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McIver
CONTEXTUALIZAÇÃO
Editor: Roberto Rheinlander Rebello;
Projeto gráfico: Henrique Felix;
Contextualização: Alexandre Vargas,
Carlos Muniz, Paulo Cardoso,
Roberto Rheinlander Rebello, Wesley
Felipe de Oliveira;
Revisores: Sérgio Monteiro, Alexandre
Vargas, Carlos Muniz, Tamar
Guimarães, Paulo Cardoso, Henrique
Felix, Roberto Rheinlander, Wesley
Felipe de Oliveira, Roger Rheinlander;
Conselheiros: Richard Elofer (PhD), ÍNDICE
Reinaldo Siqueira (PhD), Wiliam
Cardoso, Rogel Tavares, Thiago Fiúza,
Lucas Iglesias, Edson Nunes Jr., Cristiano Sobre o Autor - Abreviações.............................................................04
Silva, Marcos Nardy, Bruno Santelli
Introdução....................................................................................05
1 Conhecendo Shimon Kefa (Simão Pedro)..............................06
2 Uma herança incorruptível......................................................16
3 Kohanim do Rei.........................................................................24
4 Relações sociais.........................................................................32
BETH BNEI TSION BRASIL 5 Vivendo para o Eterno.............................................................40
CONFERÊNCIA GERAL 6 Sofrendo pelo Mashiach...........................................................48
Dr. Richard Amram Elofer, PhD
7 Liderança servidora..................................................................56
DIVISÃO SUL AMERICANA 8 Yeshua nos escritos de Kefa......................................................64
Dr. Reinaldo Siqueira, PhD
9 Seja quem você é.......................................................................72
BELO HORIZONTE, MG
Rua Aveiro 367 - S. Francisco
10 Profecia e as Escrituras............................................................80
Marcos Nardy 11 Falsos mestres...........................................................................88
CAMPINAS, SP 12 O Dia do Eterno (Yom HaShem)............................................96
Rua Espanha, 260 - Bonfim
Lucas Iglesias
13 Principais temas das cartas de Kefa (Pedro)...........................96
Glossário...............................................................................................102
CURITIBA, PR
Av. Munhoz da Rocha, 168 - Juvevê Horários................................................................................................110
Bruno Santelli
Calendário...........................................................................................112
FLORIANÓPOLIS, SC Bençãos Diversas..................................................................................114
Rua Visconde de Ouro Preto, 347 - Centro
Cristiano Silva
MANAUS, AM
Rua M/N, 5 - Morada do Sol
Wilian Cardoso NOTAS
RIO DE JANEIRO, RJ
1. Este guia de estudo é uma versão adaptada das lições da Escola Sabati-
Rua Dezenove de fevereiro, 140 - Botafogo
Thiago Fiúza na ao contexto Judaico-Adventista. É usada pelos membros das Beth Bnei
Tsion [Congregações Judaico-Adventistas] como auxiliar e apoio ao estudo
SÃO PAULO, SP semanal. Visa tornar a linguagem mais acessível a esse contexto. O conteú-
Rua Armando Penteado, 291 - Higienópolis do original é preservado usando apenas adaptações contextuais.
Rogel Tavares 2. As versões bíblicas adotadas nessa contextualização são "Bíblia Judaica
Completa" traduzida por David H. Stern, "Bíblia Hebraica" traduzida por
David Gorodovits e Jairo Fridlin e Orthodox Jewish Bible.
3. As referências para estudo semanal (Parashá, Haftará, leitura anual da
Bíblia, Leitura Reavivados por Sua Palavra [Leitura RPSP:] Crede em seus
profetas CSP) e costumes e festas encontram-se junto aos estudos diários.
4. Demais informações, horário do pôr-do-sol, acendimento de velas, da-
tas festivas e Glossário encontram-se anexos ao final deste guia.
Sobre o Autor
Robert K. McIver
Abreviações
Cr: Divrei-HaYamim (Alef, Bet), Crônicas (1Cr, 2Cr) Lv: Vayikra, Vaicrá, Levítico
Is: Ieshaiáhu, Yeshayahu, Isaías Rs: Mlakhim (Alef, Bet), Reis (1Rs, 2Rs)
Apascentando
as ovelhas
S himon Kefa (Simão Pedro) esteve com Yeshua nos momentos mais importantes de
Seu serviço. Ele se tornou líder de destaque entre os primeiros seguidores do Ca-
minho (de Yeshua). Suas cartas são muito interessantes porque foram escritas para as
comunidades que passavam por momentos difíceis. Elas enfrentaram perseguições
externas e também os falsos mestres que surgiam dentro do próprio rebanho.
Kefa (Pedro) advertiu seus leitores contra esses falsos mestres declarando que
eles levantariam dúvidas a respeito da segunda vinda do Messias (2Pe 3:4). Essa
profecia se cumpre em nossos dias.
Kefa falou sobre os sofrimentos pelos quais as comunidades passavam. Se-
gundo Shimon, eles refletiam os sofrimentos do Mashiach, que carregou nossos
pecados no madeiro (1Pe 2:24). A boa notícia é que a morte e ressurreição do
Mashiach trouxe libertação da morte eterna e uma vida de justiça para os que
confiam Nele (1Pe 2:24).
Shimon Kefa declarou que o Mashiach não apenas foi corban em nosso lugar,
mas que Ele também retornará à Terra e executará o juízo divino (2Pe 3:10-12).
Essa perspectiva tem importantes implicações para a vida do seguidor dos ensi-
nos de Yeshua que aguarda a herança reservada no Olam Habá (Mundo Vindouro)
(2Pe 3:7-13; 1Pe 1:4).
Devemos amar uns aos outros (1Pe 4:8; 3:8). Kefa teve essa atitude porque havia
sido transformado. Apesar de haver negado Yeshua (Mt 26:74), ele foi designado
para apascentar Suas ovelhas (Jo 21:17). Suas duas Iguerot (cartas) são exemplos de
obediência a essa ordem.
"Apascentar as ovelhas" envolve a proclamação da libertação pela fidelidade no
Mashiach. Kefa conhecia essa verdade não apenas na teoria, mas havia experimen-
tado o poder da graça de D'us.
"As Iguerot (cartas) de Shimon Kefa estão entre os livros mais grandiosos dos
Escritos da B'rit Hadashá [...], pois Kefa fez exatamente o que Rabi Shaul e todos os
proclamadores das boas novas fizeram: incutiu o princípio de fé, de como o Mashia-
ch, que tira os pecados e nos salva, foi dado a nós" (Commentary on the Epistles of
Peter and Jude, p. 2,3). Yeshua ordenou que Kefa apascentasse Suas ovelhas. Nós
fazemos parte do rebanho. Sejamos apascentados!
Conhecendo Kefa
VERSO PARA MEMORIZAR
""Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo; e, assim que começou a afundar,
gritou: "Senhor, salve-me!". Yeshua estendeu a mão, imediatamente, segurou-o e
lhe disse: "Quão pouca confiança! Por que você duvidou?" (Mt 14:30, 31)
LEITURAS DA SEMANA
Lc 5:1-11; Mt 16:13-17; Mt 14:22-33; Lc 22:31-33, 54-62; Gl 2:11-14
K efa (Pedro) é o autor dos dois livros que levam seu nome (1 e 2Pe). Ele foi um
dos primeiros seguidores de Yeshua. Permaneceu com o Mashiach durante Seu
ministério e foi um dos primeiros talmidim a ver o túmulo vazio. Portanto, Kefa teve
muitas experiências das quais, inspirado pelo Ruach Hakodesh, pôde lançar mão a
fim de escrever essas poderosas cartas. "Quando lhes tornamos conhecidos o poder e
a vinda de nosso Senhor Yeshua, o Messias, não nos fiamos em mitos astuciosamen-
te inventados. Ao contrário, vimos sua Majestade com os próprios olhos." (2Pe 1:16).
Kefa aparece muitas vezes na Bessorá, revelando tanto seus triunfos quanto
seus fracassos. Ele costumava ser o porta-voz dos talmidim nas conversas que
eles tinham com Yeshua. Após a ressurreição e ascensão do Rabi, Kefa se tornou
um preeminente líder da comunidade dos seguidores de Yeshua. O livro de Atos,
assim como o de Gálatas, discorre sobre ele.
Contudo, o mais importante é que Kefa sabia o que era cometer erros, ser
perdoado e seguir em frente com confiança e humildade. Tendo experimentado,
pessoalmente, a graça de D'us, ele continua sendo uma voz poderosa a todos
que precisam conhecer essa graça.
LEITURAS DA SEMANA
Afasta-te de mim!
N a primeira vez que nos deparamos com Kefa, ele é descrito como um pescador
no mar da Galileia (Mt 4:18; Mc 1:16; Lc 5:1-11). Ele havia trabalhado a noite toda
sem pegar sequer um peixe. Porém, Kefa e seus companheiros obedeceram à ordem
de Yeshua de que retornassem ao lago e tentassem novamente. Imagine quanto ele
e seus companheiros devem ter ficado assombrados ao pegar tantos peixes a ponto
de seus barcos quase afundarem! O que deve ter passado na mente daqueles homens
após esse milagre?
1. Leia Lc 5:1-9. O que as palavras de Kefa a Yeshua, em Lc 5:8, revelam sobre sua
condição espiritual?
Kefa sabia algumas coisas sobre Yeshua que o haviam deixado impressionado. Por
isso, quando Yeshua mandou que o grupo lançasse as redes, embora incrédulo por não
ter pescado nada, ele disse: "Se você diz assim, lançarei as redes." Isso ocorreu antes da
pesca milagrosa. Parece que ele já tinha conhecimento do Mashiach e isso o levou a
obedecer. Evidências sugerem que Kefa já havia estado com o Rabi Yeshua por certo
tempo antes desse episódio. Lc 5:3 revela o que havia acontecido antes do milagre dos
peixes. "Entrou em um dos barcos, o que pertencia a Shimon, e lhe pediu que o afastas-
se um pouco da margem. Então se sentou e, do barco, ensinou o povo." Talvez tenham
sido essas palavras do Mashiach que impressionaram Kefa tão profundamente.
No entanto, após o milagre, Kefa percebeu algo mais em Yeshua, algo sagrado que
contrastava com seus próprios pecados. A percepção de sua condição pecaminosa e sua
boa vontade em admitir isso publicamente mostram quanto Kefa estava aberto ao
Mashiach. Não é de admirar que ele tenha sido chamado! Quaisquer que fossem seus
defeitos, Kefa era um homem espiritual que estava pronto para seguir o Eterno, inde-
pendentemente do preço que tivesse que pagar.
2. Leia Lc 5:11. Qual é o princípio fundamental desse verso? Qual tipo de compro-
misso Yeshua nos pede? Que lição aprendemos com a disposição desses pescado-
res de abandonar tudo, mesmo quando as redes estavam cheias?
ESTUDO DIÁRIO
Reconhecendo o Messias
Nessa ocasião, Kefa falou ousadamente sobre sua confiança em Yeshua. Além
disso, os outros talmidim também compartilhavam de sua confissão de que Yeshua
era o Messias, e isso é muito claro em Mt 16:20. Embora os talmidim tivessem muito
mais a aprender, esse momento foi decisivo no ministério de Yeshua.
"Os talmidim ainda esperavam que o Mashiach reinasse como príncipe deste
mundo (Olam Hazê). Embora Ele houvesse por tanto tempo ocultado Seu desígnio,
acreditavam que não permaneceria sempre na pobreza e obscuridade; aproxima-
va-se o tempo em que Ele estabeleceria Seu reino (Olam Habá). Os talmidim nunca
alimentaram o pensamento de que o ódio dos opositores, jamais desapareceria, de
que o Mashiach seria rejeitado por alguns líderes de sua própria gente, condenado
como enganador e levado a corbã como malfeitor"1
Assim que os talmidim reconheceram Yeshua como Messias, Ele começou a ex-
plicar que teria de sofrer e morrer (Mt 16:21-23), uma ideia que Kefa não podia acei-
tar. Ele chegou a "repreender" Yeshua. Então, o Rabi lhe disse: "Para trás de mim,
Satan!!" (Mt 16:23). Essa foi uma das expressões mais duras que o Mashiach disse a
alguém durante Seu ministério; no entanto, Ele o fez para o bem de Kefa. As pala-
vras de Kefa refletiam seus próprios desejos e sua atitude egoísta em relação ao que
queria. O Mashiach teve que detê-lo ali, naquele momento. Kefa precisava aprender
que servir o Eterno envolveria sofrimento. Por meio de seus escritos posteriores, fica
evidente que ele aprendeu a lição.
O que você faz quando seus desejos pessoais conflitam com a vontade de D'us para sua vida?
ESTUDO DIÁRIO
E m seus momentos com Yeshua, os talmidim viram muitas coisas notáveis, em-
bora poucas delas possam ser comparadas aos acontecimentos descritos em Mt
14:13-33, Mc 6:30-52 e Jo 6:1-21. O Mashiach usou cinco pequenos pães e dois peixes
para alimentar mais de cinco mil pessoas! O que os talmidim devem ter pensado
depois de testemunhar esse milagre?
4. Leia Mt 14:22-33. Qual é a lição mais importante dessa história? Como ela
nos ajuda em nossa caminhada com o Eterno?
ESTUDO DIÁRIO
A s intenções de Kefa eram boas. De fato, ele demonstrou mais coragem do que os
outros talmidim. Na verdade, ele seguiu Yeshua a fim de descobrir o que acon-
teceria, mas, ao fazer isso, Kefa decidiu esconder sua verdadeira identidade. Essa
transigência, esse desvio do bom e correto caminho, levou-o a negar seu Rabi por
três vezes, exatamente como Yeshua o havia advertido.
Embora triste, a história de Kefa descrita nessa passagem é muito instrutiva
quanto ao resultado devastador de uma transigência.
Como sabemos, nossa história é manchada por terríveis consequências quando
alguns são condescendentes em relação às verdades fundamentais. Embora muitas
vezes tenhamos que fazer concessões e estar dispostos a ceder e a nos submeter, de-
vemos permanecer firmes nas verdades essenciais. Como povo escolhido, devemos
saber quais são as coisas das quais jamais poderemos abrir mão, sejam quais forem
as circunstâncias (veja, por exemplo, Ap 14:12).
De acordo com a escritora Ellen G. White, a transigência e o fracasso de Kefa
começaram no Gat Shmanim, quando, em vez de orar, ele dormiu, e, portanto, não
se preparou espiritualmente para o que estava por vir. Se Kefa tivesse sido fiel em
oração, "não teria negado o Mashiach"2
Kefa falhou terrivelmente, mas, por maior que houvesse sido seu fracasso, a
graça de D'us foi ainda maior. "Onde o pecado foi multiplicado, a graça o foi muito
mais." (Rm 5:20).
O perdão de Yeshua fez com que ele se tornasse um dos principais líderes reli-
giosos da comunidade. Que lição poderosa a respeito da realidade da graça de D'us!
Um exemplo de que todos nós, apesar de nossas falhas, devemos seguir adiante
com fidelidade!
Kefa soube o que significa ser perdoado. Ele soube, pessoalmente, qual é o sig-
nificado da Bessorá, pois experimentou não apenas a realidade da sua pecamino-
sidade, mas também a grandeza e a profundidade do amor e da graça de D'us para
com os pecadores.
Como podemos aprender a perdoar aqueles que nos decepcionam? Pense no exemplo
do Mashiach.
ESTUDO DIÁRIO
D urante o ministério de Yeshua, Kefa atuou muitas vezes como líder dos 12 She-
lishim (emissários). Ele costumava ser o porta-voz do grupo. Quando Matti-
tyahu listou os discípulos, escreveu: "Em primeiro lugar, Shimon, chamado Kefa,"
(Mt 10:2). Kefa também teve papel de destaque na kehilá. Foi ele quem tomou a
iniciativa de designar um discípulo para substituir Yehudá de Kriot, aquele que havia
traído Yeshua (At 1:15-25). No primeiro Shavuot após a ressurreição de Yeshua, Kefa
explicou às multidões que elas estavam testemunhando o prometido dom do Espíri-
to, derramado por D'us sobre Seu povo (At 2:14-36). Foi ele que falou com o Cohen
Gadol e com os líderes políticos e religiosos ali reunidos, quando, juntamente com
Yochanan, tinha sido preso por ensinar sobre a ressurreição dos mortos (At 4: 1-12).
Kefa foi conduzido a Cornélio, o primeiro goy a converter-se ao judaísmo na condi-
ção de seguidor de Yeshua (At 10:1-48). Shaul o visitou durante 15 dias, quando foi a
Yerushalayim pela primeira vez após sua conversão (Gl 1:18). Ao descrever o círculo
de seguidores de Yeshua em Yerushalayim naquela época, Rabi Shaul identificou três
colunas da comunidade: Kefa, Yaakov, irmão de Yeshua e Yochanan (Gl 2:9).
6. Leia Gálatas 1:18, 19; 2:9, 11-14. O que esses textos revelam sobre a preemi-
nente atuação de Kefa na comunidade?
ESTUDO DIÁRIO
Estudo adicional
L eia os capítulos "O Chamado à Beira-Mar e "Uma Noite no Lago" do livro "O
Desejado de Todas as Nações."3
Desde quando admitiu primeiramente sua própria condição de pecador, até sua
ousada declaração a respeito de que Yeshua é "o Mashiach, o Filho do D'us vivo" (Mt
16:16); passando por sua terrível negação do Messias, até suas vitórias e equívocos
como líder da comunidade, Kefa certamente teve um papel fundamental. Portanto,
sob a infalível inspiração do Ruach Hakodesh, ele foi capaz de escrever suas car-
tas, não somente com base em conhecimento teórico, mas por experiência própria.
Kefa conheceu não apenas a graça libertadora do Mashiach, mas também sua che-
sed (graça) transformadora: "Antes de sua grande queda, [Kefa] era sempre ousado
e ditatorial, falando inadvertidamente segundo o impulso do momento. Ele estava
sempre pronto para corrigir os outros e expressar os próprios pensamentos, antes
de ter uma clara compreensão de si mesmo ou do que deveria dizer. Mas ele fez sua
teshuvá, e o novo Kefa foi diferente daquele irrefletido e impulsivo Kefa. Embora
conservasse seu primitivo fervor, a graça do Mashiach ajustou seu zelo. Em vez de
ser impetuoso, autoconfiante e presunçoso, ele passou a ser calmo, ponderado e
dócil. Então pôde apascentar os cordeiros e as ovelhas do rebanho do Mashiach"4.
Quem não se identifica com Kefa de alguma forma? Quem já não defendeu bra-
vamente sua fé e, depois, falhou terrivelmente?
ESTUDO DIÁRIO
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 1
1
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 415. (contextualizado)
2
Idem, Idem, p. 714. (contextualizado)
3
Idem, Idem, p. 244-251, p. 377-382 (contextualizado)
4
Ellen G. White, TI, v. 5, p. 334, 335 (contextualizado)
Uma herança
incorruptível
VERSO PARA MEMORIZAR
"Agora que vocês se purificaram por meio da obediência à verdade, de forma que
têm amor sincero pelos irmãos, amem profundamente uns aos outros, de todo o
coração." (1Pe 1:22)
LEITURAS DA SEMANA
1Pe 1:1, 2; Jo 3:16; Ez 33:11; 1Pe 1:3-21; Lv 11:44, 45; 1Pe 1:22-25
LEITURAS DA SEMANA
Ore esta semana pelo líderes Anna Vasina, Victor Sokurov da comunidade judai-
co-adventista de San Jose, (CA), USA.
14 Shimon Kefa - As cartas de Pedro - שמעון כיפא
2 de abril [ יום ראשוןYom Rishon 6 Nissan] Domingo
Para os exilados
S e você recebesse um pedaço de papel que começasse assim: "Prezado (a) senhor (a)",
Perceberia que se trata de uma carta. Além disso, suporia que o remetente provavel-
mente não fosse alguém de quem você se sentisse próximo.
Assim como as cartas modernas têm uma forma estabelecida para o começo, as
antigas também tinham. Primeiramente, Kefa começou como qualquer outra carta an-
tiga. Ele identificou o autor e aqueles a quem ela era destinada.
1. Leia 1Pe 1:1. O que esse verso revela sobre o contexto da carta de Kefa?
JEJUM 10 DE NISSAN
ESTUDO DIÁRIO
Eleitos
2. Leia 1Pe 1:2. O que mais esse verso revela sobre aqueles a quem Kefa escre-
veu? Do que ele os chamou?
Q uer tenha escrito especificamente para judeus, quer para goyim conversos, o fato é
que Kefa tinha a certeza de que eles eram "escolhidos de acordo com o pré-conhe-
cimento de Deus Pai" (1Pe 1:2).
Nesse ponto, porém, é preciso ter cuidado. Isso não significa que D'us tenha predes-
tinado algumas pessoas para a salvação e outras para a perdição. Teria sido uma grande
"sorte" se os leitores de Kefa fossem alguns desses escolhidos ou eleitos por D'us para
a salvação, enquanto os outros fossem predestinados para a perdição. Mas a Bíblia não
ensina isso.
3. Leia 1Tm 2:4; 2Pe 3:9; Jo 3:16; Ez 33:11. O que Kefa quis dizer quando chamou
essas pessoas de eleitas?
As Escrituras deixam claro que o plano de D'us é que todos sejam salvos, um
plano instituído em favor de todos antes da criação da Terra. "Ele nos escolheu em
amor, no Messias, antes da criação do Universo" (Ef 1:4). "Todos" são "eleitos" no
sentido de que o propósito original de D'us era que todos fossem salvos e ninguém
perecesse, Ele predestinou toda a humanidade para a vida eterna. Isso significa que
o plano da libertação foi suficiente para que todos fossem incluídos na expiação dos
pecados, mesmo que nem todos aceitem o que essa expiação lhes oferece.
A presciência de D'us a respeito dos eleitos é simplesmente Seu conhecimento
antecipado de qual será a livre escolha deles em relação à salvação (Yeshuah). Sua
presciência de maneira alguma força a decisão das pessoas. Semelhantemente, o
fato de uma mãe saber, de antemão, que seu filho escolherá o bolo de chocolate em
vez de vagem, não significa que seu conhecimento prévio da escolha obrigue a
criança a decidir assim.
Que segurança você encontra na verdade de que Hashem o escolheu para ser salvo?
ESTUDO DIÁRIO
Temas principais
4. Leia 1Pe 1:3-12. Qual é a principal mensagem de Kefa nesses versos?
N a saudação aos seus leitores (1Pe 1:1, 2), Kefa já havia mencionado o Pai, o Filho e o
Ruach Hakodesh (1Pe 1:2). A divindade (Pai, Filho e Espírito) é o tema de 1Pe 1:3-12. O
Pai e o Filho são o assunto de 1Pe 1:3-9, e o Ruach Hakodesh é destacado em 1Pe 1:10-12.
Ao escrever sobre o Pai, o Filho e as ações do Ruach Hakodesh, Kefa introduziu
muitos temas que ele retomou posteriormente.
Segundo ele, os talmidim haviam nascido de novo (1Pe 1:3; veja também Jo 3:7).
Sua vida tinha sido transformada pela ressurreição de Yeshua e pela extraordinária
herança que os aguardava no Olam Habá (1Pe 1:3, 4). Nessa passagem bíblica, assim
como em tantos outros textos da B'rit Hadashá,, a ressurreição de Yeshua é funda-
mental para nossa esperança.
Embora muitos que liam 1Pe estivessem sofrendo, essa esperança lhes dava motivo
para se alegrarem. O sofrimento provava e refinava sua confiança, assim como o fogo prova
e refina o ouro. Embora os leitores de Kefa não tivessem conhecido Yeshua pessoalmente,
eles o amavam e Nele acreditavam. Como resultado de sua confiança Nele, receberam a sal-
vação e a promessa de "uma herança que não pode deteriorar-se, estragar ou desaparecer
gradualmente, mantida em segurança no céu (Olam Habá) para" eles (1Pe 1:4).
Kefa revelou também aos seus leitores que os profetas do passado haviam predito
a "dádiva da libertação" que havia de alcançá-los (1Pe 1:10). Os profetas "ponde-
raram e inquiriram diligentemente" (1Pe 1:10) sobre a libertação que eles estavam
então experimentando em Yeshua.
Kefa ressaltou aos seus leitores que, ao mesmo tempo em que eram perseguidos
por sua confiança no Eterno, eles faziam parte de um conflito muito maior entre o
bem e o mal. No fim, ele estava tentando ajudá-los a permanecer fiéis à verdade,
mesmo em meio às provações.
De acordo com 1Pe 1:4, há uma herança reservada para nós no Mundo Vindouro. Há um
lugar reservado para você. Qual é sua reação diante dessa promessa maravilhosa?
ESTUDO DIÁRIO
Viver a Libertação
5. Leia 1Pe 1:13-21. De acordo com essa passagem, o que deve motivar o nosso
comportamento?
A palavra "portanto", que dá início ao verso 13, indica uma consequência ou con-
clusão do que Kefa havia acabado de dizer. Como vimos no estudo de ontem,
Kefa estava falando sobre a graça de D'us e a esperança que os fiéis têm em Yeshua
HaMashiach (1Pe 1:3-12).
Como resultado dessa graça e esperança, Kefa pediu aos seus leitores que estives-
sem com "a mente preparada" (1Pe 1:13). Isto é, em resposta à salvação que tinham em
Yeshua, eles deveriam preparar a mente a fim de se manter firmes e fiéis (1Pe 1:13).
6. Leia 1Pe 1:13. O que significa colocar sua esperança inteiramente na graça
revelada em Yeshua?
Kefa falou que a esperança deles estava unicamente no Mashiach. Porém, em seguida,
enfatizou que determinado comportamento é esperado dos seguidores de Yeshua como
Messias como consequência de sua libertação. Ele mencionou três grandes motivações
para este comportamento: o caráter de D'us (1Pe 1:15, 16), o juízo vindouro (1Pe 1:17) e o
preço da redenção (1Pe 1:17-21).
A primeira coisa que motiva este comportamento é o caráter de D'us. Seu caráter pode
ser resumido da seguinte maneira: o Eterno é santo. Kefa citou Vaykrá 11:44, 45, quando
escreveu: "Vocês devem ser santos (kedoshim - )קְ דֹ ִשׁים, porque Eu sou santo (Kadosh -
")קדוש. (1Pe 1:16 citando Lv 11:44, 45;19:2; 20:7). Portanto, aqueles que seguem a Yeshua
também devem ser santos (1Pe 1:15-17).
A segunda motivação para o comportamento dos fiéis ocorre quando percebemos que o
D'us Santo julgará a todos com imparcialidade, de acordo com as obras de cada um (1Pe 1:17).
A terceira motivação resulta da grande verdade de que os justos são redimidos. Isso
significa que eles foram comprados por um preço muito alto, o sangue do Mashiach (1Pe
1:19). Kefa enfatizou que a morte de Yeshua não foi um acidente histórico, mas algo esta-
belecido antes da fundação do mundo (1Pe 1:20).
ESTUDO DIÁRIO
P rosseguindo em seu texto, Kefa guiou à expressão suprema de uma vida santa
e fiel.
7. Leia 1Pe 1:22-25. Qual foi o argumento fundamental de Kefa sobre o que sig-
nifica ser kedoshim (santo)?
Kefa começou seu argumento afirmando que eles já estavam purificados ("Agora que
vocês se purificaram[...]"), e obedeciam à verdade (1Pe 1:22). O verbo "purificar", ou "lim-
par", está intimamente relacionado às palavras "Kadosh" e "Kedushim", relacionadas ao
que Kefa havia escrito um pouco antes (1Pe 1:15).
Os seguidores haviam sido purificados por meio da imersão e de seu compromisso com
Yeshua (compare com 1Pe 3:21, 22), ao dedicar sua vida exclusivamente a D'us mediante a
obediência à verdade.
Como consequência natural dessa mudança em sua vida, eles passaram a ter um rela-
cionamento próximo com outros que compartilhavam de semelhante visão. Tamanha era a
proximidade desses relacionamentos que Kefa utilizou a linguagem familiar para descrevê-
-los. Deveriam agir por amor fraternal. A palavra Φιλαδέλφεια (philadelphia), utilizada em
1Pe 1:22 e traduzida como "amor fraternal", significa literalmente "amor de irmão ou
irmã". É o amor que os membros de uma família têm uns pelos outros.
Existem várias palavras diferentes que são traduzidas como "amor": φιλία - filia (ami-
zade), Ἔρως - eros (amor apaixonado de um casal) e αγάπη - ágape (amor puro que busca
o bem do outro). A palavra que Kefa utilizou quando escreveu "amai-vos, de coração, uns
aos outros ardentemente" (1Pe 1:22) está ligada a αγάπη, que significa o puro amor que
busca o bem das outras pessoas. Certamente foi por isso que ele acrescentou à sua frase as
palavras "de coração - sincero" (1Pe 1:22), o coração que recebemos quando somos "rege-
nerados" (1Pe 1:23; veja também 1Pe 1:3) por meio da Palavra incorruptível de D'us. Esse tipo
de amor provém somente do Eterno. Não é manifestado por um coração não regenerado,
egoísta e egocêntrico. Por isso, Kefa deu tanta ênfase à purificação e à "obediência à verda-
de" (1Pe 1:22). A verdade (Emet - )אמתnão é apenas uma crença; ela deve ser vivida.
Como podemos ser mais amorosos? Como podemos manifestar o tipo de amor que provém
de um coração puro?
ESTUDO DIÁRIO
Estudo adicional
ESTUDO DIÁRIO
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 2
1
Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 373-376 e 365-368. (contextualizado)
Kohanim do Rei
VERSO PARA MEMORIZAR
"Vocês, porém, são o povo escolhido, os kohanim do Rei, a nação santa, o povo
pertencente a Deus!' Por quê? Para louvar Aquele que os chamou das trevas para sua
maravilhosa luz." (1Pe 2:9)
LEITURAS DA SEMANA
1Pe 2:1-3; Hb 4:12; 1Pe 2:4-8; Is 28:16; Êx 19:3-6; 1Pe 2:5, 9, 10
I merso na cultura, religião e história judaica, Kefa se referiu aos seguidores e con-
versos a quem escreveu como nação santa, povo exclusivo de D'us. Ao fazer isso,
ele empregou a linguagem da aliança, usada no Tanakh para se referir à Israel, e a
aplicou também à comunidade da B'rit Hadashá.
Isso não é surpresa, pois os seguidores goyim haviam sido "enxertados" no povo
da aliança divina. Eles passaram a ser participantes das promessas da aliança. "Se,
porém, alguns ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado
em meio deles e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories
contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas
a raiz, a ti" (Rm 11:17, 18).
Nas passagens bíblicas que estudaremos nesta semana, Kefa ressaltou aos seus
leitores a responsabilidade sagrada e a alta vocação que eles tinham como povo da
aliança divina, aqueles que, conforme a linguagem de Rabi Shaul, haviam sido "en-
xertados" na oliveira. Assim como Israel, os seguidores goyim também tinham a
responsabilidade de proclamar a grandiosa verdade da yeshuah (salvação) oferecida
pelo Eterno.
LEITURAS DA SEMANA
Viver fielmente
A primeira palavra de 1Pe 2:1 é "portanto". Isso significa que o que se segue é re-
sultado do que vem antes. Como vimos anteriormente, o primeiro capítulo de
1Pe foi uma obra prima do que o Mashiach fez por nós e da resposta que devemos dar
diante do que ele fez em nosso favor. No capítulo seguinte, Kefa retomou esse tema e
o aprofundou ainda mais.
Kefa utilizou duas imagens distintas para mostrar que temos um duplo dever.
Uma delas é negativa, no sentido de que algumas coisas devem ser abandonadas. A
outra é positiva, no sentido de que devemos buscar fazer algo.
Em sua primeira imagem, Kefa exortou os seguidores a se livrarem da maldade,
engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência (1Pe 2:1). Dessa maneira,
nosso comportamento será diferente da prática de muitas pessoas ao redor. Rejei-
tando a maldade, não teremos o desejo de prejudicar os outros, mas buscaremos o
bem deles. Tendo abandonado a falsidade, não enganaremos o próximo, mas sere-
mos francos e honestos. Não teremos inveja daqueles que têm mais posses do que
nós; em vez disso, estaremos contentes com nossa vida e floresceremos onde a Pro-
vidência nos tem colocado. Também não faremos declarações que prejudiquem deli-
beradamente a reputação do nosso próximo. A segunda imagem que Kefa utilizou é a
de um bebê ávido por leite (1Pe 2:2),o que apresenta o lado positivo de seu ensino. A
vida religiosa não é apenas uma questão de abandonar coisas ruins. Uma vida assim
seria vazia. Viver como fiel significa buscar o alimento espiritual com a mesma in-
tensidade que um bebê faminto chora, pedindo leite. Kefa dirigiu seus leitores à fon-
te desse alimento espiritual (veja também Hb 4:12; Mt 22:29; 2Tm 3:15-17), a Bíblia.
É na Palavra de D'us que podemos crescer espiritual e moralmente, pois nela temos a
revelação mais plena possível do Mashiach. Temos em Yeshua a maior representação
do caráter e da natureza de HaShem, o D'us santo, a quem devemos amar e servir.
Buscar o alimento espiritual nas Escrituras Sagradas nos ajuda a abandonar as más atitudes so-
bre as quais Kefa nos advertiu?
ESTUDO DIÁRIO
A pedra viva
2. Leia 1Pe 2:4-8 (veja também Is 28:16; Sl 118:22; Is 8:14, 15). Que verdade
fundamental foi mencionada por Kefa? Como devemos agir em resposta ao
sacrifício de Yeshua?
D epois de instruir seus leitores a buscar o alimento espiritual, Kefa dirigiu ime-
diatamente a atenção deles para Yeshua HaMashiach, a Pedra viva, muito pro-
vavelmente uma referência ao Beit Hamikdash (templo de Jerusalém). Em 1Pe 2:4-8,
ele citou três passagens da Bíblia Hebraica que ressaltam a importância das pedras
angulares. Essas pedras representam a função de Yeshua em sua kehilá. Kefa não foi
o único a relacionar esses versos ao Mashiach. O próprio Yeshua empregou o Tehilim
(Sl) 118:22 na conclusão de uma de Suas parábolas (Mt 21:42). Kefa fez o mesmo em
At 4:11, em seu discurso à liderança judaica. Rabi Shaul usou Is 28:16 em Rm 9:33.
O argumento de Kefa é que, embora Yeshua tivesse sido rejeitado e morto, Ele
havia sido escolhido por D'us para Se tornar a pedra angular da casa espiritual divi-
na. Por isso, os seguidores também são pedras vivas edificadas nessa casa. Ao usar
a terminologia da pedra angular e da pedra fundamental, Kefa estava apresentando
um retrato da kehilá, que é fundada sobre o Messias, mas formada por aqueles que
O seguem.
Tornar-se um fiel seguidor significa passar a fazer parte de uma comunidade
ou kehilá. Assim como um tijolo deve ser usado para edificar uma estrutura maior,
também somos chamados a ser seguidores do Mashiach em comunidade. Aquele
que não adora nem trabalha com outros para o avanço do reino de D'us é uma
contradição. Somos imersos no Mashiach e, sendo imersos Nele, também somos
em Sua kehilá.
Kefa falou também sobre a função da kehilá, que é ser "kohanim separados para
D'us" (1Pe 2:5) que ofereça "sacrifícios espirituais". No Tanakh, os Kohanim (sacer-
dotes) mediavam entre D'us e Seu povo. Muitas vezes, Kefa e outros autores da B'rit
Hadashá lançaram mão da linguagem 1º do templo e do sacerdócio a fim de apresentar
a kehilá como templo vivo de D'us, e Seu povo, como kohanim desse templo. Kefa
mencionou O sistema de culto descrito no Tanakh para revelar verdades sobre a ma-
neira pela qual devemos viver e agir hoje.
ESTUDO DIÁRIO
E m grande parte, Kefa escreveu com base na perspectiva da Bíblia Hebraica, em que
a ideia de aliança era algo central, um tema fundamental para a teologia judaica.
O que é aliança?
"Aliança" (B'rit - )ב ִּרית
ְ é uma palavra que descreve um tratado ou acordo formal
entre duas partes. Ela podia ser feita entre dois indivíduos, por exemplo, Lavan e
Yaakov em Bereshit (Gn) 1:44, ou entre dois reis, como no caso de Shlomo (Salomão)
e Hiran em 1 Rs 5:12 (onde b'rit é traduzida como "acordo" ou "tratado"). Podia ser
feita também entre um rei e seu povo, como, por exemplo, David e os anciãos de
Israel (2Sm 5:3).
Entre essas relações se destaca o relacionamento especial de aliança que existe
entre D'us e Seu povo escolhido, os descendentes de Avrahan.
4. Leia Bereshit (Gn) 17:1-4 e Shmot (Êx) 2:24; 24:3-8. O que esses textos reve-
lam sobre a aliança que D'us fez com Israel?
O primeiro livro da Bíblia, Bereshit, traz o relato da aliança de D'us com Avrahan
(Gn 15:9-21; 17:1-26). o Eterno "lembrou-Se" dessa aliança quando resgatou Seu
povo da opressão egípcia (Êx 2:24). Ele a renovou nos dias de Moshê quando deu aos
filhos de Israel os Dez Mandamentos e outras mitzvot (veja Êx 19:1-24:8, especial-
mente Êx 24:3-8).
Todavia, as promessas da aliança eram condicionais. "O Eterno determinou que,
se eles fossem fiéis na observância de Suas mitzvot, Ele os abençoaria em toda a
sua colheita e em toda a obra de suas mãos"1. Os profetas alertaram repetidamente
Israel quanto aos perigos da desobediência à Torá de D'us, muitas vezes usando uma
linguagem que fazia o povo se lembrar da aliança. Alguns estudiosos sustentam que,
com exceção das profecias de Daniel e do livro Revelação [Ap], muitas profecias bí-
blicas são condicionais. Isso mostra quanto a obediência é fundamental no tocante
às promessas da b'rit. As bênçãos estavam condicionadas à obediência à Torá, e a
destruição se aplicava somente aos rebeldes.
O que significa estar em um relacionamento de aliança com HaShem? Quais compromissos esse
relacionamento requer de você?
PESSACH - 2º SEDER
ESTUDO DIÁRIO
Leitura Pessach 1: Shemot [Êx] 12:21-51; Bamidbar [Nm] 28:19-25; [Js] 5:2-6:27
Leitura mensal Salmos: Tehilim [Sl] 77-78
Leitura RPSP: Pv 12
Leitura anual completa: 1Rs 3,4
E m Shemot 19, o Eterno disse a Moshê: "Assim dirás à Casa de Jacob e anunciarás
aos filhos de Israel: Tendes visto o que fiz no Egito, e que vos levei sobre asas de
águias e vos trouxe a Mim. E agora, se ouvirdes atentamente Minha voz e guardardes
Minha aliança, sereis para Mim o tesouro de todos os povos, porque toda a terra é
Minha! E vós sereis para Mim um reino de sacerdotes e um povo santo!" (Êx 19:3-6).
A mensagem das boas novas sobre o Messias, revelada milênios antes da morte
de Yeshua, é que D'us redime Seu povo, salvando-o da escravidão do pecado. Em
seguida, Ele ordena que O amemos e obedeçamos, como povo especial da aliança
diante Dele e do mundo.
5. Leia 1Pe 2:5, 9, 10 e Êx 19:6. O que Kefa quis dizer quando chamou os segui-
dores de "kohanim do Rei" e de "povo santo" (1Pe 2:9 (Is 7:6))? Qual é nosso
dever hoje?
Nação santa. Kohanim do Rei. Qual é o significado dessas expressões no que diz respeito ao
nosso estilo de vida, no aspecto individual e coletivo? Como podemos viver mais de acordo
com essa alta vocação?
PESSACH
ESTUDO DIÁRIO
Proclamando os louvores
A aplicação prática dos Escritos da Bíblia Hebraica não incluem apenas a salvação
e o fato de que somos chamados e eleitos por D'us, A pergunta é, fomos chama-
dos e escolhidos para quê? Kefa nos deu prontamente a resposta.
Ele ressaltou que nosso relacionamento especial com o Eterno tem um propósito,
devemos louvar Aquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz." (1 Pe
2:9). Esse era o dever de Israel. D'us havia chamado nossos pais para que testemu-
nhassem Dele ao mundo. Seu propósito era abençoar toda a Terra por meio de Israel,
Seu povo da aliança.
6. O que os seguintes textos têm em comum? Dt 4:6; 26:18, 19; Is 60:1-3; Zc 8:23
Como povo da aliança, Israel tinha a missão de alcançar o mundo com as boas
novas, a salvação oferecida pelo Eterno. Temos a mesma missão divina. Somos cha-
mados a compartilhar nossa experiência e conhecimento de D'us e o que Ele fez ao
mundo por meio do Mashiach.
7. Leia 1Pe 2:10. Por que o conteúdo desse verso é fundamental para nosso ob-
jetivo e propósito de vida?
PESSACH
ESTUDO DIÁRIO
Estudo adicional
"A kehilá é muito preciosa aos olhos do Eterno. Ele não a avalia por suas vanta-
gens exteriores, mas pela sincera piedade que a distingue do mundo. Estima-
-a segundo o crescimento dos membros no conhecimento do Mashiach, segundo o
progresso na experiência espiritual".
"O Mashiach anseia receber de Sua vinha os frutos da santidade e altruísmo.
Espera os princípios de amor e benignidade. Toda a beleza da arte não pode ser com-
parada à do temperamento e caráter que devem ser revelados nos representantes do
Mashiach. E a atmosfera de graça que circunda o fiel, o Ruach Hakodesh que atua em
sua mente e coração, que o torna um cheiro de vida para vida, e possibilita que D'us
abençoe sua obra".2
PESSACH
Horário para o acendimento das velas de Shabat (págs. 110-111)
ESTUDO DIÁRIO
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 3
1
Ellen G. White, TI, v. 2, p. 574 (contextualizado)
2
Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 298. (contextualizado)
PESSACH
Horário do pôr do sol e Havdalá - término do Shabat (págs. 110-111)
Relações sociais
VERSO PARA MEMORIZAR
"Sobretudo, mantenham ativamente o amor uns pelos outros; porque o amor
(ahavah) cobre muitos pecados" (1Pe 4:8 citando Pv 10:12)
LEITURAS DA SEMANA
1Pe 2:13-23; 1Pe 3:1-7; 1Co 7:12-16;Gl 3:27, 28;At 5:27-32; Lv 19:18
A carta de Kefa também confronta algumas questões sociais difíceis de seu tem-
po. Por exemplo, como os seguidores de Yeshua deveriam suportar um governo
opressivo e corrupto como o Império Romano pagão? O que Kefa disse aos seus lei-
tores, e o que suas palavras significam para nós?
Como os escravos convertidos deveriam reagir quando seus senhores os trata-
vam de maneira severa e injusta? Embora as relações atuais entre empregadores e
empregados sejam diferentes do relacionamento entre senhor e escravo no primei-
ro século, aqueles que têm que lidar com chefes injustos e abusivos certamente se
identificarão com o que Kefa disse. É extraordinário que ele tenha apontado Yeshua
como o perfeito exemplo de como devemos nos comportar quando somos maltrata-
dos (1Pe 2:21-24).
Como os maridos e esposas devem se relacionar, especialmente quando diver-
gem sobre uma questão tão fundamental como a crença religiosa?
Finalmente, como devemos nos relacionar com a ordem social e política, quando
ela pode ser incontestavelmente corrupta e contrária à fidelidade no Mashiach?
LEITURAS DA SEMANA
A Kehilá e o Estado
1. Leia 1Pe 2:13-17 Como o talmid de Yeshua deve se relacionar com o governo?
As crueldades do Império Romano eram bem conhecidas por aqueles que viviam em
seu território. Ele havia se expandido graças aos caprichos de homens ambiciosos que
usavam de força militar implacável. O Império Romano enfrentava com violência qual-
quer resistência. Tortura e morte por crucificação eram apenas dois horrores que seus
soldados infligiam sobre aqueles a quem puniam. O governo romano foi dominado pelo
nepotismo e pela corrupção. A elite dominante exercia o poder com arrogância e cruel-
dade. Apesar de tudo isso, Kefa exortou seus leitores a aceitar a autoridade de toda
instituição humana no império, desde o imperador aos governantes (1Pe 2:13, 14).
Kefa argumentou que os imperadores e governantes castigam os que fazem o mal e
louvam os que praticam o bem (1Pe 2:14). Ao fazer isso, eles desempenham um papel
importante na formação da sociedade.
Na verdade, apesar de todas as suas falhas, o Império Romano proporcionou estabi-
lidade e trouxe libertação da guerra. Sua justiça era severa, mas era baseada no Estado
de direito. Os governantes romanos construíram estradas e estabeleceram um sistema
monetário que atendia às suas necessidades militares. Ao fazer isso, Roma criou um
ambiente que possibilitou o crescimento da população e fez com que ela, em muitos
casos, prosperasse. Vistos por esse prisma, os comentários de Kefa sobre o governo fa-
zem sentido. Nenhum governo é perfeito, e certamente aquele em que Kefa e seus lei-
tores viveram também não era. Portanto, a lição para nós é que devemos ser bons cida-
dãos, obedecendo às leis do nosso país tanto quanto pudermos, apesar das imperfeições
do governo sob o qual vivemos.
Por que é importante que os talmidim sejam bons cidadãos, mesmo em um contexto polí-
tico aquém do ideal? O que você pode fazer para melhorar sua sociedade (tikum olam -
)תיקון עולם, mesmo que em pequena proporção?
PESSACH
ESTUDO DIÁRIO
Senhores e escravos
2. Leia 1Pe 2:18-23. Qual é o significado dessa difícil passagem bíblica? Qual
princípio podemos extrair dela para nossa vida?
Como podemos aplicar à nossa vida o que Kefa escreveu nessa passagem bíblica? Será que
isso significa que nunca devemos reivindicar nossos direitos?
PESSACH - 7º DIA
ESTUDO DIÁRIO
Esposas e maridos
3. Leia 1Pe 3:1-7. Que circunstância especial Kefa abordou nessa passagem?
Qual é a relevância de suas palavras para o casamento hoje?
ESTUDO DIÁRIO
Leitura Pessach 7: Shemot [Êx] 13:17-15:26; Bamidbar [Nm] 28:19-25; 2Sm 22:1-51
Shemini, 3ª Alyá (Vayikrá [Lv] 9:24-10:11)
Leitura mensal Salmos: Tehilim [Sl] 106-107
Leitura RPSP: Pv 19
Leitura anual completa: 1Rs 17-19
Abr | Mai | Jun 2017 • Adar | Nissan | Iyar | Sivan 5777 33
Quarta 19 de abril [ יום רביעיYom Revi'i 23 Nissan]
Relações sociais
4. Leia Rm 13:1-7; Ef 5:22-33; 1Cr 7:12-16 e Gl 3:27, 28. Como podemos compa-
rar o que Shaul disse às palavras de 1Pe 2:11-3:7?
5. Leia Gl 3:27-29. Como devemos nos relacionar uns com os outros em virtude
do que Yeshua fez por nós?
ESTUDO DIÁRIO
6. Leia At 5:27-32. Qual é a relação entre a obediência que Kefa manda prestar
às autoridades (1Pe 2:13-17) e o que ele e os outros shalishim (emissários) re-
almente fizeram nesse incidente?
O sucesso inicial da kehilá resultou na prisão de Kefa e Yochanan (At 4:1-4). Eles
foram interrogados pelos governantes, anciãos e escribas; depois, foram soltos com
a severa advertência de que deveriam abandonar o ensino das boas novas (At 4:5-
23). Logo depois, eles foram presos novamente e questionados sobre a razão pela
qual não obedeceram ao que as autoridades lhes haviam ordenado (At 5:28). Kefa
respondeu: ""Devemos obedecer a Deus, e não aos homens!" (At 5:29).
Kefa não estava sendo hipócrita, dizendo uma coisa e fazendo outra. Quando se
tratou de obedecer a D'us ou ao ser humano, a escolha foi clara. Até chegar a esse
ponto, os talmidim devem apoiar o governo e a ele se submeter, mesmo que também
trabalhem para viabilizar mudanças sociais. Quando questões morais estão em jogo,
os talmidim devem promover legalmente as mudanças sociais que refletem os va-
lores e ensinamentos de Yeshua. A maneira pela qual se deve fazer isso depende de
muitos fatores. No entanto, ser cidadão leal e fiel não significa automaticamente que
não possamos ou não devamos ajudar a melhorar a sociedade.
8. Leia Lv 19:18 e Mt 22:39. A mitzvá "Veahavtá lereacha Kamocha - ֖�ֲוְ ָ ֽאהַ ְב ֥תָ ּ לְ ֵרﬠ
�( " ָכ ּ֑מוֹamar o próximo como a ti mesmo) inclui a necessidade de promover mu-
danças que tornem a vida dele melhor e mais justa?
ESTUDO DIÁRIO
Estudo adicional
L eia os seguintes capítulos do livro O Grande Conflito: "O Maior Perigo Para o Lar e a
Vida", "Nossa Única Salvaguarda" e "Aproxima-se o Tempo de Angústia"1.
A escritora Ellen G. White defendia que os seguidores deveriam ser bons cidadãos e
obedecer à lei da terra. Ela ainda pediu às pessoas que não desobedecessem aberta e fla-
grantemente às leis dominicais locais (vigentes na época), isto é, embora devessem san-
tificar o Shabat como D'us lhes havia ordenado, elas não precisavam transgredir delibe-
radamente as leis que proibiam o trabalho no domingo. Em um caso específico, no
entanto, ela deixou claro que não deveriam obedecer à lei. Se um escravo escapasse dos
domínios de seu senhor, a lei exigia que ele fosse devolvido ao patrão. Ela protestou con-
tra essa lei e mandou que não a obedecessem, a despeito das consequências: "Quando as
leis dos homens conflitam com a Palavra e a Torá de D'us, cumpre-nos obedecer a estas,
sejam quais forem as consequências. À lei de nossa terra que nos obriga a entregar um
escravo ao seu senhor, não devemos obedecer; e cumpre-nos sofrer as consequências de
transgredir essa lei. O escravo não é propriedade de nenhum homem. O Eterno é seu legí-
timo senhor, e o homem não tem nenhum direito de tomar em suas mãos o que foi cria-
do por D'us, e pretender que seja propriedade sua"2.
ESTUDO DIÁRIO
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 4
1
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 582-592; p. 593-602; p. 613-634. (contextuali-
zado)
2
Ellen G. White, TI, v. 1, p. 201, 202 (contextualizado)
LEITURAS DA SEMANA
1Pe 3:8-12; Gl 2:20; 1Pe 4:1, 2; Rm 6:1-11; 1Pe 4:3-11; 2Sm 11:4
LEITURAS DA SEMANA
Ore esta semana pelo líder Olaf Clausen da comunidade judaico-adventista deo
Canadá.
38 Shimon Kefa - As cartas de Pedro - שמעון כיפא
23 de abril [ יום ראשוןYom Rishon 27 Nissan] Domingo
Kefa começou seu texto recomendando a todos que tivessem "uma úníca mente e
sentimento" (ὁμόφρονες homophrones). Ele não estava se referindo à uniformidade, no
sentido de que todos tinham que pensar, fazer e acreditar exatamente da mesma forma.
O melhor exemplo disso se encontra em 1Co 12:1-26, onde Shaul destacou que, assim
como o corpo é composto de partes tais como mãos e olhos, ainda assim, possui uma
unidade intrínseca, também a comunidade é composta por indivíduos com diferentes
dons espirituais, entretanto, mesmo com essas diferenças, eles têm uma unidade de
propósito e espírito, no sentido de que trabalham em conjunto para formar uma comu-
nidade unida.
Alcançar essa unidade nem sempre é fácil, conforme a história da kehilá infeliz-
mente tem demonstrado de maneira ampla. No entanto, logo após esse conselho, Kefa
revelou aos seus leitores como eles poderiam manifestar esse ideal.
Por exemplo, os seguidores devem ser compassivos (1Pe 3:8). Isso significa que,
quando alguém sofre, outros sofrerão com ele; quando se alegram, outros se alegra-
rão com ele (compare com 1Co 12:26). A compaixão nos permite ver a perspectiva do
outro, um passo importante rumo à unidade. Em seguida, Kefa disse [...] "Amem-se
fraternalmente" (1Pe 3:8). O próprio Yeshua declarou que a maneira de reconhecer Seus
verdadeiros discípulos é verificar se eles têm amor uns pelos outros (Jo 13:35). Além
disso, Kefa afirmou que os talmidim devem ter misericórdia e humildade (1Pe 3:8). Eles
devem ter compaixão diante das dificuldades e falhas uns dos outros. "Abandonemos
o eu; consideremos os outros superiores a nós; assim seremos levados a unidade no
Mashiach. Perante o universo celestial, bem como a Kehilá e o mundo, daremos prova
indiscutível de que somos filhos e filhas de D'us, e o Eterno será glorificado por meio
de nosso exemplo"1
Muitas vezes não conseguimos pagar o mal com o bem (1Pe 3:9). Devemos morrer para o eu a fim
de obedecer as mitsvot. Como podemos experimentar essa mudança? (Veja GI 2:20).
ESTUDO DIÁRIO
Sofrer fisicamente
O Mashiach morreu como corban pelos nossos pecados. Nossa esperança de liber-
tação se encontra somente nele e em Sua Justiça, que nos cobre e faz com que
sejamos considerados justos aos olhos de D'us. Por causa de Yeshua, somos "aceitos
diante do Eterno como se não tivéssemos pecado"2
Mas a graça de D'us não termina apenas com uma declaração de que nossos pe-
cados estão perdoados. O Eterno também nos dá poder para vencê-los.
2. De acordo com 1Pe 3:18, 21; 4:1, 2 e Rm 6:1-11, qual é a relação entre o nosso sofri-
mento e a vitória sobre o pecado?
Em 1Pe 3:18, Shimon utilizou uma pequena palavra (άπάξ hápax) para enfatizar a
natureza abrangente do sacrifício, sofrimento e morte de Yeshua. Essa palavra sig-
nifica "de uma vez por todas".
A expressão "portanto, uma vez que", em 1Pe 4:1 , é uma continuação do que
acabara de ser dito em 1Pe 3:18-22. Nesses versículos anteriores, Kefa havia ressal-
tado que o Mashiach sofreu pelos nossos pecados a fim de conduzir-nos a D'us (1Pe
3:18), e "o que nos liberta agora, a água da imersão" (1Pe 3:21).
Por essa razão, a imersão talvez seja o melhor contexto para compreendermos
as seguintes palavras de Kefa: "Pois todo aquele que sofreu fisicamente rompeu
com o pecado" (1Pe 4:1). Por meio da tevilá, o crente participa do sofrimento, mor-
te e ressurreição do Messias; ele escolhe "o restante de sua vida terrena não mais
controlado por desejos humanos, mas pela vontade de D'us." (1Pe 4:2). Isso só pode
ser alcançado quando nos entregamos diariamente ao Senhor e anulamos "a velha
natureza, com suas paixões e desejos." (Gl 5:24).
Em Rm 6:11, Shaul afirmou que somos unidos ao Mashiach, em Sua morte e res-
surreição, por meio da imersão. Quando somos imersos, morremos para o pecado.
Precisamos, agora, fazer com que essa morte para o pecado seja real em nossa vida.
As palavras de Shaul revelam o segredo da vida dedicada ao Eterno: "Da mesma for-
ma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para D'us, por sua união com o
Messias Yeshua." (Rm 6:11).
Você já "sofreu fisicamente" na luta contra o pecado? O que sua resposta revela sobre sua
vida espiritual?
ESTUDO DIÁRIO
Renascido
N o Mashiach, temos nova vida, novo começo. Nascemos de novo. Para aqueles que
aceitaram este novo nascimento na fase adulta, significa que viverão de maneira di-
ferente a partir do encontro com o Mashiach. Quem já não ouviu histórias extraordinárias
de pessoas que, depois de trilharem os caminhos longe do Eterno, experimentaram uma
transformação radical por causa do Messias e de sua graça libertadora.
Depois de falar da morte para o eu e da nova vida que temos em Yeshua, tendo
concluído a teshuva com a tevilá em Sua morte e ressurreição, Kefa falou sobre as
mudanças que vivenciamos.
3. Leia 1Pe 4:3-6. Que mudanças acontecem na vida de alguém que se entrega ao
Mashiach? Como as outras pessoas reagem a essas transformações?
Os três termos que Kefa utilizou para se referir ao abuso do álcool são "borra-
cheiras, orgias, bebedices" (ou "bebedeiras, orgias e farras", outras versões usam o
termo "glutonarias"). Utilizando uma linguagem moderna, os dias de farra acaba-
ram! Na verdade, de acordo com Kefa, a transformação experimentada e consolidada
é tão grande que aqueles que o conheciam antes "acham estranho que vocês não se
lancem com eles no mesmo fluxo de dissolução" (1Pe 4:4). Assim, temos a oportu-
nidade de transmitir aos incrédulos as boas novas sem precisar falar nada. O teste-
munho de tsadik vale mais do que muitas palavras e conselhos do mundo.
Kefa deixou claro que um dia haverá um julgamento para as escolhas baseadas
"nos desejos humanos" (1Pe 4:2; compare com Jo 5:29; 2Co 5:10; Hb 9:27). Ao falar
sobre as boas novas levadas também "aos que morreram" (1Pe 4:6), ele quis dizer
que, mesmo no passado, as pessoas que agora estão mortas tiveram, quando esta-
vam vivas, oportunidade de conhecer a graça de D'us. Portanto, o Eterno também
pode julgá-las com justiça.
Sua vida é diferente a cada dia? Qual o papel da Teshuvá e que diferença as boas novas sobre o
Messias fizeram em sua vida?
ESTUDO DIÁRIO
5. Leia 1Pe 4:3 novamente. O que mais Kefa enumerou sobre o passado, antes da
aceitação do Mashiach?
Duas palavras têm conotação sexual distinta: "dissoluções" (ἀσέλγεια aselgia, que signi-
fica "sensualidade") e "concupiscências" (έ epithumia, que significa "luxúria" ou "dese-
jo").
Todavia é muito fácil transmitir a impressão errada sobre a sexualidade. As Escritu-
ras Sagradas não são contra o sexo; ao contrário, D'us o criou. Ele concedeu a sexuali-
dade ao ser humano com o intuito de que fosse uma grande bênção. O sexo já existia no
GanÉden. "Portanto, o homem deve deixar seu pai e sua mãe e unir-se à sua mulher, e
assim serão como uma só carne. E ambos estavam nus – o homem e sua mulher – mas
não se envergonhavam." (Gn 2:24, 25). Foi criado para ser um dos principais ingredien-
tes responsáveis por unir marido e mulher em um compromisso vitalício, formando a
melhor base para a criação dos filhos. Essa proximidade e intimidade é um reflexo do
que D'us também busca ter com Seu povo (veja Jr 3; Ez 16; Os 1-3).
Nas circunstâncias corretas, o casamento entre um homem e uma mulher, a se-
xualidade é uma grande bênção. No lugar e contexto errados, ela pode ser uma das
forças mais destrutivas do mundo. É impossível ao ser humano calcular as imediatas
e devastadoras consequências desses pecados. Quem não conhece pessoas arruina-
das devido ao mau uso desse presente maravilhoso?
6. O que os seguintes textos têm em comum? 2Sm 11:4; 1Co 5:1; Gn 19:5; 1Co 10:8
Não é preciso ler a Bíblia para conhecer histórias de dor e sofrimento causados
por pecados sexuais e devemos desviar destes caminhos. Pecados dessa natureza
tem fortes efeitos negativos sobre as pessoas, apesar de boa parte da sociedade não
reprová-los como um mal. Entretanto a morte do Mashiach também cobre todo tipo
de perversão sexual. Precisamos estar atentos, especialmente nessa área sensível
por as pressões da sociedade e nossas desejos humanos. Certifique-mo-nos de tirar
"em primeiro lugar a viga do seu olho; então você enxergará de forma clara para
poder tirar o cisco do olho do seu irmão!" (Lc 6:42). ( Cl 3:7) ( Ef 4:17 )
ESTUDO DIÁRIO
7. De acordo com Kefa, como devemos viver, já que o "fim de todas as coisas"
está próximo•? (Veja 1Pe 4:7-11)
Além de ser sóbrios e vigiar em oração, devemos ter "o amor uns pelos outros;
porque o amor cobre muitos pecados." (1Pe 4:8 citando Pv 10:12).
O que isso significa? Como o amor cobre o pecado? A resposta se encontra no
texto que Kefa citou: "O ódio aguça discussões, mas o amor pode corrigir trans-
gressões." (Pv 10:12). Quando amamos uns aos outros, perdoamos com mais facili-
dade aqueles que nos ferem e ofendem. O amor do Mashiach, O leva a nos perdoar;
nosso amor deve nos levar a perdoar os outros. Onde o amor transborda, pequenas
ou grandes ofensas são mais facilmente ignoradas e esquecidas. Kefa certamente
expressou a mesma ideia de Yeshua e de Shaul. Eles disseram que toda a Torá se re-
sume no dever de amar a D'us de todo o nosso coração e amar nosso próximo como
a nós mesmos (Mt 22:34-39; Rm 13:8-10; Dt 6; Lv 19:18).
Kefa também exortou os a sermos hospitaleiros. A segunda vinda do Mashiach
pode até estar próxima, mas não devemos usar isso como desculpa a fim de nos
afastar das relações sociais. Por fim, nossa fala deve ser como a daqueles que profe-
rem as palavras de D'us. Em outras palavras, a seriedade do momento requer con-
versas sérias sobre as verdades espirituais.
O amor cobre muitos pecados" (1Pe 4:8). Como é possível revelar o amor necessário para
cobrir o pecado de alguém que pecou contra você? De que maneira isso contribui para seu
próprio bem?
ESTUDO DIÁRIO
Estudo adicional
"O amor longânimo e benigno não transformará uma indiscrição em ofensa imper-
doável, nem exaltará as faltas de outros. As Escrituras ensinam claramente que
os errantes devem ser tratados com tolerância e consideração. Seguindo-se a devida
maneira de proceder, talvez o coração aparentemente endurecido seja ganho para o
Mashiach. O amor de Yeshua cobre uma multidão de pecados. Sua graça nunca leva à
exposição dos erros dos outros, a menos que seja uma necessidade positiva"1
Considere, por exemplo, Yeshua e a mulher apanhada em adultério (Jo 8:1-11). Ge-
ralmente entendemos esse relato como uma história da graça do Mashiach a uma mu-
lher pecadora, essa é uma possibilidade, no entanto, há também um elemento mais
profundo. Ao confrontar os líderes religiosos que haviam conduzido a mulher, por que
Yeshua escreveu os "criminosos segredos da própria vida deles"2 na areia, onde as pa-
lavras poderiam ser imediatamente apagadas? Por que Ele não os acusou abertamente,
declarando diante de todos ali os pecados deles, que deveriam ser tão ruins quanto os
da mulher ou até piores? Em vez disso, o Mashiach mostrou-lhes que conhecia seu mal
e sua hipocrisia; porém, não os exporia aos outros. Talvez essa tenha sido a maneira
que o Rabi encontrou de alcançar aqueles homens, mostrando-lhes que Ele conhecia
seus propósitos e dando-lhes uma oportunidade de salvação. Que grande lição para nós,
quando precisamos confrontar aqueles que pecaram!
ESTUDO DIÁRIO
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 5
1
Ellen G. White, Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 267 (contextuali-
zado)
2
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 461. (contextualizado)
Sofrendo pelo
Mashiach
VERSO PARA MEMORIZAR
"De fato, para isso é que vocês foram chamados; porque também o Messias sofreu a
favor de vocês, deixando o exemplo para que sigam os passos dele" (1Pe 2:21)
LEITURAS DA SEMANA
1Pe 1:6; 3:13-22; 2Tm 3:12; 1Pe 4:12-14; Ap 12:17; 1Pe 4:17-19
A perseguição religiosa
1. Leia 1Pe 1:6; 5:10. Que assunto ele abordou nessas passagens bíblicas? Como
seus leitores deveriam reagir diante do que estavam enfrentando?
ESTUDO DIÁRIO
A o dizer: "Mas, ainda que sofram por serem corretos, quão abençoados são!" (1Pe
3:14), Kefa estava apenas ecoando as palavras de Yeshua: "Quão abençoados são
os perseguidos pela procura da justiça!" (Mt 5:10). Em seguida, Shimon declarou que
os fiéis não deveriam temer aqueles que os atacavam, mas santificar (reverenciar) ao
Mashiach como Senhor em seu coração (1Pe 3:15). Reafirmar Yeshua em seu coração
os ajudaria a acabar com o medo que tinham de seus opositores.
Em seguida, Kefa recomendou aos fiéis que estivessem sempre aptos a explicar,
de maneira atrativa, com mansidão e temor, a esperança que possuíam ("temor" às
vezes é traduzido como "reverência"; veja 1Pe 3:15, 16).
Kefa insistiu que não dessem às pessoas motivo para acusá-los. Deveriam man-
ter a consciência limpa (1Pe 3:16). Assim, seus acusadores seriam envergonhados por
sua vida irrepreensível.
Não há mérito em sofrer por ser malfeitor (1Pe 3:17). O sofrimento por causa do bem,
por fazer o que é certo, faz a diforença crucial. "Pois, se de fato Deus desejou que vocês
sofram, é melhor que sofram por fazer o bem do que por praticar o mal." (1Pe 3:17).
Por fim, Kefa usou o exemplo de Yeshua. O próprio Mashiach sofreu por Sua jus-
tiça. A santidade e pureza de Seu caráter eram uma reprovação constante àqueles que
O odiavam. Se houve alguém que sofreu por fazer o bem e não o mal, esse foi Yeshua.
Porém, Seu sofrimento também proveu o único meio de libertação. Ele morreu
como corban no lugar dos pecadores ("o Justo por pessoas injustas" [1Pe 3:18]), para
que aqueles que nele creem tenham a promessa da vida eterna.
Você já sofreu por fazer o que é certo? Qual foi a experiência? o que aprendeu sobre O sig-
nificado de ser fiel e refletir o caráter do Messias?
ESTUDO DIÁRIO
Prova de fogo
3. De acordo com 1Pe 4:12-14, por que os piedosos não deveriam se surpreender
com seu sofrimento? (Veja também 2Tm 3:12; Jo 15:18)
K efa deixou claro que sofrer perseguições por ser fiel é participar dos sofrimentos
do Mashiach. E algo a ser esperado. Rabi Shaul escreveu: "Na verdade, quem
deseja viver de forma piedosa em união com o Messias Yeshua será perseguido"
(2Tm 3:12). O próprio Yeshua advertiu Seus seguidores sobre o que eles enfrenta-
riam: "Nesse tempo, vocês serão presos, punidos e condenados à morte, e todos os
povos os odiarão por minha causa. Nesse tempo, muitos serão enlaçados pela traição
e odiarão uns aos outros." (Mt 24:9, 10).
A escritora Ellen G. White escreveu: "A perseguição e o descrédito esperam todos
os que estiverem imbuídos do Espírito do Mashiach. O tipo de perseguição muda com
o tempo, mas o princípio - o espírito que a anima - é o mesmo que tem assassinado
os escolhidos do Eterno desde os dias de Abel"1.
4. O que Revelação [Ap] 12:17 revela sobre a realidade da perseguição aos fiéis
nos últimos dias?
Para um piedoso fiel, a perseguição pode ser uma realidade. Kefa tratou dessa
questão ao advertir seus leitores sobre o "fogo" que eles estavam enfrentando. O
fogo é uma boa metáfora. Ele pode ser destruidor, mas também pode purificar. De-
pende do objeto com o qual ele entra em contato. O fogo destrói casas, mas purifica
a prata e o ouro. Embora nunca devamos propositalmente provocar a perseguição,
D'us é capaz de tirar coisas boas de situações assim. Por isso, Kefa disse aos seus lei-
tores: "A perseguição é ruim, mas não se desanimem por causa dela, como se fosse
algo inesperado. Sigam em frente com confiança"
O que você pode fazer para ajudar os que sofrem por serem fiéis?
ESTUDO DIÁRIO
T odas essas passagens descrevem que o processo do juízo começaria pelo povo
do Eterno. Kefa relacionou até mesmo os sofrimentos de seus leitores ao Yom
HaDin (dia do Juízo). Para ele, os sofrimentos que os fiéis estavam enfrentando po-
deriam ser pura e simplesmente o juízo do Eterno, que se iniciaria pela Sua casa.
"Portanto, deixem os que sofrem segundo a vontade de D'us confiar a si mesmos ao
Criador fiel e à continuidade da prática do que é bom." (1Pe 4:19).
Nos tempos bíblicos, o juízo geralmente era algo muito desejado. A imagem da
viúva pobre, em Lc 18:1-8, expressa a mais ampla atitude em relação ao juízo. Aquela
mulher sabia que seria vitoriosa somente se encontrasse um juiz que aceitasse seu
caso. Ela não tinha dinheiro nem status suficiente para levar seu caso adiante, mas
finalmente convenceu o juiz a ouvi-la e a dar-lhe o que merecia. Como disse Yeshua
em Lc 18:7: "D'us não fará justiça ao povo escolhido que clama a ele dia e noite? Ele
continuará à espera?" O pecado trouxe o mal ao mundo. O povo de D'us tem esperado
ao longo dos séculos que Ele conserte as coisas.
"Adonai, quem não temerá e não glorificará teu nome? Porque só tu· és santo.
Todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque teus atos justos foram revela-
dos" (Ap 15:4).
Pense em todo o mal que não recebeu sua punição. Por que os conceitos de justiça e do
justo juízo de D'us são tão essenciais para os fiéis? Que esperança temos de que a justiça
será feita?
ESTUDO DIÁRIO
C omo vimos anteriormente, Kefa escreveu aos fiéis que estavam sofrendo por cau-
sa de sua fé. Além do mais, conforme revela a história, as coisas só pioraram, pelo
menos por um tempo. Certamente, muitos seguidores piedosos que viveram nos anos
seguintes encontraram conforto nas palavras de Kefa, assim como nós hoje.
Por que existe o sofrimento? Essa é uma pergunta muito antiga. O livro de Iyov
(Jó), um dos primeiros da Bíblia a serem escritos, traz o sofrimento como tema cen-
tral. Na verdade, se houve alguém (além de Yeshua) que não sofreu "por ser assassi-
no, ladrão, crimino so ou alguém intrometido em assuntos alheios." (1Pe 4:15), esse
foi Iyov. Afinal de contas, até mesmo D'us falou a seu respeito: "Viste Meu servo Jó,
inigualável em toda a terra por ser íntegro, justo, temente a Mim e distanciado de
todo o mal?" (Jó 1:8). No entanto, veja o que Iyov (jó) sofreu, não porque fosse mau,
mas porque era bom!
ESTUDO DIÁRIO
Estudo adicional
ESTUDO DIÁRIO
Acharê-Kedoshim, 6ª Alyá (Vayikrá [Lv] 19:33-20:7)
Leitura mensal Salmos: Tehilim [Sl] 49-54
Leitura RPSP: Ec 5
Leitura anual completa: 1Cr 13-16
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 6
1
Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 576 (contextualizado)
2
William Heinemann - Plínio Letters , Londres: 1915; v. 2, p. 401-403 (contextua-
lizado)
3
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 614, 615 (contextualizado)
Liderança
servidora
VERSO PARA MEMORIZAR
"Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês." (1Pe 5:7)
LEITURAS DA SEMANA
1Pe 5:1-10; At 6:1-6; Jr 10:21; Mt 20:24-28; Pv 3:34; Ap 127-9
LEITURAS DA SEMANA
Os anciãos do passado
1. Leia At 6:1-6; 14:23; 15:6; 1Tm 5:17 e 1Pe 5:2. Quais eram os desafios enfren-
tados pela kehila naquela época? Qual era o papel de seus líderes?
Como podemos trabalhar de maneira mais eficaz com os líderes da comunidade; mesmo
que não concordemos com eles em todas as coisas?
ESTUDO DIÁRIO
Os anciãos
2. De acordo com 1Pe 5:1-4, como os líderes deveriam exercer suas funções
na comunidade?
K efa começou suas orientações aos anciãos afirmando que ele também era um
ancião. Em seguida, mencionou duas coisas sobre si mesmo. Primeiramente,
ele era uma testemunha dos sofrimentos do Mashiach; em segundo lugar, esperava
participar da glória a ser revelada. Ao dizer isso, Kefa ressaltou a primeira carac-
terística a ser encontrada em um ancião. Ele deve compreender a importância dos
sofrimentos do Mashiach em nosso favor e a grande esperança que ele nos oferece.
Kefa comparou a função de um ancião à de um pastor que cuida do rebanho de
D'us. Ao comparar as ovelhas à congregação, ele concluiu que, assim como elas, os
membros às vezes podem se afastar do rebanho. Portanto, as ovelhas precisam do
pastor para guiá-las de volta ao grupo e ajudá-las a trabalhar em harmonia com ele.
ESTUDO DIÁRIO
Liderança servidora
4. Quais princípios fundamentais de liderança são encontrados em 1Pe 5:3 e Mt
20:24-28?
5. Leia Fp 2:4-8. De que maneira esse texto do Rabi Shaul coincide com o que
Kefa escreveu? Como podemos fazer as coisas que fomos chamados a fazer
nesses versos?
ESTUDO DIÁRIO
Revestidos de humildade
N o mundo antigo em que Kefa viveu, a sociedade era muito estratificada. A elite
possuía o que hoje poderíamos chamar de "presença dominante". A sua volta es-
tavam grupos de pessoas de posição inferior, sendo que a camada mais baixa era a dos
escravos. A humildade era a postura adequada às pessoas de posição inferior diante
daquelas de posição superior. A palavra usada por Kefa para "humildade" signifi-
ca "inferioridade", "insignificância", "fraqueza" ou "pobreza". Ela descreve pessoas
sem status nem poder na sociedade. No mundo pagão, fora dos domínios do judaísmo,
a palavra humilde era associada aos de baixa posição, e agir com humildade não era
necessariamente uma conduta apropriada para pessoas livres.
6. Leia 1Pe 5:5-7. Dado o contexto e o tempo em que os leitores da carta vive-
ram, o que é tão excepcional nessa passagem?
Por que o sacrifício do Mashiach e o que ela representa devem sempre nos manter humildes?
ESTUDO DIÁRIO
7. Leia 1Pe 5:8-10 e Ap 12:7-9. Qual é a origem do mal? Qual é a ação de hasatan
em nosso mundo?
O livro do Revelação (Ap) descreve que estamos estão envolvidos em uma bata-
lha cósmica entre as forças do bem, lideradas por Yeshua, aquele que é a "Palavra
de D'us", o "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Ap 19:13, 16), e os poderes do
mal, liderados pelo adversário, também chamado de satan e retratado como o dra-
gão. (Ap 12:7-9; 20:7, 8).
Os meios populares de comunicação e, até mesmo alguns religioso negam a re-
alidade de hasatan. No entanto, ele existe, e um ser poderoso e só deseja nosso mal.
Porém, a boa notícia é que ele será destruído no fim (Ap 20:9, 10).
Shimon Kefa não minimizou o perigo que o inimigo representa. Ele é Como um
leão que ruge, procurando devorar tantos quantos puder (1Pe 5:8). Shimon destacou
também que seus leitores podiam ver o poder desse inimigo em seu próprio sofri-
mento. Todavia, suas dores acabariam em eterna glória (1Pe 5:10).
Como podemos resistir fielmente, suportando as provações até o fim, independente do que
acontecer em nosso caminho?
ESTUDO DIÁRIO
Estudo adicional
ESTUDO DIÁRIO
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 7
1
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 548. (contextualizado)
2
Ellen G. White, Filhos e Filhas de D'us [MD 2005], p. 81 (contextualizado)
LEITURAS DA SEMANA
1Pe 1:18, 19; Cl 1:13, 14; Is 53:1-12; Jo 11:25; Sl 18:50; 2Pe 1:1
A despeito do contexto ou dos problemas específicos abordados por Kefa, seu foco
estava em Yeshua. O Messias permeia todos os escritos de Shimon Kefa; Ele é o
fio de ouro que atravessa toda a sua carta.
Desde a primeira frase, em que Kefa afirmou ser "emissário" (enviado) de
Yeshua HaMashiach, até sua última declaração: "Shalom aleichem!" a todos os que
pertencem ao Messias." (1Pe 5:14, ), Yeshua é seu tema central. Nessa primeira Igue-
ret (carta), Kefa escreveu sobre a morte de Yeshua como corban oferecido em nosso
favor. Falou sobre o grande sofrimento pelo qual o Mashiach passou, deixando Seu
exemplo naqueles momentos de dor como modelo para nós. Ele também discorreu
sobre a ressurreição de Yeshua e seu significado para nós. Além disso, escreveu sobre
Ele não apenas como o Messias, o Mashiach "ungido", mas como o Messias divino;
ou seja, vemos em 1Pe mais evidências da divindade de Yeshua. Ele é o Eterno, que
veio à Terra com a natureza humana, viveu e morreu para que tenhamos a esperança
e a promessa da vida eterna. Nesta semana, voltaremos às páginas de 1Pe e analisa-
remos mais atentamente o que elas revelam sobre Yeshua.
Ore esta semana pelos líderes Jennifer Betham-lang & Roger Lang da comunidade
judaico-adventista de Wellington, Nova Zelândia.
62 Shimon Kefa - As cartas de Pedro - שמעון כיפא
14 de maio [ יום ראשוןYom Rishon 18 Iyar] Domingo
T alvez o principal tema das Escrituras seja as ações de D'us em libertar a humani-
dade. Desde a queda de Adam e Hava (Eva), em Bereshit, até a queda de Babilônia
(Bavel) em Revelação [Ap], as Escrituras, de uma ou de outra maneira, revelam a obra
de "buscar e salvar o que estava perdido". (Lc 19:10). Esse tema também é revelado nas
cartas de Kefa.
1. Leia 1Pe 1:18, 19 e Cl 1:13, 14. O que significa ser redimido? Qual é a relação entre
o sangue e a redenção?
Nossa esperança está no Substituto que morreu em nosso lugar. O que isso ensina sobre
nossa dependência de D'us?
ESTUDO DIÁRIO
A paixão do Mashiach
M uitas vezes, os seguidores do mashiach falam sobre "a paixão". A palavra pai-
xão vem de um verbo que significa 'sofrer'. A expressão paixão do Mashiach
geralmente se refere aos sofrimentos de Yeshua no período final de Sua vida, come-
çando com Sua entrada em Yerushalayim. Kefa também discorreu longamente sobre
o sofrimento do Mashiach naqueles últimos dias.
"O satan torturava com cruéis provações o coração de Yeshua. O Moshiach não
podia enxergar além dos portais do sepulcro. A esperança não Lhe apresentava Sua
saída da sepultura como vencedor, nem Lhe falava da aceitação do sacrifício por
parte do Pai. Yeshua temia que o pecado fosse tão ofensivo a D'us que Sua separação
fosse eterna. O Mashiach sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando
a misericórdia não mais interceder pela humanidade culpada. Foi o sentimento do
pecado, trazendo a ira divina sobre Yeshua, como substituto do homem, que tornou
tão amargo a taça que Ele bebeu e quebrantou o coração do Filho de D'us"1.
Quais dons Hashem nos tem concedido? Que mensagem você pode tirar do fato de que
diferentes pessoas tenham diferentes dons?
ESTUDO DIÁRIO
A ressurreição do Mashiach
4. Leia 1Pe 1:3, 4, 21; 3:21; Jo 11:25; Fp 3:10, 11 e Ap 20:6. Qual é a razão da esperança
mencionada nesses textos? O que isso significa para nós?
C onforme já vimos, a primeira Igueret (carta) de Kefa foi endereçada aos que
estavam sofrendo em razão de sua crença em Yeshua. Por isso, logo no início de
sua carta, Simon o dirigiu a atenção de seus leitores à esperança que os aguarda-
va, algo considerado especialmente apropriado. Como ele disse, a esperança é viva
porque está fundamentada na ressurreição de Yeshua (1Pe 1:3). Graças à Sua res-
surreição, podemos aguardar com expectativa uma herança no mundo vindouro que
jamais perecerá nem passará (1Pe 1:4). Em outras palavras, não imquanto as coisas
se tornem difíceis, pense no que nos espera quando tudo terminar.
A ressurreição de Yeshua é a garantia de que também podemos ser ressuscitados
(1Co 15:20, 21). Como expressou Rabi Shaul, "se o Messias não ressuscitou, a con-
fiança de vocês é inútil, e vocês ainda estão nos seus pecados." (1Co 15:17). Contudo,
por ter ressurgido dos mortos, Ele provou que tem poder para vencer a própria mor-
te. Portanto, a nossa esperança encontra seu alicerce no fato histórico da ressurrei-
ção do Mashiach. Sua ressurreição é o fundamento que possibilitará nossa ressurrei-
ção no fim dos tempos.
Onde estaríamos sem essa esperança e promessa? Tudo o que o Mashiach fez por
nós culmina na promessa da ressurreição! Sem ela, que esperança teríamos? Afinal
de contas, sabemos que, ao contrário da crença popular, os mortos dormem um sono
inconsciente na sepultura.
"Para nós, a morte é apenas um sono, um momento de silêncio e escuridão. A
vida está escondida com o Mashiach em D'us, e 'quando o Mashiach, que é a nossa
vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória" (Jo
8:51, 52; Cl 3:4).[...] Em Sua segunda vinda, todos os queridos mortos Lhe ouvirão a
voz, saindo para uma vida gloriosa, imortal"2.
ESTUDO DIÁRIO
Embora Kefa tenha sido inspirado pelo Eterno quando declarou que Yeshua era
o Mashiach (Mt 16:16, 17), com certeza ele não havia entendido plenamente o que
isso significava. Ele não compreendia exatamente quem era o Mashiach, qual era Sua
obra e, talvez o mais importante, como Ele a realizaria.
Kefa não estava sozinho em sua falta de compreensão a respeito desse assunto.
Havia muitas concepções diferentes acerca do Mashiach em Israel. Por mais que o
uso das palavras "Mashiach" ou "ungido" nos textos acima prenunciasse o que Ele
finalmente seria e faria, isso não apresentava um panorama completo.
Jo 7:40 revela um pouco do que os judeus da época esperavam do Mashiach.
Ele seria descendente de David, da cidade de Bet-Léhem (Belém) (Is 11:1-16; Mq
5:2). Essa parte eles entenderam corretamente. Contudo, no imaginário popular, o
Mashiach ben David faria o que David fez, isto é, derrotaria seus inimigos. Ninguém
esperava um Messias morto pelos romanos.
Evidentemente, quando escreveu suas Iguerot (cartas), Kefa tinha uma compre-
ensão mais clara acerca de Yeshua como o Messias e sobre tudo o que Ele faria pela
humanidade, visto que ele O chamou de "Yeshua HaMashiach" 15 vezes em suas
duas cartas.
ESTUDO DIÁRIO
K efa sabia que Yeshua não era apenas o Mashiach prometido, mas também o
próprio Adoneinu. Ou seja, ao escrever suas Iguerot (cartas), ele tinha conheci-
mento de que o Mashiach era o próprio Eterno. Embora a palavra "Senhor" (Adon)
possa ter um significado secular, o termo também pode ser uma clara referência à
divindade. Em 1Pe 1:3 e 2Pe 1:8, 14, 16, Shimon se referiu a Yeshua como o Messias,
o Mashiach, o Eterno, o próprio D'us.
Assim como outros escritores da b'rit hadashá, Kefa descreveu a relação entre
D'us e Yeshua empregando as palavras Pai e Filho. Por exemplo: "Bendito seja D'us,
Pai de nosso Senhor (Adoneinu) Yeshua, o Messias." (1Pe 1:3; compare com 2Pe 1:17).
Yeshua é retratado como o Filho amado (2Pe 1:17), e parte de Sua autoridade como
Senhor e de Seu status celestial vem desse relacionamento especial que Ele tem com
D'us, o Pai.
.
6. Leia 2Pe 1:1; João 1:1 e João 20:28. O que esses textos revelam sobre a divinda-
de do Mashiach?
Em 2Pe 1:1, Shimon diz: "de nosso D'us e de nosso Libertador Yeshua, o Mes-
sias". No original, o mesmo artigo definido ("o") é usado para D'us e para libertador.
Gramaticalmente, isso significa que tanto "D'us" quanto "libertador" se referem a
Yeshua. Portanto, essa passagem é uma das indicações muito claras da plena divin-
dade do Mashiach na B'rit Hadashá.
À medida que os primeiros seguidores se esforçavam para compreender quem
era Yeshua, eles colocaram gradualmente as evidências da Sua divindade na B'rit
Hadashá. Nos escritos de Kefa, assim como nos textos de outros autores, o Pai, o
Filho e o Ruach Hakodesh são distintos (1Pe 1:3; 2Pe 1:17; 1Pe 1:12; 2Pe 1:21). Contudo,
ao mesmo tempo, o Mashiach é retratado como plenamente divino, assim como o
Ruach Hakodesh. Com o passar dos anos, e depois de muita discussão, desenvolveu-
-se a doutrina da Divindade a fim de explicar Elohim da melhor maneira possível.
Temos esta doutrina como um dos princípios de fé. Portanto, vemos em Kefa uma
representação clara de Yeshua não apenas como o Mashiach, mas como o próprio
Elohim.
Mesmo sendo o Filho de D'us, Yeshua veio para viver e morrer como ser humano, para
nos libertar. O que isso revela sobre o D'us a quem servimos? Ele merece o nosso amor e
confiança?
ESTUDO DIÁRIO
Estudo adicional
A o falar dos títulos de Yeshua, "parece lógico começar com 'Mashiach', visto que a
cremos ser ele o 'Ungido'. A palavra hebraica designa a figura do libertador a quem
os judeus aguardavam e que seria o agente divino na inauguração de uma nova era para
o povo de D'us. O termo deriva da raíz que significam 'ungir'. É evidente que, ao chamar
Yeshua de 'Mashiach', os escritores viam-o como alguém especialmente separado para
uma tarefa específica.
"O título Mashiach ocorre mais de 500 vezes na B'rit Hadashá. Embora houvesse
entre os contemporâneos de Yeshua mais de um conceito de messianidade, geralmente
se admite que, por volta do primeiro século, os judeus concebiam o Mashiach como
alguém que possuía especial relacionamento com D'us. Ele surgiria no fim do tempo,
quando o reino do Eterno seria estabelecido. Era alguém por meio de quem o Eter-
no interviria na História para o livramento do Seu povo. Yeshua aceitava o título de
"Mashiach", mas não encorajava seu uso, pois o termo encerrava conotações políticas
que dificultavam o seu emprego. Embora relutasse em tirar proveito desse título em
público para descrever Sua missão, Yeshua não repreendeu Kefa (Mt 16:16, 17) nem a
mulher de Shomrom (samaritana) (Jo 4:25, 26) quando o utilizaram. Ele sabia que era
o Mashiach, conforme se deduz do relato de Marcos, onde Yeshua afirma que receberia
recompensa quem desse de beber um copo de água a um de Seus seguidores, porque eles
eram talmidim do Mashiach. (Mc 9:41)".3
ESTUDO DIÁRIO
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 8
1
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 753. (contextualizado)
2
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 787. (contextualizado)
3
Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 186 (contextualizado)
LEITURAS DA SEMANA
2Pe 1:1-15; Ef 2:8; Rm 5:3-5; Hb 10:38; Rm 6:11; 1Co 15:12-57
LEITURAS DA SEMANA
Ore esta semana pelos líderes Alex e Ema Herter, Michael Moritz da comunidade
judaico-adventista de Berlin, Alemanha.
70 Shimon Kefa - As cartas de Pedro - שמעון כיפא
21 de maio [ יום ראשוןYom Rishon 25 Iyar] Domingo
Emuná Preciosa
1. De acordo com 2Pe 1:1-4, o que recebemos em Yeshua HaMashiach? Isto é, como
a realidade da graça do Eterno é vista nessa passagem?
K efa começou sua segunda carta dizendo que ela é endereçada aos que com eles
"receberam o mesmo tipo de confiança (Emuná) que nós" (2Pe 1:1); ou aos que
"receberam uma te tão preciosa quanto a nossa". A palavra traduzida como "precio-
sa" significa "de igual valor ou privilegio". Shimon afirmou que eles "receberam" essa
confiança, não que a mereceram ou conquistaram, mas que a receberam como dom de
D'us. Conforme escreveu Shaul: "Porque vocês foram libertados pela graça, por meio
da confiança, e mesmo esta não é sua realização, mas um presente de D'us." (Ef 2:8). A
fidelidade é preciosa porque sem ela "é impossível agradar a D'us" (Hb 11:6); é valiosa
porque, por meio dela, tomamos posse de muitas promessas maravilhosas.
Kefa enfatizou que o "poder de D'us" do Mashiach nos deu tudo o que diz respeito à
vida e à piedade (2Pe 1 :3). Somente mediante Seu poder existimos e podemos alcançar a
santidade (kedoshim). Recebemos esse poder "por meio do conhecimento Daquele que
nos chamou para sua glória e bondade. " (2Pe 1:3; veja também Jo 17:3).
Somos chamados a amar ao Eterno, mas como amar Alguém que não entendemos?
Conhecemos o Pai por meio de Yeshua, da Palavra, do mundo criado e ele uma vida de
fidelidade e obediência. Conhecemos o Eterno à medida que experimentamos o que Ele
faz em nossa vida. Esse conhecimento nos transforma. Nós O conhecemos mediante a
graça que Ele nos concede.
Em seguida, Kefa disse algo ainda mais impressionante. Ele afirmou que recebemos
também "suas valiosas e grandes promessas", inclusive a de nos tornarmos copartici-
pantes da "natureza divina" (2Pe 1:4). A humanidade foi originalmente criada à imagem
de D'us. No entanto, essa imagem foi muito desfigurada e degenerada. Quando nasce-
mos de novo, temos uma nova vida no Mashiach. Ele atua para restaurar Sua imagem
divina em nós. No entanto, se quisermos que essa transformação ocorra, devemos fugir
da corrupção e yetser hará.
Como você seria se não tivesse fé? Por que o dom da fé é realmente precioso?
ESTUDO DIÁRIO
L istar as virtudes era algo comum entre os filósofos da Antiguidade. Essas listas
eram, muitas vezes, chamadas de "catálogo de virtudes", e há vários exemplos
delas nos escritos da B'rit Chadashá (Rm 5:3-5; Tg 1:3, 4; Gl 5:22, 23). É bem prová-
vel que os leitores de Kefa estivessem familiarizados com tais listas, embora hou-
vesse diferenças interessantes entre as listas dos filósofos e a do emissário. Inten-
cionalmente, Kefa organizou sua lista em uma sequência, de maneira que cada
virtude serve de base para a posterior, até que a lista culmina no amor.
Cada virtude mencionada por ele tem um significado importante:
Emuná: Nesse contexto, a fidelidade era a crença salvifica em Yeshua HaMashia-
ch (veja Gl 3:11; Hb 10:38).
Virtude: Aréte ἀρετή. virtude é qualquer boa qualidade, anunciada mesmo entre
os filósofos pagãos. A emuná é fundamental, mas deve levar a uma transformação de
vida, na qual a virtude é expressa.
Conhecimento: Com certeza, Kefa não estava se referindo ao conhecimento em
geral. mas àquele que vem de um relacionamenlo salvador com Yeshua HaMashiach.
Temperança/ Domínio próprio: Seguidores maduros são capazes de controlar
seus impulsos, especialmente aqueles que levam a excessos.
Paciência/ Perseverança: É resistir, especialmente diante das provações e per-
seguições.
Piedade: No mundo pagão, a palavra traduzida nessa passagem como "piedade"
referia-se ao comportamento ético que resultava da crença em um deus. Nos Escri-
tos Sagrados, ela carregava também esse mesmo conceito, porém, como resultado da
crença no único e verdadeiro D'us (1Tm 2:2, 3).
Fraternidade: Somos como uma família, e a piedade nos levará a sermos frater-
nos uns com os outros.
Amor: Kefa coroou sua lista com o amor. Suas palavras se assemelham às do Rabi
Shaul: "Mas agora permanecem três coisas: a confiança, a esperança e o amor; e a
maior delas é o amor. Procurem o amor!" (1Co 13:13).
3. Qual é o papel do esforço humano para alcançar essas virtudes? (2Pe 1:5)
ESTUDO DIÁRIO
4. De acordo com 2Pe 1:8-11, qual é a relação entre o que já foi feito por nós e a ma-
neira pela qual devemos viver?
Kefa encorajou seus leitores a viver de acordo com a nova realidade em Yeshua.
A emuná, a virtude, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade,
a fraternidade e o amor deviam existir e crescer em sua vida (2Pe 1:8).
O problema é que nem todos viviam de acordo com essa nova realidade. Alguns
eram "inoperantes" ou "improdutivos" no conhecimento de Yeshua HaMashiach
(2Pe 1:8). Tais pessoas haviam se esquecido de que foram purificadas de seus "anti-
gos pecados" (2Pe 1:9). Portanto, declarou Kefa, eles deviam viver a nova realidade
em Yeshua. No Mashiach, eles receberam o perdão, a purificação e o privilégio de ser
coparticipantes da natureza divina. Por isso, deviam procurar "tentar ao máximo
transformar o chamado e a escolha de vocês em uma certeza." (2Pe 1:10). Não havia
desculpa para viver como anteriormente; nenhuma justificativa para ser um religio-
so"inoperante" ou "improdutivo".
"Muito ouvimos acerca de fidelidade, mas precisamos ouvir muito mais acerca
de ações. Muitos estão enganando a si mesmos, vivendo uma religião fácil, acomo-
dada, sem sacrifício"1.
5. Leia Romanos 6:11. Como esse verso de Shaul reflete as passagens de Kefa estuda-
das na lição de hoje?
Em certo sentido, tanto Kefa quanto Shaul declararam: "Seja o que você é". No
Mashiach, somos novas criaturas, purificadas do pecado e coparticipantes da natu-
reza divina. Por isso, podemos viver de acordo com o nosso chamado. Devemos ser
"semelhantes ao Mashiach". Esse é o significado de ser "fiel".
Você é semelhante ao Mashiach? Em quais áreas da sua vida você pode melhorar?
ESTUDO DIÁRIO
Deixando o tabernáculo
ESTUDO DIÁRIO
E m 2Pe 1:12-14, Shimon Kefa revelou o motivo de sua carta. Ele julgava estar
prestes a morrer, e a Igueret (carta) continha sua última mensagem ou testa-
mento. De acordo com suas palavras, Kefa esperava morrer logo: "...Enquanto eu
estiver na tenda (tabernáculo) deste corpo. [...] Sei que em breve deixarei esta ten-
da (tabernáculo)" (2Pe 1:13, 14) Ele comparou seu corpo a um tabernáculo que ele
Jogo deixaria ao morrer. É evidente que Shimon estava se referindo ao seu corpo
quando disse que deixaria seu tabernáculo. Tanto é que os tradutores modernos
traduzem esses versos como "enquanto eu viver [...] pois sei que logo terei de dei-
xar este corpo mortal" (2Pe 1:13, 14). Nada na linguagem de Kefa sugere que, quan-
do ele "deixasse" seu tabernáculo ou corpo, sua alma sobreviveria como uma enti-
dade separada.
8. Com base em 2Pe 1:12-15, como Shimon lidou com a realidade de sua morte
iminente? O que essa atitude revela sobre a fidelidade?
Esses versos tornam ainda mais solenes as palavras de Kefa. Ele escreveu essa
passagem sabendo que sua vida em breve chegaria ao fim. pois conforme disse, "Rabi
Yeshua" lhe havia revelado. No entanto, ele não demonstrava medo. Preocupação
nem mau presságio. Em vez disso, a ênfase de Kefa estava no bem-estar daqueles a
quem deixaria para trás. Ele queria que eles ficassem firmes na "presente verdade"
e, enquanto vivesse, os exortaria à fidelidade. Nesses versos, podemos ver a realida-
de e a profundidade da experiência de Kefa com o Eterno. Certamente, ele morreria
logo e não seria uma morte agradável2. No entanto, seu interesse estava no bem dos
outros. Verdadeiramente, Kefa foi um homem que viveu a fidelidade que pregava.
Como a emuná nos ajuda a lidar com a terrível realidade da morte? Diante disso, como po-
demos nos agarrar à maravilhosa esperança que temos por causa do sacrifício de Yeshua?
ESTUDO DIÁRIO
Estudo adicional
C omo vimos, Kefa sabia que estava prestes a morrer. Ele já sabia havia muito
tempo a maneira pela qual haveria de morrer, pois o próprio Yeshua lhe dissera.
"Quando você era moço, você se aprontava e ia para onde queria. Mas Eu afirmo a
você que isto é verdade: quando for velho, você estenderá as mãos, alguém vai amar-
rá-las e o levará para onde você não vai querer ir" (Jo 21:18).
Qual foi o fim de Kefa?
"Kefa, como estrangeiro judeu, foi condenado a ser açoitado e morto. Na pers-
pectiva dessa terrível morte, o shaliash (emissário) se lembrou de seu grande peca-
do em haver negado a Yeshua na hora de Seu julgamento. Antes tão despreparado
para reconhecer o sacrifício, agora ele considerava uma alegria entregar a vida pela
mensagem de esperança, sentindo tão-somente que, para ele que havia negado seu
Senhor, morrer da mesma forma pela qual seu Rabi havia morrido era uma honra
demasiadamente grande para ele. Kefa havia se arrependido sinceramente daquele
pecado e tinha sido perdoado pelo Mashiach, o que se revelava pelo grande propósito
que ele recebeu de alimentar as ovelhas e cordeiros do rebanho. Ele, porém, nunca
pôde perdoar a si mesmo. Nem mesmo o pensamento das agonias da última e ter-
rível cena puderam diminuir a amargura de sua tristeza e arrependimento. Como
último favor, rogou aos seus algozes que fosse pregado no madeiro de cabeça para
baixo. O pedido foi atendido, e dessa maneira morreu o grande shaliash Shimon
Kefa"3. Mesmo diante dessa perspectiva, a preocupação de Kefa foi com o bem es-
piritual do rebanho.
ESTUDO DIÁRIO
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 9
1
Ellen G. White, Fé e Obras, p. 44 (contextualizado)
2
veja Jo 21:18; Ellen G.White, Atos dos Apóstolos, p. 537, 538 (contextualizado)
3
Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 537, 538 (contextualizado)
Horário para o acendimento das velas de Iom Tov encontra-se (págs. 110-111)
Profecia e
as Escrituras
VERSO PARA MEMORIZAR
"Sim, temos confirmada a Palavra profética. Vocês farão bem se lhe derem atenção,
como a uma luz que brilha no lugar escuro e sombrio, até que o Dia raie e a Estrela
da Manhã brilhe no coração de vocês." (2Pe 1:19)
LEITURAS DA SEMANA
Js 53:1-12; Dn 7:13, 14; 2Pe 1:16-20; Mt 17:1-6; 2Tm 3:15-17
LEITURAS DA SEMANA
Ore esta semana pelos líderes Olaf Clausen, John & Catherine DuBort da comuni-
dade judaico-adventista de Alberta, Canadá.
78 Shimon Kefa - As cartas de Pedro - שמעון כיפא
28 de maio [ יום ראשוןYom Rishon 3 Sivan] Domingo
Yeshua no Tanakh
K efa escreveu suas duas Iguerot (cartas) com convicção. Ele sabia do que estava fa-
lando, pois conhecia aquele sobre quem falava. Kefa tinha certeza de que Yeshua era
aquele a quem os profetas do Tanakh haviam se referido. Sua confiança nas Escrituras o
ajudou reconhecer Palavra que se "tornou um ser humano" (Jo 1:14).
Em 1Pe 1:10-12, Shimon Kea dirigiu seus leitores ao Tanakh, aos profetas do passado
e ao que eles haviam ensinado sobre o Mashiach. De acordo com ele, o Ruach Hakodesh
revelou duas verdades fundamentais sobre Yeshua no Tanakh: os sofrimentos do
Mashiach e Sua glória futura (1Pe 1:11). Essas duas imagens podem ser encontradas em
todo o Tanakh.
Em 1Pe 1:10-12, Shimon declarou a seus leitores que eles ocupavam uma posição mui-
to especial na história da salvação, tendo recebido uma revelação muito maior do que a
dos profetas. Os profetas falaram às pessoas de sua própria época; no entanto, algumas
partes fundamentais de suas mensagens não foram cumpridas senão quando Mashiach
veio.
Certas coisas preditas pelos profetas somente se cumpriram nos dias em que os leito-
res de Kefa viveram. Esses fiéis puderam ouvir, "por aqueles que comunicaram as boas-
-novas por intermédio do Ruach HaKodesh enviado do céu.", verdades que os anjos de-
sejavam conhecer (1Pe 1:12). Tendo recebido o anúncio das boas novas, eles conheceram a
natureza do sofrimento e humilhação do Redentor com muito mais detalhes do que os
profetas do passado. É evidente que eles tiveram que esperar, como veremos, pelas " as
coisas gloriosas que aconteceriam a seguir." (1Pe 1:11). Visto que a primeira parte dessas
profecias foi cumprida, podemos ter a certeza de que a última parte igualmente se cum-
prirá.
Quais promessas bíblicas já se cumpriram em sua vida? Quais ainda não se cumpriram? O
que elas significam para você? Como você pode se apegar a elas, a despeito das circuns-
tâncias?
ESTUDO DIÁRIO
A lém da palavra profética, Kefa havia testemunhado muitas coisas sobre as quais
ele anunciou. Segundo ele, princípios de fé não se fundamentam em "mitos
astuciosamente inventados." (2Pe 1: 16), mas em acontecimentos reais na História.
A Bessorá relata que Kefa esteve presente em muitos momentos cruciais na vida
de Yeshua. Ele presenciou as pregações, os ensinos e os milagres do Mashiach. Kefa
foi testemunha ocular de muitos acontecimentos, desde o primeiro milagre, o da mul-
tiplicação dos peixes (Lc 5:4-6), até o encontro com o Rabi na Galileia depois de Sua
ressurreição (Jo 21:15).
Kefa destacou uma ocasião específica da qual havia sido testemunha ocular: a
transformação de Yeshua. O Mashiach havia levado consigo Kefa, Yaakov (Tiago) e
Yochanan ao topo de uma montanha, a fim de orar (Lc 9:28). Enquanto esteve com
eles, foi transfigurado diante de seus olhos. Seu rosto resplandecia e Suas vestes se
tornaram deslumbrantes (Mt 17:2; Lc 9:29). Moshê e Eliahu se juntaram a Ele e uma
voz do Céu disse: "Este é meu Filho, a quem amo, em quem tenho prazer." (Mt 17:5).
Kefa havia presenciado muitas coisas durante o tempo que passou com Yeshua. No
entanto, ele destacou essa ocasião. Ela revela que o Mashiach é o Filho de D'us, que
seus dias na Terra foram vividos conforme o plano Dele e que ele tinha uma relação
muito especial com o Pai. De tudo o que Kefa havia testemunhado e do que ainda ha-
veria de testemunhar, ele enfatizou nessa carta a mudança de forma (transfiguração)
de Yeshua.
ESTUDO DIÁRIO
N essa passagem, assim como em muitas partes da Bíblia (Gn 1:4; Jo 1:5; Is 5:20; Ef 5:
8), é feita uma distinção entre luz e trevas. Para Kefa, a Palavra de D'us brilhava como
luz em lugar "tenebroso" (alguns traduzem a palavra tenebroso como "imundo", "sujo").
Por essa razão, ele deixou muito claro que devemos seguir essa luz até que "o dia clareie
e a estrela da Manhã brilhe" em nosso "coração". Somos seres caídos. Vivemos em um
mundo caído e tenebroso. Precisamos que o poder sobrenatural de D'us nos tire dessa
escuridão e nos conduza à luz que é o Mashiach.
Kefa estava mostrando um alvo a seus leitores. Alguns acreditam que a expressão "até
que o dia raie" se refira à segunda vinda do Mashiach. Embora seja essa a nossa esperança
suprema, a ideia da "estrela da Manhã" nascendo em nosso coração parece mais imediata
e pessoal. Essa estrela se refere a Yeshua (Ap 2:28; 22:16). O "nascimento" Dele em nosso
coração significa conhecê-lo, apegar-nos a Ele e provar do Mashiach vivo em nossa vida.
Yeshua não deve ser apenas um princípio de fé. Ele deve ser o centro da nossa existência,
nossa fonte de esperança e fidelidade. Portanto, nessa passagem bíblica, Kefa estabeleceu
uma clara relação entre estudar a Palavra de D'us e ter um relacionamento salvífico com
Yeshua, a "Estrela da Manhã".
Quando a luz brilhar em nós, certamente a comunicaremos a outros. "A Terra toda
deve ser iluminada com a glória da verdade do Eterno. A luz deve resplandecer para todas
as terras e povos. E é daqueles que receberam a luz que ela deve resplandecer. A Estrela
da Manhã raiou sobre nós, e devemos projetar sua luz no caminho dos que andam em
trevas"1.
ESTUDO DIÁRIO
Profecia confirmada
5. Leia 2Pe 1:19-21. A quais profecias Kefa se referiu? O que ele quis dizer ao
declarar que nenhuma profecia das Escrituras provém de particular elucidação?
K efa apresentou duas evidências para enfatizar que os princípios de fé não estão
fundamentado em mitos astuciosamente inventados (2Pe 1:16). Primeiramente,
seu testemunho ocular (2Pe 1:16-18); em segundo lugar, as profecias das Escrituras
(2Pe 1:19-21), um argumento utilizado anteriormente (1Pe 1:10-12).
Kefa declarou que "nenhuma profecia da Escritura deve ser interpretada por um
indivíduo em particular" (2Pe 1:20). Nessa afirmação, ele não estava proibindo o
estudo das Escrituras Sagradas, pois seria a negação de suas palavras em 1Pe 1:13:
"Cingindo o vosso entendimento" ou "estejam com a mente preparada, prontos para
a ação". Tampouco seria essa a intenção de alguém que tinha elogiado os profetas
por sua diligente investigação do significado das profecias que haviam recebido (1Pe
1:10).
O que Kefa quis dizer? A Kehilá se desenvolvia e estudava em grupo. Os membros
faziam parte de um corpo maior (1Co 12:12-14). Na realidade, Shimon estava adver-
tindo contra o tipo de estudo em que se rejeita qualquer ideia proveniente de uma
comunidade. Ao interagir com outras pessoas, podemos crescer. O Espírito trabalha
com a kehilá e com seus indivíduos. Ideias podem ser compartilhadas, refinadas e
aprofundadas. Mas aquele que age sozinho, recusando a contribuição de outros, pro-
vavelmente chegará a interpretações equivocadas em relação às profecias.
Nos versículos seguintes encontramos uma boa razão para esse comentário feito
por Kefa. Havia entre seus leitores falsos profetas e mestres (2Pe 2:1). Ele recomen-
dou que eles apresentassem sua interpretação das Escrituras à liderança da Kehilá
como um todo. Quantas pessoas são levadas pelo fanatismo e erro, pois se recusam
a seguir o conselho de uma comunidade guiada pelo Espírito? Esse foi um perigo
naquela época e continua sendo hoje.
Por que é importante estar aberto ao conselho da comunidade? Até onde devemos nos sub-
meter ao conselho dos outros?
SHAVUOT
ESTUDO DIÁRIO
C omo vimos, Kefa deu grande ênfase às Escrituras Sagradas. O trecho de 2Pe 1:19-
21 é uma confirmação poderosa da importância da Bíblia para nossa experiência
religiosa e de sua inspiração divina. O verso 21 deixa claro o argumento dele. Dife-
rentemente de outros livros, a Palavra de D'us não é fruto da vontade ou imaginação
humana. Ela foi produzida pelo poder do Ruach Hakodesh, que atuou por meio de
"pessoas que anunciaram a mensagem da parte de D'us".
Depois de advertir Timóteo quanto aos perigos que ele e a comunidade enfrenta-
riam, Rabi Shaul resumiu a importância da Bíblia: "Toda a Escritura é inspirada por
D'us e valiosa para ensinar a verdade, convencer do pecado, corrigir erros e treinar
no viver correto" (2Tm 3:16). Analisaremos esses três pontos.
Ensino: Os princípios de fé são os ensinamentos bíblicos. Eles expressam as
crenças da comunidade sobre vários temas bíblicos considerados importantes na
Palavra de D'us. O ideal é que todo princípio seja centrado no Mashiach e nos ajude
a viver de acordo com a "perfeita vontade de D'us" (Rm 12:2).
Orientação: Rabi Shaul disse a Timóteo que as Escrituras são úteis "para ensinar
a verdade, convencer do pecado, corrigir erros e treinar no viver correto" (2Tm 3:16).
Kefa fez um comentário semelhante ao dizer que as profecias bíblicas são como uma
candeia que brilha em lugar tenebroso (2Pe 1:19). Em outras palavras, as Escrituras
orientam como devemos viver e quais são as condutas certas e erradas. Inspirada
pelo Ruach Hakodesh, a Bíblia é a vontade de D'us revelada.
"Dá a Sabedoria conducente à libertação": Ao afirmar que as Escrituras nos tor-
nam sábios para a salvação (2Tm 3:15), Shaul ressaltou que as Escrituras Sagradas
apontam para Yeshua. A salvação (yeshuah) tem por base a crença de que ele morreu
pelos nossos pecados.
Ensino, orientação moral e conhecimento da libertação [...] Não é de admirar que
a Bíblia seja como "a uma luz que brilha no lugar escuro e sombrio, até que o Dia raie
e a Estrela da Manhã brilhe no [nosso] coração." (2Pe 1:19).
SHAVUOT
ESTUDO DIÁRIO
Estudo adicional
"O primeiro e mais elevado dever de todo ser racional é aprender das Escrituras
o que é a verdade, e então andar na luz, animando outros a lhe seguirem o
exemplo. Dia após dia devemos estudar a Escritura Sagrada diligentemente, ponde-
rando todo pensamento e comparando passagem com passagem. Com o auxílio divi-
no devemos formar nossas opiniões por nós mesmos, visto que temos que responder
por nós mesmos perante D'us.7
"As verdades mais claramente reveladas na Escritura Sagrada têm sido envoltas
em dúvida e trevas por homens instruídos que, com pretensão de grande sabedo-
ria, ensinam que as Escrituras têm um sentido místico, secreto, espiritual, que não
transparece na linguagem empregada. Esses homens são falsos mestres. Foi a essa
classe que Yeshua declarou: 'Não é esta a razão de seu engano? Vocês desconhecem
as Escrituras e o poder de D'us!' (Mc 12:24). A linguagem da Bíblia deve ser explicada
de acordo com seu sentido óbvio, a menos que seja empregado um símbolo ou figura.
O Mashiach fez a promessa: 'Se alguém quer fazer a vontade dele, saberá se meu en-
sino procede de D'us ou se falo por mim mesmo.' (Jo 7:17). Se os homens tão somen-
te tomassem a Escritura como é, e não houvesse falsos mestres para transviar e lhes
confundir o espírito, seria realizada uma obra que alegraria os anjos e que traria para
o redil do Mashiach milhares de milhares que agora se acham a vaguear no erro"2.
ESTUDO DIÁRIO
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 10
1
Ellen G. White, Vida e Ensinos, p. 220 (contextualizado)
2
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 598, 599. (contextualizado)
Falsos mestres
LEITURAS DA SEMANA
2Pe 2:1-22; Jo 8:34-36; Mt 12:43-45; Jd 4-19; Gn 18:16-33
E m sua primeira Igueret (carta), Kefa, com grande interesse, buscou encorajar seus
leitores no tocante aos perigos da perseguição religiosa. Embora não saibamos a
qual tipo de perseguição ele se referiu especificamente, sabemos que eles enfrentaram
provações terríveis à medida que o Império Romano buscava exterminar o crescente
movimento daqueles chamados de seguidores do Messias.
Hasatan atacou em duas frentes. Certamente a perseguição externa, isto é, o uso da
violência e força bruta, foi uma ferramenta poderosa. No entanto, a comunidade enfrentou
outra ameaça, talvez ainda mais perigosa do que a primeira: a ameaça interna. Assim como
a nação judaica no passado teve que lidar com falsos profetas, eles nos dias de Kefa tiveram
que lidar com falsos mestres que introduziam "Sob falsos pretextos, eles introduzirão he-
resias destrutivas" (2Pe 2:1) na própria kehilá. E, pior ainda, Kefa advertiu seus leitores de
que muitos seguiriam esses "caminhos vergonhosos" (2Pe 2:2).
Sobre quais ensinamentos Kefa os advertiu? Qual foi a reação dele diante desses ensinos?
O que podemos aprender com suas advertências hoje, à medida que enfrentamos ameaças
internas?
LEITURAS DA SEMANA
Ore esta semana pelos líderes Elena Kopylova e Sergey Komarnitsky da comuni-
dade judaico-adventista de Moscow, Russia.
86 Shimon Kefa - As cartas de Pedro - שמעון כיפא
4 de junho [ יום ראשוןYom Rishon 10 Sivan] Domingo
À s vezes é fácil idealizar a kehilá naquela época e pensar nela como um período de
grande paz e harmonia entre os primeiros seguidores.
Isso seria um erro. A kehilá enfrentou lutas desde os dias de Yeshua, muitas vezes
dentro de suas próprias fileiras, como foi o caso de Yehudá de Kriot (Judas Iscariotes).
Conforme revelam as Iguerot (cartas) da B'rit Hadashá, muitos problemas aconteceram
devido aos falsos ensinos entre os conversos goyim. A kehilá não sofreu apenas perse-
guição externa, mas também enfrentou problemas internos. A segunda carta de Kefa
trata de alguns desafios internos. Quais foram eles? "Contudo, surgiram falsos profe-
tas entre o povo, da mesma forma como haverá falsos mestres entre vocês. Sob falsos
pretextos, eles introduzirão heresias destrutivas, negando até mesmo o Mestre que os
comprou, trazendo, dessa forma, sobre si mesmos repentina destruição. Muitos segui-
rão suas devassidões, e, por causa deles, o Caminho verdadeiro será difamado. Em sua
cobiça, eles os explorarão com histórias inventadas. A punição deles, decretada muito
tempo atrás, não está inativa; sua destruição não jaz inerte!" (2Pe 2:1-3). Essa realidade
não se parece com um período de grande paz e harmonia entre os irmãos, não é mesmo?
1. Leia 2Pe 2:1-3, 10-22. Sobre o que o Kefa alertou seus leitores? Quais erros esta-
vam sendo promovidos nas kehilot?
É bem provável que o verso 1 seja a razão pela qual o Eterno tenha inspirado Kefa a
escrever sua carta. Shimon estava advertindo seus leitores de que, assim como houve
falsos profetas no passado, haveria falsos mestres no futuro. Ele destacou uma série de
acusações contra esses falsos mestres, desde suas "heresias destrutivas" (2Pe 2:1) até
o fato de que levavam incautos à escravidão (2Pe 2:19), bem como muitos outros erros.
Pelos escritos de Kefa, vemos que esses ensinamentos eram, na verdade, muito perigo-
sos, o que explica por que ele se opôs a essas coisas com tanta veemência. Ele acreditava
que as doutrinas fossem muito importantes.
Como poderemos nos proteger contra as tentativas de trazer falsos ensinamentos para a
kehilá?
ESTUDO DIÁRIO
Liberdade no Mashiach?
2. "Vangloriando-se de vantagens baseadas em nada, brincam com os desejos
da velha natureza, a fim de seduzirem com lascívia pessoas que acabaram ele
escapar cio estilo ele vicia errôneo." (2Pe 2:18). Qual é a advertência de Kefa
nesse verso? Como o verso dezenove ajuda a explicar a preocupação de Shimon?
Qual é a importância da palavra "liberdade" no verso dezenove?
N a linguagem mais forte possível, Kefa advertiu seus leitores sobre os perigos dos
falsos mestres. Em 2Pe 2:18-21, ele alertou para o fato de que esses enganado-
res, ao prometer liberdade, levavam as pessoas à escravidão.
Que completa deturpação das boas novas! A liberdade no Mashiach significa ser
livre da escravidão do pecado (Rm. 6:4-6). Kefa estava advertindo sobre qualquer
concepção equivocada em que a "liberdade" no Mashiach tornasse a pessoa escrava
do pecado. Embora os estudiosos discutam qual teria sido a heresia a que ele se re-
feriu especificamente, é evidente que ela está relacionada à questão do pecado e ao
fato de que as pessoas se tornam escravas dele.
Quaisquer que fossem os ensinamentos desses mestres, eles estavam levando suas
vítimas - pessoas que tinham conhecido há pouco tempo o Senhor Yeshua - de volta ao
seu antigo e pecaminoso estilo de vida. É fácil imaginar uma mensagem "barata" que
minimize a necessidade de pureza e santidade, algo que fizesse as pessoas caírem nova-
mente na própria "corrupção" da qual haviam acabado de escapar (2Pe 2: 19). Não é de
admirar que Kefa tenha feito tão forte oposição a esses ensinos e advertido os convertidos
sobre suas consequências.
ESTUDO DIÁRIO
K efa estava preocupado principalmente com o destino daqueles que eram atraí-
dos de volta aos seus antigos pecados (2Pe 2:18). Os falsos mestres prometiam
liberdade; no entanto, essa liberdade era radicalmente diferente daquela que Yeshua
Hamashiach havia prometido aos Seus seguidores.
Considere a poderosa advertência de Kefa. Teria sido melhor que aqueles conversas
nunca tivessem "conhecido o Caminho da justiça" (2Pe 2:21) do que, tendo-o conheci-
do, voltassem aos seus hábitos anteriores.
Isso não significa que não mais houvesse esperança para eles. Todos conhecemos
histórias de pessoas que se afastaram do Eterno e depois retornaram. Sabemos que D'us
fica muito feliz quando isso acontece. Ele Se alegra em recebê-las de volta (veja Lc 15:11-
32). Essa advertência significa apenas que o afastamento é um caminho muito perigoso
e desagradável. A figura de um cão que retorna ao seu próprio vômito é uma expressão
muito dura e grosseira para descrever essa situação. No entanto, essa imagem foi o que
Kefa apresentou como argumento.
Talvez ele, em 2Pe 2:20, tenha ecoado intencionalmente as palavras de Yeshua em
Mt 12:45 e Lc 11:26. Certa vez, o Mashiach contou uma parábola de um homem que havia
sido liberto de um mau espírito. O espírito, vagueando sem encontrar um lugar próprio
para repousar, retornou à sua "casa, de onde" tinha saído (Mt 12:44). Ele a encontrou
vazia e em ordem. Então, voltou e trouxe consigo muitos outros espíritos piores do que
ele. Como disse Yeshua: "O último estado daquele homem torna-se pior do que o pri-
meiro" (Mt 12:45).
É real o perigo ilustrado pelo Mashiach e descrito por Kefa. O recém-convertido deve
se certificar de que as coisas do Espírito substituam aquelas que costumavam dominar
sua vida. Se o envolvimento com as coisas da kehilá e o testemunho pessoal não substi-
tuírem as atividades seculares anteriores, será muito fácil voltar aos hábitos anteriores.
Como podemos alimentar e discipular de modo mais eficaz os membros da kehilá, espe-
cialmente novos membros?
ESTUDO DIÁRIO
Kefa e Yehudá
6. Leia 2Pe 2:12 e Jd 10. Kefa e Yehudá descreveram aqueles que se tornam como
animais irracionais governados pelo instinto. Como essa descrição se compara
à maneira pela qual D'us criou originalmente a humanidade?
Leia 1Tessalonicenses [Ts] 4:7, 8. O que significa ser chamado para ser Kedoshim? Em
quais áreas da sua vida você não está agindo para esse propósito?
ESTUDO DIÁRIO
Pense em tudo que nos foi revelado nas Escrituras. Por que jamais poderemos dizer que
não fomos avisados?
ESTUDO DIÁRIO
Estudo adicional
ESTUDO DIÁRIO
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 11
1
Ellen G. White, CT, p. 357 (contextualizado)
O Dia do Eterno
Yom Hashem
VERSO PARA MEMORIZAR
"Visto que tudo será destruído dessa forma, que tipo de pessoas vocês deverão ser?
Vivam de maneira santa e piedosa." (2Pe 3:11)
LEITURAS DA SEMANA
2Pe 3:1, 2; Jo 21:15-17; 2Pe 3:3-13; SI 90:4; Mt 24:43-51; 2Pe 3:14-18
N os séculos passados as pessoas que não acreditavam em D'us eram vistas como
indignas de confiança e até potencialmente perigosas. Por quê? A ideia era sim-
ples: se elas não tinham confiança no Eterno, então não criam em um juízo futuro
(Yom HaDin) no qual teriam que responder diante Dele por seus atos. Sem essa mo-
tivação, as pessoas tinham uma tendência maior a cometer erros.
Embora tal pensamento seja hoje bastante antiquado e "politicamente incorre-
to", não se pode negar a lógica e a razão que há por trás dele. É evidente que muitas
pessoas não precisam temer um juízo futuro a fim de fazer o que é certo. Mas, ao
mesmo tempo, a perspectiva de ter que responder ao Eterno pode motivar o com-
portamento correto. Como vimos, Kefa não tinha medo de alertar sobre o juízo que
os malfeitores enfrentariam diante de D'us, pois as Escrituras afirmam claramente
que o Yom HaDin (dia do juízo) virá. Nesse contexto, o Shimon falou explicitamente
sobre o fim dos tempos, o juízo, a segunda vinda de Yeshua e o tempo em que os
"elementos serão derretidos e desfeitos" (2Pe 3:10). Kefa sabia que todos somos pe-
cadores e, portanto, com tais perspectivas diante de nós, ele declarou que devemos
viver "Vivam de maneira santa e piedosa" (2Pe 3:11).
LEITURAS DA SEMANA
Ore esta semana pelos líderes Vyacheslav & M. Glebushkoy da comunidade judai-
co-adventista de St-Peterburg, Russia.
94 Shimon Kefa - As cartas de Pedro - שמעון כיפא
11 de junho [ יום ראשוןYom Rishon 17 Sivan] Domingo
Autoridade
1. Leia Yochanan [Jo] 16:8, 9. Que obra fundamental o Ruach HaKodesh realiza por
nós, e por que ela é tão importante?
K efa advertiu seus leitores sobre os ensinamentos perigosos que a comunidade en-
frentaria. Ele os alertou contra aqueles que, embora prometessem liberdade, le-
vavam as pessoas de volta à escravidão do pecado, o oposto da liberdade que nos foi
prometida no Mashiach.
Infelizmente, esse não foi o único ensinamento falso que tiveram que confrontar.
Outro ensino perigoso surgiu. No entanto, antes de Kefa dar essa advertência específica,
ele disse algo.
Em 2Pe 3:1, 2, Shimon lembrou a seus leitores as palavras inspiradas que haviam
sido ditas anteriormente pelos "santos profetas", levando-os de volta à Bíblia, ao
Tanakh. Kefa os fez lembrar de que eles tinham a "confirmada palavra profética"
(2Pe 1:19). Ele quis deixar claro que suas crenças estavam fundamentadas na Palavra
de D'us. Nada nos Escritos da B'rit Hadashá justifica a ideia de que o Tanakh não
mais seja válido ou seja de pouca importância. Ao contrário, é o testemunho da Bíblia
Hebraica que estabelece a validade dos Escritos da B'rit Hadashá e das declarações
de Kefa a respeito de Yeshua.
Em seguida, Kefa estabeleceu uma linhagem de testemunhas desde os "santos
profetas" do Tanakh até a sua própria autoridade como um dos "emissários do Se-
nhor e Libertador". Ele foi claro a respeito do chamado que havia recebido do Eterno
para fazer o que estava fazendo. Não é de admirar que ele tenha falado com tanta
convicção e certeza. Ele conhecia a fonte de sua mensagem.
Por que a Palavra de D'us, e não a cultura ou nossa própria razão, deve ser a autoridade
máxima em nossa vida?
ESTUDO DIÁRIO
Os escarnecedores
D epois de lembrar seus leitores "as predições dos santos profetas, o mandamento dado
pelo Senhor e Libertador mediante seus emissários." (2Pe 3:2), Kefa passou a adver-
ti-los de maneira específica sobre os escarnecedores. Conhecendo os riscos de sua adver-
tência, Shimon Kefa recorreu à autoridade das Escrituras.
2. Leia 2Pe 3:3, 4. Qual é o argumento dos céticos quanto ao retorno do Mashia-
ch?
Havia uma semelhança importante entre aqueles que promoviam a falsa liberdade e
os que expressavam ceticismo em relação à segunda vinda de Yeshua. O primeiro grupo,
"seguem sua antiga natureza em relação à lascívia e à obscenidade." (2Pe 2:10); enquanto
isso, os que negavam o retorno do Mashiach andavam "seguindo os seus desejos" (2Pe 3:3).
Não é apenas uma coincidência o fato de que as paixões pecaminosas levam a falsos
ensinamentos, não é mesmo?
Kefa alertou que os escarnecedores fariam uma pergunta incisiva: "Onde está a prome-
tida 'vinda' dele?" (2Pe 3:4). Ao fazer essa pergunta, eles desafiariam uma crença existente
há muito tempo: a da breve volta do Mashiach à Terra. Afinal de contas, especialmente
porque Kefa estava falando sobre os últimos dias, esses escarnecedores apresentariam a re-
alidade inegável de que muitos piedosos haviam morrido, e as coisas, de fato, continuavam
do mesmo jeito que sempre estiveram.
Superficialmente, essa não era uma pergunta ilógica. A escritora Ellen G. White escre-
veu que até o piedoso Enoque ficou perturbado, pois viu que o justo e o ímpio "iriam para o
pó juntamente, e que esse seria seu fim"1. Se até Enoque, que viveu antes do Dilúvio, lutou
com essa pergunta, quanto mais aqueles que viveram durante os milhares de anos depois e
os que viveriam nos "últimos dias"?!
O que dizer de nós? Nossa identificação já promove a ideia do segundo advento do
Mashiach. No entanto, Ele ainda não veio. Nós também enfrentamos os escarnecedores,
assim como Kefa havia predito.
Como você lida com o fato de que o Mashiach ainda não voltou?
ESTUDO DIÁRIO
K efa refutou a questão da natureza imutável do mundo. Ele lembrou a seus leitores
que não é verdade que o mundo continua inalterado desde a criação. (Note como
Kefa recorreu novamente ao Tanakh como sua fonte e autoridade.) Houve um tempo
de grande iniquidade e, por causa dela, D'us destruiu o mundo com uma inundação
(2Pe 3:6). O Dilúvio provocou uma grande mudança na Terra, que permanece até hoje.
Kefa, em seguida, afirmou que a próxima destruição não seria pela água, mas pelo
fogo (2Pe 3:10).
Kefa declarou também que para o Eterno, "um dia é como mil anos, e mil anos,
como um dia" (2Pe 3:8). Ao escrever isso, é possível que ele estivesse meditando em
Tehilim (Salmo) 90:4: "Ante Ti, mil anos são como um dia que passou, como uma
vigília noturna." Em outras palavras, nossa concepção de tempo não é como a de D'us.
Portanto, é preciso ter cuidado com nossa maneira de julgar e entender o tempo.
Em uma perspectiva humana, pode parecer que o Mashiach esteja demorando para
voltar. No entanto, enxergamos as coisas apenas a partir da nossa visão limitada. Na
perspectiva de D'us, não há demora. Na verdade, Kefa disse que o Eterno tem conce-
dido mais tempo, pois está demonstrando Sua paciência. Ele não deseja que ninguém
seja destruído (2Pe 3:9). Esse tempo extra é para que todos tenham a oportunidade de
se arrepender.
Porém, Kefa alertou que a paciência do Eterno não deve ser tomada como opor-
tunidade para adiar a decisão de aceitar Yeshua como Mashiach. O dia do Eterno virá
inesperadamente, como um ladrão à noite. Aquele que vem à noite para roubar pro-
vavelmente espera escapar sem ser notado. Entretanto, ainda que o dia do Eterno
venha como um ladrão, ele certamente será percebido. Conforme disse Kefa, "os céus
desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão derretidos e desfeitos,
e a terra, e tudo o que nela há, será queimada." (2Pe 3:10). Sua mensagem é como a
de Shaul: "Porque·ele diz: "No tempo aceitável, eu os ouvi; no dia da salvação, eu os
ajudei" (2Co 6:2 citando Is 49:8).
ESTUDO DIÁRIO
E daí?
C erta vez, um jovem tentou testemunhar à sua mãe. Contou a ela sobre a morte de
ressurreição do Mashiach e a promessa de Sua vinda. O rapaz estava muito orgu-
lhoso de si mesmo, pensando que havia falado com muita eloquência. Quando termi-
nou sua "explanação" sobre ele e a segunda vinda, sua mãe olhou para ele e disse: "E
o que isso tem a ver comigo agora?"
4. Leia 2Pe 3:11-13. Como o Shimon respondeu à pergunta: "E o que isso tem a
ver comigo agora?" (Veja Mt 24:43-51)
Quanto sua vida é impactada pela realidade da segunda vinda do Mashiach Yeshua? O que
sua resposta revela sobre sua confiança?
ESTUDO DIÁRIO
O último apelo
K efa terminou sua Igueret (carta) com um tema que a permeia desde o início. Ele
insistiu que seus leitores vivessem em santidade e tomassem cuidado para não ser
levados "pelos erros dos ímpios e caiam de sua posição segura." (2Pe 3:17).
5. Leia 2Pe 3:14-18. A quem Kefa apelou nessa passagem? Qual foi sua adver-
tência nesse apelo?
É interessante que Kefa tenha terminado sua Igueret (carta) com um apelo aos escritos
do "querido irmão Shaul" (2Pe 3:15). Rabi Shaul também havia escrito sobre a necessidade
de viver em paz enquanto esperamos a segunda vinda de Yeshua HaMashiach, bem como
de usar esse tempo para desenvolver uma vida piedosa (veja Rm 2:4; Rm 12:18; Fp 2:12).
A referência que Kefa fez aos escritos de Shaul revela que eles eram altamente valoriza-
dos no início da era comum. Não podemos determinar se Kefa estava se referindo a toda a
coleção dos escritos de Rabi Shaul encontrada na B'rit Hadashá, ou apenas a uma parte dela.
No entanto, os comentários de Kefa revelam que as cartas de Shaul eram muito respeitadas.
Finalmente, Shimon comentou que os escritos de Shaul poderiam ser mal interpreta-
dos, assim como outras partes das Escrituras. O significado literal da palavra " γράφω (gra-
pha)" é "escritos", mas nesse contexto significa claramente "escritos sagrados", tais como
os livros de Moshê e os neviim (profetas). Nessa passagem, fica evidente que os escritos de
Shaul haviam recebido a mesma autoridade da Bíblia Hebraica.
Além disso, considerando o que lemos sobre os falsos Rabis que prometiam liberdade,
não é difícil imaginar que as pessoas utilizassem os escritos de Shaul sobre liberdade e graça
como desculpa para um comportamento pecaminoso. Shaul enfatizou intensamente a jus-
tificação somente pela fidelidade (Rm 3:21, 22); porém, nada em seus escritos dá às pessoas
permissão para pecar (veja Rm 6:1-14). O próprio Shaul teve que lidar com esse erro em re-
lação à seus ensinos sobre justificação pela fidelidade. Entretanto, Kefa advertiu que aqueles
que deturpam os escritos de Shaul o fazem com o risco da "própria destruição" (2Pe 3:16).
ESTUDO DIÁRIO
Estudo adicional
D o nosso ponto de vista, parece que a segunda vinda do Mashiach está demoran-
do muito. Yeshua sabia que nos sentiríamos assim, e em algumas parábolas Ele
nos alertou sobre o que poderia acontecer, caso não fossemos cuidadosos e vigilantes
durante esse tempo. Considere a parábola dos dois servos em Mt 24:45-51. Ambos
esperavam o retorno de seu senhor, mas chegaram a conclusões diferentes sobre esse
evento. Um concluiu que deveria estar sempre pronto, pois seu senhor poderia voltar
a qualquer momento. O outro disse que o senhor estava demorando, e aproveitou-
-se da situação para agir de maneira perversa. Como não sabemos o tempo exato de
Sua vinda, somos advertidos a vigiar. 'Felizes os escravos a quem o senhor encontrar
alertas quando vier! ' (Lc 12:37, 42). Os que vigiam à espera da vinda do Senhor não
aguardam em ociosa expectativa. A expectativa da vinda do Senhor deve fazer com que
os homens O temam, bem como aos Seus juízos contra a transgressão. Deve desper-
tá-los para o grande pecado de rejeitar Suas ofertas de misericórdia. Os que aguardam
o Eterno purificam a mente pela obediência à verdade."2
ESTUDO DIÁRIO
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 13
1
Patriarcas e Projetas, p. 85 (contextualizado)
2
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 634 (contextualizado)
Horário para o acendimento das velas de Iom Tov encontra-se (págs. 110-111)
Abr | Mai | Jun 2017 • Adar | Nissan | Iyar | Sivan 5777 101
Lição 13 18 a 24 de junho [24 a 30 Sivan]
LEITURAS DA SEMANA
Is 53:5, 6, 9; Lv 16:16-19; Lv 11:44; Rm 13:1-7; 1Co 14:40; 2Tm 3:16.
A s duas Iguerot (cartas) de Kefa foram escritas para fins práticos. Em 1Pe, o gran-
de problema combatido por Shimon foi a perseguição enfrentada pelos fiéis. Já
em 2Pe, o problema foi os falsos mestres. Kefa escreveu com poder e autoridade, à
medida que buscava encorajar seus leitores e adverti-los dos desafios que surgiam
diante deles.
Kefa combateu ambos os problemas em termos teológicos. Os sofrimentos cau-
sados pela perseguição fizeram com que ele refletisse sobre a agonia e morte de
Yeshua, que nos trouxeram a libertação. Os falsos mestres enfrentarão a realidade do
juízo, que ocorrerá depois da segunda vinda do Mashiach à Terra. Esses são alguns
dos temas abordados por Kefa em suas duas cartas.
A lição desta última semana analisa com mais detalhes cinco temas sobre os
quais Kefa escreveu: os sofrimentos de Yeshua que resultaram em nossa libertação;
nossa resposta prática ao fato de que D'us julgará nossas ações no juízo final; a es-
perança que temos da breve volta de Yeshua; a ordem na sociedade e na kehilá; e a
função das Escrituras em orientar nossa vida.
LEITURAS DA SEMANA
Por que Yeshua, como nosso Substituto, é nossa grande esperança de libertação? Como essa
maravilhosa verdade nos conforta?
ESTUDO DIÁRIO
Abr | Mai | Jun 2017 • Adar | Nissan | Iyar | Sivan 5777 103
Segunda 19 de junho [ יום שניYom Sheni 25 Sivan]
U m tema retomado por Kefa com maior frequência do que qualquer outro é apre-
sentado em sua pergunta: "Visto que tudo será destruído dessa forma, que tipo
de pessoas vocês deverão ser? Vivam de maneira santa e piedosa" (2Pe 3:11).
2. Leia os textos seguintes. O que Kefa disse sobre o comportamento ideal? (1Pe
1:15-17, 22; 1Pe 2:1; 1Pe 3:8, 9; 1Pe 4:7-11; 2Pe 3:11).
Como podemos encorajar uns aos outros sem fazer julgamentos? Como podemos viver de
acordo com o chamado feito nas Iguerot (cartas) de Kefa?
ESTUDO DIÁRIO
Esperando o Mashiach
3. O que os seguintes textos dizem sobre os eventos futuros?
1Pe 1:4___________________________________________
1Pe 1:17___________________________________________
1Pe4:5,6__________________________________________
1Pe 4:17___________________________________________
2Pe3:1-10_________________________________________
U m dos problemas críticos enfrentados pelos leitores da primeira carta de Kefa era
a perseguição. Shimon os confortou com o pensamento de que, embora sua vida
setornasse difícil por causa da perseguição, havia uma recompensa futura esperando
por eles no Olam Habá, algo que não poderia ser tirado deles. Logo no início de sua
primeira Igueret (carta), ele mencionou que temos uma herança incorruptível reser-
vada no Mundo Vindouro (1Pe 1:4).
Kefa destacou dois acontecimentos futuros: o juízo final (Yom HaDin) e a destrui-
ção do mal por meio do fogo. Em outras palavras, ele revelou que, embora eles esti-
vessem sendo perseguidos naquele momento, a justiça e o juízo seriam feitos, e eles
receberiam sua recompensa eterna.
O shaliach (emissário) mencionou o juízo em três ocasiões distintas ( 1Pe 1:17; 4:5,
6, 17). Ele afirmou que Elohim, julga todos os seres humanos de maneira imparcial,
segundo suas ações (1Pe 1:17). Ele também declarou que o próprio Yeshua está pronto
para julgar os vivos e os mortos (1Pe 4:5). Além disso, Kefa também fez a intrigante
observação de que o juízo começaria pela casa do Eterno (1Pe 4:17).
Shimon enfatizou que "os ímpios" serão destruídos pelo fogo que envolverá o
mundo todo (2Pe 3:7).
Ele teve que lidar com problemas relacionados ao questionamento da crença na
volta do Mashiach (2Pe 3:1-10). Shimon ressaltou que a razão da "demora" de Seu
retorno era possibilitar que mais pessoas se arrependessem e fossem salvas. Ele des-
tacou também que a certeza de um futuro "ajuste de contas" deveria convencer todos
a viver de maneira santa e irrepreensível.
Portanto, por mais que o foco de Kefa estivesse no presente e na vida prática, ele
ainda mantinha diante de seus leitores a esperança do futuro que os aguardava. Em
suma, independentemente das circunstâncias naquela ocasião, eles precisavam seguir
em frente confiando e obedecendo.
Por que devemos avançar em frente confiando e obedecendo, independentemente das cir-
cunstâncias?
ESTUDO DIÁRIO
Abr | Mai | Jun 2017 • Adar | Nissan | Iyar | Sivan 5777 105
Quarta 21 de junho [ יום רביעיYom Revi'i 27 Sivan]
Na época de Kefa, eles eram eventualmente perseguidos pelo governo e por al-
gumas autoridades religiosas. Isso torna ainda mais significativo o que ele e Shaul
tinham a dizer sobre a função correta das autoridades governamentais (1Pe 2:13-17;
Rm 13:1-7). Ambos acreditavam que os governantes eram constituídos pelo próprio
D'us a fim de deter os malteitores. Todavia, é evidente que em algumas ocasiões o
problema pode ser o próprio governo vigente. Os fiéis enfrentaram essa dificuldade
nos dias de Kefa. e por muitos anos ela só piorou.
Contudo, por via de regra, a ideia era que um bom governo preservaria a lei, a
ordem e a segurança. Ainda hoje existem exemplos em que a lei e a ordem são que-
bradas. Podemos ver a necessidade desesperada de se ter um governo justo. Um bom
governo é uma bênção que o Eterno concedeu à humanidade.
Kefa compartilhava da convicção de Shaul de que a boa administração da kehilá
também é importante. Shaul enfatizou que tudo devia ser feito com decência e or-
dem nos serviços religiosos (1Co 14:40). Semelhantemente, Kefa pediu aos líderes
que pastoreassem o rebanho de D'us que lhes havia sido confiado (1Pe 5:2). Eles
deviam fazer isso com humildade e cuidado.
As congregações precisam ser bem conduzidas. Bons líderes apresentam visão
e coerência. Eles habilitam outros a exercer seus dons espirituais para a glória do
Eterno.
Conforme 1Pe 5:5, devemos nos revestir de humildade no trato de uns com os outros. Como
podemos aplicar esse princípio aos nossos relacionamentos?
ESTUDO DIÁRIO
Em sua segunda carta, Kefa confrontou os falsos mestres. Ele guiou seus leitores a duas
fontes de autoridade, dizendo que devemos nos recordar das predições dos santos profetas,
o mandamento dado pelo Senhor e Libertador mediante seus emissários." (2Pe 3:2). Hoje
podemos recorrer às mesmas fontes de autoridade. Em primeiro lugar, temos as palavras
dos "santos profetas", isto é, o Tanakh. Em segundo lugar, embora não tenhamos mais os
emissários em vida, em certo sentido temos algo melhor: seu testemunho inspirado, reve-
lado nos escritos da B'rit Hadashá.
Mattityahu, Marcos, Lucas e Yochanan nos legaram a história completa da vida, morte
e ressurreição de Yeshua. No livro de Atos, Lucas nos deixou os registros das atividades dos
Shelishim (emissários). Podemos ler as palavras inspiradas dos próprios talmidim. Rabi
Shaul escreveu veementemente sobre a autoridade da Palavra de D'us (2Tm 3:16). Kefa
também guiou seus leitores às Escrituras como fonte de autoridade moral e doutrinal.
Em 2Pe 3:16, ele advertiu seus leitores e ouvintes de que, embora a Bíblia seja a fonte da
verdade, se não prestarmos cuidadosa atenção à mensagem que o Ruach Hakodesh deseja
nos comunicar, a própria fonte da verdade pode ser mal interpretada, e isso pode trazer
consequências terríveis.
As palavras de Kefa devem nos lembrar dos princípios básicos de estudo da Palavra de
D'us. Precisamos ler o texto bíblico em espírito de oração, considerando o contexto do ca-
pítulo, do livro e de toda a Bíblia. O que O autor abordava especificamente quando escreveu
o texto? Devemos lê-lo à luz das circunstâncias históricas em que foi escrito. (No caso de 1
e 2Pe, o Império Romano do primeiro século da era comum). Devemos ler a passagem bí-
blica buscando discernimento espiritual: sabendo que a libertação mediante o sacrifício do
Mashiach é a mensagem central da Bíblia (1Pe 1:10-12). Finalmente, devemos tentar aplicar
a mensagem à nossa vida.
Qual verdade D'us deseja nos comunicar? Como podemos aplicar a Bíblia à nossa experi-
ência de maneira que ela contribua positivamente para O reino de D'us?
ESTUDO DIÁRIO
Abr | Mai | Jun 2017 • Adar | Nissan | Iyar | Sivan 5777 107
Sexta 23 de junho [ יום שישיYom Shishi 29 Sivan]
Estudo adicional
M esmo em meio a densa teoria, as cartas de Kefa dão forte ênfase à vida prática
e à maneira pela qual devemos tratar uns aos outros. Em outras palavras, pre-
cisamos conhecer a verdade como ela é em Yeshua. Porém, ainda mais importante,
precisamos vive-la. Estas palavras grandiosas se encontram logo no início da primeira
Igueret (carta) de Kefa: "Agora que vocês se purificaram por meio da obediência à
verdade, de forma que têm amor sincero pelos irmãos, amem profundamente uns aos
outros, de todo o coração." (1Pe 1:22). Kefa relacionou a purificação da nossa mente
à obediência à verdade. A verdade nos transforma em pessoas que se amam fervoro-
samente, "de todo coração". A obediência, a pureza de coração e o amor estão rela-
cionados. Esse é o ideal pelo qual devemos lutar. Imagine quanto nossa vida e nossas
comunidades seriam diferentes se seguíssemos essa ordem. Pense no que ela faria ao
sentimento de unidade da kehilá. "Irmãos, levareis convosco o espírito do Mashiach
ao voltardes para vosso lar e congregações? Haveis de abandonar a incredulidade e a
crítica? Estamos nos aproximando de um tempo em que, mais do que nunca, preci-
samos nos unir e trabalhar juntos. Há força na união. Na discórdia e desunião só há
fraqueza"1.
ESTUDO DIÁRIO
ESTUDO DIÁRIO
REFERÊNCIAS LIÇÃO 13
1
Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v.1, p. 374 (contextualizado)
Horário para o acendimento das velas de Iom Tov encontra-se (págs. 110-111)
Abr | Mai | Jun 2017 • Adar | Nissan | Iyar | Sivan 5777 109
Glossário
A
ABBA [Aramaico corresponde a Av em He- ANTES DA ERA COMUM (AEC) Referido ao perí-
braico] Meu Pai, Pai; A palavra abbá odo usualmente chamado de antes de
em aramaico corresponde à forma en- Cristo (a.C.).
fática ou definida de av, significando ASHUR Assíria
literalmente "o pai" ou "ó Pai". ASSERET HADIBROT Mais comumente co-
ACHAZ Acaz nhecida como os Dez Mandamentos.
ACHARIT HAYAMIM Literalmente, "o fim dos A tradução que mais se aproxima de
dias". O tempo do fim ou os "últimos Assêret Hadibrot é "Dez Falas" ou
dias", quando o 'alam hazeh chega ao "Dez Ditos", sendo que estes são dez
fim e o 'alam haba está a ponto de princípios que incluem toda a Torá e
iniciar-se (l Coríntios 10.11 +). seus 613 preceitos.
ACHIM (do hebraico )אָ חִ יםIrmãos AV em Hebraico Corresponde a "Abba"
ADAM (do hebraico )אָ דָ םAdam, Adão; do aramaico quer dizer: Papai, Meu
masc. Homem Pai. [HA'AV] - O Pai
ADON OLAM Senhor do Universo AVINU Nosso Pai; Avinu, Malkeinu: Nosso
ADONAI (em hebraico: ֲאדֹנָי, "meu Senhor") Pai, nosso Rei
O Eterno Eterno de Israel. AVINU SHEBASHAMAYIM Nosso Pai celestial,
ADONEINU Nosso Senhor Nosso Pai que está no céu
AMHA'ARETZ literalmente povo da terra. AVIMELEK (hebraico: )אבימלךAbimeleque
Pessoas comuns, iletradas usado pe- AVIYAHU Abias
jorativamente no primeiro século EC. AVODAH ZARAH (Avoda zará) Adoração es-
AMMA'US Emaús trangeira, paganismo, Idolatria, ado-
AMONI Amonitas ração a deuses estrangeiros.
A.E.C Vide ANTES DA ERA COMUM AVRAM Abrão
AVRAHAM Abraão
B
BAVEL Babilônia BERESHIT (Bereshit) Gênesis - Livro
BEIT-LECHEM Belém BIMÁ O púlpito onde lê-se a Torá
BEIT HAKNESSET - KNESSET Templo, Sinagoga BERACHOT HASHACHAR Benção da aurora,
BEIT HAMIQDASH Bet Hamikdash, Templo devoção matinal
Sagrado B'RIT (Berit) Aliança; B'rit Hadashá: Nova
BEIT'ZATA Betesda Aliança. Também usado para referir-se
BAMIDBAR (BEMIDBAR, BAMIDBAR) Números aos livros sagrados ou período do novo
(livro), do hebraico "no deserto" testamento; B'rit Milá: circuncisão
BEN Filho; Ben HaAdam: Filho dos homens; BETH MIDRASH LESHABAT Casa de estudo do
Ben HaElohim: Filho de D'us Shabat. Usado também como refe-
B'NEI HAELOHIM Filhos de D'us rência a Escola Sabatina.
BESSORÁ vide HaBessorá
C
COHEN (Kohen) Sacerdote CHAVA vide Hava - Eva
COHANIM (Kohanim) Sacerdotes CHAVER Amigo (Hebrew: חבר, literalmen-
COHEN GADOL (Kohen Gadol) Sumo Sacerdote te, "amigo") Chaverim: Amigos (He-
CORBAN (Korban) Holocausto, Sacrifício; brew: חברים, literalmente, "amigos")
CORBANOT Plural Holocaustos, Sacrifí- CHAVEROT amigas
cios; é o nome dado aos diversos ti- CHESSED Graça
pos de sacríficios e ofertas. CHUMASH (Humash do hebraico חומשvindo
CHAG MATZOT Festa dos pães ázimos, ver do termo chamesh (fem.)/ chamisha
também Pêssach (mas.), cinco. E também Pentateuco.
CHASIDIM Piedosos Faz alusão aos cinco livros atribuídos a
Moshê)
D
DAMMESEK Damassés seu nome completo.
DEVARIM (Devarim) Deuteronômio (Livro) DERASHÁ Sermão, palestra. DERASHÁ AL
D-S, D-US, ETERNO Forma respeitosa de HAAR Sermão da Montanha, sermão
escrever o nome de Deus sem citar do monte
E
E.C Vide ERA COMUM EHYEH Ehyeh Asher Ehyeh ou Eheye
ECHAD É um. ex: Adonai Echad; Um - Ela Asher Eheye = Eu sou o que Sou
é utilizada no tradicional Shemá, De- "Ehyeh" (hebraico: ) אֶ הְ יֶהou "Ehyeh-
varim 6:4. Ouve ó Israel, Adonai nosso -Asher-Ehyeh" (hebr: אהיה אשר אהיה
D'us é Um. שמע ישראל יהוה אלקינו יהוה אחד "- conforme em Shemot 3:14)
Shemá Isra'el Adonai Eloheinu Ado- EL'AZAR Lázaro
nai Echad. Outros Exemplos Exem- ERA COMUM (EC) Refere-se ao período co-
plo: "Deixará portanto o homem seu mumente chamado de Anno Domini
pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, (AD) ou depois de Cristo (dC).
e serão ambos uma só carne" - Be- EMISSÁRIO(S) Apóstolo(s), HaShaliach,
reshit [Gn] 2:24 obreiro.
EL'AZAR Lázaro
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Glossário
G
GALIL Vide Hagalil GOY (Hebrew: יוג, Regular plural goyim
GAN'EDEN Paraíso. Literalmente jardim- )םיוגNação, gentil, não judeu.
-do-Éden; no judaísmo o termo tam-
bém refere-se ao paraíso. GOYIM (goyim )םיוגPlural de Goy nações
GAT-SH'MANIM (Getsêmani) Jardim onde (gentios) não judeus
Yeshua orou e foi preso pela guarda GUET (do hebraico )גטÉ o nome dado ao
do templo. O termo significa literal- documento de divórcio dentro do ju-
mente "prensa de óleos". daísmo.
GAVRI'EL Gabriel GUEULÁ ( )גאולהRedenção
GER גרConverso goy (não-judeu)
H
HA'AV O Pai, ver "Av" e "Abba" sicas que celebram a vida; É uma ora-
HABESSORÁ (do hebraico שו ָֹרה ׂ )הַ ְּבA palavra ção judaica baseada em Tehilim (Salmos
Bessorá significa novidades, notícias, 113-118), que é utilizada como louvor e
mensagem, um comunicado que re- agradecimento, recitada pelos judeus
cebeu, sentido do grego Evangelion. nas festividades judaicas.
Boas Novas. Normalmente referente HALACHÁ Leis Judaicas
às boas novas de Yeshua HaMashiach. HANANYAH Ananias; Hananyah e Shappi-
HAELYON El Elyon = O Eterno Altíssimo rah = Ananias e Safira
HAFTORÁ ou HAFTARÁ (em hebraico ;הפטרה HAMATVIL O imersor; Batista.
plural haftarot ou hafTorás) é um HAMASHIACH Ver Yeshua HaMashiach e
trecho de texto dos Neviim (Os profe- Mashiach. O Ungido.
tas) lidos na sinagogas geralmente HANOKH Enoque
após a leitura da Parashat haShavua HANUCÁ ou Chanuká (do Hebraico Dedi-
HAG'VURAH Ha·G'vu·rah. "O Poder", eu- cação); Também faz-se referência à
femismo para designar Y-H-V-H festa da dedicação ou festa das luzes
(Mattityahu 26.64). HAR HAZEITIM הר הזיתיםO Monte das Oli-
HAGALIL [ ]הגלילGalileia, Galil veiras
HALLEL [( ]הַ לְ לdo hebraico הלל, "Louvor") é HASATAN o Adversário, o Satan
de origem aramaica e significa "cânti- HASHACHAR [alvorecer]
co de louvor e exaltação a Deus", mú- HASHALIACH Emissário; Apóstolo
I
IGUERET (carta em Hebraico) A palavra IZEVEL Jezabel
Epístola vem do latim epistula e do
Grego epistolé.
K
K'FAR-NACHUM Cafarnaum
KANAI [ = ]קנאיZelote - alguém que zela KENEH ou qenéh ( )קנהCanônico
pelo nome do Eterno KOHANIM Ver Cohanim
KAPARAH Propiciação, expiação, Interces- KOHEN ver Cohen
são, mediação KOHEN GADOL ver Cohen Gadol
KAPPORETH ּ ַכ ּפ ֹ ֶרתTampa da Arca, Propicia- KEHILÁ Congregação, Comunidade
tório, lugar de intercessão, Expiação. KOL GOYIM Todas as Nações
KASHER Vide Kosher KOSHER (KASHER) A comida de acordo com
KAYIM Caim a lei judaica. Baseada na Torá.
KAYAFA Caifás KORBAN Ver CORBAN
KEDOSHIM Tornar Santo, Povo Santo, KORBANOT Ver CORBANOT
Santificação KASDIM Caldeus
KEFA Pedro
L
LAVAN Labão mau, então a melhor tradução seria lín-
LASHON HARÁ (em hebraico )לשון הרע, Lashon gua má, ou língua maledicente. Fofoca.
significa língua e hará significa o mal/ LEMEKH Lameque
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Glossário
M
MAASSER Dízimo MITZVOT: [em hebraico: ]מצוות: "Manda-
MALAKHI מלאכיmeu mensageiro, Malaquias. mentos"; plural, mitzvos ou mitzvot;
MALSHIN Acusador, informante, diabo. plural de Mitzvá.
MASHIACH (do hebraico mashiah, Moshiah, MISHLEI [Pr] Livro de Provérbios [provérbios
Mashiach, or Moshia") Que significa o de]. Forma plural construta da palavra
ungido. O Messias e traduzido para o mashal [provérbio, parábola] que literal-
grego como Χριστός - Cristo. mente significa "provérbios de". Mishlei
MATANAH (Pl. Matanot) dom, dádiva Shlomo = Provérbios de Salomão.
M'NASHEH Menasheh Manassés MESHALIM Provérbios no plural (não se
METUSHELÁ Matuzalém referindo ao livro em si) forma plural
MEZUZOT Umbrais das portas, plural de Mezuzah simples de provérbio, parábola.
MISHCAN Santuário, Tabernáculo MOA'VI Moabitas
MIKVÁ OU MIKVÉ [ ]מִ ְקוָהÉ o nome dado à MOLECH Moloque
imersão ritual em água utilizada no MOSHÊ Moshê
judaísmo. imersão. MOSHIA Salvador
MITZVÁ [em hebraico: ]מצוה: "Manda- MOSHIENU Nosso Salvador
mento" de צוה, tzavá, "comando") MOSHIIM Salvadores
N
NAKDIMON Nicodemos NEVIIM (do hebraico )נביאיםou Profetas; é o
NOACH Noé nome de uma das três seções do Ta-
NETILAT-YADAYIM Ritual de lavar as mãos. nakh, estando entre a Torá e Kethuvim.
O
OLAM HAZÊ Este mundo OLAM RABÁ Mundo vindouro, reino Eter-
no, Céu dos céus.
P
PAGA Intercessão P'RUSH Parush, Fariseu; P'rushim:
PAROKHET Cortina. Especificamente a que Parushim Fariseus
dividia o Santo dos Santos do restan- P'LISHTI filisteu (plural: P'lishtim)
te do templo ou tabernáculo. PÊSSACH Páscoa judaica, páscoa bíblica
PURIM Festa de Purim.
R
RABBAN Título dado ao rabino superior RECHAVAM Roboão
(presidente) do Sinédrio, da qual ele é o ROSH Cabeça, líder
primeiro dos sete nomeados líderes da RUACH ELOHIM Espírito de D'us
escola de Hilel, que tiveram este título. RUACH HAKODESH Espírito daquele que é
RABBANIM Rabinos Santo, Espírito de D'us
RABBI Rabino; mestre (Rabbis pl.)
S
SANHEDRIN סנהדריןSinédrio pentecostes, festa das semanas
SANCHERIV Senaqueribe SHEKEL (em hebraico: ;שקלplural: shekels,
S'DOM Sodoma sheqels, sheqalim, em hebraico:
SOFERIM סופריםEscribas, Especialistas da Torá )שקלים, ou siclo em português, refere-
SHACHARIT (em hebraico: )שַ ח ֲִרתé a Tefilah -se a uma das mais antigas unidades
(oração) diária da manhã do povo ju- de peso, utilizada posteriormente
deu, um dos três momentos de oração como nome da moeda corrente do
de cada dia. É o agostor serviço diário, povo israelita. Este shekel possuía
incluindo várias orações, mais do que cerca de (11,4 gramas).
os outros serviços do dia; culto, liturgia SHEM Sem, filho de Noach
SHALOM Paz. Paz dada por D'us; Shalom SHEMITÁ (hebraico) שמיטה, literalmente
Aleichem: Paz seja convosco "libertação"), também chamado de
SHAPPIRAH Safira; Hananyah e Shappirah = Ano Sabático
Ananias e Safira SHEMOT Êxodo (Livro)
SHAMOR VEZAHOR "Zachor" [recorda, lem- SHE'OL [ ]שאולcorrespondente ao hades,
bra-te] " e "Shamor" [guarda] que são as vezes traduzido por inferno e gee-
mencionadas nos Dez Mandamentos. na [do hebraico הִ נֹּם-גֵיא בֶן, transl. Geh
SHARÁTH Serviço, Ministério Ben-Hinom]
SHAUL (do hebraico )שאולSaul, Apóstolo SHIM'ON Simão
Paulo, Rabbi Shaul SHOMRON Samaria, [de Shomron: samaritana(o)]
SHAVUOT (do hebraico semanas) Festa de SUCOT Festa dos Tabernáculos/Festa das Cabanas
T
TALMID Seguidor, discípulo, estudante; TANAKH (ou Tanakh em hebraico )תנ״ךÉ
TALMIDIM Plural de talmid. Discípulos, um acrônimo utilizado para deno-
seguidores. minar seu conjunto de livros sagra-
TALMIDOT Discípulado dos Torá, Neviin(profetas) Ketuvin
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Glossário
V
VEACHAVTA LEREACHA KAMOCHA Amarás a teu VAYIKRÁ ("E chamou" em Hebraico), Li-
próximo como a ti mesmo. vro de Levíticos.
Y
YARDEN Jordão. YESHUA Jesus, O nome hebraico Yeshua
YEHOSHAFAT Josafá ( ַ י ֵׁשוּע/ )ישועé uma forma alternativa de
YEHORAM Jeorão Yehoshua, Josué, e é o nome comple-
YEHUDAH Judas; Yehudah de K'riot: to de Jesus.
Judas Iscariotes. YESHUAH Salvação.
YEHU Jéu. YETSER HARÁ/TOV Inclinação para o mal/
YAKO'OV Jacó, correspondente em hebrai- bem
co para Tiago. YIBUM Levirato.
YISHMAEL Ismael. YITZAK (Yitzchak) Isaque.
YERICHÓ Jericó. YOCHANAN João, (Yochanan Hamatvil: Yo-
YERUSHALAYIM Jerusalém. chanan o imersor, João Batista).
YESHAYAHU Isaías. YOM HADIN Dia do Juízo
YESHIVÁ ישיבהPl. yeshivot é o nome dado YOM KIPUR Dia da Expiação.
às instituições para estudo da Torá e YONAH Jonas.
do Talmud dentro do judaísmo. YOSHIYAHU Josias.
Z
ZAKKAI Zaqueu
Fontes do glossário: Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista, Shalom Adventure, Bíblia Judaica
Abr | Mai | Jun 2017 • Adar | Nissan | Iyar | Sivan 5777 117
Horários Acendimento das Velas [ ], Pôr do Sol [ ] e Havdalá [ ] Velas após [-]
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Horários Acendimento das Velas [ ], Pôr do Sol [ ] e Havdalá [ ] Velas após [-]
Abr | Mai | Jun 2017 • Adar | Nissan | Iyar | Sivan 5777 121
Calendário
1
h
5
Parashá Vaykrá
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Shabat Hagadol
Parashá Tsav
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gy dy vu zu zy xy uy
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Parashá
Rosh Chodesh Iyar Rosh Chodesh Iyar Tazria-Metsorá
30 4
d
1 2 3 4 5 6
h v z x u y
5 6 7 8 9 10
Parashá
Acharê-Kedoshim
7 8 9 10 11 12 13
ay by gy dy vu zu zy
11 12 13 14 15 16 17
14 15 16 17 18 19 20
xy uy k ak bk gk dk
18 19 20 21 22 23 24
Parashá
Behar-Bechucotai
21 22 23 24 25 26 27
hk vk zk xk uk a b
25 26 27 28 29 1 2
Rosh Chodesh
Rosh Chodesh Sivan Sivan Parashá Bemidbar
28 g
3 29 4
d
30 5
h
31 6
v
Shavuot
1 2 3
z x u
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4 10
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17
gk
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Parashá Shelach
18
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19
hk
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26 21 zk
27
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xk
28
23
uk
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24
l
30
Rosh Chodesh Tamuz
Parashá Vaerá
25
a
1
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27 g
3 28 4
d
29
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5 30 6
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2017
Janeiro Fevereiro Março Abril
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S Q Q T S S D S T Q S Q S
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30
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Bençãos Diversas
hrvt tvkrb
Bênção para estudo da Torá
hruphh tvkrb
Bênçãos para estudo da Haftará (profetas)
Benção anterior à leitura Benção anterior à leitura _hayrqh ynpls hkrbh
Baruch ata Adonai Bendito és Tu, Eterno, hwhy hT'a; %WrB'
Elohênu mélech nosso D'us, Rei do %l,m,( Wnyhe(l{a/
haolam, asher báchar universo, que escolhestes rx;b(' rv,a] ~l'A[h'
bineviim tovim bons profetas ~ybiAj ~yaiybin>Bi
veratsa bedivrehem e que quisestes Suas ~h,yrEb.dIb. ac'r"w>
haneemarim palavras ditas ~yrIm'a/G<h;
beemet. verdadeiramente. tm,a/B,
Baruch ata Adonai, Bendito sejas Tu, Eterno, hwhy hT'a; %WrB'
habocher batora que escolhestes a Torá, hr"ATB; rxeABh;
uvemoshe avdo Teu servo Moshê, Teu ADb.[; hv,mob.W
uveisrael amo uvinvie povo de Israel e profetas yaeybin>biW AM[; laer"f.yIb.W
haemet vehatsédek. da verdade e da justiça. qd,C,(h;w> tm,a/h'
Benção posterior à leitura Benção posterior à leitura _rmwa hlwOh tayrqh rHaw
Baruch ata Adonai Bendito és Tu, Eterno, hwhy hT'a; %WrB'
Elohênu mélech nosso D'us, %l,m,( Wnyhe(l{a/
haolam, Rei do universo, ~l'A[h'
tsur kol haolamim, rocha de todos os ~ymil'A[h' lK' rWc
tsadik bechol hadorot, mundos, justo em todas as tArADh; lk'B. qyDIc;
hael haneeman, haomer gerações. D'us fiel que rmeAah' !m'a/N<h; laeh'
veosse, hamedaber realiza o que anuncia, que rBed:m.h; hf,A[w>
umekaiem, shechol promete e cumpre, e que lK'v, ~YEq;m.W
devarav emet vatsédek. todas as Suas palavras são qd,c,(w" tm,a/ wyr"b'D>
Neeman ata hu Adonai verdade e justiça. Fiel és hwhy aWh hT'a; !m'a/n<
Elohênu veneemanim Tu, ó Eterno, nosso D'us, ~ynIm'a/n<w> Wnyhe(l{a/
devarêcha, vedavar e fiéis são as Tuas rb'd"w> ^yr)<b'D>
echad midevarêcha promessas, e nenhuma ^yrb<) 'D>mi dx'a,
achor lo iashuv sequer das Tuas palavras bWvy" al{ rAxa'
rekam,ki El mélech jamais se tornará vã, %l,m,( lae yKi ,~q'yrE
neeman verachaman pois és Eterno e Rei fiel e hT'a' !m'x]r:w> !m'a/n<
áta. Baruch ata misericordioso. Bendito hT'a; %WrB'
Adonai, hael sejas Tu, Eterno, Eterno laeh' hwhy
haneeman bechol que é fiel em todas as lk'B. !m'a/N<h;
devarav Suas palavras. wyr"b'D>
hrvt tvkrb
Bênção para estudo da Torá
Benção anterior à leitura
_hayrqh ynpls hkrbh
Benção anterior à leitura
Abr | Mai | Jun 2017 • Adar | Nissan | Iyar | Sivan 5777 125
Shimon Kefa - As cartas de Pedro - שמעון כיפא