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Beth Midrash
Out✡Nov✡Dez 2022 | Tishrei✡Cheshvan✡Kislev 5783
LIÇÕES CONTEXTUALIZADAS PARA
COMUNIDADES JUDAICO-ADVENTISTAS
Vida, morte e
Eternidade
חיים מוות ונצח
4T
AUTOR Alberto R. Timm
EDITOR Cliford Goldstein
Vida, morte e
CONTEXTUALIZAÇÃO
EDITOR Roberto Rheinlander Rebello
PROJETO GRÁFICO Henrique Felix Eternidade
CONTEXTUALIZAÇÃO Carlos Muniz,
Claudia Masiero, Roberto Rheinlander, חיים מוות ונצח
Júlio Flores, Marcos Gomes, Roger
Rheinlander.
REVISORES Lucas Fridman, Carlos
Muniz, Roger Rheinlander, Tamar
Guimarães.
CONSELHEIROS Reinaldo Siqueira, Índice
Richard Amram Elofer, Cristiano Silva.
Sobre o Autor 04
Introdução 05
1 Rebelião em um Universo perfeito 06
2 Morte em um mundo de pecado 22
3 Entendendo a natureza humana 22
CONFERÊNCIA GERAL 4 A esperança do Tanah 30
Reinaldo Siqueira 5 Ressurreições anteriores à ressurreição do Messias 38
BELO HORIZONTE, MG 6 Vida Eterna ao que crer 46
Rua Aveiro 367 - S. Francisco
Marcelo Matos Gomes 7 A vitória do Mashiach sobre a morte 54
8 A esperança 62
CAMPINAS, SP
Rua Joaquim Teodoro Teixeira de Souza, 229 9 Textos controversos 70
Edinelson Sudre Storch
10 Sheol 78
CURITIBA, PR 11 Enganos do fim dos tempos 86
CCA Rua Lysimaco Ferreira da Costa, 980
Miguel Santos 12 A cosmovisão bíblica 94
FLORIANÓPOLIS, SC 13 O processo do juízo 102
Rua José Boiteux, 53 - Centro 14 Tudo novo! 102
Filipe Canarin
Estudos Diários 110
MANAUS, AM
Rua M/N, 5 - Morada do Sol Glossário e Abreviações 114
David Riarte Horários 122
Rio de Janeiro, RJ Calendário 126
Rua da Matriz, 16 - 3º andar - Botafogo
Jean Rufino Bençãos Diversas 128
SÃO PAULO, SP
Rua Armando Penteado, 291 - Higienópolis Notas
Rogel Tavares
1 Este guia de estudo é uma versão adaptada das lições da Escola Sabatina
ao contexto Judaico-Adventista. É usada pelos membros das Beth Bnei Tsion
[Comunidades Judaico-Adventistas] como auxiliar e apoio ao estudo semanal.
Visa tornar a linguagem mais acessível a esse contexto. O conteúdo original é
preservado usando apenas adaptações contextuais.
2 As versões bíblicas adotadas preferencialmente nessa contextualização são
"Bíblia Judaica Completa" traduzida por Davidd H. Stern, "Bíblia Hebraica" tra-
duzida por Davidd Gorodovits e Jairo Fridlin e Orthodox Jewish Bible.
3 As referências para estudo semanal (Parashá, Haftará, leitura anual da Bíblia,
Leitura Reavivados por Sua Palavra [Leitura RPSP:] Crede em seus profetas
CSP) e costumes e festas encontram-se junto aos estudos diários.
4 Demais informações, horário do pôr-do-sol, acendimento de velas, datas fes-
tivas e Glossário encontram-se anexos ao final deste guia.
Sobre os Autores
Alberto Timm
A lberto Timm, ThD, PhD, é diretor associado do El-
len G. White Estate, Inc., e membro do Comitê do
Instituto de Pesquisa Bíblica (BRICOM) e do Comitê do
Instituto de Pesquisa de Geociências (GRICOM). Atuou
como reitor do Seminário Adventista Latino-America-
no de Teologia (SALT)
(1)
Is 14:12-15; Ez 28:12-19; Ap 12:7-12
(2)
Gn 3:1-19; Rm 5:12
(3)
Emil Brunner, Eternal Hope [Londres: Lutterworth Press, 1954], p. 7
(4)
2Pe 1:16
(5)
Ap 21:1-5
Rebelião em um
Universo perfeito
VERSO PARA MEMORIZAR
"Como despencaste do céu, ó estrela da manhã, filho da aurora! Como foi derrubado por
terra o que ditava sortes sobre as nações!.” (Is 14:12)
LEITURAS DA SEMANA
1Jo 4:8, 16; 4:7-16; Ez 28:12-19; Is 14:12-15; Ap 12
Introdução
M uitos pensadores têm tentado explicar a origem do mal. Alguns sugerem que ele
sempre tenha existido porque, em sua opinião, o bem só pode ser apreciado em
contraste com o mal. Outros acreditam que o mundo tenha sido criado perfeito, mas,
de alguma forma, o mal surgiu. Por exemplo, na mitologia grega, o mal teve início
quando Pandora, curiosa, abriu uma caixa lacrada da qual saíram todos os males do
mundo (esse mito, porém, não explica a origem dos males supostamente escondidos
nessa caixa).
Por outro lado, as Escrituras ensinam que nosso D'us amoroso é Todo-Poderoso
(lCr 29:10, 11) e perfeito (Mt 5:48). Tudo o que Ele faz é, igualmente, perfeito (Dt 32:4),
o que inclui a forma como o Eterno criou nosso mundo. Como, então, o mal e o pecado
surgiram em um mundo perfeito? De acordo com Bereshit (Gn 3), a queda de Adam e
Havá trouxe pecado, mal e morte a este mundo.
Mas essa resposta levanta outra questão. Mesmo antes da queda, o mal já existia,
manifestado pela "serpente", que enganou Havá (Gn 3:1-5).
Por isso, precisamos voltar, até mesmo para um tempo anterior à queda, a fim de
encontrar a fonte e as origens do mal que domina nossa existencia e que, às vezes,
pode torná-la bastante miserável.
LEITURAS DA SEMANA
E m sua condição atual, a natureza carrega uma mensagem ambígua que combina o
bem e o mal. As roseiras podem produzir rosas lindas e perfumadas, mas também
espinhos nocivos e dolorosos. os seres humanos, que em um momento demonstram bon-
dade, podem ser cruéis, odiosos e violentos no momento seguinte. Não é à toa que, na
parábola do trigo e do joio, contada por Yeshua, os servos perguntaram ao dono do cam-
po: "'O senhor não semeou boa semente em seu campo? Então, de onde vieram as ervas
daninhas?'. Ele respondeu: 'Um inimigo fez isso’". (Mt 13:27,28).
D'us criou o Universo perfeito, mas um inimigo o profanou com as misteriosas se-
mentes do pecado.
1. O que a certeza de que "D'us é amor" nos diz sobre a natureza de Suas atividades
criadoras? (1Jo 4:8 e 16)
O fato de que "D'us é amor" (1Jo 4:8, 16) transmite três implicações básicas. Primeiro,
o amor, por sua própria natureza, não pode existir fechado em si mesmo; ele deve ser
expresso. O amor de D'us é compartilhado internamente consigo (Pai, Filho e Espírito) e
externamente em Seu relacionamento com todas as Suas criaturas. Segundo, tudo o que
D'us faz é uma expressão de Seu amor incondicional e imutável. Isso inclui Suas obras de
criação, Suas ações redentivas e até as manifestações de Seus juízos punitivos. "O amor
de D'us se expressa em Sua justiça não menos do que em Sua misericórdia. A justiça é o
fundamento de Seu trono e o fruto de Seu amor" (1).
E, terceiro, visto que D'us é amor e tudo o que Ele faz expressa esse sentimento, Ele
não pode ser o originador do pecado, o qual se opõe diretamente ao próprio caráter
divino.
D'us precisava ter criado o Universo? Da perspectiva de Sua soberania, pode-se dizer
que "não", mas da perspectiva de Sua natureza amorosa, Ele queria um Universo como
meio de expressar Seu amor. É incrível que o Eterno tenha criado algumas formas de
vida, como os humanos, que não só são capazes de responder ao amor de D'us, como
também de compartilhar e expressar amor a D'us e aos outros (Mc 12:30, 31) .
Você vê ao seu redor reflexos do amor de D'us, apesar dos estragos do pecado?
F lores artificiais são lindas, mas não florescem como as reais. Os robôs são pré-progra-
mados para falar e realizar muitas tarefas, mas não têm vida, nem emoções. A vida e
o livre-arbítrio são condições indispensáveis para receber, cultivar e compartilhar amor.
Assim, nosso amoroso D'us criou anjos (incluindo Samael) e seres humanos com liberda-
de para fazer suas próprias escolhas, incluindo a possibilidade de seguir um caminho
errado. Em outras palavras, D'us criou todo o Universo como um ambiente perfeito e
harmonioso para Suas criaturas crescerem em amor e sabedoria.
Em sua carta, Iochanan ressalta que "D'us é amor" e que manifestou Seu amor en-
viando o Mashiach para morrer pelos nossos pecados (1Jo 4:7-16). Como resultado, de-
vemos expressar gratidão amando uns aos outros. Esse amor divino é a evidência mais
convincente de que D'us permanece em nós e nós permanecemos Nele. Esse apelo para
refletir o amor de D'us só tem sentido se for dirigido a criaturas que podem escolher cul-
tivar esse amor ou, ao contrário, escolher uma vida egocêntrica. No entanto, a liberdade
pode ser mal utilizada, um fato demonstrado na rebelião de Samael (Satan) no Céu.
Mesmo reconhecendo a importância do livre-arbítrio, alguns ainda se perguntam: Se
D'us sabia que Satan se rebelaria, por que o criou? A criação de Samael não torna D'us
responsável pela origem do pecado?
Especular a esse respeito pode ser complicado, pois depende de muitos fatores, in-
cluindo o significado da palavra "responsável". A origem e a natureza do pecado são
mistérios que ninguém pode explicar completamente.
D'us não ordenou a existência do pecado; apenas permitiu sua existencia e tomou
sobre Si a punição máxima pelo pecado, o que O habilitou a erradicá-lo em definitivo.
Nas dolorosas reflexões sobre o mal, nunca devemos esquecer que o próprio D'us pagou
o preço mais alto pela existencia do pecado (Mt 5:43-48; Rm 5:6-11) e sofreu em decorrên-
cia deste mais do que jamais sofreremos.
Ingratidão misteriosa
3. O que podemos aprender desta passagem sobre a misteriosa origem do mal? (Ez
28:12-19).
Shaul disse que devemos recitar bençãos "em tudo" (1Ts 5:18). Como essas palavras po-
dem nos ajudar a superar a ingratidão e autopiedade, especialmente em tempos difíceis?
ROSH HASHANÁ
O preço do orgulho
N as Escrituras há dois grandes temas ou assuntos predominantes que competem entre si.
Um é o tema de Salém, Har Tsion, Jerusalém (Yerushalayim) e a Nova Jerusalém, que
representa o reino de D'us. O outro é o tema de Bavel, que representa o domínio falsificado de
Satan (Samael).
Por exemplo, Avram (que passou a ser chamado Avraham) foi convidado a sair de Ur dos
Caldeus para ir à terra de Canaan (Gn 11:31-12:9). Os judeus, no fim de seu exílio, deixaram
Bavel (Babilônia) e retornaram a Jerusalém (Ed 2).
E o povo de D'us é chamado para sair da Bavel do tempo do fim (Ap 18:4) para habitar com
Ele, finalmente, no Har Tsion e na Nova Jerusalém (Ap 14:1; 21:1-3, 10).
Nas Escrituras, a cidade de Bavel representa um poder em oposição direta a D'us e ao Seu
reino; e seu rei (com alusão especial a Nabucodonosor) é símbolo de orgulho e arrogância. D'us
havia revelado a Nabucodonosor que Bavel era apenas a cabeça de ouro da estátua de impé-
rios sucessivos (Dn 2:37, 38). Desafiando a revelação divina, ele fez uma estátua toda de ouro,
simbolizando que seu reino duraria para sempre, e exigiu que todos a adorassem (Dn 3). Como
no caso do rei de Tiro (Ez 28:12-19), o rei de Bavel também se tornou um símbolo de Samael.
Isaías descreveu a queda do arrogante e opressor rei de Babilônia (Is 14:3-11 ) e, em segui-
da, se deslocou do reino histórico para as cortes celestiais e apontou que um espírito semelhan-
te, orgulhoso e altivo, havia gerado a queda de Samael (Is 14:12-15). Ele planejava exaltar seu
trono acima de todas as hostes celestiais e tornar-se "semelhante ao Altíssimo" (Is 14:14). Esse
foi o início de uma situação nova e hostil em que o amor e a cooperação altruístas de D'us se-
riam desafiados pelo egoísmo e competição de Samael. O inimigo não teve medo de acusar
D'us daquilo que ele mesmo era e de espalhar mentiras para os anjos. Aí estão as origens mis-
teriosas do mal no Universo.
JEJUM DE GUEDÁLIA
A disseminação da descrença
5. O que Revelação ensina sobre a disseminação da rebelião do Céu para a Terra?
(Ap12)
A queda do anjo Samael não foi um simples choque de ideias conflitantes. Uma grande
guerra eclodiu no Céu entre Samael (Satan) e seus anjos de um lado e Mashiach e
seus anjos do outro. Samael é chamado de "o grande dragão", a "antiga serpente", "diabo
e o adversário" e "acusador de nossos irmãos" (Ap 12:9, 10). Mashiach é referido como
“Mihael" (Ap 12:7), que significa "quem é como D'us".
Com base na alusão ao "arcanjo Mihael" (Jd 9), alguns intérpretes acreditam que
se trate apenas de um anjo. Mas, no livro de Daniel, cada visão principal culmina com
Mashiach e Seu reino eterno, como a pedra cortada sem o auxílio de mãos (Dn 2:34, 45), o
Filho do Homem (Dn 7:13), o Príncipe do exército e Príncipe dos príncipes (Dn 8:11,25) e
Mihael, o grande Príncipe (Dn 12:1). Assim, como o Anjo do Eterno é o próprio Mashiach
(Êx 3:1-6; At 7:30-33, etc.), Mihael deve ser a mesma Pessoa Divina, ou seja, o próprio
Mashiach.
O livro Revelação apresenta uma visão geral dessa controvérsia em andamento (Ap
12), que [1] começou no Céu com a rebelião de Samael e um terço dos anjos celestiais,
[2] culminou com a vitória decisiva de Yeshua no madeiro e [3] ainda continua contra o
povo remanescente de D'us no fim dos tempos.
“Em Sua grande misericórdia, D'us suportou o adversário por muito tempo. Ele não
foi imediatamente expulso de sua posição elevada ao alimentar o espírito de desconten-
tamento, nem mesmo quando começou a apresentar suas falsas alegações diante dos
anjos fiéis. Permaneceu ainda por muito tempo no Céu. Várias vezes lhe foi oferecido o
perdão, sob a condição de que se arrependesse e se submetesse" (3).
Não sabemos quanto tempo durou essa guerra nos domínios celestiais. Independen-
temente de sua intensidade e duração, o aspecto mais importante dessa luta foi que o
adversário e seus anjos "não conseguiram sair vitoriosos e não havia mais lugar para
eles no Céu" (Ap 12:8; Lc 10:18). O problema foi que eles vieram para a Terra.
É real essa batalha na Terra? Qual é a nossa única esperança de vencer o adversário?
Estudo adicional
"N ão havia [...] esperança de redenção para estes que haviam testemunhado e com-
partilhado da glória inexprimível do Céu, tinham visto a terrível majestade de D'us
e, em face de toda essa glória, ainda se rebelaram contra Ele. Não haveria novas e ma-
ravilhosas revelações do exaltado poder de D'us que os pudessem impressionar tão pro-
fundamente como aquelas que já haviam testemunhado. Se foram capazes de se rebelar
justamente na presença de inexprimível glória, não poderiam ser colocados em nenhuma
condição mais favorável para ser provados. Não havia reserva de poder, nem grandes
alturas ou profundezas da glória infinita, para sobrepujar suas apreensivas dúvidas e mur-
murantes rebeliões. Sua culpa e castigo deveriam ser proporcionais aos seus exaltados
privilégios" (4).
"D'us e o Messias sabiam da apostasia de Satan e da queda do ser humano mediante o
poder enganador[...]. D'us não determinou a existencia do pecado, mas previu-a e tomou
providências para enfrentar a terrível situação. Seu amor pelo mundo era tão grande que
decidiu entregar 'Filho único, para que todo que nele confia possa ter vida eterna' (Jo 3:16)”
(5)
.
LEITURA ADICIONAL
EEllen G. White: Patriarcas e Profetas, p. 9-19
Ídem, O Grande Conflito, p. 412-421
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 614 (contextualizado)
(2)
Ellen G. White, A Verdade Sobre os Anjos, p. 30 (contextualizado)
(3)
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 414,415 (contextualizado)
(4)
Ellen G. White, No Deserto da Tentação, p. 25, 26 (contextualizado)
(5)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 11 (contextualizado)
Morte em um
mundo de pecado
VERSO PARA MEMORIZAR
“Tudo funciona da seguinte forma: o pecado entrou no mundo por meio de um individuo,
e, mediante o pecado, a morte; desse modo, a morte passou para toda a raça humana,
porque todos pecaram." (Rm 5:12)
LEITURAS DA SEMANA
Gn 2:16, 17; 3:1-7; Sl 115:17; Jo 5:28, 29; Rm 5:12; 2Co 5:21
Introdução
O Mashiach foi o Agente Divino por meio da qual as coisas foram criadas (Jo 1:1-3,
10; Cl 1:16; Hb 1:2). Mas, quando foi conferida honra especial a Ele e anunciado
que ele fez parte da criação deste mundo, "Samael (Satan) ficou com inveja e ciúme
de Yeshua" (1) e conspirou contra Ele.
LEITURAS DA SEMANA
O mundo criado pelo Eterno era perfeito (Gn 1:31). A morte era desconhecida para
Adam e Havá. Nesse contexto, D'us advertiu: "De toda árvore do jardim podes co-
mer. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, pois no dia em que
dela comeres morrerás!" (Gn 2:16, 17).
1. Havia livre-arbítrio no Gan Eden? (Gn 2:16, 17) Caso não pudessem escolher livre-
mente, por que D'us os teria advertido?
A lgum tempo depois dessa advertência divina, O adversário assumiu a forma de uma
serpente e também entrou no Éden. Havá viu a serpente comer alegremente o fruto
proibido e não morrer. "Ele próprio havia comido do fruto proibido" (3), e nada lhe acon-
teceu.
2. Imagine-se no lugar de Havá. Por que as palavras da serpente poderiam ter soado
convincentes? (Gn 3:1-4)
De que modo o claro ensino da Bíblia entra em conflito com os caminhos do mundo?
O que esse relato ensina sobre como é fácil racionalizar e justificar escolhas erra-
das?
5. Como os seguintes versos podem ser usados para rebater a crença na imortalida-
de da alma? (Sl 115:17; Jo 5:28, 29; Sl 146:4; Mt 10:28; 1Co 15:51-58)
Consequências do pecado
6. Quais foram as principais consequências do pecado? (Gn 3:7-19 e Rm 5:12)
YOM KIPUR
B ereshit também descreve a terrível tragédia que afetou o mundo (Gn 3). Tudo mudou,
e Adam e Havá puderam ver a diferença entre o que o mundo costumava ser e o que
havia se tornado.
Mas, em meio à frustração e ao desespero, D'us proporcionou segurança para o presen-
te e esperança para o futuro. Primeiro, amaldiçoou a serpente ao declarar: "Porei inimiza-
de entre você e a mulher, entre a sua descendência e o Descendente dela. Este lhe ferirá a
cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar (Gn 3:15).
A palavra "inimigo" ( אויבoyev) sugere não apenas uma controvérsia cósmica de longa
duração, mas também uma aversão pessoal ao pecado, implantada pela graça de D'us na
mente humana.
Por natureza, somos transgressores (Ef 2:1, 5) e "escravos do pecado" (Rm 6:20). No
entanto, a graça que o Mashiach implanta na vida cria inimizade contra o adversário. É
essa "inimizade", uma dádiva do Gan Eden, que nos permite aceitar essa graça. Sem ela,
que converte e dá o poder que renova, seríamos cativos de Satan, sempre cumprindo suas
ordens.
D'us usou um sacrifício para ilustrar a promessa messiânica (Gn 3:21).
"Quando Adam, de acordo com as especiais determinações de D'us, trouxe o corban, foi
para ele o serviço mais doloroso. Sua mão devia se levantar para tirar a vida, que somente
D'us podia dar, e fazer uma oferenda pelo pecado. Pela primeira vez teria que testemunhar
a morte. Ao olhar para a vítima morrendo, ele devia contemplar e aguardar com confiança
o Messias, a quem a vítima prefigurava, e que devia morrer em sacrifício pelo ser humano"
(5)
.
8. O que esses textos ensinam sobre o que foi revelado pela primeira vez no Éden?
(2 Co 5:21 e Hb 9:28)
Sabendo que morreriam (Gn 3:19, 22-24), Adam e Havá deixaram o Jardim do Éden,
mas não saíram nus nem com suas vestes de folhas de figueira. D'us "fez roupas de peles"
para eles, e os vestiu (Gn 3:7, 21), um símbolo de Sua veste de justiça (Zc 3:1-5; Lc 15:22).
Desde o Éden, a esperança de perdão havia sido revelada à humanidade.
Estudo adicional
E studos sobre as experiências de quase morte (EQMs) sugerem que pessoas "morrem",
pois o coração para de bater; porém, elas voltam à vida, com histórias sobre flutuar
em outro reino, ver um ser de luz e encontrar parentes mortos. Muitos acreditam que
essas histórias provem a imortalidade da alma. Porém (e este deveria ser o alerta mais
claro de que algo está errado), muitos que têm essas experiências afirmam que os seres
que conheceram durante essas experiências lhes disseram palavras de conforto, mas não
disseram nada sobre o a libertação no Messias, nem sobre o pecado e o julgamento. O que
ouvem soa como dogma da Nova Era, o que explicaria por que eles saem menos inclinados
às mensagens bíblicas do que antes de "morrer".
Por que muitos que creem que suas experiências foram uma prévia do Céu jamais
receberam qualquer mensagem bíblica enquanto estiveram lá, em contraste com o senti-
mentalismo da Nova Era? Porque foram envolvidos pela mesma mensagem que enganou
Havá no Gan Éden (veja a lição 11).
LEITURA COMPLEMENTAR
Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 28-46
Ídem, Educação, p. 15-18
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, História da Redenção, p. 10 (contextualizado)
(2)
Íbidem, p. 20 (contextualizado)
(3)
Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 30 (contextualizado)
(4)
Ibídem, p. 37, 38 (contextualizado)
(5)
Ellen G. White, História da Redenção, p. 36 (contextualizado)
(6)
Ídem, Testemunhos Para Ministros, p. 474
Entendendo a
natureza humana
VERSO PARA MEMORIZAR
"E o Eterno D'us formou o homem [Adám] do pó da terra, e soprou em suas narinas
o alento da vida e o homem tornou-se alma viva." (Gn 2:7)
LEITURAS DA SEMANA
Gn 1:24-27; 2:7, 19; Mt 10:28; Ec 12:1-7; 1Rs 2:10; 22:40
Introdução
A tensão entre a palavra de D'us, "Você certamente morrerá" (Gn 2:16, 17), e a falsa
promessa de Satan, "É certo que vocês não morrerão" (Gn 3:4), não estava restri-
ta ao Gan Eden. Ela tem ecoado ao longo da história.
Muitas pessoas tentam harmonizar as palavras vazias com as palavras de D'us.
Para elas, a advertência: "Você certamente morrerá" se refere apenas ao corpo físico
perecível, enquanto a promessa: "É certo que vocês não morrerão" é uma alusão a
uma alma ou espírito imortal.
Mas essa abordagem não funciona. Por exemplo, palavras contraditórias de D'us
e da criatura podem ser harmonizadas? Existe uma alma ou espírito imaterial que
sobreviva conscientemente à morte física? Existem muitas tentativas filosóficas e até
científicas para responder a essas perguntas. Mas devemos reconhecer que somente
o D'us todo-poderoso, Aquele que nos criou, também nos conhece perfeitamente (veja
o Sl 139). Assim, somente em Sua Palavra podemos encontrar respostas para essas
perguntas cruciais.
Nesta semana vamos considerar como a Bíblia Hebraica define a natureza huma-
na e a condição dos seres humanos na morte.
LEITURAS DA SEMANA
Um ser vivente
1. Que semelhanças e diferenças existem entre a maneira pela qual D'us criou os
animais e a humanidade? (Gn 1:24-27 e 2:7, 19) O que o texto nos diz sobre a natureza
humana? (Gn 2:7)
N o sexto dia, D'us deu vida aos animais terrestres e aos primeiros seres huma-
nos, um casal (Gn 1:24-27). Ele "formou da terra todos os animais do campo e
todas as aves do céu" (Gn 2:19) e "formou o homem do pó da terra" (Gn 2:7).
Embora tanto os animais quanto o ser humano tenham sido formados "da ter-
ra", a formação do homem foi distinta da formação dos animais sob dois aspectos
principais: primeiro, “formou o homem [Adám] do pó da terra”, e então “soprou
em suas narinas o alento da vida e o homem tornou-se alma viva." (Gn 2:7). O ho-
mem era uma entidade física antes de se tornar um ser vivo. Segundo, D'us criou
a humanidade como homem e mulher à Sua própria imagem e semelhança (Gn
1:26, 27).
Bereshit explica que a introdução do "sopro da vida" no corpo físico de Adam
o transformou em "um ser vivente" ( – נפש חיהNefesh Chaiá) ou literalmente "alma
vivente" (Gn 2:7). Isso significa que cada um de nós não tem uma alma que possa
existir separada do corpo. Ao contrário, cada um é um ser vivente ou uma alma
vivente. A afirmação de que essa "alma" seja uma entidade consciente que possa
existir separada do corpo humano é ideia pagã, não bíblica. Compreender a ver-
dadeira natureza da humanidade nos previne de aceitar a noção popular de uma
alma imaterial e todos os erros perigosos construídos sobre essa crença.
Não há existência consciente de nenhuma parte do ser humano separada da
pessoa como um todo. D'us nos criou de uma forma assombrosa e maravilhosa,
e não devemos especular além do que as Escrituras de fato dizem sobre esse as-
sunto. Não apenas a própria natureza da vida é um mistério (os cientistas ainda
não chegaram a um acordo quanto ao que significa algo estar vivo), ainda mais
misteriosa é a natureza da consciência.
Como o tecido material de pouco mais de um quilo (células e compostos quí-
micos), o cérebro, mantém e cria coisas imateriais como pensamentos e emoções?
Aqueles que estudam essa ideia admitem que na realidade não sabemos.
Você é grato pelo milagre da vida e pelo milagre maior no mundo vindouro, a vida
eterna?
VÉSPERA DE SUCOT
A vida humana neste mundo (olam Hazê) é frágil e transitória (Is 40:1-8). Nada
infectado pelo pecado pode ser eterno por natureza. "O pecado entrou no mun-
do por meio de um indivíduo, e, mediante o pecado, a morte; desse modo, a morte
passou para toda a raça humana, porque todos pecaram." (Rm 5:12). A morte é a
consequência do pecado, que afeta toda a vida neste mundo.
Sobre esse assunto, há dois conceitos bíblicos importantes. Um é que os seres
humanos e os animais morrem: "Pois o que acontecer a um ou outro, conduz ao
mesmo resultado, sendo a morte de um igual ao do outro, tendo ambos o mesmo
espírito e sendo nula a superioridade do homem sobre os animais [...]. Ao mesmo
destino se encaminham, tendo vindo do pó e a ele retornado." (Ec 3:19, 20).
O segundo conceito é que a morte física de uma pessoa implica a cessação de sua
existência como alma vivente ( – נפש חיהNefesh Chaiá). Em Bereshit, D'us havia aler-
tado Adam e Havá de que, se pecassem, comendo o fruto da árvore do conhecimen-
to do bem e do mal, eles morreriam. (Gn 2:16)
Ecoando essa advertência, o Eterno reforçou: "A alma que pecar há de morrer"
(Ez 18:4, 20). Essa afirmação tem duas implicações principais. Uma é que, uma vez
que todos os seres humanos são pecadores, estamos sob o inevitável processo de
envelhecimento e morte (Rm 3:9-18, 23). Outra é que esse conceito bíblico invalida
a noção de uma suposta imortalidade natural da alma. Se a alma fosse imortal e
existisse em outro reino após a morte, não morreríamos realmente afinal, não é?
A solução bíblica para o dilema da morte não é uma alma sem corpo que migra
para o paraíso ou para o purgatório, ou mesmo para o inferno.
A solução é a ressurreição final dos que morreram em Mashiach. No Shiur sobre
o Pão da Vida ( לחם החיים- Lechem haChaim), Yeshua declarou: " Sim, esta é a vonta-
de de meu Pai: quem vir o Filho e confiar nele tem vida eterna, e eu o ressuscite no
último dia" (Jo 6:40).
A segunda vinda do Mashiach é assegurada pela primeira. De que terá servido a pri-
meira vinda se não houver a segunda? Que esperança teríamos sem essa promessa?
1º DIA DE SUCOT
C omo já vimos, as Escrituras ensinam que o ser humano é uma alma (Gn 2:7), e a
alma deixa de existir quando o corpo morre (Ez 18:4, 20). Mas e quanto ao "espí-
rito" ( רוּח- ruach)? Ele não permanece consciente mesmo após a morte do corpo?
Muitos religiosos acreditam que sim, e até tentam justificar seu ponto de vista citan-
do o texto, que diz: "Volta assim o pó à terra de onde veio, e retorna o espírito a D’us,
que o concedeu." (Ec 12:7). Mas essa declaração não sugere que o espírito dos mor-
tos permaneça consciente na presença divina.
Shlomo (Salomão) descreve, em termos bastante dramáticos, o processo de en-
velhecimento, culminando com a morte (Ec 12:1-7). O verso 7 refere-se à morte
como a reversão do processo de criação mencionado em Bereshit (Gn 2:7). Como já
foi dito, no sexto dia da semana da criação "o Eterno D’us formou o homem [Adám]
do pó da terra, e soprou em suas narinas o alento da vida e o homem tornou-se alma
viva." (Gn 2:7). Mas Shlomo escreveu: "o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito
(Ruach) volte a D'us, que o deu" (Ec 12:7). Assim, o fôlego de vida (Ruach) que D'us
soprou nas narinas de Adam, e que também forneceu a todos os outros seres huma-
nos, retorna a D'us ou, em outras palavras, simplesmente deixa de fluir para eles e
através deles.
Devemos ter em mente que Shlomo descreve o processo de morte de todos os
seres humanos e o faz sem distinguir entre justos e ímpios (Ec 12:7). Se os supostos
espíritos de todos os que morrem sobrevivem como entidades conscientes, então os
espíritos dos ímpios estão com D'us? Essa ideia não está em harmonia com o ensino
das Escrituras. Como o processo de morte ocorre da mesma forma com os seres hu-
manos e com os animais (Ec 3:19, 20), a morte nada mais é do que deixar de existir
como ser vivo. Como afirma o salmista: "Quando escondes Teu rosto se perturbam;
quando lhes tiras o fôlego expiram, e ao pó retornam." (Sl 104:29).
É certo dizer que a morte faz parte da vida? A morte é o oposto da vida? Que espe-
rança há neste verso: "O último inimigo a ser destruído será a morte" (1Co 15:26)?
2º DIA DE SUCOT
A lguns argumentam que essas passagens (Jó 3:11-13; Sl 115:17; 146:4; Ec 9:5, 10), escri-
tas em linguagem poética, não podem ser usadas para definir a condição do ser huma-
no na morte. É verdade que, às vezes, a poesia pode ser ambígua e facilmente mal interpre-
tada, mas não é esse o caso quanto a esses versos. Sua linguagem é clara e seus conceitos
estão em plena harmonia com os ensinamentos da Bíblia Hebraica sobre o assunto.
Primeiro, Ióv (Jó) lamenta o próprio nascimento (em Jó 3) (Nos momentos mais terrí-
veis, quem não desejou nunca ter nascido?). Reconhecia que, se tivesse morrido ao nascer,
estaria dormindo e em repouso (Jó 3:11, 13).
Tehilim define o local em que os mortos são mantidos como um lugar de silêncio, por-
que "os mortos não louvam o Eterno" (Sl 115:17). Isso não parece descrever que os mortos,
os fiéis (e agradecidos), estejam no Céu adorando a D'us.
Ainda em Tehilim, as atividades mentais do indivíduo cessam com a morte (Sl 146:4).
Eclesiastes 9 acrescenta que "os mortos não sabem nada" e, na sepultura, "não há obra,
nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma" (Ec 9:5, 10). Essas declarações
confirmam o ensino bíblico de que os mortos são inconscientes.
O ensino bíblico da inconsciência na morte não deve gerar medo. Primeiro, não há in-
ferno de fogo eterno, nem purgatório temporário esperando pelos que morrem perdidos.
Segundo, há uma recompensa maravilhosa esperando por aqueles que morrem confiando
no Messias. Não é de admirar que "para aquele que crê, a morte é de pouca importância
[...] . Para nós, a morte é apenas um sono, um momento de silêncio e escuridão. A vida está
escondida com Mashiach em D'us, e 'Quando o Messias, que é nossa vida, aparecer, então
vocês também aparecerão com ele em glória! (Cl 3:4)” (1) .
Não faz diferença para aqueles que morreram no passado ou aqueles que morrem
hoje. Eles fecham os olhos na morte e, se forem fiéis, a próxima coisa que verão
será a vinda do Mashiach. Como, então, os mortos estão em melhor condição que
os vivos?
6. Reis bons e maus foram para o mesmo lugar ao morrerem. O que isso nos ensina
a respeito da natureza da morte? 2Rs 24:6; 2Cr 32:33
Outra maneira de descrever a morte é afirmar que alguém repousou (descansou) com
os antepassados. Sobre a morte do rei David, a Bíblia diz que ele "repousou com seus pais
e foi sepultado na cidade de David." (1Rs 2:10). A mesma expressão é usada também a res-
peito de vários outros reis hebreus, tanto fiéis como infiéis.
Identificamos pelo menos três aspectos significativos sobre repousar com os antepas-
sados. Um é a perspectiva de que mais cedo ou mais tarde chegará o momento em que
precisaremos descansar de nossos labores cansativos e sofrimentos. Outro aspecto é a con-
vicção de não sermos os primeiros e únicos a seguir essa trilha indesejável, pois nossos an-
tepassados já nos antecederam. Um terceiro é que, ao sermos sepultados perto deles, não
estamos sozinhos, mas permanecemos juntos mesmo durante a inconsciência da morte.
Isso pode não fazer muito sentido para algumas culturas individualistas modernas, mas
era significativo nos tempos antigos. Aqueles que morrem crendo podem ser sepultados
perto de seus entes queridos, mas mesmo assim não há comunicação entre eles. Permane-
cerão inconscientes até a vinda do Messias quando serão despertados de seu sono profun-
do para se juntarem aos que morreram nele.
Como seria se os mortos estivessem conscientes e vissem como está a vida na Terra?
Por que, então, o fato de que os mortos dormem pode ser tão reconfortante para
os vivos?
Estudo adicional
S e você já passou por uma cirurgia e recebeu anestesia geral, pode ter uma vaga ideia
de corno deve ser para os mortos. Mas, mesmo sob anestesia, seu cérebro ainda fun-
ciona. Imagine corno seria quando as funções cerebrais parassem completamente, o que
ocorre na morte. Os mortos fecham os olhos, e o próximo evento que verão será a volta
do Messias ou seu retorno após o milênio (Ap 20:7-15). Até lá, todos os mortos, os justos
e os ímpios, descansarão por um tempo que lhes parecerá um instante. Para os vivos, a
morte parece durar muito tempo, mas para os mortos dura apenas um instante.
"Se fosse verdade que a alma passa diretamente para o Céu no instante em que al-
guém morre, então poderíamos muito bem almejar a morte em lugar da vida. Por causa
dessa crença, muitos têm sido levados a colocar fim à sua existência. Quando dominados
pelas dificuldades, dúvidas e frustrações, parece fácil romper o tênue fio da vida e voar
além, para as bênçãos do mundo eterno [...].
"Em parte alguma nas Escrituras Sagradas se encontra a declaração de que é por
ocasião da morte que os justos vão para sua recompensa e os ímpios para seu castigo” (2).
LEITURAS COMPLEMENTARES
Ellen G. White: O Grande Conflito, p. 444-458
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 632 (contextualizado)
(2)
Ídem, O Grande Conflito, p. 450, 458 (contextualizado)
Esperança do Tanah
VERSO PARA MEMORIZAR
“Pela confiança, Abraão [Avraham], ao ser testado, ofereceu Isaac [Its'hac] como
sacrifício. Sim, ofereceu o único filho, aquele que recebera as promessas, [...] 19 Avraham
concluiu que D’us poderia até mesmo ressuscitar pessoas dentre os mortos! E, falando de
forma figurada, ele o recebeu dessa forma.” (Hb 11: 17, 19)
LEITURAS DA SEMANA
Jó 19:25-27; 1Tm 6:16; Sl 49; 71; Is 26:14, 19; Dn 12
Introdução
LEITURAS DA SEMANA
Verei a D'us
1. Quando e em que circunstâncias Iov esperava "ver a D'us"? (Jó 19:25-27 compare
com Jo 1:18 e 1 Tm 6:16)
Do poder do Sheól
2. O que levou o salmista (filho de Côrah) a ter tanta certeza de sua ressurreição (Sl
49:15) em contraste com os que pereceram sem essa certeza (Sl 49:7-15) 6-14)?
O Salmo 49 fala sobre a falsa confiança dos tolos "Os que se fiam em sua força e
de suas riquezas imensas se vangloriam" (verso 7(6)), que "até deram seus próprios
nomes às suas terras." (verso 12 (11)) e que vivem apenas para fazer o bem a si mes-
mos (verso 19 (18)). Agem como se suas casas e sua própria glória durassem para
sempre (versos 12,18 (11, 17)). Mas os tolos se esquecem de que sua honra desapa-
rece e que eles perecem assim como os animais (verso 13 (12)). "Como ovelhas, são
tangidos ao sepulcro pela morte, e os justos terão domínio sobre eles; sua beleza e
sua força se consumirá e somente a profundeza do Sheól será sua morada." (verso
15 (14).
Conforme declarou Iov séculos antes: "Nu saí do ventre de minha mãe e nu vol-
tarei" (Jó 1:21; 1Tm 6:7). O salmista aponta que tanto o tolo quanto o sábio morrem,
deixando "as suas riquezas para os outros" (Sl 49: 11(10)). Mas há um contraste ra-
dical entre eles. De um lado estão os tolos que perecem, embora tentem encontrar
segurança em suas próprias posses e realizações transitórias. Por outro lado, os sá-
bios contemplam além da saga humana e da prisão do Sheól, a gloriosa recompensa
que D'us tem reservado para eles (1Pe 1:4). Com essa percepção em mente, ele pôde
dizer com confiança: "Mas minha alma será redimida do Sheól, pois o Eterno me
resgatará." (Sl 49:16 (15)).
Essa declaração não sugere que no momento de sua morte a alma do salmista
voaria imediatamente para o Céu. Ele estava dizendo simplesmente que não perma-
necerá para sempre no Sheól (Sepultura), pois chegará o tempo em que D'us irá re-
dimi-lo da morte e levá-lo ao Olam Habá.
Mais uma vez, a certeza da ressurreição futura é retratada, trazendo esperança,
segurança e significado à existência presente. Portanto, os sábios receberão uma
recompensa eterna mais gloriosa do que os tolos seriam capazes de reunir nesta
vida curta.
De que maneira você tem percebido a tolice de confiar nas riquezas e realizações
humanas? Manter os olhos na redenção pode nos proteger de cair nesse erro?
SHEMINI ATSERET
David buscou segurança e esperança em D'us enquanto estava cercado por ini-
migos e falsos acusadores que diziam que o Eterno o havia abandonado (Sl 71:10,
11).
Em meio às provações, ele encontrou consolo e segurança ao relembrar como
D'us tinha cuidado dele no passado. Primeiro, observou que Ele o havia sustentado
desde o nascimento e até mesmo o tirou do ventre de sua mãe (Sl 71:6). Então, reco-
nheceu que o Eterno o havia ensinado desde sua juventude (Sl 71:17).
Com a certeza de que D'us era sua rocha e fortaleza, David suplicou: “Seja minha
rocha, o refúgio ao qual eu possa sempre recorrer. Determina minha salvação, já
que és meu rochedo, meu baluarte”. “Não me abandones na velhice; não me desam-
pares quando se esvaírem minhas forças”. “Não Te afastes de mim, Eterno; apressa-
-Te, vem em meu auxílio!” Então, ele acrescentou: “Fizeste-me experimentar males
e aflições, mas agora devolve-me a vida plena; das profundezas da terra eleva-me a
salvo.” (Sl 71:3, 9, 12, 20).
A expressão "das profundezas da terra" poderia ser entendida literalmente
como uma alusão à futura ressurreição física de David. Mas o contexto parece favo-
recer uma descrição metafórica da condição de profunda depressão dele como se a
terra o estivesse engolindo (compare com o Sl 88:7(6) e 130:1). Portanto, podemos
dizer que se trata, "em primeiro plano, de linguagem figurada, mas também aponta
para a ressurreição física" (2).
No final, o que importa é compreendermos que, seja qual for a situação, D'us
está lá, Ele Se importa e, no fim das contas, nossa esperança não se encontra nesta
vida, mas na vida futura - a vida eterna que teremos após a nossa ressurreição, por
ocasião da vinda do Messias.
SIMCHAT TORÁ
A ideia da ressurreição dos mortos aparece em toda Bíblia. Nos tempos antigos, as pes-
soas tinham a mesma esperança que temos da ressurreição final. Marta, que viveu na
época do segundo Templo, já tinha essa esperança (Jo 11:24). Sem dúvida, naquele tempo,
já se tinha conhecimento da ressurreição nos últimos dias, ainda que nem todos acreditas-
sem nela (veja At 23:8).
5. Que esperança de ressurreição podemos encontrar nos escritos desse grande pro-
feta? (Dn 12).
Daniel 12:1 refere-se a Mihael, "o grande Príncipe celestial", cuja identificação tem sido
bastante contestada. Visto que cada uma das grandes visões no livro de Daniel culmina
com a manifestação do Messias e seu reino, isso também deveria ocorrer com relação a
essa passagem específica. No livro de Daniel encontramos alusões ao mesmo ser divino
como "Príncipe das hostes" (Dn 8:11), "Príncipe dos príncipes" (Dn 8:25), "Ungido (Mashia-
ch), o Príncipe" (Dn 9:25) e finalmente como "Mihael, o grande Príncipe celestial" (Dn 12:1).
Portanto, devemos identificar Mihael também como Yeshua o Mashiach.
Os textos do Tanach considerados até aqui (Jó 19:25-27; Sl 49:15; 71:20; Is 26:19) falam
da ressurreição de pessoas justas. Mas Daniel fala da ressurreição de justos e de injustos.
Quando Mihael Se levantar, "muitos dos que repousam sob a terra serão despertados; al-
guns para uma vida eterna de méritos, e outros para o opróbrio eterno." (Dn 12:2).
Muitos consideram que esse verso fale sobre uma ressurreição especial de algumas
pessoas, tanto fiéis quanto infiéis, na vinda do Mashiach.
"As sepulturas se abrem, e 'muitos dos que dormem no pó da terra' ressuscitam, 'uns
para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno' (Dn 12:2). Todos os que mor-
reram na esperança da mensagem do terceiro anjo (Ap 14) saem glorificados do túmulo
para ouvir o concerto de paz (Shalom), estabelecido por D'us com aqueles que guardaram
Sua Torá. “incluindo os que o traspassaram” (Ap 1:7), “os que zombaram e escarneceram
da agonia do Messias e os mais obstinados inimigos de sua verdade e de seu povo ressus-
citarão para contemplá-lo em sua glória e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes" (3).
Estudo adicional
A ciência ensina que a matéria é composta de átomos, e estes são compostos de duas
partículas menores, quarks e léptons, os quais, acredita-se, são os blocos construtores
da realidade física. Se o mundo é constituído de quarks e léptons, não poderia D'us, que
criou e sustenta o mundo, reconfigurar essas partículas na ressurreição? Zombando da
ressurreição, Bertrand Russell perguntou o que aconteceria com os que foram comidos por
canibais, pois seus corpos passaram a fazer parte dos canibais. Quem receberia o quê na
ressurreição? Mas suponha que o Eterno pegue os quarks e léptons, os blocos construtores
fundamentais da existência, de qualquer lugar e, com base nas informações que possui
sobre cada um de nós, nos reconstrua a partir desses quarks e léptons. Ele não precisa dos
nossos originais. Ou Ele poderia simplesmente chamar à existência novos quarks e lép-
tons. Seja como for, o D'us que criou o Universo pode nos recriar e promete fazer isso na
ressurreição dos mortos.
"O Doador da vida chamará a Sua herança adquirida, na primeira ressurreição, e, até
aquela hora triunfante, quando soará a última trombeta e o vasto exército ressurgirá para
a vitória eterna, todo santo que dorme será conservado em segurança, guardado como joia
preciosa, conhecido de D'us por nome. Pelo poder do Redentor que neles habitou e por te-
rem sido participantes da natureza Divina, são ressuscitados” (4).
REFERÊNCIAS
(1)
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 617
(2)
Bíblia de Estudo Andrews, nota sobre o Sl 71:20
(3)
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 528, 529 (contextualizado)
(4)
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 1258
LEITURA COMPLEMENTAR
Ellen G. White: Profetas e Reis, p. 423-431.
Ressurreições anteriores à
ressurreição do Messias
VERSO PARA MEMORIZAR
"Eu Sou a ressurreição e a vida! Quem deposita a confiança em mim viverá, ainda que
morra e quem vive e confia em mim, jamais morrerá. Você crê nisso?" (Jo 11: 25, 26)
LEITURAS DA SEMANA
Jd 9; Lc 9:28-36; 1Rs 17:8-24; Lc 7:11-17; Mc 5:35-43; Jo 11:1-44
Introdução
LEITURAS DA SEMANA
A Ressurreição de Moshe
1. Quais evidências você encontra nesses textos para a ressurreição física de Moshe?
(Jd 9 e Lc 9:28-36)
Alguns argumentaram(1) que, quando Moisés [Moshe] morreu, dois Moisés foram vis-
tos: um vivo no espírito, outro morto no corpo; um subindo ao céu com os anjos, o outro
sepultado na terra (2). Essa distinção entre a ascensão da alma e o enterro do corpo tem
sentido para os que creem no conceito grego de alma imortal, mas isso não é bíblico. Ju-
das 9 confirma a ressurreição do corpo dele. A disputa foi "a respeito do corpo de Moisés"
e não sobre uma suposta alma sobrevivente.
Devarim nos diz que Moisés morreu aos 120 anos de idade, e o Eterno o sepultou
num lugar escondido, um vale na terra de Moav (Dt 34:5-7).
Mas o profeta não permaneceu muito tempo na sepultura. "O próprio Messias, com
os anjos que sepultaram Moshe, desceu do Céu para chamar o santo que dormia. [...] Pela
primeira vez, o Messias estava prestes a dar a vida aos mortos. Quando o Príncipe da
Vida e os seres brilhantes se aproximaram da sepultura, Satan ficou apreensivo com
respeito à sua supremacia. [...] o Messias não Se rebaixou a entrar em controvérsia com
o adversário. [...] Mas o Messias remeteu tudo isso ao Seu Pai, dizendo: 'Adonai o repre-
enda!' (Jd 9). [...] A ressurreição foi assegurada para sempre. Satan foi despojado de sua
presa. Os justos mortos voltariam a viver" (3).
Na transfiguração de Yeshua encontramos uma evidência da ressurreição de Moisés.
Ali, ele apareceu com Eliáhu [Elias], que havia sido trasladado sem ver a morte (2Rs 2:1-
11). Moshe e Eliáhu até conversaram com Yeshua (ver Lc 9:28-36).
A aparição dele, prova da vitória vindoura do Messias sobre o pecado e a morte, é
retratada na passagem em termos inequívocos. Foram Moshe e Eliáhu, não seus espíri-
tos, que apareceram a Yeshua ali (afinal, Eliáhu não havia morrido).
Moshe não pôde entrar na Canaã terrestre (Dt 34:1-4), mas foi levado à celestial.
Até que ponto D'us "cujo poder operante em nós á capaz de fazer muito mais que
qualquer coisa que peçamos ou imaginemos” (Ef 3:20)?
Na carta aos Hebreus, lemos que, pela confiança, "mulheres receberam de volta
seus mortos ressuscitados" (Hb 11:35). Esse foi o caso nas duas ressurreições descritas
nos textos de hoje. A primeira (ver 1Rs 17:8-24) ocorreu durante a grande apostasia em
Israel, sob a influência do rei Ahav [Acabe] e sua esposa pagã Izével [Jezebel]. Como
uma seca severa estivesse devastando a terra, D'us ordenou que Eliáhu fosse para Sa-
repta, uma cidade fora de Israel. Lá ele conheceu uma pobre viúva fenícia que estava
prestes a cozinhar uma última refeição simples para ela e seu filho, e depois morre-
riam de fome. Mas a vida dos dois foi poupada pelo milagre da farinha e do azeite, que
não acabaram até que a seca chegasse ao fim. Algum tempo depois, o filho da viúva
ficou doente e morreu. Em desespero, a mãe implorou a Eliáhu, que clamou ao Eterno.
"E o Eterno ouviu a voz de Elias, e a alma (fôlego de vida) do menino tornou a entrar
nele, e ele reviveu." (1Rs 17:22).
A segunda ressurreição (ver 2Rs 4:18-37) ocorreu em Suném [Shunem], uma peque-
na vila ao sul do monte Guilbôa. Elishá [Eliseu] havia ajudado uma viúva pobre a pagar
suas dívidas por meio do milagre do azeite nas vasilhas (2Rs 4:1-7). Mais tarde, em
Shunem, ele conheceu uma mulher rica que não tinha filhos. O profeta lhe disse que
ela teria um filho, e aconteceu como previsto. A criança cresceu e era saudável, mas um
dia adoeceu e morreu. A mulher de Shunem foi ao monte Carmel e pediu a Elisha que
a acompanhasse para ver seu filho. Ele orou com persistência ao Eterno e, finalmente,
a criança viveu outra vez.
Essas mulheres tinham origens diferentes, mas a mesma emuná. A viúva fenícia
hospedou Eliáhu em um momento difícil, quando não havia lugar seguro para ele em
Israel. A mulher de Shunem e seu marido construíram um quarto em que Elisha po-
deria ficar quando passasse por sua região. Quando os filhos morreram, suas mães
apelaram para os profetas de D'us e tiveram a alegria de ver seus filhos reviverem.
Essas são lindas histórias; porém, outras histórias não tiveram um desfecho feliz. O
que esse triste fato ensina sobre a importância da ressurreição no fim dos tempos?
Y eshua andava por toda parte, "fazia o bem e curava todas as pessoas oprimidas
pelo Adversário, porque D’us estava com ele." (At 10:38). Ele atendeu a pessoas
necessitadas e feridas. Por isso, muitos passaram a acreditar que ele era o Messias
prometido. "Havia aldeias inteiras onde não existia mais nenhuma casa em que se ou-
vissem lamentos de enfermo, porque Yeshua por elas havia passado e lhes tinha curado
os doentes. Seu serviço dava testemunho de sua unção divina. Amor, misericórdia e
compaixão se patenteavam em cada ato de sua vida. Seu coração anelava com terna
simpatia pelos filhos dos homens. Revestiu-se da natureza humana para poder realizar
as necessidades humanas. Os mais pobres e humildes não receavam aproximar-se dele.
Mesmo as criancinhas se sentiam atraídas a ele" (4).
3. Que diferença importante existe entre o que aconteceu nessa ressurreição e nas
que vimos ontem? (Lc 7:11-17)
Durante seu serviço em Galil [Galiléia], Yeshua curou os doentes e expulsou maus
espíritos. Certa vez, ele e seus seguidores estavam se aproximando dos portões de Naim
quando um cortejo fúnebre passava. Sem vida estava o filho único de uma viúva, que
chorava inconsolavelmente. Cheio de compaixão pela mãe enlutada, Yeshua lhe disse:
"Não chore". A seguir, aproximou-se do caixão, e os carregadores pararam. Ele disse:
"Jovem, eu lhe digo: levante-se!" O morto se sentou e começou a falar, e Yeshua o entre-
gou à sua mãe." (Lc 7:13-15). A presença de Yeshua mudou o cenário, e muitas pessoas
que testemunharam o milagre sabiam não apenas que algo surpreendente havia acon-
tecido, mas que Alguém especial estava entre eles (chamavam-no de "grande Profeta").
A viúva fenícia (1Rs 17:8-24) e a sunamita (2Rs 4:18-37) pediram ajuda. Mas a viúva
de Naim foi ajudada sem que ela sequer pedisse. Isso significa que D'us cuida de nós
mesmo quando somos incapazes ou nos sentimos indignos de pedir ajuda a Ele. Yeshua
viu o problema e o tratou - tão típico dele em todo o seu serviço!
A observância religiosa que D'us, o Pai, considera pura e irrepreensível é esta: cui-
dar dos órfãos e das viúvas. (Tg 1:27). Embora não possamos fazer milagres, o que
podemos fazer para cuidar dos que sofrem?
ROSH CHODESH
A filha de Yair
4. O que aprendemos sobre a morte com as palavras do Messias: "A criança não está
morta, mas dorme"? Mc 5:39.
A filha de Yair tinha doze anos e estava doente em casa, à beira da morte. Então, ele
foi a Yeshua e implorou que o Eterno fosse à sua casa e impusesse as mãos sobre ela. Mas,
antes que chegassem lá, alguém trouxe a notícia: "Sua filha morreu. Por que incomodar
mais o rebe?" Yeshua disse: "Não tenha medo; apenas continue confiando!" (Mc 5:35, 36).
Tudo o que o pai podia fazer era confiar em D'us.
Ao chegar à casa, Yeshua disse aos que ali se reuniam: "Por que vocês estão alvoroçados
e chorando? A criança não está morta, mas dorme" (Mc 5:39). Eles o desacreditaram por-
que [1] sabiam que ela estava morta e [2] não entenderam o significado de suas palavras.
"A metáfora confortadora em que o sono significa morte parece ter sido a maneira predi-
leta do Messias para se referir a essa experiência (Mt 9:24; Lc 8:52; Jo 11:11-15). A morte
é um sono, mas é um sono profundo do qual unicamente o grande Doador da vida pode
nos despertar, pois somente Ele tem as chaves da morte (Ap 1:18; cf. Jo 3:16; Rm 6:23)” (5).
Após a ressurreição, aqueles que viram a menina ficaram admirados diante do milagre
(Mc 5:42). A morte é definitiva, absoluta e aparentemente irreversível. Ter visto algo assim
certamente deve ter sido uma experiência incrível e transformadora.
"Não tenha medo; apenas continue confiando" (Mc 5:36). Essas palavras ainda são
significativas hoje. Como podemos aprender a acreditar, mesmo em meio a situa-
ções de medo?
ROSH CHODESH
Elazar
5. Em que sentido o Messias foi glorificado por meio da doença e da morte de Elazar
[Lázaro] (Jo 11:4)?
A qui, também, Yeshua usou a metáfora do sono ao falar sobre a morte. Quando alguns
pensavam que ele estivesse falando sobre o sono literal, Yeshua afirmou: "Elazar mor-
reu" (Jo 11:11-14). Quando Yeshua chegou a Beth anya, Elazar já estava morto havia quatro
dias; seu cadáver já estava apodrecendo (Jo 11:17, 39). Quando um corpo começa a se de-
compor a ponto de cheirar mal, não há dúvida: a pessoa está morta.
Nesse contexto, quando Yeshua disse a Marta: "Seu irmão vai ressuscitar" (Jo 11:23), ela
reafirmou sua crença na ressurreição final. Mas Yeshua declarou: "Eu Sou a ressurreição e
a vida! Quem deposita a confiança em mim viverá, ainda que morra e quem vive e confia
em mim, jamais morrerá. Você crê nisso?" (Jo 11:23-26). E Yeshua acrescentou: “Eu não lhe
falei que, se você mantivesse a confiança, veria a glória de D’us?” (Jo 11:40). Marta creu e
viu a glória de D'us na ressurreição de seu irmão.
Pela palavra de D'us a vida foi criada (Gn 1:20-30; Sl 33:6), e pela Sua palavra a vida
pode ser recriada, como no caso de Elazar. Depois de uma breve prece, Yeshua ordenou:
"Elazar, saia!" (Jo 11:43). Naquele exato momento, aquelas pessoas viram o poder vivifican-
te de D'us, o mesmo poder que trouxe nosso mundo à existência, e o mesmo poder que no
fim dos tempos chamará os mortos de volta à vida na ressurreição. Ao ressuscitar Elazar,
Yeshua provou que tinha o poder de derrotar a morte. Para seres como nós, que inevitavel-
mente morrem, poderia haver manifestação maior da glória de D'us?
6. Em uma linha Yeshua falou sobre a possibilidade da morte para os justos; na linha
seguinte, falou que eles não morrerão eternamente (Jo 11:25, 26). O que o Messias
ensinou nesse texto? Por que o entendimento de que a morte é um sono incons-
ciente é tão importante para entender as palavras dele? E por que suas palavras nos
oferecem, como seres destinados à sepultura, tanta esperança?
Estudo adicional
"N o Mashiach, há vida original, não emprestada, não derivada. 'Aquele que tem o Fi-
lho tem a vida' (1Jo 5:12). A Divindade do Messias é a certeza de vida eterna para
aquele que crê. 'Quem deposita a confiança em mim viverá, ainda que morra; e quem vive
e confia em mim, jamais morrerá. Você crê nisso?". (Jo 11:25, 26). O Messias estava olhando
para o tempo de sua segunda vinda. Nesse momento, os justos mortos ressuscitarão incor-
ruptíveis, e os vivos serão trasladados para junto do Messias sem ver a morte. O milagre
que ele estava prestes a realizar, ao ressuscitar Elazar dos mortos, representaria a ressur-
reição de todos os justos mortos. Por suas palavras e obras, declarou ser o autor da ressur-
reição. Aquele que estava, ele próprio, prestes a morrer, possuía as chaves da morte, era o
vencedor do sepulcro, e afirmou seu direito e poder de dar vida eterna" (6).
LEITURA COMPLEMENTAR
Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 410-419
Ídem, Profetas e Reis, p. 74-83; p. 140-144
Ídem, O Desejado de Todas as Nações, p. 245-249; p. 269, 270; p. 418-428
REFERÊNCIAS
(1)
Igreja Grega Alexandria
(2)
Orígenes, Homilies on Josué, Stromata 6.15 (contextualizado)
(3)
Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 417,418 (contextualizado)
(4)
Ídem, CC, p. 11, 12 (contextualizado)
(5)
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 664 (contextualizado)
(6)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 423,424 (contextualizado)
A vitória do Mashiach
sobre a morte
VERSO PARA MEMORIZAR
"Do mesmo modo que Moshe levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o
Filho do Homem; para que todo que nele confia possa ter vida eterna." (Jo 3:14, 15)
LEITURAS DA SEMANA
Ap 13:8; Mt 17:22,23; Mc 9:30-32; Jo 19:1-30; Rm 6:23; 1Co 1:18-24
Introdução
D izem que não se pode evitar a morte nem os impostos. Isso não é totalmente
verdade. As pessoas podem evitar impostos, mas não a morte. Elas podem ser
capazes de adiar a morte por alguns anos; porém, mais cedo ou mais tarde, a morte
sempre vem. E como sabemos que os mortos, tanto justos quanto ímpios, acabam, a
princípio, no mesmo lugar, a esperança da ressurreição é tudo para nós. Como disse
Rabi Shaul, sem essa esperança, mesmo "Também se esse for o caso, quem morreu
em união com o Messias está perdido.” (1Co 15:18), o que seria algo um tanto quanto
estranho de se dizer se aqueles que "adormeceram no Messias" estivessem pairando
no Céu na presença de D'us.
Portanto, a ressurreição do Messias é central para nossa confiança, pois por
meio dela temos a garantia da nossa. Mas, antes que fosse ressuscitado dos mortos,
Ele, é claro, teve que morrer. É por isso que, em meio à agonia do Gat Shmanim [Get-
sêmani], antevendo sua morte, ele orou: “Agora estou agitado. O que posso dizer?
'Pai, salva-me desta hora? Não; por esta razão é que vim a esta hora”. (Jo 12:27). E
esse propósito era morrer.
LEITURAS DA SEMANA
O povo se reune
1. Como O Messias poderia ter sido considerado "morto desde a fundação do mun-
do"? (Ap 13:8, At 2:23 e 1 Pe 1:19, 20)
“T odos os habitantes da terra a adorarão, com exceção daqueles que têm os nomes
escritos no Livro da Vida pertencente ao Cordeiro morto antes da fundação do mun-
do.” (Ap 13:8). Nessa passagem, a ideia central é que o Messias foi "morto antes da funda-
ção do mundo". Obviamente, devemos entender isso em um sentido simbólico (Revelação
- está cheio de símbolos), pois o Messias foi morto milhares de anos após a criação da Terra.
O que esse texto diz é que o plano da Redenção foi estabelecido antes da criação do mundo
e que a morte de Yeshua, o Cordeiro de D'us, seria central para ele.
"O plano de nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois do
pecado de Adam. [...] Foi um desdobramento dos princípios que, desde os séculos da eter-
nidade, têm sido o fundamento do trono de D'us" (1).
Esse plano foi revelado primeiro a Adam [Adão] e Havá [Eva] no Gan Eden (Gn 3:15,
21), e tipificado em cada sacrifício de sangue ao longo da Bíblia. Por exemplo, ao testar
Avraham, D'us providenciou um carneiro para ser sacrificado no lugar de Isaac [Its'hac]
(Gn 22:11-13). Essa substituição tipificou, de forma ainda mais clara, a natureza substituti-
va do sacrifício expiatório de Yeshua sobre o madeiro.
Assim, a morte substitutiva do Messias, o "Cordeiro de D’us! Aquele que tira o pecado
do mundo!" (Jo 1:29), é central para todo o plano da redenção, simbolizada durante séculos
por sacrifícios.
Sacrifícios são impactantes. No entanto, por que é precisamente esse impacto que
nos ensina sobre a morte do Messias em nosso lugar e o custo do pecado?
Y eshua nasceu e viveu para morrer. Cada passo que ele dava o aproximava de
seu grande sacrifício expiatório. Plenamente consciente de seu propósito, não
permitiu que nada, nem ninguém o distraísse dele. Na verdade, "toda a sua vida foi
um prefácio de sua morte" (2).
No último ano de seu serviço terrestre, Yeshua falava de forma cada vez mais ex-
plícita a seus discípulos sobre sua morte iminente; porém, eles pareciam incapazes
de aceitar e relutantes quanto à realidade das declarações dele. Imbuídos de falsas
noções sobre o papel do Messias, a última coisa que esperavam era que ele morres-
se. Em suma, o erro os levou à dor e ao sofrimento desnecessários.
Yeshua já havia declarado a Nicodemos: "Do mesmo modo que Moisés [Moshe]
levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem; para
que todo que nele confia possa ter vida eterna." (Jo 3:14, 15). Em Cesareia de Filipe,
Yeshua disse a seus discípulos [talmidim] que "ele deveria ir a Jerusalém [Ierusha-
layim] e sofrer muito nas mãos dos anciãos, dos principais cohanim e dos mestres
da Torá; e que deveria ser condenado à morte, mas que, no terceiro dia, seria trazi-
do à vida." (Mt 16:21). Ao passar, em segredo, pela Galil (Mc 9:30-32) e durante sua
jornada final a Jerusalém (Lc 18:31-34), Yeshua falou novamente a seus talmidim
sobre sua morte e ressurreição. Visto que não era o que queriam escutar, eles não
deram atenção. Para nós, é muito fácil fazer o mesmo.
Está consumado!
4. Qual é a mensagem chave na declaração de Yeshua: "Está consumado"? (Jo 19:1-
30).
O s momentos críticos para Yeshua, para a humanidade e para todo o Universo ha-
viam chegado. Com profunda agonia, ele lutou contra os poderes das trevas. Maus
espíritos tentavam vencê-Lo. Enquanto Yeshua estava no madeiro, os principais coha-
nim, os mestres da Torá e os anciãos escarneciam dele: "Ele salvou os outros, mas não é
capaz de salvar a si mesmo!". "Então ele é o Rei de Israel, não é? Se ele descer agora do
madeiro, acreditaremos nele". (Mt 27:42).
Yeshua poderia ter descido e salvado a si mesmo? Sim, ele era capaz, mas não esta-
va disposto a fazer isso. seu amor incondicional pela humanidade, incluindo aqueles
zombadores, não permitiu que ele desistisse. "Os escarnecedores estavam entre aque-
les a quem ele estava salvando por meio de sua morte; e ele não pôde descer do ma-
deiro e salvar a si mesmo porque estava preso, não pelos pregos, mas por sua vontade
de salvá-los" (3).
Em seu sofrimento, Yeshua estava derrotando o reino de Satan, embora tenha sido
o mesmo quem instigou os eventos que culminaram no sacrifício, incluindo a traição
de Judas Iscariotes (Yehuda Ish Keriot) (Jo 6:70; 13:2, 27). "De certo modo, a morte de
Yeshua é tanto um ato de Satan como um ato pelo qual ele alcança a vitória sobre Sa-
tan" (4).
Quando clamou: "Está consumado" (Jo 19:30), Yeshua não apenas sugeriu que Sua
agonia havia chegado ao fim, mas principalmente que ele havia vencido o grande con-
flito cósmico-histórico contra Satan e suas forças do mal. "Todo o Céu triunfou na vitó-
ria do Messias. Satan foi derrotado, e soube que seu reino estava perdido" (5). É difícil
entender o incrível contraste: na completa humilhação do Filho de D'us, Ele conquis-
tou, para nós e para o Universo, a maior e mais gloriosa vitória.
O pecado é mau, pois foi necessária a morte do Messias para expiá-lo. As ações
sozinhas não têm mérito diante de D'us. Podemos acrescentar algo ao que D’us já
fez por nós?
Q uando Yeshua chegou ao rio Jordão (Iarden) para ser imerso, Iochanan (Hamatvil)
exclamou: "Vejam! O Cordeiro de D’us! Aquele que tira o pecado do mundo!" (Jo 1:29).
Ele reconheceu Yeshua como o Cordeiro antitípico para quem apontavam os verdadeiros
sacrifícios descritos no Tanah. Mas sacrifícios de animais não podiam tirar pecados por si
só (Hb 10:4). Eles ofereciam apenas perdão condicional que dependia da eficácia do futuro
sacrifício do Messias. "Se reconhecermos nossos pecados, então, por ser digno de confiança
e justo, ele nos perdoará e nos purificará de toda injustiça." (1Jo 1:9).
6. Que grande esperança temos nesses versos, especialmente quando sentimos que
merecemos ser condenados por algo que fizemos? (Jo 3:16, 17).
Pense no que tudo isso significa. Aquele que criou o cosmos (Jo 1:1-3), Se ofereceu por
todos nós, um sacrifício pelos pecados, para que não sofrêssemos a justa condenação. Essa
é a grande promessa das Escrituras. "D’us amou tanto o mundo que deu seu Filho único"
para morrer por nós (Jo 3:16). Mas nunca devemos esquecer que o Messias se ofereceu vo-
luntariamente em nosso favor (Hb 9:14). O Messias morreu uma vez por todas (Hb 10:10) e
uma vez para sempre (Hb 10:12), pois seu sacrifício é todo-suficiente e nunca perde poder.
E há mais: "Se não houvesse senão uma alma que aceitasse a mensagem de sua graça, o
Messias teria, para salvar aquela alma, preferido sua vida de labuta e humilhação, e morte
de ignomínia" (6).
Seja qual for o valor que a "sabedoria deste mundo" ofereça, por que não devemos
permitir que ela interfira no que acreditamos sobre o Messias e na esperança que
recebemos através da “’insensatez’ do que anunciamos” (1Co 1:21)?
Estudo adicional
“V i que todo o Céu está interessado em nossa redenção; e seremos nós indiferentes?
Seremos descuidados, como se fosse coisa de pouca importância estarmos salvos ou
perdidos? Menosprezaremos o sacrifício feito por nós? Alguns têm agido assim. Têm brin-
cado com a misericórdia que lhes é oferecida, e o desagrado de D'us está sobre eles. O Es-
pírito de D'us não será para sempre ofendido. Ele se retirará, caso seja ofendido por um
pouco mais de tempo. Depois de ter sido feito tudo quanto D'us podia fazer para salvar os
seres humanos, caso eles mostrem, por sua vida, que menosprezam a oferecida misericór-
dia de Yeshua, a morte será a parte deles e o elevado preço a ser pago. Terão de sofrer a
angústia sentida por Yeshua, em seu sacrifício, a fim de adquirir para eles a redenção que
recusaram. E compreenderão então o que perderam - a vida eterna, a herança imortal. O
grande sacrifício feito para salvar vidas humanas mostra-nos o valor delas. Uma vez per-
dida a preciosa vida, estará perdida para sempre" (8).
LEITURAS COMPLEMENTARES:
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 550-559; p. 596-609
Ídem, CC, p. 20-32
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 11 (contextualizado)
(2)
Ídem, Fundamentos da Educação, p. 382 (contextualizado)
(3)
Alfred Plummer, An Exegetical Commentary, p. 397 (contextualizado)
(4)
George E. Ladd, Teologia do NT, p. 253 (contextualizado)
(5)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 610 (contextualizado)
(6)
Ídem, A Ciência do Bom Viver, p. 135 (contextualizado)
(7)
Stephen N. Haskell, A Cruz e Sua Sombra, p. 11 (contextualizado)
(8)
Ellen G. White, Testemunhos, v. 1, p. 116, 117 (contextualizado)
A vitória do Messias
sobre a morte
VERSO PARA MEMORIZAR
"Quando o vi, caí a seus pés como morto. Ele colocou sua mão direita sobre mim e disse:
‘Não tenha medo! Eu sou o Primeiro e o Último, o Vivente. Estive morto, mas veja! – Estou
vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do sheol." (Ap 1:17, 18)
LEITURAS DA SEMANA
Mt 27:62-66; Jo 10:17, 18; Mt 27:51-53; Jo 20:11-29; 1Co 15:5-8
Introdução
LEITURAS DA SEMANA
Tumba selada
O serviço do Messias parecia ter terminado (e até fracassado) com sua morte. O Adversário
instigou Judas (Iehudá Ish Keriot) para que traísse Yeshua (Lc 22:3, 4; Jo 13:26, 27) e os
principais sacerdotes (Cohanim) e anciãos do povo para que exigissem sua morte (Mt 26:59;
27:20). Depois que Yeshua foi preso, "todos os talmidim (discípulos de Yeshua) o abandonaram
e fugiram" (Mt 26:56), e Shimon Kefa o negou três vezes (Mt 26: 69-75). Yeshua jazia num tú-
mulo escavado em uma rocha, fechado com uma pedra grande, selado, protegido por guardas
romanos (Mt 27:57-66), e vigiado por maus espíritos invisíveis. "Se fosse possível, o príncipe
das trevas, com seu exército de rebeldes, teria mantido para sempre fechado o túmulo que
guardava o Messias, o Filho de D’us" (1).
Durante seu serviço terrestre, Yeshua havia predito não apenas sua morte, mas também
sua ressurreição. Usando a linguagem inclusiva oriental, em que uma fração de um dia repre-
senta um dia inteiro, Yeshua mencionou: "Porque, da mesma forma que Ioná (Jonas) esteve
três dias e três noites no ventre de um monstro marinho, assim o Filho do Homem ficará três
dias e três noites nas profundezas da terra." (Mt 12:39, 40). Em outras ocasiões, Yeshua ressal-
tou que seria morto, mas no terceiro dia ressuscitaria (Mt 16:21; 17:22, 23; 20:17-19). Os princi-
pais cohanim e muitos líderes p’rushim estavam cientes dessas declarações e tomaram medi-
das que eles esperavam que pudessem impedir sua ressurreição.
As medidas tomadas para manter Yeshua no túmulo só tornaram ainda mais evidente sua
vitória sobre a morte e sobre o mal, pois essas precauções foram uma tentativa de evitar que
isso acontecesse.
Esses homens tinham ouvido falar dos milagres de Yeshua e até testemunhado alguns de-
les. No entanto, pensaram que um guarda sobre o túmulo poderia impedir que ele fosse ressus-
citado?
Além disso, qual foi o pretexto para colocar um guarda junto ao túmulo? Os discípulos de
Yeshua poderiam roubar o corpo e alegar que ele havia ressuscitado? Quando perguntassem:
Onde está o Yeshua ressuscitado? Eles diriam: creiam em nossa palavra.
Suas ações revelaram o quanto temiam o Messias, mesmo após sua morte. Talvez, temes-
sem que ele pudesse ressuscitar.
Ele ressuscitou!
A vitória de Yeshua sobre Satan e o mal foi assegurada no madeiro e confirmada pelo
túmulo vazio. "Quando Yeshua foi posto no sepulcro, o adversário triunfou. Ousou acre-
ditar que o Messias não viveria novamente. Reivindicava o corpo dele e colocou sua guar-
da ao redor do túmulo, tentando manter o Messias como prisioneiro. Ficou furioso quando
seus anjos fugiram diante do mensageiro celestial. Quando viu o Messias sair em triunfo,
compreendeu que seu reino chegaria ao fim, e que ele finalmente morreria" (2). E embora
a humanidade do Messias tenha morrido, sua divindade não morreu. Em sua divindade, o
Messias possuía o poder de romper os grilhões da morte.
Durante seu serviço em Samaria-Pereia, Yeshua declarou que ele próprio tinha poder
para entregar sua vida e reavê-la (Jo 10:17, 18). O Messias disse a Marta: "Eu sou a ressurrei-
ção e a vida!" (Jo 11:25). Outras passagens falam de sua ressurreição como um ato divino (At
2:24; Rm 8:11; Gl 1:1; Hb 13:20). Até mesmo um anjo de Adonai esteve envolvido nesse even-
to glorioso (Mt 28:1, 2).
Entretanto, Matityahu revelou os esforços inúteis e tolos de muitos líderes em sua luta
contra Yeshua (Mt 28:11-15). A guarda romana contou aos líderes "tudo o que havia aconte-
cido" (Mt 28:11). Nesse relato está implícita a ideia de que os guardas tinham visto a ressur-
reição. Caso contrário, o que suas palavras significariam? Um anjo desceu do céu, moveu a
pedra, sentou-se sobre ela e os guardas desmaiaram? O que viram em seguida foi o túmulo
vazio? Talvez, enquanto os romanos estavam inconscientes, o anjo teria levado o corpo de
Yeshua? Os discípulos de Yeshua o haveriam levado? Ou alguém o havia roubado? O que
quer que tenha acontecido, o corpo dele havia desaparecido.
Todo esse relato já teria sido desconcertante para os líderes religiosos. Mas o fato de ha-
verem dado “aos soldados uma considerável soma de dinheiro” (Mt 28:12) para manter esses
homens quietos sugere que tudo o que os soldados lhes disseram os tinha perturbado pro-
fundamente. E o que falaram, é claro, foi sobre a ressurreição de Yeshua.
Alguns zombam de que os primeiros a ver o Messias ressurreto fossem romanos. Por
quê? Essa verdade simboliza o que estava por vir: a aceitação do Mashiach pelos
não-judeus?
Um terremoto marcou a morte de Yeshua (Mt 27:50, 51), e outro marcou sua ressurreição
(Mt 28:2). No momento em que ele morreu, “houve um terremoto, e as rochas se partiram.
Sepulcros foram abertos, e os corpos de muitos justos que tinham morrido foram ressuscita-
dos. Depois da ressurreição de Yeshua, eles saíram dos sepulcros, entraram na cidade santa,
onde muitas pessoas os viram” (Mt 27:51-53). Eles foram ressuscitados glorificados como
testemunhas da ressurreição do Messias e como protótipos daqueles que li serão ressuscita-
dos na ressurreição final. Assim, logo após a ressurreição de Yeshua, muitos judeus recebe-
ram evidências para crer em sua ressurreição e, assim, aceitá-lo como o Messias prometido,
o que vários fizeram, incluindo muitos sacerdotes (veja At 6:7).
"Durante seu serviço, Yeshua tinha ressuscitado mortos. Fizera reviver o filho da viúva
de Naim, a filha do líder da sinagoga e Eleazar. Esses não foram revestidos de imortalidade.
Ressurgidos, estavam ainda sujeitos à morte. Mas aqueles que ressurgiram por ocasião da
ressurreição do Messias saíram para a vida eterna. Ascenderam com ele, como troféus de
sua vitória sobre a morte e o sepulcro. [...] Esses entraram na cidade e apareceram a muitos,
declarando: 'O Messias ressuscitou dos mortos, e nós ressuscitamos com Ele!' Assim foi imor-
talizada a sagrada verdade da ressurreição" (3).
Humanamente falando, os principais sacerdotes e anciãos tinham grandes vantagens.
Eles detinham o poder religioso da nação e conseguiram até convencer as autoridades roma-
nas e as multidões a ajudá-los em seus esquemas. Mas se esqueceram de que “o Altíssimo
impera no reino dos homens e o concede a quem Ele quiser.” (Dn 4:29). Suas mentiras foram
contrariadas e invalidadas com a ressurreição daqueles justos.
Não importa quanto as coisas possam ficar ruins, por que podemos confiar na vitó-
ria final de D’us para nós enquanto ainda lutamos neste mundo decaído?
Testemunhas
4. Como os discípulos de Yeshua reagiram quando o encontraram pela primeira vez
após a ressurreição? (Jo 20:11-29 e 1 Co 15:5-8)
Os dois anjos no túmulo vazio disseram a Miriam de Magdalá e a algumas outras mulhe-
res que Yeshua havia ressuscitado (Mt 28:1, 5-7; Mc 16:1-7; Lc 23:55; 24:1-11). Mas logo o
próprio Yeshua apareceu a elas, as quais o adoraram (Mt 28:1, 9, 10; Jo 20:14-18). Ele apare-
ceu também a Shimon Kefa (Lc 24:34; 1Co 15:5) e aos dois que estavam a caminho de Emaús,
cujo coração ardia enquanto o Mestre falava com eles (Mc 16:12; Lc 24:13-35). Quando
Yeshua entrou na sala no andar superior da casa, os seus discípulos ficaram aterrorizados e
assustados a princípio, mas depois ficaram cheios de alegria e maravilhados (Lc 24:33-49; Jo
20:19-23). Uma semana depois, Yeshua entrou novamente na mesma sala sem abrir as por-
tas, e então até mesmo Toma ( תום- Tomé) creu em Sua ressurreição (Jo 20:24-29).
Durante os quarenta dias entre sua ressurreição e ascensão, Yeshua “foi visto por mais
de quinhentos irmãos, de uma só vez” (1Co 15:6) e por Iaacov (Tiago) (1Co 15:7). Yeshua Se
juntou a alguns de seus discípulos na margem do Mar da Galileia, comeu com eles e em se-
guida conversou com Shimon (Jo 21:1-23). Pode ter havido outras aparições de Yeshua (At
1:3) antes de sua aparição final no momento de sua ascensão (Lc 24:50-53; At 1:1-11). Rabi
Shaul se considerava também uma testemunha ocular do Messias ressuscitado, que lhe apa-
receu no caminho para Damasco (1Co 15:8; compare com At 9:1-9).
Quando os outros de seus discípulos disseram pela primeira vez ao ausente Toma que
tinham visto o Messias ressuscitado, ele reagiu: “Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas
mãos, não colocar meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado,
recuso-me a crer” (Jo 20:25). Uma semana depois, quando o Messias reapareceu, Toma esta-
va entre os presentes. Yeshua lhe disse: “Coloque seu dedo aqui; veja minhas mãos. Estenda
a mão e coloque no meu lado. Não tenha pouca confiança, confie!” (Jo 20:27). Então, Toma
confessou: “Adoni e Elohai - Meu Senhor e meu D’us!” E Yeshua acrescentou: “Você confiou
porque me viu? Quão abençoados os que não viram, mas confiaram mesmo assim!” (Jo
20:29).
“Quão abençoados os que não viram, mas confiaram mesmo assim!” Mesmo que
você não tenha visto por si mesmo o Messias ressurreto, que outras razões você tem
para ter confiança nele?
Bicurim, as primícias
5. Em que sentido Rabi Shaul se referiu ao Messias ressurreto como "as primícias
dos que dormem"? (1Co 15:20 com base em Dt 26:1-11)
A oferta das primícias (mitsvá de bicurim) tinha um profundo significado religioso. Era
um reconhecimento sagrado de D’us como o Provedor benevolente, que havia confiado a
Seus administradores a terra em que as colheitas cresciam e os frutos maduros para se-
rem colhidos (veja Êx 23:19; 34:26; Lv 2:11-16; Dt 26:1-11). Os primeiros frutos indicavam
não apenas que a colheita estava começando, mas também revelava a qualidade de seus
produtos.
"Ao chamar o Messias de primícias, Rabi Shaul usou uma metáfora da agricultura para
indicar que seremos como o Messias. Assim como bicurim, ou a primeira prova da li safra
madura, mostram como será o restante da colheita para aquela safra, também o Messias,
como tal, mostra como será nosso corpo ressurreto quando, na colheita divina final, Ele
nos ressuscitar dos mortos e nos trouxer à Sua presença" (4).
Vale lembrar que Yeshua saiu da sepultura com um corpo humano glorificado, mas
ainda carregava as marcas de sua morte (Jo 20:20, 27). Isso significa que os filhos de D’us
ressuscitados também carregarão as marcas físicas de seus próprios sofrimentos? No caso
do Rabi Shaul, ele ainda levará em seu corpo glorificado o “espinho na carne” (2Co 12:7) e
“as cicatrizes de Yeshua” (Gl 6:17)?
Até sua morte, ele (Shaul) "levaria sempre as marcas da glória de Yeshua no corpo, em
seus olhos, que tinham sido cegados pela luz do céu" [ver At 9:1-9] (5). Mas isso não significa
que ele ou qualquer outro dos remidos glorificados será ressuscitado com as marcas de
seus sofrimentos (compare com 1Co 15:50-54). No caso do Messias, "Ele sempre levará os si-
nais dessa crueldade. Cada vestígio dos cravos contará a história da maravilhosa redenção
do homem e o valioso preço pelo qual foi comprada" (6). Suas marcas garantem que todas
as nossas marcas desaparecerão para sempre.
Yeshua terá as marcas do madeiro. Isso revela o amor de D’us e o custo da nossa
libertação?
Estudo adicional
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 627 (contextualizado)
(2)
Ibidem, p. 630 (contextualizado)
(3)
Ibidem (contextualizado)
(4)
Wayne Grudem, Teologia Sistemática, p. 615 (contextualizado)
(5)
Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 179 (contextualizado)
(6)
Idem, História da Redenção, p. 192 (contextualizado)
(7)
Idem, O Desejado de Todas as Nações, p. 632 (contextualizado)
LEITURA COMPLEMENTAR
Ellen G. White: O Desejado de Todas as Nações, p. 617-648.
A esperança
VERSO PARA MEMORIZAR
"E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho, os que
têm a vida; os que não têm o Filho de Deus não tem a vida." (1Jo 5: 11, 12)
LEITURAS DA SEMANA
1Co 15:12-19; Jo 14:1-3; 6:26-51; 1Ts 4:13-18; 1Co 15:51-55
Introdução
LEITURAS DA SEMANA
H eródoto, historiador grego (485-425 a.e.c.), escreveu sobre uma tribo em que,
quando alguém nascia, começava um período de luto, pois eles previam o so-
frimento que a criança enfrentaria na fase adulta. Parece um ritual estranho, mas
há lógica nele.
Milênios depois, no início do século 20, um anúncio nos Estados Unidos dizia:
"Para que viver, se você pode ser enterrado por dez dólares?”
A vida pode ser difícil, mesmo que acreditemos em D’us e no olam habá. Imagi-
ne, porém, quão difícil é para os que não têm esperança de nada além desta curta
e conturbada existência. Muito se fala sobre a falta de sentido da existência, uma
vez que não apenas morremos, mas temos a percepção de que vamos morrer. Essa
percepção torna a vida aparentemente insignificante e vazia. Um pensador se re-
feriu aos seres humanos como nada além de "pedaços de carne estragada em ossos
em desintegração”. Bastante macabro, porém, é difícil argumentar contra a lógica.
Em contraste com isso, temos a promessa da vida eterna. Essa esperança está
no Messias e no que sua morte e ressurreição oferecem. Caso contrário, o que nos
resta?
Nossa esperança é preciosa. Por que devemos preservá-la, pela chessed (graça) de
D’us?
Q uatro vezes no livro Revelação, Yeshua declarou: "Venho sem demora!” (Ap 3:11;
22:7, 12, 20). A expectativa de sua breve vinda impulsionou crescimento da kehilá
e encheu de esperança incontáveis fiéis ao longo dos séculos. Mas geração após geração
passou, e esse evento prometido ainda não ocorreu. E, assim, muitos se perguntam:
por quanto tempo mais teremos que anunciar que “o Messias voltará em breve"? Essas
palavras geraram uma expectativa irreal? (Veja 2Pe 3:4).
Muitos crentes se queixam do longo "atraso" (compare com Mt 25:5). Mas como
nós, de fato, sabemos que é um longo "atraso"? Qual teria sido o tempo "certo" para o
Messias retornar? Teria sido há 50 anos, 150, 500? O que a de fato importa é a promessa
bíblica: “O Senhor não é vagaroso no cumprimento da promessa, como algumas pesso-
as pensam; ao contrário, ele é paciente com voccês. Não é seu propósito que ninguém
seja destruído, mas que todos deem as costas aos pecados.” (2Pe 3:9).
Apesar dos longos séculos passados desde que Yeshua ascendeu ao Céu, a promessa
de Sua vinda permanece sendo relevante até hoje. Por quê? Porque tudo o que temos é
uma vida curta (Sl 90:10), seguida por um descanso inconsciente na sepultura (Ec 9:5,
10), e então a ressurreição final, sem nenhuma oportunidade posterior de mudar nosso
destino (Hb 9:27). No que diz respeito aos mortos (conforme a lição 3), visto que todos
eles estão dormindo e inconscientes, a segunda vinda do Messias não tarda mais que
alguns instantes depois que morrem. Para você (assim como para todo o povo de Deus
de todas as épocas), o retorno do Messias não tardará mais do que alguns instantes
após sua morte. Isso significa muito em breve, não é?
Cada dia que passa é um dia a menos para a gloriosa aparição do Messias Yeshua
nas nuvens do céu. Embora não saibamos quando Ele virá, podemos ter certeza de que
Ele virá, e isso é o que realmente importa.
Alguém argumentou certa vez que não se importava com o tempo que faltava para
o Messias voltar, contanto que ele venha. Essa lógica funciona para você? Ela pode
ajudá-lo se estiver desanimado porque o Messias ainda não retornou? “Creio com
plena fé na vinda de Mashiach. Mesmo que demore, esperarei por sua vinda a cada
dia.” (2)
Eu o ressuscitarei
3. Como Yeshua associou a dádiva da vida eterna com a ressurreição final dos justos
(tsadikim)? (Jo 6:26-51)
Em seu shiur, Yeshua destacou três conceitos básicos em relação à vida eterna.
Primeiro, ele se identificou como "o pão que desce do Céu e dá vida ao mundo" (Jo
6:33, 58). Ao declarar "Eu sou o pão da vida" (Jo 6:35, 48), Yeshua Se apresentou como o
grande "Eu Serei o que serei" da Torá (Êx 3:14). Em segundo lugar, Yeshua explicou que
a vida eterna pode ser assegurada Nele: "quem vem a Mim" e "quem crê em Mim" terá
essa bênção (Jo 6:35). E, finalmente, vinculou o dom da imortalidade com a ressurrei-
ção final, assegurando três vezes: "e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6:40, 44, 54).
Yeshua também fez esta promessa incrível: “Eu lhes digo: quem confia possui a
vida eterna.” (Jo 6:4 7). Assim, o dom da vida eterna já é uma realidade presente. Con-
tudo, isso não significa que o crente nunca morrerá, pois a própria expressão "ressus-
citarei" (Jo 6:40) pressupõe voltar à vida.
O quadro é claro. Sem o Messias, não há vida eterna. Mas, mesmo depois de aceitar
o Messias e ter a certeza da vida eterna, continuamos, por ora, sendo mortais e, por-
tanto, sujeitos à morte natural. Na sua vinda próxima, o Messias ressuscitará os mortos
que creram nele e, naquele momento, dará a eles o dom da imortalidade. O dom é
garantido, não por causa de uma suposta imortalidade natural da alma, mas por causa
da justiça do Messias, que vem a nós pela confiança nele.
Yeshua disse que, se você crer nele, tem a vida eterna! Como essa promessa maravi-
lhosa pode ajudá-lo a lidar com a dolorosa realidade de nossa mortalidade presen-
te, embora temporária?
Ao som do shofar
4. Como Rabi Shaul corrigiu o equívoco relacionado com a falta de esperança dos
Tessalonissences? (1 Ts 4:13-18)
O encontro eterno
5. Sobre qual "mistério" Rabi Shaul explicou em sua carta à comunidade de Corinto?
(1 Co 15:51-55)
A lguns sugerem que esse "mistério" (1Co 15:51) é o "arrebatamento secreto", que
deve ocorrer sete anos antes da gloriosa segunda vinda do Messias. Nesse "ar-
rebatamento secreto”, fiéis são repentina, silenciosa e secretamente levados para o
Céu enquanto todos os outros permanecem aqui indagando o que ocorreu com eles.
Pessoas poderão, de repente, estar em um carro sem motorista, porque o motorista
foi arrebatado para o Céu, e tudo o que “restou são suas roupas". O best-seller de 16
volumes Deixados para Trás, transformado em quatro filmes, promoveu esse falso
ensinamento, expondo milhões de pessoas a ele.
Nenhuma passagem bíblica endossa uma distinção tão artificial entre o arre-
batamento e a segunda vinda. O "mistério" ao qual Rabi Shaul estava se referindo
é a transformação dos justos (tsadikim) vivos para se juntarem aos ressuscitados
no retorno do Messias. Esse é o "arrebatamento". Não há “arrebatamento secreto"
porque a volta do Messias será visível a todos os vivos (Ap 1:7), e tanto a ressurrei-
ção dos mortos quanto a transformação dos vivos ocorrerão ao som do shofar (1Co
15:51, 52).
Na segunda vinda ocorrerá o encontro mais incrível de todos os tempos. Os jus-
tos vivos são transformados "num momento, num abrir e fechar de olhos" (1Co
15:52). À voz de D’us, eles são glorificados, são feitos imortais e, com os justos res-
suscitados, são arrebatados para encontrar o Senhor nos ares. Os anjos (melachim)
"reunirão os seus escolhidos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos
céus" (Mt 24:31). "Crianças serão levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães.
Amigos separados pela morte, por longo tempo, se encontrarão para nunca mais se
separarem e, com cânticos de alegria, subirão juntos para a cidade de D’us" (5).
Essa é uma promessa tão incrível, tão diferente de tudo que experimentamos que é
difícil de entender. Mas pense na vastidão do cosmos, bem como na complexidade
da vida. A criação testifica do incrível poder do Eterno. O que isso nos ensina sobre
o poder de D’us para transformar os vivos e ressuscitar os mortos?
Estudo adicional
“O s romanos", escreveu Stephen Cave, "conheciam bem a crença de que um dia res-
suscitariam fisicamente da sepultura e faziam tudo o que podiam para zombar
dessa esperança, bem como impedi-la. Um relatório de uma perseguição na Gália em 177
d.e.c. registra que os mártires foram primeiro executados, depois seus cadáveres foram
deixados para apodrecer, sem serem enterrados, por seis dias antes de ser queimados e as
cinzas jogadas no rio Ródano - 'Agora vamos ver se eles se levantarão novamente’, teriam
dito os romanos" (6).
Esse exemplo de ceticismo é irrelevante, pois não provou nada sobre a promessa da
ressurreição presente nas escrituras. O poder que ressuscitou Yeshua também pode fazer o
mesmo por nós, independentemente do estado do nosso corpo. Afinal, se esse poder criou
e sustenta o cosmos, pode transformar os vivos e ressuscitar os mortos.
“'D'us, mediante o Messias, trará, em Sua companhia, os que dormem’ (1Ts 4:14). Mui-
tos dão a essa passagem a interpretação de que os que dormem serão trazidos com o Mes-
sias do Céu; mas Rabi Shaul queria dizer que, como Yeshua ressuscitou dos mortos, assim
D’us chamará de suas sepulturas os justos (tsadikim) que dormem e os levará Consigo para
o Céu" (7).
LEITURAS COMPLEMENTARES
Ellen G. White: Atos dos Apóstolos, p. 162-170; p. 201-205
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen White, Filhos e Filhas de Deus, p. 349 (contextualizado)
(2)
13 princípios de fé, Maimônides (12ª)
(3)
Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 164 (contextualizado)
(4)
Jeffrey A. D. Weima, 1 - 2 Thessalonians, p. 319 (contextualizado)
(5)
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 534 (contextualizado)
(6)
Stephen Cave, Immortality, p. 104, 105 (contextualizado)
(7)
Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 164, 165 (contextualizado)
Textos controversos
VERSO PARA MEMORIZAR
"Vocês continuam a examinar o Tanah por pensar que nele terão vida eterna. Essas
mesmas Escrituras dão testemunho a meu respeito." (Jo 5:39)
LEITURAS DA SEMANA
Lc 16:19-31; 23:43; Jo 20:17; Fp 1:21-24; 1Pe 3:13-20; Ap 6:9-11
Introdução
S himon Kefa nos exorta: “Tratem, porém, o Messias como santo, como Senhor
no coração de vocês, enquanto permanecem preparados para dar uma resposta
racional a todo que lhe pedir explicação da esperança que há em vocês - contudo,
com humildade e temor” (1Pe 3:15). E Rabi Shaul nos encoraja: “Anuncie a Palavra!
Esteja pronto quer seja o tempo favorável quer não. Convença, censure e exorte
com paciência inesgotável e com o ensino. Porque vem o tempo em que as pessoas
não terão paciência com o ensino sadio” (2Tm 4:2, 3). Sendo assim, devemos atentar
não apenas às passagens cuja explicação facilmente se ajusta às nossas crenças,
mas também devemos lidar com passagens que são comumente usadas para ensi-
nar algo diferente do que acreditamos.
Ao fazermos isso, devemos seguir o exemplo inspirador de Yeshua. "O próprio
Messias nunca omitiu uma palavra da verdade, mas sempre a disse com amor. [...]
Nunca foi rude, nunca proferiu desnecessariamente uma palavra severa e jamais
provocou sem motivo uma dor a uma pessoa frágil. Não censurava a fraqueza hu-
mana" (1).
Nesta semana estudaremos algumas passagens intrigantes usadas para justifi-
car a imortalidade natural da alma. Essas reflexões devem fortalecer nossas pró-
prias convicções e nos ajudar a responder com bondade àqueles que questionam
esse ensinamento crucial.
LEITURAS DA SEMANA
O rico e Elazar
1. Por que essa história não é uma descrição literal da vida após a morte? (Lc 16:19-
31)
A lguns estudiosos sugerem que a parábola do Rico e Elazar (Lázaro) contada por
Yeshua deva ser interpretado de forma literal, isto é, como uma descrição do estado
dos mortos. Porém, essa visão levaria a várias conclusões que contraria os profetas e iria
contradizer muitas dos textos que já examinamos.
Primeiro, teríamos que admitir que o Céu e sheol estão próximos o suficiente para
permitir uma conversa entre os habitantes de ambos os lugares (Lc 16:23-31). Teríamos
também de supor que, na vida após a morte, enquanto o corpo jaz na sepultura, permane-
ce uma forma consciente da alma espiritual com "olhos", "dedo", "língua" e que até sente
sede (Lc 16:23, 24).
Se essa passagem fosse uma descrição do estado humano na morte, o Céu não seria um
lugar de felicidade, visto que os justos (tsadikim) poderiam acompanhar os sofrimentos
intermináveis de seus queridos, e até mesmo dialogar com eles (Lc 16:23-31). Uma mãe
poderia ser feliz no ceio de Avraham ao contemplar as agonias intermináveis de seu filho
amado no sheol? Em um contexto assim, seria impossível o cumprimento da promessa de
que no mundo vindouro não haverá mais tristeza, nem choro, nem dor (Ap 21:4).
Devido a tais incoerências, muitos estudiosos modernos consideram a história do rico
e Elazar uma parábola da qual nem todos os detalhes podem ser interpretados literalmen-
te. O professor e escritor George E. Ladd acredita que essa história provavelmente tenha
sido “uma parábola que fez uso do pensamento judaico corrente e não teve intenção de
ensinar nada sobre o estado dos mortos" (2).
O relato dessa parábola [midrash] ensina que [1] status e reconhecimento social no
presente não são os critérios para a recompensa futura e [2] o destino eterno de cada um é
decidido nesta vida e não pode ser revertido na vida após a morte (Lc 16:25, 26).
“Mas Avraham respondeu: ‘Se não ouvem Moshé e os Profetas, tampouco se deixa-
rão convencer, ainda que ressuscite alguém dos mortos!’ “ (Lc 16:31). O que apren-
demos com Yeshua sobre a autoridade da Bíblia e nossa maneira de reagir a ela?
U m dos textos mais usados para defender o ensino da imortalidade da alma está em
Lucas (Lc 23:43) “Yeshua lhe disse: ‘Sim, eu lhe prometo que você estará hoje comi-
go no Gan-Eden’ ”. A maioria das versões traduzem esse texto de maneira semelhante,
dando a impressão de que, no mesmo dia em que o Messias morreu, ele e o ladrão
estariam juntos no Gan-Éden (paraíso). Isso não deveria nos surpreender, pois essas
traduções foram feitas por estudiosos bíblicos que creem no dogma da imortalidade
natural da alma. Mas seria essa a melhor tradução do texto?
2. Como a promessa ao ladrão arrependido no madeiro deve ser entendida à luz das
palavras de Yeshua a Miriam de Magdalá (Maria Madalena) e de sua promessa aos
seus discípulos (talmidim)? (compare Lc 23:43 com Jo 20:17 e 14:1-3)
A suposição de que Yeshua e o ladrão tivessem ido naquele dia para o Gan-Éden
contradiz as palavras de Yeshua a Miriam após sua ressurreição, que afirmam que
ele ainda não havia voltado ao Pai. Essa ideia equivocada, de que Yeshua e o ladrão
arrependido teriam ido para Céu naquele dia, também contradiz a promessa de que
os discípulos de Yeshua seriam levados para o paraíso somente na sua segunda vinda
(Jo 14:1-3).
A questão do texto é se o advérbio "hoje" (σήμερον - sémeron) deve ser ligado ao
verbo que o segue, "ser", ou ao verbo que o precede (“dizer") (Lc 23:43). O professor e
escritor Wilson Paroschi reconhece que "do ponto de vista gramatical" é praticamente
impossível determinar a alternativa correta. "Lucas, no entanto, tem uma tendência
definida de usar esse advérbio com o verbo precedente. Isso acontece em 14 das 20
ocorrências de σήμερον em Lucas e Atos” (3).
Assim, a leitura mais natural do texto seria: “Eu lhe prometo hoje, que você esta-
rá comigo no Gan-Eden” (Lc 23:43). Nesse caso, a expressão idiomática “lhe prometo
hoje" enfatiza a relevância e solenidade da afirmação “estará Comigo no Gan-Eden“.
Em suma, Yeshua estava prometendo a ele, então e ali, que um dia ele receberia a vida
eterna.
Apesar de seu pecado e de não ter nada a oferecer a D’us, o ladrão recebeu a pro-
messa de vida eterna (Lc 23:39-43). Essa história revela a verdade da redenção me-
diante a confiança no Mashiach? Quais são as semelhanças e diferenças entre a
nossa situação e o caso do ladrão?
S haul era movido pela paixão de viver “unido ao Messias" no presente (2Co 5:17) e
"com o Messias" após a sua volta (1 Ts 4:17). Para ele, nem a morte abalaria a certeza
de pertencer ao Mashiach. Ele escreveu: "nem morte nem vida" poderá "nos separar do
amor de D’us, que procede mediante o Messias Yeshua, nosso Senhor.” (Rm 8:38, 39).
“Porque se vivemos, vivemos para o Senhor, se morremos, morremos para o Senhor.
Então, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor.” (Rm 14:8). Com essa
certeza em mente, Rabi Shaul falou a respeito dos crentes que já haviam morrido como
os que morrem unidos ao Messias e que serão ressuscitados na segunda vinda dEle
para receber a vida eterna (1Co 15:16-18; 1Ts 4:13-18).
Quando ele mencionou seu "desejo de partir e estar com o Messias” (Fp 1:23), suge-
riu que após a morte sua alma partiria para viver conscientemente com o Senhor? De
jeito nenhum! Nesse texto, “ele verbaliza seu desejo de deixar esta presente existência
conturbada e estar com o Messias, sem fazer referência a nenhum lapso de tempo que
possa ocorrer entre os dois eventos. Esse verso não ensina que Rabi Shaul esperava ir
para o Gan-Eden ao morrer. Ele deixou bem claro que não receberia sua recompensa
até a segunda vinda (2Tm 4:8). Aqui, ele declara que a primeira coisa que veria após
sua partida (morte) seria a vinda do Messias nas nuvens do céu para ressuscitar os
mortos e, a partir de então, estaria 'para sempre com o Senhor' (1Ts 4:17). Também se
deve notar que os autores bíblicos, às vezes, referem-se a dois eventos juntos, os quais
podem estar separados por um longo tempo" (4).
Mas por que Rabi Shaul preferiria morrer a viver? Porque então ele poderia final-
mente descansar de todos os seus problemas, sem mais ter que sofrer dores no corpo
(Ap 21:4). E faria isso com a plena certeza de que receberia "a coroa da justiça" na se-
gunda vinda (2Tm 4:6-8). Embora Rabi Shaul certamente não quisesse morrer, sabia o
que aconteceria quando morresse.
Em tempos difíceis, quem não imaginou que seria bom fechar os olhos na morte e,
depois, "estar com o Messias"? Isso nos ajuda a entender o que Rabi Shaul disse em
Filipenses?
A abertura do quinto selo (Ap 6:9) revela uma cena inusitada. a alma dos dos que ha-
viam sido mortos por terem anunciado a Palavra de D’us foram vistas metaforica-
mente "debaixo do altar” clamando a D’us por vingança (Ap 6:9-11). Alguns comentaristas
tendem a identificar esse "altar" como o altar de incenso mencionado no sétimo selo (Ap
8:1-6). Mas a referência a "sangue" (em vez de "incenso") nos leva a ver uma alusão ao
altar do holocausto, onde era derramado o sangue dos sacrifícios (Lv 4:18, 30, 34). Assim
como o sangue desses sacrifícios costumava ser aspergido ao redor do altar, o sangue dos
justos (tsadikim) que haviam sido mortos foi simbolicamente derramado no altar de D’us
quando, ao permanecer fiéis à palavra de D’us e por terem dado o Testemunho. (Ap 6:9,
veja também 12:17; 14:12), eles perderam a vida.
A "alma" sob o altar é simbólica. Ao considerá-la de forma literal, seria necessário
concluir que os justos que foram mortos não estão felizes no paraíso, pois clamam por
vingança. Esse quadro dificilmente soa como se estivessem desfrutando a recompensa da
redenção. O desejo de vingança pode tornar miserável a vida. Mas a morte também?
Além disso, é importante lembrar que o texto não fala de como o paraíso realmente é.
"Lá, não há cavalos nas cores branca, vermelha, preta e amarela com cavaleiros de aspecto
guerreiro. Yeshua não aparece na forma de um cordeiro como tendo sido morto. Os quatro
seres viventes não representam criaturas aladas reais com as características animais cita-
das. […] De igual modo, não há “alma” debaixo de um altar no Céu. Toda a cena consiste em
uma representação pictórica e simbólica" (5).
O Escritor e professor George E. Ladd escreveu: "No exemplo presente (Ap 6:9-11), o
altar é claramente o altar do sacrifício onde o sangue sacrificial era derramado. O fato de
Iochanan ter visto a alma dos mártires sob o altar não tem nada a ver com o estado dos
mortos, nem com a situação deles no estado intermediário; é apenas uma forma vívida de
retratar o fato de que eles haviam sido martirizados em nome de seu D’us" (6).
Quem já não clamou por justiça, e espera que ela seja feita? Por que devemos confiar
no Eterno que a justiça finalmente virá? Que conforto obtemos com essa promessa?
ROSH CHODESH
Estudo adicional
"N a parábola do rico e Elazar (Lázaro), Yeshua mostrou que nesta vida as pessoas
decidem seu destino eterno. Durante o tempo da graça de D’us, esta é oferecida a
toda a humanidade. Mas, se os seres humanos desperdiçam as oportunidades na satisfação
própria, afastam-se da vida eterna. Não lhes será concedida nova oportunidade" (7).
"Quando os primeiros judeus messiânicos foram exilados para as montanhas e deser-
tos, quando abandonados em masmorras para morrer de fome, de frio, ou pela tortura,
quando o martírio parecia ser o único caminho para saírem de sua angústia, alegraram-se
de que fossem considerados dignos de sofrer por amor ao Messias, que por eles foi morto.”
(8)
.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 148-155
Ídem, O Desejado de Todas as Nações, p. 596-609
Ídem, Fundamentos da Educação, p. 504
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 276 (contextualizado)
(2)
G. E. Ladd, “Eschatology", 1962], p. 388 (contextualizado)
(3)
Wilson Paroschi, "The Significance of a Comma", p. 7 (contextualizado)
(4)
Bíblia de Estudo Andrews, p. 1545, nota de Fp 1:23 (contextualizado)
(5)
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 861 (contextualizado)
(6)
A Commentary on the Revelation of John, p. 103
(7)
Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 140 (contextualizado)
(8)
Ídem, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 181 (contextualizado)
ROSH CHODESH
Sheol
VERSO PARA MEMORIZAR
"Testem todas as coisas - fiquem com o que for bom" (1Ts 5:21)
LEITURAS DA SEMANA
Mc 9:42-48; MI 4:1; Jd 7; 1Tm 2:5; At 2:29, 34, 35; 1Jo 5:3-12
Introdução
O poeta italiano Dante Alighieri (1265-1321) escreveu sua famosa obra, A Divina Comé-
dia, uma jornada fictícia da alma após a morte. A alma ia para o inferno no interior
da terra; ou ao purgatório, onde o espírito humano poderia purificar-se e se tornar digno
de ascender ao Céu; ou ao paraíso, à presença do próprio D’us.
Apesar de ser apenas um poema, uma ficção, a palavra de Dante acabou tendo gran-
de influência no pensamento religioso mundial. A noção básica de que uma alma imortal
vai para o inferno, ou para o purgatório, ou para o paraíso é fundamental para muitos
hoje em dia. Muitas religiões também acreditam em uma alma imortal que após a morte
ascende ao paraíso ou desce ao inferno. De fato, se a alma humana nunca morre, então
tem que ir para algum lugar depois que o corpo morre. Em suma, uma falsa compreen-
são da natureza humana tem levado a terríveis erros teológicos.
Nesta semana vamos tratar de algumas dessas teorias, bem como da visão bíblica do
que acontece após a morte.
LEITURAS DA SEMANA
Vermes imortais?
1. Como você entende a expressão "não desaparecerá o verme"? (Is 66:24; Mc 9:42-
48)
A lguns interpretam o substantivo singular "verme" (Is 66:24 - Mc 9:48) como uma alu-
são à suposta alma ou espírito desencarnado do ímpio que, após a morte, voa para o
inferno, onde nunca morre e sofre eterno tormento.
Mas essa interpretação não reflete a noção bíblica de morte inconsciente; também
ignora o contexto dessa passagem na Bíblia Hebraica. Na verdade, '"verme' no singular é
usado para se denominar 'os vermes' de modo geral - não quer dizer um único verme. A
referência é a vermes que se alimentam de corpos em decomposição" (1).
Yeshua citou o Tanah, que diz: "Ao sair, verão os cadáveres dos homens que transgre-
diram contra Mim. Pois não desaparecerá o verme que os devora nem o fogo que os
consome, e se constituirão em horror para toda a carne." (Is 66:24 citado em Mc 9:42-48)
Essa cena metafórica assustadora retrata um campo de batalha com os inimigos de
D’us mortos no chão e sendo destruídos. Os corpos não consumidos pelo fogo são decom-
postos pelos vermes, ou talvez primeiro pelos vermes e depois pelo fogo. Seja como for,
não há nenhuma referência a qualquer suposta alma que escapa da destruição do corpo
e voa para o inferno.
Mas e os "vermes" que nunca morrem? A linguagem metafórica de Isaías 66:24 (cita-
da em Mc 9:48) não sugere que esses vermes sejam imortais (vermes imortais?). A ênfase
é ao fato de que os vermes não deixam sua tarefa incompleta. Em outras palavras, eles
continuam a devorar os corpos dos ímpios até que sejam destruídos. Por outro lado, os
filhos de D’us fiéis habitarão alegremente nos "os céus e a nova terra" e adorarão a D’us
em Sua própria presença (Is 66:22, 23). Com destinos tão contrastantes em mente, não é
de admirar que Yeshua tenha declarado que seria muito melhor alguém entrar no reino
de D’us sem uma parte crucial de seu corpo - sem mão, pé ou mesmo olho - do que ter um
corpo perfeito que será destruído por vermes e fogo (Mc 9:42-48).
Fogo eterno
E m seu livreto para crianças, o padre católico John Furniss (1809-1865) ilustrou o
tormento eterno por meio de uma grande bola de ferro sólido, maior que os céus
e a Terra. "Um pássaro vem uma vez a cada cem milhões de anos e toca a grande
bola de ferro com uma pena de sua asa" (2). O autor argumenta que o tormento dos
pecadores no inferno continua mesmo depois de a bola de ferro ser desgastada por
esses toques ocasionais de penas! O triste é que muitos protestantes acreditam que
isso acontece com os perdidos.
A verdade sobre o fogo eterno é diferente da crença no inferno e revela o amor divi-
no, em contraste com a ideia de tormento?
Os justos no Guehinom
M uitos judeus hoje em dia creem que “a alma precisa passar por uma série de purifi-
cações para poder entrar no Gan Éden (conhecido como paraíso). Muitos chamam
esta fase de purgatório (Guehinom)”, acreditam que o Guehinom “não é uma punição,
mas um sofrimento espiritual, um processo de refinamento pelo qual a alma precisa pas-
sar para se purificar dos pecados cometidos e elevar-se nos diferentes reinos espirituais.
Só então a alma vai para o Gan Éden” (3); essa crença dentro do judaísmo contemporâneo
se aproxima ao que a Igreja Católica Romana defende: “que os mortos que não merecem
o inferno podem ter seus pecados purgados no purgatório e então ascender ao paraíso.
Seus sofrimentos no purgatório podem ser reduzidos pelas orações e penitências dos
entes queridos, bem como por outros atos em favor dos mortos."
Sobre o purgatório o catecismo afirma: "Os que morrem na graça e na amizade de
D’us, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem de-
pois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na
alegria do céu. [...] A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de
penitência a favor dos defuntos" (4).
O que erros como o Guehinom ou o tormento eterno nos ensinam sobre a importân-
cia da crença? O que acreditamos é importante, e não apenas em quem acredita-
mos?
4. Como as Escrituras lançam luz sobre o estado dos mortos e dos que aguardam a
ressurreição? (At 2:29, 34, 35 e 1 Co 15:16-18)
A Bíblia Hebraica ensina que todos os seres humanos que já estão no Céu foram trasla-
dados vivos, como no caso de Enoque [Hanóh] (Gn 5:24) e Elias [Eliáhu] (2Rs 2:9-11), ou
ressuscitados, como Moisés [Moshe] (Jd 9) e os ressuscitados com o Messias (Mt 27:51-53).
Como vimos, a alusão às almas "debaixo do altar" clamando a D’us por vingança (Ap
6:9-11) é apenas uma metáfora para a justiça e não prova a teoria da imortalidade natural
da alma. Caso contrário, dificilmente pareceria que essas pessoas estivessem desfrutando
da recompensa. A sepultura é um lugar de descanso para os mortos, que inconscientemen-
te aguardam a ressurreição, quando sua existência consciente será restaurada. Os mortos,
mesmo os justos, não são almas desencarnadas que vagam pelo Céu, esperando para se
reunir a seus corpos na ressurreição final.
Além disso, sobre o que Shaul poderia estar falando na carta aos Coríntios (1 Co 15:18),
quando disse que se não houvesse ressurreição dos mortos, então "os que adormeceram
no Messias estão perdidos". Como poderiam estar perdidos se já estão na bem-aventurança
do Céu, e estão lá há tanto tempo, desde que morreram? Uma doutrina central da Bíblia
Hebraica, a ressurreição dos mortos por ocasião do retorno do Messias, é anulada pelo
falso ensino de que os justos mortos voam para sua recompensa eterna logo após a morte.
No entanto, ouvimos isso o tempo todo (TV, filmes, até em funerais religiosos).
Como ajudar as pessoas a entender que a ideia de que os mortos estão dormindo
uma "boa notícia''. pois eles estão em repouso e não experimentam dor e sofrimen-
to?
A visão bíblica
5. Por que Iochanan [João] limita a "vida eterna" aos que estão no Messias? (1Jo 5:3-
12)
Estudo adicional
LEITURAS COMPLEMENTARES
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 444-562
REFERÊNCIAS
(1)
Robert Bratcher e Eugene A. Nida, A Translator's Handbook, p. 304 (contextualizado)
(2)
James Duffy, The Sight of Hell, 1874, p. 24 (contextualizado)
(3)
Vida após a vida, pt.chabad.org
(4)
Catecismo da Igreja Católica , Edições Loyola, 2022, p. 290, 291 (contextualizado)
(5)
Ellen G. White, Manuscript 51, 10 de dezembro de 1890 (contextualizado)
(6)
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 454, 455 (contextualizado)
Enganos do fim
dos tempos
VERSO PARA MEMORIZAR
"Não há nada de surpreendente nisso, porque o próprio Adversário se faz passar por anjo
de luz; portanto, não é grande coisa que seus colaboradores passem por servos da justiça.
Eles receberão o que suas obras merecem." (2Co 11:14, 15)
LEITURAS DA SEMANA
Mt 7:21-27; Jo 11:40-44; 1Pe 3:18; 1Sm 28:3-25; Ef 6:10-18
Introdução
LEITURAS DA SEMANA
PARASHÁ 8 וישלחVAYISHLACH [e enviou]: Gn 32.4(3)-36.43
HAFTARÁ: Ob 1-21; Os 11.7-12.12
BRIT HADASHÁ: 1Co 5.1-13; Ap 7.1-12; Mt 26.36-46
TEHILIM: Sl 140
Misticismo
1. À luz das palavras do Messias, o que significa construir nossa casa "sobre a rocha"
e construí-la "sobre a areia"? (Mt 7:21-27)
Como podemos combater a tendência humana de deixar que nossas emoções e de-
sejos nos levem a fazer coisas contrárias à Palavra de D’us? Como ajudar as outras
pessoas nessa Luta espiritual?
A lguns dos argumentos modernos mais populares para provar a teoria da imor-
talidade natural da alma são as experiências de quase morte. Em seu livro, Vida
Depois da Vida: O que acontece quando uma pessoa morre? Uma pesquisa séria e im-
pressionante do fenômeno da sobrevivência à morte física (2), Raymond A. Moody Jr.
apresentou os resultados de seu estudo de cinco anos acerca de mais de cem pessoas
que experimentaram morte clínica e foram reanimadas. Essas pessoas afirmaram ter
visto um ser de luz amoroso e caloroso antes de voltarem à vida. Isso tem sido consi-
derado "prova incontestável da sobrevivência do espírito humano depois da morte"
(contracapa). Muitos outros livros promovem a mesma ideia (veja a lição 2).
2. Por que os relatos bíblicos de ressurreição não falam sobre uma existência cons-
ciente enquanto as pessoas ressuscitadas estiveram mortas? 1Rs 17:22-24; 2Rs 4:34-
37; Mc 5:41-43; Lc 7:14-17; Jo 11:40-44
As Experiências de quase morte muitas vezes vêm com o selo de aprovação científi-
ca. O que isso nos ensina sobre o cuidado que devemos ter até mesmo com o que a
"ciência" supostamente "prove"?
Reencarnação
A noção pagã de uma alma imortal provê a base para a teoria não bíblica da reencar-
nação ou transmigração da alma. Essa teoria é adotada por algumas das principais
religiões do mundo. É também uma crença dentro do judaísmo, embora não seja uma
crença judaica. Enquanto a maioria dos acredita na existência de uma alma imortal
permanente após a morte, aqueles que acreditam na reencarnação sustentam que essa
alma imortal passa por muitos ciclos de morte e renascimento na Terra.
Para alguns, a reencarnação é considerada um processo de evolução espiritual que
permite ao espírito atingir níveis cada vez mais elevados de conhecimento e moralida-
de em sua jornada para a perfeição.
3. Se o Messias morreu apenas "uma vez" (Hb 9:28; 1Pe 3:18) e da mesma forma todos
os seres humanos morrem apenas "uma vez" (Hb 9:27), por que muitos acreditam
em alguma forma de reencarnação? (Hb 9:25-28 e 1 Pe 3:18.)
Muitos acreditam não no que deveriam, mas no que querem. Se uma teoria lhes
traz paz e conforto existencial, isso é suficiente para resolver a discussão. Mas, não
devemos aceitar, apenas com base nisso, a teoria da reencarnação.
Primeiro, essa teoria contradiz os ensinos bíblicos da mortalidade da "alma" e da
ressurreição do corpo (1 Ts 4:13-18). Segundo, ela rejeita a doutrina da redenção pela
graça através da confiança na ação redentiva de D’us através do Mashiach (Ef 2:8-10)
e a substitui por ações humanas. Terceiro, a teoria contradiz o ensino bíblico de que o
destino eterno é decidido para sempre pelas decisões da pessoa nesta vida (Mt 22:1-14;
25:31-46). Quarto, essa teoria minimiza o significado e a relevância da vinda do Messias
(Jo 14:1-3). E, quinto, a teoria propõe oportunidades após a morte para alguém ainda
superar as dificuldades espirituais de sua própria vida, o que não é bíblico (Hb 9:27).
Em suma, não deveria haver lugar para a ideia de reencarnação dentro da crença
judaica.
A palavra "necromancia" deriva dos termos gregos νεκρός (nékros), morto, e μαντεία
(manteia), adivinhação. Praticada desde os tempos antigos, a necromancia é uma for-
ma de convocar os supostos espíritos ativos dos mortos para obter conhecimento, muitas
vezes sobre eventos futuros. O culto aos ancestrais, por sua vez, é o costume de venerar os
ancestrais falecidos, visto que ainda são considerados familiares, e cujos espíritos podem,
acredita-se, influenciar os assuntos dos vivos. Essas práticas pagãs podem ser muito atraen-
tes para aqueles que acreditam em uma alma imortal e que também sentem falta de seus
entes queridos falecidos.
4. Quais lições espirituais contra qualquer suposta comunicação com os mortos po-
dem ser extraídas da experiência do rei Saul [Shaul] com a médium (necromante) em
En-Dor? (1 Sm 28:3-25).
Com que frequência, sob estresse, fazemos coisas que sabemos ser erradas? Por
que a emuná, a tefilá e a obediência à Palavra são a única defesa segura contra nós
mesmos?
A s personificações dos mortos e outras aparições de maus espíritos (anjos) são seme-
lhantes à necromancia. As personificações podem ocorrer na forma de um familiar
falecido, amigo ou pessoa. A aparência física e a voz são semelhantes às do falecido. Esses
artifícios serão usados para enganar os que não estão fundamentados na Torá. "Esses
espíritos mentirosos personificam os sábios e os representam como contradizendo o que
escreveram sob a inspiração do Espírito Sagrado (Ruach Hakodesh). [...] Como ato culmi-
nante no grande drama do engano, o próprio Satan personificará o Messias" (4).
Rabi Shaul nos adverte que "Porque nós não lutamos contra seres humanos, mas con-
tra os líderes, as autoridades e os poderes cósmicos que governam as trevas, contra as
forças espirituais do mal na esfera celestial." (Ef 6:12). Só podemos ser protegidos contra
esses enganos estando vestidos com "toda a armadura de D’us", “Usem o cinto da verdade,
preso em torno da cintura; revistam-se da justiça como couraça, e usem nos pés a pron-
tidão procedente das boas-novas de shalom. Sempre usem o escudo da confiança, com o
qual poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Tomem o elmo da libertação'
com a espada concedida pelo Espírito, que é a Palavra de D’us, enquanto oram em todas as
ocasiões, com todos os tipos de oração e súplica, no Espírito, de forma vigilante e persisten-
te, por todo o povo de D’us.” (Ef 6:13-18).
As personificações e aparições de maus espíritos podem ser assustadoras e engana-
doras, mas não podem enganar os que são protegidos por D’us e estão fundamentados na
Sua Palavra. Do ponto de vista de crença, os que acreditam no princípio bíblica da imor-
talidade condicional do ser humano sabem que qualquer aparição ou comunicação com
os mortos é de origem maligna e precisa ser rejeitada pela graça do Eterno. Não importam
quão poderosa, convincente e aparentemente real seja a manifestação, devemos permane-
cer firmes no ensino de que os mortos estão dormindo na sepultura.
Imagine, porém, perder um ente querido e depois crer que ele apareceu para você. E
se ele lhe expressar amor, dizer o quanto sente sua falta e falar coisas que só ele saberia?
E se ele disser que agora está em um lugar melhor? Se uma pessoa não está fundamentada
no que as Escrituras ensinam sobre o estado dos mortos, imagine com que facilidade ela
poderá ser enganada. Especialmente porque querem acreditar nisso.
O que significa vestir "toda a armadura de D’us"? Como podemos fazer isso em todas
as áreas da vida, não apenas ao lidar com os enganos do fim dos tempos?
Estudo adicional
“H á uma fundação que afirma estar criando uma tecnologia que permitirá o contato
com os mortos "por mensagens de texto, telefonemas e videoconferência". O site
da fundação chama os mortos de PPMs (pessoas pós-materiais) e afirma que, quando os
humanos morrem, passam "para outra fase da eternidade", mas "retêm a consciência, a
identidade e os aspectos centrais de sua forma física anterior". Mais importante ainda, o
pessoal da fundação afirma estar desenvolvendo, em três fases, a tecnologia que permitirá
a comunicação entre pessoas materiais e pós-materiais. A primeira fase "permitirá enviar
mensagens de texto e conversar de modo virtual com familiares, amigos e especialistas de
todas as áreas em seu estado pós-material". A fase dois vai "permitir conversar com entes
queridos que vivem em outra parte da eternidade". E a terceira fase abrirá o caminho para
"ouvir e ver os que estão experimentando o campo de todas as possibilidades de um ponto
de vista diferente".
É assustador o modo pelo qual testam se os mortos que se comunicam são realmen-
te quem afirmam ser. "Por exemplo", diz o site, "um pai enlutado pode fazer a seguinte
pergunta a uma filha que passou para o outro mundo: 'Você tinha um cachorro chamado
Snoopy? Nós lhe demos um canivete no seu décimo aniversário?'" Observe este aviso: "Al-
gumas vezes, seres espirituais aparecem em forma de amigos falecidos, contam experi-
ências pessoais de sua vida e fazem coisas que eles costumavam fazer enquanto estavam
vivos" (5).
LEITURAS COMPLEMENTARES
Ellen G. White, Ev., p. 602-609
Ídem, No Deserto da Tentação, p. 86-93
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 434, 435 (contextualizado)
(2)
Raymond A. Moody Jr., Editorial Nórdica, 1979 (contextualizado)
(3)
Chabad, Opinião Judaica Sobre Magia, pt.chabad.org
(4)
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 463, 518 (contextualizado)
(5)
Ídem, Patriarcas e Profetas, p. 606 (contextualizado)
A Cosmovisão bíblica
VERSO PARA MEMORIZAR
"Que o D’us de shalom os torne totalmente santos - que seu espírito, alma e corpo sejam
mantidos íntegros e inculpáveis para a vinda de nosso Senhor Yeshua, o Messias.” (1Ts
5:23)
LEITURAS DA SEMANA
1Co 6:19, 20; Sl 24:3, 4; At 8:4-24; 1Jo 3:1-3
Introdução
O livro Revelação escrito por Iohanan fala de duas grandes "globalizações" ante-
riores à segunda vinda do Messias. A Primeira descreve a globalização do erro,
quando "todo o mundo" se maravilhará e seguirá a besta do mar (Ap 13:3, 7, 8, 12,
16). Em seguida destaca a globalização da verdade, quando “as boas-novas eternas”
serão proclamadas “aos que vivem na terra – a cada nação, tribo, língua e povo." (Ap
14:6, 7). Durante esses "tempos de provação" (2Tm 3:1), "por todo vento de ensino"
estará soprando (Ef 4:14), e as pessoas "se recusarão a ouvir a verdade e se voltarão
para os mitos.” (2Tm 4:4). "Por meio de dois grandes erros - a imortalidade da alma
e a santidade do domingo-, Satan aprisionará o povo em sua armadilha. Enquanto
o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o segundo cria um laço de afinidade
com Roma" (1).
Até que esses eventos finais se desenrolem, devemos permanecer firmes em
nossa crença em toda a verdade que temos, que inclui a natureza da humanidade e
da morte, enquanto buscamos ser guiados pelo Espírito de D’us com o propósito de
estar prontos para o glorioso aparecimento do Messias.
LEITURAS DA SEMANA
O modelo do Messias
1. Quais são as quatro dimensões do crescimento de Yeshua mencionadas por Lu-
cas? (Lucas 2:52)
Y eshua foi o ser humano perfeito, e seu crescimento compreendeu todas as di-
mensões básicas da existência humana. De acordo com Lucas, "Yeshua crescia
em sabedoria [mentalmente] e estatura [fisicamente], obtendo o favor das pessoas
[socialmente] e de D’us [espiritualmente]"(Lc 2:52). "Sua mente era ativa e pers-
picaz, com uma capacidade de reflexão e sabedoria além de sua idade. O caráter
dele também era belo e harmonioso. As habilidades da mente e do corpo se de-
senvolviam gradualmente, conforme as leis da infância. Como criança, Yeshua era
incomparavelmente amável. Aquelas mãos cheias de boa vontade estavam sempre
prontas para servir a outros. Manifestava uma paciência que nada conseguia per-
turbar e uma veracidade nunca disposta a sacrificar a integridade. Firme como a
rocha em questões de princípios, Sua vida revelava a graça da cortesia altruísta" (2).
2. Como o serviço de ensinar, orientar e curar pode ser realizado por nós hoje? (Mt
4:23).
A teoria dualista de um corpo mortal com uma alma imortal tem gerado teorias
sobre o corpo humano. Por exemplo, para os antigos filósofos gregos, o corpo
era a prisão da alma, que era libertada pela morte. Em um eco desse conceito pagão,
os cristãos na atualidade acreditam que o corpo seja a morada temporal da alma
imortal, que será reintegrada ao corpo na ressurreição. Por outro lado, os panteís-
tas tornam o corpo humano divino, acreditam que D’us e o Universo sejam um e o
mesmo. Para eles, todas as coisas são D’us e o corpo humano é parte de uma única
substância divina integrada e universal. Rodeados de teorias conflitantes sobre o
assunto, devemos nos manter firmes no que a Bíblia ensina sobre a natureza da
humanidade.
Adam e Havá foram criados à imagem e semelhança de D’us (Gn 1:26, 27), o que
se refletia não apenas em seu caráter, mas também em seu aspecto físico. Como essa
imagem foi manchada e até mesmo escondida pela presença do pecado, a obra da
redenção é restaurar os seres humanos à sua condição original, incluindo sua saúde
física, na medida do possível para seres que não desfrutam da árvore da vida (Ets
Háim).
A restauração é um processo de toda a vida, que só será completado na segunda
vinda do Messias, quando o corruptível se revestir do incorruptível (1Co 15:53, 54).
Iohanan, o emissário, escreveu ao amigo Gaio: "Querido amigo, oro para que
você prospere em tudo e tenha boa saúde, como sei que prospera espiritualmente"
(3Jo 2).
Se reconhecemos que o ser humano é indivisível e que a religião abrange todos
os aspectos da vida, consideramos o cuidado da saúde física um dever religioso.
Devemos ser guiados pelo princípio inspirado: "Tudo o que vocês fizerem: comer,
beber ou qualquer outra coisa, façam para dar glória a D’us" (1Co 10:31). Mas lem-
bre-se de que, no mundo em que vivemos, as pessoas boas podem fazer seu melhor
e ainda assim sofrer as consequências da natureza após a queda e do ambiente
amaldiçoado pelo pecado. Então, devemos confiar em D’us, fazer nosso melhor e
deixar os resultados com Ele.
A mente do Messias
4. O que significa ter a "mente do Messias"? (1Co 2:16; Sl 24:3, 4; Rm 12:2; Fp 4:8; Cl 3:2)
O Eterno havia prometido que sob a "nova aliança – B’rit Hadashá" Ele colocaria Sua
Torá na mente de Seu povo e a escreveria no coração (Jr 31:31-33; Hb 8:8-10; 10:16). Não
é surpresa que, no Shiur da Montanha, o Messias ampliou e aprofundou o significado
das mitzvot ao nível de pensamentos e intenções (Mt 5:17-48). Assim, podemos vencer a
provação somente pela graça de D’us e, no nível de pensamentos e intenções, devemos
reivindicar a promessa para que dominemos o Yetser Hará mesmo que em pensamento.
Nós sempre teremos má inclinação até que Yeshua volte. Mas, se estamos no Messias,
estamos totalmente cobertos por Sua justiça. Embora ainda não sejamos perfeitos, já so-
mos considerados perfeitos nele (Fp 3:12-15). "Quando estamos unidos a o Messias, temos
a mente do Messias. A pureza e o amor resplandecem no caráter, a mansidão e a verdade
controlam a vida. A própria expressão de nosso semblante se transforma. m o Messias,
habitando na alma, exerce um poder transformador, e o aspecto exterior testifica da paz
e alegria que reinam no interior" (4).
Podemos ter essa transformação somente por meio da entrega diária, morte diária
para o egoísmo, e pelo esforço determinado de, pela confiança, ser obedientes a D’us.
Imagine como sua vida seria diferente se você pudesse deter seus pensamentos
maus... Qual é a única maneira de fazer com que essa seja a sua experiência?
R uach HaKodesh é o Agente que derrama o amor em nosso coração (Rm 5:5), nos con-
duz à experiência de libertação (Jo 16:7-11), nos guia em toda a verdade (Jo 16:13) e
nos capacita para o serviço (At 1:8). Visto que é o Espírito de D’us que neutraliza a obra
má degenerativa, não é surpresa que o Adversário tente, por todos os meios, distorcer
nossa compreensão da natureza e da obra do Espírito Sagrado. Enquanto alguns negam
Sua personalidade, outros elevam os dons do Espírito acima de Seu poder transformador.
Os filhos de D’us são guiados pelo Seu Espírito (Rm 8:14) em toda a verdade da Palavra
(Jo 16:13; 17:17). Yeshua advertiu: "Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor!', entrará
no Reino do Céu, mas apenas quem faz o que meu Pai celestial deseja. Naquele dia, muitos
me dirão: 'Senhor, Senhor! Não profetizamos em seu nome? Em seu nome não expulsamos
demônios? Não realizamos muitos milagres em seu nome?'. Então eu lhes direi na cara:
'Nunca os conheci! Afastem-se de mim, praticantes do que é contra a lei!'” (Mt 7:21-23). Isso
significa que o Espírito de D’us jamais guia alguém para longe da Sua Palavra, que Ele
mesmo inspirou, mas sempre nos leva à conformidade com essa Palavra.
O mesmo Espírito Sagrado que nos guia em toda a verdade nos capacita a conduzir
outros a essa verdade (Mt 28:18-20; At 1:8). Enquanto cumprimos nosso propósito, temos
Sua assistência. Então, manhã após manhã, devemos nos colocar diante do Eterno e reno-
var nossos votos de consagração a Ele (Os 2:21–22). Se fizermos isso, Ele nos concederá a
presença do Ruach Hakodesh, com Seu poder vivificante e santificador.
Devemos estar abertos à Sua liderança, fazendo escolhas conscientes para realizar o
que é certo e evitar o que é errado. Ou seja, somente buscando, na força dada por D’us, vi-
ver como devemos, estaremos abertos para receber o poder Dele.
Por que é importante, a cada manhã, pedir para estar abertos à direção do Espírito
de D’us?
6. Que diferença há entre preparar-se para a segunda vinda do Messias e estar pron-
to para esse grande evento? (2 Pd 3:14 e 1 Jo 3:1-3)
Muitas vezes a noção de preparação contínua para o retorno do Messias se torna uma
desculpa para a procrastinação. Essa ideia pode facilmente levar alguém à negligência
com base na suposição do servo mau: "Meu senhor está demorando" (Mt 24:48).
7. O que esses versos nos dizem sobre estarmos prontos agora mesmo? (Sl 95:7, 8;
Hb 3:7, 8, 15; 4:7)
Estudo adicional
"O conflito cósmico vai se aproximando do fim. Toda notícia de calamidade em terra
ou mar é testemunho do fato de que está às portas o fim de todas as coisas. Guerras
e rumores de guerra o declaram. [...] Haverá um só cuja pulsação não se acelere ao prever
os acontecimentos que se iniciam perante nós? O Messias está vindo! Ouvimos os passos de
um D’us que Se aproxima" (5).
"Viva a vida de fé a cada dia. Não se torne ansioso e preocupado acerca do tempo de
angústia, tendo assim um tempo de angústia antecipado. [...] O amanhã não lhe pertence.
Hoje, você deve manter a vitória sobre o eu. Hoje, você deve viver uma vida de oração.
[...]" (6).
"O Messias há de vir logo, e precisamos estar preparados para encontrá-lo em paz. Es-
tejamos resolvidos a fazer tudo quanto está ao nosso alcance para comunicar luz aos que
nos cercam. Não devemos estar tristes, mas animados, e ter sempre perante nós o Senhor
Yeshua.[...]" (7).
LEITURAS COMPLEMENTARES
Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 241-259
Ídem, Santificação, p. 5-11
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 489, 490 (contextualizado)
(2)
Ídem, O Desejado de Todas as Nações, p. 45 (contextualizado)
(3)
Ídem, Educação, p. 9 (contextualizado)
(4)
Ídem, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 337 (contextualizado)
(5)
Ídem, Maranata - O Senhor Vem! [MM 1977], p. 219 (contextualizado)
(6)
Ídem, Signs of the Times, 20/10/1887 (contextualizado)
(7)
Ídem, Visões do Céu, p. 165 (contextualizado)
O processo do juízo
VERSO PARA MEMORIZAR
"porque todos nós compareceremos perante o tribunal do julgamento do Messias, onde
cada um receberá as boas ou más conseqüências das ações realizadas enquanto estava
no corpo." (2Co 5:10)
LEITURAS DA SEMANA
Mt 25:31-46; Dn 7:9-14; 1Co 6:2, 3; 2Pe 2:4-6; MI 4:1; Ap 21:8
Introdução
U ma questão sobre a qual a Bíblia é bastante clara é a realidade do juízo. D’us julgará o
mundo. Os textos além de serem numerosos, não apresentam ambiguidade. A justiça,
que aqui e agora está tão em falta, um dia virá.
As Escrituras dizem que D’us é "perfeito em sabedoria e conhecimento" (Jó 37:16) e
"conhece todas as coisas" (Sl 139; 1Jo 3:20), incluindo nossas intenções mais secretas (Ec
12:14; Jr 17:10). Podemos nos esconder de tudo e de todos, mas nada está escondido de
D’us.
O que isso sugere é que Ele não precisa de um julgamento para conhecer a vida de cada
pessoa. Os juízos divinos são, na verdade, uma adaptação divina, feita por causa de Suas
criaturas, tanto as do Céu quanto as da Terra. Esse processo é de natureza cósmico-históri-
ca, visto que Samael (Satan) deu início à sua rebelião no Céu e, em seguida, a espalhou a
este mundo (Ap 12:7-9).
Nesta semana, consideraremos o processo do juízo do tempo do fim com suas três fases
principais: o juízo pré-vinda, o juízo milenar (era messiânica) e o juízo executivo. Todo o
processo termina com a vindicação dos justos e a segunda morte dos ímpios.
LEITURAS DA SEMANA
O juízo final
P ara muitos, a ideia de julgamento significa condenação. Embora isso faça parte do
processo, não devemos nos esquecer de que ele tem um lado positivo, pois também
envolve a vindicação dos justos. Daniel se referiu a um juízo do tempo do fim em favor
dos "piedosos do Altíssimo" (Dn 7:22). O juízo inclui os dois aspectos: "Ouve Tu nos céus,
faz e julga a Teus servos, condenando o injusto, fazendo recair o seu proceder sobre a sua
cabeça e justificando o justo, rendendo-lhe conforme a sua justiça." (1Rs 8:32).
Alguns afirmam que as expressões "não são julgados" (Jo 3:18) e "não será julgado" (Jo
5:24) significam que aqueles que estão no Messias não serão julgados de forma alguma.
Porém, elas indicam que os crentes não são condenados no juízo. Portanto, os textos de-
vem ser entendidos como "não são condenados" (Jo 3:18) e "não entrará em condenação"
(Jo 5:24).
Em suma, nosso destino é determinado na vida presente. Os que estão no Messias têm
assegurada sua vindicação substitutiva no juízo, e os que não estão em o Messias permane-
cem sob condenação. Ao descrever o julgamento (Mt 25:31-46), Yeshua mencionou a pre-
sença não apenas dos bodes (ímpios), mas também das ovelhas (justos). "Porque todos nós
compareceremos perante o tribunal do julgamento do Messias, onde cada um receberá as
boas ou más consequências das ações realizadas enquanto estava no corpo." (2Co 5:10).
Ao refletir sobre o juízo, devemos ter em mente que somos salvos pela graça de D’us (Is
55:1; Ef 2:8-10), justificados pela confiança (Gn 15:6; Rm 5:1) e julgados pelas ações (Ec
12:14; Mt 25:31-46; Ap 20:11-13). A base do juízo é a Torá resumida nos Dez Mandamentos
(Ec 12:13, 14; Tg 1:25; 2:8-17). As ações são evidências externas da genuinidade da experi-
ência que pode salvar e, consequentemente, serão avaliadas no juízo.
Lembre-se: não existe um decreto divino arbitrário que eleja alguns para a salvação e
outros para a perdição. Cada um é responsável por seu li próprio destino.
No fim, o juízo não é o momento em que D’us decide nos aceitar ou rejeitar, mas o
momento em que Ele indica qual é nossa escolha final, se O aceitamos ou não, uma escolha
manifestada pelas nossas ações ao longo do tempo.
CHANUCÁ
O juízo pré-vinda
CHANUCÁ
O juízo milenar
A s Escrituras nos dizem que na segunda vinda do Messias [1] tanto os justos que
estiverem vivos quanto os que forem ressuscitados encontrarão o Messias nos
ares (1Ts 4:16, 17); [2] todos os piedosos (justos) serão levados ao Céu para habitar
nas "moradas" preparadas por Ele (Jo 14:1-3); e [3] somente no final de mil anos, a
Nova Jerusalém descerá a esta Terra e se tornará o lar eterno dos justos (Ap 21:1-3,
9-11). Assim, durante mil anos, enquanto esta Terra permanece desolada, os justos
reinarão com o Messias durante mil anos (Jr 4:23; Ap 20:4).
3. Por que os justos devem participar do juízo milenar? (1 Co 6:2, 3 e Ap 20:4-6, 11-13)
Todo o processo do juízo tem por objetivo [1] justificar o caráter de D’us contra
as acusações de um ser criado e rebelde (Satan) de que o Eterno é injusto no modo
de tratar Suas criaturas; [2] confirmar a imparcialidade da recompensa dos justos;
[3] demonstrar a justiça do castigo dos ímpios e [4] dissipar todas as dúvidas que
pudessem levar a outra rebelião no Universo. No juízo investigativo pré-vinda dos
justos, somente as hostes celestiais estão envolvidas (Dn 7:9, 10), mas durante o juí-
zo milenar dos ímpios e dos anjos rebeldes, os próprios justos também participarão
(1Co 6:3; Jd 6; Ap 20:4-6).
O juízo investigativo pré-vinda começou no Iom Kipur de 5605 (1844 e.c.), quan-
do "Vi a seguir que dois tronos foram erigidos [...] Teve início o julgamento e foram
abertos os livros" (Dn 7:9, 10). O juízo milenar, no entanto, começará depois que os
justos forem levados por mil anos para o Céu e se sentarem em tronos, e o juízo for
confiado a eles. Então, mais uma vez, os livros celestiais serão abertos, e os mortos
serão "Os mortos foram julgados com base no que estava escrito nos livros, segundo
o que tinham feito" (Ap 20:4, 12). Esse processo oferece uma oportunidade para os
justos avaliarem os registros celestiais e verem o tratamento justo de D’us em todos
os casos. Ele não apenas recompensa todos os seres humanos segundo suas ações
com base em suas próprias decisões, mas também explica por que faz isso.
Antes que qualquer um dos perdidos seja ressuscitado para encarar a segunda mor-
te, os justos participarão do julgamento, e ninguém será punido até que vejamos a
justiça divina. O que isso nos ensina sobre o caráter de D’us?
CHANUCÁ
O juízo executivo
D urante a Idade Média havia uma forte tendência de se retratar D’us como um Juiz seve-
ro e punitivo. No presente, a tendência é descrevê-Lo como um Pai amoroso e permis-
sivo que nunca pune Seus filhos. No entanto, o amor sem justiça se transforma em caos e
ilegalidade, e a justiça sem amor se torna opressão e dominação. O processo do juízo divino é
uma mistura perfeita de justiça e misericórdia, ambas derivadas de Seu amor incondicional.
O juízo executivo é a intervenção divina punitiva final e irreversível na história humana.
Julgamentos punitivos limitados ocorreram, por exemplo, na expulsão de Satan e os outros
anjos rebeldes do Céu (Ap 12:7-12), na expulsão de Adam e Havá do Gan do Éden (Gn 3), no
Dilúvio (Gn 6-8), na destruição de Sodoma [Sedom] e Gomorra [Amorá] (Gn 19; Jd 7), na mor-
te dos primogênitos no Egito (Êx 11-12) e na morte de Hananiá e Shapirá (At 5:1-11). Portanto,
não é surpresa que haverá um juízo executivo dos ímpios também no final do Olam Hazê.
4. Como Shimon Kefa (Pedro) nos ajuda a entender a natureza do juízo executivo?
Como sugerem a ideia da conclusão do juízo em oposição à sua continuidade para
sempre, o que seria uma perversão da justiça e não uma expressão dela? (2 Pe 2:4-6
e 3:10-13)
"A bondade e longa tolerância de D’us, Sua paciência e misericórdia exercidas para com
Seus súditos, não O impedirão de punir o pecador que se recusou a ser obediente aos Seus re-
quisitos. O ser humano - um criminoso contra a sagrada Torá de D’us, perdoado apenas por
meio do grande sacrifício que Ele fez ao dar Seu Filho para morrer pelos culpados, porque
Sua Torá era imutável- não dará ordens a D’us" (1).
D’us fez tudo que poderia ter feito para salvar a humanidade das consequências do peca-
do, mesmo com grande custo. Os que não terão parte no Mundo Vindouro fizeram escolhas
que os levarão a esse final infeliz. A ideia de que o juízo sobre os perdidos, mesmo a aniqui-
lação destes (em oposição ao tormento eterno), vai contra o caráter de um D’us amoroso é
errada. É o amor de D’us, e o amor de D’us somente, que também exige justiça.
O que o próprio sacrifício do Messias nos ensina sobre o que D’us estava disposto a
fazer para salvar?
CHANUCÁ
A segunda morte
O Eterno está conduzindo a história humana em direção ao seu clímax no fim dos tem-
pos. No final dos mil anos, todos os ímpios mortos serão ressuscitados para receber
a sentença punitiva final (Ap 20:5, 11-15). Então, quando todo o processo do juízo estiver
concluído e nada mais puder ser acrescentado a ele, os ímpios reconhecerão a justiça de
D’us. "Diante de todos os fatos do conflito cósmico, tanto os fiéis quanto os rebeldes de
todo o Universo declaram de comum acordo: 'Justos e verdadeiros são os Teus caminhos,
ó Rei das nações'" (2).
A destruição final de Satan e dos outros anjos rebeldes e de todos os ímpios purificará
o Universo do pecado e de suas consequências. E, contudo, mesmo a destruição final dos
ímpios é um ato de amor de D’us, não apenas pelos justos, mas também pelos próprios
ímpios. Eles preferem morrer a viver na presença de D’us, que é um "fogo consumidor"
para o pecado (Hb 12:29).
"Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente adestruição, para
que pudessem se esconder da face Daquele que morreu para redimi-los. O destino dos
ímpios é determinado por ·sua própria escolha. Sua exclusão do Mundo Vindouro é fruto
da própria decisão deles e será um ato de justiça e misericórdia da parte de D’us" (3).
Assim, a aniquilação final do pecado e dos pecadores - em contraste com a teoria
equivocada do sofrimento eterno no inferno - é uma punição justa e proporcional para
o mal cometido. Ela também confirma que o pecado teve um começo e terá um fim.
Então, todo o Universo retornará à perfeição original, antes que o pecado, o mal e a
desobediência surgissem misteriosamente e sem nenhuma justificativa. Louvado seja o
Eterno porque Ele, como nosso "reto Juiz" (2Tm 4:8), tomará a decisão justa de conceder
imortalidade aos justos e destruição eterna aos ímpios.
O que há de errado com a ideia de que D’us salva a todos no final? É uma má ideia?
CHANUCÁ
Estudo adicional
"N o dia do juízo final, toda pessoa que se perder compreenderá a natureza de sua rejeição
da verdade. O sacrifício do Messias será apresentada, e seu real significado será visto
por todo aquele que foi cegado pela transgressão. Diante da visão do amor de D’us no Gulgalta
com sua misteriosa Vítima, os pecadores estarão condenados. Toda falsa desculpa será banida.
Ficará evidente como a rebelião humana é abominável. As pessoas verão os resultados de sua
escolha. Toda questão entre a verdade e o erro, no longo conflito, terá então sido esclarecida.
No juízo do Universo, D’us ficará isento de culpa pela existência ou continuação do mal. Será
demonstrado que os decretos divinos não são cúmplices do pecado. Não havia defeito no go-
verno de D’us nem motivo para deslealdade" (4).
LEITURAS COMPLEMENTARES
Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 180-187
Ídem, O Grande Conflito, p. 541-560
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 12, p. 208
(2)
Ídem, O Grande Conflito, p. 555
(3)
Ibidem, p. 453
(4)
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 36
(5)
Ídem, O Maior Discurso, p. 45
CHANUCÁ
CHANUCÁ
Tudo novo!
VERSO PARA MEMORIZAR
"Então aquele que está sentado no trono disse: "Vejam! Estou fazendo tudo novo!". Ele
disse também: "Escreva: 'Estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança!'." (Ap 21:5)
LEITURAS DA SEMANA
2Pe 3:13; Ap 21:3, 22; 1Jo 3:2, 3; 1Pe 1:22; Is 25:8; Ap 22:3-5
Introdução
A s Escrituras nos dão esta esperança: "Nós, porém, de acordo com a sua promessa, es-
peramos novos céus e nova terra, nos quais a justiça se sentirá em casa." (2Pe 3:13).
Para alguns, no entanto, a promessa de "um novo céu e uma nova Terra" (Is 65:17;
66:22; Ap 21:1) parece um mito, histórias contadas por pessoas em posições de poder que
usaram a esperança de uma vida após a morte para ajudar a manter as multidões sob
controle. A ideia é: embora você esteja com dificuldades no momento, um dia você terá sua
recompensa no Mundo Vindouro, ou algo parecido.
Apesar de alguns terem usado a esperança futura apresentada na Bíblia dessa manei-
ra, seu mau uso não muda a verdade das promessas que temos sobre novos céus e nova
Terra.
Nos últimos dias, escarnecedores ridicularizarão nossa bendita esperança (2Pe 3:3-7).
Mas essa zombaria, exatamente conforme predita, pode ser considerada mais uma evidên-
cia de que o que as Escrituras dizem é verdade, pois estão zombando como previsto que
fariam.
Nesta semana, refletiremos sobre a gloriosa promessa de um novo céu e uma nova
Terra, incluindo o templo (Beit Hamicdash) do Céu, a presença de D’us, o fim da morte e
das lágrimas e, finalmente, o triunfo final do amor de D’us, B”H.
LEITURAS DA SEMANA
P ara alguns seguidores da filosofia grega, a ideia de que algo é físico significa que é ruim.
Por isso, para eles é inconcebível pensar em um futuro Gan Éden real com pessoas
reais. Nessa linha de pensamento, para ser Céu e ser bom, deve ser um estado puramente
espiritual, livre das manchas encontradas neste mundo físico. Se algo é material, afirmam,
não pode ser espiritual; e se algo é espiritual, não pode ser material. Por outro lado, a Bí-
blia fala do Mundo Vindouro em termos concretos, mas sem as limitações impostas pela
presença do pecado.
1. Qual é a mensagem das Escrituras para o mundo Vindouro? (Is 65:17-25; 66:22, 23;
2 Pe 3:13 e Ap 21:1-5)
Por que é difícil argumentar sobre a falta de sentido da vida se não tivermos uma
esperança futura?
CHANUCÁ
No Mishcan de D'us
A lguns falam do Céu como sendo o mishcan (santuário) de D’us, mas o livro Re-
velação de Iohanan se refere a um mishcan (santuário)/beit hamicdash (templo
) específico dentro da Nova Jerusalém, no Mundo Vindouro, onde estão o trono de
D’us e o mar de vidro (Ap 4:2-6; 7:9-15; 15:5-8). Lá a grande multidão de justos de
todas as nações, tribos, povos e línguas adorarão a D’us para sempre (Ap 7:9-17).
O Beit Hamicdash (Templo) do Céu sempre foi o lugar em que as hostes celestiais
adoram a D’us. Mas, com o surgimento do pecado, esse santuário se tornou também
o lugar de onde a salvação é oferecida à humanidade. "Quando o problema do peca-
do não mais existir, o Beit Hamicdash (Templo) do Céu voltará a desempenhar sua
função original. No livro Revelação, Iohanan relatou que não viu Templo na cidade,
pois “Adonai, D’us dos exércitos celestiais, é seu Templo” (Ap 21:22). Mas isso signi-
fica que não há mais Beit Hamicdash onde Suas criaturas possam ir e ter comunhão
especial com Ele? De modo nenhum!" (2).
O livro Revelação dá atenção especial Àquele que está sendo adorado e àqueles
que O adoram. Essa adoração celestial é centrada em D’us e no Mashiach (Cordeiro)
(Ap 5:13; 7:10). Como sempre o Eterno, identificado no Messias, é o foco da adora-
ção.
Os adoradores são os “que vieram da Grande Perseguição. Elas lavaram suas
roupas e as alvejaram no sangue do Cordeiro." (Ap 7:14). São testemunhas vivas do
divino poder redentor e transformador. Louvam a D’us por quem Ele é e pelo que
fez por eles.
O que significa para nós, no presente, ainda neste mundo, que D’us será nosso D’us,
e nós seremos Seu povo? Como viver essa verdade incrível desde agora? (Ap 21:3; Jr
32:38; Ez 37:27; Zc 8:8; e Hb 8:10)
CHANUCÁ
Na presença de D’us
A s Escrituras dizem que D’us "habita em luz inacessível" (1Tm 6:16) e que "nin-
guém jamais viu D’us" (Jo 1:18; 1Jo 4:12). Isso significa que os justos no Mundo
Vindouro nunca verão D’us o Pai? De jeito nenhum! Os seres humanos foram im-
pedidos de ver D’us somente após a queda de Adam, mas há várias indicações nas
Escrituras de que os justos O verão no Mundo Vindouro.
3. O que as Escrituras nos dizem sobre o privilégio supremo de ver D’us? (Leia Mt 5:8;
1 Jo 3:2, 3 e Ap 22:3, 4)
Iohanan, o revelador, que afirmou que "ninguém jamais viu D’us" (Jo 1:18; 1Jo
4:12) também declarou que "haveremos de vê-Lo como Ele é" (1Jo 3:2, 3) e contem-
plaremos "a Sua face" (Ap 22:3, 4). Pode ser discutível se essas passagens se referem
a D’us Pai ou ao Mashiach, mas todas as dúvidas desaparecem à luz da própria de-
claração de Yeshua: "Quão abençoados os puros de coração! Porque verão a D’us."
(Mt 5:8). Que privilégio será para os redimidos adorar a D’us em Seu mishcan! Mas
a felicidade suprema será ver Sua face.
"O povo de D’us tem o privilégio de manter comunhão direta com o Pai e o
Filho. 'Agora, vemos como em espelho, obscuramente' (1Co 13:12). Contemplamos
a imagem de D’us refletida como que em espelho, nas obras da natureza e em Sua
maneira de lidar com os seres humanos; mas então O veremos face a face, sem que
nada atrapalhe nossa visão. Estaremos em Sua presença e contemplaremos a glória
de Seu rosto" (3).
Observe em alguns dos versos (passuk) de hoje a ligação entre pureza e a possi-
bilidade de ver D’us. Os "limpos de coração" verão D’us; aquele que verá D’us "puri-
fica a si mesmo, assim como Ele é puro" (1Jo 3:3). O que esses versos revelam é que
D’us deve fazer uma obra em nós agora para nos preparar para o Céu.
Embora nosso direito ao Céu tenha sido garantido pela morte de Yeshua, passa-
remos por um processo de purificação aqui e agora que ajudará a nos preparar para
o lar eterno no Mundo Vidouro (Olam Habá). Um requisito essencial nesse processo
é a obediência à Sua Palavra.
Como Shimon Kefa nos revela a ligação entre obediência e purificação? (1 Pe 1:22)
O que há na obediência que nos purifica? Como, especificamente, ele diz que nossa
obediência será manifestada?
A teoria de uma alma imortal, sofrendo para sempre em um inferno ardente, contradiz
o ensino bíblico de que no novo céu e na nova Terra "já não existirá mais morte, já não
haverá luto, nem pranto, nem dor" (Ap 21:4). Se a teoria de um inferno de fogo eterno fosse
verdadeira, então a "segunda morte" não erradicaria o pecado e os pecadores do Universo,
apenas os confinaria em um inferno eterno de tristeza e pranto. E mais: nesse caso, o Univer-
so nunca seria todo restaurado à sua perfeição original. Mas Baruch Hashem, as Escrituras
descrevem um cenário completamente diferente!
A vida pode ser muito dura, injusta, cruel. Algumas pessoas, tão queridas para nós, são
brutalmente arrebatadas pelo frio abraço da morte. Outras entram sutilmente em nossa
vida, roubam nossos sentimentos e depois vão embora como se nada tivesse acontecido.
Como é terrível ser traído por alguém que amamos e em quem confiamos!
Há momentos em que podemos até nos perguntar se a vida vale a pena. No entanto, D’us
está sempre ansioso para enxugar de nossa face as nossas lágrimas. Mas algumas de nossas
lágrimas mais pesadas continuarão caindo até aquele dia glorioso em que a morte, a tristeza
e o pranto deixarão de existir (Ap 21:1-5).
Podemos confiar que no juízo final D’us tratará cada ser humano com justiça e amor.
Todos os nossos queridos que morreram crendo no Messias serão ressuscitados dentre os
mortos para estar conosco por toda a eternidade. Os que não terão parte no Mundo Vindou-
ro e vida eterna deixarão finalmente de existir, sem ter que viver em um lugar " desagradá-
vel" ou em um inferno. Nosso maior conforto deriva da maneira justa como D’us trata todos.
Quando a morte deixar definitivamente de existir, os remidos exclamarão alegremente:
"Morte, onde está sua vitória? Morte, onde está seu ferrão?"; “Ó destruição! Ó Sheól (morada
dos mortos)! Que arrependimento não se apresente a Meus olhos!” (Os 13:14; 1Co 15:54, 55).
O Eterno prometeu que no novo céu e na nova Terra; “e coisas do passado não mais se-
rão lembradas nem ocorrerão à Minha mente.” (Is 65:17). Isso não significa que o Olam Habá
será um lugar de amnésia, mas sim que o passado não minará a alegria duradoura.
A pós a rebelião de Samael (Satan) e a queda de Adam e Havá, D’us poderia ter des-
truído os pecadores. No entanto, como expressão de amor incondicional por Suas
criaturas, D’us estabeleceu um plano misericordioso para redimir todos aqueles que
aceitam o que Ele oferece. Isso é o que se conhece como "plano da redenção", o qual,
embora existindo mesmo antes da criação da Terra (Ef 1:3, 4; 2Tm 1:9; Tt 1:2; Ap 13:8),
foi apresentado pela primeira vez à humanidade no Gan Éden, logo após a queda. Foi
então revelado nos tipos e sombras do serviço do mishcan (Êx 25), e sua expressão mais
completa encontra-se na vida, morte e ressurreição de Yeshua (veja Rm 5).
No centro do plano está a promessa de vida eterna, com base nos méritos do Mashia-
ch, a todos os que aceitam, pela confiança, a grande provisão feita por seu sacrifício. Tan-
to antes da morte quanto depois da ressurreição a salvação sempre foi pela confiança,
e nunca pelas ações, por mais que o cumprimento de mitsvot sejam uma expressão da
nossa redenção.
6. Shaul escreveu sobre Avraham [Abraão], que existiu muito antes da vinda do Mes-
sias, como um exemplo de salvação pela confiança: "Porque, se Avraham veio a ser
considerado justo por Deus pela observância legalista, ele tem do que se gloriar.
Mas as coisas não são dessa forma diante de D’us! Pois o que diz o Tanah “Avraham
depositou a confiança em D’us, e isso lhe foi contado como justiça” (Gn 15:6, Rm 4:2,
3). Como esses versos nos ajudam a entender o que é a libertação pela confiança?
Estudo adicional
“O sacrifício do Messias será a ciência e o cântico por toda a eternidade. O Messias glorifi-
cado reflete o Messias sacrificado. Jamais se esquecerá que Aquele cujo poder criou e
manteve os inumeráveis mundos através dos vastos domínios do espaço, o Amado de D’us, a
Majestade do Céu, Aquele a quem querubins e resplendentes serafins têm prazer em adorar,
humilhou-Se para reerguer a humanidade decaída. [...]" (4).
"O conflito cósmico terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro
está purificado. Uma única pulsação de harmonia e felicidade vibra por toda a vasta criação.
Daquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito.
Desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas,
em sua serena beleza e perfeita alegria, declaram que D’us é amor" (5).
LEITURAS COMPLEMENTARES
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 548-560
Ídem, Visões do Céu, p. 133-192
REFERÊNCIAS
(1)
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 558
(2)
Richard M. Davidson, "The Sanctuary, Living Teaching, v. 1, p. 31
(3)
Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 559
(4)
Ibidem, p. 539
(5)
Ibidem, p. 560
A
Abba [Aramaico corresponde a Av em He- Antes da era comum (aec) Referido ao período usu-
braico] Meu Pai, Pai; A palavra abbá almente chamado de antes de Cristo (a.C.).
em aramaico corresponde à forma en- Ashur Assíria
fática ou definida de av, significando Asseret hadibrot Mais comumente conhecida
literalmente "o pai" ou "ó Pai". como os dez mandamentos. A tradução
Achaz Acaz que mais se aproxima de Assêret Hadi-
Acharit hayamim Literalmente, "o fim dos brot é "Dez Falas" ou "Dez Ditos", sendo
dias". O tempo do fim ou os "últimos que estes são dez princípios que incluem
dias", quando o 'alam hazeh chega ao toda a Torá e seus 613 preceitos.
fim e o 'alam haba está a ponto de ini- Av em Hebraico Corresponde a "Abba" do
ciar-se (l Coríntios 10.11 +). aramaico quer dizer: Papai, Meu Pai.
Achim (do hebraico )א ִחים
ָ Irmãos [Ha'Av] - O Pai
Adam (do hebraicoָדם
ָ )אAdam, Adão; masc. Homem Avinu Nosso Pai; Avinu, Malkeinu: Nosso
Adon Olam Senhor do Universo Pai, nosso Rei
Adonai (em hebraico:אדֹנָי,ֲ "meu Senhor") O Avinu Shebashamayim Nosso Pai celestial,
Eterno de Israel. Nosso Pai que está no céu
Adoneinu Nosso Senhor Avimelek (hebraico: )אבימלךAbimeleque
Amha'arets literalmente povo da terra. Pes- Aviyahu Abias
soas comuns, iletradas usado pejorati- Avodah zarah (Avoda zará) Adoração es-
vamente no primeiro século EC. trangeira, paganismo, Idolatria, adora-
Amma'us Emaús ção a deuses estrangeiros.
Amoni Amonitas Avram Abrão
A.e.c Vide antes da era comum Avraham Abraão
B
Bavel Babilônia Brit Hadashá: Nova Aliança. Também
Beit-Lechem Belém usado para referir-se aos livros sagra-
Beit HaKnesset - Knesset Templo, Sinagoga dos ou período do novo testamento;
Beit HaMiqdash Bet Hamikdash, Templo Sagrado Brit Milá: circuncisão
Beit'zata Betesda Ben Filho; Ben HaAdam: Filho dos homens;
Bamidbar (Bemidbar, Bamidbar) Números (li- Ben HaElohim: Filho de D'us
vro), do hebraico "no deserto" Beth Midrash LeShabat Casa de estudo do
Bereshit (Bereshit) Gênesis - Livro Shabat. Usado também como referên-
Bimá O púlpito onde lê-se a Torá cia a Escola Sabatina.
Berachot Hashachar Benção da aurora, de- B'nei HaElohim Filhos de D'us
voção matinal bessorá vide Habessorá
118
Glossário
C
Cohen (Kohen) Sacerdote Chava vide Hava - Eva
Cohanim (Kohanim) Sacerdotes Chaver Amigo (Hebr: חבר, literalmente, "amigo")
Cohen Gadol (Kohen Gadol) Sumo Sacerdote Chaverim: Amigos (Hebr: חברים, literal-
Corban (Korban) Holocausto, Sacrifício; mente, "amigos")
Corbanot Plural Holocaustos, Sacrifí- Chaverot amigas
cios; é o nome dado aos diversos tipos chésed Graça
D
Dammesek Damassés Devarim (Devarim) Deuteronômio (Livro)
D-s, D-us, Eterno Forma respeitosa de es- Derashá Sermão, palestra.
crever o nome de Deus sem citar seu Derashá al Haar Sermão da Montanha,
nome completo. sermão do monte
E
E.c Vide era comum Eheye = Eu sou o que Sou "Ehyeh" (hebrai-
Echad É um. ex: Adonai Echad; Um - Ela é co: ) ֶא ְהיֶהou "Ehyeh-Asher-Ehyeh" (hebr:
utilizada no tradicional Shemá, Deva- " אהיה אשר אהיה- conforme em Shemot 3:14)
rim 6:4. Ouve ó Israel, Adonai nosso Era comum (ec) Refere-se ao período comu-
D'us é Um. שמע ישראל יהוה אלקינו יהוה אחד mente chamado de Anno Domini (AD)
Shemá Isra'el Adonai Eloheinu Adonai ou depois de Cristo (dC).
Echad. Outros Exemplos Exemplo: "Dei- El-Elyion Eterno Altíssimo
xará portanto o homem seu pai e sua Eliyahu Elias
mãe e se unirá à sua mulher, e serão am- Elisheva (Isabel). Mãe de Iochanan, o Imer-
bos uma só carne" - Bereshit [Gn] 2:24 sor (Lc 1.5).
El'azar Lázaro Eloheinu Nosso D'us
Emissário(s) Apóstolo(s), HaShaliach, obreiro. Elohim Eterno; elohim: quando em minúscu-
Ehyeh Ehyeh Asher Ehyeh ou Eheye Asher lo refere-se a deuses.
119
Glossário
G
Galil Vide Hagalil Ger גרConverso goy (não-judeu)
Gan'Eden Paraíso. Literalmente jardim-do- Goy (Regular plural goyim )םיוגNação, gen-
-Éden; no judaísmo o termo também til, não judeu.
refere-se ao paraíso. Goyim (goyim) Plural de Goy nações
Gat-Sh'manim (Getsêmani) Jardim onde (gentios) não judeus
Yeshua orou e foi preso pela guarda do Guet (do hebraico )גטÉ o nome dado ao docu-
Templo. O termo significa literalmente mento de divórcio dentro do judaísmo.
"prensa de óleos". Gueulá ( )גאולהRedenção
Gavri'el Gabriel
H
Ha'Av O Pai, ver "Av" e "Abba" Halachá Leis Judaicas
Habessorá [Hebr: שוָֹרה
ׂ ְּ ]הַבA palavra bessorá sig- Hananyah Ananias;
nifica novidades, notícias, mensagem, um Hananyah e Shappirah Ananias e Safira
comunicado que recebeu, sentido do grego Hamatvil O imersor; Batista.
Evangelion. Boas Novas. Normalmente refe- HaMashiach Ver Yeshua HaMashiach e Mashiach.
rente às boas novas de Yeshua HaMashiach. O Ungido.
HaElyon, El Elyon O Eterno Altíssimo Hanokh Enoque
HafTorá ou Haftará [Hebr: הפטרה] [plural Hanucá ou Chanuká [do Hebraico Dedica-
haftarot ou hafTorás] é um trecho de ção]; Também faz-se referência à festa
texto dos Neviim (Os profetas) lidos na da dedicação ou festa das luzes
sinagogas geralmente após a leitura da Har HaZeitim הר הזיתיםO Monte das Oliveiras
Parashat haShavua Hasatan o Adversário, o Satan
HaG'vurah ou Hagvurá - "O Poder", eufemis- Hashachar Alvorecer
mo para designar o Eterno. Termo em HaShaliach Emissário; Apóstolo
hebraico utilizado para representar a Hashem [do hebraico ]םשה, significando O
majestade, ou poder, do Eterno. (Mt Nome. É uma forma para designar
26.64). Eterno dentro do judaísmo, fora do
Hagalil [Hebr: ]הגלילGalileia, Galil contexto da reza ou da leitura pública
Hallel [Hebr: ]ה ְלל
ַ [do hebraico הלל, "Lou- do texto bíblico.
vor"] é de origem aramaica e significa Havah - Chava Eva
"cântico de louvor e exaltação a D'us", Havakuk Habacuque
músicas que celebram a vida; É uma Heilel (Lúcifer, Samael)
oração judaica baseada em Tehilim Heilel ben-shachar הילל בן שחרEstrela da ma-
(Salmos 113-118), que é utilizada como nhã (a estrela matutina), a estrela D'Alva.
louvor e agradecimento, recitada pelos Também referido como Lúcifer, o anjo de
judeus nas festividades judaicas. luz, antes de ser expulso do céu. "portador
120
Glossário
I
Igueret (igeret) carta em Hebraico; epístola; Izevel Jezabel
epístula (latim); epistulé (Grego). Plural:
Igerot (Igrot)
K
K'far-Nachum Cafarnaum Keneh ou qenéh ( )קנהCanônico
Kanai [ ]קנאיZelote - alguém que zela pelo Kohanim Ver Cohanim
nome do Eterno Kohen ver Cohen
Kaparah Propiciação, expiação, Interces- Kohen Gadol ver Cohen Gadol
são, mediação Kehilá Congregação, Comunidade
Kapporeth כַּפֶֹּרתTampa da Arca, Propiciató- Kol Goyim Todas as Nações
rio, lugar de intercessão, Expiação. Kosher (Kasher) A comida de acordo com a
Kasher Vide Kosher lei judaica. Baseada na Torá.
Kayim Caim Korban Ver Corban
Kayafa Caifás Korbanot Ver Corbanot
Kedoshim Tornar Santo, Povo Santo, Santificação Kasdim Caldeus
Kefa Pedro
L
Lashon Hará (Hebr: )לשון הרע, Lashon signi- má, ou língua maledicente. Fofoca.
fica língua e hará significa o mal/mau, Lavan Labão
então a melhor tradução seria língua Lemekh Lameque
M
Maasser Dízimo Mashiach, or Moshia") Que significa o
Malakhi [ ]מלאכיmeu mensageiro, Malaquias. ungido. O Messias e traduzido para o
Malshin Acusador, informante, diabo. grego como Χριστός - Cristo.
Mashiach (do hebraico mashiah, Moshiah, Matanah (Pl. Matanot) dom, dádiva
121
Glossário
N
Nakdimon Nicodemos Neviim [do hebraico ]נביאיםou Profetas; é o
Noach Noé nome de uma das três seções do Tana-
Netilat-yadayim Ritual de lavar as mãos. ch, estando entre a Torá e Kethuvim.
O
Olam Hazê Este mundo Olam Rabá Mundo vindouro, reino Eterno,
Céu dos céus.
P
Paga Intercessão P'rush Parush, Fariseu;
Parokhet Cortina. Especificamente a que di- P'rushim: Parushim Fariseus
vidia o Santo dos Santos do restante do P'lishti [Pl. P'lishtim] filisteu
Templo ou tabernáculo. Pêssach Páscoa judaica, páscoa bíblica
Purim Festa de Purim.
R
Rabban Título dado ao rabino superior escola de Hilel, que tiveram este título.
(presidente) do Sinédrio, da qual ele é o Rabbanim Rabinos
primeiro dos sete nomeados líderes da Rabbi [Pl. Rabbis] Rabino, mestre
122
Glossário
T
Talmid [Pl: Talmidim] Seguidor, discípulo, estudante; Tefilá [Pl: Tefilot] Oração
Talmidot Discípulado Tehilim Salmo, louvores.
Tefilin [com raíz do hebraico Tefilá] Nome Terumá ou Terumah Oferta
dado a duas caixas pretas, de couro, Teshuvá [Hebr: תשובה, literalmente retorno]
que contêm pequenos rolos com passa- Conversão; é a prática de voltar às ori-
gens bíblicas em seu interior (Shemot gens do judaísmo. Também tem o senti-
[Êx] 13.1-16; Dt 6.4-9; l1.13-21). Durante do de se arrepender dos pecados de ma-
as orações na sinagoga, os homens fi- neira profunda e sincera. Aquele que
xam essas caixinhas no braço e na tes- passa pelo processo de Teshuvá com su-
ta, em obediência a Dt 6:8. São chama- cesso é chamado de Baal Teshuvá.
dos também de filactérios. Não deve Tanakh ou Tanach [Hebr: ]תנ״ךÉ um acrôni-
ser usado como adorno religioso (Mat- mo utilizado para denominar seu con-
tityahu [Mt] 23.5). junto de livros sagrados Torá, Nevii-
123
Glossário
V-Y-Z
Veachavta Lereacha Kamocha Amarás a teu Yeshua Jesus, O nome hebraico Yeshua [ַיֵׁשוּע/]ישוע
próximo como a ti mesmo. é uma forma alternativa de Yehoshua, Josué, e
Vayikrá "E chamou" em Hebraico, Livro de é o nome completo de Jesus
Levíticos. Yeshuá Salvação
Yarden Jordão. Yetser Hará/tov Inclinação para o mal/bem
Yehoshafat Josafá Yibum Levirato
Yehoram Jeorão Yitsak ou Yitschak Isaque
Yehudah Judas; Iochanan João,
Yehudah de K'riot: Judas Iscariotes. Iochanan Hamatvil Iochanan o imersor,
Yehu Jéu. João Batista
Yako'ov Jacó, correspondente em hebraico Yom Hadin Dia do Juízo
para Tiago. Yom Hashem Dia do Eterno, Dia do Senhor-
Yishmael Ismael. Juízo
Yerichó Jericó. Yom Kipur ou Yom Hakipurim Dia da Expia-
Yeshivá [Hebr: [ ]ישיבהPl: Yeshivot] é o nome ção
dado às instituições para estudo da Yonah Jonas
Torá e do Talmud dentro do judaísmo Yoshiyahu Josias
Yerushalayim Jerusalém. Zakkai Zaqueu
Yeshayahu Isaías.
Fontes do glossário:WJAFC, ShalomAdventure, BJC, Chabad.org
124
Abreviações
125
Calendário
Tishrei e Cheshvan
Outubro
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Shabat
יום ראשון יום שני יום שלישי יום דביעי יום חמישי יום שישי שבת
25 26 27 28 29 30 1
כט א ב ג ד ה ו
29 1 2 3 4 5 6
2 3 4 5 6 7 8
ז ח ט י יא יב יג
7 8 9 10 11 12 13
9 10 11 12 13 14 15
יד טו יו יז יח יט כ
14 15 16 17 18 19 20
16 17 18 19 20 21 22
כא כב כג כד כה כו כז
21 22 23 24 25 26 27
Sucot 7
(Hoshana Raba) Shemini Atseret Simchat Torá Parashá Bereshit
23 24 25 26 27 28 29
כח כט ל א ב ג ד
28 29 30 1 2 3 4
30 31
ה ו
5 6
Cheshvan e Kislev
Novembro
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Shabat
יום ראשון יום שני יום שלישי יום דביעי יום חמישי יום שישי שבת
1 2 3 4 5
ה ו ז ח ט י יא
5 6 7 8 9 10 11
6 7 8 9 10 11 12
יב יג יד טו יו יז יח
12 13 14 15 16 17 18
Parashá Vayerá
13 14 15 16 17 18 19
יט כ כא כב כג כד כה
19 20 21 22 23 24 25
Omer 49
20 21 22 23 24 25 26
כו כז כח כט ל א ב
26 27 28 29 30 1 2
27 28 29 30 31
ג ד ה ו ז
3 4 5 6 7
126
Calendário
Kislev e Tevet
Dezembro
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Shabat
יום ראשון יום שני יום שלישי יום דביעי יום חמישי יום שישי שבת
1 2 3
ז ח ט
7 8 9
Parashá Vayetsê
4 5 6 7 8 9 10
י יא יב יג יד טו יו
10 11 12 13 14 15 16
Parashá Vayishlach
11 12 13 14 15 16 17
יז יח יט כ כא כב כג
17 18 19 20 21 22 23
Parashá Vaeshev
18 19 20 21 22 23 24
כד כה כו כז כח כט ל
24 25 26 27 28 29 30
Chanucá | Dia 6
Chanucá Chanucá | Dia 1 Chanucá | Dia 2 Chanucá | Dia 3 Chanucá | Dia 4 Chanucá | Dia 5 Parashá Mikêts
25 26 27 28 29 30 31
א ב ג ד ה ו ז
1 2 3 4 5 6 7
Rosh Chodesh
Tevet
Parashá Vayigash
Chanucá | Dia 7 Chanucá | Dia 8
127
Bençãos Diversas
ברכות תורה
Bênção para estudo da Torá
Baruch ata Adonai Bendito sejas Tu, Eterno, רוּך ַא ָתּה יהוה ְ ָבּ
Elohênu mélech nosso D'us, Rei do ְֱאלֹהֵֽינוּ מֶֽלֶך
haolam, asher universo, que nos ָהעוֹלָם ֲאשֶׁר
báchar bánu escolheu dentre ָֽחר בָּֽנוּ
ַבּ
mikol haamim todos os povos e nos ִמ ָכּל ָה ַע ִמּים
venátan lánu et torato. deste a Tua Torá. תּוֹרתוֹ
ָ ָתן ָלֽנוּ ֶאת ַ ְונ
Baruch ata Adonai, Bendito sejas Tu, Eterno, רוּך ַא ָתּה יהוה ְ ָבּ
noten hatora. que nos deste a Torá. תּוֹרה
ָ נוֹתן ַה ֵ
Benção posterior à leitura Benção posterior à leitura ברכה לאחר הקריאה׃
Baruch ata Adonai Bendito sejas Tu, Eterno, רוּך ַא ָתּה יהוהְ ָבּ
Elohênu mélech nosso D'us, Rei do ְ ֱאלֹהֵֽינוּ מֶֽל
ֶך
haolam, asher universo, que nos destes ָהעוֹלָם ֲאשֶׁר
nátan lánu torat a Lei da verdade e ֽתן ָלֽנוּ תּוַֹרת ַ ָנ
emet vechaie olam plantastes a vida ֱא ֶמת ְו ַחיֵּי עוֹלָם
nata betochênu. eterna entre nós. ָטע ְבּתוֹכֵֽנוּ ַנ
Baruch ata Adonai, Bendito sejas Tu, Eterno, רוּך ַא ָתּה יהוהְ ָבּ
noten hatora. que nos deste a Torá. תּוֹרהָ נוֹתן ַה ֵ
ברכות ההפטרה
Bênção para estudo da Haftará (profetas)
Baruch ata Adonai Bendito és Tu, Eterno, ּך ַא ָתּה יהוה ְ בָּרו
Elohênu mélech nosso D'us, Rei do ְ ֱאלֹהֵֽינ ּו מֶֽל
ֶך
haolam, asher báchar universo, que escolhestes ָֽחר
ַ ָהעוֹלָם ֲאשֶׁר ב
bineviim tovim bons profetas ׂבים ִ יאים טו ִ ְבִ ִבּנ
veratsa bedivrehem e que quisestes Suas יהםֶ ְוָרצָא ְב ִד ְבֵר
haneemarim palavras ditas ּא ָמִרים ֱ ַה ֶנ
beemet. verdadeiramente. ֶבּ ֱא ֶ מת
Baruch ata Adonai, Bendito sejas Tu, Eterno, ָבּרוּך ַא ָתּה יהוה ְ
habocher batora que escolhestes a Torá, ׂחר ַבּ ּתוָׂרה ֵ ַה ּבו
uvemoshe avdo Teu servo Moshê, Teu ֹשׂה ַע ְב ּדוֹ ֶ ּב מ ְו
uveisrael amo uvinvie povo de Israel e profetas יאי
ֵ ְב
ִ ּבנ
ִ ְׂר ֵאל ַע ּמוֹ ו ָּביִש ְו
haemet vehatsédek. da verdade e da justiça. ָה ֱא ֶמת ְו ֶצֶּדק
128
Bençãos Diversas
Baruch ata Adonai Bendito és Tu, Eterno, nosso רוּך ַא ָתּה יהוה ְ ָבּ
Elohênu mélech haolam, D'us, Rei do universo, ֶך ָהעוֹלָםְ ֱאלֹהֵֽינ ּו מֶֽל
asher natan lánu que deu-nos a palavra da ָֽחר ָלֽנוַּ ֲאשֶׁר ב
hadevar haemet, verdade e plantou a vida ָׅא ֶמתֱ ַה ְד ַבר ה
vechaie olam nata eterna em nosso meio. ָטעַ ְו ַחיֵּי עוֹלָם נ
betochênu. Baruch ata Bendito sejas ְ ְבּתוֹכֵֽנוּ ָבּ
רוּך ַא ָתּה
Adonai noten habrit Tu, Eterno, que nos deste נוֹתן ַה ְבּׅריתֵ יהוה
haHadashá. a Nova Aliança. הםְ שׁ ָ ַה ַחָד
129
CONGREGAÇÕES GRUPOS MEMBROS POPULAÇÃO
TOTAL 2.211 14.028 2.562.193 349.417.000
PROJETOS
130
1 Novo Canal de Televisão Hope Channel e rádio Hope FM em Papua-Nova Guiné
2 3URGX©¥RGDVV«ULHVȊ)LOKRVGR5HLȋSDUDD'LYLV¥RVXOGR3DF¯ȴFR
Kiribati
Papua-Nova
1
Guiné
DIVISÃO
Porto Moresby
Ilhas
Samoa
Salomão Samoa
Americana
Fiji
Vanuatu
Tonga
Sul do Pacífico
Austrália
2
Camberra
Nova Zelândia
Wellington