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PRÁTICAS MINISTERIAIS
Facilitadores:
Pr. Marcos Levi Barbosa Rios – Araguatins
Pr. Manoel Messias Alencar Rangel – Araguaina
Pr. Jarbas Magalhães Pereira – Conceição Araguaia
Pr. Walter José Pitteri – Palmas
Pr. Willian Araújo de Rodrigues – Natividade e Gurupi
@2020
I – Ementa:
II – OBJETIVOS
Objetivos específicos:
1. Estudar conceitos de práticas pastorais no contexto brasileiros a
partir de perspectivas bíblicas; examinar pressupostos teóricos das
práticas pastorais na sociedade contemporânea.
2. Identificar as práticas pastorais contemporâneas e seu caráter inter
e transdisciplinar; analisando a passagem de uma prática pastoral
de manutenção para uma nova estrutura de ações pastorais em
uma sociedade marcada pelo processo da modernidade.
3. Analisar os elementos teológicos que correspondam ou são
pressupostos das práticas pastorais contemporâneas,
possibilitando também entender quais são as esferas de atuação do
agente pastoral.
4. Identificar as influências das práticas religiosas na sociedade
através dos recursos oferecidos pela mídia como veículo de
formação de opiniões e facilitador do trânsito religioso.
IV – ESTRATÉGIAS DE ENSINO
A metodologia de ensino constará de:
• Exposição do professor;
• Exposição de convidados que possibilite a reflexão e
aprofundamento de temas relacionados à disciplina;
• Seminários preparados e apresentados pelos estudantes, que
possibilitem a imersão no conteúdo da disciplina e na pesquisa;
• Discussão e participação dos estudantes em classe;
• Pesquisa de campo e/ou bibliográfica com resultados apresentados
em classe.
• Prática observada e avaliada pelo professor (ou mentor)
V – AVALIAÇÃO
• A avaliação da disciplina, como um processo contínuo se dará
através da:
• Verificação da presença e participação dos alunos nos
temas tratados em sala de aula.
• Realização das leituras indicadas com apresentação de
resenha crítica;
• Preparação e apresentação de seminários a partir do
universo da disciplina e observação in loco.
• Entrega de um trabalho acadêmico, ao final do semestre,
de 12 a 15 laudas A4, como resultado de pesquisa, reflexão
e criatividade.
VI – BIBLIOGRAFIA
CARTER, James E. & TRULL, Joe E. Ética Ministerial: Guia para a
formação moral de líderes cristãos. São Paulo: Vida Nova, 2010.
DURKHEIM, É. As Formas Elementares de Vida Religiosa. São Paulo:
Paulus, 1989.
POIRIER, Alfred, O Pastor Pacificador: Um guia Bíblico para a solução
de conflitos na Igreja. São Paulo: Vida Nova, 2011
ROMEIRO, P. Decepcionados com a graça: esperanças e frustrações
no Brasil neopentecostal. São Paulo: Mundo Cristão, 2005.
SILVA, G. J. (org.) Itinerário para uma pastoral Urbana. São Bernardo
do Campo: Fateo – Metodista, 2008.
___________. Educação Teológica e Pietismo. Influência da Educação
Teológica na formação pastoral 1930 a 1980. S.B. Campo: Editeo –
Metodista, 2010.
BOSCH, Davi, Missão Transformadora, São Leopoldo: Sinodal, 2002.
FLORISTÁN, Casiano, Teologia Práctica, Salamanca: Ediciones
Sígueme, 2002.
HARRISON, William, Sermões pelo Reverendo João Wesley, São
Paulo, Imprensa Metodista, 1954.
LEONARD, Émile, O Protestantismo brasileiro, 3ª ed: São Paulo: Aste,
2002.
LIBÂNIO, João Batista. As lógicas da cidade, São Paulo: Loyola, 2001
MENDONÇA, Antônio Gouvêa & VELASQUES FILHO, Prócoro,
Introdução ao Protestantismo no Brasil, São Paulo: Loyola, 1990
NELSON, Reed Elliott, Modelos organizacionais, crescimento e conflito
no protestantismo brasileiro, In: Estudos de Religião, nº 17
SILVA, Geoval Jacinto, Desafios do ministério pastoral em uma
sociedade em processo de globalização, In: Dialogar, p.38
Práticas pastorai na Bíblia, In Caminhando, ano VVII/2, 2002. p 164
VII - ESTÁGIOS:
Estágio 1
Pré-requisito: Instrui os alunos a preparar relatórios. Inclui atividade
prática ministerial supervisionada, com apresentação de relatório.
Estágio 2
Pré-requisito: Estágio 1 Ementa: Consiste em atividade prática
ministerial supervisionada. Inclui apresentação e avaliação de relatório.
Estágio 3
Pré-requisito: Estágio 2 Ementa: Consiste em atividade prática
ministerial supervisionada. Inclui apresentação e avaliação de relatório
Estágio 4
Pré-requisito: Estágio 3 Ementa: Consiste em atividade prática
ministerial supervisionada. Inclui apresentação e avaliação de relatório.
ESTÁGIO 1
PRÁTICA MINISTERIAL
Ministrar na igreja constitui-se o maior dos privilégios. Nada poderia ser mais
honroso ou ter maior significado eterno que servir ao nosso Senhor Jesus Cristo
em sua igreja. Mas o cumprimento desse privilégio e o desencargo dessa
responsabilidade exigem que a compreensão da igreja e de seus ministérios seja
correta e de acordo com a Palavra de Deus.
O pastoreio de animais é um trabalho semiprofissional. Nenhuma faculdade oferece
diploma de pastor. Não é um difícil; até um cão pode aprender a guardar um
rebanho de ovelhas. Até menino, Davi, por exemplo – apascentava as ovelhas de
seu pai.
Mas pastorear o “rebanho espiritual” não é tão simples. Os padrões e as exigências
são altos e difíceis de satisfazer (1 Timóteo 3:1-7). Exige um homem primeiro
chamado por Deus, íntegro, piedoso, dotado de muitas habilidades. Habilidades
que vocês terão oportunidade de aprender com seus líderes nessa disciplina.
Por isso, o objetivo desta disciplina – Prática Ministerial - é apresentar de maneira
prática os fundamentos da ação pastoral, com vistas a compreender que a ação
pastoral e a formação acadêmica são interdependentes, cuja relevância está
intimamente ligada no envolvimento diário
com aqueles que estão no “raio de alcance”
pastoral. Dando um entendimento prático
àqueles que compreendem e amam a igreja
do Senhor Jesus de tal modo que possam
servir esse “corpo” com sabedoria,
inteligência, desempenhando biblicamente
o ministério.
“E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com
ciência e com inteligência” (Jr. 3:15). Com essas palavras fortes do profeta
Jeremias, tendo-se a convicção de que o trabalho pastoral é uma questão de
vocação, e não de carreira. Enquanto na construção de uma carreira sempre há a
imagem de um profissional, na vida pastoral vocacionada sempre há a imagem
pastoral suscitada no salmo 23. A igreja atual está clamando por pastores, está
cansada de líderes, terapeutas e profissionais.
De forma que a necessidade dessa disciplina é essencial para a formação do
pastor, para a prática do ministério em nossas igrejas.
Um pastor que não foge para Társis, mas encara o desafio de permanecer fiel em
Nínive e a Nínive. É preciso compreender as surpresas da graça, por do Senhor
vem a salvação” (Jn. 2:9)
I - Títulos: Teologia Pastoral, Teologia Prática, Prática Ministerial
1
Movimento filosófico e literário do séc. XVIII, caracterizado por profunda crença no poder da razão
humana e da ciência como forças propulsoras do progresso da humanidade; ILUSTRAÇÃO;
FILOSOFIA DAS LUZES - Dicionário Aulete.
2
Friederich foi um Teólogo e Filosofo alemão.
3
PACOMIO, L et alli (orgs.). Diccionário teológico multidisciplinar. Salamanca: Sigueme, 1997, 2
volumes (vocábulo: Teologia Pastoral), p. 84
4
SANT’ANA, Julio de. Pelas trilhas do mundo, a serviço do Reino. São Bernardo do Campo: Imprensa
Metodista e Faculdade de Teologia da Igreja Metodista, 1985, p. 31.
II - Entendendo o Ministério Pastoral na Bíblia
1. No Antigo Testamento:
“Ser pastor em Israel é ser fiel a vocação do povo. Daí que os dirigentes da nação
eram chamados pastores: Jeremias, por exemplo, critica os maus pastores de
Israel, culminando com um discurso através do qual foi fustigando, sucessivamente
a família real de Judá, aos reis Joacaz, Joaquim e Jeconias (cf. Jr 21.11 - 23.2)”
(Julio de Santa Ana, p.35).
2. No Novo Testamento:
No novo pacto ou aliança Jesus Cristo é o Bom pastor. Toda sua vida é a atividade
pastoral. Ele é o modelo excelente e perfeito “A pessoa e prática de Jesus é modelo
por excelência do ministério da igreja e do ministério do pastor e da pastora”
(Ronaldo Sather-Rosa, p.29).
“O Objetivo central de toda ação pastoral é que Cristo seja formado, ou seja, que
Cristo permeie toda a vida das pessoas e seus múltiplos relacionamentos: com
Deus, com o próximo, com a natureza e com elas mesmas (cf João 10.10)”.
Ronaldo Sather-Rosa p.31 citando Bonhoeffer, 1955, p.55-78).
Não tem como entender o ministério pastoral na Bíblia sem refletir na atuação de
Iavé ( ) יְהוem Israel e de Cristo no mundo. Deus presente na história, cuidando do
seu rebanho.
b) Vocação Pastoral
• Vocação é: chamamento, ato de convidar ou solicitar.
c) Liderança Espiritual
• Liderança e serviço estão intimamente ligados na proposta bíblica espiritual.
Aqueles a qual Deus chama para o ministério da Palavra, i.é., Pastoral,
exercem liderança espiritual. Essa liderança é algo que de alguma maneira
relaciona-se com a vida e missão dos crentes. A ação dessa liderança muitas
vezes não está clara no meio evangélico, na maioria das vezes é relacionada
a administração, organização e preocupações institucional e não com a
palavra.
5
Definições de vocação extraído do Dicionário Teológico, p.289
III - Preparo Para Pastorear
• A necessidade de uma preparação a vocacionados é muito mais exigida hoje
do que antes. Dennis Bickers tratando sobre esse assunto afirma: “O ministério
é árduo. Os pastores de hoje se deparam com questões que seus
predecessores nunca enfrentaram: AIDS, cristãos divorciados, aborto,
problemas sociais, pandemias, violência entre jovens e distorção de valores
são apenas algumas das questões difíceis que devem ser tratadas pelos
pastores de hoje.”6
1. Preparo significa:
• Obedecer aos Princípios Bíblicos pastorais
• Manter a espiritualidade através da Oração, Leitura e Meditação bíblica.
• Cito aqui também leituras extras: livros e jornais.
• Estar contextualizado e atualizado.
• Estudar Teologia.
6
Extraído do livro Pastor e Profissional, p.61
7
Extraído do livro Nova Liderança, autor Ricardo Barbosa, p.102
“Pastor” tem sua origem no grego poimen (ποιμήν) cujo significado é simplesmente
“proteger”.8 Esta palavra se utiliza dezoito vezes no Novo Testamento, sendo:
• Oito vezes se usa para descrever o pastor de ovelhas (Mt 9:36; 25:32; Mc 6:34;
Lc 2:8, 20; J0 10:2).
• Sete vezes se usa simbolicamente para referir-se a Jesus (Mt 26:31; Mc 14.27;
Jo 10:11,12, 14,16).
• Uma vez aparece para descrever a nosso Senhor Grande Pastor das ovelhas
(Hb 13:20).
• Uma vez assinala Jesus como Pastor e Bispo de nossas almas (1 Pe 2:25).
8
Ralph Turnbull, Baker ‘s Handbook of Practical Theology (Grand Rapids, Michigan: Baker Book House,
1967), pp 292-293
9
Veja Atos 6:12; 14:23; 15:2,4,6,22,23; 16:4; 20:17. Além dos sessenta e seis usos do Novo Testamento,
doze deles aparecem no capítulo vinte em Atos e vinte nas epístolas.
3. O ministério e sua chamada
A chamada ao ministério pastoral se pode discernir e reconhecer internamente e
externamente.
10
Walter Bauer, A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature, 4th
rev. ed. pp 399-400
4.1 Lista dos requisitos
11
Alexander Strauch, Biblical Eldership, (Littleton, Colorado: Lewis and Roth Publishers,
1995), p. 189.
7) “Apto para ensinar” (1 Tm 3.2). O ensino da Palavra de Deus é um aspecto
prioritário do ministério pastoral. Temos que considerar três aspectos ou
ingredientes necessários para desempenhar o ensino: o conhecimento das
escrituras, capacidade para ensinar e capacidade para comunicar.
10) “Não ganancioso” (1 Tm 3.3; Tito 1.7). Observe as seguintes citações: lPe
5:2; Tt 1:7; 1 Tm 6:5; Tt 1:11; Lc 16:14; Mc 12:40; Mc 11:15-17. O ministro que
serve como pastor não deve descuidar o rebanho por ganância desonesta (1
Pe. 5:2).
12) “Pacífico” (1 Tm 3.3). O grego utiliza uma palavra para apontar e descrever
uma conduta pacífica do ministro.
13) “Não avarento” (1 Tm 3.3). Refere-se ao desejo, ânsia e afã pelas riquezas e
pelos bens materiais. A avareza é um mal universal, contagia a maioria dos
homens. A avareza pode levar o indivíduo a desejar e possuir o alheio (tanto
coisas como pessoas). Observe as seguintes passagens que tratam sobre o
tema: Ex 20.17; is. 7.21; Dt 5.21; Pv 21.26; Rm 7.7-8; 1 Tm 6.10; Lc 12.15; Mc
7:22; Lc 12.15; Rm 1.29; 2 Co 9.5; Ef 4.19;5.3; Cl 3.5; 1 Ts 2.5; 2 Pe 2.3,14.
14) “Que governe bem sua própria casa, que tenha seus filhos em sujeição”
(1 Tm 3.4). Governar bem o lar inclui tanto a esposa, como os filhos e a casa.
Temos que levar em conta que a menção dos filhos no versículo quatro, se
refere aos filhos que estão ainda debaixo do cuidado do pastor em casa.
Geler amplia seu ponto de vista, ao dizer que é: 1) Importante a preparação mental;
2) A postura e ação corporal; 3) A voz e 4) A importância de evitar certos vícios e
cacoetes. Sobre cada uma destas observações nos oferece um resumo:
1) A preparação mental: Vejamos como fazer para ser mais atrativa nossa
exposição, cultivemos a ansiedade de falar do nosso tema.
3) Voz: Se contamos com uma voz rica e cheia de tonalidades, é seguro que
cativaremos o nosso auditório. Temos que cuidar com a claridade e a
audibilidade, sempre evitando a monotonia.
12
Orlando Geler, Sea un Bueno Orador (México: Editorial Pax, 1986), pp.22-23
O treinamento é um fator importante para o ministério pastoral, especialmente na
área da pregação. Se o pastor deseja causar impacto na apresentação de sua
mensagem, deve cuidar de sua educação. A preparação teológica ajudará o pastor
como expositor em áreas vitais:
a) Controle de suas emoções: tem a ver com a eliminação do temor ante o público
ao qual se apresenta.
b) Cuidado com sua dicção: isto o ajudará a evitar os defeitos que embaçam e
escurecem a voz.
c) Serenidade: isto o ajudará a manter sua mente alerta, lúcida e eficiente, para o
domínio de seu tema.
5. As responsabilidades do ministro
As áreas de maior responsabilidade do ministro têm a ver primeiramente com sua
igreja e comunidade, sua família e sua vida devocional. Nesta ordem podemos dizer
que é sumamente importante a administração interna eclesiástica e o impacto
comunitário. O apóstolo Paulo nos mostra a maneira como pôde ocupar-se e atuar
nestes dois aspectos porque os ministros representam ante a igreja e a comunidade
um sacerdócio real (1 Pe 2.5,9), são pregadores das boas notícias de salvação (Mc
1.15), soldados no exército do Senhor (2 Co 2.11; Ef 6.10-20), administradores da
casa de Deus (1 Tm 3.4,5), são os que capacitam os crentes para continuar a obra
de Deus (Ef 4:12), são pedras vivas no edifício de Deus (1 Pe 2.4), são os que
constantemente exortam aos crentes para que se ajudem uns aos outros. As igrejas
e as comunidades esperam ver realizados no ministro de Deus os ideais mais
elevados.
b) Evite levar à sua casa os problemas com os quais tratou em seu escritório.
c) Aproveite os bons momentos com sua família, evite que outras ocupações o
impeçam de recrear-se com sua família.
e) Dedique tempo para estar com sua esposa. Pense em algumas maneiras de
criar um bom ambiente para dialogar e conviver.
f) Cultive a devoção familiar cada dia. Cada família deve utilizar o método que
produza melhores resultados.
1) Pregam biblicamente,
13
Luis Palau, Como preparar sermões dinâmicos (Miami, Florida: Editorial Logoi, 1974), p. 23.
Elmer Town é dos que pensam que os pastores atuais, como nunca antes, devem
pôr maior atendimento à preparação de suas mensagens. 14 Ainda quando o
interesse pela pregação decaiu, as pessoas, no entanto estão dispostas a escutar.
O maior problema está no que transmite, e não no receptor. Tanto os pastores
como as congregações sabem que o momento que se vive na Comunidade Latina,
demanda uma mensagem dinâmica que mobilize as pessoas de seu “status quo”.
3) Definindo conceitos:
3) Pregação: é esse procedimento especial e único pelo qual Deus, por meio
de seus mensageiros escolhidos, penetra na família humana e encara as
pessoas com ele. A pregação é a ferramenta principal para a edificação da
Igreja. Robinson define a pregação dizendo: “A pregação é um processo
vivente que envolve a Deus, ao pregador, e à congregação”. 16
14
Elmer Town, The Complete Book of Church Growth (Wheaton, Illinois: Tyndale Publishers, 1962), p24.
15
Mariano Velázquez, New Revised Velázquez Spanish and English Dictionary (Chicago: FoIlet Publishing
Company, 1962), p. 601.
16
Haddon Robinson, Biblical Preaching, (Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1980), p. 19.
4) Comunicação: comunicar é compartilhar uma informação com o propósito de
afetar ao que ocupa o lugar de ouvinte.
17
Andrew Blackwood, Expository Preachingfor Today (New York: Abingdon-Cokesbury Press, 1952), p13.
18
H Jeff, The Art of Exposition (London: the Pilgrirn Press, 1952), p. 13.
• Mas, que significa exatamente pregar expositivamente? É dar um
tratamento consecutivo, aplicado a um livro ou passagem extensa das
Escrituras, no qual o pregador se concentra de coração e mente.
Podemos dizer categoricamente que todo sermão expositivo é aquele cujo tema se
desprende do texto que se analisa, e que se desenvolve com uma interpretação
correta. É uma explicação que trata com o centro da passagem, o primordial e o
básico. Não se interessa no superficial nem nos detalhes excessivos.
19
Harold Knott, How to Prepare an Expository Sermon (Cincinatti, Ohio: The Standard Publishing
Company), p.11.
20
William Taylor, The Ministry of the Word (London: Nelson and Sons, Publishing, 1876), p115.
21
Graham Scroggie, Pregação expositiva (El Passo, Texas: Casa Bautista de Publicaciones, 1982), p33.
22
Robinson, p.20.
Este conceito estabelece a prioridade por parte do pastor, não só de disciplinar-se
no método para elaborar o sermão expositivo, senão na necessidade vital de
depender do Espírito Santo.
23
Ibid, pp. 20-26.
24
Ethosse origina na retórica clássica, e se refere à credibilidade do pregador. Num pregador, “ethos” é a
opinião que o auditório forma do pregador “ethos”, tem duas dimensões: 1) a capacidade do pregador e 2) o
caráter do pregador.
método expositivo de pregação em relação aos outros métodos? Este escritor
descobriu dezoito vantagens para o pastor e sua congregação:
1) Redescobre a Bíblia.
2) Oferece maior crescimento no conhecimento da Palavra de Deus.
3) Salva o pregador de cair na rotina semanal.
4) Ajuda o pregador a expor temas interessantes.
5) Desperta interesse no estudo das Escrituras.
6) Alimenta a congregação e o pregador.
7) Especializa-se em tratar de toda a Bíblia e não só de uma parte.
8) Trata os problemas existentes por si mesmo sem ter o pastor que se envolver
neles.
9) Livra o pastor do desespero semanal do que tem que pregar.
10) Livra o pastor de cair em heresias.
11) Produz lealdade à Bíblia.
12) Dá significado à Palavra de
13) Os recursos se fazem inesgotáveis.
14) Provê autoridade e poder ao pastor.
15) Produz maturidade espiritual.
16) Elimina as deficiências.
17) Livra o pastor de pregar temas favoritos.
18) Produz conversões sólidas.
25
Hermenêutica, ou ciência da interpretação, significa “interpretar, expor, explicar”.
• Prioridade aos idiomas originais: O intérprete deve procurar no estudo do
texto sagrado, dar prioridade ao significado de qualquer cláusula em sua
forma original.
• Interpretação cultural: Cada parte das Escrituras deve ser interpretada
culturalmente, cada estado da revelação precisa interpretar-se dentro de sua
cultura. Exemplo disto temos no caso da história de Boaz e Rute. 26
• O Novo Testamento interpreta o Antigo Testamento: Este princípio é
sumamente importante em nosso trato com as Escrituras. Os princípios do
Antigo Testamento são eternos, mas sua aplicação ou administração são de
caráter temporário, e devem ser interpretados à luz do Novo Testamento.
• As Epístolas interpretam os Evangelhos. (Jo 16:12,13).
• As passagens sistemáticas interpretam os incidentes.
• As passagens didáticas interpretam as simbólicas. Observe a passagem de
Ex 17:6 e Nm 20:11 interpretados por 1 Co 10:4.
• As passagens universais interpretam as locais. Observe o caso de disciplina
local aplicado em At 5. A disciplina neste caso se aplicou nestes termos mas
não para estabelecer uma norma universal em cada caso de disciplina.
• A Escritura interpreta a Escritura: Este foi o princípio que caracterizou os
reformadores. O melhor comentário da Bíblia é a Bíblia mesma.
• Levar em conta a perspectiva e momento histórico: Toda passagem deve
ser interpretada à luz da profundidade histórica que a acompanha.
• Construção: O exegeta bíblico deve pôr atendimento estrito à linguagem e
às palavras utilizadas numa passagem que se estuda. Quando falamos de
observar as palavras, Lund opina: “Os escritores das Sagradas Escrituras
escreveram, naturalmente, com o objetivo de fazer-se compreender,
portanto, tiveram de valer-se de palavras conhecidas que usaram em seu
sentido correto”.27
26
Note a distinção cultural da época. Nos dias de Boaz e Ruth, um contrato se garantia por meio da entrega
de um sapato (Rt 4:7). Hoje não sucede assim.
27
E. Lund. Hermenêutica (Miami, Florida: Editorial Vida. 1975), pp. 3 1-80
o objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as
palavras ou expressões obscuras”.28
Por sua vez, o Dr. Pentecost adiciona: “Toda exegese ortodoxa necessariamente
deve começar com uma interpretação das palavras mesmas”. 29
O mesmo escritor enfatiza certas regras que devem ser observadas ao tratar com
palavras e nos diz que devemos estar seguros:
a) Do uso local ou noção das pessoas que falaram essa língua;
b) Que o significado de uma palavra deve ser mantido a não ser que por razões
necessárias e de importância deva ser abandonado ou omitido;
c) Onde uma palavra tenha vários significados em seu uso comum, deve
selecionar-se aquele que melhor se ajuste à passagem em questão e do que
seja consequente com o caráter, os sentimentos e a situação conhecida do
escritor;
d) Ainda que a força de algumas palavras em particular, só possam derivar-se
da etimologia, no entanto não deve dar-se demasiada confiança nessa
ciência frequentemente incerta. 30 Realmente as palavras devem ser
estudadas desde três pontos de vista: etimologicamente, comparativamente
e culturalmente.
28
Ibid., pp.31-8O.
29
Dwight Pentecost, Eventos del Porvernir (Maracaibo, Venezuela: Editorial Libertador, 1977), p. 27.
30
Ibid., pp. 26-27
• Contraste: convida o intérprete a estabelecer uma consideração às coisas que
superficialmente aparentam ser iguais, mas que são diferentes.
• Continuidade: exige observar e notar o plano de Deus através das idades nas
diversas partes das Bíblia.
• Cristo: recorda-nos que Cristo é a clave e a chave para interpretar corretamente
as Escrituras.
O pastor como pessoa dedicada ao estudo da Palavra de Deus deve familiarizar-
se com as figuras retóricas: símil, metáfora, metonímia, sinédoque, ironia,
hipérbole, apóstrofe, personificação, fábula, tipo, símbolo, parábolas e profecia.
31
Em Ef 4:11 a “e” que aparece em nossa versão não aparece não texto original. De maneira que a melhor
leitura do texto é: “pastor-mestre”.
32
Hb 1:1 nos mostra o interesse de Deus em utilizar variedade de métodos para comunicar sua mensagem.
Observe Jó 33.14 e Os 12.10.
33
Observe como as seguintes passagens ilustram o ensino: Mt l8.2; Ez 3.1; 4.1-4; 5.1-4; Am 7.7-9 e Tg 5.17
pastor deve evitar converter-se num autocrata34 quando ensina, pois, esta atitude
cria desvantagem no aluno ao fomentar por um lado a indiferença e desânimo para
a aprendizagem e por outro lado fomenta a dependência. O mestre deve ser:
1) Benevolente; isto é, amável e cordial;
2) Democrático: é o que todo aluno deseja porque se trata os mesmos como
colaboradores e permite que compartilhem seus critérios e decisões.
34
O autocrata é o mestre que ensina e exerce o controle total de idéias e tem o poder absoluto sobre seus
discípulos. Não permite que o aluno expresse suas próprias idéias.
efetivamente é importante manter presente que o aconselhamento é um dos
trabalhos exclusivos do Espírito Santo.
Ao aconselhar se tratam com áreas vitais da pessoa como são: o intelecto, as
emoções, a sensibilidade, a vontade, a confissão, a conduta e toda a personalidade
do indivíduo. O ministério do aconselhamento demanda que o conselheiro saiba
discernir, escutar e responder, esclarecer e interpretar, conduzir e dirigir as pessoas
para tomar decisões corretas. Um bom conselheiro é aquele que:
1) Não se escandaliza com o que escuta;
2) Não pressiona nem apressa o aconselhado para tratar seu assunto;
3) Não se apressa a corrigir sem antes analisar a situação;
4) Não divulga as coisas que lhe são confiadas;
5) Ora enquanto escuta o problema que se propõe;
6) Mantém uma boa ética profissional.
O ministro como conselheiro descobrirá que as áreas que lhe tomarão a maior parte
de seu tempo têm a que ver com problemas de: divórcios, depressão, suicídio,
infidelidade, lesbianismo e homossexualidade, vícios, abuso de menores, sodomia,
gravidez de menores, abortos, alcoolismo, etc. Para isto, o ministro deve preparar-
se em oração e recorrer à autoridade da Palavra de Deus. Nela encontramos
conselhos e recursos incomparáveis: salmos de confiança, passagens que tratam
com sofrimentos, culpabilidade, velhice, insônia, temores, ansiedades, desespero,
desânimo, etc. (Leia Sl 23, 27, 46, 91, Rm 8.38-39).
8.2.1 Casamentos:
O casamento foi a primeira instituição criada, ordenada e aprovada por Deus (Gn
1-2). Como tal, tem como objetivo três coisas:
a) Resolver o problema da solidão;
b) Promover a união e ajuda dos cônjuges (Gn 2:18);
c) Motivar a propagação da raça.
O casamento é uma cerimônia que serve para ilustrar o amor de Cristo por sua
Igreja, por esta razão, é imprescindível que o pastor aconselhe o casal que deseja
casar-se sobre a seriedade dos votos que se fazem ao contrair casamento. As
cerimônias nupciais proveem uma oportunidade única para a proclamação do
evangelho e a evangelização dos não crentes. Para evitar confusão e problemas
de caráter legal, é sumamente importante que o pastor conheça os procedimentos
estabelecidos pela lei e todo tipo de arranjos pertinentes a um casamento. Para
evitar o imprevisto e o desagradável, o pastor deve levar em conta o seguinte:
3) Funerais:
35
Gerhard Kittel, Theologicai Dictionary of The New Testament (Grand Rapids, Michigan: Eerdmans
Publishing Company, 1982), p504.
36
Ibid., p. 504
37
Ibid., p. 513
“Na Septuaginta, ecclesía traduz a palavra hebréia qahal, que
provém de uma raiz que também significa “convocar”.
Normalmente, é usada para significar a “assembléia” ou
“congregação” do povo de Israel”.38
1) A igreja existe para que em sua missão possa oferecer a Deus a Glória
e o Louvor (Ef. 1:6; 2:7);
38
William Barclay, Palabras Griegas del Nuevo Testamento (El Passo, Texas: Casa Bautista de Publicaciones,
1977), p54. O autor cita as seguintes passagens onde ocorre a palavra (Dt 18.16; Jz 20.2; 1 Rs 8.14; Lv 10.17;
Nm 1.16).
39
Ef 1.22, 23, Cl .118.
O desafio pastoral é mobilizar a igreja para persuadir os homens que se convertam
em discípulos e membros responsáveis da igreja. Sob o ministério pastoral
apostólico, o livro de Atos nos mostra com luxo de detalhes a expansão agressiva,
efetiva e dinâmica da igreja. Apesar da crise e da perseguição a que foi submetida,
a igreja manteve a efetividade de seu ministério. Em At 1.1-7:60, encontramos a
igreja estabelecida por uns anos em Jerusalém; em At 8.1-12:25, observamos que
o avanço chega a impactar em Judéia e Samaria; e em At 13.1 - 28:31,
encontramos a igreja expandida por todas as partes. A efetividade do ministério
pastoral apostólico, sob a dependência do Espírito Santo, consegue manter um
crescimento consistente e ascendente. Lucas lhe dá bastante importância ao
observar minuciosamente o crescimento numérico.
1) O primeiro elemento que chama nossa atenção é o que tem a ver com a
efetividade da liderança pastoral. Um elemento crítico contemporâneo com que
sofre a igreja reside na ausência de liderança agressiva e dinâmica. O
ministério eclesiástico exige liderança com visão definida, que possa ver o
invisível, que possa perceber áreas fundamentais de necessidade e supri-las.
40
Leith Anderson, Dying For Change (Minneapolis, Minnesota: Bethany House Publishers, 1990), p.l0.
41
Ibid,p,17.
estudam-se mais de cento cinquenta princípios de crescimento da igreja
baseados nos princípios bíblicos adaptados à época. O estudo revela que
atualmente:
9.5 Resumo
Podemos dizer que:
1) A doutrina do ministério consiste em servir, buscando a edificação dos
demais
2) É oferecer direção à congregação.
3) É o compromisso dos chamados a servir.
4) O segredo do sucesso ministerial depende da aplicação do modelo de Jesus.
5) Deus deseja que cada pastor tenha sucesso ministerial.
6) Que a doutrina do ministério deve ser respaldada pelo aspecto espiritual,
informativo e de crescimento eclesiástico.
7) Que este ministério eclesiástico se manifesta em três esferas “espiritual,
universal e local”.
8) Que o propósito da igreja é tríplice: “Dar glória a Deus, anunciar o Senhorio
de Jesus Cristo e cumprir a missão de Deus no mundo perdido”.
9) Que o ministério pastoral efetivo é aquele que aplica os princípios bíblicos
em termos contemporâneos e relevantes, levando em conta a época que se
vive, e as mudanças sociológicas e antropológicas da comunidade, para
uma melhor efetividade da proclamação da Palavra de Deus.
10. O ministro analisando a situação atual do mundo
Todo ministro sabe que a condição espiritual do mundo que se tenta impactar com
a mensagem do evangelho é decadente. As estatísticas contemporâneas revelam
cifras assustadoras de uma deterioração da sociedade. Há no mundo moderno pelo
menos cento e sessenta e cinco países independentes que precisam
desesperadamente escutar as Boas Novas de Jesus. A grande tragédia e vergonha
é a que apresentou um artigo onde se afirmava que “menos de cinco por cento dos
cristãos guiaram alguma vez, uma pessoa a Jesus Cristo”.42 Há aproximadamente
milhões de pessoas que se identificam nominalmente como cristãos. Não obstante,
há aproximadamente 3.700 milhões da população mundial que recusa a fé cristã.
A revista Christianity Today apresentou a seguinte informação:
42
Hollis Green, Why Churches Die (Minneapolis, Minnesota: Bethany Fellowship.1977) p.44
43
Jim Petersen, Evangelism AS a Lifestyle (Colorado: Navpress, 1978), p.l 9.
44
George Sweazey, Effective Evangelism (New York: Harper Publishers, 1953), p. 20.
45
Petersen, p. 25.
utilizada no Novo Testamento cinquenta e quatro vezes com o significado de
“anuncio, prego”.
2) Kerusso: Significa proclamar, pregar. No contexto de Mt 4.23 tem a idéia de
ser um arauto ou atalaia. Kerusso também significa “publico, prego”. Emprega-
se no Novo Testamento sessenta e uma vezes. (Mt 3:1; 4:17, 23; 10:7; Mc 14:7,
38,39).
3) Didasko: Quer dizer “ensinar”. É a palavra que com maior frequência se utiliza
em conexão com a atividade evangelística de Jesus. O Novo Testamento
emprega a palavra noventa e sete vezes (Mt 4:23; 7:29; Mc 4:1,2; Jo 7:35).
4) Martus: Significa “testemunha”. Implica não só o dever, senão também o risco
que corre todo aquele que proclama as boas de salvação. Desta palavra se
deriva a nossa palavra mártir. O Novo Testamento a emprega trinta e cinco
vezes (At 1:8, 22; 2:32; 3:15).
5) Mathetes: Traduz-se por discípulo (Mt 28:19). No Novo Testamento se
emprega duzentas sessenta e urna vezes.
2) Associação: permaneceu com os que escolheu, e foi muito íntimo deles (Mc
3:14).
46
Robert Coleman, Plan Supremo Evangelización (Miami, Florida: Editorial Caribe, 1964), p. 15-85
47
Win Arn, A Church Growth at “Hereá Life America” (1977).
48
C.E Autrey, Basic Evangelism Grand Rapids, Michigan: Zondervan Publishing House, 1959), p13.
49
Ibid., p.13
a) Confrontar o mundo com o evangelho de Jesus Cristo, o qual requer que
quem o pregue tenha domínio do evangelho;
b) Assegurar claramente a decisão de aceitar a Jesus Cristo como o
Salvador, e recrutar a todos os convertidos para serem seguidores
efetivos de Cristo.50 A grande falha do evangelismo que se pratica
atualmente se acha no fato de que muitos convertidos não se mantêm. 51
3) O ministro deve ter uma visão clara da meta do evangelismo. O líder deve
recordar que a meta do evangelismo não se consegue até que estes novos
convertidos cheguem a ser cristãos reprodutivos que completem o ciclo e
garantam o processo contínuo da evangelização do mundo. A luz do Novo
Testamento descobrimos que a meta fundamental do evangelismo é dupla:
a) fazer cristãos responsáveis e reprodutivos,
b) formar ou estabelecer congregações responsáveis e reprodutivas.
50
Ibid., pp. 16-17
51
Ibid., p.18
52
Virgilio Gerber, Manual Para Evangelismo y Crecimiento de la Iglesia (Maracaibo, Venezuela: Editorial
Libertador, 1974), p20
53
1 Sweazey, pp.122-123
28:16-20; Mc 16:14-18; Lc 22:44- 49; Jo 20:19-23). O pastor, portanto, deve fazer
do evangelismo uma prioridade apaixonante do ministério sobretudo no meio de
um mundo e sociedade que sofre os impactos de vítimas de abusos (físicos,
emocionais e sexuais). A Aids, abandono da educação, vícios, gravidez de jovens
violentadas, abortos, divórcios, suicídios e outras tantas coisas afetam a nossa
sociedade.
Exercícios de revisão:
ANEXOS
1. Leve em consideração a palavra dos membros da igreja, especialmente dos que têm
responsabilidades de liderança. Não se mostre auto-suficiente. Ouça antes de julgar,
pois a primeira impressão, muitas vezes, é enganosa. Quem ouve mais erra menos,
além de poder contar com mais simpatia no caso de errar. Reúna a igreja em grupos
de interesse (os musicistas, os professores da EBD, os diáconos, etc.) e converse
informalmente sobre o que cada grupo acha que a Igreja espera do novo pastor.
Pergunte também o que eles acham que o novo pastor pode esperar dos obreiros.
3. Procure inteirar-se da situação legal da igreja. Procure colocar tudo em ordem no menor
tempo possível: estatutos, escrituras de propriedade, obrigações trabalhistas, plantas
das edificações, etc. Reúna toda a documentação em pastas próprias. Acione a
diretoria e outros membros para ajudá-lo. Dá trabalho, mas compensa, pois você fica
logo de posse dos instrumentos legais que facilitarão o seu trabalho, além de adquirir
segurança e firmar o seu conceito como um obreiro responsável.
4. Procure conhecer, logo de saída, o seu campo de trabalho. Visite escolas, jornais,
rádios, repartições públicas da cidade ou do bairro. Ofereça a sua colaboração no que
couber. Apresente-se nos cartórios da cidade ou região, deixe ali a sua firma logo nos
primeiros dias após a sua chegada. Deixe seu nome e endereço pastoral com gerentes
de bancos, nos cartórios e repartições, etc. Não espere que a cidade venha ao seu
encontro para conhecê-lo. Vá ao encontro da cidade.
5. Não hostilize o passado. Não suba pisando sobre cinzas. Ou seja: não tenha ciúmes
dos bons, nem critique os maus obreiros que o precederam. Nunca aceite referências
desairosas a obreiros anteriores, nem a pastores de outras igrejas, pois essas
referências visam atingir a sua própria imagem como ministro. Não procure os culpados
pelos problemas que encontrar. Procure soluções. Você vai formar o seu próprio
conceito.
6. Tome por princípio não mudar nada que não seja indispensável mudar no primeiro ano
do seu ministério. A melhor época para efetuar mudanças estruturais é por ocasião da
eleição da nova diretoria. Se a sua posse for logo no início de um novo ano eclesiástico,
ajude a nova diretoria e procure conhecer bem como e por que cada trabalho é feito do
modo como é feito. Se achar que algo deve mudar, estude a melhor maneira de fazer
as mudanças, discuta o assunto com os obreiros e leve os planos para a assembléia
da igreja antes de efetivar qualquer alteração que interfira no trabalho dos outros.
7. Não estimule a formação de grupos por faixas etárias, por interesses, por famílias nem
por nível econômico, cultural ou espiritual. Faça amizade com todos. Há aqueles que
não manifestam de pronto a sua amizade e seu apoio, mas muitas vezes vão ser mais
solidários e eficientes colaboradores que os aduladores e extrovertidos. Nunca
demonstre preferências, por exemplo, chamando sempre as mesmas pessoas para
orar em público, etc. Na visitação, nos cumprimentos, em tudo procure ser imparcial.
Use franqueza temperada com amor, para evitar que algum crente do tipo “adesivo”
monopolize as suas atenções e o seu tempo.
9. Não ponha a sua autoridade funcional acima da sua autoridade espiritual. Não manipule
a sua congregação pelo uso de regras parlamentares, técnicas de condução de massas
(Amém, irmãos?), nem por ameaças ou promessas que não serão cumpridas. Use os
seus conhecimentos, seus dons e sua autoridade para ajudar as pessoas, não para
manipulá-las.
10. Quando tiver pela frente problemas para os quais você ainda não tenha solução,
procure entrar em contato com outros pastores que tenham mais experiência, pedindo-
lhes ajuda.
11. Não queira passar para a igreja a imagem de um ser perfeito e irretocável, que você
nunca será, mas acredite na unção e capacitação do Espírito para o ministério. Não
viva chorando suas fraquezas, mas não deixe de reconhecer quando errar, e de voltar
atrás. Disponha a sua mente para aprender as lições que cada fracasso encerra,
lembrando-se de que o pior de uma queda é não aproveitá-la para aprender a caminhar.
Um simples pedido de desculpas, produzirá um efeito muito mais benéfico para a sua
imagem e autoridade de pastor, do que muitos argumentos tentando justificar um erro.
Lembre-se de que “o fardo do meu irmão é parte do meu fardo” e isso vale tanto para
os outros como para você.
12. Não vista a capa da falsa modéstia, mas também não recuse o reconhecimento
sincero. Se alguém elogiar o seu sermão, não faça outro sermão para provar que “não
é nada disso”. Diga apenas “muito obrigado” e as pessoas verão que foi válida a
tentativa de encorajá-lo. Mantenha a sua compreensão de dependência da graça de
Jesus para não se tornar arrogante, nem perder a humildade sincera diante dos elogios.
13. Ensine a Bíblia. Obviamente, para ensinar a Bíblia é preciso estudá-la sempre e viver
seus ensinos. Ao criar interesse pelo estudo bíblico, você estará focalizando as
atenções da igreja nas verdades e nos fatos bíblicos, estará formando uma base sólida
para fortalecer a igreja e baseando a sua autoridade na Palavra de Deus e não na sua
própria palavra. Nunca deprecie um irmão com ironia por não saber ele aquilo que você
mesmo deveria ensinar-lhe. Não condene a igreja por não saber manusear a Bíblia.
Ensine-a a fazê-lo.
14. Fale pessoalmente com os membros da igreja que tenham problemas. Não mande
recados nem ataque os crentes do púlpito, pois isso os coloca na defensiva, que resulta
em ataques contra você. Nunca leve para o púlpito os problemas pessoais dos
membros da igreja, nem mesmo como ilustração anônima, pois isso tira a sua
autoridade para ajudá-los. Cobrar virtudes do púlpito é muito fácil. Dar o exemplo e
exortar pessoalmente com amor exige autoridade moral, mas esse é o método que dá
bons resultados e gera gratidão.
15. Aprenda a depender de Deus em oração, na realidade secreta da sua própria vida
espiritual. Não use a oração como recurso para intimidar os ouvintes, para exibir seus
conhecimentos, nem para passar a impressão de uma piedade inexistente de fato. Não
faça da oração apenas um item da liturgia, nem pense na oração como um fenômeno
psico-cultural-emocional, mas como a súplica fervorosa de um filho do Rei que faz
desencadear os poderes reais. Não demore para dominar essa arma que lhe será
indispensável na pregação, no aconselhamento, no ensino, na administração, na
beneficência. Sem oração, você terá que confiar em si mesmo. Seu trabalho será na
força da carne e não no poder do Espírito. Logo, logo os crentes saberão a diferença.
16. Nunca se queixe de sua igreja para os colegas. Nunca se queixe de um membro da
igreja para outro membro, nem de uma família para outra família. Ao fazê-lo, você
estaria demonstrando não possuir confiança em si mesmo, nos seus próprios valores
e critérios. Não se queixe dos problemas. Resolva-os.
17. Não coma o pão da preguiça. Talento não substitui trabalho. Prepare
cuidadosamente os seus sermões. Não leia a Bíblia apenas homileticamente, mas leia-
a devocionalmente. As melhores mensagens, as que produzem melhores efeitos, não
saem da mente, mas do coração. Nem por isso caia na tentação de pensar que você
pode alcançar grandes resultados com pouca ou nenhuma preparação. Dedique tempo
a ler bons livros para aumentar e aprofundar seus conhecimentos e aperfeiçoar a sua
forma de elaborar e transmitir seu pensamento. Invista em comentários bíblicos,
dicionários, literatura secular, filosofia, boas revistas. Se você gastar mais tempo vendo
televisão ou navegando pela internet do que lendo bons livros, sua mensagem poderá
ter boa contextualização, mas certamente não terá profundidade. Você será sempre o
juiz e o fiscal da mordomia do seu tempo, mas a Igreja saberá ver a diferença.
18. Seja cuidadoso com sua aparência, com o seu vocabulário, com sua saúde. Na
aparência, nem luxo nem desleixo. No vocabulário, nem afetação e exibicionismo, nem
vulgaridade e desrespeito. Na saúde, nem cuidados exagerados, nem desmazelo.
19. Cuide bem da sua principal ferramenta de trabalho: sua fala. Aprenda a usar a sua
voz sem prejudicar seu aparelho fonador e sem deixar de ser entendido. Use
corretamente a respiração, fale no seu tom natural de voz, mova os lábios e a língua
para pronunciar os sons corretamente. Se tiver algum problema na sua fala, não hesite
em procurar ajuda profissional. Os crentes poderão até se acostumar com suas
dislalias. Os visitantes, não!
20. Ame cada ovelha. Quando for difícil amar uma ovelha em particular, recorra ao seu
próprio Pastor. Jesus ama a todas as suas ovelhas, mesmo às enfermas, às
machucadas, às rebeldes, às mancas ou com uma pata quebrada. Ele diz a Pedro: 1º
“Apascenta os meus cordeirinhos”. 2º “Apascenta as minhas ovelhas”. 3º “Apascenta
as minhas ovelhas”. Apascentar é nutrir o rebanho, não nutrir-se do rebanho.
21. Evangelize. Traga sangue novo para a igreja. Nada enriquece mais o conceito de
um ministério do que um batistério sempre cheio. Nada desanima tanto uma igreja
como um batistério seco. Às vezes, a igreja já está de tal modo acomodada, que a única
forma de dinamizá-la é criar uma nova igreja através do evangelismo. Somente depois
é que alguns dos antigos membros serão despertados.
22. Desenvolva na igreja o espírito missionário. O dinheiro dos crentes é parte da vida
deles. Aplicando parte desses dízimos e ofertas na obra missionária, a igreja está
dando uma dimensão mundial a uma parte da vida dos seus membros. Como “a luz
que brilha mais longe, perto brilha mais” (Oswald Smith), quanto mais os crentes derem
para missões, maior visão e motivação terão para contribuir para os fins da própria
igreja, sustento ministerial inclusive. Reduza a visão missionária da igreja pela redução
dos percentuais do Plano Cooperativo e das ofertas para Missões Estaduais, Nacionais
e Mundiais e você mesmo será a primeira vítima da sua falta de visão pela redução da
visão da igreja no sustento pastoral. Qual é o limite da cosmovisão dos membros da
sua igreja? Amplie a visão de mundo e de humanidade da sua igreja e a própria igreja
será beneficiada.
23. Faça os seus planos cuidadosamente para viver dentro do seu orçamento. Só peça
vales ou adiantamentos salariais ao tesoureiro se for absolutamente necessário para
cobrir gastos imprevistos e justificáveis. Jamais lance mão de qualquer dinheiro da
igreja para fins pessoais ou mesmo para fins não autorizados previamente pela igreja.
Já se disse que a parte mais sensível do corpo humano é o bolso. Cuidado! Não seja
do tipo de empregado que põe a reivindicação de melhoria salarial sempre à frente de
melhores resultados do seu trabalho. Reivindique sempre em favor da igreja e a igreja
reivindicará em seu favor. Se a sua igreja não reconhecer concretamente o seu valor,
continue trabalhando e dando o melhor de si e logo outra igreja irá reconhecê-lo.
24. Dê o devido valor à família, a começar pela sua própria, que sempre será tomada
como exemplo pelos crentes, queira você ou não. Jamais se queixe da sua esposa ou
dos filhos para membros da igreja. Jamais insinue uma crítica à sua esposa em público.
Não fique elogiando as outras senhoras e as moças da igreja perante a sua esposa,
especialmente em relação à aparência, aos dotes culinários e nos dons que sua esposa
possa não ter. Não considere a sua esposa como um apêndice do seu ministério, mas
permita que ela desenvolva o seu próprio ministério de mulher cristã, de acordo com os
seus dons pessoais. Nunca ponha sobre os ombros da sua família um peso maior do
que ela possa carregar. Não manipule a sua família para alcançar seus fins pessoais
no ministério. Se algum dia tiver que escolher entre dar tempo à sua família ou à igreja,
por amor à igreja, coloque sua família em primeiro lugar.
Aproveite, adapte, desenvolva o que puder destes parágrafos. Muito provavelmente, eu não
sentiria hoje tanta necessidade de dar estes conselhos, se os tivesse recebido em tempo,
em 1953.
AO JOVEM PASTOR
Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém,
pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto,
hospitaleiro, apto para ensinar; (1 Timóteo 3:1,2)
5. Visite o rebanho.
ASSEMBLEIAS
INFORMAÇÕES E ROTEIRO PRÁTICO
Com o nome técnico de Assembleia Geral, a igreja se reúne tantas vezes quanto for
estabelecido em seu estatuto. As assembleias podem ser ordinárias e extraordinárias e devem
ser registradas no cartório de pessoas jurídicas onde está a assentamento do Estatuto Social
da igreja.
CAPÍTULO I
DAS SESSÕES REGULARES
Adotamos há muito as chamadas “sessões regulares”. Estas sessões, se não constar de
matéria estatutária, não devem ser registradas e recomendamos que sejam feitas em livro
próprio, distinto daqueles que são encaminhados para o cartório. Elas tem efeito prático de
administração, não necessitando o registro cartorário, exceto se estiver contemplada no
estatuto da igreja.
CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA
É importante dizer que, se não houver, no estatuto dispensa das formalidades previstas
em lei, a convocação obedecerá ao disposto no art. 1.152 do NCC, a saber: publicação do
anúncio da assembleia por três vezes, devendo mediar entre a data da primeira publicação
e da realização o prazo mínimo de oito dias, para a primeira convocação, e de cinco dias,
para as posteriores. As publicações deverão ser feitas no órgão oficial da União ou do Estado,
conforme o local da sede da sociedade e em jornal de grande circulação.
A convocação deverá ser sempre escrita, assinada e conter a pauta que norteará a
reunião. Qualquer assunto não discutido invalida a assembleia como também aqueles que
não estão na pauta pois, no último caso, estão “fora de ordem”.
Temos muitos irmãos em Cristo batizados e, portanto, membros de nossas igrejas, pois é
o critério principal de admissão de membros. Contudo, para efeitos legais, nas assembleias
gerais ordinária e extraordinárias somente os civilmente capazes podem votar e ser votados.
Para cumprir o que estabelece a lei e as exigência dos cartórios, recomendamos que
se faça uma lista de presença que conste no cabeçalho o dia e hora da assembleia, onde
constará a assinatura do presente – pode ser rubrica – o CPF e a data de aniversário
completa. Na ata da assembleia conste que a determinada decisão foi tomada por “X”
votos dos presentes com civilmente capazes com “Y” presentes de um total de “Z” membros
(total geral de membros presentes e faltantes).
CAPÍTULO II
DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
APROVAÇÃO DE CONTAS
ELEIÇÃO DA DIRETORIA
Como prática no meio batista, as diretorias das igrejas são eleitas no final do ano e
válida para o exercício seguinte, não obstante, muitas igrejas tem alterado o Estatuto para
eleger a diretoria por período de 2 (dois) a 4 (quatro) anos não havendo, ainda, nada que
impeça tal prática.
REALIZAÇÃO DE ASSEMBLEIA ANUAL NAS IGREJAS NÃO ADAPTADAS AO NOVO CÓDIGO CIVIL
CAPÍTULO III
DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
Como o próprio nome diz, elas são realizada para discutir assuntos eventuais,
extraordinários. Normalmente os assuntos eventuais da igreja são:
CAPÍTULO IV
DO(S) LIVRO(S) DE ATAS
Dos Registros das Atas
Em tese a igreja precisa ter um livro de atas para que registre as assembleias previstas
no estatuto para o registro no cartório de pessoas jurídicas. Também deve ter um livro de
assinaturas das atas, onde constará a assinatura, o CPF e a data de nascimento dos membros
presentes, como sugerido e explicado no tópico anterior.
Para registrar as atas, se deve levar ao cartório, sempre em 3 (três) vias, podendo ser
feita em papel A4, guardando uma entrelinha de 1,5 e em tamanho legível. Sugerimos que se
faça em Arial 12 e ainda:
ANEXO I
MODELO DE CONVOCAÇÃO DE
ASSEMBLEIA GERAL
a)
b)
c)
ANEXO II
MODELO DE ATA
ASSEMBLEIA GERAL
Ata da Assembleia Geral); da igreja (da Igreja Batista…) realizada no dia …. (escrever
por extenso) do mês de ……. (escrever por extenso) do ano de …… (escrever por
extenso) ocorrida no salão – ou templo – situado na Rua ……, Bairro …… na Cidade
de ……………….. no Estado de Minas Gerais, convocada pelo (dizer quem: nome
completo) no uso de suas atribuições estatutárias, sendo secretariada por mim,
(qualificação civil completa, ainda que seja o(a) secretario membro da diretoria). A
presente assembleia foi aberta às XhYm (escrever o número por extenso também)
pelo Presidente (ou substituto legal - em todos os casos, faça a qualificação civil
completa) em (primeira, segunda, ou terceira chamada) com a presença de X+Y (veja
o capítulo I desta cartilha - escrever por extenso) de um total de Z (escrever por
extenso) membros associados da igreja. Por mim foi lido o edital de convocação
sendo o objeto da pauta: a) ….., b) …., c) …. (descrever como está no edital de
convocação). Retornando a posse da palavra, o Presidente passou a discussão das
matérias a seguir: a) (descrever) foi lida com a exposição de motivos e colocada em
discussão. Após debates (não precisa descreve-los a não ser que alguém requeira
que sua fala seja registrada); a matéria foi (aprovada ou rejeitada) por (unanimidade
ou maioria de votos válidos – registrar o número de votos a favor e contra). (Da
mesma forma proceder com as matérias seguintes). Esta assembleia geral se
encerrou às XhYm (escrever o número por extenso também), tendo sido esta ata lida
e aprovada indo por mim, secretaria, assinada como também pelo presidente da
igreja como também pelos presentes nesta assembleia.
ANEXO III
MODELO DE REQUERIMENTO
DE REGISTRO DA ATA
Termo em que,
P. deferimento.
Assinatura: ...............................................................................................................
Cargo: ...............................................................................................................
Identidade: ...............................................................................................................
E-MAIL ..............................................................................................................
Telefone: ..............................................................................................................
CAPITULO I
DA DENOMINAÇÃO, SEDE E FINS
Art. 1º A Igreja Batista... (nome) ..., fundada em ..., doravante, neste estatuto,
designada Igreja, é uma organização civil, de natureza religiosa, instituída por tempo
indeterminado, sem fins lucrativos, com sede na Rua ..., e foro na cidade de ..., Estado
do ..., podendo manter congregações, pontos de pregação ou missões em qualquer
parte do território nacional.
Art. 2º A Igreja reconhece e proclama Jesus Cristo como único Salvador e Senhor,
aceita a Bíblia Sagrada com única regra de fé e prática, adota os princípios da
Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira, e toma suas decisões de forma
democrática e autônoma, não estando sujeita a qualquer outra igreja, instituição ou
autoridade denominacional.
CAPÍTULO II
DOS MEMBROS, ADMISSÃO E DESLIGAMENTO
Art. 6º Perderá a condição de membro da Igreja aquele que for desligado, por decisão
da Assembléia Geral, nas seguintes hipóteses:
I – ter solicitado desligamento ou haver falecido;
II – ter-se transferido para outra Igreja;
III – ter-se ausentado dos cultos e deixado de participar das atividades eclesiásticas,
por tempo julgado suficiente para caracterizar abandono e desinteresse pela Igreja e
pela obra que realiza;
IV – estar defendendo e professando doutrinas ou práticas que contrariem a
Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira;
V – ter infringido os princípios éticos, morais e da boa conduta defendidos pela Igreja,
com fundamento na Bíblia Sagrada.
Parágrafo único. Sob qualquer alegação, nenhum direito poderá ser concedido àquele
que deixar de ser membro da Igreja.
CAPITULO III
DOS DIREITOS E DEVERES DOS MEMBROS
CAPÍTULO IV
DA ASSEMBLÉIA GERAL
Art. 10. A Igreja reunir-se-á em Assembléia Geral Ordinária em dia e hora previamente
conhecidos no calendário de atividades da Igreja e, quando necessário, em Assembléia
Geral Extraordinária, convocada pelo Presidente, ou por seu substituto legal ou, ainda,
por 20% (vinte por cento) dos membros.
Parágrafo único. A Assembléia Geral será realizada com o quorum de 20% (vinte por
cento) dos membros da Igreja em primeira convocação e com qualquer numero em
segunda convocação, 15 (quinze) minutos após.
CAPÍTULO V
DA DIRETORIA ADMINISTRATIVA
Art. 12. A Diretoria Administrativa da Igreja será composta de: Presidente, Primeiro
Vice-Presidente, Segundo Vice-Presidente, Primeiro Secretário, Segundo Secretário,
Primeiro Tesoureiro e Segundo Tesoureiro.
§ 1º Os cargos da Diretoria Administrativa e do Conselho Fiscal serão exercidos por
quaisquer membros da Igreja civilmente capazes, eleitos anualmente pela Assembléia
Geral, exceção feita ao cargo de Presidente, que será exercido pelo Pastor titular, por
tempo indeterminado, a juízo da Assembléia Geral.
§ 2º Nenhum membro da Diretoria Administrativa receberá remuneração pelas
atividades administrativas exercidas.
§ 3º O Pastor titular e os componentes do Ministério Auxiliar poderão receber sustento
da Igreja pelas funções pastorais e ministeriais, sem vínculo empregatício.
Art. 15. Compete ao Primeiro Secretário lavrar e assinar as atas da Assembléia Geral
e de outros órgãos que sejam dirigidos pela Diretoria Administrativa da Igreja.
Art. 16. Compete ao Segundo Secretário substituir o Primeiro Secretário, nos seus
impedimentos e ausências.
CAPÍTULO VI
DOS OFICIAIS E DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
Art. 19. A Igreja tem como oficiais Pastores e Diáconos, eleitos conforme este estatuto
e o Manual Eclesiástico cujos deveres se acham delineados em o Novo Testamento.
Parágrafo único. A Igreja terá um Pastor titular, que poderá ser auxiliado por outros
ministros, a critério da Assembléia Geral.
CAPÍTULO VII
DA RECEITA E DO PATRIMÔNIO
Art. 21. A receita da Igreja destinada a sua manutenção é constituída por dízimos e
ofertas, entregues por ato de fé, não podendo ser reivindicados, nem mesmo por
terceiros, sob qualquer alegação.
Parágrafo único. O exercício social encerrar-se-á anualmente em 31 de dezembro.
CAPITULO VIII
DO CONSELHO FISCAL
CAPÍTULO IX
DA DISSOLUÇÃO
Art. 24. A Igreja só poderá ser dissolvida pela Assembléia Geral quando não estiver
cumprindo, reconhecidamente, as suas finalidades.
§ 1º A dissolução da Igreja só poderá acontecer, nos termos deste estatuto, por
decisão em duas Assembléias Gerais Extraordinárias, para tal fim convocadas.
§ 2º No caso de dissolução, o patrimônio da Igreja passará à Convenção Batista do
(Unidade da Federação) ou, em sua falta, à Convenção Batista Brasileira.
CAPÍTULO X
DAS DIVERGÊNCIAS DOUTRINÁRIAS
Art. 25. Ocorrendo divergências entre os membros da Igreja, por motivo de ordem
doutrinária ou práticas eclesiásticas, o julgamento do litígio será feito por um Concílio
Doutrinário, constituído na forma prevista pela Convenção Batista do (Unidade da
federação) ou, se tal não houver, por quinze (15) pastores indicados por essa
Convenção.
§ 1º O Concílio Doutrinário definirá os prazos para oitiva dos grupos divergentes, o
local de reuniões, e as provas necessárias à decisão.
§ 2º As decisões do Concílio Doutrinário são irrecorríveis em seu campo de decisão e
aplicação, entrando em vigor imediatamente.
§ 3º O grupo que se opuser ao processo estabelecido, será considerado vencido,
ficando sujeito às sanções previstas neste estatuto e na lei.
Art. 26. Enquanto não forem sanadas as divergências doutrinárias, os grupos não
poderão deliberar sobre os seguintes assuntos:
I - alienação, venda, permuta ou qualquer ônus do patrimônio da Igreja;
II - desligamento de membros ou quaisquer restrições aos seus direitos individuais na
Igreja;
III - reforma do estatuto ou qualquer outro documento normativo;
IV - mudança da sede;
V - alteração do nome da Igreja.
Art. 27. O uso do nome e do patrimônio ficará com o grupo, mesmo minoritário, que
permanecer fiel às doutrinas batistas, consubstanciadas na Declaração Doutrinária da
Convenção Batista Brasileira, e terá as seguintes prerrogativas:
I - permanecer na posse e domínio do templo e demais imóveis, neles continuando a
exercer as suas atividades espirituais, eclesiásticas e administrativas;
II - eleger outra Diretoria Administrativa, inclusive um novo Pastor, se as
circunstâncias o exigirem;
CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 28. As regras parlamentares adotadas pela Igreja são as mesmas observadas pela
Convenção Batista do (Unidade federativa) com as devidas adaptações.
Art. 30. A Igreja não concederá avais ou fianças e nem assumirá quaisquer obrigações
estranhas as suas finalidades.
Art. 31. Este estatuto só poderá ser reformado em Assembléia Geral Extraordinária,
em cuja convocação conste reforma do estatuto, sendo que o presente artigo, bem
como os artigos 2º, 3º, 25, 26, 27 seus parágrafos e incisos, só poderão ser alterados,
derrogados ou revogados, mediante homologação da Convenção Batista do (Unidade
da Federação), através de seu órgão representativo e, na sua falta, pelo Conselho
Geral da Convenção Batista Brasileira.
Art. 32. Este estatuto entrará em vigor após aprovação em Assembléia Geral e registro
legal, revogando-se as disposições em contrário.
O presente estatuto reforma o anterior, registrado no Cartório das Pessoas Jurídicas,
sob o número ..., protocolo em ... de.... de ... .
Comissão Jurídica:
José Vieira Rocha – Relator
Isaias Lins – Vice-Relator
Orivaldo Pimentel Lopes
Ednaldo Batista Rocha
Vanias Mendonça.
EXAME E
CONSAGRAÇÃO
AO MINISTÉRIO
PASTORAL
Sócrates Oliveira de Souza
(organizador)
EXAME E
CONSAGRAÇÃO
AO MINISTÉRIO
PASTORAL
2011
Rio de Janeiro
2ª edição
Todos os direitos reservados. Copyright © 2010 da Convicção Editora
CDD 262.5
ISBN: 978-85-61016-17-3
2ª edição: 2011
Tiragem: 1500
Convicção Editora
Rua: Senador Furtado, 56 – Maracanã – Rio de Janeiro, RJ
CEP: 20270-020 Telefone: (21) 2157-5557
E-mail: falecom@conviccaoeditora.com.br
www.conviccaoeditora.com.br
Sumário
Apresentação.........................................................................07
Introdução............................................................................11
I - Convocação do Concílio....................................................13
V - Modelos...........................................................................21
Apresentação
A Convenção é, por sua natureza e definição estatutária, cons-
tituída de igrejas das quais procedem os mensageiros que inte-
gram as assembleias convencionais.
A Convenção se relaciona com as igrejas em decorrência dos
laços cooperativos, isto é, reconhece as ligações determinantes
do arrolamento como igrejas cooperantes, mas também as reco-
nhece como igrejas locais, autônomas, interdependentes e que
vivem num ambiente de mutualidade.
Neste relacionamento, estimula a fraternidade e a participação
cooperativa nos planos e programas que objetivam alcançar os
propósitos exarados na Filosofia da Convenção Batista Brasileira.
O relacionamento com as igrejas também tem o intuito de
ajudá-las em circunstâncias especiais e assessorá-las em seu tra-
balho local, mediante solicitação.
A Convenção Batista Brasileira, portanto, existe em função da
igreja, como declarado em seus documentos filosóficos. A Conven-
ção é composta de igrejas batistas que decidem voluntariamente
se unir para viverem juntas a mesma fé, promovendo o Reino de
Deus e assumindo o compromisso de fidelidade doutrinária, coo-
peração e empenho na execução dos programas convencionais.
A Convenção existe em função do propósito atribuído pelo
Senhor Jesus Cristo à sua Igreja. Ela não substitui a igreja local,
mas aglutina recursos, analisa e sugere métodos e planos, pro-
_______________________________
Presidente da Igreja Batista ______
--------------------------------------------------------------------------------
1
À primeira vista, representar a Igreja parece algo muito inofensivo, mas
certamente há implicações, pois mesmo que a Igreja tenha uma liderança
zelosa, uma boa administração e nunca aja de má fé, poderá ser surpreendida
por fatos, aparentemente pequenos, mas cujos desdobramentos podem ser
onerosos e sérios.
2
Segundo fato – A mesma Igreja foi auditada por três meses pela Receita
Federal, especialmente na área previdenciária. Uma das autuações foi porque a
Igreja utilizava recibo comum e não o RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo)
para quitar os seus compromissos com seus prestadores de serviços
(pedreiros, pintores, encanadores, diaristas, etc.). Consequentemente, não
retinha e nem recolhia os 11% do valor pago aos prestadores de serviços e
não recolhia os 20% da parte patronal. Autuada, recolheu prontamente com
multa e correção monetária os valores não retidos, pensando que estava tudo
resolvido. Mas, algumas semanas depois, o pastor presidente da Igreja
recebeu a intimação judicial para responder a processo-crime por sonegação
fiscal. Este processo encontra-se parado, aguardando o julgamento de
recursos administrativos da Igreja junto à Previdência Social.
Uma advertência
Em 27.09.13, participei de uma reunião na Secretaria do
Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Atibaia com os representantes
administrativos de todas as Igrejas da cidade (evangélicas, católicas, seitas)
visando instruir sobre várias questões legais que envolvem a esfera municipal.
Na ocasião, advertiu-se que as “igrejas clandestinas”, ou seja, que não existem
legalmente (sem estatuto registrado em cartório, consequentemente sem CNPJ
e alvarás de localização e de funcionamento, etc.) teriam seus prédios
interditados e seus líderes notificados judicialmente. O triste é ouvir de um
secretário municipal não evangélico que as Igrejas precisam ser modelos! Isto
é tão óbvio, mas infelizmente nem sempre é fato.
Outros casos!
Podemos elencar outras irregularidades que tenho ouvido de líderes e
membros de várias Igrejas, tais como: atas mal lavradas cujas decisões
tornam-se nulas de pleno direito; atas de eleição e principalmente posse da
diretoria estatutária sem registro em Cartório até por vários anos, o que,
consequentemente, impedem que, entre outras coisas, a Igreja movimente
contas bancárias, adquira ou venda imóveis. Ainda, a não entrega há anos,
apesar de imunes, da DIPJ (Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica),
3
correndo o risco, além das multas e autuações, de ter o CNPJ bloqueado;
pagamentos de prestadores de serviço sem a devida nota fiscal ou RPA;
compra de material de consumo e até bens através de documento sem valor
contábil ou fiscal; funcionários sem registro na CTPS; a não observância das
leis trabalhistas ou convenções coletivas do sindicato ao qual o funcionário
pertence. Também, imóveis ou movimentação de contas bancárias da Igreja
em nome de terceiros; falta de um contador competente e responsável pela
contabilidade da Igreja; Igrejas sem Livro Diário devidamente registrado em
Cartório (Código Civil – Art. 1.180 e 1.181) e sem Livro Razão; o responsável
legal perante a Receita Federal não é o presidente; aquisição ou locação de
imóvel em área não permitida pela lei de zoneamento do município para a
existência de Igreja; pessoas morando há anos em imóvel da Igreja sem
qualquer contrato de aluguel ou comodato, mas que aproveita da situação para
solicitar usucapião e ficar com a propriedade; etc.
Sem desculpas!
Não adianta o pastor presidente ou qualquer representante legal alegar
perante a fiscalização ou órgãos públicos que simplesmente não sabia ou
desconhecia o assunto, pois o Art. 3º do DL nº 4657/42 preceitua que
“Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. Por outro
lado, se as autoridades competentes autuarem a Igreja por alguma
irregularidade, também não convém alegar que é perseguição do inimigo ou
algo parecido, pois é mais provável que seja negligência ou incompetência
administrativa.
Já se foi o tempo de tratar os negócios da Igreja de maneira caseira,
como se nada fosse acontecer, simplesmente porque é só uma Igreja e assim
ninguém vai fiscalizar. Grande engano! Vão fiscalizar sim e, mesmo que não
houvesse fiscalização, a responsabilidade da Igreja é de ser exemplo como
pessoa jurídica que é. Lembremos que os órgãos públicos estão interligados e
as informações são compartilhadas entre eles: Receita Federal, Previdência
Social, Cartórios, Prefeituras, Corpo de Bombeiros, Meio Ambiente, etc. Por
exemplo, no Estado de São Paulo para se obter o Alvará de Funcionamento,
existe o VRE JUCESP (Via Rápida da Junta Comercial do Estado de São Paulo),
4
que engloba os pareceres da Prefeitura, Vigilância Sanitária, Meio Ambiente,
Corpo de Bombeiros; sem a aprovação de todos, o Alvará não é expedido.
Creio que está muito claro que, ao tomar posse na presidência de uma
Igreja, o pastor ou conforme o caso, outro membro, precisa estar muito ciente
que tem responsabilidades diante de Deus, da Igreja que lidera, mas também
perante as autoridades constituídas do país. A não execução com
responsabilidade das suas atribuições, conforme já vimos, poderão lhe trazer
sérias consequências.
Arrumando a casa
Certamente a prioridade do pastor é cuidar do rebanho de Deus, mas
creio que a melhor maneira dele presidir bem as áreas administrativas, legais,
financeiras e contábeis, é assessorando-se com profissionais das diversas
áreas, preferencialmente com irmãos membros da Igreja. Isto começa pelos
seus pares de diretoria, dando aos vice-presidentes a responsabilidade de
supervisionar uma ou mais destas áreas; orientar a Igreja a eleger secretários
e tesoureiros que saibam de fato as particularidades das suas respectivas
funções, pessoas responsáveis, organizadas e zelosas.
Se houver ovelhas que atuam na área do Direito, convide-os a
comporem um Departamento Jurídico; certamente terão alegria em servir a
Igreja até gratuitamente com seu conhecimento e préstimos profissionais. Se
não houver membro da Igreja com esta formação, procure alguém de outra
Igreja e, em último caso, contrate um profissional de fora.
O art. 1.182 do Código Civil Brasileiro diz que a escrituração de uma
pessoa jurídica é responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, isto
inclui a Igreja. Portanto, contrate um profissional que realmente tenha
conhecimento das rotinas fiscal, contábil, trabalhista e previdenciária de uma
Igreja, pois ele será o responsável (Art. 1.177 e 1.178 – Código Civil),
solidariamente com o presidente e o tesoureiro da Igreja, nas áreas que lhe
competem.
Caso no Estatuto da Igreja esteja previsto o Conselho Fiscal ou Comissão
Fiscal, oriente a Igreja a eleger pessoas que tenham formação ou um bom
conhecimento do assunto e oriente-os a terem uma visão crítica como
5
auditores e não de simples conferentes de soma e “ticadores”. É certo que uma
fiscalização interna competente e séria resguardará o presidente, os
tesoureiros, enfim, a Igreja, reduzindo os riscos de sanções legais e trazendo
mais transparência no trato com as finanças e, muitas vezes, até identificando
gastos desnecessários para a Igreja.
Eis o desafio, presidam bem a Igreja onde o Supremo Pastor os colocou
como pastores!
Ednilson Farto Batista
exerce o ministério pastoral desde 1985; pastor da Primeira Igreja Batista de
Atibaia (SP) na área de Administração; graduado em teologia com ênfase em
ministério pastoral pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida. Casado há 29 anos
com Vera Lúcia, tem duas filhas casadas e uma neta.
6
CONVENÇÃO BATISTA MINEIRA
INFORMATIVO JURÍDICO
Por sua vez, o ministro é responsável por seu cadastro perante o INSS,
como contribuinte individual, indicando sobre qual valor pretende
contribuir. Nesse caso, a entidade religiosa também encontra-se
desobrigada em fazer retenção de INSS no subsídio que paga ao
ministro. As questões relativas ao INSS podem ser consultadas na IN
971/09.
Tal hipótese não se sucede com IR, pois a instituição deve fazer a
retenção na fonte, por se tratar de renda, mesmo não tendo caráter
salarial.
Atenciosamente,
Arlécio Júnior
Assessor Jurídico
PASTOR
Sumário
1. Introdução
2. Conceito
2.1 - Atividades Desenvolvidas
2.2 - Contribuinte Individual
3. Inexistência da Relação de Emprego
4. Remuneração ao Ministro de Confissão Religiosa
5. Tratamento Previdenciário
5.1 - Contribuição da Igreja
5.2 - Contribuição do Ministro de Confissão Religiosa
5.3 - Salário-de-Contribuição
6. Valor da Contribuição
6.1 - Contribuição de 20% (Vinte Por Cento)
6.2 - Contribuição de 11% (Onze Por Cento)
6.3 - Base de Cálculo Das Contribuições da Igreja
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO
“Lei nº 8.212/1991, artigo 12, inciso V, alínea “c” o ministro de confissão religiosa ou o membro
de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa”.
O vínculo que une o pastor à sua igreja é de natureza religiosa e vocacional, pois se entende
que a atividade exercida é destinada à orientação espiritual dos fiéis e propagação da sua
crença, não passível de avaliação econômica.
A subordinação existente entre a igreja e o pastor, por exemplo, é de índole eclesiástica, e não
empregatícia, e a retribuição percebida diz respeito exclusivamente ao necessário para a
manutenção do religioso.
Jurisprudências:
Ressaltamos que, se a atividade for só de natureza tipicamente espiritual, como por exemplo, o
pastor, pregador, missionário ou ministro do culto religioso, que atuam na divulgação do
evangelho, na celebração do culto, orientando e aconselhando os membros da Igreja, não terá
proteção laborista, ou seja, não é considerado empregado.
Importante:
5. TRATAMENTO PREVIDENCIÁRIO
...
§ 13. Não se considera como remuneração direta ou indireta, para os efeitos desta Lei, os
valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com
ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou
de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência desde que
fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado
(incluído pela Lei n° 10.170/2000").
A Lei nº 8.212/1991, artigo 12, prevê que o Ministro de Confissão Religiosa e o membro de
instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa são segurados obrigatórios
da Previdência Social, na qualidade de contribuinte individual.
...
...
5.3 - Salário-de-Contribuição
Ressalta-se que a igreja não irá fazer a retenção dos 11% (onze por cento) sobre o salário-de-
contribuição, desde que o valor despendido pela entidade religiosa ou pela instituição de
ensino vocacional, em face do seu mister religioso ou para a sua subsistência, independa da
natureza e da quantidade do trabalho executado.
6. VALOR DA CONTRIBUIÇÃO
O ministro de confissão religiosa recolherá 20% (vinte por cento) sobre o valor por ele
declarado, observados o limite mínimo e máximo do salário-de-contribuição, através da Guia
da Previdência Social (GPS), no código disponibilizado pela Previdência Social para
contribuintes individuais, ou seja, ele é responsável pela sua contribuição. (Instrução Normativa
RFB nº 971/2009, artigo 65, § 4º).
A possibilidade de recolher 11% (onze por cento) sobre o salário-mínimo, através da Guia da
Previdência Social (GPS), no código 1163, se dá desde que o segurado opte pela exclusão da
aposentadoria por tempo de contribuição. E esta opção é através do Plano Simplificado de
Previdência, que é uma forma de inclusão previdenciária com percentual de contribuição
reduzido de 20% (vinte por cento) para 11% (onze por cento) (Lei Complementar nº 123, de 14
de dezembro de 2006, artigo 80).
“Art. 80, § 2º - É de 11% (onze por cento) sobre o valor correspondente ao limite mínimo
mensal do salário-de-contribuição a alíquota de contribuição do segurado contribuinte individual
que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, e do
segurado facultativo que optarem pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por
tempo de contribuição.
Importante: Lembramos que a consequência de recolher somente 11% (onze por cento) sobre
o salário-mínimo é que o segurado se aposentará somente por idade e com o salário-mínimo.
Arlécio Júnior
Assessor Jurídico
Assessoria Jurídica
PASTOR, PREVIDÊNCIA,
PROVIDÊNCIAS E PRUDÊNCIAS
ÍNDICE
_____________________________________________________________________________________
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
"Art. 22.
....................................................
....................................................
........................................
§ 12. (VETADO)
religiosas”.
O vínculo que une o pastor à sua igreja é de natureza religiosa e vocacional, pois se
entende que a atividade exercida é destinada à orientação espiritual dos fiéis e
propagação da sua crença, não passível de avaliação econômica.
Jurisprudências:
"....................................
...................................
...................................
Entre 1966 e 1979, o ministro de confissão religiosa era segurado facultativo e a partir
da publicação Lei nº 6.696/79, ou seja, a partir de 09/10/1979, passa a ser segurado
obrigatório da Previdência Social na categoria de equiparado a autônomo, e mais
recentemente, como já transcrito, na categoria de contribuinte individual.
respectivo salário-de-
contribuição…………………………………………………...
Com a vigência da Lei nº 9.876/99, foi alterado entre outros o art. 12, inciso V, alínea
"c", da Lei nº 8.212/91, que enquadra como contribuinte obrigatório, na categoria de
contribuinte individual, os ministros de confissão religiosa.
Ocorre que por força do art. 15 da Lei nº 8.212/91, as entidades religiosas foram
equiparadas às empresas, tornando-se portanto, obrigatório o recolhimento de 20%
do valor pago aos ministros de confissão religiosa em face do trabalho religioso por
eles desenvolvido.
O valor recebido pelo ministro de confissão religiosa integra a sua base de cálculo
para previdência social e, como visto anteriormente, é ele que tem a obrigação de
declarar e pagar o valor de forma correta à Previdência Social.
Muitas organizações religiosas tem a prática de utilizar o FGTM, VGBL e outros meios
ilícitos, como uma espécie de compensação por não assinar a Carteira de Trabalho
e Previdência Social do ministro de confissão religiosa. Está errado. Quando este valor
é recolhido pela organização religiosa, está aumentando o valor recebido pelo
obreiro, o encaminhando a fraudar a previdência social sem mesmo que o saiba.
__________________________________________________________________________________
Fontes/Sites:
1. www.receita.fazenda.gov.br
2. www.previdencia.gov.br
3. www.mtbe.gov.br
4. www.tst.jus.br
5. www.stf.jus.br
6. www.informanet.com.br
7. www.magisternet.com.br
8. www.cbnpr.com.br
9. www.ambito-juridico.com.br
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Fulano de tal
Presidente
3. Se não tiver, faça uma folha de presença com o nome da pessoa legível,
CPF, data de nascimento e um campo para que ela assine. Todos os
participantes devem assinar.
Ao
Cartório de Registro ……………………..
Rua …………………………, n. ……………………., Bairro ………
Cidade …………………………………………………………………
Estado …………………………………………………………………
A Igreja ……………, por seu presidente abaixo assinado, vem requerer o registro
da ata que se segue, com o respeito de sempre.
IGREJA ………………
Fulano de tal
Presidente
5. Leve todos os documentos em papel A4 em 3 (três) cópias. Na ata não pode
haver espaços ou parágrafos, deve se usar ARIAL 11 ou TIMES NEW ROMAN
12 e entrelinhas 1 1/2.
Orientações dadas pelo Dr. Arlécio Franco Costa Júnior – Assessor Jurídico
da Convenção Batista Mineira – OAB/MG 73.019.
TERMO DE ADESÃO PARA TRABALHO VOLUNTÁRIO
ENTIDADE:
Primeira Igreja Batista de Atibaia - PIBA
Rua Santo Rosa, nº 96 – Jardim Alvinópolis – Atibaia – SP
C.N.P.J. nº. 51.867.547/0001-20
VOLUNTÁRIO:
Nome:
Nacionalidade: Estado Civil: Profissão:
RG: CPF:
Rua nº.
Bairro Cidade
CEP Telefone:
Testemunhas:
__________________________ ___________________________