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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE

INSTITUTO DE HUMANIDADES E SAÚDE


CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA HISTÓRIA DA ARQUITETURA
PROFESSORA: ANDRÉA AUAD – PRIMEIRO SEMESTRE 2021

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO NÚMERO 3


Ana Beatriz P Vieira,Ana Clara S Pereira,Guilherme Silva Hott, Laisa Eller Pererira, Giulia Nathalia Ferreira dos
Santos

APONTAMENTOS SOBRE O TEMA: IDADE MÉDIA – GÓTICO

Após o planejamento intra-histórico e universal do mundo românico, o gótico surge com um planejamento
científico e racional. Os reformistas beneditinos, em 1100, não se limitavam ao espectro espiritual e ditavam
normas concretas sobre as novas igrejas. A arquitetura Gótica surgiu no norte da França, em uma igreja
chamada ST Dehis, essa foi a primeira apresentação do estilo gótico na história e ela serviu de base para as
próximas construções nesse mesmo estilo.
O estilo gótico tem como características, as plantas baixas em sua grande maioria têm o formato de cruz
latina, simetria estrutural, há uso de arcos ogivais, usam se também as abóbodas nervuradas, arcos botantes
e contrafortes. As construções são marcadas pela antítese com a escala humana, o contraste das forças
dimensionais e a continuidade espacial. Buscavam transmitir leveza e delicadeza em seus interiores. Na idade
média com a chegada dos arcos botantes e contraforte as paredes passaram a ser mais finas possibilitando a
chegada dos vitrais. Os vitrais são a representação máxima do gótico, é por meio deles que toda a iluminação
externa penetra para dentro da igreja. A luz é, agora, vista como um material de construção. Outro ponto
importante do gótico são as esculturas e os gárgulas, as gárgulas são monstros cupidos em pedra que serviam
de decoração nas catedrais. Embora tiveram um papel estética também tinham uma função arquitetônica
muito bem definida, escoar a água das calhas para longe das paredes de um modo para não criar dano na
estrutura. Na decadência da idade média, a arquitetura gótica se alastra para as construções pessoais,
produzindo uma secularização (perda de influência religiosa) da Civita Dei, não servindo apenas como caráter
religioso.

UM APRENDIZADO ESSENCIAL:

É imprescindível a importância da contribuição islâmica nesse período. A conceituação de álgebra possibilitou


a extração, pelos cristãos, da escolástica. Assim, a transição do século XIII resulta em um progresso
construtivo e uma alteração radical de processo de projeto por novos sistemas de pensamentos.
O período gótico é marcado pelas paredes extremamrnte finas, vitrais coloridos e tetos altíssimos. Os
elementos arquitetônicos explorados foram os arcos ogivais, os arcobotantes e as abóbadas nervuradas. A
construção se dava pela sobreposição de pedras, sem argamassa, apenas com o equilíbrio das forças
atuantes.
A secularização da civitas Dei.

DUAS IMAGENS LEGENDADAS:

-> Plantas das


catedrais de
Notre-Dame
de Paris (à
esquerda) e -> Perspctiva da
de Chartres (à A Sainte-Chapelle
direita).

FONTES DE PESQUISA:

ALONSO PEREIRA, José Ramón, Introdução à história da arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2010.

Imagens - ALONSO PEREIRA, José Ramón, Introdução à história da arquitetura

BRUNO PERENHA, Idade Média (Gótico) e Renascimento – A História da Arquitetura, YOUTUBE


CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
INSTITUTO DE HUMANIDADES E SAÚDE
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA HISTÓRIA DA ARQUITETURA
PROFESSORA: ANDRÉA AUAD – PRIMEIRO SEMESTRE 2021

APONTAMENTOS SOBRE O TEMA: IDADE MÉDIA - ROMÂNICO


No início do século V, Roma atacada pelos bárbaros de Alarico. Os cristãos foram considerados responsáveis
pela decadência desse império, porém o Santo Agostinho, bispo de Hipona, redigiu uma obra que define a
redenção de Cristo e não a glória de Roma e em defesa dos cristãos. Nessa obra ele afirma “desde o início dos
tempos estão em constantes luta duas cidades: a Jerusalém celeste e a Babilônia terrestre” para defender a
ideia de que a Roma pagã deveria ser substituída por um império espiritual. Então após a cidade dos homens
surge a cidade de Deus: as civitas Dei, que foi um conceito idealista e platônico que teve influência durante
toda a idade Média.
A inspiração para realizar a cidade de Deus sobre a Terra tem sua primeira expressão medieval no
monastério. Os monges se dedicavam tanto à oração quanto ao estudo e ao trabalho. As sociedades
monásticas multiplicaram suas funções sagradas e profanas, tornando os monastérios verdadeiros centros
urbanos de colonização, possuidores de grandes propriedades de cuja exploração viva a comunidade.
A arquitetura da Idade Média se caracteriza por estilos arquitetônicos, influenciados principalmente pela
ascensão a igreja católica e pelo aumento das cidades por conta da desintegração do Império Romano. Sua
arquitetura reformula as características tipológicas e construtivas da arquitetura e apesar de ter se iniciado no
período românico, é no gótico que a estrutura urbana das cidades ocidentais irá se transformar.
Ocidente foi progredindo e se desenvolvendo de forma contínua, o que foi essencial e justifica seu fator
temporal na arquitetura ocidental. A aplicação e a construção medieval dessas ideias refletem no tratamento
e na articulação da superfície da parede externa (da parede contínua à desmaterialização da parede) e no
planejamento e resolução das estruturas abobadadas.
Sendo o primeiro estilo do Ocidente, o românico é onde a Europa inicia seu progresso e sua expansão
edificatória. Então com ele inicia-se um conceito espacial caracterizado pela concatenação estrutural, o que
faz com que a arquitetura se expresse em termos de estrutura, deixando então de atuar apenas como
superfície. E pela métrica espacial que se manifesta além dos termos bidimensionais, mas também em uma
unidade tridimensional, que circunscreve um espaço interno, desta forma seu espaço e volumetria se unem
de forma cada vez mais intima. Criando um estilo mais sábio, uniforme, com maior funcionalidade e relação
aos elementos construtivos e decorativos anteriores. Este conceito se manteve na Europa até a chegada da
arquitetura moderna.
Podemos caracterizar o desenvolvimento da arquitetura cristã ocidental pela constante mutação dos sistemas
construtivos. A planimetria recorda muitas vezes a forma de cruz, correspondente ao símbolo do cristianismo

UM APRENDIZADO ESSENCIAL:
A Igreja Cristã é considerada uma obra de arte total. Além de suas obras independentes, a disposição dos
elementos arquitetônicos segue uma função e simbolismo, como as portas como a entrada da civitas Dei, as
torres como menires anunciadores, até o problema icônico com a iluminação baixa.
As plantas românicas eram marcadas pelo formato de cruz, suas paredes grossas, como fortalezas, com
interior pouco adornado. Apresentavam poucas janelas e aberturas e abusavam de arcos, abóbadas de berço
e arestas e capitéis adornados, reforçando a herança romana.

DUAS IMAGENS LEGENDADAS:

->
-> Catedral
de
Santiago
de Compostela: à esquerda, a fachada principal no
Catedral de Santiago de Compostela, planta baixa século XII, segundo Conant; à direita, corte transversa
da igreja românica

FONTES DE PESQUISA:

ALONSO PEREIRA, José Ramón, Introdução à história da arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Imagens - ALONSO PEREIRA, José Ramón, Introdução à história da arquitetura
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
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CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA HISTÓRIA DA ARQUITETURA
PROFESSORA: ANDRÉA AUAD – PRIMEIRO SEMESTRE 2021

MARCO PÁDUA, A Arquitetura na Idade Média, YOUTUBE

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