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Indice

Informações Gerais......................................................................................04
Introdução.................................................................................................05
Sinônimos dos Livros da Bíblia......................................................................06
Endereços Beth Bnei Tsion no Brasil............................................................07
Lição 1. Crise no Céu dos céus.....................................................................08
Lição 2. Crise no ‘Eden...............................................................................16
Lição 3. O dilúvio..........................................................................................24
Lição 4. Conflito e Crise: os Shoftim [Juízes]..................................................32
Lição 5. O conflito continua........................................................................40
Lição 6. Vitória no deserto............................................................................48
Lição 7. Os Ensinos de Yeshua e o Grande Conflito........................................56
Lição 8. Companheiros de armas.................................................................64
Lição 9. O grande conflito e a Kehilá do primeiro século.............................72
Lição 10. Sha’ul e a rebelião.........................................................................80
Lição 11. O que Kefa disse sobre o Grande Conflito.......................................88
Lição 12. A Kehilá guerreira.........................................................................96
Lição 13. A Gueulá.....................................................................................104
Festas Judaicas (2016-5776/5777)...............................................................111
Horários para acendimento das velas, pôr do sol e Havdalá...................113
Glossário.................................................................................................115

Notas:
1. Este guia de estudo é uma versão adaptada das lições da Escola Sabatina ao contexto ju-
daico-adventista. É usada pelos membros das Beth Bnei Tsion [Congregações judaico-adven-
tistas] como auxiliar e apoio ao estudo semanal. Visa tornar a linguagem mais acessível a esse
contexto. O conteúdo original é preservado usando apenas adaptações contextuais. Foi revi-
sado por líderes de todas as Beth Bnei Tsion brasileiras.
2. As versões bíblicas adotadas nessa contextualização são “Bíblia Judaica Comple-
ta” traduzida por David H. Stern, “Bíblia Hebraica” traduzida por David Gorodovits e
Jairo Fridlin e Orthodox Jewish Bible.
3. As leituras semanais (Parashiot, Haftarot, etc.) encontram-se no início de cada semana.
Nos rodapés de cada dia encontram-se as indicações para festividades, festas, referências
para leituras de estudo diário para as Parashiot, leitura anual da Bíblia e Leitura Reavivados
por Sua Palavra (RPSP).
4. Os horários de acendimento das velas, do pôr do sol e da Havdalá tem por referência os
horários fornecido pelo aplicativo ShabbatTimes. As correções dos horários para o horário de
verão foram realizadas (exceto Manaus, Fortaleza e Recife).
5. As indicações para festas encontram-se junto aos cabeçalhos com resumo dos costumes
nos últimos dias das semanas. Lista de todas as festas e festividades encontram-se na págna
110.
6. Os termos transliterados em hebraico usados no decorrer das lições têm suas correspon-
dências em português descritas no glossário.

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 3


Informações gerais
Sobre o Autor:

D avid Tasker, secretário da Divisão do Sul do Pacífico dos Adventistas do Sé-


timo dia, é PhD em Bíblia Hebraica, e já foi líder distrital na Nova Zelândia,
sua terra natal, presidente Adventista nas Ilhas Shlomo e professor da disciplina
Estudos na Bíblia, tanto na Universidade Adventista do Pacífico (Papua-Nova
Guiné) como no Instituto de Estudos Avançados (Filipinas). Ele e a esposa Carol
têm dois filhos casados (Nathan e Stephen) e três netos.

Contextualização:
Organização: Roberto Rheinlander Rebello.
Contextualização: Thales de Oliveira, Wesley Felipe de Oliveira, Paulo Cardoso
e Roberto Rheinlander Rebello.
Revisores: Wiliam Cardoso, Carlos Muniz, Rogel Tavares, Lucas Iglesias, Tamar
Guimarães, Paulo Cardoso, David Antunes, Sérgio Monteiro, Regina Pasquale,
Bruno Santelli, Alessandro Tineu, Edson Nunes Jr., Nilza Coelho, Elias Tavares,
Wesley Felipe de Oliveira e Dr. Reinaldo Siqueira.
Conselheiros: Richard Amron Elofer, Reinaldo Siqueira, Jacques Doukhan e Cli-
ford Goldstein.

4 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Sinônimos dos Livros da Bíblia*
Os livros da Bíblia aparecem com seu nome em hebraico transliterado. Abaixo
seguem os livros da bíblia, em ordem alfabetica com seu sinônimo em português.
‘Amos: Amós Mattityahu: Mateus
‘Ezrah: Esdras Mikhah: Miqueias
‘Ezrah-Nechemyah: Esdras-Neemias Mishlei [Pr]: Provérbios
‘Ovadyah: Obadias Nachum: Naum
1Yochanan: lJoão Nechemyah: Neemias
2Yochanan: 2João Revelação: Apocalipse
3Yochanan: 3João Rut: Rute
B’reshit ou B’reshit: Gênesis Sh’mu’el: Samuel
D’varim ou D’varim: Deuteronômio Sh’mu’el Alef:1Samuel
Dani’el: Dani’el Sh’mu’el Bet: 2Samuel
Divrei-HaYamim Alef [1Cr]: Crônicas Shemot ou Sh’mot: Êxodo
Divrei-HaYamim Bet [2Cr]: 2Crônicas Shir-HaShirim: Cântico dos Cânticos
Divrei-HaYamim: Crônicas Shoftim: Juizes
Eikhah: Lamentações Tehillim: Salmos
Ester: Ester Tz’fanyah: Sofonias
Hagai: Ageu Vayikra: Levítico
Havakuk: Habacuque Y’hoshua: Josué
Hoshe’a: Oseias Y’hudah: Judas
Iyov: Jó Ya’akov: Tiago
Kohelet: Eclesiastes Yechezk’el: Ezequiel
1Kefa: lPedro Yesha’yahu: Isaías
2Kefa: 2Pedro Yirmeyahu: Jeremias
M’lakhim Alef: 1Reis Yo’el: Joel
M’lakhim Bet: 2Reis Yochanan: João
M’lakhim: Reis Yonah: Jonas
Mal’akhi: Malaquias Z’kharyah: Zacarias
* Demais referencias vide glossário na página 113.

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Introdução

Rebelião e Gueulá
‫מרי וגאולה‬
De alguma forma, não sabemos exatamente por que, o pecado surgiu na cria-
ção perfeita de D’us, e esse pecado se tornou o ponto de partida daquilo que en-
tendemos como o grande conflito [‫]העימות הגדול‬. Uma coisa, porém, sabemos
muito bem: como seres humanos, estamos envolvidos nesse conflito. Essa é uma
guerra da qual nenhum de nós escapa.
O grande conflito chegou à Terra quando hasatan enganou Adam e Havah
com lisonjas e trapaças, fazendo com que a lealdade deles fosse removida de D’us
e transferida para ele. (Ver introdução do livro O Grande Conflito)
Em resposta a essa tragédia, D’us, que havia previsto, “antes da criação do
universo – (hivvased tevel – fundamentos da terra)” (Efésios 1:4), que tudo isso
aconteceria, colocou em ação Seu plano de resgate, o que conhecemos como o
plano da Gueulá.
Ao longo de toda a Bíblia, D’us está derrotando constantemente os propósi-
tos de hasatan. A vinda do Mashiach como Imanu’el (‫)עִ מָ נּואֵ ל‬, “D’us conosco”,
recuperou o território que havia sido roubado de Adam e Havah. Yeshua triunfou
onde Adam fracassou. Em Seu ministério, Ele mostrou Sua autoridade sobre a
criação e sobre as forças do mal. Pouco antes de Seu retorno para o Céu, Ele co-
missionou novamente Seus seguidores a ampliar as fronteiras de Seu reino celes-
tial, e em Shavuot os capacitou para essa tarefa.
Yeshua obteve a vitória decisiva na sua morte e ressurreição. O desafio sempre
teve que ver com o lado ao qual escolhemos ser leais: o lado que ganhou ou o lado
que perdeu. Embora a escolha devesse ser fácil e óbvia, devido ao fato de o con-
flito ainda estar em andamento e de os enganos estarem por toda parte, a batalha
pela posse de nosso coração e de nossa mente continua. Nossa esperança e tefilah,
portanto, é que as lições deste trimestre revelem alguns desses enganos, e, assim,
nos ajudem não só a escolher o Mashiach, mas a permanecer com Ele, porque,
como Ele prometeu, “13 Mas quem suportar até o fim (HaKetz) será libertado”
(Mattityahu 24:13).

6 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Congregações Judaico-Adventistas

CONFERÊNCIA GERAL
dr. richard Amram Elofer, phd

DIVISÃO SUL AMERICANA


dr. reinaldo Siqueira, phd

CAMPINAS, SP
rua Espanha, 260 - Bonfim.
rosh Lucas Iglesias

CURITIBA, PR
Av. munhoz da rocha, 168 - Juvevê.
rosh Bruno Santelli

FLORIANÓPOLIS, SC
rua Visconde de Ouro preto, 347 - Centro
Entrada pela rua dorval melchíades de Souza
rosh marcelo moura

MANAUS, AM
rua m/N, 5
rosh wilian Cardoso

RIO DE JANEIRO, RJ
rua dezenove de Fevereiro, 140 - Botafogo.
rosh Flávio Siqueira

SÃO PAULO, SP
rua Armando penteado, 291 - Higienópolis
rosh rogel Tavares

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 7


Lição 1 27 de dezembro a 2 de janeiro [15 a 21 Tevet]

Crise no Céu dos céus


VERSO PARA MEMORIZAR: “E clamavam:’A vitória pertence a nosso D’us,
que se assenta no trono, e ao Cordeiro!’ Ao nosso D’us, que Se assenta no trono, e
ao Cordeiro, pertence a salvação” (Revelação 7:10)

LEITURAS DA SEMANA: Yesha’yahu [Is] 14:4, 12-15; Yechezk’el [Ez] 28:2,


12-19; Yochanan [Jo] 12:31; Revelação 12:7-13; Lucas 10:1-21

“S endo a Torá do amor o fundamento do governo de D’us, a felicidade de


todos os seres inteligentes depende do perfeito serviço de amor, serviço que
brote de uma apreciação de Seu caráter. Ele não tem prazer na obediência for-
çada; e a todos concede vontade livre, para que Lhe prestem serviço voluntário”
(Patriarcas e Profetas, p. 34 contextualizado).
Enquanto todos os seres criados confessaram a lealdade motivada por amor,
houve perfeita harmonia em todo o Universo. Bastou apenas um ser rebelde para
que tudo mudasse. Heilel (Lúcifer, Samael) achou que podia fazer um trabalho
melhor que o de D’us. Desejou a posição de D’us e o prestígio inerente a ela.
Sua ambição por poder resultou numa “milchamah in Shamayim (Guerra no
Céu)” (Revelação 12:7). Ao enganar Adam e Havah junto à árvore proibida no
‘Eden, hasatan (Samael) trouxe esse conflito para a Terra, e desde então temos
convivido com as consequências disso. O plano da salvação é a maneira divina de
lidar com a rebelião e restaurar a ordem e a harmonia que hasatan havia quebra-
do.

LEITURA DA SEMANA
Parashá 13 ‫ שמות‬Shemot [Nomes]: Shemot [Êx] 1.1-6.1
Haftará: Yesha’yahu [Is] 27.6-28.13; 29.22-23
B’rit Hadashá: Mattityahu [Mt] 22.23-33, 41-46; Marcos 12.18-27, 35-37; Lucas
20.27-44; Atos 3.12-15;5.27-32; 7.17-36;22.12-16; 24.14-16; Hebreus 11.23-26
Tehilim: [Salmo] 99
Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista
Lista de oração 2016
Ore esta semana pelo periódico e Website Shalom Adventure.

8 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 27 dezembro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 15 Tevet 5776]

Queda no Céu dos céus


1. Leia Yesha’yahu [Is] 14:4, 12-15. Que descrições do rei da Babilônia (Bavel)
indicam que o profeta estava falando de alguém muito maior do que o governan-
te humano?

N enhum rei terrestre despencou do Céu. Essa verdade sugere que os versos 12
a 15 focalizam alguém maior que um rei, mesmo o de Babilônia. Além disso,
as figuras que falam de “ascender ao Céu”, “estar numa posição mais elevada que
a das estrelas (anjos) de D’us” e “sentar-me-ei sobre o outeiro da assembleia, do
lado mais extremo do norte” são todas reconhecidas descrições que se aplicavam
à divindade no antigo Oriente Próximo. As ambições de hasatan são claramente
expostas nessa profecia de aplicação dupla. Yeshua usou uma tática semelhante
em Sua descrição da destruição de Yerushalayim (Mattityahu 24). Embora os talmi-
dim tivessem perguntado sobre a destruição do segundo templo, em Sua resposta
Yeshua descreveu tanto a destruição de Yerushalayim pelos romanos, em 70 e.c.,
quanto a realidade mais ampla do fim do mundo. Da mesma forma, Yesha’yahu
descreveu os atributos de um rei terrestre, mas aplicou tudo isso a algo muito
maior e mais grandioso que um simples rei humano.

2. Leia Yechezk’el [Ez] 28:2, 12-19. Como hasatan (Samael) é retratado nesses
versos?

Yechezk’el descreve um ser perfeito que estava no Gan ‘Eden, adornado com
todos os tipos de pedras preciosas que mais tarde foram usadas no peitoral do
Kohen Gadol. Alguém que havia sido comissionado como keruv mimshach (que-
rubim guardião) junto ao trono de D’us. Contudo, esse ser perfeito se corrompeu
por causa de sua “formosura”.
Ao usar paralelos humanos, esses vislumbres nos permitem entender realida-
des divinas. Os profetas usavam algo mais próximo de nós e mais compreensível
para explicar algo mais difícil de entender. Pode ser difícil compreender o que
acontece no Céu, mas todos somos capazes de entender os efeitos das óbvias e
destrutivas ambições políticas de governantes terrestres. Yesha’yahu e Yechezk’el
revelam a inexplicável transição ocorrida em algum ponto da História, quando
tudo o que era belo e perfeito na ordem divina das coisas foi maculado por uma
ambição destrutiva.

Se um ser perfeito, criado por um D’us perfeito, num ambiente perfeito, arruinou a
si mesmo por causa do orgulho, quão fatal pode ser esse sentimento?
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Shemot, 1ª Alyá (Shemot [Êx] 1:1-1:17)
Tehilim 77-78; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 16
Leitura Anual: Revelação 16, 17

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 9


segunda, 28 de dezembro [‫ יום שני‬Yom Sheni 16 de Tevet 5776]

O príncipe deste mundo


3. Leia Yochanan [Jo] 12:31; 14:30; 16:11. Por que Yeshua chamou hasatan de
governante deste mundo (Sar HaOlam Hazê)?

Q uando D’us colocou inicialmente Adam e Havah no Gan ‘Eden, confiou-lhes


a administração daquele local (B’reshit [Gn] 2:8, 15) e o cuidado de todas as
criaturas que viviam na água, no firmamento e na terra (B’reshit [Gn] 1:26, 28).
Ao dar nome a todos os animais, Adam demonstrou que era o administrador sobre
eles. Geralmente, aquele que tem autoridade sobre alguma coisa pode dar nome
a isso. Assim, ao dar nome a todas as criaturas, Adam estava demonstrando clara-
mente sua posição como governante do mundo.
Quando Adam perdeu esse domínio, hasatan preencheu rapidamente o vácuo.
Parte da restauração da humanidade, possibilitada pelo sacrifício do Mashiach no
Gulgolta (Lugar da caveira), ocorrerá quando os redimidos receberem o privilégio
de Adam e Havah, de reinar com D’us pelo restante da eternidade como “reis e
sacerdotes [kohanim]” (Revelação 1:6; 5:10).
Os capítulos iniciais do livro de Iyov revelam com precisão a grande e extensa
perda de Adam. Ao recebermos um vislumbre da sala do trono do Universo, ve-
mos também quanto a humanidade se tornou subordinada à natureza desde o
pecado original.

4. Leia Iyov [Jó] 1:6, 7 e 2:1, 2. Por que hasatan se apresentou à assembleia dos
Bnei HaElohim como aquele que rodeia a Terra?

As expressões “rodear a Terra” e “passear por ela” não se referem simplesmen-


te à ação de um turista. Na Bíblia isso é um sinal de propriedade. Quando D’us
deu a terra a Avraham, disse-lhe que a percorresse no seu comprimento e na sua
largura (B’reshit [Gn] 13:17) e disse algo semelhante a Moshê e a Y’hoshua [Js]
(D’varim [Dt] 11:24; Y’hoshua [Js] 1:3). Em certo sentido, hasatan se vangloriou
de ser “o D’us deste mundo (Olam Hazê)” (2 Coríntios 4:4).
A apresentação de hasatan nos dois primeiros capítulos de Iyov tem um para-
lelo no que aconteceu em B’reshit [Gn] 3. Ele criou problemas no paraíso e deixou
as vítimas humanas sofrendo as consequências. (ver Guia dos Perplexos, Maimô-
nides, pg. 210, vol 2 pg.30)

Que evidencias da obra de hasatan vemos no mundo? Temos a esperança funda-


mentada na promessa de que um dia toda essa confusão terminara?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Parashat Shemot, 2ª Alyá (Shemot [Êx] 1:18-2:10)
Tehilim 79-82; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 17
Leitura Anual: Revelação 18, 19

10 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 29 de dezembro [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 17 de Tevet 5776]

Guerra no Céu dos céus


N ão temos ideia do que significa uma guerra no Céu dos céus, isto é, não sa-
bemos que tipo de batalha física foi travada, exceto a expulsão de hasatan e
seus anjos. O fato é que a Bíblia não diz nada sobre as consequências físicas desse
conflito celestial. Em vez disso, ela trata dos resultados espirituais aqui na Terra.

5. Leia Revelação 12:7-16. Qual foi o impacto do grande conflito sobre o Céu
dos céus e a Terra?

Note a maneira positiva pela qual Yochanan [Jo] fala sobre a contínua guerra
entre o “acusador de nossos irmãos” e os vencedores. Ele associa isso à salvação e
à vinda do reino de D’us - Olam Rabá (Revelação 12:10, 11). Esse tema positivo
é enfatizado ao longo de todo o capítulo e é um importante aspecto do grande
conflito.
É fundamental notar o contexto geral do capítulo 12. Três grandes ameaças
são descritas ali, mas cada uma delas é seguida por um incrível livramento. Numa
visão dramática, é mostrada a Yochanan [Jo] a luta entre o Mashiach e hasatan e o
quanto tudo isso parece ser incompatível.
Por exemplo, um grande dragão vermelho (hasatan, Revelação 12:9) se prepa-
ra para devorar um bebê (o Mashiach) que está para nascer. Que bebê conseguiria
sobreviver a isso? Mas Ele o faz, e é arrebatado para D’us até ao Seu trono.
O dragão, então, tenta perseguir a mulher, símbolo do povo de D’us (ver Re-
velação 12:13; Midrash Cântico dos cânticos V:1). Como uma mulher que acabou
de dar à luz pode se defender de um dragão? Mas ela também escapa miraculosa-
mente (v. 14).
Numa terceira tentativa de destruir os escolhidos de D’us, o dragão lança
água como um rio atrás da mulher (v. 15). Uma mulher contra um rio? Mas, no-
vamente, D’us intervém e a livra (v. 16).
O dragão então volta a atenção para o restante dos descendentes da mulher.
Ele está furioso e faz guerra contra eles. A História mostra claramente como o
povo de D’us foi caçado, oprimido e perseguido ao longo dos anos. Demasiadas
vezes vemos a impossibilidade de vencer e ficamos pensando como os fiéis sobre-
viverão, esquecendo-nos de que a história não termina ali. Ela continua em Re-
velação 14, onde vemos os fiéis em pé diante do trono de D’us; assim, eles tam-
bém receberam livramento.

Ao se sentir oprimido por forças maiores que você, como pode obter coragem do
Eterno, que é maior do que todas as coisas?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Shemot, 3ª Alyá (Shemot [Êx] 2:11-2:25)
Tehilim 83-87; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 18
Leitura Anual: Revelação 20–22

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 11


quarta, 30 de dezembro [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 18 de Tevet 5776]

A expulsão de hasatan
C omo vimos, a guerra celestial não ficou confinada ao Céu dos céus, mas afetou
a Terra também. Parece que, por algum tempo, hasatan, o “acusador de nossos
irmãos” (Revelação 12:10), ainda foi capaz de ir perante o trono de D’us e fazer
acusações contra o Seu povo. Iyov foi um dos personagens bíblicos que se torna-
ram vítimas desse tratamento humilhante.

6. Leia Lucas 10:1-21. Qual é o significado das palavras do Mashiach sobre


hasatan nessa passagem?

Antes de enviar os 70 talmidim, Yeshua os instruiu a não levar roupa nem di-
nheiro extras (Lucas 10:4) e a pedir Shalom sobre seus anfitriões (v. 5). Alertou
para o fato de que eles eram como ovelhas no meio de lobos (Lucas 10:3), uma
preocupação refletida em Revelação 12, em que o dragão tenta fazer guerra con-
tra o povo de D’us.
Quando voltaram alegres (Lucas 10:17), os talmidim relataram que os ruchot
(espíritos) se sujeitavam a eles, e isso deve ter deixado Yeshua feliz (Lucas 10:21).
Nesse contexto, Yeshua declarou que havia visto hasatan caindo do Céu como um
relâmpago. Advertiu os talmidim de que a alegria deles não devia ser fundamenta-
da no sucesso sobre os espíritos malígnos, mas no fato de ter o nome escrito no
Céu (Lucas 10:20). Esse lembrete coloca a salvação humana firmemente no lugar
em que ela deve estar: nas mãos do Moshia. Foi o Mashiach, não nós, quem derro-
tou o inimigo.
Os seguidores de Yeshua, contudo, recebem o privilégio de testemunhar sobre
a Yeshuah que Ele conquistou. O episódio relatado em Lucas 10:17-20 parece as-
sociar a obra de testemunhar, confiada por Yeshua a Seus talmidim, com o poder
sobre hasatan no grande conflito. A obra de testemunhar mina o poder que ele
tem sobre as pessoas deste mundo e dá aos seres humanos a oportunidade de re-
tomar sua obra original de expandir as fronteiras do reino de D’us.
O poder sobre nosso adversário só é possível em razão da vitória que Yeshua
obteve com sua morte e ressurreição. Sha’ul declarou que Yeshua “[Despojou] os
governantes e as autoridades de seu poder” e triunfou sobre eles (Lucas 2:15).
Nele, o povo de D’us é triunfante. A destruição de hasatan está assegurada. “Será
expulso o governante deste mundo” (Yochanan [Jo] 12:31), e nunca mais difama-
rá o povo de D’us. Certamente podemos nos alegrar com o fato de que a batalha
pertence ao Eterno!

“Alegrem-se porque seus nomes estão escritos no céu.” (Lucas 10:20). Pensemos
nessas palavras. Por que essa e uma grande razão para nos alegrarmos?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Shemot, 4ª Alyá (Shemot [Êx] 3:1-3:15)
Tehilim 88-89; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 19
Leitura Anual:Vista Geral da Bíblia

12 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 31 de dezembro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 19 Tevet 5776]

Batalha contínua
O s reflexos de uma cobra venenosa que acabou de morrer e continua se con-
torcendo podem fazer com que ela se mova e injete seu veneno em alguém
que a pegar. Assim também, a picada de hasatan ainda é mortal. Ele foi derrotado
com a morte e ressurreição do Mashiach, mas o perigo ainda não passou.

7. Leia Yochanan [Jo] 16:33. Como Yeshua advertiu Seus talmidim sobre a con-
tínua luta contra o mal?

Yeshua deixou claro que Seus seguidores não teriam vida fácil, mas em vez de
Se concentrar nos desafios, Ele Se concentrou na vitória que eles teriam nele.
Refletindo sobre essa garantia, Sha’ul assegurou aos crentes de Roma que D’us
esmagaria hasatan debaixo de Seus pés (Romanos 16:20). Yochanan disse à Kehilá
dos últimos dias a mesma coisa: a sua vitória está assegurada através do sangue do
Cordeiro (Revelação 12:11).

8. Leia Hebreus 12:1, 2. Quem são as “testemunhas” e como elas nos encora-
jam? Ver Hebreus 11

Hebreus 11 apresenta um breve esboço da vida de alguns dos famosos heróis


da fé [emuná]. Hevel ofereceu um sacrifício perfeito, e não foi esquecido, apesar
de já estar morto. Hanokh se aproximou habitualmente de D’us e, por isso, foi
levado diretamente ao Céu para estar com Ele. Noach advertiu a respeito de even-
tos ainda não vistos e ofereceu salvação a um mundo afogado no pecado. Avraham
saiu de uma grande civilização a fim de ir para uma terra prometida. Sarah deu à
luz um filho prometido, embora fosse muito idosa para ter filhos. Moshê preferiu
sofrer com seu povo a viver no palácio de um rei. E Rachav testemunhou da gran-
deza de D’us (Y’hoshua [Js] 2:9-11). Essas pessoas fazem parte da grande nuvem
de testemunhas mencionada em Hebreus 12:1. Não foram testemunhas passivas,
como espectadores que assistem a um jogo; elas testemunham ativamente para
nós que D’us é fiel e que as sustentou nas lutas que enfrentaram, não importando
quais foram elas. Não estamos sozinhos nessa grande batalha.

Considere as pessoas mencionadas em Hebreus 11. Quem eram elas, e como eram?
Que encorajamento você encontra no fato de que elas não eram perfeitas nem impecá-
veis, mas tinham temores, paixões e fraquezas, assim como todos nos?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Shemot, 5ª Alyá (Shemot [Êx] 3:16-4:17)
Tehilim 90-96; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 20
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 1–3

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 13


sexta, 1 de janeiro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 20 Tevet 5776]

Estudo adicional
N ão sabemos por que o pecado surgiu em Heilel (Lúcifer, Samael). Ellen G.
white diz que “pouco a pouco veio a Heilel condescender com o desejo de
exaltação própria” (patriarcas e profetas, p. 35 contextualizado). O fato de que
isso ocorreu num ser perfeito revela, de maneira poderosa, a realidade do livre
-arbítrio e da livre escolha como parte do governo de D’us. Como, então, surgiu
o pecado em Heilel? A resposta é que não há resposta. Não há desculpa para o
pecado. Se fosse possível encontrar justificativa para ele, em última análise, D’us
poderia ser considerado responsável por sua existência. Como seres humanos,
estamos acostumados a relações de causa e efeito. mas o pecado não tem uma
causa. Simplesmente não há razão para o mal. Ele é irracional e absurdo. Heilel
não podia justificar seus atos, especialmente por ser muito favorecido por D’us.
porém, de alguma forma, pelo abuso de seu livre-arbítrio, Heilel se corrompeu e,
de “portador de luz”, tornou-se hasatan, “o adversário”. Embora não compreenda-
mos muita coisa, devemos entender o suficiente para saber que devemos ter muito
cuidado em relação ao sagrado dom do livre-arbítrio e da livre escolha.

Perguntas para reflexão


1. A inveja desempenhou uma parte importante na rebelião de hasatan contra
D’us. Em sua experiência, a inveja tem causado algum dano?
2. Considere as terríveis consequências do mau uso do livre-arbítrio. Como
podemos usá-lo corretamente?
3. pense no papel da Torá no contexto do livre-arbítrio. O simples fato de que
D’us tem uma lei deve ser um testemunho da realidade do livre-arbítrio. Afinal
de contas, qual é o propósito de uma Torá se não há criaturas morais que possam
escolher segui-la? reflita um pouco mais sobre as implicações da Torá e o que ela
diz sobre a liberdade humana.
4. Especialmente em algumas partes do mundo, há uma forte tendência de
rejeitar a ideia da existência de um malshin literal. por que esse conceito é contrá-
rio até mesmo à compreensão bíblica mais elementar?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112


Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Shemot, 6ª Alyá (Shemot [Êx] 4:18-4:31)
Tehilim 97-103; Leitura reavivados por Sua palavra: D’varim [dt] 21
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 1-3

14 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 2 de janeiro [‫ שבת‬Shabat 21 Tevet 5776]

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Shemot, 7ª Alyá (Shemot [Êx] 5:1-6:1)
Tehilim 104-105; Leitura reavivados por Sua palavra: D’varim [dt] 22
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 4-7

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 15


Lição 2 3 a 9 de janeiro [22 a 28 Tevet]

Crise no ‘Eden
VERSO PARA MEMORIZAR: VERSO PARA MEMORIZAR: “Porei animosida-
de entre você e a mulher, e entre seu descendente e o descendente dela; ele ferirá sua ca-
beça, e você lhe ferirá o calcanhar” (B’reshit [Gn] 3:15)

LEITURAS DA SEMANA: B’reshit [Gn] 1:28; Romanos 8:17; Mattityahu 6:26;


B’reshit [Gn] 2:15-17; 3:1-7, 10-19.

A pós a criação do mundo, D’us declarou que tudo era “muito bom” (B’reshit
[Gn] 1:31). No entanto, hoje é óbvio que tudo deixou de ser Tov Meod “‫ְמאֹ ד‬
‫ טֹוב‬muito bom”. Apesar de vários “ismos” e ideologias que, ao longo dos séculos,
têm tentado endireitar as coisas, nosso mundo continua marchando rumo ao caos,
à insegurança, violência, guerra, poluição, opressão e exploração. Se o século 20
começou com muito otimismo sobre o futuro e sobre o que os seres humanos po-
deriam fazer para melhorá-lo, certamente o século 21 perdeu esse otimismo, e
com boa razão.
Como chegamos a essa situação? A resposta se encontra no grande conflito
que, embora tenha começado no Céu dos céus, infelizmente chegou à Terra, bem
no início da história do planeta.
Nesta semana examinaremos como hasatan conseguiu tirar vantagem da li-
berdade humana e, assim, dar início à devastação que todos nós experimentamos
até hoje. A história da queda do querubim (keruv) do céu continua sendo um
forte lembrete de que nossa única segurança, como seres humanos, está não ape-
nas em crer no que D’us diz, mas também em obedecer ao que Ele diz, o que é
ainda mais importante.

LEITURA DA SEMANA
Parashá 14 ‫ וארא‬VA’ERA [Apareci]: Shemot [Êx] 6.2-9.35
Haftará: Yechezk’el [Ezequiel] 28.25-29.21
B’rit Hadashá: 2 coríntios 6.14-7.1; Romanos 9.14-24
Tehilim: [Salmo] 46
Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista
Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos líderes Alexander & Irena Bolotnikov da comunidade ju-
daico-adventista de Oregon, USA.

16 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 3 de janeiro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 22 Tevet 5776]

Três B’rachot
No contexto da criação, a frase “e viu D’us que [algo] era bom - vayar Elohim
ki tov” - ‫טֹוב‬-‫ֹלהים ּכִ י‬
ִ ֱ‫ ” ַוי ְַרא א‬aparece sete vezes em B’reshit [Gn] 1: em referên-
cia à luz (1:4), à terra seca e ao mar (v. 10), às ervas que dão semente e às árvores
que dão frutos (v. 12); em relação ao sol, à lua e às estrelas (v. 16), aos mares re-
pletos de peixes e aos céus cheios de pássaros (v. 21); em referência aos animais
selváticos, aos animais domésticos e aos répteis (v. 25). Finalmente, em relação à
obra de D’us concluída, foi feita a declaração: “D’us viu tudo que ele fez, e isso de
fato era ‘muito bom - Tov Meod - ‫( ”’טֹוב ְמאֹ ד‬B’reshit [Gn] 1:31).
Além de declarar que tudo que havia feito era “Tov-Meod - muito bom”, D’us
foi um passo além “e abençoou – ‫ וַיְ בָ ֶרְך‬- Vayvarech” Sua criação em três áreas
específicas.
Primeiro, Ele abençoou as criaturas marinhas e os pássaros, dizendo-lhes: “Se-
jam férteis, multipliquem-se, encham as águas dos mares, e que as aves se multi-
pliquem sobre a terra” (B’reshit [Gn] 1:22).
Em segundo lugar, quando Adam e Havah foram criados, D’us os abençoou
também, com um encorajamento semelhante: “Sejam férteis, multipliquem-se,
encham a terra [...]” (B’reshit [Gn] 1:28).

1. Leia B’reshit [Gn] 1:22, 28. Ambas as B’rachot [bênçãos] começam da mes-
ma forma, mas que aspecto extra é acrescentado para Adam e Havah?
Junto com os peixes e os pássaros, os seres humanos participam do incentivo

divino para que sejam fecundos e se multipliquem, mas houve uma diferença
quando foi dada a Adam e Havah a responsabilidade de cuidar da Terra e de todas
as suas criaturas. Aqui temos um vislumbre do significado de ser criado à imagem
de D’us. O Criador convidou nossos primeiros pais a ser coadministradores para
preservar a criação e cuidar dela (ver Romanos 8:17; Hebreus 1:2, 3).
A terceira B’racha dada na história da criação é o Shabat (B’reshit [Gn] 2:3).
Aqui há uma confirmação adicional do fato de que as pessoas são muito mais do
que simples animais; foram criadas para desfrutar comunhão com o Criador de
uma forma que nenhuma das outras criaturas pode fazer. Aqui vemos evidência
inequívoca do lugar especial dado aos seres humanos na criação. Yeshua enfatizou
esse ponto: “Olhem para os pássaros. Eles não plantam nem colhem nem armaze-
nam em celeiros; entretanto, seu Pai celestia os alimenta. Vocês não possuem
mais valor que eles?” (Mattityahu [Mt] 6:26). Sem desvalorizar as outras criaturas,
Ele deixou claro que as pessoas são únicas e especiais na Terra.

O relato bíblico da criação da aos seres humanos a dignidade que um ponto de vista
alternativo das origens, como a evolução, não pode dar. A luz do relato bíblico da origem
humana, você esta tratando todas as pessoas como merecem ser tratadas?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vaerá, 1ª Alyá (Shemot [Êx] 6:2-6:13)
Tehilim 106-107; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 23
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 8-11
Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 17
segunda, 4 de janeiro [‫ יום שני‬Yom Sheni 23 Tevet 5776]

O teste junto à árvore


D ’us criou tudo por uma série de separações com limites claramente definidos:
luz e trevas, águas acima e águas abaixo, terra e mar, dia e noite, criaturas
segundo a sua espécie, um dia separado dos outros, uma mulher diferente de um
homem e uma árvore separada das outras.

2. Leia B’reshit [Gn] 1:4, 6, 7, 14, 18, 21, 24, 25. Limites claramente definidos
foram traçados mesmo antes da criação dos seres humanos. Qual é a importância
desse fato?

Assim como D’us formou do pó do solo o homem, os animais do campo e as


aves (B’reshit [Gn] 2:7, 19), também fez “crescer” do solo belas árvores que da-
vam deliciosos frutos (v. 8, 9). D’us escolheu também uma área de terra especial
onde plantou um jardim. Só podemos tentar imaginar sua beleza; os maravilhosos
jardins que vemos hoje certamente são um pálido reflexo do que deve ter sido o
‘Eden. No meio desse jardim especialmente plantado no ‘Eden (separado do res-
tante do mundo) havia duas árvores singulares: a árvore da vida e a árvore do
conhecimento do bem e do mal. O fruto da segunda árvore não devia ser comido,
do contrário haveria sérias consequências (B’reshit [Gn] 2:17).

3. Leia B’reshit [Gn] 2:15-17. Como a ideia de uma linha de separação foi re-
velada no teste que avaliaria a obediência de Adam e Havah?

A divisão é clara e concreta: comer de todas as outras árvores, mas não da-
quela que era distinta e separada. Não havia nada de ambíguo nas palavras de
D’us. Adam e Havah foram criados como seres morais, e a moralidade não pode
existir sem liberdade. Esse foi um teste para ver o que eles iriam fazer com essa
liberdade. “A árvore da ciência se tornou a prova de sua obediência e amor a
D’us. O Eterno achou conveniente não lhes impor senão uma proibição quanto
ao uso de tudo que estava no jardim; mas, se não atendessem à Sua vontade nes-
se particular, incorreriam na culpa de transgressão” (Patriarcas e Profetas, p. 53
contextualizado).

Quais são as coisas das quais você precisa se separar definitivamente?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vaerá, 2ª Alyá (Shemot [Êx] 6:14-6:28))
Tehilim 108-112; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 24
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 12-15

18 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 5 de janeiro [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 24 Tevet 5776]

A queda: parte 1
D escrita como mais “astuciosa” do que qualquer outro animal (B’reshit [Gn]
3:1), a serpente se tornou um poderoso símbolo ao longo da história bíblica.
Moshê levantou uma serpente de bronze numa haste para impedir que as pessoas
morressem numa praga de serpentes mortais durante o Êxodo (B’midbar [Nm]
21:5-9). A mesma serpente de bronze se tornou objeto de avodah zarah e de prá-
tica do ocultismo, e foi destruída pelo rei Hizkiyah cerca de 700 anos mais tarde
(M’lakhim Bet [2Rs] 18:4). No livro de Revelação, a “NACHASH HaKadmoni
antiga serpente” é claramente identificada como “malshin (acusador) e hasatan [o
Adversário]” (Revelação 12:9; B’reshit 3:1-7).

4. Leia B’reshit [Gn] 3:1-5. Que tática hasatan usou para enganar Havah?

As primeiras palavras proferidas pela serpente foram de cinismo e dúvida:


“D’us realmente disse [...]?” (B’reshit [Gn] 3:1). Em vez de pensar por que uma
serpente estava falando, Havah foi imediatamente apanhada pelas provocantes
observações que tinham o objetivo de destruir sua confiança. Quando hasatan
perguntou: “D’us realmente disse: ‘Você não deve comer de nenhuma árvore do
jardim?” (B’reshit [Gn] 3:1), a implicação (com base no Hebraico) foi que D’us os
havia proibido de comer de todas as árvores, quando, na verdade, não era isso que
D’us os havia proibido de fazer.
O caráter de D’us foi questionado ali. Esse foi um ataque direto a Ele. A ser-
pente deve ter confundido Havah, porque a resposta dela acrescentou um detalhe
que, segundo o relato bíblico, D’us não havia exigido, ao responder à serpente:
“Nós podemos comer dos frutos das árvores do jardim, mas acerca do fruto da
árvore do meio do jardim D’us disse: ‘Você não deve comer dele nem tocá-lo, ou
morrerá’” (B’reshit [Gn] 3:2, 3; ver B’reshit [Gn] 2:17). A parte sobre não tocar no
fruto foi acrescentada por Havah, talvez por estar confusa.
O sucesso de hasatan até esse ponto o tornou ousado; por isso, ele desafiou
diretamente a autoridade de D’us: “Não é verdade que vocês morrerão” (B’reshit
[Gn] 3:4). O fato de que a serpente, na árvore, estava tocando o fruto e continu-
ava viva, tornou suas declarações dignas de crédito. Então hasatan lançou a ideia
final: “D’us sabe que, no dia em que comerem dela, seus olhos serão abertos, e
vocês serão como D’us, conhecedores do bem e do mal” (v. 5). O adversário fez
parecer que D’us não só era desonesto, mas que estava deixando de dar a eles
alguma coisa boa.
Hasatan misturou a verdade com o erro. Quais são algumas crenças que misturam
a verdade com o erro? Por que essa mistura e sempre mortal, especialmente em termos
de teologia?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vaerá, 3ª Alyá (Shemot [Êx] 6:29-7:7)
Tehilim 113-118; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 25
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 16-19

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 19


quarta, 6 de janeiro [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 25 Tevet 5776]

A queda: parte 2
Q uando D’us decidiu criar Adam e Havah, declarou que eles seriam feitos à
Sua imagem e conforme a Sua semelhança (B’reshit [Gn] 1:26). A isca no
“anzol” do tentador foi que, se eles comessem do fruto proibido, se tornariam
“como D’us”. A realidade é que eles já eram como D’us. Haviam sido criados à
Sua imagem, mas o triste fato é que, no calor da tentação, perderam de vista essa
sagrada verdade.
Além disso, D’us era o provedor original do alimento para eles, mas parte da
rebelião consistiu no fato de que Adam e Havah escolheram algo para comer que
estava fora dos limites estabelecidos por D’us. Seria como você ser convidado
para uma refeição na casa de alguém e, em vez de comer o que está na mesa, pro-
curar o armário ou a geladeira e se servir de algo de que gosta. Isso não apenas
seria um insulto aos anfitriões, mas também demonstraria que você não valoriza o
relacionamento com eles.

5. Leia B’reshit [Gn] 3:4-7. O tentador assegurou a Havah que, ao comer do


fruto, seus olhos se abririam. O que eles viram quando seus olhos se abriram, e o
que essa nova visão simbolizava?

Havah foi vencida por seus sentidos (B’reshit [Gn] 3:6). A árvore era bonita,
e quando ela deu uma mordida no fruto, imaginou que estava entrando numa
condição mais elevada de existência. Quando compartilhou sua experiência com
Adam, realmente os olhos de ambos se abriram (v. 7), mas ficaram envergonhados
com o que viram.
Uma importante questão ali foi a rejeição de D’us como Provedor de todas as
coisas boas e a escolha de uma solução criada pelo homem para a necessidade
humana (nesse caso, o desejo de comer). D’us tinha previamente assegurado o
alimento para Adam e Havah e havia provido o cardápio. Ao comer da árvore
proibida, eles deixaram de lado essa provisão e mostraram uma falta de confiança
injustificada, especialmente em vista das circunstâncias singulares em que se en-
contravam.

Que tipo de “fruto proibido” (que frequentemente parece tão tentador, tão agradável
e tão cheio de promessas) temos a disposição? De que forma podemos evitar erros seme-
lhantes diante desses enganos poderosos?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vaerá, 4ª Alyá (Shemot [Êx] 7:8-8:6)
Tehilim 119, Versículos 1-96; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 26
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 20-22

20 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 7 de janeiro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 26 Tevet 5776]

As consequências

T alvez já estejamos há muito tempo na eternidade quando entendermos plena-


mente quanto dano foi causado por esse único incidente junto à árvore. Tudo
que D’us havia feito durante a semana da criação começou a se desmanchar. Os
relacionamentos que D’us estabeleceu foram rompidos: entre as pessoas e D’us
(elas se esconderam dEle), entre uma pessoa e outra (Adam culpou Havah por
seu problema) e entre os seres humanos e o meio ambiente (a serpente se tornou
inimiga, o solo passou a produzir espinhos e cardos e só forneceria alimento após
muito suor humano).

6. Leia B’reshit [Gn] 3:10-19. O que as desculpas de Adam e Havah revelam


sobre quanto eles já haviam sido corrompidos?

Note como D’us lidou com essas desculpas. Antes que Ele pudesse redimi-los,
Adam e Havah tinham que admitir a responsabilidade pelo que haviam feito. As-
sim, Adonai explicou cuidadosamente os resultados de seus atos individuais. An-
tes, porém, a serpente foi amaldiçoada e lhe foi dito que comeria pó, seria amaldi-
çoada (odiada) pela mulher e teria a cabeça ferida (B’reshit [Gn] 3:14, 15).
Depois, o Eterno disse a Havah que ela devia experimentar grande dor ao dar
à luz filhos (B’reshit [Gn] 3:16). Adam, enquanto isso, devia trabalhar arduamen-
te e suar para obter comida, em vez de viver como rei (B’reshit [Gn] 3:17-19).
Adam e Havah teriam que enfrentar a escolha de continuar em rebelião ou
voltar para D’us. Aceitar a responsabilidade por seu erro foi o primeiro passo na
volta para D’us, mas nem mesmo esse reconhecimento foi suficiente para resolver
o problema causado aos seres humanos pelo pecado. Tinha que haver outro meio
para assegurar o futuro da humanidade. Assim, D’us providenciou um sacrifício
animal (B’reshit [Gn] 3:21). Uma criatura, uma serpente, os havia levado ao pe-
cado, à derrota e aos relacionamentos rompidos. Outra criatura, um cordeiro,
apontaria para o Libertador vindouro, que garantiria restauração, reconciliação e
um futuro (ver B’reshit [Gn] 3:15).
Contudo, em vez de governar a Terra, Adam e Havah agora dependiam da
Terra e um do outro como nunca antes. “Entre os seres inferiores, Adam era como
rei, e enquanto permaneceu fiel a D’us, toda a natureza reconheceu seu governo.
Mas, transgredindo ele, foi despojado desse domínio” ( Educação, p. 26 contextu-
alizado).

Imediatamente apos a queda foi apresentada a esperança da salvação. Leia B’reshit


[Gn] 3:15. Como você pode tornar sua essa esperança e se alegrar nela, sabendo que
ela se aplica a você, apesar de suas escolhas passadas?
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vaerá, 5ª Alyá (Shemot [Êx] 8:7-8:18)
Tehilim 119, Versículos 97-176; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 27
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 23-25

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 21


sexta, 8 de janeiro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 27 Tevet 5776]

Estudo adicional
E mbora estejamos muito longe do ‘Eden e da criação original, ainda há muita
coisa na criação que fala sobre a bondade de D’us. Olhe ao redor: podemos ver
não somente uma incrível beleza, mas também um extraordinário planejamento,
e tudo isso dá testemunho do amor do Criador. por exemplo, pense em coisas
como maçãs, laranjas, tangerinas, morangos, mirtilos, abacates, tomates, limões,
limas, melancias, amêndoas, pecãs, peras, ameixas, cenouras, ervilhas, bananas,
abacaxis, romãs, brócolis, couves, couves-de-bruxelas, alhos, framboesas, cerejas,
aipos, mamões, berinjelas, ruibarbos, espinafres, melões e assim por diante. É por
acaso que essas coisas são tão saborosas (bem, algumas pessoas não gostam de
couve-de-bruxelas!), tão boas para nós, e simplesmente brotam do solo trazendo
suas próprias sementes? Claro que não! porém, nem todo mundo tem acesso a
essas bênçãos. Há inundações, fomes e pestes, e as pessoas de fato passam fome.
Isso, é claro, é um testemunho do quanto nosso mundo foi danificado por causa
do pecado (B’reshit [Gn] 3:17-21). mas, se por um momento pudermos olhar além
dos danos existentes na criação e simplesmente examinarmos a criação em si,
ah! Que poderoso testemunho temos do amor de D’us! Simplesmente temos que
nos lembrar de que a esperança não está na criação em si mesma, mas no próprio
Criador.

Perguntas para reflexão


1. Não fomos criados para morrer. A morte é uma aberração que os seres hu-
manos jamais deveriam ter conhecido nem experimentado. portanto, a aversão
universal à morte é, sem dúvida, um vestígio do que trouxemos do ‘Eden. reflita
sobre as promessas bíblicas de vida eterna. de que forma elas podem nos ajudar a
lidar com o terrível trauma da morte?
2. Que partes da criação falam a você de maneira poderosa sobre a realidade
de D’us e do Seu amor por nós?
3. Leia B’reshit [Gn] 3. perceba que Adam e Havah começaram a justificar seu
pecado. por que é tão fácil fazer isso? de que maneira procuramos fazer a mesma
coisa? Com que frequência afirmamos que nossa herança genética, o ambiente ou
outras pessoas são a causa de nossos erros? Como abandonar essa perigosa menta-
lidade e assumir a responsabilidade pelos nossos atos?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Vaerá, 6ª Alyá (Shemot [Êx] 8:19-9:16)
Tehilim 120-134; Leitura rpSp: D’varim [dt] 28
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 26

22 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 9 de janeiro [‫ שבת‬Shabat 28 Tevet 5776]

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Vaerá, 7ª Alyá (Shemot [Êx] 9:17-9:35)
Tehilim 135-139; Leitura reavivados por Sua palavra: D’varim [dt] 29
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 28–30

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 23


Lição 3 10 a 16 de janeiro [29 Tevet a 5 Shevat]

A Rebelião Global e os Patriarcas


VERSO PARA MEMORIZAR: “Veja, estou com você. Eu o guardarei aonde
for e trarei você de volta a esta terra, pois não o deixarei até cumprir tudo o que
prometi a você” (B’reshit [Gn] 28:15).

LEITURAS DA SEMANA: B’reshit [Gn] 4:1-15; 3:9, 10; 4:9; 6:1-13; Tehi-
lim 51:1; B’reshit [Gn] 22; 28:12-15.

As histórias que se seguem ‫ החטא הקדמון‬o pecado original - queda apro-


fundam os temas do engano e dos relacionamentos rompidos, vistos primeiramen-
te no ‘Eden. Nessa época o conflito se espalhou e se diversificou ao redor do glo-
bo. No relato de Kayin e Hevel, a adoração se tornou a causa de discórdia e
morte, um tema recorrente ao longo da História.
A narrativa do dilúvio revela como a rebelião e o pecado causaram a ruína de
tudo o que D’us criou. O pecado não só deturpou a criação; ele a destruiu. A ex-
periência de Avraham foi um grande encorajamento em meio ao conflito, pois ali
D’us demonstrou Sua disposição em tomar sobre Si as consequências da rebelião.
Ele Se tornaria nosso Substituto.
‫אלהים יראה לו השה לעלה‬
Elohim yireh-lo hase leola
B’reshit [Gn] 22:8)
Depois, nas histórias de Ya’akov e Esav, e de Yosef e seus irmãos, vemos a con-
tínua interação dos relacionamentos rompidos como o meio usado por hasatan
para destruir famílias e grupos de pessoas.
Contudo, ao longo de tudo isso, foi mantida a fidelidade de D’us, quando Ele
sustentou e cuidou de Seus filhos perseguidos.

LEITURA PARASHÁ DA SEMANA


Parashá 15 ‫ בא‬Bo [Vá]: Shemot [Êx] 10.1-13.16 2
Haftará: Yirmeyahu [Jeremias] 46.13-28
B’rit Hadashá: Lucas 2.22-24; Yochanan [João] 19.31,17; Revelação 8.6-9.12;16.1-
21; 1 Coríntios 11.20-34
Tehilim [Salmo] 77
Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista
Lista de oração 2016
Ore esta semana pelo líder Ralph Ringer, coordenador judaico da Divisão Norte
Americana.

24 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 10 de janeiro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 29 Tevet 5776]

Kayin e Hevel
1. Leia B’reshit [Gn] 4:1-15. Até que ponto o pecado estava enraizado na natureza
humana?

Q uando Kayin nasceu, Havah ficou radiante. Ela acreditava plenamente que
havia dado à luz o Libertador prometido em B’reshit [Gn] 3:15. “Adquiri um
homem da parte de Adonai” (B’reshit [Gn] 4:1). A tradução literal do texto pode-
ria ser: ‫יהוה‬-‫יתי ִאיׁש אֶ ת‬ִ ִ‫ ַות ֹאמֶ ר קָ נ‬- vatomer kaniti Yish et – Adonai “Eu fiz
um homem – o Eterno”. Basicamente, isso revela simplesmente que Havah pode-
ria achar que havia gerado Aquele que o Eterno havia prometido (B’reshit [Gn]
3:15). Não é dito nada a respeito da felicidade da infância de Kayin e da nova
experiência dos pais de primeira viagem desfrutando orgulhosamente o desenvol-
vimento de seu primeiro bebê. A narrativa pula rapidamente para um segundo
nascimento, e depois para a cena dos dois rapazes adorando a D’us. Contudo,
como vemos frequentemente, as diferenças a respeito da adoração levaram à tra-
gédia.

2. Leia B’reshit [Gn] 3:9, 10; 4:9. Compare a reação de Adam com a reação de
Kayin quando D’us os interrogou após o pecado de cada um deles. Quais são as
semelhanças e as diferenças em suas reações?

Note as diferenças nas emoções de Adam em comparação com as de Kayin.


Adam parecia confuso, assustado e envergonhado (B’reshit [Gn] 3:10), mas Kayin
se mostrou irado (B’reshit [Gn] 4:5), cínico e rebelde (B’reshit [Gn] 4:9). Em vez
de apresentar uma desculpa esfarrapada, como Adam, Kayin disse uma mentira
evidente.
Contudo, em meio ao desespero, surgiu uma dose de esperança e otimismo.
Com o nascimento de Shet, Havah pensou novamente que havia dado à luz o
Prometido (B’reshit [Gn] 4:25). O nome “Shet - ‫ ”ׁשֵ ת‬vem da raíz da palavra ‫ׁשָ ת‬
(Shat) que significa “pôr ou colocar”, a mesma usada em B’reshit [Gn] 3:15 (ashit
‫ )אָ ִׁשית‬para o Libertador que seria enviado a fim de desafiar a serpente e esmagar
sua cabeça. Num paralelo adicional com B’reshit [Gn] 3:15, Havah descreveu seu
novo filho como o “descendente” que substituiria Hevel. Assim, mesmo em meio
a tão grande desespero e tragédia, e enquanto o ‫ העימות הגדול‬grande conflito
entre o bem e o mal continuava se espalhando, as pessoas ainda se apegavam à
esperança da Gueulá. Sem ela, o que nos resta?
Imagine a tristeza de Adam e Havah pela morte do seu filho. A dor que já seria
intensa se tornou muito pior pelo fato de que ele havia sido morto pelo irmão. Assim, eles
perderam dois filhos. Como podemos aprender a dura lição de que o pecado tem conse-
quências que vão muito além dos próprios atos?
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Bô, 1ª Alyá (Shemot [Êx] 10:1-10:11)
Tehilim 140-150; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 30
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 31–33

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 25


segunda, 11 de janeiro [‫ יום שני‬Yom Sheni 1 Shevat 5776]

O dilúvio
3. Leia B’reshit [Gn] 6:1-13. Como o grande conflito ‫ העימות הגדול‬entre o
bem e o mal é expresso também nesse texto, embora de modo mais intenso do que antes?

N o dilúvio, vemos uma reversão parcial dos atos especiais da criação; muitas
coisas que D’us havia separado voltaram a se juntar. As águas de cima e as
águas de baixo; o mar e a terra seca; os peixes do mar, as aves do céu e todas as
criaturas que se moviam sobre a terra, todos se reuniram. A Terra parecia voltar a
ser “informe e vazia” (B’reshit [Gn] 1:2).
Apesar dessa aparente vitória das forças do mal, o gênio criador de D’us ainda
estava em operação. Ele iniciou uma nova criação, separando novamente os dife-
rentes elementos. Primeiro, separou Noach (homem justo e sincero) de seus con-
temporâneos cuja maldade era grande e cujos desígnios do coração eram continu-
amente maus, corrompidos e violentos (comparar B’reshit [Gn] 6:8, 9 com B’reshit
[Gn] 6:5, 11-13). D’us deu a Noach a tarefa de construir um enorme barco. Sepa-
rou então um pequeno grupo de pessoas, pássaros e animais, e os colocou na se-
gurança do barco, de forma que pudessem sobreviver ao que estava para aconte-
cer. Com base na graça de D’us, a vida continuaria; e dos resíduos do velho
mundo surgiria um novo. Haveria uma nova criação.
Mas não seria uma criação perfeita. Algum tempo após o dilúvio, quando No-
ach e sua família estavam se estabelecendo novamente, somos lembrados da fragi-
lidade da virtude humana. Noach se embriagou e aconteceram coisas vergonhosas
(B’reshit [Gn] 9:20-27). Assim, até mesmo Noach listado em Hebreus como tzadik
(ver Hebreus 11:7) teve seus maus momentos. O grande conflito continua, não só
em escala global, mas também no coração das pessoas.

O diluvio exterminou toda a vida (B’reshit [Gn] 7:4). Uma expressão semelhante e
usada em outras passagens bíblicas para descrever os atos do Redentor ao perdoar peca-
dos (Yesha’yahu [Is] 25:8; 43:25; Tehilim 51:1). Nossos pecados serão exterminados ou
nossa vida será destruída. Essa dura realidade mostra que essa questão e, de fato, muito
clara, não e mesmo?

Rosh Chôdesh Shevat


Estudo Diário
Leitura ChumashParashat Bô, 2ª Alyá (Shemot [Êx] 10:12-10:23)
Tehilim 1-9; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 31
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 34–36

26 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 12 de janeiro [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 2 Shevat 5776]

Avraham
A o passo que Avraham (que antes se chamava Avram) é conhecido por sua
fidelidade, suas experiências de vida estão mais relacionadas à fidelidade de
D’us para com ele. Duas vezes D’us assegurou a Avraham que ele teria um filho.
A primeira vez foi quando ele tinha 75 anos (B’reshit [Gn] 12:2, 4) e a segunda,
cerca de dez anos mais tarde (B’reshit [Gn] 13:16). Por fim, mesmo após muitos
tropeços por parte de Avraham, nasceu o filho da promessa, o filho da aliança,
e foi revelada a fidelidade de D’us para com Seu servo às vezes vacilante (ver
B’reshit [Gn] 17:19, 21; B’reshit [Gn] 21:3-5).

4. Leia B’reshit [Gn] 22:1-19. Que esperança é revelada nesse texto a respeito
do grande conflito ‫? העימות הגדול‬

“Foi para impressionar o espírito de Avraham com a realidade do B’rit Ha-


dashá, bem como para provar sua confiança, que D’us mandou que ele matasse
seu filho. A angústia que ele sofreu durante os dias tenebrosos daquela terrível
prova foi permitida para que compreendesse, por sua própria experiência, algo da
grandeza do sacrifício feito pelo infinito D’us para a redenção do homem. Nenhu-
ma outra prova poderia ter causado a Avraham tamanha tortura de alma quanto
o sacrifício de seu filho. D’us entregou Seu Filho a uma morte de angústia e ver-
gonha. Aos anjos que testemunharam a humilhação e angústia de alma do Ben
HaElohim, não foi permitido que interferissem, como no caso de Yitz’chak. Não
houve nenhuma voz a clamar: ‘Basta.’ A fim de salvar a humanidade caída, o Rei
da glória (Melech haKavod) entregou a vida (Tehilim 24:10). Poderia ser dada uma
prova mais forte da infinita compaixão e do amor de D’us? ‘Aquele que não pou-
pou o próprio Filho, mas o entregou a favor de todos nós – será possível que, nos
tendo dado seu Filho, não nos dê também todas as coisas?’ (Romanos 8:32).
“O sacrifício exigido de Avraham não foi somente para seu próprio bem, nem
apenas para o benefício das gerações que se seguiram; mas também foi para ins-
trução dos seres destituídos de pecado, no Céu dos céus e em outros mundos. O
campo do conflito entre o Mashiach e hasatan, no qual o plano da salvação
(‫ )הגאולה בתוכנית‬se encontra formulado, é o livro de estudos do Universo.
Visto que Avraham havia mostrado falta de confiança nas promessas de D’us,
hasatan o acusou perante os outros anjos e perante D’us de não ter cumprido as
condições da aliança, e de ser indigno das bênçãos da mesma aliança. D’us dese-
jou provar a lealdade de Seu servo perante o Céu dos céus, para demonstrar que
nada menos que perfeita obediência pode ser aceito, e para revelar de maneira
mais ampla, perante eles, o plano da salvação (‫( ”)הגאולה בתוכנית‬Patriarcas e
Profetas, p. 154, 155 contextualizado).

Estudo Diário

Leitura Chumash Parashat Bô, 3ª Alyá (Shemot [Êx] 10:24-11:3)


Tehilim 10-17; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 32
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 37–39

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 27


quarta, 13 de janeiro [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 3 Shevat 5776]

Ya’akov e Esav
A luta entre os propósitos de D’us e a rebelião individual avançou um pouco
mais na história de Ya’akov e Esav. Era costume na época dos patriarcas que
o filho primogênito recebesse a bênção do pai (o direito de primogenitura) antes
da morte do pai. Isso incluía mais do que as posses familiares; assim, o filho mais
velho se tornava o responsável pelo bem-estar da família.
Esav odiou seu irmão Ya’akov após ser enganado e perder essa grande honra, e
planejou matá-lo depois que o pai morresse (B’reshit [Gn] 27:41). Rivkah enviou
Ya’akov para longe por medida de segurança, pensando que tudo ficaria bem no-
vamente após alguns dias (B’reshit [Gn] 27:43, 44). Esses dias se transformaram
em 20 anos, e Rivkah nunca mais viu Ya’akov.

5. Leia B’reshit [Gn] 28:12-15. Que grande esperança foi encontrada nesse
sonho?

Ao repetir as promessas feitas a Avraham, D’us assegurou a Ya’akov que os


planos continuavam em andamento. Embora os atos de Ya’akov parecessem igno-
rar o plano de D’us, O Eterno ainda Se importava com ele. Contudo, Ya’akov teve
que suportar 20 anos sendo enganado por seu sogro, primeiro em relação ao seu
casamento, depois a respeito de seu salário (B’reshit [Gn] 29:20, 23, 25, 27; 31:7).
Contudo, numa estranha reversão, todos aqueles anos trabalhando em troca da
esposa pareceram apenas poucos dias, o tempo que Rivkah achava que Ya’akov fi-
caria longe dela (B’reshit [Gn] 29:20).
Quando Ya’akov decidiu voltar para casa, primeiramente Lavan o perseguiu
(B’reshit [Gn] 31:25, 26), depois Esav partiu ao seu encontro com 400 homens.
Ambas as situações representavam uma ameaça à sua vida, e D’us teve que inter-
vir duas vezes para livrá-lo: primeiramente, num sonho dado a Lavan, para dizer
a ele que não fizesse mal a Ya’akov (B’reshit [Gn] 31:24); depois, em pessoa, para
lutar com Ya’akov, deixando-o aleijado (B’reshit [Gn] 32:24-30). O fato de ver
Ya’akov mancando pode ter dado a Esav a impressão de que Ya’akov não represen-
tava ameaça para ele. Os presentes foram enviados de antemão e, juntamente
com a maneira cuidadosa pela qual Ya’akov falou, tudo pareceu suficiente para
curar o rompimento entre os dois irmãos. A última vez em que os vemos juntos é
no sepultamento do pai (B’reshit [Gn] 35:29). Assim, Esav havia se esquecido do
plano anterior que tinha feito de matar Ya’akov após o funeral de seu pai.

Considere toda a dor e sofrimento que essas escolhas tolas trouxeram as pessoas,
tanto as inocentes quanto as culpadas. Como podemos aprender a pensar muito antes
de agir?
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Bô, 4ª Alyá (Shemot [Êx] 11:4-12:20)
Tehilim 18-22; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 33
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 40–42

28 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 14 de janeiro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 4 Shevat 5776]

Yosef e seus irmãos


Assim como Ya’akov merecia um tratamento muito pior da parte de seu irmão
Esav, de acordo com a maneira pela qual o havia enganado, vemos algo seme-
lhante na história de Yosef e seus irmãos. No último caso vemos, novamente, ir-
mão odiando irmão pelo favorecimento de um em detrimento do outro (B’reshit
[Gn] 37:3, 4). A “Kethoneth passim - túnica de muitas cores - ‫ ”כְ ּתֹ נֶת פַ ִּסּים‬não
foi feita simplesmente de lençóis listrados. A palavra kethoneth sugere que era uma
veste cara usada pela realeza, provavelmente coberta de ricos bordados e dese-
nhos coloridos, e que deve ter levado até um ano para ser confeccionada.
Depois, quando Yosef falou a seus irmãos sobre seus sonhos (B’reshit [Gn]
37:5-11), produziu ainda mais ódio e inveja contra si mesmo. Assim, na primeira
oportunidade, planejaram livrar-se dele (B’reshit [Gn] 37:19, 20). Os irmãos de-
vem ter felicitado uns aos outros pelo fato de ter sido tão fácil tirá-lo da vida deles.
Nenhum deles, porém, tinha ideia de como D’us usaria essa situação para salvá
-los, anos mais tarde.

6. Leia B’reshit [Gn] 45:4-11. Qual foi o quadro mais amplo que Yosef enxer-
gou? Qual foi o seu foco principal?

Pense no que deve ter passado pela mente do jovem Yosef enquanto estava
acorrentado e seguia atrás de um camelo, olhando para as montanhas que haviam
sido o lar de sua infância, e vendo-as desaparecer ao longe; e depois, quando foi
colocado numa plataforma de leilão, e compradores curiosos o apalpavam e humi-
lhavam, em sua inspeção minuciosa, antes de dar um lance. Muitos já renuncia-
ram à confiança ao enfrentar menos humilhação e sofrimento do que isso.
Yosef poderia ter escolhido se tornar amargurado e deixar de crer em D’us,
mas, em vez disso, escolheu manter sua confiança em meio a essa luta angustian-
te, quando o grande conflito se desenrolava em sua vida de maneira dramática.
Ele logo se adaptou à casa de um dos mais importantes militares do país e, sob a
bênção de D’us, conquistou rapidamente a confiança dele (B’reshit [Gn] 39:1-4).
Por fim, o escravo acabou se tornando líder no Egito (Mitzraim).

Apesar da grande disfunção familiar revelada nessa historia, apesar da traição e


maldade, houve um final feliz. Porem, se as coisas parecem não terminar tão bem como
ocorreu com Yosef, você conserva a confiança? Qual e sua atitude?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Bô, 5ª Alyá (Shemot [Êx] 12:21-12:28)
Tehilim 23-28; Leitura Reavivados por Sua Palavra: D’varim [Dt] 34
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 43–45

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 29


sexta, 15 de janeiro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 5 Shevat 5776]

Estudo adicional
Sem dúvida, como essas histórias mostram, a vida na Terra, em meio ao gran-
de conflito (‫)העימות הגדול‬, nem sempre se desenrola como gostaríamos. por
exemplo, enquanto seguravam nos braços seus filhos recém-nascidos, Adam e Ha-
vah não teriam imaginado que um mataria o outro. Quando se casou com Moshê,
Tzipporah certamente não teve o futuro que havia esperado. Você acha que a vida
matrimonial de Le’ah foi o que ela havia sonhado quando menina? E quanto ao
jovem Yirmeyahu, quaisquer que fossem suas esperanças e ambições, elas certa-
mente não incluíam ser criticado, castigado e julgado como traidor por sua pró-
pria nação. Será que david e Bath-Sheva não teriam preferido uma história dife-
rente do que aquela que viveram? (Certamente Uriyah teria preferido.) Que dizer
de Yeshua? Certamente Yeshua veio à Terra para morrer; esse foi o objetivo. mas,
a partir de Seu lado humano, o lado nascido do mesmo barro que nós, o lado que
gritou no Gat-Sh’manim: “meu pai, se possível, afasta de mim este cálice [...]”
(Mattityahu 26:39), a experiência de ser açoitado, zombado e ser morto, certa-
mente não era o que alguém teria esperado. Sem dúvida, a vida pode jogar sujo
conosco. mas isso não deve nos surpreender. O que se pode esperar deste mundo
cheio de inclinações pecaminosas: o Gan ‘Eden Faz tempo que o ‘Eden deixou de
existir. mas ele um dia estará de volta e, então, o abismo entre o Olam Hazê e o
Olam Habá será infinitamente maior do que o abismo entre o que esperávamos e
o que recebemos.

Perguntas para reflexão


1. Quais são as diferenças significativas entre os irmãos que conservaram a
confiança em D’us e os que não viram necessidade disso?
2. Quando rivalidade e ciúmes entre irmãos parecem anular os propósitos de
D’us para as famílias, é possível ver um futuro positivo? O que pode ser feito para
que as famílias de sua Kehilá [congregação] vejam o propósito maior de D’us para
elas?
3. O que fazer pelas pessoas de sua Kehilá que se sentem sozinhas no mundo e
pensam que a vida é sem sentido e sem valor?
4. mesmo que sua vida não esteja como você esperava, como a promessa de
vida eterna evita que a decepção domine seu coração?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Bô, 6ª Alyá (Shemot [Êx] 12:29-12:51)
Tehilim 29-34; Leitura reavivados por Sua palavra: Y’hoshua [Js] 1
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 46, 47

30 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 16 de janeiro [‫ שבת‬Shabat 6 Shevat 5776]

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Bô, 7ª Alyá (Shemot [Êx] 13:1-13:16)
Tehilim 35-38; Leitura reavivados por Sua palavra: 2
Leitura Anual: B’reshit [Gn] 48–50

COSTUMES DESTA SEMANA


ROSH CHôDESH SHEVAT
Rosh Chôdesh é o início de um novo mês no calendário judaico. dependendo do
mes, pode ser comemorado em um ou dois dias. Na época dos nossos antepassa-
dos, os dias de Rosh Chôdesh eram dias solenes, com sacrifícios especiais e toques
de instrumentos musicais no Santuário. Atualmente, as observâncias associadas
com o Rosh Chôdesh, são mais litúrgicas, não existindo nenhuma restrição ao tra-
balho.

Observâncias de Rosh Chôdesh


Quarta-feira foi o primeiro dos dois Rosh Chôdesh (Cabeça do mês), para Shevat
(quando um mês tem 30 dias, o último dia do mês e o primeiro do mês seguinte
servem como Rosh Chôdesh do mês vindouro).
muitos têm o costume de marcar Rosh Chôdesh com uma refeição festiva e redu-
ção na atividade de trabalho. Este costume prevalece entre as mulheres, que têm
uma afinidade especial com Rosh Chôdesh – o mês é o aspecto feminino do calen-
dário judaico.

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 31


Lição 4 17 a 23 de janeiro [7 a 13 de Shevat]

Conflito e Crise: os Shoftim


VERSO PARA MEMORIZAR: “Orou Ana e disse: O meu coração se regozija
no Eterno, a minha forca esta exaltada no Eterno; a minha boca se ri dos meus
inimigos, porquanto me alegro na Tua salvação” (Sh’mu’el Alef [1Sm] 2:1).

LEITURAS DA SEMANA:Shoftim [Jz] 4; 6; 14; Hebreus 11:32; Sh’mu’el


Alef [1Sm] 2:12-25; 8:1-7

A época dos juízes (Shoftim) foi um período caótico na história sagrada. O povo
de D’us praticava o mal aos olhos do Eterno, Ele os entregava nas mãos de
um opressor; então clamavam novamente a D’us, e o Eterno suscitava um liber-
tador que trazia paz à terra. E assim até o mesmo triste ciclo se repetir.
D’vorah, uma das juízas de Israel, foi notável pela confiança que inspirava nos
homens ao seu redor. Ela e Ya’el foram heroínas, ao passo que os homens precisa-
vam de encorajamento por causa de sua timidez e falta de confiança. Um subtema
que se repete no grande conflito também é visto na história de Gid’om, quando as
chances do povo de D’us eram nulas.
Shimshon foi um dos últimos juízes. Depois dele a nação caiu em anarquia e
desespero. Ele foi um herói relutante, mais interessado em correr atrás de mulhe-
res do que em seguir a D’us, um paralelo de seus compatriotas, que estavam mais
interessados em avodah zarah do que em servir ao Eterno.
Sh’mu’el trouxe esperança à nação. Sob sua direção, foi estabelecida uma nova
estrutura de liderança, com reis, e um de seus últimos atos foi ungir o futuro rei
David.

LEITURA PARASHÁ DA SEMANA

Parashá 16 ‫ בשלח‬BESHALACH [Depois de ter deixado] Shemot [Êx] 13.17-


17.16
Haftará: Shof’tim [Jz] 4.4-5.31
B’rit Hadashá: Lucas 2.22-24; Yochanan [Jo] 6.22-40; 25-35;19.31-37; I Coríntios
10.1-13; 2 Coríntios 8.1-15; Revelação 15.1-4
Tehilim [Sl] 66

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos líderes Jeff & Barbara Zeremski da comunidade judaico
-adventista de St-­Peterburg-New Port Richey, FL, USA

32 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 17 de janeiro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 7 Shevat 5776]

D’vorah
A história de D’vorah acrescenta detalhes interessantes ao tema do grande con-
flito. Ali vemos o povo de D’us sofrendo opressão, com possibilidades prati-
camente nulas de vitória. Isso encontra paralelo no que observamos em Revela-
ção 12, que relata uma disputa muito desigual entre um dragão de sete cabeças e
um bebê recém-nascido (ver lição de terça-feira da 1a semana).
Os principais personagens da história incluem Yavin, rei de Kena’an, Sisra, o
comandante de seu exército, e D’vorah, uma profetisa e juíza (alguém que resolvia
disputas civis entre partes opostas) que tinha um grau muito incomum de autori-
dade e influência para uma mulher daquela época.

1. Leia Shoftim [Jz] 4. Em quais aspectos vemos o tema do grande conflito ex-
pressonesse capítulo? No final, quem, somente, trouxe vitória a Israel, apesar da
indignidade do povo?

A heroína da história foi a esposa de Hever, Ya’el, que não teve medo de se
identificar com o povo de D’us e que desempenhou um papel fundamental na
derrota dos inimigos do Eterno. De nossa perspectiva atual, não é fácil julgar os
atos de Ya’el. Porém, a última coisa que deveríamos fazer é usar os atos dela para
justificar o engano e a violência como meios para alcançar nossos fins, não impor-
ta o quanto esses fins sejam corretos.
Nas conversas anteriores ao conflito, D’vorah assegurou a Barak que a batalha
seria de D’us (um eco do grande conflito, certamente). Leia (Shoftim [Jz] 4:7):

‫צבָ א‬-‫ר‬
ְ ַ‫יס ָרא ׂש‬ ְ ‫ס‬-‫ת‬
ִ ֶ‫נַחַ ל קִ יׁשֹון א‬-‫ּומָ ׁשַ כְ ִתי אֵ לֶיָך אֶ ל‬
‫הֲמֹונֹו ּונְ תַ ִתיהּו ְּביָדֶ ָך‬-‫רכְ ּבֹו וְ אֶ ת‬-‫ת‬
ִ ֶ‫י ִָבין וְ א‬:
Umashachti elecha el - nachal Kishon et - Sisra sar - tzeva
Yavin veet - richbo veet - hamono untatihu beyadecha.
Dois verbos (‫תי‬ ּ ִ ֨ ְ‫ ּומָ שַ ׁכ‬umasakti – ‫תיהּו‬
ּ ִ ֖ ַ‫ – ּונְ ת‬unetatihu) foram usados para
descrever como D’us faria isso. Ele faria com que Sisra fosse (umasakti indica a
ideia de atrair ou arrastar, sugerindo o ato de pegar um peixe numa rede) até o rio
Kishon, onde o “entregaria” nas mãos de Barak. O cântico de gratidão de D’vorah
(Juízes 5) revela alguns dos detalhes. Por causa de uma pesada chuva, os carros de
Sisra ficaram atolados nas estreitas passagens próximas ao rio Kishon. Os céus e as
nuvens “gotejaram” e as montanhas “se derramaram em torrentes” (5:4, 5), e Is-
rael foi livrado.

Pense na confiança que esses homens de guerra tiveram em D’vorah. Embora, em


certo nível, isso tenha sido bom, por que sempre devemos ter cuidado com o grau de
confiança que depositamos em qualquer pessoa?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Beshalach, 1ª Alyá (Shemot [Êx] 13:17-14:8)
Tehilim 39-43; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 3
Leitura Anual: Shemot [Êx] 1–4

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 33


segunda, 18 de janeiro [‫ יום שני‬Yom Sheni 8 Shevat 5776]

Gid’on
2. Leia Shoftim [Jz] 6:1. O que aconteceu nessa ocasião? Shoftim [Jz] 6:10

D epois de D’vorah, a terra ficou em paz durante os 40 anos seguintes, mas logo
os israelitas voltaram a cair nas mãos de opressores. Dessa vez eram os mi-
dianitas que, com seus aliados, entravam em Israel, destruíam as lavouras recém
-plantadas e roubavam os rebanhos (Shoftim [Jz] 6:3-5). Israel ficou grandemente
empobrecido e clamou ao Eterno (Shoftim [Jz] 6:6, 7). As pessoas concluíram que
seus ídolos eram inúteis.

3. Leia Shoftim [Jz] 6:12-16. O que o Anjo do Eterno disse a Gid’on, e qual foi
a reação dele? Gid’on já não devia saber por que eles estavam sendo afligidos?
Shoftim [Jz] 6:7-10

Apesar da queixa de Gid’on, que era injustificada (eles eram desobedientes, e


por isso estavam sendo oprimidos), D’us estava pronto a livrá-los novamente,
mas dessa vez através de Gid’on. É interessante que D’us tenha chamado Gid’on
de “homem valente”, embora ele visse a si mesmo de maneira completamente
diferente: “Por favor, senhor, com que salvarei Israel, se a minha família é a mais
pobre de Menashe, e eu sou o menor da casa de meu pai?” (Shoftim [Jz] 6:15). Sem
dúvida, um dos componentes fundamentais da força de Gid’on foi seu próprio
senso de falta de importância e de fraqueza.
Note, igualmente, o que Gid’on pediu ao Eterno em Shoftim [Jz] 6:36-40. Isto
é, ciente de sua própria fraqueza e de que as probabilidades eram contrárias a ele,
buscou uma certeza especial da presença de D’us. Assim, temos ali um homem
que compreendia plenamente sua completa dependência do Eterno. Podemos ler,
em Shoftim [Jz] 7, a respeito do maravilhoso sucesso de Gid’on contra os opresso-
res de seu povo e acerca do livramento que D’us operou em favor de Israel.

Por que o Eterno escolheu usar seres humanos pecadores nesse livramento? Isto é,
Ele não poderia ter chamado “mais de doze exércitos de anjos” (Mattityahu 26:53) para
fazer, em favor de Israel, o que era preciso naquele momento? Qual é o nosso papel no
grande conflito e na propagação das boas novas a respeito do Mashiach?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Beshalach, 2ª Alyá (Shemot [Êx] 14:9-14:14)
Tehilim 44-48; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 4
Leitura Anual: Shemot [Êx] 5-8

34 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 19 de janeiro [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 9 Shevat 5776]

Shimshon
A s linhas de batalha entre o bem e o mal ficaram indistintas na história de
Shimshon. O início de sua vida foi impressionante, com o anúncio do Anjo do
Eterno de que ele devia ser nazir desde o nascimento. O Anjo instruiu os pais de
Shimshon sobre a preparação para receber aquele bebê especial. Foi dito à mãe que
não bebesse álcool nem ingerisse comidas proibidas (Shoftim [Jz] 13:4, 13, 14; ver
também Vayikrá [Lv] 11). D’us, na verdade, tinha planos especiais para Shimshon;
infelizmente, as coisas não foram tão bem como poderiam ter sido.

“ Exatamente quando estava se tornando adulto, época em que deveria executar


sua missão divina, ocasião em que, mais do que em todas as outras, deveria ser
fiel a D’us, Shimshon se ligou aos inimigos de Israel. Não procurou saber se poderia
glorificar mais a D’us estando unido ao objeto de sua escolha, ou se estava colo-
cando- se em posição em que não poderia cumprir o propósito a ser realizado pela
sua vida. A todos os que em primeiro lugar procuram honrá-Lo, D’us prometeu
sabedoria; mas não há promessa para aqueles que se inclinam a agradar a si mes-
mos”(Patriarcas e Profetas, p. 563 contextualizado).

4. Leia Shoftim [Jz] 14:1-4. Como é possível que D’us tenha usado a fraqueza
de Shimshon em relação às mulheres como “uma oportunidade para atacar os
P’lishtim”? (v. 4).

Shimshon “atacou” os P’lishtim de várias formas, sempre como uma irada rea-
ção a desfeitas pessoais. Primeiro matou 30 homens e levou as vestes deles para
sua festa de casamento a fim de pagar uma dívida (Shoftim [Jz] 14:19). Depois
destruiu as colheitas deles, quando sua esposa foi dada em casamento ao seu pa-
drinho (Shoftim [Jz] 14:20; 15:1-5). A seguir, Shimshon matou muitas pessoas
como vingança pelo fato de que os P’lishtim tinham matado sua esposa e o pai dela
(Shoftim [Jz] 15:6-8). Quando os P’lishtim tentaram se vingar desse ato (Shoftim
[Jz] 15:9, 10), ele matou mil homens com a queixada de um jumento (Shoftim [Jz]
15:14, 15). Por fim, derrubou o templo deles e matou três mil pelo fato de que eles
o haviam cegado (Shoftim [Jz] 16:21, 28, 30).

Pense num herói cheio de falhas. Há bem pouca coisa em Shimshon que deveríamos
imitar, embora ele seja mencionado em Hebreus 11:32 junto com alguns personagens
importantes. Obviamente, a história vai além do que se pode ver. Pense no que D’us
poderia ter feito com Shimshon. E o que dizer de nós? Quanta coisa mais poderíamos
fazer se estivéssemos vivendo à altura de nosso potencial?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Beshalach, 3ª Alyá (Shemot [Êx] 14:15-14:25))
Tehilim 49-54; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 5
Leitura Anual: Shemot [Êx] 9–11

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 35


quarta, 20 de janeiro [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 10 Shevat 5776]

Rut
E m vez de falar sobre grandes exércitos inimigos que ameaçavam o povo de
D’us, a história de Rut fala sobre algo menor: uma família que estava quase
sendo extinta pela morte mas que, em vez disso, foi reavivada. Embora inclua dois
temas maiores (a destruição da criação de D’us e a ameaça sob a qual estava o
povo de D’us), Rut fala igualmente do grande conflito em nível pessoal, onde, na
verdade, ele está acontecendo.
Não é de surpreender que a terra de Y’hudah tivesse sofrido fome durante o
tempo dos juízes (Rut 1:1; D’varim [Dt] 28:48; 32:24; ver também Shoftim [Jz]
17:6; 21:25). Isso era um sinal de que o povo da aliança (B’rit) havia abandonado
a D’us. O pecado e a rebelião haviam reduzido a terra que manava leite e mel a
uma vasilha estéril cheia de poeira. Mas, no livro de Rut, que “o Eterno Se lem-
brara de Seu povo, para terminar a escassez de alimentos, e novamente lhes con-
ceder o pão de cada dia.” (Rut 1:6).
Quando Elimelekh, sua esposa Na’omi e seus dois filhos foram inicialmente
para Mo’av, fizeram isso porque desejavam alguma esperança para o futuro. A
terra do inimigo deu um alívio temporário mas, depois que o marido e os dois fi-
lhos morreram, Na’omi decidiu finalmente voltar para casa.

5. Leia Rut 1:8, 16, 17. O que significa o fato de que Rut desejou ir com
Na’omi?

Rut era de uma nação inimiga que, em muitas ocasiões, havia tentado destruir
Israel, mas ela escolheu se identificar com o povo de Israel e adorar o seu D’us.
Além disso, ela encontrou favor em sua terra adotiva, não apenas da parte de
Bo’az (Rut 2:10), mas também da parte das pessoas que ficaram sabendo a seu
respeito (Rut 2:11). Bo’az tinha certeza de que ela também havia encontrado fa-
vor aos olhos de D’us (Rt 2:12) e, levando sua admiração por ela um passo adian-
te, concordou em se casar com ela (Rut 3:10, 11). Contudo, havia um parente
mais chegado que Bo’az, o qual teria direito à terra do falecido caso se casasse com
Rut. Porém, o parente mais próximo não estava interessado em outra esposa por-
que isso complicava seus planos financeiros (Rut 4:6). Nessa altura, a assembleia
de testemunhas abençoou Rut, comparando-a às grande mulheres da história de
Israel (Rut 4:11, 12), o que se cumpriu quando ela se tornou uma ascendente do
Mashiach (Rut 4:13, 17; Mattityahu 1:5, 6).
Realmente essa é uma história do tipo “e viveram felizes para sempre”. Infeliz-
mente, não há muitas dessas na Bíblia e, é claro, não há muitas dessas na vida
real. Contudo, nisso também podemos ver como, apesar das flutuações da vida, a
vontade de D’us prevalecerá no final. Essa é uma boa notícia para todos os que O
amam e confiam nele.
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Beshalach, 4ª Alyá (Shemot [Êx] 14:26-15:26)
Tehilim 55-59; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 6
Leitura Anual: Shemot [Êx] 12, 13

36 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 21 de janeiro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 11 Shevat 5776]

Sh’mu’el
O que o início do livro de Sh’mu’el tem a ver com o grande conflito? Não há
uma ameaça óbvia à ordem criada, e não há grandes exércitos na fronteira. O
ataque do mal é mais sutil, mas não menos real.

6. Leia Sh’mu’el Alef [1Sm] 2:12-25. Como vemos a lamentável realidade da


luta do bem contra o mal nessa passagem?

“Embora [Eli] tivesse sido designado para governar o povo, não governava a
própria casa. Eli era um pai indulgente. Amando a paz e a comodidade, não exer-
cia sua autoridade para corrigir os maus hábitos e paixões de seus filhos. Em vez
de discutir com eles ou castigá-los, submetia-se à sua vontade e os deixava seguir
seu próprio caminho” (Patriarcas e Profetas, p. 575 contextualizado).
Em contraste com eles, vemos um menino vestido como kohen (Sh’mu’el Alef
[1Sm] 2:18, 19) que, como Yeshua, “crescia em estatura e no favor do Eterno e dos
homens” (Sh’mu’el Alef [1Sm] 2:26; Lucas 2:52). Sh’mu’el prosseguiu até tornar-se
um poderoso e fiel líder em Israel. “Todo o Israel, de Dan até Beér-Sheva, reconhe-
cia que Sh’mu’el tinha sido confirmado como profeta de Adonai” (Sh’mu’el Alef
[1Sm] 3:20).
Isso não significa, entretanto, que tudo correu bem. A nação enfrentou uma
invasão filisteia e os dois filhos de Eli foram mortos; os P’lishtim capturaram a arca
de D’us, e Eli, que estava com 98 anos, morreu quando ouviu a notícia (Sh’mu’el
Alef [1Sm] 4:14-18).
Infelizmente, Sh’mu’el enfrentaria o mesmo problema de Eli: filhos que não
seguiram suas pegadas de lealdade e fidelidade (Sh’mu’el Alef [1Sm] 8:1-7).
Sh’mu’el marcou um ponto de transição na história do povo de D’us. Ele foi o
último dos Shoftim [Jz] [juízes] e uma figura importante no desenrolar do grande
conflito. Sua influência estável guiou o povo num momento crítico. É lamentável
que seus filhos não tenham seguido seus passos, mas D’us não depende de dinas-
tias humanas. Como resultado da apostasia deles, os anciãos exigiram um rei, o
que não foi a melhor decisão, como os futuros séculos da História revelariam.

Não importa se nossa vida no lar foi boa ou ruim, devemos escolher a quem servi-
remos no grande conflito. Podemos acertar nossa situação com o Eterno, apesar dos
nossos muitos erros? Embora tenhamos tempo para nos arrependermos e entregar a vida
ao Eterno, qual o perigo de adiar essa decisão?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Beshalach, 5ª Alyá (Shemot [Êx] 15:27-16:10)
Tehilim 60-65; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 7
Leitura Anual: Shemot [Êx] 14, 15

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 37


sexta, 22 de janeiro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 12 Shevat 5776]

Estudo adicional
A Bíblia é conhecida por não disfarçar o pecado nem a maldade humana. Como
poderia fazer isso e ainda retratar com precisão a condição da humanidade?
um retrato especialmente nítido da maldade humana se encontra em Sh’mu’el
Alef [1Sm] 2:12-25, onde os filhos de Eli são apresentados em contraste com o
menino Sh’mu’el. O texto de Sh’mu’el Alef [1Sm] 2:12 diz: “E os filhos de Eli (B’nei
Eli) eram homens desprezíveis (B’nei Veliyaal), que não conheciam o Eterno.”
Note, primeiramente, o contraste: nos tempos bíblicos, a linhagem desempenha-
va um importante papel na vida e, nessa família específica, “os filhos de Eli – B’nei
Eli - ‫ ” ְבנֵי עֵ לִ י‬se tornaram “Bnei Veliyaal - filhos de Veliyaal - ‫” ְּבנֵי ְבלִ יָעַ ל‬. Veliya-
al [‫ ] ְבלִ יָעַ ל‬é uma palavra ampla, usada de várias formas e em vários contextos,
quase sempre negativos. Na verdade, ela está relacionada ao hebraico ‫ בל‬e ‫בלי‬,
que significam “não” ou “sem”. A palavra Veliyaal [‫ ] ְבלִ יָעַ ל‬significa “sem valor”,
“inútil”, e, em outras partes, é usada da mesma forma que foi utilizada a respeito
dos filhos de Eli [B’nei Eli], isto é, outros homens foram chamados de “filhos de
Belial [B’nei Veliyaal” (Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 13:7; M’lakhim Alef 21:13). Em
Mishlei [Pr] 6:12, ela corresponde aos ímpios. Em outras literaturas do Oriente
próximo, Veliyaal é visto como outro nome para o próprio hasatan. Em quase todos
os usos do termo na Bíblia, ele aparece com sentido negativo. Como seres huma-
nos, criados à imagemde D’us, eles foram criados para um propósito e para ter
significado: contudo, de acordo com a Bíblia, esses homens eram quase inúteis,
“filhos da inutilidade”. Que trágico desperdício da vida!

Perguntas para reflexão


1. Não há meio-termo no grande conflito: ou estamos inteiramente do lado
do Mashiach ou do lado de hasatan. de que maneira podemos buscar orientação
para fazer a escolha certa quando, às vezes, não é tão fácil saber qual é a escolha
“certa”?
2. pessoas que você admirava já o decepcionaram? Você já desapontou os que
o admiravam? O que aprendeu nesses incidentes a respeito da confiança e graça
e fragilidade humana?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Beshalach, 6ª Alyá (Shemot [Êx] 16:11-16:36)
Tehilim 66-68; Leitura reavivados por Sua palavra: Y’hoshua [Js] 8
Leitura Anual: Shemot [Êx] 16, 17

38 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 23 de janeiro [‫ שבת‬Shabat 13 Shevat 5776]

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Beshalach, 7ª Alyá (Shemot [Êx] 17:1-17:16)
Tehilim 69-71; Leitura reavivados por Sua palavra:Y’hoshua [Js] 9
Leitura Anual: Shemot [Êx] 18–20

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 39


Lição 5 24 a 30 de janeiro [14 a 20 Shevat]

O conflito continua
VERSO PARA MEMORIZAR: “Contei-lhes como a mão de meu D’us me
protegia e lhes referi as palavras que me havia dito o rei. E responderam: ‘Levante-
mo-nos e construamos!’ – e assim fortaleceram suas mãos para a boa obra.” (Ne-
chemyah [Ne] 2:18).

LEITURAS DA SEMANA: Sh’mu’el Alef [1Sm] 17:43-51; Sh’mu’el Bet


[2Sm] 11:1-17; M’lakhim Alef [1Rs] 18:21-39; M’lakhim Bet [2Rs] 19:21-34;
Ester 3:8-11; Nechemyah [Ne] 1

Q uando comparamos a vida de David, Eliyahu, Hizkiyah, Ester e Nechemyah,


surgem temas similares: D’us é capaz de usar pessoas “insignificantes” para
repelir a onda do mal. Através de alguns desses relatos vemos que, apesar dos
tremendos obstáculos, não precisamos sucumbir ante a enormidade do mal. Em
vez disso, podemos resistir firmemente, mas somente no poder de D’us, que é fiel
às Suas promessas da aliança, cumpridas em nosso favor na pessoa do Mashiach.
Quando o povo de D’us resistir em Seu poder, verá que as forças do mal não são
poderosas o suficiente para prevalecer.
O foco e o desafio estão em nos regozijarmos em Seu livramento. Isso nem
sempre faz sentido no contexto dos grandes desafios que às vezes enfrentamos, e
que são muito maiores que nós. Regozijar-nos no livramento de D’us antes que
ele ocorra é um ato de confiança e adoração, e não consequência lógica do que
acontece ao nosso redor. Por outro lado, por causa do que o Mashiach fez por nós,
confiar na fidelidade de D’us é a única atitude lógica que podemos ter.

LEITURA PARASHÁ DA SEMANA

Parashá 17 ‫ יתרו‬Yitro [Jetro]: Shemot [Êx] 18.1-20.26


Haftará: Yesha’yahu [Is] 6.1-7.6; 9.5-6
B’rit Hadashá: Mattityahu [Mt] 5 1-11;19.16-30; Marcos 7.5-15; 10.17-31;Lucas
18.18-30; Atos 6:1-7; Romanos 2.17-29; 7.7-12;13.8-10; Efésios 6.1-3; 1Timóteo
3.1-14; 2Timóteo 2.2; Tito 1.5-9; Hebreus 12.18-29; Ya’akov [Tg] 2.8-13; 1 Kefa
[1Pe] 2.9,10.
Tehilim [Sl] 19
Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista
Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos líderes Santiago Cuellar, Alex Schussler da comunidade
judaico-adventista de Hollywood, Fl, USA.

40 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 24 de janeiro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 14 Shevat 5776]

David, Goliat e Be’er-Sheva


A vida é complicada porque somos complicados. Imagine criaturas feitas à ima-
gem de D’us, o Criador do Universo, e se corromperam. Não é de admirar
que nosso potencial tanto para o bem quanto para o mal possa alcançar níveis
impressionantes. Mas isso não se refere apenas ao fato de que algumas pessoas
podem atingir grandes níveis de “bondade” enquanto outras, infelizmente, che-
gam a extremos de depravação; o que ocorre é que ambos os extremos podem se
manifestar numa mesma pessoa! A boa notícia é que, alguns que antes estiveram
no mais baixo nível, pela graça do Eterno acabaram fazendo grandes coisas para
Ele e em favor da humanidade. É claro que o oposto pode acontecer também: os
que estão nas alturas podem cair nas profundezas. hasatan é real, o grande confli-
to é real, e a menos que estejamos ligados ao Eterno, até os melhores dentre nós
podem se tornar presa do inimigo (1Kefa [1Pe] 5:8).
1. Leia Sh’mu’el Alef [1Sm] 17:43-51. Que palavras de David são tão impor-
tantes para que entendamos sua vitória? Em contraste com isso, leia Sh’mu’el Bet
[2Sm] 11:1-17. Que nítida diferença vemos no mesmo homem? O que fez a dife-
rença?

O mesmo David que derrotou o gigante Goliat foi derrotado pela lascívia e
arrogância. Quantas mulheres esse homem tinha? Então ele viu mais uma, casa-
da, e onde foi parar toda aquela conversa de que “a batalha é do Eterno” (Sh’mu’el
Alef [1Sm] 17:47) ou de que “há D’us em Israel”? Se houve um momento em que
David precisasse não apenas saber que “a batalha é do Eterno”, mas que também
devia travar essa batalha com a armadura de D’us, esse momento não foi na zona
de guerra do vale de Elah (Emek HaElah), mas nos recessos de seu próprio cora-
ção. Da mesma forma, no coração de cada um de nós, é travado o grande conflito.
Após cair em si, depois da terrível queda com Be’er-Sheva, David teve triste-
za e culpa suficientes para o restante de sua vida. Sua tristeza o levou a escrever
Tehilim 51, no qual suplicou um coração puro (v. 10) e a restauração de sua comu-
nhão com D’us (v. 11, 12). Na grande luta cósmica, homens poderosos são tão
vulneráveis quanto a pessoa de posição mais humilde; contudo, D’us está dispos-
to a trabalhar com todos os que se arrependem verdadeiramente.

Pense sobre seus triunfos, decepções, vitorias e fracassos. Como você pode aplicar as
lições dessas historias as situações que enfrenta?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Yitrô, 1ª Alyá (Shemot [Êx] 18:1-18:12)
Tehilim 72-76; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 10
Leitura Anual: Shemot [Êx] 21–23

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 41


segunda, 25 de janeiro [‫ יום שני‬Yom Sheni 15 Shevat 5776]

Para converter o coração deles


E liyahu, hatishbi [o tishbita], deve ser um dos personagens mais marcantes da
Bíblia. Inicialmente o encontramos diante de um rei alarmado, dizendo-lhe
que não haveria chuva nos três anos seguintes (M’lakhim Alef [1Rs] 17:1). Não
era fácil chegar até um rei nem escapar de sua presença, mas esse homem peludo,
que usava um cinto de couro (ver M’lakhim Bet [2Rs] 1:8), simplesmente passou
por entre os guardas, comunicou a mensagem de D’us e depois foi correndo até as
montanhas, que ficavam a cerca de 12 km.
Essa foi uma época triste para o reino do norte de Israel. A maioria das pesso-
as havia abandonado o Eterno (M’lakhim Alef [1Rs] 19:10) e estava adorando os
deuses da fertilidade. Dizer que não choveria era um desafio direto a Báal que,
segundo se pensava, trazia chuva para assegurar colheitas e rebanhos abundantes,
que tornavam ricos os fazendeiros. Os ritos religiosos prevalecentes se concentra-
vam na fertilidade e nos ganhos financeiros.
Durante os três anos seguintes, os deuses da fertilidade ficaram impotentes.
Então, Eliyahu foi novamente até o rei e pediu um confronto entre ele, Eliyahu, e
todos os profetas de Baál e da deusa Asherá (a deusa da fertilidade), ou seja, um
homem contra 850 (M’lakhim Alef [1Rs] 18:17-20).
Quando chegou o dia e as multidões se reuniram no topo do monte Carmel,
Eliyahu se dirigiu ao povo: “Até quando ficareis saltitando entre dois pensamen-
tos?” (M’lakhim Alef [1Rs] 18:21). Novilhos foram escolhidos e preparados para o
sacrifício, e o povo esperou para ver qual D’us seria poderoso o suficiente para
responder com fogo do céu. O novilho era o objeto mais poderoso das antigas
religiões da fertilidade, e eles acreditavam que os deuses da fertilidade mostrariam
sua força.

2. Leia M’lakhim Alef [1Rs] 18:21-39. Apesar da óbvia realidade do grande


conflito ali, o que Eliyahu realmente desejava que acontecesse em Israel, e por que
isso é tão relevante para nós hoje?

O texto de M’lakhim Alef [1Rs] 18:37 diz tudo. O milagre, por mais impressio-
nante que tenha sido, não era a verdadeira questão: o importante era a fidelidade
de Israel à aliança. Note, igualmente, quem havia convertido o coração deles: ti-
nha sido o próprio Eterno, antes mesmo que o milagre acontecesse. Mas D’us não
forçou os corações a se voltarem para Ele. Enviou Seu Santo Espírito [Ruach Ado-
nai -‫וְ רּוחַ יְ הוָה‬], e o povo, respondendo ao Espírito, primeiro teve que fazer a
escolha de voltar para D’us; só então, em Sua força, eles conseguiram agir de
acordo com essa escolha. Não é diferente hoje. Somente o poder de D’us mantém
o pulsar de cada coração, mas nenhum dos corações que pulsam é forçado a segui
-Lo.
‫ טו בשבט‬- TU BISHVAT - Ano Novo das árvores
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Yitrô, 2ª Alyá (Shemot [Êx] 18:13-18:23)
Tehilim 77-78; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 11
Leitura Anual: Shemot [Êx] 24–27

42 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 26 de janeiro [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 16 Shevat 5776]

Palavras de desafio
H izkiyah era o rei de Y’hudah quando a nova superpotência, a Assíria, conquis-
tou Israel, o reino do norte, e espalhou seus habitantes por toda a Mesopo-
tâmia (M’lakhim Bet [2Rs] 18:9-12). “Aquilo que [D’us] não mais podia fazer por
intermédio deles na terra de seus pais, procuraria realizar espalhando-os entre os
pagãos. Seu plano para a salvação [Gueulá] de todo aquele que escolhesse se be-
neficiar do perdão mediante o Salvador da humanidade ainda devia ser cumprido.
E nas aflições levadas a Israel, Ele estava preparando o caminho para que Sua
glória fosse revelada às nações da Terra” (Profetas e Reis, p. 292 contextualizado).
Alguns anos mais tarde, o rei assírio Sancheriv [Senaqueribe] voltou sua aten-
ção para Y’hudah, conquistou todas as suas cidades fortificadas e impôs um pesado
tributo (M’lakhim Bet [2Rs] 18:13-15). Embora Hizkiyah tivesse esvaziado os te-
souros do templo e do palácio, o rei assírio não ficou satisfeito e enviou oficiais
para negociar a rendição de Yerushalayim.
Os assírios, então, zombaram do povo dizendo que, uma vez que os deuses das
nações ao redor não as tinham salvado da Assíria, o que fazia os judeus pensarem
que seu D’us Se sairia melhor? (Ver M’lakhim Bet [2Rs] 18:28-30, 33-35.)
Hizkiyah, então, fez a única coisa que lhe era possível fazer: orou (M’lakhim
Bet [2Rs] 19:15-19). Antes, D’us já havia usado Yesha’yahu [Is] para encorajar
Hizkiyah (M’lakhim Bet [2Rs] 19:6), e agora Ele enviou o profeta novamente ao
rei.

3. Leia M’lakhim Bet [2Rs] 19:21-34, especialmente os versos 21 e 22. Qual é


a mensagem de D’us para Seu povo em meio à terrível crise?

O resultado de tudo isso foi visto quando o imenso exército assírio se acam-
pou ao redor dos muros de Yerushalayim. Os assustados habitantes da cidade sitia-
da, ao se levantarem certa manhã, não viram os atos finais de um exército con-
quistador que estava prestes a vencer as defesas da cidade, mas souberam que
milhares de soldados foram espalhados pelo chão, numa quietude mortal, até
onde a vista podia alcançar (M’lakhim Bet [2Rs] 19:35). O infeliz rei assírio voltou
para casa, onde encontrou seu fim nas mãos de dois de seus próprios filhos
(M’lakhim Bet [2Rs] 19:36, 37).

Como aprender a confiar no Eterno em meio as situações desanimadoras e aparen-


temente impossíveis? Por que sempre precisamos olhar para o quadro mais amplo, espe-
cialmente quando as coisas não parecem tão positivas?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Yitrô, 3ª Alyá (Shemot [Êx] 18:24-18:27)
Tehilim 79-82; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 12
Leitura Anual: Shemot [Êx] 28, 29

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 43


quarta, 27 de janeiro [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 17 Shevat 5776]

Decreto de morte
É difícil hoje, como foi também para pessoas de várias culturas ao longo dos
séculos, entender os costumes e tradições do antigo Império Persa, onde se
desenrolou a história de Ester. Porém, uma coisa é certa: o Eterno tinha usado esse
império para o cumprimento das promessas da aliança feitas à nação de Israel, as
quais foram apresentadas desde o tempo de Avraham (ver B’reshit [Gn] 12:1-3;
Yesha’yahu [Is] 45:1; Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 36:23).
Ester, jovem judia, foi elevada à posição de rainha. Embora sua ascensão te-
nha ocorrido por um caminho bem diferente do que ocorreu com Yosef no Egito
ou Dani’el em Babilônia, ela estava exatamente onde o Eterno desejava que esti-
vesse (assim como Yosef e Dani’el), e foi usada por D’us de uma forma poderosa,
que ilustra como o tema do grande conflito pode se desenrolar na História.

4. Leia Ester 3:8-11. Considerando os planos de D’us para o povo judeu, es-
pecialmente em relação à vinda do Messias, que consequências o sucesso desse
decreto traria?

“Mal imaginava o rei os vastos resultados que teriam acompanhado a comple-


ta execução desse decreto. O próprio hasatan, o instigador oculto desse plano,
estava procurando livrar a Terra dos que preservavam o conhecimento do verda-
deiro D’us” (Profetas e Reis, p. 600, 601 contextualizado). Desse mesmo povo,
também, viria o Moshia do mundo.
É interessante o fato de que a questão teve início em torno da adoração (Ester
3:5, 8), e o fato de que um grupo distinto de pessoas se recusou a seguir as leis e
os costumes dos que estavam no poder. Embora o contexto seja diferente no fim
dos tempos, a realidade por trás dele ainda é a mesma: o grande conflito entre o
Mashiach e hasatan. Os que procurarem ser fiéis a D’us enfrentarão algo seme-
lhante ao que os judeus enfrentaram nessa história. Já fomos advertidos de que,
nas cenas finais da história da Terra, sairá o decreto declarando que devem “ser
mortos todos os que se recusassem a adorar a imagem. (Adorar a Atzav da Chayyah
[Besta, Anti-Mashiach])” (Revelação 13:15; [Dani’el 3:3, 6]). O que aprendemos
com a História deve fortalecer nossa confiança para enfrentar os perigos do futu-
ro.
Por que temos a tendência de desconfiar dos que são diferentes? Por que as podero-
sas verdades da criação e da Gueulá, que revelam o valor de cada ser humano, deveriam
mostrar o quanto é errada essa atitude? Como limpar o coração dessa tendência errô-
nea?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Yitrô, 4ª Alyá (Shemot [Êx] 19:1-19:6)
Tehilim 83-87; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 13
Leitura Anual: Shemot [Êx] 30, 31

44 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 28 de janeiro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 18 Shevat 5776]

Nechemyah
A história de Nechemyah [Ne] também ocorreu num tempo em que a nação de
Israel já não mais existia como entidade política, mas como remanescente es-
palhado por terras estrangeiras. Porém D’us, como sempre, seria fiel às Suas pro-
messas da aliança, mesmo que as pessoas tivessem falhado em cumprir sua parte.

5. Leia Nechemyah [Ne] 1. Qual é o contexto da oração de Nechemyah [Ne]?


De que forma ela nos lembra a oração de Dani’el 9:4-19? Em ambos os casos, qual
é a questão, e como isso se encaixa no grande conflito?

Pela graça do rei, foi dada a Nechemyah [Ne] permissão para retornar e re-
construir Yerushalayim. Quando retornou, Nechemyah [Ne] passou os primeiros
dias simplesmente observando. Ele tentou examinar a cidade à noite, mas as pi-
lhas de entulho eram tão grandes que ele não conseguiu ir muito longe (Ne-
chemyah [Ne] 2:14). Então, ele foi para o lado de fora dos muros, com o fim de
examiná-los a partir dali (Nechemyah [Ne] 2:15).

6. Leia Nechemyah [Ne] 2:16-18. Como Nechemyah [Ne] convenceu os líde-


res a começar a trabalhar em algo que eles haviam considerado impossível? O que
esse líder poderia ensinar à nossa congregação hoje?

Embora Nechemyah [Ne], a princípio, não tivesse dito aos líderes por que ti-
nha vindo, algumas pessoas não estavam felizes e fizeram tudo o que podiam para
impedir que fosse realizada qualquer obra para melhorar Yerushalayim (Nechemyah
[Ne] 2:10, 19, 20). Quando começou a obra de reparo dos muros (Nechemyah
[Ne] 3), esses oficiais estrangeiros “[arderam] em ira, e se [indignaram] muito”
(Nechemyah [Ne] 4:1), além de zombar desses esforços (v. 2, 3). Quando viram
que o povo de D’us estava levando a sério o trabalho (v. 6), ficaram irados e pla-
nejaram um ataque (v. 7, 8).
Teria sido muito fácil os israelitas recuarem; contudo, apesar de todo tipo de
maquinação contra seu trabalho, eles persistiram. Confiando em D’us, Nechemyah
[Ne] cuidou da reconstrução do muro e deixou as ameaças dos inimigos nas mãos
dele (Nechemyah [Ne] 6:14, 15).

Todos enfrentamos obstáculos. Como saber quando recuar e quando continuar?

Estudo Diário
Parashat Chumash Parashat Yitrô, 5ª Alyá (Shemot [Êx] 19:7-19:19)
Tehilim 88-89; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 14
Leitura Anual: Shemot [Êx] 32

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 45


sexta, 29 de janeiro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 19 Shevat 5776]

Estudo adicional
S em dúvida, conforme estudamos nesta semana, a palavra de D’us mostra vez
após vez a fidelidade de D’us ao Seu povo. Em muitos casos, no tempo em que
as coisas estavam acontecendo, essa fidelidade nem sempre era óbvia ou aparente.
Nos relatos que examinamos, vimos o princípio e o fim. Alguns dos personagens
envolvidos, como urias, o heteu, não puderam ver. Hoje, estamos tão envolvidos
no grande conflito quanto as pessoas que estudamos. E não apenas essas pessoas,
mas muitas outras, tão reais quanto as que foram mencionadas no texto, mas que
nem sempre viveram para ver as coisas terminarem tão bem. por isso, especial-
mente nos momentos difíceis (que ocorrem com tanta frequência), é importante
que lembremos das palavras de Sha’ul: “Essa é a razão de não nos desencorajar-
mos. Ainda que o ‘eu’ exterior esteja destinado à decomposição, o ‘eu’ interior é
renovado todos os dias. Nossas dificuldades leves e transitórias alcançam para nós
a glória eterna, e seu peso é indescritível. Não nos concentramos no que se vê,
mas no que não se vê, porque as coisas visíveis são temporárias, mas as invisíveis
são eternas.” (2 Coríntios 4:16-18). Nessa passagem, Sha’ul procurou mostrar algo
que vai além das lutas diárias, falhas e fraquezas da humanidade, para que con-
templemos a única esperança que torna a vida mais do que uma farsa cruel.

Perguntas para reflexão


1. Que outras promessas bíblicas apontam para nossa suprema esperança? re-
úna algumas delas e leia-as em voz alta. Que cenário elas nos apresentam?
2. O que tornou trágica a queda de david foi que ele tinha sido abençoado por
D’us de modo especial! Apesar de tudo que ele havia recebido, cometeu um gra-
ve pecado. mas, em vez de se concentrar só no lado negativo, pense no aspecto
positivo dessa sórdida história: a graça de D’us, concedida a alguém que havia
caído a um nível tão baixo. O que isso diz sobre a completa e plena redenção que
temos em Yeshua? Não importando o que tenhamos feito nem a gravidade da nos-
sa queda, como podemos ter a certeza de que seremos perdoados, se nos arrepen-
dermos, como ocorreu com david?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Yitrô, 6ª Alyá (Shemot [Êx] 19:20-20:14)
Tehilim 90-96; Leitura reavivados por Sua palavra: Y’hoshua [Js] 15
Leitura Anual: Yochanan 4–6

46 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 30 de janeiro [‫ שבת‬Shabat 20 Shevat 5776]

Estudo Diário

Leitura Chumash parashat Yitrô, 7ª Alyá (Shemot [Êx] 20:15-20:23)


Tehilim 97-103; Leitura reavivados por Sua palavra: Y’hoshua [Js] 16
Leitura Anual: Shemot [Êx] 37, 38

COSTUMES DESTA SEMANA


Tu BISHVAT
Tu B’Shevat, 15 de Shevat no Calendário Judaico é o dia que assinala o início
do “Ano Novo das Árvores”. Essa é a estação na qual as primeiras árvores a brotar
na Terra de Israel emergem do seu sono de inverno e iniciam um novo ciclo de
produção de frutas.

Celebramos o dia de Tu B’Shevat comendo frutas, especialmente as espécies


que são destacadas na Torá em seus louvores à fartura da Terra Santa: uvas, figos,
romãs, azeitonas e tâmaras. Nesse dia lembramos que “o homem é uma árvore do
campo” (D’varim 20:19) e refletimos sobre as lições que podemos extrair de nossa
analogia botânica.

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 47


Lição 6 31 de janeiro a 6 de fevereiro [21 a 27 Shevat]

Vitória B’midbar
VERSO PARA MEMORIZAR: “O Filho do homem veio buscar e salvar o
perdido” (Lucas 19:10).

LEITURAS DA SEMANA: Mattityahu [Mt] 1:20-23; Yochanan [Jo] 9:39;


Mattityahu [Mt] 3:7-12; 4:1-10; D’varim [Dt] 34:1-4;
Revelação 21:10

“Q uando hasatan ouviu que existiria inimizade entre ele e a mulher, e entre
sua semente e a semente dela, compreendeu que sua obra de degenerar a
natureza humana seria interrompida. [...] Contudo, quando o plano da salvação
[Yeshuah] foi mais amplamente manifestado, hasatan se regozijou com seus anjos
de que, tendo ocasionado a queda do homem, faria baixar o Filho de D’us de Sua
exaltada posição. Declarou que até ali seus planos haviam sido muito bem-suce-
didos na Terra e que, quando o Mashiach tomasse sobre Si a natureza humana, Ele
também poderia ser vencido, e dessa maneira poderia ser impedida a Gueulá da
humanidade caída” (Patriarcas e Profetas, p. 66 contextualizado).
Nesta semana, ao examinar as tentações no deserto (B’midbar), poderemos
ver na Bíblia, talvez de modo tão claro como nunca vimos antes, o grande confli-
to entre o Mashiach e hasatan, travado abertamente entre eles. hasatan havia afir-
mado que o mundo era dele, mas o Mashiach veio para reconquistá-lo. O plano da
salvação era fundamental para que Ele reconquistasse o mundo. Tendo falhado
em matar Yeshua após Seu nascimento, hasatan tentou outro meio para sabotar a
Gueulá da humanidade. É o desenrolar disso que vemos nas tentações no deserto
(B’midbar).

LEITURA PARASHÁ DA SEMANA


Parashá 18 ‫ משפטים‬MISHPATIM [Estatutos]: Shemot [Êx] 21.1-24.18
Haftará: Yirmeyahu [Jr] 34.8-22; 33-25.26
B’rit Hadashá: Mattityahu [Mt] 5.38-42; 15.1-20; Marcos 7.1-23; Atos 23.1-11;
Hebreus 9.15-22; 10.28-39; Mattityahu [Mt] 5.38-42
Tehilim [Sl] 72
Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista
Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos líderes Alan Reinach & Anatoly Gurguiala da comunidade
judaico-adventista de Thousand Oaks & Glendale, CA, USA.

48 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 31 de janeiro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 21 Shevat 5776]

Imanu’el (‫)עִ מָ נּואֵ ל‬, veio para salvar


1. Leia Matittyahu 1:20-23 (citando Yeshayahu 7:14). Qual é o significado do
nome dado a Yeshua: Immanu-El?

P or que Yeshua veio à Terra para estar “conosco”?


Primeiro, Ele veio para restaurar o domínio que Adam havia perdido (Ro-
manos 5:12, 15). Captamos um vislumbre do aspecto majestoso de Yeshua (Seu
domínio) quando Ele inspirou multidões (cinco mil pessoas desejaram torná-lo
rei) e quando as crianças lhe cantaram Hosha’na‫( ֹוׁשַ ע־נָא‬uma forma de louvor
dirigido a alguém que salvaria o povo de seus inimigos). Também vemos Seus po-
deres sobre a criação, como Sua habilidade de restaurar seres humanos prejudica-
dos e torná-los novamente seres completos (por exemplo, o homem que nasceu
cego e a mulher que teve um fluxo de sangue por 12 anos), e Seu poder sobre a
natureza, como na ocasião em que Ele acalmou a tempestade e disse ao vento e às
ondas que se aquietassem.
Segundo, Ele veio para trazer juízo e destruir as obras de hasatan (Yochanan
[Jo] 9:39; 1Yochanan [1Jo] 3:8). Quantas vezes ficamos imaginando por que o mal
prospera? Yeshua se referiu à injustiça e nos assegurou que o fim está à vista. Yeshua
foi reconhecido pelos maus espíritos como Alguém que tinha poder sobre eles.
Frequentemente eles gritavam revelando Sua verdadeira identidade, às vezes an-
tes que Yeshua estivesse disposto a revelá-la. Ele deu paz aos possessos por maus
espíritos e os restaurou à sanidade, quando outras pessoas fugiriam deles com
medo.
Em terceiro lugar, o Mashiach veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos
(Lucas 19:10) e para tirar o pecado do mundo [avonot HaOlam Hazê] (Yochanan
[Jo] 1:29). Ele Se tornou semelhante a nós para que pudesse ser fiel Kohen gadol
e, assim, restituir-nos para D’us (Hebreus 2:17). “Resolver o problema do pecado,
salvar os seres humanos do pecado, conceder a eles graça, perdão, justificação,
glorificação: tudo isso, desde o início, era o propósito da única aliança [que apon-
tava para o Mashiach], e esse propósito foi cumprido então em Yeshua HaMashia-
ch” (Justification: God’s Plan and Paul’s Vision contextualizado). Finalmente,
Yeshua veio para mostrar como D’us é; para revelar a nós, e ao Universo expec-
tante, qual é Seu verdadeiro caráter (Yochanan [Jo] 14:9).

De que forma essas razoes para a vinda do Mashiach podem e devem melhorar sua
vida e sua experiência com o Eterno?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Mishpatim, 1ª Alyá (Shemot [Êx] 21:1-21:19)
Tehilim 104-105; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 17
Leitura Anual: Shemot [Êx] 39, 40

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 49


segunda, 1 de fevereiro [‫ יום שני‬Yom Sheni 22 Shevat 5776]

Imersão de Yeshua
O aparecimento de Yochanan Hamatvil [João Batista] deve ter causado alvoro-
ço por toda a região. Ali estava alguém que se parecia com o profeta Eliyahu
(Mattityahu [Mt] 3:4; M’lakhim Bet [2Rs] 1:8). Ele foi a primeira voz profética que
o povo ouviu depois de 400 anos. D’us nunca antes havia ficado em silêncio por
tanto tempo. Então Ele estava falando com o povo uma vez mais. Obviamente
algo significativo estava para acontecer.

2. Leia Mattitiyahu 3:7-12. Por que à sua apresentação do Messias Yochanan


ligaria temas de juízo final (Yom Hadin)., como a ira vindoura (v. 7), o machado
posto à raiz das árvores (v. 10), a limpeza completa da eira (v. 12) e a queima da
palha em fogo inextinguível (v. 12)?

As pessoas achavam que estavam vivendo nos últimos dias de Olam Hazê.
Viram Yochanan vir do deserto e incentivá-las a passar pela mikvê nas águas do
Yarden. Isso tinha um pouco de semelhança com um novo Êxodo, e era necessário
que elas se molhassem (em vez de atravessar o leito seco de um rio) a fim de ser
purificadas e estar prontas para a nova terra prometida [Olam Habá], sendo que
o próprio Mashiach as levaria à vitória sobre os romanos e, depois, à inauguração
do reino Eterno de D’us no Olam Habá do qual os profetas haviam falado. Pelo
menos isso era o que muitas pessoas achavam.
Mas Yochanan e Yeshua não estavam liderando um movimento político; era
um evento que oferece Yeshuah. A explicação dada por Lucas para o que Yochanan
estava fazendo é uma citação de Yesha’yahu [Is], que descreve a maneira pela qual
D’us prepararia uma estrada para que os exilados voltassem à terra prometida
(Lucas 3:3-6). Yirmeyahu explica a razão pela qual se devia preparar essa estrada
especial: para que ela fosse acessível aos mais vulneráveis da sociedade, isto é,
cegos, coxos, grávidas, mães com bebês, e para que todos os outros que desejassem
voltar à terra prometida conseguissem fazê-lo (Yirmeyahu [Jr] 31:7-9). Não é de
admirar que as pessoas fossem em grande número a Yochanan . Foi acesa no cora-
ção delas a esperança de que também poderiam estar prontas para o grande dia de
D’us, que logo chegaria.
Porém, esse dia veio de uma forma que a maioria delas não esperava, não por-
que não tivessem sido informadas a respeito disso, mas porque não compreende-
ram o significado das Escrituras (Lucas 24:25-27).

Pessoas fieis tinham concepções errôneas a respeito da natureza da primeira vinda


do Mashiach. Como os fieis dos últimos dias podem evitar as concepções errôneas a
respeito da natureza de Sua segunda vinda?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Mishpatim, 2ª Alyá (Shemot [Êx] 21:20-22:3)
Tehilim 106-107; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 18
Leitura Anual: Vayikrá [Lv] 1–4

50 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 2 de fevereiro [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 23 Shevat 5776]

Transformar pedras em pães


3. Leia Mattityahu [Mt] 4:1-3. O que aconteceu e por quê? Como vemos o
grande conflito se desenrolando ali?

“Q uando Yeshua foi levado ao deserto para ser tentado, foi guiado pelo Espíri-
to de D’us. Não convidou a tentação. Foi para o deserto para estar sozinho,
a fim de considerar seu objetivo e obra. Por jejum e orações devia Se fortalecer
para a vereda que iria trilhar. Mas hasatan sabia que Yeshua tinha ido para o deser-
to, e julgou que essa fosse a melhor ocasião para se aproximar dele” (O Desejado
de Todas as Nações, p. 114 contextualizado).
Há paralelos dramáticos entre o relato das tentações de Yeshua e a experiência
dos judeus em suas peregrinações durante o Êxodo. Depois de passar pelas águas,
Yeshua foi para o deserto, onde não comeu nada e foi provado durante 40 dias. Da
mesma forma, os judeus passaram pelas águas (o Mar Vermelho), entraram no
deserto onde não tinham pão e permaneceram ali durante 40 anos. Note como
isso é descrito em D’varim [Dt] 8:2, 3: “E te recordarás de todo o caminho pelo
qual o Eterno, teu D’us, te levou nestes 40 anos no deserto, para afligirte, para
provar-te e para saber o que estava em teu coração – se guardarias os Seus man-
damentos ou não. E te afligiu, te fez padecer fome”.
O relato da Bessorá diz que, após 40 dias, Yeshua teve fome (Mattityahu [Mt]
4:2). Então apareceu alguém com um conselho “útil”, mais ou menos como os
consoladores de Iyov. Essa não foi a primeira vez que hasatan foi mostrado como
tendo vindo “ajudar” alguém em crise. O capítulo 3 de Z’kharyah registra a histó-
ria do Kohen Gadol Y’hoshua [Js] na época da reconstrução de Yerushalayim, após
o exílio babilônico. Enquanto ele estava diante de D’us em visão, alguém apare-
ceu à sua direita. Quem ficava à direita era sempre o amigo de maior confiança,
para proteger e guardar a pessoa contra qualquer suposto agressor. Mas o homem
de confiança que estava à direita em Z’kharyah 3 não era outro senão o “acusa-
dor”, fingindo ser um amigo de confiança.
A mesma coisa aconteceu com Yeshua no deserto. Aquele que veio para “aju-
dar” revelou quem era quando disse: “Se você é o Filho de D’us [Ben HaElohim],
ordene que estas pedras se transformem em pães” (Mattityahu [Mt] 4:3). Um anjo
do Eterno não teria dúvidas sobre a divindade do Mashiach.
Note, novamente, como a resposta de Yeshua (Mattityahu [Mt] 4:4) é uma
citação ligada ao Êxodo. “E te afligiu, te fez padecer fome e fez-te comer o Maná,
que não conhecias e que teus pais jamais conheceram; para fazer-te saber que
nem só de pão vive o homem, senão que de tudo o que sai da boca do Eterno,
disso vive o homem.” (D’varim [Dt] 8:3).

Por mais importante que seja não cair em tentação, não seria mais importante que
você tivesse a certeza de que, mesmo sem perceber, não esta levando outros a tentação?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Mishpatim, 3ª Alyá (Shemot [Êx] 22:4-22:26)
Tehilim 108-112; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 19
Leitura Anual: Vayikrá [Lv] 5–7
Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 51
quarta, 3 de fevereiro [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 24 Shevat 5776]

Outra provação
A primeira provação é semelhante ao Êxodo, mas tem suas raízes na queda.
Colocando como prioridade a fidelidade a D’us em vez da condescendência
com o apetite, Yeshua recuperou o terreno que Adam perdeu junto à árvore do
conhecimento. Contudo, para transpor completamente o abismo ao qual a raça
humana tinha descido desde o tempo de Adam, Yeshua teve que se sujeitar a mais
duas provações.
De acordo com Mattityahu [Mt], na segunda tentação hasatan levou Yeshua ao
ponto mais alto do templo [pináculo da Beit HaMikdash], provavelmente o canto
sudeste, que dava para um despenhadeiro. Novamente veio a declaração provo-
cante: “Se Tu és o Filho de D’us [Ben HaElohim]”, o que mostrou que o tentador
não era amigo de Yeshua coisa nenhuma.

4. O que hasatan estava tentando sugerir ali? Se Yeshua tivesse pulado, isso
provaria alguma coisa? Mattityahu [Mt] 4:5-7

Yeshua não estava interessado em uma encenação teatral barata. Sua emunah
em D’us era genuína; não era algo planejado para impressionar a outros. A com-
pleta confiança de Yeshua em Seu Pai se manifestou no ato de deixar o Céu dos
Céus e Se tornar humano, sofrendo o ultraje, a difamação, a humilhação pública
e a injustiça de Sua morte (Filipenses 2:5-8). Esse era Seu destino, e o Mashiach
estava plenamente preparado para ele. Seu objetivo era recuperar o mundo que
Adam e seus descendentes haviam perdido. Em Yeshua deviam ser cumpridas to-
das as promessas da aliança [b’rit], e o mundo teria uma oportunidade de salvação
[Yeshuah].
Novamente Yeshua respondeu com a expressão “Está escrito”, citando D’varim
[Dt] e ligando Sua experiência ao Êxodo: “Não ponham Adonai, seu D’us, à pro-
va, como vocês fizeram em Massah [provação]” (D’varim [Dt] 6:16). Massah
[‫ ]מַ סָ ה‬foi o local em que os judeus se queixaram amargamente da falta de água,
e Moshê feriu a rocha para obtê-la. Ao avaliar aquela experiência, Moshê declarou
que as pessoas “tentaram ao Eterno, dizendo: Está o Eterno no meio de nós ou
não?” (Shemot [Êx] 17:7). Obviamente, Yeshua tinha sabedoria e não caiu no en-
gano, embora dessa vez o malshin (acusador) tivesse lançado de volta para Ele a
expressão “Está escrito” (Mattityahu [Mt] 4:4, 6).

Nem sempre e fácil ver a linha divisória entre confiar nos milagres de D’us e ser
presunçosos a respeito do que esperamos do Eterno quando oramos. Como você apren-
deu a distinguir uma coisa da outra?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Mishpatim, 4ª Alyá (Shemot [Êx] 22:27-23:5)
Tehilim 113-118; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 20
Leitura Anual: Vayikrá [Lv] 8–10

52 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 4 de fevereiro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 25 Shevat 5776]

Adoração ao malshin (acusador)


N a versão de Mattityahu [Mt], enquanto a primeira tentação se concentrou no
apetite e a segunda na manipulação de D’us, a terceira foi um desafio direto
ao próprio Mashiach, à Sua realeza e ao seu objetivo principal na Terra.

5. Leia Mattityahu [Mt] 4:8-10, D’varim [Dt] 34:1-4 e Revelação 21:10. Qual
é o significado do “monte muito alto” ao qual hasatan levou Yeshua?

A julgar pela maneira com a qual a Bíblia usa o tema de subir ao cume de uma
montanha muito alta para contemplar nações, vemos que a viagem de Yeshua não
foi um passeio turístico. Há uma visão profética ligada a esse cenário. Do topo de
uma montanha, Moshê viu a Terra Prometida como ela viria ser, e Yochanan viu a
futura Nova Yerushalayim. Da mesma forma, Yeshua viu mais do que simplesmente
os países do antigo mundo romano. Note que hasatan exibiu tudo em seu melhor
aspecto. Ele mostrou as riquezas e o glamour, não o crime, o sofrimento e a injus-
tiça.
Hasatan disse, então: “Tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares” (Matti-
tyahu [Mt] 4:9). Da mesma forma que enganou Adam e Havah para que desejas-
sem se tornar como D’us, sendo que eles já possuíam a Sua imagem, hasatan fingiu
que era D’us, que era o dono exclusivo das nações do mundo e que, em troca de
uma pequena homenagem, podia facilmente dar tudo aquilo para Yeshua (ver Lu-
cas 4:6; comparar com Tehilim 2:7, 8).
Esse teste se concentrou na lealdade. A quem devia a humanidade dedicar
sua suprema lealdade? No ‘Eden, quando Adam e Havah se sujeitaram à serpente,
na verdade, estavam dedicando a hasatan sua primeira lealdade, e essa infecção se
espalhou intensamente para cada geração sucessiva. Sem a intervenção divina
direta, o grande conflito teria sido decidido em favor de hasatan. A humanidade,
e talvez até a vida na Terra, não poderiam ter continuado. Os riscos chegaram a
esse ponto.
Note que Yeshua, como Yosef com a esposa de Potifar, não permitiu que o mal
ficasse perto dele. Yeshua ordenou que hasatan se retirasse. Visto que Yosef não
podia fazer isso, retirou-se da cena em que havia potencial maligno (B’reshit [Gn]
39:11, 12). Essa lição simples se aplica também a nós.

Nas três provações, Yeshua usou a Bíblia como defesa. O que isso significa para nos,
na pratica? Quando enfrentamos a tentação, como usar a Bíblia para obter as mesmas
vitorias?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Mishpatim, 5ª Alyá (Shemot [Êx] 23:6-23:19)
Tehilim 119, Versículos 1-96; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Y’hoshua [Js] 21
Leitura Anual: Vayikrá [Lv] 11, 12

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 53


sexta, 5 de fevereiro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 26 Shevat 5776]

Estudo adicional
A o longo dos séculos sejam encontrados escritores que tocaram no tema do
grande conflito e ainda que muitos religiosos hoje estejam examinando essa
ideia com mais atenção, poucos tem uma visão de mundo concentrada no grande
conflito como um conflito literal, físico, moral e espiritual entre o Mashiach e ha-
satan. Ao longo de toda a Bíblia há o que um escritor chamou de “tema da guerra
cósmica”, e às vezes, como na lição desta semana sobre a provação no deserto,
o tema aparece de maneira muito nítida e aberta. A ideia de uma guerra entre o
bem e o mal pode ser vista mesmo fora de um contexto distintamente religioso.
O poeta T. S. Eliot escreveu: “O mundo gira e o mundo muda,/mas uma coisa
não muda./Em todos os meus anos, uma coisa não muda, [...]/A perpétua luta
entre o bem e o mal” (The Complete poems and plays, p. 98). Friedrich Nietzsche
escreveu: “Vamos concluir. Os dois valores contrapostos, “bom e mau”, “bem e
mal”, travaram na Terra uma luta terrível, milenar” (Genealogia da moral e Ecce
Homo, p. 52; Genealogia da moral: uma polêmica., p. 43).

Perguntas para discussão


1. Qual é o limite entre a presunção e a confiança nas promessas de D’us
quanto aos milagres? Como saber a diferença?
2. A provação vem de muitas formas, tamanhos, cores e modos, tudo cuida-
dosamente planejado para alcançar cada um de nós. Algumas coisas que tentam
uma pessoa não tentam outra. Além dos pecados óbvios, de que maneira mais
sutil podemos ser tentados?
3. Como captar o conceito impressionante de que o próprio D’us enfrentou
terríveis provações em nosso favor? Ao considerar essa verdade, o que mais im-
porta?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat mishpatim, 6ª Alyá (Shemot [Êx] 23:20-23:25)
Tehilim 119, Versículos 97-176; Leitura reavivados por Sua palavra:Y’hoshua [Js] 22
Leitura Anual: Vayikrá [Lv] 13, 14

54 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 6 de fevereiro [‫ שבת‬Shabat 27 Shevat 5776]

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat mishpatim, 7ª Alyá (Shemot [Êx] 23:26-24:18)
Tehilim 120-134; Leitura rpSp: Y’hoshua [Js] 23
Leitura Anual: Vayikrá [Lv] 15, 16

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 55


Lição 7 7 a 13 de fevereiro [28 Shevat a 4 Adar I]

Os Ensinos de Yeshua e o Grande Conflito


VERSO PARA MEMORIZAR:“Venham a mim, todos os que passam por lutas
e estão sobrecarregados, e eu lhes darei descanso” (Mattityahu [Mt] 11:28).

LEITURAS DA SEMANA: Mattityahu [Mt] 11:29; Romanos 4:1-6; Matti-


tyahu [Mt] 13:3-8, 18-23; 7:21-27; Ya’akov [Tg] 2:17; Mattityahu [Mt] 7:1-5

Q uando pensamos no tema do grande conflito, temos a tendência de pensar


nele em termos grandiosos, globais. Isto é, nos concentramos numa visão do
quadro geral. Ele pode ser chamado de “metanarrativa”, uma história que abrange
e explica uma grande parte da realidade, ao contrário de uma narrativa ou história
local que explica algo cuja extensão é muito mais limitada. Por exemplo, a famosa
cavalgada de Paul Revere (mensageiro patriota durante as batalhas da Revolução
Americana, em 1775) é uma narrativa local, em contraste com a narrativa muito
mais grandiosa e ampla da Revolução Americana em si.
Contudo, por mais grandioso e amplo que seja o tema do grande conflito, e
por mais importantes que sejam as questões envolvidas, ele se desenrola diaria-
mente na Terra, em nossa vida, em nossa maneira de nos relacionarmos com
D’us, com a tentação e com os outros.
Na lição desta semana examinaremos alguns ensinos de Yeshua sobre assuntos
muito realistas e práticos, enquanto nos esforçamos para conhecer e fazer a von-
tade de D’us em meio ao grande conflito.

LEITURA PARASHÁ DA SEMANA


Parashá 19 ‫ תרומה‬TERUMA [Oferta]: Shemot [Êx] 25.1-27.19
Haftará: M’lakhim Alef [1 Reis] 5.26-6.13
B’rit Hadashá: Hebreus 8.1-6; 9.23,24;10.1; Mattityahu [Mateus] 5.33-37
Tehilim [Salmo] 26

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana por Paula Sanders da comunidade judaico-adventista de Flet-
cher, NC, USA.

56 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 7 de fevereiro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 28 Shevat 5776]

Muitos tipos de descanso


1. “Tomem sobre vocês meu jugo e aprendam de mim, porque sou manso e
humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para a alma.” (Mattityahu [Mt]
11:29 cf. Yirmeyahu [Jr] 6:16). Como o ato de tomar o Seu “jugo” traz descanso
para nossa alma?

Essa oferta indica uma dimensão pessoal em meio à extensão muito mais am-
pla do objetivo de Yeshua de libertar as pessoas do inimigo. Suas palavras são, na
verdade, uma adaptação da declaração de Yirmeyahu, que prometeu às pessoas
descanso para sua alma se elas se voltassem para o judaísmo - a religião de seus
pais - em vez de permanecerem no paganismo dos Goyim - as nações circunvizi-
nhas (Yirmeyahu [Jr] 6:16).
O conceito de descanso na Bíblia é muito rico. Começa com o próprio D’us,-
que descansou quando terminou a obra da criação (B’reshit [Gn] 2:2). Seu des-
canso deu início a uma guarda do Shabat celebrado semanalmente. O descanso
também era comemorado ao longo do ano, durante as festas anuais (por exemplo,
Vayikrá [Lv] 16:31), e a cada 50 anos no jubileu, quando os escravos eram liber-
tados e as dívidas eram perdoadas (Vayikrá [Lv] 25:10).
O descanso podia ser sentido quando D’us estava presente com Seu povo
(Shemot [Êx] 33:14) e onde não havia “inimigo, nem adversidade alguma”
(M’lakhim Alef [1Rs] 5:4; D’varim [Dt] 25:19). Era desfrutado na terra dada por
D’us ao Seu povo (Y’hoshua [Js] 1:13). Seria concedido especialmente quando as
pessoas voltassem do cativeiro e do exílio (Yirmeyahu [Jr] 30:10). O descanso
também era compartilhado na hospitalidade para com os estrangeiros (B’reshit
[Gn] 18:4) e ao se desfrutar de uma vida familiar estável (Rut 1:9; Mishlei [Pr]
29:17).
Contudo, o descanso esteve ausente do povo de D’us durante o cativeiro
(Shemot [Êx] 5:4, 5; Lamentações 1:3). O descanso escapa dos perversos, os quais
são como o mar agitado, que não se pode aquietar (Yesha’yahu [Is] 57:20). O úni-
co descanso que essas pessoas podem aguardar é o da morte e da sepultura (Iyov
[Jó] 3:11, 13, 16-18). Em Revelação 14:11 encontramos uma poderosa advertên-
cia sobre descanso para aqueles que estão do lado errado no grande conflito dos
últimos dias.
O descanso que Yeshua oferece é um pacote muito generoso. Ele inclui o pre-
sente do Shabat, que nos concede tempo com o Criador. A oferta de descanso
feita pelo Mashiach reconhece nossa condição perdida e nos restaura em todos os
aspectos. E, quando cometemos erros, ainda temos a certeza de um lugar de des-
canso ao lado do Moshia.

Além do Shabat, como aprender a desfrutar o descanso que D’us nos oferece?
Como encontrar em Yeshua o descanso para nossa alma? Leia Romanos 4:1-6.
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Parashat Terumá, 1ª Alyá (Shemot [Êx] 25:1-25:16)
Tehilim 135-139; Leitura RPSP: Y’hoshua [Js] 24
Leitura Anual: Vayikrá [Lv] 17–19

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 57


segunda, 8 de fevereiro [‫ יום שני‬Yom Sheni 29 Shevat 5776]

Plantio e colheita
O tema do grande conflito está implícito na parábola de Yeshua sobre o seme-
ador. A menção de quatro tipos de respostas à mensagem da bessorá indica
que há mais do que simplesmente pessoas “boas” e “más” no mundo. A vida é
mais complexa do que isso e, portanto, precisamos ser cuidadosos na nossa manei-
ra de abordar os que parecem não responder as boas novas sobre o Mashiach como
achamos que deveriam.

2. Leia Mattityahu [Mt] 13:3-8 e os versos 18-23. Como a realidade do grande


conflito é revelada claramente nessa história?

A batalha pelas pessoas é real, e o inimigo usa tudo que pode para afastá-las
da libertação. Por exemplo, no contexto da semente que cai à beira do caminho,
Ellen G. White escreveu: “hasatan e seus anjos estão nas reuniões em que a besso-
rá é proclamada. Enquanto mensageiros do Céu se esforçam para impressionar os
corações com a Palavra de D’us, o inimigo está alerta para torná-la sem efeito.
Com fervor comparável apenas à sua maldade, procura frustrar a obra do Espírito
de D’us (Ruach HaKodesh). Enquanto o Mashiach, pelo Seu amor, atrai a pessoa,
hasatan procura desviar a atenção daquele que é movido a buscar o Moshia” (Pa-
rábolas de Jesus, p. 44).
Alguém poderia perguntar: Por que o fazendeiro não foi mais cuidadoso, evi-
tando desperdiçar as sementes lançadas no caminho? Por que ele não foi mais
diligente e removeu as pedras? Por que ele não arrancou maior quantidade de
ervas daninhas?
Quando estamos lançando as sementes da Bessorá, o esforço humano é sem-
pre limitado. Precisamos semear em toda parte. Não somos juízes para determinar
qual é o solo bom e o ruim. O aparecimento das ervas daninhas indica que sim-
plesmente somos incapazes de impedir que o mal brote nos lugares mais inespera-
dos. Somente o trabalho do Eterno da colheita sobre a terra semeada garantirá a
salvação (Yeshuah) aos que aceitam a semente da Palavra. Fazemos nosso traba-
lho, e precisamos aprender a crer que Ele fará o dele.

Você já constatou a realidade dessa parábola? Por que, as vezes, que recém começa-
ram a teshuvá e que foram imersas se afastando da Kehilá, ou pessoas que simplesmen-
te não demonstram interesse nenhum?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Terumá, 2ª Alyá (Shemot [Êx] 25:17-25:30)
Tehilim 140-144; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 1
Leitura Anual: Vayikrá [Lv] 20–22

58 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 9 de fevereiro [‫ יום שלישי‬Yom Shlish 30 Shevat 5776]

Construir sobre a rocha


A questão da nossa posição na luta cósmica que se desenvolve ao redor se torna
muito pessoal na parábola do homem que construiu uma casa sobre a rocha.

3. Leia Mattityahu [Mt] 7:21-27. O que é tão assustador nessa parábola?

O que vem à sua mente quando você pensa nessa história? Onde está a rocha
e onde está a areia? Para algumas pessoas, a areia se encontra apenas na praia, mas
essa história provavelmente não seja sobre uma residência à beira-mar. O lugar
mais provável talvez seja entre as colinas onduladas sobre as quais a maioria das
aldeias estava localizada, em algum lugar ao lado de um vale.
Yeshua descreveu duas casas: uma construída simplesmente sobre a superfície,
enquanto a outra tem alicerces que descem até a camada rochosa (Lucas 6:48).
Não dá para dizer a diferença entre as duas casas prontas até que chova nas coli-
nas e uma repentina inundação desça estrondosamente para o vale. Para um dos
construtores, isso não será problema, pois a casa está firmemente estabelecida;
mas para o outro haverá problema. Sem um alicerce seguro, a casa construída
apenas na superfície será alvo fácil das enchentes com suas águas agitadas.
Yeshua contou essa parábola porque sabia o quanto nos enganamos. Há uma
séria luta em andamento e, sem ajuda, não será possível sobreviver a ela. Visto
que Yeshua prevaleceu contra o mal, Ele é chamado a Rocha.
Essa batalha pessoal contra o mal pode ser vencida, mas somente se edificar-
mos nossa vida firmemente sobre o Mashiach, e somente podemos edificar sobre o
Moshia por meio da obediência a Ele. “Portanto, quem ouve estas minhas palavras
e age baseado nelas será como o homem sensato que construiu sua casa sobre a
rocha firme.” (Mattityahu [Mt] 7:24). Simples assim. Por mais que a confiança
seja um componente fundamental, as Escrituras dizem que a “fé por si mesma, se
não for acompanhada de ações, está morta.” (Ya’akov [Tg] 2:17, 20, 26), e nessa
parábola vemos exatamente como ela é morta.

Leia Mattityahu [Mt] 7:22, 23. Expulsar maus espíritos ou profetizar em nome do
Mashiach revela que essas pessoas tinham algum tipo de “confiança”. Contudo, qual foi
o destino delas? Qual e o alicerce sobre o qual sua casa esta construída, e como saber a
resposta?

1º Rosh Chôdesh Adar I


Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Terumá, 3ª Alyá (Shemot [Êx] 25:31-26:14)
Tehilim 145-150; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 2
Leitura Anual: Vayikrá [Lv] 23–25

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 59


quarta, 10 de fevereiro [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 1 Adar I 5776]

Não julgueis
Y eshua pronunciou a derashá do Monte no princípio de seu ministério. Ele foi
revolucionário. Para começar, Ele disse às pessoas comuns que elas eram va-
lorizadas e bem-aventuradas (Ashrey) aos olhos de D’us (Mattityahu [Mt] 5:3-
12), e que elas eram sal (Mattityahu [Mt] 5:13) e luz (Mattityahu [Mt] 5:14-16),
duas coisas altamente valorizadas. Ele falou sobre a importância da lei de D’us
(Mattityahu [Mt] 5:17-19), mas advertiu contra a tentativa de impressionar ou-
tros com o bom comportamento (Mattityahu [Mt] 5:20). Yeshua ainda enfatizou
que a moralidade é determinada pelo que a pessoa pensa, não apenas por seus
atos (Mattityahu [Mt] 5:21-28), embora devamos ter cuidado em relação aos atos
(Mattityahu [Mt] 5:29, 30). Quando lemos todo a derashá, podemos ver que Ele
abrangeu toda a gama da existência e dos relacionamentos humanos (Mattityahu
[Mt] 5–7:27).

4. Leia Mattityahu [Mt] 7:1-5. De que forma a realidade do grande conflito é


revelada nesse texto? Como a luta entre o bem e o mal é manifesta ali?

“‘Não julguem, para que vocês não sejam julgados.’” (Mattityahu [Mt] 7:1).
Não vos julgueis melhores que outros homens, nem vos exalteis como seus juízes.
Uma vez que não podeis discernir os motivos, sois incapazes de julgar um ao ou-
tro. Ao criticar uma pessoa, estais sentenciando a vós mesmos, pois mostrais ter
parte com hasatan, o acusador dos irmãos. O Eterno diz: ‘Examinem-se para saber
se estão vivendo a vida da confiança. Provem-se.’ (2 Coríntios 13:5). Eis nossa
tarefa” (O Desejado de Todas as Nações, p. 314 contextualizado).
Quando Yeshua disse aos Seus ouvintes que não julgassem, apresentou duas
ideias importantes. A primeira é que julgamos os outros porque fazemos as mes-
mas coisas que estamos condenando (Mattityahu [Mt] 7:1, 2). Tiramos a atenção
de nós mesmos e garantimos que todos ao nosso redor olhem para a pessoa que
estamos condenando, e não para nós.
A outra ideia que Yeshua apresenta é que, com frequência, o problema que
vemos em outros é pequeno em comparação com o nosso próprio, um problema
do qual podemos nem mesmo estar conscientes. É tão fácil ver um cisco no olho
dos outros, mas somos incapazes de ver a grande trave de madeira que está no
nosso olho.

Qual e a diferença entre julgar alguém e julgar seus acertos ou erros? Por que e
muito importante fazer essa distinção?

2º Rosh Chôdesh Adar I


Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Terumá, 4ª Alyá (Shemot [Êx] 26:15-26:30)
Tehilim 1-9; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 3
Leitura Anual: Vayikrá [Lv] 26, 27

60 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 11 de fevereiro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 2 Adar I 5776]

“Estarei sempre com vocês”


5. Mattityahu [Mt] terminou seus escritos sobre a Bessorá com algumas das
palavras mais encorajadoras de Yeshua: “estarei sempre com vocês, até o fim da
era (Olam Hazê)” (Mattityahu [Mt] 28:20). O que elas significam para nossa vida,
lutas, fracassos, decepções e até mesmo para os momentos em que achamos que
D’us falhou conosco?

Éinteressante que Mattityahu [Mt] tenha começado seus escritos sobre as boas
novas com palavras semelhantes.
Depois de especificar todos os ascendentes e relatar a visita do anjo, primeiro
a Mirian, depois a Yosef, Mattityahu [Mt] explicou que quem nasceria seria Ima-
nu’el (‫)עִ מָ נּו אֵ ל‬, “D’us conosco”, (Mattityahu [Mt] 1:23).
Várias vezes na Bíblia, D’us fez a promessa: “Estarei com você”. Ele prometeu
estar com Yitzchak (B’reshit [Gn] 26:24), com Ya’akov (B’reshit [Gn] 28:15), com
Yirmeyahu (Yirmeyahu [Jr] 1:8, 19) e com o povo de Israel (Yesha’yahu [Is] 41:10;
43:5). O contexto de muitas dessas referências é o tempo das dificuldades e ame-
aças, quando as palavras divinas teriam muitíssima relevância.
Um verso paralelo usa palavras semelhantes: “Nunca faltarei a você, nunca o
abandonarei” (Hebreus 13:5). Apenas alguns versos depois, o autor acrescenta:
“Yeshua o Mashiach é o mesmo, ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13:8). Essa
promessa também é repetida várias vezes. Na verdade, ela vem da ocasião em que
Moshê transferiu a liderança para Y’hoshua [Js] (D’varim [Dt] 31:6, 8), e D’us re-
petiu a frase para Y’hoshua [Js] após a morte de Moshê: “Serei contigo; não te de-
sampararei e não te deixarei.” (Y’hoshua [Js] 1:5). Quando David passou o reino
para Shlomo, disse a ele, da mesma forma, que D’us não o deixaria nem o aban-
donaria (Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 28:20).
O Mashiach, que nunca muda, que está sempre conosco, ofereceu firme con-
fiança a nossos antepassados na confiança. Eles estavam enfrentando dificuldades
e provas, ou estavam prestes a empreender o maior desafio de sua vida, mas lhes
foi assegurada a contínua presença de D’us.
Essas palavras de encorajamento são significativas para a congregação do
Mashiach no tempo do fim. A promessa de Yeshua de estar conosco até o fim está
no contexto da ordem para fazer talmidim, indo, imergindo e ensinando. Portanto,
é aí que está o foco: na alegria de levar pessoas à Teshuvá para que elas não ter-
minem do lado derrotado no grande conflito.

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Terumá, 5ª Alyá (Shemot [Êx] 26:31-26:37)
Tehilim 10-17; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 4
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 1–3

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 61


sexta, 12 de fevereiro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 3 Adar I 5776]

Estudo adicional
O escritor Leon wieseltier escreveu sobre algo que ele classificou como “uma
das histórias mais tristes do mundo”. Ele contou de um cidadão inglês, por
nome S. B., cego desde o nascimento. Contudo, a boa notícia foi que, aos 52
anos de idade, S. B. fez um transplante de córneas que lhe proporcionou a visão.
pela primeira vez na vida, S. B. foi capaz de enxergar! deve ter sido algo incri-
velmente emocionante para ele, finalmente, ver o mundo que havia se mostrado
ao seu redor durante toda sua vida, mas estivera, literalmente, longe dos seus
olhos. Entretanto, wieseltier citou o livro em que leu inicialmente a história. S.
B., dizia o autor, “achou o mundo sem graça, e ficou contrariado com as pinturas
descascadas e manchas. [...] Ele começou a notar cada vez mais as imperfeições
das coisas, e examinava pequenas irregularidades e marcas na pintura e na ma-
deira, o que ele achava desagradável, pois esperava, evidentemente, um mundo
ais perfeito. Ele gostava das cores brilhantes, mas ficava deprimido quando a luz
se desvanecia. Sua depressão se tornou pronunciada e generalizada. Ele foi desis-
tindo gradualmente da vida ativa, e três anos depois morreu” (www.newrepublic.
com/ article/113312). Que incrível! Embora até certo ponto seja difícil entender
essa atitude, por outro lado é possível entender. Nosso mundo é um lugar danifi-
cado. O grande conflito está sendo travado aqui há cerca de seis mil anos. uma
guerra de seis mil anos deixa muita destruição em seu rastro. Apesar de todas as
nossas tentativas de tornar o mundo melhor, a trajetória parece não seguir na di-
reção certa. Na verdade, as coisas só vão piorar. por isso, precisamos da promessa
de Gueulá, que chega a nós somente por meio da vitória do Mashiach no grande
conflito, assegurada pela morte, ressurreição e oferecida livremente a todos nós.

Perguntas para reflexão


1. Que lições você pode aprender com a história de S.B.?
2. Se um amigo ou familiar fez algo errado, como lidar com esse problema de
uma forma que não julgue a pessoa nem pareça julgá-la?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Terumá, 6ª Alyá (Shemot [Êx] 27:1-27:8)
Tehilim 18-22; Leitura reavivados por Sua palavra: Shoftim [Jz] 5
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 4–6

62 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 13 de fevereiro [‫ שבת‬Shabat 4 Adar I 5776]

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Terumá, 7ª Alyá (Shemot [Êx] 27:9-27:19)
Tehilim 23-28; Leitura reavivados por Sua palavra: Shoftim [Jz] 6
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 7, 8

COSTUMES DESTA SEMANA


ROSH CHôDESH ADAR I
dois Rosh Chôdesh (Cabeça do mês) para Adar I (quando um mês tem 30 dias, o
último dia do mês e o primeiro do mês seguinte servem como Rosh Chôdesh do mês
vindouro).

porções especiais são acrescentadas às preces diárias. muitos têm o costume de


marcar Rosh Chôdesh com uma refeição festiva e redução na atividade de traba-
lho.

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 63


Lição 8 14 a 20 de fevereiro [5 a 11 Adar I]

Companheiros de armas
VERSO PARA MEMORIZAR: :“Eles disseram um ao outro: “Nosso coração
não queimava enquanto ele nos falou no caminho expondo-nos o Tanakh?” (Lucas
24:32).

LEITURAS DA SEMANA: Lucas 5:6-8, 11; Marcos 3:14; Mattityahu [Mt]


8:23-27; Marcos 4:35-41; Marcos 9:33-37; Mattityahu [Mt] 20:20-28

D esde os primeiros dias de seu ministério, Yeshua não trabalhou sozinho. Esco-
lheu seres humanos para tomar parte na proclamação, no ensino e no minis-
tério. Embora os quatro escritos da bessorá se concentrem primariamente em Sua
vida, morte e ressurreição, muitas vezes isso é apresentado no contexto de Seus
talmidim, ou seja, aqueles que lhe eram mais próximos.
Assim, à medida que o grande conflito foi travado ferozmente em torno dele,
foi intensificado também em redor dos talmidim, até o fim, quando Yeshua excla-
mou: “Está consumado”. hasatan concluiu ser impossível fazer Yeshua tropeçar e
cair. Os seguidores do Mashiach, porém, eram presa muito mais fácil. As falhas de
caráter deles davam ao adversário um acesso do qual ele logo tiraria vantagem.
Orgulho, dúvida, obstinação, sentimento de superioridade, mesquinhez: não
importava quais fossem as falhas, elas abriam caminho para o adversário. Metade
do problema dos talmidim era que eles, tendo sua própria opinião a respeito do que
iria e devia acontecer, não deram ouvidos ao que Yeshua disse que aconteceria.
Eles tinham muitas lições duras a aprender. E, sem dúvida, nós também temos.

LEITURA PARASHÁ DA SEMANA


Parashá 20 ‫ תצוה‬TETSAVE [Ordenarás]: Shemot [Êx] 27.20-30.10
Haftará: Ychezk’el [Ezequiel] 43.10-27
B’rit Hadashá: Filipenses 4.10-20; Hebreus 13.10-17
Tehilim [Salmo] 65
Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista
Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos líderes David Cairns & Jerry Rodman das comunidades
judaico-adventista Vancouver, Walla Walla, WA and Portland, OR, USA.

64 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 14 de fevereiro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 5 Adar I 5776]

O chamado de Kefa
Q uando se considera a impressionante questão em jogo no grande conflito, é
espantoso que Yeshua tenha usado seres humanos para auxiliá-Lo no minis-
tério, especialmente pessoas tão falhas como as que Ele escolheu. É claro que, de
toda maneira, se considerarmos a condição da humanidade caída, ninguém que
Ele escolhesse seria isento de defeitos.
Andando ao longo da praia que ficava ao norte do lago Kinneret (Mar da
Galileia), e seguido por uma multidão de pessoas, Yeshua notou dois barcos de
pesca cujos proprietários estavam limpando as redes após uma noite improdutiva.
Esses pescadores já tinham certo conhecimento de Yeshua. Ele já havia ensinado
na sinagoga que frequentavam, onde havia surpreendido a todos com suas pala-
vras (Lucas 4:31, 32). Ele já havia até mandado embora o mau espírito de um
homem nessa sinagoga, e todos haviam ficado admirados (Lucas 4:33-36). Eles
tinham visto Yeshua na casa de Kefa, curando sua sogra (Lucas 4:38, 39), e mais
tarde, naquela noite, curando muitas outras pessoas (Lucas 4:40, 41).
Não é de admirar que uma multidão seguisse Yeshua ao longo da praia. Ele
entrou no barco de Kefa, afastou-se um pouco da praia, para que todos pudessem
vê-lo, e falou ao povo (Lucas 5:3). Quando terminou, disse a Kefa que lançasse ao
fundo, a pouca distância da praia, a rede que ele havia acabado de limpar. Kefa
certamente achou que aquilo não adiantaria nada, mas, em respeito a Yeshua, fez
o que Ele disse.

1. Leia Lucas 5:6-8. O que a reação de Kefa ensina sobre ele? Apesar das evi-
dentes falhas de Kefa, por que Yeshua o escolheu?

A reação de Kefa foi impressionante. Talvez tenha sido paralela à de Ya’akov


lutando com o anjo, com a mesma percepção da presença divina e um senso es-
magador de indignidade (B’reshit [Gn] 32:24-30). Uma coisa é clara: Kefa se
tornou consciente de que era pecador porque sabia que era o Eterno que estava
ali. Por exemplo, sua aberta confissão de pecado se encontra em nítido contraste
com a reação de alguns líderes religiosos que se referiram ao próprio Mashiach
como sendo pecador (Yochanan [Jo] 9:24), em vez de reconhecer, diante da pre-
sença dele, sua própria pecaminosidade.

Lucas 5:11 diz que aqueles homens, “deixando tudo para trás e o seguiram”, o que
significa que, quando as redes estavam tão cheias a ponto de se romper, eles deixaram
tudo para seguir Yeshua. Que mensagem há nisso para nós?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Tetsavê, 1ª Alyá (Shemot [Êx] 27:20-28:12)
Tehilim 29-34; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 7
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 9–11
Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 65
segunda, 15 de fevereiro [‫ יום שני‬Yom Sheni 6 Adar I 5776]

“Com Ele”
Q uando Yeshua chamou os primeiros talmidim nas praias do lago Kinneret (Ga-
lileia), eles já haviam testemunhado seu poder sobre o mal. Já o tinham visto
desafiar maus espíritos (Lucas 4:34-36), curar doentes (Lucas 4:38-41), controlar
a natureza (Lucas 5:4-6), revelar o pecado e depois tranquilizar Kefa dizendo que
ele não precisava temer (Lucas 5:10).
Algum tempo depois, após ter orado a noite inteira (Lucas 6:12), Yeshua reu-
niu seus talmidim e, daquele grupo maior, escolheu doze, aos quais chamou emis-
sários (Lucas 6:13;”enviados”). Antes de enviá-los, Yeshua passou algum tempo
com eles, dando-lhes instruções (Lucas 9:1-5), semelhantes aos detalhes apresen-
tados ao grupo maior de 70, algum tempo mais tarde (Lucas 10:1-16).

2. Leia Marcos 3:14. O que Yeshua desejava para eles antes de enviá-los sozi-
nhos? Que importante mensagem há para nós nesse texto?

Quantas vezes os talmidim modernos estão mais ansiosos para sair correndo e
trabalhar para D’us do que passar tempo com Ele? A simples realidade é que,
quando saímos para cumprir a comissão de levar as boas novas sobre o Messias em
nossa própria lista de coisas a fazer, deixamos de lado o Moshia do mundo e tenta-
mos nos colocar no lugar dele. É muito fácil ter um “complexo de Messias”, pen-
sando que compete a nós salvar o mundo, esquecendo-nos de que somente Yeshua
é o Moshia.
Não seria difícil dizer que grande parte da história dos crentes em Yeshua com
Mashiach foi manchada por aqueles que, professando o nome de Yeshua, não bus-
caram gastar tempo conhecendo-o e não foram transformados por ele. A última
coisa de que o mundo ou a congregação precisam é daqueles que saem correndo
em nome do Mashiach sem ter comunhão com ele. Uma das maiores manobras de
hasatan no grande conflito é atrair com habilidade os que reivindicam o nome do
Mashiach e usá-los para manchar esse nome. Portanto, antes de enviá-los, Yeshua
desejava que esses homens estivessem com Ele para aprender dele.

Para nos, que não temos a presença física de Yeshua, o que significa estar “com Ele”?
Na pratica, como podemos especificamente passar tempo com Ele?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Tetsavê, 2ª Alyá (Shemot [Êx] 28:13-28:30)
Tehilim 35-38; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 8
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 12–14

66 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 16 de fevereiro [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 7 Adar I 5776]

O domínio de Yeshua sobre a natureza


3. Leia Mattityahu [Mt] 8:23-27, Marcos 4:35-41 e Lucas 8:22-25. Como a
realidade do grande conflito é revelada nesses textos?

E mbora não compreendamos plenamente em que grau hasatan afeta o mundo


natural, a Bíblia revela que sua influência está ali, como vemos na história de
Iyov (ver Iyov [Jó] 1:18, 19). “Hasatan está mesmo agora procurando, por meio
de desastres em mar e terra, selar o destino do maior número possível de pesso-
as” (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 348 contextualizado), o que é outra
indicação de seu poder nessa área. Certamente, em meio aos desastres naturais
aparentemente incessantes que atingem o mundo, vemos a realidade do grande
conflito se desenrolando na Terra.
Nessa história específica, após um longo dia de ensino, quando a noite se
aproximava, Yeshua sugeriu que Ele e os emissários fossem para o lado oposto da
praia, que era menos habitado. No meio da viagem, uma feroz tempestade de ven-
to os apanhou de repente, e as ondas se chocavam contra o barco (Marcos 4:37).
Yeshua estava tão exausto que acabou dormindo na popa do barco, aparentemen-
te alheio à situação. Uma vez que os talmidim estavam tão ocupados em lutar
contra a tempestade, talvez tenha se passado algum tempo antes que percebessem
que Ele estava dormindo.
Inicialmente, Yeshua não disse nada quando clamaram a Ele. Não deu nenhu-
ma advertência para explicar a dificuldade em que estavam, nem sugeriu manei-

ras pelas quais os talmidim pudessem agir para ser vitoriosos na situação. Simples-
mente se levantou, ergueu a mão, disse ao vento e às ondas que se acalmassem e
se aquietassem, como se fossem apenas crianças desordeiras. Diante disso, os tal-
midim ficaram dominados pela reverência. “Entretanto eles estavam apavorados e
perguntavam uns aos outros: Quem pode ser este que até o vento e os ondas lhe
obedecem?” (Marcos 4:41).
Embora existam muitas lições nessa história, nela vemos a extensão do poder
do Mashiach e, assim, nossa necessidade de confiar nele, não importando o que
aconteça.

O Eterno tem poder ate mesmo sobre a natureza. No entanto, pelo menos em rela-
ção a nossa vontade Ele não impõe esse poder. O que isso nos diz sobre o cuidado que
devemos ter em relação ao uso do livre-arbítrio? A realidade do grande conflito não
deveria nos tornar mais cuidadosos ao usar esse dom?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Tetsavê, 3ª Alyá (Shemot [Êx] 28:31-28:43)
Tehilim 39-43; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 9
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 15, 16

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 67


quarta, 17 de fevereiro [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 8 Adar I 5776]

Quem é o maior?
4. Leia Marcos 9:33-37. Que lição Yeshua ensinou aos talmidim? Que mensa-
gem encontramos ali para os que afirmam seguir Yeshua? Mattityahu [Mt] 18:3-5

E sse debate entre os talmidim estava, sem dúvida, relacionado à visão que ti-
nham do futuro. Achavam que o Mashiach viria para libertar Israel dos roma-
nos, restauraria o reino de David e seria seu novo rei, em toda a glória que a nação
experimentou sob o governo do rei Shlomo. Quando isso acontecesse, sem dúvida
eles presumiam que, por fazer parte do círculo mais íntimo do Mashiach, teriam
papéis de destaque e importância no reino que logo seria restaurado. Mas nem
mesmo isso era suficiente: eles desejavam saber quem, dentre eles, seria o “maior”
no reino. Se isso não era uma ideia inspirada por hasatan, então o que mais pode-
ria ser? (Ver Yesha’yahu [Is] 14:14.)

5. Leia Mattityahu [Mt] 20:20-28. Como Yeshua respondeu à última pergunta?


Qual era a ideia principal que Ele queria transmitir?

Talvez a coisa mais decepcionante nesse patético incidente seja seu contexto.
Eles estavam a caminho de Yerushalayim, onde Yeshua estava prestes a ser morto.
Ele havia acabado de explicar que seria traído, condenado à morte, escarnecido,
açoitado e executado em uma estaca como um criminoso, mas ressuscitaria no
terceiro dia (Mattityahu [Mt] 20:18, 19). Logo que terminou de dizer tudo isso,
surgiu novamente a questão de quem seria o maior. Eles nem mesmo ouviram o
que Yeshua tinha dito. Era óbvio que não estavam prestando atenção. Interessa-
dos em suas próprias ambições, fruto de sua mesquinhez, perderam de vista as
grandes questões que estavam em jogo, concentrando-se nos falsos conceitos do
Olam Hazê que nunca existiria e ignorando o que Yeshua estava dizendo sobre o
Olam Habá que Ele oferecia por meio de sua morte iminente.

E fácil pensar na miopia e mesquinhez dos talmidim. Olhe para si mesmo e pergun-
te: “Que tipo de miopia e mesquinhez precisam ser removidas de minha vida?”

Estudo Diário
Leitura ChumashParashat Tetsavê, 4ª Alyá (Shemot [Êx] 29:1-29:18)
Tehilim 44-48; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 10
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 17–19

68 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 18 de fevereiro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 9 Adar I 5776]

Divino encontro com a Palavra


E ra o terceiro dia após a morte de Yeshua. Seus seguidores ainda estavam anes-
tesiados com o choque emocional. Eles haviam pensado que Ele aniquilaria os
romanos, mas parecia que os romanos o haviam aniquilado.
Muitos talmidim se reuniram com os emissários após a morte de Yeshua. Um
grupo de mulheres visitou o túmulo no primeiro dia da semana de madrugada.
Lucas menciona três delas, mas houve outras que tinham vindo com Yeshua de
Galil (Lucas 23:55; 24:1, 10). Elas voltaram do sepulcro vazio e contaram “aos
onze e aos demais” a respeito dos dois homens com vestes brilhantes que tinham
visto ali (Lucas 24:9).
Naquele primeiro dia da semana à tarde, dois seguidores de Yeshua estavam
voltando de Yerushalayim para sua casa em Amma’us (Lucas 24:13). A viagem
levava de duas a três horas. É provável que estivessem tão absortos em sua con-
versa sobre o que tinha acontecido no final de semana que não notaram um estra-
nho andando perto deles. Talvez nunca o tivessem notado se ele não tivesse en-
trado na conversa, perguntando por que estavam tristes (Lucas 24:17).
Cleopas não entendeu como o estranho podia estar tão mal informado a res-
peito das coisas que haviam acontecido. “O que?” perguntou o estranho (Lucas
24:19).

6. Leia Lucas 24:19-35. Que palavras dessas pessoas revelam sua falta de en-
tendimento, e como Yeshua lhes explicou a verdade?

Note que toda a ênfase de Yeshua estava nas Escrituras. Assim como ele recor-
reu às Escrituras em sua batalha contra hasatan no deserto, usou as Escrituras
posteriormente para afastar as trevas nas quais esses dois homens estavam mergu-
lhados. Somente depois de fundamentá-los nos ensinos do Tanakh a respeito de si
mesmo e de sua missão, Yeshua concedeu-lhes algumas experiências poderosas
para ajudar a reforçar esses ensinos bíblicos: primeiro, revelou-se a eles, mostran-
do que, de fato, havia ressuscitado dos mortos. Segundo, “desapareceu da presen-
ça deles” (v. 31). Após o estudo bíblico a respeito da morte expiatória do Mashia-
ch, que sem dúvida foi perfeitamente claro, e após essas poderosas experiências, os
dois homens tiveram muitas razões para confiar no Mashiach.

Nesse episódio e ao longo de todos os escritos da Bessorá, Yeshua colocou a Palavra


de D’us na frente e no centro de tudo. Como podemos nos guardar contra todo pensa-
mento que nos faça questionar a autoridade das Escrituras?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Tetsavê, 5ª Alyá (Shemot [Êx] 29:19-29:37)
Tehilim 49-54; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 11
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 20, 21

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 69


sexta, 19 de fevereiro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 10 Adar I 5776]

Estudo adicional
Q uando esteve na Terra, Yeshua expulsou maus espíritos (ruchot hatemeiot)
(Lucas 6:18), deu esperança aos desesperados (Lucas 6:20-23), mostrou às
pessoas como viver o amor de hashem (Lucas 6:27-49), trouxe refuah shlema ao
servo do centurião (Lucas 7:2-10), ressuscitou o filho de uma viúva (Lucas 7:12-
16), acalmou uma tempestade (Lucas 8:22-25), expulsou os maus espíritos (she-
dim) do geraseno (Lucas 8:26-39), trouxe refuah shlema a mulher que tinha um
fluxo de sangue havia 12 anos (Lucas 8:43-48), ressuscitou a filha de Ya’ir (Lucas
8:41, 42, 49-56) e ressuscitou até mesmo El’azar, que estava morto havia quatro
dias (Yochanan [Jo] 11:39-44).
Ele fez tudo isso e muito mais, contudo as pessoas ainda tinham dificuldade
para crer nele. “mesmo os próprios talmidim do Mashiach eram vagarosos em
aprender e compreender. Apesar de seu amor por Ele e de sua reverência em re-
lação ao caráter dele, vacilavam para crer que ele era o Filho de D’us (Ben HaE-
lohim). A frequente referência deles às tradições dos pais e sua contínua má com-
preensão de seus discursos mostram como era difícil se libertarem da superstição”
(manuscript releases, v. 18, p. 116 contextualizado). A emunah é um dom de
D’us, mas as pessoas podem rejeitá-la. Isso ocorre porque, como já fomos adverti-
dos, hasatan é real, o grande conflito é real e o inimigo faz de tudo para promover
dúvida e descrença em nós. A Yeshuah (salvação) é encontrada por meio da con-
fiança no que o Mashiach fez por nós; hasatan sabe disso e, por isso, fará tudo o que
puder para nos desviar dessa confiança. Felizmente, e precisamos sempre nos lem-
brar disso, Yeshua é infinitamente mais poderoso do que o malshin (acusador) e, se
nos apegarmos a Ele, hasatan não poderá nos derrotar.

Perguntas para reflexão


1. Que resposta você daria a alguém que lhe perguntasse o seguinte: “Se Yeshua
tem tanto poder sobre a natureza, por que tantas pessoas, e até mesmo os fiéis
religiosos, são vítimas de desastres naturais?” Como a realidade do grande conflito
se encaixa na resposta?
2. Yeshua escolheu pessoas falhas para trabalhar com Ele. Que esperança isso
dá a você a respeito da maneira pela qual Ele pode usá-lo?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Tetsavê, 6ª Alyá (Shemot [Êx] 29:38-29:46)
Tehilim 55-59; Leitura reavivados por Sua palavra: Shoftim [Jz] 12
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 22–24

70 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 20 de fevereiro [‫ שבת‬Shabat 11 Adar I 5776]

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Tetsavê, 7ª Alyá (Shemot [Êx] 30:1-30:10)
Tehilim 60-65; Leitura reavivados por Sua palavra: Shoftim [Jz] 13
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 25–27

Fim do horário de verão


O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 71


Lição 9 21 a 27 de fevereiro [12 a 18 Adar I]

O grande conflito e a Kehilá do primeiro século


VERSO PARA MEMORIZAR: “Percebendo a ousadia de Kefa e de
Yochanan, e sabendo que eles eram amha’aretz sem instrução, ficaram admirados,
e reconheceram também que eles haviam estado com Yeshua.” (Atos 4:13).

LEITURAS DA SEMANA: Atos 1:6-8; 2:5-12; B’reshit [Gn] 11:1-9; Atos


4:1-30; 7:54; 10:12-29

A maior barreira que Yeshua enfrentou em Seus seguidores foram suas opiniões
preconcebidas. Os talmidim prestavam pouca atenção às palavras de Yeshua,
caso elas não estivessem de acordo com suas próprias ideias a respeito de quem
ele deveria ser. Até no momento da ascensão de Yeshua, os talmidim ainda estavam
perguntando quando ele libertaria Israel dos romanos.
Somente depois de dez dias de tefilah e de íntima comunhão na presença de
D’us, os pressupostos dominantes foram finalmente substituídos pela verdade, e
os talmidim ficaram prontos para ouvir o que D’us lhes diria. Isso preparou o ca-
minho para os eventos daquele primeiro Shavuot ocorrido após a morte de Yeshua.
Na lição desta semana, veremos o tema do grande conflito desenvolvido de
várias formas. Veremos o assunto revelado abertamente, quando os que estavam
no poder foram inspirados por hasatan para reprimir a verdade. Mas também o
veremos ocorrendo num lugar mais sutil, porém mais importante: o coração hu-
mano.

LEITURA PARASHÁ DA SEMANA


Parashá 21 ‫ כי תשא‬KI TISSA [Quando Fizeres]: Shemot [Êx] 30.11-34.35
Haftará: M’lakhim Alef [1 Reis] 18.1-39
B’rit Hadashá: Lucas 11.14-20; Atos 7.35- 8.1; 1 Corintios 10.1-13; 2 Coríntios
3.1-18;1 Coríntios 8.4-13
Tehilim [Salmo] 75

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelo povo judeu na França.

72 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 21 de fevereiro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 12 Adar I 5776]

Um novo começo
A pós Sua ressurreição, Yeshua passou 40 dias encontrando-Se com os talmi-
dim para confirmar a ressurreição e ajudá-los a compreender melhor o Olam
Habá - reino de D’us (Atos 1:3; 1Coríntios 15:4-7). Contudo, até o momento em
que estavam reunidos, pouco antes que Ele partisse para o Céu, o tema que ainda
predominava na mente deles era se aquela era ou não a época de Yeshua finalmen-
te vencer os romanos (Atos 1:6).
Suas próprias ideias quanto ao que devia acontecer eram tão fortes que eles
simplesmente não ouviram as palavras de Yeshua. Mesmo depois de três anos e
meio de instruções detalhadas (o equivalente a um curso de faculdade) ministra-
das pelo melhor Moré que o mundo já conheceu, os talmidim ainda tinham muitas
noções erradas a desaprender.

1. Leia Atos 1:6-8. Diante dessa “cegueira espiritual”, como Yeshua respon-
deu?

Yeshua Se concentrou na verdadeira questão, em vez de perder tempo tentan-


do corrigir cada ponto que eles não compreendiam. O poder que o Ruach HaKo-
desh traria era muito mais importante do que discussões políticas.
Depois de verem Yeshua subir até as nuvens e desaparecer, os talmidim nota-
ram dois homens vestidos de branco em pé junto a eles. Esses dois anjos na forma
humana lhes disseram que Yeshua voltaria. Assim como Ele havia sido recebido no
Céu como Melech HaMashiach vencedor, viria novamente como o Rei e Conquis-
tador que eles sonhavam quando Lhe perguntaram sobre a restauração do reino a
Israel. Mas esse dia superará até os maiores sonhos deles, pois Ele virá como Rei
(Melech) de toda a criação, e não apenas como rei de uma faixa de terra no
Oriente Próximo.
Os onze talmidim saíram do Har HaZeitim [Monte das Oliveiras] e voltaram
a Yerushalayim com a mente fervilhando de recordações e o coração ardendo com
as verdades reveladas por Yeshua (pelo menos as que eles compreendiam). Mas
eles precisavam de algo mais. Ele lhes disse que esperassem alguns dias até fossem
imersos no Ruach HaKodesh (Atos 1:4, 5), pois embora o inimigo tivesse sido der-
rotado, não havia ainda sido eliminado, e eles precisariam do poder do alto para
fazer o que Yeshua os havia chamado a fazer.

Leia Atos 1:14. O que mudou no relacionamento entre os talmidim, em compara-


ção com o relato de Mattityahu [Mt] 20:20-24? Que mensagem há para nos nessa
mudança de atitude? Como colocar de lado o eu a fim de nos prepararmos para quando
HaShem derramar seu Espírito [Ruach HaKodesh] sobre todas as pessoas (Atos 2:17;
Yo’el [Jl] 3:1-5(2:28-32)) ?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Ki Tissá, 1ª Alyá (Shemot [Êx] 30:11-31:17)
Tehilim 66-68; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 14
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 28–30

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 73


segunda, 22 de fevereiro [‫ יום שני‬Yom Sheni 13 Adar I 5776]

Em Shavuot
D urante dez dias os seguidores de Yeshua oraram, avaliaram sua experiência
com Ele à luz das Escrituras, demonstraram humildade e aceitação da parte
de uns para com os outros e, finalmente, permitiram que o Ruach HaKodesh os
impressionasse com a verdade. Assim como o Ruach pairou sobre a face do abismo
no princípio do processo da criação, pairou também sobre cada um dos talmidim,
parecendo línguas de fogo distribuídas sobre cada um deles (Atos 2:2, 3). Foi um
novo princípio, uma nova criação.

2. Leia Atos 2:5-12. Qual é o significado do que aconteceu nesse relato? Com-
pare com B’reshit [Gn] 11:1-9

Algum tempo após o dilúvio, os habitantes da Terra decidiram construir uma


torre que alcançasse os céus (B’reshit [Gn] 11:1-9). Para impedir esse empreendi-
mento arrogante e insensato, bem como as novas maldades que eles estavam pla-
nejando fazer (B’reshit [Gn] 11:5, 6), D’us confundiu sua linguagem comum e os
espalhou-os “por sobre toda a Terra” (B’reshit [Gn] 11:7-9). Em Shavuot, D’us fez
o oposto. Ali Ele não viu um grupo de pessoas construindo uma nova torre de
Babel, mas contemplou emissários prontos para proclamar as boas-novas de que o
mal, um dia, seria banido para sempre.
Havia em Yerushalayim naquele dia judeus religiosos vindos “de todas as na-
ções debaixo do céu” (Atos 2:5; comparar com a dispersão na torre de Babel), e
elas se ajuntaram, perplexas, à medida que cada uma delas ouvia sua própria lín-
gua sendo falada pelos talmidim (Atos 2:6-11).
Kefa usou aquilo como oportunidade de se dirigir a elas: falou de um derrama-
mento do Ruach HaKodesh (profetizado em Yo’el [Jl] 3:1-5) que prepararia as
pessoas para se encontrar com D’us (Atos 2:17-21); enfatizou a verdadeira missão
do Messias e censurou aqueles que o haviam executado em uma estaca. Então,
“ficaram com o coração compungido” (Atos 2:37), e 3.000 pessoas foram imersas
(fizeram a sua tevilá de teshuvá), unindo-se aos talmidim (Atos 2:41).

Alguns que, sob o engano de hasatan, consentiram na morte de Yeshua, depois, sob
a influencia do Ruach HaKodesh, e fizeram teshuvá. O que isso nos diz sobre o poder
de D’us, não só para perdoar os piores pecados, mas também para transformar os mais
endurecidos corações?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Ki Tissá, 2ª Alyá (Shemot [Êx] 31:18-33:11)
Tehilim 69-71; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 15
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 31, 32

74 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 23 de fevereiro [‫ יום שלישי‬Yom Shlish 14 Adar I 5776]

Enfrentando alguns tz’dukim


3. Leia Atos 4:1-30. Como o tema do grande conflito se manifestou nessa
ocasião? Seria esse um exemplo de como ele se desenvolveu ao longo da História?
Como vemos a atuação de hasatan e a atuação de HaShem nesse relato?

“O s kohanim e príncipes viram que o Mashiach era mais enaltecido do que eles.
Ouvindo os tz’dukim, que não acreditavam na ressurreição, os emissários
declararando que o Mashiach havia ressuscitado dos mortos, ficaram irados, com-
preendendo que, se fosse permitido que os emissários proclamassem um Moshia
ressuscitado e operassem milagres em nome dele, a doutrina de que não haveria
ressurreição seria rejeitada por todos e a seita dos tz’dukim logo se extinguiria”
(Atos dos Apóstolos, p. 78 contextualizado).
O que mais perturbou esses líderes foi a cura que o Eterno operou por inter-
médio de Kefa (At 3:1-10). Mas, quando confrontados pelos líderes, os talmidim
não vacilaram. Os kohanim não estavam esperando isso da parte de “am’ha’eretz
sem instrução” (Atos 4:13). Mandando os talmidim saírem do lugar, consultaram-
se entre si, pensando que, se ordenassem aos homens que não ensinassem em
nome de Yeshua, eles obedeceriam mansamente (Atos 4:18). Como estavam equi-
vocados!
Em vez de fazer isso, os talmidim voltaram, uniram-se aos outros e, juntos,
louvaram a D’us (Atos 4:24). Eles oraram para ter mais ousadia e para que D’us
estendesse a mão para realizar mais refuah shlema (Atos 4:29, 30). Não precisa-
ram esperar muito tempo. Devido à crescente popularidade dos talmidim, as pes-
soas chegaram ao ponto de trazer seus doentes para as ruas a fim de que, quando
Kefa passasse, pelo menos sua sombra incidisse sobre eles (Atos 5:15). Multidões
vinham de cidades próximas e seus doentes eram todos curados (Atos 5:16).
Em tudo isso, podemos ver o grande conflito se manifestando: alguns líderes
inescrupulosos buscando suprimir a verdade; pessoas fiéis lendo a Bíblia e orando
pelo poder divino; doenças curadas e corações alcançados. Embora as coisas, pelo
menos à primeira vista, nem sempre terminem tão bem como nesse caso, nunca
devemos nos esquecer de como, no fim, o grande conflito terminará, e certa é a
vitória final, que é nossa por causa do que Yeshua realizou em favor da humanida-
de.

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Ki Tissá, 3ª Alyá (Shemot [Êx] 33:12-33:16)
Tehilim 72-76; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 16
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 33, 34

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 75


quarta, 24 de fevereiro [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 15 Adar I 5776]

O martírio de Estêvão
N o I século da era comum (e.c.), os talmidim não foram os únicos a ser con-
frontados por alguns líderes religiosos. Estêvão, que era “cheio de graça e
poder(Chen v’Chesed HaShem e Ko’ach), realizava grandes milagres e sinais (otot e
moftim gedolim) em meio do povo” (Atos 6:8), foi conduzido à presença deles. Na
verdade, seu testemunho foi tão poderoso que seus oponentes da Sinagoga “dos
Libertos” - composta pelos judeus de Cirene e de Alexandria, da Cilícia e da pro-
víncia da Ásia fabricaram histórias falsas e incriminadoras a respeito dele, devido
às quais ele foi levado perante o sanhedrin (Atos 6:9-14).

4. Em Atos 7:2-53, Estêvão deu uma poderosa resposta àqueles que o acusa-
vam. Eles “ficaram furiosos” (Atos 7:54), isto é, se sentiram culpados diante das
palavras dele. Em Atos 2:37, outras pessoas se sentiram culpadas ao ouvir uma
acusação semelhante. Qual foi a diferença na reação ao sentimento de culpa, e o
que isso nos diz a respeito de como é essencial ter um coração submisso diante de
D’us?

Até então os emissários haviam desafiado alguns os líderes e escapado da pu-


nição, mas quando Estêvão tentou fazer o mesmo, foi morto por uma turba enfu-
recida. A morte de Estêvão marcou o início de um esforço concentrado da parte
de hasatan para eliminar a propagação das boas novas de Yeshua como Mashiach.
Até esse ponto, os seguidores de Yeshua haviam sido perseguidos e ameaçados,
porém Estêvão foi o primeiro a ser morto. Mas o que eles esperavam? Se hasatan
conseguiu inspirar alguns líderes a executar Yeshua, seus seguidores certamente
não devem ter esperado que com eles fosse diferente.
Naturalmente, ao longo de todo o grande conflito, o Eterno, vez após vez,
trouxe vitória a partir do que muitas vezes parecia derrota. Não foi diferente nes-
se caso.
“Depois da morte de Estêvão, Sha’ul foi eleito membro do conselho do Sanhe-
drin, em consideração à parte que havia desempenhado naquela ocasião. Durante
algum tempo foi instrumento poderoso nas mãos do adversário para promover sua
rebelião contra o Filho de D’us. Logo, porém, esse implacável perseguidor deveria
ser usado para fortalecer a Kehilá que agora estava combatendo. Alguém, mais
poderoso que hasatan, escolheu Sha’ul para tomar o lugar do martirizado Estêvão,
a fim de proclamar e sofrer pelo seu nome e propagar extensamente as novas da
Yeshuah por meio de seu sangue” (Atos dos Apóstolos, p. 102 contextualizado).

As vezes vemos o bem resultar do mal. Isso e ótimo. O que fazemos, porem,
quando percebemos que o mal resulta em um mal ainda maior?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Ki Tissá, 4ª Alyá (Shemot [Êx] 33:17-33:23)
Tehilim 77-78; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 17
Leitura Anual: B’midbar [Nm] 35, 36

76 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 25 de fevereiro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 16 Adar I 5776]

Mudança de atitude
O s talmidim não só lutavam com ideias preconcebidas que os impediam de
compreender o que Yeshua estava lhes ensinando, mas também compartilha-
vam os preconceitos nacionais. “Os judeus não se [davam] com os samaritanos
(povo de Shomrom)” (Yochanan [Jo] 4:9).
Os preconceitos nacionais também ficaram evidentes no relato de Cornélio,
centurião romano cuja base ficava em Cesárea. Cornélio era um homem “justo e
temente a D’us” (Atos 10:2), e altamente respeitado pelo povo local (v. 22). Um
anjo o instruiu a mandar buscar Kefa em Yafo (v. 22; ver também v. 3-8).
Enquanto isso, em Yafo, Kefa subiu ao terraço para orar (v. 9). Com o abrigo
do sol e a brisa fresca do mar, ele se descontraiu e começou a sentir fome. Enquan-
to esperava que seus anfitriões preparassem o almoço, teve uma estranha visão. O
céu se abriu e foi baixado algo semelhante a um imenso lençol amarrado pelas
quatro pontas. Dentro do pano estavam várias criaturas que ele considerava treif,
e lhe foi dito que as matasse e comesse (v. 11-14).

5. Qual foi a reação de Kefa quando foi instruído a ingerir comida “treif”, e o
que a visão significava? Atos 10:12-29

Nessa visão D’us ensinou a Kefa uma importante lição. Algumas pessoas hoje
acham que foi nessa ocasião que D’us mudou o regime alimentar kosher do ser
humano e permitiu que as pessoas comessem tudo o que quisessem. Mas não foi
isso o que Kefa entendeu da visão. Primeiro, ele ficou em dúvida a respeito do que
ela significava, pois, a princípio, isso não estava claro (Atos 10:17). Quando os
homens de Cornélio chegaram e explicaram sua missão, Kefa se sentiu compelido
a ir com eles (Atos 10:22, 23). Quando encontrou Cornélio, Kefa estava apto a
contar-lhe o significado da visão. O Mashiach é o Moshia do mundo todo. Os
goyim também são preciosas pessoas por quem o Mashiach morreu e ressuscitou
(Atos 10:34-48).
Kefa estava aprendendo uma lição que todos ainda precisam aprender: no
Mashiach, todas as barreiras foram derrubadas, e a distinção entre judeus e goyim,
entre todas as pessoas, deixou de existir e, que verdadeiramente D’us é imparcial;
“todos os que o temem e fazem o que é certo lhe são aceitáveis” (Atos 10:35).

E bom acreditar que todos somos um no Mashiach; a Bíblia ensina isso. Mas infe-
lizmente, mesmo na congregação, nem sempre nos sentimos assim. Como podemos reco-
nhecer os preconceitos que temos e, pelo poder divino, ser purificados desses sentimen-
tos?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Ki Tissá, 5ª Alyá (Shemot [Êx] 34:1-34:9)
Tehilim 79-82; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 18
Leitura Anual: D’varim [Dt] 1–3

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 77


sexta, 26 de fevereiro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 17 Adar I 5776]

Estudo adicional
O escritor russo Fiódor dostoiévski escreveu sobre a volta de Yeshua à Terra,
mas não da maneira predita na Bíblia. Em vez disso, na história que ele in-
ventou, Yeshua voltou no auge da Inquisição, quando os líderes religiosos usavam
seu poder para o mal. O chefe da Inquisição mandou prender Yeshua, que veio
como humilde camponês, e mandou lançá-Lo num calabouço. Naquela noite ele
visitou Yeshua na prisão e o repreendeu severamente por dar liberdade aos seres
humanos. “Em vez de tirar a liberdade dos homens”, declarou ele, “Tu a tornaste
maior do que nunca! Esqueceste de que o homem prefere a paz, e até mesmo a
morte, a ter a liberdade de escolha no conhecimento do bem e do mal? Nada é
mais sedutor para o homem do que sua liberdade de consciência, mas nada lhe
causa mais sofrimento.” Apesar da audácia e do cinismo do clérigo, há uma certa
dose de verdade em suas palavras. Veja o que os seres humanos fizeram com sua
liberdade: a dor, o mal, o sofrimento e a morte surgiram com a liberdade, ou com
o abuso dela. Como vimos nesta semana, alguns, quando confrontados com ha-
Bessorá, fizeram teshuvá e entregaram o coração ao Melech HaMashiach. Outros,
quando confrontados com ele, assassinaram o mensageiro. A liberdade é um dom
precioso, mas precisamos ser muito cuidadosos em nossa maneira de usá-la.

Perguntas para reflexão


1. Os Escritos da B’rit Hadashá enfatizam a unidade que temos no Mashiach.
Essa é uma ideia poderosa, que foi revolucionária para aquela época. Infelizmen-
te, um dos maiores males que ainda existem é o preconceito étnico, racial e nacio-
nal. Só hashem sabe a plena extensão dos efeitos causados por esse mal. Embora
saibamos que isso existe no mundo, acaso se manifesta também em nossa congre-
gação? por que essa atitude contradiz o ensino mais básico da bessorá?
2. Como você reage ao sentir a convicção do pecado, produzida pelo Ruach
HaKodesh? É no coração que o grande conflito é verdadeiramente travado. Como
as escolhas que você faz quando é convencido do pecado pelo Espírito (Ruach)
revelam de que lado você está?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Ki Tissá, 6ª Alyá (Shemot [Êx] 34:10-34:26)
Tehilim 83-87; Leitura reavivados por Sua palavra: Shoftim [Jz] 19
Leitura Anual: D’varim [dt] 4–7

78 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 27 de fevereiro [‫ שבת‬Shabat 18 Adar I 5776]

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Ki Tissá, 7ª Alyá (Shemot [Êx] 34:27-34:35)
Tehilim 88-89; Leitura reavivados por Sua palavra: Shoftim [Jz] 20
Leitura Anual: D’varim [dt] 8–10

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 79


Lição 10 28 de fevereiro a 5 de março [19 a 25 Adar I]

Sha’ul e a rebelião
VERSO PARA MEMORIZAR:“Quando o que perece se revestir de impereci-
bilidade e o que é mortal se revestir de imortalidade, então esta passagem do Tanakh
será cumprida: A morte foi consumida pela vitória” (1Coríntios 15:54 citando
Yesha’yahu [Is] 22:13; 56:12).

LEITURAS DA SEMANA: Romanos 5:12-21; 1Corintios 3:12-17; 12:14-26;


Efésios 6:11-17; 1Corintios 15:12-18.

O s escritos de Sha’ul estão repletos do tema do grande conflito. Não há dúvi-


da de que Sha’ul acreditava não só na realidade de hasatan, mas também na
realidade de sua obra de engano e morte. Em numerosos lugares, Sha’ul advertiu
a respeito das “táticas enganosas” de hasatan (Efésios 6:11), sobre seus poderosos
enganos (2 Coríntios 11:14) e, até mesmo, a respeito de seus poderes sobrenatu-
rais (2Tessalonisenses 2:9).
Mas, como os leitores dos escritos de Sha’ul sabem, a ênfase do apóstolo sem-
pre esteve no Mashiach e em Sua vitória final em nosso favor. Por mais que o ini-
migo tenha obtido Exito em vencer o povo da aliança de D’us, ao longo dos sécu-
los, ele falhou completamente com relação a Yeshua, pois nele se cumpriram todas
as promessas da aliança, assegurando assim a salvação para todos os que a reivin-
dicarem em confiança e obediência, tanto judeus quanto goyim. A fidelidade do
Mashiach assegura também a destruição final de hasatan (Hebreus 2:14) e o fim do
grande conflito.
Nesta semana examinaremos algumas figuras e metáforas que Sha’ul usou para
explicar a realidade da batalha, e como devemos viver, trabalhando juntos para o
bem do todo, uma vez que somos uma Kehilá e uma comunidade de crentes en-
volvidos nessa luta cósmica.

LEITURA PARASHÁ DA SEMANA


Parashá 22 ‫ ויקהל‬VAIAKHEL [E convocou] Shemot [Êx] 35.1-38.20
Haftará: M’lakhim Alef [1Rs] 7:13-26; M’lakhim Alef [1Rs] 7.40-50
B’rit Hadashá: 2 Coríntios 9.1-15; Hebreus 9.1-14; Revelação 11.1-13; Hebreus
9.1-11
Tehilim [Sl] 61

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelo líder Mark Hart da comunidade judaico-adventista de Bal-
timore, MD, USA.

80 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 28 de fevereiro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 19 Adar I 5776]

Adam e Yeshua
E mbora Sha’ul seja mais conhecido por sua clara exposição da Bessorá, sua ex-
planação do grande conflito também é fundamental. Em meio a seus ensinos
das boas-novas sobre o Mashiach, ele resumiu suas ideias principais: fomos “consi-
derados justos diantes de D’us por causa de nossa confiança” por meio de Yeshua o
Mashiach (Romanos 5:1); temos acesso direto a D’us e “alegremo-nos na esperan-
ça”(v. 2); além disso, as tribulações não mais nos preocupam (v. 3-5). Ele apresen-
ta também a certeza de que “o Messias ter morrido a nosso favor enquanto ainda
éramos pecadores.” (v. 8, ARC), e que estamos agora “libertos” pela vida e morte
do Mashiach em nosso favor. Somos também poupados do juízo de D’us contra o
pecado (v. 9, 10) e nos gloriamos porque fomos reconciliados com Ele (v. 11).

1. Leia Romanos 5:12-21. De que forma o grande conflito é revelado nesses


versos?
Após falar sobre o que o Mashiach fez por nós, Sha’ul explicou como Yeshua fez

isso. A menos que o dano causado por Adam junto à árvore no Gan ‘Eden fosse
reparado, não haveria esperança de um futuro Eterno, e hasatan triunfaria no
grande conflito. Adam (‫ )אדם‬trouxe morte a todos por causa do que ele fez (Ro-
manos 5:12). Mesmo a apresentação dos Asseret Hadibrot (dez mandamentos)
no monte Sinai não pôde deter a morte e o problema do pecado. A Torah somen-
te esclarece o que é o pecado; ela não é a solução para o pecado. O problema do
pecado e da morte só poderia ser resolvido por meio do Dahm (sangue) do Mashia-
ch e morte sacrificial (Yeshayahu 53:11-12). Yeshua pagou a dívida por meio do
“presente gratuito” de Sua própria vida (Romanos 5:15, 16).
Então a humanidade podia ser restaurada. Assim como a morte “reinou” por
causa do pecado de Adam, a “graça superabundante(Chen v’Chesed HaShem)”
e o “dom da justiça (Matnat HaTzedakah)” podiam reinar por causa da fidelidade
de Yeshua (Romanos 5:17). Não é justo que tenhamos perdido o paraíso por causa
de Adam. Não tivemos parte em sua escolha errada, mas sofremos as consequên-
cias dela. Contudo, também não é justo que recuperemos o paraíso. Não tivemos
nada a ver com o que Yeshua fez a cerca de dois mil anos atrás. Sha’ul resumiu seu
argumento em Romanos 5:18-21. O primeiro Adam trouxe condenação e morte;
o segundo trouxe reconciliação e vida.

“D’us prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter o Mashiach morrido
por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8). Coloque seu nome aí e reivindique
essa dádiva para você. Que esperança ela lhe dá?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vayak’hel, 1ª Alyá (Shemot [Êx] 35:1-35:20)
Tehilim 90-96; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Shoftim [Jz] 21
Leitura Anual: D’varim [Dt] 11–13

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 81


segunda, 29 de fevereiro [‫ יום שני‬Yom Sheni 20 Adar I 5776]

Edificação da Kehilá
“A Kehilá do Mashiach, débil e defeituosa como possa ser, é o único objeto sobre
a Terra a que Ele confere Sua suprema atenção” (Nos Lugares Celestiais, p.
284 contextualizado).
Em nenhum lugar essa clássica declaração de Ellen G. White é mais bem ilus-
trada do que na primeira carta de Sha’ul aos Coríntios. Em 1Coríntios 3, Sha’ul
comparou a Kehilá a uma lavoura na qual trabalham diferentes pessoas: uma delas
planta a semente, outra a rega, mas o próprio D’us é o responsável por seu cresci-
mento e amadurecimento (1Coríntios 3:4-9).
Sha’ul continuou seu pensamento descrevendo a Kehilá como um edifício.
Alguém lança o alicerce e depois vários outros constroem sobre ele (1Coríntios
3:10). Pelo fato de que o alicerce não é outro senão o Mashiach (1Co 3:11), os que
vêm depois precisam ter cuidado com o material que usam. O dia do juízo distin-
guirá se os materiais de construção usados foram bons ou foram de qualidade in-
ferior (1Coríntios 3:12-15).

2. Leia 1Coríntios 3:12-15. Compare com Mattityahu [Mt] 7:24-27. Quais são
as duas coisas que revelam de que lado do conflito estamos?

Agora, reflita nestas palavras: “Vocês não sabem que são o templo de D’us
[Heikhal HaShem] e que o Espírito de D’us vive em vocês? Se alguém destruir o
templo de D’us, D’us o destruirá. Porque o templo de D’us é santo, e vocês mes-
mo são esse templo” (1Coríntios 3:16, 17).
Precisamos notar duas coisas. A primeira é que o contexto está falando sobre
a Kehilá e sobre a forma pela qual ela é construída; não está falando primariamen-
te sobre saúde. D’us não destrói as pessoas que abusam de seu corpo com más
escolhas de estilo de vida; elas é que se destroem. (Mais adiante, em 1Coríntios
6:15-20, em relação às nossas escolhas morais, Sha’ul diz que nosso corpo é o tem-
plo do Ruach HaKodesh).
A segunda coisa é que, nesses dois versos, a palavra usada é “vocês”, um plu-
ral. A referência não é a uma pessoa, mas a um grupo. Portanto, se alguém faz
alguma coisa para destruir a Kehilá, essa pessoa está em sério problema. D’us está
advertindo que Ele destruirá a pessoa que tenta destruir a Kehilá.

Como ter certeza de que, em tudo que dizemos e fazemos, estamos edificando e não
destruindo a Kehilá?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vayak’hel, 2ª Alyá (Shemot [Êx] 35:21-35:29)
Tehilim 97-103; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Rut [Rt]
Leitura Anual: D’varim [Dt] 14, 15

82 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 1 de março [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 21 Adar I 5776]

A Kehilá como um corpo


O papel e as funções da Kehilá são distintamente apresentados em 1 Coríntios
12. Ali vemos a Kehilá comparada a um corpo, no qual cada membro tem seu
papel claramente definido e todos os membros trabalham juntos como um todo
harmônico (1Coríntios 12:12).

3. Leia 1Coríntios 12:14-26. Qual é a mensagem essencial desse texto?

Sha’ul falou de um modo aparentemente ridículo, cogitando o que acontece-


ria se um pé ou um ouvido dissessem que não são do corpo. Sha’ul ainda foi além,
especulando sobre o que aconteceria se o corpo todo fosse um olho ou um ouvido
(1Coríntios 12:17). Imagine uma grande orelha atravessando a sala para nos dizer
“Shalom”! Por mais ridículo que possa parecer, isso de fato acontece quando al-
guém tenta controlar a Kehilá como se fosse seu único proprietário.
Anteriormente, Sha’ul apresentou várias atividades realizadas na Kehilá, des-
crevendo cada uma delas como um dom do Ruach HaKodesh. Há os que falam
com sabedoria, e há outros que têm muito conhecimento das Escrituras (1Corín-
tios 12:8). Há aqueles cuja confiança é uma inspiração para todos, e há aqueles
que possuem dom de curar - refuah (matanot harippuy) (1Coríntios 12:9). Há
operadores de milagres, pessoas com discernimento profético, outras que conse-
guem distinguir com clareza entre o bem e o mal, e aqueles que podem ter a capa-
cidade de falar em tipos diferentes de línguas] (1Coríntios 12:10). Note que não
foram as pessoas envolvidas que decidiram qual seria sua habilidade, mas o Ruach
HaKodesh escolheu cada uma delas, vindas de contextos diferentes, para trazerem
edificação e união ao corpo, ou seja, à Kehilá (1Coríntios 12:11-13). Para destacar
esse fato importante, Sha’ul repetiu suas palavras: D’us é quem decide onde cada
membro se encaixa (1Coríntios 12:18).
E o mais importante: apesar dos muitos membros, há um só corpo; cada mem-
bro está vitalmente ligado a todos os outros, mesmo aqueles que não se conside-
ram muito valiosos (1Coríntios 12:20-24). Essa interdependência tem proteções
inerentes para garantir a segurança e o bem-estar de cada um. A interdependên-
cia entra em cena quando os sofrimentos e as alegrias são compartilhados (1Co-
ríntios 12:26).

Algumas pessoas lutam com doenças autoimunes, quando uma parte do corpo ata-
ca outra. Essas doenças podem ser debilitantes e, as vezes, fatais. Considerando as
passagens mencionadas hoje, como o inimigo trabalha para enfraquecer o corpo, e como
podemos ser usados por Adonai para ajudar a deter esse ataque?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vayak’hel, 3ª Alyá (Shemot [Êx] 35:30-36:7)
Tehilim 104-105; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Rut [Rt] 2
Leitura Anual: D’varim [Dt] 16, 17

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 83


quarta, 2 de março [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 22 Adar I 5776]

A armadura de D’us
A realidade do grande conflito e o fato de que estamos numa batalha literal
contra um adversário – inimigo real (Efésios 6:11) são revelados pelo uso que
Sha’ul fez de figuras alusivas à guerra, em Efésios 6.

4. Leia Efésios 6:11-17. O que esses versos dizem sobre o fato de que batalha
é muito real e pessoal?

O que conta não é a função das várias peças da armadura, mas o que essas
peças representam. Note que Sha’ul enfatizou que precisamos usar toda a armadu-
ra, não só determinadas partes dela. Ao fazer isso, permaneceremos inabaláveis
[“ficar firmes” ou “permanecer de pé”] (Efésios 6:13), uma metáfora usada nas
Escrituras para descrever inocência no julgamento (ver Tehilim 1:5). Em outras
palavras, seremos vitoriosos.
O que segura toda a armadura no lugar é o cinto, usado como metáfora da
verdade (Efésios 6:14 citando Yesha’yahu [Is] 11:5). Assim, a verdade é o que
mantém no lugar todas as nossas defesas espirituais. Muitas vezes Yeshua falou
sobre a verdade (Yochanan [Jo] 1:14, 17; 4:24; 8:32; 14:6). A seguir vem o peitoral
da justiça (Tzedek), (Efésios 6:14 citando Yesha’yahu [Is] 59:17; Yesha’yahu [Is]
11:5; Tehilim 132:9; Yesha’yahu [Is] 59:17); “justiça” é outra palavra-chave nos
discursos de Yeshua (por exemplo: Mattityahu [Mt] 5:6, 10; 6:33). Nos tempos dos
patriarcas e profetas havia a compreensão de que a justiça (Tzedakah – ‫)צדק‬
defendia a imparcialidade e assegurava que todos fossem tratados de maneira cor-
reta.
Os calçados militares (Efésios 6:15) representam o boas-novas de Shalom,
uma expressão tomada de Yesha’yahu [Is] 52:7, que fala sobre as pessoas andando
grandes distâncias para avisar àqueles que estavam no cativeiro que Yerushalayim
havia sido reconstruída e que D’us havia restaurado a liberdade de Seu povo. É
outra maneira de dizer que parte da luta contra o mal consiste em informar às
pessoas que D’us já venceu a batalha, e que elas podem, agora, viver em paz con-
sigo mesmas, com os outros e com D’us.
O escudo da confiança (Efésios 6:16) impede que “setas inflamados” atinjam
o alvo e causem grande destruição. O elmo (capacete) da libertação (Yeshuah)
(Efésios 6:17 citando Yesha’yahu [Is] 59:17) é paralelo à coroa que Yeshua compar-
tilha conosco (Revelação 1:6; 2:10), e a espada do Espírito - Ruach (a Palavra de
D’us) é nossa única arma de defesa, que deve ser usada como Yeshua a usou quan-
do tentado pelo malshin (acusador) (Mattytiahu 4:4, 7, 10).

A armadura precisa ser completa. O que isso nos diz sobre nossa total dependência
de D’us no grande conflito? Como ter certeza de que nenhuma parte do nosso corpo esta
desprotegida?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vayak’hel, 4ª Alyá (Shemot [Êx] 36:8-36:19)
Tehilim 106-107; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Rut [Rt] 3
Leitura Anual: D’varim [Dt] 18–20

84 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 3 de março [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 23 Adar I 5776]

O último inimigo
E videntemente, alguns da Kehilá de Corinto estavam confusos a respeito da
ressurreição. Sha’ul explicou cuidadosamente sua importância como elemen-
to-chave da Bessorá (1Coríntios 15:1-4). Parece que havia alguma preocupação
a respeito dos crentes que haviam morrido (1Coríntios 15:6), e alguns estavam
sugerindo que os que haviam morrido não participariam da volta do Mashiach
(1Coríntios 15:12). Essa situação era semelhante à de Tessalônica (1Tessaloni-
censes 4:13-17).

5. Leia 1Coríntios 15:12-18. Qual é a implicação de negar a ressurreição dos


mortos?

Sha’ul concluiu seu argumento dizendo que “se for só nesta vida que deposita-
mos a esperança no Mashiach, somos mais dignos de dó que os demais” (1Corín-
tios 15:19). Mas, ao contrário, o Mashiach de fato ressuscitou e Se tornou “as
primícias – Bikkurim - dentre os mortos” (1Coríntios 15:20).
Então Sha’ul comparou o Mashiach com Adam: “Assim como, em Adam, todos
morrem, assim também todos serão vivificados no Mashiach” (1Coríntios 15:22),
e especificou quando será essa ressurreição geral: “na Sua vinda” (1Coríntios
15:23). Posteriormente, no mesmo capítulo, ele continuou com a comparação dos
dois “Adamim” (1Coríntios 15:45-49). O primeiro Adam (homem) foi feito da
terra, feito de barro, mas o Adam celestial é do Céu; por isso, um dia também por-
taremos a imagem do Adam (homem) (1Coríntios 15:47-49). O significado disso
é explicado numa descrição do que acontece na segunda vinda: “Será em um
instante, em um piscar de olhos, no shofar final. Porque o shofar soará, e os mor-
tos serão ressuscitados para viver para sempre nós também seremos transforma-
dos. Porque este material, que pode se decompor, deve ser revestido de imperece-
bilidade ; este que é mortal deve ser revestido de imortalidade” (1Coríntios 15:52,
53). Embora Adam a princípio tenha sido feito para viver para sempre, a humani-
dade logo se deteriorou a ponto de viver apenas por um período de tempo relati-
vamente curto. Se vamos herdar a vida eterna, precisamos ser transformados para
durar para sempre, e isso nos será concedido.

Leia 1Coríntios 15:23-26. Embora estejamos imersos no grande conflito, e ainda


que a morte, o mal e as forcas movidas por hasatan pareçam dominar o mundo, o que
esses versos dizem sobre o final do grande conflito? Como aprender a olhar além do que
vemos e captar o que essas promessas significam para cada um de nos?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vayak’hel, 5ª Alyá (Shemot [Êx] 36:20-37:16)
Tehilim 108-112; Leitura RPSP: Rut [Rt] 4
Leitura Anual: D’varim [Dt] 21–23

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 85


sexta, 4 de março [‫ יום שישי‬Yom Shishi 24 Adar I 5776]

Estudo adicional
“p elo pecado, não apenas o homem, mas a Terra também havia passado para
o controle do adversário, e ela também devia ser restaurada pelo plano da
Gueulá. Quando D’us criou Adam, deu-lhe o domínio da Terra, mas ao ceder à
tentação, ele se colocou sob o poder de hasatan, e o domínio que exercia passou
para aquele que o venceu. Assim, hasatan se tornou ‘o deus do ‘olan hazeh’ (2
Coríntios 4:4). Ele usurpou o domínio sobre a Terra que, originalmente, havia
sido concedido a Adam. mas o Mashiach, pagando a penalidade do pecado por
meio de seu sacrifício, não somente libertaria o homem, mas recuperaria o domí-
nio do qual ele havia sido privado. Tudo que foi perdido pelo primeiro Adam será
restaurado pelo segundo” (The Signs of the Times, 4 de novembro de 1908 con-
textualizado). porém, ao olhar para o mundo ao redor, é fácil esquecer a verdade
fundamental de que hasatan está derrotado e de que “seu tempo é curto” (reve-
lação 12:12). mas a intervenção divina resolverá o problema do mal. Somente a
intervenção sobrenatural de D’us trará para nós as mudanças prometidas. Certa-
mente, não podemos solucionar os problemas por nós mesmos.

Perguntas para reflexão


1. “Fraca e defeituosa, precisando constantemente ser advertida e aconselha-
da, a Kehilá é, contudo, objeto da suprema atenção do Mashiach. Ele está fazendo
experiências com a graça nos corações humanos, e está efetuando transformações
de caráter que deixam os anjos assombrados e fazem com que eles expressem sua
alegria em Halel. Eles se alegram ao pensar que seres humanos pecaminosos e
errantes possam ser transformados dessa maneira” (“The Signal of Advance”, The
Advent Review and Sabbath Herald, 20 de janeiro de 1903 contextualizado). De
que maneira somos transformados pelo que o Mashiach faz por nós e em nós?
2. Vemos o grande conflito na congregação local ou na Kehilá mundial? Quais
questões são usadas para nos dividir, enfraquecer e impedir de fazer o que deve-
mos fazer? Como trazer cura e unidade quando as pessoas não concordam com
os pontos que julgamos muito importantes?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112


Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Vayak’hel, 6ª Alyá (Shemot [Êx] 37:17-37:29)
Tehilim 113-118; Leitura rpSp: Sh’mu’el Alef [1Sm] 1
Leitura Anual: D’varim [dt] 24, 25

86 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 5 de março [‫ שבת‬Shabat 25 Adar I 5776]

SHECALIM
Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Vayak’hel, 7ª Alyá (Shemot [Êx] 38:1-38:20)
Tehilim 119, Versículos 1-96; Leitura rpSp: Sh’mu’el Alef [1Sm] 2
Leitura Anual: D’varim [dt] 26–28

COSTUMES DESTA SEMANA


PARASHÁ SHECALIM
Quando o Templo Sagrado estava de pé em Jerusalém, cada judeu contribuía com meio
-shekel anual para o Templo. dia 1º de Adar assinalava o início da coleta dos shecalim.
Em comemoração, a leitura da Torá do Shabat que cai em 1º de Adar ou antes, é suple-
mentada com os versículos (Shemot 30:11-16) que relatam o mandamento de D’us a
Moshê sobre a primeira doação do meio shekel.
parashá Shekalim é a primeira das quatro leituras especiais acrescentadas durante ou
imediatamente antes do mês de Adar (as outras três são Zacor, parah e Hacodesh).

SHABAT MEVARECHIM
Este Shabat é Shabat mevarechim (o Shabat que “abençoa” a entrada de um novo mês).

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 87


Lição 11 6 a 12 de março [26 Adar I a 2 Adar II]

O que Kefa disse sobre o Grande Conflito


VERSO PARA MEMORIZAR: Vocês, porém, são o povo escolhido, os koha-
nim do Rei, a nação santa, o povo pertencente a D’us! Por quê? Para louvar Aque-
le que os chamou das treva para sua maravilhosa luz.” (1Kefa [1Pe] 2:9 citando
Yesha’yahu [Is] 43: 20; D’varim [Dt] 7:6; l0:15)

LEITURAS DA SEMANA: 1Kefa [1Pe] 2:9, 10; D’varim [Dt] 14:2; 1Kefa
[1Pe] 4:1-7; 2Kefa [2Pe] 1:16-21; 3:3-14; Dani’el 2:34, 35

K efa tinha plena consciência de que a luta contra o mal é bem real. Ele escre-
veu: “Mantenham-se sóbrios e alertas! O Adversário, o inimigo de vocês,
aproxima-se sorrateiramente e, como leão que ruge, procura alguém para devo-
rar.” (1Kefa [1Pe] 5:8).
Kefa via a luta se desenrolando de várias formas. Ele via uma luta acontecen-
do na Kehilá, a qual envolvia aqueles que uma vez estiveram em comunhão com
os crentes mas agora eram incrédulos e desdenhavam de D’us e de qualquer ideia
sobre a volta do Mashiach. Ele falou em termos fortes e enérgicos contra os zom-
badores, porque se fosse perdida a confiança na promessa da volta do Mashiach,
que esperança restaria?
Talvez Kefa tenha afirmado a confiança de maneira tão positiva por causa de
seus próprios fracassos. Ele sabia o que era zombar, negar e tentar se misturar com
a multidão para que outros não o condenassem por ser seguidor de Yeshua. Por
isso, ele enfatizou que é muito importante que os crentes revelem na vida seu
elevado chamado e eleição no Eterno, e que se demonstrem dignos desse chama-
do e eleição.

LEITURA PARASHOT DA SEMANA


Parashá 23 ‫ פקודי‬PECUDEI [Enumeração]: Shemot [Êx] 38.21-40.38 H a f t a -
rá: M’lakhim Alef [1 Reis] 7:40-8.21
B’rit Hadashá: Revelação 15.5-8; 2 Coríntios 9.6-11
Tehilim [Salmo] 45
‫חזק חזק ונתחזק‬
Hazak Hazak V’nitchazek
Seja forte, seja forte, sejamos fortalecidos!

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelo líder Mark Hart da comunidade judaico-adventista de Bal-
timore, MD, USA.

88 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 6 de março [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 26 Adar I 5776]

Das trevas para a luz


1. Leia 1Kefa [1Pe] 2:9, 10. Como o grande conflito é visto nesses dois versos?

E sses versos são uma citação de Shemot [Êx] 19:6: “reino de kohanim e nação
santa”, e de D’varim [Dt] 7:6, repetido em D’varim [Dt] 14:2: “povo santo”,
escolhido “para ser o Seu povo”, “o Seu tesouro pessoal”. Essas certezas foram
dadas durante o Êxodo, quando o povo de D’us estava sendo libertado da escra-
vidão e levado para a Terra Prometida. Kefa viu um paralelo entre o povo de D’us
durante o Êxodo e a Kehilá de seus dias.
Assim, as palavras de Kefa não são uma descrição do produto final, mas de
uma obra em progresso. Sim, fomos escolhidos e eleitos por Ele, e devemos louvar
publicamente a D’us por nos tirar das trevas com as quais hasatan envolveu o
mundo. Mas isso não nos torna perfeitos nem significa que, de alguma forma, já
tenhamos alcançado o objetivo (ver Filipenses 3:12). Ao contrário, a consciência
de nosso nascimento em pecado (Tehilim 51:7(5)). e dos nossos defeitos é um as-
pecto fundamental do que significa seguir Yeshua e sentir a necessidade de Sua
justiça em nossa vida.
“É assim que todo pecador deve se aproximar do Mashiach. ‘nos libertou não
por causa de quaisquer atos justos por nós praticados(tzidkateynu), mas em razão
de sua misericórdia,’ (Tito 3:5). Quando hasatan lhes diz que são pecadores e vo-
cês não podem esperar receber bênçãos de D’us, digam a ele que o Mashiach veio
ao mundo para libertar pecadores. Nada temos que nos recomende a D’us; mas o
argumento em que podemos insistir agora e sempre é nossa condição de completo
desamparo, o que torna seu poder libertador uma necessidade. Renunciando a
toda confiança própria, podemos lembrar da morte e ressurreição do Mashiach e
dizer: ‘O preço do resgate eu não tenho; pelo teu sacrifício prostrado me suste-
nho’” (O Desejado de Todas as Nações, p. 317 contextualizado).
Um modo seguro de saber que fomos chamados “das trevas para a Sua mara-
vilhosa luz” (1Kefa [1Pe] 2:9) é nossa percepção de que somos muito dependentes
do Mashiach, o qual se tornou “sabedoria da parte de D’us, bem como justiça,
santidade e redenção!” (1Coríntios 1:30).

O que vem a sua mente quando se sente abatido e desanimado por causa de seus
atos e ate de seu caráter? Como você lida com esses pensamentos? Como usar essas
ocasiões para seu próprio benefício espiritual?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Pecudê, 1ª Alyá (Shemot [Êx] 38:21-39:1)
Tehilim 119, Versículos 97-176; Leitura RPSP: Sh’mu’el Alef [1Sm] 3
Leitura Anual: D’varim [Dt] 29–31
Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 89
segunda, 7 de março [‫ יום שני‬Yom Sheni 27 Adar I 5776]

Pressão do grupo
2. Leia 1Kefa [1Pe] 4:1-7. Por que são importantes as escolhas a respeito do
estilo de vida e como elas afetam nossa preparação para a volta do Mashiach?

K efa declarou que os crentes já haviam passado tempo suficiente fazendo o que
outros ao seu redor os pressionavam a fazer (1Kefa [1Pe] 4:3). Mas agora as
coisas mudaram, e as pessoas podiam achar “estranho” que os crentes em Yeshua
como Mashiach não se unissem à multidão, o que possivelmente resultasse em
insulto aos fiéis (1Kefa [1Pe] 4:4). Assim, hasatan usará até antigos amigos para
tentar nos desanimar em nossa caminhada com D’us.
Kefa encorajou-os a não se deixarem intimidar por esses ataques. Visto que os
“goyim” terão que prestar contas a D’us, o único Juiz, os fiéis não devem se preo-
cupar com o que eles pensam (1Kefa [1Pe] 4:5).
O argumento de Kefa é muito importante. Quantas pessoas já sucumbiram
sob a pressão das expectativas dos outros, em vez de defender o que creem? Isso é
especialmente difícil para os jovens, que lutam com o que é conhecido como
“pressão do grupo”.
Em vez de se preocupar em ser aceitos pelos outros, e de se conformar com
suas opiniões, exigências e expectativas quanto a eles, Kefa admoesta os crentes a
ser bondosos e amáveis com aqueles com quem entrarem em contato (1Kefa [1Pe]
4:8, 9). Isso não é apenas um fator extra a ser acrescentado, um dever adicional
que precisamos colocar em nossa lista de coisas que devemos fazer. É a coisa mais
indispensável que fazemos e a maneira mais importante de interagir com as pes-
soas que nos cercam. Talvez seja por isso que Kefa sugeriu que precisamos levar a
sério nossas orações (1Kefa [1Pe] 4:7), uma vez que D’us sabe que às vezes pode-
mos nos dedicar mais a agradar os “goyim” do que a nos relacionarmos de manei-
ra amorosa e amável com aqueles que estão próximos de nós. Precisamos orar não
apenas por eles, mas também para que permitamos que D’us nos torne mais sen-
síveis aos interesses deles. Como “kohanim real [e] nação santa”, somos chamados
a influenciá-los para o bem, em vez de permitir que eles nos influenciem para o
mal. A trágica história de Israel foi exatamente esta: os pagãos, em vez de ser in-
fluenciados para o bem por Israel, influenciaram Israel para o mal.

Você enfrenta pressões de grupo? Como resistir a elas? De que forma a expressão
“vence o mal com o bem” (Romanos 12:21) é apropriada nessas situações?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Pecudê, 2ª Alyá (Shemot [Êx] 39:2-39:21)
Tehilim 120-134; Leitura RPSP: Sh’mu’el Alef [1Sm] 4
Leitura Anual: D’varim [Dt] 32–34

90 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 8 de março [‫ יום שלישי‬Yom Shlish 28 Adar I 5776]

Palavra profética confirmada


3. Leia 2Kefa [2Pe] 1:16-21. Que palavras importantes ele disse a respeito da
palavra profética?

K efa tinha visto muitas coisas em sua época, e mencionou algumas nessa passa-
gem: a imersão de Yeshua (2Kefa [2Pe] 1:17), a mudança de forma de Yeshua
no monte (2Kefa [2Pe] 1:18) e a confirmação das profecias referentes a ele (2Kefa
[2Pe] 1:19). Cada uma dessas coisas havia impactado Kefa profundamente; po-
rém, ele gastou mais tempo no último ponto: as profecias. Isso pode ter algo a ver
com seus próprios fracassos como talmid. Quantas vezes Kefa havia deixado de ou-
vir o que Yeshua estava dizendo porque achava que já conhecia o que estava sendo
dito? Quantas vezes Yeshua predisse o tratamento futuro que receberia das mãos
dos principais kohanim em Yerushalayim; porém, quando essas coisas aconteceram
da maneira exata que ele tinha dito, em várias ocasiões distintas, Kefa foi pego
despreparado. Talvez o mais doloroso de todos esses “fracassos” tenha sido quan-
do Kefa negou o Mashiach, conforme Yeshua havia predito. O talmid tinha tanta
certeza de que isso nunca poderia acontecer que, quando realmente aconteceu,
deve ter sido o momento mais humilhante de sua vida.
Possivelmente por essa razão Kefa tenha tentado mostrar como ser um fiel
seguidor de Yeshua. Ele lembrou os seguidores do Rabbi a respeito das “valiosas e
grandes promessas” mediante as quais eles podiam “participar da natureza divi-
na”, em contraste com os aprisionados pela “corrupção que os desejos malignos
trouxeram ao mundo.” (2Kefa [2Pe] 1:4). Para garantir que os crentes de fato
escapassem da corrupção, ele mencionou várias qualidades inter-relacionadas que
definem o estilo fiel de vida: Emuná (confiança), virtude, conhecimento à bonda-
de, autocontrole ao conhecimento, perseverança ao autocontrole, piedade à per-
severança, afeição fraternal à piedade e amor à afeição fraternal.” (2Kefa [2Pe]
1:5-8). Cada uma dessas qualidades é construída sobre a outra e, juntas, formam
uma unidade completa, como os ingredientes de um bolo. Sha’ul chama essas
mesmas qualidades de “fruto”, em vez de frutos (Gálatas 5:22, 23), porque elas
formam uma unidade que não pode ser separada.
Além disso, Kefa disse que os judeus crentes não tropeçariam se fizessem des-
ses valores parte de sua vida, e lhes pediu que procurassem, com diligência, “trans-
formar o chamado e a escolha de vocês em uma certeza” (2Kefa [2Pe] 1:10).
Lembre-se de que Kefa dirigiu sua carta a membros fiéis que já estavam firma-
dos na emuná. Ele não estava sugerindo, de maneira alguma, que o fato de se
adequarem a um conjunto especial de requisitos garantiria um bilhete de entrada
para Olam Habá. Estava simplesmente contrastando as atitudes e os comporta-
mentos prevalecentes naquela época, e desafiando-os a empregar suas energias
nas coisas positivas, não nas negativas.
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Pecudê, 3ª Alyá (Shemot [Êx] 39:22-39:32)
Tehilim 135-139; Leitura RPSP: Sh’mu’el Alef [1Sm] 5
Leitura Anual: Y’hoshua [Js] 1–4

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 91


quarta, 9 de março [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 29 Adar I 5776]

Insolentes
4. Leia 2Kefa [2Pe] 3:3-7. O que Kefa disse sobre o passado que nos ajuda a
lidar com questões do presente e do futuro?

A batalha entre a luz e as trevas, entre os seguidores de Yeshua e os que pro-


movem o mal, parece estar prestes a atingir o clímax. O malshin (acusador),
como um leão faminto que ruge à procura de sua próxima refeição (1Kefa [1Pe]
5:8), é auxiliado por um coro de zombadores (insolentes). Com seus argumentos
“racionais” e “científicos” (2Kefa [2Pe] 3:3, 4), esses insolentes tentam neutralizar
a confiança dos crentes. Kefa sugeriu que a motivação deles é o desejo de conti-
nuar com seu estilo de vida alicerçado nas paixões (2Kefa [2Pe] 3:3; ver também
Y’hudah 18). Eles raciocinam que Yeshua não virá porque tudo continua funcio-
nando como sempre funcionou.
Há uma característica muito preocupante a respeito dessa zombaria. Yeshua
disse: “Voltarei” (Yochanan [Jo] 14:1-3), mas esses insolentes estão dizendo, na
verdade: “Yeshua não voltará” (2Kefa [2Pe] 3:4). Esse é um eco do ‘Eden, onde
D’us disse: “Da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque,
no dia em que dela comeres, morrerás” (B’reshit [Gn] 2:17); contudo, por meio da
serpente, hasatan disse: “Não morrereis” (B’reshit [Gn] 3:4). Essa foi uma contra-
dição direta da palavra de D’us, que agora é repetida não por uma voz apenas,
como no Gan’Eden, mas por um coro de vozes, em toda parte. Apesar dos proble-
mas causados pelas mentiras e zombarias, o fato de que Kefa previu essa tendên-
cia, prova que a Bíblia está correta. Toda vez que ouvimos alguém zombando da
ideia de que o Mashiach virá, essa pessoa se torna um novo cumprimento da pro-
fecia.
Embora a História tenha testemunhado a destruição anterior da Terra por um
dilúvio catastrófico, os zombadores não querem saber disso. Não desejam admitir
que D’us tenha algo a ver com suas opções de vida. Também desejam esquivar-se
do fato de que o mesmo D’us que acumulou água para inundar a Terra, da mesma
forma reservou fogo para varrer a Terra e destruí-la no grande Dia do Juízo (Yom
Hadin). (2Kefa [2Pe] 3:5-7). Sua equivocada esperança é de que a natureza sim-
plesmente continuará funcionando como sempre fez.

A medida que os anos transcorrem, continuamos nos apegando a promessa da se-


gunda vinda de Yeshua? Por que e fundamental fazer isso?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Pecudê, 4ª Alyá (Shemot [Êx] 39:33-39:43)
Tehilim 140-144; Leitura RPSP: Sh’mu’el Alef [1Sm] 6
Leitura Anual: Y’hoshua [Js] 5–8

92 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 10 de março [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 30 Adar I 5776]

Apressando o dia
E mbora a espera pelo Mashiach pareça interminável, o tempo não é uma preo-
cupação para D’us. “Para o Eterno, um dia é como mil anos, e mil anos, como
um dia” (2Kefa [2Pe] 3:8). Ao longo de toda a Bíblia, o fim está sempre próxi-
mo, quer seja o Dia do Eterno nos tempos dos patriarcas e profetas ou a volta do
Mashiach na B’rit Hadashá.

5. Leia 2Kefa [2Pe] 3:8-14. Que esperança de longo alcance é dada nesse tex-
to? Ver também Dani’el 2:34, 35, 44

As profecias clássicas de tempo nos dizem claramente que há um limite para


o período em que D’us permitirá que o mal continue e para o período de Sua es-
pera. Nas profecias, D’us apresenta Sua estratégia para acabar com o pecado e o
sofrimento, e para restaurar a Terra à sua perfeição original.
Nossa maneira de encarar o fim de todas as coisas que conhecemos afetará
nosso modo de viver agora (2Kefa [2Pe] 3:12). Se nos rebelarmos ante a ideia de
que D’us perturbará nosso “mundinho”, nos inclinaremos à incredulidade e à
união com os insolentes. Por outro lado, se olharmos para isso como a intervenção
final de um D’us misericordioso para acabar com a corrupção abominável e com
o abuso de direitos humanos, tão frequentes ao nosso redor, então poderemos,
confiantemente “[esperar] novos céus e nova Terra, nos quais habita justiça” (v.
13 citando Yesha’yahu [Is] 65:17;66:22).
Mais uma vez Kefa apresentou sua preocupação com nossas atitudes e com
nossa conduta. Ele nos encoraja a nos empenharmos para ser achados “sem man-
cha ou defeito e em paz.” (2Kefa [2Pe] 3:14). Se não fosse o verso seguinte, pode-
ríamos pensar que Kefa estivesse promovendo uma religião “de ações”, mas ele
corrige essa possível interpretação errônea com a frase: “paciência de nosso Se-
nhor como libertação,” (v. 15), confirmando as palavras de Sha’ul aos mesmos
crentes.
Nosso alvo é ser irrepreensíveis. Iyov é descrito como irrepreensível por ser
“temente a D’us e distanciado de todo o mal.” (Iyov [Jó] 1:1). É assim que o
Mashiach nos apresentará ao Pai (1Coríntios 1:8; Lucas 1:22; 1Tessalonissences
3:13; 5:23). Por que sem defeitos nem máculas? Era assim que tinha que ser o
Korban - cordeiro sacrifical (por exemplo, Shemot [Êx] 12:5; Vayikrá [Lv] 1:3),
Yeshua era assim (Hebreus 9:14; 1Kefa [1Pe] 1:19) e assim Ele apresentará a Kehi-
lá ao Avinu Malkeinu (Efésios 5:27).
Em nossa busca para vencer o pecado, crescer na confiança, evitar o mal e ter vida
santa e “irrepreensível”, por que precisamos confiar sempre na justiça do Mashiach,
creditada pela confiança? O que acontece quando tiramos os olhos dessa promessa?
1º Rosh Chôdesh Adar II
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Pecudê, 5ª Alyá (Shemot [Êx] 40:1-40:16)
Tehilim 145-150; Leitura RPSP: Sh’mu’el Alef [1Sm] 7
Leitura Anual: Y’hoshua [Js] 9–13
Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 93
sexta, 11 de março [‫ יום שישי‬Yom Shishi 1 Adar II 5776]

Estudo adicional
K efa advertiu que os insolentes diriam: “tudo segue como era desde o princípio
da criação” (2Kefa [2pe] 3:4). “raciocinavam, como muitos fazem hoje, que
a natureza está acima do D’us da natureza, e que suas leis são tão firmemente es-
tabelecidas que o próprio D’us não as pode mudar. raciocinando que a natureza
se desviaria de seu curso se a mensagem de Noach fosse correta, tornavam aquela
mensagem, na mente do povo, uma ilusão, um grande engano. [...] Afirmavam
que, se havia alguma verdade no que Noach dizia, os homens de fama – os sábios,
os prudentes, os grandes homens – compreenderiam essa questão” (patriarcas e
profetas, p. 97). Hoje em dia, “os homens de fama” nos dizem algo semelhante:
as leis da natureza são fixas e imutáveis, e todas as coisas continuam como antes.
Em certo sentido, é isso que a teoria da evolução ensina: a vida ocorreu por meio
de processos naturais que podem ser explicados, pelo menos em princípio, por
meio da operação de leis naturais que um dia a ciência nos explicará plenamente,
e tudo sem qualquer necessidade de uma divindade. Não é de admirar que Sha’ul
tenha escrito: “A sabedoria deste mundo é insensatez no que concerne a D’us”
(1Coríntios 3:19).

Perguntas para reflexão


1. Apesar das razões que Kefa tinha para crer em Yeshua, ele enfatizou a “pa-
lavra profética” confirmada. por que a profecia é tão importante para nós? Ela
apresenta evidencias que Yeshua, em sua primeira vinda, foi o messias? Que espe-
rança ela nos dá sobre a segunda vinda? Afinal de contas, sem a profecia, como
poderíamos conhecer a promessa e a esperança da segunda vinda?
2. Temos a tendência de pensar na pressão de grupo apenas no contexto de
adolescentes e jovens. mas isso não é correto. Todos desejamos que nossos colegas
gostem de nós e nos aceitem. Afinal de contas, temos uma oportunidade muito
melhor de ser boas testemunhas se eles gostarem de nós, certo? Em nosso desejo
de ser agradáveis, como evitar comprometer as nossas crenças? por que essas con-
cessões são mais fáceis do que pensamos?

2º Rosh ChôDEsh ADAR II


O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat pecudê, 6ª Alyá (Shemot [Êx] 40:17-40:27)
Tehilim 1-9; Leitura rpSp: Sh’mu’el Alef [1Sm] 8
Leitura Anual: Y’hoshua [Js] 14–17

94 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 12 de março [‫ שבת‬Shabat 2 Adar II 5776]

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat pecudê, 7ª Alyá (Shemot [Êx] 40:28-40:38)
Tehilim 10-17; Leitura reavivados por Sua palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 9
Leitura Anual: Y’hoshua [Js] 18–21

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 95


Lição 12 13 a 19 de março [3 a 9 Adar II 5776]

A Kehilá Guerreira
VERSO PARA MEMORIZAR: “Eis que estou a porta e bato; se alguém ouvir
a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”
(Revelação 3:20).

LEITURAS DA SEMANA:Revelação 2:1-7; Hoshe’a [Os] 2:13; Revelação


2:8-17; 2:18–3:6; Yesha’yahu [Is] 60:14; Revelação 3:14-22

D os 12 emissários, Yochanan foi o último a morrer. Além de escrever a Bessorá


e as cartas que trazem seu nome, escreveu também o livro da Revelação.
Porém, nos concentraremos apenas em sua descrição das sete congregações. Ire-
mos estudá-las na perspectiva dos destinatários originais, para extrair o máximo
possível de suas palavras.
Um fato que se destaca é que Yeshua personaliza a maneira de lidar com cada
congregação. Todas elas têm diferentes necessidades, e Ele satisfaz cada uma de-
las.
Um dos desafios apresentados é que essas congregações lutavam com a ques-
tão da própria identidade, assim como ocorre conosco hoje. Será que seus mem-
bros estão tomando uma posição clara ao lado de D’us do Mashiach Yeshua e do
chamado que ele lhes fez para testemunhar a um mundo agonizante? Ou será que
estão com um pé de cada lado, tentando parecer religiosos fiéis mas, na privacida-
de, sentindo-se mais à vontade com os poderes das trevas? Embora nos conside-
remos a última dessas congregações (kehilot), ficará claro que, por mais diferentes
que sejam as circunstâncias, em muitos aspectos enfrentamos os mesmos desafios
que as congregações enfrentaram ao longo dos séculos.

LEITURA PARASHÁ DA SEMANA

Parashá 24 ‫ ויקרא‬VAYIKRA [E chamou]: Vayikrá [Lv] 1.1- 5.26 (6.7)


Haftará: Yesha’yahu [Isaías] 43.21 - 44.23
B’rit Hadashá: Romanos 8.1-13; Hebreus 10.1-14; 13.10-16; Hebreus 10.1-18
Tehilim [Salmo] 50

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos tradutores do Boletim semanal Alexandra Obrevko
(RU), Sabine Roy (FR), Carlos Muniz (PO).

96 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 13 de março [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 3 Adar II 5776]

A congregação de Éfeso
E m Revelação 2:1, ao dirigir-se à Kehilá de Éfeso, Yeshua foi retratado segurando
as sete estrelas e andando no meio das sete menorot. Esses símbolos indicam
realidades significativas. As Menorot são as congregações, e as sete estrelas são
anjos que têm a tarefa de cuidar das congregações (Revelação 1:20). Em outras
palavras, há uma íntima ligação entre as congregações e o trono de D’us no Céu.
Elas têm uma parte crucial a desempenhar no grande conflito.

1. Leia Revelação 2:1-7. Nesses versos, como podemos ver o grande conflito
sendo travado?

A mensagem para Éfeso começa com uma descrição do caráter dessa congre-
gação. Yeshua tem pleno conhecimento de seus pontos fortes e fracos. Ele os elogia
por suas atividades, paciente perseverança e pelo fato de não tolerarem em seu
meio os falsos rabbanim (Revelação 2:2, 3, 6), uma clara advertência de que as
falsas doutrinas não devem ser toleradas na congregação. Parece que a congrega-
ção de Éfeso, originalmente alistada por D’us na batalha contra as trevas, havia
sofrido um contra-ataque de hasatan, na forma de falsos emissários seguidores de
Nicolau (talvez o prosélito, um dos sete líderes congregacionais; Atos 6:5), mas
que evidentemente haviam formado um movimento separatista. Não importa
qual tenha sido a heresia deles, Yeshua a odiava (Revelação 2:6).
O problema com a congregação de Éfeso era que ela havia abandonado seu
“amor inicial” (Revelação 2:4). Essa linguagem é muito semelhante à expressão
usada pelos profetas do Tanakh, que compararam a apostasia de Israel a uma pes-
soa que corre atrás de amantes ilícitos (por exemplo, Hoshe’a [Os] 2:13).
A situação pode parecer sem esperança, mas Yeshua é especialista em resolver
situações de desespero. Em primeiro lugar, Ele encoraja Seu povo a se lembrar de
onde havia caído e a voltar a fazer o que fazia antes (Revelação 2:5). Isso não era
um chamado para que o povo fizesse voltar os ponteiros do relógio para “os velhos
tempos”, mas para que usasse a experiência passada como guia para o futuro.

Por que e tão fácil abandonar o primeiro amor? (Revelação 2:4) O que acontece
conosco, individualmente e como congregação, que pode esfriar nosso amor por D’us?
Como manter esse amor e conservar Sua verdade ardendo em nos?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vayicrá, 1ª Alyá (Vayikrá [Lv] 1:1-1:13)
Tehilim 18-22; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 10
Leitura Anual: Y’hoshua [Js] 22–24

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 97


segunda, 14 de março [‫ יום שני‬Yom Sheni 4 Adar II 5776]

Esmirna e Pérgamo
2. Para a congregação de Esmirna, Yeshua é apresentado como “o primeiro e o
último, que morreu e voltou a vida” (Revelação 2:8; ver também Revelação 1:18).
Para a congregação em Pérgamo, Yeshua é aquele que da sua boca saía uma espada
afiada de dois gumes. (Revelação 1:16; 2:12). Qual é o significado dessa descrição
de Yeshua para cada uma dessas congregações?

L eia Revelação 2:8-17. Os membros da congregação de Esmirna também eram


conhecidos por seu trabalho árduo; contudo, eles não tinham muita coisa a
mostrar como resultado disso, talvez por causa de uma “sinagoga do adversário”
que havia em seu meio (Revelação 2:9). Da mesma forma, os membros de Pérga-
mo pareciam se apegar à sua confiança, embora o “trono do adversário” estivesse
entre eles (Revelação 2:13). Assim, a realidade do grande conflito também é vista
ali.
A congregação de Esmirna foi advertida a respeito dos tempos difíceis que
estavam pela frente, incluindo a prisão e talvez até a morte de fiéis (Revelação
2:10). Em Pérgamo alguém já havia sido morto por causa de sua emuná (Revela-
ção 2:13). É importante notar que os tempos difíceis têm uma duração limitada;
isto é, não é permitido que o mal continue além de um certo ponto (Revelação
2:10).
É preocupante que D’us tivesse “algumas coisas” contra a congregação de
Pérgamo(Revelação 2:14-16). Aparentemente seus membros estavam tolerando
em seu meio pessoas que “[sustentavam] a os ensinos de Bil’am” e “a ensinos dos
dos nicolaítas” (Revelação 2:14, 15).
“Nicolau e Bil’am parecem ser termos paralelos; Nicolau é uma palavra grega
composta (Νικό e λαος) e significa ‘aquele que conquista o povo’. Bil’am (‫) ִבּלְ עָ ם‬
pode ser derivado de duas palavras hebraicas: lam ‫‘( לעם‬pessoas’) e bila ‫( בלע‬de
bela, ‘destruir’ ou ‘engolir’), e significa ‘destruição de pessoas’” (Commentary on
the Book of Revelation: Andrews University Press, 2002; p. 111). Yeshua advertiu
a congregação de que, se sua heresia continuasse, Ele viria pessoalmente e lutaria
contra ela com a espada de Sua boca (Revelação 2:16).
Contudo, mesmo em meio a essas advertências, Yeshua oferece grande enco-
rajamento a essas duas congregações (Revelação 2:11, 17).

Leia Revelação 2:14, 15. O que esses versos nos dizem sobre a ideia de que a dou-
trina não importa? Por que ela tem importância significativa?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vayicrá, 2ª Alyá (Vayikrá [Lv] 1:14-2:6)
Tehilim 23-28; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 11
Leitura Anual: Shoftim [Jz] 1–3

98 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 15 de março [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 5 Adar II 5776]

Tiatira e Sardes
3. Leia Revelação 2:18–3:6. Quais eram os problemas dessas congregações?
Estamos enfrentando essas mesmas questões? Como o grande conflito é revelado
nessas lutas?

O discurso de Yeshua à congregação de Tiatira (Revelação 2:18) revela um tem-


po cada vez mais difícil e complicado para o povo de D’us. As metáforas de
olhos como chamas flamejantes e seus pés como bronze polido em uma fornalha
não só aparecem em Revelação 1:14, 15, mas são encontradas originalmente em
Dani’el 10, onde consta que o profeta viu Aquele cujos olhos são como “tochas de
fogo” e cujos pés são “como bronze polido” (Dani’el 10:6). Esse ser disse a Dani’el
que havia lutado com o príncipe da Pérsia (Dani’el 10:13, 20). Em outras pala-
vras, quando a situação é sombria para o povo de D’us, Ele próprio intervém di-
retamente para influenciar os assuntos humanos, ao andar entre as congregações
(Revelação 1) e ao desafiar líderes de nações (Dani’el 10).
De maneira semelhante, Yeshua foi apresentado à congregação de Sardes como
aquele que tem os sete espíritos de D’us e as sete estrelas (Revelação 3:1; 5:6).
Ali, mais uma vez, estava um Moshia ativamente envolvido nos bastidores e arre-
gimentando os poderes do Céu para garantir a segurança de Sua congregação.
A descrição dessas duas congregações é de profunda preocupação. Em Tiatira,
embora as coisas estivessem melhorando (Revelação 2:19), seus membros já ha-
viam sido como Israel no tempo da rainha Izevel. Da mesma forma, em Sardes, as
pessoas estavam espiritualmente mortas (Revelação 3:1).
Apesar de todas essas questões, Yeshua encorajou as congregações. Ele reco-
nheceu em Tiatira muitos que não seguem esse ensino e não aprenderam[...] , as
‘coisas profundas’ do Adversário” e os encorajou: “se apeguem com firmeza ao que
têm até que eu venha.” (Revelação 2:24, 25). Havia também “umas poucas pes-
soas” em Sardes “que não sujaram suas roupas” (Revelação 3:4).
A esses fiéis Yeshua prometeu uma bênção especial: dar a Tiatira “a estrela da
manhã [Kokhav (Estrela B’midbar [Nm] 24:17) haNogah]” (Revelação 2:28),
mais tarde identificada como sendo Ele mesmo (Revelação 22:16). A Sardes Ele
prometeu um lugar assegurado no Céu e disse que confessará o nome de seus
membros “diante de [Seu] Pai e diante dos Seus anjos” (Revelação 3:5).

“Guarda-o e arrepende-te” (Revelação 3:3). O que você precisa guardar e do que


precisa se arrepender? De que forma essas duas ideias estão fortemente relacionadas
entre si?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vayicrá, 3ª Alyá (Vayikrá [Lv] 2:7-2:16)
Tehilim 29-34; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 12
Leitura Anual: Shoftim [Jz] 4, 5

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 99


quarta, 16 de março [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 6 Adar II 5776]

A congregação de Filadélfia
4. Leia Revelação 3:7. Como Yeshua foi apresentado a essa congregação? O
que essas descrições dizem sobre Ele?

A congregação foi elogiada por guardar a palavra do Mashiach e por não negar
Seu nome, embora sua força parecesse estar bem debilitada (Revelação 3:8).
Yeshua fez uma intrigante promessa, de que os membros “da sinagoga do adver-
sário e que se dizem judeus, mas não são” logo viriam e prestariam homenagem
aos religiosos de Filadélfia (Revelação 3:9). Essa promessa é tirada de Yesha’yahu
[Is] 60:14, que descreve os opressores do povo de D’us prostrando-se em submis-
são, em direto contraste com todo o tratamento áspero que haviam dispensado
anteriormente aos seguidores do Eterno. Disso podemos concluir que a sinagoga
do adversário tinha tornado difícil a vida dos crentes em Yeshua como Mashiach.
Como vimos, algumas das congregações anteriores lutaram com aqueles que esta-
vam ensinando erros e causando problemas, uma das maneiras pelas quais hasatan
trabalha contra as congregações. Filadélfia parece ser aquela que finalmente livra
a congregação dessa fonte de males.

5. Leia Revelação 3:10. Como você entende a perseverança da congregação


de Filadélfia? De que forma Yeshua prometeu limitar a provação que ela enfrenta-
ria? O que isso significa para nós?

Parece evidente que a congregação de Filadélfia tenha passado por momentos


tão difíceis quanto as congregações anteriores, mas sua atitude parece ter sido
diferente. Essa é a primeira congregação em relação à qual Yeshua não destacou
especificamente nenhum aspecto falho no qual ela precisasse melhorar. Sua con-
fiança e sua cooperação com D’us foram notadas e apreciadas pelo Salvador, ape-
sar de sua “pouca força” (v. 8).
Entre as promessas feitas aos vencedores dessa congregação, estava a de que
eles seriam uma coluna no templo de D’us, de forma a não mais precisar entrar
nem sair (Revelação 3:12). Com o novo nome que lhes seria dado, eles ficariam
plenamente identificados como propriedade de D’us, talvez porque já tivessem se
identificado anteriormente com Ele em todos os aspectos de sua vida.

Você se encaixaria no ambiente se fosse repentinamente para o Olam Habá?

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vayicrá, 4ª Alyá (Vayikrá [Lv] 3:1-3:17)
Tehilim 35-38; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 13
Leitura Anual: Shoftim [Jz] 6–8

100 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 17 de março [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 7 Adar II 5776]

A congregação de Laodicéia
L aodicéia também recebeu algumas descrições de Yeshua: “o Amén, a Teste-
munha Fiel e Verdadeira” e “o Governante da criação de D’us” (Revelação
3:14). Essas descrições são aspectos importantes da divindade do Mashiach. O
“Amén” é uma referência a Yesha’yahu [Is] 65:16, onde a palavra “amén” é tra-
duzida como “D’us da verdade” e está relacionada à aliança. Yeshua é o grande
D’us guardador da aliança, que cumpre Suas promessas de Yeshuah (salvação) e
restauração. Yeshua também é a fiel testemunha que testifica a Seu povo a respeito
de como D’us realmente é (Revelação 1:5; 22:16; Yochanan [Jo] 1:18; 14:8-10).
Ele é igualmente o Criador (Lucas 1:16, 17).

6. Leia Revelação 3:14-22. O que Yeshua aconselhou essa congregação a fazer?


O que essas palavras significam para nós?

Após os primeiros versos dizerem quem Yeshua é, torna-se necessário esclare-


cer quem é, na realidade, essa congregação. Em outras palavras, só podemos nos
conhecer se primeiro conhecermos a D’us. As pessoas dessa congregação têm
enganado a si mesmas, a tal ponto que o conceito que têm de si mesmas é o opos-
to do que elas realmente são (Revelação 3:17). Então, Yeshua as exortou a dar os
passos necessários para que tenham a clareza de visão, essencial para que vejam
as coisas como são, e para que sejam transformadas conforme sua necessidade de
mudança (Revelação 3:18).
A alternativa é o juízo divino, em duas fases. Primeiro, pode ser necessário um
pouco de disciplina paterna à moda antiga (Revelação 3:19); depois, há a possibi-
lidade de D’us “vomitá-los” de Sua boca, como um gole de água pútrida (Revela-
ção 3:16).
Para essa congregação, que estava tão perto de ser afastada da presença de
D’us, foram dadas as maiores promessas. Yeshua desejava ficar com ela para uma
refeição (Revelação 3:20), algo reservado somente para amigos íntimos. Então,
prometeu a oportunidade de se sentarem com ele no Seu trono (Revelação 3:21).
É interessante traçar através das sete congregações o fenômeno crescente do
esfriamento do povo de D’us e seu afastamento dele. Como isso acontece? Parece
que, embora a batalha tenha sido ganha, algumas pessoas ainda se apegam persis-
tentemente ao mal e aos poderes das trevas. Não há dúvida de que, ao examinar
a história dessas congregações, podemos ver o grande conflito manifestado e ex-
presso. E assim continuará até a segunda vinda do Mashiach.

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Vayicrá, 5ª Alyá (Vayikrá [Lv] 4:1-4:26)
Tehilim 39-43; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 14
Leitura Anual: Shoftim [Jz] 9, 10

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 101
sexta, 18 de março [‫ יום שישי‬Yom Shishi 8 Adar II 5776]

Estudo adicional
E llen G. white escreveu: “Visto que a Torá de D’us é tão sagrada como o pró-
prio D’us, unicamente um Ser igual a D’us poderia fazer expiação por sua
transgressão. Ninguém, a não ser o Mashiach, poderia redimir da maldição da torá
o homem caído, e levá-lo novamente à harmonia com o Céu dos céus.” (mara-
vilhosa Graça [mm 1974], p. 42). É uma questão de simples lógica: a Torá é tão
sagrada quanto D’us. portanto, somente um Ser tão sagrado quanto D’us pode-
ria fazer expiação pela transgressão da Torá. Os anjos, embora sem pecado, não
são tão sagrados quanto o Criador, pois como algo criado poderia ser tão sagrado
quanto quem o criou? O sacrifício do Mashiach está centralizado na santidade da
Torá de D’us. por causa da Torá, ou, por causa da transgressão da Torá, Yeshua
teve que morrer por nós, para que pudéssemos ser salvos. A gravidade do pecado
pode ser vista no infinito sacrifício necessário para expiá-lo. Isso fala da santidade
da Torá. Se a Torá é tão santa que somente o sacrifício do próprio D’us poderia
satisfazer suas exigências, temos toda a prova de que precisamos sobre o quanto a
Torá é exaltada.

Perguntas para reflexão


1. Se você fosse para Olam Habá agora, teria dificuldade para se adaptar ao
novo ambiente? O que você precisa mudar para estar preparado para Olam Habá?
2. “ultimamente, quando tenho olhado ao redor à procura dos modestos se-
guidores do manso e humilde Yeshua, minha mente tem ficado muito alarmada.
muitos que professam esperar a breve volta do Mashiach estão se conformando
com este mundo, e procuram mais fervorosamente o aplauso dos que os cercam
do que a aprovação de D’us. São frios e formais, como a congregação nominal da
qual se separaram há tão pouco tempo. As palavras dirigidas à congregação de
Laodicéia descrevem perfeitamente a atual condição deles” (The review and He-
rald, 10 de junho de 1852). Embora essas palavras tenham sido escritas há mais
de 150 anos, por que elas se aplicam tão bem a nós? O que isso diz sobre o mito
de que os tempos primitivos da congregação eram “velhos e bons tempos”?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Vayicrá, 6ª Alyá (Vayikrá [Lv] 4:27-5:10)
Tehilim 44-48; Leitura reavivados por Sua palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 15
Leitura Anual: Shoftim [Jz] 11

102 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 19 de março [‫ שבת‬Shabat 9 Adar II 5776]

shABAT ZACHOR
Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Vayicrá, 7ª Alyá (Vayikrá [Lv] 5:11-5:26)
Tehilim 49-54; Leitura reavivados por Sua palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 16
Leitura Anual: Shoftim [Jz] 13–16

COSTUMES DESTA SEMANA


PARASHÁ ZACHOR
Sendo este o Shabat anterior a purim, no qual celebramos a derrota da trama de Haman
para destruir o povo judeu, a parashá semanal é suplementada com a leitura de Zachor
(D’varim [dt] 25:17-19), na qual somos ordenados a lembrar do mal de Amalek e a
erradicá-lo da face da terra.

parashá Zachor é a segunda das quatro leituras especiais acrescentadas durante ou ime-
diatamente antes do mês de Adar (as outras três são Shecalim, parah e Hachodesh).

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 103
Lição 13 20 a 26 de março [10 a 16 Adar II 5776]

A Gueulá
VERSO PARA MEMORIZAR:““Ele enxugará dos olhos deles toda lágrima.
Não haverá mais morte; nem tristeza, nem choro, nem dor; porque a antiga ordem
já passou” (Revelação 21:4).

LEITURAS DA SEMANA: Revelação 20:1-3; Yirmeyahu [Jr] 4:23-26; 1Co-


ríntios 4:5; Revelação 20:7-15; Filipenses 2:9-11; 2Kefa [2Pe] 3:10

M uitas vezes as pessoas perguntam: Por que surgiu o mal? O ponto principal da
resposta é a liberdade. A verdadeira liberdade moral envolve riscos, porque
se as pessoas (ou anjos) são verdadeiramente livres, devem ter a opção de fazer
o mal. Certo, mas então surge a pergunta seguinte: Por que D’us simplesmente
não os exterminou quando fizeram o mal e poupou os outros seres dos horríveis
resultados da rebelião?
A resposta leva ao âmago do grande conflito. Como veremos nesta semana, o
Eterno exerce um tipo de governo “aberto”, e embora haja muita coisa envolta em
mistério a respeito dele e dos Seus caminhos, Ele resolverá o grande conflito de
um jeito que responderá para sempre a todas as perguntas a respeito de Sua abne-
gação, bondade, justiça, amor e Torá.
Na verdade, o Eterno nos dará mil anos para obter as respostas, pelo menos as
respostas referentes ao destino dos perdidos (teremos uma eternidade para o res-
tante). Após a segunda vinda, os redimidos viverão e reinarão com o Mashiach
durante mil anos. E o que é ainda mais incrível: eles terão um papel ativo no juízo
(Yom Hadin).
Examinemos então os passos finais no longo drama do grande conflito.

LEITURA PARASHÁ DA SEMANA


Parashá 25 ‫ צו‬TSAV [Ordena]: Vayikrá [Lv] 6.1 (6.8) - 8.36
Haftará: Yirmeyahu [Jeremias] 7.21-8.3; 9.22,23
B’rit Hadashá: Marcos 12.28-34; Romanos 12.1,2; 1 Coríntios 10.14-23; He-
breus 8.1-16
Tehilim [Salmo] 107
Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista
Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos tradutores do boletim semanal Hubert Pauletta, Peggy
Ponse & Jael Wells Cuellar.

104 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


domingo, 20 de março [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 10 Adar II 5776]

Hasatan amarrado
1. O que é descrito em Revelação 20:1-3 e que esperança isso nos oferece?

O conceito de prender ou ser preso é usado de várias formas na Bíblia. No nível


mais simples, aplica-se a um prisioneiro. Yeshua libertou muitos que haviam
sido presos por hasatan. Além disso, o ato de prender é usado para descrever o
poder que D’us concede à congregação sobre o mal, tornando-o um símbolo do
juízo.
Quando um criminoso perigoso é capturado, é necessário prendê-lo. Contu-
do, quando as pessoas são presas nos relatos bíblicos, muitas vezes elas não são
criminosas. Yochanan Hamatvil (João Batista) foi preso com correntes porque de-
nunciou os atos imorais do rei (Mattityahu [Mt] 14:3, 4). Yeshua teve as mãos
presas no jardim (Yochanan [Jo] 18:12) e em seu julgamento (Yochanan [Jo] 18:24),
e foi atado com panos em sua morte (Yochanan [Jo] 19:40). Sha’ul (Atos 21:33) e
Kefa (Atos 12:6) foram acorrentados.
Yeshua também passou bastante tempo face a face com pessoas que hasatan
havia acorrentado. Houve uma pessoa atormentada por maus espíritos que arre-
bentava as correntes que prendiam seus pulsos e tornozelos (Marcos 5:3, 4). An-
tes de Yeshua libertá-lo dos maus espíritos, ninguém podia conter o mal. O Eterno
encontrou uma mulher encurvada e a libertou (Lucas 13:11, 12, 16). Ele também
libertou El’azar da sepultura e dos panos que o envolviam (Yochanan [Jo] 11:43,
44). Houve também Bar-Abba que, embora acorrentado, foi solto pela turba para
que Yeshua fosse morto (Marcos 15:7-15). Em todos esses casos, vemos hasatan
tentando manter as pessoas aprisionadas com aflições ou prendendo pessoas ino-
centes para permitir que o mal florescesse. Mas também vemos Yeshua quebrando
o poder da morte a fim de trazer livramento e liberdade a um mundo irremedia-
velmente aprisionado por hasatan. No fim, ele será acorrentado e lançado fora,
nas trevas (Revelação 20:1-3).
Além disso, parte da missão de Yeshua de libertar aqueles que o inimigo havia
prendido consistia em dar poder aos Seus seguidores. Ele lhes assegurou que hasa-
tan (o “valente”) podia ser preso e sua casa saqueada (Mattityahu [Mt] 12:26-29).
Em outras palavras, o malshin (acusador) não tem poder contra o Mashiach nem
contra Seus seguidores porque Yeshua libertou Seu povo das cadeias de hasatan.
Como Sha’ul declarou, “a Palavra de D’us não está presa” (2Timóteo 2:9). Ela
foi o meio pelo qual Yeshua silenciou o tentador (Mattityahu [Mt] 4:4, 7, 10), e nós
também podemos usar o mesmo poder para resistir ao inimigo.

Que promessas você pode reivindicar para ser liberto das correntes que o maligno
usa para prende-lo?
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Tsav, 1ª Alyá (Vayikrá [Lv] 6:1-6:11)
Tehilim 55-59; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 17
Leitura Anual: Shoftim [Jz] 17–19

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 105
segunda, 21 de março [‫ יום שני‬Yom Sheni 11 Adar II 5776]

Perguntas inquietantes
O s versos iniciais de B’reshit [Gn] descrevem a Terra como sendo “sem forma
e vazia” (B’reshit [Gn] 1:2). Essa mesma expressão é repetida por Yirmeyahu
[Jr] para descrever a Terra após sua destruição pelas sete últimas pragas e a se-
gunda vinda, quando todas as suas cidades estarão “destruídas ante a presença do
Eterno” (Yirmeyahu [Jr] 4:26). De acordo com a descrição de Yirmeyahu, não ha-
verá nenhum humano (Yirmeyahu [Jr] 4:25). De acordo com o relato de Yochanan
, hasatan não mais poderá enganar ninguém (Revelação 20:3).
Os efeitos dramáticos e universais da segunda vinda podem explicar o que
acontece no Revelação. Primeiro, Yeshua prometeu levar Seus seguidores para um
lugar que Ele foi preparar quando partiu da Terra (Yochanan [Jo] 14:1-3). Sha’ul
acrescentou o detalhe de que esses seguidores incluem tanto os vivos quanto os
que ressuscitarem da sepultura (1Tessalonissences 4:16, 17). Yochanan acrescen-
tou outro detalhe: após a primeira ressurreição, que ocorrerá na chegada do
Mashiach, os restantes dos mortos continuarão mortos até terminarem os mil anos
(Revelação 20:5).

2. O que é descrito em Revelação 20:4?

“Aos quais foi dada autoridade de julgar”. Como poderiam eles julgar sem ob-
ter mais informações do que possuem agora? Antes da destruição final dos ímpios,
será dada aos salvos a oportunidade de obter respostas para muitos porquês e in-
quietações da vida. O mais surpreendente é que os redimidos até desempenham
um papel no julgamento dos perdidos.
“Em união com o Mashiach julgam os ímpios, comparando seus atos com o
código – a Escritura Sagrada – e decidindo cada caso segundo as ações praticadas
no corpo. Então é determinada a parte que os ímpios devem sofrer, segundo suas
ações. Isso é registrado junto ao seu nome, no livro da morte (Yirmeyahu [Jr]
2:22)” (O Grande Conflito, p. 661 contextualizado).
Nesse tempo de abertura dos registros, veremos as incontáveis vezes em que a
voz mansa e delicada de D’us atraiu os perdidos com palavras de bondade e amor.
Pacientemente Ele persistiu, só para ter Sua voz repetidamente sufocada pelo ba-
rulho das coisas que este mundo ostenta como sendo desejáveis. Silenciosamente
Ele esperou, ansioso por uma oportunidade de ser reconhecido como Aquele que
pagou um preço infinito para que os perdidos pudessem ter a vida, mas, em vez
disso, eles escolheram a morte.

Leia 1 Coríntios 4:5. Que promessa e feita a respeito da segunda vinda do Mashia-
ch? Você confia nessas palavras, apesar das muitas perguntas sem resposta?
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Tsav, 2ª Alyá (Vayikrá [Lv] 6:12-7:10)
Tehilim 60-65; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 18
Leitura Anual: Shoftim [Jz] 20, 21

106 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


terça, 22 de março [‫ יום שלישי‬Yom Shlish 12 Adar II 5776]

Yom Hadim
N os tempos bíblicos, o julgamento podia ocorrer em dois locais: no portão da
cidade e diante do trono do rei. No portão, os anciãos decidiam todos os
casos pequenos, mas o rei decidia todos os grandes assuntos. A ele pertencia a
palavra final que assegurava justiça. Da mesma forma, nas figuras de linguagem
bíblicas, D’us está entronizado como Adon Olam e garante que finalmente a
justiça será feita (Revelação 20:11-15).
3. Como podemos entender os importantes eventos mencionados em Reve-
lação 20:7-15?

Todo o capítulo 20 de Revelação trata dos mil anos. Assim, esse julgamento
específico ocorrerá durante esse período. Porém, não é a mesma cena descrita
no verso 4, em que há muitos tronos, porque no verso 11 há apenas um trono.
Em vez de ocorrer no início dos mil anos, ocorrerá no final, após a segunda res-
surreição (Revelação 20:5) e depois que hasatan sairá para “enganar as nações
nos quatro cantos da terra, Gog e Magog, reunindoas para a batalha.” Contra a
cidade a cidade santa (Revelação 20:7-9 citando Yechezk’el 38:2). Nesse mo-
mento, o grande trono branco de D’us será visto acima da cidade. Essa será a
ocasião da qual Yeshua falou quando disse que haveria algumas pessoas que per-
guntariam a D’us por que elas não conseguiram entrar no Olam Habá (Matti-
tyahu [Mt] 7:22, 23). Será também a ocasião da qual Sha’ul falou quando disse
que um dia diante do Mashiach todo joelho se dobre, “dos que estão nos céus, e
na Terra, e debaixo da terra, e toda a língua reconheça que Yeshua, o Messias, é
Adonai – para a glória de D’us o Pai” (B’reshit 18:3; Yesha’yahu [Is] 45:23; Fili-
penses 2:9-11).
O propósito do juízo não é ensinar a D’us algo que Ele não saiba, pois Ele já
sabe tudo. O propósito é assegurar que todos saibam exatamente por que D’us
julgou da maneira como o fez. Toda pessoa e todo anjo serão capazes de dizer:
“Ó HaKadosh, o que és e eras, tu és justo em todos os teus juízos. ” (Revelação
16:5). Os salvos e os perdidos, tanto seres humanos quanto anjos, verão a reti-
dão e a justiça de D’us.
O ato final no drama será a destruição da Morte e do Sh’ol. Bem como aque-
le cujo nome não foi encontrado “escrito no livro da Vida (Sefer Ha Chayim)”
(Revelação 20:14, 15). Yeshua tem na mão as chaves da morte e do Sh’ol (Reve-
lação 1:18). Nenhum dos dois tem qualquer razão para continuar existindo. Em
vez de enfrentarem o tormento Eterno, como é ensinado com tanta frequência,
os perdidos serão destruídos. Eles deixarão de existir para sempre, o que é o
oposto da vida eterna.

Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Tsav, 3ª Alyá (Vayikrá [Lv] 7:11-7:38)
Tehilim 66-68; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 19
Leitura Anual: Rut
Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 107
quarta, 23 de março [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 13 Adar II 5776]

Novo céu e nova Terra


O pecado e a rebelião têm sido intrusos. Nunca deviam ter existido aqui. Cau-
saram grande dano, mas quando a causa desse dano não mais existir, será tempo
de restaurar tudo à perfeição. Só quando isso acontecer é que o grande conflito
estará terminado.

4. Leia Revelação 21:1, 2, 9, 10; 22:1-3. Quais são as principais características


da descrição de Yochanan? O que elas significam?

Q uando Yochanan descreve o novo céu e a nova Terra (Yesha’yahu [Is]


65:17;66:22) , está repetindo o que Kefa disse: “Os céus desaparecerão com
um grande estrondo, os elementos serão derretidos e desfeitos, e a terra, e tudo
o que nela há, será queimada. ” (2Kefa [2Pe] 3:10). Como sabemos muito bem,
a Terra precisa desesperadamente de mais do que uma simples renovação. Tudo
aqui ficará completamente destruído, o que vai dar lugar para uma existência in-
teiramente nova.
Yochanan falou também que o mar já não existirá (Revelação 21:1). Ele escre-
veu isso de uma ilha-prisão (Patmos), onde o mar o impedia de escapar. Mesmo
num barco moderno, leva horas para se chegar à ilha em que Yochanan escreveu
essas palavras. Na Nova Terra não mais haverá nenhum tipo de barreira que im-
peça os redimidos de se locomoverem livremente ou de ver seus queridos.
A Nova Yerushalayim parece incrivelmente espetacular. É descrita em termos
de uma cidade dos tempos bíblicos porque essa era toda a realidade que Yochanan
conhecia. Contudo, as impressões dos artistas que a ilustram com uma arquitetu-
ra romana do primeiro século e.c. lhe prestam um grande desserviço, porque essa
é uma cidade “da qual D’us é o arquiteto e construtor” (Hebreus 11:10).
Nossa mente mal pode captar essas descrições. Mas como é prazeroso deixar
nossa imaginação se demorar naquilo que nos espera! Mal podemos começar a
imaginar. Além disso, as grandes dimensões da cidade nos informam que não há
escassez de espaço; há lugar para todos.

Olhe ao redor a beleza do mundo natural e considere o que ela diz sobre o caráter
de D’us, apesar das devastações causadas pelo pecado. Como essa visão nos inspira a
confiar na esperança do que ainda não vemos?

JEJUM DE ESTER
do nascer ao por do sol
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Tsav, 4ª Alyá (Vayikrá [Lv] 8:1-8:13)
Tehilim 69-71; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 20
Leitura Anual: Sh’mu’el Alef [1Sm] 1–3

108 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


quinta, 24 de março [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 14 Adar II 5776]

Não mais lágrimas


5. Leia Revelação 21:3-5. O que significam as lágrimas?

T odos já experimentamos o que significa chorar. Também estamos familiariza-


dos com o ato de limpar as lágrimas dos olhos de outra pessoa: uma mãe ter-
namente confortando o filho; um amigo íntimo confortando o outro; ou um dos
pais confortando o outro em meio a uma tristeza ou tragédia. Também sabemos
que não permitimos que muitas pessoas toquem nosso rosto. Portanto, o que sig-
nifica a promessa de que D’us tocará nosso rosto, senão que teremos laços íntimos
com nosso Criador?
É difícil imaginar um mundo sem morte, tristeza ou choro. Dor, suor, lágrimas
e morte têm sido a norma para a humanidade desde a queda (B’reshit [Gn] 3:16-
19). Contudo, desde essa época, D’us tem assegurado à humanidade que o fracas-
so e a perda não são tudo que temos para esperar. Ao longo do caminho D’us deu
pequenos indicativos de que um dia nos redimirá e nos abençoará com Sua pre-
sença.
Primeiro, com a promessa de um Redentor (Moshia) [B’reshit [Gn] 3:15]; de-
pois, com a certeza de Sua presença num santuário (Shemot [Êx] 25:8); a seguir,
com a realidade da Palavra que se tornou ser humano e viveu entre nós (Yochanan
[Jo] 1:14); e, por fim, ao colocar o trono do Universo, a Sh’khinah de D’us em
nosso meio (Revelação 21:3).
Muitos versos bíblicos resumem essa garantia da aliança usando palavras
como: “Eu serei o seu D’us”, “vocês serão Meu povo” e “habitarei entre vocês”.
Um exemplo é: “Habitarei neles [...] e andarei entre vocês. Serei o seu D’us, e eles
vocês serão o meu povo” (2 Coríntios 6:16; Vaykrá 26:12; Shemot [Êx] 6:7; Yir-
meyahu [Jr] 31:32(33);32:38). Yeshua veio a primeira vez para neutralizar os efei-
tos da aliança quebrada. Yirmeyahu descreveu da seguinte maneira as consequên-
cias desse rompimento: “De que te adianta chorar por teus ferimentos se não pode
ser mitigada tua dor? Por causa da magnitude de tua iniquidade, devido aos teus
muitos pecados, provoquei-te estes males!” (Yirmeyahu [Jr] 30:15). Graças a
Yeshua, isso agora está no passado. Em essência, Revelação 21:3 nos mostra o clí-
max da Bíblia. Talvez as lágrimas sejam as que derramaremos pela aniquilação fi-
nal dos perdidos, mas o próprio D’us as enxugará, e a tristeza e o sofrimento pas-
sarão para sempre.

Esses versos (Revelação 21:3-5) sugerem intimidade com D’us quando estivermos
no Olam Rabá. Porem, não temos que esperar ate aquele momento para ter esse relacio-
namento com Ele. Como você pode ter intimidade com o Eterno agora mesmo?

PURIM
Estudo Diário
Leitura Chumash Parashat Tsav, 5ª Alyá (Vayikrá [Lv] 8:14-8:21)
Tehilim 72-76; Leitura Reavivados por Sua Palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 21
Leitura Anual: Sh’mu’el Alef [1Sm] 4–6

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 109
sexta, 25 de março [‫ יום שישי‬Yom Shishi 15 Adar II 5776]

Estudo adicional
p ense sobre o milênio e acerca da compreensão que temos dele. Embora muita
coisa não seja revelada, recebemos informação suficiente para compreender
alguns aspectos. primeiro, o milênio ocorrerá antes da destruição final dos per-
didos. Segundo, antes dessa destruição final, os salvos passarão por um período
de tempo obtendo respostas para muitas perguntas, a tal ponto que eles mesmos
participarão do julgamento, isto é, eles mesmos julgarão. “Vocês não sabem que
o povo ele D’us julgará o universo?” (1Coríntios 6:2). “Não sabeis que havemos
de julgar os próprios anjos?” (1Coríntios 6:3). Como lemos nesta semana, durante
os mil anos será dada ao povo de D’us a “autoridade de julgar” (revelação 20:4).
Assim, juntos, esses dois pontos revelam uma importante verdade: nenhum dos
ímpios enfrentará o juízo final antes do término do milênio, até que os salvos não
apenas entendam por que os ímpios se perderam, mas também tenham desempe-
nhado um papel no julgamento deles. pense no que isso mostra sobre o caráter de
D’us e a transparência de Seu governo: antes que uma única pessoa enfrente o
destino final dos perdidos, o povo de D’us verá claramente a justiça e retidão do
juízo final [Yom Hadin] de D’us sobre eles. Será doloroso, certamente; mas quan-
do terminar, como já vimos, exclamaremos: “Ó HaKadosh, o que és e eras, tu és
justo em todos os teus juízos” (revelação 16:5).

Perguntas para reflexão


1. Como o grande conflito nos ajuda a compreender por que o sofrimento e a
morte existem, embora muitas perguntas difíceis permaneçam sem resposta?
2. Se alguém lhe perguntasse: “Como posso ter uma experiência mais profun-
da e íntima com o Eterno?”, o que você responderia?
3. O que significa estar preparado para o Olam Habá? Como entender essa
ideia à luz da Bessorá?
4. Você busca respostas para perguntas difíceis? Até que elas sejam respondi-
das, como confiar na bondade e justiça de D’us, apesar das tragédias?

SHUSHAN PURIM
O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112
Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Tsav, 6ª Alyá (Vayikrá [Lv] 8:22-8:29)
Tehilim 77-78; Leitura reavivados por Sua palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 22
Leitura Anual: Sh’mu’el Alef [1Sm] 7–10

110 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Shabat, 26 de março [‫ שבת‬Shabat 16 Adar II 5776]

Estudo Diário
Leitura Chumash parashat Tsav, 7ª Alyá (Vayikrá [Lv] 8:30-8:36)
Tehilim 79-82; Leitura reavivados por Sua palavra: Sh’mu’el Alef [1Sm] 23
Leitura Anual:

COSTUMES DESTA SEMANA


A leitura da Meguilá nos Tempos Talmúdicos
Nos tempos talmúdicos, um decreto especial permitia aos judeus que moravam em pe-
quenas aldeias ou vilas distantes de escutarem a Leitura da Meguilá (Livro de Ester) na
segunda-feira ou quinta-feira antes de purim – os dias em que os aldeões iam à cidade
porque os tribunais estavam em sessão. dependendo da configuração do ano, isso signi-
ficava que a meguilá podia ser lida de 11 de Adar até 15 o mais tardar – mas não antes
ou depois destas datas (Talmud, início do Tratado Meguilá).

JEJum dE ESTEr
um jejum é observado quarta-feira por todos os adultos (acima de bar ou bat mitsvá)
em celebração ao jejum de três dias por ordem de Esther antes que ela arriscasse a vida
para aparecer perante o rei Achashverosh sem ser chamada, a fim de salvar o povo judeu
do perverso decreto de Haman (conforme é relatado no Livro de Esther, cap. 4). O je-
jum também comemora o jejum de Esther em 13 de Adar, enquanto os judeus lutavam
contra seus inimigos. Jejum de alimento e bebida do nascer ao pôr-do-sol. A Festa de
Purim começa hoje ao anoitecer, e a Meguilá (Livro de Ester) é lida pela primeira vez
esta noite.

purIm
a – Leitura da Meguilá
b – doações aos pobres
c – Mishloach Manot é o costume de enviar presentes de alimentos a pessoas necessita-
das e/ou a amigos através de um intermediário; mulheres enviam para mulheres e ho-
mens para homens.
d – Seudat Purim é a realização de um Banquete de purim que inicia-se antes do pór-do-
sol e termina ao após o anoitecer.
e – Al Hanissim é acrescentado nas preces deste dia.
Costumes adicionais; Os costumes incluem o uso de fantasias e o prato tradicional de
Purim, o oznei Haman.

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 111
Festas Judaicas*
2016 2017
Tu Bishvat 25/01 11/02
Purim 23/03 12/03
Pessach 1o. 23/04 11/04
Pessach 2o 24/04 12/04
Pessach 7o 29/04 17/04
Pessach 8o 30/04 18/04
Yom HaShoá [Dia do Holocausto] 06/05 24/04
Yom Hazicaron [Dia da lembrança] 12/05 30/04
Yom Haatzmaut [Independência] 13/05 01/05
Lag Baômer 26/05 14/05
Yom Yerushalayim 29/05 24/05
Shavuot 1o 12/06 31/05
Shavuot 2o 13/06 01/06
Três Semanas 23/07 a 13/08 11/07 a 01/08
Tisha BeAv 13/08 01/08
Tu Beav 19/08 07/08
Rosh Hashana 1o 03/10 21/09
Rosh Hashana 2o 04/10 22/09
Yom Kippur 12/10 30/09
Sucot 1o 17/10 05/10
Sucot 2o 18/10 06/10
Shemini Atseret 18/10 06/10
Simchat Torá 24/10 12/10
Chanucá 1o 24/12 13/12
Chanucá 8o 01/01 21/12

* As festividades começam sempre ao pôr do sol da véspera

112 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Horário acendimento das velas, pôr-do-sol e Havdalá
Data Fpolis, SC Manaus, AM Rio J., RJ S. Paulo, SP Campinas, SP
25/dez Velas às: 19:53 17:49 19:15 19:34 19:34
25/dez Pôr-do-sol: 20:11 18:07 19:33 19:52 19:52

Horário de verão já corrigido (exceto para Manaus, Fortaleza e Recife).


26/dez Término: 20:51 18:43 20:13 20:32 20:32
01/jan Velas às: 19:55 17:52 19:18 19:37 19:37
01/jan Pôr-do-sol: 20:13 18:10 19:36 19:55 19:55
Horário de verão já corrigido (exceto para Manaus).

02/jan Término: 20:53 18:46 20:16 20:35 20:35


08/jan Velas às: 19:56 17:55 19:19 19:38 19:38
08/jan Pôr-do-sol: 20:14 18:13 19:37 19:56 19:56
09/jan Término: 20:53 18:49 20:17 20:36 20:36
15/jan Velas às: 19:56 17:58 19:20 19:39 19:39
15/jan Pôr-do-sol: 20:14 18:16 19:38 19:57 19:57
16/jan Término: 20:53 18:51 20:17 20:35 20:35
22/jan Velas às: 19:55 18:00 19:19 19:38 19:38
22/jan Pôr-do-sol: 20:13 18:18 19:37 19:56 19:56
23/jan Término: 20:51 18:52 20:15 20:34 20:34
29/jan Velas às: 19:52 18:01 19:17 19:36 19:36
29/jan Pôr-do-sol: 20:10 18:19 19:35 19:54 19:54
30/jan Término: 20:47 18:53 20:13 20:31 20:31
05/fev Velas às: 19:48 18:01 19:14 19:33 19:33
05/fev Pôr-do-sol: 20:06 18:19 19:32 19:51 19:51
06/fev Término: 20:43 18:53 20:09 20:28 20:28
12/fev Velas às: 19:43 18:01 19:11 19:29 19:29
12/fev Pôr-do-sol: 20:01 18:19 19:29 19:47 19:47
13/fev Término: 20:37 18:52 20:05 20:23 20:23
19/fev Velas às: 19:38 18:00 19:06 19:24 19:24
19/fev Pôr-do-sol: 19:56 18:18 19:24 19:42 19:42
20/fev Término: 20:31 18:51 19:59 20:18 20:18
26/fev Velas às: 18:31 17:58 18:00 18:18 18:18
26/fev Pôr-do-sol: 18:49 18:16 18:18 18:36 18:36
27/fev Término: 19:23 18:49 18:53 19:12 19:12
04/mar Velas às: 18:24 17:56 17:54 18:12 18:12
04/mar Pôr-do-sol: 18:42 18:14 18:12 18:30 18:30
05/mar Término: 19:16 18:47 18:47 19:05 19:05
11/mar Velas às: 18:17 17:54 17:48 18:06 18:06
11/mar Pôr-do-sol: 18:35 18:12 18:06 18:24 18:24
12/mar Término: 19:08 18:44 18:40 18:58 18:58
18/mar Velas às: 18:09 17:51 17:41 17:59 17:59
18/mar Pôr-do-sol: 18:27 18:09 17:59 18:17 18:17
19/mar Término: 19:00 18:42 18:34 18:51 18:51
25/mar Velas às: 18:01 17:49 17:35 17:52 17:52
25/mar Pôr-do-sol: 18:19 18:07 17:53 18:10 18:10
26/mar Término: 18:52 18:39 18:27 18:44 18:44

Os horários tem por referência os horários fornecido pelo aplicativo ShabbatTimes.

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 113
Horário acendimento das velas, pôr-do-sol e Havdalá
Data Curitiba, PR B. Horiz, MG Recife, PE Fortaleza, CE Goiânia, GO
25/dez Velas às: 19:49 19:16 17:17 17:26 19:33
25/dez Pôr-do-sol: 20:07 19:34 17:35 17:44 19:51

Horário de verão já corrigido (exceto para Manaus, Fortaleza e Recife).


26/dez Término: 20:48 20:13 18:12 18:18 20:27
01/jan Velas às: 19:51 19:19 17:21 17:30 19:36
01/jan Pôr-do-sol: 20:09 19:37 17:39 17:48 19:54
Horário de verão já corrigido (exceto para Manaus).

02/jan Término: 20:50 20:15 18:15 18:22 20:29


08/jan Velas às: 19:53 19:20 17:23 17:32 19:38
08/jan Pôr-do-sol: 20:11 19:38 17:41 17:50 19:56
09/jan Término: 20:51 20:17 18:17 18:24 20:31
15/jan Velas às: 19:53 19:21 17:25 17:35 19:39
15/jan Pôr-do-sol: 20:11 19:39 17:43 17:53 19:57
16/jan Término: 20:50 20:17 18:19 18:26 20:32
22/jan Velas às: 19:52 19:21 17:26 17:37 19:39
22/jan Pôr-do-sol: 20:10 19:39 17:44 17:55 19:57
23/jan Término: 20:49 20:16 18:19 18:27 20:31
29/jan Velas às: 19:49 19:19 17:27 17:38 19:38
29/jan Pôr-do-sol: 20:07 19:37 17:45 17:56 19:56
30/jan Término: 20:46 20:14 18:19 18:28 20:30
05/fev Velas às: 19:46 19:17 17:26 17:38 19:36
05/fev Pôr-do-sol: 20:04 19:35 17:44 17:56 19:54
06/fev Término: 20:42 20:11 18:19 18:28 20:27
12/fev Velas às: 19:42 19:14 17:25 17:37 19:34
12/fev Pôr-do-sol: 20:00 19:32 17:43 17:55 19:52
13/fev Término: 20:36 20:07 18:17 18:27 20:24
19/fev Velas às: 19:36 19:10 17:23 17:36 19:30
19/fev Pôr-do-sol: 19:54 19:28 17:41 17:54 19:48
20/fev Término: 20:31 20:03 18:15 18:25 20:20
26/fev Velas às: 18:30 18:05 17:21 17:35 18:26
26/fev Pôr-do-sol: 18:48 18:23 17:39 17:53 18:44
27/fev Término: 19:24 18:57 18:12 18:24 19:16
04/mar Velas às: 18:24 18:00 17:18 17:33 18:21
04/mar Pôr-do-sol: 18:42 18:18 17:36 17:51 18:39
05/mar Término: 19:17 18:52 18:09 18:21 19:11
11/mar Velas às: 18:17 17:54 17:15 17:30 18:16
11/mar Pôr-do-sol: 18:35 18:12 17:33 17:48 18:34
12/mar Término: 19:10 18:46 18:05 18:19 19:06
18/mar Velas às: 18:10 17:48 17:11 17:27 18:11
18/mar Pôr-do-sol: 18:28 18:06 17:29 17:45 18:29
19/mar Término: 19:02 18:40 18:01 18:16 19:00
25/mar Velas às: 18:02 17:42 17:07 17:25 18:05
25/mar Pôr-do-sol: 18:20 18:00 17:25 17:43 18:23
26/mar Término: 18:55 18:33 17:58 18:13 18:55

Os horários tem por referência os horários fornecido pelo aplicativo ShabbatTimes.

114 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Glossário
Abba: [Aramaico corresponde a Av em Hebraico] Meu Pai, Pai; A palavra abbá
em aramaico corresponde à forma enfática ou definida de av, significando literal-
mente “o pai” ou “ó Pai”.

Achaz: Acaz

Acharit hayamim: Literalmente, “o fim dos dias”. O tempo do fim ou os “últimos


dias”, quando o ‘alam hazeh chega ao fim e o ‘alam haba está a ponto de iniciar-se
(l Coríntios 10.11 +).

Achim: (do hebraico ‫ )אָ ִחים‬Irmãos


Adam: (do hebraico ‫)אָ דָ ם‬ Adam, Adão; masc. Homem

Adon Olam: Senhor do Universo

Adonai: (em hebraico:‫אֲ דֹ נָי‬, “meu Senhor”) O Eterno D’us de Yisra’el

Adoneinu: Nosso Senhor

Amha’aretz: literalmente povo da terra. Pessoas comuns, iletradas usado pejorati-


vamente no primeiro século EC.

Amma’us: Emaús

Amoni: Amonitas

A.e.c: Vide antes da era comum

Antes da era comum (aec): Referido ao período usualmente chamado de antes de


Cristo (a.C.).

Ashur: Assíria

Asseret Hadibrot: Mais comumente conhecida como os Dez Mandamentos. A tra-


dução que mais se aproxima de Assêret Hadibrot é “Dez Falas” ou “Dez Ditos”,
sendo que estes são dez princípios que incluem toda a Torah e seus 613 preceitos.

Av: em Hebraico Corresponde a “Abba” do aramaico quer dizer: Papai, Meu Pai.
[Ha’Av] - O Pai

Avinu: Pai

Avinu, Malkeinu: Meu Pai, meu Rei


Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 115
Glossário [continuação]
Avinu Shebashamayim: Pai celestial, Pai que está no céu

Avimelek: (hebraico: ‫ ) ךלמיבא‬Abimeleque

Avodah zarah: (Avoda zará) Adoração estrangeira, paganismo, Idolatria, adoração


a deuses estrangeiros.

Avram: Abrão

Avraham: Abraão

Bavel: Babilônia

Beit-Lechem: Belém

Beit HaMiqdash: Bet HaMikdash, Templo Sagrado

Beit’zata: Betesda

B’midbar (Bemidbar, Bamidbar): Números (livro), do hebraico “no deserto”

B’reshit: Gênesis (Livro)

Bimá: O púlpito onde lê-se a Torah

Berachot Hashachar: Benção da aurora, devoção matinal

B´rit Hadashá: Nova Aliança. Também usado para referir-se aos livros sagrados
ou período do novo testamento.

B´rit Milá: circuncisão

Ben: Filho

Ben HaAdam: Filho dos homens

Ben HaElohim: Filho de D’us

B’nei HaElohim: Filhos de D’us

Beth Midrash LeShabat: Casa de estudo do Shabat. Escola Sabatina.

Cohen: Sacerdote
116 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá
Glossário [continuação]
Cohanim: Sacerdotes

Cohen Gadol: Sumo Sacerdote

Corban: Holocausto, Sacrifício

Corbanot: Plural Holocaustos, Sacrifícios; é o nome dado aos diversos tipos de


sacríficios e ofertas.

Chag Matzot: Festa dos pães ázimos, ver também Pêssach

Chasidim: Piedosos

Chaver: Amigo (Hebrew: ‫חבר‬, literalmente, “amigo”)

Chaverim: Amigos (Hebrew: ‫חברים‬‎, literalmente, “amigos”)

Chumash: (Humash do hebraico ‫ חומש‬vindo do termo chamesh (fem.)/ cha-


misha (mas.), cinco. E também Pentateuco. Faz alusão aos cinco livros atribuídos
a Moisés)

Dammesek: Damassés

D’varim = Deuteronômio (Livro)

D-s, D’us: Forma respeitosa de escrever o nome de Deus sem citar seu nome com-
pleto. Também escrito como D-us ou D’us.

Derashá al Haar: Sermão da Montanha, sermão do monte

E.c: Vide era comum

Echad: É um. ex: Adonai Echad; Um - Ela é utilizada no tradicional Shemá, D’va-
rim 6:4. Escuta ó Israel, Ad-nai nosso Deus é Um. ‫ה אלקינו‬-‫ו‬-‫ה‬-‫שמע ישראל י‬
‫ה אחד‬-‫ו‬-‫ה‬-‫ י‬Shemá Isra’el Ad-nai Eloqeinu Ad-nai Echad. Outros Exemplos
Exemplo: “Deixará portanto o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher,
e serão ambos uma só carne” - B’reshit (Gênesis [Gn]) 2:24

Ehyeh: Ehyeh Asher Ehyeh ou Eheye Asher Eheye = Eu sou o que Sou “Ehyeh”
(hebraico: ‫ ) אֶ ְהיֶה‬ou “Ehyeh-Asher-Ehyeh” (hebr: ‫“ אהיה אשר אהיה‬- con-
forme em Shemot 3:14)

El’azar: Lázaro
Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 117
Glossário [continuação]
Era comum (ec): Refere-se ao período comumente chamado de Anno Domini
(AD) ou depois de Cristo (dC).

Emissário(s): Apóstolo(s), HaShaliach, obreiro.

El’azar: Lázaro

El-Elyion: D’us Altíssimo

Eliyahu: Elias

Elisheva: (Isabel). Mãe de Yochanan, o Imersor (Lc 1.5).

Eloheinu: Nosso D’us

Elohim: D’us

Gan’Eden: Paraíso. Literalmente jardim-do-Éden; no judaísmo o termo também


refere-se ao paraíso.

Gat-Sh’manim: (Getsêmani) Jardim onde Yeshua orou e foi preso pela guarda
do templo. O termo significa literalmente “prensa de óleos”.

Gavri’el: Gabriel

Ger - ‫ גר‬Converso goy (não-judeu)

Goy: (Hebrew: ‫יוג‬‎, Regular plural goyim ‫ )םיוג‬Nação, gentil, não judeu.

Goyim: (goyim ‫ )םיוג‬Plural de Goy nações (gentios) não judeus

Guet (do hebraico ‫ )גט‬É o nome dado ao documento de divórcio dentro do juda-
ísmo.

Gueulá: Redenção

Ha’Av: O Pai, ver “Av” e “Abba”

HaBessorá: (do hebraico ‫ׂשֹורה‬


ָ ‫ )הַ ְּב‬A palavra Bessorá significa novidades, notí-
cias, mensagem, um comunicado que recebeu, sentido do grego Evangelion. Boas
Novas. Normalmente referente às boas novas de Yeshua HaMashiach.

HaElyon: El Elyon = O D’us Altíssimo


118 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá
Glossário [continuação]
Haftorá ou haftará (em hebraico ‫הפטרה‬‎; plural haftarot ou haftorás) é um tre-
cho de texto dos Neviim (Os profetas) lidos na sinagogas geralmente após a leitu-
ra da Parashat haShavua

HaG’vurah: Ha · G’vu · rah. “O Poder”, eufemismo para designar Y-H-V-H (Mat-


tityahu 26.64).

Hagalil [‫ = ]הגליל‬Galileia, Galil

Hallel [‫]הַ לְ ל‬: (do hebraico ‫הלל‬‎, “Louvor”) é de origem aramaica e significa “cân-
tico de louvor e exaltação a Deus”, músicas que celebram a vida; É uma oração
judaica baseada em Tehilim (Salmos 113-118), que é utilizada como louvor e agra-
decimento, recitada pelos judeus nas festividades judaicas.

Halachá: Leis Judaica

Hananyah: Ananias; Hananyah e Shappirah = Ananias e Safira

Hamatvil: O imersor; Batista.

HaMashiach: Ver Yeshua HaMashiach e Mashiach. O Ungido.

Hanokh: Enoque

Hanucá: ou Chanuká (do Hebraico Dedicação); Também faz-se referência à festa


da dedicação ou festa das luzes

Har HaZeitim ‫הזיתים‬ ‫הר‬: O Monte das Oliveiras


Ha-satan: O Adversário, Satan

Hashachar: [alvorecer]

HaShaliach: Emissário; Apóstolo

HaShem: (do hebraico ‫)םשה‬, significando O Nome. É uma forma para designar
D’us dentro do judaísmo, fora do contexto da reza ou da leitura pública do texto
bíblico.

Havah: Eva

Havakuk: Habacuque

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 119
Glossário [continuação]
Heilel: (Lúcifer, Samael)

Heilel ben-shachar: ‫ הילל בן שחר‬Estrela da manhã (a estrela matutina), a es-


trela D’Alva. Também referido como Lúcifer, o anjo de luz, antes de ser expulso
do céu. “portador de luz”, representa a estrela da manhã (a estrela matutina), a
estrela D’Alva.

Hevel: Abel

Horev: Horebe, Sinai, Monte Horebe, Monte Sinai

Hutzpah: (‫ֻצפָ ּה‬


ְ ‫)ח‬. Ousadia, audácia, insolência, coragem, atrevimento, ou a
combinação de tudo isso, avaliada segundo a necessidade do momento.

Igueret: (carta em Hebraico) A palavra Epístola vem do latim epistula e do Grego


epistolé.

Izevel: Jezabel

K’far-Nachum: Cafarnaum

Kanai: [‫ = ]קנאי‬Zelote - alguém que zela pelo nome de D’us

Kaparah: Propiciação, expiação, Intercessão, mediação

Kapporeth ‫ ַכ ּ֫פֹ ּ ֶרת‬: Tampa da Arca, Propiciatório, lugar de intercessão, Expiação.

Kayim: Caim

Kayafa: Caifás

Kefa: Pedro

Keneh: ou qenéh (‫ )קנה‬Canônico

Kohanim: Ver Cohanim

Kohen: ver Cohen

Kohen Gadol: ver Cohen Gadol

Kehilá: Congregação, Comunidade

Kol Goyim: [todas as Nações]


120 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá
Glossário [continuação]
Korban: Ver Corban

Korbanot: Ver Corbanot

Kasdim: Caldeus

Lavan: Labão

Lashon Hará: (em hebraico ‫)לשון הרע‬, Lashon significa língua e hará significa
o mal/mau, então a melhor tradução seria língua má, ou língua maledicente. Fo-
foca.

Maasser: Dízimo

Malakhi: ‫ מלאכי‬meu mensageiro, Malaquias.


Malshin: Acusador, informante, diabo.

Mashiach: (do hebraico mashiah, Moshiah, Mashiach, or Moshia”) Que significa o


ungido. O Messias e traduzido para o grego como Χριστός (Khristós - Cristo)

M’nasheh: Manassés

Mezuzot: Umbrais das portas, plural de Mezuzah

Mishcan: Santuário, Tabernáculo

Mikvá ou mikvé [‫] ִמקְ וָה‬: É o nome dado à imersão ritual em água utilizada no
judaísmo. imersão.

Mitzvá: [em hebraico: ‫]מצוה‬: “Mandamento” de ‫צוה‬, tzavá, “comando”).

Mitzvot: [em hebraico: ‫]מצוות‬: “Mandamentos”; plural, mitzvos ou mitzvot; plu-


ral de Mitzvá.

Mishlei [Pr]: Livro de Provérbios [provérbios de]. Forma plural construta da pala-
vra mashal [provérbio, parábola] que literalmente significa “provérbios de”.
Mishlei [Pr] Shlomo = provérbios de Salomão.

Meshalim: Provérbios no plural (não se referindo ao livro em si) forma plural sim-
ples de provérbio, parábola.

Moa’vi: Moabitas
Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 121
Glossário [continuação]
Molech: Moloque

Moshê: Moisés

Moshia: Salvador

Moshienu: Nosso Salvador

Moshiim: Salvadores

Nakdimon: Nicodemos

Noach: Noé

N´tilat-yadayim: Ritual de lavar as mãos.

Neviim: (do hebraico ‫ )נביאים‬ou Profetas; é o nome de uma das três seções do
Tanakh, estando entre a Torah e Kethuvim.

Olam Rabá: Mundo vindouro, reino Eterno, Céu dos céus.

Paga: Intercessão

P’rush: Parush, Fariseu

P’rushim: Fariseus

P’lishti: filisteu (plural: P’lishtim)

Pêssach: Páscoa judaica, páscoa bíblica

Purim: Festa de Purim.

Rabban: Título dado ao rabino superior (presidente) do Sinédrio, da qual ele é o


primeiro dos sete nomeados líderes da escola de Hilel, que tiveram este título.

Rabbanim: Rabinos

Rabbi: Rabino; mestre

Rosh: Cabeça, líder

Ruach Elohim: Espírito de D’us


122 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá
Glossário [continuação]
Ruach HaKodesh: Espírito daquele que é Santo, Espírito de D’us

Sanhedrin: ‫ סנהדרין‬Sinédrio
Sancheriv: Senaqueribe

S’dom: Sodoma

Soferim: ‫ סופרים‬Escribas, Especialistas da Torah


Shacharit: (em hebraico: ‫ )שַ ח ֲִרת‬é a Tefilah (oração) diária da manhã do povo
judeu, um dos três momentos de oração de cada dia. É o fevereiror serviço diário,
incluindo várias orações, mais do que os outros serviços do dia; culto, liturgia

Shalom: Paz. Paz dada por D’us; Shalom Aleichem: Paz seja convosco

Shappirah: Safira; Hananyah e Shappirah = Ananias e Safira

Shamor VeZahor “Zachor” [recorda, lembra-te] ” e “Shamor” [guarda] que são


mencionadas nos Dez Mandamentos.

Sharáth: Serviço, Ministério

Sha’ul: (do hebraico ‫ )שאול‬Saul, Paulo

Shavuot: Festa do pentecostes, semanas

Shekel: (em hebraico: ‫ ;שקל‬plural: shekels, sheqels, sheqalim, em hebraico:


‫שקלים‬‎), ou siclo em português, refere-se a uma das mais antigas unidades de
peso, utilizada posteriormente como nome da moeda corrente do povo israelita.
Este shekel possuía cerca de (11,4 gramas).

Shem: Sem, filho de Noach

Shemitá (hebraico): ‫שמיטה‬, literalmente “libertação”), também chamado de


Ano Sabático,

Shemot: Êxodo (Livro)

She’ol [‫]שאול‬: correspondente ao hades, as vezes traduzido por inferno e geena


[do hebraico ‫הנֹ ּם‬-‫ן‬
ִ ֶ‫גֵיא ב‬, transl. Geh Ben-Hinom]
Shim’on - Simão
Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 123
Glossário [continuação]
Shomron: Samaria, [de Shomron: samaritana(o)]

Soferim: Mestres da Torah, escribas

Sucot: Festa dos Tabernáculos/Festa das Cabanas

Talmid: Seguidor, discípulo

Talmidim: Plural de talmid. Discípulos, seguidores.

Talmidot: Discípulado

Tanach: (ou Tanakh em hebraico ‫ )תנ״ך‬É um acrônimo utilizado para denominar


seu conjunto de livros sagrados Torah, Neviin(profetas) Ketuvin (escritos)

Tefilah: Oração (pl. Tefilin).

Tefilin: T’fíllin. (do hebraico Orações) Duas caixas pretas, de couro, que contêm
pequenos rolos com passagens bíblicas em seu interior (Sh’mol [Êx] 13.1-16;
D’varim [Dt] 6.4-9; l1.13-21). Durante as orações na sinagoga, os homens fixam
essas caixinhas no braço e na testa, em obediência a D’varim [Dt] 68. Os t’fillin
são chamados filactérios na fevereiror parte das traduções. “Usar os t’fillin” signi-
fica colocá-los no devido lugar (Mattityahu 23.5).

Tehilim: Salmo, louvores.

Teshuvá: Conversão; (em hebraico ‫תשובה‬, literalmente retorno) é a prática de


voltar às origens do judaísmo. Também tem o sentido de se arrepender dos peca-
dos de maneira profunda e sincera. Aquele que passa pelo processo de Teshuvá
com sucesso é chamado de Baal Teshuvá.

Terumá (Terumah): Oferta.

Tevilá (Tevilah): Imersão ou Batismo, Imersão em água.

T’oma: Tomé.

Torá (Torah): (do hebraico ‫ּתֹורה‬


ָ , Torah significando lei, instrução, apontamen-
to). Lei de Deus. É o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanach (também
chamados de Hamisha Humshei Torah, ‫ חמשה חומשי תורה‬- as cinco partes
da Torah) Chamada também de Lei de Moisés (Torat Moshê, ‫ּתֹורת־מֹ שֶ ׁה‬ַ ), por
vezes o termo “Torah”.

124 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá


Glossário [continuação]
Torat Moshê [‫ּתֹורת־מֹ שֶ ׁה‬
ַ ]: lei de moisés, também chamada de lei mosaica nos
termos acadêmicos.

Treif: Alimento não Kosher (Kasher), A comida que não estiver de acordo com a
lei judaica é chamada de treif ou treyf (em iídiche: ‫טרייף‬, do hebraico |‫ ְט ֵרפָ ה‬,
transl. tr’fáh). Num sentido mais técnico, treif significa “proibido”, “dilacerado” e
se refere à carne que veio de qualquer animal que contenha algum defeito que o
torne impróprio para o abatimento.

Tveryah (em hebraico: ‫טבֶ ְריָה‬‎


ְ ): Tiberíades ou Tiberíade.
Tzadik: Homem Justo.

Tzadikim: justos.

Tzdukim: Saduceus.

Tzara’at: lepra Doença de pele. De modo geral, não se trata do mal de Hansen
(hanseníase), o significado moderno atribuído à palavra “lepra”.

Tzarot: Mal, Aflições, problemas, preocupações

Tzedakah [tzedakot]: Caridade, Oferta, fazer Justiça, Justiça Social.

Veachavta Lereacha Kamocha: Amarás a teu próximo como a ti mesmo.

Vayikrá [Lv]: (E chamou em Hebraico), Livro de Levíticos.

Yarden: Jordão.

Y’hudah: Judas.

Y’hudah de K’riot: Judas Iscariotes.

Yehu: Jéu.

Yako’ov: Jacó, correspondente em hebraico para Tiago.

Yishma’el: Ismael.

Yehu: Jéu.

Yerichó: Jericó.

Jan • Fev • Mar 2016 - Tevet • Shevat • Adar I • Adar II 5776 125
Glossário [continuação]
Yerushalayim: Jerusalém.

Yesha’yahu: Isaías.

YeShivá ‫ישיבה‬: Pl. yeshivot é o nome dado às instituições para estudo da Torah
e do Talmud dentro do judaísmo.

Yeshua: Jesus, O nome hebraico Yeshua ( ַ‫ יֵׁשּוע‬/‫ )ישוע‬é uma forma alternativa
de Yehoshua, Josué, e é o nome completo de Jesus (transliterado ao grego Yeshua
fica: Ιησου’α, “Iesua”/”Ieshua” [também Ιησου’ς, “Iesu’ “/”Ieshu’ “/”Ie-
sus”]; Yehoshua [ ַ‫ יְ הֹושֻ ׁע‬/‫יהושוע‬‎] O nome “Yeshua” deriva-se de uma raiz he-
braica formada por quatro letras – ‫( ישוע‬Yod, Shin, Vav e Ayin) - que significa
“salvar” diminutivo de Yehoshua, que significa o ‘Eterno’ salvará.

Yeshua HaMashiach: Jesus, o Messias. Salvador o Ungido.

Yeshuah: Salvação.

Yibum: Levirato.

Yitzak: Isaque.

Yochanan: João, (Yochanan Hamatvil: Yochanan o imersor, João Batista).

Yom Hadim Dia do Juízo

Yom Kipur: Dia da Expiação.

Yonah: Jonas.

Yoshiyahu: Josias.

Zakkai: Zaqueu.
Fontes do glossário: Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista, Shalom Adventure, Bíblia Judaica
Completa, Wikipedia, Café com Hebraico, Chabad.

126 HLVAGV YRM • Meri Ugueulá • Rebelião e Gueulá

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