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Indice

Informações Gerais..........................................................................................04
Introdução.................................................................................................05
Sinônimos dos Livros da Bíblia......................................................................06
Endereços Beth Bnei Tsion no Brasil............................................................07
Lição 1. A restauração de todas as coisas.......................................................08
Lição 2. Restauração do domínio..................................................................16
Lição 3. Tzedaká no Tanach: parte 1..............................................................24
Lição 4. Tzedaká no Tanach: parte 2..............................................................32
Lição 5. Como a Bessorá transforma a sociedade ......................................40
Lição 6. Yeshua se misturava com as pessoas..........................................48
Lição 7. Yeshua desejava o bem das pessoas ............................................56
Lição 8. Yeshua manifestava compaixão pelas pessoas .............................64
Lição 9. Yeshua cuidava das necessidades das pessoas............................72
Lição 10. Yeshua conquistava a confiança das pessoas..............................80
Lição 11. Yeshua disse: “Segue-Me”..............................................................88
Lição 12. Trabalho urbano no fim do Olam Hazê ......................................96
Lição 13. Como devemos esperar?..............................................................104
Festas Judaicas (2016-5776/5777)...........................................................111
Horários para acendimento das velas, pôr do sol e Havdalá...................113
Glossário.................................................................................................115

Notas:
1. Este guia de estudo é uma versão adaptada das lições da Escola Sabatina ao contexto ju-
daico-adventista. É usada pelos membros das Beth Bnei Tsion [Congregações judaico-adven-
tistas] como auxiliar e apoio ao estudo semanal. Visa tornar a linguagem mais acessível a esse
contexto. O conteúdo original é preservado usando apenas adaptações contextuais. Foi revi-
sado por líderes de todas as Beth Bnei Tsion brasileiras.

2. As versões bíblicas adotadas nessa contextualização são “BÍBLIA JUDAICA COMPLETA”


traduzida por David H. Stern, “BÍBLIA HEBRAICA” traduzida por David Gorodovits e Jairo Fri-
dlin e ORTHODOX JEWISH BIBLE.

3. As leituras semanais (Parashiot, Haftarot, etc.) encontram-se no início de cada semana.


Nos rodapés de cada dia encontram-se as indicações para festividades, festas, referências
para leituras de ESTUDO DIÁRIO para as Parashiot, leitura anual da Bíblia e Leitura Reaviva-
dos por Sua Palavra (RPSP).

4. Os horários de acendimento das velas, do pôr do sol e da Havdalá tem por referência os
horários fornecido pelo aplicativo ShabbatTimes. Quando necessária, as correções dos horá-
rios para o horário de verão foram realizadas (exceto Manaus, Fortaleza e Recife).

5. As indicações para festas encontram-se junto aos cabeçalhos com resumo dos costumes
nos últimos dias das semanas. Lista de todas as festas e festividades encontram-se na págna
110.

6. Os termos transliterados em hebraico usados no decorrer das lições têm suas correspon-
dências em português descritas no glossário na página 115.

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Informações gerais
Sobre os Autores:

G aspar Colón foi diretor do Departamento de Religião da Universidade Ad-


ventista de Washington, em Takoma Park, Maryland, Estados Unidos. May
-Ellen Colón é diretora-assistente do Departamento de ES e MP da Associação
Geral e diretora do Departamento Internacional Adventista de Serviços Comu-
nitários. Eles serviram como emissários na África e na antiga União Soviética
por nove anos. Têm dois filhos adultos e dois netos.”

Contextualização:
Organização: Roberto Rheinlander Rebello.
Contextualização: Thales de Oliveira, Wesley Felipe de Oliveira, Paulo Cardoso
e Roberto Rheinlander Rebello.
Revisores consultados: Wiliam Cardoso, Carlos Muniz, Rogel Tavares, Lucas
Iglesias, Tamar Guimarães, Paulo Cardoso, Davi Antunes, Sérgio Monteiro, Re-
gina Pasquale, Bruno Santelli, Alessandro Tineu, Edson Nunes Jr., Nilza Co-
elho, Elias Tavares, Wesley Felipe de Oliveira, Victor Nery Martins, Henrique
Felix e Alexandre Vargas
Conselheiros: Richard Elofer (PhD), Reinaldo Siqueira (PhD).

4 O papel da Kehilá na sociedade


Sinônimos dos Livros da Bíblia*
Os livros da Bíblia aparecem com seu nome em hebraico transliterado. Abaixo se-
guem os livros da Bíblia, em ordem alfabetica com seu sinônimo em português.

Amos: Amos [Am] Mattityahu: Mateus [Mt]


Ezrah: Esdras [Ed] Mikha: Miqueias [Mq]
Ezrah-Nechemyah: Esdras-Neemias Mishlei: Provérbios [Pr]
Ovadyah: Obadias [Ob] Nachum: Naum [Na]
1Yochanan: lJoão [1Jo] Nechemyah: Neemias [Nm]
2Yochanan: 2João [2Jo] Revelação [Ap]: Apocalipse
3Yochanan: 3João [3Jo] Rut: Rute [Rt]
Bereshit ou Bereshit: Gênesis [Gn] Shmuel: Samuel [Sm]
Devarim ou Devarim: Deuteronômio Shmuel Alef:1Samuel [1Sm]
Daniel [Dn] Shmuel Bet: 2Samuel [2Sm]
Divrei-HaYamim Alef: 1Crônicas [1Cr] Shemot ou Sh’mot: Êxodo [Êx]
Divrei-HaYamim Bet : 2Crônicas [2Cr] Shir-HaShirim: Cântico dos Cânticos
[Ct]
Divrei-HaYamim: Crônicas [Cr] Shoftim: Juízes [Jz]
Eikhah: Lamentações [Lm] Tehillim: Salmos [Sl]
Ester: Ester [Es] Tzfanyah: Sofonias [Sf]
Hagai: Ageu [Ag] Vayikra: Levíticos [Lv]
Havakuk: Habacuque [Hc] Yehoshua: Josué [Js]
Hoshea: Oseias [Os] Yehudah: Judas [Jd]
Iyov: Jó [Jó] Yaakov: Tiago [Tg]
Kohelet: Eclesiastes [Ec] Yechezkel: Ezequiel [Ez]
1Kefa: lPedro [1Pd] Yeshayahu: Isaías [Is]
2Kefa: 2Pedro [2Pd] Yirmeyahu: Jeremias [Jr]
Malakhim Alef: 1Reis [1Rs] Yoel: Joel [Jl]
Malakhim Bet: 2Reis [2Rs] Yochanan: João [Jo]
Malakhim: Reis [Rs] Yonah: Jonas [Jn]
Malakhi: Malaquias [Ml] Zekharyah: Zacarias [Zc]

* Demais referências vide glossário na página 113.

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Introdução

A Bessorá integral

S e retirarmos todos os versos da Bíblia que tratam de justiça, pobreza, riqueza


e opressão veremos que pouco restara dela. Esses temas são tão importantes
ao longo das Escrituras que, quando são removidos, grande parte da Bíblia fica
faltando. Isso nos fala sobre as coisas com as quais D’us Se importa.
Poucos estão envolvidos em atender às necessidades da comunidade ao re-
dor das kehilot (congregações). Yeshua chama Sua kehilá no tempo do fim para
proclamar e viver as “boas-novas eternas” (Revelação [Ap] 14:6) de maneira in-
tegral.
O objetivo e o ministério descritos em Lucas [Lc] 4:16-21 é mais do que pro-
clamar a verdade da salvação (Yeshuah) pela confianca, por mais essencial que
isso seja. Proclamar as boas novas também significa expressar de modo tangí-
vel a Tzedaká (o amor e a compaixão para com os pobres, famintos, doentes,
tristes, oprimidos, marginalizados e aprisionados). Envolve a justiça bíblica
que ajuda a desfazer as obras de hasatan, tanto quanto possível, enquanto
aguardamos o dia em que o Mashiach destruirá completamente o mal.
Neste trimestre examinaremos essa visão integral das “boas-novas eter-
nas” e o papel da kehilá (congregação) em impactar a sociedade que a cerca. Cer-
to religioso, certa vez se expressou da seguinte forma:
Vi uma garotinha na rua, com frio, tremendo num vestido fino,
Com pouca esperança de conseguir uma refeição decente.
Fiquei irado e disse para D’us: “Por que o Senhor permitiu isso?
Por que não faz alguma coisa sobre isso?”
Durante algum tempo D’us não disse nada.
Então, naquela noite, de repente Ele respondeu:
“É claro que Eu fiz alguma coisa sobre isso. Eu criei você” (Dwight Nelson).

6 O papel da Kehilá na sociedade


Congregações Judaico-adventistas
Endereços e líderes (Roshim)

CONFERÊNCIA GERAL
Richard Amram Elofer, PhD

DIVISÃO SUL AMERICANA


Reinaldo Siqueira, PhD

CAMPINAS, SP
Rua Espanha, 260 - Bonfim.
Lucas Iglesias

CURITIBA, PR
Av. Munhoz da Rocha, 168 - Juvevê.
Bruno Santelli

FLORIANÓPOLIS, SC
Rua Visconde de Ouro Preto, 347 - Centro
Entrada pela rua Dorval Melchíades de Souza
Cristiano Silva

MANAUS, AM
Rua M/N, 5
Wilian Cardoso

RIO DE JANEIRO, RJ
Rua Dezenove de fevereiro, 140 - Botafogo.
Thiago Fiúza

SÃO PAULO, SP
Rua Armando Penteado, 291 - Higienópolis
Rogel Tavares

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Lição 1 26 de junho a 2 de julho [20 a 26 Sivan]

A restauração de todas as coisas

VERSO PARA MEMORIZAR: “E D’us criou o homem à Sua imagem, à ima-


gem de D’us o criou; macho e fêmea criou-os.” (Bereshit [Gn] 1:27).

LEITURAS DA SEMANA: Bereshit [Gn] 1:26, 27; Devarim [Dt] 6:5; Bereshit
[Gn] 3:8-19; Yaakov [Tg] 4:4; Gálatas [Gl] 4:19; Marcos [Mc] 2:1-12; Yocha-
nan [Jo] 10:10

A o observar o mundo e a nós mesmos, percebemos uma realidade. Qual é


ela? O fato de que algo está terrivelmente errado! Chamamos essa realida-
de de queda, pecado e rebelião. Isso é chamado também de o grande conflito”.
Contudo, essa situação não é permanente, não vai durar para sempre. O
Mashiach veio, morreu pelos pecados do mundo e prometeu voltar. Quando Ele
retornar, não vai restar nada que pertença a este mundo de pecado. Vai ter iní-
cio o Olam Habá. “E nos dias da existência daqueles reinos, o D’us dos céus esta-
belecerá um outro reino que nunca será destruído, nem cederá a outros povos
a sua soberania. Ele partirá em pedaços e consumirá os reinos à sua volta, e
permanecerá para sempre.” (Daniel [Dn] 2:44). Que restauração!
Porém, não precisamos esperar até a segunda vinda do Mashiach para que a
restauração tenha início. Os que estão no Mashiach já são novas criaturas (2Co-
ríntios [2Co] 5:17). Agora mesmo já estamos predestinados para ser conformes
à imagem de Yeshua (Romanos [Rm] 8:29). Além disso, Ele nos chama e nos
capacita, como Sua Kehilá, para trabalhar em favor da restauração de outros.

PARASHÁ DA SEMANA

Parashá 37 ‫לך‬-‫ שלח‬SHELACH LECHA [Envia]: Bamidbar [Nm] 13.1 - 15.41


Haftará: Josué 2.1-24
Brit Hadashá: Hebreus 3.7-19
Tehilim: [Sl] 64
Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista
Lista de oração 2016
Ore esta semana pelo líderes Roger Robertsen & Julio Mendez da comunidade
judaico-adventista de Jerusalém, Israel.

8 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 26 junho [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 20 Sivan 5776]

A imagem de D’us

A Bíblia diz que os seres humanos foram originalmente criados à “imagem”


de D’us (Bereshit [Gn] 1:27). Uma imagem pode ser bidimensional, como
um reflexo no espelho ou uma fotografia, ou tridimensional, como uma está-
tua ou um holograma. Pode ser também intangível, como no caso de uma ima-
gem mental, isto é, uma ideia que concebemos. O que a Bíblia quer dizer nessa
passagem?

1. Leia Bereshit [Gn] 1:26, 27. Como as Escrituras explicam o que significa ser
feito à “imagem” de D’us? Ver também Bereshit [Gn] 1:31; Devarim [Dt] 6:5;
1Tessalonicenses [1Ts] 5:23

Com a criação de nossos primeiros pais, D’us estabeleceu um novo padrão


para a vida na Terra: o homem e a mulher. Em meio a todas as outras criaturas
formadas, somente eles foram criados à imagem de D’us. Não eram símios evo-
luídos. Como seres humanos, tanto eles quanto nós somos radicalmente dife-
rentes de todas as outras formas de vida na Terra, e a teologia que diminui essa
diferença degrada a humanidade.
D’us “lhes chamou pelo nome de Adam (Humanidade, Homem)” (Bereshit
[Gn] 5:2), isto é, os dois, o homem e a mulher, embora fossem seres distintos,
ainda assim eram echad (um). Juntos, em sua plenitude e perfeição, represen-
tavam a imagem de D’us.
A natureza da imagem de D’us é completa: “Quando Adam saiu das mãos do
Criador, trazia em sua natureza física, intelectual e espiritual, a semelhança de
seu Criador” (Educação, p. 15; sublinhados acrescentados).
A palavra para “imagem” no hebraico é tselem - ‫ צלם‬e a palavra para “se-
melhança” é demuth - ‫דמות‬, esses termos podem sugerir o físico (tselem - ‫)צלם‬
e o interior (demuth - ‫)דמות‬, sendo que este último inclui os aspectos espiritu-
al e mental do ser humano. A escritora Ellen G. White reconheceu isso quando
disse que o homem foi feito à imagem de D’us, “tanto na aparência exterior
como no caráter” (Patriarcas e Profetas, p. 45).
Devarim [Dt] 6:5 menciona as várias dimensões do ser humano: alma (di-
men-são espiritual), coração (mente, dimensão mental) e força (corpo físico).
Há um padrão semelhante em 1Tessalonicenses [1Ts] 5:23. Um ser humano
feito à imagem de D’us inclui naturalmente todas essas dimensões.

Embora haja muito mais coisas relacionadas a essa ideia de ser feito “à ima-
gem de D’us”, a Bíblia é clara: o ser humano é uma criação distinta e singular. Ne-
nhuma outra criatura se assemelha a ele. Por que é importante conservar sempre
em mente essa distinção?

ESTUDO DIÁRIO
Shelach, 1ª Alyá (Bamidbar [Nm] 13:1-13:20)
Tehilim [Sl] 97-103
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 13
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 68 a 71

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segunda, 27 de junho [‫ יום שני‬Yom Sheni 21 de Sivan 5776]

A queda e suas consequências

A Bíblia não diz quanto tempo se passou entre o término da criação e a queda.
Dias, semanas, anos? Simplesmente não sabemos. O que sabemos, porém,
é que houve uma queda e que suas consequências foram imediatas e evidentes.
O primeiro resultado mencionado como consequência do fato de Adam e
Havah terem comido da árvore do conhecimento do bem e do mal foi a súbita
percepção que eles tiveram de sua nudez (Bereshit [Gn] 3:7). Eles procuraram
ocultar-se da presença de D’us, e suas vestes de luz desapareceram. (Ver Patriar-
cas e Profetas, p. 57.) Sua intimidade com D’us foi interrompida por causa de
sua recém-descoberta intimidade com o egocentrismo inerente ao mal. D’us
procurou, então, informar o primeiro casal sobre as consequências que seu pe-
cado lhes havia trazido.

2. Identifique as consequências imediatas do pecado de Adam e Havah apre-


sentadas em cada texto a seguir. Como essas consequências se manifestam
hoje?
Bereshit [Gn] 3:8-10:___________________________________________________
Bereshit [Gn] 3:12: ____________________________________________________
Bereshit [Gn] 3:13: ____________________________________________________
Bereshit [Gn] 3:16: ____________________________________________________
Bereshit [Gn] 3:17-19: _________________________________________________

Não há dúvida de que a queda foi real, concreta e teve consequências terrí-
veis para a humanidade. A longa e triste história humana, desde o início até os
acontecimentos atuais, revela as trágicas consequências do pecado.
Podemos ser muito agradecidos pela promessa de que um dia a tragédia do
pecado irá terminar e nunca mais se repetirá (Olam Habá).

De que maneira convivemos a cada dia com as consequências dos nossos peca-
dos?

ESTUDO DIÁRIO
Shelach, 2ª Alyá (Bamidbar [Nm] 13:21-14:7)
Tehilim [Sl] 104-105
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 14
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 72 a 77

10 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 28 de junho [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 22 de Sivan 5776]

Inimizade e expiação
3. Leia Bereshit [Gn] 3:14, 15. O que D’us quis dizer quando declarou a hasatan:
“E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua des-
cendência; ela te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Bereshit [Gn] 3:15)?
Que esperança podemos encontrar nessa passagem?

E m hebraico, a palavra “inimizade” (evah - ‫ )אֵ יבָ ה‬tem a mesma raiz (aiav -
‫ )איב‬das palavras ódio e inimigo (oiev - ‫)אוֹיֵב‬. Ao comer da árvore do co-
nhecimento do bem e do mal, o casal se colocou em inimizade para com D’us e,
em consequência, toda a humanidade também (ver Romanos [Rm] 5:10; Colos-
senses [Cl] 1:21; Yaakov [Tg] 4:4). A promessa divina implica que D’us colocaria
em ação Seu plano para atrair os seres humanos de volta a Ele, transferindo
assim a inimizade deles para hasatan. Dessa forma, ao promover inimizade
contra hasatan no coração das pessoas, D’us estabeleceria um meio pelo qual
poderia libertar a humanidade sem violar os princípios de Seu governo. Isso é
conhecido, no sentido original, como “expiação” (kapará - ‫)כַפָ ָרה‬, ou seja, aqui-
lo que D’us fez e está fazendo para finalmente restaurar o que foi perdido na
queda.

4. O que os textos seguintes revelam sobre a expiação (kapará - ‫ ?)כַפָ ָרה‬Vayi-


krá [Lv] 1:3, 4; 1Coríntios [1Co] 5:7; 1Yochanan [1Jo] 1:9

Às vezes, estudiosos usam a palavra “expiação (kapará - ‫ ”)כַפָ ָרה‬para se re-


ferirem ao modo pelo qual essa expiação funciona. A raiz latina expiare signifi-
ca “redimir”, e a ideia envolve reparação de um ato errado. Alguém fez algo er-
rado, transgrediu a lei, e a justiça exige uma penalidade a ser paga pelo erro. Em
português, às vezes se diz que uma pessoa tem “uma dívida para com a socieda-
de” pelo que ela fez.
Apesar dos nossos pecados, no plano da salvação do Eterno, a expiação, ou
seja, a morte sacrifical do Mashiach, nos liberta das consequências legais desse
erro. O próprio Mashiach pagou a penalidade por nós. A punição legal devia ter
sido aplicada a nós, pois o governo de D’us tem leis. No entanto, ela foi aplicada
a Yeshua. Dessa forma, as exigências da justiça foram satisfeitas, mas no Mashia-
ch, não em nós. Embora sejamos pecadores, embora tenhamos errado, somos
perdoados e justificados aos Seus olhos. Esse é o passo decisivo e fundamental
na “restauração de todas as coisas” (Atos [At] 3:21).

ESTUDO DIÁRIO
Shelach, 3ª Alyá (Bamidbar [Nm] 14:8-14:25)
Tehilim [Sl] 106-107
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 15
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 78 a 80

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quarta, 29 de junho [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 23 de Sivan 5776]

Restauração em Yeshua

“M eus filhos queridos, sofro as dores de parto por todos vocês novamente
e este processo continuará até que o Messias seja moldado em vocês.”
(Gálatas [Gl] 4:19). Fomos originalmente criados como seres perfeitos e com-
pletos, num mundo perfeito e completo. Infelizmente, esse Gan Éden anterior
à queda foi perdido por meio do pecado, e o mundo que conhecemos hoje está
cheio de morte, violência, sofrimento, medo e ignorância. O plano da liberta-
ção foi criado para restaurar a perfeição original do planeta. O Mashiach veio
para recuperar o que foi perdido por meio do pecado.
“No princípio D’us criou o homem à Sua semelhança. Dotou-o de nobres
qualidades. Sua mente era bem equilibrada, e todas as faculdades de seu ser
estavam em harmonia. Mas a queda e seus efeitos perverteram esses dons. O
pecado desfigurou e quase destruiu a imagem de D’us no homem. Foi para res-
taurá-la que o plano da libertação foi concebido, e se concedeu ao homem um
tempo de graça. Levá-lo novamente à perfeição em que ele foi criado no princí-
pio é o grande objetivo da vida. Esse objetivo constitui a base de todos os ou-
tros” (Patriarcas e Profetas, p. 595 contextualizado). Essa restauração só estará
completa no novo céu e na nova Terra (Yeshayahu [Is] 65:17-25). No entanto, o
processo já começa em nós, agora!

5. Leia Gálatas [Gl] 4:19. Que importante lição espiritual Rabbi Shaul enfati-
zou nesse texto? Que outras preocupações imediatas ele podia ter?

Em Hebreus 1:3, o próprio Mashiach é apresentado como a imagem de D’us,


“é o resplendor da Shekhiná, a expressão exata da essência de Deus” (comparar
com Yochanan [Jo] 14:9; 2Coríntios [2Co] 4:4; Colossenses [Cl] 1:15). Ele deseja
unir-Se conosco para restaurar a imagem de D’us em nós. Se consentirmos, o
Mashiach, a imagem de D’us, pode estar em nós: “Ele é o Messias em união com
vocês! Nisso reside a esperança da glória!” (Colossenses [Cl] 1:27).
A experiência final de sermos restaurados à Sua imagem ocorrerá na se-
gunda vinda do Mashiach (ver 1Coríntios [1Co] 15:49; 1Yochanan [1Jo] 3:2).
Contudo, quando o Mashiach está em nós, e nós no Mashiach, o processo de nos-
sa restauração à imagem de D’us já começa antes de chegarmos ao Olam Habá.
Quando isso acontece, passamos a nutrir o anseio de levar as pessoas de nossa
sociedade Àquele que pode restaurá-las também.

Embora a obra de restauração já comece agora, por que devemos sempre nos
lembrar de que ela só será concluída na segunda vinda do Mashiach?

ESTUDO DIÁRIO
Shelach, 4ª Alyá (Bamidbar [Nm] 14:26-15:7)
Tehilim [Sl] 108-112
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 16
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 81 a 86

12 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 30 de junho [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 24 Sivan 5776]

O papel restaurador da kehilá

C omo vimos, nosso mundo, embora criado perfeito, caiu em pecado, e isso
trouxe resultados devastadores. D’us, porém, não nos abandonou ao que
teria sido nossa sina: a destruição eterna (a ciência diz que esse destino nos
aguarda). Em vez disso, o plano da salvação foi formulado antes mesmo do iní-
cio do mundo (ver 1Kefa [1Pe] 1:2) e, a um grande custo para Yeshua, Ele mes-
mo veio a este mundo, morreu, ressuscitou e prometeu voltar. Assim, quando
tudo terminar e o pecado for destruído, o mundo que se havia perdido será ple-
namente restaurado. (Yeshayahu [Is] 65:17-25)
Porém, o mais incrível é que D’us nos chama, como Sua kehilá, a participar
desse processo, trabalhando em favor dessa restauração.

6. Em Marcos [Mc] 2:1-12, alguns amigos trabalharam juntos e de maneira


persistente para levar um paralítico a Yeshua. De que maneira essa história
ilustra o papel da congregação em curar e restaurar pessoas (Refuá Shlemá)?

A casa estava cheia porque Yeshua estava lá. Seu amor pelas pessoas atraía
multidões. Os quatro homens abriram um grande buraco no teto para levar a
Yeshua aquele homem, que estava espiritual, mental e fisicamente enfermo.
Então Yeshua o restaurou, perdoando-lhe os pecados, dando-lhe paz mental
(Refuat Hanefesh) e ordenando-lhe que se levantasse e andasse (Refuat haguf).
Yeshua demonstrou que ninguém é realmente curado a me-nos que seja restau-
rado de maneira integral (Refuá Shlemá).

7. Por que o Mashiach veio à Terra? Que esperança podemos encontrar nessas
passagens? Leia Yochanan [Jo] 10:10; 1Yochanan [1Jo] 3:8

Dizem que Yochanan [Jo] 10:10 é a mensagem que cremos em poucas pala-
vras. Ela foi claramente apresentada pelo Mashiach como Sua declaração de
propósito. Um importante papel do corpo do Mashiach, Sua Kehilá, é seguir em
Suas pegadas e desfazer a obra de hasatan, substituindo a morte pela vida abun-
dante (ver Atos [At] 10:38; 1Yochanan [1Jo] 2:6). A Kehilá é chamada a se asso-
ciar ao Mashiach na tarefa de restaurar as pessoas à imagem de D’us – física,
mental e espiritualmente.

Quais pessoas estão precisando agora da ajuda que você está especialmente
qualificado para oferecer?

ESTUDO DIÁRIO
Shelach, 5ª Alyá (Bamidbar [Nm] 15:8-15:16)
Tehilim [Sl] 113-118
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 17
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 87 a 89

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 13


sexta, 1 de julho [‫ יום שישי‬Yom Shishi 25 Sivan 5776]

Estudo adicional

L eia as seguintes passagens sobre a restauração da imagem de D’us: Romanos


[Rm] 8:29; Colossenses [Cl] 1:15; 3:9-11; 2Coríntios [2Co] 3:18; 5:17. Leia os
capítulos “A Criação”, “A Tentação e a Queda” e o “O Plano da Redenção”, em Pa-
triarcas e Profetas, p. 44-70.
Fomos chamados por D’us para trabalhar pelo bem dos outros, procurando
mostrar-lhes as promessas de esperança e restauração que recebemos em
Yeshua. Algumas congregações proporcionam restauração física para as pesso-
as de sua sociedade com programas e serviços de saúde. Além disso, o sistema
de hospitais e clínicas funciona com o mesmo objetivo. A restauração e o aper-
feiçoamento mental podem ocorrer através de aulas que capacitem a comuni-
dade a satisfazer suas necessidades. As kehilot também podem estabelecer ou
melhorar escolas locais, dar cursos de capacitação profissional, aulas de alfabe-
tização, reforço escolar, treinamentos, aconselhamento psicológico, etc. Ao
continuar sua busca por restauração e vida abundante, muitas pessoas da co-
munidade perceberão que precisam de restauração espiritual e moral também,
embora a princípio não pensassem assim. Na verdade, esse é um aspecto-chave
na restauração da imagem de D’us (ver Efésios [Ef] 4:22-24). A Kehilá está posi-
cionada e preparada de maneira singular para satisfazer essas necessidades es-
pirituais, mais do que qualquer organização secular voltada para a área social
ou de saúde.

Perguntas para reflexão


1. Qual é o propósito da restauração física? Afinal de contas, não importa o
que façamos para ajudar outros a recuperar a saúde, a menos que o Mashiach
volte durante o tempo de vida dessas pessoas, a maioria delas sucumbirá à do-
ença e aos efeitos destrutivos da idade. Por que isso é uma prova ainda maior de
que a plena restauração só ocorrerá na vinda de Yeshua?
2. O que significa começar a ser restaurado à imagem de D’us agora? Por que
precisamos ter uma noção clara de D’us para que essa restauração aconteça?
Como aprender a não desistir quando não vemos o progresso que gostaríamos
de alcançar?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112


ESTUDO DIÁRIO
Shelach, 6ª Alyá (Bamidbar [Nm] 15:17-15:26)
Tehilim [Sl] 119:1-96
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 18
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 90 a 99

14 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 2 de julho [‫ שבת‬Shabat 26 Sivan 5776]

ESTUDO DIÁRIO
Shelach, 7ª Alyá (Bamidbar [Nm] 15:27-15:41)
Tehilim [Sl] 119:97-176
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 19
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 100 a 105

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 15


Lição 2 3 a 9 de julho [27 Sivan a 3 Tamuz]

Restauração do domínio
VERSO PARA MEMORIZAR: “E D’us disse: “Façamos homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança, e que domine sobre o peixe do
mar, sobre a ave dos céus, sobre o animal e em toda a terra, e sobre todo
réptil que se arrasta na terra!” (Bereshit [Gn] 1:26).

LEITURAS DA SEMANA: Bereshit [Gn] 1:26-28; Tehilim [Sl] 8:3-8; Bereshit


[Gn] 2:15; Romanos [Rm] 8:20-22; Shemot [Êx] 20:1-17; Romanos [Rm] 1:25;
2Ts 3:10

N a queda, nossos primeiros pais perderam mais do que apenas a imagem


original de D’us. “Quando foi criado, Adam foi colocado no domínio da Ter-
ra. Porém, ao ceder à tentação, colocou-se sob o poder de hasatan, e o domínio
que havia exercido passou para aquele que o havia vencido. Assim, hasatan se
tornou ‘o deus do Olam Haze’ (2Coríntios [2Co] 4:4). Ele usurpou o domínio da
Terra que havia sido confiado originalmente a Adam. Mas o Mashiach, que por
Seu sacrifício pagou a penalidade do pecado, não só redimiria o homem, mas
recuperaria o domínio que este havia perdido. Tudo o que tinha sido perdido
pelo primeiro Adam seria restaurado pelo segundo” (Signs of the Times, 4 de
novembro de 1908).
Embora a ideia de “domínio” tenha conotações negativas hoje, isso não
ocorria lá no Gan Éden. O que significava o domínio concedido aos seres huma-
nos? O que a Kehilá pode fazer para ajudar as pessoas a recuperar um pouco do
que foi perdido após a trágica queda de nossos primeiros pais no Gan Éden?

PARASHÁ DA SEMANA

Parashá 38 ‫ קרח‬KORACH [Envia]: Bamidbar [Nm] 16.1 - 18.32


Haftará: Sh’mu’el Alef [1 Samuel] 11.14 - 12.22
Brit Hadashá: 2 Timóteo [2Tm] 2.8-21; Y’hudah 1-25; Romanos [Rm] 13.1-7
Tehilim: [Sl] 5

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelo líder Emmanuel Lascu da comunidade judaico-adventis-
ta de Ramat Gan, Israel

16 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 3 de julho [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 27 Sivan 5776]

Criado para o domínio

R ecentemente alguém escreveu o seguinte sobre uma amiga, ateísta declara-


da, que disse que às vezes “acorda no meio da noite, preocupada com uma
série de perguntas profundas: ‘Será que este mundo é verdadeiramente resulta-
do de uma grande explosão cósmica acidental? Como pode não haver nenhum
planejamento, nenhum grande propósito para nossa existência e para a do Uni-
verso como um todo? Será que todas as vidas – incluindo a minha, a do meu
marido e as dos meus dois filhos – são totalmente irrelevantes e sem sentido?
Será que minha vida não tem nenhum significado nem propósito?’”
Depois da queda, a humanidade perdeu muito! Como a história da queda
mostrou, tornamo-nos alienados, não só de D’us, mas uns dos outros. Até mes-
mo nossa relação para com a Terra mudou. E, como mostram as perguntas fei-
tas pela mulher citada acima, também lutamos para entender quem somos e
qual é o propósito da vida. Para muitos, esses problemas se tornam muito pio-
res pela ideia prevalecente de que nossa existência resultou apenas do acaso,
sem nenhum planejamento ou propósito estabelecido por um D’us criador.

1. Quais são os propósitos para a criação da humanidade? Bereshit [Gn] 1:26-


28; Tehilim [Sl] 8:3-8; Yeshayahu [Is] 43:6, 7. O que significa a expressão “criei
para Minha glória” (Yeshayahu [Is] 43:7)? De que forma a glória de D’us está re-
lacionada ao domínio?

Como podemos ver nos versos de Bereshit [Gn], ainda que D’us tenha tido
outras razões para criar Adam e Havah, eles também foram criados para ter do-
mínio sobre a Terra (Bereshit [Gn] 1:26-28). Juntos, refletindo a glória e o cará-
ter de D’us, o primeiro casal devia ser um canal por meio do qual Aquele que
tem a glória e o domínio supremos (Revelação [Ap] 1:5, 6) iria sustentar, admi-
nistrar e cuidar do restante de Sua criação na Terra. Quem sabe como a glória
de D’us teria sido revelada por meio deles e de seu domínio sobre o mundo se
não tivesse surgido o pecado?
Agora, porém, por meio da confiança no Mashiach e da entrega de nossa
vida a ele em fé, obediência e cooperação, podemos dizer, com David: “O Eterno
cumprirá o Seu propósito para comigo!” (Tehilim [Sl] 138:8). Saber que D’us tem
um propósito para cada um de nós é motivo de confiança e alegria, especial-
mente quando nos entregamos a Ele para que Sua vontade se cumpra em nós

Se alguém lhe perguntasse: “Qual é o propósito da sua vida?”, o que você res-
ponderia, e por quê?

ESTUDO DIÁRIO
Côrach, 1ª Alyá (Bamidbar [Nm] 16:1-16:13)
Tehilim [Sl] 120-134
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 20
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 106 a 110

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 17


segunda, 4 de julho [‫ יום שני‬Yom Sheni 28 Sivan 5776]

O privilégio do domínio
2. Qual é o “domínio” que os seres humanos deviam ter sobre a Terra? Be-
reshit [Gn] 1:26-28

A palavra bíblica “domínio” vem do verbo hebraico radah - ‫רדה‬. Essa pala-
vra indica direito e responsabilidade de governar. Implica, nesse contexto,
uma hierarquia de poder e autoridade, na qual a humanidade está posicionada
acima do restante do mundo natural. Embora o verbo radah - ‫רדה‬, de acordo
com seu uso no Tanach, não defina como esse domínio devia ser exercido, o
contexto de uma criação inocente e perfeita mostra que a intenção deve ter
sido um domínio de natureza benevolente.
Conclusões semelhantes podem ser extraídas a respeito da ordem de sujei-
tar a Terra em Bereshit [Gn] 1:28. O verbo sujeitar, do hebraico kabash - ‫כבש‬,
também retrata um relacionamento hierárquico no qual os seres humanos es-
tão colocados acima da Terra e recebem poder para controlá-la. Em outras par-
tes do Tanach o verbo kabash - ‫ כבש‬é ainda mais enfático do que radah - ‫רדה‬,
e descreve o ato literal de subjugar, de forçar outra pessoa a ocupar uma posi-
ção subordinada (Bamidbar [Nm] 32:22, 29; Yirmeyahu [Jr] 34:11, 16; Ester [Et]
7:8; Nehemiya [Nm] 5:5). Em muitos desses casos, fica evidente o abuso de po-
der e D’us expressa Seu desagrado com isso. Mas, novamente, tendo em vista o
contexto da história da Criação, de um casal sem pecado criado à imagem de
D’us para governar a Terra, essa sujeição poderia ser caracterizada somente
como um serviço benevolente que os seres humanos prestariam à criação,
como representantes do Criador. Certamente, isso não consistiria numa explo-
ração.
Encontramos uma dimensão adicional desse conceito de domínio em Be-
reshit [Gn] 2:15, quando D’us colocou Adam no Gan Eden para cultivá-lo leov-
dah - ‫דהּ‬ ֖ ָ ‫ לְ ﬠָ ְב‬- (da raíz avad –‫ עבד‬- trabalhar, servir, lavrar) e guardá-lo (ul-
shomra - ‫ )וּלְ שָׁ ְמ ָרה‬- (da raíz shamar -‫ – שמר‬cercar, guardar, proteger, cuidar,
olhar atentamente, vigiar, preservar, considerar, reservar).
Tendo isso em mente, descobrimos que domínio é administração ou gover-
no cuidadoso e amoroso. Em seu relacionamento com D’us, nossos primeiros
pais tinham todos os recursos e a autoridade de que precisavam para exercer
seu do¬mínio, que deveria refletir o amor de D’us por Sua criação.
Embora a palavra “domínio” tenha conotações negativas, não era esse o caso
quando ela foi usada pela primeira vez na Bíblia. Quais princípios aprendemos
com o uso desse termo antes do pecado? Como podemos aplicá-los aos nossos rela-
cionamentos com coisas ou pessoas sobre as quais temos “domínio”?

ESTUDO DIÁRIO
Côrach, 2ª Alyá (Bamidbar [Nm] 16:14-16:19)
Tehilim [Sl] 135-139
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 21
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 111 a 118

18 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 5 de julho [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 29 Sivan 5776]

Limites

O domínio dos seres humanos em “toda a Terra” (Bereshit [Gn] 1:26) indica
que não há limites ao nosso domínio? A história bíblica indica que o domí-
nio (que também pode ser entendido como “administração”) precisa ter limi-
tes.

P or exemplo, D’us disse a Adam que a árvore do conhecimento do bem e do


mal (meetz hadaat tov vara - ‫ )מֵ ﬠֵ ץ הַ דַ ﬠַ ת טוֹב ו ָָרע‬era proibida (ver Be-
reshit [Gn] 2:15-17). O primeiro pecado, portanto, foi no contexto da adminis-
tração. Adam e Havah excederam os limites que D’us havia estabelecido ao do-
mínio deles. A criação ainda está sofrendo por causa dessa violação de limites
(ver Romanos [Rm] 8:20-22).

3. Leia Shemot [Êx] 20:1-17. Que tipo de “limites” são estabelecidos pela lei de
D’us? O que a lei nos diz sobre os limites do domínio humano?

Ao longo da história da humanidade (por exemplo, o faraó em Shemot [Êx]


1–14; Herodes em Mattityahu [Mt] 2), e até o fim dos tempos (ver Revelação [Ap]
13), tiranos dirigidos por hasatan são conhecidos por tentar dominar aquilo
sobre o que não têm controle legítimo. Eles imitam satan, que usurpou o poder
e se tornou “o governante deste mundo” (Yochanan [Jo] 12:31). O domínio que
se degenera se torna opressão.
Por outro lado, há aqueles que se recusam a administrar as coisas sobre as
quais precisam exercer domínio (ver Mattityahu [Mt] 25:14-30; Lucas [Lc]
19:12-27).
Embora o pecado tenha levado a humanidade a perder o nível de domínio
concedido na criação, nosso domínio original não foi inteiramente perdido por
causa do pecado. Ainda há muita coisa dentro de nossa atual esfera de respon-
sabilidade: por exemplo, o controle sobre nossa vida pessoal, que o Mashiach
nos capacita a exercer (ver 1Coríntios [1Co] 9:25-27; Gálatas [Gl] 5:22, 23), e o
cuidado da Terra e de suas criaturas, bem como de tudo o que D’us nos conce-
deu (ver Yaakov [Tg] 1:17; Mattityahu [Mt] 25:14-30). Precisamos compreender
quais são nossos limites, e então ser administradores fiéis dentro desses limi-
tes.

Quais são os limites específicos que você precisa respeitar em relação aos ou-
tros, como familiares, amigos e colegas de trabalho? Que princípios podemos usar
para saber quais são esses limites (ver, por exemplo, Mattityahu [Mt] 7:1, 12)?

ESTUDO DIÁRIO
Côrach, 3ª Alyá (Bamidbar [Nm] 16:20-17:8)
Tehilim [Sl] 140-144
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 22
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 119

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 19


quarta, 6 de julho [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 30 Sivan 5776]

O cuidado da Terra
4. “E o Eterno D’us tomou o homem e o pôs no jardim do Éden, para o culti-
var e guardá-lo” (Bereshit [Gn] 2:15). Que princípio encontramos nesse texto
sobre a maneira pela qual devemos cuidar do planeta?

A ntes do pecado, Adam e Havah tinham recebido a incumbência de adminis-


trar tudo o que D’us havia criado. Eles tinham controle sobre a vida vege-
tal e animal. Contudo, após o pecado toda a natureza parecia se rebelar contra
eles na mesma extensão em que eles se haviam rebelado contra D’us. Os seres
humanos começaram a verificar que eram impotentes diante dos elementos (o
clima, o cultivo da terra e o reino animal).
“Entre os seres inferiores, Adam estivera como rei, e enquanto permaneceu
fiel a D’us, toda a natureza reconheceu seu governo. Mas quando ele transgre-
diu, foi despojado desse domínio. O espírito de rebelião que ele mesmo havia
acolhido, estendeu-se por toda a criação animal. Assim, não somente a vida do
homem, mas a natureza dos animais, as árvores da floresta, a relva do campo, o
próprio ar que ele respirava, tudo apresentava a triste lição do conhecimento
do mal” (Educação, p. 26, 27 contextualizado).
Hoje ainda somos devastados por desastres naturais e pelo nosso ecossiste-
ma em deterioração, pelo menos em alguns lugares. Assim, fazemos grandes
esforços para usar a tecnologia e a indústria a fim de nos proteger. Contudo,
ainda que a tecnologia e a indústria nos ajudem, às vezes essa mesma tecnolo-
gia pode causar danos ao planeta. A ecologia é uma questão moral, ética e teo-
lógica, principalmente quando a exploração da Terra pode levar a grandes difi-
culdades para outros.
“Defendemos um estilo de vida simples e saudável, em que as pessoas não
participam da rotina do consumismo desenfreado, do acúmulo de bens e da
produção exagerada de lixo. É necessário que haja respeito pela criação, restri-
ção no uso dos recursos naturais, reavaliação das necessidades e reafirmação
da dignidade da vida criada” (D.I. Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 2003, p.
36).

Como alcançar o equilíbrio em nossa atitude para com a Terra, sendo bons ad-
ministradores do nosso lar e evitando o perigo de transformar em deuses a Terra e
o meio ambiente? Que advertência encontramos em Romanos [Rm] 1:25?

ROSH CHÔDESH TAMUZ


ESTUDO DIÁRIO
Côrach, 4ª Alyá (Bamidbar [Nm] 17:9-17:15)
Tehilim [Sl] 145-150
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 23
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 120 a 134

20 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 7 de julho [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 1 Tamuz 5776]

Restauração do domínio

P or meio da queda os seres humanos perderam muito, inclusive o tipo de


domínio que nossos primeiros pais tiveram o privilégio de exercer no Gan
Eden. O Mashiach veio a fim de restaurar para nós aquilo que perdemos. Pelo
que o Mashiach fez por nós, também somos chamados por D’us para alcançar
outros, ajudando-os a recuperar, no Mashiach, aquilo que Ele nos havia conce-
dido. Esse processo só será concluído na segunda vinda de Yeshua HaMashiach
e nos eventos que ocorrerão depois disso. No entanto, podemos fazer muita coi-
sa agora para auxiliar os necessitados, perdidos e oprimidos. Podemos ser usa-
dos por D’us para ajudar a iniciar essa restauração agora mesmo, alcançando e
auxiliando os necessitados em todos os aspectos.

5. O que podemos fazer para ajudar as pessoas a recuperar um pouco do “do-


mínio” perdido através do pecado?
Devarim [Dt] 15:7-12: _________________________________________________
Lucas [Lc] 14:12-14: __________________________________________________
1Kefa [1Pe] 3:15: ______________________________________________________
Yaakov [Tg] 1:27: _____________________________________________________
Yeshayahu [Is] 58:7: ___________________________________________________
2Tessalonissences [2Ts] 3:10: __________________________________________

Como membros da Kehilá, há muito que podemos fazer, que devemos fazer
e que fomos chamados a fazer para ajudar os necessitados. Às vezes, pode ser
algo básico, como oferecer alimento, roupas ou abrigo para alguém em urgente
necessidade. Embora o serviço humanitário seja necessário, é preciso algo mais
que isso para ajudar as pessoas a restaurar o domínio em sua vida. Embora de-
vamos sempre estar prontos a dar a razão da esperança que há em nós, deve-
mos também, quando e onde pudermos, satisfazer as necessidades físicas das
pessoas e indicar-lhes um modo de vida melhor. Embora cada situação seja di-
ferente, e as necessidades sejam variadas, fomos chamados por D’us para ser
luz e fonte de cura e esperança em nossa comunidade. Essa é uma parte essen-
cial do que significa ser testemunhas do D’us de amor e salvação a quem servi-
mos. Na força do Eterno, precisamos fazer tudo que pudermos para ser um fa-
rol que ilumina e leva esperança aos necessitados. Não podemos fazer menos
que isso. Ao cumprir esse papel de serviço, ajudamos as pessoas a ver como
D’us é. Além disso, ao cuidar das suas necessidades físicas, preparamos o cami-
nho para que o coração delas seja alcançado pelo Ruach Hakodesh. Era isso que
Yeshua fazia, e é isso que somos chamados a fazer também.
ROSH CHÔDESH TAMUZ
ESTUDO DIÁRIO
Côrach, 5ª Alyá (Bamidbar [Nm] 17:16-17:24)
Tehilim [Sl] 1-9
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 24
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 135 a 139

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 21


sexta, 8 de julho [‫ יום שישי‬Yom Shishi 2 Tamuz 5776]

Estudo adicional

L eia “Temperança e Dietética” e “Disciplina”, em Educação, p. 202-206, 287-


290; “Necessidade de Domínio Próprio”, em Conselhos sobre o Regime Ali-
mentar, p. 73, 74; “Os Princípios da Mordomia” e “Participando das Alegrias
dos Remidos”, em Conselhos sobre Mordomia, p. 111-113, 348-350.
Se não fosse pela Palavra de D’us, que revela nossas origens e a origem do
pecado, da morte e do mal, simplesmente consideraríamos isso como algo co-
mum, meramente uma parte da vida. Mas a história da queda nos mostra que,
na verdade, as coisas não deveriam ser assim. Então, logo depois que eles peca-
ram, repentinamente sua relação com o mundo se tornou diferente, porque
eles mudaram, e o mundo físico mudou também. Subitamente, o domínio que
eles haviam desfrutado foi perdido, e as consequências foram enormes! “espi-
nho e abrolho (Bereshit [Gn] 3:17, 18), as consequências do dilúvio (Bereshit
[Gn] 7:12), as terras desérticas e áridas, e os gemidos da Terra por libertação
(Romanos [Rm] 8:19-22) são algumas das imagens usadas pela Bíblia para des-
crever o efeito do pecado sobre o mundo” (Tratado de Teologia. Tatuí, SP, Casa
Publicadora Brasileira, 2011; p. 286). Deveríamos ser muito gratos pelo plano
da salvação, que irá restaurar tudo o que foi perdido!

Perguntas para reflexão


1. Embora o contexto imediato de Shemot [Êx] 23:10-12, Devarim [Dt] 11:11,
12 e 20:19, 20 não tenha a ver com a ecologia como a entendemos hoje, que
princípios encontra¬dos nesses textos nos ajudam a entender nossa necessida-
de de ser bons administradores do meio ambiente? Como saber se já ultrapas-
samos os limites, deixando de ser bons mordomos do meio ambiente para nos
tornarmos adoradores dele?
2. Pense sobre o mundo natural que conhecemos. Ele é um amigo ou um ini-
migo? Como você pode justificar sua resposta?
3. Qual é o significado e o propósito da vida? Qual é a diferença entre nossas
respostas e as respostas dos que não creem em D’us nem na salvação?
4. Como podemos recuperar o domínio do mundo de tal maneira que ajude a
restaurar seu significado original?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

ESTUDO DIÁRIO
Côrach, 6ª Alyá (Bamidbar [Nm] 17:25-18:20)
Tehilim [Sl] 10-17
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 25
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 140 a 144

22 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 9 de julho [‫ שבת‬Shabat 3 Tamuz 5776]

ESTUDO DIÁRIO
Côrach, 7ª Alyá (Bamidbar [Nm] 18:21-18:32)
Tehilim [Sl] 18-22
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 26
Leitura Anual: Tehilim [Sl] 145 a 150

COSTUMES DESTA SEMANA

ROSH CHODESH TAMUZ


Este mês tem dois Rosh Chodesh (Cabeça do Mês). Para Tamuz (quando um mês
tem 30 dias, o último dia do mês e o primeiro do mês seguinte servem como
Rosh Chodesh do mês vindouro).
Muitos têm o costume de marcar Rosh Chodesh com uma refeição festiva e re-
dução na atividade de trabalho. Este costume prevalece entre as mulheres, que
têm uma afinidade especial com Rosh Chodesh – o mês é o aspecto feminino do
calendário judaico.

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 23


Lição 3 10 a 16 de julho [4 a 10 Tamuz]

Tzedaká no Tanach: parte 1

VERSO PARA MEMORIZAR: :D’us “proporciona justiça aos oprimidos, e


dá alimento aos famintos; é o Eterno Quem liberta os agrilhoados. Ele abre os
olhos dos cegos e reergue os caídos. O Eterno ama os justos, o Eterno protege os
peregrinos; ao órfão e à viúva Ele reanima, mas frustra os caminhos dos ím-
pios.” (Tehilim [Sl] 146:7-9).

LEITURAS DA SEMANA: Shemot [Êx] 22:21-23; 23:2-9; Amos [Am] 8:4-7;


Yeshayahu [Is] 1:13-17; 58:1-14; Atos [At] 20:35

A nos atrás, num dia frio na cidade de Nova York, um menino de dez anos,
descalço e tremendo, observava atentamente a vitrine de uma loja de sapa-
tos. Uma mulher foi até o menino e perguntou por que ele estava observando a
vitrine com tanto interesse. Ele disse que estava pedindo a D’us que lhe desse
um par de sapatos. A mulher o tomou pela mão e o levou para dentro da loja.
Ela pediu ao atendente que trouxesse seis pares de meias; pediu também uma
bacia com água e uma toalha. Levando o rapazinho para o fundo da loja, ela ti-
rou as luvas, lavou os pés dele e os enxugou com a toalha. O atendente chegou
com as meias. A mulher colocou meias nos pés do menino e lhe deu um par de
sapatos. Colocou a mão na cabeça dele e perguntou se ele se sentia mais con-
fortável. Quando ela se virou para ir embora, o espantado rapazinho segurou a
mão dela e perguntou, com lágrimas: “A senhora é a esposa de D’us?”
Aquele menino falou uma verdade maior do que imaginava. O povo de D’us
é sua noiva, sua esposa. Como membros de Sua Kehilá, precisamos refletir seu
caráter amoroso.

PARASHÁ DA SEMANA

Parashá 39 ‫ חקת‬CHUKAT [prescrição]: Bamidbar [Nm] 19.1 - 22.1


Haftará: Shoftim [Jz] 11.1-33
Brit Hadashá: Yochanan [Jo] 3.9-21;4.3-30;12.27-50
Tehilim: [Sl] 39

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos novos líderes da Conferência Geral e Divisões eleitos em
San Antonio - Haifa, Israel

24 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 10 de julho [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 4 Tamuz 5776]

Tzedaká: marcas do povo de D’us

D esde o princípio a justiça social fez parte das mitzvot de D’us e de Seu ideal
para Seu povo. A justiça social é a intenção original de D’us para a sociedade
humana: um mundo em que as necessidades básicas são satisfeitas, as pessoas
prosperam e a paz reina.

1. Leia os versos seguintes e resuma o que eles dizem sobre a Tzedaká, ou so-
bre o que às vezes é chamado de “justiça social”. Shemot [Êx] 22:21-23; 23:2-9;
Vayikrá [Lv] 19:10; Mishlei [Pv] 14:31; 29:7

A Tzedaká também são enfatizadas nas leis do Shabat dadas à Israel. D’us
delineou três tipos de Shabat.

2. De que forma a ideia da Tzedaká é refletida em cada um dos Shabatot men-


cionados nos textos a seguir? Shemot [Êx] 20:8-10; 23:10, 11; Vayikrá [Lv] 25:8-
55

A. As instruções para a guarda do Shabat incluíam o princípio da garantia


de oportunidades iguais para que todos descansassem, inclusive servos, ani-
mais e estrangeiros.
B. A cada sete anos, o ano sabático (Shemitá) era uma ocasião para o cance-
lamento de dívidas, para demonstrar interesse pelos pobres e libertar os escra-
vos. D’us instruiu Seu povo a incluir os animais nos benefícios do ano sabático
(ver Vayikrá [Lv] 25:6, 7).
C. O ano do jubileu (Yovel) ocorria no quinquagésimo ano, após sete anos
sabáticos (Shemitot). A propriedade que havia sido vendida era devolvida ao
proprietário original, as dívidas eram perdoadas e os prisioneiros e escravos
eram libertados. O jubileu (Yovel) era um equalizador da sociedade, um reinício
que dava a todos a oportunidade de recomeçar a vida. Era uma “salvaguarda
contra os extremos da riqueza ou da miséria” (A Ciência do Bom Viver, p. 185
contextualizado).
Ali, na própria estrutura da sociedade judaica, podemos ver como a justiça
e a misericórdia (Tzedaká) atuavam juntas em favor dos menos afortunados da
sociedade.

ESTUDO DIÁRIO
Chucat, 1ª Alyá (Bamidbar [Nm] 19:1-19:17)
Tehilim [Sl] 23-28
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 27
Leitura Anual: Mishlei [Pv] 1 a 3

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 25


segunda, 11 de julho [‫ יום שני‬Yom Sheni 5 Tamuz 5776]

Preocupações universais
3. Leia Bereshit [Gn] 2:1-3. O que essa passagem nos diz sobre a universalidade
do Shabat?

S e observarmos verdadeiramente o Shabat, não nos contentaremos apenas


com nosso próprio descanso (Shemot [Êx] 23:12), redenção (Devarim [Dt]
5:12-15) e restauração final na nova Terra (Is 66:22, 23), mas ajudaremos ou-
tras pessoas a encontrarem o descanso em D’us. Na verdade, o Shabat nos diz
que D’us é o Criador de todos os que vivem na Terra, Aquele que provê descanso
para todos eles. A universalidade do descanso do Shabat implica que todos nós,
ricos ou pobres, temos algo em comum. A paternidade comum de D’us significa
uma igualdade e um interesse comum entre todos os seres humanos.
Além disso, como vimos ontem, o interesse pela justiça social se estende
dos Shabatot semanais para os anos sabáticos e ao ano do jubileu. Os princípios
por trás dos três Shabatot apresentados em Levítico 23 e 25 se estendem tam-
bém para os cristãos. O Shabat apontará perpetuamente para o passado, para a
criação, para a cruz, bem como para o futuro e a nova Terra. Ele fortalecerá nos-
so relacionamento com nosso compassivo Criador e Salvador, levando-nos as-
sim para mais perto daqueles que Ele ama profundamente – pessoas que têm
necessidades profundas, que são pobres ou estão sofrendo.
Note que, embora o ano sabático e o ano do jubileu ilustrem princípios Eter-
nos, isso não significa que devamos observar literalmente essas festas hoje em
dia. Não devemos. Diferentemente do Shabat semanal, instituído na criação,
no mundo anterior à queda, à Shemitá e o Yovel estão entre os Shabatot que são
“sombras do que virá” (Colossenses [Cl] 2:16, 17) e que apontavam para o futu-
ro, para o ministério e o sacrifício de Yeshua, sua morte e ressurreição. Esses
Shabatot apontam para um princípio relacionado à maneira pela qual devemos
tratar os outros, especialmente os necessitados. Como um povo redimido, Isra-
el tinha a obrigação de ser uma luz para o mundo, mostrando aos outros a mi-
sericórdia de D’us sem parcialidade. Com ações de graças, deviam representar o
caráter de D’us àqueles que não O conheciam.

Leia Amos [Am] 8:4-7. O que estava acontecendo ali? Somos culpados de fazer
a mesma coisa com os outros? De acordo com o contexto, o que significam as pala-
vras: “Eu não Me esquecerei de todas as suas obras (ma’assim), para sempre”?

ESTUDO DIÁRIO
Chucat, 2ª Alyá (Bamidbar [Nm] 19:18-20:6)
Tehilim [Sl] 29-34
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 28
Leitura Anual: Mishlei [Pv] 4 a 7

26 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 12 de julho [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 6 Tamuz 5776]

A voz profética: parte 1


4. “Abre tua boca em favor do mudo e de todos aqueles que estão condenados
à destruição. Sim! Abre tua boca, julga com integridade e defende a causa do
pobre e do necessitado.” (Mishlei [Pv] 31:8, 9). Como podemos aplicar esses
princípios à nossa vida?

A té agora, nesta semana, notamos que D’us deseja que Seu povo expresse
Suas características de misericórdia e justiça como parte do comporta-
mento ideal que deve ter. Os profetas hebreus erguiam frequentemente a voz
em favor dos necessitados, chamando o povo de D’us ao arrependimento por
ter representado mal o interesse divino pelos marginalizados e oprimidos. Na
verdade, para D’us esse comportamento altruísta de socorrer os outros é igual
à verdadeira adoração.

5. Leia Yeshayahu [Is] 1:13-17. Qual é a definição divina da verdadeira adora-


ção? Como podemos aplicar esses conceitos à nossa vida?

Embora muitos dos profetas do Tanach dirigissem a atenção das pessoas


para eventos futuros que estavam além de seu tempo, também se concentra-
vam muito na reforma espiritual e moral, e no serviço abnegado que devia
ocorrer em sua época. A voz profética dos servos do Eterno soava mais alto
quando o povo de D’us fazia esforços extravagantes para Lhe prestar culto, mas
não refletia Sua compaixão para com os sofredores que os cercavam. Não dá
para imaginar uma testemunha mais ineficaz do que aquela que está tão ocu-
pada “adorando” a D’us que não tem tempo para ajudar os necessitados. Não
estamos revelando uma forma de “adoração” quando servimos ao Eterno ao
atender às necessidades dos outros?

ESTUDO DIÁRIO
Chucat, 3ª Alyá (Bamidbar [Nm] 20:7-20:13)
Tehilim [Sl] 35-38
RPSP: Divrei-HaYamim Alef [1Cr] 29
Leitura Anual: Mishlei [Pv] 8 a 11

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 27


quarta, 13 de julho [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 7 Tamuz 5776]

A voz profética: parte 2

Y eshayahu [Is] 58 apresenta uma mensagem profética especial de repreensão


e esperança para o povo de D’us, tanto para o tempo de Yeshayahu quanto
para nós hoje.

6. Após anunciar que estava descontente com Seu povo (ver Yeshayahu [Is]
58:1), que descrição D’us fez daqueles a quem estava Se dirigindo?

Yeshayahu [Is] 58:2 Embora não saibamos exatamente o “tom de voz” ex-
presso nesse texto, fica claro que o Eterno estava condenando as exibições exte-
riores de piedade e confiança que eles faziam, porque sabia que tudo era falso.
“(Pretensamente) Me buscam cada dia e alegam ter prazer em conhecer os Meus
caminhos, como uma nação que praticou a justiça e não abandonou os ensina-
mentos de seu D’us; inquirem-Me sobre as leis da justiça como se tivessem pra-
zer em se chegar a D’us.” (Yeshayahu [Is] 58:2).

7. Leia Yeshayahu [Is] 58:3-14. O que estava errado com o jejum e outras mani-
festações religiosas? Qual era a questão mais ampla envolvida ali?

Note algo crucial: muitas vezes, a adoração e nossas preces podem ser ego-
ístas, do tipo: “faça isso para mim, faça aquilo para mim.” É claro que há tempo
e lugar para buscar o Eterno por causa de nossas necessidades pessoais; mas o
que o Eterno disse ali é que a verdadeira adoração inclui a atenção às necessida-
des do “faminto”, dos “oprimidos” e “pobres”. Porém, é surpreendente que essas
ações em favor dos outros abençoa não só os que recebem ajuda, mas também
os que a oferecem. Leia o que esses versos dizem sobre o que acontece aos que
vão em busca dos necessitados e os ajudam. Ao servir e doar aos outros, nós
mesmos somos abençoados. Quem, em algum momento, já não experimentou,
em certa medida, a realidade dessas promessas de D’us? Quem já não viu a ale-
gria, a satisfação e a esperança experimentadas pelos que ajudam os que não
podem ajudar a si mesmos? É difícil imaginar um modo melhor de refletir ao
mundo o caráter do Mashiach.

Leia Atos [At] 20:35. Você já experimentou a realidade dessas palavras em seu
ministério em favor dos outros?

ESTUDO DIÁRIO
Chucat, 4ª Alyá (Bamidbar [Nm] 20:14-20:21)
Tehilim [Sl] 39-43
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 1
Leitura Anual: Mishlei [Pv] 12 a 15

28 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 14 de julho [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 8 Tamuz 5776]

Uma força para o bem

N ão é suficiente ter a verdade, por mais maravilhoso que isso seja. Em


Yeshayahu [Is] 58, o povo de D’us era fervoroso em suas formas e práticas
religiosas, mas deficiente em aplicar sua confiança na vida prática. D’us está
chamando Sua Kehilá hoje a ser uma força para o bem, ecoando o chamado dos
profetas do Tanach para que o povo demonstrasse a verdade sobre o caráter
divino.

8. De que maneira nossa Kehilá local e a organização mundial podem cum-


prir o chamado divino no aspecto da Tzedaká (justiça social)?
Tehilim [Sl] 82:3:______________________________________________________
Yeshayahu [Is] 1:17:___________________________________________________

Em 2011, uma congregação localizada numa sociedade urbana infestada


de violência pelo uso de armas, ouviu a clara voz de seu líder, durante um con-
gresso sobre trabalho urbano. Aqui estão amostras de ideias apresentadas em
seu discurso: “Precisamos deter a marcha para a morte!” Referindo-se à histó-
ria bíblica que relata a ocasião em que Yeshua deteve o cortejo fúnebre do filho
da viúva de Naim (Lucas [Lc] 7:11-17), ele explicou que a Kehilá não podia ficar
de braços cruzados enquanto a violência nas ruas aumentava em sua comuni-
dade. Ele perguntou ao auditório: “Somos simplesmente uma congregação que
se levanta para fazer discursos fúnebres? A questão não é perguntar a D’us: ‘Por
que permites o sofrimento?’, pois D’us diz: ‘Por que é que vocês permitem o so-
frimento?’”
Essa Kehilá também é muito ativa no desenvolvimento da sociedade. Du-
rante sete anos o coral saiu às ruas. Eles cantavam, distribuíam folhetos e ofe-
reciam o serviço da congregação aos que tinham alguma necessidade. A partir
desse contato com a sociedade, a Kehilá ajudou a vizinhança de inúmeras for-
mas e proporcionou muitos benefícios aos necessitados. Através de vários pro-
gramas, a Kehilá fez grande diferença na sociedade.
Essa congregação é apenas um exemplo das muitas maneiras pelas quais as
congregações podem ser uma força para servir e ajudar a curar suas comunida-
des regionais.

O que sua congregação pode fazer para ajudar os necessitados de sua socieda-
de?

ESTUDO DIÁRIO
Chucat, 5ª Alyá (Bamidbar [Nm] 20:22-21:9)
Tehilim [Sl] 44-48
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 2
Leitura Anual: Mishlei [Pv] 16 a 19

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 29


sexta, 15 de julho [‫ יום שישי‬Yom Shishi 9 Tamuz 5776]

Estudo adicional

L eia “Israel Recebe a Lei” e “O Cuidado de D’us para com os Pobres”, em Pa-
triarcas e Profetas, p. 307-314; 530-536.
Os conceitos de Tzedaká (justiça e misericórdia) são vistos ao longo de todo
o Tanach. Examine, por exemplo, Devarim [Dt] 24:10-22.
Esses conceitos eram muito importantes para ser deixados totalmente por
conta das noções das pessoas sobre justiça e benevolência. O Eterno fez com
que eles se recordassem do que tinham sido no passado, quando certamente
estiveram entre os menos afortunados. “E recordarás que foste escravo na terra
do Egito; portanto, eu te ordeno fazer estas coisas.” (Devarim [Dt] 24:22, NVI).
Precisamos sempre nos lembrar da graça e do favor imerecido que D’us nos
concedeu. Assim, com a riqueza e a plenitude do que temos no Mashiach (Efé-
sios [Ef] 3:19; Colossenses [Cl] 2:10), precisamos estar prontos a servir e a aju-
dar aqueles que precisam de nosso serviço e de nossa ajuda.

Perguntas para reflexão


1. De que maneira a ordem do quarto mandamento para que os servos des-
cansem no Shabat revela a ideia da igualdade de todos os seres humanos peran-
te D’us? Como a universalidade do que o Mashiach fez na sua morte revela, de
maneira ainda maior, a igualdade de todos os seres humanos diante de D’us?
2. “Descubram qual é a necessidade dos pobres e sofredores, e então, com
amor e bondade, ajudem essas pessoas a ter coragem, esperança e confiança,
compartilhando com elas as boas coisas que D’us deu a vocês” (Pacific Union
Recorder, 21 de julho de 1904). Como fazer isso? Como compartilhar o que o
Mashiach nos concedeu, mas de maneira palpável, ajudando verdadeiramente
os necessitados?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112


ESTUDO DIÁRIO
Chucat, 6ª Alyá (Bamidbar [Nm] 21:10-21:20)
Tehilim [Sl] 49-54
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 3
Leitura Anual: Mishlei [Pv] 20 a 24

30 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 16 de julho [‫ שבת‬Shabat 10 Tamuz 5776]

ESTUDO DIÁRIO
Chucat, 7ª Alyá (Bamidbar [Nm] 21:21-22:1)
Tehilim [Sl] 55-59
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 4
Leitura Anual: Mishlei [Pv] 25 a 27

COSTUMES DESTA SEMANA

SANTIFICAÇÃO DA LUA
Uma vez ao mês, à medida que a lua aumenta no céu, recitamos uma bênção
especial chamada Kiddush Levanah, “A santificação da lua”, louvando o Criador
pela sua maravilhosa obra que chamamos de astronomia. Kiddush Levanah é
recitada após o anoitecer, geralmente na noite de sábado. A bênção é concluída
com canções e danças, porque nossa nação é comparada à lua, pois ela aumenta
e diminui, como temos feito no decorrer da história. Quando abençoamos a
lua, renovamos nossa confiança de que muito em breve, a luz da presença de
D’us preencherá a terra e nosso povo será redimido do exílio.

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 31


Lição 4 17 a 23 de julho [11 a 17 de Tamuz]

Tzedaka no Tanach: parte 2


VERSO PARA MEMORIZAR: “E ocorrerá que qualquer criatura que venha
trazida por alguma torrente e ali chegar viverá, junto com uma grande quan-
tidade de peixes, porque se tornaram doces essas águas, em toda a extensão do
rio.” (Yechezkel [Ez] 47:9).

LEITURAS DA SEMANA: Yechezkel [Ez] 37:1-14; Efésios 2:10; Yechezkel


[Ez] 47:1-8; Mattityahu [Mt] 5:16; Revelação [Ap] 22:1, 2; Yeshayahu [Is]
61:1-11

A vizinhança que havia prosperado na década de 1950 e início dos anos 60


havia se tornado uma zona de guerra no final da década de 60 e começo
dos anos 70. A maioria das famílias se mudou, deixando para trás um rastro
de apartamentos abandonados, arruinados e incendiados. As lojas saíram, e as
drogas e o crime entraram, tornando a vizinhança ainda mais indesejável.
Em 1986 uma família religiosa deixou sua confortável casa nos subúrbios e
se mudou para aquela decadente comunidade urbana. Um líder religioso de
outra cidade os acompanhou. Eles reformaram dois edifícios incendiados e os
transformaram em suas moradias. As duas famílias começaram a passar tem-
po nas ruas, conhecendo os grupos da comunidade e se misturando com os que
haviam permanecido na área. Essas duas famílias foram os instrumentos que
D’us usou para iniciar uma Kehilá que trouxe cura e transformação àquela so-
ciedade morta.
A lição desta semana continua a “ouvir” o coro das vozes do Tanach que
chama o povo de D’us para revelar ao mundo Seu caráter de benevolência

PARASHÁ DA SEMANA

Parashá 40 ‫ בלק‬BALAC [Balac]: Bamidbar [Nm] 22.2 - 25.9


Haftará: Mikha [Mq] 5:6 - 6:8
Brit Hadashá: 2Kefa [2Pd] 2:1-22; Yehudah [Jd]: 11; Revelação [Ap] 2:14-15; 1Co-
ríntios [1Co] 1:20-31
Tehilim: [Sl] 79

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelo líder Shalom David da comunidade judaico-adventista de
Tel Aviv, Israel

32 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 17 de julho [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 11 Tamuz 5776]

Vivos no Mashiach

A graça de D’us que traz nova vida aos que estão mortos em transgressões e
pecados é revelada vividamente em Yechezkel [Ez] 37. Em visão, o profeta
Yechezkel foi transportado pelo Espírito para um vale cheio de ossos mortos,
secos e espalhados. Esses ossos representavam toda a casa de Israel. D’us per-
guntou: “Ó filho do homem! Porventura estes ossos poderão viver?” (Yechezkel
[Ez] 37:3).
A resposta a essa pergunta foi revelada quando Yechezkel profetizou aos os-
sos.
1. Leia Yechezkel [Ez] 37:1-14. O que D’us faria por Seu povo?
Os resultados da mensagem pronunciada aos ossos secos foram os seguin-
tes: (1) eles “e viveram, e se puseram sobre os seus pés, constituindo um exérci-
to imenso.” (Yechezkel [Ez] 37:10); (2) D’us estabeleceria Seu povo em sua pró-
pria terra (Yechezkel [Ez] 37:14); (3) quando isso acontecesse, eles saberiam que
D’us havia cumprido Sua promessa (Yechezkel [Ez] 37:14). Mas reviver não é su-
ficiente. O povo de D’us revive com um objetivo, para um propósito. Israel devia
ser uma luz para as nações.
2. Leia Efésios 2:10. Por que somos trazidos de volta à vida, recriados espiritu-
almente no Mashiach?
“Nossa aceitação por D’us só é segura por meio de Seu Filho amado, e as
boas obras são apenas o resultado da atuação de Seu amor que perdoa o pecado.
Não constituem um crédito para nós, e nada nos é atribuído pelas nossas boas
obras que possamos usar para reivindicar uma parte na nossa salvação. A sal-
vação é o dom gratuito de D’us, e é concedido unicamente por amor ao Mashia-
ch. A pessoa perturbada pode encontrar shalom pela confiança no Mashiach, e
sua shalom será proporcional à sua confiança. Não pode apresentar suas boas
ações como argumento para sua salvação (yeshuá). “Mas as boas obras não têm
nenhum valor real? O pecador que a cada dia comete pecado impunemente é
considerado por D’us com o mesmo favor recebido por aquele que pela confic-
nça no Mashiach procura agir em sua integridade? A Escritura responde: ‘Por-
que somos feitos por D’us, criados em união com o Messias Yeshua para a vida
de boas ações já preparadas por D’us para serem realizadas por nós.’ (Efésios
[Ef] 2:10).
“Em Sua providência divina, por meio de Seu favor imerecido, o Eterno or-
denou que as boas ações sejam recompensadas. Somos aceitos unicamente pelo
mérito do Mashiach; os atos de misericórdia e as ações de Tzedaká que realiza-
mos são frutos da emuná” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 199, 200 contextuali-
zado).

ESTUDO DIÁRIO
Balac, 1ª Alyá (Bamidbar [Nm] 22:2-22:12
Tehilim [Sl] 60-65
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 5
Leitura Anual: Mishlei [Pv] 28 a 31

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 33


segunda, 18 de julho [‫ יום שני‬Yom Sheni 12 Tamuz 5776]

Um rio que flui


3. Leia Yechezkel [Ez] 47:1-8. O que estava acontecendo com o Templo que Ye-
chezkel contemplou em visão?

P arecia estar vazando água do Templo. Alguém poderia pensar: Será que que-
brou algum cano? O que aconteceu? No caso em questão, o vazamento foi
uma coisa boa.
Aquela água que vazava do Templo estava indo “para o oriente”. Ao oriente
de Yerushalayim fica o mar Salgado (também conhecido como Mar Morto), o
ajuntamento de águas mais baixo da Terra. Entre Yerushalayim e o mar Morto
há aproximadamente 34 km de uma área em grande parte desértica, que inclui
a Arabá, também conhecida como a depressão do Yordan e do Mar Morto. Esse
mar é tão salgado que nada consegue viver ali.
Contudo, quando a água que saía do Templo chegasse lá, as águas mortas
do mar ficariam “saudáveis”. Isso pode ser entendido simbolicamente como a
Kehilá de D’us, o Templo (1Kefa [1Pe] 2:4, 5), alcançando as pessoas e sendo
uma fonte de saúde e cura para os mortos em delitos e pecados.

4. Leia Mattityahu [Mt] 5:16. De que maneira devemos representar o Mashiach


ao mundo?

O rio Zambezi, em Zâmbia, na África, começa como um riacho raso que sai
de baixo de uma árvore. À medida que corre em direção às Cataratas Vitória
(Victoria Falls), deixa de ser um riacho que bate na altura do tornozelo e alcan-
ça a altura do joelho. Mais adiante atinge a altura da cintura e então se transfor-
ma num rio profundo o suficiente para que se possa nadar nele. Da mesma for-
ma, embora fosse pequeno no início, o rio que saía do Templo aumentou em
força e impacto, e se tornou um rio “que só se podia atravessar a nado; era um
rio que não se podia atravessar andando” (Yechezkel [Ez] 47:5).
A influência curadora de sua Kehilá pode começar pequena, mas pode cres-
cer até transformar sua sociedade! “Foi-me mostrada nossa obra no seu come-
ço, como um pequeno, bem pequeno regato” (T.I., v. 7, p. 171 contextualizada).

Luz e água: ambas são figuras de linguagem usadas para falar sobre o que D’us
pode fazer por nosso intermédio para ajudar os outros. Como podemos nos tornar
melhores canais de atendimento aos necessitados?

ESTUDO DIÁRIO
Balac, 2ª Alyá (Bamidbar [Nm] 22:13-22:20)
Tehilim [Sl] 66-68
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 6
Leitura Anual: Kohelet [Ec] 1 a 4

34 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 19 de julho [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 13 Tamuz 5776]

A Kehilá: uma fonte de vida

“E ocorrerá que qualquer criatura que venha trazida por alguma torrente e
ali chegar viverá, junto com uma grande quantidade de peixes, porque se
tornaram doces essas águas, em toda a extensão do rio.” (Yechezkel [Ez] 47:9).
A profecia de Yechezkel mostra que há vida por onde quer que passe o rio
que vem da Kehilá de D’us. Yechezkel [Ez] 47:10 torna tudo isso ainda mais es-
pantoso. Esta cena seria muito estranha: As margens de um corpo de águas co-
nhecido por não haver peixes, porque nada podia sobreviver ali, de repente,
passaria a ser um lugar em que os pescadores lançariam suas redes porque en-
tão muitos peixes poderiam ser apanhados no local.
A ideia principal é que, pelo poder de D’us atuando em Seu povo, pode haver
vida onde antes não existia.
“Onde D’us atua não há situação sem esperança, não há nenhum grupo de
pessoas que não possa ser salvo, não há nenhuma herança de um passado infe-
liz que nos condene a um futuro entregue ao desespero” (The Interpreter’s Bib-
le. Nashville: Abingdon Press, 1956; v. 6, p. 328).
A maravilhosa graça de D’us faz coisas incríveis por qualquer pessoa que a
aceite. Aqui, novamente, temos a mensagem das boas novas sobre o Mashiach.
D’us, por meio de nós, pode dar esperança aos que estão desanimados, desola-
dos, secos e moribundos, no sentido espiritual e físico.

5. Compare Yechezkel [Ez] 47:12 com Revelação [Ap] 22:1, 2. Qual será o desti-
no dos que são curados pelo Mashiach e dele recebem nova vida por meio de Sua
Kehilá?

Um dia o povo de D’us – incluindo os membros da sociedade que D’us curou


e a quem deu vida por meio da abnegação dos membros da Kehilá – estará no
Olam Habá (na nova Terra), onde há outro rio que flui do trono de D’us. Ali não
haverá desertos, sequidão nem morte.
Nesse ínterim, enquanto aguardamos essa bendita realidade, D’us deseja
que Suas congregações sejam lugares de onde possam fluir cura e vida abun-
dante para a sociedade em que estão localizadas. Ele deseja atuar através de nós
para revitalizar e transformar os desertos, as depressões e os “mares mortos”
que estão em nossa região, trazendo a eles vida abundante em Yeshua (Yocha-
nan [Jo] 10:10). Essa é, em poucas palavras, a nossa mensagem integral.

Em Amos [Am] 5:24, o profeta apresenta um quadro semelhante ao de Yeche-


zkel [Ez] 47. Como essa descrição se compara ao papel da Kehilá na sociedade? Sua
Kehilá está sendo um rio que leva cura às pessoas do seu bairro, de maneira práti-
ca?
ESTUDO DIÁRIO
Balac, 3ª Alyá (Bamidbar [Nm] 22:21-22:38)
Tehilim [Sl] 69-71
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr]7
Leitura Anual: Kohelet [Ec] 5 a 8

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 35


quarta, 20 de julho [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 14 Tamuz 5776]

Promessas do Yovel (jubileu)

O Tanach repete frequentemente a ideia de que aqueles que são abençoados,


seja com bens materiais, ou espiritualmente, devem ajudar os que não são.

6. Leia Yeshayahu [Is] 61:1-11. Como podemos aplicar essas palavras de D’us
ao chamado que Ele colocou diante de nós? Lucas [Lc] 4:18

Yeshayahu [Is] 61 começa com a declaração de que o Espírito do Eterno atua


por meio do Ungido para pregar boas-novas aos pobres, curar os quebrantados
de coração, proclamar libertação aos cativos e livrar das trevas e do desespero
os presos (Yeshayahu [Is] 61:1; ver Lucas [Lc] 4:18). Todos os elementos dessa
promessa têm cumprimento no “ano da boa vontade do Eterno”, uma referên-
cia ao ano do jubileu (Yovel) que, como já vimos, era cheio de implicações a res-
peito do dever de atender às necessidades dos pobres.
Assim, os enlutados que são confortados, os sofredores em Tsion que são
atendidos, os que recebem “uma guirlanda em vez de cinzas” e “uma guirlanda
em vez de cinzas”, bem como os que usam “manto de exaltação em vez de espí-
rito soturno” (Yeshayahu [Is] 61:3) são as próprias pessoas que edificarão os lu-
gares antigamente assolados e restaurarão os lugares anteriormente destruí-
dos. Os que são abençoados pelo jubileu (Yovel) messiânico passam a transformar
a sociedade, renovando as cidades arruinadas (verso 4). Os servos de D’us são
chamados de sacerdotes e ministros, e são sustentados pelas riquezas das na-
ções vizinhas (versos 5, 6).
As figuras que encontramos em Yeshayahu 61, do Ungido transformando
os povos ao redor por meio da prosperidade dos que estão em aliança com Ele
(versos 8, 9) se aplicam àqueles que, na atualidade, foram chamados para ser
líderes nas comunidades ao redor do mundo. A mesma influência transforma-
dora dessa profecia não deveria ser sentida quando nos regozijamos no Eterno,
nos alegramos no nosso D’us e somos cobertos com vestes de salvação e de jus-
tiça no meio da nossa sociedade (versos 10, 11)?

Leia Yeshayahu [Is] 61:9, um testemunho impressionante do que D’us queria


fazer por Seu povo! A mesma coisa pode ser dita hoje a nosso respeito? Justifique
sua resposta.

ESTUDO DIÁRIO
Balac, 4ª Alyá (Bamidbar [Nm] 22:39-23:12)
Tehilim [Sl] 72-76
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 8
Leitura Anual: Kohelet [Ec] 9 a 12

36 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 21 de julho [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 15 Tamuz 5776]

Kehilá: um agente de mudança


7. Leia Mikha [Mq] 6. Sobre o que o Eterno estava falando nesse capítulo?

M ikha se uniu aos outros profetas do Tanach que enfatizaram que as formas
externas de religião destituídas da manifestação humilde e intencional
de justiça e misericórdia nunca são aceitáveis a um D’us justo e misericordioso.

8. Qual é a mensagem crucial de Mikha [Mq] 6:8?

“A verdadeira religião é prática. Sem dúvida, inclui os ritos e as cerimônias,


mas [...] não é tanto uma questão de se abster do alimento quanto é de compar-
tilhar o alimento com o faminto. A bondade na prática é o único tipo de religião
reconhecida no juízo divino” (Comentário Bíblico Adventista, v. 4, p. 325 con-
textualizado).
Hoje D’us ainda rejeita a apostasia de uma religião externa que exclui a pie-
dade prática expressa em Mikha [Mq] 6:8. Nossas formas religiosas não são um
fim em si mesmas; são um meio para um fim, e esse fim é o Mashiach, que deve
ser revelado em nós.
Na introdução da lição desta semana, conhecemos duas famílias que se
mudaram para uma sociedade “sem esperança” com o objetivo de atender às
necessidades das pessoas que moravam ali. As duas famílias formaram, na sala
de estar de uma das casas, um pequeno grupo com amigos da vizinhança. Os
membros desse pequeno grupo em crescimento faziam suas preces para que
D’us lhes mostrasse como reavivar sua sociedade. Fizeram parceria com uma
agência de projetos sociais e começaram a recrutar voluntários para se unir a
eles na reconstrução das casas destruídas que havia ao redor. Se você visitasse
aquele lugar hoje, veria que ela é uma nova e próspera sociedade, que está mui-
to melhor do que antes. Isso se tornou uma realidade porque uma pequena Ke-
hilá decidiu demonstrar o amor de D’us de modo prático, o que transformou
sua sociedade. O que essa obra revela é uma forma bem prática e poderosa pela
qual o Mashiach conseguiu atuar através de Seu povo para alcançar outras pes-
soas e ajudá-las.

Embora D’us estivesse falando para Seu povo como um todo, em Mikha [Mq]
6:8 o pronome está no singular. D’us estava falando com cada um pessoalmente.
De que forma você revela o que D’us diz que “é bom (tov)”?

ESTUDO DIÁRIO
Balac, 5ª Alyá (Bamidbar [Nm] 23:13-23:26)
Tehilim [Sl] 77-78
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 9
Leitura Anual: Shir-HaShirim [Ct] 1 a 4

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 37


sexta, 22 de julho [‫ יום שישי‬Yom Shishi 16 Tamuz 5776]

Estudo adicional

L eia Yirmeyahu [Jr] 22:1-16; Yechezkel [Ez] 16:49; Zekharyah [Zc] 7:9, 10. Leia
o Comentário Bíblico Adventista, v. 4, p. 1165, 1166; TI, v. 6, p. 227, 228.
Leia Mikha [Mq] 6:8. Como o Eterno poderia ser mais claro quanto ao que Ele
pede de Seu povo? O termo “bom (tov - ‫ ”)טוב‬é a mesma palavra usada vez após
vez em Bereshit [Gn] 1 para se referir à criação antes da queda. Assim, implicita-
mente somos lembrados do ideal que D’us tinha originalmente para nós e que
Ele, no fim, irá restaurar após a volta de Yeshua. A expressão traduzida como
“exige de ti” ou “pede de ti” também poderia ser traduzida (e, talvez, de maneira
mais precisa) como “busca de ti”. O que D’us “busca de” nós? A resposta é mos-
trada na maneira pela qual devemos nos relacionar com os outros e com D’us.
Em primeiro lugar, devemos agir com justiça. Isso é muito apropriado tendo
em conta o assunto da lição deste trimestre, que examina como podemos aju-
dar as vítimas da injustiça. Em segundo lugar, devemos amar a misericórdia. O
mundo é muito cruel. Seríamos poderosas testemunhas se amássemos a mise-
ricórdia e mostrássemos esse amor, revelando em nossa vida a misericórdia
para com os outros! Em terceiro lugar, devemos andar humildemente para com
D’us. Se o Eterno, em Mikha [Mq] 6:4, lembrou-lhes de sua libertação do Egito
como razão para que fossem humildes e fiéis diante dEle, quanto mais isso de-
veria se aplicar a nós, que fomos libertos pelo sacrifício do Mashiach? A realida-
de da morte e ressurreição de Yeshua e do custo da nossa redenção sempre de-
vem nos manter humildes diante do nosso D’us.

Perguntas para reflexão


1. Em Amos [Am] 5:21-24, o que é mais importante do que os rituais religio-
sos?
2. Como atender às necessidades materiais das pessoas sem negligenciar suas
necessidades espirituais?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat na pág. 112

ESTUDO DIÁRIO
Balac, 6ª Alyá (Bamidbar [Nm] 23:27-24:13)
Tehilim [Sl] 79-82
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr]10
Leitura Anual: Shir-HaShirim [Ct] 5 a 8

38 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 23 de julho [‫ שבת‬Shabat 17 Tamuz 5776]

ESTUDO DIÁRIO
Balac, 7ª Alyá (Bamidbar [Nm] 24:14-25:9)
Tehilim [Sl] 83-87
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr]11
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 1 a 4

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

O Horário para o acendimento das velas de Iom Tov encontra-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 39


Lição 5 24 a 30 de julho [18 a 24 Tamuz]

Como a Bessorá transforma a sociedade

VERSO PARA MEMORIZAR: “Yeshua foi por toda a Galil, ensinando nas
sinagogas, proclamando as boas-novas do Reino e curando pessoas de todos os
tipos de doenças e enfermidades.” (Mattityahu [Mt] 4:23).

LEITURAS DA SEMANA: Lucas [Lc] 4:16-19; 10:25-37; Mattityahu [Mt]


5:13; Yeshayahu [Is] 2:8; Yochanan [Jo] 4:35-38; Mattityahu [Mt] 13:3-9

R obert Louis Stevenson, mais conhecido por sua história de aventuras, A Ilha
do Tesouro, foi uma criança doente e não pôde frequentar a escola regular-
mente. Depois, seus pais contrataram um professor para lhe dar aulas e uma
babá para ajudá-lo em suas necessidades pessoais. Certa noite, quando a babá
foi verificar se estava tudo em ordem antes que ele dormisse, encontrou-o fora
da cama, com as mãos e o nariz pressionados contra a janela. A babá lhe disse
firmemente que voltasse para a cama antes que pegasse um resfriado.
Robert lhe disse: “Venha até a janela, e olhe o que eu estou vendo.” Havia
um homem acendendo as lâmpadas da rua. “Olhe”, disse Robert, “um homem
está abrindo buracos na escuridão” (Fear Not! Is There Anything Too Hard for
God?, p. 332).
O que os escritos da Brit Hadashá ensinam sobre ajudar os necessitados?
Yeshua disse que devemos ser “a luz do mundo (Or HaOlam)” (Mattityahu [Mt]
5:14). Ao fazer isso, refletimos Yeshua, a Verdadeira Luz do mundo (Shamash)
(Yochanan [Jo] 8:12). Os ensinos de Yeshua, que Ele exemplificou em Seu pró-
prio ministério terrestre, dão claras instruções quanto à maneira pela qual, por
meio dele, podemos “abrir buracos na escuridão”.

PARASHÁ DA SEMANA

Parashá 41 ‫ פינחס‬PINCHAS [Pinchas]: Bamidbar [Nm] 25.10 - 30.1


Haftará: Malakhim Alef [1Rs] 18.46 - 19.21
Brit Hadashá: Mattityahu [Mt] 26:1-30; Marcos [Mc] 14:1-26; Lucas [Lc] 22:1-20,
Yochanan [Jo] 2:13-22; 7:1-13; 37-39; 11:55-12:1:1; 13:1; 18:28, 39; 19:14; Atos
[At] 2:1-21; 12:3-4; 20:5-6; 16; 27:9-11; 1 Coríntios 5:6-8; 16:8; Hebreus 11:28
Tehilim: [Sl] 50

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos líderes Oleg Elkine & Sergey Gregorev das comunidades
judaico-adventista do Norte e Sul de Israel

40 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 24 de julho [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 18 Tamuz 5776]

A declaração do objetivo de Yeshua

Y eshua, o jovem Rabbi de Nazaré, havia Se tornado muito popular na região


da Galileia (Lucas [Lc] 4:15). Quando Ele falava, as pessoas ficavam “ma-
ravilhadas da forma em que ele ensinava porque ele não as ensinava como os
mestres da Torá, mas como quem possuía autoridade própria.” (Mattityahu
[Mt] 7:28, 29). Num Shabat, quando Lhe foi entregue a porção da Haftará com
rolo do livro de Yeshayahu, Yeshua leu os dois primeiros versos de Yeshayahu [Is]
61, parando no meio de uma declaração, exatamente antes da frase “e o dia da
vingança do nosso D’us” (Yeshayahu [Is] 61:2).
1. Leia Lucas 4:16-19. Onde encontramos essas mesmas palavras? (Ver
Yeshayahu [Is] 61:1, 2.) O que Yeshua estava proclamando ao ler esses versos?

Como já vimos, a expressão “o ano aceitável do Senhor” é identificada como


o ano do jubileu (Yovel) (ver parashá Behar – Vayikra [Lv] 25). Nessa visita a Na-
zaré, Yeshua citou uma passagem messiânica das Escrituras e assegurou aos
Seus ouvintes: “Hoje, como vocês ouviram a leimra, esta passagem do Tanakh
foi cumprida!”” (Lucas [Lc] 4:21). Nessa derashá Ele Se revelou como o Ungido
(Mashiach) que pregava as boas-novas aos pobres, a libertação aos cativos, a
restauração da vista aos cegos, a liberdade para os oprimidos e a restituição
efetuada no jubileu (Yovel). Essa lista é uma boa descrição de seu ministério
terrestre, que tinha como foco o ensino, a cura e o serviço, especialmente em
favor dos necessitados.
2. Por que Yeshua não completou a declaração de Yeshayahu [Is] 61:2?

Talvez Yeshua tenha parado antes da frase “o dia da vingança do nosso D’us”
porque não queria que seu ministério fosse associado ao conceito prevalecente
de que o Messias viria para liderar exércitos que derrotariam os opressores de
Israel e os colocariam sob o poder dos israelitas. Esse era um falso conceito que,
infelizmente, impediria muitos de seus compatriotas de considerarem sua pes-
soa e seu ministério da maneira correta. Porém, ele se concentrou no que iria
fazer por aqueles que precisavam do que ele tinha a oferecer ali, naquele mo-
mento, independentemente da situação política da época.
Que lição encontramos na maneira pela qual Yeshua anunciou Seu ministério?
O que aprendemos com Sua ênfase no trabalho prático que precisamos fazer?
TSOM SHIVÁ ASSÁR BETAM - JEJUM DE 17 DE TAMUZ*
ESTUDO DIÁRIO
Pinchas, 1ª Alyá (Bamidbar [Nm] 25:10-26:4)
Tehilim [Sl] 88-89
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr]12
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 5 a 7
Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 41
segunda, 25 de julho [‫ יום שני‬Yom Sheni 19 Tamuz 5776]

“Veahavta lereacha Kamôcha” - Ame seu próximo

“V eahavta et Adonai Elohêcha, bechol levavecha uvechol nafshecha uvechol


meodêcha. - (Amarás o Senhor, teu D’us, de todo o teu coração, de toda
a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento); e: Veahavta
lereacha Kamôcha (Amarás o teu próximo como a ti mesmo)” (Lucas [Lc] 10:27).

3. Qual é mensagem de Lucas [Lc] 10:25-37 a respeito da questão de ajudar os


necessitados?

O mestre da Torá entendeu que todos os mandamentos giram em torno de


amar a D’us com tudo o que temos e amar o próximo como a nós mesmos. A
pergunta que precisava ser respondida era: “Quem é o meu próximo?”
Uma vez que a ideia prevalecente no tempo do Mashiach era considerar al-
guém do seu próprio povo como seu próximo e relegar todos os outros à condi-
ção de estranhos, esse mestre da Torá esperava que Yeshua esclarecesse a ques-
tão. A parábola contada por Yeshua revela uma perspectiva totalmente
diferente. Nosso próximo é qualquer pessoa que encontremos e que precise de
nós. Ser o próximo de alguém é satisfazer as necessidades dessa pessoa. O Kohen
e o levita estavam mais preocupados em evitar a contaminação e proteger da
impureza seus deveres religiosos. Essa poderia ser uma forma conveniente de
usar a religião como desculpa para não renunciar ao egoísmo a fim de ajudar
alguém que, muito provavelmente, nunca poderia retribuir. Em contraste, o
homem de Shomrom (samaritano) viu como seu próximo esse “estranho” e “ini-
migo” ferido, cuidando misericordiosamente das necessidades dele em vez de
cuidar das suas. A ideia principal é que, em vez de perguntar: “Quem é meu
próximo?”, precisamos perguntar: “Quem será o próximo dos fracos e oprimi-
dos?” Não importa quem seja a pessoa; aquela que estiver necessitada é a que
devemos ajudar, e ponto final.
“D’us não reconhece distinção alguma de nacionalidade, etnia ou classe so-
cial. É o Criador de todo homem. Todos os homens são de uma família pela cria-
ção, e todos são um pela redenção. O Mashiach veio para demolir toda parede de
separação e abrir todos os compartimentos do Templo a fim de que todos pos-
sam ter livre acesso a D’us. Seu amor é tão amplo, tão profundo, tão pleno, que
penetra em toda parte” (Parábolas de Jesus, p. 386 contextualizado).

Quais preconceitos o impedem de ser o próximo de alguém, de acordo com o


exemplo do homem bom de Shomrom “samaritano”?

ESTUDO DIÁRIO
Pinchas, 2ª Alyá (Bamidbar [Nm] 26:5-26:51)
Tehilim [Sl] 90-96
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr]13
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 8 a 10

42 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 26 de julho [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 20 Tamuz 5776]

A receita completa

“V ocês são o sal da terra.” (Mattityahu [Mt] 5:13).


Nessa passagem, Yeshua está chamando Seus seguidores para que se-
jam “sal”, que é um agente transformador. A Kehilá é um “saleiro”, que contém
o “sal da Terra”. Com o que ou com quem esse “sal” deve se misturar? Somente
com nós mesmos, ou com “ingredientes” diferentes de nós?
Você pode entender melhor a resposta a essa pergunta se encher uma fôr-
ma de pão com sal, e outra com massa de pão contendo sal como um de seus
ingredientes. Na primeira fôrma, o sal é a receita inteira; dificilmente essa re-
ceita seria saborosa, muito menos comestível. Na segunda fôrma, o sal é parte
da receita e está misturado com ingredientes diferentes dele mesmo. Como tal,
ele transforma um pão sem graça num pão delicioso. O sal cumpre seu papel
quando se mistura com elementos diferentes de si mesmo. Algo semelhante
ocorre conosco. Isso não acontecerá se permanecermos confortavelmente den-
tro do “saleiro”, a Kehilá.
Assim, há um ponto que não podemos ignorar. Podemos, em todos os as-
pectos possíveis, ser pessoas moralmente corretas, no sentido de que não fu-
mamos, não bebemos, e não nos envolvemos em orgias, jogos de azar e crimes.
Tudo isso é importante. Porém, a questão não é apenas o que não fazemos, mas
o que fazemos. O que temos feito para ajudar nossa comunidade e os que têm
alguma necessidade?

4. Leia novamente Mattityahu [Mt] 5:13, concentrando-se no restante do ver-


so. Como o sal pode perder seu sabor?
“Mas se o sal perdeu o sabor, se existe apenas uma profissão de piedade, sem
o amor do Mashiach, não há poder para o bem. A vida não pode exercer salvado-
ra influência no mundo” (O Desejado de Todas as Nações, p. 439 contextualiza-
do).
Volte à ilustração da receita. Como vimos, se tudo o que tivermos for o sal,
isso não é bom. Na verdade, excesso de sal na alimentação pode ser prejudicial.
O sal tem que ser misturado com o que é diferente dele. Assim, se somos exata-
mente como o mundo, ou se somos semelhantes a ele, não faremos diferença
nele. Não teremos nada a oferecer. O sal passará a ser inútil. E o que Yeshua dis-
se que acontecerá a ele então?
Contudo, se estivermos impregnados do sabor do amor do Mashiach, dese-
jaremos nos aproximar dos “estranhos”, misturando-nos com outros para que
sejamos agentes da transformação, fazendo uma diferença positiva na vida de-
les e, por extensão, levando as pessoas ao que realmente tem importância na
vida: a salvação em Yeshua.

Leia Devarim [Dt] 12:30; 31:20; Yeshayahu [Is] 2:8. Qual é o perigo apresenta-
do nessas passagens? Como podemos nos precaver para não cair nessa armadilha?
ESTUDO DIÁRIO
Pinchas, 3ª Alyá (Bamidbar [Nm] 26:52-27:5)
Tehilim [Sl] 97-103
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr]14
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 11 a 14

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 43


quarta, 27 de julho [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 21 Tamuz 5776]

Cultivando o campo espiritual


5. Leia Yochanan [Jo] 4:35-38. Quais são os passos necessários para alcançar as
pessoas?

O trabalho de um agricultor é um bom exemplo das diversas etapas do de-


senvolvimento espiritual. Outros tipos de atividades agrícolas precisam
ser realizadas antes de uma colheita farta (Mattityahu [Mt] 9:35-38). Não são
necessários somente ceifeiros na seara do Eterno. Você pode imaginar um agri-
cultor, na época da colheita, dizendo a seus trabalhadores: “A época da colheita
está chegando, por isso precisamos começar a plantar as sementes”? A colheita
só ocorre depois que o agricultor se empenhou em cultivar a terra durante um
longo período.

6. A agricultura inclui a preparação do solo, pois nem todo solo é originalmen-


te bom. (Leia Mattityahu [Mt] 13:3-9.) O que sua Kehilá pode fazer em sua socie-
dade para amolecer o “solo duro” e remover “rochas” e “espinhos”?

Alguns trabalhadores fizeram o árduo trabalho agrícola antes da colheita, e


outros colhem os benefícios do seu esforço. Às vezes as estratégias para levar as
boas novas sobre o Mashiach têm enfatizado mais a colheita do que o trabalho
preparatório. Não é assim que deve ocorrer. O solo precisa ser preparado muito
antes que o líder espiritual venha e comece a trabalhar levando as pessoas ao
retorno, à Teshuvá.
Devemos olhar para o trabalho agrícola como um processo: analisar o solo,
preparar e arar a terra, plantar, irrigar, fertilizar, combater as pragas, esperar,
colher e preservar a colheita.
Colher é apenas uma parte do processo. Na Kehilá, o processo de “agricultu-
ra” poderia incluir atividades de análise do solo, como pesquisas de avaliação
das necessidades da comunidade, análise das características da população e
entrevistas com líderes comunitários. Pode haver atividades de preparação e
cultivo da terra, como atendimento às necessidades da sociedade que foram
reveladas pela avaliação; atividades de plantio de sementes, como palestras, es-
tudos e pequenos grupos; e preces pela chuva Serôdia (derramamento do Ruach
Hakodesh). Poucas pessoas aceitam Yeshua como Mashiach participando de
apenas uma atividade. Precisamos nutri-las num processo de múltiplas parti-
cipações em atividades, aumentando assim a probabilidade de que elas estejam
prontas para a colheita. Se confiarmos em eventos esporádicos, é improvável
que as novas plantas sobrevivam até a colheita.
Que papel você exerce agora nesse processo de conquistar pessoas para D’us?
Acha que deveria desempenhar um papel diferente?

ESTUDO DIÁRIO
Pinchas, 4ª Alyá (Bamidbar [Nm] 27:6-27:23)
Tehilim [Sl] 104-105
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr]15
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 15 a 19

44 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 28 de julho [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 22 Tamuz 5776]

Plantio de congregações
7. Leia Mattityahu [Mt] 10:5-10. Por que Yeshua enviou Seus talmidim (discí-
pulos) sem nenhum recurso para as cidades e aldeias vizinhas?

P arece estranho que os talmidim de Yeshua tenham recebido ordens diretas


de entrar em seu território com poucos recursos para seu sustento. Apa-
rentemente, Yeshua colocou Seus talmidim nessa situação para ensinar-lhes a
dependência de D’us e também a importância de fazer amizade com os mo-
radores das localidades por meio do serviço em favor deles. Esses moradores
iriam valorizar o serviço dos talmidim o bastante para fornecer recursos para o
ministério.
A Associação de Frank lhe pediu que plantasse uma congregação num dos
bairros de uma grande cidade em que praticamente não havia a presença ad-
ventista. Inicialmente ele não tinha verba para fazer isso. Consultou um mapa
e demarcou os limites do bairro. Estudou também as características da popula-
ção local. Então, estacionou seu carro no ponto mais movimentado da vizi-
nhança e começou a ir de comércio em comércio, fazendo perguntas sobre a
vida naquela área. Ele visitou os políticos e os líderes de agências de emprego e
de agências sociais, fazendo perguntas sobre as maiores necessidades da co-
munidade. Fez amizade com alguns dos moradores, que o convidaram a se unir
a uma associação de moradores do bairro. Nesse contexto, ele descobriu outros
líderes que abriram o caminho para que ele alugasse o anexo de uma congrega-
ção religiosa da localidade. Os membros da associação dos moradores do bairro
forneceram o dinheiro para a compra de tinta e materiais de limpeza com o fim
de restaurar o anexo que seria usado para serviços comunitários. As entrevis-
tas com os líderes comunitários indicaram que a saúde era uma importante
necessidade daquela comunidade. Por isso, Frank reuniu nesse anexo um gru-
po de voluntários que realizaram vários programas de exames médicos e acom-
panhamento dos pacientes. Os que eram beneficiados pelos exames e pelos
programas pagavam uma pequena taxa, que ajudava a custear as despesas.
Logo foi iniciada uma Beth Midrash filial (centro de estudos da escola sabatina),
e alguns dos moradores começaram a frequentá-la.
Frank logo descobriu que uma das melhores maneiras para se plantar uma
congregação é, primeiro, implantar um ministério que satisfaça as necessida-
des da comunidade e, depois, formar uma congregação através desse ministé-
rio. Esse ministério voltado para a comunidade deu origem a uma congregação
adventista de mais de 140 membros.
A história de Frank ilustra o que pode acontecer quando seguimos os ensi-
nos de Yeshua a respeito de como alcançar nossa sociedade. De que maneira o
Mashiach praticou Seus próprios ensinos sobre o ministério em favor de ou-
tros? Na semana que vem começaremos a estudar os métodos que Yeshua usa-
va, e que “trarão verdadeiro êxito em alcançar as pessoas” (A Ciência do Bom
Viver, p. 143 contextualizado).

ESTUDO DIÁRIO
Pinchas, 5ª Alyá (Bamidbar [Nm] 28:1-28:15)
Tehilim [Sl] 106-107
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr]16
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 20 a 23

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 45


sexta, 29 de julho [‫ יום שישי‬Yom Shishi 23 Tamuz 5776]

Estudo adicional

L eia outros ensinos de Yeshua que orientam sobre seu papel e o de sua Kehi-
lá na sociedade: Mattityahu [Mt] 7:12; 23:23; 25:31-46; Marcos [Mc] 4:1-34;
6:1-13; Lucas 6:36; 11:42; 12:13-21; 14:16-24; 16:13; 18:18-27; 19:1-10; Yo-
chanan [Jo] 10:10; 12:8; 17:13-18. Leia “Um Destes Meus Pequeninos Irmãos”,
em O Desejado de Todas as Nações, p. 637-641; Signs of the Times, 19 de março
de 1894.
“A menos que a Kehilá seja a luz do mundo, ela será trevas” (Signs of the Ti-
mes, 11 de setembro de 1893). Essa é uma afirmação contundente. Faz-nos
lembrar das palavras de Yeshua: “Quem não está comigo é contra mim; e quem
comigo não reúne, espalha.” (Mattityahu [Mt] 12:30). Yeshua deixou isto claro:
não há território neutro no grande conflito. Ou estamos do lado do Mashiach ou
do lado do adversário. Ter recebido grande luz e não fazer nada com ela é traba-
lhar contra ela. Fomos chamados para ser Kohanim, nação santa, luz no mun-
do; se não somos luz, então somos trevas. Embora o contexto imediato seja di-
ferente, o princípio é o mesmo nesta passagem: “Se a luz que estiver em você for
escuridão, quão terrível será essa escuridão!” (Mattityahu [Mattityahu] 6:23).
Talvez tudo isso pudesse ser resumido nas palavras: “Daquele a quem muito foi
dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedi-
do.” (Lucas [Lc] 12:48).

Perguntas para reflexão


1. Devemos nos misturar com o mundo e fazer o bem aos outros e, ao mesmo
tempo, evitar que isso nos absorva de tal maneira que nos tornemos parte do
problema, e não da solução. Nesse caso, qual é o equilíbrio?
2. Em nossa sociedade, às vezes surge a questão da política. Quais cuidados
devemos ter para impedir que a política contamine nosso trabalho? Como po-
demos nos manter, tanto quanto possível, longe da disputa política?
3. Há situações em que precisamos estar na arena política para servir à socie-
dade? Como atuar de maneira a não comprometer nossa comissão de levar as
boas novas sobre o Mashiach?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat


ESTUDO DIÁRIO
Pinchas, 6ª Alyá (Bamidbar [Nm] 28:16-29:11)
Tehilim [Sl] 108-112
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr]17
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 24 a 26

46 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 30 de julho [‫ שבת‬Shabat 24 Tamuz 5776]

SHABAT MEVARECHIM
ESTUDO DIÁRIO
Pinchas, 7ª Alyá (Bamidbar [Nm] 29:12-30:1)
Tehilim [Sl] 113-118
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 18
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 27 a 29

COSTUMES DESTA SEMANA


SHABAT MEVARECHIM (24 Tamuz)
Este Shabat é Shabat Mevarechim (o Shabat que “abençoa” a entrada de um
novo mês). Uma prece especial é recitada abençoando Rosh Chodesh (Cabeça do
Mês) do mês vindouro.

TSOM SHIVÁ ASSÁR BETAM - JEJUM DE 17 DE TAMUZ*


Por causa da santidade do Shabat, o jejum de Tamuz 17 é adiada este ano para o
dia seguinte, Tammuz 18. Abstemo-nos de todos os alimentos e beber de “auro-
ra” (cerca de uma hora antes do nascer do sol, dependendo da localização) até o
anoitecer . Orações especiais e leituras da Torá são adicionados aos serviços do
dia.
O dia de jejum lamenta o rompimento das muralhas de Jerusalém e outros trá-
gicos acontecimentos que ocorreram em 17 de Tamuz.

O horário do pôr do sol e Havdalá encontram-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 47


Lição 6 31 de julho a 6 de agosto [25 Tamuz a 2 Av]

Yeshua se misturava com as pessoas

VERSO PARA MEMORIZAR: “Os coletores de impostos e ‘pecadores’ esta-


vam se reunindo para ouvir Yeshua. Mas os p’rushim e mestres da Torá o criti-
cavam: ‘Este homem’, disseram, ‘recebe pecadores e até come com eles!’” (Lucas
[Lc] 15:1, 2).

LEITURAS DA SEMANA: Mattityahu [Mt] 1:22, 23; Yochanan [Jo] 1:14;


Lucas [Lc] 15:3-24; Mattityahu [Mt] 9:10-13; Tehilim [Sl] 51:17; 1Yochanan
[1Jo] 2:16; Filipenses [Fp] 2:13-15.
O Shamash de uma Kehilá dirigia uma van que levava um grupo de jovens a
um asilo, a cada mês, para um serviço. Na primeira vez, um idoso em uma ca-
deira de rodas pegou a mão do shamash e ficou segurando-a. Isso acontecia mês
após mês. Certa vez, o homem da cadeira de rodas não estava lá. Os funcioná-
rios disseram que ele não iria passar daquela noite. O shamash foi ao quarto
dele, e o encontrou deitado, aparentemente inconsciente. Tomando a mão do
homem, o shamash orou para que D’us lhe concedesse a vida eterna. O homem
que parecia inconsciente apertou a mão do shamash, e ele soube que sua prece
fora atendida. Em lágrimas, saiu lentamente do quarto, quando esbarrou numa
mulher, que disse: “Eu sou filha dele. Ele estava esperando pelo senhor. Meu pai
disse: ‘Uma vez por mês o Meshiach vem e segura minha mão. Não quero mor-
rer sem ter a chance de segurar sua mão mais uma vez’” (The Least of These,
Old Fashioned Pictures; 2004).
A essência da vida religiosa é tornar-se “Mashiach” para alguém. As próxi-
mas lições se concentrarão em alguns aspectos do método usado por Yeshua
em seu ministério e na maneira pela qual a Kehilá do Mashiach pode seguir seu
exemplo.

PARASHOT DA SEMANA

Parashot 42 - 43 ‫מסעי‬-‫ מטות‬MATOT-MASSÊ [Tribos-Caminhadas]: Bamidbar


[Nm] 30.2 - 36.13
Haftará: Yirmeyahu [Jr] 1.1 - 2.3 - Yirmeyahu [Jr] 2.4-28; 3.4
Brit Hadashá: Mattityahu [Mt] 5:33-37; Filipenses [Fp] 3.12-16 - Yaakov [Tg] 4:1-
12
Tehilim: [Sl] 111 e 49
‫חזק חזק ונתחזק‬
Hazak Hazak V’nitchazek
Seja forte, seja forte, sejamos fortalecidos!

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelo líderes Andrey & Elena da comunidade judaico-adventis-
ta de Sukhovarov Dnepropetrovsk, Ucrania

48 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 31 de julho [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 25 Tamuz 5776]

Êxito unicamente pelos métodos do Mashiach

A escritora Ellen G. White, num parágrafo muito citado, resume o que Yeshua
fazia para alcançar as pessoas e conduzi-las à libertação. (Ver também
Mattityahu [Mt] 9:35, 36.)
“Unicamente os métodos do Mashiach trarão verdadeiro êxito ao nos apro-
ximarmos do povo. O Moshia Se misturava com os homens como uma pessoa
que lhes desejava o bem. Manifestava compaixão por eles, ministrava-lhes às
necessidades e conquistava-lhes a confiança. Ordenava então: ‘Segue-Me’” (A
Ciência do Bom Viver, p. 143 contextualizado).
Vamos analisar isso um pouco.
1. Yeshua Se misturava com as pessoas como alguém que lhes desejava o
bem. (Ele estabelecia relacionamentos.)
2. Yeshua tinha compaixão pelas pessoas. (Ele criava vínculos.)
3. Yeshua cuidava das necessidades. (Isso também estabelecia vínculos.)
4. Quando ele combinava o primeiro, o segundo e o terceiro elementos, ga-
nhava a confiança das pessoas.
5. “Ordenava então: ‘Segue-Me’” (para que se tornassem seus talmidim).
O que vemos aqui é um modelo integral (holístico) da Bessorá. Esse método
de ministério nos guiará ao proclamarmos a Bessorá de maneira mais plena.
Yeshua não separava os aspectos sociais (itens 1 a 4) do convite para segui-Lo
(item 5), e nós também não devemos fazer isso. Todos esses passos, atuando
juntos, trarão “verdadeiro êxito”. Esta lição se concentrará no primeiro passo
do método do Mashiach. As lições 7 a 11 se concentrarão nos outros passos.

1. Em quais aspectos o Filho de D’us se misturou conosco? Mattityahu [Mt]


1:22, 23; Yochanan [Jo] 1:14

Todos nós estamos profundamente feridos e prejudicados pelo pecado. Mas


D’us lida com tudo que deu errado no mundo por causa do pecado por meio de
sua reconciliação com a humanidade através do ministério integral do Mashia-
ch encarnado. Ele desejava o bem da pessoa na sua totalidade, e se misturou
com todas as pessoas e com toda a humanidade, mesmo com aqueles que, na-
quela cultura, eram considerados “os piores”.

Reflita sobre a incrível verdade de que Aquele que fez todas as coisas (Yocha-
nan [Jo] 1:3) assumiu a humanidade e, na carne, misturou-se com os seres huma-
nos pecadores e os ajudou. De que forma essa verdade, que nos traz muita esperan-
ça, afeta o modo como nos misturamos com os outros e os ajudamos?

ESTUDO DIÁRIO
Matot-Massê, 1ª Alyá (Bamidbar [Nm] 30:2-31:12)
Tehilim [Sl] 119:1-96
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 19
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 30 a 33

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 49


segunda, 1 de agosto [‫ יום שני‬Yom Sheni 26 Tamuz 5776]

Perdido e achado

E m Lucas 15, Yeshua contou três parábolas [mashalim] em resposta direta à


acusação dos prushim e mestres da Torá de que Ele recebia pecadores e co-
mia com eles (Lucas [Lc] 15:2).
2. Leia as passagens seguintes e note a essência da resposta de Yeshua a es-
sas acusações:
Lucas [Lc] 15:3-7: _____________________________________________________
Lucas [Lc] 15:8-10:_____________________________________________________
Lucas [Lc] 15:11-24: ___________________________________________________
Cada parábola (Mashal) começa com algo perdido e termina com uma co-
memoração. A comemoração expressa o amor de D’us por nós e Seu profundo
interesse em nossa salvação.
Um líder religioso estava atendendo a um ouvinte de um programa de rá-
dio e descobriu que toda a sua família estava interessada em receber estudos
bíblicos, exceto uma pessoa. A mãe, o pai e a filha mais nova haviam aceitado
ao Mashiach e estavam ansiosos para receber o líder em sua casa regularmente.
O filho mais velho, no entanto, havia se rebelado e não queria nenhum envolvi-
mento com a religiosos. Cada noite que o líder chegava à casa, o rapaz saía da
sala e não participava dos estudos. Depois de seis semanas de estudos bíblicos
cordiais e produtivos, o jovem líder começou a desafiar os três que estavam es-
tudando com ele a pensar na Tevilá de Teshuvá (imersão). Cada um deles tinha
seu próprio motivo para esperar mais alguns meses antes de tomar a decisão.
Inesperadamente, o rapaz entrou na sala onde o estudo estava ocorrendo e
anunciou que desejava ser imerso logo que o líder achasse que ele estava pron-
to. Com uma Bíblia que havia comprado numa loja de livros usados logo após o
primeiro estudo, ele havia acompanhado os estudos em seu quarto, e durante
todo o tempo tinha experimentado uma crescente convicção de que precisava
fazer uma confissão pública de sua confiança. Duas semanas mais tarde o rapaz
foi imerso e, um mês depois, o restante da família também tomou a mesma
decisão. Considerando o que acabamos de ler nas parábolas, podemos imaginar
que houve alegria no Céu por causa dessas decisões.
Yeshua Se colocou intencionalmente em contato com pessoas como a sa-
maritana junto ao poço, o centurião romano, a “pecadora” que derramou em
seus pés um perfume de valor equivalente a um ano de salário, além de inúme-
ros indivíduos que não estão nos registros, que eram “indignos” diante dos que
se consideravam santos demais para se misturar com eles.
Você já evitou testemunhar a alguém que provavelmente não se ajustaria bem
aos padrões religiosos? O que seria necessário para que você e sua Kehilá demons-
trassem graça suficiente para acolher esses “pecadores”?

ESTUDO DIÁRIO
Matot-Massê, 2ª Alyá (Bamidbar [Nm] 31:13-31:54)
Tehilim [Sl] 119:97-176
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 20
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 34 a 37

50 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 2 de agosto [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 27 Tamuz 5776]

Comendo com pecadores


3. Leia Mattityahu [Mt] 9:10-13. Que lição importante devemos aprender com
a resposta do Mashiach aos seus críticos? Hoshea [Os] 6:6

Y eshua estava reclinado à mesa, comendo na companhia daqueles que a so-


ciedade julgava “indesejáveis”.

4. Que tipo de pessoas sua cultura considera “indesejáveis”?

Ao ser interrompido pelos prushim, que perguntaram se era apropriado


que Ele Se misturasse com pessoas tão desprezíveis, Yeshua os desafiou a apren-
der o significado de misericórdia, em contraste com sacrifício. “vocês deveriam
aprender o que isto significa: ‘Prefiro compaixão a sacrifícios de animais’. Pois
eu não vim chamar ‘justos’, mas pecadores!.” (Mattityahu [Mt] 9:13 citando
Hoshea [Os] 6:6). É muito triste que Yeshua tivesse que dizer aos líderes religio-
sos que fossem aprender uma das verdades mais importantes da confiança que
eles professavam!
Nesse caso, estamos novamente vendo o mesmo problema que vimos nos
tempos dos patriarcas e profetas: as formas e cerimônias religiosas se torna-
ram mais importantes na mente das pessoas do que a questão de como elas
tratavam os outros. É interessante que ele tenha citado o Tanach (Hoshea [Os]
6:6) para expressar Sua ideia.
“Há milhares cometendo o mesmo erro dos prushim a quem o Mashiach
reprovou no banquete de Mattityahu. Em lugar de abandonar alguma ideia
acariciada, ou rejeitar alguma opinião idolatrada, muitos recusam a verdade
que desce do Avinu (Nosso pai, Pai da luz). Confiam em si mesmos, dependem
da própria sabedoria e não compreendem sua pobreza espiritual. [...] Jejum ou
oração motivados por um espírito de justificação própria é uma abominação
aos olhos de D’us” (O Desejado de Todas as Nações, p. 280 contextualizado).
É fácil julgar os atos dos outros usando nossas próprias preferências como
padrão. Precisamos aprender a nos humilhar, a colocar de lado nosso interesse
e permitir que o Ruach Hakodesh converta a misericórdia em convicção.

Quais são os sacrifícios que agradam a D’us? De que forma o conhecimento de


nossa pecaminosidade nos ajuda a entender o significado do Tehilim [Sl] 51:17?

ESTUDO DIÁRIO
Matot-Massê, 3ª Alyá (Bamidbar [Nm] 32:1-32:19)
Tehilim [Sl] 120-134
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 21
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 38 a 40
Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 51
quarta, 3 de agosto [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 28 Tamuz 5776]

Sabedoria ao se misturar com as pessoas

U m palestrante perguntou a um grupo de pessoas quantos “amigos não reli-


giosos” eles tinham. Um homem no fundo da sala se levantou e proclamou
triunfantemente: “Orgulho-me de dizer que nenhum!” Talvez esse homem ti-
vesse boas intenções, mas suas palavras expressaram muita coisa a respeito do
tipo de luz que ele era para o mundo.
Como já vimos, Mattityahu [Mt] 5:13 diz que somos o sal da Terra, mas esse
sal pode perder o sabor. Um mercador de Sidom havia estocado muito sal em
depósitos com piso de chão batido. Sendo que o sal ficava em contato direto
com a terra, ele perdeu o sabor. Teve que ser jogado fora e foi usado para pavi-
mentar estradas. Da mesma forma, precisamos ser cuidadosos ao nos mistu-
rarmos com o mundo. Estamos deixando que o mundo nos roube nosso sabor
singular? Nossos valores são os mesmos que os do mundo?

5. Em que aspecto não devemos nos misturar com o mundo? Bereshit [Gn]
13:5-13; 19:12-26; Bamidbar [Nm] 25:1-3; 1Yochanan [1Jo] 2:16

Esses exemplos bíblicos ilustram a necessidade de cautela ao nos misturar-


mos com pessoas que vivem segundo os valores mundanos mencionados em
1Yochanan [1Jo] 2:16. Enganamos a nós mesmos se pensamos que não precisa-
mos ter cuidado e que não há perigo em sermos enredados pelos princípios do
mundo caído. Ao mesmo tempo, que benefício promoveremos aos outros se
nos escondermos deles para não sermos impactados negativamente por sua
conduta?
Note este sábio e equilibrado conselho: “Pois bem, os professos religiosos se
recusarão a se associar aos goyim, evitando qualquer comunicação com eles?
Não! Devem estar com eles no mundo, mas não ser do mundo, não para partici-
par de seus caminhos nem para ser impressionados por eles, nem para ter o
coração aberto para seus costumes e práticas. Suas relações de amizade devem
ter o propósito de atrair outros para o Mashiach” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p.
231 contxtualizado).

Quantos amigos não religiosos você tem? Qual é a natureza de seu relaciona-
mento com eles? Qual influência está sendo maior: a sua sobre eles ou a deles sobre
você?

ESTUDO DIÁRIO
Matot-Massê, 4ª Alyá (Bamidbar [Nm] 32:20-33:49)
Tehilim [Sl] 135-139
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 22
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 41 a 44

52 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 4 de agosto [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 29 Tamuz 5776]

No meio de uma geração corrupta

S em dúvida, o mundo precisa do que foi concedido a nós no Mashiach. O que


torna muito importante o que temos não é alguma coisa que esteja em nós
mesmos. Ao contrário, somente o que recebemos do Mashiach justifica nosso
dever de ir em busca de outros. É precisamente porque nos foi dada uma gran-
de bênção que somos chamados a alcançar os que não têm isso. “Vocês recebe-
ram de graça, portanto dêem sem pedir pagamento.” (Mattityahu [Mt] 10:8).

6. Leia Filipenses [Fp] 2:12-15. Quais princípios devemos praticar ao cumprir


o chamado para alcançar as pessoas e ao mesmo tempo evitar a apostasia?

Temos que tomar cuidado com a atitude de procurar nos proteger do mun-
do de tal maneira que nunca entremos em contato com as pessoas que estão
nele. É muito fácil permanecer em nossa própria zona de conforto espiritual e
teológica, e nos tornarmos espiritualmente introvertidos. Essa introversão
pode se transformar numa religião egocêntrica. Por exemplo, com que frequ-
ência nossas congregações passam mais tempo discutindo por causa de estilos
de adoração ou por causa de doutrina do que levando as boas novas a um mun-
do que está perecendo?
Robert Linthicum, em seu livro Empowering the Poor, p. 21-30, descreve
três tipos de congregações. (1) A congregaçõa na cidade (sociedade). Essa kehilá
não tem, virtualmente, nenhum contato com as pessoas da localidade. Sua
grande ênfase está em atender às necessidades de seus membros; (2) a congre-
gação para a cidade (sociedade). Essa kehilá sabe que precisa se envolver no mi-
nistério em favor da população local. Imagina o que a sociedade precisa, sem
ter consultado as pessoas da região a quem ela serve, e então apresenta progra-
mas para os moradores da localidade. O ministério dessa kehilá corre o risco de
ser irrelevante, quando ela negligencia sua responsabilidade para com a socie-
dade; (3) a congregação com a cidade (sociedade). Essa kehilá faz uma análise
demográfica para entender a coletividade à qual ela serve. Os membros se mis-
turam com os líderes e os moradores da localidade, perguntando a eles quais
são suas verdadeiras necessidades. O serviço dessa kehilá em favor dos cida-
dãos tem maior probabilidade de ser relevante e bem recebido, porque eles já
deram seu parecer e confiam no processo. Essa kehilá se une à sociedade na luta
para decidir qual tipo de realidade seus membros desejam, e é uma parceira da
sociedade para conseguir a realização desse objetivo. Essa kehilá se envolve com
as organizações comunitárias e pode ajudar a população a acrescentar os servi-
ços que estão faltando, se necessário. Há mútua responsabilidade e ajuda nessa
parceria a fim de atender às verdadeiras necessidades da sociedade.

ESTUDO DIÁRIO
Matot-Massê, 5ª Alyá (Bamidbar [Nm] 33:50-34:15)
Tehilim [Sl] 140-150
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 23
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 45 a 48

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 53


sexta, 5 de agosto [‫ יום שישי‬Yom Shishi 1Av 5776]

Estudo adicional

L eia A Ciência do Bom Viver, p. 17-28, e O Desejado de Todas as Nações, p.


272-280.
Uma placa na área de acesso de uma kehilá diz o seguinte: “Entrada dos Ser-
vos”. Isso diz tudo, não é mesmo?
“Não podemos nos aproximar dos perdidos sem passar tempo com eles.”
[…]
“Não há um chamado para hibernar no deserto convencendo lebres. Há
aqui um convite para que nos misturemos, como Yeshua, com as pessoas sem
atrativo, os pobres e os perdidos. […] Yeshua jamais comprometeu sua confian-
ça, mas gostava de ir aonde havia pecadores. As pessoas que se sentiam mais à
vontade ao redor de Yeshua eram os pecadores, e os que se sentiam mais des-
confortáveis eram os supostos santos. Mas Yeshua não prestava atenção a isso,
porque tinha suas prioridades na ordem correta. Ele veio para salvar pecado-
res. Essa era seu objetivo, e deve ser a nosso objetivo, mesmo que contrariemos
alguns sábios. [...]
“Por muito tempo temos nos isolado em refúgios seguros e guetos, como se
o restante do mundo não existisse. Esse tempo terminou. Não podemos, não
devemos ousar viver por mais tempo em apostasia. É tempo de entrar na socie-
dade, como indivíduos e como kehilá” (Russell Burrill, How to Grow an Adven-
tist Church; Fallbrook, Calif.: Hart Books, 2009, p. 50 contextualizado) .

Perguntas para reflexão


1. Será que, ao nos isolarmos, estamos “em apostasia”? Você julga essas pala-
vras fortes demais, ou a ideia é válida? Que justificativa bíblica apoia sua res-
posta?
2. Embora precisemos nos misturar para servir às pessoas, por que o apoio da
kehilá e a prestação de contas a ela é um fator importante que não devemos ne-
gligenciar? De que forma os componentes do corpo da kehilá podem se ajudar
mutuamente ao falar ao mundo, de modo que não sejam envolvidos por ele?
3. Como podemos evitar a armadilha mortal de passar mais tempo discutin-
do assuntos internos do que levando boas novas?

ROSH CHODESH AV
O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

ESTUDO DIÁRIO
Matot-Massê, 6ª Alyá (Bamidbar [Nm] 34:16-35:8)
Tehilim [Sl] 1-9
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 24
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 49 a 51

54 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 6 de agosto [‫ שבת‬Shabat 2 Av 5776]

ESTUDO DIÁRIO
Matot-Massê, 7ª Alyá (Bamidbar [Nm] 35:9-36:13)
Tehilim [Sl] 10-17
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 25
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 52 a 55

‫חזק חזק ונתחזק‬


Hazak Hazak V’nitchazek
Seja forte, seja forte, sejamos fortalecidos!

COSTUMES DESTA SEMANA

ROSH CHÔDESH AV
Rosh Chôdesh (“Cabeça do Mês”) para o mês de Av. Começam os “Nove Dias”.
“Quando Av começa, diminuímos [nosso] júbilo” (Talmud, Taanit 26b)
1º de Av, as “Três Semanas” – período de luto pela destruição do Templo Sagra-
do – que começou 13 dias antes em 17 de Tamuz – entra num estágio intensifi-
cado. Durante os “Nove Dias” de 1º de Av até Nove de Av, é observado um grau
mais intenso de luto,
Aumentarmos o estudo de Torá e a caridade durante este período.

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 55


Lição 7 7 a 13 de agosto [3 a 9 Av

Yeshua desejava o bem das pessoas

VERSO PARA MEMORIZAR: “Yerushalayim, Yerushalayim! Você que


mata os profetas, que apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis
reunir seus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das suas asas,
mas vocês se recusaram!” (Mattityahu [Mt] 23:37).

LEITURAS DA SEMANA: Yonah [Jn] 3:4–4:6; Lucas [Lc] 19:38-42; Matti-


tyahu [Mt] 5:43-47; 1Coríntios [1Co] 13; Marcos [Mc] 8:22-25; Filipenses [Fp]
2:3-5; Yaakov [Tg] 2:14-17

N o Shabat de manhã, durante o serviço de Shabat, dá para ver os skatistas


passando em frente às portas principais de uma congregação adventista.
Por quê? Porque essa congregação se reúne no prédio de um centro comunitá-
rio para jovens que fica ao lado de um parque de skate. E se você imaginou que
eles são um incômodo, reflita um pouco mais.
Num esforço para diminuir o crescente índice de crimes, a prefeitura cons-
truiu o parque para que os jovens tivessem um lugar de recreação saudável. A
prefeitura quis que uma entidade religiosa realizasse seus serviços no prédio
do centro comunitário. Os líderes da comunidade acharam que a presença de
uma congregação teria uma influência moral positiva sobre os jovens que usas-
sem o parque. Eles convidaram várias denominações, mas só uma aceitou:
aquela que tem serviço no Shabat pela manhã. Eles ficaram entusiasmados
com a ideia de se mudar para o centro comunitário, pois eles desejavam alcan-
çar os skatistas. Para eles, “Kehilá” é uma comunidade que não existe para si
mesma.

PARASHÁ DA SEMANA
Parashá 44 ‫ דברים‬Devarim [Palavras]: Devarim [Dt] 1.1 - 3.22
Haftará: Yeshayahu [Is] 1.1-27
Brit Hadashá: Yochanan [Jo] 15:1-11; Hebreus 3:7 - 4:11; 1 Timóteo [1Tm] 3-17
Tehilim: [Sl] 137

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelo líderes Victor & I. Viatokha da comunidade judaico-ad-
ventista de Kiev, Ucrania

56 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 7 de agosto [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 3 Av 5776]

Yonah em Nínive
1. Leia Yonah [Jn] 3:4–4:6. Qual era o sério problema na atitude desse profeta?

N o capítulo 4 de Yonah, o profeta se assentou a leste da grande cidade de


Nínive. Já havia proferido a mensagem de juízo que D’us lhe tinha dado.
Agora ele refletia sobre sua viagem, sua relutância para ir a Nínive, sua tática
de fuga, a insistência de D’us em colocá-lo de volta na missão, o episódio de
três dias dentro do peixe e a longa viagem desde a costa até o interior do país.
E para quê? Para que D’us voltasse atrás e demonstrasse graça para com essas
pessoas desprezíveis? As pessoas haviam se arrependido, mas Yonah se sentia
traído, desonrado e usado. Sua esperança tinha sido que a destruição dessa ci-
dade pagã de 120 mil habitantes mostrasse a preferência de D’us por Seu povo
escolhido e vindicasse o ódio de Yonah pelos ninivitas.

  2. Leia Lucas 19:38-42. Que acontecimento é descrito nessa passagem? Qual


foi a atitude de Yeshua para com a cidade de Yerushalayim?

Oitocentos anos depois de Yonah, Yeshua montou sobre um jumentinho e


subiu a encosta de uma colina da qual se avista Yerushalayim. Foram ouvidas
aclamações de louvor ao “Hamelech B’shem Adonai - Rei que vem em nome de
Adonai!”, juntamente com ecos de esperança que declararam: “Shalom no céu!
Glória (Kavod - ‫ )כבוד‬nas alturas!” (Lucas [Lc] 19:38; Tehilim [Sl] 118:26). Em
meio à entrada triunfal de Yeshua, ao aproximar-se da cidade, Ele parou e cho-
rou, dizendo: “Hoje, se você apenas soubesse o que é necessário para a shalom!”
(Lucas [Lc] 19:42).
Note o contraste: Yonah obedeceu relutantemente à ordem de D’us, pouco
se importando com o bem dos habitantes de Nínive. Yeshua Se aproximou de
Yerushalayim com um fardo no coração: almejava que eles aceitassem a liberta-
ção que ele oferecia a um custo tão alto.
Duas cidades: Nínive e Yerushalayim. Duas mensagens: a de Yonah e a de
Yeshua. A diferença é óbvia. Yeshua exemplifica a atitude abnegada e solícita
que deseja o bem das pessoas. Que possamos, pela graça de D’us, revelar essa
mesma atitude de Yeshua para com os perdidos!

O egoísmo pode eliminar nossa preocupação e dedicação quanto à libertação


dos outros. De que modo podemos ter a atitude correta?

ESTUDO DIÁRIO
Devarim, 1ª Alyá (Devarim [Dt] 1:1-1:11)
Tehilim [Sl] 18-22
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 26
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 56 a 58

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 57


segunda, 8 de agosto [‫ יום שני‬Yom Sheni 4 Av 5776]

Cumprindo o objetivo, apesar de tudo

U m homem afligido com tzara’at se aproximou de Yeshua e suplicou Refuá


Shlemá (cura completa). A sabedoria convencional dizia que esse homem
devia ficar isolado. Yeshua, puro, o tocou e o curou, apesar da impureza (Matti-
tyahu [Mt] 8:1-4). Shimon Kefa negou Yeshua três vezes durante Seu julgamen-
to (Yochanan [Jo] 18). Após a ressurreição, depois de examinar o coração de Shi-
mon, Yeshua o restaurou ao serviço dele, mesmo assim (Yochanan [Jo] 21). A
Kehilá de D’us em Corinto foi indiferente à autoridade e à influência de Shaul.
Shaul serviu àqueles irmãos, mesmo assim (2Coríntios [2Co] 12:14, 15).
Esse princípio do “mesmo assim” ou do “apesar de” é essencial para revelar-
mos às pessoas o caráter daquele que deseja o bem delas.
“Milhões e milhões de pessoas prestes a perecer, presas em cadeias de igno-
rância e pecado, nunca ouviram algo sobre o amor de D’us e do Mashiach por
elas. Se estivéssemos no lugar delas, o que desejaríamos que fizessem por nós?
Tudo isso, quanto estiver ao nosso alcance, temos a mais solene obrigação de
fazer por elas. A regra de vida dada pelo Mashiach, aquela pela qual cada um de
nós deve subsistir ou cair no Yom Hadim (Juízo), é: ‘Sempre tratem os outros
como vocês gostariam de ser tratados; pois isso resume o ensino da Torá e os
Profetas.’” (Mattityahu [Mt] 7:12; O Desejado de Todas as Nações, p. 640 contex-
tualizado). Essa “regra áurea” é fundamental para a mentalidade de ministério
que pensa primeiramente no que é bom para aqueles a quem estamos servindo
em vez do que nos beneficia.

3. Leia Mattityahu [Mt] 5:43-47; Lucas [Lc] 6:27, 35; 23:34. Que atitude deve-
mos ter em relação aos que se colocam como nossos inimigos?

Yeshua nos chama para mostrar amor a todos e a ser bondosos com eles
“apesar do fato de que” eles nos odeiam ou sejam nossos inimigos. Note igual-
mente que Yeshua associou esses atos e atitudes ao caráter do próprio D’us.
“Amem seus inimigos, façam o bem e emprestem sem esperar nada em troca! A
recompensa de vocês será grande, e serão chamados filhos de Ha’Elyon; porque
. ele é bondoso para com os ingratos e ímpios.” (Lucas [Lc] 6:35).

Como entender a ideia de que D’us é “bondoso para com os ingratos e ímpios”?
Isso responderia à pergunta: “Por que os ímpios às vezes prosperam” (Tehilim [Sl]
73? Que informação Romanos [Rm] 2:4 acrescenta a esse quadro?

ESTUDO DIÁRIO
Devarim, 2ª Alyá (Devarim [Dt] 1:12-1:21)
Tehilim [Sl] 23-28
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 27
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 59 a 62

58 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 9 de agosto [‫ יום שלישי‬Yom Shlish 5 Av 5776]

O amor jamais acaba

D e acordo com Yeshua, as principais mitzvot são amor a D’us e amor ao próxi-
mo (Lucas [Lc] 10:27, 28). Ele também nos mostrou quem é nosso próximo
(versos 29-37). Além disso, não há dúvida de que a vida de Yeshua, do princípio
ao fim, foi uma expressão do puro amor de D’us, e D’us é amor (1Yochanan [1Jo]
4:16). Assim, se devemos refletir o caráter de D’us, se temos o propósito de aju-
dar a revelar a outros a realidade de D’us e de como Ele é, precisamos amar.
Pense sobre isso de outra forma. Uma das maiores “desculpas” que as pes-
soas têm usado para rejeitar Yeshua como Mashiach como um todo tem sido os
próprios professos seguidores de Yeshua.

4. Que exemplos você encontra na História, ou mesmo hoje, ou pessoas que se


dizem religiosas, fazendo coisas terríveis, às vezes até em nome de Yeshua? Que
advertência sobre isso é apresentada no livro de Daniel? Daniel [Dn] 7:24, 25;
Romanos [Rm] 2:24

Não é de admirar que muitas pessoas, ao longo dos anos, e mesmo hoje, te-
nham rejeitado Yeshua como Mashiach. Assim, o imperativo de revelar o Mashia-
ch aos outros por meio de nossa vida deve ser mais forte do que nunca. Nada
pode fazer isso de maneira mais poderosa do que a exemplificação, em nossa
própria vida, do mesmo tipo de amor que foi expresso por Yeshua.

Leia 1 Coríntios 13. O que o amor é? O que o amor não é? O que o amor faz? O
que o amor não faz? Em resumo, como o amor deve ser expresso em nossa vida, e
qual é a importância do amor no nosso testemunho para a sociedade? Que mudan-
ças você precisa fazer para revelar esse tipo de amor?

ESTUDO DIÁRIO
Devarim, 3ª Alyá (Devarim [Dt] 1:22-1:38)
Tehilim [Sl] 29-34
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 28
Leitura Anual: Yeshayahu [Is] 63 a 66

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 59


quarta, 10 de agosto [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 6 Av 5776]

O segundo toque
5. Leia Marcos [Mc] 8:22-25. Que lição espiritual aprendemos com o fato de
que o primeiro toque do Mashiach não curou totalmente o homem cego?

D epois de “cuspir” nos olhos do homem, Yeshua o tocou e lhe perguntou:


“Você vê algo?” (Marcos [Mc] 8:23). Por que Yeshua cuspiu nos olhos dele? A
literatura antiga indica exemplos do uso de saliva pelos médicos. Esse milagre
se assemelha um pouco à cura na região das Dez Cidades (Decápolis) do surdo
que não conseguia falar, não muito antes disso (leia Marcos [Mc] 7:31-37). Con-
tudo, diferentemente de todos os outros que o Mashiach trouxe Refuá (cura), a
cura do cego foi realizada em dois estágios.
6. Releia Marcos [Mc] 8:23, 24. Qual é o significado da resposta do homem à
pergunta: “Você vê algo?”
“Vejo pessoas, mas elas se parecem com árvores em movimento” (Marcos
[Mc] 8:24). Isto é, ele podia distinguir as pessoas das árvores somente porque se
moviam. No sentido espiritual, que aplicação poderíamos fazer desse inciden-
te à nossa própria vida? Talvez a aplicação seja que, depois que Yeshua nos dá
visão espiritual, ainda não estamos totalmente restaurados. Talvez vejamos as
pessoas como “árvores”, como objetos. Isso poderia significar que ainda esta-
mos cegos para elas como pessoas reais com necessidades reais. Elas são itens,
números, objetos que queremos que se unam à congregação, talvez para au-
mentar nosso número estatístico, ou para nos fazer parecer bons. Com tal ati-
tude egoísta em relação às pessoas provavelmente muitas delas não permane-
çam congregados.
7. Releia Marcos [Mc] 8:25. Por que Yeshua curou o homem em duas etapas?
No contexto dessa história, exatamente antes de trazer Refuá Shlemá,
Yeshua tratou de outro tipo de cegueira. Seus talmidim não haviam entendido o
significado de sua declaração: “Então Yeshua lhes disse: “Cuidado! Evitem o ha-
metz dos p’rushim e o hametz de Herodes”.” (Marcos [Mc] 8:15). Eles acharam
que isso fosse uma referência ao fato de que não tinham pão suficiente para a
viagem de barco. Yeshua os chamou de cegos: “Vocês têm olhos, mas não veem?”
(Marcos [Mc] 8:18) Não são só as pessoas de fora da Kehilá que precisam do to-
que curador do Mashiach. Dentro da Kehilá há cegueira também. Membros que
têm visão apenas parcial e veem as pessoas como estatísticas e objetos não no-
tarão que muitos crentes a pouco tempo saem pela tão rápido quanto entra-
ram, e nem se importarão com esse fato. Eles precisam do segundo toque de
Yeshua para passar a enxergar mais claramente e para amar os outros como Ele
amava.

ESTUDO DIÁRIO
Devarim, 4ª Alyá (Devarim [Dt] 1:39-2:1)
Tehilim [Sl] 35-38
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 29
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 1 a 3

60 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 11 de agosto [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 7 Av 5776]

Kehilá centralizada nos outros


8. Considerando que estamos inseridos na sociedade, quais princípios devem
governar nossa vida e influenciar nossos relacionamentos, na Kehilá e na socie-
dade? Filipenses [Fp] 2:3-5

Q uando Yeshua esteve na Terra, não se preocupou consigo mesmo. Seu pro-
grama dizia respeito ao seu desejo de fazer o bem aos outros. Grande parte
de seu trabalho consistiu em responder a interrupções, como quando o chefe
da sinagoga, Yair, o interrompeu com um pedido para que fosse depressa à sua
casa para curar sua filha, que estava para morrer. Essa resposta foi interrom-
pida por uma mulher que tinha uma hemorragia havia 12 anos (Marcos [Mc]
5:21-43).
A Kehilá do Mashiach é seu coração e suas mãos na Terra. Yeshua amava as
pessoas mais do que qualquer outra coisa, e uma congregação verdadeiramen-
te sua terá a mesma atitude.
As Kehilot têm agendas e alvos, e isso é bom. Um amor incondicional pelos
seres humanos nos levará, às vezes, a alterar nossa maneira de planejar nossa
agenda, especialmente se ela desvia nossa atenção da mitzvá de expressar o
amor de D’us aos outros. Para muitas congregações, o número de novos mem-
bros ocupam lugar de destaque na agenda. A Tevilá de Teshuvá (imersão de ar-
rependimento), que marca um novo converso, é algo maravilhoso! Yeshua nos
ordenou que imergíssemos as pessoas (Mattityahu [Mt] 28:19). Mas qual é a
motivação de sua congregação para aumentar o número de membros? É servir
a si mesma? É fazer a kehilá parecer boa e trazer elogios ao seu líder? Ou é o de-
sejo genuíno de que as pessoas de sua sociedade desfrutem a vida com Shalom
ao aceitar ao Mashiach (Yochanan [Jo] 10:10) e tudo que ele oferece, porque vo-
cês desejam o melhor para essas pessoas?
Uma congregação estava mantendo em atividade uma cozinha para prepa-
ração de sopa, num projeto muito necessário em certa área carente da cidade.
Mas um dos líderes disse: “Precisamos fechar essa cozinha porque ela não está
resultando em novos membros.” Outra congregação havia acabado de cons-
truir um novo edifício. Eles estavam orgulhosos. Quando o líder sugeriu que
convidassem a comunidade para vir à Kehilá para eventos como Palestras, es-
tudos ou para exames de saúde, a fim de que as pessoas conhecessem o ambien-
te da congregação, a primeira consideração foi o medo de que o novo carpete
ficasse sujo e desgastado, e que os novos banheiros se estragassem. Contraste
essas duas kehilot com a congregação que estava se reunindo no parque de ska-
te.
Leia novamente as passagens da lição de hoje. Você pratica os princípios ex-
pressos nelas em sua atitude para com os outros? Como podemos experimentar a
morte para o egoísmo, necessária para que revelemos essas características em nos-
sa vida?

ESTUDO DIÁRIO
Devarim, 5ª Alyá (Devarim [Dt] 2:2-2:30)
Tehilim [Sl] 39-43
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 30
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 4 a 6

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 61


sexta, 12 de agosto [‫ יום שישי‬Yom Shishi 8 Av 5776]

Estudo adicional

L eia “Nosso Exemplo”, em A Ciência do Bom Viver, p. 17-28; “Uma Coisa Te


Falta”, em O Desejado de Todas as Nações, p. 518-523; Minha Consagração
Hoje [MM 1989], p. 186-188, 190-192, 194-196.
“A fim de alcançar todas as classes, devemos encontrá-las onde elas estão,
pois raramente elas nos procurarão de espontânea vontade. Não só dos servi-
ços os corações de homens e mulheres são tocados pela verdade de D’us. O
Mashiach despertava seus interesses indo até eles como alguém que desejava
seu bem. Buscava-os em suas atividades diárias e manifestava sincero interes-
se em seus afazeres temporais” (Minha Consagração Hoje, p. 186 contextuali-
zado). De fato, muitas pessoas hoje, por várias razões, raramente “nos procura-
rão de espontânea vontade”. Assim como Yeshua veio e nos alcançou onde
estávamos, precisamos fazer o mesmo por outros. Até certo ponto, isso não de-
veria ser tão difícil. Há muitas pessoas por aí com muitas necessidades. O mun-
do é um lugar ferido e arruinado, cheio de pessoas feridas e devastadas que, em
alguns casos, simplesmente anseiam alguém que as possa ouvir, alguém com
quem possam falar, alguém que se importe com elas.

Perguntas para reflexão


1. Leia Yaakov [Tg] 2:14-17. Como você pode ajudar sua congregação a ter cer-
teza de que não está sendo culpada de ter uma confiança morta, sem as ações
concretas?
2. Pense em algumas pessoas nas Escrituras que serviram aos outros de for-
ma abnegada e solícita. Por exemplo, leia Atos [At] 9:36. O que você está fazen-
do na “Yope” em que está sua kehilá?
3. É fácil fazer as coisas quando se é elogiado, aclamado, considerado um
exemplo de “boas ações”, etc. Mas o que dizer de ajudar os outros sem que nin-
guém fique sabendo e sem que ninguém se importe (exceto, talvez, as pessoas
ajudadas)?
4. Alguém perguntou a um religioso: “Qual é o propósito de sua vida?” Ele res-
pondeu: “Dar sem pedir nada em troca.” Essa é a sua atitude como crente em
D’us?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112


ESTUDO DIÁRIO
Devarim, 6ª Alyá (Devarim [Dt] 2:31-3:14)
Tehilim [Sl] 44-48
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 31
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 7 a 9

62 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 13 de agosto [‫ שבת‬Shabat 9 Av 5776]

SHABAT CHAZON

ESTUDO DIÁRIO
Devarim, 7ª Alyá (Devarim [Dt] 3:15-3:22)
Tehilim [Sl] 49-54
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 32
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 10 a 13

COSTUMES DESTA SEMANA


SANTIFICAÇÃO DA LUA
Uma vez ao mês, à medida que a lua aumenta no céu, recitamos uma bênção
especial chamada Kiddush Levanah, “A santificação da lua”, louvando o Criador
pela sua maravilhosa obra que chamamos de astronomia. Kiddush Levanah é
recitada após o anoitecer, geralmente na noite de sábado. A bênção é concluída
com canções e danças, porque nossa nação é comparada à lua, pois ela aumenta
e diminui, como temos feito no decorrer da história. Quando abençoamos a
lua, renovamos nossa confiança de que muito em breve, a luz da presença de
D’us preencherá a terra e nosso povo será redimido do exílio.

SHABAT CHAZON
O Shabat anterior* a Nove de Av é chamado Shabat Chazon (“Shabat da Visão”)

O Jejum começa esta noite: refeição pré-jejum


O jejum de Tishá B’Av começa ao anoitecer. Algumas das práticas do jejum –
como abster-se de estudo de Torá exceto dos textos relacionados aos eventos e
natureza do dia de jejum – são observadas a partir do meio-dia de hoje.

A refeição final antes do início do jejum, feita pouco antes do pôr-do-sol, é cha-
mada seudá hamafseket. Somente um alimento cozido é ingerido nesta refei-
ção.

“Eichá” – o Livro das Lamentações – é lido esta noite na sinagoga após as preces
noturnas.

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 63


Lição 8 14 a 20 de agosto [10 a 16 Av

Yeshua manifestava compaixão pelas pessoas

VERSO PARA MEMORIZAR: :“Quando Yeshua saiu do barco e viu uma


multidão muito grande, teve compaixão e curou (trouxe refuá) as pessoas en-
tre eles que estavam doentes.” (Mattityahu [Mt] 14:14)

LEITURAS DA SEMANA: Malkhim Bet [2Rs] 13:23; Shemot [Êx] 2:23-25;


Lucas [Lc] 7:11-16; 1Yochanan [1Jo] 3:17; Yochanan [Jo] 11:35; Romanos
[Rm] 12:15; 2Coríntios [2Co] 1:3, 4

U ma jovem de 17 anos, que estava lutando com muitos problemas, tirou a


própria vida. Quem pode imaginar a aflição dos pais?
O líder religioso foi até a casa deles. Sentou-se ao lado deles, e por um longo
tempo não disse nada; apenas mergulhou na dor deles. Então ele chorou até fi-
car sem lágrimas. Depois, sem dizer uma só palavra, levantou-se e foi embora.
Algum tempo depois, o pai disse o quanto havia apreciado o que esse líder
havia feito. Ele e sua esposa, naquele momento, não precisavam de palavras,
nem de promessas, nem de aconselhamento. Tudo o que precisavam naquela
hora era de verdadeira compaixão. Ele disse: “Sua compaixão significou muito
para nós.”
Compaixão significa “com pathos”, assim como a raíz do Hebraico chamal -
‫חמל‬, está relacionado com piedade, ternura, misericórdia ou tristeza. Significa
estar “com” alguém, mas de maneira profunda.
Demonstrar compaixão era também uma importante maneira pela qual
Yeshua alcançava as pessoas.

PARASHÁ DA SEMANA
Parashá 45 ‫ ואתחנן‬VAETCHANAN [Implorei Graça]: Devarim [Dt] 3.23 - 7.11
Haftará: Yeshayahu [Is] 40.1-26
Brit Hadashá: Mattityahu [Mt] 4:1-11; 22:33-40; Marcos [Mc] 12:28-34; Lucas
[Lc] 4:1-13; 10:25-37; Atos [At] 13:13-43; Romanos [Rm] 3:27-31; 1 Timóteo
[1Tm] 2:4-6; Yaakov [Tg] 2:14-26; Marcos [Mc] 12.28-34
Tehilim: [Sl] 90

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos líderes Vitaliy & Alexandra Obrevko da comunidade ju-
daico-adventista de Kiev, & Kol Shofar, Ucrânia.

64 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 14 de agosto [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 10 Av 5776]

Ouvindo os gemidos

O Universo pode parecer um lugar muito assustador: tão vasto, tão frio e tão
grande que, no meio dele, sentimos nossa própria insignificância e falta
de sentido. Esse medo se tornou ainda mais prevalecente com o advento da ci-
ência moderna, cujos telescópios gigantes revelaram um cosmos muito maior
e muito mais vasto do que nossa imaginação pode facilmente compreender.
Acrescente a isso as afirmações extravagantes do darwinismo que, em suas
versões mais populares, descarta a ideia de um Criador, e torna-se compreensí-
vel que as pessoas lutem com uma sensação de desespero em meio a uma vasta
criação que parece não se importar conosco. Naturalmente, a Bíblia apresenta
uma visão diferente de nosso lugar na criação.

1. O que as seguintes passagens ensinam sobre a compaixão de D’us para com


Sua criação caída e arruinada na Terra?
Shoftim [Jz] 2:16-18: ____________________________________________________
Malakhim Bet [2Rs] 13:23: _______________________________________________
Yeshayahu [Is] 54:7, 8, 10: _______________________________________________

Ao contrário da noção popular de que o D’us na época dos patriarcas e pro-


fetas era severo, cruel, implacável e impiedoso, em contraste com o Mashiach
Yeshua e com a maneira pela qual ele é representado na Brit Hadashá, essas pas-
sagens são apenas algumas das muitas do Tanach que revelam a compaixão de
D’us pela humanidade.

2. Como D’us lida com o sofrimento? Shemot [Êx] 2:23-25

D’us se importa intensamente com as pessoas (Yaakov [Tg] 5:11). Esse é um


tema visto em toda a Bíblia.
“Seu coração amoroso se comove diante das nossas tristezas, diante da nos-
sa expressão delas. [...] Nada que de algum modo se relacione com nossa sha-
lom é tão insignificante que Ele não observe. [...] Nenhuma calamidade poderá
sobrevir ao mais humilde de Seus filhos [...] sem que seja observada pelo Avinu
Shebashamayim, ou sem que Lhe atraia o imediato interesse” (Ellen G. White,
CC, p. 100).

Que tipo de gemidos estão subindo ao Céu em sua sociedade? Como D’us pode
usar você para demonstrar compaixão e ajudar os que estão sofrendo?
JEJUM DE TISHÁ BEAV*

ESTUDO DIÁRIO
Vaetchanan, 1ª Alyá (Devarim [Dt] 3:23-4:4)
Tehilim [Sl] 55-59
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 33
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 14 a 16
Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 65
segunda, 15 de agosto [‫ יום שני‬Yom Sheni 11 Av 5776]

Moshieinu Compassivo

A o se misturar com as pessoas durante seu trabalho terrestre, Yeshua encon-


trou situações que revelaram Sua empatia e compaixão por elas. “Quan-
do Yeshua saiu do barco e viu uma multidão muito grande, teve compaixão e
curou (trouxe Refuá) as pessoas entre eles que estavam doentes. ” (Mattityahu
[Mt] 14:14).
3. Leia Mattityahu [Mt] 9:35, 36 e Lucas [Lc] 7:11-16. De que modo se manifes-
tam a verdadeira empatia e compaixão?

A palavra compaixão também traz à mente outras palavras relacionadas,


como empatia e piedade. De acordo com vários dicionários, compaixão é pieda-
de, solidariedade e empatia. Piedade é tristeza solidária pelo sofrimento de al-
guém. Empatia é a capacidade de entender os sentimentos de outros e compar-
tilhar desses sentimentos.
A compaixão e a empatia mostram que não só entendemos o que os outros
estão sofrendo, mas que desejamos ajudar a aliviar e a remediar o sofrimento.
Quando você ouve a respeito das coisas tristes que aconteceram com as
pessoas de sua sociedade, como o incêndio da casa de alguém ou a morte em
alguma família, qual é sua reação? Você simplesmente murmura: “Isso é muito
triste!”, e segue em frente, o que é muito fácil de se fazer? Ou sua empatia é des-
pertada, movendo-o em compaixão por elas? A verdadeira piedade levará você
a consolar e a ajudar ativamente, de maneira prática, tanto amigos quanto es-
tranhos. Seja enviando um cartão que expresse sua compaixão ou demonstran-
do-a de maneira ainda mais profunda, ao visitar a pessoa e ajudar nas necessi-
dades imediatas, os atos de amor são um resultado evidente da verdadeira
compaixão.
Felizmente, as pessoas e as organizações de assistência tendem a reagir
compassivamente aos grandes desastres. Contudo, talvez não prestemos muita
atenção aos infortúnios e desastres “menores” que afetam profundamente a
vida de alguém.
Yeshua não apenas mostrou empatia, mas a levou ao nível seguinte: ações
compassivas. Certamente, somos chamados a fazer o mesmo. Qualquer pessoa
pode sentir tristeza ou compaixão pela infelicidade de alguém. A pergunta é:
Quais ações essa compaixão nos leva a realizar?
Enquanto tomava o desjejum, um homem ouvia sua esposa lendo a notícia so-
bre uma tragédia que tinha deixado milhares de mortos em outro país. Após con-
versar um pouco sobre esse fato terrível, ele mudou de assunto e perguntou se o
time de futebol da cidade tinha vencido o jogo na noite anterior. Temos essa mesma
atitude de frieza? O que podemos mudar quanto a isso?

ESTUDO DIÁRIO
Vaetchanan, 2ª Alyá (Devarim [Dt] 4:5-4:40)
Tehilim [Sl] 60-65
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 34
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 17 a 19

66 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 16 de agosto [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 12 Av 5776]

Colocando-se no lugar das pessoas


4. Leia Colossenses [Cl] 3:12, 1 Kefa [Pd] 3:8 e 1Yochanan [1Jo] 3:17. Como po-
demos revelar compaixão em nossa vida?

C ompaixão (chemlá - ‫ )חמלה‬vem da palavra latina compati, que significa


“sofrer com”. Visto que já sofremos, podemos também entender o sofrimen-
to dos outros; e, sem dúvida, assim como muitas vezes almejamos compaixão e
compreensão em nosso sofrimento, devemos também estar dispostos a fazer o
mesmo por outros em seus momentos de dificuldade.
Vimos numa lição anterior a história do homem bom de Shomrom (samari-
tano). Quando destacou seu exemplo, Yeshua disse: “Mas um homem de
Shomron, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando
o viu, encheu-se de compaixão.” (Lucas [Lc] 10:33). Essa piedade ou compaixão
levou o viajante samaritano a agir em favor da vítima ferida. O Kohen e o levi
provavelmente tivessem pensado: “Se eu ajudar esse homem, o que vai aconte-
cer comigo?” O samaritano talvez tenha pensado: “Se eu não ajudar este ho-
mem, o que vai acontecer com ele?” Nessa história o samaritano, generosamen-
te, viu as coisas sob a perspectiva da vítima, e agiu. Ele arriscou sua segurança
e sua riqueza por um estranho. Em outras palavras, às vezes ser dati (religioso)
envolve riscos e pode ter um custo elevado.
Olhe para a história do filho esbanjador (pródigo) sob essa perspectiva tam-
bém (Lucas [Lc] 15:20-32). O que o pai do pródigo fez que o tornou vulnerável à
crítica e ao conflito com outros membros da família? O abraço compassivo, a
roupa que indicava que o rapaz pertencia à família, o anel da confiança, as san-
dálias da liberdade e o chamado à comemoração refletem a alegria altruísta de
um pai que estava disposto a sacrificar tudo por amor à restauração do filho.
Pródigo significa desperdiçador, irresponsável, extravagante e descontrolado.
Esse tipo de comportamento certamente descreve a trajetória do filho nessa
história. Mas pare por um momento e considere que, em resposta à volta do
pródigo, alguém poderia afirmar, com justiça, que o pai pôs de lado toda a sua
dignidade e, de modo irresponsável, concedeu tudo o que tinha ao filho maltra-
pilho. Aos olhos do irmão mais velho, o pai foi desperdiçador, extravagante e
descontrolado. O pai se tornou pródigo ao avistar o filho arrependido, e seu co-
ração compassivo o levou a oferecer todos os recursos necessários para restau-
rá-lo.
Esse nível de empatia e compaixão envolve deixar de lado o egoísmo, e pode
nos tornar vulneráveis a tudo o que acontecer, quando sofremos com alguém e
nos esforçamos para levar essa pessoa à restauração. Em resumo, a verdadeira
compaixão e empatia pode ter um preço.

ESTUDO DIÁRIO
Vaetchanan, 3ª Alyá (Devarim [Dt] 4:41-4:49)
Tehilim [Sl] 66-68
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 35
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 20 a 23

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 67


quarta, 17 de agosto [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 13 Av 5776]

Yeshua chorou
5. “Yeshua chorou” (Yochanan [Jo] 11:35). O que esse verso nos diz sobre a hu-
manidade de Yeshua? Em Sua humanidade, como ele se relacionou com o sofri-
mento dos outros? Romanos [Rm] 12:15

Em Yochanan [Jo] 11:35 Yeshua demonstrou compaixão, empatia e piedade


provenientes do Seu coração. Embora estivesse prestes a ressuscitar El‘azar
(Lázaro) dos mortos, a dor de uma família da qual ele era tão próximo o afetou
física e emocionalmente.
Contudo, Yeshua estava chorando não só pela morte de um amigo querido.
Ele estava contemplando um quadro muito maior: o sofrimento da humanida-
de devastada pelo pecado. “Pesava sobre Ele a dor dos séculos. Viu os terríveis
efeitos da transgressão da Torá. Viu que, na história do mundo, começando
com a morte de Havel, o conflito entre o bem e o mal havia sido incessante. Lan-
çando o olhar através dos séculos vindouros, viu o sofrimento e a dor, as lágri-
mas e a morte que seriam a sorte dos homens. Seu coração se comoveu pelo
sofrimento da família humana de todos os tempos e em todas as terras. Pesa-
vam-Lhe fortemente sobre a alma as misérias da humanidade pecadora, e se
rompeu a fonte de Suas lágrimas quando ele almejava aliviar-lhes todas as afli-
ções” (O Desejado de Todas as Nações, p. 534 contextualizado).
Pense nestas palavras: Yeshua viu, de uma forma que nenhum de nós ja-
mais poderia ver, o “sofrimento da família humana de todos os tempos e em
todas as terras”.
Mal podemos suportar o pensamento sobre a dor daqueles que conhecemos
ou de quem somos próximos. Então acrescente a isso a dor de outros a respeito
dos quais lemos más notícias. No entanto, ali estava o Mashiach, que conhece
as coisas de um modo que não conhecemos, chorando pela dor coletiva da hu-
manidade. Só D’us conhece a plena extensão da miséria e da tristeza humana.
Deveríamos ser muito gratos porque temos apenas pálidos vislumbres dessa
tristeza! E ainda, às vezes só isso já parece ser demais para nós. Tente imaginar
os sentimentos que devem ter agitado o coração de Yeshua naquele momento.

“Se você não consegue chorar pela cidade, não podemos usá-lo.” (William Boo-
th). Que mensagem essas palavras trazem para nós?

ESTUDO DIÁRIO
Vaetchanan, 4ª Alyá (Devarim [Dt] 5:1-5:18)
Tehilim [Sl] 69-71
RPSP: Divrei-HaYamim Bet [2Cr] 36
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 24 a 26

68 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 18 de agosto [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 14 Av 5776]

Outro tipo de Consolador


6. “Baruch hu HaElohim Avi Adoneinu Yeshua HaMashiach - Bendito seja D’us,
Pai de nosso Senhor Yeshua, o Messias, o Pai compassivo, D’us de todo o encora-
jamento e consolo, que nos estimula em todas as nossas dificuldades, para ser-
mos capazes de encorajar outras pessoas, nas dificuldades que estiverem en-
frentando, com o estímulo recebido de D’us.” (2Coríntios [2Co] 1:3, 4). Como
nosso sofrimento nos ajuda a ser mais eficientes em mostrar compaixão e pro-
ver conforto aos que nos cercam? Você já experimentou a realidade dessas pa-
lavras em sua vida?

A palavra conforto (da raíz hebraica nacham - ‫ )נחם‬vem do latim com (jun-
to, com) e fortis (forte). Assim como Mashiach nos fortalece em nosso sofri-
mento, podemos passar essa força a outros. Como aprendemos com nossas pró-
prias tristezas, podemos ministrar mais eficientemente aos outros nas suas
aflições.
As Kehilot geralmente têm pessoas que sofrem e pessoas que confortam.
Essa combinação pode transformar sua congregação numa “casa segura”, isto
é, uma “cidade de refúgio (ir miklato - ‫ָטוֹ‬
֖ ‫( ”) ִ ֥ﬠיר ִמקְ ל‬Bamidbar [Nm] 35), bem
como um rio de cura (Yechezkel [Ez] 47:1-12) que flui para a sociedade.
Demonstrar empatia e prover conforto é uma arte. Aqui estão algumas su-
gestões:
A. Seja autêntico. Ouça mais e fale menos. Esteja seguro de que sua lingua-
gem corporal reforce sua tentativa de mostrar compaixão e consolar.
B. Demonstre compaixão segundo sua personalidade. Algumas pessoas
oferecem solidariedade chorando silenciosamente com a pessoa aflita. Outras
não choram, mas mostram empatia organizando algo que é um conforto para o
sofredor.
C. A presença é, muitas vezes, mais importante do que falar ou fazer algo.
D. Permita que as pessoas sofram do seu próprio jeito.
E. Procure conhecer os estágios da dor pelos quais, com frequência, as pes-
soas passam.
F. Tenha cuidado para não dizer: “Sei como você se sente.” Provavelmente
você não sabe.
G. Abra espaço para o aconselhamento profissional.
H. Não diga: “Vou orar por você” a menos que você realmente pretenda fa-
zer isso. Quando possível, ore pela pessoa que está sofrendo, faça-lhe uma visi-
ta sem pressa e compartilhe com ela promessas bíblicas encorajadoras.
I. Organize grupos de apoio em sua congregação ou em sua comunidade.

ESTUDO DIÁRIO
Vaetchanan, 5ª Alyá (Devarim [Dt] 5:19-6:3)
Tehilim [Sl] 72-76
RPSP: Ezrah [Ed] 1
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 27 a 29

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 69


sexta, 19 de agosto [‫ יום שישי‬Yom Shishi 15 Av 5776]

Estudo adicional

L eia Devarim [Dt] 24:10-22; Yonah [Jn] 3; Ml 3:17; Mattityahu [Mt] 15:32-38;
Marcos [Mc] 6:34-44; Gálatas [Gl] 6:2; Hebreus [Hb] 10:32-34. Leia Minha
Consagração Hoje, p. 189, 193; “O Privilégio de Falar com D’us”, em CC, p. 100;
“Eis a Religião Pura” e “A Parábola do Bom Samaritano”, em Beneficência Social,
p. 35-49; TI, v. 9, p. 30.
Num feriado, algumas famílias se reuniram e fizeram pacotes de alimentos
e produtos de higiene para distribuir aos moradores de rua de sua cidade. Fo-
ram para o centro da cidade e, em cerca de meia hora, distribuíram os pacotes.
Partiram então para um museu e, depois disso, foram jantar fora. Quando esta-
vam voltando para os carros, um deles disse: “Estou feliz porque fizemos aqui-
lo. Mas, vocês entendem que agora muitos daqueles que alimentamos prova-
velmente já estejam com fome outra vez?” Qual é o propósito de fazer alguma
coisa? O que fazemos é uma gota d’água num oceano! Existem vários proble-
mas com essa linha de pensamento. Primeiro, se todos pensassem assim, nin-
guém ajudaria ninguém, e a miséria só iria piorar. Por outro lado, se todos aju-
dassem os outros, as necessidades seriam amenizadas. Em segundo lugar, a
Bíblia não diz que a dor, o sofrimento e o mal seriam eliminados antes de che-
garmos ao Céu. Nem mesmo Yeshua, quando esteve aqui, acabou com o sofri-
mento humano. Ele fez o que pôde naquele momento. Nós também devemos
fazer a mesma coisa: levar conforto, compaixão e ajuda às pessoas que puder-
mos alcançar.

Perguntas para reflexão


1. Como sua kehilá pode se tornar um lugar de segurança e cura para os que-
brantados de coração?
2. Comente com a classe a seguinte citação: “Muitos ficam pensando por que
D’us não age. E D’us fica pensando por que tantos que pertencem ao Seu povo
não se importam” (Dwight Nelson). Você concorda com essa citação? O que po-
demos fazer para mudar essa atitude?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

ESTUDO DIÁRIO
Vaetchanan, 6ª Alyá (Devarim [Dt] 6:4-6:25)
Tehilim [Sl] 77-78
RPSP: Ezrah [Ed] 2
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 30 a 32

70 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 20 de agosto [‫ שבת‬Shabat 16 Av 5776]

SHABAT NACHAMU (“SHABAT DO CONSOLO”)


ESTUDO DIÁRIO
Vaetchanan, 7ª Alyá (Devarim [Dt] 7:1-7:11)
Tehilim [Sl] 79-82
RPSP: Ezrah [Ed] 3
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 33 a 35

COSTUMES DESTA SEMANA

AUMENTAR O ESTUDO DA TORÁ


A partir de 15 de Av deve-se aumentar o estudo da Torá, pois nessa época do
ano as noites começam a ficar mais longas e “a noite foi criada para o estudo
(Talmud e Códigos).

SHABAT NACHAMU (“SHABAT DO CONSOLO”)


O Shabat após Nove de Av é chamado Shabat Nachamu (“Shabat do Consolo”)
palavras iniciais da leitura do dia dos Profetas (Haftará). Esta é a primeira das
séries de leituras conhecidas como “As Sete de Consolo” lidas nas sete semanas
de Nove de Av até Rosh Hashaná.

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 71


Lição 9 21 a 27 de agosto [17 a 23 Av]

Yeshua cuidava das necessidades das pessoas

VERSO PARA MEMORIZAR: “Yeshua ia passando por todas as cidades e


povoados, ensinando nas sinagogas, proclamando as boas-novas do Reino, e
curando todo tipo de doenças e fraquezas.” (Mattityahu [Mt] 9:35).

LEITURAS DA SEMANA: Marcos [Mc] 5:22-43; 10:46-52; Yochanan [Jo]


5:1-9; Tehilim [Sl] 139:1-13; Marcos [Mc] 2:1-12; Atos [At] 9:36-42

N um país africano, uma senhora não quis parar de cuidar das necessida-
des das pessoas depois da aposentadoria. A necessidade mais urgente era
atender os órfãos de pais aidéticos que não tinham uma nutrição adequada.
Em 2002, ela e sua congregação começaram a oferecer às crianças da sociedade
uma refeição sólida seis dias por semana. Começaram com 50 crianças e, em
2012, já estavam atendendo 300 crianças por dia. Isso os levou a iniciar uma
pré-escola que agora é frequentada por 45 crianças. Além disso, eles distribuem
roupas, fornecem verduras e milho provenientes de uma horta cultivada pela
própria equipe, e cuidam dos doentes. Voluntárias da ADRA ensinam artesa-
nato às mulheres e isso as ajuda a obter um meio de sustento. Essa demons-
tração do amor divino deu origem a uma nova congregação. No início havia
cinco membros, mas em 2012 já havia 160 pessoas. D’us proveu recursos para
a construção de um orfanato e de um novo prédio para a congregação.
Realmente é muito importante atender às necessidades das pessoas.

PARASHÁ DA SEMANA

Parashá 46 ‫ עקב‬EKEV [Consequentemente]: Devarim [Dt] 7.12 - 11.25


Haftará: Yeshayahu [Is] 49.14 - 51.3
Brit Hadashá: Mattityahu [Mt] 4:1-11; Lucas [Lc] 4:1-13; Yaakov [Tg] 5:7-11;
Romanos [Rm] 8.31-39
Tehilim: [Sl] 75
Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista
Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos líderes Rachel & Gabriel Gutterez e pelo Rachel Hyman’s
Music Ministry da comunidade judaico-adventista de New York, USA

72 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 21 de agosto [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 17 Av 5776]

Interrupções: oportunidades inesperadas para servir

Q Yeshua desceu do barco na praia próxima a K’far-Nachum (Marcos [Mc] 5).


Seus talmidim ainda estavam atordoados devido ao angustiante encontro
com o homem com espírito malígno em Decápolis (região das Dez Cidades).
Como de costume, uma multidão estava ali para encontrá-lo. Ansiosas para ob-
ter a atenção de Yeshua, as pessoas se empurravam para conseguir chegar perto
dele. Imediatamente Sua ajuda foi solicitada, dessa vez pelo chefe da sinagoga
(Rosh Beit Haknesset).

1. Leia Marcos [Mc] 5:22-43. Enquanto Yeshua caminhava para atender à ne-
cessidade do chefe da sinagoga, o que o interrompeu, e como Ele reagiu à inter-
rupção? Que lições encontramos nessa história a respeito da nossa reação
quando somos interrompidos em nosso ministério?

Sejamos francos: ninguém gosta de interrupções, não é mesmo? Somos


ocupados, temos coisas a fazer, lugares a ir, tarefas a cumprir. Estabelecemos
alvos para nós mesmos e queremos alcançá-los, às vezes dentro de determina-
do prazo. As interrupções podem nos atrapalhar.
Por isso, se alguém vem com uma necessidade ou um pedido de ajuda e o
momento não é conveniente, isso pode nos perturbar. Às vezes você não pode
simplesmente parar o que está fazendo. Ao mesmo tempo, quantas vezes pode-
mos parar o que estamos fazendo para prestar ajuda, mas não fazemos isso
simplesmente porque não queremos?
Porém, com frequência as maiores oportunidades de atender às necessida-
des das pessoas vêm através de interrupções. Muitos tentam evitar as interrup-
ções, e ficam contrariados quando seus planos são frustrados. Ao examinar a
vida e ações de Yeshua, notamos que algumas das necessidades que ele atendeu
vieram como interrupções, às quais ele reagiu com amor. Se pensarmos nisso,
muitas oportunidades que temos de ministrar vêm em forma de interrupções.
Já examinamos a história do homem bom de Shomrom (samaritano). Quem
sabe aonde ele estava indo e o que iria fazer quando passou naquela estrada?
Mas, independentemente de seus interesses, ele parou para ajudar. E olha que
essa foi uma tremenda interrupção, um grande desafio!

Alguém já interrompeu você com uma necessidade ou um pedido de ajuda?


Como você reagiu?

ESTUDO DIÁRIO
Êkev, 1ª Alyá (Devarim [Dt] 7:12-8:10)
Tehilim [Sl] 83-87
RPSP: Ezrah [Ed] 4
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 36 a 38

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 73


segunda, 22 de agosto [‫ יום שני‬Yom Sheni 18 Av 5776]

Posso ajudá-lo?
2. Leia Marcos [Mc] 10:46-52 e Yochanan [Jo] 5:1-9. Nesses casos, por que
Yeshua fez perguntas?

N ote que, em ambos os casos, Yeshua perguntou o que eles queriam, embo-
ra isso fosse óbvio. E mesmo que não fosse, seja como for, Yeshua saberia
quais eram as necessidades desses homens.
Contudo, ao fazer aquelas perguntas Yeshua demonstrou respeito pelo ser
humano. Mostrou que os estava ouvindo e, ao ouvi-los, demonstrou que se im-
portava com suas lutas. Em muitos casos as pessoas, talvez mais do que tudo,
desejam apenas alguém com quem conversar, alguém que as ouça, porque, às
vezes, simplesmente conversar com alguém sobre as lutas da vida pode ajudar
uma pessoa a se sentir melhor.
Como você se sentiria se, ao entrar no consultório de um médico, ele apenas
olhasse de relance para você, fizesse uma receita e o mandasse embora? Certa-
mente você duvidaria que aquela pessoa conhecesse sua necessidade. Talvez
você dissesse: “O médico não me perguntou o que eu sinto, não examinou meu
coração nem verificou minha pressão, nem [...]” Uma das regras fundamentais
da prática médica é: “Faça o diagnóstico antes de tratar.”
O mesmo conceito se aplica o trabalho de assistência médica, que se con-
centra no bem-estar da pessoa e na satisfação de suas necessidades integrais.
Muitas congregações acham que já sabem, ou então presumem que sabem o
que deve ser feito para servir às pessoas da comunidade. Quando dedicamos
tempo para conversar com as pessoas sobre suas necessidades e as necessida-
des da comunidade, elas percebem que nos importamos com a sua felicidade e
oferecem informações que nos mostram como servir de maneira mais satisfa-
tória. Além disso, fazemos novos amigos.
“Lembrem-se de que vocês podem derrubar a mais forte oposição, tendo
interesse pessoal nas pessoas que encontram. O Mashiach manifestou interes-
se pessoal em homens e mulheres enquanto viveu na Terra. Aonde quer que
fosse, ele era um médico-emissário (shaliach). Devemos sair para fazer o bem,
assim como ele fez. Somos instruídos a alimentar os famintos, vestir os nus e
confortar os tristes” (Beneficência Social, p. 162, contextualizado).

A maioria das pessoas não tem problema para expressar suas opiniões. Como
podemos ser ouvintes mais atentos?

ESTUDO DIÁRIO
Êkev, 2ª Alyá (Devarim [Dt] 8:11-9:3)
Tehilim [Sl] 88-89
RPSP: Ezrah [Ed] 5
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 39 a 41

74 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 23 de agosto [‫ יום שלישי‬Yom Shlish 19 Av 5776]

As necessidades mais profundas

Y eshua, sendo nosso Senhor (Adoneinu), sabia mais sobre as pessoas do que
elas sabiam sobre si mesmas. Há muitos relatos na Brit Hadashá em que
Yeshua mostrou que não apenas sabia o que as pessoas estavam pensando na-
quele momento (Marcos [Mc] 2:8), mas também conhecia sua história (Yoha-
nan [Jo]4:18; Bereshit [Gn] 18:3,13).

3. Leia o Tehilim [Sl] 139:1-13. Qual é a mensagem da Palavra de D’us nessa


passagem?

Como vimos ontem, Yeshua conhecia as necessidades das pessoas, e procu-


rava atender a essas necessidades. Na verdade, Ele conhecia até as necessida-
des mais profundas. Essa realidade é vista na história do paralítico. Embora
fosse óbvio, pela aparência, que ele precisava de cura física (Refuat haguf), ha-
via algo mais profundo (Refuat Hanefesh), e foi por isso que, mesmo antes de
lhe ordenar que tomasse seu leito e andasse, Yeshua lhe disse: “Filho, seus peca-
dos estão perdoados” (Marcos [Mc] 2:5).

4. Leia Marcos [Mc] 2:1-12. Qual era a necessidade mais profunda desse ho-
mem, além das aparências? Esse tipo de necessidade pode ser um problema
para aqueles a quem procuramos ministrar?

Yeshua sabia que a questão era mais profunda do que o aspecto físico. “Não
era, entretanto, o restabelecimento físico, que desejava tanto, mas o alívio do
fardo do pecado. Se pudesse ver Yeshua, e receber a certeza do perdão e a Sha-
lom com o Céu, estaria contente em viver ou morrer, segundo a vontade de
D’us” (O Desejado de Todas as Nações, p. 267, contextualizado).
É claro que não conseguiremos ver além das aparências, como Yeshua vê.
Mas podemos estar certos de que, independentemente de quem estejamos pro-
curando ajudar, essas pessoas estão prejudicadas pelo pecado. Isto é, sejam
quais forem as outras necessidades aparentes, precisam também de graça (Che-
sed - ‫)חסד‬, de segurança e do conhecimento de que D’us as ama, morreu por
elas e deseja somente o melhor para seus filhos.

Você almeja a certeza da libertação e o conhecimento de que D’us o ama? Como


pode ajudar outras pessoas a experimentar essa mesma certeza e esse amor?

ESTUDO DIÁRIO
Êkev, 3ª Alyá (Devarim [Dt] 9:4-9:29)
Tehilim [Sl] 90-96
RPSP: Ezrah [Ed] 6
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 42 a 44

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 75


quarta, 24 de agosto [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 20 Av 5776]

Tavita em Yafo
5. Leia Atos [At] 9:36-42. O que Tavita (Dorcas) fez em Yafo (Jope) quando des-
cobriu as necessidades dos que estavam ao seu redor? Em Atos [At] 9:41, por
que Kefa chamou “especialmente as viúvas” para vê-la ressuscitada?

T avita era uma talmidah em ação. “Em Yafo, havia uma talmidah chamada
Tevita (que significa gazela)” (Atos [At] 9:36). Será que as pessoas podem
dizer: “Há em [nome da sua cidade] verdadeiros talmidim na congregação [sua
congregação], que são notáveis pelas boas ações e Tzedaká” (Atos [At] 9:36)?
Os Tzadikim são os membros da Kehilá; “as viúvas” podem incluir tanto
membros da congregação quanto pessoas da sociedade em geral. Tavita servia
igualmente a ambos os grupos. A nossa “Yafo” deve ser tanto dentro quanto
fora da congregação. O constante cuidado dos que estão dentro da congregação
é também uma poderosa estratégia de mostrar o amor de D’us aos outros (ver
Atos [At] 2:42-47). Então as pessoas de fora dirão: “Vejam como aqueles se
amam e cuidam uns dos outros!”

6. Leia Yochanan [Jo] 13:34, 35 e Yochanan [Jo] 15:12. Qual é a mensagem es-
sencial desses três versos? Por que é tão importante que a congregação siga essa
mitzvá? Por que é tão difícil cumpri-la?

Ao fazer um planejamento para servir às pessoas de fora da congregação,


você deve considerar o estilo ou abordagem que irá usar.
Amy Sherman descreve três estilos que uma congregação pode usar para
servir à sociedade: (1) O estilo pioneiro se concentra em satisfazer as necessida-
des da sociedade que circunda a congregação. Aquela senhora que exercia um
ministério relacionado à AIDS escolheu a comunidade próxima como sua
“Yafo”. (2) O estilo jardineiro desenvolve laços de trabalho com áreas que estão
fora da vizinhança imediata de sua congregação, assim como os jardineiros
veem seus jardins como uma extensão de sua casa. Às vezes, várias congrega-
ções se associam para operar um centro de serviço comunitário fora das comu-
nidades que cercam cada uma delas. Em certa cidade, várias congregações se
uniram para abrir uma loja de produtos saudáveis, da qual surgiu uma nova
congregação. (3) O estilo líder consiste em servir a uma população alvo, em vez
de atender a uma área geográfica específica. (Ronald J. Sider et al., Churches That
Make a Difference, 2002, p. 146 contextualizado).

ESTUDO DIÁRIO
Êkev, 4ª Alyá (Devarim [Dt] 10:1-10:11)
Tehilim [Sl] 97-103
RPSP: Ezrah [Ed]7
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 45 a 48

76 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 25 de agosto [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 21 Av 5776]

A Kehilá em ação

“D edica tuas obras ao Eterno e firmes se tornarão teus pensamentos.”


(Mishlei [Pv] 16:3).
Uma vez que sua congregação tenha uma clara visão de como ministrar à
sociedade, é importante elaborar um plano segundo o qual todos os departa-
mentos possam atuar juntos para tornar essa ideia uma realidade. Ainda que
não se considere um “líder” em sua congregação, você pode dar sua contribui-
ção. Além disso, é bom que todos os membros entendam esse processo, pois ele
diz respeito a função que a congregação tem para com a sociedade ao redor dela.
Teoricamente, o plano estratégico de uma congregação deve se fundamen-
tar nas informações obtidas de pelo menos três fontes: (1) os princípios da Bí-
blia e do Espírito de Profecia (‫ –רוח הנבואה‬Ruach Hanevuach); 2) o conheci-
mento das necessidades da Sociedade; e (3) a opinião dos membros da
congregação. Algumas congregações coletaram as opiniões dos membros reali-
zando reuniões para as quais eles foram convidados a fim de compartilhar suas
ideias e sonhos a respeito do trabalho e do aperfeiçoamento de sua congrega-
ção internamente.

7. Leia Lucas [Lc] 14:25-35. O que essa passagem fala sobre a dedicação e o
planejamento necessários para cumprir a função da congregação?

Ao refletir sobre o processo exigido para satisfazer as necessidades de sua


sociedade com eficiência, talvez você pense: Isso vai requerer muita dedicação
e tempo. Preferiríamos pegar um atalho. As duas parábolas (mashalim) nos ad-
vertem contra a atitude de não dar muita importância às responsabilidades do
trabalho a que fomos chamados. Elas nos lembram que a análise e o planeja-
mento de nosso objetivo são essenciais. É uma questão de boa administração. O
sabor do sal em Lucas [Lc] 14:34 representa devoção. Sem isso nosso serviço e
nosso comprometimento são inúteis e sem sentido. Precisamos de messirat nê-
fesh (devoção fervorosa e fiel) ao Eterno, e se tivermos isso, consequentemente,
teremos um trabalho fervoroso e fiel.

De que maneira você pode trabalhar mais com sua congregação na organização
e no planejamento dos métodos para alcançar sua sociedade?

ESTUDO DIÁRIO
Êkev, 5ª Alyá (Devarim [Dt] 10:12-11:9)
Tehilim [Sl] 104-105
RPSP: Ezrah [Ed] 8
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 49 a 50

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 77


sexta, 26 de agosto [‫ יום שישי‬Yom Shishi 22 Av 5776]

Estudo adicional

L eia Devarim [Dt] 15:11; Iyov [Jó] 29:11-17; Mishlei [Pv] 14:31; 19:17; Atos
[At] 3:6; Yaakov [Tg] 1:27–2:5. Leia “Pioneirismo na Austrália”, em Benefi-
cência Social, p. 327-338. Shaul se envolvia em satisfazer as claras necessida-
des das pessoas. Vemos isso na história de Shaul na Colina de Marte, em Atenas.
Em Atos [At] 17:23, movido pela avodah zarah (idolatria) que viu na cidade, ele
se envolveu em discussões com os pensadores e outras pessoas, no mercado.
Familiarizou-se com as necessidades e os assuntos deles. Descobriu que eles
tinham na vida um vazio com a forma do D’us desconhecido, e que precisavam
conhecer o verdadeiro D’us e parar de adorar ídolos inúteis. Começou a pregar
na sinagoga, onde havia judeus e também “tementes a D’us” (Atos [At] 17:17).
Ele aproveitou a oportunidade que teve e apresentou a eles as boas novas. Shaul
foi ao encontro deles onde se encontravam, como podemos ver em seu modo de
falar com as pessoas fora da sinagoga e na rua. As multidões acreditavam em al-
gum tipo de divindade, porque haviam construído um altar “ao D’us desconhe-
cido” (Atos [At] 17:23). A partir dessa premissa, Shaul procurou conduzi-los ao
Eterno D’us que eles adoravam “sem conhecer” (Atos [At] 17:23). Ele até citou
um dos poetas deles que, casualmente, havia escrito algo verdadeiro: “Todos
nós somos na verdade seus filhos” (Atos [At] 17:28). Começando do ponto em
que as pessoas estavam, ele desejava desviá-las de seus ídolos para o D’us vivo.

Perguntas para reflexão


1. “Aquele que ensinou ao povo o meio de conseguir a Shalom e a felicidade
era tão solícito por suas necessidades temporais como pelas espirituais” (O De-
sejado de Todas as Nações, p. 365 contextualizado). Por qual razão devemos
atender às necessidades dos outros?
2. Ao ajudar as pessoas, qual deve ser o nosso objetivo principal?
3. Você considera as interrupções incômodas ou oportunidades para servir às
pessoas? De que forma Gálatas [Gl] 2:20 nos ajuda nesse assunto?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

ESTUDO DIÁRIO
Êkev, 6ª Alyá (Devarim [Dt] 11:10-11:21)
Tehilim [Sl] 106-107
RPSP: Ezrah [Ed] 9
Leitura Anual: Yirmeyahu [Jr] 51 e 52

78 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 27 de agosto [‫ שבת‬Shabat 23 Av 5776]

ESTUDO DIÁRIO
Êkev, 7ª Alyá (Devarim [Dt] 11:22-11:25)
Tehilim [Sl] 108-112
RPSP: Ezrah [Ed]10
Leitura Anual: Eikhah [Lm]

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 79


Lição 10 28 de agosto a 3 de setembro [24 a 30 Av]

Yeshua conquistava a confiança das pessoas

VERSO PARA MEMORIZAR: “Contudo, as notícias a respeito de Yeshua se


espalharam ainda mais rápido; por isso, grandes multidões se reuniam para
ouvi-lo e serem curadas de suas doenças” (Lucas [Lc] 5:15).

LEITURAS DA SEMANA: Bereshit [Gn] 15:6; Bamidbar [Nm] 14:11; 1 Co-


ríntios [1Co] 3:1-9; Daniel [Dn] 6:1-3; Nechemyah [Ne] 2:1-9; Devarim [Dt]
4:1-9; Atos [At] 2:42-47

H á vários anos uma congregação de certa localidade vinha oferecendo desje-


jum cinco dias por semana numa escola pública de Ensino Fundamental.
Embora o país fosse muito secularizado, havia acabado de aprovar uma lei que
previa dinheiro suficiente para que cada escola fundamental tivesse um cape-
lão religioso, e a escola e a comunidade desejavam que aquela congregação o
providenciasse (mesmo sendo raro pedir isso a apenas uma congregação). O
papel do capelão religioso é ajudar a cuidar das necessidades físicas, emocio-
nais e espirituais dos alunos, e até da comunidade escolar mais ampla. As opor-
tunidades são incríveis.
“Aprecio o relacionamento singular e especial que temos com sua congre-
gação”, disse o diretor da escola ao líder da congregação que visitou a institui-
ção, “e desejaria que as outras congregações se envolvessem tanto quanto vo-
cês.” Quando aquele líder estava saindo do prédio, a representante da
comunidade que trabalhava na escola agradeceu a ele pelo que a congregação
estava fazendo e perguntou se podia ir ao templo num Shabat.
Nesta semana examinaremos como conquistar a confiança das pessoas a
quem almejamos servir e apresentar o Mashiach.

PARASHÁ DA SEMANA
Parashá 47 ‫ ראה‬REE [Vejam]: Devarim [Dt] 11.26 - 16.17
Haftará: Yeshayahu [Is] 54.11 - 55.5
Brit Hadashá: 1 Coríntios 5:9-13; 1 Yochanan [1 João] 4:1-6
Tehilim: [Sl] 97
Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista
Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos líderes Joseph du Mesnil d’Engente da comunidade ju-
daico-adventista de Paris, França

80 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 28 de agosto [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 24 Av 5776]

Conquistando a confiança

D epois de desejar o bem das pessoas, manifestar compaixão por elas e minis-
trar-lhes às necessidades, Yeshua “conquistava a sua confiança”. Essa pala-
vra, em latim, é composta das palavras con, que significa “com”, e fides, que
significa “fé”. Em toda a Bíblia, várias palavras são empregadas para transmitir
o significado de “emuná - fé”. No hebraico, a principal raiz da palavra Emuná -
‫ אֱ מוּנָה‬é amn - ‫ אמנ‬da qual obtemos a palavra amén - ‫אָ מַ ן‬. A ideia básica é a de
constância, continuidade e confiabilidade. Ela dá a ideia de algo sólido, firme,
em que se pode confiar e acreditar. É muitas vezes traduzida como “crer” no
contexto de uma confiança salvadora em D’us e, numa outra forma, significa
“verdade”. No contexto do exemplo de Mashiach sobre formas de conquistar a
confiança das pessoas, a implicação é que Ele despertava o tipo de confiança
que advém da percepção do comprometimento sólido e firme que, no caso de
Yeshua, vinha através de sua atitude de se misturar com as pessoas, compade-
cer-se delas e servi-las.

1. As seguintes passagens contêm uma palavra com base na raiz amn - ‫אמנ‬:
Bereshit [Gn] 15:6; Bamidbar [Nm] 14:11; Yeshayahu [Is] 7:9 e Havakuk [Hc] 2:4.
Como a palavra é usada em cada passagem, e como transmite a ideia de con-
fiança?

No grego a raiz usada para transmitir a ideia do termo hebraico amn - ‫אמנ‬
(emuná, fé, crença, confiança) é πιστο�ς (pistis). Essa palavra implica crença,
confiança, certeza absoluta, confiabilidade e convicção. No contexto do exem-
plo do Mashiach a respeito de conquistar a confiança das pessoas, a implicação
é que ele despertava absoluta certeza, convicção, confiança e crença em respos-
ta ao seu abnegado comprometimento ao se misturar com as pessoas, compa-
decer-se delas e servi-las. É importante notar que, na Bíblia, toda vez que esse
conceito de confiança é atribuído a seres humanos – como no caso de autocon-
fiança ou confiança em alguém – ele pode ter uma conotação negativa (ver Mi-
kha [Mq] 7:5 e Tehilim [Sl] 118:9). Mas o sentido é positivo quando essa confian-
ça é atribuída ao Eterno. Cabe aqui uma palavra de cautela. Como seguidores de
Yeshua, somos chamados a viver Seu modelo de se misturar, compadecer-se
das pessoas e cuidar das necessidades delas. Contudo, quando aqueles a quem
servimos mostram confiança em nós, precisamos conduzi-los a Yeshua e mos-
trar o que o Moshia (Salvador) fez por eles.

Se alguém lhe perguntasse: “Como é a verdadeira (confiança) em D’us?”, o


que você responderia, e por quê?
ESTUDO DIÁRIO
Reê, 1ª Alyá (Devarim [Dt] 11:26-12:10)
Tehilim [Sl] 113-118
RPSP: Nechemyah [Ne] 1
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 1 a 3

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 81


segunda, 29 de agosto [‫ יום שני‬Yom Sheni 25 Av 5776]

Um equilíbrio cuidadoso

E stamos crescendo rapidamente num país africano. Qual é o segredo disso?


Os líderes da congregação disseram que há uma forte ligação entre esse
crescimento e o serviço altruísta e incondicional dos membros em favor dos
habitantes da sociedade em todo o país. A confiança geral na Kehilá chegou à
atenção do presidente da nação. Ele compareceu a um grande congresso da en-
tidade Serviços Comunitários e agradeceu pessoalmente aos membros pelos
serviços que prestam.
Ao mesmo tempo, como representantes do Mashiach, precisamos distin-
guir uma diferença muito tênue. Como Yeshua fez, precisamos conquistar a
confiança das pessoas. Mas a confiança que elas depositarem em nós deve ser
dirigida para Ele. Somos meros canais. As pessoas veem algo do Mashiach em
nós – altruísmo, amor, solicitude ou abnegação para o bem dos outros – e são
atraídas para nós. Como sempre, porém, se olharem muito para nós talvez não
gostem de tudo que verão, porque todos somos pecadores. Portanto, precisa-
mos sempre dirigi-las ao Mashiach, o único em quem elas podem depositar ple-
na confiança. O restante de nós, mais cedo ou mais tarde, poderá desapontá-las.

2. Leia 1 Coríntios [1Co] 3:1-9; 5:1. Quais problemas Rabbi Sha’ul enfrentou na
congregação de Corinto? Se as pessoas da sociedade fossem convidadas para
visitar essa congregação e vissem essas coisas, o que elas pensariam?

Naturalmente, não temos que ser perfeitos ou ter uma congregação perfei-
ta antes de atender às necessidades dos outros. Ao mesmo tempo, precisamos
buscar ser o tipo de pessoas com quem, até certo ponto, os outros possam
aprender a contar, e em quem possam confiar. E só podemos fazer isso na me-
dida em que, fiel e diligentemente, nos importarmos com as pessoas como
Yeshua Se importava. Na verdade, não há dúvida de que muitas desavenças e
conflitos dentro de uma congregação desapareceriam rapidamente se os mem-
bros se concentrassem apenas em ministrar às necessidades das pessoas da co-
munidade e em revelar a elas o amor do Mashiach.

Se alguns visitantes começassem a frequentar sua congregação regularmente,


o que veriam, e que tipo de testemunho isso apresentaria para eles?

ESTUDO DIÁRIO
Reê, 2ª Alyá (Devarim [Dt] 12:11-12:28)
Tehilim [Sl] 119:1-96
RPSP: Nechemyah [Ne] 2
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 4 a 7

82 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 30 de agosto [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 26 Av 5776]

Capital social
3. “Um bom nome é preferível a grandes riquezas, e boa vontade à prata e ao
ouro.” (Mishlei [Pv] 22:1). Como o conceito expresso nesse verso se relaciona
com nosso testemunho e esforços de emissários na comunidade?

O que é “capital social”? Quando você faz investimentos numa conta bancá-
ria, o valor dela cresce. O capital social consiste em relacionamentos po-
sitivos e produtivos que são tão valiosos quanto dinheiro no banco. Quando
você cultiva afinidade com os líderes comunitários, perguntando a eles quais
são as necessidades da sociedade, buscando o conselho deles quanto à maneira
de satisfazer essas necessidades, e partindo para a ação, você está construindo
relacionamentos com eles. Isso é capital social. Cada experiência positiva com
eles é como um investimento no relacionamento de vocês. Seu capital social
continua a crescer e seu valor aos olhos deles aumenta. Nós “devemos ser reco-
nhecidos como cidadãos notáveis [...] em nossa obra pelo bem comum. [...] De-
vemos, até onde seja possível e até onde seja coerente com nossas crenças, por
meio de nosso serviço e nossos recursos, apoiar os esforços pela ordem e me-
lhoramento sociais. [...] Devemos sempre, tranquila e firmemente, manter uma
posição inflexível ao lado da justiça e do direito nas questões cívicas” (“NVC”, p.
149, 150, edição de 2010).

4. Além do ministério terrestre de Yeshua, a Bíblia nos dá outros exemplos do


que pode acontecer quando o povo de D’us adquire “capital social”. Leia as se-
guintes passagens e descreva os relacionamentos positivos que esses persona-
gens bíblicos experimentaram com “os de fora” e o que aconteceu como resul-
tado:
Atos [At] 7:9, 10; ______________________________________________________
Bereshit [Gn] 41:38-45:_________________________________________________
Daniel [Dn] 2:46-49; 6:1-3: _____________________________________________

Talvez não tenhamos sido resgatados de modo tão dramático nem vivamos
uma história tão extraordinária como nesses casos. Mas esse não é o ponto mais
importante. Esses homens mostraram força de caráter que impressionou os
que os cercavam. Ellen G. White declara em Patriarcas e Profetas (p. 217, 218,
221) e em Profetas e Reis (p. 628, 546) que as seguintes qualidades, presentes
nesses homens piedosos, ganharam a confiança e o favor dos “pagãos” ao seu
redor: gentileza, fidelidade, sabedoria, bom senso, habilidades, nobre dignida-
de e inabalável integridade.

ESTUDO DIÁRIO
Reê, 3ª Alyá (Devarim [Dt] 12:29-13:19)
Tehilim [Sl] 119:97-176
RPSP: Nechemyah [Ne] 3
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 8 a 10

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 83


quarta, 31 de agosto [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 27 Av 5776]

O valor do capital social

E m grande parte, as congregações são grupos voluntários, que operam com


orçamento limitado. O capital social é o grande trunfo que aumenta a chan-
ce de sua congregação alcançar alvos significativos que ela não poderia con-
seguir sozinha. A antiga tradição, em alguns países, de fazendeiros ajudarem
outros fazendeiros a fazer a colheita é um exemplo de capital social. Isto é, em-
bora precisemos considerar cada situação individualmente, quando for prático
e viável podemos trabalhar em cooperação com outros a fim de alcançar nossos
alvos.

5. Leia Nechemyah (Ne) 2:1-9. O rei Artach’shashta confiou em Nechemyah.


Qual foi o resultado dessa confiança providencial?

“Os meios que [...] faltavam a Nechemyah, ele os solicitou dos que lhe po-
diam for-necer. E o Eterno está ainda desejando mover o coração dos que têm a
posse dos Seus bens, em favor da causa da verdade. Os que trabalham para Ele
devem servir-se do auxílio que Ele move os homens a dar. [...] Os doadores po-
dem não ter confiança no Mashiach, nem familiaridade com sua Palavra; mas
suas doações não devem ser recusadas por causa disso” (Profetas e Reis, p. 634,
contextualizado).
É interessante que, nesse caso, D’us tenha movido o coração de pagãos para
que ajudassem no avanço de seu trabalho. Isso deve nos ensinar uma impor-
tante lição. Até onde pudermos, devemos estar dispostos a trabalhar com ou-
tros, mesmo aqueles que não pertencem à nossa fé, se isso vai promover a cau-
sa do Eterno e mostrar o Mashiach. Embora sempre devamos ser cuidadosos
com qualquer tipo de aliança que façamos, podemos, com cautela e oração, tra-
balhar com outras pessoas cuja contribuição possa ajudar grandemente naqui-
lo que desejamos fazer pelo bem da comunidade como um todo. Muitas vezes o
governo, empresas particulares ou indivíduos, impressionados pelo nosso tra-
balho humanitário, oferecerão apoio. Esse apoio não deve ser automaticamen-
te aceito nem rejeitado, mas examinado, em cada caso, com oração e com con-
sulta à opinião de outros membros da congregação, antes que seja tomada uma
decisão.

De que forma você pode construir um “capital social” em sua sociedade? Isso
poderia resultar em benefícios para o trabalho da Kehilá no futuro?

ESTUDO DIÁRIO
Reê, 4ª Alyá (Devarim [Dt] 14:1-14:21)
Tehilim [Sl] 120-134
RPSP: Nechemyah [Ne] 4
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 11 a 13

84 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 1 de setembro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 28 Av 5776]

A simpatia de todo o povo

N ão há dúvida de que nós, como povo, temos sido agraciados pelo Eterno
com muita luz. Essa luz não é apenas na área da teologia, em temas como
a compreensão sobre o Mashiach, o santuário (Mishkan), o estado dos mortos, o
Shabat e o grande conflito, que já são grandes bênçãos. Quando pensamos sobre
a luz que nos foi dada também a respeito da saúde e cura (Refuá), vemos que
certamente temos muita coisa a oferecer aos que nos cercam.
Na verdade, a mensagem de saúde pode ser um poderoso ponto de contato
que nos ajuda a alcançar nossa sociedade. Afinal de contas, até aqueles que tal-
vez não tenham qualquer interesse em nossas crenças se preocupam em ter
boa saúde. Que oportunidade de compartilharmos o que recebemos! Como já
vimos, Yeshua disse: “Daquele a quem muito foi dado, muito será exigido; e a
quem muito foi confiado, muito mais será pedido.” (Lucas [Lc] 12:48). E não há
dúvida: para nós muito foi dado.

6. Leia Devarim [Dt] 4:1-9. O que precisamos fazer para que o mundo veja que
temos sabedoria e que D’us está conosco? O que devemos obedecer para alcan-
çar sucesso no cumprimento do nosso papel?

Alguns anos atrás uma congregação estava pensando sobre esta pergunta:
Será que nossa sociedade sentiria falta de nós se, de alguma forma, a congrega-
ção desaparecesse do dia para a noite? A resposta era simples: Não, ninguém
sentiria falta deles. A sociedade não tinha confiança neles.
Por não gostarem da resposta, decidiram passar a construir pontes em vez
de muros. Tomando cuidado para não comprometer a verdade que conheciam,
trabalharam em parceria com organizações que já estavam fazendo a obra de
D’us. Eles se empenharam junto com essas organizações de maneira perma-
nente, não só em projetos isolados, mas mantendo um programa contínuo que
beneficiou grandemente a sociedade. Sem dúvida, a atitude para com a congre-
gação logo mudou.

Leia Atos [At] 2:42-47. Que ligação havia entre “a simpatia de todo o povo”
para com os seguidores do Mashiach [Atos 2:47] e o crescimento da Kehilá? Compa-
re os valores mencionados nessa passagem com os valores de sua congregação.

ESTUDO DIÁRIO
Reê, 5ª Alyá (Devarim [Dt] 14:22-14:29)
Tehilim [Sl] 135-139
RPSP: Nechemyah [Ne] 5
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 14 a 17
Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 85
sexta, 2 de setembro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 29 Av 5776]

Estudo adicional

L eia Marcos [Mc] 5:18-20; Lucas [Lc] 8:38, 39; Atos [At] 5:12-16. Leia “Nosso
Exemplo”, em A Ciência do Bom Viver, p. 17-28; “A Virtude da Cortesia”, em
Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 237-240 (especialmente a p. 238, 239); “Deixai
Vir a Mim os Meninos”, em O Desejado de Todas as Nações, p. 511-517; Minha
Consagração Hoje [MM 1989], p. 242.
Há muitas maneiras de cooperar com outras congregações e organizações
para o bem da sociedade. É importante que sua Kehilá saiba do que a sociedade
precisa e trabalhe em harmonia com outros para atender a essas necessidades.
Existe melhor maneira de desenvolver confiança em meio à sociedade e mesmo
junto a outras congregações? Assim, lançamos a base para que as pessoas co-
nheçam a Yeshua, pois “esta obra jamais ficará sem frutos” (A Ciência do Bom
Viver, p. 144, contextualizado). Só D’us sabe quantas pessoas foram ou serão
ganhas através do simples ato de entrar em contato com aqueles que têm algu-
ma necessidade e procurar fazer o bem a eles.

Perguntas para reflexão


1. Como conciliar essa ideia de construir bons laços e conseguir um bom con-
ceito na sociedade com a advertência de Yeshua em Mattityahu [Mt] 10:22?
Como resolver essa aparente contradição?
2. Se tivermos verdadeiramente uma confiança libertadora em Yeshua Ha-
Mashiach, o que será diferente em nós, em comparação com aqueles que não
possuem essa confiança?
3. Como vimos no estudo de quarta-feira falou favoravelmente sobre o recebi-
mento de doações dos que não têm confiança no Mashiach. No livro A Ciência
do Bom Viver (p. 340), contudo, ela falou de maneira severa sobre congrega-
ções que recebiam dinheiro dos que estavam empenhados no negócios que
contrariam com nossa crença. O dinheiro dessas pessoas “é manchado de san-
gue. Está sobre ele uma maldição.” Como saber o que é certo e o que é errado a
respeito das pessoas de quem recebemos contribuições ou com quem coopera-
mos, mesmo que seja para uma boa causa?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

ESTUDO DIÁRIO
Reê, 6ª Alyá (Devarim [Dt] 15:1-15:18)
Tehilim [Sl] 140-144
RPSP: Nechemyah [Ne] 6
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 18 a 20

86 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 3 de setembro [‫ שבת‬Shabat 30 Av 5776]

1º ROSH CHÔDESH ELUL

ESTUDO DIÁRIO
Reê, 7ª Alyá (Devarim [Dt] 15:19-16:17)
Tehilim [Sl] 145-150
RPSP: Nechemyah [Ne]7
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 21 a 23

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 87


Lição 11 4 a 10 de setembro [1 a 7 Elul

Yeshua disse: “Segue-Me”


VERSO PARA MEMORIZAR: As ovelhas “nunca seguirão um estranho; na
verdade, fugirão dele, porque não reconhecem a voz de estranhos” (Yochanan
[Jo] 10:5).

LEITURAS DA SEMANA: Yochanan [Jo] 10:1-5, 16; Lucas [Lc] 9:2; Ap


14:6, 7; Lucas [Lc] 19:1-10; Atos [At] 26:11-27; Revelação [Ap] 3:20

E m 362 da era comum (e.c.) o imperador romano Juliano lançou uma campa-
nha para reavivar a avodah zará, o paganismo. Visto que os adoradores do
D’us único e verdadeiro estavam invadindo o Império Romano, ele e os líderes
pagãos estavam preocupados. O conselho de Juliano a um destacado sacerdote
pagão expressa sua preocupação e dá uma pista quanto ao motivo pelo qual
os seguidores do Eterno D’us estavam crescendo: “Quando os pobres estavam
sendo negligenciados e passados por alto pelos sacerdotes [pagãos], os “ímpios”
galileus [maaminim - adoradores do único D’us verdadeiro] notaram isso e se
devotaram à benevolência. [...] Sustentam não só os pobres entre eles, mas os
nossos também, e todo mundo vê que nosso povo não recebe ajuda de nossa
parte” (Citado em Rodney Stark, Cities of God. São Francisco, HarperCollins Pu-
blishers, 2006, p. 31 contextualizado).
Os romanos contavam com o desaparecimento dos “‘ímpios’ galileus (maa-
minim)” depois que seu líder, Yeshua HaMashiach, morreu. Porém, um número
sem precedentes de cidadãos romanos estava seguindo Yeshua. Como eles ex-
plicaram esse “problema”? Disseram que os seguidores de Yeshua estavam de-
monstrando o amor dele ao cuidar das necessidades dos que os cercavam. Foi
isso que Yeshua fez, e é isso que seus seguidores também devem fazer. Por isso,
não é de admirar que muitas pessoas aceitassem o convite para seguir Yeshua
como Mashiach!

PARASHÁ DA SEMANA
Parashá 48 ‫ שפטים‬Shoftim [Juízes] Devarim [Dt] 16.18 - 21.9
Haftará: Yeshayahu [Is] 51.12 - 52.12
Brit Hadashá: Mattityahu [Mt] 5:38-42; 18:15-20; Atos [At] 3:13-26; 7:35-53; 1
Coríntios 5:9-13; 1 Timóteo [1Tm] 5:17-22; Hebreus 10:28-31
Tehilim: [Sl] 17

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos líderes Wilian Cardoso & José Reginaldo comunidade ju-
daico-adventista de Manaus, AM, Brasil.

88 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 4 de setembro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 1 Elul 5776]

Elas conhecem a Sua voz


1. Leia Yochanan [Jo] 10:1-5, 16. Por que os representantes do Mashiach preci-
sam criar um relacionamento positivo e amável com as pessoas de sua socieda-
de, caso desejem levá-las Teshuvá e ao Mashiach? Como podem ajudá-las a co-
nhecer sua voz?

O sussurro de um amigo é mais poderoso para atrair pessoas para o Mashia-


ch do que o grito de um estranho. Quando fazemos amigos e eles passam
a confiar em nós, o bom pastor (Yochanan [Jo] 10:11, 14) pode atuar por nosso
intermédio para ajudar essas pessoas a ouvir, conhecer e seguir Sua voz.
É importante, naturalmente, que nós mesmos conheçamos a voz de Yeshua
antes de poder ajudar outros a conhecê-la também. Precisamos ter o discerni-
mento dado por D’us para distinguir entre a voz enganadora de hasatan e a voz
do Mashiach. Na verdade, nunca devemos nos esquecer da realidade do grande
conflito e de que temos um adversário que trabalha de maneira furtiva para
impedir que as pessoas entrem num relacionamento de libertação com Yeshua.
Contudo, podemos ser poderosos canais para ajudar as pessoas a conhecer
a voz de Yeshua. Ele fala por meio da natureza (apesar das devastações causadas
pela queda), por atuações providenciais, pela influência do Ruach Hakodesh,
por meio de pessoas piedosas e por Sua Palavra. (Ver Ellen G. White, CC, p. 85-
91.) Quando conhecemos essa voz, podemos ser guias para os outros. Refletin-
do sobre uma advertência de Yeshua, a última coisa que desejamos ser é um
cego guiando outro cego (ver Mattityahu [Mt] 15:14).
Por que Yeshua tinha um poder tão irresistível de atrair pessoas? Porque é
difícil resistir ao Seu exemplo de abnegada entrega de si mesmo. Quando nós,
que fazemos parte de seu corpo, colocarmos de lado o egoísmo e assumirmos a
natureza de servos, permitindo que ele viva em nós, os outros serão atraídos
pelo chamado desse Messias em nós.
Como representantes do bom pastor, precisamos refletir as características
de seu trabalho quando ordenamos às pessoas que o sigam. A autenticidade
nas palavras e serviço genuíno que reflete o amor sem limite de Yeshua abrem
os ouvidos daqueles que servimos e derruba barreiras entre a sociedade e a Ke-
hilá.

De que maneira concreta você pode ajudar outros a ouvir a voz do pastor (Ye-
chezkel [Ez] 34)?

2º ROSH CHÔDESH ELUL


ESTUDO DIÁRIO
Shoftim, 1ª Alyá (Devarim [Dt] 16:18-17:13)
Tehilim [Sl] 1-9
RPSP: Nechemyah [Ne] 8
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 24 a 26

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 89


segunda, 5 de setembro [‫ יום שני‬Yom Sheni 2 Elul 5776]

Devemos buscar
2. Leia Lucas [Lc] 19:10, Marcos [Mc] 1:17, Lucas [Lc] 9:2 e Revelação [Ap] 14:6,
7. Qual é o ponto-chave de todas essas passagens? O que D’us nos pede que fa-
çamos?

D urante anos, uma congregação orou: “Por favor, atraia as pessoas de nossa
comunidade para a nossa congregação e para Ti”, como se a congregação
fosse um ímã gigantesco que atraísse magicamente as pessoas. Sim, às vezes as
pessoas entram em nossa Kehilá em busca de D’us, sem que haja esforço apa-
rente de nossa parte.
Mas o que sua kehilá deve fazer quando os anos vão passando e ninguém
entra pelas portas da congregação? Se vocês se concentrarem meramente em
orar para que as pessoas venham, não estarão seguindo o método de alcançar
as pessoas usado por Yeshua. Ele se misturava, se socializava e saía procurando
pessoas para salvar. “Não devemos esperar que as pessoas venham a nós; preci-
samos procurá-las onde elas estão. [...] Há multidões que nunca serão alcança-
das pelas boas novas (Bessorá) se ela não for levado a elas” (Parábolas de Jesus,
p. 229). Várias metáforas ilustram essa ideia de busca:
A. O pastor deixou as 99 ovelhas que estavam no aprisco para procurar a
única que se havia extraviado (ver Mattityahu [Mt] 18:10-14). Yeshua contou
essa história no contexto de sua admoestação de que devemos nutrir os “pe-
queninos” e preservá-los do pecado. Os “pequeninos” poderiam ser crianças li-
terais ou crentes imaturos. Se eles se desviarem de volta para o mundo, deve-
mos seguir o exemplo de Yeshua, buscando as ovelhas extraviadas e trazendo-as
de volta a ele de maneira amorosa.
Nessa passagem e na seguinte, a ideia é semelhante: devemos ser proativos
em buscar os perdidos. Devemos fazer um esforço para alcançá-los. Embora al-
gumas vezes alguém possa vir da rua, entrar na Beit Knesset (Templo) e dizer:
“Ensinem-me sobre D’us, sobre a salvação, sobre a verdade”, geralmente não é
essa a regra, não é mesmo?
B. Os “métodos do Mashiach” para alcançar os perdidos “jamais [...] [ficarão]
sem frutos” (A Ciência do Bom Viver, p. 144 contextualizado). Será, porém, que
estamos nos concentrando apenas nos “frutos que estão mais embaixo” – as
pessoas que já compartilham de nossa visão do mundo, como é o caso de algu-
mas pessoas de outras denominações? O que estamos fazendo para alcançar os
frutos que estão numa posição mais difícil, isto é, as pessoas secularizadas,
ateus, humanistas, panteístas, etc.? Historicamente, aqueles que já têm uma
perspectiva religiosa similar consideram a crença no breve retorno do Mashia-
ch e a guarda das mitzvot relevante, mas precisamos fazer um trabalho melhor
ao compartilhar Yeshua com pessoas que têm outras perspectivas religiosas.
ESTUDO DIÁRIO
Shoftim, 2ª Alyá (Devarim [Dt] 17:14-17:20)
Tehilim [Sl] 10-17
RPSP: Nechemyah [Ne] 9
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 27 a 29

90 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 6 de setembro [‫ יום שלישי‬Yom Shlish 3 Elul 5776]

A ponte

À s vezes, uma kehilá tem programas de serviço à comunidade nas áreas de


saúde, família, finanças pessoais, resolução de conflitos, etc., e talvez per-
gunte: Qual é a ponte para trazer as pessoas ao estágio do “Segue-Me”? Em vez
disso, deveríamos perguntar: Quem é a ponte?
Resposta: Você! “O mais forte argumento em favor da Bessorá é a vida da-
quele que sabe amar e é amável” (A Ciência do Bom Viver, p. 470 contextualiza-
do). As congregações que têm a felicidade de possuir membros que amam ge-
nuinamente a D’us e estão ansiosos para cultivar amizades duradouras acabam
tendo sucesso em levar os visitantes (especialmente os que têm interesse em
aprender), a participar de cada festividade e de cada serviço e programa ofere-
cido.
Por outro lado, os membros que não têm interesse em se aproximar dos vi-
sitantes, ou são até mesmo apáticos em relação a eles, podem ter um impacto
muito negativo nos esforços da kehilá. “O Eterno não atua agora para trazer
muitas pessoas para a verdade, por causa dos membros que nunca buscaram a
verdadeira Teshuvá e dos que, uma vez convertidos, voltaram atrás. Que influ-
ência teriam esses membros não consagrados sobre os novos conversos? Não
tornariam sem efeito a mensagem dada por D’us, a qual Seu povo deve apresen-
tar?” (TI, v. 6, p. 371).

3. Leia Lucas [Lc] 19:1-10. Por que Zakkai achou necessário subir numa árvore
para ver Yeshua? Que lições espirituais podemos tirar dessa história?

Imagine o que poderia ter acontecido se aqueles que estavam bloqueando o


acesso a Yeshua em Yericho tivessem prestado atenção no grande interesse de
Zakkai em chegar perto dele, e convidassem amavelmente aquele “pecador”
para se aproximar do Mashiach.
Aqueles dentre nós que fazem parte da “multidão” ao redor de Yeshua de-
viam estar tão “influenciados” por seu amor pelos seres humanos aflitos e pe-
cadores a ponto de se tornarem pessoas “contagiantes”. Se formos profunda-
mente conscientes do amor e da graça de D’us por pecadores como nós,
procuraremos apaixonadamente os que estão fora da multidão e têm baixa es-
tatura espiritual, e os conduziremos cuidadosamente ao Mashiach.
Como você reage a novos rostos que aparecem na Beit Knesset (Templo)? Faz
um esforço intencional de falar com eles? Ou ignora essas pessoas, achando que
outro membro possa conversar com elas? O que sua resposta diz sobre você e sobre o
que precisa ser mudado? Qual a importância do Kidush na Kehilá após os serviços
de Shabat?
ROSH CHÔDESH AV
ESTUDO DIÁRIO
Shoftim, 3ª Alyá (Devarim [Dt] 18:1-18:5)
Tehilim [Sl] 18-22
RPSP: Nechemyah [Ne]10
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 30 a 32

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 91


quarta, 7 de setembro [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 4 Elul 5776]

A ordem para seguir Yeshua

Y eshua e seus talmidim curavam pessoas e depois as direcionavam para as-


suntos de interesse Eterno. (Ver A Ciência do Bom Viver, p. 20.) Mark Finley
nos lembra que não apresentar o amor de D’us às pessoas é uma negligência
espiritual. O método de Yeshua consistia em tocar as pessoas em seus pontos de
maior necessidade. Esse é o objetivo do nosso trabalho de assistência médica.
O Mashiach não Se contentava apenas levar Refuá (cura) às pessoas fisicamente
e não fazer mais nada. O objetivo é a vida eterna no Mashiach. Nosso trabalho
de assistência médica pode não começar com nossas palavras às pessoas que
conhecemos para que sigam ao Mashiach, mas em algum momento ela deve-
ria chegar nesse ponto. Pelo fato de amarmos as pessoas, desejaremos intensa-
mente compartilhar com elas tudo que Yeshua oferece.
Mas talvez você diga: “Vou cuidar da primeira parte do método de Yeshua,
mas não da parte relacionada ao ‘Segue-Me’. Esse não é meu dom.” Se você fizer
a primeira parte, pode ter a grata surpresa de se ver automaticamente compar-
tilhando Yeshua - e será algo muito natural, muito mais fácil, porque você já
estabeleceu o alicerce no solo do coração das pessoas.
À medida que se torna mais familiarizado com as pessoas a quem serve, fi-
que atento às oportunidades de falar sobre sua confiança e sobre o que o Eterno
significa para você. Busque oportunidades de introduzir na conversa assuntos
espirituais. Pergunte aos novos amigos sobre sua família, sua ocupação e sua
religião, pois isso abre o caminho para que você conte sobre sua vida pessoal.
Na verdade, confraternização pessoal pode ser a maneira mais poderosa de
falar sobre a confiança no Mashiach, porque podem também ser a maneira me-
nos ameaçadora de fazer isso. Você não está fazendo uma palestra; está sim-
plesmente contando uma história, e todos nós devemos ter nossa história pes-
soal sobre o que o Mashiach fez em nossa vida.

4. Em Atos [At] 26:11-27, Rabbi Shaul contou sua história ao rei Agripa. O que
podemos aprender com esse relato ao buscarmos falar aos outros sobre o
Mashiach?

Note os vários estágios: Rabbi Shaul falou a respeito de como ele era antes
de reconhecer Yeshua como Mashiach; depois, contou sua experiência real de
Teshuvá; a seguir, falou sobre o que D’us havia feito em sua vida desde então.
Por fim, depois de questionado pelo rei, fez um apelo.
Mesmo que você não tenha uma história tão dramática quanto a do Rabbi
Shaul, qual é a sua história com Yeshua? Como pode compartilhá-la com outras
pessoas, nos momentos oportunos?

ESTUDO DIÁRIO
Shoftim, 4ª Alyá (Devarim [Dt] 18:6-18:13)
Tehilim [Sl] 23-28
RPSP: Nechemyah [Ne]11
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 33 a 35

92 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 8 de setembro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 5 Elul 5776]

Buscai e achareis
5. Leia Revelação [Ap] 3:20, Mattityahu [Mt] 7:7, 8 e Yocahanan [Jo] 1:12. Qual
é a relação entre essas três passagens? O que significa buscar e achar o Mashia-
ch?

Essas passagens mostram que as pessoas precisam pedir, buscar o Mashia-


ch e estar abertas para recebê-lo. Ao mesmo tempo, Revelação [Ap] 3:20 retrata
Yeshua junto à porta, batendo para que a pessoa abra e o deixe entrar.
Essas ideias não são contraditórias. Pelo poder do Espírito de D’us, o Mashia-
ch está trabalhando no coração das pessoas, atraindo-as a Ele, mesmo que elas
não estejam, necessariamente, cientes de que é isso que está acontecendo. Mui-
tas vezes, elas estão buscando algo que a vida não lhes oferece. Que privilégio é
estarmos ali para lhes indicar a direção certa e ajudá-las a compreender melhor
o que, exatamente, elas estão procurando!
O fato é que, por seu intermédio, Yeshua pode bater à “porta” da vida das
pessoas de sua sociedade, e todo aquele que, de boa vontade, “abrir a porta” do
coração, receberá as bênçãos que vêm junto com ele (Revelação [Ap] 3:20; Yo-
chanan [Jo] 1:12). Além disso, ele convida seus seguidores a pedir, a buscar e a
bater em Sua porta, para que recebam as “boas dádivas” do reino de D’us. (Mat-
tityahu [Mt] 7:7, 8, 11).
“O TEMPO CERTO PARA AGIR E TOMAR DECISÕES: Você não deve lidar
com o seu amigo de uma forma mecânica, programada, com objetivos prefi-
xados a serem atingidos dentro de um espaço preestabelecido de tempo, e
desistir do seu relacionamento mútuo caso os seus objetivos não sejam al-
cançados. Enquanto ele estiver aberto e desejoso de manter o relacionamen-
to, não deixe a chama da amizade se apagar; grandes e surpreendentes deci-
sões poderão ocorrer no tempo certo dele e de D’us, tempo, no entanto,
imprevisível e inimaginável para nós – “Semeia pela manhã a tua semente, e
à tarde não repouses a tua mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se
aquela, ou se ambas igualmente serão boas” (Kohelet [Ec] 11:6). (Reinaldo
Siqueira, Shalom Israel, 1999, pág 38)
Precisamos de discernimento espiritual para saber o momento certo de fa-
lar.
Portanto, certamente temos uma sagrada responsabilidade!

* Referência em negrito acrescentada visando melhor contextualização

ESTUDO DIÁRIO
Shoftim, 5ª Alyá (Devarim [Dt] 18:14-19:13)
Tehilim [Sl] 29-34
RPSP: Nechemyah [Ne]12
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 36 a 38
Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 93
sexta, 9 de setembro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 6 Elul 5776]

Estudo adicional

L eia Tehilim [Sl] 77:20; Os 11:4; 2Coríntios [2Co] 5:11-21. Leia “Ensinando
e Curando” e “Auxílio na Vida Diária”, em A Ciência do Bom Viver, p. 139-
146, 469-470; “A Esperança da Vida” e “Um Convite Generoso”, em Parábolas
de Yeshua, p. 185-197, 228-237. Havia um jovem que amava o Eterno D’us e de-
sejava falar aos outros sobre Yeshua HaMashiach. Articulado, carismático, ele
era uma poderosa testemunha. Contudo, havia um problema: ele tinha medo
de perguntar as pessoas se elas aceitavam a mensagem dele. Isso surpreendia
outros membros da kehilá que ele frequentava porque, em todos os outros as-
pectos, ele parecia muito ousado em favor do Eterno. Quando lhe perguntaram
sobre esse assunto, ele disse que aquele não era o seu dom. Ele gostava de se-
mear, mas deixava para outros a tarefa de colher. Porém, após algum tempo
ele confessou que seu maior medo era o de ser rejeitado. Ele se sentia um pou-
co inadequado como testemunha (o que, em alguns casos, pode ser uma coisa
boa) e, por isso, tinha medo de que as pessoas aceitassem Yeshua como Messias
de Israel quando ele perguntasse. Outras pessoas lhe explicaram que a tarefa
de testemunhar não diz respeito a nós, mas ao Mashiach. Somos imperfeitos.
Embora possamos usar nossa vida para apresentar a Yeshua como Messias de
Israel, não podemos desempenhar o papel do Espírito de D’us, que é o único que
pode levar as pessoas a desejarem fazer Teshuvá. Porém, devemos ser os canais
para que o amor do Mashiach chegue aos outros.

Perguntas para reflexão


1. Yochanan [Jo] 1:9 fala sobre “a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumi-
na todo homem”. Será que o Eterno está procurando alcançar todas as pessoas
com a libertação?
2. Sua Kehilá é amigável para com os visitantes? O que vocês poderiam melho-
rar quanto à maneira de lidar com os novos amigos que entram na Beit Knesset
(Templo)?
3. Sua Kehilá recebeu uma visita de alguém que simplesmente passava na rua
no momento do serviço? Como reagiram? Como o visitante foi recebido?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112


ESTUDO DIÁRIO
Shoftim, 6ª Alyá (Devarim [Dt] 19:14-20:9)
Tehilim [Sl] 35-38
RPSP: Nechemyah [Ne]13
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 39 a 41

94 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 10 de setembro [‫ שבת‬Shabat 7 Elul 5776]

ESTUDO DIÁRIO
Shoftim, 7ª Alyá (Devarim [Dt] 20:10-21:9)
Tehilim [Sl] 39-43
RPSP: Ester [Es] 1
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 42 a 44

COSTUMES DESTA SEMANA


ROSH CHODESH ELUL
Dois Rosh Chodesh (Cabeça do Mês) para Elul (quando um mês tem 30 dias, o
último dia do mês e o primeiro do mês seguinte servem como Rosh Chodesh do
mês vindouro).

Porções especiais são acrescentadas às preces diárias. Muitos têm o costume de


marcar Rosh Chodesh com uma refeição festiva e redução na atividade de traba-
lho.

Elul é tradicionalmente uma época de introspecção e inventário – um tempo


para rever as próprias ações e o progresso espiritual no ano que passou, e de
preparar-se para os “Dias de Reverência” de Rosh Hashaná e Yom Kipur.

Sendo o mês do Perdão e da Misericórdia Divina, este é um tempo oportuno


para Teshuvá (retornar a D’us), prece e caridade na busca pelo auto-refinamen-
to e para se aproximar mais de D’us.

Os costumes específicos de Elul incluem o toque diário do shofar (chifre de car-


neiro) como um chamado ao arrependimento.

SAUDAÇÕES DE ANO NOVO


A partir do início de Elul e durante a época das Grandes Festas, incluímos a bên-
ção “Que você seja inscrito e selado para um ano bom e doce” (Leshanah tovah
tikateiv veteichateim) em cartas e cumprimentos uns aos outros.

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

O Horário para o acendimento das velas de Iom Tov encontra-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 95


Lição 12 11 a 17 de setembro [8 a 14 Elul 5776]

Trabalho urbano no fim do Olam Hazê

VERSO PARA MEMORIZAR: “Buscai promover a paz (Shalom) da cidade


para onde vos exilei e orem por ela ao Eterno, pois em sua paz tereis (vós tam-
bém) paz.” (Yirmeyahu [Jr] 29:7).

LEITURAS DA SEMANA: Atos [At] 18:1-28; Shemot [Êx] 2:23-25; Matti-


tyahu [Mt] 13:3-9, 18-23; Yochanan [Jo] 15:12, 13; 2Kefa [2Pe] 3:9

N As mensagens dos três anjos precisam ser levadas a Kol Goyim (todos os lu-
gares) (Revelação [Ap] 14:6). Visto que muitas pessoas moram nas cidades,
precisamos ir às cidades.
Na verdade, a urgência quanto ao trabalho nas cidades se intensificou em
2007, quando os peritos em estatística das Nações Unidas declararam que, pela
primeira vez nos registros da História, a maioria da população do mundo vivia
em áreas metropolitanas. Hoje o trabalho urbano se tornou a questão central
para a estratégia para levar as boas novas sobre a vinda do Mashiach.
Em muitos países, nossos esforços mundiais realizaram mais nas pequenas
cidades e nas áreas rurais fora das regiões metropolitanas do que nas grandes
cidades. Pesquisas têm demonstrado que em alguns complexos urbanos im-
portantes a maioria das pessoas nunca ouviu falar da nossa mensagem e, por-
tanto, nada sabe a respeito das “mensagem dos três anjos”.
Por isso, fica claro que, para alcançar Kol Goyim, precisamos alcançar as ci-
dades.

PARASHÁ DA SEMANA

Parashá 49 ‫ כי תצא‬KI TETSE [Quando Saíres]: Devarim [Dt] 21.10 - 25.19


Haftará: Yeshayahu [Is] 54.1-10
Brit Hadashá: Mattityahu [Mt] 5:27-32, 19:3-12, 22:23-32; Marcos [Mc] 7:24-37;
10:2-12, 12:18-27; Lucas [Lc] 20:27-38; 1 Coríntios 9:4-18; Gálatas [Gl] 3:9-14;
1 Timóteo [1Tm] 5:17-18
Tehilim: [Sl] 32
Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista
Lista de oração 2016
Ore esta semana pelos líderes Lucas Iglesias & Breno Minzon da comunidade
judaico-adventista de Campinas, SP, Brasil

96 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 11 de setembro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 8 Elul 5776]

A natureza das cidades

A s cidades reúnem muitas culturas, grupos étnicos, línguas e religiões di-


ferentes. Tradicionalmente, cada grupo tem sua área, ou seu território de-
finido. Cada vez mais, todos os tipos de pessoas passam a ser vizinhas umas
das outras nas regiões metropolitanas. Essa realidade multicultural cria riscos
e complexidades, mas também proporciona grandes oportunidades para al-
cançar as pessoas. Há maior tolerância para novas ideias e maior disposição
para dar ouvidos a novas religiões do que existe, muitas vezes, nos contextos
culturais tradicionais fora das cidades. A cidade poderia proporcionar acesso
a muitas pessoas que, de outra forma, talvez nunca se aproximariam da nossa
mensagem.

1. Em Atos [At] 18:1-28 temos um exemplo de como Rabbi Shaul organizava


novas congregações nas cidades. O que podemos aprender com o que ele fez
ali?

Naqueles centros urbanos havia um mosaico de muitas línguas, culturas e


grupos étnicos, assim como as cidades têm hoje. Shaul encontrou tipos especí-
ficos de pessoas com quem tinha afinidade. Pessoas que compartilhavam a
mesma fé judaica, com a cidadania romana e com o negócio de fabricação de
tendas, que era sua profissão. Ele usou essa habilidade para se sustentar. Morou
na residência de um casal que havia aceito Yeshua como Messias e se dedicado
a levar essas boas novas para outros. Shaul ensinou na sinagoga; depois iniciou
uma congregação na casa de um dos que haviam aceito a mensagem de Yeshua
HaMashiach. Ele treinou e orientou um número suficiente de novos crentes
para que, quando fosse embora, pudesse nomear pessoas para liderar o grupo.
Fica claro que Rabbi Shaul entendia o contexto multicultural e multirreli-
gioso da cidade, e que se sentia à vontade para trabalhar nesse contexto (ver
também 1Coríntios [1Co] 9:20-23). Ele sabia se adaptar ao ambiente em que
estava e aprendeu a apresentar a mensagem de maneira a preencher, da melhor
forma, as necessidades daqueles a quem procurava alcançar.

Qual é a melhor maneira de nos misturarmos com a sociedade visando alcançá


-la para D’us? Que preparação devemos fazer para realizar essa tarefa?

ESTUDO DIÁRIO
Ki Tetsê, 1ª Alyá (Devarim [Dt] 21:10-21:21)
Tehilim [Sl] 44-48
RPSP: Ester [Es] 2
Leitura Anual: Yechezkel [Ez] 45 a 48

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 97


segunda, 12 de setembro [‫ יום שני‬Yom Sheni 9 Elul 5776]

Ouvindo os gemidos

À medida que o Mashiach ia percorrendo Yerushalayim, Kfar-Nachum e ou-


tras cidades de sua época, os doentes, os deficientes e os pobres se aglome-
ravam em torno daquele que trazia Refuá Shlemá (cura completa). Seu coração
se compadecia da humanidade sofredora.
Na cidade, há mais de tudo: mais pessoas, mais edifícios, mais trânsito e
mais problemas. Isso apresenta um verdadeiro desafio para as Kehilot. Os que
proclamam as boas novas não podem, simplesmente, ignorar as imensas ne-
cessidades humanas que os cercam e se concentrar apenas na mensagem, por-
que fazer isso tira a credibilidade da mensagem. Se nossos atos não demonstra-
rem a compaixão, a graça e a esperança das quais falamos, então aquilo que
falamos não terá poder. Será ouvido simplesmente como mais uma das muitas
vozes que competem pelos ouvidos das massas.

2. Leia Shemot [Êx] 2:23-25 e 6:5, Tehilim [Sl] 12:5, Romanos [Rm] 8:22 e Iyov
[Jó] 24:12. Que mensagem há nessas passagens para nós?

Nosso mundo é um lugar de dor. Ele geme sob o peso e o sofrimento do pe-
cado. Não importa quem sejamos, nenhum de nós escapa dessa realidade.
Essa dor nos oferece poderosas oportunidades de alcançar pessoas. Mas
também precisamos ter cuidado com isso. No que diz respeito à maneira pela
qual a congregação é vista por seus vizinhos, em termos da disposição de ser
útil, amigável e gentil para com as pessoas, é importante entender a diferença
entre eventos comunitários e um serviço contínuo que realmente atenda às ne-
cessidades. Há uma diferença, na mente da sociedade, entre uma congregação
que distribui alimentos para famílias uma vez por ano em certas festividades e
uma determinada congregação que tem um projeto real numa grande cidade.
O que essa congregação faz? Ela se reúne num centro comunitário que fun-
ciona diariamente. As pessoas podem ir ali a qualquer dia, pela manhã, e obter
um desjejum quente! Essa congregação nem é tão grande. Tem apenas 75 mem-
bros, mas eles estão totalmente comprometidos em atender às necessidades de
seus vizinhos numa área urbana. Essa é uma grande obra, mas ela exige dedica-
ção e o sentimento de compromisso de ajudar os necessitados.
Imagine o impacto causado nas comunidades vizinhas às nossas congrega-
ções se estivéssemos fazendo algo para ajudar a responder aos gemidos que
certamente estão subindo dos que moram na vizinhança.

ESTUDO DIÁRIO
Ki Tetsê, 2ª Alyá (Devarim [Dt] 21:22-22:7)
Tehilim [Sl] 49-54
RPSP: Ester [Es] 3
Leitura Anual: Daniel [Dn] 1 a 3

98 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 13 de setembro [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 10 Elul 5776]

Semeando e colhendo nas cidades


3. Leia Mattityahu [Mt] 13:3-9, 18-23. Com base nessa parábola (mashal),
como devemos ministrar e testemunhar às comunidades que estão à nossa vol-
ta, inclusive nas cidades?

E mbora localizada em um contexto rural, na verdade essa parábola é mais


importante no trabalho urbano do que em pequenas cidades e áreas rurais,
porque as áreas urbanas têm uma variedade maior de “solos”. Isso explica por
que é mais difícil realizar uma campanha em cidades do que em áreas rurais.
Diferentes condições de solo produzem diferentes resultados, o que sugere
a necessidade de se estudar as condições dos solos antes de investir em ativida-
des. Após o estudo do “solo” da sociedade, se a congregação descobrir que há
pouca terra boa no território dela, devem ser elaborados planos para melhorar
esse solo, suavizando os caminhos duros, removendo as pedras e arrancando
os espinhos. Isto é, para que o trabalho tenha sucesso, a congregação precisa
trabalhar com antecedência, preparando o solo. Embora não impeça a existên-
cia dos solos ruins, com seus efeitos negativos, essa preparação do solo pode
fazer grande diferença no grau de eficácia da campanha urbana.
Em 1Coríntios 12, Romanos 12 e Efésios 4, os Escritos ensinam sobre os
dons espirituais. Falam que há múltiplos dons, mas apenas um objetivo. A pa-
rábola sobre as condições do solo e a semeadura demonstra claramente a ne-
cessidade de que muitos dons diferentes sejam incluídos na tarefa de alcançar
as cidades. Nas grandes cidades, “homens de variados talentos devem ser usa-
dos”, escreveu Ellen G. White. “Novos métodos precisam ser introduzidos. O
povo de D’us tem que despertar para as necessidades da época em que vive”. Por
meio do dom do discernimento divino, ela viu o que é necessário para ser efi-
ciente no trabalho urbano. Hoje é ainda mais necessário ter uma grande varie-
dade de abordagens e dons atuando dentro de uma estratégia ampla e multi-
facetada. Uma única campanha ou um projeto principal não alcançarão muito
a longo prazo. A grande escala e a estrutura complexa da cidade simplesmente
engole programas assim, e dentro de algumas semanas não há nem vestígio de
um impacto. É preciso que mais coisas sejam feitas com antecedência.

Pense naqueles na sociedade ao seu redor. Que tipo de solo eles são? O que você
pode fazer para ajudar a suavizar esse solo?

ESTUDO DIÁRIO
Ki Tetsê, 3ª Alyá (Devarim [Dt] 22:8-23:7)
Tehilim [Sl] 55-59
RPSP: Ester [Es] 4
Leitura Anual: Daniel [Dn] 4 a 6

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 99


quarta, 14 de setembro [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 11 Elul 5776]

Envolvimento pessoal
4. Leia Yochanan [Jo] 15:12, 13, Yaakov [Yaakov] 1:27 e Gálatas [Gl] 6:2. Qual
é a importância do envolvimento pessoal nos esforços de trabalho sério?

P or causa do grande tamanho das populações urbanas, é fácil perder de vista


o fato de que a emuná é pessoal. É fundamental, quando se procura alcançar
as cidades, ou qualquer outro lugar, que as pessoas encontrem um relaciona-
mento pessoal com o Mashiach. Pesquisas têm mostrado que a grande maioria
dos conversos dizem que buscaram conversão por causa de um relacionamen-
to com um conhecido. Muitas vezes, as amizades, especialmente no caso dos
esforços direcionados, envolvem a morte para o egoísmo e a disposição para
trabalhar pelo bem de outros.
Arar o solo, plantar sementes, cuidar das plantas germinadas até a colheita
e preservar a colheita – todas essas coisas funcionam melhor se houver um for-
te elemento relacional. Precisamos aprender a fazer amizade com as pessoas;
precisamos aprender a ouvi-las; precisamos aprender a amá-las. Se esses ele-
mentos são essenciais em qualquer esforço, muito mais no trabalho urbano, no
qual, às vezes, as pessoas podem se sentir desorientadas e esquecidas no meio
de uma população vasta e numerosa.
O elemento vital do trabalho urbano dos pequenos grupos pode tomar a
forma de “sinagoga nas casas” que existia nos tempos antigos (Atos [At] 2:46),
ou pode simplesmente consistir em pequenos grupos dentro de uma congrega-
ção mais ampla. Em todas as áreas urbanas ou suburbanas sem a presença da
kehilá, nas quais habitem três ou mais crentes, algum tipo de pequeno grupo
deve ser organizado e deve começar a funcionar naquela comunidade. (Ver T.I.,
v. 7, p. 21, 22.)
Essa abordagem é essencial para o trabalho urbano por várias razões. Uma
delas é o complexo mosaico de grupos culturais, étnicos, linguísticos e socioe-
conômicos a ser alcançados dentro de centenas de sociedades e subculturas
existentes, até mesmo em cidades de médio porte. A menos que haja pequenos
grupos voltados para cada um desses segmentos, o propósito dado pelo Mashia-
ch não será completado.
O foco nos pequenos grupos também é necessário por causa da dificuldade
que enfrentamos para seguir a Yeshua HaMashiach na cidade. Há muitas pres-
sões, tentações e encontros com religiões e ideologias alternativas. Alguns sim-
plesmente cedem às pressões e se afastam, enquanto outros criam uma coura-
ça para proteger seus sentimentos e se tornam insensíveis às pessoas ao seu
redor que precisam de uma representação do amor de Yeshua.

ESTUDO DIÁRIO
Ki Tetsê, 4ª Alyá (Devarim [Dt] 23:8-23:24)
Tehilim [Sl] 60-65
RPSP: Ester [Es] 5
Leitura Anual: Daniel [Dn] 7 a 9

100 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 15 de setembro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 12 Elul 5776]

Alcançando as cidades

N inguém está dizendo que o trabalho em favor das pessoas é fácil. O fato
é que não são. Os seres humanos são pecadores, corruptos e, de maneira
geral, não são naturalmente espirituais. Como Rabbi Shaul disse a respeito de si
mesmo: “Porque sabemos que a Torá é do Espírito; quanto a mim, estou preso
à velha natureza, vendido ao pecado como escravo.” (Romanos [Rm] 7:14). Se
Shaul disse isso, quanto mais aqueles que não conhecem o Eterno e que nunca
tiveram uma experiência de transformação de vida com o Mashiach!
Se já não bastasse nossa natureza pecaminosa, as cidades sempre foram co-
nhecidas por sua notória má influência. As pessoas ali enfrentam muitas ten-
tações que o adversário usa para enredá-las e conservá-las presas ao pecado e
ao mundo. Assim, não é de admirar que o esforço voltado especialmente para
alcançar as cidades não seja uma tarefa simples; porém, é um trabalho que deve
ser feito, e nós, como kehilá, precisamos fazê-la, a fim de sermos fiéis ao nosso
chamado.

5. Qual é a importância do esforço para alcançar pessoas para D’us?


2Kefa [2Pe] 3:9:________________________________________________________
1Timíteo [1Tm] 2:4:___________________________________________________

De acordo com a Palavra, a morte do Mashiach foi universal. Abrangeu to-


dos os seres humanos desde Adam e Havah, passando por todos os que se segui-
ram. Isso, é claro, inclui as inumeráveis multidões que moram nos grandes cen-
tros metropolitanos do mundo. Elas também precisam ouvir as grandes
verdades tão amadas e preciosas para nós. “Não há mudança nas mensagens
que D’us enviou no passado. O trabalho nas cidades é o trabalho essencial para
este tempo. Quando o trabalho nas cidades for feito como D’us deseja, será pos-
to em ação um poderoso movimento como nunca foi testemunhado” (Medici-
na e Salvação, p. 304 contextualizado). O chamado para alcançar as cidades é
pessoal. É um chamado para que tenhamos uma experiência mais profunda
com o Mashiach e façamos uma profunda intercessão, bem como um abran-
gente planejamento e implementação. É construído inteiramente sobre o ali-
cerce da Teshuvá completa (reavivamento e da reforma), pois será realizado
apenas pelo poder do Ruach Hakodesh.

Leia Romanos [Rm] 10:14, 15. O que essa passagem diz aos seguidores do
Mashiach? De que forma o texto se aplica a nós? Como podemos ser mais ativos nos
esforços no trabalho na região em que vivemos?

ESTUDO DIÁRIO
Ki Tetsê, 5ª Alyá (Devarim [Dt] 23:25-24:4)
Tehilim [Sl] 66-68
RPSP: Ester [Es] 6
Leitura Anual: Daniel [Dn] 10 a 12

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 101


sexta, 16 de setembro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 13 Elul 5776]

Estudo adicional

U m especialista em ministérios urbanos fez um estudo, no índice de perió-


dicos de Ellen G. White, a respeito do conselho dela quanto a se mudar para
as cidades ou para fora das cidades. De 107 artigos, 24 davam instruções sobre
mudar-se das cidades ou estabelecer instituições fora das cidades. Mas 75 arti-
gos davam instruções específicas para que as pessoas se mudassem para as ci-
dades a fim de alcançá-las. Os outros oito artigos eram neutros. Um historiador
resumiu o conselho de Ellen G. White sobre o trabalho nas cidades, mostrando
que, no que diz respeito às instituições, ela advogava que se trabalhasse a partir
de centros estabelecidos fora das cidades e, ao tratar do trabalho local, ela advo-
gava que se trabalhasse dentro das cidades.
Em sua Kehilá, quais são os planos para alcançar as cidades? Onde sua con-
gregação está localizada, em relação à área metropolitana mais próxima? Ne-
nhuma congregação deve pensar que alcançar as cidades não seja algo relevan-
te para ela. Toda congregação precisa fazer alguma contribuição para esse
importantíssimo objetivo. Ignorar as cidades e se concentrar apenas em alcan-
çar áreas que ficam fora das regiões metropolitanas não é uma resposta fiel ao
propósito que Yeshua nos deu.
“Por que não deveriam as famílias que conhecem a verdade presente se es-
tabelecer nessas cidades? [...] Haverá leigos que se mudarão para [...] as cidades
[...], para que possam deixar a luz que D’us lhes deu iluminar a outros” (Advent
Review and Sabbath Herald, 29 de setembro de 1891 contextualizado).

Pergunta para reflexão:


Imagine como deve ser viver sem esperança, simplesmente achando que exis-
te apenas esta vida, com todas as suas lutas, dificuldades e tristezas, e que de-
pois da morte o ser humano apodrece na sepultura. É nisso que muitos creem,
especialmente entre as multidões das grandes cidades. Como podemos apren-
der a amar essas pessoas e alcançá-las, não importando onde elas vivem?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112

ESTUDO DIÁRIO
Ki Tetsê, 6ª Alyá (Devarim [Dt] 24:5-24:13)
Tehilim [Sl] 69-71
RPSP: Ester [Es]7
Leitura Anual: Hoshea [Os] 1 a 4

102 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 17 de setembro [‫ שבת‬Shabat 14 Elul 5776]

ESTUDO DIÁRIO
Ki Tetsê, 7ª Alyá (Devarim [Dt] 24:14-25:19)
Tehilim [Sl] 72-76
RPSP: Ester [Es] 8
Leitura Anual: Hoshea [Os] 5 a 9

COSTUMES DESTA SEMANA


SANTIFICAÇÃO DA LUA
Uma vez ao mês, à medida que a lua aumenta no céu, recitamos uma bênção
especial chamada Kiddush Levanah, “A santificação da lua”, louvando o Criador
pela sua maravilhosa obra que chamamos de astronomia. Kiddush Levanah é
recitada após o anoitecer, geralmente na noite de sábado. A bênção é concluída
com canções e danças, porque nossa nação é comparada à lua, pois ela aumenta
e diminui, como temos feito no decorrer da história. Quando abençoamos a
lua, renovamos nossa confiança de que muito em breve, a luz da presença de
D’us preencherá a terra e nosso povo será redimido do exílio.

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 103


Lição 13 18 a 24 de setembro [15 a 21 Elul 5776]

Como devemos esperar?

VERSO PARA MEMORIZAR: Não sejam preguiçosos quando é necessário o


trabalho árduo; sirvam, porém, ao Senhor com fervor espiritual. Alegrem-se
em sua esperança, sejam pacientes ao passar por dificuldades, e não se afas-
tem da oração. Partilhem o que têm com o povo de Deus e sejam hospitaleiros.”
(Romanos [Rm] 12:11-13)

LEITURAS DA SEMANA: Mattityahu [Mt] 24:35–25:46; 2Kefa [2pe] 3; Ya-


akov [Tg] 2:14-26; Yochanan [Jo] 4:35-38; 1Coríntios [1Co] 3:6-8; Revelação
[Ap] 21:1-4

P or vários anos, antes do terremoto de São Francisco em 1906, nossas con-


gregações de São Francisco e Oakland, na Califórnia, foram ativas. Os mem-
bros estavam envolvidos em visitar os doentes e os necessitados. Encontravam
lares para os órfãos e trabalho para os desempregados. Atendiam aos doentes e
ensinavam a Bíblia de casa em casa. Distribuíam literatura e davam aulas sobre
vida saudável. Tinham também uma escola para as crianças no porão do prédio
em que ocorriam as reuniões religiosas, na Rua Laguna. Eram mantidos um
lar para trabalhadores e uma equipe de atendimento médico. Havia uma loja
de produtos saudáveis junto com uma lanchonete vegetariana. Faziam tsedaká
nos navios do porto da localidade, e os líderes religiosos realizavam reuniões
em grandes salões da cidade.
A escritora Ellen G. White chamou essas congregações de duas “colmeias” e
ficou entusiasmada com o trabalho delas (Advent Review and Sabbath Herald, 5
de julho de 1900 contextualizada). Adoneinu (nosso Senhor) voltará! A questão
importante é: O que estamos fazendo enquanto esperamos?
Dessa resposta depende o destino das pessoas.

PARASHÁ DA SEMANA
Parashá 50 ‫ כי תבוא‬KI TAVO [Quando vieres]: Devarim [Dt] 26.1 - 29.8
Haftará: Yeshayahu [Is] 60.1-22
Brit Hadashá: Mattityahu [Mt] 13:1-23; Lucas [Lc] 21:1-4; Atos [At] 28:17-31;
Romanos [Rm] 11:1-15; Efésios 1.3-6
Tehilim: [Sl] 51

Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista


Lista de oração 2016
Ore esta semana pelo líder Rogel Tavares da comunidade judaico-adventista de
São Paulo, SP

104 O papel da Kehilá na sociedade


domingo, 18 de setembro [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 15 Elul 5776]

Enquanto esperamos a vinda do Mashiach

O s talmidim haviam acabado de admirar a gloriosa cena dos raios do sol re-
fletidos do Templo. Yeshua, desejando dirigir a atenção deles para as reali-
dades que a Kehilá enfrentaria no futuro próximo e no fim dos tempos, enigma-
ti¬camente lhes deu uma dose de realidade ao dizer: ““Vocês vêem tudo isto?
[...] Eu lhes digo que eles serão totalmente destruídos - nem uma pedra ficará
em pé!”” (Mattityahu [Mt] 24:2). Surpresos com o comentário dle, os talmidim
(discípulos) perguntaram: “Diga-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual
será o sinal da sua vinda e de que o ‘alam hazeh está terminando?” (verso 3).
Em Mattityahu [Mt] 24:4-31, Yeshua mencionou as coisas que aconteceriam no
mundo antes de sua vinda.
Ao revelar os sinais, Yeshua advertiu que ainda não seria o fim (Mattityahu
[Mt] 24:6) e que “tudo isso, entretanto, é o princípio das ‘dores de parto’”. (Mat-
tityahu [Mt] 24:8). A resposta direta à pergunta dos talmidim vem no verso 14:
“E estas boas-novas a respeito do Reino serão anunciadas em todo o mundo
como testemunho a todos os goyim. E então virá o fim.” (Mattityahu [Mt] 24:14).
Nesse discurso, os primeiros 35 versos de Mattityahu [Mt] 24 nos motivam
a levar os sinais a sério, mas Yeshua também nos diz como devemos esperar o
“fim do Olam Hazê” (Mattityahu [Mt] 24:3). Em outras palavras, não devemos
ficar apenas sentados esperando que Ele venha, como quando ficamos senta-
dos na parada esperando um ônibus. Não! Temos muita coisa para fazer en-
quanto esperamos a segunda vinda do Mashiach.

1. Leia Mattityahu [Mt] 24:36–25:46. Cada uma dessas parábolas fala sobre o
que o povo de D’us deve fazer enquanto espera a vinda do Mashiach. Em essên-
cia, o que o que Yeshua está dizendo nessas parábolas? Individualmente, e como
congregação, estamos seguindo corretamente as instruções de Yeshua em cada
uma delas?

Nos textos citados, Yeshua começou a exortar seus talmidim sobre a manei-
ra pela qual seus verdadeiros seguidores irão esperar sua volta. Durante esse
período os talmidim de Yeshua estarão sempre preparados. Enquanto esperam,
mostrarão amor, cuidado e respeito uns aos outros; permanecerão vigiando, se
prepararão com antecedência e terão responsabilidade para com sua própria
condição espiritual. Multiplicarão os recursos que D’us colocou em suas mãos,
investirão talentos e dinheiro na causa de D’us, respeitarão o verdadeiro caráter
de seu D’us de amor e se importarão com os “pequeninos”.

ESTUDO DIÁRIO
Ki Tavô, 1ª Alyá (Devarim [Dt] 26:1-26:11)
Tehilim [Sl] 77-78
RPSP: Ester [Es] 9
Leitura Anual: Hoshea [Os] 10 a 14

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 105


segunda, 19 de setembro [‫ יום שני‬Yom Sheni 16 Elul 5776]

Teshuvá enquanto esperamos


2. Leia 2Kefa 3. Resuma os ensinos desse capítulo a respeito de Teshuvá. Como
esses versos se encaixam no assunto que estudamos neste trimestre?

O desejo de D’us é que “todos venham à Teshuvá” (2Kefa [2pe] 3:9). Embora
não possamos fazer a obra do Ruach Hakodesh em conduzir as pessoas ao
arrependimento, somos chamados a levar-lhes a mensagem de libertação que,
se aceitarem, as levará ao arrependimento e a Teshuvá.
Nós também precisamos ter uma atitude de arrependimento, que é parte
do processo de Teshuvá. Teshuvá como reavivamento significa voltar à vida, ser
renovado, restaurado. Teshuvá como reforma significa ser remodelado, forma-
do novamente, para ser uma nova criação (2Coríntios [2Co] 5:17). “Uma Teshu-
vá da verdadeira piedade (chesed - ‫ )חסד‬entre nós, eis a maior e a mais urgente
de todas as nossas necessidades. Buscá-la, deve ser nossa primeira ocupação”
(Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121 contextualizado).
As passagens a respeito de como devemos esperar, mencionadas ontem,
ilustram as condições e os resultados da Teshuvá. Por exemplo, as dez virgens
precisavam ser reavivadas, despertadas do sono (Mattityahu [Mt] 25:1-13). As
virgens insensatas precisavam aumentar sua capacidade de receber o Ruach
Hakodesh na vida. Quando nos humilhamos, morremos para o eu, fazemos pre-
ces com altruísmo, estudamos a Palavra de D’us, e a comunicamos aos outros
por meio de palavras e atos de amor, aumentamos nossa capacidade para rece-
ber a plenitude do Ruach Hakodesh no poder da chuva serôdia. Contudo, é pos-
sível estudar a Palavra de D’us por horas e, mesmo assim, continuar sendo uma
pessoa com Yetsir Hará (propensão para o mal). Poderíamos orar pelo reaviva-
mento e pela chuva serôdia, mas, de modo egoísta, desejá-los apenas para nós.
A Teshuvá como reavivamento sempre leva a uma preocupação altruísta pelos
outros. Quando recebermos a plenitude do Ruach Hakodesh seremos reforma-
dos e transformados em talmidim Tzadikim, concentrados no propósito de nos-
sas ações.
Precisamos de Teshuvá (reavivamento e de reforma) em nossas preces (tefi-
lot), no estudo da Bíblia e na ênfase em pedir o Espírito de D’us na abundância
da chuva serôdia. Mas, como Kehilá, precisamos também de Teshuvá em nossas
atitudes e métodos. Precisamos de espiritualidade e de mudança em nossa ati-
tude e em nossos atos para com os “pequeninos”. Tudo isso é enfatizado na li-
ção deste trimestre.
Como podemos evitar a indiferença em relação à segunda vinda do Mashiach?
Isto é, à medida que os anos passam, como podemos manter sempre diante de nós
a realidade e a urgência da vinda do Mashiach?

ESTUDO DIÁRIO
Ki Tavô, 2ª Alyá (Devarim [Dt] 26:12-26:15)
Tehilim [Sl] 79-82
RPSP: Ester [Es]10
Leitura Anual: Yoel [Jl]

106 O papel da Kehilá na sociedade


terça, 20 de setembro [‫ יום שלישי‬Yom Shlish 17 Elul 5776]

O objetivo da Kehilá enquanto esperamos


3. Leia Yaakov [Tg] 2:14-26. De que maneira esses versos resumem quem so-
mos e por que estamos aqui?

N o estudo de domingo, os Talmidim começaram destacando a beleza do Beit


Hamikdash (Templo). Yeshua lhes dirigiu a atenção para as condições da
Kehilá internamente e para seu objetivo em relação a um mundo que caminha-
va para o fim. O fato é que a kehilá existe porque há um objetivo, e não o contrá-
rio.
Nosso objetivo e propósito expresso no Livro de procedimentos (Livro de Pra-
xes Adventistas - V 04 20 contextualizado), é “fazer talmidim anunciando as bo-
as-novas eternas a respeito do Reino em todo o mundo como testemunho a to-
dos os goyim. (Mattityahu [Mt] 24:14) no contexto das três mensagens dos anjos
(malachim) de Revelação [Ap] 14:6-12, levando-os a aceitar Yeshua HaMashiach
como libertador pessoal e a se unirem à sua kehilá, tornando-os talmidim para
servi-Lo como adon e preparando-os para sua breve volta”. Para que esse propó-
sito seja realizado, os métodos sugeridos são proclamar, ensinar e curar. No
item “Curar – trazendo Refuá Shlemá”, diz: “Confirmando os princípios bíblicos
do bem-estar da pessoa toda, tornamos a preservação da saúde e a cura dos do-
entes uma prioridade e, através de nosso trabalho dedicado em favor dos po-
bres e oprimidos, cooperamos com o Eterno Criador em Sua compassiva obra
de restauração.”
O estudo deste trimestre começou com o conceito de que o Eterno deseja
restaurar Sua imagem na humanidade e capacitar-nos, como seus seguidores,
a ser instrumentos de restauração integral em nossas sociedades. “O mundo
necessita atualmente daquilo que ele necessitava há mil e novecentos anos: a
revelação do Mashiach. É preciso uma grande obra de reforma, e é unicamente
mediante a graça (chesed - ‫ )חסד‬do Mashiach que a obra de restauração física
(Refuat haguf), mental e espiritual (Refuat Hanefesh) se pode efetuar (Refuá
Shlemá)” (A Ciência do Bom Viver, p. 143 contextualizado).
Após assistir a uma série de palestras que apresentou o trabalho de Yeshua
HaMashiach como modelo e propósito para sua kehilá nos últimos dias do Olam
Hazê, um membro fez a seguinte declaração: “Em nossa parte do mundo, não
somos muito abertos a novas ideias e a novas maneiras de fazer as coisas. Mas
o que ouvimos nesta semana a respeito de seguir o método do trabalho de
Yeshua, na verdade não é algo novo. É uma ideia antiga. Só havíamos nos esque-
cido dela.”
“Emuná Bivli Maasim Meta Hi - ( fé sem ações concretas é morta)”? Como você
descobriu a realidade da íntima associação entre confiança e ações concretas? As
ações podem aumentar nossa confiança?
ESTUDO DIÁRIO
Ki Tavô, 3ª Alyá (Devarim [Dt] 26:16-26:19)
Tehilim [Sl] 83-87
RPSP: Iyov [jó] 1
Leitura Anual: Amos [Am] 1 a 4

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 107


quarta, 21 de setembro [‫ יום רביעי‬Yom Revi’i 18 Elul 5776]

Preparação enquanto esperamos o Mashiach

Y eshua usou a linguagem da agricultura em Seu ensino sobre o reino de D’us,


como foi mencionado na Lição 5. Como vimos, a agricultura não é mera-
mente um evento; é um processo que exige paciência! É um ciclo que se repete
regularmente, com diferentes estágios e diferentes tarefas para diferentes pes-
soas, em diferentes momentos. Precisamos estar abertos à direção do Espírito
de D’us (Ruach Hakodesh) e às providências de D’us em relação à maneira pela
qual podemos ser usados pelo Eterno no processo de preparar o solo, plantar as
sementes e fazer a colheita.

4. Leia Yochanan [Jo] 4:35-38. Que tipo de ilustração foi usada nesse texto, e
qual é a mensagem para nós a respeito da maneira de trabalhar em favor dos
outros?

O fato é que não conhecemos o coração das pessoas. Não sabemos como o
Espírito de D’us (Ruach Hakodesh) tem trabalhado na vida delas. Poderíamos
olhar para várias pessoas e pensar que ainda falta muito para que elas estejam
prontas para a colheita, quando, na realidade, tudo o que é necessário é que al-
guém o leve pacientemente à sua Teshuvá. Há uma batalha pelo coração e pela
mente de todo ser humano, e D’us está nos chamando para ajudar as pessoas a
aceitar a libertação trazida pelo Mashiach.

5. Leia 1 Coríntios 3:6-8. Qual é a mensagem desses versos no contexto de


nosso papel como Sheliachim (emissários)?

A seu próprio modo, Shaul repetiu a ideia que Yeshua havia apresentado no
exemplo anterior. Nosso trabalho como emissários é como o trabalho de um
agricultor. Embora não estejamos todos fazendo as mesmas tarefas, nosso tra-
balho é uma parte essencial do processo de alcançar as pessoas e despertar ne-
las o desejo de Teshuvá. Ainda que sejamos usados por D’us em várias funções,
somente Ele pode converter alguém.

Como podemos ser gratos e humildes em relação ao papel que D’us nos deu na
obra de alcançar os outros? Por que isso é um privilégio?

ESTUDO DIÁRIO
Ki Tavô, 4ª Alyá (Devarim [Dt] 27:1-27:10)
Tehilim [Sl] 88-89
RPSP: Iyov [jó] 2
Leitura Anual: Amos [Am] 5 a 9

108 O papel da Kehilá na sociedade


quinta, 22 de setembro [‫ יום חמישי‬Yom Hamishi 19 Elul 5776]

A espera terminou

M uitos anos atrás, o escritor inglês Charles Dickens escreveu um livro cha-
mado Um Conto de Duas Cidades. Essas duas cidades eram Londres e Pa-
ris. Em certo sentido, poderia ser dito que a Bíblia é também uma história de
duas cidades. Nesse caso, as duas cidades são Bavel e Yerushalayim.
Em Revelação [Ap] 14:8 e no capítulo 18, o Yochanan HaShaliach descreve
Bavel. Ela tem sido morada e covil de hasatan e espíritos malignos. Tem feito
com que Kol Goyim (todas as nações) cometam adultério espiritual. Seu destino
já foi pronunciado, e já foi declarado que ela “caiu”. Essa cidade, símbolo do mal,
da apostasia e da rebelião contra D’us, será um dia derrotada e destruída.

6. Leia Revelação [Ap] 21:1-4. Qual é a diferença entre a Nova Yerushalayim


(Yerushalayim Shel Zahav) e Bavel?

A segunda cidade é a Nova Yerushalayim (Yerushalayim Shel Zahav), a Cida-


de Santa, descrita em Revelação [Ap] 21 e 22. Essa cidade abriga aqueles que
escolheram o Noivo e rejeitaram o egoísmo e os adultérios espirituais de hasa-
tan e seus seguidores. Pela graça de D’us, os redimidos cumpriram suas mitzvot
e refletiram a emuná do Rebbe, Melech HaMashiach (Revelação [Ap] 14:12). Sua
paciente perseverança e seu fervor para se envolver com o trabalho de Yeshua
permitiu que eles experimentassem a alegria do Olam Habá enquanto viviam
no Olam Hazê. Foram salvos por meio da confiança no Mashiach Yeshua; unica-
mente Sua justiça os tornou dignos do Olam Habá. Sua preocupação com os
“pequeninos” (Mattityahu [Mt] 25:40) foi a manifestação externa dessa emuná
que liberta.
Pelo sangue do Cordeiro (Seh - ‫ שֶׂ ה‬- Yeshayahu 53:7; Revelação [Ap] 5), o
papel da Kehilá em compassiva restauração se transformou numa jubilosa co-
memoração (ver Revelação [Ap] 5:13, 14). Nessa feliz e santa cidade, D’us “Ele
enxugará dos olhos deles toda lágrima. Não haverá mais morte; nem tristeza,
nem choro, nem dor; porque a antiga ordem já passou” (Revelação [Ap] 21:4).
Shalom completa foi restaurada. Ocorreu a plena restauração da imagem de
D’us nos aspectos mental, espiritual e físico (Refuá Shlemá). O grande conflito
está terminado, e “desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as
coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram
que D’us é amor” (O Grande Conflito, p. 678 contextualizado).

Leia Revelação [Ap] 22:21. De que forma esse verso, o último dos Escritos da
Brit Hadashá, descreve a essência de tudo aquilo em que cremos?

ESTUDO DIÁRIO
Ki Tavô, 5ª Alyá (Devarim [Dt] 27:11-28:6)
Tehilim [Sl] 90-96
RPSP: Iyov [jó] 3
Leitura Anual: Ovadyah [Ob]
Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 109
sexta, 23 de setembro [‫ יום שישי‬Yom Shishi 20 Elul 5776]

Estudo adicional

L eia Mattityahu [Mt] 5:16; Colossenses [Cl] 3:17; Hebreus 13:15, 16. Leia, “No
Monte das Oliveiras” e “Um Destes Meus Pequeninos Irmãos”, em O Deseja-
do de Todas as Nações, p. 627-636, 637-641.
Se as pessoas usam frequentemente a desculpa do mal para rejeitar a D’us,
certamente elas têm muitas desculpas agora, e terão cada vez mais ao nos apro-
ximarmos do fim do Olam Hazê. Assim, torna-se ainda mais importante que os
Seus seguidores reflitam Seu caráter e ajudem as pessoas a ter uma visão me-
lhor de como D’us é.
“Se nos humilhássemos perante D’us, e fôssemos bondosos e corteses, com-
passivos e piedosos, haveria uma centena de conversões à verdade onde agora
há apenas uma” (T.I., v. 9, p. 189 contextualizado). Enquanto aguardamos a se-
gunda vinda do Mashiach, Ele espera que os membros de Sua Kehilá proclamem
e vivam a mensagem completa das boas novas sobre o Mashiach; que se dedi-
quem e invistam seus recursos em Sua obra; que amem e respeitem as pessoas,
e cuidem delas.

Perguntas para reflexão


1. A grande pergunta não é: “As ações têm algum papel na vida religiosa?” É
claro que têm! A pergunta é: “Se as ações não podem nos libertar, então qual é o
papel delas na vida religiosa?” Como respondemos a essa pergunta, especial-
mente no contexto de alcançar as pessoas necessitadas e servi-las?
2. O que estamos fazendo que demonstra a nossa crença na segunda vinda do
Mashiach? Por que devemos ser diferentes dos que não creem em sua vinda?

O Horário para o acendimento das velas de Shabat encontra-se na pág. 112


ESTUDO DIÁRIO
Ki Tavô, 6ª Alyá (Devarim [Dt] 28:7-28:69)
Tehilim [Sl] 97-103
RPSP: Iyov [jó] 4
Leitura Anual: Mikha [Mq] 1 a 4

110 O papel da Kehilá na sociedade


Shabat, 24 de setembro [‫ שבת‬Shabat 21 Elul 5776]

ESTUDO DIÁRIO
Ki Tavô, 7ª Alyá (Devarim [Dt] 29:1-29:8)
Tehilim [Sl] 104-105
RPSP: Iyov [jó] 5
Leitura Anual: Mikha [Mq] 5 a 8

O horário do pôr do sol e Havdalá (término do Shabat) encontra-se na pág. 112

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 111


Festas Judaicas*
FESTIVIDADES 2016 2017
Tu Bishvat 25/01 11/02
Purim 23/03 12/03
Pêssach 1o. 23/04 11/04
Pêssach 2o 24/04 12/04
Pêssach 7o 29/04 17/04
Pêssach 8o 30/04 18/04
Yom HaShoá [Dia do Holocausto] 06/05 24/04
Yom Hazicaron [Dia da lembrança] 12/05 30/04
Yom Haatzmaut [Independência] 13/05 01/05
Lag Baômer 26/05 14/05
Yom Yerushalayim 29/05 24/05
Shavuot 1o 12/06 31/05
Shavuot 2o 13/06 01/06
Três Semanas 23/07 a 13/08 11/07 a 01/08
Tisha BeAv 13/08 01/08
Tu Beav 19/08 07/08
Rosh Hashana 1o 03/10 21/09
Rosh Hashana 2o 04/10 22/09
Yom Kippur 12/10 30/09
Sucot 1o 17/10 05/10
Sucot 2o 18/10 06/10
Shemini Atseret 18/10 06/10
Simchat Torá 24/10 12/10
Chanucá 1o 24/12 13/12
Chanucá 8o 01/01 21/12

* As festividades começam sempre ao pôr do sol da véspera

112 O papel da Kehilá na sociedade


Horário acendimento das velas, pôr-do-sol e Havdalá
Data Belo H., MG Campinas, SP Curitiba, PR Fpolis, SC Fortaleza, CE
1 Shelach 01/jul Velas às: 17:08 17:12 17:19 17:13 17:17
01/jul Pôr do sol: 17:26 17:30 17:37 17:31 17:35
02/jul Término: 18:04 18:09 18:16 18:09 18:09
2 Kôrach 08/jul Velas às: 17:11 17:15 17:21 17:16 17:19
08/jul Pôr do sol: 17:29 17:33 17:39 17:34 17:37
08/ago Término: 18:06 18:11 18:18 18:12 18:10
3 Chukat 15/jul Velas às: 17:13 17:17 17:24 17:19 17:20
15/jul Pôr do sol: 17:31 17:35 17:42 17:37 17:38
16/jul Término: 18:08 18:14 18:21 18:15 18:11
4 Balak 22/jul Velas às: 17:16 17:20 17:28 17:23 17:21
22/jul Pôr do sol: 17:34 17:38 17:46 17:41 17:39
23/jul Término: 18:11 18:16 18:24 18:18 18:11
5 Pinchas 29/jul Velas às: 17:18 17:23 17:31 17:26 17:21
29/jul Pôr do sol: 17:36 17:41 17:49 17:44 17:39
30/jul Término: 18:13 18:19 18:27 18:21 18:11
6 Matot-Massê 05/ago Velas às: 17:20 17:26 17:30 17:30 17:21
05/ago Pôr do sol: 17:38 17:44 17:48 17:48 17:39
06/ago Término: 18:15 18:22 18:25 18:25 18:11
7 Devarim 12/ago Velas às: 17:23 17:29 17:34 17:34 17:21
12/ago Pôr do sol: 17:41 17:47 17:52 17:52 17:39
13/ago Término: 18:16 18:24 18:28 18:28 18:10
8 Vaetchanan 19/ago Velas às: 17:25 17:32 17:37 17:37 17:20
19/ago Pôr do sol: 17:43 17:50 17:55 17:55 17:38
20/ago Término: 18:18 18:26 18:31 18:31 18:09
9 Ekev 26/ago Velas às: 17:26 17:34 17:40 17:40 17:18
26/ago Pôr do sol: 17:44 17:52 17:58 17:58 17:36
27/ago Término: 18:19 18:28 18:34 18:34 18:07
10 Reê 02/set Velas às: 17:28 17:36 17:44 17:44 17:17
02/set Pôr do sol: 17:46 17:54 18:02 18:02 17:35
03/set Término: 18:21 18:30 18:37 18:37 18:06
11 Shoftim 09/set Velas às: 17:29 17:39 17:47 17:47 17:15
09/set Pôr do sol: 17:47 17:57 18:05 18:05 17:33
10/set Término: 18:22 18:33 18:40 18:40 18:04
12 Tetsê 16/set Velas às: 17:31 17:41 17:20 17:50 17:13
16/set Pôr do sol: 17:49 17:59 17:38 18:08 17:31
17/set Término: 18:23 18:35 18:43 18:43 18:02
13 Tavô 23/set Velas às: 17:32 17:43 17:53 17:53 17:12
23/set Pôr do sol: 17:50 18:01 18:11 18:11 17:30
24/set Término: 18:25 18:37 18:46 18:46 18:00

Referência dos horários fornecido pelo aplicativo ShabbatTimes.

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 113


Horário acendimento das velas, pôr-do-sol e Havdalá
Data Goiânia, GO Manaus, AM Recife, Pe Rio de Janeiro, RJ S. Paulo, SP
1 Shelach 01/jul Velas às: 17:38 17:42 16:53 16:56 17:12
01/jul Pôr do sol: 17:56 18:00 17:11 17:14 17:30
02/jul Término: 18:31 18:36 17:47 17:52 18:09
2 Kôrach 08/jul Velas às: 17:40 17:44 16:55 16:58 17:15
08/jul Pôr do sol: 17:58 18:02 17:13 17:16 17:33
08/ago Término: 18:33 18:37 17:49 17:54 18:11
3 Chukat 15/jul Velas às: 17:42 17:45 16:56 17:01 17:17
15/jul Pôr do sol: 18:00 18:03 17:14 17:19 17:35
16/jul Término: 18:35 18:38 17:50 17:57 18:14
4 Balak 22/jul Velas às: 17:44 17:46 16:58 17:04 17:20
22/jul Pôr do sol: 18:02 18:04 17:16 17:22 17:38
23/jul Término: 18:36 18:38 17:51 18:00 18:16
5 Pinchas 29/jul Velas às: 17:46 17:46 16:59 17:07 17:23
29/jul Pôr do sol: 18:04 18:04 17:17 17:25 17:41
30/jul Término: 18:38 18:38 17:51 18:02 18:19
6 Matot-Massê 05/ago Velas às: 17:48 17:46 16:59 17:10 17:26
05/ago Pôr do sol: 18:06 18:04 17:17 17:28 17:44
06/ago Término: 18:39 18:38 17:51 18:05 18:22
7 Devarim 12/ago Velas às: 17:50 17:45 16:59 17:12 17:29
12/ago Pôr do sol: 18:08 18:03 17:17 17:30 17:47
13/ago Término: 18:41 18:37 17:51 18:07 18:24
8 Vaetchanan 19/ago Velas às: 17:51 17:44 16:59 17:15 17:32
19/ago Pôr do sol: 18:09 18:02 17:17 17:15 17:50
20/ago Término: 18:42 18:35 17:51 18:09 18:26
9 Ekev 26/ago Velas às: 17:52 17:43 16:59 17:17 17:34
26/ago Pôr do sol: 18:10 18:01 17:17 17:17 17:52
27/ago Término: 18:43 18:34 17:50 18:11 18:28
10 Reê 02/set Velas às: 17:53 17:41 16:58 17:19 17:36
02/set Pôr do sol: 18:11 17:59 17:16 17:19 17:54
03/set Término: 18:43 18:32 17:49 18:13 18:30
11 Shoftim 09/set Velas às: 17:54 17:39 16:57 17:21 17:39
09/set Pôr do sol: 18:12 17:57 17:15 17:21 17:57
10/set Término: 18:44 18:30 17:48 18:15 18:33
12 Tetsê 16/set Velas às: 17:54 17:37 16:56 17:23 17:41
16/set Pôr do sol: 18:12 17:55 17:14 17:23 17:59
17/set Término: 18:45 18:28 17:47 18:17 18:35
13 Tavô 23/set Velas às: 17:55 17:36 16:55 17:26 17:43
23/set Pôr do sol: 18:13 17:54 17:13 17:26 18:01
24/set Término: 18:45 18:26 17:46 18:19 18:37

Referência dos horários fornecido pelo aplicativo ShabbatTimes.

114 O papel da Kehilá na sociedade


Glossário
Abba: [Aramaico corresponde a Av em Hebraico] Meu Pai, Pai; A palavra abbá
em aramaico corresponde à forma enfática ou definida de av, significando lite-
ralmente “o pai” ou “ó Pai”.

Achaz: Acaz

Acharit hayamim: Literalmente, “o fim dos dias”. O tempo do fim ou os “últimos


dias”, quando o ‘alam hazeh chega ao fim e o ‘alam haba está a ponto de iniciar-
se (l Coríntios 10.11 +).

Achim: (do hebraico ‫ )אָ ִחים‬Irmãos


Adam: (do hebraico ‫ )אָ דָ ם‬Adam, Adão; masc. Homem
Adon Olam: Senhor do Universo

Adonai: (em hebraico:‫אֲ דֹ נָי‬, “meu Senhor”) O Eterno D’us de Israel.

Adoneinu: Nosso Senhor

Amha’aretz: literalmente povo da terra. Pessoas comuns, iletradas usado pejo-


rativamente no primeiro século EC.

Amma’us: Emaús

Amoni: Amonitas

A.e.c: Vide antes da era comum

Antes da era comum (aec): Referido ao período usualmente chamado de antes


de Cristo (a.C.).

Ashur: Assíria

Asseret Hadibrot: Mais comumente conhecida como os Dez Mandamentos. A


tradução que mais se aproxima de Assêret Hadibrot é “Dez Falas” ou “Dez Di-
tos”, sendo que estes são dez princípios que incluem toda a Torá e seus 613 pre-
ceitos.

Av: em Hebraico Corresponde a “Abba” do aramaico quer dizer: Papai, Meu Pai.
[Ha’Av] - O Pai

Avinu: Nosso Pai; Avinu, Malkeinu: Nosso Pai, nosso Rei

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 115


Glossário [continuação]
Avinu Shebashamayim: Nosso Pai celestial, Nosso Pai que está no céu

Avimelek: (hebraico: ‫ ) ךלמיבא‬Abimeleque

Aviyahu Abias

Avodah zarah: (Avoda zará) Adoração estrangeira, paganismo, Idolatria, adora-


ção a deuses estrangeiros.

Avram: Abrão

Avraham: Abraão

Bavel: Babilônia

Beit-Lechem: Belém

Beit HaKnesset - Knesset: Templo, Sinagoga

Beit HaMiqdash: Bet Hamikdash, Templo Sagrado

Beit’zata: Betesda

Bamidbar (Bemidbar, Bamidbar): Números (livro), do hebraico “no deserto”

Bereshit: (Bereshit) Gênesis - Livro

Bimá: O púlpito onde lê-se a Torá

Berachot Hashachar: Benção da aurora, devoção matinal

B’rit: (Berit) Aliança; Brit Hadashá: Nova Aliança. Também usado para referir-
se aos livros sagrados ou período do novo testamento; B’rit Milá: circuncisão

Ben: Filho; Ben HaAdam: Filho dos homens; Ben HaElohim: Filho de D’us

B’nei HaElohim: Filhos de D’us

Bessorá: vide HaBessorá

Beth Midrash LeShabat: Casa de estudo do Shabat. Usado também como refe-
rência a Escola Sabatina.

Cohen: (Kohen) Sacerdote

116 O papel da Kehilá na sociedade


Glossário [continuação]

Cohanim: (Kohanim) Sacerdotes

Cohen Gadol: (Kohen Gadol) Sumo Sacerdote

Corban: (Korban) Holocausto, Sacrifício; Corbanot: Plural Holocaustos, Sacrifí-


cios; é o nome dado aos diversos tipos de sacríficios e ofertas.

Chag Matzot: Festa dos pães ázimos, ver também Pêssach

Chasidim: Piedosos

Chava: vide Hava - Eva

Chaver: Amigo (Hebrew: ‫חבר‬, literalmente, “amigo”) Chaverim: Amigos (He-


brew: ‫חברים‬, literalmente, “amigos”) Chaverot: amigas

Chumash: (Humash do hebraico ‫ חומש‬vindo do termo chamesh (fem.)/ cha-


misha (mas.), cinco. E também Pentateuco. Faz alusão aos cinco livros atribuí-
dos a Moisés)

Dammesek: Damassés

Devarim: (Devarim) Deuteronômio (Livro)

D-s, D’us: Forma respeitosa de escrever o nome de Deus sem citar seu nome
completo. Também escrito como D-us ou D’us.

Derashá al Haar: Sermão da Montanha, sermão do monte

E.c: Vide era comum

Echad: É um. ex: Adonai Echad; Um - Ela é utilizada no tradicional Shemá, Deva-
rim 6:4. Ouve ó Israel, Adonai nosso D’us é Um. ‫שמע ישראל יהוה אלקינו‬
‫ יהוה אחד‬Shemá Isra’el Adonai Eloheinu Adonai Echad. Outros Exemplos
Exemplo: “Deixará portanto o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mu-
lher, e serão ambos uma só carne” - Bereshit [Gn] 2:24

Ehyeh: Ehyeh Asher Ehyeh ou Eheye Asher Eheye = Eu sou o que Sou “Ehyeh” (he-
braico: ‫ ) אֶ ְהיֶה‬ou “Ehyeh-Asher-Ehyeh” (hebr: ‫“ אהיה אשר אהיה‬- conforme
em Shemot 3:14)

El’azar: Lázaro

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 117


Glossário [continuação]
Era comum (ec): Refere-se ao período comumente chamado de Anno Domini
(AD) ou depois de Cristo (dC).

Emissário(s): Apóstolo(s), HaShaliach, obreiro.

El’azar: Lázaro

El-Elyion: D’us Altíssimo

Eliyahu: Elias

Elisheva: (Isabel). Mãe de Yochanan, o Imersor (Lc 1.5).

Eloheinu: Nosso D’us

Elohim: D’us; elohim: quando em minúsculo refere-se a deuses.

Galil: Vide Hagalil

Gan’Eden: Paraíso. Literalmente jardim-do-Éden; no judaísmo o termo tam-


bém refere-se ao paraíso.

Gat-Sh’manim: (Getsêmani) Jardim onde Yeshua orou e foi preso pela guarda
do templo. O termo significa literalmente “prensa de óleos”.

Gavri’el: Gabriel

Ger - ‫ גר‬Converso goy (não-judeu)

Goy: (Hebrew: ‫יוג‬, Regular plural goyim ‫ )םיוג‬Nação, gentil, não judeu.

Goyim: (goyim ‫ )םיוג‬Plural de Goy nações (gentios) não judeus

Guet (do hebraico ‫ )גט‬É o nome dado ao documento de divórcio dentro do juda-
ísmo.

Gueulá (‫)גאולה‬: Redenção

Ha’Av: O Pai, ver “Av” e “Abba”

HaBessorá: (do hebraico ‫שׂוֹרה‬


ָ ‫ )הַ ְבּ‬A palavra Bessorá significa novidades, notí-
cias, mensagem, um comunicado que recebeu, sentido do grego Evangelion.
Boas Novas. Normalmente referente às boas novas de Yeshua HaMashiach.

118 O papel da Kehilá na sociedade


Glossário [continuação]
HaElyon: El Elyon = O D’us Altíssimo

HafTorá ou haftará (em hebraico ‫ ;הפטרה‬plural haftarot ou hafTorás) é um


trecho de texto dos Neviim (Os profetas) lidos na sinagogas geralmente após a
leitura da Parashat haShavua

HaG’vurah: Ha · G’vu · rah. “O Poder”, eufemismo para designar Y-H-V-H (Mat-


tityahu 26.64).

Hagalil [‫ = ]הגליל‬Galileia, Galil

Hallel [‫]הַ לְ ל‬: (do hebraico ‫הלל‬, “Louvor”) é de origem aramaica e significa “cân-
tico de louvor e exaltação a Deus”, músicas que celebram a vida; É uma oração
judaica baseada em Tehilim (Salmos 113-118), que é utilizada como louvor e
agradecimento, recitada pelos judeus nas festividades judaicas.

Halachá: Leis Judaica

Hananyah: Ananias; Hananyah e Shappirah = Ananias e Safira

Hamatvil: O imersor; Batista.

HaMashiach: Ver Yeshua HaMashiach e Mashiach. O Ungido.

Hanokh: Enoque

Hanucá: ou Chanuká (do Hebraico Dedicação); Também faz-se referência à fes-


ta da dedicação ou festa das luzes

Har HaZeitim ‫הזיתים‬ ‫הר‬: O Monte das Oliveiras


Ha-satan, hasatan: O Adversário, Satan

Hashachar: [alvorecer]

HaShaliach: Emissário; Apóstolo

HaShem: (do hebraico ‫)םשה‬, significando O Nome. É uma forma para designar
D’us dentro do judaísmo, fora do contexto da reza ou da leitura pública do texto
bíblico.

Havah - Chava: Eva

Havakuk: Habacuque

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 119


Glossário [continuação]

Heilel: (Lúcifer, Samael)

Heilel ben-shachar: ‫ הילל בן שחר‬Estrela da manhã (a estrela matutina), a


estrela D’Alva. Também referido como Lúcifer, o anjo de luz, antes de ser expul-
so do céu. “portador de luz”, representa a estrela da manhã (a estrela matutina),
a estrela D’Alva.

Hevel: Abel

Horev: Horebe, Sinai, Monte Horebe, Monte Sinai

Hutzpah: (‫ֻצפָ ּה‬


ְ ‫)ח‬. Ousadia, audácia, insolência, coragem, atrevimento, ou a
combinação de tudo isso, avaliada segundo a necessidade do momento.

Igueret: (carta em Hebraico) A palavra Epístola vem do latim epistula e do Grego


epistolé.

Izevel: Jezabel

K’far-Nachum: Cafarnaum

Kanai: [‫ = ]קנאי‬Zelote - alguém que zela pelo nome de D’us

Kaparah: Propiciação, expiação, Intercessão, mediação

Kapporeth ‫כ ּ֫פֹ ּ ֶרת‬


ַ : Tampa da Arca, Propiciatório, lugar de intercessão, Expiação.
Kasher: Vide Kosher

Kayim: Caim

Kayafa: Caifás

Kefa: Pedro

Keneh: ou qenéh (‫ )קנה‬Canônico

Kohanim: Ver Cohanim

Kohen: ver Cohen

Kohen Gadol: ver Cohen Gadol

120 O papel da Kehilá na sociedade


Glossário [continuação]
Kehilá: Congregação, Comunidade

Kol Goyim: [todas as Nações]

Kosher (Kasher): A comida de acordo com a lei judaica. Baseada na Torá.

Korban: Ver Corban

Korbanot: Ver Corbanot

Kasdim: Caldeus

Lavan: Labão

Lashon Hará: (em hebraico ‫)לשון הרע‬, Lashon significa língua e hará signifi-
ca o mal/mau, então a melhor tradução seria língua má, ou língua maledicen-
te. Fofoca.

Maasser: Dízimo

Malakhi: ‫ מלאכי‬meu mensageiro, Malaquias.


Malshin: Acusador, informante, diabo.

Mashiach: (do hebraico mashiah, Moshiah, Mashiach, or Moshia”) Que significa


o ungido. O Messias e traduzido para o grego como Χριστός (Khristós - Cris-
to)

M’nasheh: Menasheh Manassés

Mezuzot: Umbrais das portas, plural de Mezuzah

Mishcan: Santuário, Tabernáculo

Mikvá ou mikvé [‫] ִמקְ וָה‬: É o nome dado à imersão ritual em água utilizada no
judaísmo. imersão.

Mitzvá: [em hebraico: ‫]מצוה‬: “Mandamento” de ‫צוה‬, tzavá, “comando”); Mitz-


vot: [em hebraico: ‫]מצוות‬: “Mandamentos”; plural, mitzvos ou mitzvot; plural
de Mitzvá.

Mishlei [Pr]: Livro de Provérbios [provérbios de]. Forma plural construta da pa-
lavra mashal [provérbio, parábola] que literalmente significa “provérbios de”.
Mishlei [Pr] Shlomo = provérbios de Salomão.

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 121


Glossário [continuação]

Meshalim: Provérbios no plural (não se referindo ao livro em si) forma plural


simples de provérbio, parábola.

Moa’vi: Moabitas

Molech: Moloque

Moshê: Moisés

Moshia: Salvador

Moshienu: Nosso Salvador

Moshiim: Salvadores

Nakdimon: Nicodemos

Noach: Noé

Netilat-yadayim: Ritual de lavar as mãos.

Neviim: (do hebraico ‫ )נביאים‬ou Profetas; é o nome de uma das três seções do
Tanakh, estando entre a Torá e Kethuvim.

Olam Hazê: Este mundo

Olam Rabá: Mundo vindouro, reino Eterno, Céu dos céus.

Paga: Intercessão

Parokhet : Cortina. Especificamente a que dividia o Santo dos Santos do restan-


te do templo ou tabernáculo.

P’rush: Parush, Fariseu; P’rushim: Parushim Fariseus

P’lishti: filisteu (plural: P’lishtim)

Pêssach: Páscoa judaica, páscoa bíblica

Purim: Festa de Purim.

Rabban: Título dado ao rabino superior (presidente) do Sinédrio, da qual ele é o

122 O papel da Kehilá na sociedade


Glossário [continuação]
primeiro dos sete nomeados líderes da escola de Hilel, que tiveram este título.

Rabbanim: Rabinos

Rabbi: Rabino; mestre

Rechavam: roboão

Rosh: Cabeça, líder

Ruach Elohim: Espírito de D’us

Ruach Hakodesh: Espírito daquele que é Santo, Espírito de D’us

Sanhedrin: ‫ סנהדרין‬Sinédrio
Sancheriv: Senaqueribe

S’dom: Sodoma

Soferim: ‫ סופרים‬Escribas, Especialistas da Torá


Shacharit: (em hebraico: ‫ )שַ ח ֲִרת‬é a Tefilah (oração) diária da manhã do povo
judeu, um dos três momentos de oração de cada dia. É o agostor serviço diário,
incluindo várias orações, mais do que os outros serviços do dia; culto, liturgia

Shalom: Paz. Paz dada por D’us; Shalom Aleichem: Paz seja convosco

Shappirah: Safira; Hananyah e Shappirah = Ananias e Safira

Shamor VeZahor “Zachor” [recorda, lembra-te] ” e “Shamor” [guarda] que são


mencionadas nos Dez Mandamentos.

Sharáth: Serviço, Ministério

Sha’ul: (do hebraico ‫ )שאול‬Saul, Paulo

Shavuot: Festa do pentecostes, semanas

Shekel: (em hebraico: ‫ ;שקל‬plural: shekels, sheqels, sheqalim, em hebraico:


‫)שקלים‬, ou siclo em português, refere-se a uma das mais antigas unidades de
peso, utilizada posteriormente como nome da moeda corrente do povo israeli-
ta. Este shekel possuía cerca de (11,4 gramas).

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 123


Glossário [continuação]
Shem: Sem, filho de Noach

Shemitá (hebraico): ‫שמיטה‬, literalmente “libertação”), também chamado de


Ano Sabático,

Shemot: Êxodo (Livro)

She’ol [‫]שאול‬: correspondente ao hades, as vezes traduzido por inferno e geena


[do hebraico ‫הנֹ ּם‬-‫ן‬
ִ ֶ‫גֵיא ב‬, transl. Geh Ben-Hinom]
Shim’on - Simão

Shomron: Samaria, [de Shomron: samaritana(o)]

Sucot: Festa dos Tabernáculos/Festa das Cabanas

Talmid: Seguidor, discípulo, estudante; Talmidim: Plural de talmid. Discípulos,


seguidores.

Talmidot: Discípulado

Tanach: (ou Tanakh em hebraico ‫ )תנ״ך‬É um acrônimo utilizado para denomi-


nar seu conjunto de livros sagrados Torá, Neviin(profetas) Ketuvin (escritos)

Tefilah: Oração (pl. Tefilin).

Tefilin: T’fíllin. (do hebraico Orações) Duas caixas pretas, de couro, que contêm
pequenos rolos com passagens bíblicas em seu interior (Sh’mol [Êx] 13.1-16;
Devarim [Dt] 6.4-9; l1.13-21). Durante as orações na sinagoga, os homens fi-
xam essas caixinhas no braço e na testa, em obediência a Devarim [Dt] 68. Os
t’fillin são chamados filactérios na agostor parte das traduções. “Usar os t’fillin”
significa colocá-los no devido lugar (Mattityahu 23.5).

Tehilim: Salmo, louvores.

Teshuvá: Conversão; (em hebraico ‫תשובה‬, literalmente retorno) é a prática de


voltar às origens do judaísmo. Também tem o sentido de se arrepender dos pe-
cados de maneira profunda e sincera. Aquele que passa pelo processo de Teshu-
vá com sucesso é chamado de Baal Teshuvá.

Terumá (Terumah): Oferta.

Tevilá (Tevilah): Imersão ou Batismo, Imersão em água.

124 O papel da Kehilá na sociedade


Glossário [continuação]
T’oma: Tomé.

Torá (Torá): (do hebraico ‫תּוֹרה‬


ָ , Torá significando lei, instrução, apontamento).
Lei de Deus. É o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanach (também cha-
mados de Hamisha Humshei Torá, ‫ חמשה חומשי תורה‬- as cinco partes da
Torá) Chamada também de Lei de Moisés (Torat Moshê, ‫תּוֹרת–מֹ שֶ ׁה‬ ַ ), por vezes
o termo “Torá”; Torat Moshê [‫תּוֹרת־מֹ שֶ ׁה‬
ַ ]: lei de moisés, também chamada de
lei mosaica nos termos acadêmicos.

Treif: Alimento não Kosher (Kasher), A comida que não estiver de acordo com a
lei judaica é chamada de treif ou treyf (em iídiche: ‫טרייף‬, do hebraico |‫ ְט ֵרפָ ה‬,
transl. tr’fáh). Num sentido mais técnico, treif significa “proibido”, “dilacera-
do” e se refere à carne que veio de qualquer animal que contenha algum defeito
que o torne impróprio para o abatimento.

Tveryah (em hebraico: ‫) ְטבֶ ְריָה‬: Tiberíades ou Tiberíade.

Tzadik: Homem Justo.

Tzadikim: justos.

Tzdukim: Saduceus.

Tzaraat: lepra Doença de pele. De modo geral, não se trata do mal de Hansen
(hanseníase), o significado moderno atribuído à palavra “lepra”.

Tzarot: Mal, Aflições, problemas, preocupações

Tzedaká [tzedakot]: Caridade, Oferta, fazer Justiça, Justiça Social.

Veachavta Lereacha Kamocha: Amarás a teu próximo como a ti mesmo.

Vayikrá: (E chamou em Hebraico), Livro de Levíticos.

Yarden: Jordão.

Yehoshafat Josafá

Yehoram Jeorão

Yehudah: Judas; Yehudah de K’riot: Judas Iscariotes.

Yehu: Jéu.

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 125


Glossário [continuação]
Yako’ov: Jacó, correspondente em hebraico para Tiago.

Yishmael: Ismael.

Yerichó: Jericó.

Yerushalayim: Jerusalém.

Yeshayahu: Isaías.

Yeshivá ‫ישיבה‬: Pl. yeshivot é o nome dado às instituições para estudo da Torá
e do Talmud dentro do judaísmo.

Yeshua: Jesus, O nome hebraico Yeshua ( ַ‫ יֵשׁוּﬠ‬/‫ )ישוע‬é uma forma alternativa
de Yehoshua, Josué, e é o nome completo de Jesus (transliterado ao grego Yeshua
fica: Ιησου’α, “Iesua”/”Ieshua” [também Ιησου’ς, “Iesu’ “/”Ieshu’ “/”Ie-
sus”]; Yehoshua [ ַ‫ יְ הוֹשֻ ׁﬠ‬/‫ ]יהושוע‬O nome “Yeshua” deriva-se de uma raiz he-
braica formada por quatro letras – ‫( ישוע‬Yod, Shin, Vav e Ayin) - que significa
“salvar” diminutivo de Yehoshua, que significa o ‘Eterno’ salvará; Yeshua Ha-
Mashiach: Jesus, o Messias. Salvador o Ungido.

Yeshuah: Salvação.

Yibum: Levirato.

Yitzak: (Yitzchak) Isaque.

Yochanan: João, (Yochanan Hamatvil: Yochanan o imersor, João Batista).

Yom Hadim Dia do Juízo

Yom Kipur: Dia da Expiação.

Yonah: Jonas.

Yoshiyahu: Josias.

Zakkai: Zaqueu.

Fontes do glossário: Centro Mundial de Fraternidade Judaico-adventista, Sha-


lom Adventure, Bíblia Judaica Completa, Wikipedia, Café com Hebraico, Cha-
bad.

126 O papel da Kehilá na sociedade


Glossário [continuação]

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 127


JULHO 2016•SIVAN-TAMUZ 5776
DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SHABAT
[vsar ovy yns ovy ysyls ovy yiybr ovy ysymx ovy ysys ovy tbs
hk vk
1 25 2 26

Parashá Sh'lach

zk xk uk l a b g
3 27 4 28 5 29 6 30 7 1 8 2 9 3

Rosh Chodesh Rosh Chodesh


Tamuz Tamuz Parashá Korach

d h v z x u y
10 4 11 5 12 6 13 7 14 8 15 9 16 10

Parashá Chukat

ay by gy dy vu zu zy
17 11 18 12 19 13 20 14 21 15 22 16 23 17

Parashá Balak
xy uy k ak bk gk dk
24 18 25
Jejum de Tamuz
19 26 20 27 21 28 22 29 23 30 24

31 hk
25 Parashá Pinchas

AGOSTO 2016•TAMUZ-AV 5776


DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SHABAT
[vsar ovy yns ovy ysyls ovy yiybr ovy ysymx ovy ysys ovy tbs
vk zk xk uk a b
1 26 2 27 3 28 4 29 5 1 6 2
Rosh Chodesh
Av Parashá Matot-Masei

g d h v z
7 3 8 4 9 5 10 6 11 7 12 x
8 13 u
9
Parashá Devarim
Shabat Chazon
Erev Tish'a B'Av

y ay by gy dy vu zu
14 10 15 11 16 12 17 13 18 14 19 15 20 16

Parashá Vaetchanan
Jejum de Tishá B'Av Tu B'Av Shabat Nachamu
zy xy uy k ak
21 17 22 18 23 19 24 20 25 21 26 bk
22 27 gk
23

Parashá Eikev

dk hk vk zk
28 24 29 25 30 26 31 27

128 O papel da Kehilá na sociedade


SETEMBRO 2016•AV-ELUL 5776
DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SHABAT
[vsar ovy yns ovy ysyls ovy yiybr ovy ysymx ovy ysys ovy tbs
xk
1 28 2 uk
29 3 l
30

Parashá Re'eh
Rosh Chodesh Elul

4 a
1 5 b
2 6 g
3 7 d
4 8 h
5 9 v
6 10 z
7
Rosh Chodesh
Elul Parashá Shoftim

11 x
8 12 u
9 13 y
10 14 ay
11 15 by
12 16 gy
13 17 dy
14

Parashá Ki Teitzei

18 vu
15 19 zu
16 20 zy
17 21 xy
18 22 uy
19 23 k
20 24 ak
21

Parashá Ki Tavo
Leil Selichot

25 bk
22 26 gk
23 27 dk
24 28 hk
25 29 vk
26 30 zk
27

D M
Janeiro
T Q Q S S D S
Fevereiro
T Q Q S S D S T
Março
Q Q S S
2016
Festas Judaicas:
1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 Jan 25 : Tu Bishvat
3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 6 7 8 9 10 11 12 Mar 24 : Purim
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 13 14 15 16 17 18 19 Mar 25 : Shushan Purim
17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 20 21 22 23 24 25 26 Abr 23 : Pessach - 1º dia
24 25 26 27 28 29 30 28 29 27 28 29 30 31 Abr 24 : Pessach - 2º dia
31 Abr 30 : Pessach - Último dia
Mai 05 : Yom Hashoah
Mai 11 : Yom Hazikaron
Abril Maio Junho Mai 12 : Yom Ha'Atzmaut
D M T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S Mai 26 : Lag B'Omer
1 2 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 Jun 05 : Yom Yerushalayim
3 4 5 6 7 8 9 8 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 11
15 16 17 18 19 20 21 Jun 12 : Shavuot (1º dia)
10 11 12 13 14 15 16 12 13 14 15 16 17 18
22 23 24 25 26 27 28 Jun 13 : Shavuot
17 18 19 20 21 22 23 19 20 21 22 23 24 25
24 25 26 27 28 29 30 29 30 31 26 27 28 29 30 Ago 14 : Tisha B'Av
Out 03 : Rosh HaShanah
Começa
Out 04 : Rosh HaShanah
Acaba
Julho Agosto Setembro Out 12 : Yom Kipur
D M T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 Out 17: Sucot Começa
1 2 1 2 3
7 8 9 10 11 12 13 Out 23 : Sucot Acaba
3 4 5 6 7 8 9 4 5 6 7 8 9 10
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 Out 24 : Shemini Atzeret
17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 Out 25 : Simhat Torah
24 25 26 27 28 29 30 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 Dez 25 : Chanucá Começa
31 Jan 01, 2017 : Chanucá Acaba

Outobro Novembro Dezembro


D M T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 3 4 5 1 2 3
2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 4 5 6 7 8 9 10
9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 11 12 13 14 15 16 17
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 24
23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 31
30 31

Jul • Ago • Set 2016 - Sivan • Tamuz • Av • Elul 5776 129


130 O papel da Kehilá na sociedade

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