário,
foi o manual do Sacerdócio de jogue fora sua carreira num peque foi intensamente sentida pelos seus
Melquisedeque para 1946, onde é no seminário Mórmon em Utah. colegas entre as Autoridades Ge
revista a história do Evangelho Você tem predicados para ser um rais, assim como na Igreja e no
desde o tempo em que foi ensinado dos grandes historiadores da Amé campo da educação. Ele deixa um
a Adão e Eva até o presente. rica. Não empenhei esses anos grande acervo de trabalhos e arti
passados para que você desperdice gos valiosos, mas, o que é mais
Embora sua responsabilidade pri esse treinamento em vão. Se vo importante, deixa também o seu
meira tenha sido na área do tra cê mudar de idéia, nós lhe garan testemunho da veracidade do
balho missionário, os últimos anos timos um lugar adequado onde as Evangelho.