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Após o planejamento intra-histórico e universal do mundo românico, o gótico surge com um planejamento
científico e racional. Os reformistas beneditinos, em 1100, não se limitavam ao espectro espiritual e ditavam
normas concretas sobre as novas igrejas. A arquitetura Gótica surgiu no norte da França, em uma igreja
chamada ST Dehis, essa foi a primeira apresentação do estilo gótico na história e ela serviu de base para as
próximas construções nesse mesmo estilo.
O estilo gótico tem como características, as plantas baixas em sua grande maioria têm o formato de cruz
latina, simetria estrutural, há uso de arcos ogivais, usam se também as abóbodas nervuradas, arcos botantes
e contrafortes. As construções são marcadas pela antítese com a escala humana, o contraste das forças
dimensionais e a continuidade espacial. Buscavam transmitir leveza e delicadeza em seus interiores. Na idade
média com a chegada dos arcos botantes e contraforte as paredes passaram a ser mais finas possibilitando a
chegada dos vitrais. Os vitrais são a representação máxima do gótico, é por meio deles que toda a iluminação
externa penetra para dentro da igreja. A luz é, agora, vista como um material de construção. Outro ponto
importante do gótico são as esculturas e os gárgulas, as gárgulas são monstros cupidos em pedra que serviam
de decoração nas catedrais. Embora tiveram um papel estética também tinham uma função arquitetônica
muito bem definida, escoar a água das calhas para longe das paredes de um modo para não criar dano na
estrutura. Na decadência da idade média, a arquitetura gótica se alastra para as construções pessoais,
produzindo uma secularização (perda de influência religiosa) da Civita Dei, não servindo apenas como caráter
religioso.
UM APRENDIZADO ESSENCIAL:
FONTES DE PESQUISA:
ALONSO PEREIRA, José Ramón, Introdução à história da arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2010.
UM APRENDIZADO ESSENCIAL:
A Igreja Cristã é considerada uma obra de arte total. Além de suas obras independentes, a disposição dos
elementos arquitetônicos segue uma função e simbolismo, como as portas como a entrada da civitas Dei, as
torres como menires anunciadores, até o problema icônico com a iluminação baixa.
As plantas românicas eram marcadas pelo formato de cruz, suas paredes grossas, como fortalezas, com
interior pouco adornado. Apresentavam poucas janelas e aberturas e abusavam de arcos, abóbadas de berço
e arestas e capitéis adornados, reforçando a herança romana.
->
-> Catedral
de
Santiago
de Compostela: à esquerda, a fachada principal no
Catedral de Santiago de Compostela, planta baixa século XII, segundo Conant; à direita, corte transversa
da igreja românica
FONTES DE PESQUISA:
ALONSO PEREIRA, José Ramón, Introdução à história da arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Imagens - ALONSO PEREIRA, José Ramón, Introdução à história da arquitetura
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
INSTITUTO DE HUMANIDADES E SAÚDE
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA HISTÓRIA DA ARQUITETURA
PROFESSORA: ANDRÉA AUAD – PRIMEIRO SEMESTRE 2021