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CRon CféÁo cies
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UM M ANUAL POPULAR S OBRE AS
INTERPRETAÇÕES EQUIVOCADAS DAS SEITAS
U M M A N U A L PO PULAR SOB R E AS
I N TERPRETAÇÕES E Q U I V O C A D A S DAS SEITAS j
A utores
N o rm a n L . Geisler é o diretor
do Southern Evangelical Sem inary, e líder apologista cristão,
autor de mais de quarenta volumes.
R o n R hodes é o diretor executivo do M inistério R easoning
fro m tlie Scriptures, e tem escrito várias obras sobre seitas.
ISBN 8 5 - 2 6 3 - 0 2 9 7 - 3
( '
788526 302976
O ^C o rm czn /o . *
C R on J fâ o J e s
RESPOSTA
À s
SEITAS
UM M AN U A L POPULAR SOBRE AS
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CBO
T o d o s os direitos reservados. C o p y r i g h t 2 0 0 0 para a lín g u a p o r tu g u e s a da
Casa P u b l ic a d o r a das Assem bléia s de D eu s.
T radução: D e g m a r R ibas Jú n io r
Pr e p a r a ç ã o de o rig inais: A le x a n d re C o e l h o
R e v is ã o : G lá u c ia V ic te r
C a p a e p r o je t o gráfico: E d u a r d o So uza
E d i to r a ç ã o e le trô n ic a : O l g a R o c h a d o s San tos
C D D : 2 8 0 - Seitas
ISBN : 8 5 -2 6 3 -0 2 9 7 -3
2a Edição 2001
SUMÁRIO
Agradecimentos .......................................................................................... 7
Introdução: Entendendo as Seitas............................................................ 9
1. G ênesis.................................................................................................. 27
2. Ê x o d o .....................................................................................................47
3. L evítico................................................................................................. 59
4. D e u te ro n ô m io .....................................................................................63
5. J o su é ....................................................................................................... 73
6. 1 S a m u e l ...................................................................................................... 75
7. 2 Samuel.......................................................................................... 81
8. I R eis...............................................................................................83
9. 2 R eis.............................................................................................. 87
10. 2 ('rônicas .......................................................................................91
11. ) 6 ...................................................................................................... 93
12. S alm os............................................................................... .................. 99
13. Provérbios........................................................................................... 117
14. Eclesiastes............................................................................................121
15. Isaías..................................................................................................... 125
16. Jeremias ...............................................................................................135
17. Ezequiel......................................................................................... 137
IS. A m ó s..............................................................................................143
19. (onas..................................................................................................... 145
2 0 . H a b a c u q u e .........................................................................................147
2 1 . Malaquias ........................................................................................... 149
2 2 . M ateu s................................................................................................. 153
2 3 . M arcos.................................................................................................219
2 4 . L u ca s................................................................................................... 233
2 5 . J o ã o ...................................................................................................... 261
2 6 . Atos dos apóstolos............................................................................ 317
2 7 . R o m a n o s ............................................................................................ 335
2 8 . 1 C o rín tio s ........................................................................................ 359
2 9 . 2 C o rín tio s ........................................................................................ 395
3 0 . Gálatas.................................................................................................403
31. E fésios.................................................................................................407
3 2 . Filipenses............................................................................................ 415
3 3 . Colossenses.........................................................................................421
3 4 . 1 Tessalonicenses...............................................................................433
3 5 . 2 Tessalonicenses...............................................................................437
3 6 . 1 T im ó te o ...........................................................................................447
3 7 . 2 T im ó te o ........................................................................................... 451
3 8 . T i t o ......................................................................................................457
3 9 . F ile m o m .............................................................................................459
4 0 . H e b reu s.............................................................................................. 463
4 1 . T ia g o ....................................................................................................471
4 2 . 1 P e d ro ................................................................................................479
4 3 . 2 P e d ro ................................................................................................489
4 4 . 1 J o ã o .................................................................................................. 491
4 5 . 2 J o ã o .................................................................................................. 497
4 6 . 3 J o ã o .................................................................................................. 501
47 . A pocalipse..........................................................................................503
Bibliografia................................................................................................. 517
índice das Escrituras................................................................................ 537
índice de T ó p ic o s.....................................................................................553
índice de Grupos Religiosos ................................................................. 571
AGRADECIMENTOS
E N T E N D E N D O AS-SEITAS
0 QUE É U M A SEITA?
Não há uma definição mundial de comum acordo a
respeito do que caracteriza uma seita; existem apenas algu
mas características gerais que nos perm item reconhecê-las.
Há hoje três diferentes dimensões de seitas — doutrinárias,
sociológicas e morais.Vamos a seguir examinar brevemente
cada uma delas.Tenha em mente, contudo, que nem todas
as seitas manifestam cada uma das características que discu
timos.
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IN T R O D U Ç ÃO
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R E S P O S T A À S S EI TA S
M
IN TRO DU ÇÃO
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INTKODUÇÃO
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R E S P O S T A À S S EI TA S
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IN T R O D U Ç ÃO
A M E T O D O L O G I A E M P R E Ú A D A PELAS SEITAS
As seitas são bem conhecidas pelo emprego de seus
métodos questionáveis. Por exemplo, as seitas se concen-
iiam em decepções morais e processos agressivos de prose
litismo. Vamos analisar isso de forma resumida.
Decepção moral — Os seguidores da seita M oon são co-
nhccidos por sua chamada decepção celestial. Duplicidade
e mentiras são usadas para ganhar adeptos ao movimento.
<) fundador da seita m órm on, Joseph Smith, também se
envolveu em táticas fraudulentas que, no devido tempo, o
levaram aos tribunais, onde foi uma vez declarado culpado'
e multado. Líderes modernos da Meditação Transcendental
i.imbém usaram de engano na tentativa de levar adiante sua
i .msa.
Muito mais com um é o emprego de termos cristãos
pelas seitas, porém infundidos com novos significados. Des-
>.i maneira, cristãos destreinados são enganados e conduzi
dos a pensar que a seita é cristã. Por exemplo, seitas da Nova
Ir.i algumas vezes utilizam os termos “ressurreição” e “as-
<ensào” quando na realidade querem expressar a “ascensão”
d.i conscientização cristã no mundo. O tão familiar termo
( i istão “nascido de novo” é muito empregado pela Nova
1•i.i para dar suporte à doutrina da reencarnação. O termo
"o ( a isto” é utilizado pelos adeptos da Nova Era visando
o b t e r aprovação dos cristãos quando, para eles, o atual e
v e i d a d e ir o significado desse termo expressa o oficio oculto
desempenhado por vários gurus através da história.
Proselitismo agressivo — Existe, sem dúvida, uma boa per-
i epçào no tocante ao trabalho de proselitismo de cada reli
17
R E S P O S T A À S S EI TA S
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IN T R O D U Ç Ã O
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R E S P O S T A À S SEI TAS
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IN T R O D U Ç Ã O
GÊNESIS
A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : As Testemunhas de Jeová
pensam que esse versículo diz que o Espírito Santo não
é uma pessoa, e sim a força ativa de Deus. Deus utilizou
declaradamente essa “força” na criação do universo. Um a
vez que no hebraico o termo correspondente a “espíri
to” pode também ser traduzido como “vento”, eles pen
sam que estão justificados por traduzir o termo como
“força ativa” em Gênesis 1.2 (Should you believe in the
'Irinity?, 1989, pág. 20).
( O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : O ter
mo hebraico tuach pode ter uma variedade de signifi-
R E S P O S T A À S S EI T A S
28
GÊNESIS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Várias
explicações sobre a utilização do pronome “nossa” fo
ram oferecidas ao longo da história. Alguns comentaris
tas alegaram que Deus estava se referindo aos anjos, mas
isso não tem sentido, uma vez que no verso 26 Deus diz:
“Façamos o hom em à nossa imagem”, enquanto o verso
27 deixa claro: “E criou Deus o hom em à sua imagem; à
imagem de Deus o criou” , e não à imagem dos anjos.
Alguns alegaram que o pronome no plural refere-se à
Trindade. Verdadeiramente o Novo Testamento — por
exemplo, em João 1.1 — ensina que o Filho estava en
volvido na criação dos céus e da terra. Também Gênesis
1.2 indica que o Espírito Santo estava envolvido no pro
cesso da criação. Contudo, a opinião de alguns estudan
tes da gramática hebraica é que o pronome “nossa” , no
plural, é simplesmente requerido pelo substantivo Elohim,
que no hebraico está no plural e é traduzido como “Deus”
(“Então Deus [Elohim, plural] disse: Façamos [plural] o
hom em à nossa [plural] imagem”). Conseqüentemente,
esse grupo de estudantes alega que essa declaração não
29
R E S PO S TA ÀS SEITAS
30
GÊNESIS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Tudo o
que está sendo ensinado em Gênesis 1.26,27 é que a
humanidade foi criada à imagem e semelhança de Deus,
no sentido de que um ser humano é uma reflexão finita
de Deus em sua essência racional (Cl 3.10), em sua es
sência moral (Ef 4.24) e no domínio sobre a criação (Gn
1.27,28). D o mesmo modo que a lua reflete a brilhante
luz do sol, assim a humanidade finita (criada à imagem
de Deus) é uma reflexão limitada de Deus nesses aspec
tos. Esse verso não tem nada a ver com seres humanos
tornando-se Deus ou estando na mesma “classe” de Deus.
Se fosse verdade que seres humanos são “pequenos
deuses” , então poderia se esperar que mostrassem qua
lidades semelhantes àquelas que são conhecidas como
verdadeiramente dEle. Contudo, quando se comparam
os atributos da humanidade com os de Deus, encon
tramos amplo testemunho da verdade da declaração de
Paulo em R om anos 3.23, que diz que os seres hum a
nos “ destituídos estão da glória de D eus” . Considere o
seguinte:
1. Deus conhece todas as coisas (Is 40.13,14), mas o
ser humano é limitado em seu conhecimento (Jó 38.4).
2. Deus éTodo-Poderoso (Ap 19.6), mas o ser hum a
no é fraco (Hb 4.15).
31
R E S P O S T A À S S EI T A S
A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Os mórmons argumen
tam que, pelo fato de os seres humanos terem sido cria
dos com um corpo de carne e ossos, Deus, o Pai, deve
obrigatoriamente ter também um corpo físico, uma vez
que a humanidade foi criada à imagem de Deus (Smith,
1975, 1.3).
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : U m
princípio fundamental de interpretação é que as Escri
turas interpretam as Escrituras. Quando outras escrituras
a respeito da natureza de Deus são consultadas, o enten
dimento m órm on sobre Gênesis 1.26,27 se torna im
possível. João 4.24 indica que Deus é Espírito. Lucas
24.39 nos diz que um espírito não possui carne e ossos.
32
GÊNESIS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Eddy
distorce com pletam ente essa passagem das Escrituras.
C om entarem os vários erros de form a breve. Insistir
que a hum anidade é com o Deus em todos os aspectos
contraria o sentido dos term os “im agem ” e “ seme
lhança” . M esm o o term o “im agem ” nesse contexto
não é o mesmo do original, com o fica claro pelo uso
desse mesmo term o hebraico ( tzehlem ) para um ídolo
(por exemplo N m 33.52; 2 C r 23.17; Ez 7.20) como
somente para a representação de u m deus, e não o
deus mesmo.
A palavra “criar” revela que o texto não está se refe
rindo a algo eterno, mas a algo que passou a existir. Esse
termo (bará) nunca é utilizado no Antigo Testamento
referindo-se a algo que seja eterno. Nesse contexto, sig
nifica algo que é trazido à existência. O mesmo é verda
33
RE S PO S TA ÀS SEITAS
34
GÊNESIS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Em
Gênesis 2.7 o term o hebraico empregado para “alma”
(:nephesh) significa “ser vivente”. Contudo, esse term o
hebraico é rico, possuindo várias nuanças de significado
quando em diferentes contextos. U m erro fundamental
— cometido algumas vezes por estudantes iniciantes de
hebraico e grego — é assumir que se um termo hebraico
ou grego é utilizado de alguma forma particular em um
verso, deverá obrigatoriamente ter o mesmo significado
em todos os seus demais usos. Mas isso é simplesmente
errado. O fato é que termos hebraicos e gregos podem
ter diferentes nuanças de significado em diferentes con
textos. O termo nephesh é um exemplo. Enquanto ele
significa “alma vivente” em Gênesis 2.7, o mesmo termo
se refere à alma ou espírito como sendo distintos do
corpo em Gênesis 35.18.
Além do mais, quando examinamos o que as Escritu
ras em sua totalidade ensinam a respeito da alma, fica
evidente que a posição da Sociedade Torre de Vigia (Tes
temunhas de Jeová) é errada. Por exemplo, Apocalipse
6.9,10 refere-se a almas desprovidas de corpos sob o al
tar de Deus (não teria sentido interpretar a referência a
“alma” nesses versos como “ser vivente” — “Vi debaixo
do altar as almas dos que foram m ortos”). A primeira
Carta aos Tessalonicenses 4.13-17 diz que Cristo trará
consigo as almas e espíritos daqueles que estão agora
com Ele no céu, e unirá tais espíritos a corpos na ressur
reição. Em Filipenses 1.21-23, Paulo diz que melhor é
partir e estar com Cristo. Em 2 Coríntios 5.6-8, Paulo
diz que estar ausente do corpo é estar no lar com o
Senhor. As Escrituras, como um todo, ensinam que cada
pessoa é possuidora de uma alma que sobrevive à morte.
35
RE S PO S TA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : A Bí
blia claramente afirma que Deus criou os seres humanos
com um corpo físico. R edigir qualquer conclusão con
trária ao conteúdo de qualquer texto bíblico é contradi
zer o correto ensino da Palavra de Deus.
A Bíblia declara: “E form ou o Senhor Deus o ho
m em do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego
da vida; e o hom em foi feito alma vivente” (Gn 2.7). O
“pó da terra” é uma referência óbvia a elementos físicos,
materiais.
Mais adiante Deus disse a Adão e a Eva:“N o suor do
teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra;
porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te
tornarás” (Gn 3.19).Também aqui a referência é à “ter
ra” física e ao “p ó ”. Adiante diz que retornaremos ao pó,
significando que viemos dele em nosso princípio, o que
a Bíblia diz nas demais passagens (conferir Ec 12.7).
s\
G E N E S I S 3 .7 — Este versículo marca o início da
liberdade maçônica, conforme os maçons algumas
vezes argumentam?
36
GÊNESIS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Os
maçons estão aqui praticando a eisegese (estão lendo um
significado forçando-o para dentro de um texto) ao in
vés de praticar a exegese (que é extrair o significado de
dentro de um texto). Isso se torna evidente a partir do
contexto.
Os rituais maçônicos não são encontrados em ne
nhuma parte do contexto de Gênesis 3 nem em qual
quer outra parte da Bíblia. As folhas de figueira em Gê
nesis 3 tiveram o único propósito de cobrir a nudez de
Adão e Eva e não serem utilizadas como objetos em
nenhum ritual ou cerimônia de iniciação.
Deve ser observado que a maçonaria é uma religião
incompatível com o cristianismo. Dentre outras coisas,
ela ensina que a Bíblia é um dentre os muitos “símbolos”
que representam a vontade de Deus (outros “símbolos”
da vontade de Deus incluem o Veda hindu e o Alcorão
muçulmano). Além disso,Jesus é considerado apenas um
dentre muitos santos homens que estabeleceram um ca
minho para chegar a Deus.Também dizem que as várias
religiões no mundo conduzem à adoração ao mesmo
I )eus, só que com diferentes nomes (Jeová,Alá etc.).Acre
ditam que a salvação não é baseada na fé em Cristo, mas
alcançada através de obras. Além disso, os maçons são
obrigados a prestar juramentos que os cristãos jamais
ousariam sequer pensar em pronunciar — por exemplo,
37
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Esse
verso não contém qualquer referência a M aria ou à
sua dita imaculada concepção. U m a das melhores evi
dências disso — fora do próprio texto — é o fato de
que mesmo autoridades católicas como O tt reconhe
cem que o “sentido literal” desse texto significa que
“entre Satanás e seus seguidores p o r um lado, e Eva e
a sua posteridade por outro, haverá uma constante
guerra moral... A posteridade de Eva inclui o Messias,
em cujo poder a hum anidade ganhará a vitória sobre
Satanás” (Ibid.).
Mesmo que por extensão Maria pudesse ser conectada
de alguma maneira indireta a esse texto, isso ainda seria
um gigantesco salto até a sua imaculada concepção, que
não é exposta e nem sugerida em qualquer lugar dessa
passagem. O sentido literal é que Eva (e não Maria) e a
sua posteridade estariam em guerra moral contra Sata
nás e a descendência dele, culminando com a vitória
esmagadora do Messias sobre Satanás e suas hostes. A
“mulher” é obviamente Eva, e a “semente da m ulher” é
claramente a descendência literal de Eva (Gn 4.1,25),
38
GÊNESIS
A MÁ IN T E R PR E T A Ç Ã O : As Testemunhas de Jeová
.icreditam que esse verso proíba as transfusões de sangue.
Alegam que uma transfusão sangüínea é o mesmo que
comer sangue, porque é algo muito semelhante ao pro
cesso de alimentação intravenosa (Reasoning from the
Srriptures, 1989, pág.73).
39
RE S PO S TA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : M el
quisedeque em Gênesis 14.18 é uma pessoa histórica
que tipificou Cristo. U m tipo é uma figura que aponta
para algo ou alguém vindouro. Por desígnio divino, anun
cia algo ou alguém a ser revelado. Com o é que ele anun
ciou a Cristo? O nom e Melquisedeque dá a resposta.
Essa palavra é composta de dois termos hebraicos signi
ficando “rei” e “justo” . Melquisedeque era também um
sacerdote. Desse modo, ele pressagiou Cristo como um
justo rei-sacerdote. Essas características foram válidas para
Melquisedeque apenas em sentido finito, ao passo que
em Cristo elas são verdadeiras em sentido infinito.
Podem os m órmons participar do sacerdócio de M el
quisedeque? Hebreus 7.23,24 diz:“E, na verdade, aque
les foram feitos sacerdotes em grande número, porque,
pela morte, foram impedidos de permanecer, mas este
[Jesus], porque permanece eternamente, tem um sacerdó
cio perpétuo” (ênfase adicionada pelo autor). O sacerdó
40
GÊNESIS
41
RES P O S T A À S S E I T A S
42
GÊNESIS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : (Leia os
comentários sobre Ez 16.49). Ao mesmo tempo que é
verdade que o term o hebraico utilizado para conhecer
(yadha) não significa necessariamente “ter sexo com ” , o
termo possui claramente tal significado no contexto da
história que trata de Sodoma e Gomorra. Esse fato é
evidente por várias razões. Primeiramente, em dez das
doze vezes que essa palavra é empregada em Gênesis, ela
se refere a relações sexuais (por exemplo em Gn 4.1,25).
Em segundo lugar, ela é empregada referindo-se a
relações sexuais nesse capítulo, pois Ló se refere as suas
duas filhas virgens como não tendo “conhecido varão”
(19.8), que é obviamente o emprego do term o referin
do-se à parte sexual.
Em terceiro lugar, o significado de uma palavra é des
coberto pelo contexto no qual é utilizada. E o contexto
aqui é, sem dúvida, sexual, conforme é indicado pela
referência à maldade da cidade (18.20), e pela oferta das
virgens para a satisfação das paixões deles (19.8).
Em quarto lugar, “conhecer” não pode simplesmente
significar “tornar-se conhecido”, porque é equiparado a
uma atitude “perversa” (19.7).
43
R E S P O S T A À S S EI T A S
44
GÊNESIS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Isso é
“culpa por associação” . Gênesis 40.20-22 prova apenas
que aquele faraó era maligno, e não que os aniversários
são malignos.
Faraó também fez algo bom em seu aniversário —
declarou anistia ao copeiro-m or (Gn 40.21). Mas seria
igualmente tolo alegar que os aniversários são bons ba
seando-se nos bons feitos de faraó, como seria tolo ale
gar que são maus baseando-se nos feitos maus de faraó.
Além do mais, não existem nas Escrituras mandamen
tos para comemorar aniversários e nem mandamentos
contra essa prática. Não há razão para que não sejam
comemorados, como todas as outras coisas, “para a gló
ria de Deus” (1 Co 10.31).
Não há nada errado em dar a devida honra a outro
ser humano.A Bíblia diz:“Dai a cada um o que deveis...
a quem [é devida] honra, honra” (R m 13.7).Já que numa
festa típica de aniversário não se presta um culto a outro
ser humano, não há razão que nos impeça de honrar os
aniversariantes nessa ocasião.
45
C A P ÍT U L O 2
m': "t
í rY I
EXODO
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : A Bí
blia indica que uma das táticas de Satanás em seu esforço
para enganar a humanidade é empregar falsos milagres
(leia 2 Ts 2.9 e comentários sobre Ap 16.14). Exodo
7.11 afirma: “E Faraó também chamou os sábios e en
cantadores; e os magos do Egito fizeram também o mes
mo com os seus encantamentos” . Cada um dos outros
versículos faz uma alegação similar. A passagem afirma
que os feitos dos magos de faraó foram alcançados por
“seus encantamentos [de magia]” .
Alguns comentaristas chegam a afirmar que os feitos
dos mágicos foram meros truques.Talvez os magos te
nham lançado encantamentos sobre serpentes de m odo
que ficaram rijas, parecendo terem se tornado cajados.
Quando lançadas ao solo, saíram de seu transe, vol
tando a moverem-se como serpentes. Alguns dizem ter
sido obra de Satanás o que teria transformado os cajados
dos mágicos em serpentes. Contudo, isso não é plausível,
tendo em vista o fato de que somente Deus é capaz de
criar vida, como os próprios magos reconheceram mais
tarde (Êx 8.18,19).
Seja qual for a explicação que alguém assuma refe
rente à maneira como esses feitos foram realizados, exis
te um ponto comum a todas as possíveis explicações en
contrado no próprio texto. Seja qual for o poder pelo
qual alcançaram esses feitos, está claro que não foram
realizados através do poder de Deus. Pelo contrário, fo
ram alcançados pelos “seus encantamentos” .
A finalidade desses atos foi convencer faraó de que os
seus mágicos possuíam tanto poder quanto Moisés e Arão,
e não era necessário que faraó se rendesse à sua exigên
cia de deixar ir Israel. Funcionou, ao menos durante os
três primeiros encontros (a vara de Arão, a praga de san
gue, e a praga das rãs). Contudo, quando Moisés e Arão,
pelo poder de Deus, trouxeram piolhos da areia, os má-
48
ÊXODO
49
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : O
dogma católico de veneração de relíquias e imagens não
tem fundamento nessa passagem das Escrituras e nem
em qualquer outra.
A passagem de Exodo mostra claramente o propósito
de levar os ossos de José para fora do Egito, e não o
propósito de venerá-los. Lemos: “E tom ou Moisés os
ossos de José consigo, porquanto havia esse estreitamen
te ajuramentado aos filhos de Israel”. Ele havia dito:“Cer-
tamente Deus vos visitará; fazei, pois, subir daqui os meus
ossos convosco” (Ex 13.19).
Mesmo a notável autoridade católica Ludwig O tt
admite que “as Sagradas Escrituras não mencionam a
veneração de relíquias” (Ibid). E os chamados “prece
dentes” nas Escrituras não provam o ponto de vista cató
50
ÊXODO
/Y M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : As Testemunhas de Jeová
crêem que a ordem expressa nesse verso, de não fazer
ídolos, proíbe as pessoas de usarem uma cruz (Let God be
true, 1946, pág. 146).
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Os pa
gãos de antigamente aderiam à idolatria prostrando-se
em adoração diante de objetos materiais. Em nossa opi
nião, o uso de uma cruz não é idolatria porque a cruz
por si só não é adorada e nem venerada. Cristãos usam a
51
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A MÁ IN TE R PR E T A Ç Ã O : A base
para o mandamento de observar o sábado, conforme es
crito em Exodo 20.11, é que Deus repousou no sétimo
dia após seis dias de trabalho, e que Deus abençoou e
santificou o sétimo dia. O dia de sábado foi instituído
como um dia de repouso e adoração. O povo de Deus
deveria seguir como exemplo o modelo de trabalho e
repouso de Deus. Contudo, Jesus — corrigindo a visão
distorcida dos fariseus — disse: “ O sábado foi feito por
causa do homem, e não o hom em por causa do sábado”
(Mc 2.27). O ponto destacado por Jesus foi que o sába
do não foi instituído para escravizar pessoas, mas para
beneficiá-las. O espírito de observância ao sábado teve
continuidade no Novo Testamento mediante a obser
vância do repouso e da adoração no primeiro dia da
semana (At 20.7; 1 Co 16.2).
52
ÊXODO
53
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : A Bí
blia fala enfaticamente contra a poligamia (leia com en
tários sobre 1 R s 11.1). Jesus deixou claro em Mateus
19.9 que o plano original de Deus para o casamento
desde a criação foi a monogamia. Isso se mostra evi
dente a partir do fato de Deus ter criado apenas uma
esposa para Adão. D euteronôm io 17.17 proíbe a poli
gamia entre reis, que norm alm ente eram aqueles que a
praticavam em alianças internacionais.“Tampouco para
si multiplicará mulheres”. Em cada caso de poligamia
encontramos um fracasso em termos de viver de acor
do com o plano divino. N ão faz parte do ideal de Deus
que um hom em se divorcie de sua esposa (Mt 19.9),
contudo, por causa da dureza do coração das pessoas,
Moisés perm itiu o divórcio sob determinadas condi
ções. D e m odo semelhante, a poligamia no m atrim ô
nio nunca foi o ideal de Deus para o casamento, mas
devido à dureza dos corações, foi tolerada. Porém, o
fato de Deus ter tolerado a poligamia não prova que
Ele a prescreveu ou a aprovou.
54
ÊXODO
55
R E S P O S T A À S S EI T A S
56
ÊXODO
trar, uma vez por ano no Dia da Expiação (Lv 16), tor-
nou-os inacessíveis e, portanto, impossíveis de serem ado
rados ou venerados pelo povo.
N ote também que esses querubins não foram dados a
Israel como imagens de Deus; eles são representações de
anjos. Não foram dados com o propósito de adoração
ou veneração; foram dados por motivos de decoração —
como arte religiosa. Os católicos romanos estão lendo
algo nesse versículo que na verdade não está lá.
H X O D O 3 2 .3 0 -3 2 — A mediação de M oisés a fa vo r
de Israel dá suporte à crença católica em um “tesou
ro de méritos” do qual se pode f a z e r retiradas?
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : N ão
existe absolutamente nada nesse texto que se refira a qual
quer depósito de méritos no céu — de maneira literal
ou figurativa — para o qual se possa contribuir por boas
obras, e desse depósito outros possam fazer retiradas. Na
57
R E S P O S T A À S S EI T A S
LEVÍTICO
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : A proi
bição aqui é primariamente dirigida ao ato de comer
carne que ainda estiver pulsando com vida, devido ao
sangue da vida ainda estar nela. A transfusão de sangue
não envolve o ato de comer carne que ainda contenha
em si o sangue que lhe confere vida. Daí, transfusões de
sangue não violam Levítico 17.
60
LEVÍTICO
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : O sim
ples fato da proibição mosaica contra o homossexualis-
mo estar no livro de Levítico não a faz parte da lei ceri
monial já finda. Se isso fosse verdade, o mesmo poderia
ser dito a respeito do estupro, do incesto e de outras
atitudes bestiais descritas no mesmo capítulo (Lv 18.6-
14,22,23). E em nenhum lugar as leis relacionadas a prá
ticas sexuais estão ligadas à procriação de filhos. Se ho
mossexuais fossem levados à m orte por serem “estéreis” ,
isso dificilmente resolveria o problema de gerar mais cri
anças. O casamento heterossexual seria uma punição mais
apropriada.
As leis contra o homossexualismo na nação de Israel
se estendem até os gentios, de qualquer maneira (Rm
1.26). Os gentios não possuíam a lei cerimonial (Rm
2.12-15), nem fizeram qualquer pacto para a formação
de uma nova geração. Foi precisamente por essa razão
que Deus trouxe juízo sobre os cananitas (Lv 18.1-
3,24,25). U m judeu flagrado em um ato homossexual
era brutalmente destruído. N o entanto, aqueles que vio-
61
R E S P O S T A À 5 S EI T A S
62
CAPÍTULO 4
DEUTERO NÔ M IO
I ^ E U T E R O N Ô M I O 6 .4 — E s te versículo co n tra
d i z a d o u tr in a da T rind a de?
A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : D euteronôm io 6.4 é o
shemá hebraico: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o
único Senhor”. As Testemunhas de Jeová dizem que por
que Deus é “único” , não é possível que seja trino. “O
shemá exclui a Trindade do credo cristão por ser uma
violação à unidade de Deus” (M ankind's search for God,
1990,pág.219). A seita Unidade Pentecostal também cita
esse verso contra a doutrina da Trindade. R obert Sabin,
líder da seita Unidade Pentecostal, diz que a doutrina da
Trindade “viola o shemá” e “nega... a exclusiva e supre
ma divindade de Jesus” (Oneness News,vol. 4.4, e Irrefutable
reasons why theory o f the Trinity cannot stand, preparados
R E S P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : D eute
ronômio 6.4 não nega a Trindade, mas, pelo contrário,
estabelece um de seus pontos fundamentais: existe um
Deus. E importante compreender que as Escrituras in
terpretam as próprias Escrituras. Interpretando D eute
ronômio 6.4 em conjunto com outros versículos, apren
demos que o único Deus verdadeiro é trino em sua perso
nalidade (2 Co 13.13), isto é, existem três pessoas nessa
natureza única.
Cada uma das três pessoas da Trindade é chamada de
Deus nas Escrituras. O Pai (1 Pe 1.2), o Filho (Jo 20.28),
e o Espírito Santo (At 5.3,4).Além disso, todos possuem
atributos de divindade — incluindo a onipresença (SI
139.7; M t 28.20; Hb 4.13), a onisciência (Mt 9.4; R m
11.33; 1 Co 2.10) e a onipotência (Mt 28.18; R m 15.19;
1 Pe 1.5).
Pode-se observar claramente os três em unidade den
tro da mente de Deus, em passagens como Mateus 28.19:
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. O termo
“nom e” no grego é singular, indicando que há um só
Deus. Porém, existem três pessoas diferentes em Deus,
conforme indicado pelos três artigos definidos no grego
— o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Essa tri-unidade
também é refletida em 2 Coríntios 13.13. Então existe
um só Deus, mas existe uma pluralidade dentro dessa
unidade — uma pluralidade de pessoas dentro da unida
de da natureza.
D E U T E R O N Ô M I O 1 8 .1 0 -2 2 — Com o é que os
falsos profetas podem ser distinguidos dos verdadei
ros profetas?
64
D E U TE R O N Ô M IO
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Exis
tem muitos testes para provar um falso profeta. Vários
deles estão listados na passagem bíblica em questão. C o
locando-os em forma de perguntas, os testes são:
1. Eles sempre entregam falsas profecias? Cem por
cento de suas predições em relação ao futuro se cum
prem? (Dt 18.21,22)
2. Contatam espíritos de mortos? (Dt 18.11)
3. Utilizam meios de adivinhação? (Dt 18.11)
4. Envolvem médiuns ou feiticeiras? (Dt 18.11)
5. Seguem a falsos deuses ou ídolos? (Ex 20.3,4;
Dt 13.1-3)
6. Negam a divindade de Jesus Cristo? (Cl 2.8,9)
7. Negam a humanidade de Jesus Cristo? (1 Jo 4.1,2)
8. As suas profecias desviam a atenção da pessoa de
Jesus Cristo? (Ap 19.10)
9. Defendem a abstenção de certos alimentos e car
nes por razões espirituais? (1 T m 4.3,4)
10. Criticam ou negam a necessidade do casamento?
(1 T m 4.3)
11. Promovem a imoralidade? (Jd 4,7)
12. Encorajam a renúncia pessoal legalista? (Cl 2.
16-23)
65
R E S PO S TA ÀS SEITAS
66
D E U TE R O N Ô M IO
67
R E S P O S T A Á S S EI T A S
D E U T E R O N Ô M I O 2 3 .1 7 — A hom ossexualida
de era condenada apenas p o r estar ligada à idola
tria?
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Práticas
homossexuais não são condenadas na Bíblia simplesmente
porque estavam ligadas à idolatria. Esse fato se torna evi
dente devido a vários motivos. A condenação de práticas
homossexuais está separada das referências ligadas à prá
tica de idolatria explícita (Lv 18.22; R m 1.26,27).
Q uando a homossexualidade é associada à idolatria
(como na prostituição no serviço do templo), essa cone
xão não acontece em termos essenciais. São pecados
concomitantes, mas não equivalentes.
A infidelidade sexual é freqüentemente utilizada de
m odo metafórico em relação à idolatria (por exemplo
Os 3.1; 4.12), mas não possui necessariamente uma co
68
D E U T E R O N Ô M IO
69
R E S P O S T A À S S EI TA S
D E U T E R O N Ô M I O 3 4 .1 0 — E ste versículo dá
suporte à alegação muçulmana de que Jesus não
poderia ter sido anunciado como profeta em D e u te
ronômio 18.18?
C O R R IG IN D O A MÁ INTERPRETAÇ ÃO : O “n u n
ca mais” significa desde a morte de Moisés até a ocasião
em que esse último capítulo foi escrito, provavelmente
por Josué. Mesmo que o livro de D euteronôm io ou essa
parte do livro tenham sido escritos m uito mais tarde,
como acreditam alguns críticos, ainda assim isso aconte
ceu vários séculos antes da época de Cristo e, portanto,
não o eliminaria.
Observe que Jesus se constituiu o perfeito cum pri
mento dessa predição referente ao profeta que havia de
vir, e não Maomé (leia os nossos comentários a respeito
de D t 18.15-18).
Essa passagem não poderia se referir a Maomé, um a
vez que o profeta vindouro seria como Moisés, que fez
“todos os sinais e maravilhas que o Senhor o enviou
70
D E U T E R O N Ô M IO
JOSUÉ
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Os
ensinadores da seita Palavra da Fé estão lendo um signi
ficado dentro desse verso que na realidade não está lá. O
RE SPOSTA ÀS SEITAS
1 SAMUEL
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Não
existe nenhuma indicação nas Escrituras de que Davi e
Jônatas fossem homossexuais. Pelo contrário, existem
fortes evidências de que não o eram. A atração que Davi
sentiu por Bate-Seba (2 Sm 11) revela que a sua orienta
ção sexual era heterossexual, e não homossexual. N a re
alidade, a julgar pelo número de esposas que teve, parece
que Davi se entregava a desejos heterossexuais fortes de
mais.
O amor de Davi por Jônatas não era sexual (eros), mas
o amor no sentido de amizade (jphileó). Nas culturas ori
entais, é com um para homens heterossexuais expressa
rem aberta e calorosamente amor e afeição uns pelos
outros.
O “beijo” era, naquela época, uma saudação cultural
m ente com um entre homens. Além do que, o beijo não
ocorreu até algum tempo depois de Jônatas dar a Davi as
suas roupas (1 Sm 20.41). A emoção que eles expressa
ram foi pranto, não orgasmo. O texto diz:“e beijaram-se
um ao outro e choraram juntos, até que Davi chorou
muito mais” (1 Sm 20.41).
Também não é verdade que Jônatas tenha se despido
de todas as suas roupas na presença de Davi. Ele apenas
tirou o seu armamento e o seu manto real (1 Sm 18.4)
como símbolo de seu profundo respeito e compromisso
para com Davi (1 Sm 18.3).
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Alguns
crêem que a feiticeira fez um milagre através de poderes
demoníacos, e realmente trouxe Samuel de volta dos
mortos. Em apoio a essa visão, citam passagens que indi
cam que demônios têm poder para fazer milagres (Mt
7.22; 2 Co 11.14; 2 Ts 2.9,10; Ap 16.14). As objeções a
essa visão incluem o fato de que a morte é final (Hb
9.27). Os mortos não podem retornar (2 Sm 12.23) por
que existe um enorme abismo fixado por Deus (Lc 16.24-
26), e demônios não são capazes de usurpar a autoridade
de Deus sobre a vida e a morte (Jó 1.10-12).
Outros têm sugerido que a feiticeira não fez realmente
que subisse Samuel dentre os mortos, mas simplesmente
fogou ter feito isso. Sustentam essa afirmação referindo-
se a demônios que enganam pessoas que procuram con
tato com os mortos (Lv 19.31; D t 18.11; 1 C r 10.13), e
também usando o argumento de que os demônios algu
mas vezes declaram a verdade (conferir At 16.17). As
objeções a essa visão incluem o fato de que a passagem
parece dizer que Samuel retornou de entre os mortos,
que ele entregou uma profecia como sendo Samuel e
esta se cumpriu, e que não seria comum que demônios
tivessem declarado a verdade de Deus, uma vez que o
diabo é o pai da mentira (Jo 8.44).
U m outro ponto de vista é que a feiticeira não teria
trazido Samuel de entre os mortos, porém o próprio
Deus teria intervindo para repreender Saul por seus pe-
78
1 SAMUEL
79
CAPÍTULO 7
82
CAPÍTULO 8
1 REIS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : A
monogamia é o padrão de Deus para a espécie humana.
R E S P O S T A À S S EI TA S
84
1 REIS
2 REIS
88
2 REIS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : O pri
meiro conjunto de versos refere-se ao corpo, e o segun
do à alma. “D o rm ir” é uma figura de linguagem apro
priada para o corpo, uma vez que a morte é apenas tem
porária, aguardando apenas a ressurreição, ocasião em que
o corpo será “despertado” . Além disso, tanto o ato de
dorm ir quanto a m orte possuem a mesma postura — o
córpo permanece deitado.
A Bíblia é muito clara quando ensina que a alma do
crente (e o seu espírito) sobrevive à morte (Lc 12.4). Ela
está conscientemente presente com o Senhor (2 Co 5.8)
em um lugar melhor (Fp 1.23), onde outras almas estão
conversando (Mt 17.3). De um modo semelhante, a alma
do descrente está em um lugar de torm ento consciente
(Mt 25.41;Lc 16.22-26; Ap 19.20— 20.15;veja também
comentários sobre 2 Co 5.8).
89
CAPÍTULO 10
2 CRÔNICAS
92
CAPÍTULO 11
JÓ
94
JÓ
( O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Jó não
está se referindo ao “retorno” da alma a outro corpo
(Din a finalidade de viver novamente, mas do retorno do
corpo à sepultura. Deus disse a Adão que ele “retornaria
,i terra” pois “porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn
3. i 9). O termo hebraico utilizado para “ventre” (shammah )
c usado de maneira figurativa na expressão poética de Jo
referindo-se à “terra”.As idéias de “terra” e “ventre” são
utilizadas no Salmo 139, referindo-se ao fato de Deus
nos ter criado: “Entreteceste-me no ventre de minha
mãe”, nas “profundezas da terra” (w.13,15). Na condi
ção de antigo livro de sabedoria hebreu, Jó acreditava
que as pessoas trabalhavam “a partir do dia em que saíam
do ventre de sua mãe, até o dia em que retornavam à
mãe de todos [isto é, ao ventre da terra]” (Eclesiástico
40.1, a seguir). D o mesmo m o d o jó utilizava a expressão
poética “retornar para lá [isto é, para o ventre de minha
mãe]”, referindo-se à terra da qual todos nós viemos, e
para a qual todos voltaremos (conforme Ec 12.7). Mes
mo que alguém insistisse na compreensão literal dessa
figura de linguagem, não provaria a reencarnação. Ape
nas poderia mostrar que uma pessoa retorna ao ventre
de sua própria mãe após a sua morte, o que é um absur
do. Finalmente, Jó não acreditava na reencarnação em
um outro corpo mortal. Ele cria na ressurreição em um
corpo imortal e declarou: “Porque eu sei que o meu
Kedentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E
depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne
verei a Deus” (Jó 19.25,26; ênfase minha). Ele compre
endia que esta carne corruptível seria revestida de um
corpo incorruptível (conferir 1 Co 15.42-44). A dou
trina da reencarnação, em contraste, não diz que as pes
soas serão ressuscitadas uma única vez e em um corpo
físico im ortal; ela é a crença de que a alma será
reencarnada muitas vezes em corpos mortais, que m or
95
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : C on
forme o primeiro conjunto de passagens claramente re
vela, haverá a ressurreição de todos os mortos, tanto dos
justos como dos injustos (At 24.15;Jo 5.28,29). O pró
prio Jó expressou a sua crença na ressurreição declaran
do:1^ depois de consumida a minha pele, ainda em mi
nha carne verei a Deus” (Jó 19.26). O que ele quis dizer
quando falou sobre alguém que desce à sepultura e não
torna mais (7.9) é explicado no versículo seguinte:“N un
ca mais tornará à sua casa” (v. 10). Em outras palavras,
aqueles que m orrem não retornam às suas vidas mortais
novamente. De fato, a ressurreição é para uma vida imortal
' (1 Co 15.53) e não para o mesmo tipo de vida mortal
que a pessoa tinha antes.
Jó 14.12 não nega que haverá qualquer ressurreição, mas
simplesmente que ela não ocorrerá até que “não haja mais
céus”, isto é, até o final dos tempos. E nessa ocasião precisa
mente, “no fim do tempo”, que a ressurreição acontecerá
96
JÓ
97
R E S PO S TA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN TERPRETAÇ ÃO : A Bí
blia freqüentemente se refere à ressurreição da carne (con
fira em Lc 24.26,27;At 2.31). O fato de que Jó tenha se
apegado à mesma é claro por várias razões. Primeiro,
embora a preposição “em ” (no original min) possa trans
mitir a idéia de “sem”, é uma característica dessa prepo
sição que, quando utilizada juntam ente com o verbo
“enxergar”, signifique “a partir do melhor ponto de”.
Essa idéia é reforçada pelo paralelismo contrastante
que foi empregado nesse verso. A poesia hebraica fre
qüentemente emprega duas linhas paralelas de expres
sões poéticas, que algumas vezes expressam palavras ou
idéias contrastantes (chamado de paralelismo antitético).
Nesse caso, a perda da carne de Jó é contrastada com a
sua confiança em Deus como sendo capaz de restaurar o
seu corpo, já em decadência diante de seus próprios olhos,
de tal maneira que em sua própria carne ele veria a Deus.
Essa é a mais sublime expressão da fé de Jó em uma
ressurreição física literal.
A ressurreição física é afirmada em passagens do An
tigo (Is 26.19;Dn 12.2) e do Novo Testamento (Lc 24.39;
Jo 5.28,29; At 2.31,32). Portanto, o entendimento de Jó
a respeito da ressurreição física está de acordo com o
restante das Escrituras.
CAPÍTULO 12
SALMOS
C O R R IG IN D O A M Á IN TERPRETAÇÃO : Existe
uma diferença significativa entre a meditação cristã e a
meditação mística encontrada em muitas religiões orien
tais, popularmente conhecidas como as religiões da Nova
Era. As diferenças são destacadas na seguinte comparação:
R E S P O S T A À S S EI T A S
CRISTIANISMO RELIGIÕES
ORIENTAIS
Objeto Alguém (Deus) Nada (vazio)
Propósito Adoração a Deus Fusão com Deus
Meios Revelação divina Intuição humana
Campo Através da razão Além da razão
de ação
Poder Pela graça de Deus Pelo esforço
humano
Experiência Realidade objetiva Puramente
subjetiva
Estado Concentração Relaxamento
imediato
(Veja Geisler e Amano, 135)
100
SALMOS
101
R E S P O S T A À S S EI TA S
102
SALMOS
103
R E S P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Q uan
do compreendida de forma correta em seu contexto, a
palavra “perecer” não dá suporte ao aniquilacionismo.
Em primeiro lugar, o mesmo termo utilizado para des
crever o perecimento do ímpio no Antigo Testamento
(abad) é utilizado para descrever o perecimento do justo
(veja Is 57.1; M q 7.2). Mas os próprios aniquilacionistas
admitem que os justos não terão a sua existência apagada
como uma vela cujo pavio é cortado. Se esse fosse o caso,
não haveria razão para que concluíssem o mesmo a res
peito do ímpio. O termo abad é utilizado para descrever
coisas que estão meramente perdidas, mas são encontradas
mais tarde (Dt 22.3). Esse fato prova que “perecer” não
significa “deixar completamente de existir”.
A Bíblia faz referências claras ao perdido que está, de
forma consciente, em tormentos e enfrentando a puni
ção após a sua morte. Esse fato é verdadeiro tanto para
seres humanos (Lc 16.19-31; Ap 19.20) como para o
diabo (Ap 20.10).
104
SALMOS
C O R R IG IN D O A MÁ IN TER PR ET A Ç Ã O : O pró
prio verso seguinte (v. 6) identifica que a pessoa de quem
se está falando é Deus, que Jesus declarou ser (Jo 8.58;
10.30). Maomé negou que ele mesmo fosse Deus, di
zendo que era apenas um profeta humano. O Novo Tes
tamento afirma que essa passagem refere-se a Cristo (Hb
1.8). Embora Jesus não tenha vindo na primeira vez com
uma espada, Ele a trará em sua segunda vinda (confira
Ap 19.11-16).
105
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Esse é
um salmo hebraico, e entre os judeus, a idéia de que um
ser humano possa tornar-se um deus é a mais alta blasfê
mia. Tal idéia não se encontra em lugar algum desse sal
mo, sem mencionar que tampouco em qualquer outra
passagem da Bíblia.
Mesmo um olhar de relance para o restante desse
salmo indica que um Deus verdadeiro está sendo retra
tado como distinto e exaltado acima da terra criada (e
tam bém do homem). Por exemplo, nos versos 10 e 11
lemos: “Aquietai-vos e sabei q u e eu sou D eus; serei
exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra. O
Senhor dos Exércitos está conosco; O Deus de Jacó é o
nosso refúgio” .
O consistente testemunho das Escrituras é que exis
te apenas um único Deus verdadeiro, e que a hum ani
dade não é no presente e jamais se tornará Deus (veja
D t 6.4; 32.39; 2 Sm 7.22; 1 Rs 8.60; SI 86.10; Is 44.6; Jl
2.27; 1 T m 2.5; Tg 2.19). Veja neste livro a discussão
referente a Gênesis 1.26 para argumentação bíblica con
tra a idéia de que um ser hum ano é capaz de tornar-se
um deus.
106
SALMOS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Não
existe qualquer evidência nesse verso que dê suporte à
crença politeísta m órm on de que homens são deuses.
Diferentemente do termo utilizado para Senhor (Yahweh)
que sempre significa Deus, o term o utilizado para “deu
ses” (elohim ) pode ser utilizado para Deus (Gn 1.1), para
anjos (SI 8.4-6; H b 2.7), ou para seres humanos (como
nessa passagem).
Esse salmo tem como foco um grupo de juizes israelitas
que, pelo fato de tomarem decisões de vida ou m orte
sobre o povo, eram livremente chamados de “deuses”.
Mas tais juizes se tornaram corruptos e eram injustos.
Então Asafe, o autor desse salmo, disse que, mesmo sen
do esses juizes popularm ente chamados de deuses, m or
reriam como homens que realmente eram (v. 7).
Asafe provavelmente deve ter falado com ironia quan
do chamou esses juizes malignos de “deuses”. Se assim
foi, então não existe qualquer justificativa para chamá-
los de “deuses” em qualquer sentido sério. Seja qual for
o caso, a reivindicação politeísta não se justifica, uma vez
que tal verso é expresso no contexto do judaísm o
monoteísta, no qual é uma blasfêmia qualquer ser hu
mano comum ser chamado de Deus, no sentido divino
(veja os comentários referentes ajoão 10.34 neste livro).
Além disso/em Isaías 44.8, o próprio Deus pergunta:
“Há outro Deus além de mim? Não! Não há outra R o
cha que eu conheça”. D o mesmo modo, Isaías 43.10
retrata Deus dizendo: “Antes de mim Deus nenhum se
formou, e depois de m im nenhum haverá” . Está claro
que seres humanos não podem se tornar deuses.
107
R E S P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A MÁ IN T E R P R E T A Ç Ã O : N ão
existe outro Deus, mas existem muitos deuses. Existe
apenas um Deus verdadeiro, mas existem muitos falsos
deuses. Paulo declara que existem demônios por trás de
falsos deuses (1 Co 10.20). E um dia até mesmo os de
mônios se prostrarão diante do Deus vivo e verdadeiro, e
confessarão que Ele é o Senhor (Fp 2.10).
Além do mais, anjos bons algumas vezes são chama
dos de “deuses” (elohim) na Bíblia (SI 8.5; confira H b
2.7). Esse verso (SI 97.7) poderia ser um mandamento
dirigido a anjos para que adorem a Deus, assim como
lhes é ordenado em Salmos 148.2: “Louvai-o, todos os
seus anjos”.
108
SALMOS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Nada
está dito no texto que diga respeito à inutilidade da m e
dicina. O texto simplesmente diz que Deus sara todas as
nossas enfermidades.
E literalmente verdadeiro que Deus é quem nos cura,
mesmo que utilizemos medicamentos. O m elhor que a
medicina é capaz de fazer é ajudar no processo natural
de cura que Deus criou no corpo humano. E nos casos
em que a cura se constitui um ato especial da providên
cia de Deus ou no resultado de uma intervenção direta,
ela também vem de Deus. Até mesmo a cura de doenças
legitimamente psicossomáticas (nas quais as crenças e /
ou atitudes da pessoa afetam as funções de seu organis
mo) são parte do maravilhoso processo que Deus criou.
Então, seja a cura natural, psicológica, providencial ou
sobrenatural, ela sempre pertence a Deus.
A Bíblia não declara que a medicina é inútil, mas re
comenda a sua utilização (veja os comentários a respeito
de 2 C r 16.12).
109
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : A ex
pressão “ungidos do Senhor” é utilizada nas Escrituras,
no Antigo Testamento, referindo-se aos reis de Israel (veja
1 Sm 12.3,5; 24.6,10; 26.9,11,16,23; 2 Sm 1.14,16; 19.21;
110
SALMOS
111
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : As mes
mas objeções feitas ao universalismo citadas na discussão
de 1 Coríntios 15.25-28 são aplicáveis a essa situação.
Além do mais, os indivíduos aqui sendo descritos como
“inimigos” que são “subjugados” (e não salvos) são cha
mados de “escabelo dos pés” de Deus — dificilmente
uma descrição apropriada de santos que são co-herdei-
ros com Cristo e que possuem todas as bênçãos nos lu
gares celestiais em Cristo (Rm 8.17; E f 1.3).
Nesse contexto, Davi não está falando a respeito da
salvação dos perdidos. Antes, está se referindo explicita
mente à ira de Deus sobre os seus inimigos (SI 110.1-5),
e não às suas bênçãos sobre o seu povo.
111
SALMOS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : A utili
zação de passagens como essa para argumentar a favor da
ascensão corpórea de Maria apenas confirma a impres
são de que os católicos romanos estão ávidos por textos
que provem as suas crenças.
113
RES PO S TA À S SEITAS
114
SALMOS
115
R E S P O S T A À S S EI T A S
116
CAPÍTULO 13
A MÁ IN T E R P R E T A Ç Ã O : As Testemunhas de Jeová
alegam que a pessoa identificada com o “sabedoria”
em Provérbios 8.22-31 é Jesus. U m a vez que foi dito
que a sabedoria foi criada (v. 24), isso significa que
Jesus teria sido um ser criado. “Ele era uma pessoa
m uito especial, pois foi criado p or Deus antes de to
das as outras coisas... Por incontáveis bilhões de anos,
.mtes mesmo que o universo físico fosse criado, Jesus
viveu com o um ser espiritual no céu, e desfrutou de
íntima com unhão com o seu Pai,Jeová Deus, o G ran
de C riador — Provérbios 8.22” (Thegreatest M an who
v\’cr lived, 1991, pág.11).
R E S P O S T A À S S E i T AS
118
PRO VÉRBIO S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Não
existe nada nesse texto que justifique as assim chamadas
“ciências mentais”. N a verdade, a Bíblia na versão N ew
International Version traduz essa frase como: “Ele é o
tipo de hom em que está sempre preocupado com os
custos” . O contexto geral dessa passagem (vv. 6-8) está
prevenindo sobre comer “o pão daquele que tem os olhos
malignos” (v. 6). Falando daquele que possui olhos ma
lignos, o verso 7 diz: “Ele te dirá: Com e e bebe; mas o
seu coração não estará contigo”. Esse fato está de acordo
com a idéia de que o coração do avarento não está lá
porque “está sempre preocupado com os custos”, como
traduzido pela versão NIV
Mesmo sendo esse verso assimJtraiduzido:“Com o ima
ginou na sua alma, assim é”, não se tem por conseqüên
cia que ele dê base à visão da seita Ciência Cristã. O
verso não diz absolutamente nada sobre uma mudança
da realidade através de nossos pensamentos. O texto ape
nas diz que somos da maneira como pensamos. Os nos-
119
R E S P O S T A À S S EI T A S
120
CAPÍTULO 14
ECLESIA5TES
A M O RTE D E SERES H U M A N O S
E A M O RTE D E ANIM AIS
M2
E C LES IAS I ES
A MÁ IN T E R PR E T A Ç Ã O : A passagem em Eclesiastes
3.20,21 insiste que “Todos vão para um lugar; todos são
pó e»todos ao pó tornarão”. Daí “a vantagem dos ho
mens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são
vaidade” (v. 19). As Testemunhas de Jeová citam esse ver
so tentando provar que os seres humanos não sobrevi
vem conscientemente à morte. “Cada ser hum ano pos
sui um espírito que continua vivendo como uma perso
nalidade inteligente, depois que as funções do corpo ces
sam? N ão” (Reasoningfrom the Scriptures, 1989, pág.383).
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : A Bí-
blia ensina muito claramente que a alma sobrevive à morte
(2 Co 5.8; Fp 1.23; Ap 6.9).
A referência em Eclesiastes 3.20,21 está relacionada
ao corpo humano, e não à alma.Tanto os seres humanos
como os animais m orrem e seus corpos retornam ao pó.
Contudo, seres humanos são diferentes, pois “o fôlego
dos filhos dos homens sobe para cima” (v. 21). De fato,
Salomão fala da “eteínidade” do coração humano (Ec
3.11) e de sua imortalidade quando declara que na m or
te “o hom em se vai à sua eterna casa” (12.5). Ele tam
bém enfatizou que devemos temer a Deus porque have
rá um dia quando “te trará Deus a juízo” após esta vida
(11.9). Então Eclesiastes não está negando a vida que
existe após a morte; está advertindo a respeito da futili
dade de viver apenas para esta vida “debaixo do sol” (con
fira 1.3,13; 2.18). Veja também os comentários referen
tes a Eclesiastes 3.19. ^
123
R E S P O S T A À S SEI TAS
124
CAPÍTULO 15
ISAÍAS
CO R R IG IN D O A M Á IN TERPRETAÇÃO : Em Isaías
1.18 Deus nos convida: “Vinde, então, e\argüi-m e” . E
obvio que o próprio Deus pensa que argüir é im portan
te para o cristão. O term o hebraico utilizado para “ar
güir” (yakah ) nesse verso é um term o legal que foi utili
zado em contextos nos quais havia um caso sendo argüi-
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : É im
portante com preender que as Escrituras interpretam
as Escrituras. O Pai é considerado por Jesus, mais de
200 vezes no Novo Testamento, com o uma outra pes
soa que não Ele mesmo. Mais de 50 vezes no Novo
Testamento, o Pai e o Filho são vistos como pessoas
126
ISAÍA S
M7
RE SPOSTA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : O po
sicionamento tolo da Torre de Vigia é evidenciado de
uma só vez pelo fato de Jeová ser chamado de “Deus
forte” no capítulo seguinte de Isaías (10.21).Tanto Jeová
como Jesus sendo chamados de “Deus forte” no mesmo
livro e dentro da mesma seção demonstra a igualdade
dos dois.
Um a boa referência cruzada é Isaías 40.3, onde Jesus
é profeticamente chamado tanto de “Deus forte” (Elohim )
eJeová (Yahweh) :“V oz do que clama no deserto: Preparai
o caminho do Senhor [Yahweh]; endireitai no erm o ve
reda a nosso Deus | niohim]” (confira Jo 1.23).Jesus cla
ramente não é um Deus m enor do que o Pai.
A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : Alguns comentaristas m u
çulmanos consideram Jesus como sendo o que vem
montado em “jum entos”, e Maomé, a quem consideram
aquele que suplantou a Jesus, montado em “camelos”.
128
ISAÍAS
A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Os mórmons acreditam
que essa passagem está falando sobre a descoberta do
Livro de M órm on sob o solo americano. Argumentam
que a passagem se refere aos chamados nefitas, dos quais
se alega que vieram habitar na América do Norte. A fra
se “de debaixo da terra” seria supostamente uma refe
rência ao Livro de M órm on, que teria sido traduzido a
partir de placas de ouro extraídas do solo (Talmage, 1982,
278).
129
R E S P O S T A À S S EI T A S
130
ISAÍAS
C O R R IG IN D O A M Á INTERPRETAÇÃO : Enquan
to a cura física suprema está incluída na expiação (a cura
que experimentaremos em nossos corpos ressurretos), a
cura de nossos corpos enquanto no estado mortal (que
antecede a nossa m orte e ressurreição) não é garantida
na expiação. Além disso, é importante notar que o ter
mo hebraico empregado para “sarar” (napha) pode se re
ferir não apenas à cura física mas também à cura espiri
tual. O contexto de Isaías 53.4 indica que a cura espiri
tual está em foco. O verso 5 nos diz claramente:“Mas ele
foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e,
pelas suas pisaduras, fomos sarados” (v. 5 — as ênfases
foram adicionadas). Devido ao fato de “transgressões” e
“iniqüidades” darem forma ao contexto, a cura espiritu
al da miséria do pecado está em foco.
U m a quantidade numerosa de versos nas Escrituras
comprova a visão de que a cura física, durante o espaço
de tempo da vida mortal não é garantida através da esç-
piação, e que nem sempre a vontade de Deus é curar. O 1
apóstolo Paulo não pôde curar o problema estomacal de
Tim óteo (1 T m 5.23), e também não pôde curarTrófimo
emM ileto (2Tm 4.20),ouEpafrodito (Fp 2.25-27).Paulo
131
R E S P O S T A À S S EI TA S
132
ISAÍAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Os
ensinadores da seita Palavra da Fé compreenderam mal a
natureza do idioma hebraico em relação a esse verso.
I '.nquanto no hebraico o plural freqüentemente se refere
.1 pluralidade numérica, o plural também pode ser utili
133
R E S P O S T A À S SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN TERPRETAÇÃO : A Bí
blia não tem nenhum a profecia a respeito da aceitação
de homossexuais no Reino de Deus. A profecia de Isaías
diz respeito a “eunucos”, e não a homossexuais.E eunucos
são assexuados, não homossexuais. Provavelmente, os
“eunucos” aos quais o texto se refere o sejam no sentido
espiritual e não material. Jesus falou de “eunucos” espi
rituais, que desistiram da possibilidade do casamento por
causa do R eino de Deus (Mt 19.11,12).
Essa interpretação é um clássico exemplo de alguém
que lê as suas próprias crenças (eisegese). Eisegese é exa
tamente o que homossexuais estão acusando heteros
sexuais de fazerem com as Escrituras. Contudo, a Bíblia
diz enfaticam ente que “nem os devassos... nem os
efeminados, nem os sodomitas... herdarão o Reino de
Deus” (1 Co 6.10). As Escrituras repetida e consistente-
mente condenam as práticas homossexuais (veja neste
livro os comentários a respeito de Lv 18.22 e R m 1.26).
Deus ama a todas as pessoas, incluindo as homossexu
ais. Porém, Ele odeia o homossexualismo, e aqueles que
o praticam permanecem sob o juízo da ira de Deus.
134
CAPÍTULO 16
JEREMIAS
EZEQUIEL
E Z E Q U I E L 1 6 .4 9 — O pecado de Sodoma f o i o
egoísmo, ao invés do homossexualismo?
138
E ZE Q U IE L
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Além
dos comentários que já fizemos a respeito de Gênesis
19.8, o pecado de egoísmo relatado por Ezequiel não
exclui o pecado de homossexualismo. Pecados na vida
sexual são uma forma de egoísmo, pois são a satisfação
de paixões carnais.
O próprio verso seguinte (Ez 16.50) indica que o
pecado deles era sexual, chamando-o de “abominação” .
Esse é o mesmo term o utilizado para descrever os peca
dos ligados ao homossexualismo em Levítico 18.22. Aqui,
como através de toda a Bíblia, o pecado de Sodoma está
relacionado à perversão sexual. Judas 7 chama o pecado
deles de “imoralidade sexual”.
139
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : As pa
lavras podem ter diferentes significados quando estão em
diferentes contextos. O term o utilizado para “alma”
(nephesh) é um exemplo disso. Em Ezequiel 18.4 a pala
vra “alma” verdadeiramente é utilizada com o sentido de
“pessoa viva” ou simplesmente “pessoa” . Contudo, pelo
simples fato de essa palavra ser utilizada com esse sentido
em Ezequiel 18.4 não significa que ela terá o mesmo
significado em todos os outros versos.Em Gênesis 35.18,
“alma” aparentemente se refere à natureza imaterial do
ser humano:“E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (por
que morreu), chamou o seu nome Benoni;mas seu pai o
chamou Benjamim” . Esse verso reconhece a alma como
sendo distinta do corpo físico mortal (veja também 2
Co 5.8-10; Fp 1.23; Ap 6.9-11).
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : O con
texto claramente identifica os dois “pedaços de madei
ra” . Ezequiel 37.22 diz:“E deles farei uma nação na terra,
E ZE Q U IE L
AM Ó S
JONAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Jonas
não cometeu um erro porque disse aos ninivitas precisa
mente aquilo que Deus lhe ordenou que dissesse (Jn
3.1-4). Um a vez que Deus não pode errar (Hb 6.18;Tt
R E S P O S T A À S S EI T A S
146
CAPÍTULO 2 0
HABAO JQ UE
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : C on
forme já observado (veja os comentários que fizemos
referentes a D t 33.2), Parã não é de forma alguma próxi
mo a Meca, onde veio Maomé, mas está a centenas de
milhas de distância. Além do mais, esse verso fala da vin
da de Deus, e não de outra pessoa. Finalmente, o “lou-
R E S P O S T A À S S EI TA S
M A L A Q U IA S
( O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : Tudo o
<iue se tem a fazer é consultar o contexto imediato de
R E S P O S T A À S S EI T A S
150
M A L A Q U IAS
151
R E S P O S T A À S S EI TAS
152
CAPÍTULO 22
MATEUS
CO R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : A as-
iiologia é a crença em que o estudo do arranjo e dos
movimentos das estrelas é capaz de habilitar alguém a
pirdizer a ocorrência de eventos — se estes serão bons
on maus. A estrela utilizada na passagem bíblica teve a
R E S P O S T A À S S EI T A S
154
MATEUS
155
R E S P O S T A À S S EI T A S
156
MATEUS
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : Essa in
terpretação da Nova Era é contrária ao significado do
texto em seu co n texto . O sal é conhecido por suas qua
lidades preservativas. Com o “sal da terra” (Mt 5.13), os
cristãos servem como uma prevenção contra os males da
sociedade. O sal também é conhecido por provocar a
sede. Os cristão são capazes então de influenciar outras
pessoas, causando nelas a sede por mais informações a
respeito de Cristo e do Evangelho. Para que os cristãos
sejam de fato “o sal da terra”, contudo, o sal deve obriga
toriamente manter as suas características de pureza. Os
cristãos devem ser cuidadosos para, ao invés de serem
um preservativo contra o mal, também não acabam sen
do tentados pelo maligno, comprometendo assim a in
fluência que possuem no mundo. Eles não serão capazes
de influenciar o mundo a favor de Cristo se não retive
rem a sua própria pureza como cristãos.
A idéia de que os seres humanos são os seus próprios
deuses ou que são capazes de se tornarem deuses é um
exemplo dos tipos de coisas contra as quais os cristãos
devem resistir como “o sal da terra”. Um a das maneiras
pelas quais agimos como conservantes neste mundo é
mantendo a pura doutrina (Jd 3). E uma das maneiras
através das quais fazemos com que as pessoas sintam sede
pelo verdadeiro Deus das Escrituras é argumentando
contra os falsos deuses — tais como o deus do panteísmo
da Nova Era.
157
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Não
existe nenhuma indicação nesse texto de que o Cristo
cósmico do panteísmo da Nova Era esteja habitando em
nós.Várias considerações tornam esse fato evidente.
Em primeiro lugar, Jesus se apresentou como um
monoteísta judaico (confira Mc 12.29) que acreditava
que Deus criou o mundo e a humanidade (Mt 19.4), e
não que o mundo e a humanidade fossem Deus.
Em segundo lugar, Jesus é a suprema Luz do mundo
(Mt 4.16;Jo 8.12; 1 Jo 1.7). Aqueles que nEle crêem são
luzes apenas em um sentido derivativo, como se refletís
semos a luz de Cristo.
Em terceiro lugar, os cristãos “resplandecem” através
de suas boas obras, de modo que as pessoas “glorifiquem
o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16). Em outras
palavras, o resultado de cristãos resplandecendo como a
luz é que pessoas se voltam ao verdadeiro Deus do cris
tianismo, e não ao “Cristo que está dentro de nós”. A
158
MATEUS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : N o to
cante ao tema que discute se a lei de Moisés teve a sua
vigência finalizada através de Cristo, a confusão resulta
da falha ao distinguir entre vários tópicos.
Existe uma confusão em termos de tempo. Durante a sua
vida na terra, Jesus sempre guardou a lei de Moisés, in
clusive oferecendo sacrifícios perante os sacerdotes ju
159
R E S P O S T A À 5 S EI T AS
160
MATEUS
161
R E S P O S T A À S S EI T AS
162
MATEUS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : O pur
gatório não é vislumbrado nesse texto.Tal interpretação
ultrapassa em muito o contexto.
Jesus não está falando a respeito de uma prisão espiri
tual após a morte, mas de uma prisão física antes da morte.
O verso anterior torna claro o contexto. “Concilia-te
depressa com o teu adversário, enquanto estás no cami
nho com ele, para que não aconteça que o adversário te
entregue ao juiz... e te encerrem na prisão” (v. 25). Para
ser exato, Jesus não estava aqui falando de meros temas
exteriores, mas de temas espirituais do coração (conf.vv.
21,22). Contudo, nada no contexto garante a conclusão
de que Ele tinha em mente o conceito de “prisão” refe
rindo-se a um lugar (ou a uni processo) de purgação de
pecados na vida futura, que é o que alguém teria que
concluir, se essa passagem tivesse sido feita para falar a
respeito do purgatório. Mesmo os católicos ortodoxos,
como o cardeal Ratzinger, banem do purgatório a ima
gem de prisão, alegando que não se trata de “algum tipo
de campo de concentração além-m undo” (Ratzinger,
1990,230).
Contudo, fazer da passagem uma analogia ou uma
ilustração de uma prisão espiritual pós-m orte (isto é, do
purgatório), é questionável, uma vez que se necessita as
sumir que exista um purgatório onde “de maneira ne
nhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil”
(v. 26) antes que se possa dizer que uma coisa ilustra a
outra. Ilustrações não provam coisa alguma; elas apenas
ilustram algo que se acredita ser verdadeiro. Daí, tal pas
163
R E S P O S T A À S S EI T A S
M A T E U S 5 .2 9 — O inferno é a sepultura ou um
lugar de tormento consciente?
164
MATEUS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : O ter
mo hebraico traduzido como “inferno” (sheol) é tam
bém traduzido como “sepultura” ou “cova” . Ele sim
plesmente significa “mundo invisível”, e pode se referir
tanto à sepultura, onde o corpo não é mais visto após o
enterro, ou ao mundo espiritual, que é invisível aos olhos
mortais.
Além do mais, no Antigo Testamento, o term o sheol
freqüentemente significa “sepultura”, como indicado pelo
fato de ser um lugar onde “ossos” (SI 141.7), “cãs” (Gn
42.38), e até mesmo armas (SI 76.3-5) vão quando os
homens morrem. Até mesmo na ressurreição de Jesus, “a
sua alma não foi deixada no Hades (isto é, na cova), nem
a sua carne viu corrupção” (At 2.30,31).
Devem existir alusões ao “inferno” no Antigo Testa
mento, como sendo um m undo espiritual (Pv 9.18; Is
14.9); “inferno” (no grego, hades) é claramente descrito
no Novo Testamento como um lugar de espíritos (al
mas) que partiram. Anjos caídos estão lá, e eles não pos
suem corpos (2 Pe 2.4). Seres humanos que não se arre
penderam estão lá em consciente torm ento após a sua
morte, e os seus corpos estão enterrados (Lc 16.22,23).
N o final, aqueles que estão no inferno serão lançados
dentro do lago de fogo com o demônio, onde “de dia e
de noite serão atormentados para todo o sempre” (Ap
20.10,14,15). Jesus muitas vezes se referiu ao inferno
como sendo um lugar de torm ento consciente e eterno
(confira M t 10.28; 18.9; Mc 9.43,45,47; Lc 12.5; 16.23).
165
R E S P O S T A À S S EI T A S
166
MATEUS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Abso
lutamente nada dessa interpretação esotérica dessa pas
sagem é justificado pelo contexto. O pano de fundo des
te verso é que os fariseus eram materialistas e ávidos por
riquezas. Os seus olhos espirituais não estavam focados
no Deus da Bíblia, mas no deus da ganância voraz. Eram
cegos para com a verdadeira espiritualidade. Estavam em
densas trevas. Em contraste, Jesus leva os seus seguidores
a colocar o seu foco em Deus e nos tesouros celestiais
(veja M t 6.16-33). Devemos manter uma perspectiva
eterna com foco no mundo vindouro, ao invés de uma
perspectiva temporal, fixada nas coisas passageiras deste
mundo (veja especificamente o v. 20).
Além disso, é fixando nas Escrituras os dois olhos que
nos foram dados por Deus que ganhamos percepção es
piritual (Pv 7.2; SI 119). Ler a respeito de um “terceiro
olho” dentro do contexto de Mateus 6 é eisegese (ler
um significado inserindo-o dentro do texto), ao invés de
exegese (extrair um significado de dentro de um texto).
167
RESPO STA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Não
existe nenhuma indicação de que Jesus tenha se referido
a qualquer “divindade in te rio r” . C om o um ju d eu
monoteísta (Mc 12.29), e não um panteísta, a posição de
Jesus baseava-se no fato de que Deus era tão diferente
do mundo quanto o Criador (Mt 19.4) é diferente da
sua própria criação. Os adeptos da Nova Era crêem que
Deus é para o mundo o que um lago é para as gotas de
água que estão nele. Isto é, somos parte de Deus, e não
uma criação distinta de Deus.
Diferente dos pagãos, cujo foco é apenas a satisfação
de necessidades físicas externas, os seguidores de Cristo
são chamados a buscar em primeiro lugar a Deus e ao
seu Reino. “Buscar o R eino de Deus” certamente inclui
a busca do único Deus verdadeiro (1 T m 4.10) da Bíblia
(de maneira oposta ao panteísmo). Isso inclui a obediên
cia à absoluta verdade contida na Palavra de Deus (SI
119) (de maneira oposta às “revelações” místicas da Nova
Era). E isso inclui a participação na divulgação das boas
novas do Evangelho de Jesus Cristo (1 Co 15.1-4), de
maneira oposta ao “Evangelho Aquariano” que diz que
somos Cristo. Daí, ao invés de apoiar à idéia de uma
“divindade interior”, que estaria dentro de cada pessoa,
168
MATEUS
169
RESPOSTA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Esse
verso não deveria ser utilizado para provar que qual
quer organização religiosa (inclusive alguma que se diga
cristã) seja a única verdadeira religião. Jesus não está
falando, nessa passagem, a respeito de uma organização
religiosa. Antes, Ele está falando aos seus discípulos no
sermão da m ontanha — um sermão que tem início em
Mateus 5. Desse modo, o verso que diz respeito a bons
frutos aplica-se a qualquer pessoa que professa ser dis
cípulo de Jesus, em qualquer lugar e em qualquer orga
nização.
Jesus não está se referindo à paz interior ou a um
estado interior que não possa ser provado por outras
pessoas, mas, antes, a manifestações exteriores (“frutos”)
que podem ser vistos por outras pessoas.
O contexto parece indicar que Jesus não está sequer
se referindo aos “frutos” da vida espiritual de alguém,
como fez Paulo em Gl 5.22,23. Antes, Ele se refere ao
fruto do ensino de alguém pelo fato de começar a seção
falando a respeito de “falsos profetas” (v. 15) e dos “fru
tos” deles (v. 16), um dos quais é a falsa profecia (confira
D t 18.22). Em seguida, observa que não é aquele que o
confessa falsamente (v. 21) que entra no céu, e nem aque
les que mostram externamente poderes espirituais (v. 22).
Porém, ao contrário, aqueles que de coração falam a ver
dade a respeito de Cristo (confira R m 10.9) é que são os
seus verdadeiros discípulos. Esses fazem a vontade dEle
(v. 21). Mas o fruto do ensino de um falso profeta é
produzir discípulos que não fazem “a vontade de meu
170
MATEUS
Pai, que está nos céus” mas que simplesmente dizem “Se
nho r, Senhor” (v. 21).
171
R E S P O S T A À S S EI T A S
172
MATEUS
M A T E U S 8 .2 0 (confira M t 2 0 .1 8 e 2 4 .3 0 ) — Se
Jesus era o Filho de Deus, p o r que Ele se chamava
a si mesmo de “O Filho do H o m e m ”?
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : Mesmo
que a expressão “Filho do H om em ” seja uma referência
à humanidade de Jesus, ela não é uma negação de sua
divindade. Por tornar-se homem, Ele não deixou de ser
Deus. A encarnação de Cristo não envolveu a subtração
de sua divindade, mas a adição de humanidade. Jesus de
clarou ser Deus em muitas ocasiões (Mt 16.16,17; Jo
8.58; 10.30). Mas adicionalmente ao fato de ser divino,
Ele também era humano (Fp 2.6-8); possuía duas natu
rezas em uma única pessoa.
173
R E S P O S T A À S S EI TA S
174
MATEUS
175
R E S P O S T A À S S EI T AS
176
MATEUS
M A T E U S 1 2 .3 2 — A declaração de J e s u s a respeito
da im p o s sib ilid a d e de p erd ã o n e ssa v id a p a r a o p e
cado m en cio n a d o n e ste verso dá s u p o r te à d o u trin a
católica r o m a n a do pu rg a tó rio ?
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R E S P O S T A À S SEI TAS
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MATEUS
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R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Q uan
do essa passagem é analisada em seu devido contexto,
todo argumento para uma interpretação esotérica se
evapora. Considere o seguinte: o term o grego empre
gado para “segredos” significa simplesmente “mistéri
os”, e é traduzido dessa forma até mesmo na versão da
N ew American Standard Bible (*). U m mistério, no
sentido bíblico, é um a verdade que não pode ser
discernida simplesmente através da investigação hum a
na, mas requer uma revelação especial dada por Deus.
Falando de um m odo geral, esse term o se refere a uma
verdade que era desconhecida para as pessoas que vivi
am na época do Antigo Testamento, mas que agora é
revelada por Deus à humanidade (veja M t 13.17; E f
3.3,5; Cl 1.26). Em Mateus 13, Jesus fornece aos cren
tes informações a respeito do reino dos céus, jamais
dantes reveladas.
Em segundo lugar, algumas pessoas têm imaginado
por que Jesus construiu o seu ensino tão engenhosa
mente por meio de parábolas, de tal modo que os cren
tes fossem capazes de compreendê-lo, mas os incrédulos
não. Os discípulos, tendo respondido favoravelmente aos
ensinamentos de Jesus e tendo nEle depositado a sua fé,
já sabiam muitas verdades a respeito do Messias. Refle
xões cuidadosas a respeito das parábolas de Jesus lhes
proporcionariam esclarecimentos ainda maiores. C on
tudo, incrédulos endurecidos, que espontânea e persis
tentemente recusaram os ensinos prévios de Jesus —
como aqueles ministrados no sermão da montanha —
eram impedidos de compreender as parábolas. Parece-
180
MATEUS
nos que Jesus estava seguindo uma ordem que Ele mes
mo havia dado um pouco antes, durante o sermão da
montanha:“Não deis aos cães as coisas santas,nem deiteis
aos porcos as vossas pérolas” (Mt 7.6). N o entanto, mes
mo aqui existe a graça. E possível que Jesus tenha impe
dido que os incrédulos compreendessem as parábolas por
não querer agregar-lhes mais responsabilidade já que,
compartilhando com eles novas verdades, eles se torna
riam responsáveis por elas.
Em terceiro lugar,Jesus desejava que as suas parábolas
fossem claras para aqueles que se mostravam receptivos a
elas. Essa afirmação é evidente pelo fato de Ele ter cui
dadosamente interpretado duas delas para os seus discí
pulos — a parábola do semeador (Mt 13.3-9) e a pará
bola do joio e do trigo (Mt 13.24,30). Ele fez isso não
apenas para que não houvesse incertezas quanto ao sig
nificado das parábolas, mas para dirigir os crentes quanto
ao método correto a ser empregado na interpretação das
outras parábolas. O fato de Cristo não ter interpretado
as suas parábolas subseqüentes indica que Ele esperava
que os crentes compreendessem completamente os seus
ensinos, seguindo a metodologia que Ele lhes explicou.
Então, Mateus 13 não oferece suporte, e sim o oposto
argumenta contra o esoterismo.
Finalmente, fica claro que Jesus praticou um método
de interpretação literal (e não esotérico) das Escrituras
pelo fato de Ele mesmo ter interpretado literalmente a
passagem referente à criação de Adão e Eva (Mt 19.4,5;
Mc 10.6), a passagem relativa à arca de N oé e ao dilúvio
(Mt 24.38,39; Lc 17.26,27), a passagem de Jonas e a ba
leia (Mt 12.39-41), a passagem referente a Sodoma e
Gomorra (Mt 10.15), e a passagem relativa a Ló e a sua
esposa (Lc 17.28,29).
181
RESPO STA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : A com
preensão m órm on não tem base no texto e nem no con
texto dessa passagem. Jesus estava se referindo aos israelitas
espiritualmente perdidos — e não geograficamente per
didos — ; mais especificamente aos israelitas que viviam
na região da Palestina e que estavam na condição de
perdidos diante de Deus.
Além do mais, recorçemos/que Jesus havia instruído
os discípulos: “Mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa
182
MATEUS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Quan
do corretamente entendido, esse texto está longe de dar
suporte ao dogma da infalibilidade papal.
Muitos protestantes insistem que Cristo não estava se
referindo a Pedro quando falou sobre “esta pedra” como
sendo o alicerce da Igreja. Eles observam que:
1. A passagem refere-se a Pedro como segunda pes
soa (“tu ”), mas “esta pedra” refere-se à terceira pessoa.
2. “Pedro” (petros) é um term o masculino singular, e
“rocha” (petrá) é um term o feminino singular. Daí, não
se referem à mesma pessoa. Mesmo que Jesus tivesse pro
nunciado essas palavras em aramaico (que não distingue
gênero), o original grego inspirado faz tais distinções.
3. A mesma autoridade que Jesus deu a Pedro em
Mateus 16.18 é dada a todos os apóstolos em Mateus
18.18.
4. N enhum comentarista católico confere a Pedro a
primazia em relação ao maligno, simplesmente porque
ele foi repreendido por Jesus de m odo ímpar, poucos
183
R E S P O S T A À S S EI T AS
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MATEUS
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RE SPOSTA ÀS SEITAS
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MATEUS
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R E S P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : O falo
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MATEUS
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R E S P O S T A À S S EI T A S
19 0
MATEUS
191
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Os dis
cípulos jamais falaram a Moisés ou Elias, e nem ao m e
nos oraram a eles. Moisés e Elias estavam falando com
192
MATEUS
193
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Essa
passagem trata de ética pessoal e moral, e não de dou
trina bíblica. Se uma pessoa cristã pratica algo não éti
co ou se peca, ela deve primeiram ente ser contatada
particularmente a respeito deste assunto. Se a pessoa
falha quanto à resposta a essa atitude, devem ser dados
passos confrontantes e gradativamente maiores (Mt
18.15-18).
Falsas doutrinas que são proclamadas publicam en
te a partir de uma plataforma — com o de um púlpito,
de um programa de televisão, de um programa de rá-
194
MATEUS
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R E S P O S T A À S S EI T A S
196
MATEUS
A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Baseando-se na parábola
do servo que não foi misericordioso (Mt 18.23-35), os
adventistas do sétimo dia ensinam que o perdão que uma
pessoa recebeu pode ser cancelado após ter sido conce
dido. Eles alegam que “a mancha existente devido ao
pecado, portanto, não poderia mais ter lugar quando um
pecado é perdoado porque os feitos e atitudes subse
qüentes poderão afetar a decisão final. Ao invés disso, os
pecados permanecem registrados até que a vida se con
clua — de fato, as Escrituras indicam que eles perm ane
cem até o juízo” (Seventh-day adventists answer questions
on doctrine, 1957,pág.441).
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Essa é
uma parábola, e parábolas não devem ser tomadas lite
ralmente. Elas possuem um determinado ponto a elucidar,
e esse ponto é ilustrado na parábola da qual nem todos
os aspectos devem ser tomados literalmente. Por exem
plo, Deus é ilustrado na mesma parábola de um “injusto
ju iz” (Lc 18.1-8), mas a finalidade dessa parábola não é
ensinar a respeito do atributo de justiça de Deus, mas
que Ele é misericordioso e responde a orações persis
tentes.
A Bíblia mostra de maneira inequívoca que Deus não
renega as suas promessas. Paulo declarou que “ os dons e
a vocação de Deus são sem arrependimento” (Rm 11.29).
Deus não toma de volta aquilo que Ele dá em sua graça.
Muitas outras passagens nas Escrituras ensinam que a
salvação é um dom incondicional (Jo 10.26-29; R m 8.36-
39). E a Palavra de Deus não se contradiz.
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R E S P O S T A À S S EI TA S
198
MATEUS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Existem
diferentes medidas de recompensa no céu, dependendo
de nossa fidelidade a Cristo na terra. Jesus disse: “E eis
que cedo venho, e o m eu galardão está comigo para dar
a cada um segundo a sua obra” (Ap 22.12). Paulo disse
que o trabalho de cada um será provado pelo fogo e “Se
a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse
receberá galardão” (1 Co 3.14).Em 2 Coríntios 5.10, ele
diz que todos nós deveremos comparecer perante o tri
bunal de Cristo “para que cada um receba segundo o
que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” . O
foco da parábola em Mateus 20 não é que todas as re
compensas serão as mesmas, mas que todas as recom
pensas são pela graça. O objetivo é mostrar que Deus
recompensa baseado em oportunidade, e não simples
m ente em realização. N em todos os servos tiveram a
oportunidade de trabalhar para o mestre durante a mes
ma quantidade de tempo, mas a todos, contudo, foi dado
o mesmo pagamento. Deus olha para a nossa disposição
bem como para as nossas ações e julga de acordo com
elas.
199
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Esse é
um caso em que as Escrituras foram torcidas de uma
maneira absurda. Q uando entendido em seu próprio
contexto, esse verso vai fortemente de encontro às vi
sões sexualmente pervertidas da seita Os Meninos de
Deus.
O contexto indica que uma vez que os crentes rece
berem os seus corpos ressurretos glorificados, a necessi
dade de procriação (que é um dos propósitos funda
mentais do m atrimônio) não existirá mais. Seremos
“com o” os anjos no sentido de que não seremos mais
casados e também não mais procriaremos. Anjos não pro-
criam nem se reproduzem. Antes todos os anjos no uni
verso foram criados de uma só vez (veja Sl 148.2-5; con
fira Cl 1.16). Daí, se os adeptos da seita Os Meninos de
Deus querem ser “como os anjos”, deverão todos evitar
a intimidade sexual, uma vez que os anjos não procriam
de forma alguma. A Bíblia afirma em todas as passagens
relacionadas a esse assunto que as relações sexuais devem
ser praticadas apenas dentro dos laços do matrimônio
(Ex 20.14; 1 Co 7.2).Veja também neste livro a discussão
em João 15.12 e Atos 2.44.
200
MATEUS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Em pri
meiro lugar, o mandamento sobre amar a Deus tem pri
oridade sobre amar outras pessoas. Deve-se amar a Deus
de todo o coração; o próximo deve ser amado apenas
como uma pessoa ama-se a si mesma. A clara implicação
aqui é que Deus deve ser amado de m odo supremo, mas
a humanidade deve ser amada de um modo apenas finito.
A luz dessa distinção, fica claro que a primeira priorida
de é expressar amor para com o único Deus verdadeiro
— e não para com Buda, nem para com Krishna, e nem
para com qualquer outro ídolo dos adeptos da Nova Era.
U m a séria falha no pensamento seguido pelas seitas
da Nova Era é assumir que, amando a Deus e amando
ao próximo, automaticamente toda a discriminação e
separação (entre religiões, por exemplo) são banidas.
Contudo, esse claramente não é o caso. Jesus reconhe
ceu a importância do amor, exortando os seus segui
dores da seguinte maneira:“Amai a vossos inimigos... e
orai pelos que... vos perseguem ” (Mt 5.43,44). C ontu-
20 1
R E S P O S T A ÀS S EI TAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : N o
hebraico, a expressão “filho de” significa “descendente
de” (veja M t 1.1-17), e não “reencarnação de” . Esse ver
so indica que Jesus veio da linhagem de Davi, e não que
Jesus foi uma reencarnação de Davi. O nascimento de
Jesus vindo da linhagem de Davi foi importante porque
as Escrituras, no Antigo Testamento, ensinaram que o
Messias teria que vir da linhagem de Davi (2 Sm 7.12-
16; Is 9.6,7; 11.1).
O ensino da reencarnação é contrário ao que é ensi
nado pelas Escrituras como um todo. Por exemplo, en
quanto a doutrina da reencarnação ensina que as pessoas
m orrem várias vezes até que alcancem a perfeição
(Nirvana), a Bíblia ensina que “aos homens está ordena
do morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hb
9.27). Cada ser humano vive uma só vez como um m or
tal na terra, morre uma vez, e então enfrenta o julga
mento. Jesus ensinou que as pessoas decidem o seu des
202
MATEUS
203
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : O ter
mo grego parousia pode significar “presença”, mas com
freqüência significa “presença física”, “chegando a um
lugar” e “chegando fisicamente” . Por exemplo, em 2
Coríntios 7.6, lem os:“Mas Deus, que consola os abati
dos, nos consolou com a vinda de T ito ” . Paulo diz aos
204
MATEUS
205
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Jesus
é o único Cristo (Lc 2.11,26). O term o grego em pre
gado para Cristo ( Christos) significa “ o un g id o ” , e é
um paralelo direto para o term o hebraico empregado
para Messias; “Messias” e “C risto ” referem-se à mes
ma pessoa. João 1.41 diz que André dirigiu-se a seu
irm ão Simão e disse-lhe: “Achamos o Messias (que,
traduzido, é o C risto)” .Todas as profecias messiânicas
no Antigo Testamento apontam para a vinda de uma
só pessoa, que é o Messias, ou o Cristo (por exemplo,
Gn 3.15; Is 7.14; M q 5.2).
Jesus sempre fez de sua identidade como o Cristo um
tema fundamental da fé (veja M t 16.13-20 e Jo 11.25-
27). E quando Ele foi reconhecido como o Cristo, ja
mais disse às pessoas: “Vocês também possuem o Cristo
em seu próprio interior”. Pelo contrário, Ele os preve
niu de que outros se apresentariam falsamente dizendo
ser o Cristo (Mt 24.4,5,23-25). Semelhantemente, quan
do os líderes judaicos procuraram apedrejar Jesus para
matá-lo por ter Ele se identificado como o Messias pro
metido e como Deus, Ele não lhes disse: “Oh, não, vocês
compreenderam mal.Vocês também são Cristos e vocês
também têm Deus dentro de si mesmos”. Mas ao invés
disso, Jesus continuam ente afirmava ser Ele o único
Messias, ou Cristo.
20 6
MATEUS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Não
existe nenhuma afirmação nas Escrituras de que 1914
seja um ano profético pivô, fundamental para o desdo
bramento de todas as demais profecias. E com certeza
não existe nada no contexto de Mateus 24.34 indicando
que a “geração” a que o texto se refere seja a do ano de
1914.
Os cristãos evangélicos têm geralmente se posicionado
de acordo com uma das duas interpretações mais co
muns para Mateus 24.34. U m a delas é que Cristo está
simplesmente dizendo que a geração que testemunhar
os sinais previamente declarados em Mateus 24, que se
refere ao futuro período de tribulação, verá a volta de
Jesus Cristo. A geração que estiver viva quando essas coi
sas (a abominação da desolação [verso 15], a grande afli
ção, como jamais dantes vista [verso 21], o sinal do Filho
do H om em no céu [verso 30], e eventos similares) co
meçarem a acontecer, ainda estará viva quando esses ju l
gamentos se concluírem.
U m a vez que usualmente se crê que a tribulação seja
um período de sete anos (Dn 9.27; confira Ap 11.2) no
final dos tempos, então Jesus estaria dizendo que “esta
geração” que estiver viva no princípio da tribulação ain
da estará viva no final dela.
O utro grupo de evangélicos diz que o term o “gera
ção” deve ser tomado em sua utilização básica como “raça,
parentela, família, estirpe, ou criação”. A declaração de
207
R E S P O S T A À S S EI TA S
208
MATEUS
A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : As Testemunhas de Jeová
crêem que os termos gregos empregados para “punição
eterna” nessa frase seriam melhor traduzidos como “corte
eterno” (Thegreatest M an who everlived, 1991, seção 111).
Eles acreditam que isso indica que não existe uma puni
ção eterna e consciente para os ímpios.
C O R R IG IN D O A MÁ INTERPRETAÇÃO: Enquanto
a raiz do termo kolasis (kolazo) originalmente significa
“poda”, não existe nenhuma justificativa para traduzi-lo
como “corte eterno” em Mateus 25.46. As autoridades no
idioma grego concordam que o significado aqui é de “pu
nição”, e a punição é consciente e eterna em natureza.
209
R E S P O S T A À S S EI T A S
210
MATEUS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : O fato
de alguns santos terem ressurgido imediatamente após a
ressurreição de Jesus de maneira nenhuma indica que
Maria (que ainda estava viva naquela ocasião) tenha sido
elevada ao céu em seu próprio corpo. O texto fala ape
nas de ressurgir da sepultura, e não de ascensão de uma
pessoa viva ao céu. Muitos estudiosos acreditam que es
ses santos — como Lázaro — foram ressuscitados apenas
em corpos mortais, e não permanentemente ressuscita
dos em corpos imortais.
Maria não é mencionada entre o grupo daqueles que
foram ressuscitados, e também não existe nas Escrituras
qualquer referência que indique que ela tenha sido res
suscitada em qualquer ocasião posterior. Então a crença
de que Maria tenha sido elevada viva aos céus em seu
211
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Deus é
único em sua essência, mas é formado por três pessoas.
Deus possui uma única natureza, mas três centros de
consciência. Isto é, existe apenas um “o que” em Deus,
mas três “quem ”; existe apenas um “Ele”, mas três “E ’ .
Isso é um mistério, mas não uma contradição. Seria con
traditório dizer que Deus é uma só pessoa, mas que tam
bém é três pessoas, ou ainda, dizer que Deus é apenas
uma natureza, mas que possui três naturezas. Mas decla
rar, como fazem os cristãos ortodoxos, que Deus é único
em sua essência, eternamente revelado em três distintas
pessoas, não é uma contradição.
U m a análise gramatical de Mateus 28.19 é altamente
reveladora. O verso diz: “Portanto, ide, ensinai todas as
212
MATEUS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : N ão
existe absolutamente qualquer indicação nesse texto de
213
R E S P O S T A À S S EI T AS
214
MATEUS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : As evi
dências sustentam a autenticidade desse verso, bem como
a sua utilização para dar base à doutrina da Trindade. A
autoridade divina repousa no próprio texto bíblico, e
não naquilo que qualquer patriarca tenha ou não tenha
dito a respeito. Somente a Bíblia é inspirada, e não os
patriarcas da Igreja. Contudo, mesmo Wierwille admite
que Eusébio utilizou esse verso como apoio à doutrina
da Trindade. E compreensível que ele o tenha utilizado
215
R E S P O S T A Á S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN TERPRETAÇÃO :D e acor
do com as Escrituras, a verdadeira motivação para servir
a Cristo é o amor, e não o medo. Paulo disse: “O amor
de Cristo nos constrange” (2 Co 5.14). João complementa
216
MATEUS
MARCOS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Se nós
utilizássemos esse mesmo tipo de lógica, poderíamos con
tradizer a personalidade do Pai e a de Jesus. Finalmente,
lemos em Exodo 3.2-4 que Jeová apareceu a Moisés em
R E S P O S T A À S S EI T AS
M A R C O S 6 .5 — Se Jesus é D eu s Todo-Poderoso,
p o r que E le não f o i capaz de realizar maravilhas em
N azaré?
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Jesus é
Todo-Poderoso como Deus, mas não do mesmo modo
enquanto homem. Com o o Deus-homem, Jesus tiniu
em si tanto a natureza divina como a natureza humana.
O que Ele pode fazer em uma natureza, pode, não ne
cessariamente, fazer na outra. Por exemplo, como Deus,
Jesus jamais ficou cansado (SI 121.4), mas como homem,
sim (Jo 4.6).
O fato de Jesus possuir todo o poder não significa que
Ele sempre optou por exercê-lo. O “não podia” em Mar
cos 6.5 é moral, e não literal. Ele mesmo decidiu não fa/ei
milagres por causa “da incredulidade deles” (v. 6). Jesus
220
MARCOS
221
R E S P O S T A À S S EI T A S
222
MARCOS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Limita
ções a respeito daquilo que Deus dará estão indicadas
tanto pelo contexto como por outros textos, bem como
pelas leis da própria natureza de Deus e do universo.
Deus não pode nos dar literalmente todas as coisas. Al
gumas coisas são de fato impossíveis. Por exemplo, Deus
não pode garantir o pedido de uma criatura que quer
tornar-se Deus. N em tampouco poderá responder um
pedido de aprovação de nossos pecados. Deus não nos
dará uma pedra se lhe pedirmos pão, nem nos dará uma
serpente se lhe pedirmos um peixe (Mt 7.9,10).
223
R E S P O S T A À S S EI T A S
224
MARCOS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Marcos
12.30 instrui os crentes do seguinte m odo:“Amarás,pois,
ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a
tua alma, e de todo o [literalmente ‘da totalidade do’] teu
entendimento [‘pensamento’, ‘intelecto’, ‘faculdades inte
lectuais’], e de todas as tuas forças” . (A ênfase foi adicio
nada.) U m a pessoa não será capaz de amar a Deus de
todo o seu entendimento sem utilizar uma capacidade
racional dada por Deus.
225
R E S P O S T A À S S EI TA S
226
MARCOS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Deve
mos ser capazes de distinguir entre aquilo que Jesus na
ocasião conhecia como Deus (absolutamente tudo), e
aquilo que Ele conhecia como homem. C om o Deus,
Jesus era onisciente (conhecedor de todas as coisas), po
rém como hom em , era limitado em seu conhecimento.
A situação pode ser assim esquematizada:
117
R E S P O S T A À S S EI T AS
M A R C O S 1 4 .2 1 — A declaração de J e s u s , de q u e
seria m e lh o r q u e J u d a s j a m a i s h o u v e s s e nascido, ser
v e de a rg u m e n to à v isã o dos a n iq u ila cio n ista s?
228
MARCOS
22 9
R E S P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Existem
sérios questionamentos a respeito da autenticidade do
texto envolvido. Marcos 16.9-20 não é encontrado em
alguns dos mais antigos e melhores manuscritos. E por
ocasião da reconstrução dos textos originais, a partir dos
manuscritos existentes, muitos estudiosos acreditam que
os textos mais antigos seriam mais confiáveis, uma vez
que estão mais próximos dos manuscritos originais. Mas
mesmo garantindo a sua autenticidade, o evento que ele
resume (veja Lc 24.13-32) simplesmente diz: “Mas os
olhos deles estavam como que fechados, para que o não
conhecessem” (v. 16).Esse fato esclarece que o elemento
miraculoso não estava no corpo de Jesus, mas nos olhos
dos discípulos (w. 16,31). R econhecer Jesus não lhes foi
concedido até que os olhos deles fossem abertos.
N a melhor hipótese, essa é uma referência obscura e
isolada. E nunca é prudente basear qualquer pronuncia
mento doutrinário significativo em um único texto. Seja
qual for o significado de “em outra forma”, essa frase cer
tamente não significa uma forma diferente de seu corpo
físico real e material. Mais adiante, nesse mesmo capítulo,
Ele aparece comendo, dando através disso uma prova de
que Ele estava em “carne e ossos”, e não como u m “espí
rito”, que é imaterial (w. 38-43).“Em outra forma” pro
vavelmente signifique outra além do jardineiro, com o qu.il
Maria o confundiu anteriormente (Jo 20.15).
Aqui, Jesus se apresentou em forma de um viajante’
(Lc 24.13,14).
230
MARCOS
C O R R IG IN D O A MÁ INTERPRETAÇÃO: U m prin
cípio básico de interpretação da Bíblia é que passagens
difíceis devem ser interpretadas à luz de passagens fáceis,
de versos claros. Nunca se deve edificar uma doutrina te
ológica sobre passagens de difícil compreensão.Versículos
de fácil compreensão indicam que as pessoas são salvas
através da fé em Cristo (por exemplo J o 3.16,17; At 16.31).
Em Marcos 16.16 está claro que é a falta de fé que
traz a condenação, e não a falta de ser batizado: “ ...mas
quem não crer será condenado” . Q uando uma pessoa
rejeita o Evangelho, recusando-se a dar-lhe crédito, essa
pessoa é condenada.
Outros versos nas Escrituras apóiam o pensamento
de que o batismo não é uma condição para a salvação:
1. Jesus disse ao ladrão arrependido: “Em verdade te
digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43). O
ladrão foi salvo sem ser batizado.
2. Em Atos 10, Cornélio creu em Cristo e foi clara
m ente salvo antes de ser batizado nas águas. N o m o
m ento em que Cornélio creu em Cristo, o dom do Es
pírito Santo foi derramado sobre ele (At 10.45).
3. Em 1 Coríntios 1.17 o apóstolo Paulo disse:“Por-
que C risto enviou-m e não para batizar, mas para
evangelizar” .Aqui uma distinção é feita entre o Evange
lho e o ato do batismo. E-nos dito em outras passagens
que o Evangelho é que traz a salvação (1 Co 15.2). E
que o batismo não é parte do Evangelho como condi
ção para a salvação (veja também os nossos comentários
a respeito de At 2.38).
231
C A P ÍT U L O 24
LUCAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Nada
nesse verso justifica a crença na concepção imaculada de
Maria. Não é de modo algum necessário tomar a ex
pressão “agraciada” como um nome próprio. Mesmo as
versões católicas contemporâneas da Bíblia não o tradu
zem como nom e próprio (por exemplo, a versão The
N ew American Bihle). O termo “agraciada” poderia refe-
rir-se simplesmente à condição de Maria com o alguém
que está recebendo o favor de Deus. M esm o que fosse
um nome próprio e que se referisse ao caráter essencial
de Maria, não seria necessário tom á-lo de forma ex
tensiva, rem ontando ao tempo de seu nascimento. O
único m odo pelo qual se poderia tirar essa conclusão
seria através de fatores que fossem além do próprio
texto bíblico (pois este não ensina a d o u trin a da
imaculada conceição).
Certamente, os católicos acreditam que a tradição
complementa aquilo que as Escrituras não declaram. Mas,
se assim é, então por que apelar para o apoio das Escritu
ras? Por que não admitir o que muitos católicos con
temporâneos têm sido relutantes em reconhecer — que
este ensino não é encontrado nas Escrituras mas foi acres
centado somente séculos mais tarde, por tradição?
Mesmo que o term o tivesse sido estendido ao princí
pio da vida de Maria, não significaria necessariamente
que ela tivesse sido concebida de maneira imaculada.
Poderia referir-se simplesmente à presença da graça de
Deus sobre a sua vida, desde a sua concepção. E isso
verdadeiramente aconteceu na vida de outras pessoas,
234
LUCAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Não é
possível sustentar o argumento católico que diz que Maria
permaneceu sem pecados durante toda a sua vida pelo
fato de ter sido “agraciada” na ocasião da anunciação. A
frase “cheia de graça” é uma interpretação imprecisa, ba
seada naVulgata Latina, e que foi corrigida pela moder
na Bíblia Católica na tradução N ew American Bible (NAB).
A Bíblia na versão NAB traduz a frase simplesmente
como “favorecida” . A falha na interpretação daVulgata
tornou-se a base para a idéia de que essa graça se esten
235
R E S P O S T A À S S EI T AS
236
LU CAS
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : A argu
mentação de O tt de que esta bênção seja um paralelo à
mesma bênção que havia em Cristo é forçada. Ela se
agarra a um desespero de causa pela falta de evidências
bíblicas que comprovem o dogma católico que foi pro
clamado muitos anos após os próprios eventos. A passa
gem não traça um paralelo entre Maria e Cristo, em
nenhum lugar. Ela simplesmente diz que à Maria que
concebeu o nosso Senhor foi dada graça para que cum
prisse a sua tarefa.
Mesmo que o paralelo pudesse de alguma maneira
ser feito, uma concepção imaculada não se seguiria ne
cessariamente a partir daí. Jesus nasceu de uma virgem.
Maria não foi assim concebida, mas ela teve um pai e
uma mãe naturais. Através da falta de lógica das alega
ções de Ott, alguém poderia fazer de Maria a redentora
de nossos pecados, algo que alguns católicos têm procu
rado fazer, e outros chegam a abordar a idéia em sua
extrema veneração a Maria. A igreja, contudo, não pro
clamou oficialmente tal heresia.
237
R E S P O S T A À S S EI TA S
238
LU CAS
239
R E S P O S T A À S S EI T A S
240
LUCAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Lucas
1.80 refere-se a João Batista, e não a Jesus. Nesse ponto
da narrativa de Lucas, Jesus não havia sequer sido apre
sentado. A pessoa a respeito de quem a profecia se refere
não é o Senhor, mas o profeta que “há de ir ante a face
do Senhor” (v. 76), que claramente era João Batista (con
fira M t 3.1-4).
O ensino de Jesus não era panteísta, como é o dos
gurus da índia. Jesus jamais citou o Vedas hindu, mas
sempre o Antigo Testamento judaico, que proclamava o
Deus do judaísmo monoteísta (veja Mc 12.29) como
parte do mais importante mandamento. Não existe qual
quer evidência de que Jesus tenha estudado na índia, e a
evidência alegada por Notovitch caiu em completo des
crédito.
Embora os Evangelhos não tratem diretamente da
infancia de Jesus, existem evidências indiretas convin
centes de que Jesus permaneceu na Palestina. Lucas 2.52
resume a vida de Jesus a partir dos 12 anos de idade: “E
crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para
com Deus e os hom ens” .
Jesus, sem dúvida, possuía em si mesmo a natureza de
Deus e a natureza humana. C om o Deus, Ele era onisci
ente e possuidor de toda a sabedoria; Ele jamais poderia
“crescer em sabedoria” a partir da perspectiva divina. Em
sua humanidade, contudo, Ele provavelmente adquiriu
241
R E S P O S T A À S S EI T AS
242
LUC AS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : O bom
senso nos diz que uma pessoa não precisa ser perfeita
mente instruída para que seja um “discípulo” de Cristo.
O aprendizado perfeito não é algo que alguém possa
alcançar durante um curso de imersão profunda, com
duração de três anos, sob a supervisão de algum outro
discípulo. Esse é um objetivo que deverá ter a duração
de toda uma vida de aprendizado com Cristo.
O ensinador, nesse contexto, é Cristo, e não um m em
bro da Igreja de Cristo em Boston, ou qualquer outro
ser humano. Isso traz um mundo de diferenças.
A Igreja de Cristo em Boston transforma o que, na
realidade, deve ser o objetivo, e m pré-requisitos. Muitos dis
cípulos têm alcançado níveis mais altos de crescimento
do que a maioria dos cristãos, mas isso não significa que
eles já tenham sido “completamente instruídos” .
24 3
R ESPO STA ÀS SEITAS
244
LUCAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Se as
pessoas, por ocasião da morte, simplesmente sofrem um
lapso, passando a um estado inconsciente, então os co
mentários de Jesus nesta passagem perdem o seu signifi
cado. A elaborada reinterpretação oferecida pela Socie
dade Torre de Vigia ultrapassa completamente os limites
da credulidade.
Os eruditos têm observado que, sempre que Jesus
ensinava, dava exemplos de situações da vida real. Ele
falou, por exemplo, de um tesouro enterrado em um
campo, de uma festa de casamento, de um hom em tra
245
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Não
existe qualquer justificativa para a pretensão da seita ( 'i
ência Cristã quando afirma que tudo aquilo que n.iti
seja divino seja irreal. Jesus, em Lucas 17.21, está afit
24 6
LUCAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : O sig
nificado do que Jesus disse não é que o R ein o de Deus
estivesse de fato “dentro de vós” , porque Jesus estava
falando diretamente aos fariseus, que eram os religio
sos hipócritas daqueles dias. Certam ente Jesus não cria
que o santo R ein o de Deus estivesse “ no interior” des
ses homens. Outras interpretações a respeito deste ver
so são m uito mais plausíveis. Muitos eruditos crêem
que a frase traduzida como “ dentro de vós” na versão
King James (do grego entos hymon) é m elhor traduzida
com o “entre vós” (ou “em vosso m eio”). D e acordo
com esse raciocínio, Jesus estava simplesmente dizendo
que o R ein o de Deus está “ entre vós” porque Cristo, o
R ei, está “entre vós” . O R ein o está presente porque o
R e i está presente.
247
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : N.io
existe nenhuma evidência nesta ou em qualquer ouii.i
passagem de que Jesus tenha ensinado que as boas ohr.is
sejam urna condição para a salvação. A resposta de Jesus
não deve ser vista como um intento de mostrar um pl.i
no de salvação, mas como uma prova da condenação do
jovem. A lei não salva (R m 3.28), mas ela condena (km
248
LU CAS
249
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Exis
tem fortes evidências para que se rejeite essa interpreta
ção. Não existe no texto grego nenhuma garantia de
que seja apropriado inserir a vírgula onde a tradução
Novo M undo a coloca. Das setenta e quatro vezes em
que aparece a frase “Em verdade te digo” nos Evange
lhos traduzidos do grego, Lucas 23.43 é o único lugar
onde a tradução Novo M undo coloca a vírgula desse
modo — uma exceção que parece ter sido motivada
pelo desejo de evitar que se ensine a respeito da existên
cia da consciência após a morte.
Nesse contexto, o ladrão aparentemente pensou que
Jesus viria com poder, no escatológico fim do mundo. Hlo
pediu que Jesus se lembrasse dele naquela ocasião. Mas
Jesus prometeu ao ladrão algo muito melhor:“Hcye [e não
somente no final do m undo], estarás comigo no Paraíso",
Essa interpretação está de acordo com os ensinos re
petidos em outras passagens das Escrituras, que dizem
que a alma permanece consciente no intervalo entre a
m orte e a ressurreição (SI 16.10,11; M t 17.3; 2 Co 5.H;
F1 1.23; Hb 12.23; Ap 6.9).
250
LUCAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : As apa
rições após a ressurreição foram literais; foram aparições
físicas. A passagem citada, Lucas 24.23, não se refere a ver
Jesus. Refere-se às mulheres vendo anjos no túmulo, e
não a Cristo. Os Evangelhos jamais falam de uma apari
ção do Cristo ressurreto como uma visão, e nem Paulo
em 1 Coríntios 15.
Os encontros posteriores à ressurreição de Cristo
são descritos por Paulo como “aparições” literais (1 Co
15.5-8), e não como visões.A diferença entre uma mera
visão e uma aparição física é significativa.Visões são rela
cionadas a realidades espirituais, invisíveis, tais como Deus
e os anjos. Aparições, por outro lado, referem-se a obje
tos físicos que podem ser vistos com os olhos. As visões
não possuem nenhuma manifestação física a elas associ
adas, mas as aparições, sim.
As pessoas algumas vezes “vêem ” ou “ouvem ” algo
em suas visões (Lc l.ll- 2 0 ;A t 10.9-16), mas não através
dos seus sentidos físicos. Quando alguém viu anjos a olho
nu ou teve algum contato físico com eles (Gn 18.8; 32.24;
D n 8:18) não ocorreu uma visão, mas sim uma aparição
do anjo no mundo físico. Durante essas aparições, os anjos
assumiram temporariamente uma forma visível; depois
disso, retornaram ao seu estado normal e invisível. C on
tudo, as aparições de Cristo já ressuscitado foram expe-
251
R E S P O S T A À S S EI T A S
VISÃO APARIÇÃO
Trata de uma realidade Refere-se a um objeto
espiritual físico
Não há manifestações Há manifestações físicas
físicas
Daniel 2, 7 1 Coríntios 15.5-8
2 Coríntios 12.1-5 Atos 9.1-8
252
LUCA S
253
R E S P O S T A À S S EI T AS
254
LUCA S
4. O pavor — Lc 24.36,37
5. O embaçamento da luz por ocasião da aurora —
Jo 20.1,14,15
6. A distância — Jo 21.4
7. As roupas diferentes — Jo 19.23,24 (confira 20.6-8)
Observe, contudo, que o problema era apenas tem
porário, e antes que cada aparição se findasse, eles esta-
vam absolutamente convencidos de que se tratava do
mesmo Jesus, no mesmo corpo físico de carne, ossos e
cicatrizes que Ele possuía antes da ressurreição. E eles
saíram de sua presença para virar o m undo de ponta-
cabeça, enfrentando a m orte sem qualquer receio, por
que não tinham sequer a m enor dúvida de que Ele
havia vencido a m orte no mesmo corpo físico no qual
a experimentara.
L U C A S 2 4 . 3 4 — J e s u s esta va in v is ív e l a n te s e após
as ocasiões e m q u e apareceu?
255
R E S P O S T A À S S EI T AS
256
LUCAS
251
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR ET A Ç Ã O : Exis-
tem numerosos problemas na visão da seita Ciência Cristã
a respeito desse verso. Em primeiro lugar, se Jesus refe-
riu-se ao seu corpo ressuscitado como sendo um corpo
de “carne e ossos”, meramente para acomodar-se às idéias
imaturas dos seus discípulos, então Jesus estava enganan
do-os escandalosamente, fazendo com que pensassem que
Ele possuía um corpo, quando na realidade Ele não o
possuía.Tal visão faz do Salvador um mentiroso — colo
cando, dessa maneira, em questão, tudo aquilo que Ele
disse.
Certa ocasião, Jesus desafiou Tomé a que pusesse o
dedo na ferida que havia em sua mão e que tocasse a
258
LUCAS
259
R E S P O S T A À S S Et T AS
260
CAPÍTULO 25
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Não é
correto traduzir esse verso como “A Palavra era um deus”,
e também não é correto negar a divindade de Cristo. A
completa divindade de Cristo é apoiada por outras refe
rências em João (por exemplo, 8.58; 10.30; 20.28), bem
como ao longo de todo o Novo Testamento (por exem
plo, Cl 1.15,16; 2.9;Tt 2.13; Hb 1.8). Além do mais, não
é necessário traduzir substantivos no grego que não es
tejam acompanhados de artigos definidos como se esti
vessem acompanhados por um artigo indefinido (pois
não existem artigos indefinidos no grego). Em outras
palavras, theos (“D eus”) sem estar acompanhado pelo ar
tigo definido “o ” (hó), não deve ser traduzido como “um
deus” , como as Testemunhas de Jeová fizeram quando se
referiram a Cristo. E importante destacar que o termo
“theos” sem o artigo definido “'hó” é utilizado no Novo
Testamento referindo-se ao Deus Jeová. A falta do artigo
defmido em Lucas 20.38, referindo-se a Jeová, não sig
nifica que Ele seja um Deus menor; assim como a falta
do artigo definido em João 1.1, referindo-se ajesus,tam
bém não significa que Ele seja um Deus menor. O fato é
que a presença ou a ausência do artigo definido não al
teram o significado fundamental do termo “theos”. Se
João tivesse a intenção de dar à frase um sentido adjetivo
(“que a Palavra era semelhante a um deus, ou divina
um deus”), ele teria à disposição um adjetivo (theios) pron
to, à mão, que poderia perfeitamente ter sido utilizado.
Ao contrário,João diz que a Palavra é Deus (theos).
De modo contrário às alegações da Sociedade l õ n v
de Vigia, alguns textos do Novo Testamento utilizam o
artigo definido referindo-se a Cristo como “o Deus” (hó
theos). U m exemplo disso é João 20.28, ondeTomé di/ ,i
262
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN TERPRETAÇÃO : A afir
mação de que “o Verbo [logos] era Deus”, de maneira al
guma implica em que Deus seja impessoal.“Deus” (theos)
é o mesmo termo grego utilizado para referir-se a Deus
ao longo de todo o Novo Testamento. E Deus é sempre
263
R E S P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR ET A Ç Ã O : Todas
as evidências são contrárias à conclusão de Wierwille.
João afirma que o Verbo (logos) era uma pessoa (Jo 1.14),
e não uma mera idéia no pensamento de Deus, como
264
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : Fazer
referência ao Antigo Testamento nos ajuda a compreen
der o que João está dizendo nesse importante verso. As
265
R E S P O S T A À S S EI T A S
266
JOÃO
A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Os mórmons acreditam
que a descrição da cerimônia de casamento em Caná da
Galiléia, na verdade, é uma cerimônia na qual Jesus se
casou com uma noiva judia (Van Gorden, 1995, 49).
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Os
mórmons estão lendo algo nessa passagem que simples
mente não está lá. Basta um simples olhar para o contex
to para que se veja que ele indica que Jesus e os seus
discípulos foram “convidados” para essa cerimônia e,
portanto, não seria possível que se tratasse de seu pró
prio casamento (veja o v. 2).Jesus é retratado,bem como
<>s seus discípulos, como convidado nesse casamento, e
não como o noivo.
267
R E S P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR ET A Ç Ã O : O que
Jesus está ensinando nessa passagem não é a reencarna
ção, mas sim a regeneração.
A doutrina da reencarnação ensina que, depois que
uma pessoa morre, ele ou ela entram em um outro cor
po mortal para viverem novamente nesta terra. Esse pro
cesso se repete sucessivamente, em um ciclo virtualmente
interminável de nascimento, morte e renascimento, con
tudo em um outro corpo mortal. Se Jesus estivesse de
fendendo a doutrina da reencarnação, Ele deveria ter
dito: “Aquele que não nascer de novo, e de novo, e de
novo, e de novo...”
A doutrina da reencarnação ensina que as pessoas
m orrem sucessivamente, até que alcancem a perfeição (o
Nirvana). Contudo, a Bíblia ensina claramente que “aos
homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, de
pois disso, o ju ízo ” (Hb 9.27). Cada ser humano vive
268
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : A in
terpretação desse texto pela seita Palavra da Fé é um
exemplo de eisegese ao invés de exegese. As Escrituras
claramente contemplam o novo nascimento (do grego,
anothen) como um nascimento espiritual. Ele não envol
26 9
R E S P O S T A À S S EI T A S
A M Á IN T E R PR ET A Ç Ã O : As Testemunhas de Jeová
ensinam que somente a classe ungida é nascida de novo,
e não as “outras ovelhas”. O novo nascimento é necessá
rio, dizem, para que se possa entrar no céu. “As ‘outras
ovelhas’não necessitam nenhum outro nascimento como
este, pois a sua meta é uma vida eterna no paraíso terres
tre restaurado, como súditos do R e in o ” (Torre de Vigia,
15 de fevereiro de 1986, pág. 14).
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR ET A Ç Ã O : A pri
meira Epístola de João 5.1a afirma que “Todo aquele que
crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus” (ênfase adi
cionada pelos autores). Daí, ser nascido de novo não pode
ser meramente limitado a 144.000 pessoas.João 1.12 de
clara: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o po
der de serem feitos filhos de Deus”. Qualquer pessoa
270
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : O ba
tismo não é necessário para a salvação (veja neste livro os
nossos comentários a respeito de Atos 2.38). A salvação é
dada pela graça, através da fé, e não através de obras de
justiça (Ef2.8,9; T t 3.5,6).Mas o batismo é uma obra de
justiça (Mt 3.15). O que é então que Jesus quis dizer
quando se referiu a ser “nascido da água”? Existem três
maneiras básicas para compreender isso, e nenhum a de
las envolve a regeneração através do batismo.
Alguns acreditam que Jesus esteja falando da água do
ventre, uma vez que foi mencionado o “ventre m aterno”
no verso anterior. Se for assim, então é como se Ele esti
vesse dizendo: “a menos que sejais uma vez nascidos da
água (em vosso nascimento físico), e então novamente
pelo ‘E spírito’ em vosso nascim ento espiritual, não
podereis ser salvos” .
271
R E S P O S T A À S S EI T AS
212
JOÃO
273
R E S P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : O mes
mo term o grego empregado quando se fala na adoração
devida ao Pai (proskuneo), é utilizado no Novo Testamento
quando se refere à adoração devida a Jesus. Jesus foi ado
rado porTom é (Jo 20.28), por anjos (Hb 1.6), por sábios
(Mt 2.11), por um leproso (Mt 8.2), por um príncipe
(Mt 9.18), por um hom em cego (Jo 9.38), por uma
mulher (Mt 15.25),pelas mulheres no sepulcro (Mt 28.9)
e pelos discípulos (Mt 28.17). N o livro de Apocalipse, a
adoração que o Pai recebe (4.10) é exatamente igual
àquela adoração recebida por Jesus Cristo (5.11-14).
C O R R IG IN D O A M Á INTERPRETAÇÃO : N o prin
cípio de seu Evangelho, João escreve: “Mas a todos
quantos o receberam deu-lhes o poder de serem foi (os
filhos de Deus, aos que crêem no seu nome, os quais nao
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem tia
vontade do varão, mas de D eus” (Jo 1.12,13; a ênfase loi
adicionada pelos autores). Jesus diz em João 3 .1 6 -1H:
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo aquele que n.m
n c l c cr<)
274
JOÃO
215
R E S P O S T A A S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR ET A Ç Ã O : A utili
zação do termo “nom e” nesse verso está relacionada ao
tema da autoridade. Enquanto muitos vêm em seus pró
prios nomes ou autoridade, Jesus vem não em sua pró
pria autoridade, mas na autoridade do Pai. De modo
claro, então, esse verso, longe de indicar que Jesus seja o
Pai, de fato aponta para a distinção entre o Pai e Jesus.
U m vem na autoridade do outro.Veja também neste li
vro as discussões a respeito de João 10.30 ejoão 14.6-11.
276
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : N ão é
necessário entender essas frases no sentido material. As
palavras de Jesus não precisam ser consideradas com a
idéia de ingestão de seu corpo físico e do seu sangue.
Jesus freqüentemente falou através de metáforas e figu
ras de linguagem. Ele chamou os fariseus de “conduto
res cegos” (Mt 23.16), e Herodes de “raposa” (Lc 13.32).
Os estudiosos católicos romanos não tomam esses ter
mos ao pé da letra. Também não acham que Jesus esti
vesse falando literalmente quando disse: “Eu sou a por
ta” (Jo 10.9). Não existe,portanto, a necessidade de con-
277
R E S P O S T A À S S EI TA S
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JOÃO
279
R E S P O S T A À S S EI T A S
280
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Muitos
protestantes crêem que essa é uma forma de idolatria.
Ela envolve a adoração de algo que os sentidos, dados
por Deus a cada ser humano normal, informam ser uma
criação finita de Deus, isto é, pão e vinho. Adorar a Deus
sob uma imagem física é uma forma de culto claramente
proibido nos Dez Mandamentos (Ex 20.4).
281
R E S P O S T A À S S EI TA S
282
JOAO
283
R E S PO S T A ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Os eru
ditos gregos concordam que a Torre de Vigia não tem
nenhuma justificativa para traduzir ego eimi em João 8.58
como “eu já existia” (uma tradução que mascara a cone
xão desse texto com Êxodo 3.14, onde Deus revela que
o seu nome é “Eu Sou”). A Sociedade Torre de Vigia
tentou certa vez classificar o term o grego eimi como um
tempo indefinido perfeito para justificar essa tradução
— mas os eruditos gregos a contradisseram, responden
do que não existe no grego algo como um tempo indc
finido perfeito.
Os termos ego eimi ocorrem muitas vezes no Evangv
lho de João. E interessante observar que a tradução Novo
284
JOÃO
285
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : João
8.58 não pode ser interpretado no sentido de que todo
ser humano possui em si mesmo “a presença Eu Sou”.
Nesse verso,Jesus, de modo implícito e singular, atribuiu
a si mesmo o divino nomeYahweh. A base desse fato é
que “Eu Sou” e “Yahweh” são equiparados em Exodo
3.14,15.Jesus estava aqui se equiparando ao DeusTodo-
Poderoso, como o próprio Deus se revelou em Exodo 3.
Não que os judeus tenham entendido que Jesus esti
vesse ensinando que eles também eram identificados
como “Eu Sou” . E nem que Jesus os tenha corrigido
dizendo: “O h , vocês entenderam mal, pois vocês tam
bém são ‘Eu Sou’” .Jesus, única e exclusivamente, decla
rou ser Ele “o grande Eu Sou” do Antigo Testamento.
A reação da audiência judaica demonstra que eles com
preenderam que Jesus estava fazendo uma alegação úni
ca de divindade. “Pegaram em pedras para lhe atirarem”
(v. 59) foi a reação própria contra alguém na seguinte
condição:“Sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo”
(confiraJo 10.32,33).Veja também nossos comentários a
respeito de Mateus 6.33; 24.23,24.
2 86
JOÃO
( O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : O caso
é exatamente o contrário. Os discípulos de Jesus lhe per
guntaram: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para
que nascesse cego?” (Jo 9.2).Jesus respondeu:“N em ele
pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifes
tem nele as obras de Deus” (v. 3). Se Jesus cresse na lei do
karma, não teria dito isso; antes, teria dito que o hom em
nasceu cego por causa dos pecados cometidos em uma
vida anterior.
Os discípulos que fizeram a pergunta a Jesus também
não criam na doutrina da reencarnação. Os teólogos ju
deus daquela época davam duas razões para explicar de
feitos de nascença: pecados pré-natais (antes do nasci
mento, mas não antes da concepção) e pecados paternos.
Alegavam que quando uma mulher grávida adorava em
um templo pagão, o feto também estaria cometendo o
pecado de idolatria. Esses teólogos também criam que
os filhos eram castigados por causa dos pecados dos pais
(Ex 20.5; SI 109.14; Is 5.6,7). Por essa razão, quando os
discípulos viram esse hom em cego, a suposição deles foi
que ou os seus pais haviam cometido um horrível peca
do, ou que talvez estando ele ainda no ventre materno, a
sua mãe tivesse visitado algum templo pagão.
O Novo Testamento fala claramente contra a doutri
na da reencarnação, afirmando que “aos homens está or
denado m orrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo”
(Hb 9.27). Para mais argumentos contra a doutrina da
reencarnação e do karma, veja as nossas discussões a res
peito de Mateus 22.42 e João 3.3.
287
R E S P O S T A À S S EI T AS
A M Á IN T E R PR ET A Ç Ã O : As Testemunhas de Jeová
dizem que o povo de Deus é formado por dois reba
nhos: “O ‘pequeno rebanho’ que reinará com Jesus no
aprisco do céu, e as ‘outras ovelhas’que viverão no aprisco
do paraíso terrestre” (Thegreatest M an who ever lived, 1991,
seção 80).
Os mórmons acreditam que as “outras ovelhas” m en
cionadas nesse verso são os israelitas sem pátria que imi-
graram para a América (Smith, 1975, 3.214).
C O R R I G IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : As “ou
tras ovelhas” em João 10.16 são os gentios crentes, e não
os crentes judeus. Os Evangelhos referem-se aos judeus
perdidos como “as ovelhas perdidas da casa de Israel”
(Mt 10.6; 15.24). Os judeus que seguiram a Cristo fo
ram chamados de as suas “ovelhas” (Jo 10). Q uando Jesus
disse: “Ainda tenho outras ovelhas que não são desse
aprisco [judaico]” (o term o “judaico” foi inserido pelos
autores deste livro), Ele estava claramente se referindo
aos crentes não judaicos, os crentes gentios. Os crentes
gentios, juntam ente com os crentes judaicos, serão com
Jesus “um rebanho e um Pastor”, e não um rebanho na
terra e outro no céu (vejajo 10.16).
288
JOÃO
i.nii para João 17.21,22, onde Jesus orou ao Pai para que
os discípulos “sejam todos um, assim como tu, Pai, está
rm união comigo e eu estou em união contigo” (tradu
ção Novo Mundo, das Testemunhas de Jeová). “E óbvio
que os discípulos de Jesus não se tornarão todos partici
pantes da Trindade. Mas eles vêm para compartilhar a
unidade de propósito com o Pai e com o Filho, o mes
mo tipo de unidade que une Deus a Cristo” (Reasoning
Irom the Scriptures, 1989, pág. 424).
( lO R R IG IN D O A M Á IN T E R PR ET A Ç Ã O : Jesus era
um com o Pai em sua natureza, mas distinto dEle pesso
almente. O Deus trino possui apenas uma essência, mas
três pessoas distintas (veja os nossos comentários a res
peito de Jo 14.28). Então, Jesus tanto era o mesmo em
substância como também era um outro indivíduo além
do Pai.
O contexto deixa muito claro que Jesus não está ape
nas se referindo a ser “um em propósito” com o Pai.
Sabemos que isso é verdadeiro porque assim que os ju
deus ouviram Jesus dizer que era “u m ” com o Pai, ime
diatamente pegaram em pedras para matá-lo, acusando-
o de ter blasfemado. Não é que eles tivessem entendido
que Jesus estivesse meramente dizendo que era “um em
propósito” com o Pai (pois, na verdade, eles se conside
ravam a si mesmos como sendo “um em propósito” com
o Pai). Antes, indignaram-se por ter Jesus reivindicado
ser Deus sem ter, na opinião deles, qualificação para isso.
Os judeus compreenderam precisamente aquilo que Je
sus pretendeu comunicar.
289
R E S P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Q uan
do Jesus disse “Eu e o Pai somos u m ”, Ele utilizou a
primeira pessoa do plural, esmen (“nós somos”). Se Jesus
pretendesse dizer que Ele e o Pai eram uma única pes
soa, certamente não teria utilizado a primeira pessoa do
plural, que implica duas pessoas. Além disso, o termo
grego utilizado para “u m ” (hen) nesse verso não se refere
à unidade pessoal (isto é, à idéia de que o Pai e o Filho
sejam uma pessoa), mas sim à unidade de essência ou
natureza (isto é, que o Pai e o Filho possuem a mesma
natureza divina). Isso é evidente pelo fato de que o gê
nero do termo no grego é o neutro, e não masculino.
Contextualmente, os versos que precedem e sucedem
João 10.30 distinguem Jesus do Pai (por exemplo, Jo
10.25,29,36,38). Também o testemunho uniforme do
restante do Evangelho de João (sem falar da Bíblia como
um todo), é que o Pai e Jesus são pessoas distintas (den
tro da unidade do único Deus). Por exemplo, o Pai en
viou o Filho (Jo 3.16,17); o Pai e o Filho se amam (3.35);
o Pai e o Filho falam um com o outro (11.41,42); e o Pai
conhece o Filho, assim como o Filho conhece o Pai (7.29;
8.55; 10.15).
A M Á IN T E R PR ET A Ç Ã O : Em resposta a um grupo
de judeus, Jesus disse: “Não está escrito na vossa lei: Eu
disse: sois deuses?” Isso significa que seres humanos po-
290
JOÃO
291
R E S P O S T A À S S EI T A S
292
JOÃO
293
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : As Es
crituras ensinam de m odo sólido que a alma, tanto das
pessoas crentes como a das pessoas incrédulas, perm ane
ce consciente no período entre a m orte e a ressurreição.
Os incrédulos estão em consciente aflição (Mc 9.43-48;
Lc 16.22,23;Ap 19.20) e os crentes em consciente gozo
(2 Co 5.8; Fp 1.23).
Quando o termo “dorm ir” é utilizado nas Escrituras
em contextos que falam de morte, refere-se sempre ao
corpo, e não à alma. O sono é uma figura de linguagem
apropriada para a m orte do corpo, uma vez que o corpo
passa a ter a aparência de estar adormecido.
Para o estudo das fortes evidências de que a alma (ou
o espírito) está consciente no período entre a morte e a
ressurreição, veja neste livro a discussão a respeito da pas
sagem em 1 Tessalonicenses 4.13.
294
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Os ca
tólicos romanos estão criando um argumento a partir
de uma analogia que não é baseada em nenhum a afir
mação contida no Novo Testamento. A visão católica
não pode ser derivada de nenhum a exegese correta do
texto. O Novo Testamento diz explicitamente que o
sacerdócio do Antigo Testamento foi abolido. O escri
tor do livro de Hebreus declarou “m udando-se o sa
cerdócio” referindo-se ao sacerdócio de Arão (Hb 7.12).
O sacerdócio levítico foi cum prido em Cristo, que é
um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquise
deque (w. 15-17).
Até mesmo os católicos reconhecem que não há ne
nhum a nova revelação posterior ao Novo Testamento.
Então ninguém, após o primeiro século (incluindo-se os
papas), pode ter uma tarefa ligada a novas revelações.Tal
função existe no Novo Testamento através dos apóstolos
e profetas (confira E f 2.20; 3.5), mas a revelação deles
cessou quando morreram. Assumir que essa função foi
passada adiante depois que se foram e reside no bispo de
R om a é suscitar questionamentos.
295
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : Esses
versos provam apenas que o Pai e o Filho são um em
essência, e não que sejam uma só pessoa (veja a discussão
a respeito d e jo 10.30). Em João 14.6, Jesus claramente
distingue-se do Pai quando diz: “N inguém vem ao Pai
senão por m im ” (a ênfase foi adicionada). Os termos “ao”
e “p o r” não fariam qualquer sentido se Jesus e o Pai fos
sem uma única e mesma pessoa. Esses termos somente
fazem sentido se o Pai e Jesus forem pessoas distintas,
sendo Jesus o mediador entre o Pai e a humanidade.
Quando Jesus disse: “Q uem me vê a mim vê o Pai” (Jo
14.9),Ele não estava dizendo que Ele era o Pai. Antes,Jesus
é a perfeita revelação do Pai (confira Jo 1.18). E a razão
pela qual Jesus é a perfeita revelação do Pai é que Jesus e o
Pai, com o Espírito Santo, são um único ser, indivisível e
divino (Jo 10.30). Isso está de acordo com a própria defi
nição de Trindade: existe um único Deus, mas na unidade
de Deus existem três pessoas co-iguais e co-eternas, que
são idênticas em substância mas distintas em subsistência.
Jesus, a segunda pessoa da Trindade, é a perfeita revelação
do Pai, que é a primeira pessoa da Trindade.
Está claramente equivocada a crença da seita Unidade
Pentecostal de que a assertiva de Jesus “o Pai está em
m im ” significa que a divindade (“Pai”) habita na huma
nidade (“Filho”) de Jesus. De acordo com essa lógica, a
declaração de Jesus quando disse “Eu estou no Pai” teria
296
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : João
14.8,9 prova apenas que Jesus é a perfeita revelação do
Pai. Jesus — como Deus eterno — revestiu-se de um
corpo humano, podendo então ser a plenitude da reve
lação de Deus (Hb 1.2,3).Jesus era a revelação de Deus
não somente em sua pessoa (como Deus), mas também
em sua maneira de viver e em seus ensinamentos. O b
servando aquilo que Jesus fez e aquilo que Ele disse, po
demos aprender muito a respeito de Deus.
Além do mais, o temível poder de Deus foi revelado
através de Jesus (Jo 3.2).A indescritível sabedoria de Deus
foi revelada em Jesus (1 Co 1.24). O amor ilimitado de
Deus foi revelado e demonstrado por Jesus (1 Jo 3.16). A
insondável graça de Deus foi revelada em Jesus (2 Ts
1.12) .Versículos como esses servem tanto como pano de
fundo quanto a razão pela qual Jesus disse a um grupo
de fariseus: “Q uem crê em m im crê não em mim, mas
naquele que me enviou” (Jo 12.44). Jesus, do mesmo
modo, disse a Filipe:“ ... quem me vê a mim vê o Pai” (Jo
14.9). Ele foi a revelação suprema do Pai.
297
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Não
existe absolutamente nenhuma base para concluir que o
Consolador (paracleto), aqui mencionado por Jesus, seja
Maomé. Dos 5.366 manuscritos gregos do Novo Testa
mento, nem sequer um deles contém o term o periclytos
(“o louvado”), como os muçulmanos reivindicam que
esse termo deveria ser lido. Jesus claramente identifica o
Consolador como sendo o Espírito Santo, e não Maomé.
298
JOÃO
29 9
R E S P O S T A Â S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : A in
terpretação da seita Unidade Pentecostal em relação a
esse verso confunde ação com identidade. Cristo, em
termos de ação, exerce a função de um pai divino que
dirige, cuida, protege e lidera os seus discípulos. Mas
isso não significa que Cristo, em identidade, seja o Pai.
O apóstolo João se dirige àqueles que receberam a sua
primeira epístola nos seguintes termos:“Meus filhinhos”
(1 Jo 2.1), “Filhinhos” (v. 12) e, novamente, “Filhinhos”
(v. 18), mas isso não quer dizer que João estivesse reivin
300
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : O Pai é
maior do que o Filho em ofício, mas não em natureza,
uma vez que ambos são Deus (veja Jo 1.1; 8.58; 10.30;
20.28). Do mesmo m odo que um pai terrestre é tão
humano quanto o seu próprio filho, mas possui um ofí
cio mais elevado do que ele, do mesmo modo o Pai e o
Filho são iguais na Trindade em termos de essência, mas
possuem funções diferentes. Não existe qualquer con
tradição ao se afirmar a igualdade ontológica e a hierar
quia funcional entre ambos. De maneira semelhante, fa
lamos do presidente de nosso país como sendo a figura
maior, não em virtude de seu caráter ou natureza, mas
em virtude de sua posição. Não se pode de modo algum
dizer que Jesus considerou-se m enor que Deus em ter-
301
R ESPO STA ÀS SEITAS
302
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : Essa é
uma deturpação absurda das Escrituras. O versículo nos
ensina a nos amarmos uns aos outros no sentido de ser
mos atentos e cuidadosos uns com os outros. O padrão
para nos amarmos mutuamente é o próprio Senhor Je
sus Cristo. Certamente, o amor que Jesus expressou para
com os seus seguidores não foi de natureza sexual, antes
envolveu atenção e cuidado. D o mesmo modo, nosso
amor para com os nossos irmãos e irmãs cristãos deve
ter esses mesmos parâmetros.
Deve-se observar que o term o grego empregado para
“am or” em João 15.12 é agapao. E um term o freqüente
mente utilizado quando se trata do amor de Deus pelos
seres humanos. Esse tipo de amor benevolente, que se
dispõe ao sacrifício próprio, que busca o que há de me
lhor e o máximo bem-estar da pessoa amada, encontra a
sua mais alta expressão em Jesus Cristo. O amor agapao
não tem nada a ver com sexualidade. Se Jesus tivesse a
303
R E S P O S T A À S S EI T AS
304
JOÃO
305
RE S PO S T A ÀS SEITAS
A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Os estudiosos católicos
acreditam que a unidade da fé “consiste no fato de que
306
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Q uan
do Jesus falou sobre todos os crentes serem “u m ” em
João 17, não estava discorrendo a respeito de unidade
organizacional mas de unidade orgânica. Ele não se refe
ria a uma uniformidade externa, mas à manifestação vi
sível de nossa unidade espiritual — por exemplo, em
nosso amor uns para com os outros, que Jesus disse po
der ser detectado pelos não crentes (Jo 13.35). Pelo que
foi dito dos cristãos primitivos, fica evidente que a uni
dade de que se está falando é, na verdade, espiritual: “Ve
jam como se amam uns aos outros!” Os verdadeiros se
guidores de Cristo são um em fé, esperança e amor, po
rém não são um só em termos de denominação, con
venção ou jurisdição.
Mesmo que o debate imediato nessa oração de Jesus
seja em torno de uma união visível da igreja, está claro
que Ele não a visualizava como uma unidade organiza
cional, como aquela reivindicada pela visão romana.
N enhum a unidade governamental é sequer m enciona
da em qualquer lugar nessa passagem. Jesus está falando
de todos os que tam bém “hão de crer” nEle futura
mente, incluindo aqueles que ainda não podiam ser
vistos (v. 20), o que é uma descrição do completo corpo
307
R E S P O S T A À S S EI T AS
308
JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Faltam,
por completo, as evidências necessárias nas Escrituras para
que se possa chamar Maria de mediadora ou de co-re-
dentora. De um lado, o próprio contexto fornece o sig
nificado da declaração de Jesus, quando complementa:
“E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa”
(Jo 19.27).Jesus, como o filho mais velho (e os católicos
o dizem “único”), estava morrendo, e recomendou sua
mãe aos cuidados de João, o único apóstolo presente e
junto à cruz no m om ento da crucificação.
Por outro lado, até mesmo uma clássica autoridade
católica romana nos dogmas católicos confessa: “Faltam
nas Escrituras provas expressas” . Ele meramente diz que
“os teólogos buscam fundamento bíblico” (Ibid., 214)
em uma interpretação mística de João 19.26. Tal inter
pretação, porém, é removida para longe do verdadeiro
sentido do texto, e em virtude de sua natureza não plau
sível, apenas enfraquece o caso no tocante à doutrina.
N a verdade, o claro significado de muitas passagens das
Escrituras declara que existe apenas “um só Deus e um
só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, ho
309
R ESPO STA ÀS SEITAS
310
JOÃO
que uma vez que Jesus tinha um Deus, o seu Pai, Ele não
poderia ao mesmo tempo ser esse Deus (Reasoningfrom
lhe Scriptures, 1989, págs. 212, 411).
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Antes
de sua encarnação, Cristo possuía apenas uma natureza,
a divina (Jo 1.1). Mas na encarnação (Jo 1.14), Cristo se
revestiu de uma natureza humana. Em sua forma hum a
na (Fp 2.6-8), seria próprio que Cristo reconhecesse o
Pai como “o meu D eus” . Afinal de contas, foi dito a
respeito de Jesus que “convinha que, em tudo, fosse se
melhante aos irmãos” (Hb 2.17). C om o humano, Jesus
reconhece Deus do mesmo modo que o fazem todos os
outros humanos. Contudo Jesus, em sua divina natureza,
nunca se referiria ao Pai como “o meu Deus”, porque
Jesus era completamente idêntico ao Pai, de todas as
maneiras, no que se refere à sua natureza (Jo 10.30).
311
R ESPO STA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Não se
discute que foi dado aos apóstolos o poder de pronunci
ar o perdão e/o u reter os pecados. Contudo, a reivindi
cação católica de que esse seja um poder especial, de
posse exclusiva daqueles que são ordenados sob a verda
deira autoridade apostólica — como a que a igreja cató
lica alega possuir, dizendo ser os verdadeiros sucessores
dos apóstolos — não encontra apoio nesse texto.
N enhum a reivindicação é encontrada, em qualquer
parte do texto, de que apenas sacerdotes devidamente
ordenados de acordo com a autoridade apostólica, con
forme alegam os ministros católicos romanos (juntamente
com os cleros da igreja ortodoxa oriental e da antiga
Católica, e algumas comunidades anglicanas), devam so
zinhos possuir esse poder.
Todos os crentes que viveram nos primórdios da igreja
cristã, incluindo pessoas leigas, anunciaram o Evangelho
através do qual os pecados são perdoados (R m 1.16; 1
Co 15.1-4). Esse ministério de perdão e reconciliação
não foi limitado a qualquer classe especial conhecida
como “sacerdotes” ou o “clero” (2 Co 3-5). Filipe, que
era um diácono (At 6.5), e não um presbítero ou sacer
dote no sentido católico romano, pregou o Evangelho
aos samaritanos.Esse fato resultou na conversão de m ui
tos deles (At 8.1-12), o que envolveu o perdão dos seus
pecados. Os apóstolos vieram mais tarde não para coo
perar na conversão dessas pessoas, mas para compartilhar
com elas o especial “dom do Espírito Santo” (At 2.38;
8.18), com a evidente manifestação do falar em línguas
312
JOÃO
313
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Tomé
não poderia estar expressando uma mera surpresa por
ver Jesus. Se Tomé tivesse dito “Senhor meu, e Deus
m eu” apenas como uma reação causada pela surpresa,
Jesus o teria repreendido por tom ar o nom e de Deus
em vão. Ao invés de repreender o apóstolo, Jesus co
m entou que Tomé reconheceu a sua verdadeira identi
dade como “Senhor” e “Deus” (v. 29). O reconheci
m ento de Jesus como Deus é consistente com tudo
aquilo que nos é dito ao longo do Evangelho de João a
respeito dEle (vejajo 1.1; 8.58; 10.30). N a verdade, essa
é a culminação do próprio tema do Evangelho de João
(confiraJo 20.31).
C O R R IG IN D O A M Á IN TERPRETAÇ ÃO : U m exa
m e cuidadoso do contexto revela que os católicos fazem
uma séria e exagerada reivindicação a partir dessa passa-
314
JOÃO
315
R E S P O S T A Á S S EI T AS
316
CAPÍTULO 26
" / ^ -fi
- ■■■: -;í'W v _;J|
- í 1
A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : N o episódio da ascensão,
vários discípulos testemunharam Cristo sendo elevado
às nuvens. Então alguns anjos disseram aos discípulos que
Cristo, em sua segunda vinda, “há de vir assim como
para o céu o vistes ir” (At 1.9-11) — isto é, Ele desapa
receu e já não podia mais ser visto. As Testemunhas de
Jeová dizem que essa passagem indica que a segunda vinda
será um evento invisível (Reasoning from the Scriptures,
1989, pág.243).
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Jesus as
cendeu ao céu corporal e visivelmente, conforme teste
R E S P O S T A À S S EI T AS
munhado pelos discípulos (v. 9). Ele não pôde mais ser
visto somente depois que havia ascendido ao céu cor
poral e visivelmente (“e uma nuvem o recebeu, ocultan
do-o a seus olhos” — verso 9). Do mesmo modo, Cristo
virá outra vez, (v. 11). O ensino consistente das Escritu
ras é uma segunda vinda corpórea e visível. Por exem
plo, Apocalipse 1.7 diz: “Eis que vem com as nuvens, e
todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e
todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim!
Amém!” Mateus 24.30 diz: “Então, aparecerá no céu o
sinal do Filho do Hom em ; e todas as tribos da terra se
lamentarão e verão o Filho do H om em vindo sobre as
nuvens do céu, com poder e grande glória” .
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Efésios
3.19 faz referência a alguém ser cheio do próprio Deus.
Efésios 4.10 fala de Cristo enchendo todas as coisas. Uma
vez que esses versos não descaracterizam a personalida
de de Deus e de Cristo, então Atos 2.4 também não
descaracteriza a personalidade do Espírito Santo.
A personalidade do Espírito Santo é o testemunho
das Escrituras. O Espírito Santo possui os atributos es
senciais de personalidade — pensamento (1 Co 2.11),
318
ATOS DOS APÓSTOLOS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : O que
Pedro quer dizer aqui torna-se claro quando considera
mos o possível significado de ser batizado “para” a re
missão dos pecados à luz do uso desta preposição, tanto
dentro do contexto quanto do restante das Escrituras.
Em primeiro lugar, o term o “para” (do grego eis)
pode tanto significar “ com vistas a” ou “por causa de” .
N o último sentido, o batismo nas águas aconteceria
porque essas pessoas foram salvas, e não para que elas
sejam salvas.
Em segundo lugar, pessoas são salvas quando recebem
a Palavra de Deus, e as pessoas que ouviram Pedro na
quela ocasião “de bom grado receberam a sua palavra”
antes que fossem batizados (At 2.41).
319
R E S P O S T A À S S EI T A S
320
ATO S DOS A PÓ S TO LO S
C O R R IG IN D O A M Á INTERPRETAÇÃO : A frase
“em nome de”, nos tempos bíblicos, freqüentemente trazia
consigo o significado “pela autoridade de” .Vista sob essa
luz, a frase em Atos 2.38 não pode ser interpretada como
algum tipo de fórmula batismal mágica. Esse verso simples
mente indica que as pessoas devem ser batizadas de acordo
com a autoridade de Jesus Cristo. O verso não significa que
as palavras “em nome de Jesus” devam obrigatoriamente
ser pronunciadas sobre cada pessoa que estiver sendo bati
zada. E, se houvesse alguma pretensão de que a passagem
em Atos 2.38 fosse uma fórmula batismal, então por que é
que essa fórmula não foi repetida mais vezes, exatamente
do mesmo modo, através do restante do livro de Atos ou do
Novo Testamento (confira M t 28.19)?
321
R ESPO STA ÀS SEITAS
322
A TO S DOS A PÓ S TO LO S
323
RESPO STA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Essas
passagens não são prescritivas, mas simplesmente descri
tivas. Em parte alguma elas colocam esses fatos como
normativos. Essas passagens simplesmente descrevem o
que estavam fazendo as pessoas que criam. Até onde está
indicado pelo texto, tal sistema era um arranjo temporá
rio. Aparentemente, ficaram juntos em Jerusalém, uma
vez que esse foi o lugar onde o Espírito Santo desceu
sobre eles e a primeira grande entrega de pessoas a Cris
to aconteceu. As necessidades geradas pelo fato de esta
rem vivendo juntos e fora de suas próprias casas ocasio
naram esse tipo de arranjo comum.
Esse esquema comunitário acontecia espontaneamen
te. Não existe absolutamente qualquer indicação no texto
de que fosse compulsório. E era também parcial. O tex
to implica que vendiam propriedades e campos extras,
ou seja, que não vendiam o único domicílio residencial
que possuíssem. A maioria dessas pessoas acabou deixan
do Jerusalém, para onde tinham vindo para a festa de
Pentecostes (At 2.1), e retornaram a seus próprios lares,
que estavam espalhados por todas as partes do mundo de
então (confira At 2.5-13).
324
ATO S DOS A PÓ S TO LO S
325
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : A sin
ceridade não é um bom teste da verdade. As pessoas po
dem e têm sido sinceramente erradas a respeito de m ui
tas coisas (Pv 14.12). Mesmo que alguém creia no con
trário, toda verdade é exclusiva. “Dois mais três são cin
co” não permite qualquer outra conclusão. O mesmo é
verdadeiro quando se trata de declarações a respeito de
valores tais como: “O racismo é uma prática errada” e
“As pessoas deveriam ser tolerantes” . Essas visões não
admitem quaisquer alternativas.
Todas as reivindicações da verdade são exclusivas. Se
o humanismo é verdadeiro, então todos os não humanistas
são falsos. Se o ateísmo é verdadeiro, então todos aqueles
que crêem em Deus estão errados. Se Jesus é o único
caminho para se chegar a Deus, então não existem ou
tros caminhos. Essa não é uma reivindicação mais exclu
siva do que qualquer outra reivindicação da verdade. A
questão é se isso é verdade. Jesus e o Novo Testamento,
clara e repetidamente, enfatizam que Jesus é o único ca
minho de salvação. Ele disse: “Eu sou o caminho, e a
326
ATO S DOS A PÓ S TO LO S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Não
existe nenhum a evidência de que Pedro exercesse qual
quer autoridade especial como o divinamente designa
do vicário de Cristo na terra, ao presidir sobre essa reu
nião dos primeiros líderes da igreja. As indicações são de
que durante essa reunião apenas se confirmou a revela
ção já concedida a um apóstolo (G1 1.11,12).
O questionamento a respeito da circuncisão dos gen
tios partiu da igreja em Antioquia (At 15.1-3). Não ha
via nenhum mandato apostólico convocando a reunião.
O evento foi mais como uma conferência do que pro
327
R ESPO STA ÀS SEITAS
328
ATO S DOS APÓ STO LO S
A MÁ IN T E R PR E T A Ç Ã O : As Testemunhas de Jeová
dizem que esse verso prova que as transfusões de sangue
são co n trárias à v o n ta d e de D eus ( A id to Bible
understanding, 1971, pág.245).
329
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : A práti
ca de Paulo de discursar a judeus reunidos era mera
mente parte de sua estratégia missionária visando o al
cance dos judeus, onde quer que estivessem reunidos e a
partir das próprias Escrituras deles, que costumavam vir
para ler. Esse fato não sancionou a guarda do sábado
pelos cristãos, do mesmo modo que as reuniões de Pau
lo com os filósofos pagãos também não trouxeram ne
nhuma nova prática aos cristãos (At 17.22-34). Pelo con
trário, Paulo disse aos Colossenses que o sábado foi ape
nas uma “sombra” que se foi quando a “substância” veio
com Cristo (Cl 2.16,17). Paulo afirmou que a completa
tábua da lei mosaica “gravada com letras em pedras” (que
incluía a lei da guarda do sábado) “era transitória” (2 Co
3.7-10), e encontrou o seu “fim” em Cristo (v. 13). O
Novo Testamento, por diversas vezes, menciona que a lei
judaica contida no Antigo Testamento foi cumprida por
33 0
ATO S DOS APÓ STO LO S
Cristo (Rm 10.4). Por causa desse cum prim ento da lei
“se faz também mudança da lei” (Hb 7.12).
O mandamento referente à guarda do sábado é o úni
co dos Dez Mandamentos que não é enunciado de novo
no contexto da graça no Novo Testamento. Essa teria sido
uma significativa omissão, caso esse mandamento devesse
ser praticado pelos cristãos da atualidade. Antes, o Novo
Testamento sanciona o primeiro dia da semana para a ado
ração cristã — como um costume do próprio Paulo. As
razões para tal são óbvias. E o dia em que Cristo ressusci
tou, dando início, desse modo, ao primeiro dia da semana
como sendo separado para a comemoração cristã. As pri
meiras aparições de Jesus, após ter ressuscitado, acontece
ram aos domingos, o que estabeleceu, portanto, um pa
drão de expectativa de sua presença no primeiro dia da
semana (confira Mc 16.2; Jo 20.19,26). O domingo tam
bém foi o dia em que o Espírito Santo batizou os discípu
los como corpo de Cristo (At 2.1-4; 1 Co 12.13) — for
necendo o dia do aniversário da igreja cristã.
Assim, reunir-se no primeiro dia da semana tornou-
se a prática da igreja apostólica (At 20.7; 1 Co 16.2). No
último livro do Novo Testamento, o apóstolo João estava
meditando em um domingo, o “ dia do Senhor” , quando
recebeu uma visão de Cristo (Ap 1.10), mostrando que
a prática continuou por muitas décadas após os dias de
Jesus na terra. Na verdade, a igreja cristã tem dado con
tinuidade a essa prática desde o primeiro século até o
presente.Veja neste livro os nossos comentários a respei
to de Êxodo 20.8-11.
331
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Não
existe aqui e nem em qualquer outra parte do Novo
Testamento qualquer razão para que se creia que o após
tolo Paulo estivesse ensinando o panteísmo. Em primei
ro lugar, ele era por formação e convicção um judeu
ortodoxo — um fariseu (Fp 3.4-6) — e como tal, um
estrito monoteísta (Dt 6.4; IC o 8.4,6). Em segundo lu
gar, Paulo aqui se referia ao “Deus que fez o mundo e
tudo o que nele há” (At 17.24), enquanto os panteístas
acreditam que Deus seja o mundo e tudo o que nele há.
E m terceiro lugar, Paulo apenas afirmou assertivamente
que temos a nossa vida e o nosso ser “nEle” (Deus), e
não que sejamos Deus, como argumentam os panteístas.
Isso significa dizer que Deus é a causa da sustentação de
todas as coisas, bem como a causa originadora de todas
as coisas (Hb 1.3; Cl 1.17).
332
A T O S DOS A P Ó S T O LO S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Nesse
contexto, Paulo estava pregando a alguns homens em
Atenas que nem sequer criam em Deus. Sacando pin
celadas de verdades nos escritos deles, Paulo afirmou
que somos todos “geração de D eus” no sentido de que
lomos todos criados por Ele. Paulo havia anteriorm en
te afirmado que Deus “de um só fez toda a geração dos
homens para habitar sobre toda a face da terra, deter
minando os tempos já dantes ordenados e os limites da
sua habitação” (At 17.26). Paulo provavelmente pen
sou a respeito de Malaquias 2.10, que diz: “N ão temos
nós todos um mesmo Pai? N ão nos criou um mesmo
I )eus?”
E importante compreender que a humanidade não
existia previamente como espíritos, anteriormente ao nas
cimento físico na terra. Gênesis 2.7 nos diz:“E form ou o
Senhor Deus o hom em do pó da terra e soprou em seus
narizes o fôlego da vida; e o hom em foi feito alma vi-
vente”. Observe que nenhum espírito preexistente en
trou em um tabernáculo físico de carne. Antes, Deus
criou o ser físico, e então “soprou em seus narizes o fô
lego da vida”, e o hom em tornou-se um ser vivente
nesse exato momento. Parece que nessa ocasião Deus
criou tanto a parte material do ser humano como a
imaterial. Desde então, os seres humanos — tanto em
seus aspectos materiais como imateriais — nascem para
o mundo através da união natural de seus pais (confira
Gn 5.3).
333
R ESPO STA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN TERPRETAÇ ÃO : As curas
sobrenaturais alcançadas através das roupas do apóstolo
Paulo não provam que devamos venerar coisa alguma.
Aos apóstolos foram concedidos os especiais “sinais
do apostolado” (2 Co 12.12) com a finalidade de confir
mar a revelação especial de Deus (que é o Novo Testa
mento) através deles. Os sinais de um apóstolo já não são
mais necessários para esse propósito específico (Hb 2.3,4).
N o tocante às relíquias, nem nessa passagem e nem
em qualquer outra do Novo Testamento é dito que se
deve venerar artigos através dos quais foram feitos mila
gres. N o Antigo Testamento, Deus proibiu esse tipo de
idolatria de m odo geral. Q uando qualquer objeto, como
a serpente de bronze, era venerado, o fato era considera
do como idolatria (confira 2 Rs 18.4).
Deus mandou, de modo muito claro, que o seu povo
não fizesse imagens de escultura, e nem se prostrasse di
ante delas em um ato de devoção religiosa. Esse é o
mesmo erro dos pagãos que adoraram a criatura ao invés
de adorar o Criador (Rm 1.25). A Bíblia nos proíbe de
fazer ou de nos “prostrar” diante de uma “imagem” de
qualquer criatura em um ato de devoção religiosa. “Não
farás para ti imagem de escultura, nem alguma seme
lhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na
terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás
a elas nem as servirás” (Ex 20.4,5).
334
CAPÍTULO 11
R OM ANOS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : A rei
vindicação de que a igreja católica romana demanda
obediência como a verdadeira igreja visível não tem base
nesse texto. O texto declara: “Pelo qual [Cristo] recebe
mos a graça e o apostolado, para a obediência da fé” .
Paulo está se referindo ao seu apostolado (v. 1), não ao
apostolado de Pedro, ou de seus supostos sucessores —
os papas católicos romanos.
Além do mais, para ser um apóstolo nesse sentido
impositivo, seria necessário ser uma testemunha ocular
do Cristo ressurreto (At 1.22; 1 Co 9.1; 15.5-8), o que
claramente desqualifica qualquer pessoa que tenha vivi
do após o primeiro século. Esse fato por si só negaria a
alegação de que o “ministério de ensino” da igreja cató
lica romana está, de algum modo, implícito nessa passa
gem. O argumento desta igreja teria mais força se tives
sem relacionado a sua autoridade a Paulo, ao invés de
Pedro. O requisito adicional de ser uma testemunha do
ministério terreno de Jesus (At 1.22) era pertinente ape
nas no que dizia respeito a ser um dos doze apóstolos,
pois estes possuem um lugar especial no alicerce da igre
ja (Ef 2.20), tendo os seus nomes escritos nos alicerces
da cidade eterna (Ap 21.14), e reinarão com Cristo as
sentados em doze tronos quando Ele voltar (Mt 19.28).
Paulo não era um dos doze e, por essa razão, não preci
sa cum prir esse requisito. Contudo, ele foi um apóstolo
(G1 1.1) que recebeu revelações diretamente de Deus
(G1 1.12). A sua autoridade apostólica era comparável à
dos doze apóstolos (Gl 1.17; 2.5-9), e ele demonstrava os
miraculosos “sinais do apostolado” (2 Co 12.12). Mas o
apostolado de Paulo também não era transferível. Paulo
incluiu explicitamente a aparição do Cristo ressurreto a
ele na lista dos pré-requisitos necessários para que se possa
ser um apóstolo. Ele escreveu: “Não sou eu apóstolo?...
Não vi eu a Jesus Cristo, Senhor nosso?” (1 Co 9.1). Do
336
ROMANOS
337
R E S P O S T A À S S EI T AS
C O R R IG IN D O A M Á INTERPRETAÇÃO : Enquan
to é verdade que o term o grego kai pode ser traduzido
em certos casos como “o mesmo”, o contexto é que
determina a tradução apropriada. Até mesmo o estudio
so da seita Unidade Pentecostal, Brent Graves, admite
essa realidade (Graves, 52). O fato é que os estudiosos
gregos concordam universalmente que, no contexto de
Romanos 1.7, kai deve ser traduzido como “e” .A maio
ria das ocorrências do termo kai no Novo Testamento é
traduzida como “e”, não como “o mesmo”. Isso significa
que o ônus da prova recai sobre os adeptos da Unidade
Pentecostal, que devem demonstrar que o termo deve
338
ROMANOS
( lO R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : A res
posta de Paulo é clara. Ele disse que os gentios são
“inescusáveis” (R m 1.20) porque “ ...o que de Deus se
pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho ma
nifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação
339
R E S P O S T A À S S EI T A S
340
ROMANOS
341
RESPO STA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Q uan-
do a Bíblia declara que as práticas homossexuais são
“contrárias à natureza” (R m 1.26), está se referindo à
natureza biológica e não à natureza sociológica. Essa
passagem não pode ser utilizada para justificar o ho
mossexualismo.
A sexualidade e a expressão sexual foram biologica
mente definidas nas Escrituras desde o princípio da cri
ação. Em Gênesis 1, Deus criou “macho e fêmea” e en
tão disse-lhes “frutificai, e multiplicai-vos” (Gn 1.27,28).
Essa reprodução só seria possível se Ele estivesse se refe
rindo de forma biológica a um macho e uma fêmea.
Quando Deus disse: “Portanto, deixará o varão o seu pai
e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos
uma carne” (Gn 2.24), a orientação sexual é entendida
biologicamente, e não sociologicamente. Somente um
pai e uma mãe biológicos são capazes de produzir filhos,
e a referência a “uma só carne” simplesmente não pode
ser entendida em qualquer relacionamento, exceto no
matrimônio físico heterossexual.
A passagem em Romanos diz: “ ...varão com varão,
cometendo torpeza”. Isso indica claramente que a clas
sificação desse ato pecaminoso condenado era homosse
xual em sua natureza (Rm 1.27). Aquilo que eles faziam
não era para eles natural, mas “mudaram” para o “con
trário à natureza” (v. 26). Então os atos homossexuais
foram pronunciados contrários à natureza, também para
os homossexuais. Desejos homossexuais são também cha
mados de “paixões infames” (v. 26). Portanto, é evidente
que Deus está condenando os pecados sexuais pratica
dos entre pessoas de mesmo sexo biológico. Atos ho
mossexuais são contrários à natureza humana como tal,
e não apenas contrários à orientação sexual de pessoas
heterossexuais.
342
ROMANOS
C O R R IG IN D O A MÁ IN T E R PR E T A Ç Ã O : N em
essa nem qualquer outra passagem nas Escrituras ensina
que as obras são uma condição necessária para que uma
pessoa receba a salvação. Paulo deixa muito claro que a
salvação é alcançada através da graça,independentemente
das obras, tanto em Romanos (3.28; 4.5) quanto em outras
passagens (Ef2.8,9;Tt 3.5).
Quando Paulo aqui (e nas demais passagens) fala das
obras vinculadas à salvação, elas são sempre o resultado da
343
R ESPO STA ÀS SEITAS
344
ROMANOS
R O M A N O S 2 .7 — A imortalidade é alcançada ou
possuída?
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : A Bí
blia reserva o termo “imortalidade” para o dia da ressur
reição final. As Escrituras insistem, contudo, que a pessoa
345
R E S P O S T A À S S EI T A S
346
ROMANOS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Esse
entendimento é uma interpretação errada dos ensinos
elo apóstolo Paulo.
Ele freqüentemente se refere às “obras da lei” , uma
vez que eram o tipo particular de obras que os com po
nentes de sua audiência — sendo judeus — eram pro
pensos a praticar (confira At 15.5; R m 4; Gl 3). Contudo,
quando Paulo falava a igrejas em que havia um grande
número de gentios, utilizava algumas vezes o term o
“obras” sem limitá-lo às obras da lei de Moisés. Em
Hfésios, ele declara: “Porque pela graça sois salvos, por
meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não
vem das obras, para que ninguém se glorie” (2.8,9). Se
melhantemente, em T ito 3 (veja os versos 5 a 7) ele afir
mou que “não pelas obras de justiça que houvéssemos
feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou...” En
tão, não apenas as “obras da lei” de Moisés, mas quais
quer “obras” ou “obras de justiça” são insuficientes para
a salvação.
Limitar todas as condenações de Paulo sobre as “obras”
apenas às obras da lei de Moisés é o mesmo que limitar
a condenação do homossexualismo por Deus no Antigo
347
R ESPO STA ÀS SEITAS
348
R 0M AN05
CCORRIGINDO A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : A partir
desses versos, os universalistas inferem que a m orte de
Cristo “por todos” garante salvação “para todos”. Essa
conclusão, contudo, é contrária ao contexto da passa
gem, ao contexto do livro de Rom anos como um todo,
e ao contexto das Escrituras como um todo.
Mesmo nesse contexto, Paulo fala de sermos “justifi
cados pela fé” (5.1), e não automaticamente pelo que
Cristo fez por nós. Ele também se refere à salvação como
um “dom ” (5.16) que deve ser recebido; em 5.17 ele
349
R E S P O S T A À S S EI T A S
350
R O A A A N O S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Esse
verso, bem como todo o conteúdo do capítulo 8 de
Romanos, está colocando em contraste a vida não rege
nerada, dominada pela carne ou pela natureza do peca
do, com a vida controlada pelo Espírito Santo. O verso,
então, trata do tema santificação, e não do tema inter
pretação bíblica. Os cientistas cristãos estão lendo e le
vando para dentro do texto algo que não está lá.
U m a abordagem esotérica ou “espiritual” ao inter
pretar as Escrituras elimina a possibilidade de haver teste
351
R E S P O S T A À S S EI T A S
352
ROMANOS
353
R E S P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : O con
texto de Romanos 8 nos diz em que sentido os crentes
se tornam “filhos de Deus”. O verso 15 afirma que nos
tornam os filhos de Deus por adoção: “Porque não
recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes
em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos,
pelo qual clamamos: Aba, Pai”. Essa situação de adoção
se inicia no m om ento em que cremos em Jesus para a
salvação (Jo 1.12; veja também G1 4.5,6; E f 1.5).
354
ROMANOS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : C o n
forme observado na discussão sobre R om anos 8.16, os
crentes podem tornar-se filhos de Deus, não por nature
za, mas por adoção no seio da família de Deus. Ser “co-
herdeiro” de Cristo envolve não receber a exaltação como
Deus, mas uma herança de todas as bênçãos espirituais
nesta vida (Ef 1.3) e todas as riquezas do glorioso reino
de Deus no porvir (1 Co 3.21-23).
Deus, ao longo das Escrituras, assume um forte posi
cionamento contra humanos que são pretendentes ao
trono divino (At 12.22,23; confira Êx 9.14; At 14.11-
15). O único Deus verdadeiro declarou enfaticamente:
“Antes de m im deus nenhum se formou, e depois de
mim nenhum haverá” (Is 43.10). Esse verso elimina com
pletamente a possibilidade de um ser humano tornar-se
um deus.
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : U m a
análise do contexto de R om anos 8 ajuda-nos a com
355
RE S PO S TA ÀS SEITAS
356
ROMANOS
( O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : A tra
dução Novo M undo traduz esse verso de maneira erra
da. A tradução correta é:“Porque todo aquele que invo
car o nom e do Senhor [do grego kuriou ] será salvo” . N o
contexto, o termo “Senhor” refere-se ajesus Cristo, como
lica claro no verso 9: “Se, com a tua boca, confessares ao
Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o res
suscitou dos mortos, serás salvo” . Então, utilizando o seu
próprio argumento, se Senhor significa “Jeová” — e Se
nhor refere-se ajesus nesse texto — então Jesus é o pró
prio Jeová, doutrina que as Testemunhas de Jeová enfati
camente rejeitam.
357
RE S P O S T A ÀS SEITAS
358
C A P ÍT U L O 28
C ^ :tt
:;F |
1 CORÍNTIOS
C O R R IG IN D O A M Á IN TERPRETAÇ ÃO : Veja os
nossos comentários a respeito de Romanos 1.7. Observe
que o verso imediatamente posterior a 1 Coríntios 1.3
aponta para a distinção entre o Pai e Jesus Cristo (v. 4).
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Pau
lo não se opunha ao batismo, mas ele não acreditava
que isto fosse um a condição para que um a pessoa
tivesse a salvação (veja os nossos com entários a res
peito da passagem em At 2.38). O p ró p rio Paulo foi
batizado nas águas (At 9.18; 22.16) e ensinou em
suas epístolas o significado e a im portância do batis
m o (confira R m 6.3,4; Cl 2.12). N a verdade, nessa
mesma passagem (1 C o 1), Paulo adm ite ter batizado
várias pessoas (v. 14,16), com o o carcereiro de Filipos
recém -convertido (At 16.31-33). Paulo acreditava que
o batismo em águas fosse um símbolo de salvação, mas
não julgava que esse fosse parte do Evangelho com o
essencial para a salvação.
360
1 C O R ÍN T IO S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Aqui,
Paulo, falando dos crentes a quem um dia será dada uma
“recompensa” por seu serviço a Cristo (v. 14), diz:“Se a
obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal
será salvo, todavia como pelo fogo” . O verso não diz
nada a respeito de um crente sofrendo as conseqüências
temporais de seus pecados no purgatório.
Em primeiro lugar, o crente não é queimado no fogo,
apenas as suas obras o são. O crente vê as suas obras
serem queimadas, porém ele mesmo escapa do fogo. As
sim sendo, a passagem não está de m odo algum falando
daquilo que tem sido tradicionalmente chamado de pur
gatório. Além do mais, a carta aos Coríntios é dirigida
àqueles que foram “santificados em Cristo Jesus” (1 Co
1.2). U m a vez que eles já estão na condição de santifica
dos em Cristo, não necessitam mais de qualquer purifi
cação posterior que lhes dê o direito de permanecerem
diante de Deus. Eles já estão “em Cristo” . Após listar
uma série de pecados, incluindo a fornicação, a idolatria
e a cobiça, Paulo acrescenta: “E o que alguns têm sido,
mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas
haveis sido justificados em nom e do Senhor Jesus” (1 Co
6.11).A partir desse fato e de outras passagens das Escri
turas (2 Co 5.21), é evidente que os pecados deles já
foram tratados através do sofrimento de Cristo (confira
1 Pe 2.22-24; 3.18) e que eles estavam revestidos da jus
tiça dEle, e em condição adequada diante de Deus. Eles
361
R E S PO S TA ÀS SEITAS
362
1 CO R ÍN TIO S
363
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Há três
possibilidades no tocante à carta perdida de Paulo. A pri
meira é que talvez não se pretendesse que todas as epís
tolas apostólicas estivessem no cânone das Escrituras.
Lucas se refere a “muitos” outros Evangelhos (1.1). João
escreve que Jesus fez muitos outros sinais que não foram
registrados (20.30; 21.25). Talvez essa epístola aos
364
1 C O R ÍN T IO S
365
R E S P O S T A À S S EI T A S
366
1 CO R ÍN TIO S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : As pa
lavras de Paulo sobre a homossexualidade nesse texto
devem ser esclarecidas pelo que ele mesmo diz em ou
tras passagens. A sua clara condenação a respeito da ho
mossexualidade está em Rom anos 1.26,27. A autorida
de divina daquele texto não é desafiada p o r nenhuma
pessoa que aceite as Escrituras como inspiradas em todas
as suas passagens.
Não podemos fazer muita distinção entre as declara
ções que vieram do ofício apostólico divinamente esta
belecido na vida de Paulo e as revelações diretas que ele
recebeu e compartilhou. Paulo afirmou em Gálatas 1.12
que nenhum a de suas palavras foi humanamente conce
bida, mas todas recebidas por revelações.
Ele havia demonstrado o seu apostolado entre os
coríntios (2 Co 12.12) e exercido a autoridade apostólica
em seu ministério. Paulo encontrou fortes desafios à sua
autoridade conforme descrito em 1 Coríntios. Ele afirma
que as suas palavras foram“as que o Espírito Santo ensina”
(2.13). Ao final de seu livro, ele afirma que “as coisas que
vos escrevo são mandamentos do Senhor” (14.37). Mes
mo no controverso capítulo 7, ele declara a sua autorida
de como proveniente do Espírito Santo (v. 40).
Então quando Paulo fala de palavras que provêm dele
e não do Senhor, ele se refere a Jesus Cristo em seu
ministério terreno. Em alguns pontos, ele é capaz de
ancorar os seus argumentos nas palavras que foram ditas
pelo Senhor enquanto estava na terra. Nas demais passa
gens, ele se estende a divinas revelações enviadas da parte
de Deus, a ele concedidas através do Espírito Santo Jesus
não falou diretamente desses assuntos enquanto esteve
na terra, mas quando prometeu o Espírito Santo, disse:
367
R E S P O S T A À S S EI T A S
1 C O R Í N T I O S 6 .1 3 — Se D eu s destruirá os cor
pos, como é que eles poderão ser ressuscitados?
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : O cor
po que vai para a sepultura é o mesmo corpo que sai
dela, agora imortalizado. Isso é comprovado pelo fato de
368
1 C O R ÍN T IO S
369
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Paul<>
não nega a existência dos ídolos, mas simplesmente a süa
habilidade de afetar crentes maduros que comerem ali"
mentos preparados (ou carnes abatidas) no contexto d^
adoração a ídolos, como acontecia com a maior parte
das carnes (confira 8.1). O que Paulo nega não é a reali^
dade dos ídolos, mas a divindade desses. O diabo engana
os idólatras, mas ele não pode contaminar o alimento
que Deus criou e declarou como bom (Gn 1.31; 1 Tm
4.4), mesmo que alguém o tenha oferecido a qualquer
ídolo.
Nas demais passagens e contextos, a Bíblia condena a
utilização de imagens para a prática da adoração, dizen
do: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma
semelhança [qualquer que seja] do que há em cima nos
céus, nem [do que há] em baixo na terra, nem [do que
há] nas águas debaixo da terra” (Ex 20.4).
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : O con.
texto de 1 Coríntios 8.5 é monoteísta. O verso anterk
or (v. 4) diz: “Sabemos que o ídolo nada é no m undo e
que não há outro Deus, senão um só” . O verso poste^
rior (v. 6) diz: “Todavia, para nós há um só Deus, o Pai5
370
1 C O R ÍN T IO S
( CORRIGINDO A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Se a re
ferência ao Pai como sendo “um só Deus” provasse que
Jesus não é Deus, então a referência a Jesus como “um só
Senhor” , do mesmo modo, provaria que o Pai não é
Senhor. Torna-se óbvio que esse raciocínio é desprovi
do de lógica. As Escrituras chamam o Pai de Deus (1 Pe
1.2) e Senhor (Mt 11.25), e chamam Jesus de Deus (Jo
20.28; H b 1.8) e Senhor (R m 10.9). Fica claro que a
designação do Pai como Deus neste verso não tem a
intenção de excluir Jesus e o Espírito Santo (Mt 28.19; 2
Co 13.13). D o mesmo modo, a identificação de Jesus
como “Deus e nosso Senhor” em T ito 2.13 não exclui o
Pai e o Espírito Santo. Q uando o Espírito Santo é cha
mado de Deus em Atos 5.4, não se está excluindo o Pai
e Jesus.
371
R E S P O S T A À S S EI T A S
372
1 C O R ÍN T IO S
C O R R IG IN D O A MÁ IN TER PR ET A Ç Ã O : O Novo
Testamento freqüentemente exorta os crentes a subme
terem-se aos seus líderes (1 Co 16.16; H b 13.17; 1 Pe
5.5). Ele também exorta que cada esposa se sujeite ao
seu próprio marido, assim como os filhos aos pais (Cl
3.18-20), e os cidadãos aos seus governos (Tt 3.1). Mas
esse fato não deve ser torcido, em se tratando de
autoritarismo eclesiástico.
A submissão é limitada. Os filhos devem obedecer
aos pais apenas “no Senhor” (Ef 6.1), e não obedecer
literalmente a qualquer ordem dos mais velhos. O mes
mo é válido para cidadãos em relação à submissão aos
seus respectivos governos. H á muitos exemplos de deso
bediência justificável ao governo, tais como quando fa
raó mandou que as parteiras matassem todos os recém-
nascidos do sexo masculino por ocasião dos partos (Ex
1.15-21), ou ainda quando os três jovens hebreus recebe
ram ordens para prostrarem-se diante de um ídolo (Dn 3).
Devemos nos submeter às devidas autoridades somente
quando as ordens estiverem também sob Deus, e não
quando essas ordens tiverem o intuito de tomar o lugar
dEle.
Existe uma diferença importante entre a submissão
legítima e o autoritarismo ilegítimo. A submissão pró
pria a um líder de uma igreja é voluntária, e não com
pulsória. Ela envolve uma livre escolha de juntar-se a
uma organização, ou deixá-la, sem que existam atos de
intimidação ou represália. A submissão nesse caso tem
origem no amor e no respeito (confira H b 13.7), não no
medo. Enquanto a Bíblia fala de submissão voluntária
do membro para com o líder, em nenhuma de suas pas
sagens aprecia a obediência obrigatória exigida pelo lí
der para com o membro do grupo. Isto é, a Bíblia jamais
diz que os líderes devem mandar (ou demandar) que
haja obediência; mas diz apenas que os seguidores de
373
R E S P O S T A À S S EI TA S
1 C O R Í N T I O S 11 .3 — O fato de que D eu s é
chamado nesse verso de “a cabeça,>de Cristo é uma
indicação de que Jesus não seja Deus?
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Paulo
disse no mesmo verso que o hom em é a cabeça da m u
lher, mesmo sendo o hom em e a mulher iguais em ter
mos de natureza humana (Gn 1.26-28; confira G1 3.28).
E óbvio que a igualdade de natureza e a hierarquia fun
cional não são mutuamente exclusivas. Cristo e o Pai são
absolutamente iguais em sua natureza divina (Jo 10.30),
mas Jesus está funcionalmente subordinado ao Pai no
tocante à obra da salvação.
374
1 C O R ÍN TIO S
375
R E S P O S T A À S S EI TA S
376
1 C O R ÍN T IO S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : U m a in
terpretação desse tipo tira o verso de seu contexto. Ele
não se refere à confusão doutrinária, mas a práticas
desordenadas na igreja. Esse verso é uma seção estendida
das Escrituras, na qual Paulo trata do exercício apropria
do dos dons espirituais. Em 1 Coríntios 14.33, o tema
central de Paulo é que Deus não é um Deus de confu
são, e por isso os coríntios deveriam fazer todos os esfor
ços possíveis para acabar com as confusões que aconte
ciam durante os cultos em suas igrejas, que eram o resul
tado de muitas pessoas falando em línguas e entregando
profecias ao mesmo tempo (w. 27-30). Deus não move
o seu povo para que eles se conduzam de uma maneira
desordenada e tumultuada. Antes, Ele é u m Deus de paz
(harmonia e ordem), e daí segue-se que o seu povo deva
ser harmonioso e organizado em seus cultos.
Além disso, a doutrina da Trindade não é confusa; ela
é um mistério. Existe um só Deus, manifesto em três
pessoas. Isso é tão claro quanto afirmar que existe um
triângulo com três lados (uma analogia que não pode ser
levada muito longe, quando se trata de descrever a Trin
dade); ou que o amor é um e, contudo, para que exista o
amor, é necessário que haja uma pessoa que ame outra
pessoa, e um espírito de amor entre elas.E possível apre
ender a verdade a respeito da doutrina da Trindade mes
mo não podendo compreendê-la completamente. ATrin-
dade não é contrária à razão; ela simplesmente vai além
da nossa própria razão.
O simples fato de uma doutrina ser de difícil com
preensão não a torna falsa doutrina. Até mesmo um con
ceito monoteísta estrito de Deus, tal como o das Teste
munhas de Jeová, não pode ser completamente compre
endido. Para que pudéssemos compreender a natureza
de Deus completamente, precisaríamos ter a mente de
Deus. Mas as Escrituras indicam que não somos capazes
377
R E S P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : É in
correto alegar que Jesus não apareceu a incrédulos. Para
mencionar um caso, Ele apareceu ao mais hostil de to
dos os incrédulos — Saulo de Tarso (At 9,22,26).
Mesmo os discípulos não aceitaram a ressurreição
quando Jesus apareceu a eles pela primeira vez. Quando
Maria Madalena e outros relataram que Jesus havia res
suscitado, “as suas palavras lhes pareciam como desvario,
e não as creram” (Lc 24.11). Mais tarde, Jesus teve que
repreender a dois discípulos no caminho de Emaús por
causa da falta de fé deles em sua ressurreição:“O néscios
e tardos de coração para crer tudo o que os profetas dis
seram!” (Lc 24.25). Mesmo depois de Ele já ter apareci
do às mulheres, a Pedro, aos dois discípulos no caminho
de Emaús e aos dez apóstolos,Tomé disse: “Se eu não vir
378
1 CO RÍNTIO S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Jesus
não apareceu apenas a um pequeno grupo de pessoas.
Ele apareceu a mais de 500 pessoas (1 Co 15.6), inclu
indo muitas mulheres, seus próprios apóstolos, seu ir
mão Tiago e Saulo de Tarso — o principal anticristão
de seus dias.Jesus não apareceu simplesmente em umas
poucas ocasiões. Ele apareceu em pelo menos doze
ocasiões diferentes. Essas foram distribuídas ao longo
379
R E S P O S T A À S S EI TA S
380
1 CO R ÍN TIO S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Esse é
um uso forçado do texto que se encontra em 1 Coríntios
15.23 para apoiar o dogma da ascensão corporal. Mes
mo notáveis defensores do dogma católico admitem que
“não se têm provas diretas e expressas nas Escrituras”
(Ibid.). Eles falam mais propriamente da “possibilidade”
estar implícita no texto. Mas há dificuldade até mesmo
de encontrar isso.
O texto fala a respeito de Cristo como as “primícias”
tia ressurreição e não se refere de m odo algum a Maria.
381
R E S P O S T A À S S EI TA S
382
1 CO RÍNTIO S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Essa é
uma passagem obscura e isolada. E im prudente basear
qualquer doutrina em uma passagem como esta. Antes,
deve-se sempre utilizar as passagens mais claras das Es
crituras para interpretar as menos claras. Os textos cla
ros são enfáticos ao dizer que o batismo não salva. Nós
somos salvos pela graça através da fé, e não pelas obras
(R m 4.5; E f 2.8,9; T t 3.5-7). N ão somos capazes de
fazer nada que resulte na salvação em favor de outra pes
soa. Cada pessoa deve crer em favor de si mesma (Jo
1.12). Cada pessoa deve fazer a sua própria livre esco
lha (Mt 23.37; 2 Pe 3.9).
Em relação a esse texto, os estudiosos diferem quanto
ao que Paulo quis dizer. Há várias possibilidades.
Paulo poderia estar se referindo sarcasticamente à prá
tica das seitas que existiam entre os coríntios, que ti
nham muitas falsas crenças (veja 1 Co 5). De fato, Paulo
estaria dizendo:“Se vocês não acreditam na ressurreição,
então por que aderem à prática de batizar pessoas pelos
mortos? Vocês são inconsistentes em suas próprias (fal
sas) crenças”. Paulo encara a referida prática como tão
obviamente errada que nem precisa condená-la de for
ma explícita. Paulo diz “eles” (os outros) batizam pelos
mortos (15.29), e não “nós” . Nas demais passagens em 1
Coríntios, Paulo enfatiza a sua intimidade com os cren
tes em Corinto através do uso dos pronomes na primei
ra pessoa. N o verso 29 ele muda para a terceira pessoa —
“eles” .
Paulo poderia também estar se referindo ao fato de
que o batismo de novos convertidos seria a reposição
dos lugares vazios na igreja devido à m orte de crentes.
383
R E S P O S T A À S S EI T A S
384
1 CO R ÍN TIO S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Paulo
não está citando essa fonte não cristã como se fosse ins
pirada, mas simplesmente com o verdadeira. Toda a ver
dade pertence a Deus, não im portando quem a tenha
dito. Caifás, o sumo sacerdote judeu, pronunciou uma
verdade a respeito de Cristo (Jo 11.49). A Bíblia fre
qüentemente utiliza fontes não inspiradas (confira N m
21.14; Js 10.13; 1 Rs 15.31). Por três vezes, Paulo cita
pensadores não cristãos (At 17.28; 1 Co 15.33;Tt 1.12).
Judas faz alusão às verdades encontradas em dois livros
não canônicos (Jd 9,14). Porém, a Bíblia nunca os cita
como livros que possuem autoridade divina, mas sim
plesmente mostra algumas verdades contidas neles. As
frases comuns tais com o:“Assim diz o Senhor” (Is 7.7;Jr
2.5), ou “está escrito” (Mt 4.4,7,10) jamais são encon
tradas quando essas fontes não inspiradas são citadas.
Contudo, a verdade é a verdade onde quer que seja en
contrada. E não existe qualquer razão, portanto, para que
um autor bíblico, na direção do Espírito Santo, não pos
sa utilizar a verdade seja de qualquer fonte em que a
encontrar.
385
R E S PO S TA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Há m u
danças reais no corpo da ressurreição, mas ele não é
transformado em um corpo não físico — um corpo
que seja substancialmente diferente daquele que pos
suímos agora. A semente que vai para o solo gera mais
sementes de mesmo tipo, e não sementes imateriais. E
nesse sentido que Paulo é capaz de dizer: “Não se se
meia [fazer morrer] o corpo como ele será”, uma vez
que é imortal e não pode morrer. A diferença é que o
corpo que é ressuscitado é imortal (1 Co 15.53), e não
um corpo imaterial. Falando do corpo de sua própria
ressurreição,Jesus disse:“Vede as minhas mãos e os meus
pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espí
rito não tem carne nem ossos, como vedes que eu te
n h o ” (Lc 24.39).
O corpo ressuscitado de Jesus, embora transformado
e glorificado, é um corpo de mesma ordem de carne e
ossos que Jesus possuía antes da sua ressurreição. E, uma
vez que os nossos corpos após a nossa ressurreição serão
386
1 CO R ÍN TIO S
387
RE S PO S TA À S SEITAS
1 C O R Í N T I O S 1 5 .4 4 — O corpo da ressurreição é
material ou imaterial?
388
1 C O R ÍN TIO S
C O R P O A N T E R IO R C O R P O P O S T E R IO R
À R E SSU R R E IÇ Ã O Ã R E SSU R R E IÇ Ã O
É terreno (v. 40) É celestial
É perecível (v. 42) É imperecível
/ **
É fraco (v. 43) E poderoso
/
389
R E S P O S T A À S S EI TA S
1 C O R Í N T I O S 1 5 .4 5 — Cristo f o i um espírito
doador de vida após a sua ressurreição, ou Ele p o s
suía um corpo físico?
390
1 C O R ÍN TIO S
C O R R IG IN D O A MÁ IN TERPRETAÇÃO : A frase
“espírito doador de vida” não se refere à natureza do corpo
da ressurreição de Cristo, mas à origem divina da ressurrei
ção. O corpo físico de Jesus voltou à vida pelo poder de
Deus (confira R m 1.4). Então Paulo está se referindo à sua
origem, e não à sua substância flsica.Veja também os nossos
comentários a respeito da passagem em 1 Coríntios 15.44.
Se o term o “espírito” descreve a natureza do corpo
da ressurreição de Cristo, então Adão — com quem Ele
é contrastado — não deve ter tido uma alma, uma vez
que ele é descrito como “da terra... terreno” (v. 47) e,
portanto, feito do pó. Mas a BíbJía claramente diz que
Adão foi feito “alma vivente” (Gn 2.7).
O corpo da ressurreição de Cristo é chamado de “cor
po espiritual” (1 Co 15.44) que, conforme discutido em
1 Coríntios 15.44, é o mesmo termo utilizado por Paulo
para descrever comida material e uma rocha literal (1
Co 10.4). Ele é chamado de “ corpo” (soma), que sempre
significa um corpo físico, quando se refere a um ser hu
mano individual.
Em resumo, o corpo da ressurreição é chamado de
“espiritual” e “espírito vivificante” porque a sua origem
é o reino espiritual, e não porque a sua essência seria
imaterial. O corpo sobrenatural da ressurreição de Cris
to é “do céu”, assim como o corpo natural de Adão era
“terreno” (v. 47). Mas assim como o “terreno” também
possuía uma alma imaterial, aquele que é “do céu” tam
bém possui um corpo material.
391
RES P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : C on
cluir a partir dessa frase que o corpo da ressurreição não
será um corpo de carne, físico, não possui justificativa
bíblica. A própria frase seguinte — que foi omitida nessa
citação — indica claramente que Paulo está se referindo
não à carne como tal, mas a uma carne incorruptível.
Ele acrescenta: “N em a corrupção herda a incorrupção”
(v. 50). Então, Paulo não está afirmando que o corpo da
ressurreição não terá carne, mas está dizendo que não
terá uma carne perecível.
Para convencer os discípulos atemorizados de que Ele
não era um espírito imaterial (Lc 24.37),Jesus lhes disse
enfaticamente: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que
sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não
tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc
24.39). Pedro declarou que o corpo da ressurreição seria
o mesmo corpo de carne que iria para a sepultura, sem
jamais ver a corrupção (At 2.31). Paulo também reafir
m ou essa verdade em uma passagem paralela (At 13.35).
E João infere que negamos a Cristo quando negamos
que ele permanece “na carne” mesmo após a sua ressur
reição (1 Jo 4.2; 2 Jo 7).
Essa conclusão não pode ser evitada através da reivin
dicação de que o corpo da ressurreição de Jesus possuía
carne e ossos, mas não carne e sangue. Porque se Ele
tinha carne e ossos, então era um corpo literal e materi-
392
1 CO R ÍN TIO S
393
CAPÍTULO 29
2 CORÍNTIOS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Muitos
preletores enxergam esse verso como se ele dissesse que
o Espírito Santo é Senhor não no sentido de ser Jesus,
R E S P O S T A À S S EI T A S
396
2 C O R ÍN T IO S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Cristo
não se revestiu da natureza de Satanás, pois Ele, como
397
R E S P O S T A À S S EI T A S
398
2 CO R ÍN TIO S
A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : O texto em 2 Coríntios
8.9 diz: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus
Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre,
para que,pela sua pobreza, enriquecêsseis” . Os ensinadores
da seita Palavra da Fé citam esse verso como base à visão
de que a prosperidade financeira está provida no sacrifí
cio expiatório de Jesus Cristo.
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Se Pau
lo pretendesse dizer que a prosperidade está incluída na
expiação, estaria oferecendo aos coríntios algo que ele
mesmo não possuía naquela ocasião. N a verdade, em 1
Coríntios 4.11, Paulo inform ou a esses mesmos indiví
duos que ele sofria “fome e sede”, “nudez” e que “não
possuía morada certa”. Ele também exortou os coríntios
a que fossem imitadores de sua vida e ensino (1 Co 4.16).
Em 2 Coríntios 8.9, parece claro que Paulo estava se
referindo à prosperidade espiritual, e não à financeira.
Isso está em conformidade tanto com o contexto ime
diato de 2 Coríntios, como também com o contexto
mais amplo dos outros escritos de Paulo. Se a prosperi
dade financeira estivesse incluída na expiação, por exem
plo, deveríamos imaginar por que Paulo informou aos
cristãos filipenses que ele havia aprendido a estar con
tente mesmo tendo fome (Fp 4.11,12). Alguém poderia
pensar que ele pudesse, ao invés disso, reivindicar a pros
peridade prometida na expiação para satisfazer todas as
suas necessidades.
399
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : É ver
dade que existem três “céus” mencionados na Bíblia, mas
esses não são o reino celestial, o reino terrestre e o reino
telestial. As Escrituras revelam que os três céus são o céu
atmosférico (Dt 11.11), o céu estelar (Gn 1.14), e o mais
alto céu onde Deus habita (Is 63.15). E a esse último céu
— o “terceiro céu” — aquele a que Paulo se refere em 2
Coríntios 12.2. Esse terceiro céu é o trono da divina
Majestade, a residência dos santos anjos e a morada para
onde a alma dos santos que partem vai imediatamente
após a morte.
2 C O R Í N T I O S 1 2 .1 5 — O desejo de Paulo de
“gastar-se” pelos coríntios dá suporte à doutrina
católica das indulgências?
400
2 C O R ÍN TIO S
401
R E S P O S T A À S S EI TA S
402
CAPÍTULO 30
GÁ LATAS
A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : A passagem em Gálatas
1.6-8 registra a advertência do apóstolo Paulo contra a
crença em um evangelho diferente. De acordo com os
mórmons, a Igreja Primitiva creu em um falso evange
lho e terminou em uma total apostasia (McConkie, 1977,
334). Isso fez com que fosse necessário uma restauração
da igreja por Joseph Smith.
404
GÁLATAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : O estu
do desse texto mostra que o dogma católico que trata
sobre os méritos de um santo servirem de expiação em
favor de outra pessoa não se justifica.
A passagem não diz que podemos levar a punição
pelos pecados de outra pessoa. Existe aqui solidariedade,
não substituição. Devemos carregar nossa “própria car
ga” (v. 5), e então ajudar a carregar as cargas de nosso
irmão. Mas que não podemos carregar os pecados de
outrem é deixado muito claro apenas dois versos mais
adiante, quando Paulo nos lembra que “tudo o que o
hom em semear, isto também ceifará” (v. 7).
O sacrifício de Cristo sozinho fez a expiação por to
dos os nossos pecados e as suas conseqüências. Esse fato
é deixado claro em várias passagens das Escrituras (con
fira Is 53.1-12;Jo 19.30; Hb 1.3; 10.14,15).
405
R E S PO S TA ÀS SEITAS
nesta vida, o mau karma fará com que ele ou ela sejam
nascidos debaixo de uma condição pior na próxima vida.
EFÉSIOS
C O R R IG IN D O A M Á IN TERPRETAÇÃO : U m cui
dadoso exame desse verso revela que Paulo se refere aqui
somente a crentes; então não existe base para o universa
RE S PO S TA À S SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : A pas
sagem em Efésios 4.3-6 fala sobre lutar para “guardar a
unidade do Espírito” em “um só corpo” . Contudo, é
evidente que o apóstolo não tem em m ente uma unida
de organizacional da igreja cristã, e certamente não o
tipo de organização reivindicada pela igreja católica ro
mana.
Por um lado, de acordo com a tradução católica (NAB),
não se trata de unidade em termos institucionais, uma
vez que Paulo falou da “unidade do Espírito” (v. 3). Ain
408
E F É 5I O S
409
R E S P O S T A À S S EI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TERPRETAÇÃO : Exis
tem duas visões que se referem ao suposto local onde
Jesus esteve durante os três dias em que o seu corpo se
encontrava na sepultura, antes da sua ressurreição.
A visão do Hades: U m a das posições alega que o espí
rito de Cristo foi ao mundo espiritual, enquanto o seu
corpo estava na sepultura. Ali Ele teria talado aos “espí
ritos em prisão” (1 Pe 3.19) que estavam em um lugar
de espera temporária até que Ele viesse e “levasse cativo
o cativeiro” , isto é, que os levasse ao céu. De acordo com
essa visão, existiam dois compartimentos no Hades (ou
sheot) — um para os salvos e outro para os não salvos.
Eles estavam separados por um “ grande abismo” (Lc
16.26) que não podia ser atravessado por ninguém.
A seção para os salvos seria chamada de “ o seio de
Abraão” (Lc 16.22). Quando Cristo, como as “primicias”
da ressurreição (1 Co 15.20), ascendeu aos céus, condu
ziu esses santos do Antigo Testamento aos céus pela pri
meira vez.
A visão celestial: Este ensino diz que.as almas das pes
soas crentes que viveram no tempo do Antigo Testamento
foram diretamente ao céu no m omento em que m orre
ram. Jesus afirmou que seu espírito iria diretamente ao
céu quando declarou: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu
espírito” (Lc 23.46b).Jesus prometeu ao ladrão que esta
va crucificado ao seu lado:“Em verdade te digo que hoje
estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43). “O paraíso” é
definido como “o terceiro céu” em 2 Coríntios 12.2-4.
Quando os santos que viveram por ocasião do Antigo
Testamento partiram desta vida, eles foram diretamente
para o céu. Deus tom ou Enoque para que estivesse com
Ele (Gn 5.24; confira Hb 11.5), e Elias foi arrebatado
para o “céu” quando partiu (2 Rs 2.1).
“O seio de Abraão” (Lc 16.23) é uma descrição do
céu. Em nenhuma ocasião esse lugar jamais foi descrito
410
EFÉ SI OS
411
R E S PO S TA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A MÁ IN TERPRETAÇÃO : De acor
do com Efésios 2.20, a Igreja está edificada “sobre o fun
damento dos apóstolos e dos profetas” . U m a vez que o
412
E FÉSI OS
413
R E S P O S T A À S S EI T A S
414
CAPÍTULO 32
F1 LI PENSES
416
Fl LI PEN SE S
C O R R IG IN D O A MÁ IN T E R PR E T A Ç Ã O : E m bo
ra seja admitido por todos que os incrédulos finalmente
confessarão que Jesus é o Senhor, não há qualquer evi
dência nessa ou em outra passagem de que eles serão
salvos.
Os incrédulos apenas confessarão “que” Jesus é o Se
nhor. Não existe qualquer indício de que eles crerão
“nEle” — o que é necessário para a salvação. Até mes
mo os demônios crêem“que”,mas não crêem “em ” Deus
(Tg 2.19). O simples fato de crer que Jesus é o Senhor
não salvará ninguém; somente crer em Cristo o fará (Tg
2.21-26). Q uanto aos que estiverem “debaixo da terra”
(os perdidos), eles professarão uma mera confissão com a
sua boca. Para que haja salvação, insistiu Paulo, há duas
condições: “Se, com a tua boca, confessares ao Senhor
Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou
dos mortos, serás salvo” (R m 10.9). Os incrédulos não
crêem em seu coração.
Várias outras passagens nas Escrituras ensinam que
muitos estarão perdidos para sempre. Isso inclui o diabo
e os seus anjos (Mt 25.41), a besta e o falso profeta (Ap
19.20), Judas Iscariotes (Jo 7.12), uma multidão de pes
soas não salvas de várias nações (Mt 25.32,41), e todos
aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida
(Ap 20.15).
417
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A MÁ IN TER PR ET A Ç Ã O : As Es
crituras como um todo enfatizam que as obras não têm
nada a ver com a salvação (por exemplo, R m 3.20,28; E f
2.8,9). Por essa razão, o verso não pode ser interpretado
com a idéia de que devemos acrescentar as obras para
podermos alcançar a salvação final. Muitos estudiosos
acreditam que esse verso não trata da certeza da salvação
final para os crentes individualmente, mas entendem que
se trata de salvação coletiva dos membros da igreja em
Filipos, em relação a alguns problemas temporais que a
igreja estava enfrentando. Essa igreja estava sofrendo sob
intensas rivalidades (Fp 2.3,4),perturbações causadas por
judaizantes (Fp 3.1-3) e libertinagens (Fp 3.18,19). Em
conseqüência desses problemas internos que severamente
obstruíam o crescimento espiritual, a igreja filipense como
um todo estava em uma situação de necessidade de “sal
vação”, ou seja, ela precisava lidar com esses problemas e
vencê-los. Se esse tiver sido realmente o cenário, os
filipenses foram conclamados para “trabalhar” (ou “ope
rar”) a sua salvação a respeito desses temas. O termo
grego empregado para “operar” (katergazomaí) indica “tra
zer alguma coisa a uma conclu são ” . Paulo estava
conclamando os filipenses para pôr um fim nos seus pro
blemas internos.
418
Fl LI P ENSES
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR ET A Ç Ã O . Alguns
acreditam que possuir o dom de curas não garante que
uma pessoa possa sempre curar alguém. Em certa oca
sião, os discípulos não puderam curar um jovem posses-
so de demônios (Mat. 17.16). Eles insistem que o dom
de curas não faz com que uma pessoa seja cem por cen
to bem-sucedida, como também o dom de ensinar não
faz com que uma pessoa seja infalível.
Outros insistem que este dom sempre foi desempe
nhado de forma eficaz, observando que Jesus curou o
jovem (Mat. 17.14-20) e repreendeu os discípulos por
não exercerem o poder que lhes fora dado para curar,
por causa de sua incredulidade (w. 17,18). Eles alegam
que o dom de curas foi cem por cento bem-sucedido,
do mesmo modo que alguém com o dom de profecia
jamais pronunciou uma falsa profecia, pois isto seria a
prova de que a pessoa não possuía o verdadeiro dom de
profetizar (confira D t 18.22).
A razão pela qual Epafrodito não foi curado não está
declarada no texto. Mas este também não diz que Paulo
procurou curá-lo e falhou. A partir de qualquer pers
pectiva alegada pela seita Palavra da Fé, a completa cura
física (nesta vida) garantida na obra expiatória de Jesus
419
R E S P O S T A À S S EI T A S
420
CAPÍTULO 33
COLOSSENSES
C O L O S S E N S E S 1 . 1 5 - 1 7 — S e J e s u s é “o
Prim ogênito”, então não f o i Ele o primeiro a ser
criado, e a seguir Ele mesmo criou todas as demais
coisas?
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : O ter
m o “prim ogênito” não contém o significado de “pri
meiramente criado”. Nos tempos bíblicos, esse termo
significava “primeira posição” ou “preem inente”. O rei
Davi foi de fato o último filho nascido a Jessé, contudo
foi chamado de “prim ogênito” pelo fato de ser ele o
filho preeminente (Sl 89.27). Cristo é preeminente por
que Ele é o Criador (Jo 1.3). Além do mais, Jesus não
poderia ser Miguel (considerado o primeiro anjo cria
do) porque Ele mesmo criou todos os anjos (Cl 1.16) e
todos eles o adoram (Hb 1.6).
Também não se justifica a inserção do termo “outras”
no texto de Colossenses 1.16,17.0 fato é que Colossenses
1.16 ensina que Cristo criou “todas as coisas” e, sendo
assim, o próprio Cristo não pode ser alguém que foi
criado. Um a boa referência cruzada é Isaías 44.24, onde
o próprio Deus diz de modo assertivo: “Eu sou o Se
nhor [Yahweh] que faço todas as coisas, que estendo os
céus e espraio a terra por mim mesmo ” (as ênfases foram
adicionadas pelos autores). Se Yahweh fez todas as coisas
por si mesmo e sozinho, é óbvio que Ele não criou pri
meiramente ajesus e, então, todas as demais coisas foram
criadas através dEle. Se Yahweh é chamado de o Criador
422
COLOS SENSES
A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Os ensinadores da seita
Palavra da Fé argumentam que esse verso significa que
Jesus foi “nascido de novo” no inferno, após sofrer ali
durante três dias. “Jesus nasceu novamente — a Palavra
se refere a Ele como o primogênito dentre os mortos —-
e Ele açoitou o dem ônio em seu próprio território
(Copeland, The price o f it ali, 1991).
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Cristo
é o “prim ogênito” no sentido de que Ele tem a preemi-
nência sobre toda a criação. Ele não foi nascido nova
m ente no inferno. N a verdade, Ele jamais precisou ou
precisaria ser nascido novamente por motivo algum (Jo
3.3,6,7).Além do mais, Cristo nunca foi ao inferno, con
forme a nossa discussão a respeito de Efésios 4.9.
42 3
RE S P O S T A ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Paulo
não está falando a respeito de salvação universal, mas da
soberania universal de Jesus Cristo.Toda a autoridade foi
dada a Jesus Cristo nos céus e na terra (Mt 28.18). Pela
virtude de sua morte e ressurreição, Cristo como o últi
mo Adão é Senhor sobre tudo aquilo que foi perdido
pelo primeiro Adão (confira 1 Co 15.45-49).
Observe o contraste entre duas passagens cruciais es
critas pelo apóstolo Paulo.
424
COLOSSENSES
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Em
Colossenses 1.24b, Paulo diz: “Padeço por vós e na mi
nha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu
corpo, que é a igreja;” D e m odo algum essa passagem
defende o dogma católico do purgatório. Esse verso não
significa que o sofrimento expiatório de Cristo não te
nha sido suficiente para liquidar os efeitos tanto eternos
quanto temporais de todos os nossos pecados. E se foi
suficiente, como os próprios católicos dizem acreditar,
então não podemos acrescentar nada à suficiência da
expiação. Se o pudéssemos, o trabalho de Deus não teria
sido necessariamente satisfatório para salvar, o que é uma
noção blasfema que contradiz muitas outras passagens
(por exemplo,Jo 17.4; 19.30; Hb 1.2; 10.14).
Em certo sentido, Cristo ainda sofre após a sua morte.
Jesus disse a Paulo:“ ...por que me persegues?” (At 9.4).
U m a vez que Cristo não estava literalmente na terra para
425
RE S P O S T A À S SEITAS
A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Paulo preveniu em
Colossenses 2.8: “Tende cuidado para que ninguém vos
faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas”. As
4 26
COLOS SENSES
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : A Bí
blia não é mais contrária à filosofia do que um corpo
de conhecimentos talvez seja contrário à religião. N es
sa passagem, Paulo não está se referindo à filosofia, mas
à vã filosofia, quando a ela se refere como “vãs sutile
zas” (v. 8). D e um m odo semelhante, a Bíblia não se opõe
à religião, mas à vã religião (confira T g 1.26,27).
Nesse contexto, Paulo não está falando a respeito da
filosofia em geral, mas a respeito de uma filosofia parti
cular, geralmente entendida como uma forma primitiva
do gnosticismo. Isso é indicado pelo uso do artigo defi
nido (do grego tês). Os termos gregos tês philosophias de
veriam ser traduzidos como “a filosofia” ou “essa filoso
fia” . Paulo estava se referindo a essa filosofia particular
(não a toda filosofia) que havia invadido a igreja em
Colossos, envolvendo o legalismo, o misticismo, e o
ascetismo (confira Cl 2).
O próprio Paulo estava bem treinado nas filosofias
dos seus dias, até mesmo fazendo menção delas periodi
camente (confira At 17.28; T t 1.12). Paulo foi bem -
sucedido na ocasião em que “argum entou” com os filó
sofos na colina de Marte, chegando até mesmo a ganhar
alguns para Cristo (At 17.17,34). Em outra passagem,
ele disse que um bispo deveria ser apto “tanto para ad
moestar com a sã doutrina como para convencer os
contradizentes” (Tt 1.9). Pedro exortou os crentes do
seguinte m odo:“Estai sempre preparados para responder
com mansidão e tem or a qualquer que vos pedir a razão
da esperança que há em vós” (1 Pe 3.15b). N a verdade,
Jesus disse que o maior mandamento é amar a Deus “de
todo o teu pensamento” (Mt 22.37). Em sua forma pura
4 27
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Esse
verso não diz que Jesus apenas possui qualidades divinas;
ao contrário, diz que a absoluta “plenitude [literalmente,
‘a medida completa’, ‘a perfeição’, ‘a totalidade’, ‘a soma
total’] da divindade” habita em Cristo de forma corpo
ral. O verso significa que Cristo tem a própria natureza
de Deus, e é a própria essência da divindade.Tudo aqui
428
COLOSSENSES
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Nesse
verso, o term o “plenitude” significa simplesmente divin
dade. A palavra indica que a plenitude da divindade —
que é a própria essência divina, incluindo todos os atri
butos divinos — habita completamente em Jesus. Esse
verso indica, então, que Jesus é completamente Deus,
mas não diz que Jesus seja a única pessoa que é comple
tamente Deus.
As Escrituras interpretam as próprias Escrituras. E as
Escrituras indicam que na unidade do Deus único (Dt
6.4) existem três pessoas distintas. Cada uma destas três
pessoas é chamada de Deus nas Escrituras. O Pai (1 Pe
1.2), o Filho (Jo 20.28), e o Espírito Santo (At 5.3,4).
Além do mais, cada uma dessas pessoas possui atributos
429
R E S P O S T A À S S EI T A S
430
COLOSSENSES
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Em pri
meiro lugar, é possível que Deus não quisesse que nem
todos os livros divinamente impositivos ou inspirados
fizessem parte da Bíblia. Lucas faz referência a outros
Evangelhos (Lc 1.1), e João afirmou que havia muitas
outras coisas que Jesus fez, e que não estavam registradas
em seu Evangelho (Jo 20.31; 21.25). Simplesmente por
ser um livro citado na Bíblia, não significa que esse per
tença a ela.
Em segundo lugar, há algumas boas razões para acre
ditar que a Epístola de Laodicéia não foi realmente per
dida, mas apenas renomeada. Ela provavelmente é o livro
de Efésios. A passagem de Colossenses 4.16 não se refere
a ela como a Epístola dos Laodicenses, mas a “Epístola
[vinda] de Laodicéia”, seja qual for o nome que essa
carta recebeu. Além do mais, é sabido que Paulo escre
veu a Epístola aos Efésios ao mesmo tempo cm que es
creveu aos Colossenses, enviando-a a outra igreja locali
zada na mesma área geral.
Em terceiro lugar, existem evidências de que o livro
de Efésios não tinha esse título originalmente, mas era
um tipo de carta cíclica enviada às igrejas da Ásia menor.
De fato, alguns manuscritos antigos não possuem a frase
“em Efeso” na passagem de Efésios 1.1. E certamente
estranho que Paulo, após passar três anos ministrando
431
RE S PO S TA ÀS SEITAS
432
CAPÍTULO 34
1 TESSALONICENSES
I T E S S A L O N I C E N S E S 4 . 1 3 — Paulo ensinou a
doutrina do sono da alma?
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : As al
mas tanto dos crentes como dos incrédulos estão consci
entes no período entre a morte e a ressurreição. Os in
crédulos estão em torm ento consciente (veja Mc 9.43-
R E S P O S T A À S S EI T A S
434
1 T E S SALON IC EN SES
435
CAPÍTULO 35
2 TESSALONICENSES
2 T E S S A L O N I C E N S E S 1 .9 — O s homens ímpios
serão aniquilados, ou sofrerão uma punição consci
ente para todo o sempre?
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : O ter
mo “destruição” aqui não significa aniquilação, doutra
sorte não seria uma destruição “eterna” . A aniquilação
dura apenas um instante e está terminada. Para que al
RE SPO ST A ÀS SEITAS
438
2 TESSALON IC ENSES
439
R E S P O S T A À S S EI T A S
2 T E S S A L O N I C E N S E S 2 . 1 5 — 0 apóstolo P au
lo, nesta passagem , está negando a doutrina protes
tante da sola Escriptura ( “somente a Bíblia ”), quan
do afirma a necessidade de tradições verbalmente
transmitidas?
440
2 TESSALONICENSES
441
R E S P O S T A À S S EI T A S
442
2 TE S SA LO N IC EN S E 5
443
R E S P O S T A À S S EI T A S
444
2 TESSALON IC ENSES
4 45
R E S PO S TA ÀS SEITAS
446
CAPÍTULO 36
1 T IM Ó TE O
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Essa
passagem não contempla orações em favor dos mortos.
Paulo admoestou os crentes a que orassem pelos vivos,
isto é, “pelos reis e por todos os que estão em eminên
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : Se Jesus
como mediador não pode ser Deus, então, pela mesma
lógica, Ele não pode ser homem. Esse raciocínio é clara
mente equivocado. Da perspectiva bíblica,Jesus pode fazer
a mediação entre Deus e o hom em precisamente por
que Ele é tanto Deus como homem. Foi somente como
um hom em que Cristo foi capaz de representar toda a
humanidade e m orrer como um homem. Contudo, vis
to que Cristo também era Deus, a sua morte teve um
infinito valor, suficiente para prover a redenção pelos
pecados de toda a espécie humana (veja H b 2.14-16;
9.11-28). Desse modo, somente a m orte do perfeito
Deus-hom em é capaz de verdadeiramente fazer a medi
ação entre Deus e a humanidade pecadora.
448
1 T IM Ó T E O
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Em bo
ra esse verso fale de apostasia, não significa uma total
apostasia de toda a Igreja. Observe que o texto não diz,
“nos últimos tempos todos apostatarão da fé”.Antes diz:
“alguns apostatarão da fé”.
A apostasia a que se refere a passagem de 1 Tim óteo
4.1-3 é uma espécie particular de apostasia relativa ao
dualismo gnóstico. Essa escola de pensamento diz que o
espírito é bom e que a matéria é maligna. Aparentemen
te, havia alguns falsos ensinadores que acreditavam que
todos os apetites relativos ao corpo (material) — inclu
indo sexo e comida — eram malignos e deveriam ser
evitados. Por essa razão, esses falsos ensinadores proibiam
as pessoas de se casarem, e ordenavam que se abstivessem
de certas comidas. A apostasia a que Paulo se referiu acon
teceu especificamente nos dias de Timóteo (observe o
uso do tempo presente nos vv. 2,3). A frase “últimos tem
pos” frequentemente significa o período que tem início
com a primeira vinda de Cristo (confira At 2.16,17; Hb
1.1,2), estendendo-se à sua segunda vinda (2 Pe 3.3,4)
ou a qualquer era nesse período.
Mesmo que essa fosse uma referência a uma apostasia
final de toda a igreja, não seria por isto justificável que os
m órmons reivindicassem que o texto da Bíblia tenha
sido corrompido, ou que o mormonismo seja a verda
deira restauração da igreja do Novo Testamento.
449
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : A ins
trução de Jesus: “Vende tudo o que tens, dá-o aos po
bres” (Mt 19.21) foi dirigida a um jovem rico que havia
feito do dinheiro o seu deus. Não há nada errado em
possuir riquezas — mas é errado ser possuído pelas ri
quezas. Deus abençoou Abraão e Jacó com grandes ri
quezas, e o apóstolo Paulo não ensina aos ricos que doem
tudo aquilo que possuem, mas que utilizem e desfrutem
de suas bênçãos (1 T m 6.17,18).
Além do mais, não há qualquer indicação de que os
primeiros discípulos em Atos dos Apóstolos tenham sido
admoestados a vender tudo que possuíam, ou mesmo
que todos eles fizeram isto. As propriedades que eram
vendidas (At 4.34,35) devem ter sido propriedades ex
tras. Deve-se observar que a narrativa não diz que eles
venderam as casas onde moravam.Veja neste livro a nos
sa discussão a respeito de Atos 2.44,45.
Paulo não está dizendo que o dinheiro é maligno,
mas apenas que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os
tipos de males. A busca de riquezas para satisfazer a si
mesmo é errada, mas não há erro em procurar ter algo
para compartilhar com outros em necessidade. Deus
“abundantemente nos dá todas as coisas para delas go
zarmos”, mas também nos adverte a não colocar a “es
perança na incerteza das riquezas” (1 T m 6.17).
450
CAPÍTULO 37
2 T IM Ó T E O
2 T I M Ó T E O 1 . 18 — A oração de Paulo em fa v o r
de Onesíforo apóia a doutrina católica de orar a
fa vo r dos mortos?
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : O fato
de Paulo ter orado para que Deus tivesse misericórdia de
Onesíforo no dia de sua recompensa não apóia de modo
R E 5 PO S TA ÀS S E I T A S
452
2 T IM Ó T E O
453
R E S P O S T A À S S EI T A S
454
2 T IM Ó T E O
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Q uan
do Paulo fala de ser “oferecido [como oferta] por asper-
são de sacrifício”, ele está se referindo à sua m orte como
mártir. Não há nada nessa passagem a respeito do purga
tório, indulgências, orações em favor dos mortos, ou
qualquer outra coisa que reforce a doutrina católica de
um tesouro de méritos, com o qual se contribui através
de boas obras, e do qual aqueles que estão no purgatório
podem se beneficiar.
Esse dogma católico é biblicamente infundado e con
trário à doutrina bíblica da salvação pela graça através da
fé (R m 3.28; 4.5;E f2.8,9;T t 3.5,6). O conceito de seres
humanos ajudando a fazer a expiação por pecados de
outros seres humanos contradiz a completa suficiência
da m orte de Cristo. Em relação ao seu trabalho redentor
pela nossa salvação, Jesus disse na cruz: “Está consuma
do” (Jo 19.30; 17.4). Porque “com uma só oblação, aper
feiçoou para sempre os que são santificados” (Hb 10.14).
455
CAPÍTULO 38
TITO
A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : As Testemunhas de Jeová
traduzem esse verso de tal modo, que fazem parecer que
duas pessoas estão contempladas nesse verso — o “gran
de D eus” (o Pai), e o “Salvador” (Jesus Cristo). Argu
mentam que esse verso “claramente diferencia [Deus e]
Jesus Cristo, aquele através de quem Deus provê a salva
ção” (Reasoningfrom the Scripturcs, 1989, pág.421).
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Os
gramáticos gregos nos dizem que quando dois substan-
R E S P O S T A À S SEI TAS
F ILEM O M
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : A es
cravatura não é nem ética e nem bíblica; e nem as ações
R E S PO S TA ÀS SEITAS
460
Fí L E M O M
461
CAPÍTULO 4 0
HEBREUS
A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : A passagem em Hebreus
1.3 diz a respeito de Jesus: “O qual, sendo o resplendor
da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, (...)
havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos
pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas”.
Os mórmons pensam que este verso indica que Deus, o
Pai, possui um corpo físico. Afinal de contas, Jesus (que
possui um corpo físico) é a “expressa imagem” do Pai.
Além do mais, Jesus sentou-se (literalmente) à “mão di
reita” do Pai (Talmage, 1982,42).
RESPO STA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : O ensi
no uniforme das Escrituras é que Deus é espírito (Jo
4.24).E um espírito não possui carne e ossos (Lc 24.39).
Portanto é errado pensar em Deus como um ser físico.
Mas se Deus é espírito, como é que devemos inter
pretar as referências nas Escrituras a respeito da “mão
direita” de Deus? Isso não significa que o Pai tenha par
tes físicas. Antes, de acordo com o pensamento judaico, a
“mão direita” refere-se metaforicamente a um lugar de
honra. Cristo teve a suprema honra como o Senhor triun
fante que ressuscitou dos mortos.
O fato de Cristo ser a “expressa imagem” de Deus,
não significa que o Pai tenha um corpo físico. Antes,
significa que Cristo é completamente Deus — tanto
quanto o Pai o é. A glória de Deus se irradia a partir de
Jesus porque Ele é o Deus da glória. Pelo fato de Jesus
ser a exata representação de Deus, Ele pôde dizer: “Quem
me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.9).
Finalmente, os mórmons falham em termos de reco
nhecer que Jesus, em forma de carne humana, é uma pes
soa com duas naturezas — uma natureza divina e uma na
tureza humana. Jesus, em forma humana, é completamente
Deus 0o 1.1; 8.58; 20.28) e completamente homem (Jo
1.14;Rm 8.3; lT m 3.16; 1 Jo 4.2;2Jo 7).Em sua natureza
divina, Jesus era (e é) espírito (Jo 4.24). Em sua natureza
humana,Ele possuiu um corpo (Jo 1.14). O Pai — que em
sua natureza divina é espírito (como Jesus também o é em
sua natureza divina) — jamais assumiu a forma humana
(como Jesus fez), e portanto não possui um corpo humano
como Jesus possuiu. E, portanto, correto dizer que em rela
ção à natureza divina de Jesus, Ele é a “expressa imagem” de
Deus, porque Ele é Deus tanto quanto o Pai.
464
HEBREUS
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : Em pri
meiro lugar, Jesus é sempre visto sendo adorado (e não
apenas tendo obediência a Ele demonstrada) nas Escri
turas. Em Mateus 14.33, por exemplo Jesus aceita a ado
ração dos seus discípulos no mar da Galiléia. Novam en
te, em Marcos 14.3-9, Jesus aceita a adoração de uma
mulher que o unge com um perfume de alto preço. Deve-
se observar que Jesus sempre aceitou tais atos de adora
ção como perfeitamente apropriados (Mt 28.9;Jo 9.38).
Sabendo-se que somente Deus deve ser adorado (Ex
20.5), Jesus nem sequer uma vez corrigiu a qualquer
pessoa que se prostrou diante dEle em adoração.
Em segundo lugar, exatamente o mesmo term o gre
go que é utilizado referindo-se à adoração ao Pai
(proskuneo,jo 4.24), é utilizado referindo-se à adoração a
Jesus (Mc 14.3-9).
N ão existe n en h u m a justificativa para tradu zir
proskuneo como “adoração” em contextos que se refe
rem ao Pai, e traduzir proskuneo como “obediência” em
contextos que se referem a Jesus. Em ambos os casos, o
significado claro deste term o é adoração.
Em terceiro lugar, no livro de Apocalipse,Jesus é visto
recebendo exatamente o mesmo tipo de adoração que é
recebida pelo Pai (compare Ap 4.10 com A p 5.11-14).
Então, a referência em Hebreus 1.6 claramente aponta
para Cristo sendo adorado — e não recebendo uma de
465
RE S PO S TA ÀS SEITAS
466
HEBREUS
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : Este
verso não indica que a fé seja de fato a essência para a
criação do mundo. O termo grego empregado para “fun
dam ento”, ou “essência”, na versão King James da Bíblia
(em inglês), é hypostasis, e literalmente significa “segu
rança”,“confiança”,“expectativa confiante”, ou “ter cer
teza”. Portanto, Hebreus 11.1 ensina que a fé é a certeza
ou a garantia de que Deus fará conforme as suas pro
messas. A nossa esperança para essas coisas é a certeza na
pessoa de Deus com fé (2 Pe 1.4).
A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : A passagem em Hebreus
11.3 diz:“Pela fé, entendemos que os mundos, pela pala
vra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que
se vê não foi feito do que é aparente”. Os ensinadores da
seita Palavra da Fé dizem que este verso significa que
Deus criou o mundo por meio de sua própria fé. Por
tanto Deus é um ser de fé (Copeland, Spirit, soul, and
body, 1985, fita de áudio). E os cristãos podem com cer
teza ter esse mesmo tipo de fé que há em Deus para
realizar milagres hoje.
467
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : C on
forme o contexto claramente revela, tudo o que a passa
gem em Hebreus 11.3 diz é que os seres humanos, atra
vés da fé, compreendem que Deus criou o mundo. Em
outras palavras, não foi Deus que exerceu a fé com a
finalidade de criar o mundo. Antes, Deus criou o mundo
pelo seu soberano poder (Gn 1,2; Jo 1.3; Cl 1.16) e o
nosso entendimento desse fato repousa sobre a fé. O nosso
entendimento deve obrigatoriamente depender da fé,
porque nenhum de nós estava presente na ocasião para
testemunhar esse milagre.
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Mes
mo que este verso fizesse alusão à Apócrifa, não se tra
taria de uma citação a ela. Não existem no NovoTesta-
468
HEBREUS
469
RE S P O S T A ÀS SEITAS
T IAG O
A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : Em Tiago 1 .5 lemos:“E,se
algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que
a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-
lhe-á dada” . Os mórmons apelam para este verso, pedin
do às pessoas que orem a respeito do Livro de M órm on
para que saibam se ele é verdadeiro (veja M oroni 10.4,5,
O Livro de Mórmon ).
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : A in
terpretação m órm on “em purra” este verso para fora de
R E S P O S T A À S S EI TA S
472
T IA G O
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Tiago
não está falando da justificação diante de Deus mas antes
da justificação diante das outras pessoas. Isso é indicado
pelo fato de Tiago ter enfatizado que devemos “mostrar”
a nossa fé (2.18). A nossa fé deve ser algo que possa ser
visto pelos outros em nossas “obras” (vv. 18-20). Além do
mais,Tiago reconheceu que Abraão foi justificado dian
te de Deus pela fé, e não pelas obras, quando disse: “E
creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado com o
justiça” (v. 23). Q uando ele acrescenta que Abraão foi
“justificado pelas obras” (v. 21), ele está se referindo àquilo
que Abraão fez e que podia ser visto pelos homens, isto
é, oferecer o seu filho Isaque sobre o altar (w. 21,22).
Tiago escreveu com alguma extensão a respeito da
justificação diante de um m undo observador. O apósto
lo Paulo sempre falou mais freqüentemente acerca da
justificação diante de Deus. Paulo declarou: “Mas, àque
le que não pratica, porém crê naquele que justifica o
ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça” (R m 4.5). E
“não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas,
segundo a sua misericórdia, nos salvou” (Tt 3.5). “Por
que pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem
de vós; é dom de Deus. N ão vem das obras, para que
ninguém se glorie” (Ef2.8,9).
Enquanto Paulo está enfatizando a raiz da justificação
(que é a fé),Tiago está enfatizando o fruto da justificação
(que são as obras). Mas tanto Paulo como Tiago reconhe
cem os dois lados dessa questão. Imediatamente após afir
mar que “pela graça sois salvos, por meio da fé” (Ef 2.8,9),
473
R E S P O S T A À S S E I TA S
PAULO TIAGO
Justificação diante Justificação diante
de Deus dos homens
A raiz da justificação O fruto da justificação
Justificação pela fé Justificação da fé
pelas obras
A fé como produtora As obras como prova
das obras da fé
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : O tema
sobre o qual Tiago está escrevendo nesta passagem é o
poder e persuasão da língua humana, com os seus conse
474
TIA C O
475
R E S P O S T A À S S E I TA S
476
TIA G O
477
CAPÍTULO 42
1 PEDRO
480
1 PEDRO
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : Um a
pessoa não deveria crer em algo sem primeiramente in
quirir se trata-se de um objeto digno de fé. Por exemplo,
poucas pessoas se submeteriam a uma séria cirurgia m é
dica, conduzida por uma pessoa totalmente desconheci
da que elas não tivessem nenhum a razão para considerar
mais do que um charlatão. Semelhantemente, Deus tam
bém não nos convida a exercer a nossa fé às cegas. U m a
vez que Deus é o Deus da razão (Is 1.18), e uma vez que
Ele nos criou como seres racionais à sua imagem (Gn
1.27; Cl 3.10),Ele quer que nós prestemos bastante aten
ção antes de nos movermos. N enhum a pessoa racional
entraria em um elevador, sem primeiro olhar para ver se
existe ali um piso. Semelhantemente, Deus deseja que
possamos dar nossos passos de fé à luz das evidências,
mas não um salto de fé na escuridão.
A Bíblia está repleta de exortações do uso de nossa
razão. Jesus ordenou, “Amarás o Senhor, teu Deus, de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento” (Mt 22.37). Paulo acrescentou: “Tudo o
que é verdadeiro, (...) nisso pensai” (Fp 4.8). Paulo tam
bém “disputava” com os judeus (At 17.17), e com os
filósofos na colina de Marte (vv. 22,23), ganhando al
guns para Cristo (v. 34). Os bispos foram instruídos a
serem poderosos para “convencer os contradizentes.” (Tt
1.9). Paulo declarou que ele foi “posto para defesa do
evangelho” (Fp 1.16). Judas nos admoestou a “batalhar
481
R E S P O S T A À S S E I TA S
pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3). E Pedro
ordenou: “Estai sempre preparados para responder com
mansidão e tem or a qualquer que vos pedir a razão da
esperança que há em vós” (1 Pe 3.15).
1 P E D R O 3 .1 8 — Jesus f o i ressuscitado em um
corpo espiritual ou em um corpo físico?
482
1 PEDRO
483
R E S P O S T A À S S E I TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : As pas
sagens mais difíceis de serem compreendidas — como
esta — devem ser interpretadas de acordo com as passa
gens mais claras das Escrituras. A Bíblia é clara quando
mostra que não existe uma segunda chance após a m or
te (Hb 9.27). O livro de Apocalipse registra o julgam en
to do grande trono branco, no qual aqueles cujos nomes
não forem encontrados no livro da vida serão enviados
para o lago de fogo (Ap 20.11-15). Lucas nos informa
que, uma vez que uma pessoa morre, ela vai para o céu
(para o seio de Abraão) ou para o inferno, e existe um
grande abismo entre esses, “de sorte que os que quises
sem passar” de um lado para outro não poderiam fazê-lo
(Lc 16.26). A completa urgência em responder a Deus
nesta vida antes de morrermos dá suporte adicional ao
fato de não existir qualquer esperança após a sepultura
como segunda chance (confira Pv 29.1;Jo 3.36; 5.24).
Agora é o dia da salvação (2 Co 6.2).
Existem maneiras de compreender que esta passa
gem não envolve uma segunda chance de salvação apos
a morte. Alguns reivindicam que Jesus não ofereceu
qualquer esperança de salvação a esses “espíritos cm
prisão” . O texto não diz que Cristo evangelizou, mas
simplesmente que Ele proclamou a eles a vitória da sua
ressurreição. Insistem não haver nada declarado nesta
passagem a respeito de pregar o Evangelho às pessoas
no inferno. Em resposta a essa visão, outros observam
que no próprio capítulo seguinte (4.6) Pedro, esten
dendo esse assunto, diz:“Foi pregado o evangelho tam
484
1 PEDRO
48 5
R E S P O S T A À S S E I TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : As Es
crituras não apresentam em nenhuma passagem uma es
perança para uma segunda chance de salvação após a
morte. A m orte é final, existindo apenas dois destinos —-
céu e inferno, entre os quais existe um grande abismo
que ninguém é capaz de transpor (veja os nossos co
mentários a respeito da passagem em 1 Pe 3.19). Portai v
to, seja qual for o significado de pregar aos “m ortos” , ele
não implica em que uma pessoa possa ser salva depois de
morrer. Esta é uma passagem não muito clara, sujeita a
diferentes interpretações, e nenhuma doutrina deveria
ser baseada em uma passagem que pudesse gerar inter
pretações ambíguas. Os textos de difícil compreensão
deveriam ser interpretados à luz dos textos mais claros.
E possível que este verso se refira àqueles que agor.t
estão mortos, e que ouviram o Evangelho enquanto es
tiveram vivos. A favor desta visão, cita-se o fato que o
Evangelho “foi pregado” (no passado) àqueles que “es
tão m ortos” (agora, no presente). Alguns acreditam que
essa não deva ser uma referência a seres humanos, mas .i
“espíritos em prisão” (anjos), mencionados em 1 Pedro
3.19 (2 Pe 2.4 e Gn 6.2). Outros ainda reivindicam que,
486
1 PEDRO
48 7
CAPÍTULO 43
2 PEDRO
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : O ter
mo “perdição” (apoleia) significa simplesmente perecer
ou arruinar-se. N a passagem em 2 Pedro 3.7 ele é utili
zado no contexto de julgamento, que é um term o que
implica em consciência. O fato de dizer-se que os ímpios
irão ã “perdição” (2 Pe 3.7) e Judas ser chamado de “fi
lho da perdição” (Jo 17.12) não significa necessariamen
te que eles serão aniquilados. Sucata de automóveis pe
recem no mesmo sentido de terem sido arruinadas. Mas
eles continuam ainda sendo automóveis, estando arrui
nados como estejam, permanecendo ainda no pátio do
ferro velho. Nessa conexão Jesus falou do inferno como
sendo um pátio de ferro velho ou um depósito de lixo,
onde o fogo jamais se apaga, e onde o corpo ressurreto
de uma pessoa jamais se consome (veja Mc 9.48).
Jesus falou várias vezes sobre as pessoas no inferno,
como estando em contínua agonia. Ele declarou que “os
filhos do R eino serão lançados nas trevas exteriores; ali,
haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 8.12; confira 22.13;
24.51; 25.30).Mas um lugar de pranto é obviamente um
lugar de tristeza consciente. Aqueles que não estão cons
cientes não pranteiam.Veja os nossos comentários a res
peito de 2 Tessalonicenses 1.9.
CAPÍTULO 44
1 JOÃO
492
1 JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : É ver
dade que este verso praticamente não tem suporte entre
os manuscritos gregos iniciais, embora ele seja encontra
do nos manuscritos em latim. A aparição deste verso nos
últimos manuscritos gregbs está baseada no fato de
Erasmo ter sido colocado sob forte pressão eclesiástica
para que o incluísse em seu Novo Testamento Grego,
datado de 1522, om itindo-o em suas duas edições ante
riores, de 1516 e 1519, pois ele não pôde encontrar ne
nhum manuscrito grego que o contivesse.
A inclusão deste verso na Bíblia em latim, provavel
mente tenha se originado da incorporação de um co
mentário adicional (uma nota explicativa) ao texto, por
um escriba, quando este copiava o manuscrito do livro
de 1 João. Mas o fato de incluí-lo no texto viola pratica
mente todas as regras da censura textual. Mesmo a Nova
Versão King James, que geralmente costuma reter as mais
amplas leituras e as passagens mais disputadas (veja Mc
16.9-20 e Jo 7.53, 8.11), traz um comentário na mar
gem que diz que esta é “um a passagem encontrada em
apenas quatro ou cinco manuscritos gregos muito re
centes” .
Simplesmente pelo fato de esse único verso não ter o
embasamento dos manuscritos, não significa que a dou
trina da Trindade não seja verdadeira. U m grande nú
mero de outras passagens que possuem inegáveis lugares
nos manuscritos das Escrituras dão suporte a que se esta
beleça que: 1) Existe somente um único Deus verdadei
ro; 2) H á três Pessoas que são Deus, e 3) Existem três
Pessoas formando uma unidade em Deus, um único Deus.
Veja neste livro os nossos comentários sobre as passagens
em Isaías 9.6; Mateus 28.18-20; 2 Coríntios 13.13.
493
R E S P O S T A À S S EI T A S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : É ób
vio que água e sangue não são pessoas. São personifica
dos como testemunhas. Mas isso não significa que o Es
pírito Santo não seja uma pessoa.
N a ocasião em que o livro de 1 João foi escrito, um
grupo de gnósticos acreditava que aquilo que o movi
m ento da Nova Era chama de “Cristo Cósmico” veio
sobre um Jesus humano logo após o seu batismo. Segun
do eles, o Cristo partiu antes de sua crucificação. O tex
to em 1 João 5.6-8, com as sua três “testemunhas”, prova
o contrário do que diz essa doutrina herética. Tanto a
água (representando o batismo de Jesus), como o sangue
(representando a sua crucificação), agem como testemu
nhas metafóricas do fato de que Jesus, o Cristo, experi
m entou tanto o batismo quanto a m orte por crucifica
ção. O Espírito Santo é a terceira testemunha testificando
esse fato. De acordo com a lei judaica, três testemunhas
são necessárias para o estabelecimento da verdade em
relação a um tema (Dt 19.15).
O Espírito Santo é retratado como uma pessoa atra
vés das Escrituras como um todo. O Espírito Santo pos
sui atributos de personalidade — Ele tem a sua própria
m ente (1 Co 2.10,11), emoções (Ef 4.30) e vontade (I
Co 12.11). O Espírito Santo é visto realizando, nas lis
crituras, muitas coisas que somente uma pessoa é cap.i/
de realizar — Ele ensina àqueles que crêem (Jo H.2í>).
494
1 JOÃO
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : A pas
sagem em 2 João 10 não proíbe cristãos de receber em
sua casa adeptos de seitas, com a finalidade de testemu
nhar a esses. Antes, essa é uma proibição contra o ato de
dar aos adeptos de seitas um palanque, a partir do qual
eles possam ensinar falsas doutrinas.
RE S PO S TA ÀS SEITAS
498
2 JOÃO
499
CAPÍTULO 46
3 JOÃO
C O R R IG IN D O A MÁ IN T E R PR E T A Ç Ã O : O ter
mo grego empregado para “prosperes” ou para a frase
“que te vá bem ”, nesse verso, não se refere à prosperida
de financeira mas simplesmente significa “ir bem com
R E S P O S T A À S S E I TA S
502
CAPÍTULO 47
APOCALIPSE
A M Á IN T E R PR E T A Ç Ã O : A passagem em Apocalipse
1.7 diz:“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá,
até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da
terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!”. As Teste
munhas de Jeová argumentam que assim como um avião
nas nuvens é invisível às pessoas que estão na terra, do
mesmo m odo a vinda de Cristo “com as nuvens” signi
fica um evento que é invisível. Somente aqueles que pos
suem “os olhos do entendim ento” perceberão que essa
vinda já teve lugar em 1914 (Reasoningfrom the Scriptures,
1989, pág. 343).
R E S P O S T A À S SEI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TERPRETAÇÃO : A pas
sagem em Apocalipse 1.7 declara explicitamente que todo
olho na terra de fato (e não apenas espiritualmente) verá
Cristo vindo em glória. O termo grego empregado para
“ver” (horao) significa literalmente “ver com os olhos,
uma visão física do corpo” . Não existe nenhuma possi
bilidade de que o significado deste verso seja “alguém
enxergar com os olhos do entendimento” . Uma boa re
ferência cruzada é Mateus 24.30, que diz: “Então, apare
cerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos
da terra se lamentarão e verão o Filho do H om em vindo
sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (as
ênfases foram adicionadas). Assim como Cristo ascen
deu ao céu corporal e visivelmente, do mesmo modo
Ele virá novamente (At 1.9-11).
A P O C A L I P S E 1 .8 — Jesus é o “Alfa e o Ô m eg a”
mencionados neste verso?
C O R R IG IN D O A M Á INTERPRETAÇÃO : Existem
duas fortes razões para considerar essas passagens como
referências a Cristo e, por essa razão, como provas de sua
divindade. Em primeiro lugar, a passagem em Apocalip
se 1.7 fala de alguém que foi “traspassado” e que “vem” .
E obvio que esse que vem deve ser Jesus, uma vez que
Ele (e não o Pai) foi traspassado na ocasião em que lõi
pregado na cruz. O verso 8 então nos diz que Deus é
aquEle que “vem” . AquEle a quem os dois versos se re
ferem como “vindo” é Deus, e aquEle que foi traspassa
do só pode ser Jesus Cristo.
504
APOCALIPSE
C O R R IG IN D O A M Á IN TE R PR E T A Ç Ã O : O ter
mo grego archê, traduzido como “princípio” neste verso,
traz nesta passagem o sentido de “aquele que começa”,
“origem ”, “fonte”, ou “causa fundamental” . O termo
“arquiteto” é derivado de archê. Este verso diz que Jesus
é o arquiteto de toda a criação (vejajo 1.3; Cl 1.16; Hb
1.2; confira Is 44.24).
Além disso, o mesmo term o,“princípio”, é aplicado a
Deus, o Pai, em Apocalipse 21.4-6. Não é possível que
esse termo signifique um ser criado, pois nesse caso Deus,
o Pai, também seria uma criatura, o que as próprias Tes
temunhas de Jeová rejeitam. Portanto, “princípio” deve
ser compreendido no sentido absoluto de “o iniciador”,
ou “a fonte de todas as coisas” .
505
R E S P O S T A À S S E I TA S
C O R R IG IN D O A M Á INTERPRETAÇÃO: Nada po
deria ser tão distante da verdade quanto este ensino a res
peito da “Morada Maçônica”. O Cordeiro a quem o livro
de Apocalipse refere-se é aquEle que foi morto em favor da
506
APOCALIPSE
507
R E S P O S T A À S S E I TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : As I s
crituras ensinam que todos aqueles que crêem em Jesus
Cristo podem esperar com grande empolgação um des
tino celestial, e não apenas um seleto grupo de 144.000
pessoas (veja E f 2.19; Fp 3.20; Cl 3.1; H b 3.1; 12.22; 2 Pe
1.10,ll).Jesus afirmou que todos os crentes estarão jnn
tos em “um só rebanho” e sob os cuidados de “um sú
Pastor” (Jo 10.16). Não haverá dois “rebanhos” — um
na terra e outro no céu.
Em segundo lugar, existem muito boas razões p.iu
interpretar este verso literalmente — c o m o referii id<> se
508
APOCALIPSE
509
RE S PO S TA ÀS SEITAS
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : A “mu
lher” não representa Maria, mas antes a nação de Israel.
Para essa mulher existe um lugar preparado:“E a mulher
fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por
Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos
e sessenta dias” (Ap 12.6), durante o período da tribula
ção (confira Ap 11.2,3).
Cristo, e não a “m ulher”, foi “arrebatado para Deus e
para o seu trono” (Ap 12.5). E pura eisegese (ler um
510
APOCALIPSE
A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : A lguns estu d io so s
adventistas acreditam que João predisse nesta passagem a
restauração da guarda do sábado. “N ós acreditamos qv\e
a restauração da guarda do sábado é indicada na profecia
bíblica que está em Apocalipse 14.9-12. Crendo sincera
mente nisso, consideramos a observância ao sábado como
um teste da nossa lealdade a Cristo como Criador e R e
dentor” (Seventh-day adventists answer questions on doctrine,
1957, pág. 153; citada em Martin, 430). Porque “nos úl
timos dias o teste do sábado será pleno. Q uando esse
tempo chegar, todo aquele que não guardar o sábado
receberá a marca da besta e será excluído do céu ” (W hite,
1911,449).
C O R R IG IN D O A MÁ IN T E R PR E T A Ç Ã O : N ão
existe nenhum a indicação de que se deva guardar o sá
bado, neste ou em qualquer outro texto contido no Novo
Testamento (veja os nossos comentários a respeito de At
17.1-3). O termo “sábado” nem sequer ocorre no livro
de Apocalipse.
A referência a judeus fugindo no sábado em Mateus
24.20 é descritiva, e não prescritiva. Ela simplesmente
refere-se ao fato de que os judeus observarão o sábado
511
R E S P O S T A À S SEI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : Embo
ra Satanás tenha grandes poderes espirituais, existe uma
gigantesca diferença entre o poder do diabo e o poder
de Deus. Em primeiro lugar, Deus é infinito em poder
(onipotente); o diabo e os demônios são finitos e limita
dos. Em segundo lugar, somente Deus é capaz de criar
vida (Gn 1.1,21; D t 32.39); o diabo não é capaz disto
(confira Ex 8.19). Somente Deus é capaz de ressuscitar
os mortos (Jo 10.18;Ap 1.18); o diabo não é capaz disto,
embora tenha dado “fôlego” (animação) à imagem idó
latra do anticristo (Ap 13.15).
O diabo tem grande poder para enganar as pessoas
(Ap 12.9), para oprimir aqueles que se rendem a ele, c
até mesmo para os possuir (At 16.16). Ele é um mestre
em magia e um super cientista. E com o seu vasto co
nhecimento a respeito de Deus, do hom em e do univer
512
APOCALIPSE
C O R R IG IN D O A M Á IN TER PR ET A Ç Ã O : A utili
zação desta passagem pelos católicos romanos para dar
suporte à sua doutrina das indulgências constitui uma
interpretação literal de uma figura simbólica. Isso é mos
513
R E S P O S T A À S S E I TA S
514
APOCALIPSE
C O R R IG IN D O A MÁ IN T E R PR E T A Ç Ã O : A pas
sagem em Apocalipse 19.20, declara: “E a besta foi presa
e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais
com que enganou os que receberam o sinal da besta e
adoraram a sua imagem. Esses dois foram lançados vivos
no ardente lago de fogo e de enxofre”. E a passagem em
Apocalipse 20.10 acrescenta:“E o diabo, que os engana
va, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a
besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atorm en
tados para todo o sempre”. N ão existe qualquer evidên
cia de que alguém será libertado da punição do lago de
fogo. De fato, existe embasamento claro nestas passagens
paia o ensino da punição eterna.
1 Apenas alguns versos adiante lemos que “aquele que
não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no
lago de fogo” (Ap 20.15). Não existe nem sequer uma
sugestão de que eles serão libertados desse eterno lago
de fogo.
A única ocasião para arrependimento é antes da m or
te. A passagem em Hebreus 9.27 declara que “aos ho
mens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois
disso, o juízo”. Lucas 16.26 fala que “está posto um grande
abismo” entre o céu e o inferno, de modo que ninguém
é capaz de passar de um lado para o outro.
A Bíblia diz que a punição de todos os incrédulos
será eterna. Paulo escreveu a respeito de “quando se
manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do
seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança
515
R E S P O S T A À S SEI TA S
C O R R IG IN D O A M Á IN T E R P R E T A Ç Ã O : A
injunção contida em Apocalipse 22.18 refere-se ao
ato de acrescentar ou retirar algo do livro de Apoca
lipse. Joseph Smith violou espalhafatosamente ess.i
injunção, pois ele tanto adicionou como subtraiu do
livro de Apocalipse. Smith fez alterações no texto bí
blico, e produziu a chamada “Versão inspirada” da Bí
blia. U m exemplo é Apocalipse 5.6, onde Smith mu
dou a versão original, que diz: “E tinha sete pontas e
sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados
a toda a terra” , para a sua própria versão que diz: “ lí
tinha doze pontas e doze olhos, que são os doze ser
vos de Deus enviados a toda a terra” .
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Í N D I C E DAS PASSAGENS
DAS ESCRITURAS
G E N E S IS 3 .7 36 17 .1 8,21 67
1 342 3 .1 0 438 18.2 41, 42
1.1 107, 298 3.15 206 18.8 251
1 .1 ,2 6 ,2 7 32 3 .1 5 a 38 18.20 43
1.1 ,2 27 3 .17 36 1 9.7 43
1.1,21 512 3 .1 9 36, 95 19.8 4 2 , 4 3 , 6 8 , 1 3 8 ,
1.2 27, 29, 220 3 .2 0 239 139
1.14 400 4 .1 ,2 5 38, 43 19 .8b 42
1 .26 2 9 , 3 0 , 1 0 6 , 2 4 8 , 4 .1 9 -2 3 84 2 0 .1 -1 8 239
270 4.23 84 21.1 2 67
1 .2 6 ,2 7 31, 32, 33, 126 4 .2 6 193 22 58
1 .2 6 -2 8 374 5.2 214 26 509
1 .2 6 -3 0 356 5 .24 410, 434 3 2 .24 251
1.27 8 4 , 3 2 3 , 4 3 8 , 4 3 9 , 5.3 333 3 2 .30 4 4 , 5 8
460, 481 6 .1 -4 485 35.1 8 35, 140
1 .2 7 ,2 8 31, 342 6.2 486 4 0 .2 0 -2 2 44, 45, 182
1.28 113 6.5 120 40.21 45
1.31 370 9 .3 ,4 329 4 2 .3 8 164, 165
1,2 468 9.4 39, 6 0 , 3 2 9 í 4 4 .2 9 ,3 1 164
2 .7 34, 3 5 ,3 6 , 333, 9 .6 438 4 8.16 214
391 11.4 214 50.25 50
2 .8 ,1 5 356 1 2 ,1 4 ,1 5 ,1 7 2 0 8 ,5 0 9
2 .1 6 ,1 7 438 1 2 .1 -3 74 ÊXODO
2 .2 1 -2 5 84, 323 13.15 509 1.1 5-2 1 373
2 .2 4 305, 342 14.6 69 2 .2 3 -2 5 461
3 37 14.18 40 3 .1— 4 .17 283
3 .4 55 15.5 61 3 .2 -4 219
3 .4 ,5 159 16.1 61 3 .14 101, 263, .’H4
R E S P O S T A À S SEI TAS
538
Í N D IC E DAS PASSAGENS DAS ESCRITURAS
539
R E S P O S T A À S S EI TA S
540
Í N D IC E DAS PASSAGENS DAS ESCRITURAS
541
R E S P O S T A ÀS SEÍ TAS
542
Í N D I C E DAS P AS SA GEN S DAS E SC RIT URA S
543
R E S P O S T A À S S EI TA S
544
Í N D I C E DAS P AS SA GEN S DAS ESC RI TU RA S
545
R E S P O S T A À S SEI TAS
546
Í N D I C E DAS P A S S A G E NS DAS E SC RIT URA S
547
R E S P O S T A À S SEI T A S
548
ín d ic e das passagens das e s c r itu r a s
549
R E S P O S T A À S SEI TAS
550
Í N D IC E DAS PASSAGENS DAS ESCRITURAS
551
R E S P O S T A À S S EI TA S
552
ÍN D I C E DE T Ó P IC O S
A d o r a ç ã o d e Jesus A m o r agape
Hebreus 1.6 274, 422,435,464,465 João 15.12 200, 303, 304,323,357
A d o r a ç ã o d e q u er u b in s A m o r d e D e u s versus B u d a ,
Êxodo 25.18 56 K rish na , N o v a Era
Mateus 22.37-39 201
A d o r a ç ã o e id o la tria
Êxodo 20.4,5 51,82,239,334 A n iq u ila ç ã o d o s p e r v e r so s
Salmos 37.9,34 101
A d o r a ç ã o e im a g e n s
Êxodo 25.18 56 A n iq u i l a c i o n i s m o
Salmos 37.20 104, 108
A l c a n c e d e a lm a s e o s sinais
Salmos 99.10 108
n e c e s s á r io s
Marcos 14.21 228
João 15.8 302
2 Tessalonicenses 1.9 102,108,
A lm a e consciên cia 210, 425,437,439,490
1 Tessalonicenses 4.13 88, 294, 433 2 Pedro 3.7 438, 489,490
A l m a e o s o n o da a lm a A n iv e r sá r io s
1 Tessalonicenses 4.13 88,294,433 Gênesis 40.20-22 44, 45, 182
Mateus 14.6-10 182
A l m a , A e x is tê n c ia a p ó s a m o r t e
Lucas 16.22-28 89, 210, 244 A n jo s, O A rca n jo M ig u e l
1 Tessalonicenses 4.16 435
A l m a , A im o r t a l i d a d e da
Gênesis 2.7 34, 35, 36, 333, 391 A n jo s, O s anjos b o n s
Eclesiastes 3.19 121, 123 Salmos 97.7 108
Eclesiastes 9.5 107, 113, 123,124
A n jo s
A l m a , A n a tu re z a da Gênesis 1.26 29, 30, 106, 248, .’ /0
Ezequiel 18.4 139, 140 Mateus 22.30 200, 323,485
553
R E S P O S T A À S S EI T A S
1 Pedro 3.19 4 1 0 , 4 1 1 , 4 8 3 , A s t r o lo g ia c o n d e n a d a
484, 486 Mateus 2.2 153
A p ó s t o l o s e e n sin a m e n t o s A u t o r i t a r is m o
b íb lic o s 2 T im óteo 2.2 454
Efésios 4.11 303, 412
B a tism o
A p ó s t o l o s , A u t e n t ic a ç ã o dos Atos 2.38 213, 231,271, 312,313,
Efésios 4.11 303,412 319.321.360
A p ó s t o l o s , A u t o r id a d e do s B a t i s m o de Jesus
2 Tessalonicenses 2.15 374,440 Mateus 3.16,17 154
Mateus 16.16-18 183
B a t i s m o d o s viv o s
A p ó s t o l o s , D o n s do s Malaquias 4.5,6 151
Mateus 16.16-18 183 B a t i s m o e a salvação
A p ó s t o l o s , E n s in o s dos Marcos 16.16 230, 231,321
2 Tessalonicenses 2.15 374, 440 João 3.5 269,270,271, 272
Atos 2.38 2 1 3 ,2 3 1 ,2 7 1 ,3 1 2 ,3 1 3 ,
A p ó s t o l o s , M ilagres d o s 319.321.360
Mateus 16.16-18 183 1 Coríntios 1.17 231, 360
A p ó s t o l o s , Q u a lific a ç õ e s dos B a t i s m o e o t r iu n ita r ism o
Rom anos 1.5 335 Atos 2.38 213, 231,271,312,313,
A p ó s t o l o s , Sinais d e v erd a de dos 319.321.360
Mateus 16.16-18 183 B a t i s m o para o s m o r t o s
Malaquias 4.5,6 151
A p óstolos
1 Coríntios 15.29 152, 382, 383
1 Coríntios 12.28 375
B la sfê m ia co n tra o E sp írito Sa n to
A rca d o c o n c e r t o c o m o u m
Mateus 12.32 177, 178
sím b olo
2 Samuel 6.7 81 B e ijo c o m o sa u d aç ão cultural
1 Samuel 18.1-4 75
A rca d o c o n c e r t o e im a g e n s
Êxodo 25.18 56 B e m - e s ta r e r iq u e z a s , A m o r p o r
1 T im óteo 6.17,18 449,450
A rrep en dim en to e ju lg a m en to
Jonas 3.4-10 145 B e re ia n o s
Jonas 4.1,2 145 Tiago 1.5 471, 472
554
Í N D I C E DE T Ó P I C O S
B íblia e a A p ó c r if a C o n c e r t o c o m A b ra ã o
Hebreus 11.35 468 Josué 1.8 73
B íb lia e a S o la Scriptura C o n c i l io de N i c é i a so b re a
2 Tessalonicenses 2.15 374,440 T r in d a d e
Mateus 28.19 64,155,156, 21',
B íb lia e as rev ela çõ es
213,214,215,216,300, 301, 3.’ I.
2 Tessalonicenses 2.15 374,440
339,
B íb lia e f o n t e s n ã o cristãs
C o n c ilio de T ren to
1 Coríntios 15.33 385, 469
Êxodo 13.19 50, 51
B íb lia e os livros “ p e r d id o s ”
1 Coríntios 5.9 364, 365 C o r p o m o r t a l versus i m o r t a l
Colossenses 2.16 430 Jó 1.20,21 94
C é u , O terceiro C r ia çã o da h u m a n id a d e
2 Coríntios 12.2 400 Gênesis 1.26 29, 30, 106, 248, 27n
Gênesis 2.7 34, 35,36, 333, 3') I
C iê n c ia m é d i c a e curas
Salmos 103.3 108 C r ia çã o da m a té ria
Gênesis 2.7 34, 35,36, 333, 3>>!
C iê n c ia m é d i c a
2 Crônicas 16.12 91, 109 C r ia çã o da v ida
Êxodo 7.11 47, 48
Com unhão
João 6.53b 281 C r ia çã o d o s c éu s e da terra
Gênesis 1.26 29, 30, 106, 248,
C om u n ism o
Atos 2.44,45 323, 450 C rianças e esterilid ade
Atos 4.34,35 327, 450 Levítico 18.22-24 60
555
R E S P O S T A ÀS SEI TAS
C ristãos e a h o sp ita lid a d e aos João 20.28 64, 156, 262,265, 274,
a d e p to s de seitas 281,302, 313, 371, 402, 429, 435, 464
2 João 10 497 Filipenses 2.7 415
Apocalipse 1.8 504
C ristãos e falsas d o u trin as
C r isto, A n a tu re z a de
2 João 10 497
João 1.14 253, 264, 265,266,311,
C risto c o m o m e d ia d o r 464
João 19.26,27 308 João 20.17 310
Filipenses 2.7 415
C risto e a sua e n c a r n a ç ã o 1 T im óteo 2.5,6 448
João 1.14 253, 264, 265,266,311, Tito 2.13 205,262, 265, 371,429,
464 457,458
Filipenses 2.7 415 1 Pedro 3.18 361,397, 426,482,
483, 485
C risto e a sua obra de e x p ia ç ã o
Apocalipse 19.8 513 C risto , O s a c e r d ó c io de
Gênesis 14.18 40
C r isto e a sua ressurreição
1 Pedro 3.18 361,397, 426,482, C r u z , O u so da
Êxodo 20.4,5 51, 82, 239, 334
483,485
1 Coríntios 10.14 372
C risto e a sua se g u n d a v in d a
C r u z c o m o o b j e t o d e ido la tria
Mateus 2.2 153
1 Coríntios 10.14 372
Atos 1.9-11 317, 504
Apocalipse 1.7 263, 318, 503,504 C ruz c o m o u m sím b olo
Apocalipse 1.8 504 Êxodo 20.4,5 51, 82, 239,334
C r isto e o in fe r n o Cura
(veja também Ciências da Mente ou
1 Pedro 1.18,19 479
do Pensamento)
C risto e o seu c o r p o físico Filipenses 2.25 132, 224, 418
1 Pedro 3.18 361,397, 426,482, Tiago 5.15 475, 476
483, 485 C ura p o r D e u s
C r isto e o seu c o r p o p ó s - Salmos 103.3 108
ressurreição C ura espiritu al versus física
1 Coríntios 15.45 390 Isaías 53.4,5 130, 164, 224
556
Í N D I C E DE T Ó P I C O S
D e u s , G ló r ia de D e u s , Ver a
Êxodo 24.9-11 55 Êxodo 24.9-11 55
D e u s , Ira c o n tr a os i n i m ig o s de D e u s , R e p r e s e n t a ç ã o versus
Salmos 110.1 30, 111, 112 essê n c ia de
Êxodo 24.9-11 55
D e u s , N a t u r e z a de
Gênesis 1.26 29, 30, 106, 248, 270 D i a d e e x p ia ç ã o
Êxodo 25.18 56
G ên esis 3 2 .3 0 4 4 ,5 8
D euteronôm io 6.4 63, 64,106, D if e r e n t e E v a n g e lh o e o
108, 155,156,332, 402,429 m o rm o n ism o
Malaquias 3.6 149, 150, 398 Gálatas 1.8 151, 403, 404, 444
Mateus 3.16,17 154
D is c ip u la d o
Hebreus 1.3 58,332, 363,405,412,
Mateus 28.19 60, 371, 396,402,4.1(1
452, 463, 514
2 Tim óteo 2.2 310
D e u s , O b r a c o n s u m a d a de
D ivind ade de h u m a n o s
Êxodo 20.8-11 52, 161,331,430
Mateus 5.13 156, 157
D e u s , P e r so n a lid a d e de
D euteronôm io 6.4 63, 64,106, D iv in d a d e e realidade
108, 155,156,332, 402,429 Lucas 17.21 246, 247
D e u s , P ro v isã o de D iv in d a d e in te r io r
Provérbios 23.7 119 Mateus 6.33 92,167,223,286
Mateus 7.24-29/ 171
D e u s , U n id a d e de
João 14.18 300 D iv in d a d e , A tr ib u t o s da
D euteronôm io 6.4 63, 64,106,
D e u s , P r o m e ss a s de 108, 155,156,332, 402,429
Malaquias 3.16 149, 150, 398
D o u t r i n a , Falsa
D e u s , A tr ib u t o s de
Mateus 18.15-18 194, 195
Gênesis 1.26 29, 30, 106, 248, 270
Isaías 40.12 129 D u a li s m o
João 1.1 29,30,101,261,262,263, 1 T im óteo 4.1,2 448
264, 265,302,311,314, 429, 435, 464
Elias n o m o n t e da transfiguração
Deus, Autoridade de Mateus 17.4 192, 193
1 Samuel 28.7-20 77
E llio t Miller, na c o n c e p ç ã o
D e u s , A m o r de i m a c u la d a de M aria
Mateus 5.48 165 Lucas 1.28 233, 235, 238
D e u s , C o r p o físico de E n c a r n a ç ã o , D o u t r i n a da
Êxodo 33.11 58 João 6.53b 281
D e u s , N o m e de E p ís to la à L a o d ic éia
Mateus 3.16,17 30, 154, 155 Colossenses 4.16 430, 431
557
R E S P O S T A À S S E I TA S
E scra vid ão E x p ia ç ã o e p r o sp er id a d e
Filem om 16 459 fin an ceira
2 Coríntios 8.9 399
E sp írito de V erdade, o E sp írito
S an to E x p ia ç ã o n a c r u z
João 16.12,13 305 1 Pedro 1.18,19 479
E sp írito Sa n to , A tr ib u to s d o E x p ia ç ã o p e lo s p e c a d o s de
Marcos 1.10 219 outrem
Jó 1.5 93
E sp írito S a n to , A tr ib u to s pesso ais
do E x p ia ç ã o v icária
Gênesis 1.1,2 27 Êxodo 32.30-32 57
Atos 2.41 319
E x p ia ç ã o
1 João 5.6-8 493, 594
2 T im óteo 4.6 454
E sp írito Sa n to , B la sfê m ia c o n tr a o
Falsos d eu ses versus o Verdadeiro
Mateus 12.32 177,178
D eus
E sp írito San to , o E sp írito de Salmos 97.7 108
Verdade
Falta d e h o sp ita lid a d e e o p e c a d o
João 16.12,13 305
de S o d o m a
E sp írito Sa n to , In tercessão d o Gênesis 19.8 42, 43, 68, 138, 139
2 T im óteo 1.18 448,451
Faraó c o m o e n c a r n a ç ã o d e D e u s
E sp írito S a n to Mateus 6.33 92, 167, 223, 286
João 14.16 214, 298,299,306,396
Fé
E sp írito s infantis e os filh os Hebreus 11.3 467, 468
de D e u s
F eitiçaria e m ila g r e s (veja
Rom anos 8.16 354, 355
feitiçaria )
Estrelas, U s o das Êxodo 7.11 47, 48
Mateus 2.2 153
F eitiçaria
E te rn a p u n iç ã o , C o n s c iê n c ia da 1 Samuel 28.7-20 77
Mateus 25.46 203, 209, 229, 269,
F ilo so fia
516
Colossenses 2.8 426
E tica e m o r a l
F in a n ceira, P r o s p e rid a d e
Mateus 18.15-18 194,195
Josué 1.8 73
E u s é b io , A r esp e ito da T rin d a d e Marcos 10.30 221, 400
Mateus 28.19 60, 371, 396,402,430 3 João 2 501, 502
E v a n g e lh o , A c o n d e n a ç ã o d o F ru to d o e n sin o
e v a n g e lh o diferente Mateus 7.20 169
Malaquias 3.6 149, 150, 398
F ruto, P r o d u ç ã o e o a lcan ce
E x p ia ç ã o a favor d e Israel de alm as
Êxodo 32.30-32 57 João 15.8 302
558
Í N D I C E DE T Ó P I C O S
G n o s t i c is m o Id e n tid a d e , M o v im e n t o s
Colossenses 2.8 426 F ilem om 16 459
1 T im óteo 4.1,2 448 Id olatria
1 João 5.6-8 493,594 1 Coríntios 8.4 155, 156,369
H e r b e r t W. A r m s t r o n g Id olatria e H o m o s s e x u a l i d a d e
(veja a seita “A Igreja Mundial de D euteronôm io 23.17 68
Deus”)
Id o la tr ia é o u s o d e u m cru cifix o
H o m e m , N a tu r e z a caída do Êxodo 20.4,5 51, 82, 239, 334
Provérbios 23.7 119 1 Coríntios 10.14 372
H o m o s s e x u a lid a d e , C o n d e n a ç ã o à Igreja e a o r t o d o x ia o r ie n ta l
Deuteronôm io 23.17 68 Mateus 18.17 195, 196
559
R E S P O S T A À S S EI TA S
I m a g e n s d e fu n d iç ã o Israel, O j u l g a m e n t o d e D e u s
Êxodo 13.19 50, 51 sob re
Isaías 29.1-4 128
I m a g e n s , V e n eração a
Êxodo 13.19 50, 51 Israel, R e sta u r a ç ã o da n a ç ã o
Êxodo 25.18 56 Apocalipse 7.4 244, 271, 508
I m a g e n s , P rostrar-se d ia n te de Jeová
Gênesis 3.7 36
Gênesis 18.2 41, 42
Êxodo 13.19 50, 51 Jesus c o m o Jeová
2 Samuel 6.7 81 Rom anos 10.13 357
Im o r t a lid a d e Jesus c o m o m e d i a d o r
Rom anos 2.7 345, 434 Deuteronôm io 34.10 68,70,71
560
Í N D I C E DE T Ó P I C O S
56
R E S P O S T A À S S EI TA S
562
Í N D I C E DE T Ó P I C O S
M aria, V e n e r a çã o a M o n o g a m ia
Lucas 1.42,48 238 Atos 2.44 200, 204,322,323
M a t r i m ô n i o e p o l i g a m ia M o n o t e í s m o versu s p o l i t e í s m o
1 Reis 11.1 54, 83, 323 Gênesis 1.26 29, 30, 106, 248, 270
M a trim ô n io M o n o t e ís m o
Levítico 18.22-24 60 Gênesis 1.26,27 29, 30, 106,248, 270
M e d it a ç ã o m íst ic a M o r te e a alm a
Salmos 1.2 99, 242 2 Reis 14.29 88, 124
M e lq u is e d e q u e , Jesus c o m o M o r t e e a salvação
re e n c a r n a ç ã o de 1 Pedro 4.6 484,485, 486,487
Hebreus 7.3 466
M orte e o co rp o
M e lq u is e d e q u e , T i p o de C risto 2 Reis 14.29 88, 124
Gênesis 14.18 40
M o r t e e o p u r g a tó r io
M ilagres d o s a p ó s to lo s Mateus 5.26 162
Mateus 16.16-18 183
M o r t e a n im a l versus h u m a n a
M ilag res e a j u m e n t a d e B a la ão Eclesiastes 3.19 121, 123
1 Samuel 28.7-20 77
M o r te , D e f in iç ã o de
M ila gres e os o ss o s d e Elias 2 Tessalonicenses 1.9 102,108,
2 Reis 13.21 87 210,425, 437,439,490
563
R E S P O S T A À S S EI TA S
M o r te , N a t u r e z a da O ra ç ã o p e lo s m o r t o s
Salmos 132.8 113 1 T im óteo 2.1,2 447
2 T im óteo 1.18 448,451
M ortos e o louvor a D e u s
Salmos 115.17 113 O ra ç ã o
Mateus 17.4 192,193
M o r t o s , R e ss u r r e iç ã o d o s
O rd en a n ç a s
1 Samuel 28.7-20 77
Malaquias 4.5,6 151
M ortos, C o m u n ica çã o c o m
O sso s d e J osé
1 Samuel 28.7-20 77
Êxodo 13.19 50, 51
M o r t o s , N a t u r e z a do s
O v elh a s perdidas
2 Reis 14.29 88, 124
Mateus 15.24 182, 288
Salmos 88.11 107
P a n t e ís m o
M o r t o s , O r a ç ã o aos
Gênesis 1.26,27 31, 32, 33, 126
Mateus 17.4 192, 193
Mateus 5.13 156, 157
M o r t o s , O r a ç ã o e m favor dos Mateus 5.14 158
2 T im óteo 1.18 448,451 Mateus 6.33 92, 167, 223, 286
Mateus 7.24-29 171
N o v o n a s c i m e n t o d e fin id o
Lucas 1.80 240, 241
João 3.3 2 6 8 ,269,277,406 Lucas 2.52 240, 241
N o v o n a s c i m e n t o e Jesus Lucas 4.16 240, 242
Colossenses 1.18 92, 423 João 10.34 107,290
João 14.8,9 297
N o v o nascim ento Atos 17.28 331, 385, 427, 469
João 3.5 2 6 9 ,2 7 0 ,2 7 1 ,2 7 2
P ará b o la s e e n t e n d i m e n t o
O bras Mateus 13.10,11 179, 278
Apocalipse 19.8 513
P a rá cleto, E sp írito S a n to versus
O bras da lei m o s a i c a M aom é
Rom anos 3.27,28 347 João 14.16 214, 298,299,306,396
564
Í N D I C E DE T Ó P I C O S
Pecados e o sofrim en to P o li g a m i a c o n d e n a d a
Colossenses 1.24 425 1 Reis 11.1 54, 83, 323
P e c a d o s , C o n s e q ü ê n c ia s dos P o lig a m ia , P r o ib iç ã o da
Mateus 5.26 162 Êxodo 20.14 53, 54, 200, 304, 357
P e c a d o s , O sa c r ifíc io d e C risto P o li t e ís m o e a c r e n ç a d e q u e
p e lo s h o m e n s p o s s a m ser d eu ses
Mateus 16.19 188 Salmos 82.6 106, 291
P e c a d o s , P er d ã o dos P o li t e ís m o e tr iu n it a r is m o
Mateus 12.32 177, 178 Mateus 3.16,17 30, 154, 155
Mateus 16.19 188 P o li t e ís m o
Pedro Salmos 97.7 108
(veja catolicismo romano) João 10.34 107,290
1 Coríntios 8.5 370
P e n s a m e n t o s e realidade
Provérbios 23.7 119 P o r c o , Lei c o n tr a c o m e r c a rn e de
Levítico 18.22-24 60
P er d ã o d o s p e c a d o s p e lo s
sa c e rd o tes P r é - e x is t ê n c ia d e h u m a n o s
João 20.22,23 311,313 Jeremias 1.5 135,136,404
Atos 17.28,29 332
P er d ã o d o s p e c a d o s
Mateus 12.32 177, 178 P r e o r d e n a ç ã o versus p r e e x istê n c ia
Jeremias 1.5 135,136, 404
Mateus 16.19 188
P r o fe c ia s, G uarda c o n tr a falsas
P er d ã o , C a n c e l a m e n t o d o
Salmos 105.15 110
Mateus 18. 23-25 197
P ro feta s e a p r e cisã o d e suas
P e r d iç ã o
pr o fe cia s
2 Pedro 3.7 438, 489, 490
Jonas 3.4-10 145
P oder de d em ôn ios Jonas 4.1,2 145
1 Samuel 28.7-20 77
P ro fe ta s, Falsos versus verd adeiros
P o d e r de D e u s D euteronôm io 18.10-22 64,65
Êxodo 7.11 47, 48 Mateus 7.24-29 171
565
R E S P O S T A À S S E I TA S
R e a lid a d e e d iv in d ad e R e ss u r r e iç ã o
Lucas 17.21 246, 247 (veja também Jesus)
Jó 14.12 96, 97
R e a lid a d e e p e n s a m e n t o s
Efésios 4.9 409, 423, 480
Provérbios 23.7 119
1 João 4.2,3 491
R e c o m p e n s a s , Graus de
R e ss u r r e iç ã o d o c o r p o
Mateus 20.1-16 198
1 Coríntios 15.40-42 387, 388
R ecom pensas 1 Coríntios 15.50 391,393
1 Coríntios 3.15 360, 361 1 Coríntios 6.13 368, 369
566
Í N D I C E DE T Ó P I C O S
R e v e la ç ã o Sa lva ção a p ós a m o r t e
Apocalipse 22.18 516 1 Pedro 4.6 484,485, 486,487
567
R E S P O S T A À S S EI TA S
S alvação e r e p o n sa b ilid a d e S í m b o l o da c ru z
pe sso a l Êxodo 20.4,5 51, 82, 239, 334
Malaquias 4.5,6 151
S o d o m a e G om orra
Salv açã o p e la g raça Gênesis 19.8 42, 43, 68, 138, 139
Malaquias 4.5,6 151
S o frim en to e o pecado
Salvação, S e g u n d a c h a n c e de Colossenses 1.24 425
1 Pedro 3.19 410,411, 483,484,
S o f r im e n t o , Graus de
486
2 Tessalonicenses 1.9 102,108,
Salvação 210,425, 437,439,490
Atos 4.12 326, 327, 339
S u b m iss ã o às E scrituras
Rom anos 1.19,20 339, 340
Josué 1.8 73
Rom anos 10.13 357
S u b m iss ã o versus a u t o r it a r ism o
Sa n g u e , O ato d e c o m e r
1 Coríntios 11.1 454
Levítico 7.26,27 40, 59, 329
T e so u r o d e m é r it o s
Sa n g u e , T ransfu sões d e (e os
ju d eu s ortodoxos) (veja catolicismo romano)
Levítico 7.26,27 40,59, 329 T r an su b stan c ia ç ã o
S a n g u e , T ra nsfu sõ es de João 6.53b 281
Gênesis 9.4 39, 60, 329 T r ib u la çã o
Levítico 7.26,27 40, 59, 329 Mateus 24.34 206, 207
Atos 15.20 304, 328
T r in d a d e
S a n tific a çã o (veja também Testemunhas de Jeová,
Rom anos 8.7 351 mormonismo)
Sa n tos e o te so u r o d e m é r i t o s Gênesis 1.26 29, 30, 106, 248, 270
(veja também catolicismo romano) Mateus 3.16,17 30, 154, 155
Êxodo 32.30-32 57 Colossenses 2.9 262
568
Í N D I C E DE T Ó P I C O S
U n iv e r s a lis m o e g o e im i
João 8.58 101, 105,173,262,263,
Salmos 110.1 30, 111,112
284,285,302,314,429,435,464
Atos 3.21 324, 325
Rom anos 5.18,19 349 e im i
1 Coríntios 15.25-28 112,381 João 8.58 101, 105,173,262,263,
2 Coríntios 5.19 396 284, 285, 302, 314, 429, 435, 464
Efésios 1.10 325, 407
hapax
Filipenses 2.10 108, 408, 411, 416
Malaquias 3.6 149, 150, 398
Colossenses 1.20 423
Apocalipse 19.20 104, 210, 294, k o la z o
417,434, 439,514,515 Mateus 25.46 203, 209,229,269,
516
V e n e r a çã o a M aria
(veja também catolicismo romano) k u r io u
Lucas 1.42-48 238 Rom anos 10.13 357
569
[ U . S P O S T A À S S EI TA S
m is t h o s M e lq u is e d e q u e
1 Coríntios 3.15 360, 361 Gênesis 14.18 40
p a r a c le to n nephesh
João 14.16 214, 298,299,306, 396 Gênesis 2.7 34, 35, 36, 333, 391
th e io s ruach
João 1.1 29,30,101,261, 262, Gênesis 1.1,2 27
263, 264, 265, 302,311,314, 429, 435,
464 Shem a
D euteronôm io 6.4 63, 64,106,
th e o s 108, 155,156,332, 402, 429
Gênesis 1.26 29,30,106, 248, 270
João 1.1 29,30,101,261, 262,263, tem unah
264, 265,302, 311,314, 429, 435, 464 Êxodo 24.9-11 55
t z e h le m
TERM O S HEBRAICO S Gênesis 1.26,27 31, 32,33,126
abad yada
Salmos 37.20 104, 108 Jeremias 1.5 135,136,404
bara ya dh a
Gênesis 1.26,27 31, 32, 33, 126 Gênesis 19.8 42, 43, 68, 138, 139
E lo h im Y ah w eh
Gênesis 1.26 29, 30, 106, 248, 270 Salmos 82.6 106, 291
e lo h im yakah
Salmos 82.6 106, 291 Isaías 1.18 125, 226, 481
57 0
Í N D I C E DE G R U P O S RELIGIOSOS
572
Í N D I C E DE G R U P O S R E L I G I O S O S
573
R E S P O S T A À S S E I TA S
574
Í N D I C E DE G R U P O S R E L I G I O S O S
575
R E S P O S T A À S SEI TAS
576
Í N D I C E DE C R U P O S R E L I G I O S O S
577
R E S P O S T A À S S EI TA S
578
Í N D I C E DE G R U P O S R E L I G I O S O S
Meditação A criação
Salmos 1.2 99,242 Gênesis 1.1,2 27
Reencarnação A morte
Mateus 11.14 152, 175 2 Reis 14.29 88, 124
Visão espiritual Existência consciente após a morte
Mateus 6.22 166, 167 Salmos 146.3,4 115, 116
Sobre o Tao Eclesiastes 3.20,21 122, 123
Salmos 1.2 99, 242 Eclesiastes 9.5 107, 113, 123, 124
O terceiro olho Lucas 16.22-28 89, 210, 244
Mateus 6.22 166, 167 Lucas 23.43 231, 249, 250, 410, 434
João 11.11-14 294
TESTEM UNHAS DE JEOVÁ A punição eterna
O Alfa e o Omega Mateus 25.46 203, 20 9,22 9, 269,
Apocalipse 1.8 504 516
Sobre o aniquilacionismo As “ outras ovelhas” de Deus
Salmos 37.9,34 101 Salmos 115.16 112
Salmos 37.20 104, 108 A adoração a Deus
2 Tessalonicenses 1.9 102, 108, João 4.23 264,273
210, 425, 4 3 7 ,4 3 9 ,4 9 0 O inferno
2 Pedro 3.7 438, 489, 490 Mateus 5.29 164
Sobre a “ classe ungida” O Espírito Santo
Lucas 12.32 243, 244, 508 Marcos 1.10 219
João 3.5 269, 270,271, 272 Atos 2.4 28, 318
Apocalipse 7.4 244, 271, 508 1 João 5.6-8 493, 594
Aniversários A alma humana
Gênesis 40.20-22 44, 45, 182 Gênesis 2.7 34, 35, 36, 333, 391
Mateus 14.6-10 182 Eclesiastes 3.19 121, 123
Transfusões de sangue Ezequiel 18.4 139, 140
Gênesis 9.4 39, 60, 329 A idolatria
Levítico 7.26,27 40, 59, 329 1 Coríntios 10.14 372
Levítico 17.11,12 4 0 ,6 0 ,3 2 9 A imortalidade
Atos 15.20 304, 328 Romanos 2.7 345, 434
Cristo c om o Deus Sobre Jesus
João 20.28 64, 156, 262, 265, 274, Marcos 6.5 220
281, 302, 313, 371, 402, 429, 435, Mateus 8.20 173
464 Mateus 20.18 173
Cristo — sua segunda vinda Mateus 24.30 173, 3 (8, 504
Atos 1.9-11 317, 504 A “ criação” de Jesus
Apocalipse 1.7 263, 318, 503, 504 Provérbios 8.22-31 117
Apocalipse 1.8 504 Colossenses 1.15-17 421
A reivindicação de possuir profetas A divindade de Jesus
Deuteronômio 18.10-22 64, 65 Isaías 9.6 126, 127, l'M
579
R E S P O S T A À S S EI TA S
580
Í N D I C E DE G R U P O S R E L I G I O S O S
581
kf -. SPOSTA ÀS SEI TAS
582