Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Beth Midrash
Jan✡Fev✡Mar 2023 | Tevet✡Shevat✡Adar 5783
GUIA DE ESTUDO PARA
COMUNIDADES JUDAICO-ADVENTISTAS
justo
Administrador
à espera do Rebe
1T
justo
AUTOR G. Edward Reid
EDITOR Cliford Goldstein Administrador
CONTEXTUALIZAÇÃO
EDITOR Roberto Rheinlander Rebello
PROJETO GRÁFICO Henrique Felix
CONTEXTUALIZAÇÃO Carlos Muniz,
Roberto Rheinlander, Júlio Flores.
REVISORES Elias Tavares, Carlos
à espera do Rebe
Muniz, Roger Rheinlander.
CONSELHEIROS Reinaldo Siqueira,
Richard Amram Elofer, Cristiano Silva.
Índice
Sobre o Autor 04
Introdução 05
1 Chamados para a família de D'us 06
2 As alianças de D'us conosco 22
3 Maasser 22
CONFERÊNCIA GERAL 4 Tsedacá para Kehilá 30
Reinaldo Siqueira
5 Lidando com as dívidas 38
CONGREGAÇÕES REGIONAIS 6 Ajuntem tesouros no Céu 46
BELO HORIZONTE, MG 7 Aos Meus irmãos menos destacados 54
Rua Aveiro 367 - S. Francisco
Marcelo Matos Gomes
8 Planejamento para o sucesso 62
9 Cuidado com a cobiça 70
CAMPINAS, SP
Rua Joaquim Teodoro Teixeira de Souza, 229 10 Retribuindo 78
Edinelson Sudre Storch
11 Administrando em tempos difíceis 86
CURITIBA, PR 12 Recompensas da fidelidade 94
CCA Rua Lysimaco Ferreira da Costa, 980
Miguel Santos Glossário e Abreviações 102
FLORIANÓPOLIS, SC Calendário 110
Rua José Boiteux, 53 - Centro Bençãos Diversas 112
Filipe Canarin
MANAUS, AM
Rua M/N, 5 - Morada do Sol
Cléber Eustáquio
RIO DE JANEIRO, RJ
Rua da Matriz, 16 - 3º andar - Botafogo
Jean Rufino
SÃO PAULO, SP
Rua Armando Penteado, 291 - Higienópolis
Rogel Tavares
Notas
1 Este guia de estudo é uma versão adaptada das lições da Escola Sabatina
ao contexto Judaico-Adventista. É usada pelos membros das Beth Bnei Tsion
[Comunidades Judaico-Adventistas] como auxiliar e apoio ao estudo semanal.
Visa tornar a linguagem mais acessível a esse contexto. O conteúdo original é
preservado usando apenas adaptações contextuais.
2 As versões bíblicas adotadas preferencialmente nessa contextualização são
Bíblia Judaica Completa (David H. Stern) e Bíblia Hebraica (David Gorodovits
e Jairo Fridlin).
Sobre o autor
G. Edward Reid
Administrador justo
É difícil compreender plenamente o relacionamento que nosso D'us, o Criador do Uni-
verso, quer ter conosco, seres humanos. Ficamos surpresos só de imaginar isso! (1 Jo 3:1).
"Pode acaso qualquer honra do mundo ser igual a essa? Que mais elevada posição pode-
mos ocupar do que a de ser chamados filhos do infinito D'us?" (1). É a escuridão deste mun-
do carregado de pecado que nos impede de apreciar plenamente o status que recebemos
no Messias.
No entanto, se não formos cuidadosos, as atrações do mundo e as coisas dele nos afas-
tarão do Mashiah. As Escrituras nos advertem contra as tentações e seduções de Satan
(1Tm 6:9, 10).
O Eterno nos orienta sobre como ganhar dinheiro e utilizá-lo com sabedoria, não per-
mitindo que ele nos leve à "ruína e perdição". Há centenas de versos das Escrituras que
tratam das posses e da nossa atitude para com elas, D'us dá instruções práticas sobre como
viver acima das tensões e administrar fielmente os recursos.
Estudaremos como desenvolver a confiança necessária para ser fiéis, mesmo quando
não pudermos comprar nem vender (Ap 13:17). Essa confiança não vem da noite para o
dia, mas podemos nos preparar agora para o que surgirá em nosso caminho.
É propósito do Eterno que os seres humanos, purificados e santificados, sejam Sua mão
auxiliadora. Nossa vida deve ser uma expressão de gratidão pelos privilégios da graça (Cl
1:13, 14).
"Honra o Eterno com tuas posses e com as primícias de teus ganhos" (Pv 3:9). Esse con-
selho é apropriado porque Ele é digno (Ap 4:11).
Os sinais indicam que o clímax da História, a segunda vinda do Mashiah, está às portas.
Que estes estudos aprofundem sua fidelidade e confiança em D'us e o encorajem a ser um
administrador fiel para Ele.
(1)
Ellen G. White, A Maravilhosa Graça de D'us, p. 344
Chamados para
a família de D'us
VERSO PARA MEMORIZAR
"Vejam quanto amor o Pai nos concedeu ao permitir sermos chamados filhos de D'us!" (1Jo
3:1)
LEITURAS DA SEMANA
Sl 50:10-12; 1Cr 29:13, 14; Fp 4:19; 1Jo 5:3; Mt 6:19-21
Introdução
U ma característica incrível sobre nosso relacionamento com D'us é que Ele confia
em nós para administrar Seus negócios na Terra. Logo no início da história hu-
mana, D'us delegou explicitamente a Adam e Havá o cuidado pessoal de uma criação
perfeita (Gn 2:7-9, 15). Desde a tarefa de dar nomes aos animais até a manutenção do
jardim e o preenchimento da Terra com filhos, D'us nos revelou que devemos traba-
lhar em Seu interesse aqui.
Ele também nos abençoa com recursos, mas confiou a nós a administração deles,
tais como recolher dinheiro, preencher cheques, efetuar transferências eletrônicas,
fazer orçamentos e doar maasser, tsedacá e outras contribuições para a kehilá. D'us
nos encoraja a gastar os recursos que nos deu para suprir nossas próprias necessida-
des, as necessidades dos outros e para o avanço de Sua causa. Por incrível que pareça,
somos aqueles a quem D'us confiou a criação de Seus filhos, a construção de Seus
edifícios e a educação das gerações seguintes.
PARASHÁ DA SEMANA
Yeshua ensinou a tefilá: "Avinu Shebashamayim, Itkadesh shimcha [Nosso Pai, que
estás nos Céus, santificado seja o Teu nome]" (Mt 6:9). Posteriormente, repetiu a mesma
tefilá em secreto a seus discípulos (Lc 11:2). Ele nos instruiu a chamar seu Pai de "Avinu
Shebashamayim [Nosso Pai, que estás nos Céus]". Quando Yeshua se encontrou com Mi-
riam após a ressurreição, ela quis abraçá-lo. Contudo, Ele lhe disse: "Não me detenha,
porque ainda não voltei para o Pai. Vá, a meus irmãos e lhes diga que estou voltando para
meu Pai e - Pai de vocês -, para meu D'us - e D'us de vocês" (Jo 20:17).
Visto que Hashem é também nosso Pai, Yeshua é nosso Irmão, e somos todos irmãos e
irmãs no Eterno. Yeshua se tornou membro da família terrestre a fim de que pudéssemos
nos tornar membros da família celestial. "A família no Céu e a família na Terra são uma
só" (1).
2. Como D'us Se relaciona conosco? Por que isso é tão encorajador? (Êx 3:10; 5:1; Gl
3:26, 29)
Em contraste com uma visão da criação na qual somos considerados meros produtos
de leis naturais frias e indiferentes, as Escrituras ensinam não apenas que D'us existe,
mas que Ele nos ama e Se relaciona conosco de maneira tão amorosa que a imagem
da família é frequentemente usada nas Escrituras para descrever esse relacionamento.
Quer o Messias chame Israel de "Meu povo", ou nós de "filhos de D'us", ou Se refira a D'us
como "nosso Pai", o ponto é o mesmo: D'us nos ama da maneira que membros de uma
família devem amar uns aos outros. Que boa notícia em meio a um mundo que pode ser
muito hostil!
Imagine um mundo em que tratássemos todos como família. De que modo podemos nos
relacionar melhor com todos, como nossos irmãos e irmãs?
As Escrituras registram o desejo do rei David de construir uma casa para D'us (1 Cr
17). Ele compartilhou esse desejo com o profeta Natan, que respondeu: "Vai e faz tudo
quanto está no teu coração, porque D'us está contigo." (1 Cr 17:2). Mas, naquela noite, a
palavra de D'us veio a Natan e o instruiu a dizer ao rei que, porque ele tinha sido um
homem de guerra, não poderia construir a casa de D'us. Seu filho faria esse trabalho em
seu lugar. David perguntou se poderia, pelo menos, desenhar as plantas e preparar os
materiais para a construção. Quando esse pedido foi concedido ao rei, ele passou o resto
de sua vida acumulando uma grande quantidade de pedra lavrada, cedro, ferro, ouro,
prata e bronze, "e tudo em abundância". Quando todos os materiais de construção ha-
viam sido preparados e reunidos no canteiro de obras, David convocou todos os líderes
de Israel para uma cerimônia de louvor e ação de graças.
Na oração pública de David, o que ele disse haver sido a verdadeira fonte dos mate-
riais de construção que ele e o povo tinham gastado tempo e dinheiro preparando? (1
Cr 29:13, 14) "Na verdade, não podemos levar crédito algum por todos esses materiais
especiais porque estamos apenas devolvendo a Ti Tuas próprias coisas".
Essa noção é importante para todos nós, ricos ou pobres (mas especialmente para
os ricos). Visto que foi D'us quem fez tudo (Gn 1:1; Jo 1:3; Sl 33:6, 9), Ele é o legítimo
proprietário de tudo o que existe, incluindo tudo o que possuímos - não importa quão
intensa, diligente e honestamente tenhamos trabalhado para obter. Se não fosse por D'us
e Sua graça, nada teríamos e nada seríamos. Assim, devemos viver com a percepção de
que D'us é o dono de tudo e, ao louvá-Lo e agradecer-Lhe por Sua bondade para conosco,
precisamos manter essa importante verdade diante de nós. "Mas quem sou eu, e quem é
o meu povo, para que pudéssemos fazer ofertas tão voluntariamente? Porque tudo vem
de Ti, e do que é Teu damos a Ti!" (1Cr 29:14).
Quais princípios são expressos nessas palavras? Elas refletem a atitude que devemos ter
para com D'us e para com nossas posses?
A maior dádiva de D'us a Seus filhos é o Mashiah, que nos traz a paz do perdão, a graça
para viver o dia a dia e obter o crescimento espiritual e a esperança da vida eterna.
"D'us amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo que nele confia
possa ter vida eterna, em vez de ser completamente destruído." (Jo 3:16).
"No entanto, a todos que o receberam, aos que depositaram confiança na pessoa e no
poder dele, ele lhes deu o direito de se tornarem filhos de D'us" (Jo 1:12).
A salvação, portanto, é o dom fundamental. Sem esse dom, o que mais obteríamos de
D'us que, em longo prazo, realmente importaria? Tudo que temos aqui um dia não exis-
tirá mais, assim como todos que se lembraram de nós e de qualquer bem que tenhamos
feito. Em primeiro lugar, devemos manter sempre no centro de todos os nossos pensa-
mentos, a dádiva das boas novas, isto é, o Mashiah, e ele executado como criminoso (1 Co
2:2). No entanto, com a salvação, D'us nos dá muito mais. Para pessoas preocupadas com
alimento e roupas, Yeshua ofereceu ânimo: "Entretanto, busquem em primeiro lugar seu
Reino e sua justiça, e todas estas coisas também lhes serão dadas." (Mt 6:33).
4. O que esses versos dizem sobre a provisão divina para nossas necessidades diá-
rias? (Sl 23:1; 37:25; Fp 4:19)
Quando Yeshua falou sobre sua partida, prometeu o dom do Espírito Sagrado para
confortá-los. "Se vocês me amam, guardarão meus mandamentos; e pedirei ao Pai, e ele
lhes dará outro Conselheiro consolador, semelhante a mim, o Espírito da verdade, para
estar com vocês para sempre. O mundo não pode recebê-lo, porque não o vê nem o co-
nhece. Vocês o conhecem, porque está com vocês e ficará unido a vocês." (Jo 14:15-17).
"Ele os guiará em toda a verdade" (Jo 16:13). O Espírito concede dons espirituais incríveis
aos filhos de D'us (1Co 12:4-11).
Em suma, o D'us em quem "vivemos, nos movemos e existimos", o D'us que "a todos
dá vida, respiração e tudo mais" (At 17:28, 25) nos deu existência, a promessa de salva-
ção, bênçãos materiais e dons espirituais para que sejamos uma bênção aos outros. Os
bens materiais, dons e talentos com os quais fomos abençoados nos tornam devedores
ao Doador quanto à nossa maneira de usar esses dons.
Nossas Responsabilidades
T odos desfrutamos das bênçãos e dos dons espirituais e temporais que D'us nos concede. E
muito confortador saber, também, que somos "parte da família".
5. O que significa amar a D'us de todo o coração? (Dt 6:5; Mt 22:37) Como amar a D'us
"com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas posses." (Dt 6:5)?
A resposta bíblica não é a que a maioria espera.
6. Qual deve ser nossa atitude com base no relacionamento de amor com D'us? (Dt
10:12, 13; 1 Jo 5:3)
Observar a Torá? Cumprir mitsvot? Infelizmente, para muitos, a ideia de obedecer os dez
mandamentos - assêret hadibrot (em especial a guarda do Shabat) é legalismo. Muitos afir-
mam que somos chamados, simplesmente, a amar a D'us e ao próximo como a nós mesmos.
No entanto, D'us é claro: revelamos nosso amor a D'us e ao próximo, sim, obedecendo às suas
mitsvot.
"Porque amar a D'us significa obedecer-lhe os mandamentos. Além disso, seus manda-
mentos não são pesados" (1 Jo 5:3). Estamos acostumados a considerar esse verso assim: ama-
mos a D'us e, portanto, guardamos Seus mandamentos (Suas mitsvot). Mas talvez também
possamos lê-lo desta forma: "este é o amor de D'us", isto é, conhecemos e experimentamos o
amor de D'us ao observar Suas mitsvot.
Yeshua disse que os que ouvem e praticam as palavras de D'us são comparados a um sábio
construtor que construiu sua casa sobre a rocha (Mt 7:21-27). Aqueles que ouvem, mas não
obedecem, são comparados a um construtor tolo que construiu sua casa na areia - com resul-
tados desastrosos. Ambos ouviram a palavra; um obedeceu, o outro não. Os resultados fizeram
a diferença entre a vida e a morte.
Pense na ligação entre amar a D'us e obedecer à Torá. Por que o amor a D'us seria expres-
so dessa maneira? Por que cumprir mitsvot revela esse amor? (Dica: pense nos efeitos da
desobediência à Sua Torá).
Tesouros no Céu
Q uem não leu histórias de pessoas que acumularam riqueza apenas para perdê-la?
Nosso mundo é um lugar instável: guerras, crimes, violência, desastres naturais,
qualquer coisa pode acontecer de repente e tirar tudo pelo que trabalhamos e, talvez,
até o que conseguimos de forma honesta e fiel. Também, em um piscar de olhos, vem a
morte, e então essas coisas se tornam inúteis.
É claro que as Escrituras não nos dizem que seja errado ser rico ou acumular rique-
zas; contudo devemos cuidar ao manter as coisas materiais na sua devida perspectiva.
Mas o que significa acumular tesouros no Céu? A ideia é colocar D'us e Sua causa em
primeiro lugar, em vez de tornar a busca do dinheiro a ocupação principal. Entre outras
coisas, significa usar o que temos para a Causa de D'us, para o avanço de Seu reino, para
trabalhar em favor dos outros, sendo uma bênção.
Quando D'us chamou Avraham, planejou usar o patriarca e sua família para aben-
çoar todas as famílias da Terra. Ele "foi chamado amigo de D'us" (Tg 2:23). O Eterno lhe
disse: "E farei de ti uma grande nação e abençoar-te-ei, e engrandecerei teu nome e serás
uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e aqueles que te amaldiçoarem, amal-
diçoarei; e serão benditas em ti todas as famílias da terra." (Gn 12:2,3).
"O dinheiro é de grande valor, porque pode realizar grande bem. Nas mãos dos filhos
de D'us é alimento para o faminto, água para o sedento e roupa para quem precisa. É
proteção para o oprimido e meio para socorrer o enfermo. Mas o dinheiro não é de mais
valor que a areia, a não ser que o empreguemos para prover às necessidades da vida,
para bênção de outros e para o desenvolvimento da obra do Messias" (2).
"Porque, onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração" (Mt 6:21). Onde o
seu coração lhe diz que está seu tesouro?
Estudo adicional
"O coração de D'us anseia por Seus filhos terrestres com amor mais forte que a mor-
te. Entregando Seu Filho [o Mashiah], nesse único Dom derramou sobre nós todo
o Céu. A vida, morte e intercessão do Messias, o serviço dos anjos, o pleitear do Rúah,
Hashem operando acima de tudo e por tudo, o interesse incessante dos seres celestiais -
tudo se empenha em favor da redenção do homem" (2).
"Se renunciamos ao eu, aceitando o Mashiah, somos membros do povo de D'us [família
de D'us], e tudo quanto há na casa de nosso Pai nos pertence. Todos os tesouros de D'us nos
estão franqueados - tanto o mundo que agora existe quanto o futuro. O serviço dos anjos,
o dom de Seu Espírito, as atividades de Seus servos - tudo é para nós. O mundo, com tudo
que nele há, nos pertence até onde isso seja para nosso benefício" (3).
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 672 (contextualizado)
(2)
id., CC, p. 210 (contextualizado)
(3)
id., MDC, p. 78 (contextualizado)
As alianças
VERSO PARA MEMORIZAR
"E se ouvires a voz do Eterno, teu D'us, para guardar e cumprir todos os Seus
mandamentos que eu te ordeno hoje, o Eterno, teu D'us, te colocará acima de todas as
nações da terra. E virão sobre ti todas estas bênçãos e te alcançarão, pois obedecerás à
voz do Eterno, teu D'us." (Dt 28:1,2)
LEITURAS DA SEMANA
Mt 10:22; Jo 6:29; Dt 28:1-14; Pv 3:1-10; Ml 3:7-11; Mt 6:25-33
Introdução
E surpreendente que D'us tenha feito alianças (ou pactos) conosco. A maior parte
delas é bilateral, o que significa que ambas as partes (D'us e os seres humanos)
têm uma obrigação a desempenhar. Um exemplo de aliança bilateral é: "Se você
fizer isso, eu farei aquilo". Um tipo mais incomum de aliança é a unilateral. "Farei
isso, quer você faça algo ou não". Algumas das alianças de D'us com a humanidade
são unilaterais. Por exemplo, "Porque ele faz seu sol brilhar, da mesma forma, sobre
pessoas boas e más e envia chuva, igualmente, para justos e injustos." (Mt 5:45). Não
importa o que façamos ou deixemos de fazer, podemos contar com D'us para ter o
sol e a chuva. Após o dilúvio, D'us prometeu à humanidade e a "todos os animais da
Terra" que nunca haveria outro dilúvio (Gn 9:9-16), independentemente de nossas
ações. Ele também prometeu: "Enquanto a terra durar, sementeira e ceifa, frio e
calor, verão e inverno, dia e noite – não cessarão." (Gn 8:22). As estações vêm e vão,
independentemente do que fazemos.
PARASHÁ DA SEMANA
A aliança da salvação
A morte do Mashiah tornou a salvação concreta para todos que já viveram ou que
viverão. Diferentemente da promessa das estações, a salvação não é unilateral - não
é dada a todos, independentemente do que se faça. A crença de que todos serão salvos é
chamada de "universalismo". Em vez disso, o Messias ensinou claramente que, embora
tenha morrido por toda a humanidade, muitos percorrem o caminho espaçoso para a
perdição e morte eterna (Mt 7:13, 14).
Rabi Shaul compreendia a natureza bilateral dessa aliança. Sabendo que seria execu-
tado em breve, e apesar de muitos de seus companheiros o terem abandonado, ele con-
fiantemente disse a seu caro amigo Timóteo que havia cumprido sua parte no acordo.
"Quanto a mim, já estou sendo derramado sobre o altar; sim, o tempo da minha partida
chegou. Combati o bom combate, terminei a corrida, mantive a fé. Tudo o que me espera
agora é a coroa de justiça, a qual o Senhor, 'o Justo Juiz', me concederá naquele dia - e
não só a mim, mas também a todos os que esperaram ansiosamente por seu aparecimen-
to." (2Tm 4:6-8).
O rabi disse: "[Estou pronto porque] combati o bom combate, terminei a corrida,
mantive a fé". Contudo, Shaul sempre foi muito claro ao afirmar que a salvação é somen-
te pela graça mediante a confiança, não pelas ações da Torá, e então ele não estava de
alguma forma olhando para suas ações ou realizações como algo que lhe rendesse méri-
to diante de D'us. A "coroa da justiça" que o esperava é a justiça do Messias, que, pela
confiança, reivindicou para si e à qual se apegou até o fim de sua vida.
Embora a salvação seja uma dádiva de Hashem não merecida, qual é a diferença
entre os que a aceitam e os que a rejeitam? O que a aceitação desse presente exige
que façamos?
Nele, Moshé revisou a forma fiel com que D'us lidou com Israel. Ele narrou as via-
gens desde o Monte Horêv [Sinai] a Kadesh Barnea [Cades Barnea], no limiar da terra
prometida, bem como a rebelião e os 40 anos de peregrinação no deserto. Ele reafirmou
os asseret hadibrot [dez mandamentos], o requisito do maasser [dízimo] e a previsão da
futura Casa do Tesouro [bet otsar], o santuário de D'us. Mas o foco de Devarim é o conse-
lho para obedecer a D'us e receber Suas bênçãos. Moshé retratou D'us como Aquele que
pode e quer cuidar de Seu povo.
2. Que grandes bênçãos foram prometidas a Israel? O que o povo devia fazer para
recebê-las? [Dt 28:1-14]
Moshé estava ávido para que os israelitas entendessem que D'us tinha em mente
para eles bênçãos maravilhosas, até mesmo milagrosas. Suas palavras: "Se vocês ouvi-
rem atentamente", os deixaram cientes de que o destino eterno do povo estava em jogo
ali. Que manifestação poderosa da realidade do livre-arbítrio! Éramos Sua nação esco-
lhida, recebedores de grandes bênçãos e de grandes promessas, mas essas bênçãos e
promessas não eram incondicionais. Elas precisavam ser aceitas, recebidas e, além disso,
o povo devia agir com base nelas.
Nada do que D'us havia pedido era demasiadamente difícil. "Porque este mandamen-
to que eu te ordeno hoje não te é encoberto nem está longe de ti. Não está nos céus para
dizeres: Quem subirá por nós aos céus, para que o traga a nós e nos faça ouvi-lo, para que
o observemos? Nem está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar,
para que o traga a nós e nos faça ouvi-lo, para que o observemos? Pois isso está muito
perto de ti, na tua boca e no teu coração, para que o observes." (Dt 30:11-14).
Além das bênçãos, havia as advertências das maldições que lhes sobreviriam caso
desobedecessem (Dt 28:15-68), isto é, as consequências de seu pecado e rebelião.
O que significa para nós "ouvir atentamente" o que D'us nos diz que façamos?
Honre o Eterno
O tema do livro de Mishlê (Provérbios) tem mais que ver com sabedoria e tolice
do que com certo e errado. Nesse livro, vemos os benefícios da sabedoria e as
armadilhas da insensatez.
Nada, porém, deve nos encorajar a confiar em D'us e em Seu amor mais do que o
sacrifício. Quando percebemos o que recebemos no Messias, não apenas como Cria-
dor (Jo 1:1-4) e Sustentador (Hb 1:3), mas também como Redentor (Ap 5:9), devolver
a D'us as primícias de tudo o que temos é, de fato, o mínimo que podemos fazer.
"O Eterno não somente requer o maasser [décima parte] como sendo Seu, mas
também nos explica como deve ser reservado para Ele. Diz: 'Honra o Eterno com
tuas posses e com as primícias de teus ganhos' (Pv 3:9). Isso não significa que deve-
mos gastar nosso dinheiro com nós mesmos, levando ao Eterno o restante, muito
embora esse também seja uma parte honesta. A parte de D'us deve ser separada em
primeiro lugar" (1).
D'us diz que, se O colocarmos em primeiro lugar, "ficarão repletos nossos celei-
ros e transbordarão de vinho fresco nossas adegas." (Pv 3:10). No entanto, você não
vai acordar um dia e ver que seus celeiros e adegas de repente ficaram cheios. As
Escrituras estão repletas de princípios sobre boa administração, planejamento cui-
dadoso e responsabilidade financeira, dos quais a fidelidade ao que D'us nos chama
a fazer é nosso principal dever.
A aliança do maasser
4. Quais são as promessas e os deveres relatados pelo profeta Malaquias? (Ml 3:7-11)
D'us prometeu que, se o povo voltasse para Ele, Ele Se voltaria para o povo. Quando
perguntaram o que o Eterno queria dizer com essas palavras, o Eterno disse: "Pare de Me
roubar em maasser e terumá".
O roubo era a razão pela qual eles estavam sendo amaldiçoados. D'us mostrou a solu-
ção: "Trazei todo o dízimo [maasser] ao tesouro da Casa, para que haja alimento em Minha
Casa; testai-me agora nisto! – diz o Eterno dos Exércitos – (e vereis) se não vos abrirei as
janelas do céu e vos derramarei uma bênção, para que haja mais do que suficiente! (Ml
3:10) Se não tivermos espaço suficiente para recebê-las, teremos um excedente para ajudar
os outros e promover a causa de D'us.
"Aquele que deu Seu único Filho para morrer por nós fez uma aliança conosco. Ele
nos dá Sua bênção e, em troca, espera que Lhe devolvamos maasser e terumá. Ninguém
jamais ousará dizer que não havia um meio pelo qual pudesse compreender essa questão.
O plano de D'us quanto maasser, terumá e tsedacá é declarado de modo inequívoco no ter-
ceiro capítulo de Malahi [Malaquiaas]. D'us pede para Seus agentes humanos serem fiéis à
aliança que fez com eles" (2).
O que o maasser (ou a falta dele) diz sobre sua espiritualidade e conexão com D'us?
F oi dito do Mashiah que "a grande multidão o ouvia com entusiasmo" (Mc 12:37). A
maioria das pessoas nas grandes multidões que seguiam e ouviam Yeshua eram pesso-
as comuns. Foram elas que se alimentaram na encosta da montanha e ouviram a mensa-
gem [Derashá no Monte]. Ele basicamente lhes disse: Eu sei que vocês estão preocupados
em sustentar sua família. Vocês se preocupam com o alimento e a bebida de que necessita-
rão no dia a dia e com as roupas de que precisarão para se aquecer e se proteger. Mas eu
proponho o seguinte…
5. O que foi prometido, e o que as pessoas deveriam fazer para receber essas pro-
messas? (Mt 6:25-33)
Muitas das promessas de D'us têm elementos de uma aliança bilateral. Ou seja, para
receber a bênção, precisamos também cumprir nossa parte.
Todos esses textos e muitos outros tratam do importante fato de que, embora D'us seja
soberano, embora seja nosso Criador e Sustentador, e ainda que a salvação seja um dom
da graça e imerecido de nossa parte, temos um papel a desempenhar no drama do conflito
cósmico. Usando o dom sagrado da livre escolha, devemos escolher seguir a orientação do
Espírito Sagrado e obedecer ao que D'us nos chama a fazer. Embora o Eterno nos ofereça
bênçãos e vida, podemos escolher a maldição e a morte. Não é de admirar que D'us diga:
"Escolham, pois, a vida, para que vivam, vocês e os seus descendentes" (Dt 30:19).
Estudo adicional
"S empre que o povo de D'us, em qualquer época, seguiu de forma voluntária e alegre o
plano Dele quanto à doação sistemática e às dádivas, terumá, tsedacá, verificou Sua
permanente promessa de que todos os seus esforços seriam seguidos de prosperidade pro-
porcional à obediência que dispensou ao que dele requeria. Quando reconhecia os direitos
de D'us e Lhe satisfazia às reivindicações, honrando-O com seus recursos, seus celeiros
enchiam-se com fartura. Porém, quando o povo roubava a D'us em maasser e terumá/
tsedacá, era-lhe feito compreender que não O estava roubando a Ele simplesmente, mas a
si mesmo, pois Ele lhe limitava as bênçãos exatamente em proporção ao que ele limitava
as terumá que Lhe fazia" (3).
Somos salvos pela confiança, uma dádiva de D'us (graça). O cumprimento de mitsvot é
uma resposta à graça de D'us, não é algo que se obtém. Do contrário, não seria graça (Rm
4:1-4).
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 58
(2)
ib., p. 53 (contextualizado)
(3)
id., Testemunhos, v. 3, p. 326, 327 (contextualizado)
A aliança do maasser
VERSO PARA MEMORIZAR
"Trazei todo o dízimo ao tesouro da Casa, para que haja alimento em Minha Casa;
testai-me agora nisto! – diz o Eterno dos Exércitos – (e vereis) se não vos abrirei as
janelas do céu e vos derramarei uma bênção, para que haja mais do que suficiente!"
(Ml 3:10)
LEITURAS DA SEMANA
Gn 14:18-20; Ml 3:10; Dt 12:5-14; Lv 27:30; 1Rs 17:9-16; 1Co 4:1, 2
Introdução
"Exigia-se que as pessoas oferecessem a D'us dádivas com fins religiosos antes
mesmo que o sistema definido fosse dado a Moshé - já desde os dias de Adam" (1).
PARASHÁ DA SEMANA
1. Qual foi a reação de Avram ao conhecer Malki-Tsédec? O que isso nos ensina sobre
quão antiga é a prática de devolver o maasser [dízimo]?
2. O que D'us prometeu fazer por Iaacóv [Jacob] e qual foi a resposta dele a D'us? (Gn
28:13, 14, 20-22)
Quando Iaacóv saiu de casa, fugindo de Essav [Esaú], certa noite ele sonhou
com uma escada que subia da Terra ao Céu. Anjos subiam e desciam por ela. D'us
Se encontrava no topo e prometeu estar com Iaacóv e um dia trazê-lo de volta.
Aquele jovem solteiro teve a experiência de conversão e disse: "O Eterno será o
meu D'us; [...] e, de tudo o que me concederes, certamente Te darei o maasser" (Gn
28:21, 22).
Por que é importante entender que o maasser, assim como o Shabat, não teve ori-
gem após o êxodo?
E mbora instruções específicas não sejam dadas no texto, é evidente que o povo
de D'us sabia o que Ele queria dizer com "Bet Otsar - casa do Tesouro". D'us in-
clui em Suas instruções: "para que haja mantimento na Minha casa". Seu povo en-
tendia que a casa de D'us inicialmente era o santuário - a sofisticada tenda que ti-
nha sido construída por meio de instruções específicas dadas a Moshé. Depois,
quando Israel viveu na terra prometida, a localização central foi primeiro em Shiló
e depois, de maneira mais permanente, no templo em Jerusalém.
4. Os textos a seguir mostram que os filhos de D'us não poderiam usar seu próprio
critério quanto ao lugar em que seu maasser seria depositado. Que princípios pode-
mos tirar desses versos? (Dt 12:5-14)
Como povo de D'us, queremos entender e pôr em prática Sua vontade em rela-
ção ao que fazer com o maasser. Três vezes ao ano, em Pêssach, Shavuot e Sucot (Êx
23:14-17), o povo de D'us devia viajar a Jerusalém para levar o maasser e terumá
para louvar e adorar a D'us. Então, os levitas distribuíam as contribuições a seus
irmãos por toda a terra de Israel (2Cr 31:11-21; Ne 12:44-47; 13:8-14).
O propósito do maasser
5. O que D'us propõe que seja feito com o maasser? (Lv 27:30; Nm 18:21, 24)
V isto que D'us é o dono de tudo (Sl 24:1), Ele obviamente não precisa de dinheiro.
Contudo, porque o maasser Lhe pertence, o Eterno nos diz o que fazer com ele:
Deve ser usado para sustentar o serviço religioso. Portanto, as necessidades dos lí-
deres religiosos são atendidas com o maasser.
6. Como o texto: "Há mais felicidade em dar do que em Receber" (At 20:35) se rela-
ciona com o maasser?
Pense, por exemplo, no fim dos tempos [acharit hayamim], em que os fiéis não
puderem comprar nem vender, conforme descrito em Revelação [Ap 13 e 14] (ver
semana 11). Quando parecer que todo o mundo está contra nós, será de suma im-
portância ter desenvolvido confiança na providência, no poder e no amor de D'us.
A fidelidade nos maasser certamente pode ajudar a desenvolver essa confiança.
Mesmo antes disso, é crucial que todos nós aprendamos a confiar em D'us, indepen-
dentemente da situação.
C alculamos nosso maasser sobre nossa "renda" se somos pagos por hora ou por salário,
e calculamos sobre nossa "renda" ou lucro se somos autônomos e temos nosso próprio
negócio. O governo desconta impostos do salário do trabalhador para cobrir o custo dos
serviços como segurança, estradas e pontes, seguro-desemprego, etc. A questão do valor
bruto ou líquido envolve principalmente se devemos devolver o maasser com base em
nossa renda antes ou depois de tais impostos serem descontados. Aqueles que são autôno-
mos podem deduzir legitimamente o custo da execução dos negócios para determinar seu
lucro real antes da dedução de seus impostos pessoais.
Estudos sobre os hábitos de doação revelam que a maioria dos membros devolve o
maasser sobre a renda bruta, ou seja, antes do desconto dos impostos. "O dízimo deve
ser calculado sobre a renda bruta do assalariado antes das deduções requeridas por lei
e outros descontos. Isso inclui impostos que proveem serviços e benefícios aos cidadãos.
Contribuições para o INSS podem ser descontadas" (2).
7. Qual era a situação da viúva antes de Eliyahu ir até ela? (1 Reis 17:9-16). O que o
profeta lhe pediu que fizesse antes de cuidar de si mesma e do filho? O que podemos
aprender com esse relato?
A viúva de Sarepta foi informada pelo Eterno que um homem de D'us estava vindo
para visitá-la (1Rs 17:9). Quando Eliyahu chegou, ela explicou suas terríveis circunstâncias.
Eliyahu primeiro pediu um copo de água e acrescentou: "[...] Vai, faz conforme disseste,
mas primeiro faz disso um biscoito para mim e traze-o aqui; depois, faz para ti e para o teu
filho." (1 Rs 17:13, 14).
Isso era egoísmo da parte dele, ou ele estava simplesmente testando a confiança dela,
ou melhor, permitindo que ela exercesse sua fidelidade? A resposta parece óbvia.
Como temos visto, "cada um tem de decidir suas próprias contribuições, sendo deixado
na liberdade de dar segundo se propôs em seu coração" (3).
Como explicar as bênçãos que advêm da experiência de dar maasser? Quais são
essas bênçãos e como tudo isso fortalece sua confiança?
O que significa ser fiel no dízimo [maasser]? Nesta semana, revisamos vários aspectos
da adoração por meio dele: (1) A quantia indicada - um décimo, ou 10 por cento, de nossa
renda ou lucro. (2) O local da entrega - a casa do Tesouro, o lugar de onde os líderes reli-
giosos são pagos. (3) O princípio - honrar a D'us com a primeira parte da nossa renda. (4) O
propósito certo para a aplicação do maasser - apoiar o serviço religioso.
Maasser não é arbitrário da nossa parte. Ele e a casa do Tesouro são nossa responsa-
bilidade. Não definimos os parâmetros; D'us o faz. Se eu não devolvo 10% do meu "lucro",
na verdade, não devolvo o maasser; e, se eu não levo esses 10% para a "casa do Tesouro",
tampouco devolvo o maasser.
"Trazei todo o dízimo ao tesouro da Casa" (Ml 3:10) é a ordem de D'us. Não se apela
para a gratidão ou generosidade. É uma questão de simples honestidade. Maasser é do
Eterno; e Ele nos ordena que Lhe devolvamos aquilo que é Seu" (4). Gerenciar para D'us é
um privilégio único - e uma responsabilidade. Ele nos abençoa, nos sustenta e pede apenas
um décimo, e então Ele usa-o para prover os que estão no serviço, como fez para com a
tribo de Levi no passado.
Estudo adicional
"S e todo maasser de nosso povo fluísse para o tesouro do Eterno como devia, tais bên-
çãos seriam recebidas de forma que as dádivas, tsedacá e terumá para propósitos
sagrados seriam multiplicadas dez vezes, e assim a ligação entre D'us e o ser humano
seria mantida aberta" (5). Se todos fossem fiéis, D'us nos abençoaria, e a terumá aumen-
tariam em mil por cento.
"No terceiro capítulo de Malaquias, encontra-se o pacto que D'us fez com o ser huma-
no. Ali o Eterno especificou Sua parte em dar grandiosas dádivas àqueles que fielmente
Lhe devolverem maasser e terumá - tsedacá" (6).
"Devemos lembrar que as reivindicações de D'us a nosso respeito são mais importan-
tes do que todas as demais. Ele nos dá com abundância, e o ajuste que fez com o homem
é que a décima parte de todos os bens Lhe seja restituída" (7).
LEITURAS COMPLEMENTARES
Ellen G. White, Testemunhos, v. 9, p. 245-252.
id., Conselhos Sobre Mordomia, p. 46-77
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, Testemunhos, v. 3, p. 325 (contextualizado)
(2)
Associação Geral dos Adventistas, item 111-F, p. 22 (contextualizado)
(3)
Ellen G. White, Testemunhos, v. 4, p. 405 (contextualizado)
(4)
id., Educação, p. 96, 97 (contextualizado)
(5)
id., TI v. 4, p. 409, 410 (contextualizado)
(6)
id. Review and Herald, 17 de dezembro, 1901
(7)
id., TI, v. 6, p. 305
LEITURAS DA SEMANA
2Co 9:6, 7; Dt 16:17; Sl 116:12-18; 1Cr 16:29; Mc 12:41-44; 14:3-9
Introdução
A lém do maasser ( ׂשרֵ ֲמַ ע, dízimo), temos a tsedacá para kehilá (terumá ְתרּומָ ה,
ofertas, contribuição para a congregação), que são tiradas do que sobra após
maaser ser separado ao Eterno. Aqui vem a nossa gratidão e generosidade. Diferen-
tes tipos de ofertas eram oferecidas pelo povo de D'us, como chatat (ofertas pelo
pecado), dadas em resposta à graça divina; zevach shlamim (ofertas de gratidão),
apresentadas em reconhecimento pela proteção de Adonai Tsevaot (Senhor dos
Exércitos) e oferta por refuá shlemá (por cura), prosperidade e sustento. Havia tam-
bém maasser aos pobres e ofertas para construir e manter a casa de adoração.
Quando consideramos a magnitude das dádivas do Eterno para nós, começamos
a ver nossa contribuição como mais do que apenas pavimentar o estacionamento
ou comprar novos sidurim (livro de orações) para a kehilá. Levamos nossa contri-
buição à casa de D'us em resposta ao que Ele fez por nós, especialmente erguendo o
cálice da salvação (Kos yeshuot essa) e aceitando o corban [sacrificio] oferecido
pelo Messias. "Nós amamos porque Ele nos amou primeiro" (1Jo 4:19).
As comunidades judaico-adventistas, bem como as sedes administrativas em to-
dos os níveis, são mantidas pela tsedacá para Kehilá (contribuições direcionadas
para sua manutenção e promoção da causa de D'us). Nesta semana, revisaremos o
que as Escrituras dizem sobre a tsedacá para Kehilá como parte de nossa adminis-
tração dos negócios do Eternox aqui no Olam Hazê (neste mundo).
.
PARASHÁ DA SEMANA
"No entanto, D'us nos permite demonstrar nossa apreciação de Suas misericór-
dias pelos esforços abnegados para passá-las a outros. Essa é a única maneira pela
qual nos é possível manifestar nossa gratidão e amor a D'us. Ele não providenciou
outro meio" (1b).
Quando entregamos "nosso" dinheiro ao Eterno, isso fortalece nosso amor por
Ele e pelos outros. Portanto, o dinheiro pode ser um poder para o bem. Yeshua pas-
sou mais tempo falando sobre dinheiro e riqueza do que sobre qualquer outro as-
sunto. A boa notícia relatada nos Escritos é que D'us pode nos livrar do amor ao
dinheiro e do mau uso dele.
1. O que o Eterno promete fazer por nós se Lhe obedecermos? É egoísmo de nossa
parte reivindicar Suas promessas? (Mt 6:31-34 e Dt 28:1-14).
Nossa contribuição vêm de um coração que confia em um D'us pessoal que cons-
tantemente supre suas necessidades da melhor maneira. Nossas dádivas repousam
na convicção de que encontramos a certeza da taça da yeshuá (salvação) oferecida
pelo Messias. Não são uma forma de apaziguar a D'us ou obter sua aceitação, mas
fluem de um coração que aceitou a Yeshua pela confiança como o único e suficiente
meio de graça (chessed) e redenção (gueulá).
O que o Eterno nos diz? O que significa ofertar "segundo tiver proposto no coração"?
Como aprender a doar com alegria? (2 Co 9:6, 7)
3. Como posso retribuir ao Eterno por todos os benefícios que me tem feito (Sl
116:12)? Como o dinheiro se encaixa na resposta? Leia Tehilim (Sl) 116:12-14.
"Ma ashiv Lashem kol tagmuloni alai" (Sl 116:12)? Nunca poderíamos retribuir.
Parece que o melhor que podemos fazer é ser generosos com a causa do Eterno e
ajudar nossos semelhantes. Quando Yeshua enviou seus discípulos a uma viagem,
disse-lhes: "Vocês receberam de graça, portando deem sem pedir pagamento." (Mt
10:8). A tsedacá para Kehilá contribui para o desenvolvimento de um caráter justo.
Somos transformados, deixamos de ser dominados pelo egoísmo e passamos a ser
movidos pelo amor. Devemos nos preocupar com os outros e com a causa do Eterno.
Lembremos sempre de que "D'us amou tanto o mundo que deu seu Filho único,
para que todo que nele confia possa ter vida eterna, em vez de ser completamente
destruído." (Jo 3:16). Em contraste, tão certo como o dia segue a noite, quanto mais
acumularmos para nós mesmos, mais egoístas nos tornaremos e mais miseráveis
nos sentiremos.
O que sua contribuição e sua atitude em relação à doação dizem sobre seu relacio-
namento com o Eterno?
Tsedacá e Avodá
Três vezes por ano os homens (e famílias) de Israel deviam subir à Jerusalém e
aparecer diante do Eterno. "E não aparecerão de mãos vazias diante do Eterno." (Dt
16:16). Em outras palavras, parte da experiência de adoração era a devolução do
maasser e a entrega da oferta. Era durante Pessah, Shavuot e Sucot que os filhos do
Eterno traziam maasser e tsedacá. É difícil imaginar alguém chegando a essas festas
de mãos vazias.
Para o povo, entregar a tsedacá através da terumá e maasser era parte central
de sua experiência de adoração. O serviço de adoração (Avodá) não é apenas ex-
pressar em palavras, shiur (cânticos) e tefilot de gratidão a D'us, mas também de-
monstrar essa gratidão ao entregar tsedacá no Templo. Eles levavam ao Templo; e
nós as levamos à kehilá em um ato de adoração.
Como tem sido sua experiência em relação a mitsvá da tsedacá como parte da ado-
ração? Como essa prática impacta seu relacionamento com D'us e seu testemunho
aos outros?
O Messias estava no pátio do Templo, onde havia os cofres do tesouro, e ele observava
aqueles que levavam sua tsedacá (contribuição). Estava perto o suficiente para ver
que uma viúva havia doado duas moedas de cobre. Ela deu tudo o que tinha. "Yeshua, po-
rém, entendeu o motivo dela. Ela acreditava que o serviço do templo era indicado por D'us
e estava ansiosa para fazer tudo que lhe fosse possível para a manutenção dele. Fez o que
pôde; sua atitude serviria como um monumento em memória dela ao longo dos tempos,
e seria motivo de alegria na eternidade. Seu coração acompanhou sua oferta. O valor foi
avaliado não pela importância da moeda, mas pelo amor a D'us e o interesse para com Sua
obra, que serviram de motivação" (2).
Outro ponto muito significativo é que essa foi a única contribuição que Yeshua elogiou
uma dádiva para um Templo onde os principais líderes haviam se desviado muito de seu
chamado e de sua missão e muitos estavam prestes a rejeitá-lo.
Aparentemente, não apenas nossas preces são ouvidas no Céu, mas o motivo das dádi-
vas também é observado. O trecho das Escrituras observa que Cornélio era um doador
generoso. "Onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração" (Mt 6:21). O coração
de Cornélio seguia suas dádivas. Ele estava pronto para aprender mais sobre Yeshua. A
tefilá (prece) e a tsedacá (caridade) estão intimamente ligadas e demonstram nosso amor
a D'us e ao próximo - os dois grandes princípios da lei divina: "'Ame o Eterno, seu D'us, de
todo o seu coração, de toda a sua alma, com todas as suas forças e todo o seu entendimen-
to.' E: 'Ame o seu próximo como você ama a si mesmo'" (Lc 10:27 citando Dt 6 e Lv 19). O
primeiro é revelado na tefilá, o segundo, na tsedacá.
P esquisas mostram que apenas cerca de 9% dos recursos financeiros das pessoas são
líquidos e podem ser entregues como tsedacá a qualquer momento. Dinheiro, conta
corrente, poupança, fundos de investimentos, CDB e outros tipos de investimentos são
considerados ativos líquidos, pelo menos para os que possuem recursos assim. A maior
parte dos ativos, cerca de 91 %, estão "investidos" em imóveis, como casas, fazendas com
criação de gado ou outros bens não líquidos (ativos fixos, que não podem ser facilmente
convertidos em dinheiro).
As diferenças nas porcentagens de ativos líquidos e não líquidos podem ser ilustradas
colocando 100 moedas pequenas de 5 ou 10 centavos em dois potes de vidro diferentes,
com 1 moeda representando cada ponto percentual. Assim, você teria 9 moedas em um
pequeno pote representando os 9% de ativos líquidos e 91 moedas em um pote grande
representando os 91 % dos ativos não líquidos.
A maioria das pessoas doa do pote pequeno - seus ativos líquidos. Isso é o que eles têm
em sua conta corrente ou carteira. Mas quando alguém realmente se empolga com alguma
coisa, doa do pote grande. A Bíblia conta muitas dessas histórias.
A obra e as atividades de Barnabá são mencionadas 28 vezes nas escrituras. Ele foi
companheiro de Rabi Shaul e um grande líder. A base de tudo está na primeira passagem
em que ele é mencionado. Sua tsedacá, uma oferta do "pote grande" está escrito em Atos
(At 4:36, 37). Que grande exemplo das palavras de Yeshua: "Onde estiver o seu tesouro, aí
estará também o seu coração" (Mt 6:21).
Por que a doação especial é importante para mashpia e mecabel (quem doa e para
quem recebe)?
Estudo adicional
E nsinam os sábios no Pirkei Avót (Ética do Pais), que a cada atitude sua aqui na Terra,
existem Olhos que tudo veem, ouvidos que tudo escutam e livros onde todas as ações
são cuidadosamente escrituradas para serem cobradas mais tarde quando a pessoa tiver
que prestar contas. O livro celestial registra a fidelidade do povo de D'us. "O anjo relator faz
um registro fiel de toda tsedacá feita a D'us e depositada no tesouro, bem como dos resul-
tados finais dos recursos assim doados. Os olhos do Eterno tomam conhecimento de toda
mínima quantia consagrada à Sua causa, e da boa vontade ou relutância do doador. O
motivo pelo qual se doa também é registrado. Pessoas generosas e consagradas, que devol-
vem a D'us o que Lhe pertence, como Ele requer, serão recompensadas segundo suas
obras. Ainda que os recursos assim consagrados sejam mal aplicados, de modo que não
venham a preencher os fins que o ofertante tinha em vista - a glória de D'us e a salvação
das pessoas - aqueles que ofereceram seu sacrifício em sinceridade de coração, com a úni-
ca finalidade de glorificar a D'us, não perderão sua recompensa." (3).
"D'us deseja que ergamos nossas preces e planejemos para o avanço de Sua obra. Mas,
como Cornélio, devemos unir as preces à tsedacá. Nossa tefilá (oração) e tsedacá (atos de
caridade) devem subir perante D'us como um memorial. A emuná (confiança) sem ações é
morta; e sem uma confiança viva é impossível agradar ao Eterno. Enquanto erguemos
nossas preces, devemos doar tudo o que podemos, tanto do nosso trabalho quanto dos
meios, para que nossas preces sejam respondidas. Se pusermos em prática nossa emuná,
D'us não Se esquecerá de nós. Ele observa cada ato de amor e abnegação. Ele nos dará
oportunidades de mostrar nossa emuná por meio de nossas ações" (4). Tudo pertence a D'us.
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 14
(2)
ibid., p. 120
(3)
id., Testemunhos, v. 2, p. 421
(4)
Ellen G. White, Atlantic Union Gleaner, 17 de junho de 1903
LEITURAS DA SEMANA
Dt 28:1, 2, 12; Mt 6:24; 1Jo 2:15; Pv 22:7; 6:1-5; Dt 15:1-5
Introdução
U ma definição de dívida é "viver hoje com base naquilo que você espera ganhar no futu-
ro". Hoje em dia a dívida parece ser um estilo de vida, mas isso não deve ser a norma
para nós. As Escrituras desencorajam a dívida. Há pelo menos 26 referências à dívida, e
todas são negativas. Não é pecado pegar dinheiro emprestado, mas as Escrituras falam sobre
as consequências geralmente ruins de se fazer isso. Ao refletir sobre obrigações financeiras,
Rabi Shaul aconselhou: "Paguem o que se deve a todos: se você deve ao coletor de impos-
tos, pague o imposto; se você deve ao fisco, pague a dívida; se você deve respeito a alguém,
respeite; se você deve honra a alguém, honre. Não deva nada a ninguém, a não ser o amor
recíproco, pois quem ama o ser humano cumpriu a Torá." (Rm 13:7, 8).
Por que a dívida é um flagelo quase internacional em todos os níveis - pessoal, corpora-
tivo e governamental? Toda sociedade sempre teve pelo menos uma pequena porcentagem
de pessoas endividadas. No presente, uma parcela muito maior de pessoas está endividada,
e quase nunca é em seu benefício.
Nesta semana, vamos considerar as razões da dívida e como lidar com ela. Você talvez
esteja livre de dívidas, mas pode compartilhar essas informações valiosas com a família e
amigos que se beneficiarão delas.
PARASHÁ DA SEMANA
Problemas da dívida
1. Qual é o ideal de D'us para nós em relação às dívidas? Como alcançar esse ideal?
Embora a época que a Torá foi escrita seja diferente do nosso, que princípios tiramos
dela para nós? (Dt 28:1, 2, 12)
E studos mostram que há três razões principais para que as pessoas entrem em dificul-
dades financeiras. Observe a lista abaixo, na ordem de maior frequência.
A terceira razão pela qual as pessoas têm dificuldades financeiras é o infortúnio pes-
soal. Pode ser que tenham sido acometidas por uma doença grave e tiveram gastos im-
previstos com isso, bem como uma limitação da renda familiar. Podem ter sido abando-
nadas por um cônjuge gastador. Um desastre natural pode ter dizimado suas posses. Ou
podem ter nascido e sido criadas na pobreza abjeta. Há esperança para elas também.
Embora o caminho seja difícil, seus problemas podem ser superados. A mudança pode
vir no apoio de amigos; conselho e assistência de pessoas caridosas (significado primário
da palavra tsadik); trabalho árduo aliado à boa educação; e a bênção e providência de
D'us.
Seja qual for a razão, mesmo que seja culpa da própria pessoa, a dívida pode ser ali-
viada. No entanto, os endividados terão que fazer algumas mudanças na vida, nos seus
gastos e nas suas prioridades financeiras.
"A verdadeira religião não resulta em grande riqueza, mas apenas para os que es-
tão contentes com o que têm". O que essas palavras significam para você, e de que
maneira você pode seguir melhor o que a Palavra nos transmite nessa passagem?
(1 Tm 6:6-9)
S omos seres materiais e vivemos em um mundo material que, às vezes, pode ser
muito sedutor. Você teria que ser feito de aço e óleo sintético, não de carne e osso,
para não sentir, às vezes, a atração por bens materiais e o desejo de riqueza. Em um
momento ou outro, quem não teve a fantasia de ser rico ou ganhar na loteria?
Embora todos enfrentemos isso, e não haja nada de errado em trabalhar duro para
ter uma vida melhor ou mesmo ser rico, ninguém deveria sucumbir à armadilha de
tornar o dinheiro, a riqueza e os bens materiais em ídolos. Temos a promessa do poder
dado pelo Eterno para permanecer firmes ao que sabemos ser justo. Isso é importante,
porque a tentação da riqueza e das posses materiais levaram muitas pessoas à ruína.
2. Embora expressado de forma diferente, qual é o tema comum nas seguintes pas-
sagens? (Mt 6:24 e 1Jo 2:15)
Infelizmente, o amor pelo mundo pode ser tão forte que as pessoas se endividarão
para satisfazer, como esperam, esse amor (e ele nunca é satisfeito; ver Ec 4:8). E como
a dívida é uma das redes que o Adversário coloca para as pessoas, faz sentido que D'us
queira ver seus filhos livres de dívidas. Ele nos deu conselhos por meio da Torá e dos
profetas que nos levarão à liberdade financeira.
3. Com que atitude devemos viver? O que significa a frase "cumpra os seus votos"?
(Sl 50:14, 15)
O que suas escolhas dizem sobre como você lida com as atrações do mundo Por que
trabalhar arduamente para ter uma vida melhor não é necessariamente a mesma
coisa que fazer da riqueza ou do dinheiro um ídolo? Como podemos determinar a
diferença?
O que fazer para escapar das dívidas? Se você estiver nessa situação infeliz, o esbo-
ço a seguir o ajudará a iniciar um processo de eliminação de dívidas. O plano é simples:
uma premissa e três passos.
O segundo passo é fazer um pacto com D'us de que, à medida que Ele abençoar,
você pagará suas dívidas o mais rapidamente possível. Use o dinheiro para reduzir a
dívida - não para comprar mais coisas. Esse passo provavelmente seja o mais crucial.
Quando a maioria das pessoas recebe dinheiro inesperado, elas simplesmente gastam.
Não faça isso! Aplique o dinheiro ao seu plano de redução de dívida.
O terceiro passo é a parte prática. Faça uma lista das suas dívidas, das maiores às
menores, em ordem decrescente. Para a maioria das famílias, a prestação da casa pró-
pria está no topo da lista, e o cartão de crédito ou dívida pessoal estão na parte inferior.
Comece fazendo o pagamento mínimo em cada uma das dívidas mensalmente. Depois,
na medida do possível, aumente os pagamentos das dívidas menores. Você ficará feliz
com a rapidez com que eliminará essas dívidas. Então, use o dinheiro com que estava
pagando a dívida inferior para adicionar ao pagamento básico da próxima dívida da
lista até chegar às dívidas que estão na parte de cima. À medida que eliminar as dívidas
menores de juros altos, você vai liberar uma quantidade surpreendente de dinheiro
para colocar sobre as demais dívidas.
De que forma "manter a vida livre do amor ao dinheiro e conter-se com o que temos"
ajuda evitar o endividamento? (Hb 13:5)
5. Qual é a mensagem contida nos seguintes textos? (Pv 6:1-5; 17:18; 22:26)
Em geral, pede-se um fiador quando alguém com crédito ruim busca um empréstimo
de uma instituição e não se qualifica para a negociação. O agente de empréstimos dirá à
pessoa não qualificada que, se ele ou ela conseguir um amigo com bom crédito para avali-
zar seu empréstimo, o banco lhe concederá o crédito e responsabilizará o avalista em caso
de inadimplência.
Alguma pessoa poderá pedir que você seja seu fiador. Sua resposta deve ser: "As Escri-
turas exortam para eu jamais fazer isso. Somos encorajados a ser úteis aos necessitados,
mas não devemos nos tornar responsáveis por suas dívidas".
Às vezes, adolescentes pedem aos pais que sejam seus fiadores na compra do primeiro
carro. Ou filhos adultos pedem aos pais que sejam fiadores em um empréstimo empresa-
rial. A mesma resposta se aplica. É apropriado ajudar se houver uma necessidade real, mas
não se torne garantia para dívidas de outros. Estudos mostram que 75% dos que se tornam
fiadores acabam fazendo os pagamentos!
Esquemas de enriquecimento rápido são outra armadilha; são quase garantia de ruína
financeira para os que são enredados por eles. Quando parece bom demais para ser ver-
dade, tome cuidado! Muitos são prejudicados emocional e financeiramente. Uma tragédia
adicional nesses esquemas desonestos é que, em muitos casos, indivíduos pegam dinheiro
emprestado para se envolver neles. Muitos são arruinados por esquemas de enriqueci-
mento rápido que enriquecem somente os vigaristas que os concebem, às custas dos que
caem na armadilha. Quando alguém tentar colocar você em um desses esquemas, corra!
Não ande. Corra o mais rápido que puder!
E m harmonia com outros estatutos de sete anos (Êx 21:2; Lv 25:3, 4), não apenas os es-
cravos ou servos e a terra eram regulamentados, mas também os credores. Como estes
não queriam perdoar dívidas, o maior período que alguém poderia ficar endividado era
de sete anos. Uma das lições que tiramos desses versos é que eles mostram que o Eterno Se
preocupa com essas questões, em especial sempre que tinham a ver com o povo judeu. O
Eterno reconhecia a dívida, não importava o quanto ela fosse ruim. Ele também enfatizava
que a dívida devia ser evitada, se possível.
Por outro lado, há empréstimos de 30 e 35 anos para a compra de imóveis. Uma das
razões para o custo tão alto da casa própria é a disponibilidade de crédito para oferecer
empréstimos a fim de adquiri-las.
No mundo ideal, não haveria dívidas. Mas, no mundo real, pode haver necessidade de
tomar empréstimos. Faça o melhor negócio possível, com a menor taxa de juros disponível.
Pegue emprestado o mínimo que você precisa e pague em pouco tempo para economizar
nos custos dos juros. No entanto, até o limite das possibilidades, devemos evitar dívidas.
Seguir os princípios bíblicos nos ajuda a evitar dívidas desnecessárias e a terrível tensão
que elas trazem.
Você emprestou dinheiro, tem sido honesto, justo e gentil nos seus negócios? Como
você se sairia diante do Eterno se tivesse que responder por esses negócios? (Ec
12:14).
Estudo adicional
"D ecida nunca incorrer em outra dívida. Negue-se mil e uma coisas antes de entrar em
outra dívida. Essa tem sido a maldição de sua vida: entrar em dívida. Evite-a como
você evitaria uma doença.
"Faça com D'us o pacto solene de, com a bênção Dele, pagar suas dívidas e a ninguém
dever coisa alguma, ainda que tenha de viver a pão e água. […] Não vacile, não desanime
nem desista. Negue seu gosto, negue a satisfação do apetite, economize seu dinheiro e pa-
gue suas dívidas. Esforce-se para pagá las o mais depressa possível. Quando você puder se
apresentar novamente como uma pessoa livre, não devendo nada a ninguém, terá alcan-
çado uma grande vitória" (1).
Se precisar de ajuda para se livrar das dívidas, experimente os seguintes passos: (1)
Estabeleça um orçamento simples e registre as suas receitas e despesas durante três me-
ses. Muitos ficam surpresos ao saber quanto gastam em itens desnecessários. (2) Destrua
cartões de crédito, que são uma das principais causas de dívidas. São muito fáceis de usar
e difíceis de pagar. Se você não está pagando os cartões em sua totalidade no fim de cada
mês, ou os está usando para comprar itens que não compraria de outra forma, você deve
destruir os cartões de crédito antes que eles destruam você, seu casamento ou ambos. (3)
Adote medidas econômicas. Tenha cuidado com as coisas pequenas que compra. Elas ra-
pidamente se acumulam.
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 176 (contextualizado)
Ajuntem tesouros
no Céu
VERSO PARA MEMORIZAR
"De fato, que benefício obterá alguém em ganhar o mundo todo, esquecendo-se, porém,
da própria vida? O que uma pessoa daria em troca de sua vida?" (Jo 3:14, 15)
LEITURAS DA SEMANA
Gn 6:5-14; Hb 11:8-13; 2Co 4:18; Gn 13:10-12; 32:22-31; Hb 11:24-29
Introdução
Você quer um coração voltado para o reino de D'us? Se a resposta é sim, então
coloque seu dinheiro onde ele colherá recompensas eternas. Coloque seu tempo,
seu dinheiro e suas orações no trabalho de D'us. Se fizer isso, logo se tornará ainda
mais interessado nesse trabalho, e seu coração também o seguirá. Nesta semana, es-
tudaremos textos e ilustrações que nos mostram como armazenar tesouros no Céu
e, finalmente, colher uma recompensa eterna no Mundo Vindouro.
PARASHÁ DA SEMANA
O s que buscam tesouros no Céu são frequentemente chamados por D'us para fazer
grandes mudanças de vida na Terra. Prepare-se para enfrentá-las, se necessário.
1. Por quais mudanças radicais passou Noah [Noé] como resultado de obedecer a
D'us? Que princípios há nesses versos para nós que vivemos em um mundo que pre-
cisa ser avisado sobre a destruição iminente? (Gn 6:5-14)
Noah poderia ter gasto seu tempo e recursos construindo uma casa para si mesmo,
mas escolheu fazer uma mudança drástica em sua vida e passar 120 anos seguindo o cha-
mado de D'us para fazer uma arca.
Muitos céticos classificam a história do dilúvio como um mito, com base em especula-
ções sobre as leis da natureza. Isso não é novidade. "O mundo antediluviano raciocinava
que durante séculos as leis da natureza haviam sido fixas. As estações periódicas tinham
vindo em sua ordem. Até ali nunca havia caído chuva. A terra era regada por uma neblina,
uma espécie de orvalho. Os rios jamais haviam passado seus limites, mas com segurança
tinham levado suas águas para o mar. Imutáveis decretos haviam impedido as águas de
transbordarem" (1). Antes do dilúvio, as pessoas argumentavam que jamais poderia ocorrer
uma inundação, com base em uma compreensão defeituosa da realidade; após o dilúvio,
da mesma forma, argumentam que ele nunca aconteceu.
As pessoas serão céticas em relação aos eventos do tempo do fim, como foi no tempo do
dilúvio (2Pe 3:3-7). De que forma podemos nos preparar para o futuro? Há uma decisão
consciente chamada "gratificação adiada", que significa basicamente fazer com paciência
o serviço de D'us na esperança de uma recompensa futura. Não sabemos quando o Messias
virá. Em certo sentido, não importa. O que importa é que, como Noah, façamos o que D'us
nos pede enquanto aguardamos a promessa, mesmo que, como foi com Noah, isso traga
mudanças radicais à nossa vida.
Você estaria pronto para realizar uma grande mudança em sua vida se, como Noah,
fosse chamado por D'us a fazer exatamente isso? (veja Lc 16:10)
O Eterno chamou Avraham [Abraão] para deixar sua terra natal e seus parentes e
ir para uma terra que Ele lhe mostraria (Lech-Lechá). Embora não sejam dados
detalhes, ele teve que deixar a terra de seu nascimento e o lugar em que passou
seus primeiros anos. Certamente, não foi uma decisão fácil. Sem dúvida, ele abriu
mão de algum prazer terrestre e de conveniências para fazer o que D'us estava
mandando.
Esse foi um grande evento transformador de vida para Abraão e sua família.
"Pela confiança, Avraham [Abraão] obedeceu, depois de ter sido convocado para se
dirigir ao lugar que D'us lhe daria como posse; de fato, ele saiu" sem saber aonde
estava indo" (Hb 11:8). "Aquela obediência inquestionável de Abraão é uma das
provas mais notáveis de fé a ser encontradas em toda a Bíblia" (2).
A maioria das pessoas não estaria desejosa de deixar a sua pátria, amigos e fa-
miliares. Mas Abraão fez isso. Ele estava satisfeito em estar onde D'us queria que ele
estivesse. Por mais estranho que possa parecer, Avraham, Itshac e Iaacóv (Abraão,
Isaac e Jacob) não receberam essa terra - contudo, permaneceram fiéis a D'us de
toda maneira.
Abraão era conhecido como príncipe por aqueles que viviam ao seu redor. Era
visto como generoso, corajoso, hospitaleiro e um servo do Altíssimo. Seu testemu-
nho para D'us foi exemplar. Pela graça divina, somos herdeiros de Abraão. "O mes-
mo aconteceu com Avraham [Abraão]: 'Ele confiou em D'us e lhe foi fiel, e isso foi
creditado em sua conta como justiça'. Estejam certos, então, de que os que vivem
pela confiança e fidelidade são verdadeiramente filhos de Avraham" (Gl 3:6, 7 ci-
tando Gn 15:6). "E, se vocês pertencem ao Messias, são descendentes de Avraham e
herdeiros segundo a promessa." (Gl 3:29).
No caso de Abraão, bem como no exemplo de Noah, vemos alguém que tomou
uma grande decisão de mudança de vida como resultado de obedecer a D'us.
Como a mensagem desse verso deve impactar as decisões espirituais que tomamos?
Como Moshé e Avraham seguiram esse mesmo princípio? (2 Co 4:18)
Q uando Abraão [Avraham] deixou sua terra natal em resposta ao chamado de D'us,
seu sobrinho Lot [Ló] escolheu ir com ele em sua peregrinação. O Eterno aben-
çoou Abraão até que ele se tornou muito rico, "estava muito carregado em gado" (a
principal medida de riqueza naquela cultura), "prata e ouro" (Gn 13:2). Lot também
"tinha rebanhos, gado e tendas" (Gn 13:5). Ambos ficaram tão ricos com seus extensos
rebanhos de gado que não podiam continuar morando juntos. A fim de evitar conflitos
entre seus pastores, Avraham ofereceu a Lot a escolha de onde ele gostaria de viver.
Lot deveria ter concedido o direito a Abraão, por ser o parente mais velho, e porque
ele devia sua própria prosperidade à sua conexão com o patriarca. No entanto, ele não
demostrou gratidão ao seu benfeitor e, com egoísmo, quis o que considerou a melhor
terra disponível.
4. Quais fatores racionais podem ter levado Lot a tomar a decisão mencionada? (Gn
13:10-12)
Por mais fácil que tenha sido para Lot justificar sua decisão de se mudar para a
cidade, a situação não foi tão boa para ele ali. No entanto, quando Abraão ouviu sobre
o que lhe havia acontecido, não disse: "Bem feito, Lot. Você colheu o que plantou". Em
vez disso, foi ajudá-lo (ver Gn 14).
Às vezes, em nossa ganância, não aprendemos algumas lições. Lot voltou para So-
doma! Mas, em Sua graça, D'us o avisou sobre a iminente destruição da cidade.
5. Que razão D'us deu para Sua visita? Qual foi a resposta de Abraão à notícia de que
D'us destruiria as cidades? (Gn 18:20-33)
Por causa da preocupação de Abraão com Lot e sua família, ele intercedeu para
que D'us poupasse a cidade caso encontrasse nela uma quantidade de pessoas justas,
começando com 50 e indo até 10. Em harmonia com seu amor, D'us não parou de con-
ceder misericórdia até que Abraão parou de perguntar! Os dois anjos pessoalmente li-
bertaram Lot, sua esposa e suas duas filhas. Mas sua esposa olhou para trás e se tornou
uma estátua de sal. Lot entrou em Sodoma como um homem rico e saiu dela com quase
nada. Precisamos ter cuidado com as decisões que tomamos, em especial ao pensar em
ganhos de curto prazo em contraste com o cenário geral (Mc 8:36, 37).
De enganador a príncipe
J acob amava a D'us, mas se sujeitou a conspirar com sua mãe para enganar seu pai e
ganhar a bênção. Por isso, teve que fugir para evitar a morte. Rebeca [Rivcá] disse a ele:
"Foge à casa de Labão [Lavan], [..] E ficarás com ele alguns dias, até que passe o furor de
teu irmão. [...] e enviarei e te tomarei dali" (Gn 27:43-45). Jacob esteve fora de casa durante
20 anos, e nunca mais viu o rosto da mãe.
6. O que aconteceu com Jacob? Que lições aprendemos sobre a graça, apesar das
nossas decisões erradas? (Gn 32:22-31)
"O erro que determinara o pecado de Jacob ao obter pela fraude a primogenitura esta-
va agora apresentado claramente diante dele. Não havia confiado nas promessas de D'us,
mas procurara pelos próprios esforços efetuar aquilo que D'us teria cumprido no tempo
e da maneira Dele. Como prova de que fora perdoado, seu nome foi mudado de um que
lembrava seu pecado para outro que comemorava sua vitória. 'Não, Jacob não será mais
teu nome, e sim Israel, pois lutaste com o anjo de D'us e com homens e prevaleceste" (Gn
32:28).
"Jacob tinha recebido a bênção que seu coração havia desejado. Seu pecado como usur-
pador e enganador fora perdoado" (3).
7. Embora Jacob não tivesse mais propriedades em Canaan, que instruções deu so-
bre seu sepultamento? Quais pessoas estão sepultadas naquela caverna? Por que
Jacob fez esse pedido? (Gn 49:29-33)
Os três patriarcas e suas esposas estão sepultados na mesma caverna. Jacob confiava
em D'us e se considerava estrangeiro e peregrino na Terra (Hb 11:13). Apesar dos erros, ele
saiu de casa sem nada, mas voltou para Canaan rico.
Apesar de nossos erros, D'us pode nos abençoar. No entanto, seria bom evitar as
faltas. Que decisões você terá que tomar? Como evitar escolhas erradas?
Moshé no Egito
M oshé [Moisés] foi mantido vivo na providência de D'us, que atuou por meio de uma
mãe empreendedora e de uma irmã carinhosa. Quando a filha do Faraó encontrou
o bebê no cesto de junco, ela pediu à sua mãe hebreia que cuidasse dele e pagou-lhe para
fazer isso. Que desafio abençoado para uma mãe escrava! Iohéved [Joquebede] teve doze
anos para ensinar seu filho a orar, confiar em D'us e honrá-Lo, e moldar seu caráter para
uma vida de serviço. Durante anos, Moshé foi treinado nas cortes reais do Egito. "Portanto,
Mosheh foi educado em toda a sabedoria dos egípcios e veio a ser um orador poderoso e
um homem" (At 7:22). Já adulto, ele tomou uma decisão que mudou sua vida e o curso da
história.
8. O que Moshé deixou para trás e o que teve que enfrentar? Examine a situação da
perspectiva dele antes de tomar a decisão de sair. (Hb 11:24-29)
O Egito era uma das maiores potências do mundo antigo na época, se não a maior. O rio
Nilo criou terras tão férteis que o Egito, cheio de culturas, era uma nação rica e poderosa, e
o próprio Moshé estaria no topo desse reino. É difícil imaginar como a atração do mundo e
de todos os seus tesouros deve ter sido para ele em seus primeiros anos. Ele deve ter acha-
do tentadores os prazeres, as riquezas, a adoração. Sem dúvida, Moshé poderia facilmente
ter justificado ficar no Egito em vez de se unir a um grupo de escravos desprezados.
Porém, como dizem as Escrituras, "ele preferiu ser maltratado com o povo de D'us a
desfrutar os prazeres momentâneos do pecado" (Hb 11:25). O que dizer sobre as aflições?
Shemot (Êxodo) trata das lutas e das provações de Moshé, que, mesmo depois de tudo o
que passou, não pôde entrar na terra prometida (Nm 20:12). No entanto, no fim, sabemos
que ele fez a escolha certa, muito embora às vezes ele deva ter se perguntado se de fato ele
havia feito a melhor escolha.
Da perspectiva humana, Moshé devia ter ficado no Egito. No entanto temos uma
visão da realidade que nos leva além deste mundo. Quando somos provados, como
podemos manter diante de nós o cenário mais amplo? Por que é tão importante que
façamos isso?
Estudo adicional
D 'us honrou Sua parte na aliança abençoando Avraham [Abraão], o qual honrou a D'us
não ajuntando tesouros nesta Terra. "A herança que D'us prometeu a Seu povo não
está neste mundo. Avraham não teve possessão na Terra, nem ainda o espaço de um pé (At
7:5). Ele possuía muitos recursos, e deles fazia uso para a glória de D'us e para o bem de
seus semelhantes; mas não olhava para este mundo como sua pátria.
"O Eterno o chamara para deixar seus compatriotas idólatras, com a promessa de dar-
-lhe a terra de Canaan para sempre; no entanto, nem ele nem seu filho, nem o filho de
seu filho, a recebeu. Quando Avraham quis um lugar para sepultar seus mortos, teve de
comprá-lo dos cananeus. Sua única posse na terra da promessa foi aquele túmulo cavado
na pedra, na Caverna de Machpelá" (4).
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 96 (contextualizado)
(2)
ib., p. 96 (contextualizado)
(3)
id., p. 160, 161 (contextualizado)
(4)
id., p. 135 (contextualizado)
(5)
id., p. 206 (contextualizado)
Meus irmãos
menos destacados
VERSO PARA MEMORIZAR
"Então o Rei dirá aos que estiverem à direita: 'Venham, benditos de meu Pai, recebam
sua herança, o Reino preparado para vocês desde a criação do mundo!" (Mt 25:34)
LEITURAS DA SEMANA
Lc 4:16-19; Is 62:1, 2; Dt 15:11; Mt 19:16-22; Lc 19:1-10; Jó 29:12-16
Introdução
Como podemos identificar essas pessoas hoje? Os goyim - estrangeiros dos tem-
pos bíblicos eram indivíduos que tinham que deixar sua terra natal, talvez por cau-
sa da guerra ou da fome. O equivalente em nossos dias poderia ser os milhões de
refugiados que se tornaram necessitados por causa de circunstâncias em que não
escolheram estar.
As viúvas são aquelas que perderam seus cônjuges pela mesma razão que os
órfãos. Muitas são chefes de família e poderiam aproveitar toda a ajuda que a co-
munidade pode oferecer.
Como veremos nesta semana, por sermos gestores dos negócios de D'us, a tse-
dacá aos pobres não é apenas uma opção. Devemos seguir o exemplo de Yeshua e
obedecer às suas ordens.
PARASHÁ DA SEMANA
N o início do serviço público de Yeshua, ele viajou a Natzeret, na região da Galil. Essa era
sua cidade natal, e as pessoas dali já tinham ouvido falar de sua obra e de seus milagres.
Como era seu costume, Yeshua frequentava os serviços de Shabat na sinagoga. Em um Shabat,
o responsável entregou-lhe o sefer de Ieshaiáhu (livro de Isaías) para a leitura da Haftará.
Yeshua leu parte do capítulo 61.
1. Por que Yeshua leu essa passagem específica? Por que esses versos de Isaías eram
considerados messiânicos? O que eles revelam sobre o serviço do Messias? (Lc 4:16-
19; compare com Is 61:1, 2; Lc 7:19-23)
Visto que muitos líderes religiosos aparentemente ignoravam as profecias que falavam de
um Messias sofredor (Mashiah ben Iossef) e aplicavam mal aquelas que apontavam para a
glória de sua segunda vinda (como Mashiah Ben David), a maioria das pessoas acreditava na
ideia de que a missão do Messias seria libertar Israel dos romanos. Lembrar que a declaração
da missão do Messias vinha também de Isaías 61:1, 2 deve ter sido revelador.
No entanto, o amor de Yeshua pelos pobres foi uma das maiores evidências de sua identi-
dade como o Messias, conforme visto na resposta de Yeshua à pergunta de João Batista sobre
Ele ser o Prometido (Mt 11:1-6). "Como os discípulos de Yeshua, Iohanan (João Batista) não
compreendia a natureza do reino do Messias. Esperava que Yeshua tomasse o trono de David;
e, com o passar do tempo, sem que o ele reivindicasse qualquer autoridade real, Iohanan ficou
perplexo e perturbado" (1).
"A observância religiosa que D'us, o Pai, considera pura e irrepreensível é esta: cui-
dar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar contaminar pelo
mundo" (Tg 1:27). Como esse verso deve nos ajudar a definir nossas prioridades
religiosas?
O s escritores da Bíblia incluíam muitas das prescrições de D'us em favor dos pobres, es-
trangeiros, viúvas e órfãos. Temos registros disso em diversos escritos desde o Monte
Horev (Sinai). "E seis anos semearás tua terra e juntarás o seu produto. Mas no sétimo deixa-
rás de cultivá-las, de adubá-las e limpá-las, e os necessitados de teu povo comerão; e do resto,
o animal do campo comerá; assim farás com tua vinha, teu olival" (Êx 23:10, 11).
2. Por mais diferente que seja o contexto hoje, que princípios devemos tirar dos se-
guintes versos? (Lv 23:22 e Dt 15:11)
Geralmente entende-se que "irmão" (Dt 15:11) neste caso se refira a pertencentes ao povo
de D'us. Também os consideramos como os pobres dignos ou os chamados "meus irmãos
menos destacados". Tehilim dá orientação sobre como devemos tratar os necessitados. "Fa-
zei justiça ao desfavorecido e ao órfão; procedei corretamente para com o aflito e o desam-
parado. Libertai o oprimido e o indigente; salvai-os das mãos dos ímpios" (Sl 82:3, 4). Esse
texto indica nosso envolvimento de maneiras que vão além de apenas oferecer alimento.
Há promessas para os que ajudam os necessitados. "Ao que dá aos pobres nada faltará"
(Pv 28:27). "O rei que concede justiça aos desvalidos terá seu trono estabelecido para sempre"
(Pv 29:14). E o rei David observou: "Bem-aventurado aquele que atenta para o debilitado; no
dia de seu infortúnio o Eterno o livrará" (Sl 41:2 (1)). Isso sempre foi prioridade em Israel,
mesmo que, às vezes, a tivessem perdido de vista.
De que maneira as boas novas do Messias deve impactar nossa forma de tratar to-
dos, independentemente de quem sejam?
O jovem rico
N ão sabemos muito sobre o jovem rico além da sua riqueza e do seu interesse nas coisas
espirituais. Ele era tão dinâmico que correu até Yeshua (Mc 10:17). Estava animado para
aprender sobre a vida eterna. Essa história é tão importante que está registrada em três
livros (Mt 19:16-22; Mc 10:17-22; Lc 18:18-23).
3. O que Yeshua quis dizer com estas palavras: "Se você for sério e quiser alcançar
seu objetivo, vá, venda seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e terá riquezas no céu.
Então venha e me siga"? (Mt 19:16-22)
Yeshua não pede que a maioria das pessoas venda tudo o que tem e dê o dinheiro aos
pobres. Mas o dinheiro deve ter sido o deus (avodá zará) desse jovem, e, embora a resposta
de Yeshua pareça severa, ele sabia que essa era a única esperança desse homem.
Ele foi embora muito triste porque era muito rico, o que prova quanto ele adorava seu
dinheiro. O Rabi ofereceu a ele vida eterna e um lugar no seu círculo íntimo ("venha e me
siga ", as mesmas palavras que Yeshua usou para chamar os 12 discípulos). No entanto, nun-
ca mais ouvimos falar desse jovem. Ele trocou a eternidade por suas posses terrenas.
Que troca terrível, não foi? Que triste exemplo de alguém que não seguiu o princípio da
"gratificação adiada" (ver o estudo da semana passada). Escolher como esse homem escolheu
é um engano, pois, não importa o que a riqueza possa nos dar agora, cedo ou tarde todos nós
morremos e teremos a perspectiva da eternidade. Enquanto isso, muitos ricos descobrem
que sua riqueza não lhes dá a paz e a felicidade que esperam. De fato, em muitos casos, o
oposto parece acontecer. Muitas biografias foram escritas sobre a experiência miserável de
muitos ricos. Em toda a história registrada, uma das melhores descrições de como a riqueza
pode ser insatisfatória encontra-se no livro de Eclesiastes. Dentre muitas outras lições que
podemos tirar dela, uma é clara: o dinheiro não pode comprar paz nem felicidade.
"Quem desejar salvar a própria vida a destruirá, mas quem a destruir por minha
causa e por causa das boas-novas a salvará. De fato, que benefício obterá alguém
em ganhar o mundo todo, esquecendo-se, porém, da própria vida? O que uma pessoa
daria em troca de sua vida? (Mc 8:35-37). O que significa perder a vida por causa da
mensagem?
Zakkai
Z akkai [Zaqueu] era um judeu rico que tinha ganhado dinheiro como cobrador de impos-
tos para os romanos. Por isso, e porque ele e outros cobradores de impostos exigiam mais
impostos do que realmente era devido, ele era odiado e chamado de "pecador". Morava em
Ierichó [Jericó], que ficava em uma rota de comércio. O encontro de Zakkai e Yeshua não foi
coincidência. Aparentemente ele estava convencido espiritualmente e queria fazer algumas
mudanças em sua vida. Tinha ouvido falar de Yeshua e queria vê-lo. Deve ter se espalhado
a notícia de que o grupo com quem Yeshua viajava chegaria a onde ele estava naquele dia.
Yeshua precisou passar por Ierichó vindo de Galil [Galileia], em sua última viagem a Jerusa-
lém. As primeiras palavras do Messias para Zakkai revelaram que, mesmo antes de entrar
na cidade, Yeshua sabia tudo sobre ele.
4. Quais foram as diferenças entre a experiência desse homem rico com Yeshua e a
do jovem rico? (Lc 19:1-10)
Zakkai e o jovem rico tinham coisas em comum. Ambos eram ricos; queriam ver Yeshua
e desejavam a vida eterna. Mas as semelhanças param por aqui.
Quando Zakkai disse que daria metade dos seus bens (Lc 19:8) aos pobres, Yeshua acei-
tou esse gesto como expressão de teshuvá. Ele não disse: "Desculpe, Zakkai, mas como eu
disse ao jovem rico, é tudo ou nada. Metade não será o suficiente". Por quê? Provavelmente
porque, embora Zakkai gostasse da riqueza, ela não era avodá zará para ele, como era para
o jovem rico. Embora não saibamos o que Yeshua lhe disse, foi ele quem falou em dar dinhei-
ro aos pobres. Em contraste, Yeshua disse ao jovem rico especificamente que desistisse de
tudo; caso contrário, as riquezas o destruiriam. Embora Zakkai, como qualquer pessoa rica,
precisasse ter cuidado com os perigos da riqueza, ele parecia tê-la sob melhor controle do
que o jovem rico.
Considere Ióv
5. Como Ióv (Jó) foi descrito pelo próprio D'us? (Jó 1:8)
O próprio Eterno chamou Ióv de "íntegro" e "reto" (Jó 1:8), tão íntegro e reto que nin-
guém mais na Terra naquele momento poderia igualar-se a ele.
Mesmo depois de Ióv ter enfrentado uma tragédia após a outra, o Eterno repetiu o que
Ele tinha dito primeiramente sobre Ióv, que não havia mais ninguém na Terra como ele,
íntegro e reto, e assim por diante. Porém, então, um novo elemento foi adicionado. Ióv era
todas essas coisas, "embora Me tivesses (Satan) instigado, sem razão, contra ele, para que
o arruinasse" (Jó 2:3).
Temos um vislumbre poderoso do caráter íntegro de Ióv quando ele se recusou a aban-
donar D'us apesar de tudo o que havia acontecido e apesar da provocação de sua infe-
liz esposa: "Você ainda conserva a sua integridade? "Maldiz ao Criador e morre!" (Jó 2:9).
Além dessas manifestações, o livro revela outro aspecto da vida de Ióv antes que o drama
se desenrolasse.
6. O que é retratado no fim que nos dá ainda mais noção do segredo do caráter dele?
(Jó 29:12-16)
Talvez o mais revelador aqui sejam as palavras dele: "Eu resgatava o pobre de seu
pranto e ajudava o órfão sem pai que não tinha ninguém por ele" (Jó 29:16). Em outras
palavras, Ióv não simplesmente esperava, por exemplo, que algum mendigo em trapos se
aproximasse dele para receber dele uma esmola. Em vez disso, era proativo em descobrir
necessidades e depois agir com base nelas.
"Não esperem até que [os pobres] chamem sua atenção para as suas necessidades.
Ajam como fazia Ióv [Jó]. Aquilo que não sabia, ele investigava. Façam um giro de inspeção
e verifiquem o que é necessário, e como melhor pode ser suprido" (3). Esse é um nível de
gestão de dinheiro e administração dos recursos de D'us que está além da prática de mui-
tos dos filhos de D'us hoje.
Como podemos aplicar as palavras do profeta Ieshaiáhu [Isaías] a nós hoje? (Is 58:6-
8)
Estudo adicional
"Q uando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos,
ele se assentará no trono glorioso. Todas as nações serão reunidas diante dele,
e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes" (Mt 25:31,
32). Com essas palavras, o Messias descreveu aos seus discípulos, no Monte das Oli-
veiras, as cenas do grande dia do Juízo de D'us. Mostrou que o veredito gira em torno
de um ponto. Quando as nações se reunirem diante dele, haverá apenas dois grupos,
e seu destino eterno será determinado pelo que houverem feito ou negligenciado
fazer por ele, na pessoa dos pobres e sofredores" (4).
"Ao abrir a porta aos necessitados e sofredores do Messias, você está recebendo
anjos invisíveis. Está convidando a companhia de seres celestiais. Eles trazem uma
sagrada atmosfera de alegria e paz. Vêm com louvores nos lábios, e uma nota corres-
pondente se ouve no Céu. Lá, todo ato de misericórdia promove música. O Pai, em Seu
trono, conta os abnegados servos entre Seus mais preciosos tesouros" (5).
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 164 (contextualizado)
(2)
ib., p. 441 (contextualizado)
(3)
id.,Testemunhos, v. 5, p. 128 (contextualizado)
(4)
id, O Desejado de Todas as Nações, p. 512 (contextualizado)
LEITURAS DA SEMANA
Ec 12:1; Gn 2:15; 1Tm 5:8; Cl 3:23, 24; Gn 39:2-5; Pv 3:5-8
Introdução
A maioria das pessoas quer ter uma vida bem-sucedida e feliz. Contudo, neste
mundo, onde tragédia e calamidade podem nos atingir a qualquer momento,
esse objetivo nem sempre será fácil de alcançar.
Além disso, há a questão de como definimos "sucesso". Veja, por exemplo, o caso
de Iossef [José] no Egito. Se já houve uma vida bem-sucedida, certamente essa foi
a de José, não foi? Da prisão ao palácio, esse tipo de coisa. Por outro lado, e quanto
a Iohanan hamatvil? Ele foi da prisão para o túmulo. Até que ponto a vida dele foi
bem-sucedida? Mais uma vez, tudo depende de como se define alguém "bem-suce-
dido".
PARASHÁ DA SEMANA
Jacob tinha feito algumas escolhas importantes (Gn 28:20-22), nos aspectos es-
pirituais e financeiros. Em visão, o Eterno apresentou-Se a Jacob como, "D'us de
Abraão, teu pai, e D'us de Isaac" (Gn 28:13). Por isso, como parte de seu voto a D'us,
Jacob disse: "o Eterno será para mim por D'us" (Gn 28:21).
Depois que Jacob fez seus compromissos espirituais e financeiros com D'us, o
Eterno o dirigiu ao encontro de Raquel (Rahel) no poço (Gn 29:9-20). É apropriado
tomar a decisão espiritual e a decisão de vida antes do compromisso com o casa-
mento. O futuro cônjuge deve saber em que está se envolvendo. O outro é reli-
giosamente comprometido? Que tipo de trabalho vai escolher? Com que tipo de
vida vou me comprometer? Outras perguntas que precisam de respostas antes do
compromisso matrimonial são: Que nível de educação foi concluído? Haverá dívida
contraída nesse casamento? Estou disposto a aceitar essa situação como parte da
minha responsabilidade?
Por que é tão importante considerar esse princípio quando se procura um parceiro
para a vida? Embora isso não garanta um bom casamento, por que ajudaria a me-
lhorar as chances de um bom casamento? (2 Co 6:14, 15)
A bênção do trabalho
A menos que a pessoa seja rica, ou beneficiária de um fundo monetário que os pais
criaram para que ela nunca tivesse que trabalhar, mais cedo ou mais tarde vai
precisar trabalhar. Na verdade, em muitas histórias, o dinheiro de herança destinado a
ser uma bênção, leva à tragédia e à pobreza. O ideal é encontrar algo que gostamos de
fazer e que proporcione o sustento, ser capacitado nessa área e atuar nisso ao longo da
vida. Esse é o ideal, mas nem sempre acontece assim.
3. Antes da entrada do pecado, D'us designou o trabalho para Adam e Hava. O que
significa esse fato? Como isso explicaria por que alguns que nunca tiveram que tra-
balhar consideraram sua situação uma maldição? (Gn 2:15, Ec 9:10 e 2Ts 3:8-10)
O trabalho não foi uma punição, obviamente. Foi projetado para o bem dos seres
humanos. Ou seja, mesmo no paraíso (Gan Eden), mesmo em um mundo em que ne-
nhum pecado, nenhuma morte e nenhum sofrimento existiam, D'us sabia que os seres
humanos precisavam trabalhar. •
"E a Adam foi dado o trabalho de cuidar do jardim. O Criador sabia que ele não
poderia ser feliz sem uma ocupação. A beleza do jardim o encantava, mas isso não
era suficiente. Ele precisava ter trabalho que chamasse ao exercício os maravilhosos
órgãos do corpo. Se a felicidade tivesse consistido em não fazer nada, o homem, em seu
estado de inocência, teria sido deixado sem ocupação. Mas Aquele que criou o homem
sabia o que seria para sua felicidade; e assim que o criou designou-lhe um trabalho. A
promessa da glória futura e o decreto de que o homem deve trabalhar pelo pão de cada
dia vieram do mesmo trono" (1).
No entanto, mesmo após a queda do homem, quando (como todos os outros aspec-
tos da vida) o trabalho tinha sido contaminado pelo pecado, D'us disse a Adam: "maldi-
ta é a terra por tua causa! Com fadiga comerás dela todos os dias de tua vida." (Gn 3:17).
Note que D'us amaldiçoou a terra por "tua causa", pelo bem de Adam, com a ideia de
que ele precisaria do trabalho, especialmente como um ser caído.
4. Que pontos importantes podemos extrair dos seguintes textos sobre finanças no
lar? (1 Tm 5:8; Pv 14:23; Cl 3:23, 24)
Os filhos que nascem nesse tempo são chamados de "herança do Eterno" (Sl 127:3).
Devemos lembrar que os filhos trazem aos pais uma responsabilidade incrível. Nosso
objetivo é treinar seus filhos para que se tornem independentes e preparados para a
vida por vir. Aqui estão três pontos que podem ajudar os pais:
3. Garanta uma boa educação. A mulher e mãe, a Akeret Habayit [alicerce do lar],
em grande parte determina a formação e a atmosfera da casa inteira. Vale a pena tam-
bém investir em escolas de qualidade, pois os pais sábios planejam para esta vida e
para a vida eterna.
Não importa o que se faça, não temos garantia da direção que nossos filhos toma-
rão. Por que é importante que os pais não se culpem pelas escolhas erradas de seus
filhos?
O utra fase de uma vida "bem-sucedida", a última fase, tem o potencial de ser a
mais agradável- se as decisões dos anos anteriores foram sábias e não arrui-
nadas por imprevistos. Em uma situação ideal, os filhos se tornaram adultos inde-
pendentes, o imóvel está quitado, as necessidades de transporte são satisfeitas, não
há dívidas e há um fluxo de renda suficiente para as necessidades dos familiares
idosos.
D'us chama Seus filhos para um padrão mais elevado no trabalho e na vida. Esse
padrão é a lei de D'us escrita no coração (Jr 31:33) e refletida em nosso caráter. À
medida que a sociedade se corrói e o ensino é diluído e minimizado, ele se tornará
ainda mais importante a fim de que vivamos e trabalhemos em um nível que esteja
acima da censura. "Um bom nome é preferível a grandes riquezas, e boa vontade à
prata e ao ouro" (Pv 22:1).
5. Embora o texto não mencione os detalhes, o que Iossef deve ter feito para que seu
senhor (Potifar) o tivesse em tão alta conta? (Gn 39:2-5).
"Tudo o que vocês fizerem: comer, beber ou qualquer outra coisa, façam para
dar glória a D'us" (1Co 10:31). Por isso, no trabalho, na gestão financeira e em tudo
que façamos, devemos buscar a glória de D'us. Ele é o único que nos dá o conheci-
mento e a força para ter sucesso na vida.
Que princípios você segue, não apenas no trabalho, mas na vida em geral? Que mu-
danças você precisa fazer?
E xistem vários gurus de gestão financeira, mas D'us nos alertou contra consultá-
-los sobre a gestão dos ativos que Ele nos confiou. "Bem-aventurado o homem
que não segue os conselhos dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores e nem
participa da reunião dos insolentes; mas, ao contrário, se volta para a Torá do Eter-
no e, dia e noite, a estuda. Ele será como a árvore plantada junto ao ribeiro que pro-
duz seu fruto na estação apropriada e cujas folhagens nunca secam; assim também
florescerá tudo que fizer." (Sl 1:1-3).
Assim, quem se deleitar com a Torá do Eterno (a Torá, nesse caso, pode ser en-
tendida de maneira mais ampla como a Palavra de D'us) será abençoado.
Estudo adicional
"N ão pode ser adequado nem completo nenhum projeto de negócios ou plano para
a vida que apenas compreenda os breves anos da existência presente, e não tome
providências para o interminável futuro. [...] Ninguém acumula tesouro no Céu sem que,
por meio disso, sua vida na Terra também seja enriquecida e enobrecida" (2).
A pressão para sustentar a nossa família pode nos levar a pensar que nosso trabalho
seja apenas prover renda. Mas temos também que participar do serviço de "anunciar as
boas-novas a toda a criação" (Mc 16:15). "Não que todos sejam chamados para ser líderes
religiosos no sentido comum do termo; mas todos podem ser colaboradores Dele, levando
as boas-novas a seus semelhantes. A todos, grandes ou pequenos, com muito ou pouco
estudo, idosos ou jovens, é dada a ordem" (4).
"Precisamos seguir mais de perto o plano de D'us relativo à vida. Fazer o melhor que
pudermos no trabalho que está mais perto, entregar nossos caminhos a D'us e observar
as indicações de Sua providência - essas são as regras que asseguram orientação certa na
escolha de uma carreira" (5).
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, p. 219
(2)
id., Educação, p. 101
(3)
ibid., p. 96
(4)
ibid., p. 188
(5)
ibid., p. 190
LEITURAS DA SEMANA
Is 14:12-14; Ef 5:5; Js 7; Jo 12:1-8; At 5:1-11; 1Co 10:13
Introdução
PARASHÁ DA SEMANA
1. Quais indícios são dados sobre a queda do anjo Samael (Satan)? Como a cobiça
teve um papel crucial na queda desse anjo? (Is 14:12-14)
"Descontente com a posição que ocupava, apesar de ser mais honrado do que a hoste
celestial, ousou cobiçar a homenagem devida somente ao Criador. Em vez de procurar fa-
zer com que D'us fosse o alvo supremo das afeições e fidelidade de todos os seres criados,
seu esforço consistiu em obter para si o serviço e a lealdade deles. E, cobiçando a glória que
o infinito Pai havia conferido ao Seu Filho, esse príncipe dos anjos aspirou ao poder que
era a prerrogativa do Messias unicamente" (1).
É impressionante que Shaul comparou por duas vezes a cobiça com a avodá zará (ido-
latria). As pessoas praticam avodá zará quando adoram, ou seja, dedicam a vida a algo di-
ferente de D'us, a algo criado, em vez de adorar o Criador (Rm 1:25). Cobiçar poderia ser,
então, querer algo que não se deve ter, de tal maneira que o desejo por isso, em lugar do
Eterno, se torna o foco do coração?
Sem dúvida, a princípio Samael (Satan) não sabia aonde seus desejos errados o leva-
riam. E isso pode acontecer conosco. A mitsvá contra a cobiça, a única dos 10 mandamen-
tos que lida apenas com pensamentos, pode nos impedir de cometer atos que levarão à
violação de outras mitsvot (veja, por exemplo, 2Sm 11).
Rabi Shaul diz que "a verdadeira religião não resulta em grande riqueza, mas ape-
nas para os que estão contentes com o que têm" (1 Tm 6:6). Este texto nos ajuda a
proteger da cobiça?
Uma vez confrontado, Ahan [Acã] admitiu o que fez, dizendo que tinha "cobiçado"
aquelas coisas. A palavra ָא ְח ְמֵדם
ֶ [ וVaehemdem] (raíz )חמד, traduzida algumas vezes por
"e eu os cobicei", tem sido usada em alguns lugares da Bíblia em um sentido muito po-
sitivo. A mesma raiz ( )חמדaparece em Daniel (Dn 9:23) – חמוּ ֖דוֹתֲ [ḥamudout], por exem-
plo, quando Gavriel disse com relação a Daniel: "és bem amado".
Pense em como teria sido fácil para Ahan ter Justificado suas atitudes: "Bem, é uma
quantidade tão pequena em comparação com todo o restante do saque. Ninguém
vai saber, e o que pode fazer de mal? Além disso, minha família precisa do dinheiro."
Como podemos nos proteger desse tipo de raciocínio perigoso?
U ma das histórias mais trágicas é a de Judas Iscariotes [Iehudá Ish Keriot]. Ele teve
o privilégio que apenas outras 11 pessoas na história tiveram: estar com Yeshua
todo aquele tempo e aprender verdades eternas diretamente do Rebbe. Muitas pessoas
que nunca tiveram nada parecido com as oportunidades que ele teve serão salvas, en-
quanto ele está destinado à destruição eterna.
O que aconteceu? A resposta pode ser encontrada em uma palavra: cobiça, os desejos
do coração dele.
4. O que Mirian fez que atraiu tanta atenção durante o jantar? Como Judas [Iehudá]
reagiu? Por quê? Qual foi a resposta de Yeshua? (Jo 12:1-8).
O que aconteceu com Judas? Depois de tantas oportunidades e raros privilégios, por
que ele faria algo tão mau? Judas "amava o Rebe (Yeshua) e ansiava estar com Ele.
Tivera desejo de ser transformado no caráter e na vida e esperava experimentar isso
por sua ligação com Yeshua. O Messias não havia afastado Judas. Dera-lhe um lugar
entre os Doze. Confiou-lhe a responsabilidade de moré. Concedeu-lhe poder para levar
refuá shlemá e expulsar os espíritos maus. Entretanto, Judas não chegou ao ponto de
se entregar totalmente ao Messias" (2).
Todos temos defeitos de caráter que, se submetidos, podem ser vencidos através do
poder de D'us. Mas Judas não foi submisso ao Messias, e o pecado da cobiça, que ele
poderia ter vencido por esse meio o venceu com resultados trágicos.
Quem entre nós não luta contra a cobiça por uma coisa ou outra? O que Judas cobiçava
era o dinheiro, e essa cobiça, um problema do coração, o levou a roubar (Jo 12:6) e a
trair Yeshua.
Que lição marcante para nós sobre o perigo da cobiça! O que parece ser algo peque-
no, um simples desejo do coração, pode levar à calamidade e à perda eterna.
Hananiá e Shappirá
"Enquanto eles estavam orando, o lugar onde se reuniam tremeu. Todos ficaram
cheios do Ruah Hakodesh e anunciaram a mensagem de Deus com ousadia. Todos os cren-
tes tinham um coração e uma alma, e ninguém reivindicava suas posses; todos, porém,
partilhavam o que possuiam" (At 4:31, 32).
Que privilégio Hananiá e Shappirá [Ananias e Safira] tiveram! Fazer parte daquele
grupo, vê-lo crescer e sentir a manifestação do Espírito de D'us de forma tão marcante.
"Nenhum deles era pobre, porque os proprietários de terras ou casas as vendiam e en-
tregavam o valor correspondente aos emissários, para fazer a distribuição a cada um de
acordo com sua necessidade." (At 4:34, 35).
Foi nesse cenário que o casal Hananiá e Shappirá, obviamente impressionados com
o que estava acontecendo e querendo fazer parte dessa comunidade, decidiram vender
alguns bens e contribuir com os lucros para a Kehilá. Até aí, tudo bem.
5. O que você acha que foi pior, reter parte do dinheiro ou mentir? Por que uma pu-
nição tão severa? (At 5:1-11).
No início, parecia que eram sinceros em seu desejo de doar para o serviço. No entanto,
"depois, o casal ofendeu o Eterno ao ceder a sentimentos de cobiça. Começaram a lamentar
o fato de terem feito aquela promessa e logo perderam a suave influência da bênção que
lhes havia aquecido o coração com o desejo de fazer grandes coisas em benefício da causa
do Messias" (3). Em outras palavras, embora tivessem iniciado com as melhores das inten-
ções, a cobiça fez com que aparentassem e fingissem ser o que não eram.
"Um grande temor caiu sobre a comunidade messiânica e também sobre todos os que
ouviram falar a esse respeito." (At 5:11). Depois desse incidente, todos certamente devem
ter sido mais cuidadosos ao devolver ou oferecer seus recursos. Mas esse triste relato não
foi incluído nas escrituras como um aviso sobre a fidelidade financeira. Em vez disso, ele
nos leva a pensar na seguinte pergunta: até onde a cobiça pode levar?
Vencendo a cobiça
C obiça é uma questão do coração e, como o orgulho e o egoísmo, muitas vezes passa des-
percebida e é por isso que pode ser tão mortal e enganadora. Já é difícil superar peca-
dos óbvios: mentira, adultério, roubo, idolatria, transgressão do Shabat. Contudo, esses são
atos externos, sobre os quais temos que pensar antes de cometer. Mas vencer pensamentos
errados? Isso é difícil.
6. "D'us não permitirá que sejamos tentados além do que podem suportar". Por que
é tão importante entender essa promessa quando se trata de cobiça? (1 Co 10:13).
O poder de D'us pode nos proteger contra esse pecado perigosamente enganoso? Ob-
serve três segredos para vencer a cobiça:
1. Tome a decisão de servir a D'us, depender Dele e fazer parte de Sua família. "Esco-
lhei-vos hoje a quem servireis [...] eu e a minha casa serviremos ao Eterno!" (Js 24:15).
2. Em sua tefilá inclua: "Veal tevienu lidei nissaion ki im-hatsilenu min-hará [E não nos
deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal]!" Ao sentir cobiça por algo que você sabe
que não deve ter, ore sobre isso, reivindicando promessas para a vitória (1 Co 10:13).
3. Seja regular no estudo das Escrituras. "Conservo Tua palavra no fundo de meu cora-
ção, para que não venha a pecar contra Ti" (Sl 119:11).
"Buscai o Eterno no melhor momento para encontrá-lo; clamai por Ele quando perto
de vós está! Abandone o perverso seu caminho, e o iníquo, seus pensamentos; voltai para
o Eterno, e Ele Se compadecerá; e para o nosso Deus, porque Ele é magnânimo em Seu
perdão" (Is 55:6, 7).
Você já colheu consequências ruins da cobiça em sua vida? Que lições você apren-
deu?
Estudo adicional
N a conquista de Jericó [Ierichó], Ahan (Acã) não foi o único homem que levou prata e
ouro para o acampamento de Israel. Josué [Iechoshua] havia dito aos homens que
trouxessem de volta a prata, o ouro e os utensílios de bronze e de ferro para o tesouro da
casa de D'us (Js 6:19, 24). Todo o restante devia ser queimado. Ahan, no entanto, foi o único
homem a guardar algo para si mesmo. "Dentre os milhões de israelitas, houve apenas um
homem que, naquela hora solene de triunfo e juízo, ousara transgredir a ordem de D'us. A
cobiça de Ahan foi despertada ao ver aquele valioso manto de Shinar. Mesmo quando ela
o colocou face a face com a morte, ele lhe chamou de 'uma bom manto babilônico' (Js 7:21).
Um pecado arrastara outro, e ele apropriou-se do ouro e da prata dedicados ao tesouro do
Eterno - roubou de D'us as primícias da terra de Canaan" (4).
Na lista de Shaul sobre os sinais dos últimos dias, os dois primeiros itens envolvem
nossa atitude em relação ao dinheiro e às posses: "Além do mais, entenda isto: no acharith
ayamim, surgirão tempos de provação. As pessoas serão egoístas, amantes do dinheiro,
orgulhosas, arrogantes, insultantes, desobedientes aos pais, ingratas, profanas" (2Tm 3:1,
2). Egoísmo e avareza são descrições significativas da humanidade nos últimos dias - os
nossos dias.
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 11 (contextualizado)
(2)
Ellen, G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 573, 574
(3)
id., Atos dos Apóstolos, p. 46
(4)
id., Patriarcas e Profetas, p. 432, 433 (contextualizado)
Retribuindo
VERSO PARA MEMORIZAR
"A seguir, ouvi uma voz do céu, dizendo: 'Escreva: 'Quão felizes são os mortos que
expiram unidos ao Senhor, de agora em diante!'. 'Sim', diz o Espírito, 'agora eles poderão
descansar de suas lutas, porque suas realizações os acompanharão'." (Ap 14:13)
LEITURAS DA SEMANA
Lc 12:16-21; Ec 2:18-22; Pv 27:23-27; 2Co 4:18; Ec 5:10; CI 1:15-17
Introdução
A o nos aproximarmos do fim de nossos anos laborais, nosso foco financeiro se volta
para a preservação de nossos bens levando em consideração os anos finais da vida.
A transição do período de trabalho para o tempo da aposentadoria pode ser uma experi-
ência traumática. Em termos de finanças, qual é a melhor maneira de proceder?
"Todos esses temores são originados pelo Adversário [...]. Caso tomassem a atitude
que D'us deseja que mantenham, seus últimos dias seriam os melhores e mais felizes [...].
Devem pôr de lado a ansiedade e as preocupações, ocupar o tempo da maneira mais sa-
tisfatória possível e amadurecerem para o Mundo Vindouro (1).
Vamos estudar o conselho de D'us sobre nossos últimos anos. O que devemos fazer, o
que devemos evitar e quais princípios devemos seguir?
.
PARASHÁ DA SEMANA
O rico insensato
1. Qual é a mensagem relevante na parábola do rico insensato contada por Yeshua?
Que repreensão o Eterno fez ao insensato, e o que isso nos diz a respeito de como
deve ser nossa atitude em relação ao que possuímos? (Lc 12:16-21)
E mbora a mensagem seja mais ampla do que isso, pode-se argumentar que essa histó-
ria fala sobre o que não fazer na aposentadoria. Portanto, se alguém está encerrando
a carreira profissional para gastar seus recursos acumulados consigo mesmo, deve ter
cuidado e levar a sério essa história. O problema não está em trabalhar, acumular bens e
enriquecer. O problema é a atitude. As palavras "descanse, coma, beba e divirta-se!" (Lc
12:19) expressam o verdadeiro problema.
"A aspiração daquele homem não era mais elevada que a dos animais, que perecem.
Vivia como se não houvesse D'us, nem Céu, nem vida futura; como se tudo que possuía
lhe pertencesse, e nada devesse a D'us nem aos homens" (2).
A perspectiva bíblica geralmente é que uma pessoa trabalhe e produza enquanto ela
é capaz. Alguns autores das Escrituras estavam na casa dos 80 anos quando completaram
seu trabalho, numa época em que a expectativa vida girava em torno de 50 anos. Moshé
tinha 80 anos quando libertou o povo judeu da escravidão do Egito, guiando-o por mais
40 anos no deserto. A idade não deve nos impedir de ser produtivos nem de fazer o bem.
Yeshua aconselhou aqueles que aguardavam sua segunda vinda a não apenas vigiar,
mas continuar trabalhando também (Mt 24:44-46).
Não importa a nossa idade nem a soma dos nossos bens, como evitar a armadilha do
insensato? Pergunte a si mesmo: "Qual é o meu propósito na vida?"
O Rabino Lord Jonathan Sacks, z"l, escreveu que "A vida vive na tensão entre nossa
pequenez física e nossa grandeza espiritual [...] a vida é breve, mas quando er-
guemos nossos olhos ao céu, caminhamos alto"(3).
2. O que os textos a seguir ensinam sobre a vida no Olam Hazê (neste Mundo)? Sl
49:17; 1Tm 6:6, 7; Sl 39:11; Tg 4:14; Ec 2:18-22
Não só a vida passa rapidamente, mas, quando morremos, não levamos nada co-
nosco, pelo menos dos bens materiais. A única coisa que nos acompanha é o caráter.
Isso significa que deixamos o que temos para outras pessoas. Quem vai ficar com os
nossos bens? Depende dos planos feitos de antemão.
Embora nem todos tenham propriedades, a maioria das pessoas, como trabalha-
ram ao longo dos anos, acumularam algo. O que acontecerá com isso depois da morte
é uma questão que todos devem considerar.
No fim da vida, não importa se a pessoa tem muitos ou poucos bens, o planeja-
mento patrimonial pode ser seu ato final de administração da vida, de administração
cuidadosa daquilo com que D'us os abençoou. Se alguém não tem um plano de patri-
mônio que inclua um testamento ou uma holding familiar (empresa criada para ad-
ministrar bens dos herdeiros), as leis do estado ou do governo civil podem ser aplica-
das (tudo isso depende, é claro, de onde a pessoa vive). Se alguém morrer sem deixar
testamento, a maioria das jurisdições civis simplesmente passarão seus bens para os
parentes, quer eles precisem ou não, quer façam ou não bom uso do dinheiro, não
importa se a pessoa tivesse ou não escolhido dar uma parte dos recursos para os pa-
rentes. A kehilá não vai receber nada. Se for isso que a pessoa quiser, tudo bem. Se
não, ela precisa planejar com antecedência. Nesse contexto, busque orientação pro-
fissional para escolher a forma mais eficaz e econômica de administrar os recursos
de D'us.
Como D'us é o Dono de tudo (ver Sl 24:1), seria lógico concluir a partir de uma
perspectiva bíblica que, quando tivermos terminado a tarefa que D'us nos confiou,
devemos devolver a Ele, o legítimo Dono, o que restar, uma vez que as necessidades
dos entes queridos estejam atendidas.
N os tempos dos patriarcas e profetas, muitos dos filhos de Israel eram agricultores
e pastores. Assim, as bênçãos prometidas por D'us eram transmitidas na lingua-
gem agrícola. Por exemplo, em Mishlei (Pv 3:9 e 10), D'us diz que, se formos fiéis, nossos
"celeiros ficarão cheios". Muitos não têm um celeiro hoje. Então, D'us abençoará nosso
trabalho ou negócio se estivermos dispostos a segui-Lo e a obedecer-Lhe.
3. "Procure conhecer o estado das suas ovelhas e cuide dos seus rebanhos". Como
aplicar essas palavras hoje? (Pv 27:23-27)
Por mais que as Escrituras alertem contra a opressão aos pobres, ou a respeito da
ganância, as Escrituras não condenam a riqueza nem os esforços para adquiri-la, desde
que isso não seja feito de forma desonesta ou por meio da opressão aos outros. Devemos
ser diligentes para que possamos ter o suficiente para nós mesmos e para nossa família.
"haverá bastante leite de cabra como alimento para ti, tua casa e teus servos" (Pv 27:27).
Podemos parafrasear esse verso: "Revise seus registros financeiros e determine o es-
tado de seus assuntos financeiros". Ou: "Faça um balanço patrimonial e entenda sua rela-
ção dívida/capital". De tempo em tempo, durante seus anos de trabalho, seria apropriado
revisar seu testamento ou outros documentos em relação aos seus bens atuais e atualizar
esses documentos, se for necessário. Testamentos e empresas de administração de patri-
mônio são estabelecidos no processo de planejamento patrimonial, a fim de proteger a
família em caso de morte prematura, ou, por motivos de saúde, na impossibilidade de
decidir sobre o destino de seus bens. Planeje o que ocorrerá com suas posses quando elas
não mais estiverem sob sua administração.
A administração das bênçãos que D'us nos deu não trata apenas do que temos en-
quanto vivemos, mas também do que acontece depois que descansamos. A menos que
o Mashiah retorne em nosso tempo, um dia morreremos, e os nossos bens, poucos ou
muitos, ficarão aqui. Portanto, cabe a nós tomar providências para que esses recursos
sejam uma bênção para outros e um auxílio para o povo de D'us.
''As riquezas não são eternas" (Pv 27:24). É importante pensar nesse conceito?
1 Tm6:17 ___________________________________________________________________________________________
Pv 30:8 ___________________________________________________________________________________________
Ec 5:10 ___________________________________________________________________________________________
O dinheiro pode exercer um controle poderoso sobre o ser humano, o que tem levado
muitos à ruína. Quem nunca ouviu falar de pessoas que fizeram coisas terríveis por
causa do dinheiro - mesmo quando já possuíam muito?
Mas não precisa ser assim. Pelo poder de D'us, podemos vencer a tentativa do adversá-
rio de tomar o que devia ser uma bênção (posses materiais) e transformar isso em maldi-
ção.
"Muitos sonegam a causa de D'us enquanto estão vivos, acalmando a consciência com
a ideia de que darão tsedacá na morte. Dificilmente ousam exercer fé e confiança em D'us
para dar qualquer coisa enquanto vivem. Mas essa tsedacá no leito de morte não é o que o
Messias exige de seus seguidores; ela não pode desculpar o egoísmo da vida deles. Os que
se apegam às suas propriedades até o último momento entregam-nas à morte em vez de
fazê-lo para a Causa. Os prejuízos ocorrem continuamente. Bancos vão à falência e as pro-
priedades vão sendo perdidas de muitas maneiras. Muitos se propõem a fazer algo, mas
adiam o assunto, e o Adversário entra em ação para que de modo algum os meios sejam
postos no tesouro. Perdem-se antes de voltar para D'us, e a má inclinação se alegra com
isso" (4).
Por que devemos ter cuidado em nosso modo de justificar o uso das bênçãos mate-
riais?
Legado espiritual
E mbora seja difícil saber como seria a vida na Terra se os seres humanos não tivessem
pecado, podemos ter certeza de que não haveria acúmulo, ganância, pobreza - coisas
que atormentam nosso mundo ao longo da história. Se temos propriedades conquistadas
pelo trabalho honesto, esses bens são legítimos. No entanto, uma manifestação da vida nes-
te mundo de pecado é o uso egoísta e mesquinho das bênçãos que D'us colocou em nossas
mãos. No fim, no entanto, independentemente de quanto temos, há um ponto importante
do qual devemos sempre nos lembrar.
5. Leia os textos a seguir. Qual é o ponto central em todos eles, e como isso deve
impactar o que fazemos com as bênçãos materiais que D'us nos concedeu? Sl 24:1;
Hb 3:4; Sl 50:10; Gn 14:19; CI 1:15-17
Somos administradores do que D'us nos confiou; ou seja, Ele é o dono de tudo, e é o
Eterno quem nos dá vida, existência e força para obter as coisas. Então, é lógico que, quan-
do tivermos completado a tarefa que D'us nos deu, e tivermos cuidado de nossa família,
devemos devolver o restante a Ele.
"Ao dar tsedacá à obra de D'us, você está ajuntando para si tesouros no Céu. Tudo o que
você ajuntar lá em cima está livre de desastre e perda e aumenta, tornando-se em bens
eternos e duradouros [e] será registrado na conta de vocês no reino dos Céus" (5).
Há muitas vantagens em doar agora, enquanto estivermos vivos. Eis algumas: (1) O
doador pode ver os resultados no presente: um novo Sefer Torá, um jovem na faculdade,
uma festividade financiada, etc ... (2) A comunidade ou a pessoa pode se beneficiar agora
quando a necessidade é maior. (3) Não há briga entre familiares ou amigos após sua morte.
(4) É um bom exemplo de valores familiares de generosidade e amor ao próximo. (5) Mini-
miza impostos sucessórios. (6) Garante que a doação será feita à entidade destinada, sem
interferência judicial ou parentes descontentes. (7) Demonstra que o coração do doador foi
mudado do egoísmo para o altruísmo. (8) Armazena tesouros no Céu.
Estudo adicional
"S e fossem justos, praticariam em vida, estando ainda saudáveis e fortes, o que adiam
até a morte. Dedicariam a D'us a si mesmos e o que lhes pertence, ao passo que, agin-
do como Seus administradores, teriam a satisfação de estar cumprindo seu dever. Como
executores de seus próprios testamentos poderiam por si mesmos satisfazer às reivindica-
ções divinas em vez de deixar essa responsabilidade a outros" (6).
O que o texto quis dizer com "executores de seus próprios testamentos"? Em um testa-
mento normal, aquele que faz o testamento nomeia um executor para distribuir os bens
após sua morte, conforme o testamento. Ao se tornar seu próprio executor, você distribui
seus bens enquanto está vivo. Assim, terá a satisfação de ver os resultados e de saber que
está lidando de forma adequada com os talentos confiados por D'us. A vinda do Messias é
a nossa "bendita esperança". Queremos ouvir as palavras: "Muito bem, servo bom e fiel".
Mas, e se descansarmos antes da volta do Mashiah? Se seguirmos sua vontade revelada,
poderemos ter a satisfação de ver seu serviço avançar por causa de nossos esforços, saben-
do que, devido ao nosso plano patrimonial, ela continuará depois que partirmos.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Ellen G. White, Testemunhos, v. 3, p. 101-111
ibid., v. 4, p. 412-419
id., Conselhos Sobre Mordomia, p. 219-224.
id., Testemunhos, v. 3, p. 101-111
ibid., v. 4, p. 412-419
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, Testemunhos, v. 1, p. 376
(2)
id., Parábolas de Jesus, p. 146
(3)
Rabino Lord Jonathan Sacks, Artigo Consolos da Mortalidade, pt.chabad.org
(4)
Ellen G. White, Testemunhos, v. 5, p. 130
(5)
id., Conselhos Sobre Mordomia, p. 232
(6)
id., Testemunhos, v. 4, p. 415
Administrando em
tempos difíceis
VERSO PARA MEMORIZAR
"Oferece antes um sacrifício de agradecimento e cumpre teus votos para com o Altíssimo.
Clama por Mim na hora da aflição que Eu te ampararei e tu Me glorificarás." (Sl 50:14 e
15)
LEITURAS DA SEMANA
2Cr 20:1-22; 1Cr 21:1-14; 2Pe 3:3-12; 1Jo 2:15-17; Ap 13:11-17
Introdução
As lutas da vida tiram muito do nosso foco diário. Dívidas a pagar, filhos para
criar e bens para manter tomam tempo e trazem preocupação. E, claro, precisamos
de roupas, comida e abrigo. Yeshua abordou essas necessidades básicas e declarou:
"Porque os pagãos colocam o coração em todas essas coisas. Seu Pai celestial sabe
que vocês precisam de todas elas. Entretanto, busquem em primeiro lugar seu Rei-
no e sua justiça, e todas estas coisas também lhes serão dadas." (Mt 6:32, 33).
PARASHOT DA SEMANA
PARASHÁ 22 ויקהלVAIAKHEL [E convocou] Êx 35.1-38.20
HAFTARÁ: 1Rs 7:13-26; 1Rs 7.40-50
BRIT HADASHÁ: 2Co 9.1-15; Hb 9.1-14; Ap 11.1-13; Hb 9.1-11
TEHILIM: Sl 61
P erto do fim do reinado de Josafá [Iehoshafat], a nação de Judá foi invadida. Ele
era homem de coragem e valor. Durante anos vinha fortalecendo seus exércitos
e suas cidades fortificadas. Ele estava bem preparado para enfrentar quase qual-
quer adversário. Contudo, nessa crise, ele não depositou confiança em sua própria
força, mas no poder de D'us. Dedicou-se a buscar ao Eterno e proclamou um jejum
por toda Judá. O povo se reuniu no Templo, conforme Salomão [Shelomo] tinha
orado para que a nação fizesse caso enfrentasse o perigo. Todos os homens de Judá
estavam diante do Eterno com esposas e filhos. Oraram para que D'us confundisse
seus adversários a fim de que Seu nome fosse glorificado. Então, o rei orou: "Ó nos-
so D'us, acaso não os julgarás? Porque nós não temos força para resistirmos a esta
grande multidão que vem contra nós, nem sabemos o que havemos de fazer; porém
os nossos olhos estão postos em Ti." (2Cr 20:12).
Então, na manhã seguinte, o rei reuniu o povo, com o coro dos levitas à frente
para cantar louvores a D'us. Assim, advertiu o povo: "Acreditai no Eterno, vosso
D'us, e permanecereis; acreditai nos Seus profetas, e sereis bem-sucedidos!" (2Cr
20:20). O coro começou a cantar, seus adversários foram derrotados, e "não havia
ninguém escapado." (2Cr 20:24). Os homens de Judá levaram três dias para recolher
os despojos da batalha e, no quarto dia, voltaram para Jerusalém, cantando enquan-
to caminhavam.
Claro, o D'us que os libertou é o mesmo D'us a quem amamos e adoramos, e Seu
poder é tão grande hoje quanto naquela época. O desafio, para nós, é confiar Nele
e em Sua liderança.
C om base na experiência de seu melhor amigo Jônatas [Ionatán], o rei David deveria
saber que, quando se tem um relacionamento de aliança com D'us, não importa se
há poucos soldados ou muitos, D'us pode dar a vitória. Jônatas, e seu escudeiro derrota-
ram uma guarnição inteira de filisteus com a ajuda de D'us (1 Sm 14:1-23) Apesar dessa
experiência e de outras na história do povo de D'us, quando tempos difíceis chegaram
ao rei David, ele permitiu que sua má inclinação (yetser Hará) o fizesse confiar em sua
própria força e habilidade.
2. Por que David decidiu numerar Israel ou contar seus soldados? Por que Joabe o
aconselhou contra isso? (1 Cr 21:1-14)
Note que foi ideia de Satan contar os soldados. Ele tentou David a confiar em sua
própria força em vez de depender da providência divina em sua defesa. Joabe, o lí-
der do exército, tentou convencer David a não numerar Israel porque tinha visto D'us
trabalhar em favor do povo, mas o rei exigiu que a contagem avançasse. Suas ações
trouxeram calamidade à nação, como o texto revela.
Ninguém jamais confiou inutilmente em D'us. Sempre que for lutar pelo Eterno,
prepare-se, e prepare-se bem. Há uma citação, atribuída ao governante britânico que
autorizou o restabelecimento da comunidade judaica na Inglaterra, Oliver Cromwell
(1599-1658), que, antes de uma batalha, disse ao seu exército: "Confiem em D'us, meus
rapazes, e mantenham sua pólvora seca!". Em outras palavras, faça tudo o que puder
para ter sucesso, mas, no fim, reconheça que só D'us pode lhe dar a vitória.
Devemos usar o tempo presente para acertar as contas com D'us, saldar as dívidas e
ser generosos segundo o que nos foi dado. "Se alguma vez precisamos do Eterno antes,
com certeza precisamos Dele agora".
Como podemos encontrar o equilíbrio entre fazer o que pudermos, por exemplo,
para estar seguros financeiramente e, ao mesmo tempo, confiar no Eterno em tudo?
Tempo de simplificar?
O que devemos fazer em tempos difíceis? Será que nos encolhemos em modo de so-
brevivência? Não, na verdade devemos fazer exatamente o oposto. Como sabemos
que o fim do Olam Hazê e a vinda do Messias se aproximam, queremos usar nossos
bens para contar aos outros as boas-novas e o que D'us preparou para aqueles que O
amam. Entendemos que um dia tudo na Terra será refeito.
3. Leia o texto a seguir. Qual é a mensagem de Kefa (Shimon ben Ioná) nessas pala-
vras? (2 Pd 3:3-12).
Nossas coisas não vão para o mundo vindouro. Tudo será queimado no grande in-
cêndio final quando todos os traços de pecado e mal, exceto as cicatrizes nas mãos do
Messias, serão destruídos para sempre.
Então, o que devemos fazer com nossas posses? "É agora que devemos reduzir
nosso patrimônio, em vez de aumentá-lo. Estamos prestes a nos mudar para um país
melhor, o mundo vindouro. Não devemos proceder, pois, como quem quer habitar con-
fortavelmente sobre o Olam Hazê, mas ajuntemos nossos pertences no menor espaço
possível" (1).
Devemos sempre viver à luz da eternidade. Sim, é claro, precisamos trabalhar com
empenho para prover para nós mesmos e nossa família; e se fomos abençoados com
riqueza, nada está errado em desfrutá-la agora, desde que não nos tornemos ganancio-
sos e que sejamos generosos em relação aos necessitados. No entanto, devemos sempre
lembrar que tudo o que acumulamos aqui é transitório, fugaz e, se não tomarmos cui-
dado, tem o potencial de ser espiritualmente devastador.
Se você soubesse que o Mashiah viria em dez, cinco ou três anos, isso mudaria sua
vida?
Prioridades
Quando um sofer (escriba) perguntou a Yeshua qual era a maior mitsvá, ele respondeu:
"Shemá Israel, Adonai Eloheinu, Adonai Echad [Ouve, ó Israel, o Eterno, nosso D'us, o Eterno
é um], Ame o Eterno, seu D'us, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu enten-
dimento e com toda a sua força" (Mc 12:30 citando Dt 6).
4. "Ninguém pode ser escravo de dois senhores; pois odiará o primeiro e amará o se-
gundo, ou desprezará o segundo e será leal ao primeiro. Vocês não podem ser escra-
vos de D'us e do dinheiro." (Mt 6:24). Como tem sido sua experiência com esse texto?
Note que Yeshua não disse que era difícil servir a D'us e ao dinheiro, ou que precisás-
semos ter cuidado em como servir a ambos. Em vez disso, Ele disse que isso não é possível.
Ponto final. Esse pensamento deveria até colocar um pouco de temor e tremor em nossa
alma (Fp 2:12).
5. Leia o texto a seguir. Como essas três coisas se manifestam em nosso mundo, e
por que o perigo que apresentam às vezes é mais sutil do que imaginamos? (1 Jo
2:15-17).
Não foi à toa que Shaul escreveu: "Concentrem a mente nas coisas do alto, e não nas
coisas da terra" (Cl 3:2). Claro, isso é mais fácil dizer do que fazer, porque as coisas do mun-
do estão aqui diante de nós todos os dias. A atração de "tudo o que há no mundo" é forte; a
atração para gratificação imediata está sempre presente, sussurrando em nossos ouvidos
ou puxando as mangas de nossa camisa, ou as duas coisas. O religioso mais fiel já não sen-
tiu algum amor pelas coisas do mundo? Mesmo sabendo que um dia tudo vai acabar, ainda
nos sentimos atraídos, não é? A boa notícia, no entanto, é que não precisamos deixar que
essas coisas nos afastem do Eterno.
Como essas palavras de Pedro devem impactar nossa maneira de viver, incluindo o
que fazemos com nossos recursos? (2 Pd 3:10-14).
D aniel falou sobre "um tempo de angústia, como nunca houve, desde que existem na-
ções até aquele tempo" (Dn 12:1) que ocorrerá antes da vinda do Messias. Consideran-
do alguns dos tempos de dificuldades no passado, o tempo ao qual ele se referiu deverá ser
muito ruim. O livro Revelação também aponta para tempos preocupantes antes da vinda
do Messias.
Você não poderá comprar nem vender? Quanto de nossa vida hoje gira em torno de
comprar e vender? Nosso trabalho é, de certa forma, vender nosso tempo, habilidades e
bens àqueles que querem comprá-los. Não poder comprar nem vender significa não ser
capaz de atuar na sociedade. A pressão sobre aqueles que permanecerem fiéis será enor-
me! Além disso, quanto mais dinheiro você tiver, mais participação você terá neste mundo,
pelo menos em termos de posses materiais, e assim, certamente, a pressão para se adequar
será ainda mais forte.
Como podemos nos preparar? Certificando-nos pela graça de D'us que não somos es-
cravos do dinheiro, nem das coisas do Olam Hazê. Se não estivermos ligados a eles agora,
não o estaremos quando, para sermos fiéis, tivermos que abandoná-los.
7. O que o povo de D'us devia fazer com a produção a cada ano? Por que D'us pediu
isso?(Dt 14:22 e a última parte do passuk 23)
D'us explicou que uma das razões pelas quais Ele estabeleceu o maasser foi "para que
aprendam a temer o Eterno, seu D'us, todos os dias" (Dt 14:23). No paralelismo poético de
Tehilim (Sl 31:19), vemos que o medo é sinônimo de confiança: "Como é grande a Tua bon-
dade, que reservaste aos que Te temem, da qual usas, diante dos filhos dos homens, para
com os que em Ti se refugiam!"
Essas linhas paralelas mostram que temer ao Eterno é confiar Nele. D'us estabeleceu
o maasser para nos proteger do egoísmo e nos encorajar a confiar Nele. A fidelidade no
presente não garante a fidelidade no futuro, mas ser infiel é semear problemas para o
amanhã.
Estudo adicional
E mbora a Bíblia não condene a riqueza, ela não fala que a riqueza aumenta o compro-
misso espiritual. O perigo é o contrário. "O amor ao dinheiro, e o desejo de possuir
riquezas são a corrente de ouro que os prende [os indivíduos] a Satan" (2).
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 44 (contextualizado)
(2)
Ellen G. White, CC, p. 44 (contextualizado)
Recompensas
da fidelidade
VERSO PARA MEMORIZAR
"Seu senhor lhe disse: 'Excelente! Você é um servo bom e confiável! Foi fiel em relação
a uma quantia pequena, portanto porei sob seus cuidados uma grande quantia. Venha e
participe da alegria do seu senhor!'." (Mt 25:21)
LEITURAS DA SEMANA
Hb 11:6; Is 62:11; Rm 6:23; Jo 14:1-3; Ap 21; Mt 25:20-23; Rm 8:16-18
Introdução
E mbora seja impossível obter a salvação por nós mesmos, a Bíblia usa a esperan-
ça da recompensa como motivação para os fiéis que vivem como beneficiários
indignos do Amor de D'us, pois, no fim, o que quer que recebamos será, sempre e
unicamente, pela graça de D'us.
Como escreveu David: "A Torá do Eterno é perfeita e reconforta a alma; verda-
deiro é o testemunho do Eterno, que torna sábio o mais simples. De absoluta retidão
são os preceitos do Eterno e trazem alegria ao coração; límpido é o mandamento
do Eterno, que ilumina os olhos. Puro é o temor do Eterno e perdura para sempre;
verdadeiros são os julgamentos do Eterno, todos igualmente justos. São mais dese-
jáveis que o ouro, que o ouro mais refinado; mais doces que o mel que se forma nos
favos. Teu servo se esmera em cumpri-los e sei que grande é a recompensa por sua
observação" (Sl 19:8-12 [7-11]).
O que nos foi prometido e que garantia temos de que essas promessas serão
cumpridas?
PARASHÁ DA SEMANA
A recompensa de D'us para seus filhos fiéis é única e, como muitas coisas espiri-
tuais, pode estar além da nossa compreensão finita. "A linguagem humana não
consegue descrever a recompensa dos justos. Será conhecida apenas por aqueles
que a contemplarem. Nenhuma mente finita consegue compreender a glória do Pa-
raíso de D'us" (1).
" Portanto, pelo fato de estarmos cercados por uma nuvem tão grande de teste-
munhas, ponhamos de lado qualquer impedimento - isto é, o pecado que facilmente
impede nosso avanço - e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta,
contemplando o autor e consumador da nossa confiança, Yeshua - que, em troca da
obtenção da alegria que lhe foi proposta, suportou a execução em uma estaca, como
um criminoso, desprezando a vergonha, e se sentou à direita do trono de D'us" (Hb
12:1, 2).
Ser recompensado pela fidelidade, no entanto, não é o mesmo que ser salvo por
cumprir mitsvot. Qual ser humano tem boas ações o suficiente para obter mérito
diante de D'us? Ninguém, é claro! Por isso, foi necessária o sacrifício do Messias.
Se pudéssemos nos salvar por cumprir mitsvot, o Messias nunca teria morrido. A
salvação é pelo Amor de D'us. "Se é pela graça, ela não se baseia em obras legalistas;
de outra forma, a graça não seria mais graça" (Rm 11:6). Recompensas, em vez disso,
são as ações de D'us por nós e em nós.
Como podemos entender a diferença entre a salvação pelo amor de D'us e uma re-
compensa de acordo com as nossas ações?
Vida eterna
S endo seres humanos, quer gostemos ou não, uma eternidade nos aguarda. De
acordo com as Escrituras, essa eternidade virá em uma de duas manifestações,
ao menos para cada um de nós individualmente: ou a vida eterna ou a morte eterna.
É isso. Sem meio-termo. Nada de ficar indeciso, um pouco de um lado, um pouco
do outro. Devemos escolher a benção (vida) ou maldição (morte). Esse é de fato um
caso de vida ou morte.
Possivelmente, se você está lendo este guia, tenha escolhido a vida eterna, ou
certamente está pensando nisso. D'us tem a habilidade ímpar de fazer tudo o que
diz que pode fazer para cumprir todas as Suas promessas. Nossa parte é simples-
mente acreditar Nele, descansar nos méritos do Messias e, pela confiança, obedecer
à Sua Palavra.
3. Qual é o conselho do Eterno para não nos deixar perturbar? e o que Ele nos pro-
mete? (Leia Jo 14:1-3).
Nos últimos dias de seu serviço terrestre, Yeshua transmitiu essas palavras in-
críveis de esperança e coragem aos seus discípulos, que os animariam em momen-
tos de desânimo e provas. Elas devem ter o mesmo efeito em nós. O Messias veio do
Céu, voltou para o Céu e nos prometeu: "voltarei para levá-los comigo; para que,
onde eu estiver, vocês estejam também".
Reflita mais acerca da ideia de que a vinda do Messias é a garantia de sua volta. O
que aconteceu na primeira vez que faz da segunda uma promessa na qual podemos
confiar?
Jerusalém de Ouro
Y erushalayim shel zahav (Jerusalém de Ouro), descrita por Iohanan [João], foi vista
por Avraham [Abraão], que "esperava ansiosamente pela cidade que tem fundamen-
tos permanentes, da qual o arquiteto e construtor é D'us." (Hb 11:10). A nova Jerusalém é
a obra-prima de D'us, construída para aqueles que O amam e guardam Seus mandamen-
tos. Essa cidade será o lar dos filhos fiéis de D'us no Céu durante o milênio (era messiâni-
ca) e, depois, no Mundo Vindouro pela eternidade. Há boas-novas para aqueles que não
gostam de empacotar coisas, nem de se mudar. D'us cuidará de tudo. Iohanan disse que
viu a cidade. "Vi a Cidade Santa, a Nova Yerushalayim, descendo do céu, da parte de D'us,
preparada como uma noiva, lindamente vestida para seu marido." (Ap 21:2).
4. Quais são algumas das promessas que temos no livro revelação? (Ap 21)
Há tanta coisa nesse texto que nossa mente mal pode compreender, por ter sido da-
nificada pelo pecado e ter conhecido apenas um mundo caído. Mas o que podemos en-
tender é cheio de esperança.
Primeiro, assim como Yeshua habitou conosco neste mundo caído quando veio como
mashiah ben Iosef, ele vai morar conosco no mundo vindouro como Mashiah ben David.
Que privilégio deve ter sido para aqueles que viram Yeshua de perto! Teremos também
essa oportunidade, porém sem o véu do pecado distorcendo nossa visão.
Como nós, que conhecemos somente lágrimas, tristeza e dor, podemos entender uma
das maiores promessas da Bíblia: "Ele enxugará dos olhos deles toda lágrima. Não have-
rá mais morte; nem tristeza, nem choro, nem dor; porque a antiga ordem já passou" (Ap
21:4)? A "antiga ordem" terá passado, coisas que nunca deveriam ter existido.
Além disso, fluindo do trono de D'us está o puro rio da vida, e, em ambos os lados do
rio, está Ets Haim (árvore da vida). O trono de D'us estará lá, e os remidos "contemplarão
a Sua face" (Ap 22:4). Eles viverão numa proximidade com D'us que, na maior parte do
tempo, não desfrutamos agora.
O Livro Revelação mostra o destino dos que enfrentarão a segunda morte (Ap 21:8).
Qual pecado deles não foi perdoado, considerando que algumas pessoas fizeram as
mesmas coisas e estarão salvas? Qual é a diferença crucial entre esses dois grupos?
O acerto de contas
P erto do fim do serviço de Yeshua, seus discípulos foram a ele em particular e pediram:
"Diga-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da sua vinda e de que
o olam hazê está terminando?" (Mt 24:3). A resposta de Yeshua aos seus discípulos está
registrada em seguida. Ele fala sobre sinais no mundo ao nosso redor, como guerras, fome,
terremoto, desastres, etc. (Mt 24) e sobre as condições do povo de D'us pouco antes dele
voltar (Mt 25). Essas condições são ilustradas por três histórias que mostram as atitudes do
povo de D'us no contexto do serviço, uma das quais é uma parábola sobre os talentos, que
fala sobre como Seu povo usou os dons que D'us lhe deu.
5. Nessa parábola, quem viajou para um país distante? A quem ele confiou seus
bens? O que significa "ajuste de contas" (Mt 25:14-19.)?
Às vezes pensamos em talentos como dons naturais como cantar, falar, etc., mas na
história semelhante das dez minas, em Lucas 19:12-24, o dinheiro e sua gestão são especi-
ficamente declarados. "A parábola dos talentos não tem sido plenamente compreendida.
Essa importante lição foi dada aos discípulos de Yeshua para benefício do povo de D'us que
viveria nos últimos dias. E os talentos não representam meramente a capacidade de falar
e instruir pela Palavra de D'us. A parábola aplica-se aos recursos temporais que D'us con-
fiou ao Seu povo" (2).
6. O que D'us disse àqueles que foram fiéis gestores do dinheiro no apoio à Sua cau-
sa? O que significa "participar da alegria do seu Eterno" (Mt 25:20-23)?
É bastante natural para nós pensar que a outra pessoa tenha mais talentos do que nós
e, portanto, seja mais responsável para com D'us. Nessa história, no entanto, foi a pessoa
com apenas um talento - a menor soma de dinheiro - que se mostrou infiel e perdeu o rei-
no. Em vez de pensar nas responsabilidades dos outros, vamos nos concentrar nos talentos
que D'us nos confiou e como podemos usá-los para Sua glória.
Como nos sairemos quando D'us vier para "acertar contas" conosco?
A pós a teshuvá de Shaul, ele se dedicou totalmente no serviço do Messias. Devido à sua
instrução e mente aguçada, poderia ter sido muito bem-sucedido de uma perspectiva
humana. No entanto, como Moshé, Shaul escolheu sofrer com o povo de D'us e pela causa
do Messias. Sofreu açoites, apedrejamento, prisão, naufrágio, fome, frio e muito mais (2Co
11:24-33). Como ele foi capaz de suportar tudo isso?
7. Como o conhecimento de que ele era um filho de D'us foi um fator em sua fideli-
dade? (Rm 8:16-18).
O valor que Shaul atribuía à recompensa dos fiéis o deixava animado em relação ao
chamado para sofrer pelo Messias. Ele escreveu da prisão: "Irmãos, eu, de minha parte,
não considero que já o tenha alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me do que ficou
para trás de mim e me esforçando para obter o que está à minha frente, continuo à procu-
ra do objetivo para ganhar o prêmio oferecido pelo chamado celestial de D'us no Messias
Yeshua." (Fp 3:13, 14).
Do ponto de vista bíblico, prosperidade é ter o que você precisa, quando precisa. Não
é o acúmulo de bens. Prosperidade também é reivindicar a promessa: "Meu D'us suprirá
todas as necessidades de vocês, de acordo com sua gloriosa riqueza em união ao Messias
Yeshua." (Fp 4:19). Finalmente, prosperidade é ser grato pelo que você tem no Eterno e
confiar Nele em todas as coisas.
D'us não promete aos Seus filhos que todos eles serão ricos nos bens do Olam Hazê. Na
verdade, Ele diz que todos os que têm vida piedosa sofrerão perseguição. O que Ele oferece
é melhor do que qualquer riqueza mundana. Ele diz: "Suprirei suas necessidades, e aonde
quer que você vá, Eu estarei com você". Então, no fim, o Eterno dará aos Seus fiéis verda-
deira riqueza, responsabilidade e vida eterna. Que recompensa incrível!
Perto do fim de sua vida, Shaul escreveu: "Quanto a mim, já estou sendo derrama-
do sobre o altar; sim, o tempo da minha partida chegou. Combati o bom combate,
terminei a corrida, mantive a fé. Tudo o que me espera agora é a coroa da justiça,
a qual o Senhor, 'o Justo Juiz', me concederá naquele dia - e não só a mim, mas tam-
bém a todos os que esperaram ansiosamente por seu aparecimento." (2 Tm 4:6 a 8).
Que todos nós, B''H, possamos dizer o mesmo, e com a mesma garantia também.
Estudo adicional
A qui está uma descrição de uma família em que as pessoas são fiéis administradoras
dos negócios de D'us no Olam Hazê antes da vinda do Messias.
• Como harmonizar a salvação pela emuná com a recompensa segundo as ações (mit-
svot)?
• Estar contente com o que temos significa que não podemos melhorar nossa condição
financeira? Ou seja, por que essas ideias não estão necessariamente em conflito?
• As "pequenas" escolhas que fazemos determinam onde passaremos a eternidade?
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 558
(2)
id., Testemunhos, v. 1, p. 180
A
Abba [Aramaico corresponde a Av em He- Antes da era comum (aec) Referido ao período usu-
braico] Meu Pai, Pai; A palavra abbá almente chamado de antes de Cristo (a.C.).
em aramaico corresponde à forma en- Ashur Assíria
fática ou definida de av, significando Asseret hadibrot Mais comumente conhecida
literalmente "o pai" ou "ó Pai". como os dez mandamentos. A tradução
Achaz Acaz que mais se aproxima de Assêret Hadi-
Acharit hayamim Literalmente, "o fim dos brot é "Dez Falas" ou "Dez Ditos", sendo
dias". O tempo do fim ou os "últimos que estes são dez princípios que incluem
dias", quando o 'alam hazeh chega ao toda a Torá e seus 613 preceitos.
fim e o 'alam haba está a ponto de ini- Av em Hebraico Corresponde a "Abba" do
ciar-se (l Coríntios 10.11 +). aramaico quer dizer: Papai, Meu Pai.
Achim (do hebraico )א ִחים
ָ Irmãos [Ha'Av] - O Pai
Adam (do hebraico)א ָדם
ָ Adam, Adão; masc. Homem Avinu Nosso Pai; Avinu, Malkeinu: Nosso
Adon Olam Senhor do Universo Pai, nosso Rei
Adonai (em hebraico:אֲ דֹנָי, "meu Senhor") O Avinu Shebashamayim Nosso Pai celestial,
Eterno de Israel. Nosso Pai que está no céu
Adoneinu Nosso Senhor Avimelek (hebraico: )אבימלךAbimeleque
Amha'arets literalmente povo da terra. Pes- Aviyahu Abias
soas comuns, iletradas usado pejorati- Avodah zarah (Avoda zará) Adoração es-
vamente no primeiro século EC. trangeira, paganismo, Idolatria, adora-
Amma'us Emaús ção a deuses estrangeiros.
Amoni Amonitas Avram Abrão
A.e.c Vide antes da era comum Avraham Abraão
B
Bavel Babilônia Brit Hadashá: Nova Aliança. Também
Beit-Lechem Belém usado para referir-se aos livros sagra-
Beit HaKnesset - Knesset Templo, Sinagoga dos ou período do novo testamento;
Beit HaMiqdash Bet Hamikdash, Templo Sagrado Brit Milá: circuncisão
Beit'zata Betesda Ben Filho; Ben HaAdam: Filho dos homens;
Bamidbar (Bemidbar, Bamidbar) Números (li- Ben HaElohim: Filho de D'us
vro), do hebraico "no deserto" Beth Midrash LeShabat Casa de estudo do
Bereshit (Bereshit) Gênesis - Livro Shabat. Usado também como referên-
Bimá O púlpito onde lê-se a Torá cia a Escola Sabatina.
Berachot Hashachar Benção da aurora, de- B'nei HaElohim Filhos de D'us
voção matinal bessorá vide Habessorá
C
Cohen (Kohen) Sacerdote Chava vide Hava - Eva
Cohanim (Kohanim) Sacerdotes Chaver Amigo (Hebr: חבר, literalmente, "amigo")
Cohen Gadol (Kohen Gadol) Sumo Sacerdote Chaverim: Amigos (Hebr: חברים, literal-
Corban (Korban) Holocausto, Sacrifício; mente, "amigos")
Corbanot Plural Holocaustos, Sacrifí- Chaverot amigas
cios; é o nome dado aos diversos tipos chésed Graça
D
Dammesek Damassés Devarim (Devarim) Deuteronômio (Livro)
D-s, D-us, Eterno Forma respeitosa de es- Derashá Sermão, palestra.
crever o nome de Deus sem citar seu Derashá al Haar Sermão da Montanha,
nome completo. sermão do monte
E
E.c Vide era comum Eheye = Eu sou o que Sou "Ehyeh" (hebrai-
Echad É um. ex: Adonai Echad; Um - Ela é co: ) אֶ ְהיֶהou "Ehyeh-Asher-Ehyeh" (hebr:
utilizada no tradicional Shemá, Deva- " אהיה אשר אהיה- conforme em Shemot 3:14)
rim 6:4. Ouve ó Israel, Adonai nosso Era comum (ec) Refere-se ao período comu-
D'us é Um. שמע ישראל יהוה אלקינו יהוה אחד mente chamado de Anno Domini (AD)
Shemá Isra'el Adonai Eloheinu Adonai ou depois de Cristo (dC).
Echad. Outros Exemplos Exemplo: "Dei- El-Elyion Eterno Altíssimo
xará portanto o homem seu pai e sua Eliyahu Elias
mãe e se unirá à sua mulher, e serão am- Elisheva (Isabel). Mãe de Iochanan, o Imer-
bos uma só carne" - Bereshit [Gn] 2:24 sor (Lc 1.5).
El'azar Lázaro Eloheinu Nosso D'us
Emissário(s) Apóstolo(s), HaShaliach, obreiro. Elohim Eterno; elohim: quando em minúscu-
Ehyeh Ehyeh Asher Ehyeh ou Eheye Asher lo refere-se a deuses.
G
Galil Vide Hagalil Ger גרConverso goy (não-judeu)
Gan'Eden Paraíso. Literalmente jardim-do- Goy (Regular plural goyim )םיוגNação, gen-
-Éden; no judaísmo o termo também til, não judeu.
refere-se ao paraíso. Goyim (goyim) Plural de Goy nações
Gat-Sh'manim (Getsêmani) Jardim onde (gentios) não judeus
Yeshua orou e foi preso pela guarda do Guet (do hebraico )גטÉ o nome dado ao docu-
Templo. O termo significa literalmente mento de divórcio dentro do judaísmo.
"prensa de óleos". Gueulá ( )גאולהRedenção
Gavri'el Gabriel
H
Ha'Av O Pai, ver "Av" e "Abba" Halachá Leis Judaicas
Habessorá [Hebr: ]הַבש ָׂוֹרה
ְּ A palavra bessorá sig- Hananyah Ananias;
nifica novidades, notícias, mensagem, um Hananyah e Shappirah Ananias e Safira
comunicado que recebeu, sentido do grego Hamatvil O imersor; Batista.
Evangelion. Boas Novas. Normalmente refe- HaMashiah Ver Yeshua HaMashiah e Mashiah. O
rente às boas novas de Yeshua HaMashiah. Ungido.
HaElyon, El Elyon O Eterno Altíssimo Hanokh Enoque
HafTorá ou Haftará [Hebr: הפטרה] [plural Hanucá ou Chanuká [do Hebraico Dedica-
haftarot ou hafTorás] é um trecho de ção]; Também faz-se referência à festa
texto dos Neviim (Os profetas) lidos na da dedicação ou festa das luzes
sinagogas geralmente após a leitura da Har HaZeitim הר הזיתיםO Monte das Oliveiras
Parashat haShavua Hasatan o Adversário, o Satan
HaG'vurah ou Hagvurá - "O Poder", eufemis- Hashachar Alvorecer
mo para designar o Eterno. Termo em HaShaliach Emissário; Apóstolo
hebraico utilizado para representar a Hashem [do hebraico ]םשה, significando O
majestade, ou poder, do Eterno. (Mt Nome. É uma forma para designar
26.64). Eterno dentro do judaísmo, fora do
Hagalil [Hebr: ]הגלילGalileia, Galil contexto da reza ou da leitura pública
Hallel [Hebr: [ ]הַ לְ לdo hebraico הלל, "Lou- do texto bíblico.
vor"] é de origem aramaica e significa Havah - Chava Eva
"cântico de louvor e exaltação a D'us", Havakuk Habacuque
músicas que celebram a vida; É uma Heilel (Lúcifer, Samael)
oração judaica baseada em Tehilim Heilel ben-shachar הילל בן שחרEstrela da ma-
(Salmos 113-118), que é utilizada como nhã (a estrela matutina), a estrela D'Alva.
louvor e agradecimento, recitada pelos Também referido como Lúcifer, o anjo de
judeus nas festividades judaicas. luz, antes de ser expulso do céu. "portador
I
Igueret (igeret) carta em Hebraico; epístola; Izevel Jezabel
epístula (latim); epistulé (Grego). Plural:
Igerot (Igrot)
K
K'far-Nachum Cafarnaum Keneh ou qenéh ( )קנהCanônico
Kanai [ ]קנאיZelote - alguém que zela pelo Kohanim Ver Cohanim
nome do Eterno Kohen ver Cohen
Kaparah Propiciação, expiação, Interces- Kohen Gadol ver Cohen Gadol
são, mediação Kehilá Congregação, Comunidade
Kapporeth פ ֶרת
ֹ ּ ּ ַכTampa da Arca, Propiciató- Kol Goyim Todas as Nações
rio, lugar de intercessão, Expiação. Kosher (Kasher) A comida de acordo com a
Kasher Vide Kosher lei judaica. Baseada na Torá.
Kayim Caim Korban Ver Corban
Kayafa Caifás Korbanot Ver Corbanot
Kedoshim Tornar Santo, Povo Santo, Santificação Kasdim Caldeus
Kefa Pedro
L
Lashon Hará (Hebr: )לשון הרע, Lashon signi- má, ou língua maledicente. Fofoca.
fica língua e hará significa o mal/mau, Lavan Labão
então a melhor tradução seria língua Lemekh Lameque
M
Maasser Dízimo Mashiah, or Moshia") Que significa o
Malakhi [ ]מלאכיmeu mensageiro, Malaquias. ungido. O Messias e traduzido para o
Malshin Acusador, informante, diabo. grego como Χριστός - Cristo.
Mashiah (do hebraico mashiah, Moshiah, Matanah (Pl. Matanot) dom, dádiva
N
Nakdimon Nicodemos Neviim [do hebraico ]נביאיםou Profetas; é o
Noach Noé nome de uma das três seções do Tana-
Netilat-yadayim Ritual de lavar as mãos. ch, estando entre a Torá e Kethuvim.
O
Olam Hazê Este mundo Olam Rabá Mundo vindouro, reino Eterno,
Céu dos céus.
P
Paga Intercessão P'rush Parush, Fariseu;
Parokhet Cortina. Especificamente a que di- P'rushim: Parushim Fariseus
vidia o Santo dos Santos do restante do P'lishti [Pl. P'lishtim] filisteu
Templo ou tabernáculo. Pêssach Páscoa judaica, páscoa bíblica
Purim Festa de Purim.
R
Rabban Título dado ao rabino superior escola de Hilel, que tiveram este título.
(presidente) do Sinédrio, da qual ele é o Rabbanim Rabinos
primeiro dos sete nomeados líderes da Rabbi [Pl. Rabbis] Rabino, mestre
T
Talmid [Pl: Talmidim] Seguidor, discípulo, estudante; Tefilá [Pl: Tefilot] Oração
Talmidot Discípulado Tehilim Salmo, louvores.
Tefilin [com raíz do hebraico Tefilá] Nome Terumá ou Terumah Oferta
dado a duas caixas pretas, de couro, Teshuvá [Hebr: תשובה, literalmente retorno]
que contêm pequenos rolos com passa- Conversão; é a prática de voltar às ori-
gens bíblicas em seu interior (Shemot gens do judaísmo. Também tem o senti-
[Êx] 13.1-16; Dt 6.4-9; l1.13-21). Durante do de se arrepender dos pecados de ma-
as orações na sinagoga, os homens fi- neira profunda e sincera. Aquele que
xam essas caixinhas no braço e na tes- passa pelo processo de Teshuvá com su-
ta, em obediência a Dt 6:8. São chama- cesso é chamado de Baal Teshuvá.
dos também de filactérios. Não deve Tanakh ou Tanach [Hebr: ]תנ״ךÉ um acrôni-
ser usado como adorno religioso (Mat- mo utilizado para denominar seu con-
tityahu [Mt] 23.5). junto de livros sagrados Torá, Nevii-
V-Y-Z
Veachavta Lereacha Kamocha Amarás a teu Yeshua Jesus, O nome hebraico Yeshua [ַי ֵׁשוּע/]ישוע
próximo como a ti mesmo. é uma forma alternativa de Yehoshua, Josué, e
Vayikrá "E chamou" em Hebraico, Livro de é o nome completo de Jesus
Levíticos. Yeshuá Salvação
Yarden Jordão. Yetser Hará/tov Inclinação para o mal/bem
Yehoshafat Josafá Yibum Levirato
Yehoram Jeorão Yitsak ou Yitschak Isaque
Yehudah Judas; Iochanan João,
Yehudah de K'riot: Judas Iscariotes. Iochanan Hamatvil Iochanan o imersor,
Yehu Jéu. João Batista
Yako'ov Jacob, correspondente em hebrai- Yom Hadin Dia do Juízo
co para Tiago. Yom Hashem Dia do Eterno, Dia do Senhor-
Yishmael Ismael. Juízo
Yerichó Jericó. Yom Kipur ou Yom Hakipurim Dia da Expia-
Yeshivá [Hebr: [ ]ישיבהPl: Yeshivot] é o nome ção
dado às instituições para estudo da Yonah Jonas
Torá e do Talmud dentro do judaísmo Yoshiyahu Josias
Yerushalayim Jerusalém. Zakkai Zaqueu
Yeshayahu Isaías.
Fontes do glossário:WJAFC, ShalomAdventure, BJC, Chabad.org
Janeiro 2023
Tevêt/Shevat 5783
15 Tevêt
8 16 Tevêt
9 17 Tevêt
10 18 Tevêt
11 19 Tevêt
12 20 Tevêt
13 21 Tevêt
14
Shemot
22 Tevêt
15 23 Tevêt
16 24 Tevêt
17 25 Tevêt
18 26 Tevêt
19 27 Tevêt
20 28 Tevêt
21
Vaerá
29 Tevêt
22 1 Shevat
23 2 Shevat
24 3 Shevat
25 4 Shevat
26 5 Shevat
27 6 Shevat
28
Rosh Chodesh Bô
7 Shevat
29 8 Shevat
30 9 Shevat
31
Fevereiro 2023
Shevat/Adar 5783
Shabat Shirá
Beshalach
14 Shevat
5 15 Shevat
6 16 Shevat
7 17 Shevat
8 18 Shevat
9 19 Shevat
10 20 Shevat
11
Tu bishvat Itró
21 Shevat
12 22 Shevat
13 23 Shevat
14 24 Shevat
15 25 Shevat
16 26 Shevat
17 27 Shevat
18
Mishpatim
28 Shevat
19 29 Shevat
20 30 Shevat
21 1 Adar
22 2 Adar
23 3 Adar
24 4 Adar
25
5 Adar
26 6 Adar
27 7 Adar
28
Março 2023
Adar/Nissan 5783
Tetsavê
12 Adar
5 13 Adar
6 14 Adar
7 15 Adar
8 16 Adar
9 17 Adar
10 18 Adar
11
Shabat Pará
Jejum de Ester Purim Shushan Purim Ki Tissá
19 Adar
12 20 Adar
13 21 Adar
14 22 Adar
15 23 Adar
16 24 Adar
17 25 Adar
18
Shabat Hachodesh
Vayakhel-Pecudê
26 Adar
19 27 Adar
20 28 Adar
21 29 Adar
22 1 Nissan
23 2 Nissan
24 3 Nissan
25
4 Nissan
26 5 Nissan
27 6 Nissan
28 7 Nissan
29 8 Nissan
30 9 Nissan
31
2023
5783/5784
ברכות תורה
Bênção para estudo da Torá
Baruch ata Adonai Bendito sejas Tu, Eterno, רוּך אַ ָתּה יהוה ְ ָבּ
Elohênu mélech nosso D'us, Rei do ְאֱ ל ֽ ֵֹהינוּ ֽ ֶמלֶך
haolam, asher universo, que nos הָ עוֹלָם אֲ ׁשֶ ר
báchar bánu escolheu dentre ֽ ָבּחַ ר ֽ ָבּנוּ
mikol haamim todos os povos e nos ִמכָּ ל הָ עַ ִמּים
venátan lánu et torato. deste a Tua Torá. תּוֹרתוֹ
ָ וְ נָתַ ן ֽ ָלנוּ אֶ ת
Baruch ata Adonai, Bendito sejas Tu, Eterno, רוּך אַ ָתּה יהוה ְ ָבּ
noten hatora. que nos deste a Torá. תּוֹרה
ָ ַנוֹתֵ ן ה
Benção posterior à leitura Benção posterior à leitura ברכה לאחר הקריאה׃
Baruch ata Adonai Bendito sejas Tu, Eterno, רוּך אַ ָתּה יהוה ְ ָבּ
Elohênu mélech nosso D'us, Rei do אֱ ל ֽ ֵֹהינוּ ֽ ֶמל ְֶך
haolam, asher universo, que nos destes הָ עוֹלָם אֲ ׁשֶ ר
nátan lánu torat a Lei da verdade e ָנֽתַ ן ֽ ָלנוּ תּוֹ ַרת
emet vechaie olam plantastes a vida אֱ מֶ ת וְ חַ יֵּי עוֹלָם
nata betochênu. eterna entre nós. תוֹכנוֵּ ֽ ְנָטַ ע בּ
Baruch ata Adonai, Bendito sejas Tu, Eterno, רוּך אַ ָתּה יהוה ְ ָבּ
noten hatora. que nos deste a Torá. תּוֹרה ָ ַנוֹתֵ ן ה
ברכות ההפטרה
Bênção para estudo da Haftará (profetas)
Baruch ata Adonai Bendito és Tu, Eterno, ָּברו ְּך אַ ָתּה יהוה
Elohênu mélech nosso D'us, Rei do אֱ ל ֽ ֵֹהינ ּו ֽ ֶמל ְֶך
haolam, asher báchar universo, que escolhestes הָ עוֹ לָם אֲ ׁשֶ ר ֽ ָבחַ ר
bineviim tovim bons profetas יאים טוׂ בִ ים ִ ִבִּ נְב
veratsa bedivrehem e que quisestes Suas וְ ָרצָ א בְ ִדבְ ֵריהֶ ם
haneemarim palavras ditas הַ ֶנּאֱ ָמ ִרים
beemet. verdadeiramente. בֶּ אֱ מֶ ת
Baruch ata Adonai, Bendito sejas Tu, Eterno, בָּ רו ְּך אַ ָתּה יהוה
habocher batora que escolhestes a Torá, הַ בּ וׂ חֵ ר בַּ ּתוׂ ָרה
uvemoshe avdo Teu servo Moshê, Teu וּבְ מֹשֶׂ ה עַ בְ דּ וֹ
uveisrael amo uvinvie povo de Israel e profetas ִש ָׂראֵ ל עַ ּמוֹ וּבִ נְבִ יאֵ י ְ וּבְ י
haemet vehatsédek. da verdade e da justiça. הָ אֱ מֶ ת וְ ֶּצ ֶדק
Baruch ata Adonai Bendito és Tu, Eterno, בָּ רו ְּך אַ ָתּה יהוה
Elohênu mélech nosso D'us, אֱלהינ ּו ֽ ֶמל ְֶך
ֵֽ
haolam, Rei do universo, הָ עוֹלָם
tsur kol haolamim, rocha de todos os צוּר כָּ ל הָ עוֹל ִָמים
tsadik bechol hadorot, mundos, justo em todas as צ ִַדּיק בְּ כָ ל הַ דּ וֹרוֹת
hael haneeman, haomer gerações. D'us fiel que הָ אֵ ל הַ ֶנּאֱ ָמן הָ אוֹמֵ ר
veosse, hamedaber realiza o que anuncia, que וְ עוֹשֶׂ ה הַ ְמ ַדבֵּ ר
umekaiem, shechol promete e cumpre, e que ו ְּמקַ יֵּם שֶׁ כָּ ל
devarav emet vatsédek. todas as Suas palavras são ְדּבָ ָריו אֱ מֶ ת ָו ֽ ֶצ ֶדק
Neeman ata hu Adonai verdade e justiça. Fiel és נֶאֱ ָמן אַ ָתּה הוּא יהוה
Elohênu veneemanim Tu, ó Eterno, nosso D'us, אֱ ל ֽ ֵֹהינוּ וְ נֶאֱ ָמנִים
e fiéis são as Tuas יך וְ ָדבָ רָ ְדּבָ ֽ ֶר
devarêcha, vedavar
promessas, e nenhuma ָ אֶ ָחד ִמ ְדּבָ ֶר
יך
echad midevarêcha
achor lo iashuv sequer das Tuas palavras ָאחוֹר לא יָשׁוּב
rekam,ki El mélech jamais se tornará vã, יקם כִּ י אֵ ל ֽ ֶמל ְֶך ָ ֵר
neeman verachaman pois és Eterno e Rei fiel e נֶאֱ ָמן וְ ַרחֲ ָמן ָא ָתּה
misericordioso. Bendito רוּך אַ ָתּה ְ ָבּ
áta. Baruch ata
Adonai, hael sejas Tu, Eterno, Eterno יהוה הָ אֵ ל
haneeman bechol que é fiel em todas as הַ נֶּאֱ ָמן בְּ כָ ל
devarav Suas palavras. ְדּבָ ָריו
Baruch ata Adonai Bendito és Tu, Eterno, ָּברו ְּך אַ ָתּה יהוה
Elohênu mélech nosso D'us, Rei do אֱ ל ֽ ֵֹהינ ּו ֽ ֶמל ְֶך
haolam, asher natan universo, que deu-nos הָ עוֹ לָם אֲ ׁשֶ ר ֽ ָבחַ ר
lánu Mashíach Yeshua, o Messias Yeshua ַֽ ָלנוּ ָמ ֽׅשׁיחַ ישׁוּע
vehadiberot shel habrit e os mandamentos da וְ הַ ׅדבּרוֹת שָׁ ל הַ בְּ ׅדית
Nova Aliança. Bendito רוּך אַ ָתּה ְ ָחַ ָדשָׁ ה בּ
Hadashá. Baruch ata
Adonai noten habrit sejas Tu, Eterno, que nos יהוה נוֹתֵ ן חַ בְּ רית
haHadashá. deste a Nova Aliança. הַ חַ ָדשָׁ ה
Benção posterior à leitura Benção posterior à leitura ברכה לאחר הקריאה׃
Baruch ata Adonai Bendito és Tu, Eterno, nosso רוּך אַ ָתּה יהוה ְ ָבּ
Elohênu mélech haolam, D'us, Rei do universo, אֱ ל ֽ ֵֹהינ ּו ֽ ֶמל ְֶך הָ עוֹ לָם
asher natan lánu que deu-nos a palavra da אֲ ׁשֶ ר ֽ ָבחַ ר ֽ ָלנוּ
hadevar haemet, verdade e plantou a vida הַ ְדבַ ר ׅ ָהאֱ מֶ ת
vechaie olam nata eterna em nosso meio. וְ חַ יֵּי עוֹלָם נָטַ ע
betochênu. Baruch ata Bendito sejas ְ ָתוֹכנוּ בּ
רוּך אַ ָתּה ֵ ֽ ְבּ
Adonai noten habrit Tu, Eterno, que nos deste יהוה נוֹתֵ ן הַ בְּ ׅרית
haHadashá. a Nova Aliança. ְהַ חַ ָדשָׁ הם
E. A. U.
Arábia Saudita
Mali
Mauritânia
Omã
Iêmen
114
Níger Chade Eritreia
Cabo Verde Senegal Asmara
Gâmbia
Camarões Juba
Somália
Liberia
Equato Uganda Mogadíscio
Kampala
Quênia
3
República Democrática
Congo 5
São Tomé do Congo Ruanda
and Príncipe Gabão Kigali 1 Nairobi
2
Bujumbura 6
Burundi
Kinshasa Dodoma
Tanzânia
Angola
PROJETOS
1 Dormitório na escola de enfermagem de Mugonero em Ruanda; Madagascar
Lesoto
África do Sul