Você está na página 1de 40

Pág. 7 Pág. 11 Pág. 20 Pág.

24

iW • 29/1 | janeiro 1976

L ia h o n a
A PRIMEIRA PRESIDÊNCIA 1 A MENSAGEM, APENAS HOJE
Spencer W. Kimball Presidente N. Eldon T anner
N. Eldon T anner
M arion G. Romney 3 DAVEY MÃOS LIGEIRAS
E tta Lynch
CONSELHO DOS DOZE 7 TO DA PRIMEIRA QUARTA-FEIRA
Ezra T aft Benson
M ark E. Petersen 11 VALE A PENA ESPERAR . .
D elbert L. Stapley J. M. Heslop
L eG rand Richards
H ugh B. Brown 13 OS COMERCIANTES
H ow ard W. H unter
G ordon B. Hinckley
14 CORRA PARA ENCONTRAR O SOL
Thom as S. Monson Colleen H elquist
Boyd K. Packer 16 SÓ PARA DIVERTIR
M arvin J. Ashton
Bruce R. McConkie 18 DE UM AM IGO PARA OUTRO
L. Tom Perry
20 TESTE SOBRE OS TEMPLOS MÓRMONS
COMITÊ DE SUPERVISÃO
V icki H . Budge
R obert D. Hales 21 AQUELES PÊS SOBRE A M ONTANHA SÃO MEUS?
O. Leslie Stone D erek Dixon
Neal A. Maxwell
John E. Carr 24 TRABALHADORES FIÉIS
Doyle L. Green Loren C. D unn
Dean L. Larsen
D aniel H. Ludlow 27 PERGUNTAS E RESPOSTAS
Verl F. Scott John E. C arr, Dr. Paul R. Cheesm an
30 ESTACAS EM SÃO PAULO REALIZAM SUAS CONFERÊNCIAS
EXECUTIVO DO INTERNATIONAL
MAGAZINE TRIMESTRAIS
Larry H iller, E ditor G erente José G laiton F. da Silva
Carol Larsen, E ditor Associado
Roger Gylling, Designer 32 PERFIL DE UM LÍDER
José B. Puerta
EXECUTIVO DA “A LIAHONA” 35 O RG A NIZA DO O PRIMEIRO QUORUM DOS SETENTAS
José B. Puerta, E ditor Responsável
José G. F. da Silva, Editor N acional

REGISTRO: Está assentado no cadastro da D IV ISÃ O DE CENSURA DE D IVERSÕES PÜBLICAS, do D.P.F., sob o n.° 1151-P
209/73 de acordo com as norm as em vigor.
SUBSCRIÇÕES: Toda a correspondência sobre assinaturas deverá ser endereçada ao Departamento de Assinaturas, Caixa Postal
19079, São Paulo, SP. Preço da assinatura anual p ara o Brasil: Cr$ 20,00; p ara o exterior, simples: US$ 5,00; aérea: US$ 10,00.
Preço do exem plar avulso em nossa agência: Cr$ 2,00; exem plar atrasado: Cr$ 2,50. As m udanças de endereço devem ser
comunicadas indicando-se o antigo e o novo endereço.
A LIAHONA — © 1976 pela Corporação da Presidência de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ültimos Dias. Todos os
direitos reservados. Edição brasileira do “ International M agazine” de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ültimos Dias,
acha-se registrada sob o núm ero 93 do livro B, n.° 1, de M atrículas e O ficinas Im pressoras de Jornais e Periódicos, conforme o
D ecreto n.° 4857 de 9-11-1930. “ International M agazine” é publicado, sob outros títulos, tam bém em alemão, chinês, coreano,
dinam arquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, inglês, italiano, japonês, norueguês, sam oano, sueco, italiano e tonganês.
Composta pela Linotipadora Cacique Ltda., R. Abolição, 201, telefone 32-7743. Im pressa pela E ditora G ráfica Lopes, R. Peri-
bebuí n.° 331, telefone 276-8222, São Paulo, SP. Devido à orientação seguida por esta revista, reservamo-nos o direito de
publicar som ente os artigos solicitados pela redação. N ão obstante, serão bem-vindas todas as colaborações para apreciação
da redação e da equipe internacional do “ International M agazine”. Colaborações espontâneas e matérias dos correspondentes
estarão sujeitas a adaptações editoriais.
A M ENSAGEM
A idéia de nunca mais fum ar Estas palavras, de um poema
outro cigarro ou tom ar outra xí­ m uito conhecido, resum em o que
cara de café em toda a sua vida, é a vida. Nascem os, vivemos e
acabrunhou-a. Um dos m issioná­ m orrem os; e com que propósito?
rios lhe disse que tentasse apenas Nosso conhecim ento e com preen­
um dia, e depois, apenas mais são do m otivo de nossa existên­
um dia. cia, e de qual será nosso destino
eterno, devem ajudar-nos a deter­
que hoje é o seu últim o m inar como viver, e como distin­
dia na terra, guir e lu tar pelas coisas realm ente
O últim o quilôm etro da sua im portantes da vida.
jornada; Este é o começo de um novo
D epois de todas as suas lutas, ano, e cada um de nós bem pode
quanto é que você vale? dizer a si mesmo: “ Hoje é o pri­
Q uan to é que pode levar com m eiro dia do resto da m inha vida.
você, para D eus? V ou com eçar agora a me prepa­
A nônim o rar para a vida eterna, a fim de
que possa conhecer a plenitude da
alegria e da felicidade, agora e
para sem pre.” A final de contas,

Apenas isto é, realm ente, o que cada um


de nós deseja, e é im portantíssi­
mo que nos ocupem os em desco­
b rir como consegui-lo, e que co­
mecemos agora a lu tar por isso,
dia após dia.
Para alcançarm os isso, precisa­
Presidente N. Eldon Tanner mos estudar, aprender e aum entar
1." Conselheiro da Primeira Presidência
nosso conhecim ento e compreen-
Ilustrado por Ted H enninger s ã o d o E vangelho. E então, apli-
cárido fi^jjue aprendem os, dia após
dia, e to all> fis dias, teremos um
aum ento de^Ce*^; de testem unho,
que é tão necesSSHo, não só para
a nossa salvação, mas para in-
4'
fluenciarm os a vida daqueles a cum prir, freqüentando nossas reu­ dia de acordo com os ensinam en­
quem am am os, daqueles com quem niões e fortalecendo uns aos outros tos do Salvador, e que cum priu o
desejamos re p a rtir nossa felicidade através de nossa fé e de nosso trabalho a ela designado.
e nossas bênçãos. testem unho. E assim chegamos ao início de
Lembre-se sem pre de que o Como nos conservarm os no ca­ m ais um ano, o prim eiro dia do
Evangelho tem p o r objetivo ensi­ m inho certo, que nos dirige à rea­ resto de nossas vidas. Com disci­
n ar com o devemos conduzir-nos, lização de nossos objetivos e even­ plina e determ inação, vamos fa­
p ara o benefício de nossos assun­ tual vida eterna? Som ente através zer deste um bom ano, com uma
tos espirituais e tem porais. N ão é da autodisciplina e do arrependi­ vida satisfatória não só para nós,
suficiente freqüentar a Igreja, p a r­ m ento diário dos velhos hábitos mas para nossas fam ílias e vizi­
ticipar do sacram ento, tom ar p a r­ ou fraquezas, que nos im pedirão nhos. É bom com eçar cada novo
te em discussões religiosas, p ara de alcançar o potencial e o des­ dia com resoluções como as que
depois nos m ostrarm os surdos às tino que Deus nos proporcionou. seguem, ou com outras de sua pró­
necessidades de nossas fam ílias, Sabemos que precisam os lu tar pria escolha:
de nossos vizinhos ou de nossas constantem ente para o b ter q u al­ APENAS H O JE
com unidades, ou ainda, ser deso­ qu er coisa valiosa nesta vida. A n­ Buscarei meu Pai Celestial em fer­
nestos ou inescrupulosos em nosso tes de p articipar de um torneio de vorosa oração.
procedim ento p ara com eles. golfe, o jogador treina, hora após D arei ouvidos às sugestões do Es­
hora, um a tacada simples. pírito para me guiar.
Nem tam pouco é suficiente ser Expressarei m eu am or a Deus e
um bom e honrado cidadão, con­ M úsicos, artistas, oradores pú­
blicos — todos devem trab alh ar e a seu filho, Jesus C risto, em
trib u ir p ara instituições de cari­ oração, e mostrarei m eu am or
dade, servir em com itês m unici­ p raticar para se tornarem com pe­
tentes. Q uão m ais im portante é a eles, ajudando m eu próxim o.
pais, e, de um a form a geral, viver Estudarei e esforçar-me-ei para
um a boa vida cristã. E m bora lou­ p ara nós, prepararm o-nos para fa­
zer o trabalho de nosso Pai Celes­ com preender m elhor o Evan­
vável, isso não é suficiente p ara gelho.
q u alificar um a pessoa p ara a ple­ tial, que nos colocou aqui para
um sábio e glorioso propósito. Buscarei prim eiro o reino de Deus
nitude da alegria e p ara a vida e a sua justiça.
eterna, que nosso Pai Celestial Refletindo sobre o valor da re­
O uvirei e seguirei os conselhos do
prom eteu àqueles que o am am e solução de m elhorar, decidam os
profeta de Deus.
guardam os seus m andam entos. usar de um a autodisciplina, no
G uardarei os convênios e m anda­
sentido de selecionar cuidadosa­
Recordam os aqui o registro es- m entos.
m ente as resoluções futuras, con­ E nsinarei o Evangelho a alguém,
criturístico de um hom em que
siderar nosso propósito ao tomá- seja por preceito ou por exem­
perguntou ao Salvador:
las, e, finalm ente nos com prom e­ plo.
“ Bom M estre, que bem farei, term os a cum pri-las, sem perm itir
p ara conseguir a vida eterna? O bedecerei aos padrões da Igreja.
que qualquer obstáculo nos d ete ­ E xpressarei, através de palavras e
E ele disse-lhe: . . . S e queres, nha. Vamo-nos lem brar, no início
porém , e n tra r na vida, guarda os ações, m eu am or a m inha fa­
de cada dia, de que podem os cum ­ mília.
m andam entos.” (M at. 19:16-17.) p rir um a resolução, apenas n a­ Serei honesto em todas as m inhas
As E scrituras dizem , m uitas e quele dia. Fazendo assim, torna- transações.
m uitas vezes, o que são os m an­ se cada vez m ais fácil, até que Preparar-m e-ei para as tarefas que
dam entos, e que um requisito para se transform a num hábito. me foram designadas.
a vida eterna, ou p ara viver com Conheci um a jovem a quem foi Praticarei um ato de bondade para
D eus, é o batism o pela autoridade ensinado o Evangelho, e que de­ alguém.
apropriada, na sua Igreja e reino. sejava ser batizada, mas que tinha Expressarei meu reconhecim ento e
Q uando somos batizados, e nos problem as para seguir a Palavra gratidão por todas as bênçãos.
tornam os m em bros da verdadeira de Sabedoria. Ela fum ava e tom a­ Serei leal onde devo ser leal.
Igreja, aceitam os as responsabili­ va café, e a idéia de nunca m ais Finalm ente, nada podemos fazer
dades dessa associação. fum ar outro cigarro, ou tom ar de m elhor do que seguir as reso­
Somos adm oestados a aprender o u tra xícara de café em toda a sua luções encontradas na 13.a Regra
nossa obrigação e agir no ofício vida, acabrunhava-a. Um dos m is­ de Fé: “ Cremos em ser honestos,
para o qual somos designados, e sionários incentivou-a a tentar ape­ verdadeiros, castos, benevolentes,
se não o fizerm os, não seremos nas um dia, e depois, apenas m ais virtuosos, e em fazer o bem a
considerados dignos de perm ane­ um dia. Ela descobriu que, fazen­ todos os hom ens; na realidade,
cer. (Veja D& C 107:99-100.) do-o um dia de cada vez, ela con­ podem os dizer que seguimos a
Se fom os cham ados ap ro p riad a­ seguia, e logo foi batizada. O mes­ adm oestação de Paulo — Cremos
m ente p ara um cargo na Igreja, mo m étodo pode ser aplicado na em todas as coisas e confiam os em
nossos deveres nos foram explica­ substituição de um m au hábito por todas as coisas, temos suportado
dos pela autoridade que nos cha­ um bom. m uitas coisas e confiam os na ca­
mou. Se não possuím os um a p o ­ A m aior bênção que um a pessoa pacidade de tudo suportar. Se
sição de liderança, somos igual­ pode gozar nesta vida, é estar à houver qualquer coisa virtuosa,
m ente im portantes como m em bros noite com um a consciência tran ­ am ável, ou louvável, nós a pro­
leigos, e ainda temos um dever a qüila, sabendo que viveu aquele curarem os.”
2 A L IA H O N A
D A VEY
O S LIGEIRAS
Etta Lynch

David Mãos Ligeiras, de dezenove terra, e eu sujo de graxa. Vou cor­ tos que esperem um pouco para me
anos, e sua fam ília, viviam a vinte rendo lavar-m e.” levar.
quilômetros de N orm an, em Oklaho-
ma. Davey, um índio Comanche, estava “N ão !” Os dedos do avô agarraram Os dois sorriram , e então o velho
trabalhando no m otor de seu velho o braço de D avid com mais força que ficou sério. “O que é que sua namo­
carro. O portão da horta abriu-se atrás se esperaria de um homem da sua rada sente a respeito de suas mãos
dele, e seu avô aproximou-se. O scar idade. "N ão deixe o irmão mais velho cheias de graxa?”
Mãos Ligeiras, seu avó, havia vivido de seu pai fazer você correr e se es­
muitos anos no m undo dos brancos. conder.” “Ela quer que eu faça aquilo que
No entanto, ainda falava Comanche. me deixa feliz”, respondeu D avid, con­
“Você tam bém se esconde, vovô”, fiantem ente.
A inda usava seus cabelos grisalhos até
disse David. “Q uando o tio Fred nos
os ombros. Calçava tam bém mocas­
vem visitar, você fica aqui fora no
sins franjados. Ocasionalm ente, seus fi­ “Então é preciso achar um papel
jardim , não lá dentro com ele. E ele
lhos o obrigavam a usar um terno, mas na vida para você, um papel que faça
é seu filho.”
seus sapatos de couro preto nunca você e Jennie Pulo Comprido felizes,
tinham sido calçados. “O que você diz é verdade, jovem. um papel que seu pai e sua mãe irão
Mas eu sou velho. Você é jovem. De com preender.”
Um autom óvel saiu da estrada, en­
trando pelo caminho que levava à casa qualquer form a, você precisa encaixar-
-se no m undo deles. Talvez não como “ Im possível”, disse David tristem en­
dos Mãos Ligeiras. “Vovô, temos pro­ te. “Você já ouviu como eles me amo­
o seu irm ão, Johnny, mas de alguma
blemas. É o tio F red .” lam a respeito da m inha ida para a
forma. Para mim é m uito tard e.”
É mesmo. Mas problemas por quê? faculdade. Você sabe como eu tive
Tinham os com binado que Fred viria “Você só tem 71 anos, vovô; pre­ que dar duro p ara term inar o secun­
buscar-nos para a festa de form atura.” cisa ficar por aqui até que Jennie e eu dário. Eu não term inaria nem o pri­
nos casemos e lhe demos um bisneto. meiro ano da faculdade. Mas os pais
D avid deu um a olhadela no relógio. de Jennie querem que ela se case com
“Está adiantado duas horas. Você sabe O velho sorriu. “ Por Jennie Pulo alguém que tenha diplom a universi­
a reação dele, quando vê você cavando C om prido, talvez eu peça aos espíri­ tário !”

J A N E IR O DE 1976 3
O velho cam inhou vagarosamente “Ele é útil. Ele planta alim entos.” “D avey!” Jennie chegou!"
até a cadeira de encosto reto, sob a
“Mas ele não ganha dinheiro.” Apesar do seu hum or som brio, Da­
árvore, e sentou-se. “O nome de nossa
“Se ganhar m uito dinheiro é a me­ vid sorriu antecipando o encontro com
tribo era Ligeiros-com-as-Mãos, meu
dida, acho que nenhum de nós é ú til,” a nam orada, e cam inhou rapidam ente
jovem. Seus antepassados m ataram bú­
disse D avid teimosamente. para a casa.
falos e fizeram flechas mais rapida­
m ente do que quaisquer outros guer­ “A questão é esta: Você q u er ser “Jennie está com seu avô,” disse a
reiros. Suas mãos são ainda mais ligei­ como seu pai, que vai fazer o discurso mãe. “ E ela está m uito bonita. Você
ras e seguras do que as deles. Você de form atura na faculdade onde ele se esqueceu de que prom etera ir com
encontrará um jeito.” ensina, ou como seu avô, cavando a ela ? ”
“Espero que você esteja certo.” Da­ terra?” “Não se preocupe, mamãe. Se al­
vid acenou e sorriu para o seu tio Por alguns mom entos David con­ guém pode entender por que eu não
Fred que saía do carro, mas o sorriso trolou sua raiva, e depois disse tran­ quero ir, essa pessoa é Jennie.”
era forçado. D avid zangava-se com qüilam ente: “Posso pensar em coisas Deixando sua mãe perplexa, no ves-
aqueles que o julgavam. V oltou ao seu piores do que plan tar verduras, tio tíbulo, entrou na sala. O avô estava
trabalho no carro, escolheu um a gaxe- F red.” sentado em sua cadeira predileta, com
ta na pilha desordenada de peças usa­
Davey, Fred tem razão”, disse seu as mãos cruzadas entre os joelhos,
das. Sua família constantem ente recla- Jennie estava sentada no sofá, usando
, mava de feiura daquela pilha. pai. "Você quer passar o resto de sua
vida tirando graxa das suas unhas? um lindo vestido am arelo. Fez David
De repente, seu pai apareceu à por­ O lhe para as suas mãos. Devemos es­ lembrar-se de um a m argarida amarela.
ta. “D avey!”, chamou. “Q uer fazer o tar na universidade dentro de pouco D ando um a olhadela no relógio, em
favor de vir aq u i?” tem po, e não há m aneira de você tor­ seu esbelto braço moreno, ela espan­
“C laro.” David andou rapidam ente n ar suas mãos apresentáveis.” tou-se.
em direção a seu pai, dim inuindo o “É m elhor vocês dois se apressarem.
Instintivam ente, D avid encolheu os
passo ao aproximar-se dele. “O que Eles não podem começar sem a família
dedos, escondendo as unhas. “ Essa é
você q uer?” Mãos Ligeiras.”
um a form a suave de dizer que tem
“Venha lavar as mãos. Tio Fred quer vergonha de m im !” D avid suspirou profundam ente, e
falar com você.” disse-lhe: “Eu não vou.”
“Eu não disse isso!” protestou o pai.
D avid hesitou. “Não posso lavar-me “ Isso é loucura!" Jennie levantou-se
depois de term inar o trabalho no meu “Você não precisa dizê-lo, papai.”
David olhou de seu pai para sua mãe, rapidam ente. “Seu pai é o o rad o r!”
carro ?”
depois olhou para seu irmão Johnny, “N ão se preocupe. Estou fazendo
Seu pai olhou para as suas mãos que exam inava suas próprias unhas um favor a ele.”
sujas e ficou carrancudo. “Eu acho im aculadas. Todos estvam contra ele.
m elhor você fazê-lo agora.” “Vocês têm medo de que eu não seja Pela prim eira vez, desde que David
como Johnny. Vocês podem gabar-se entrara na sala, seu avô falou.
David tentou tirar toda aquela gra­
xa preta, e entrou na sala. Seu pai, de seu lugar na faculdade e de seu “Q ual o problem a, jovem ?”
sua mãe e o irm ão Johnny estavam grande futuro, mas têm medo de que
com o tio Fred, mas quando D avid eu chegue a ser apenas um trabalha­ “Eles têm vergonha de mim, como
entrou, pararam de falar, D avid falou dor comum . E estão envergonhados.” os pais de Jennie, porque eu prefiro
com o tio, desajeitadam ente: — “Co­ consertar um carro do que ir para a
Im ediatam ente ele desejou não ter universidade. "D avid deixou-se cair
mo vai, tio F red ?” dito essas palavras. Desejou que al­ num a cadeira próxim a e fixou o es­
O grande Comanche ergueu-se. Ele guém negasse o que ele dissera. Cada paço, som briam ente. “ Jennie, você e
era 15 cm mais alto do que David. um deles olhou p ara alguma outra vovô, vão. Eu já ouvi o discurso de
Seu tem o preto estava impecável. coisa, deixando-o com a sua verdade papai um milhão de vezes, quando ele
“Bem, David, seu pai disse que leva­ e a sua solidão. treinava com a m am ãe.”
ria algum tem po para você se livrar
Sua m ãe levantou-se, com um sor­
de toda aquela graxa.” “N ão é esse o ponto! Toda a sua
riso forçado. “Vamos com er, p ara que
fam ília vai estar junta, e todo mundo
“Sim, senhor, leva”, disse David, eu possa lavar a louça antes de sair.”
vai falar de você, se não estiver no
tenso. “Papai disse que o senhor que­
“Eu não vou.” A nunciou David. seu lugar.”
ria falar comigo.”
“Não v a i!” disse seu pai, chocado. “ Eu não tenho nenhum lugar.”
“É, sobre a faculdade, Davey. Seu
“Você não fala sério!”
pai achou que talvez eu pudesse in­ O avô levantou-se e endireitou os
fluenciar você, um a vez que eu tive “Falo, sim,” disse David, com ênfa­ om bros, que se tinham curvado não
um relativo sucesso. Você sabe, n atu­ se. “Se minhas mãos m anchadas os em­ tanto pela idade, quanto pela derrota.
ralm ente, que sem um diplom a, eu baraçam , não irei, para não envergo­ P or um mom ento viu-se um lampejo
não estaria ganhando um ordenado tão nhá-los.” do jovem guerreiro Comanche, da von­
bom .” tade indom ável que ele tivera outrora.
Sua mãe reprovou-o, gentilmente.
D avid respondeu, na defensiva: “Mas “Davey, não fale assim. N ão foi nossa “Se não há lugar para o meu ne­
nem todo m undo se adapta a uma in ten ção . . . ” to ,” disse majestosamente, “então não
faculdade.” há lugar para m im .” E pegando sua
“Foi, sim, m ãe.” Ele saiu da sala
enxada, atrás da porta, o velho voltou
“ Isso é verdade. Mas você é índio. sem olhar para trás, e encaminhou-se
para a sua horta.
Precisa do benefício de um a educação p ara a horta. Jamais em sua vida se
universitária. O lhe para o seu avô, ca­ sentira tão sozinho. Começou a tra­ Jennie suspirou longa e desespera­
vando terra. Se tivesse estudado, po­ balhar no seu carro. M omentos depois, dam ente. “Agora, veja o que você fez.
deria ainda ser útil aos 71 anos.” sua mãe gritou-lhe da porta: Você sabe quão orgulhoso ele está.

4 A L IA H O N A
porque seu pai vai fazer o discurso sido bom descobrir isso a tempo." Ela capô do carro reluzente, e disse a seu
da form atura. Você sabe o quanto ele saiu zangada, batendo a porta. tio que apertasse o acelerador. Após
deseja ouvi-lo.” verificar vários itens à volta do motor,
Sozinho e sem ação, D avid sentiu-se ergueu um a peça quebrada.
“N ão sei, não.” disse, David, não muito desapontado. De todas as pes­
recuando de sua posição. "Eles o ridi­ soas, ele havia esperado que ela com­ “O que é isso?” perguntou seu pai,
cularizam por causa de sua horta, da preendesse. Depois de algum tempo curioso.
mesma form a que fazem comigo por voltou p ara o quintal, encontrando o
velho à som bra do carvalho, apoiado “Um rotor q u ebrado.”
causa de minhas mãos cheias de
em sua enxada e contem plando o
graxa.” “Você pode consertá-lo?”
passado.
“Você é tão ruim quanto eles, Da­ “Vovô, você deve ir. Não há razão D avid segurou um a risada. “Você
vid Mãos Ligeiras. Você não quer ser para você ficar em casa, só porque eu não conserta um destes. Você o troca.”
visto em público com seu avô quando tive um a briga com meus pais!”
ele está usando seus mocassins e ca­ “Mas como? O nde encontrarem os
misa com anche.” “Eu vou ficar,” suspirou o velho. o u tro ? ”

“Isso é diferente. Eles não o amam. O som de passos interrom peu-os. O


“Vou olhar no meu monte de pe­
Eu, sim .” pai de D avid aproximou-se. “D avid,”
ças.” D avid foi até a garagem e rem e­
começou ele, hesitante, “ O carro de
xeu em dezenas de peças usadas. Fi­
Fred não quer d ar p artid a.”
“Ah, entendi. Q uando você ama al­ nalm ente encontrou um rotor, voltou
guém, você se envergonha de levá-lo a correndo até o carro de seu tio e co­
“Estava funcionando muito bem
algum lugar.” locou-o. Seu tio deu partida e o carro
quando chegou. O que, foi que acon­
“ Isso não é justo.” pegou.
teceu?”
“Você se envergonha, porque ele “O brigado,” o pai de D avid sor­
“Não quer pegar. Nós estamos qua­
lembra as velhas m aneiras dos coman- riu, agradecido. "Você poderia ignorar
se atrasados, e são 20 quilôm etros da­
ches. Bem, isso é pior do que seus pais a estupidez de seu pai e ir para a
qui até a cidade. Você pode dar uma
e os meus terem vergonha de você, cidade no seu carro? Seu avô aprecia­
olhadela?”
por você trabalhar com suas mãos. ria m uito.”
Se esta é a m aneira como você trata O prim eiro im pulso de D avid foi
as pessoas que ama, estou pensando rir. Seu segundo im pulso foi recusar- D avid desejava dizer que iria, mas
se devemos mesmo casar-nos.” -se e deixá-los sofrer. Mas ele repri­ um a teimosia segurou as palavras que
miu ambos, perm itindo apenas que um dim inuiriam o em baraço de seu pai.
“Se você não me com preende me­ sorriso de satisfação aparecesse em seu
lhor do que isso,” gritou D avid, “tal­ rosto, enquanto se levantava. “Vou pe­ “Talvez.” Ele olhou para o m otor
vez seja m elhor, mesmo, nós não nos gar minhas ferram entas.” do carro, não desejando encontrar os
casarm os!” olhos suplicantes de seu pai.
Carregando a caixa de metal das
“Se eu vou ter de ir sozinha a alguns ferram entas, D avid encam inhou-se va­ Novam ente o pai olhou para o reló­
lugares, porque meu m arido deixa que garosam ente para o carro, com seu pai gio. “Precisamos ir. O brigado nova­
os outros o subestimem, talvez tenha e avô seguindo atrás dele. Ele abriu o m ente, filho.”

J A N E IR O D E 1976
D avid e o avô ficaram olhando o ‘‘Use o que quiser. O homem-que- conhecim ento acadêmico, um diploma
carro, até ele desaparecer na estrada. trabalha-com-suas-mãos acaba de encon­ pode ser a resposta. Nós todos aprecia­
Com um sorriso amargo, D avid disse: trar o seu pap el.” mos os eruditos inteligentes que saem
“Eles zom bam de mim por ter graxa Q uarenta m inutos mais tarde, eles das universidades.”
nas mãos. Depois, vêm-me pedir para entraram no auditório da universidade,
consertar seus carros.” onde o presidente estava apresentando David endireitou-se na cadeira. Ele
o pai de David. D urante a onda de nunca ouvira isso, antes.
“Está certo que você fique zanga­ aplausos, D avid levou o avô em di­
do, meu jovem. Sem você, meus filhos- reção aos assentos da últim a fila do “Mas tam bém necessitamos de outros
que-conhecem-muitos-livros ainda esta- auditório. Diversas pessoas olharam pa­ tipos de conhecim ento.” A voz de seu
riam sentados aqui no seu belo carro. ra a camisa franjada, de com anche, do pai era baixa, mas clara. “Nossa ci­
É bom ser convidado para falar a m ui­ velho. David sentiu-se envergonhado. vilização depende de máquinas. Aque­
tas pessoas, num lugar grande e agra­ Era por causa disso que detestava le­ les com diplomas universitários preci­
dável. Mas tam bém é bom saber como var seu avô a qualquer parte. sam de gente para consertar seus en­
chegar a esse lugar.” canam entos, suas geladeiras e seus
Ignorando o discurso que já ouvira carros.”
Alguma coisa melancólica na voz de seu pai ensaiar em casa, David pro­
seu avô sacudiu David. “Você gostaria curou Jennie. Ela estava sentada com David olhou entusiasm ado para o
de ir, não gostaria vovô?” sua família. Do outro lado, na parte seu avô. Isso era maravilhoso!
central, encontrava-se sua mãe, sentada
“ Não é im portante.” entre Johnny e tio Fred. Ao lado de­ “H á beleza e dignidade no trabalho
les, duas cadeiras vazias — para D avid m anual,” continuou seu pai. “Porque
“Mas você gostaria de escutar o dis­ e seu avô. os índios cavaram a terra, nós temos
curso de papai, e ver toda aquela
batatas, tom ates, milho, amendoim,
gente ouvindo-o, não gostaria?” De repente, o avô apontou para o abacates e m uitas outras coisas. E mes­
palco. D avid olhou para ele inexpres- mo assim, se as unhas de um homem
O velho hesitou. “ Eu posso imagi­
sivamente, e então voltou sua atenção estão quebradas e cheias de graxa, o
ná-los,” disse finalm ente.
rapidam ente para o pai. m undo acadêm ico o m enospreza. Mas,
“Vamos correr e trocar de roupa. se esse homem é com petente no seu
Chegaremos atrasados, mas entrarem os “ . .. a pessoa verdadeiram ente ins­ trabalho, devemos arranjar um lugar
em silêncio e sentarem os bem atrás.” tru íd a ,” seu pai estava dizendo, “com­ para ele, e reconhecer nossa dívida
preende que há m uitos tipos de ins­ para com ele e o seu conhecimento.
“Preciso usar a roupa preta que trução, alguns não encontrados nos li­ Sem isso, nossa civilização não pode
detesto?” vros. Para aqueles que têm fome de sobreviver.”

“V enha, vovô” cochichou ele. “Nos­


so lugar é lá na frente, com a família."

O velho levantou-se, os ombros não


mais curvados na derrota, mas eretos
e orgulhosos. David seguiu-o, contro­
lando seu impulso de tom ar o braço
do avô. Este era o dia dele, também.
Que ele ande ereto e orgulhoso, e sem
ajuda. Juntos e com dignidade, dirigi­
ram-se às duas cadeiras vazias ao lado
da família. Suas cabeças estavam er­
guidas, conscientes de que todos se
viravam para vê-los passar.

O pai de David parou de falar, es­


perando, com os outros. O silêncio não
era perturbador, mas respeitoso.

Ao chegarem aos lugares vazios, Da­


vid deixou que o velho o precedesse,
e depois sentou-se e sorriu para sua
mãe. Os olhos negros dela estavam
cheios de lágrimas. Ele olhou para o
palco. Seu pai sorriu com evidente
amor e orgulho.

Houve ainda mais, e tudo m aravi­


lhoso. Q uando a cerimônia term inou,
Jennie atravessou a m ultidão e veio
para o seu lado, sorrindo com os olhos
nos dele. E então os pais dela aperta­
ram a mão de David. Ben Pulo Com­
prido chamou-o de “meu filho,” e na­
da podia significar mais do que isso.

6 A L IA H O N A
Embora Bart seja o com panheiro júnior, ele assegura-se de que seu com panheiro sênior vai estar pronto para sair na
hora com binada, e que não há problem as. G eralm ente os com panheiros sênior são hom ens m uito ocupados, e no seu
trabalho com os com panheiros júnior, apreciam a ajuda destes na verificação de compromissos. O com panheiro de Bart
esqueceu-se apenas um a vez, mas largou tudo quando Bart lhe lem brou, e assim se atrasaram apenas alguns minutos
naquela noite.

Toda
Primeira
Quarta-feira
Fotos de Eldon Linscheten

O cham ado para ser m estre fam iliar é m uito im portante


para Bart Hales. E no cum prim ento do seu dever, Bart
tenta seguir o conselho do Presidente Romney:
“O dever de servir como mestre fam iliar é inerente à
aceitação da ordenação ao Sacerdócio de M elquisedeque, e
aos graus de Sacerdote e M estre no Sacerdócio A arônico. . .
Servir como mestre fam iliar é um dos trabalhos através dos
quais os portadores do Sacerdócio engrandecem seu cham ado
e qualificam-se para a grande prom essa de que ‘ .. . aqueles
que forem fiéis. . . e magnificam os seus cham ados, são
santificados pelo Espírito para a renovação de seus corpos,’
e os portadores (que) magnificam seus cham ados. . . qua-
lificam-se para a grande prom essa de que se tornam mem­
bros da ‘igreja e reino, e os eleitos de D eus’.” (Church
News, 19 de abril de 1969, pág. 16.)
Bart Hales magnificou seu cham ado, e, por tê-lo feito,
ele próprio cresceu muito. O que é um bom mestre fam i­ Bart e seu com panheiro alternam-se cada mês p ara dar as
liar, e quais as qualidades necessárias? Vamos fazer visitas lições. Bart se prepara para a responsabilidade de dar a
com Bart e seu com panheiro, e ver. mensagem, estudando e orando.

J A N E IR O D E 1976 7
O com panheiro sênior de Bart m ora perto dele, e o
apanha em frente à sua casa. A tualm ente, Bart e seu com pa­
nheiro visitam duas fam ílias, e m orando elas longe, os dois
vão de autom óvel. As famílias esperam Bart e seu com pa­ Bart diz que o ensino fam iliar serve a dois propósitos
nheiro na prim eira quarta-feira de cada mês, a menos que principais: prim eiro, verificar como vai a fam ília, no
com binado de outra form a. Este dia predeterm inado é con­ que se refere a doenças e necessidades básicas da
veniente tanto para as famílias quanto p ara os mestres vida, e, depois, transm itir a mensagem do Evangelho
familiares. da form a desejada pelo presidente e profeta da Igreja.

Bart preocupa-se em ter um a boa aparência quando v ai fazer as visitas. Ele sabe que paletó e gravata não são
indispensáveis à qualidade do seu espírito, mas o seu uso dem onstra às famílias visitadas que ele considera
aquela designação um a responsabilidade especial.

8 A L IA H O N A
ijÉg ÍÉÜ é

Bart cum prim enta calorosam ente seu com panheiro sênior. Bart sabe que ele é um hom em m uito ocupado e aprecia
o tempo que passam juntos. Talvez você até o reconheça. O com panheiro de Bart é o Presidente N. Eldon Tanner,
da Primeira Presidência da Igreja. Bart acha que, se o Presidente T anner tem tem po para fazer suas visitas, não
existe ninguém, em lugar nenhum , que não encontre tem po para ser um bom mestre fam iliar.

J A N E IR O D E 1976
O presidente T anner e Bart visitam
a fam ília Snow em prim eiro lugar. Na
sua lição, Bart relata a morte
prem atura de um jovem que vivia na
sua ala. Bart diz aos Snows, que,
no funeral, o bispo disse que esse
jovem estava realm ente preparado para
enfrentar a morte. N a mensagem
de Bart ele sugere que nós todos
devemos estar preparados e prontos
para a m orte, porque, na verdade,
não sabemos quando ela virá.

Bart diz que ser com panheiro do


Presidente T anner, como mestre
fam iliar, tem sido não só um a grande
oportunidade, mas tam bém uma
grande responsabilidade. Bart sabe
que ele deve ser um bom exemplo
para os outros.

O Presidente T anner e Bart tam bém visitam os Gearys. Ser mestre Bart diz que o Presidente T anner
fam iliar com o Presidente T anner tem sido um a experiência cada vez com freqüência pergunta aos jovens
m elhor para Bart, e ele nunca se esquecerá da grande im portância de de sua ala, se eles sabem que o
visitar os santos, para abençoar suas vidas, pois sabe que leva o Espírito Evangelho é verdadeiro. Isto,
de nosso Pai Celestial a suas casas. realm ente, faz com que os jovens
“Pois aquele que recebe os meus servos, a mim me recebe; parem e pensem.
“E aquele que me recebe a mim, recebe o meu Pai;
“E aquele que recebe o meu Pai, recebe o reino de meu Pai; portanto,
tudo que meu Pai possui ser-lhe-á dado.” (D&C 84:36-38.)

10 A L IA H O N A
VALE A PENA ESPERAR...
J. M. Heslop

m bora Sidsel amasse o belo e jo­ Mas não é sempre fácil p ara as jo­

E vem Espen A m undsen, não que­


ria casar-se com ele, até que
soubesse que poderiam ir ao
templo.
Sidsel é mem bro da Igreja desde
os oito anos de idade. D urante toda a
vens da N oruega conhecer e namo­
ra r rapazes que sejam membros da
Igreja.
Sidsel explicou: “ Conheci Espen,
quando estava na universidade. Ele
me convidou para dançar e depois
sua vida, a mãe lhe havia ensinado os
marcamos um encontro. Ele não era
princípios do Evangelho, e, especial­
mem bro da Igreja mas eu gostei mui­
m ente, a im portância do casam ento to dele, e saímos juntos durante um
no templo. ano.
“Falei-lhe sobre a Igreja desde o coloquei o nome de Espen na lista de Foi então que ela veio. Eu sabia que
começo. Ele achou m uito bom que eu orações”, disse ela. a Igreja era verdadeira.” Disse Espen.
fosse religiosa. Ia à Igreja comigo,
Ele saiu com outras moças durante Sidsel tam bém estava orando.
mas não achava que era para ele.”
o verão, mas nenhum a parecia ser a
certa. “ Recebi a certeza de que Espen iria
Ele acrescentou: “ Ela me disse que
se casaria somente com alguém que tornar-se mem bro da Igreja”, disse ela.
possuísse o Sacerdócio. Eu não sabia “Senti m uita saudade de Sidsel”, “ Eu trabalhava como aeromoça na
se ela falava sério, mas a amava. Ti­ disse ele. “Achei que deveria telefo- Swedish A ir Service, tirei um a folga
nha certeza de que poderia convencê- nar-lhe e descobri que ela acabara de e fui vê-lo na Inglaterra. Imaginem
la a casar-se antes, e tratar da religião voltar da Inglaterra. Pedi para vê-la, m inha alegria, quando ele disse: “Ama­
depois: e concordei em com eçar a estudar so­ nhã vou ser batizado.”
bre a Igreja.
“Fui para a escola, na Inglaterra, Era o sonho que se tornava reali­
após um ano de nam oro. Eu a via nos “Nós nos vimos som ente três vezes, dade.
feriados e nos correspondíam os. Ela pois já era hora de voltar à Inglaterra Sidsel e Espen casaram-se após qua­
nunca concordava em se casar, sem para o meu últim o ano na escola. Foi se cinco anos de namoro e espera. A
ter certeza de que seria no templo. em Leicester, na Inglaterra, que entrei irmã A m undsen tinha sido firme na
Isso era um a coisa que eu não com­ em contato com os missionários. Desco­ sua convicção de se casar somente
preendia.” bri onde ficava a Igreja M órmon e com alguém que pudesse levá-la ao
fui d ar um a olhadela. Um jovem da templo.
O nam oro de verão continuou por m inha idade estava perto da porta.
quatro anos.
Perguntei-lhe: “A que horas começa a Logo depois de seu casam ento, irmão
“ Parecia que nunca daria certo. Eu reunião da igreja?” Ele sorriu e res­ A m undsen foi cham ado para o serviço
havia orado acerca de Espen. Amava-o pondeu: ‘D entro de alguns minutos. militar. Depois de estar na Igreja um
muito, mas sabia o valor de um ca­ Vamos en trar juntos.’ ano, conseguiu um a licença, e eles
sam ento no tem plo, e não me conten­ “ Comecei a tom ar lições com os mis­ foram selados no templo.
taria com menos. Depois de quatro sionários, mas não contei nada a
Sidsel. Fiz como os missionários pedi­ “Nós estávamos tão felizes. Estáva-
anos, disse-lhe que seria melhor term i­
mos tão perto do Senhor, que eu
narm os. Saí com outros, e não nos vi­ ram , jejuei e orei.
senti como se ele nos dissesse: “Eu
mos durante todo o verão. vos conheço.”
“Não parecia receber nerrhuma res­
“N aquele verão, fui ao templo da posta às minhas orações. C ontinuei a
Eles se estabeleceram em Oslo, e
Inglaterra com m inha mãe. Fiz batis­ orar, com prometendo-me, decididam en­
irmão A m undsen começou a trabalhar
mos pelos mortos. E nquanto estava lá. te, a seguir as sugestões da resposta.
como representante têxtil. D entro de
um ano, ele tinha seu próprio negó­
cio.

Há, agora, três crianças na família


Amundsen. Eles passam muito tempo
juntos, em atividades familiares.
Recentem ente, quando o Presidente
Gosta Berling, da Missão Noruega O s­
lo, cham ou irmão A mundsen para ser
presidente do Segundo Ramo de Oslo,
ele não hesitou em aceitar a respon­
sabilidade.

“Não tive escolha, porque minha


bênção patriarcal diz que eu seria um
líder. Eu sabia como o trabalho era
grande, e fiquei pensando em como
poderia cumpri-lo. Falando com minha
esposa, lembramo-nos dos nossos con­
vênios com o Senhor, no templo. Nós
aceitam os”, disse ele.

“A Igreja é o centro dos meus pen­


samentos. Cada vez que voltamos ao
templo, surpreendemo-nos com coi­
sas novas, e com preendemos a nature­
za eterna de nossa vida em com um ”,
acrescentou ele.

“ Sim", disse irmã Amundsen. “A


Igreja nos ajuda a encontrar o me­
lhor cam inho para preencher as neces­
sidades um do outro. É m aravilhoso es­
tarmos juntos. Nós somos um a família
m uito ocupada, e muito feliz.”

12 A L IA H O N A
Os Comerciantes

Era prim avera, e as rub ras m ontanhas arenosas, burros, e p artiram para casa, cheios de orgulho por
ao redor de K anab, U tah, brilhavam ao sol quente. Os sua astúcia na troca.
meninos estavam felizes que seu pai os tivesse envia­
do nessa pequena m issão, ao acam pam ento índio, O pai estava esperando, quando eles entraram
m uitas m ilhas adiante do forte. E ra divertido cavalgar no quintal. Seus olhos abriram -se de surpresa, quando
os seus burrinhos através das artem ísias cinza-esver- levantou a pesada carga dos burros e desenrolou os
deadas, ao invés de estar capinando a h o rta, como cobertores, m as não disse nada. Exam inou cuidadosa­
teriam que fazer, se tivessem perm anecido em casa. m ente os cobertores e as m antas, dividindo-os em
duas pilhas. Os filhos esperavam que dissesse alguma
Os m eninos estavam levando um cavalo p ara ser coisa, m as ele trabalhou em silêncio. Ao term inar,
trocado com os índios. Eles falavam pouco, cada um enrolou com cuidado os cobertores que tinha posto
deles apenas apreciando as belezas do m undo ao seu em um a das pilhas, e disse aos m eninos que devol­
redor, naquela suave m anhã de prim avera. Era bom vessem parte da sua troca.
estar vivo!
O dia m ostrara-se som brio para Jacob e W álter,
Um velho chefe navajo, cham ado Frank, saiu ao cavalgarem de volta ao acam pam ento índio, imagi­
para cum prim entá-los, quando os m eninos entraram nando de que form a poderiam explicar por que esta­
cavalgando no acam pam ento. No dia anterior, ele dis­ vam lá. Mas o chefe F rank recebeu-os com um calo­
sera ao pai dos m eninos que desejava um bom cavalo, roso sorriso. Ele ergueu os braços idosos para receber
e, assim, estava esperando alguém chegar com um . O o rolo de cobertores, e antes que qualquer explicação
chefe Frank ajudou-os a desm ontar, olhou rapidam en­ pudesse ser dada, disse: “ Eu sabia que vocês volta­
te o cavalo que tinham trazido p ara troca, e apontou riam . Seu pai é um hom em honesto, e eu sabia que
em direção a alguns cobertores, a pouca distância dali. ele não ficaria com todos os cobertores. Ele cuida
de nós. Ele é um pai para nós, tam bém .”
As cores e os desenhos dos cobertores eram espe­
cialm ente bonitos, mas Jacob, de dez anos de idade,
Subitam ente, o dia prim averil parecia claro de
avisara seu irm ão m ais novo, W álter, de que eles
novo, e mais lindo do que nunca, à m edida que os
deviam agir como adultos, certificando-se de que a
m eninos com eçaram a com preender que hom em sábio
troca que fariam era vantajosa. Eles balançaram a
e am ado, seu pai, Jacob H am blin, era na verdade.
cabeça, e Jacob disse ao chefe que ele precisaria dar
mais pelo cavalo que haviam trazido.
N O TA : Em 1854, Jacob H am blin (1819-1886)
O velho índio hesitou apenas um m inuto, e d e­ recebeu o encargo de estabelecer um a Missão índia
pois trouxe duas m antas de búfalo e m ais cobertores. no sul de U tah. Foi ordenado apóstolo para os Lama-
Os m eninos arregalaram os olhos diante da generosi­ nitas, a 15 de dezem bro de 1876, em St. George, U tah,
dade do hom em, mas não disseram nada. Enrolaram por Brigham Young, e ajudou a localizar e estabelecer
as m antas e os cobertores, colocaram -nos sobre os colônias no sul de U tah, A rizona e Novo México.

J A N E IR O D E 1976 13
inda estava escuro na cabana de terra, onde um Será que algum dia me tornarei um hom em ?

A m enino navajo dorm ia, num a branca e m acia


cam a de peles de carneiro. Ele não ouviu nada,
até que a m ão firm e de seu avô o sacudiu gen­
tilm ente, e o som de sua voz alcançou-lhe os
ouvidos.
pensava Kee, olhando a form ação distante. Estou cer­
to de que nunca alcançarei a mesa, e sinto-me can­
sado de correr. E tolice o que diz o velho avô.
“ A m anhã vou correr e me esconder atrás do
c u rra l,” disse Kee a si mesmo, andando preguiço­
“ A corde, Kee! Você precisa correr, antes que saia sam ente, de volta para a cabana.
o so l.” Kee abriu os olhos cansados, vagarosam ente, Ao aproxim ar-se da casa de seu avô, Kee sentiu
e encarou a face enrugada de seu avô. Ele não queria que algum a coisa estava errada. Até então ele sempre
levantar-se tão cedo, m as não seria bom dem onstrar fora saudado pela imagem do hom em encanecido,
desrespeito. esperando-o ju nto à p o rta, e da fum aça espiralada
Sem um a palavra, sentou-se e vestiu um paletó saindo do meio do telhado. Agora, a porta estava
de lã leve sobre a cam isa xadrez e as calças de algo­ vazia, e a ausência da fum aça indicava que o fogo
dão. Ao ab rir a pesada porta de m adeira, o avô não tinha sido aceso. Ele correu para dentro e rapi­
estendeu-lhe o bastão fam iliar. dam ente exam inou o quarto octogonal. Estava vazio,
e ele ficou am edrontado.
Kee perscrutou a escuridão da m anhã, quebrada
som ente p o r um a linha de luz, fina e to rta, que deli­ Todos os verões, Kee passava com o velho avô,
neava o topo da mesa, à distância. na sua cabana isolada, para ajudá-lo a cuidar do
rebanho e para aprender os costum es de seu povo.
É tão, tão longe, pensou ele.
Ele nem sem pre entendia as coisas que seu avô lhe
Com um im pulso súbito, o m enino índio dis­ dizia, m as seu coração era repleto de am or e res­
parou da cabana, passando a correr pelo curral, e peito pelo velho.
depois atravessando a terra estéril. Ele mal podia
O nde ele pode estar? pensava o m enino, p ara­
enxergar os m ontes de artem ísia, por cim a dos quais
lisado de m edo, como se estivesse pregado àquele
pulava. C orrendo cada vez m ais rapidam ente, seu
chão duro de terra. Subitam ente, ouviu um som aba­
coração batia alto sob a cam isa. O vento frio da
fado que chegava do outro lado das paredes da
m anhã rep artia seus bastos e negros cabelos, à m e­
cabana. Kee correu para fora, rodeou a cabana, e
dida que ele corria, m ais e m ais, apertando o bastão
atrás dela, ju nto à grande pilha de m adeira de cedro,
na mão.
encontrou o avô, estirado no solo, com um a expres­
A m esa tornava-se cada vez m ais n ítida, agora são de dor na face.
com o sol levantando-se acim a dela. Kee enchia-se
de pasm o, quando via a beleza do nascer do sol,
a cada dia. Juntando todas as forças, aum entou a
velocidade. Ele não podia p arar, agora, ainda estava
tão longe. Os m úsculos de suas pernas esticavam-se
e distendiam -se, à m edida que ele corria, cada vez
m ais rápido. Seus olhos fixavam -se na linha do sol
dourado, à sua frente, que estava cada vez m ais
alto, acim a das form ações de rocha verm elha, e então,
de súbito, explodiu no céu. Era o início de um
novo dia.
O fegando fortem ente, Kee dim inuiu o passo e
parou. Com um golpe poderoso, enterrou o bastão
na terra, como testem unha de sua força. Somente
então perm itiu que seu corpo relaxasse. Atirou-se ao
chão para descansar.
O lhando p ara as rochas verm elhas e pontudas,
b rilhando ao sol da m anhã, ele quase podia ouvir
as palavras que seu avô pro ferira tantas vezes:
Colleen Helquist
“ Todas as m anhãs, você deve correr para en­

Corra Para
contrar o sol. Corra o m ais depressa que puder, até
não p oder m ais correr, e, então, p lante um bastão
na Mãe T erra. Suas pernas se tornarão cada vez
m ais fortes, até que um dia, você p lan tará o bastão
ao pé da mesa. E ntão, você será um hom em , meu
filh o .” Encontrar o
E assim, m anhã após m anhã, Kee havia corrido
p ara saudar o novo dia, e cada vez chegava um
pouquinho m ais perto do horizonte. Sol
14 A L IA H O N A
“ Eu estava pegando a m adeira p ara o fogo,” vez m ais, pulando m oitas cerradas e ultrapassando
sussurrou ele. “ Q uando caí, as grandes achas rola­ as dispersas árvores de zim bro. Seu coração batia
ram sobre m inhas p e rn a s.” com rapidez, mas ele não se cansou facilm ente, como
Kee sabia que as achas tinham de ser rem o­ acontecia antes.
vidas p ara liv rar seu avô. Ele puxou-as, mas não Em m uito menos tem po do que pensaria pos­
conseguiu movê-las. sível, o m enino alcançou a distante cabana de Hosteen
“ Meus braços não são suficientem ente fo rte s!” Begay, e diversos tipos puseram -se a cam inho para
gritou Kee. “ O que posso fa z e r? ” O velho olhou bem aju d ar o seu avô.
nos olhos do m enino apavorado. Kee olhou em direção à mesa colorida, e pensou
“ Seus braços talvez não sejam fortes, mas as nos m uitos bastões que plantara, tentando alcançá la.
pernas são m uito fortes, m eu filh o ,” disse ele. “ C or­ “ Não é tolice o que diz o velho, afinal de con­
ra o m ais depressa que p u d er até a casa do Tio ta s ,” declarou ele. “ A m anhã correrei alegremente
Hosteen Begay. Ele trará a ju d a .” para encontrar o so l!”
Kee correu mais depressa do que jam ais cor­
rera, e enquanto seus m úsculos se esticavam e se N ota do T rad u to r: Mesa — Form ação geoló­
distendiam , sentiu um a grande força nas pernas. Te­ gica de terra p lana, coberta por um estrado mais
m endo pela segurança de seu avô, esforçava-se cada resistente, que conserva o topo chato.
Menino do Tambor,
Só Para
Menino do Tambor
Por Roberta L. Fairall
Você consegue encontrar dois meninos do
tam bor, exatam ente iguais?
QUEBRA
COLORIDO
Siga as indicações das cores
abaixo, para descobrir de quem
é o chapéu que voou na parada.

+ preti

LIGUE
A S E ST R ELA S
Por Richard Latta
Ligue as figuras da esquerda às
figuras idênticas da direita.

B.
Divertir
11
m
"ABEÇA
I
Im m

O vermelho • marron.

FIGURAS ESCONDIDAS
Por Neva Schultz
Você consegue encontrar uma foca, baleia,
harpa, conchinha, am endoim , m áquina fo­
tográfica, cabana de índio, pingüim, pena,
morcego, polvo e um iglu?

Quebra-cabeça dos pontinhos Por Carol Conner


7 3 Una os pontos para des^
* ç cobrir que anim al está
• # (^co m en d o o seu jantar.
IO • II
14- 13

15“

34 17
.3 2

31
18
21

.2 6

2.4 2S

17
DE UM AMIGO
-P A R A OUTRO
,■ * * 3 0 Hugh B Brow n

Conversando com alguns dos ne- * que entrou num buraco. Ele usou
tos de É lder Brown, descobri que um a pá para tentar tirá-la, mas
cada um deles se lem brava de coi­ sem resultado. Bud me disse que,
sas diferentes sobre o seu avô: se eu colocasse m inha mão dentro
“ Q uando eu tin h a m ais ou m e­ do buraco, talvez eu conseguisse
nos nove anos de idade, lembro- agarrar o bichinho, e tirá-lo de lá.
me de vovô sentado na sua pol­ A creditei nele, e enfiei m inha mão
trona. Ele me deixava ficar atrás até bem no fundo, tanto quanto
dele e pentear seus lindos cabe­ consegui. Mas a doninha mordeu-
los. Eu costum ava reparti-los no De uma entrevista pessoal de Jo-
me o dedo tão fortem ente, que
meio e depois penteá-los p ara trás, leen Meredith com o Élder Hugh quase arrancou a ponta. Depois
de diversas m aneiras diferentes. B. Brown (membro do Conselho disso, resolvi ser um pouco mais
Algumas vezes eu rep artia o seu dos Doze A póstolos), e alguns de cuidadoso, quando Bud me dizia
cabelo de lado e experim entava seus netos.
que fizesse algum a coisa.
um penteado diferente, sendo que “M eu irm ão im portunou-m e com
p ara fazer isso eu o penteava para suas brincadeiras durante toda a
um ou dois gigantes, ou qualquer
a frente, sobre o seu rosto. Ele era nossa infância. Uma vez, entretan­
o u tra coisa assim em ocionante. Lu­
m uito paciente, e me deixava p e n ­ to, consegui um a desforra. Lembro-
távam os freqüentem ente com esses
teá-lo até que os m eus braços ficas­ me de que estávam os, dessa vez,
gigantes, e sem pre vencíam os, vovô,
sem cansados.” dorm indo no porão de um celeiro.
m inha irm ã e eu. Podíam os ouvir
“ O que eu me lem bro sobre essas histórias fascinantes durante Bud havia lido um livro sobre fan­
vovô, são as histórias form idáveis horas. N ão havia televisão onde tasm as e histórias fantasm agóricas.
que ele inventava e contava para vivíam os, mas certam ente não sen­ Um dia, tive a idéia de pedir a
m inha irm ã e p ara mim , sentadas tíam os falta dela. meu prim o que colocasse um len­
aos seus pés. Eram longas histórias çol sobre a cabeça para am edron­
“Vovô estava sem pre sentado na
de aventuras — quase como ficção tar Bud. M eu prim o deveria escon­
sua poltrona, estudando, lendo um
científica. M inha irm ã e eu sem pre der-se no porão do celeiro, até que
livro à luz da lâm pada. N éfi era
fazíam os parte das histórias. Bud chegasse em casa. Eu me es­
seu profeta predileto. Ele sem pre
condi do lado de fora, esperando
“ Em um a das histórias, estáva- dizia que queria viver e ser como
e m ontando guarda. Como im agi­
mos andando de carro pelo deser­ N é fi.”
návam os, Bud chegou, entrou pela
to, quando descobrim os um a gran­
Q uando me encontrei pessoal­ porta do celeiro, e com eçou a des­
de caverna subterrânea. N o fundo
m ente com este grande hom em , cer para o porão. Q uando ele viu
da caverna, encontram os diversos
pedi-lhe que me contasse o que se m eu prim o, saiu gritando do celei­
tipos de jóias e tesouros de valor.
lem brava sobre a sua m eninice. ro, correndo tanto quanto possível.
H avia um a porção de com ida lá,
Algumas das experiências de in­ Precisou passar m uito tem po, antes
para nos alim entarm os. A água, no
fância que ele me relatou são di­ que Bud voltasse a dorm ir lá .”
fundo da caverna, era fervente,
vertidas.
mas ainda bem que descobrim os Uma das m ais interessantes ex­
um a lancha de corrida que nos sal­ “ Meu irm ão Bud e eu nos diver­ periências que Élder Brown me
vou do calor da água. Nós todos tim os m uito, quando crianças. Ele contou, foi sobre um cavalo. Pelo
entram os no barco e descemos o gostava de me provocar e de fazer fato de ser oficial com andante da
rio. Nas histórias como esta, que brincadeiras comigo. Um dia, ele C avalaria Canadense, um cavalo
ele contava, sem pre encontrávam os estava perseguindo um a doninha era m uito im portante para ele.

18 A L IA H O N A
Fiquei petrificado. ‘Mas eu es­
tava só brincando, este cavalo é
meu orgulho e m inha alegria,’ ga­
guejei.
O Coronel W alker, com muita
dignidade, disse: “ Você me deu o
preço, e eu vou pagá-lo, por isso
acabam os de fechar negócio.’
“ Fiquei acabrunhado por muito
tem po, diante da perda de m inha
alegria, Barco a V apor, o meu
amigo.
“ Cerca de um ano m ais ta rd e ,”
concluiu, “estando na Inglaterra,
em visita ao nosso quartel-general,
fui convidado a inspecionar os es­
tábulos. Q uando estava passando
por um a fileira de baias, vi meu
grande amigo lá. “V a p o r!” gritei.
“ O cavalo pulou como se tives­
se sido atingido por um tiro. Eu
subi na baia, atirei meus braços
em volta daquele cavalo, e chorei.
Um bom amigo é difícil esquecer."
Este apóstolo do Senhor também
“ Procurei o m elhor cavalo das me contou quão im portantes a ora­
redondezas p ara com prar. Eu am a­ ção e o testem unho têm sido para
va os cavalos — sem pre os amei. ele. Um a últim a recordação resume
Finalm ente encontrei o cavalo cer­ seus sentim entos:
to. Paguei m uito dinheiro por ele. “ Se eu tivesse um pesadelo du­
De im ediato contratei um exce­ contou isso, a princípio, mas ape rante a noite, quando jovem , acor­
lente cavaleiro, especialista em tre i­ nas disse: dava e gritava: — ‘M am ãe, você
nam ento de cavalos. Ele trabalhou ‘“ Soube que você tem um ótim o está a í? ’ Como o quarto de m a­
arduam ente com o m eu cavalo, cavalo.’ m ãe era pegado ao m eu, ela me
Barco a V apor, como eu o cham a­ ‘“ É de prim eira classe,’ res­ ouvia e respondia im ediatam ente:
va, e bem logo ele era não só o pondi. ‘Sim, filho, estou aq u i.’
mais belo cavalo da C avalaria Ca­ “ Ele então me pediu para dar “ Anos mais tarde, quando saí
nadense, mas o m ais bem trein a­ um a volta em Barco a V apor, e p ara a m issão da Inglaterra, m i­
do. Podia dizer-lhe que deitasse, eu disse: — ‘Está b em .’ nha m ãe lem brou-m e que ela não
rolasse, viesse até onde eu estava, “ Q uando ele voltou, após um a estaria lá para responder, quando
e o cavalo im ediatam ente obedecia. volta rápida, desm ontou e perg u n ­ eu a cham asse, mas que nosso Pai
Eu estava m uito satisfeito. tou-me: ‘Q uanto você quer por Celestial sem pre estaria perto.
“ Estávam os em C ardston naq u e­ esse cav alo?’ “ M uitas vezes, durante a m inha
la época, e eu já m ontava Barco “ Eu tinha certeza de que ele missão, e pela m inha vida, tenho
a V apor havia uns dois anos, q u an ­ estava brincando, p o r isso res­ gritado: — ‘Pai, você está a í? ”’
do, um dia, um tal Coronel W al- pondi prontam ente: — ‘O h, q u i­ O belo senhor, com lindos ca­
ker, de W innipeg, visitou nosso nhentos dólares.’ Era um a quantia belos brancos, m editou por uns
quartel. Sua incum bência m ais im­ enorm e. m om entos. E então suavem ente
portante era com prar um bom ca­ ‘“ Considere-o ven d id o !’ disse disse: “ Sem pre recebi um a res­
valo para o general. Ele não me ele. p o sta .”

J A N E IR O D E 1976 19
Teste Sobre os Templos Mórmons
Vicki H. Budge
A palavra tem plo é derivada da diariam ente, do dia 11 de setem bro
palavra latina tem plum , e significa ao dia 15 de setem bro de 1955. A
a casa do Senhor. Os santos dos oração dedicatória para o Tem plo
últim os dias sem pre ressaltaram a de --------------------------------------- foi
construção de tem plos, onde fazer oferecida pelo Presidente D avid O.
a obra do Senhor. Nos parágrafos McKay.
que seguem, encontram -se pistas 6 . O s santos de m uitas ilhas da
p ara os nomes de alguns desses Polinésia atravessavam longas dis­
tem plos. Escreva os nom es dos tâncias através do O ceano Pacífi­
tem plos nos espaços em branco. co, p a ra irem ao Tem plo do H avaí.
Em 1954, foi anunciado que um
1. Este tem plo foi construído pe­ outro tem plo seria construído no
los pioneiros e seus descendentes. Pacífico Sul. O Presidente McKay
Três outros tem plos foram term ina­ dedicou o Tem plo de -----------------
dos antes da dedicação do Tem plo ------------------, em 1958.
de --------------------------------------- , em 7 . Após com parecer à dedicação
1893. do Tem plo da Suíça, em 1955, o
2 . O Presidente Joseph F. Smith Presidente McKay voltou a New-
foi p ara estas ilhas, quando tinha chapel, para oficiar o lançam ento
quinze anos de idade, para fazer da pedra fundam ental de outro
trabalho m issionário. V oltou lá em Tem plo. O Tem plo de --------------
1915, como Presidente da Igreja, a ---------------- —— foi dedicado três
fim de dedicar um terreno para o anos m ais tarde.
T em plo de -------------------------------- . 8 . Dois tem plos foram dedicados
3 . Em 1887, um grupo pioneiro, recentem ente, em áreas vizinhas à
da C idade de Lago Salgado, viajou Cidade do Lago Salgado. Aquele
p ara o norte, a fim de estabelecer ao norte é o Tem plo d e --------------
um a nova colônia. D eram à sua e aquele ao sul é
cidade o nom e de C ardston, em o T em plo de
hom enagem a C harles O ra C ard, 9 . O tem plo SUD m ais recente­
líder do seu grupo. Em 1913, foi m ente term inado é o T em plo de
dedicado ali um terreno para o ------------------------------------ na parte
tem plo, e em 1923, o Presidente leste dos Estados Unidos.
H eber J. G ra n t dedicou o Tem plo 10. Existem seis tem plos, não
de --------------------------------------- . m encionados acim a, que tam bém
4 . Os pioneiros SUD m udaram -se estão sendo usados por m em bros
para o oeste dos Estados U nidos, e da Igreja. Você pode nom eá-los?
m uitos lam anitas e m em bros da M
Igreja, que falavam espanhol, esta­ Tem plo de
beleceram-se na área onde está
localizado este tem plo. Em 1927, Tem plo de
o presidente H eber }. G ran t dedi­
cou o Tem plo d e ------------------------- T em plo de
p ara servir a estas pessoas.
5. Este foi o prim eiro tem plo T em plo de
construído no continente europeu.
Foram tantos os m em bros euro­ T em plo de
peus que com pareceram à dedica­ O
ção, que se realizaram duas sessões, Tem plo de
N a reunião do Sacerdócio, de um a form a casual,

Aqueles Pés apresentei seis princípios aos irm ãos. Eles eram :
1. Você precisa fazer amigos.
2 . Você precisa criar a oportunidade.

Sobre a
3. Você precisa ajudar.
4 . Você precisa ser corajoso.
5. Você precisa conseguir sucesso.
6. Você precisa ser inspirado.

Montanha E estabeleci um sétimo princípio — silenciosa­


m ente — para mim mesmo:
Você precisa d ar o exem plo.
No com eço, não obtive m uito sucesso em inte­
São M eus? ressar os outros no Evangelho, principalm ente por­
que ainda estava tendo dificuldade para vencer m i­
Derek Dixon nha tim idez. Mas a prim eira centelha acendeu-se um
dia, no escritório. Um rapaz solteiro estava come­
Foi um choque para mim descobrir que eu estava çando a trab alh ar naquele dia, e recebi a incum bên­
realmente fazendo trabalho missionário. cia de m ostrar-lhe as dependências do escritório. Ao
cam inharm os juntos, enchi-me de coragem e pergun­
assim ,” disse m eu presidente de ram o, “nós tei: “ A propósito, você encontrou algum m em bro da
o estam os cham ando p ara ser o coordena­ Igreja M órm on, enquanto estava no C a n ad á?”
dor do trabalho m issionário do nosso ram o. Ele olhou-m e atentam ente. “ Por que? Você é
m ó rm o n ?”
Sua tarefa será não só ser o ponto de liga­
“ E, na verdade, so u .”
ção entre m em bros e m issionários, mas
tam bém incentivar e o rientar o entusiasm o pela sal­ “A h, que interessante. N ão tive contato pessoal
vação de alm as. Esperam os que você seja o líder com nenhum m órm on, mas um a das estações de tele­
desta grande o b ra .” visão apresentou um a espécie de conferência, da Cida­
“ O senhor só pode estar b rin c a n d o ,” disse eu. de do Lago Salgado, num fim de sem ana. Foi até
“ Fico apavorado de perg u n tar a um estranho as horas. bem cacete. Mas de um a coisa eu me lem bro: um
Tenho problem as p ara salvar a m im m esmo, imagine dos oradores foi um velhinho de cabelos brancos —
salvar meu v izin h o .” um dos velhos m ais doces que eu jam ais vi. Ele foi
“ Bobagem !” disse o presidente do ram o, de m a­ ó tim o !”
neira bondosa. “ T udo o que você precisa é de um Eu soube, naquele m om ento, que o espírito de
pouco de experiência — e isso o tem po lhe dará. um profeta de D eus ab rira a p o rta para o coração
Para iniciar, querem os que você p repare um a ap re­ de um hom em , e para algum as conversas bem inte­
sentação e sp e c ia l. sobre o trabalho m issionário, para ressantes sobre o Evangelho, nas sem anas seguintes.
a reunião do Sacerdócio, no próxim o dom ingo — algo
que entusiasm e os irm ãos, e que lhes dê algum as “Desculpe-me”, disse eu, “mas que tipo de Livro de Mórmon
o senhor está procurando?”
orientações sobre como fazer o seu vizinho interes­
sar-se pelo E vangelho.”
Em bora eu estivesse tentando sorrir, m eu cora­
ção estava batendo forte, e todos os m eus tem ores
com eçaram a atravessar-m e a m ente. E ainda, inex­
plicavelm ente, ouvi m inha própria voz dizendo:
“ Bem, presidente, se o senhor acha que eu posso
fazê-lo, te n ta re i.”
N aquela sem ana, ensopei o travesseiro com m i­
nhas lágrim as, pois, enquanto os outros dorm iam , à
noite, eu suplicava a m eu Pai Celestial que me
livrasse, de algum m odo m iraculoso, daquela desig­
nação apavorante. M as o teto perm anecia inflexível
como o bronze sobre a m inha cabeça, e um m al-estar
indefinível tom ava conta de todo o m eu ser. D ecidi,
então, ped ir ajuda p ara cum p rir m inha tarefa.
A resposta à m inha súplica chegou tão rap id a­
m ente, que não podia ser nada m enos do que um a
revelação. T ão depressa as idéias com eçaram a b ro tar
na m inha m ente, que m al tive tem po p ara pegar um
lápis e escrever algum as delas. E, certam ente, quando
chegou o dom ingo, eu estava, pelo m enos, prep a­
rado p ara dizer aos outros como interessar seus vizi­
nhos e conhecidos no Evangelho!

J A N E IR O D E 1976 21
Nenhuma vez levantei os olhos para olhar minha companheira de banco.

M inha segunda experiência m issionária foi desa­ trabalho do Senhor, e aprendi, num dia de agosto de
gradável p ara mim, mas foi um a lição da qual me 1969, sobre a assistência que ele dá àquele que de­
lem brarei por toda a vida. seja aju d ar nessa obra.
Um a noite eu estava sentado num ônibus ap i­ Q uase todos os dias da sem ana, eu ficava no
nhado, vindo do trabalho, e lendo E nsinam entos do escritório du ran te a hora do alm oço, m astigando san­
Profeta Joseph Sm ith. Ao m eu lado, com um saco duíches e m e atualizando n a m inha leitura. M as nesse
cheio de com pras sobre os joelhos, estava um a se­ dia, um vago desassossego tom ou conta de mim. Sen­
nhora de m eia idade. ti-me deprim ido e sem paz.
Estava tão com pletam ente absorvido em meu Com esta disposição, engoli os sanduíches mais
livro, que, d urante a viagem , nenhum a vez levantei depressa do que era conveniente para o m eu estô­
os olhos p ara olhar m inha com panheira de banco. mago, e busquei alívio para aquela depressão nas
Como estava chegando perto de casa, fechei o livro, ruas de Brighton.
e então ouvi m inha com panheira de viagem dizer: Vagueei pelas ruas, olhando vitrinas por algum
— “ Ele foi um grande h o m em ?” T om ado de sur­ tem po. Até entrei num a livraria para dar olhadela,
presa, olhei p ara ela interrogativam ente: “ Q u e m ? ” mas a sensação continuou e saí para as ruas outra vez.
“ O hom em sobre o qual o senhor estava lendo Cheguei, então, a um lugar que costum ava fre­
— Joseph S m ith .” qü en tar — um a livraria de segunda m ão, com um a
“ Ele foi um grande hom em , na verdade — um seção de pechinchas no subsolo. (Eu não a tinha visi­
profeta de D eu s.” tado nos últim os meses, pois m inha atração por pe­
“ Tão grande q uanto Jesus C risto ? ” chinchas m uitas vezes me deixara quebrado!)
“ O h, não. Mas ele foi um dos seus m aiores E ntrei na loja e desci. O subsolo estava deserto.
servos.” Dei um a espiada nas prateleiras, procurando tesou­
Nesse m om ento, o ônibus chegou à m inha pa­ ros com preço à m inha altura. Mas eu m al tinha co­
rada, e eu tive que descer, deixando-a seguir para m eçado a procurar, quando ouvi barulho de passos
um destino que me era desconhecido. na escada, e vi dois pastores de terno preto, cola­
Q uando o ônibus estava saindo, nossos olhos se rinho alto, que desceram e com eçaram a exam inar as
encontraram através da janela, e eu vi um grande prateleiras.
anseio em sua face, que me fez sem pre me a rre ­ N ão prestei m uita atenção a eles, nem eles a
pender de não haver seguido viagem com ela. T enho mim.
procurado por ela nos ônibus, desde aí, mas sem E então, um virou-se para o outro e disse: “ O
resultado. que eu estou realm ente procurando é um exem plar
V agarosam ente, através da experiência, eu me do Livro de M órm on.”
desenvolvi. Algum as vezes a estrada subia, outras, M eus ouvidos em pinaram -se, e meu coração co­
descia: mas nunca duvidei de que aquele fosse o m eçou a bater.

22 A L IA H O N A
“ E stá ? ” disse o outro m inistro casualm ente. “Um idade, corpulento e meio careca, com um a expressão
povo m uito interessante, na realidade. H á um a ca­ m uito am eaçadora. M antive um diálogo interior, co­
pela nova deles, perto de nós, em S outham pton, mas migo mesmo, estabelecendo as várias razões por que
nunca assisti a um a reunião, lá. De qualq u er m aneira, esse hom em jam ais aceitaria o Evangelho, e por que
Fred, preciso ir andando. Prom eti encontrar-m e com eu jam ais teria a coragem de me dirigir a ele. E o
Betty à um a hora. Talvez nos vejam os novam ente, no que diria eu, de qualquer m aneira? E ntão, um a voz
próxim o a n o .” lá dentro de m im , me disse: “Você tem de ser cora­
“ Espero que sim ,” disse o p astor cham ado Fred. jo so .” Juntando toda a m inha coragem , eu disse ao
“ A deus!” E o outro p artiu , batendo as botas pelas homem: “ Desculpe-m e, mas o senhor conhece alguém
escadas, enquanto Fred continuou a olhar. que queira com prar um caixão de p a p elã o ?”
O Espírito do Senhor era quase tão tangível Ele olhou-me com m uita desconfiança, como era
quanto o fogo, ao me tocar. “ D esculpe-m e,” disse de se esperar! “ O que foi que o senhor disse?”
eu, dirigindo-m e ao p astor que ficara, “ Mas que tipo “ Eu disse, o senhor conhece alguém que queira
de Livro de M órm on o senhor está p rocurando — com prar um caixão de papelão? Sabe, tivemos um a
um a edição a n tig a ? ” festa das bruxas em nossa igreja, ontem à noite, e
“ O h, não, apenas um ex em p lar.” vestim os um a de nossas filhas como um defunto num
“ Bem, se o senhor me der o seu cartão, terei caixão de papelão, e agora o caixão está atravancando
m uito prazer em lhe enviar um a cópia do Livro de a sala, e não sabemos o que fazer com ele.”
M órm on.” E, então, eu esperei que ele perguntasse: “ Que
“ Ah, então você é um m ó rm o n ?” igreja é e ssa ? ” — m as ele não o fez. Ao invés disso,
“ Na verdade, so u .” ele disse: “ O senhor tem um senso de hum or m uito
“ Bem, isto é m uito cu rio so .” engraçado, não tem , m eu am igo?”
“ É, talvez seja,” disse eu, “ Mas por que está E ntão, de repente, nós dois começamos a rir, e
tão interessado no Livro de M ó rm o n ?” ele sugeriu que fôssemos andando até à cidade, em
“Bem, acontece que sou p astor da Igreja Livre, vez de esperar pelo ônibus. Ao com eçarm os a descer
em Essex, e m inha congregação e eu estam os estu­ a ladeira, em direção à cidade, ele olhou para mim
dando as várias denom inações religiosas. N o sábado e disse: — “ Agora, alguém que faz um com entário
passado, m uitos de nós vimos um film e na televisão, provocador dessa natureza para um a pessoa com ple­
cham ado Brigham Young, e ficam os tão im pressio­ tam ente estranha, ou é totalm ente louco, ou tem qual­
nados, que decidim os escolher o m orm onism o como quer coisa em m ente, portanto, como é mesmo essa
nosso próxim o assunto. É por isso que estou p ro ­ sua igreja. . . ? ”
curando um exem plar do Livro de M órm on.”
“ O senhor o te rá .” D erek D ixon serve como presidente do Ramo de
Ele me deu o seu cartão, e nos separam os, ambos Brighton, na missão L ondres-Inglaterra do Sul.
consideravelm ente assom brados com a coincidência —
como se o fosse! — que o trouxe através de um a dis­ E então, uma voz lá dentro de mim, me disse: “Você tem
tância de cem m ilhas, e a mim , num passeio de hora de ser corajoso.”
de alm oço, p ara nos encontrarm os e discutirm os o
Livro de M órm on no subsolo de um a livraria de se­
gunda m ão, num ponto q ualquer de Brighton.
Enviei o seu cartão, com algum as linhas expla-
natórias, ao escritório da m issão. Sobre o final do
caso, não sei nada, mas sobre a inspiração do Senhor,
não tenho qualq u er dúvida.
Mas em todos os meus esforços m issionários,
perm anecia um fato: até então, o Senhor tinha feito
todo o trabalho. Eu nada fizera p ara estim ular o
interesse das pessoas pelo Evangelho. H avia um rio
a ser atravessado, e eu devia transpô-lo. Mesmo
assim, a idéia de aproxim ar-m e de estranhos, e de
portas desconhecidas, p ara discutir o Evangelho,
ainda era suficiente p ara me reduzir a um com pleto
desespero. Ao mesmo tem po, havia dentro de mim
a determ inação de vencer. Eu me aproxim aria do es
tranho no m eu portão!
Na noite da festa das bruxas, na capela do nosso
ram o, nossa filha Susan construiu um caixão aberto,
de papelão enrugado e papel de parede. Ela andou
nele a noite toda; foi um grande sucesso.
Na m anhã seguinte, eu estava esperando o ôni­
bus para ir p ara o escritório. D iversas outras pessoas
esperavam comigo, inclusive um senhor de meia

J A N E IR O D E 1976 23
TRABALHADORES
FIEIS

:r.í

Élder Loren C. Dunn


do Prim eiro C onselho dos Setentas

eus queridos irm ãos e irm ãs. “ E outra vez, vos digo, dou-vos

M N os últim os meses, o Pre­


sidente Spencer W . Kim-
ball recom endou-nos, nova­
m ente, como igreja, que
tentássem os alcançar os outros fi­
Um tributo àqueles que se sacrifi­
um m andam ento, que todo o ho­
mem, tanto élder, sacerdote, mes­
tre, como m em bro, se aplique com
o seu poder, com o trabalho de
suas mãos, para preparar e exe­
lhos de nosso Pai. cu tar as coisas que ordenei.
caram para partilhar o Evangelho “ E que a vossa pregação seja a
Foi-nos pedido que estendêsse­ voz da advertência de todo homem
m os nossos passos a duas áreas — e um desafio: Quando faremos ao seu próxim o, com m ansidão e
gerais. Prim eiro, é necessário que nossa parte? b ra n d u ra .” (D&C 38:40-41.)
cada m em bro da Igreja deixe a C ada fam ília da Igreja deve fa­
sua luz b rilh ar de tal form a, que zer am izade com um a fam ília que
os outros vejam o Evangelho de não seja da Igreja, num a base de
Jesus C risto através do exem plo. fam ília para fam ília.
O Senhor nos diz, em D outrina e Segundo, cada jovem capaz deve
Convênios: preparar-se para fazer um a missão

24 A L IA H O N A
de tempo integral. E novam ente, de vestiguei a história da missão para m issionários, assim como pelos na­
D outrina e Convênios: ter um a resposta. E m bora não te­ tivos que o conheciam . Nós nos
“ Portanto, aplica-te com a tua nha conseguido inform ação sobre solidarizam os com os pais pela sua
força e cham a trabalhadores fiéis todas as oito pessoas, descobri o perda, e invocam os as bênçãos do
para m inha vinha, para que ela seguinte. Senhor sobre eles.”
seja podada pela últim a vez. Nos prim eiros dias da Igreja, Aos vinte e nove anos de idade,
“ E à m edida que eles se a rre­ era com um jovens casais serem Ransom Stevens era presidente da
penderem e aceitarem a plenitude cham ados para um a m issão, e al­ missão em Samoa, quando foi ata­
do m eu Evangelho, e se tornarem guns desses casais foram enviados cado de febre tifóide, com plicada
santificados, eu susterei do julga­ a Samoa. A prim eira pessoa a ser por um problem a de coração. M or­
m ento a m inha mão. en terrada naquele local foi irm ã reu em 23 de abril de 1894.
“ Portanto, prossegue, clam ando Katie Eliza H ale M errill. Ela e seu Sua viúva, irm ã Annie D. S te­
em alta voz, dizendo: o reino dos m arido tinham estado na missão vens, partiu para casa, de vapor,
céus está próxim o; clam ando: por som ente três meses, quando no dia 23 de m aio. Ela chegou a
Hosana! bendito seja o nome do ela adoeceu e teve um parto pre­ O gden no dom ingo, dia 10 de ju­
Altíssimo Deus. m aturo. A criança m orreu no dia nho, sendo recebida pelo Presi­
“ Segue batizando com água, pre­ seguinte. A história diz o seguinte: dente Joseph F. Sm ith e o Élder
parando o cam inho diante de m i­ “U m a hora após a m orte da crian­ Franklin D. R ichards. No dia 11
nha face, para o tem po da m inha ça, a mãe cham ou irm ã Lee (es­ de junho, ela foi entrevistada pela
vinda; posa do presidente da m issão) e, Prim eira Presidência, em Lago Sal­
“ Pois o tem po se aproxim a; o depois de agradecer-lhe pelo tra­ gado, e depois partiu para casa,
dia ou a hora ninguém sabe; mas balho que tivera, cuidando dela em Fairview , Condado de Sanpete,
certam ente v irá .” (D& C 39:17-21 enquanto estivera doente, disse que chegando às 18 horas.
Itálicos acrescidos.) ‘ia m o rrer’, que ‘não podia ficar, A história diz: “ Os cum prim en­
É sobre este últim o ponto que porque tinham vindo buscá-la.’ D e­ tos de seus amigos foram , neces­
gostaria de estender-m e. Tive a pois falou com seu m arido, bei­ sariam ente, breves, pois a irmã
honra, recentem ente, de ser desig­ jou-o, despedindo-se, e tudo aca­ Stevens estava doente e teve de ir
nado p ara visitar a M issão Samoa- bou. A m ãe e o bebê foram enter­ para a cam a cedo, e às 23 horas,
Apia, e com parecer a algumas con­ rados no mesmo caixão.’ Após a cinco horas após sua chegada, deu
ferências de estaca naquele país. m issão, o irm ão M errill levou os à luz um belo m enino.” Ela havia
Encontrei todos os m issionários restos de sua esposa e do filho passado por todas essas provações
bem, e o trabalho progredindo. para os Estados U nidos, para se­ em adiantado estado de gravidez.
Uma tarde, em seguida à nossa rem enterrados lá. Um outro registro é de sexta-
reunião, o presidente da missão, O É lder Thom as H. H ilton e feira, 2 de m arço de 1900. “ O pe­
P atrick Peters — que é n atu ral de irm ã Sarah M. H ilton serviram em queno Loi R oberts foi desengana­
Samoa — disse: “ Élder D unn, há um a m issão em Samoa, onde per­ do nas mãos do D r. S tuttaford, no
um a coisa que eu gostaria de m os­ deram três filhos, entre 1891 e hospital (em A p ia ). O pequeno
trar-lh e.” Seguimos de carro até 1894. A pequena Jeanette viveu paciente foi abençoado diariam en­
algumas m ilhas da casa da m issão, menos que um ano, G eorge Em m ett te, e todas as vezes sentiu a lív io . . .
e subim os até o cum e de um a co­ som ente sete dias, e Thom as Ha- Seus pais (élder e irm ã E. T. Ro­
lina, num lugar isolado por p al­ rold, um ano e meio. berts) foram incansáveis em seus
m eiras e outras vegetações tro p i­ Sobre a m orte de Thom as Ha- esforços para m inorar-lhe a dor e
cais. Subitam ente percebi que es­ rold, o registro diz “No dia 11, o sofrim ento.”
tá vamos em um velho cem itério. dom ingo, ele não se estava sentin­ Sábado, 3 de m arço, “ O peque­
No centro desse cem itério, havia do m uito bem . . . D urantes os dois no Loi m orreu no hospital de
um a área cercada por um m uro de dias seguintes, parecia ter m elho­ A pia, pela m anhã, com pletando
cim ento, baixo, que podíam os rado, mas na m anhã do dia 14, sua mais um triste dia para a história
transpor. O presidente e irm ã Pe­ mãe novam ente ficou preocupada da m issão.” Não era de adm irar
ters me disseram que aquele era o com a sua saúde. Dessa data até que o túm ulo tivesse a seguinte
local onde alguns dos prim eiros sua m orte, no dia 17 de m arço inscrição: “ Descanse, doce Loi,
m issionários em Sam oa estavam de 1894, tudo o que mãos am oro­ descanse.” T inha apenas um ano
enterrados. H avia oito sepulturas. sas podiam fazer, foi feito para que e meio de idade.
O que mais despertou meu in ­ ele se recuperasse, mas piorou ra­ E assim, chegamos a Élder Wil-
teresse foi que, das oito sepultu­ p idam ente. . . liam A. Moody e sua jovem espo­
ras, q u atro representavam crianças “ Oh, quanto relutam os em crer sa, A délia M oody. Eles foram cha­
com menos de dois anos de idade, que seja assim! Q uão triste ver m ados para a missão, saindo de
e um a era de um a esposa e mãe nossa querida irm ã novamente des­ T hatcher, condado de G raham ,
de vinte e um anos. Q ue papel p o ­ pojada, estando ela tão longe dos A rizona, chegando a Samoa em
deriam essas pessoas ter represen­ queridos pais e amigos, a quem novem bro de 1894. Deviam ter as
tado no trabalho m issionário, em deixou por causa do Evangelho. mesmas esperanças e aspirações
Samoa? “ T hom as H arold H ilton tinha que qualquer outro casal jovem,
D urante os dois dias que se se­ cerca de um ano e m eio, um belo com eçando a vida. Ela deu à luz
guiram , no meu tem po livre, in­ m enino, m uito am ado por todos os uma m enina de quatro quilos, no

J A N E IR O D E 1976 25
dia 3 de maio de 1895. Três se­ m édica, esta espécie de provação Finalm ente, alguém disse: “ G e­
m anas depois, m orreu. A filha, a é coisa do passado. Em Samoa, por neral, não vemos nada. O que o
pequena H azel M oody, foi cuidada exem plo, encontrei os m issionários senhor quer d iz e r? ” Ele respon­
pelos santos locais, enquanto seu m uito bem . Existem lá, até, m is­ deu: “Vocês não podem vê-los?
pai continuava a m issão. F inal­ sionários de saúde, incluindo um Eles são os seus com panheiros; são
m ente, um ano m ais tarde, lemos jovem casal e seus dois filhos, que aqueles que deram suas vidas hoje,
o seguinte sobre um vapor que estão ajudando a m elhorar os p a­ ontem e anteontem . Eles estão lá,
p artia p ara os Estados U nidos, drões de saúde dos m em bros, e podem acreditar, observando vocês,
cujos passageiros incluíam q uatro cuidando da saúde dos m issioná­ im aginando o que é que vocês vão
m issionários que voltavam para rios, quando necessário. fazer; pensando se m orreram em
casa, e “ tam bém a filha de Élder O sacrifício, hoje, é m ais de v ão .”
M oody, H azel, de um ano, que tem po e dinheiro. Um sacrifício de M eus queridos irm ãos e irm ãs,
será entregue a parentes carinho­ 24 meses, para um jovem digno como m em bros desta Igreja, pode­
sos, em S ião .” aju d ar a levar avante a causa do mos fazer a mesma pergunta: “Vo­
H avia sido pago um alto preço Senhor. O utros deram suas vidas, cês podem vê-los?” Eles são os que
pelo estabelecim ento do Evangelho para que o trabalho começasse, pagaram , e alguns com suas p ró ­
de Jesus Cristo, na terra de Sa­ mas o Senhor requer apenas que prias vidas, para que o Evangelho
moa. É interessante n o tar que um a sacrifiquem os algum tem po e al­ do reino pudesse ser estabelecido
grande parte dessa quan tia foi p a­ gum dinheiro, para m anter sua nestes, os últim os dias. Eles são os
ga por criancinhas. Suspeito que obra em andam ento, através de H iltons, e os R oberts, e os Ste­
haja m uitos cem itérios obscuros, todo o m undo. vens, e os M oodys, e m uitos outros
em várias nações da terra, sem e­ Conta-se a história de um gene­ — gente como você e eu, que res­
lhantes àquele pequeno lote, em ral aliado, que, quase no fim da ponderam a um cham ado de Deus.
Samoa. São testem unhas m udas II G uerra M undial, foi, um a noi­ Estou certo de que eles têm p er­
das provações e sofrim entos que te, inspecionar as tropas na frente m issão para olhar para nós algu­
acom panharam o início do trab a­ de batalha. Indo de um lado para mas vezes, para ver como vai o
lho m issionário nesta dispensação. o outro, apontava o espaço vazio trabalho, para ver o que estamos
D evido ao desenvolvim ento dos e dizia: “ Vocês podem vê-los? fazendo com sua herança espiri­
padrões de vida e da tecnologia Vocês podem vê-los?” tual, para ver se m orreram em vão.
O tem plo, visto através de um velho viiral, no Centro de Informações. Im agino, jovem , o sucesso que
você alcançaria em convencer a
um pai moço, que tivesse enterra­
do três de seus filhos num obscuro
cem itério, do outro lado do m undo,
por causa do Evangelho de Jesus
C risto, que um a missão é um sa­
crifício grande demais, pois você
quer com prar aquele carro, ou
aquela vitrola, ou porque você não
quer interrom per os seus estudos,
ou por qualquer outra razão.
Como m em bros da Igreja, im a­
gino quão convincentes seriamos,
dizendo a alguém que estam os m ui­
to ocupados, e talvez um pouco
envergonhados para partilh ar o
Evangelho com nosso vizinho, es­
pecialm ente se esse alguém fosse
um jovem pai que tivesse enter­
rado sua esposa enquanto estava
na m issão, e que tivesse enviado
sua filhinha para casa, para ser
cuidada por parentes, enquanto ele
term inava o seu serviço para o
Senhor.
Não é hora de ouvirm os a voz de
um profeta? Não é hora de esten­
derm os nosso passo? Não é hora
de ensinarm os o Evangelho do rei­
no para o m undo, para o nosso
vizinho? Em nome de Jesus Cristo
^m ém .

26 A L IA H O N A
ding Sm ith ensinou que “o dom das línguas não

Perguntas e cessou.” (Respostas a Perguntas sobre o Evangelho


2:26) Tam bém “ O dom verdadeiro das línguas é m a­
nifestado na Igreja m ais abundantem ente, talvez, do

Respostas
que qualquer outro dom espiritual. C ada m issionário
que sai para pregar o Evangelho num a língua estran­
geira, se ele ora e é fiel, recebe este d o m .” (Respostas
a Perguntas sobre o Evangelho 2:29) Centenas de
As respostas visam esclarecer e dar perspectivas; testem unhos têm sido prestados por m issionários, e
não são pronunciamentos doutrinários da Igreja. outras experiências notáveis estão registradas na histó­
ria da Igreja, evidenciando este dom na vida de líderes
atuais da Igreja, tais como o Presidente D avid O.
McKay (G ospel Ideais, p. 5 5 2 ), Elder Alonzo A.
H inckley (Respostas a Perguntas sobre o Evangelho
2 :3 2 -3 3 ), e outros.
“As pessoas ainda falam em
Como um dos grandes líderes desta dispensação,
línguas, hoje?” e m issionário devoto, na sua adolescência o Presidente
Joseph F. Sm ith foi tão abençoado com este dom, que
A resposta simples é: sim, falam. ensinou os havaianos em sua própria língua. Certa
ocasião, disse: “ No que me diz respeito, se o Senhor
me der a habilidade de ensinar o povo na m inha língua
nativa, ou em sua própria língua, para o entendim ento
daqueles que me ouvem , esse será um dom de línguas
suficiente para m im .” (D outrina do Evangelho.)

Mas considerem outra evidência que é m uito


preem inente hoje. A través do m undo, o trabalho de
tradução de E scrituras e de outras publicações da
Igreja está sendo realizado em 32 línguas. M uitos
tradutores que não poderiam alegar um conhecim ento
com pleto do inglês, lêem e estudam o Evangelho nessa
língua, traduzindo o que entenderam para a sua língua
natal. Por meio de persistentes esforços e treino, de­
senvolvem o dom que receberam , e tornam -se eficien­
tes no seu trabalho. Estas pessoas fiéis são inspiradas
e m otivadas pela história de O liver Cowdery, que
tentou traduzir, mas não obteve sucesso, e então o
Senhor lhe disse: “ Eis que não com preendeste; tu
supuseste que eu to daria, quando não fizeste outra
coisa senão pedir. M as, eis que eu te digo, deves
p onderar em tua m ente; depois me deves perguntar
se é correto e, se for, eu farei arder dentro de ti o
teu peito; hás de sentir assim, que é certo. Mas, se
não for correto não sentirás isso, mas terás um estu­
|ohn E. Carr por de pensam ento que te fará esquecer o que for
errado; p o rtanto, não podes escrever aquilo que é sa­
grado, a não ser que eu te p erm ita.” (D&C 9:7-9.)
Mas estou certo de que vocês desejam algum as
evidências. T alvez sejam tão num erosas, que não as
O s m issionários estão sendo preparados na m is­
reconheçam . Em virtude da p ró p ria natureza deste
são de treinam ento das línguas para o trabalho de
assunto, vocês podem sentir-se inclinados a querer o
ensinar o Evangelho num a língua estrangeira, e tudo
espetacular, ou algo tão fora do com um , que som ente
isto para que as E scrituras sejam cum pridas. Lemos,
então aceitariam a evidência do dom.
em D outrina e Convênios 90:11: “ Pois acontecerá na­
Para com preender totalm ente esta questão, é cor­ quele dia, que todo o hom em ouvirá a plenitude do
reto que tentem os en tender o propósito daquilo que as Evangelho na sua própria língua, e no seu próprio
Escrituras ensinam que é um dom . Joseph Sm ith, ensi­ idiom a, através daqueles que são ordenados a este
nando este princípio, disse: “ As línguas são dadas poder, pela adm inistração do Consolador, sobre eles
com o propósito de pregar entre aqueles cuja língua derram ado para a revelação de Jesus C risto.” A se­
não é com preendida.” (H istória da Igreja 2:607) ção 1, versículo 2, tam bém diz: “ Pois, na verdade, a
Baseando-se nos ensinam entos das E scrituras, e nas voz do Senhor se dirige a todos os hom ens, e ninguém
revelações dos últim os dias, o Presidente Joseph Fiel- há de escapar, e não há olho que não verá, nem ouvi­

J A N E IR O D E 1976 27
do que não ouvirá, nem coração que não será pene­ John E. C arr
tra d o .” D iretor de D istribuição e T radução da Divisão
de Com unicações Internas da Igreja.
N um a epístola geral, publicada pela Prim eira
Presidência da Igreja, em 9 de julho de 1853, uma
declaração m uito esclarecedora foi feita sobre o “H á alguma coisa,
assunto que estam os discutindo. É a seguinte:
“T raduzi o Livro de M órm on em todas as lín­ encontrada entre as evidências
guas e dialetos debaixo dos céus, e publicai-o, pois
Deus vos dará a oportunidade. E a p a rtir desta hora, arqueológicas, que sustente
o dom das línguas, e por ele, o de tradução, de língua
para língua, será m anifestado cada vez m ais aos élde­
res de Israel, até que nenhum a nação, reino, tribo
ou apóie o
ou fam ília, será destituída da oferta da palavra de
D eus na te rra .” Livro de M órmon?”
N ão podem os concluir que, som ente com este
m aravilhoso dom , podem ser cum pridos os propósitos
de D eus? Pois esta é a dispensação da restauração de
todas as coisas. “ Pois a vós, os D oze, e àqueles,
a Prim eira Presidência, que são convosco designados
vossos conselheiros e vossos líderes, é dado o poder
deste Sacerdócio, p ara os últim os dias e pela últim a
vez, dias nos quais se encerra a dispensação da ple­
nitude dos tem p o s.” (D& C 112:30.)

C onsiderem com o seria difícil com unicar as ver­


dades do Evangelho através do m undo, a menos que
pelo poder de Deus este dom tam bém fosse restaurado.
Jesus tornou claro que todas as coisas deveriam ser
restauradas, quando disse: “ Em verdade Elias virá
prim eiro, e restau rará todas as coisas.” (M at. 17-11.)
O dom das línguas é um a das m uitas coisas que pre­
cisavam ser restauradas, e ele o foi, com o lemos em
D outrina e Convênios, onde o Senhor enum era m uitos
dons, inclusive este, que é o m otivo da sua pergunta.
(D& C 46:24.)

Talvez isto não seja espetacular, no mesmo sen­ Dr. Paul R. Cheesman
tido de outras histórias que nos são conhecidas. Mas a
dim ensão deste assunto, que é um a grande evidência
para aqueles de nós que estão próxim os do trabalho Alguns lingüistas sugerem que a sem ântica da
de tradução, da Igreja, está em que, pessoas com nossa língua liga as palavras sustentar ou apoiar à
este dom são levantadas pelo Senhor nos lugares e palavra provar. Eu gostaria, portanto, de explicar os
nos m om entos em que são necessárias. seguintes conceitos:
O Livro de M órm on não foi escrito com a inten­
Pensem nos três m ilhões e trezentos m il mem ­ ção de prover um relato histórico com pleto sobre as
bros da Igreja espalhados pelo m undo, que tem um a pessoas envolvidas. Em vez disso, M órm on, M orôni,
população de cerca de três bilhões e setecentos milhões e N éfi, os três principais autores, escreveram um regis­
de pessoas, em 228 países e territórios, adm inistra­ tro espiritual resum ido, que contém elem entos h istó ­
dos separadam ente, falando m ais de 3.000 línguas e ricos suficientes apenas para d ar continuidade a um
dialetos. Como seria possível cum p rir o propósito registro que envolve um período m uito longo de
da restauração do Evangelho p ara a salvação eterna tem po. Q u alquer evidência externa, portanto, seria
da hum anidade, a menos que o Senhor colocasse, basicam ente im portante para a parte histórica do livro,
estrategicam ente, aqueles com o dom das línguas em não para a sua m ensagem espiritual. Uma vez que o
lugares onde podem tornar-se instrum entos em suas registro contém lições espirituais, o leitor necessitaria
m ãos? E assim, pessoas em seus próprios países, e de um a experiência espiritual para garantir a verifi­
m uitos que, por motivos profissionais ou negócios cação de sua validade. A fórm ula para receber esse
se encontram em outros países que não os seus, tem- testem unho, encontra-se em M orôni 10:4-5, do pró­
poraria ou perm anentem ente, acham-se profundam ente prio registro. A prova do Livro de Mórmon, perma­
envolvidas na edificação do reino de Deus na terra, nece, assim, dentro do campo espiritual, e não dentro
p orque, são abençoadas com o dom das línguas. do estudo da arqueologia.

28 A L IA H O N A
Em bora se ad q u ira um testem unho deste regis­ histórias dos índios, assim como do Livro de M ór­
tro som ente através de estudo acom panhado de oração, m on, testificam isto. M uitas tradições índias reve­
existem m uitas evidências externas que sustentam ou lam o conhecim ento do dilúvio, da arca, da divisão
apóiam o Livro de M órm on. Devemos lem brar-nos, das águas, e de outras ocorrências bíblicas, tudo isto
tam bém , de que o Livro de M órm on não afirm a ser contado aos espanhóis, quando estes chegaram ao
um registro de todos os habitantes do continente Novo M undo.
am ericano, ou tra ta r de todos os ancestrais dos índios H á m uitos conceitos, no Livro de M órm on, que
am ericanos. Ele afirm a ser um registro espiritual de emergem dos estudos da arqueologia e etnologia.
três grupos que vieram p ara a Am érica. Alguns dos que sustentam e apóiam o registro do
As descobertas do m undo científico revelam que, Livro de M órm on, ou tratam de civilizações adianta­
antes da chegada dos espanhóis, a civilização do con­ das pós-Livro de M órm on, são os seguintes:
tinente am ericano era fantástica. O povo desfrutava
Evidências Arqueológicas Livro de Mórmon
de grandes projetos arquitetônicos, construía soberbos
Edifícios, vistos por qualquer 2 N éfi 5:15
sistemas de irrigação agrícola, havia ourives e pratei-
turista em M osíah 8:8
ros excepcionais, e fazia parte de um a organização
Meso e A m érica do Sul 9:8
cívica, política e religiosa m uito bem planejada. Em
11:8
quase todos os aspectos, a civilização destes velhos1
ancestrais do índio am ericano com parava-se, favora­ Cim ento de força incom um H elam ã 3 :7, 9, 11
velm ente, à m ajestade e grandeza de Rom a e da T orres vistas por Cortez em sua Alm a 48:1
G récia. N ão seria evidência favorável, portanto, ler exploração 50:4
como o Livro de M órm on igualm ente descreve gran­ Estradas até 9.000 m ilhas de 1 N éfi 25:11
des cidades com tem plos, bem como um a civilização com prim ento, atravessando Helam ã 14:24
extrem am ente culta, rica em ouro, prata, e finos a Am érica do Sul
tecidos? Rodas — m uitos brinquedos 2 Néfi 12:7
Este registro gira em torno de um corpo gover­ com rodas foram encontrados Alma 18:9
nam ental fortem ente religioso, constantem ente em Arm as sem elhantes às construí­ Alma 23:13
guerra com aqueles que se opunham aos seus ensina­ das no V elho M undo 25:14
m entos. Pesquisas acadêm icas revelam que a religião Jarom 1:8
parecia ser a influência fu ndam ental entre m uitos M etalurgia — incluindo ouro, H elam ã 6:9
grupos am ericanos antigos. A figura de influência prata e cobre Éter 10:23
central do Livro de M órm on, é Jesus C risto, cujas
Prática de m edicina e cirurgia Alma 46:40
visitas a este continente estão nele registradas. Em
todas as lendas am ericanas antigas, e mesmo hoje, nas Evidência de um sacerdócio Alma 4:20
várias tribos que vivem no continente am ericano, ouvi­ altam ente organizado 13:6
mos um a das m ais duradouras lendas — a história do Evidências de um a adiantada civilização são
Deus branco, barb u d o , que visitou seus ancestrais, tam bém reveladas nos conhecim entos da velha Amé­
ensinou-os, abençoou-os, e prom eteu voltar. Não p o ­ rica sobre m atem ática, astronom ia, práticas religio­
demos deixar de refletir sobre estas sem elhanças. sas, tais como sacrifícios, batism o, sacram ento, cir­
Existiu aqui um a cultura m uito avançada, antigam en­ cuncisão e crença na im ortalidade. Tudo isto, e
te; o Livro de M órm on nos conta sobre essa sociedade mais m uitas outras evidências, certam ente sustentam
que floresceu e m orreu na antigüidade. e apóiam o Livro de M órm on.
Os habitantes prim itivos da terra à qual damos Podem-se n o tar que ainda existem alguns con­
agora o nom e de A m érica, eram tão civilizados e ceitos históricos e culturais, m encionados no Livro
cultos, no seu apogeu, como qualq u er grupo em de M órm on, que não foram sustentados pelo estudo
existência, na época, em qualq u er parte do m undo. da arqueologia. Isto é m uito natural, um a vez que
M uitos eruditos têm concluido que o auge da civi­ esta m atéria é um a ciência nova, que apareceu perto
lização pré-colom biana coincidiu com o tem po de do início do século, e novas descobertas estão sendo
Cristo. E studando as atuais e despretensiosas cultu­ relatadas constantem ente. O tem po, sem dúvida
ras indígenas, im aginam os o que terá acontecido à algum a, suprirá a evidência com probatória para as
majestosa civilização que existiu neste continente. afirm ações do Livro de M órm on que ainda não pos­
O nde está o povo que construiu m agníficas estradas, suem paralelo arqueológico. Podem os dizer com
por onde os viajantes se dirigiam aos tem plos e pa­ certeza que nada no Livro de Mórmon foi provado
lácios tão grandiosos como aqueles encontrados no falso, através das descobertas arqueológicas — na
Velho M undo? A história destes povos, revelada no verdade, existem muitas evidências comprobatórias.
Livro de M órm on, provê alguns interessantes p ara ­ Nas m inhas pesquisas sobre a Am érica antiga,
lelos com as m odernas descobertas arqueológicas e juntam ente com m eus estudos do Livro de M órmon,
tradições indígenas. encontrei centenas de exem plos que substanciam a
Um Deus que não faz acepção de pessoas, cer­ história do Livro de M órm on.
tam ente visitaria, instru iria e deixaria um registro de D r. Paul R. Cheesm an
suas relações com milhões de pessoas deste Novo Professor de E scritura A ntiga da
M undo, assim como do velho. T raduções de antigas U niversidade de Brigham Y oung

J A N E IR O D E 1976 29
ESTACAS EM SÃO PAULO
REALIZAM SUAS
CONFERÊNCIAS
TRIMESTRAIS

Com a realização de suas confe­


rências as estacas de Santos, Cam­
pinas e São Paulo Oeste, congre­
garam cerca de 1.800 santos para
ouvir as instruções e m ensagens de
seus líderes e A utoridades Gerais.
Os m em bros da Estaca de San­
tos Brasil reuniram -se sob a p re ­
sidência do Presidente José Gon-
zales Lopes e seus conselheiros.
Os m em bros da Estaca de Cam­
pinas Brasil foram liderados pelo
Presidente Nelson de G enaro e
seus conselheiros assim como a
Estaca São Paulo Oeste Brasil reu­
niu-se sob a presidência do Presi­
dente José Benjamin Puerta.

30 A L IA H O N A
As reuniões foram realizadas Paul H. D unn, do Prim eiro Con­
nos dias 9 e 15 de novem bro do selho dos Setentas (Estaca São
corrente ano. No dia 9 as Estacas Paulo Oeste B ra sil).
de Santos e São Paulo O este Bra­
Um fato que é de bastante i n ­
sil fizeram suas reuniões nas ca­
teresse e im portância foi a reali­
pelas de Santos I e capela da Ala
zação da C onferência da Escola
III, Santo A m aro, respectivam ente.
D om inical Junior para as crianças
A Estaca de C am pinas Brasil
de até 6 anos de idade. Ali sob
reuniu-se posteriorm ente no dia
a orientação da liderança da Es­
15 de novem bro ocupando as de­
cola D om inical Junior das Estacas,
pendências da capela da Ala II
as crianças passaram ótim os mo­
de Cam pinas.
m entos aprendendo o Evangelho.
As reuniões foram presididas
por A utoridades G erais, Élder T anto na Estaca de Cam pinas
W illian H. Bennet, A ssistente dos Brasil como na Estaca São Paulo
Doze (Estaca de Santos Brasil e Oeste Brasil as crianças receberam
Estaca C am pinas Brasil) e Élder a visita das A utoridades presentes

J A N E IR O D E 1976 31
PERFIL DE U M LÍDER
PRESIDENTE WALTER SPAT.

PRESIDENTE DA ESTACA
SÃO PAULO B R A SIL

José B. Puerta

nome do irm ão W alter Spàt foi Suíça. O casal tem dois filhos, am ­
subm etido para a aprovação dos bos casados; O svaldo W alter Spát
m em bros como o prim eiro presi e G loria Spát. Seu filho Osvaldo
dente de Estaca no Brasil e na foi um dos prim eiros m issionários
A m érica do Sul — a Estaca São enviados do Brasil para o exterior,
Paulo. De lá para cá todos conhe­ em m issão de tem po integral. Os
cem o progresso e o desenvolvi­ valdo possui 3 filhos que represen
m ento da Igreja em nosso país. tam a alegria do vovô e da vovó
O ito novas estacas foram organiza­ Spàt; D aniel, com 6 anos, A ndréa,
das; 6 em São Paulo, um a em Porto com 4 anos e Priscila, com apenas
Alegre e outra em C uritiba, 5 meses de idade. No início de sua
o u tra no Rio de Janeiro. M as, a vida na Igreja, o Presidente fre­
história deste pioneiro presidente qüentava o Ramo do Centro insta­
de estaca começou bem antes, em lado na R ua do Sem inário, nessa
Presidente Wálter Spàt 1949, quando m anteve o seu pri época presidido por um m issioná­
m eiro contato com os m issionários rio. Pela sua dedicação e frequên
d ’A Igreja de Jesus C risto dos San­ cia às reuniões, foi logo cham ado
tos dos Últim os Dias. Jamais ouvira para presidir este ram o. Nessa
Duas datas, duas épocas signifi­ antes falar sobre a existência dessa m esm a época, outros ram os come
cativas. Na pequenina cidade de igreja. E m bora tenha sido batizado çaram a ser organizados; o ramo
Stim pfach, A lem anha, no dia 4 de na Igreja M etodista, não a fre­ da Rua Borba G ato, o Ramo do
abril de 1919, nasce W alter Spãt, qüentava e nem m esm o a qualquer Jardim E uropa, e posteriorm ente o
filho de A ugust Spãt e Paula Spát. outra. Os m issionários colocaram Ramo de Pinheiros, já com o ter­
A data de 1.° de maio de 1966 e em suas mãos o Livro de M órm on, reno com prado pela Igreja — na
o nom e do Presidente W alter Spát D outrina e Convênios e outros confluência da A venida Rebouças
são dois elos interligados do co­ m ais, e a todos o Presidente leu com a Rua Iguatem i — hoje Ave­
meço de um a nova era da Igreja com interesse e entusiasm o. Con­ nida Faria Lima. O Presidente Spãt
no Brasil. A prim eira estaca orga­ venceu se logo da veracidade da acom panhou todo o desenrolar da
nizada no Brasil e na A m érica do Igreja de Jesus Cristo dos Santos construção da Capela de Pinheiros,
Sul teve e ainda tem com o presi dos Últimos Dias, batizando se no a prim eira construída em São
dente o irm ão W alter Spãt. Pode dia 20 de m arço de 1950. Paulo, desde a com pra do terreno
mos relem brar a euforia e o entu­ até a sua inauguração. O Presi­
siasmo dos m em bros recebendo Seis meses depois sua esposa dente Spãt tem sido sempre um
naquela oportunidade o Élder tam bém foi batizada, e, até hoje, exem plo de dedicação, trabalho e
Spencer W . K im ball, então m em ­ a irm ã Edite Spàt tem sido um obediência. Serviu na Missão Bra
bro do Conselho dos Doze, e o apoio e um incentivo para o Presi­ sileira como assistente do Presi
Élder F ranklin D. R ichards, Assis­ dente Spát. Casados em São Paulo, dente W ayne M. Beck, e nessa
tente dos Doze. As entrevistas se no dia 14 de junho de 1946, pude­ ocasião teve a oportunidade de
prolongaram d urante todo o dia, e ram ver esta união selada para o particip ar da inauguração de inú­
na realização da sessão geral da tem po e a eternidade no dia 22 m eras capelas, tais como a da
quela conferência ex traordinária, o de julho de 1967, no Tem plo da T ijuca, no Rio de Janeiro, a de Bra­

32 A L IA H O N A
tido m aterial como espiritual, e na
Igreja, foi conseguido através do
jejum , oração e do pagam ento h o ­
nesto e pontual do dízimo. Sempre
pontual em seus com prom issos, nas
reuniões de sua responsabilidade,
dedicado ao extrem o em seus cha­
m ados na Igreja, achava tempo
para se dedicar aos seus afazeres
fam iliares. Sente um a gratidão e
um a felicidade im ensa por ter po­
dido custear todas as despesas de
seu filho O svaldo, quando em mis­
são na Europa. O seu conselho aos
jovens é “ que façam um a misão,
que continuem se preparando para
atender ao cham ado do Presidente
Kim ball; que se m antenham lim ­
pos, dignos e senhores da situação
a fim de m agnificar este cham ado” .
Pouco menos de 9 anos após o seu
cham ado como presidente de Es­
taca, na m anhã de 1 de m arço de
1975, juntam ente com m ilhares de
santos que ele viu crescer e progre­
dir na Igreja, tendo ao seu redor
líderes que ele próprio form ou,
Presidente Spat, com sua esposa, filhos, genro, nora e netos ouviu do Presidente Spencer W .
Kim ball a mensagem ansiosam en­
te aguardada: “ Um tem plo será
construído na A m érica do Sul, e
sília, Belo H orizonte, Baurú setem bro de 1970, a Estaca São este T em plo será construído em
Foi m em bro do Conselho do Paulo Leste tam bém se dividiu e São P a u lo ” . O Presidente Spát
D istrito, prestando ajuda e assis um a nova estaca surgiu com a ju n ­ sabe que esta é um a grande bên­
tência ao ram o de Santo A ndré. O ção das alas e ram os do ABC e da ção para o nosso povo e que irá
seu cham ado p ara p residir a E sta­ Baixada Santista, organizando-se, exigir sacrifício de todos nós, mas
ca São Paulo o surpreendeu, e então, a Estaca São Paulo Sul sob está confiante que todos irão con­
apesar de ter dito ao Élder K im ball a presidência do Presidente Saul trib u ir para esta grande obra. Como
que achava que existiam outros Messias de O liveira. M as, a 10 de ele próprio diz, “ não podemos ter
irmãos em m elhores condições junho de 1973, em pleno Palácio nada e nem direito a nada se não
nesta posição, teve confirm ado o das Convenções, no A nhem bi, pal­ fizerm os sacrifícios, se não lu tar­
seu cham ado p ara aquele im portan­ co de m em orável Conferência de mos por aquilo que desejamos.
te trabalho. A Estaca São Paulo Á rea, haveria um a nova explosão Q ue os m em bros se conscientizem
foi então organizada naquela opor­ de júbilo, e três novas estacas f o ­ do sacrifício que deve ser feito e
tunidade com 8 unidades, consti­ ram organizadas sob a direção do que deixem de lado as coisas su­
tuídas pelas A la I, da junção do É lder H ow ard W . H unter: a E sta­ p érflu a s” . O Presidente W alter
então ram o de V ila M ariana e do ca de C am pinas, a Estaca de San­ Spát com pletará a sua 40 .a confe­
Ramo do Ipiranga, Ala II, com a tos e a Estaca São Paulo O este. rência de Estaca em m aio do pró­
junção dos ram os do Bosque I e II, Sem dúvida, a form ação destas no­ ximo ano. A sua mensagem aos
Ala III, ram o de Santo A m aro, vas estacas foi um m om ento de Santos do Brasil, e em particular
Ala IV, antigo Pinheiros I, A la V, grande emoção e alegria para o Pre­ aos m em bros de sua estaca, é que
antigo Pinheiros II, Ala V I, Per­ sidente W alter Spãt. A quele que tão “ possam ser abençoados ao vive­
dizes, Ramo da Lapa e Ala de So habilm ente sabia usar suas mãos rem realm ente os m andam entos,
rocaba. G raças à sua liderança e com o desenhista de decorações p a ­ pois, sem fazer sacrifício e sem fa­
o esforço m issionário, dois anos e ra am bientes fam iliares, m atendo a zer a nossa parte não temos o direi­
meio depois de sua organização, sua progressista indústria de m ó ­ to de p edir e nem esperar por
em 24 de novem bro de 1968, a veis finos, tam bém soube usar da coisa algum a. Q ue sejam realm ente
Estaca São Paulo se dividiu, e um a palavra para aconselhar, orientar e fiéis, que vivam os padrões da
nova estaca foi organizada em São estim ular a vida e o progresso es­ Igreja e que fortaleçam o seu Sa­
Paulo, a E staca São Paulo Leste, piritu al dos m em bros de São Paulo. cerdócio, fazendo algum a coisa de
sob a presidência do Presidente Segundo suas próprias palavras im portante. Q ue oossam estar com­
Hélio da Rocha Cam argo. Pouco “ tudo o que aconteceu de im por­ penetrados na responsabilidade de
menos de 2 anos depois, em 6 de tante em sua vida, tanto no sen­ seus cham ados.”
J A N E IR O D E 1976 33
As Oitavas Conferências Gerais da Igreja
Realizadas em várias Cidades do Pacífico Sul

A s oitavas conferências gerais de área serão realizadas em fevereiro e março próximos, em


várias cidades do Pacífico Sul.

M ais de 106.000 m em bros da H am ilton, Nova Z elândia — bourne e em Sidnei, A ustrália, 28


Igreja na A ustrália, Nova Z elândia sexta, sábado e dom ingo, 20-22 de e 29 de fevereiro. Em M elbourne,
e Ilhas do Pacífico Sul, serão convi­ fevereiro, para os m em bros resi­ quatro sessões gerais e sessões
dados p ara as oitavas conferências dentes em Nova Z elândia. R eu­ especiais de grupo serão realizadas
gerais de área, em fevereiro e m arço niões abrangendo um program a de no “ H all F estival” .
de 1976, como p arte do que o Pre­ atividade social, quatro sessões Estão convidados os membros
sidente K im ball cham a de a g ran ­ gerais e sessões especiais de grupo das estacas de A delaide-A ustrália,
de aventura de divulgar integral­ serão dirigidas no Colégio da M elbourne-A ustrália Fairfield e
m ente o program a da Igreja a todo Igreja, em Tem ple V iew , um su­ M elbourne A ustrália M orabbin; e
o m undo. búrbio de H am ilton. das missões de A ustrália Adelaide
A Prim eira Presidência anunciou Suva, Fiji — segunda-feira, 23 e A ustrália M elbourne.
que vai dirigir conferências na de fevereiro. Uma sessão geral
Reuniões sem elhantes serão rea­
A ustrália, e um a em cada um a des­ p ara os m em bros de Fiji está pla­
lizadas para os m em bros das esta­
sas ilhas: Nova Z elândia, Fiji, nejada para segunda-feira à noite, cas de Brisbane, A ustrália, Sidnei
T onga e T aiti. As A utoridades no “h a ll” cívico e cultural em Suva.
A ustrália G reenw ich, Sidnei Aus­
G erais particip arão de todas as N ukualofa, Tonga — terça e trália South e das missões de Aus­
conferências. quarta, 24 e 25 de fevereiro, para trália Brisbane e A ustrália Sidnei.
os m em bros de Tonga. Q uatro
O program a p ara as próxim as Papiti, T aiti — segunda e terça-
sessões gerais e um program a de
conferências é o seguinte: feira, 1 e 2 de m arço, para os mem­
atividade social à noite, a serem
A pia, Samoa — segunda, terça bros de T aiti. Serão realizadas
realizados na Escola Secundária
e quarta-feira, 16-18 de fevereiro, quatro sessões gerais e um progra­
L iahona, da Igreja.
m a de atividade social, na Escola
para os m em bros residentes em Perth, A ustrália — sexta feira,
Samoa. Reuniões incluindo um Elem entar da Igreja de Papiti.
27, para os m em bros da estaca e
program a de atividade social, q u a ­ m issão, em Perth. Uma sessão ge­ H á m ais de 34.000 m em bros da
tro sessões gerais e sessões esp e­ ral será realizada sexta de m anhã, Igreja na N ova Z elândia, m ais de
ciais de grupo que serão realizadas na Sede da Estaca de Perth, 31.000 na A ustrália, cerca de
nas dependências do Colégio da A ustrália. 20.000 em Samoa, 14.000 em T on­
Igreja, de Sam oa O este, perto de Conferências gerais sim ultâneas ga, 2.500 em Fiji e 5.200 na Poli-
A pia, a capital de Sam oa O este. de área serão realizadas em Mel- nésia Francesa.

34 A L IA H O N A
6 de outubro de 1975 sidentes eram o Prim eiro Conselho Serviu tam bém como diretor de
dos Setentas original. dança e oratória e conselheiro da
ACONTECIMENTO antiga AMM, rapazes, professor do
Os sete m em bros do Prim eiro
HISTÓRICO — Conselho dos Setentas servem no Sacerdócio e auxiliares, e secretá­
ORGANIZADO O PRIMEIRO com itê m issionário executivo e são rio da ala.
QUORUM DOS SETENTAS cham ados para o serviço m issioná­ É tam bém autor de lições para
rio especial no Evangelho restau­ os m anuais da Igreja.
A organização do Prim eiro Q uo­ rado de Jesus Cristo em todo o Form ado na escola pública de
rum dos Setentas, um aconteci­ m undo. Mesa, freqüentou a Universidade
mento histórico, foi anunciada E stadual do A rizona, onde recebeu
pelo Presidente Spencer W . K im ­ A gora serão associados pelos
m em bros do Prim eiro Q uorum dos seu bacharelado em 1965 e mes
ball na abertu ra da 145.a Confe­ trado em A dm inistração de E m pre­
rência G eral Sem i-A nual, no dia 3 Setentas, sob a direção dos Doze
Apóstolos e da Prim eira Presidên­ sas em 1966. M ais tarde, exerceu
de outubro de 1975. a função de Agente de Seguros e
Anunciou-se tam bém o cham ado cia, a fim de tornarem o trabalho
m issionário m ais eficiente nas es­ foi m em bro da M illion D ollar
do Élder G ene R. C ook, secretá­ R oundtable. (N .T. — M illion Dol­
rio executivo do Prim eiro C onse­ tacas e missões de todo o m undo.
T am bém assum irão e executarão lar R oundtable — é um program a
lho dos Setentas, como um dos de incentivo aos vendedores de se­
mem bros daquele conselho, preen­ as responsabilidades de A utorida­
des G erais. guro, que conseguem vender
chendo a vaga deixada com a m or­ US$ 1.000.000 em seguros de vi­
te do É lder M ilton R. H u n ter, no V inte novas missões foram or­ da. O irm ão Cook é uma das pou­
dia 25 de junho de 1975. ganizadas este ano, totalizando cas pessoas que atingiu essa m eta.)
Três setentas, que se tornaram 133, a m aior expansão na obra
W illiam Rawsel Bradford n as­
A utoridades G erais, foram cham a­ m issionária, jam ais verificada na
ceu no dia 25 de outubro de 1933,
dos como m em bros do Prim eiro história da Igreja.
em Springville, U tah, filho de
Q uorum dos Setentas. São eles: O Presidente K im ball observou, Rawsel W . e M ary W addoups
Charles A. D idier, R epresentante entretanto, a necessidade de um Bradford.
Regional dos Doze; W illiam R. esforço m issionário da obra cons­
B radford, presidente da M issão de Sua esposa é Mary A nn Bird, de
tantem ente em expansão e m ais efi­
Santiago do Chile; e G orge Patrick M apleton, U tah. Casaram-se no dia
ciente. Ele aguarda ansiosam ente o
Lee, presidente da M issão Hol- 22 de junho de 1955 no Tem plo
dia em que será perm itida a en­
brook A rizona. do Lago Salgado e são pais de
trad a dos m issionários no grande
seis filhos.
O Prim eiro Conselho dos Seten­ núm ero de nações cujas portas
tas preside sobre o Prim eiro Q uo estão ainda fechadas para eles. Q uando rapaz, o Élder Bradford
rum dos Setentas, que é form ado acom panhou seus pais ao H avaí
G ene R. Cook, o novo m em bro
sem se considerar o tem po do cha­ onde presidiram a M issão Laie
do Prim eiro Conselho dos Seten­
m ado de cada m em bro (com o Tem ple Bureau. M ais tarde, serviu
tas, nasceu no dia 1.° de setem bro
ocorre no Conselho dos Doze, como m issionário na Missão Ja­
de 1941, em Léhi, U tah, filho de
Sumos-Conselhos da Estaca etc.) ponesa.
Clarence H. e Myrl T. Cook. Ca­
O Prim eiro Q uorum dos Seten- sou-se com a senhorita Janelle Élder B radford foi líder de gru­
eas será organizado com um n ú m e ­ Schlink, de W inslow , em Mesa, po de m ilitares em Fort Devens,
ro eventual de 70 hom ens. O P ri­ A rizona, no Tem plo de Mesa no M assachusetts, e serviu em m uitas
m eiro Conselho dos Setentas está dia 29 de novem bro de 1963, e posições da Igreja no Texas, tais
incluído em seus 70 m em bros. são pais de quatro filhos. como: presidente do distrito, pre­
O rganizou se um quorum dos Élder Cook tem servido desde sidente do quorum de élderes, jun­
setentas em 28 de fevereiro de ta auxiliar da missão, e presidente
1972 como R epresentante Regional
1835 e foi cham ado o prim eiro do ram o de M cAllen.
dos Doze, sendo designado mais
quorum . Funcionava sob sete p re­ recentem ente para a M issão de Os Bradford têm servido na Mis­
sidentes, mas os m em bros do q uo­ C órdoba, A rgentina, Região Tu- são Santiago do Chile desde julho.
rum não eram considerados A uto­ cum ã da A rgentina, e Missões de Antes de aceitar o cham ado para
ridades G erais. Indiana, Indianápolis e O hio Co a m issão, o É lder B radford era
Após a m orte do Profeta Joseph lum bus. presidente e gerente geral da Inter­
Sm ith, foram organizados nove A ntes de seu casam ento, serviu nacional Fruit G row ers and Ship-
quoruns dos setentas, com 63 dos como m issionário no U ruguai e no pers, Inc. em M cAllen, Texas. A
mem bros do quorum original, to r­ Paraguai. D urante 13 anos após firm a cultiva e com pra frutas cí­
nando-se presidentes destes q u o ­ seu regresso da A m érica do Sul, tricas e tropicais do M éxico para
runs. Élder Cook serviu em três missões vender e distribuir nos Estados
Os sete presidentes originais, de estaca, como presidente da m is­ Unidos e Canadá.
deixados sem um prim eiro quo­ são da estaca, e como um dos sete Formou-se na Escola Secundária
rum organizado, presidiam sobre presidentes do Q uorum dos Seten­ de Springville, U tah, e freqüentou
estes nove quoruns. Estes sete p re­ tas de sua estaca. a U niversidade de Brigham Young.

J A N E IR O D E 1976 35
Gene R. Cook Charles A. Didier

William R. Bradford Dr. George P. Lee

C harles A. D idier nasceu a 5 Região da França, Região Franco- Young em 1968, o m estrado na
de outubro de 1935, em Ixèlles, Belga, M issão Paris-França e Mis­ U niversidade E stadual de U tah em
Bélgica, filho de A ndré e G abrielle são Bruxelas-Bélgica. 1970 e doutorado na U niversida­
C olpaert, e foi batizado na Igreja G eorge Patrick Lee nasceu aos de de Brigham Y oung em 1975.
com o converso no dia 24 de no­ 23 de m arço de 1943, em Tow aoc, Q uando rapaz, freqüentou esco­
vem bro de 1957. C olorado, filho de Pete e Mae K. las públicas de U tah, enquanto
A senhora D idier, nascida Lu R edw om an Lee. participava do Program a de Colo­
cie Lodom ez, de Liège, Bélgica, foi Casou-se com K atherine H ettich, cação de E studantes índios da
convertida à Igreja quando tinha um a índia com anche de O klaho- Igreja de Jesus Cristo dos Santos
15 anos de idade. Os D idier casa­ m a, no dia 13 de dezem bro de dos Últim os D ias. Por causa deste
ram -se no dia 14 de o utubro de 1967, no Tem plo do Lago Salga­ program a, ele m orou na casa de
1961, e são pais de dois filhos. do. Eles têm três filhos. m em bros da Igreja, Sr. e Sra. Glen
A sra. Lee graduou-se na U ni­ L. H arker, de O rem , durante o
O Élder D idier é o d iretor eu­
versidade de Brigham Young. O período escolar, visto que oportu­
ropeu dos serviços de tradução e
D r. Lee é o ex-presidente do C o­ nidades educacionais adequadas
centro de distribuição da Igreja
légio de G anado, um colégio na não eram encontradas próxim o à
em F ran k fu rt, A lem anha.
Reserva N avajo ao norte do A ri­ sua casa, nos afastados lim ites da
É o ex-presidente da Missão zona. Ele foi o prim eiro índio a Reserva N avajo.
Franco-Suíça, professor da Escola ocupar a posição no que antiga­ G anhador de m uitas bolsas de
D om inical, presidente do ram o de m ente era um internato presbite­ estudo e distinções, foi nom eado
Liège, Bélgica.
riano. A ntes disso, foi assistente um dos “ Rapazes Mais D estacados
R ecebeu seu bacharelado em do presidente do colégio, deão dos da A m érica.” Recusou a nom ea­
econom ia na U niversidade de L iè­ estudantes e diretor dos estudos ção como M em bro da Casa Bran­
ge e serviu com o oficial de reser­ índios. ca para aceitar o cargo de presi­
va na força aérea belga. Como R epresentante Regional, o dente do Colégio de G anado. Ser­
É o autor de um estudo econô­ É lder D idier foi designado para a viu tam bém como conselheiro do
mico das relações com erciais entre D r. Lee recebeu seu bacharela­ presidente da outrora Missão No­
o Congo Belga e a Bélgica. do na U niversidade de Brigham vo M éxico — Arizona.

36 A L IA H O N A
Notícias
sobre
o
Templo
Jóvens do Instituto que participaram no projeto de fundos para o Templo.

Porto Alegre, setembro de 1975. cruzeiros), o que consistia por si ras, anéis, brincos, etc., os quais
— Com a finalidade de envolver só no total que a A la deveria apre­ foram vendidos, revertendo os fun­
os alunos do Seminário e Instituto sentar mensalmente, com o quota dos para o Templo.
da Estaca de Porto Alegre, Brasil, estabelecida pelo Comitê de Cons­ Em outra classe, as moças pre­
no trabalho de doação de fundos trução. Para obter tal quantia, os paravam bolos e doces, os quais
para a construção do Templo da alunos do Seminário e Instituto da­ eram vendidos em algumas ativida­
América do Sul, realizou-se um quela A la fizeram diversas coisas. des semanais da Igreja.
projeto especial de serviço naquela Por exemplo: os alunos planejaram Porém o fato mais destacado
unidade, durante o mês de setem­ e levaram a cabo um jantar, o qual deste projeto foi que os jovens con­
bro de 1975. Visava-se despertar foi muito concorrido. Também a tinuaram a fazer donativos para o
na juventude um senso de, respon­ maior parte deles semanalmente Templo, mesmo depois de encerra­
sabilidade para com a construção trazia para a classe 20 ou 30 cru­ do o projeto, o que evidencia que
do sagrado edifício e procurar levá- zeiros em moedas, dinheiro esse os propósitos mais elevados foram
los a iniciarem um processo regu­ economizado daquilo que seria gas­ atingidos. Em todas as classes, se­
lar de ofertas para e edificação da to em passagens de ônibus para a manalmente, os jovens continuam
Casa do Senhor. escola ou na compra da merenda a trazer seus cofres com moedas.
Os alunos foram desafiados a se escolar. Houve um rapaz nesta ala Muitos destes jovens estão contri­
empregarem ativamente em ativida­ que, durante um mês, andou para buindo regularmente, com quantias
des diversas durante o espaço de a escola à pé uma distância de fixas.
um mês e a doarem o dinheiro aproximadamente 10 quilômetros, Simultaneamente ao desafio de
obtido através de tais atividades ida e volta, doando o dinheiro da angariar fundos para o Templo, foi
para a construção do Templo. Foi passagem para o Templo, e fez isso também incentivado o início da
sugerido que os alunos fizessem com grande alegria e satisfação, pesquisa genealógica entre os alu­
economias especiais, sacrifícios de andando no total durante o mês nos. Durante o mês de setembro
alguns hábitos, que desenvolvessem 6 00 quilômetros. Outros jovens o foram preparados e enviados para
certos trabalhos manuais e presta­ imitaram neste sacrifício. Ainda o templo mais de 15 nomes para
ção de serviços, etc. A idéia foi outro rapaz andou com seus sapa­ a realização de ordenanças vicárias
bem aceita. tos furados na sola durante um mês pelos mortos.
N o dia 27 de setembro, cada para doar o dinheiro que gastaria O total de dinheiro doado por
classe apresentou um relatório do na compra de um novo par de alunos do Seminário e Instituto
que havia sido feito e quanto di­ sapatos. durante o mês de setembro, somou
nheiro a classe havia arrecadado. Em uma outra A la, os jovens Cr$ 2 .080,00 o que eqüivale a três
Houve uma das classes que doou dedicaram-se a confecção de pe­ quotas especificadas para uma Ala
CrS 740,00 (setecentos e quarenta quenos adornos, tais com o pulsei­ doar num mês.

Você também pode gostar