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A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS' JUNHO DE 2000

A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS. JUNHO DE 2000

SUMÁRIO
1 CARTA DA PRIMEIRA PRESIDÊNCIA

2 MENSAGEM DA PRIMEIRA PRESIDÊNCIA: FILHOS PRECIOSOS, UMA DÁDIVA


DE DEUS PRESIDENTETHOMAS S. MONSON

10 AOS 90 ANOS E AINDA DANDO EXEMPLO DE SERViÇO

16 PALAVRAS DO PROFETA VIVO

18 SEGUIR O PROFETA: UMA PERSPECTIVA DO LIVRO DE MÓRMON


NA CAPA CLYDE J. WILLlAMS
Primeira Copo: Fatografio de Gerry 25 MENSAGEM DAS PROFESSORAS VISITANTES: "SE ESTIVERDES
Avant, cortesia do Church News. Último
PREPARADOS ( ... )"
Copo: Fotografia de Gerry Avon! e Don
Grayston, cortesia do Church News. 26 VOZES DA IGREJA: UM TRABALHO DE AMOR
O EspíRITO DE ELIAS MARCO ANTONIO PANÉS SPANO
ENCONTRAR A ALEGRIA DE VIVER IGOR BURCEFF
E O SENHOR ABRIU-ME OS OLHOS TAYO M. TUASON

34 "NÃO REJEITEIS, POIS, A VOSSA CONFIANÇA"


ÉLDERJEFFREYR. HOLLAND

ESPECIALMENTE PARA OS JOVENS


24 MENSAGEM MÓRMON: O RELACIONAMENTO HUMANO É FRÁGIL

32 LINHA SOBRE LINHA: COMO ENCONTRAR A PAZ INTERIOR

43 HINO: EU SEI QUE VIVE MEU SENHOR


CAPA DE O AMIGO SAMUEL MEDLEY, LEWIS D. EDWARDS E RALPH B. WOODWARD
Fotografia de Corliss C1oyton.
46 VEJA O QUE ISSO SIGNIFICA RICHARD M. ROMNEY

O AMIGO
2 FAZENDO AMIGOS: RICHARD E MARIA LAYME HUALLPA DE VILLA L1PE, BOLíVIA
CORLlSS CLAYTON

5 SÓ PARA DIVERTIR: EU CONSIGO FAZER DESENHOS SOBRE TEMAS PIONEIROS


PAT KELSEYGRAHAM

6 TEMPO DE COMPARTILHAR: UM DOS MAIORES DONS DE DEUS


ANN JAMISON

8 FiCÇÃO: "A MINHA PAZ VOS DOU" KAYE GARNER

11 A PIONEIRA DO CARRINHO DE MÃo SUSAN ARRINGTON MADSEN

14 HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO: O NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA;


JOSÉ E O ANJO

VER PÁGINA 34

VER PÁGINA 18
Junho de 2000 Vol 24, NO 6
A lIAHONA 20986 059
Publicação oficiol em p,ortugués de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Ultimas Dias.
A Primeiro Presidência: Gordon B. Hinckley,
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Quórum dos Doze: Boyd K. Pocker, L. Tom Perry.
David B. Hoight, Neol A. Moxwell, RussellM. Nelson,
Dollin H. Oob, M. Russell Bollord, Joseph B. Wirthlin,
de Segunda~ Feira
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JUNHO o
I
MENSAGEM DA PRIMEIRA PRESIDÊNCIA

Filhos Preciosos, uma


Dádiva de Deus

Presidente Thamas S. Mansan


Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência

emas no livro de Mateus que, após descerem do Monte da

Transfiguração, Jesus e Seus discípulos pararam na Galiléia e de-

pois seguiram para Cafarnaum. Os discípulos perguntaram a Ele:

"Quem é o maior no reino dos céus?

E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles,


ILUSTRAÇÃO FOTOGRÁFICA DE CRAlG DIMOND

E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizer-
"E Jesus, chamando um
des como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus. menino, o pôs no meio de-
les, e disse: Em verdade
Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior vos digo que, se não vos
converterdes e não vos fi-
no reino dos céus.
zerdes como meninos, de
modo algum entrareis no
E qualquer que receber em meu nome um menino, tal como este, a mim
reino dos céus."
me recebe.

Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem

em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó

de azenha, e se submergisse na profundeza do mar."1

Considero significativo o fato de Jesus ter amado tanto esses pe-

que ninas que pouco antes haviam deixado a existência pré-mortal


JUNHO DE 2000
:j
para virem à Terra. As crianças daquela época e de hoje
abençoam nossa vida, revigoram nosso amor e induzem-
nos a boas ações.
Não é de admirar que William Wordsworth tenha escri-
to o seguinte a respeito de nosso nascimento: "Em nuvens
2
de glória viemoslDa presença de Deus, nossa morada".

Talvez a mais significativa de todas as salas de aulas


seja o lar. É nele que formamos nossas atitudes,
nossas crenças mais arraigadas. É nele que se
desenvolve ou destrói a esperança.
Na maioria das vezes, esses pequeninos são recebidos criança a oportunidade de viver; o professor ajuda-a a vi-
por pais que aguardam ansiosamente sua chegada, para ver bem".3 Espero que reconheçamos sua importância e
uma mãe e um pai que se regozijam de fazer parte desse sua missão vital, proporcionando aos professores um local
milagre que chamamos de nascimento. Não há sacrifício de trabalho digno, os melhores livros e um salário que de-
grande demais, dor excessivamente forte nem espera de- monstre toda a nossa gratidão e confiança.
masiado longa. Todos nos lembramos com carinho dos professores de
Assim, é natural que fiquemos estarrecidos ao ouvir no nossa juventude. É engraçado que minha professora de
noticiário o seguinte fato, ocorrido em uma cidade dos música do curso primário se chamasse Dona Sharp [sus-
Estados Unidos: "Uma menina recém-nascida que foi em- tenido, em inglês]. Ela tinha a capacidade de infundir nos
brulhada em um saco de papel e jogada na lata de lixo en- alunos o amor pela música e ensinou-nos a identificar os
contra-se internada, sob cuidados médicos intensivos. Seu instrumentos mus~cais e seus sons. Lembro-me muito
quadro é estável. 'É um bebê muito bonito e saudável', dis- bem da influência da Dona Ruth Crow, que ensinava os
se o porta-voz do hospital na última quarta-feira. A polícia princípios da boa saúde: Embora estivéssemos na época
informou que a criança foi encontrada quando os lixeiros da Grande Depressão, ela exigia que todo aluno da sexta
despejaram o conteúdo de uma lata de lixo na traseira do série mantivesse um gráfico de saúde 'dental. Ela verifica-
caminhão e viram algo se mexendo no meio do entulho. As va pessoalmente a situação bucal de cada criança e cui-
autoridades estão à procura da mãe da menina". dava para que nenhuma ficasse sem tratamento dentário
É nosso solene dever, um precioso privilégio, sim, mes- adequado, quer pelo serviço públic:o Oll particular.
mo uma oportunidade sagrada, receber em nosso lar e em Quando a Dona Burkhaus, que lecionava geografia, abria
nosso coração os filhos que vêm abençoar-nos a vida. os mapas do mundo, apontava a capital dos países e en-
Nossos filhos têm três salas de aula que são muito di- sinava quais eram os aspectos característicos, língua e
ferentes entre si. Refiro-me à sala de aula da escola, à sa- cultura de cada nação, eu mal poderia supor ou sequer
la de aula da Igreja e à sala de aula chamada lar. sonhar que um dia visitaria aquelas terras e povos.
Oh, como são importantes na vida de nossos filhos os
A SALA DE AULA DA ESCOLA professores que engrandecem seu espírito, aguçam seu in-
A Igreja sempre se preocupou muito com a educação telecto e motivam sua própria vida!
secular e incentiva seus membros a participarem das ativi-
dades de pais e mestres e outros eventos que visem a me- A SALA DE AULA DA IGREJA
lhorar o nível do ensino ministrado a nossos jovens. A sala de aula da Igreja acrescenta um aspecto essen-
Não há aspecto mais importante da ,educação cial à formação de toda criança e jovem. Nesse ambiente,
pública do que o professor que tem a oportu- cada professor pode elevar a todos os que lhe derem aten-
nidade de amar, ensinar e inspirar meni- ção e sentirem a influência de seu testemunho. Nas reu-
nos, meninas, rapazes e moças ávidos niões da Primária, da Escola Dominical, das Moças e do
de conhecimento. O Presidente Sacerdócio Aarânico, os professores bem preparados, cha-
David O. Mckay afirmou: "O ma- mados sob a inspiração do Senhor, podem tocar cada
gistério é a mais nobre profissão criança e jovem e induzi-los todos a "[buscarem] nos me-
do mundo. A continuidade e a lhores livros ( ... ) palavras de sabedoria; [e procurarem]
pureza do lar, bem como a segu- conhecimento, sim, pelo estudo e também pela fé".4 Uma
rança e a perpetuidade da nação, palavra de incentivo aqui e um pensamento espiritual ali
dependem da formação adequada podem influenciar lima vida preciosa e deixar uma marca
de nossos jovens. Os pais dão à indelével em sua alma imortal.
JUNHO DE 2000
.5
Há muitos anos, em um banquete de premiação de uma cada colher de comida, cada gole de água, firmando com
revista da Igreja, sentamo-nos ao lado do Presidente a outra mão a cabeça e o pescoço da filha. Pensei comigo
Harold B. Lee e sua mulher. O Presidente Lee disse à nos- mesmo: Por dezessete anos, essa mãe fez isso e todas as outras
sa filha adolescente, Ann: "O Senhor abençoou-a com um coisas por sua filha, sem jamais /Jensar no /Jró/Jrioconforto, no
rosto e um corpo muito bonitos. Mantenha seu interior tão próprio prazer, no próprio alimento. Que Deus abençoe es-
belo quanto o exterior e será agraciada com a verdadeira sas mães, pais e filhos. E Ele sem dúvida o fará.
felicidade". Aquele grande mestre deixou com Ann um
guia inspirado para o reino celeste de nosso Pai Eterno. A INOCÊNCIA DAS CRIANÇAS
O professor humilde e inspirado da Igreja pode instilar Todos os pais sabem que a mais intensa combinação
nos alunos o amor pelas escrituras. Pode fazer com que os de emoções do mundo não é provocada por nenhum
antigos apóstolos e o Salvador do mundo estejam presen- grandioso evento cósmico nem é encontrada nos roman-
tes não apenas na sala de aula, mas também no coração, ces ou livros de história, mas simplesmente no momento
mente e.alma de nossos filhos. em que um pai ou mãe observa seu filho a dormir.
Quando o fazem, vêm-lhes à mente as palavras de
A SALA DE AULA CHAMADA LAR Charles M. Dickinson:
Talvez a mais significativa de todas as salas de aula se-
ja o lar. É nele que formamos nossas atitudes e nossas Eles são os ídolos da família e de nosso coração!
crenças mais arraigadas. É nele que se desenvolve ou des- Anjos de Deus disfarçados é o que são;
trói a esperança. O lar é o laboratório de nossa vida. O A luz do sol em seus cabelos ainda brilha,
que nele fazemos determina o curso que seguiremos na Em seu olhar a glória do Senhor ainda cintila;
vida quando sairmos de casa. O Dr. Stuart E. Rosenberg Esses que ora distantes do lar e do céu estão
escreveu o seguinte em seu livro The Road to Confidence Deixaram mais dócil e afável meu coração;
(A Estrada da Confiança): "A despeito de todas as inven- Agora entendo por que jesHS, no livro de Mateus,
ções modernas e dos modismos, costumes e ícones da Comparou a uma criança o reino de Deus.7
atualidade, ninguém ainda inventou nem in~entará um
5
substituto satisfatório para a família". Em nosso convívio diário com as crianças, descobri-
Um lar feliz é uma amostra prévia do céu. O mos que elas são extremamente perspicazes e sempre
Presidente George Albert Smith perguntou: "Queremos dizem verdades profundas. Charles Dickens, autor do
ter um lar feliz! Se for esse nosso desejo, façamos com clássico Um Conto de Natal, ilustrou esse fato ao des-
que seja um local de oração, ação de graças e gratidão".6 crever a humilde família de Bob Cratchit reunindo-se
Há situações em que os filhos nascem na mortalidade para uma modesta porém muito aguardada ceia de
com uma deficiência física ou mental. Por mais que ten- Natal. Bob, o pai, estava voltando para casa com seu
temos, não nos é possível saber por que ou como essas frágil filho, Tiny Tim, nos ombros. Tiny Tim "tinha
coisas acontecem. Apresento meus sinceros cumprimen- uma pequena muleta e usava aparelho nas pernas". A
tos aos pais que, sem reclamar, tomam essas crianças nos mulher de Bob perguntou: "Como se comportou o pe-
braços e em sua vida, dedicando a um dos filhos do Pai queno Tim!"
Celestial uma porção extra de sacrifício e amor. '''Portou-se muito bem', respondeu Bob, 'muitíssimo
Certo ano, no complexo de veraneio de Aspen Grove, bem. Muitas vezes ele fica pensativo, por passar tanto
observei uma mulher pacientemente dando de comer a tempo sozinho, e imagina as coisas mais estranhas que já
uma filha adolescente que tinha uma deficiência congê- se ouviu. Quando voltávamos para casa, ele disse-me que
nita e era totalmente dependente da mãe. Ela oferecia esperava que as pessoas na Igreja o vissem porque era
A .L I A H o N A
()
deficiente, pois seria bom para elas, no dia de Natal, lem- As crianças parecem ser dotadas de uma fé segura no
brar-se Daquele que fez os coxos andarem e devolveu a Pai Celestial e em Sua capacidade e desejo de atender a
visão aos cegos. "'8 suas carinhosas orações. Sei por experiência própria que
O próprio Charles Dickens disse: "Amo esses pequeni- quando uma criança ora, Deus escuta.
nos, e não é algo insignificante que eles, que vieram da Quero contar-lhes a experiência de Barry Bonnell e
presença de Deus há tão pouco tempo, nos amem". Dale Murphy, dois jogadores profissionais de beisebol,
As crianças expressam seu amor de modo original e muito conhecidos, que jogavam no Atlanta Braves.
criativo. Há algum tempo, no meu aniversário, uma me- Ambos são conversos, sendo que Dale Murphy foi batiza-
nininha muito querida ofertou-me um cartão de aniver- do por Barry Bonnell.
sário escrito à mão e um minúsculo cadeado de "Barry teve uma experiência durante a temporada de
brinquedo dentro de um envelope, que achou que eu 1978 que, em suas próprias palavras, 'mudou [sua]
gostaria de receber de presente. vida'. Ele estava esforçando-se muito, mas seu desem-
"De todas as imagens queridas do mundo, nada é tão penho vinha deixando a desejar. Por esse motivo, esta-
belo quanto uma criança que está dando algo a alguém, va irritado consigo mesmo e bastante deprimido.
qualquer coisa pequenina que seja. A criança presenteia- Quando Dale Murphy o convidou para ir até o hospital,
nos com o mundo. Abre-nos o mundo como se fosse um
livro que jamais seríamos capazes de ler. Mas quando é
preciso encontrar um presente, sempre é alguma coisa pe-
quenina e absurda, colada e torta, ( ... ) um anjinho com
cara de palhaço. A criança tem tão pouco a oferecer, por-
que não se dá conta de que nos deu tudo o que tem."9
Assim foi para mim o presente
que Jenny me deu.

Se todas as crianças
tivessem pais amorosos,
um lar seguro e amigos
atenciosos, que mundo
maravilhoso seria esse.
ele não estava com vontade de fazê-lo, mas foi assim
mesmo. Lá conheceu Ricky Utde, um jovem e resoluto
torcedor do [Atlanta] Braves que estava com leucemia.
Era bem evidente que Ricky estava à beira da morte.
Barry sentiu um profundo desejo de pensar em algo re-
confortante para dizer, mas nada lhe pareceu adequado.
Por fim, perguntou se havia algo que pudesse fazer por
ele. Após um momento de hesitação, o jovem pediu que
ele rebatesse um /lOme nm por ele no próximo jogo.
[Posteriormente], Barry disse: 'Aquele pedido não pare-
cia difícil para Dale, que de fato rebatera dois home nms
naquela noite, mas eu estava tendo dificuldades e não
conseguira rebater um único home run no ano inteiro.
Senti, então, uma sensação de calor tomar-me o corpo
e disse a Ricky que podia contar com aquilo'." Naquela
noite, Barry rebateu seu único /lOme run de toda a tem-
porada.lo A oração de uma criança fora atendida e seu
desejo, satisfeito. "[Jesus] pegou as criancinhas, uma a uma, e

abençoou-as e orou por elas ao Pai. E depois de


NECESSIDADE DE SEGURANÇA haver feito isso, chorou de novo."
Se todas as crianças tivessem pais amorosos, um lar se-
guro e amigos atenciosos, que mundo maravilhoso seria e hediondo. Condena da forma mais severa esse modo
esse. Infelizmente, nem todas recebem tais bênçãos. de tratar os preciosos filhos de Deus. A criança deve
Algumas vêem a mãe ser barbaramente espancada pelo ser resgatada, nutrida, amada e curada. O agressor de-
pai, enquanto outras são igualmente maltratadas. Que ve ser levado perante a justiça para responder por seus
covardia, que perversidade, que vergonha! atos e receber tratamento profissional de modo a cessar
Em todo o mundo, os hospitais acolhem esses pequeni- essa sua conduta iníqua e diabólica. Se tivermos notí-
nos machucados e feridos, juntamente com mentiras desca- cia de tal comportamento e deixarmos de agir no
radas de que a criança "correu de encontro a uma porta" ou sentido de erradicá-lo, estaremos compactuando com
"caiu da escada". Os mentirosos e truculentos que maltra- o problema. Sobre nós recairá parte da culpa e da
tam as crianças sofrerão um dia as conseqüências de seus punição.
erros. A criança calada, ferida e ultrajada que foi vítima de Espero não ter sido demasiado severo, mas amo esses
maus-tratos e às vezes de incesto precisa receber ajuda. pequeninos e sei que o Senhor também os ama. Não .há
Um juiz de direito escreveu-me o seguinte: "O abuso relato mais comovente desse amor do que a ocasião em
sexual de crianças é um dos crimes mais depravados, des- que Jesus abençoou as crianças, conforme lemos em
trutivos e degradantes da sqciedade civilizada. Há um au- 3 Néfi. Vemos que Jesus curou os doentes, ensinou as
mento alarmante de relatos de abusos e maus-tratos pessoas e orou ao Pai Celestial por elas. Permitam-me ci-
físicos, psicológicos e sexuais de crianças. Nossos tribu- tar essas palavras de valor inestimável:
nais estão ficando repletos de casos relacionados a esse "[J esus] pegou as criancinhas, uma a uma, e aben-
comportamento repulsivo". çoou-as e orou por elas ao Pai.
A Igreja não tolera esse comportamento abominável E depois de haver feito isso, chorou de novo;
A llAHONA
S
E dirigindo-se à multidão, disse-lhes: Olhai para vos- Ele contou: 'Vovô estava lá e por causa dele tudo deu
sas criancinhas. certo'. O Senhor fez com que, aos olhos do menino, o
E ao olharem, lançaram o olhar ao céu e viram os céus anestesista se parecesse com o avô, embora ele estivesse
abertos e anjos descendo dos céus, como se estivessem no servindo em uma missão a 2.900 quilômetros dali."
meio de fogo; ( ... ) e os anjos ministraram entre eles." I1 Pode ser que seu avô não estivesse a seu lado na mesa
Vocês podem perguntar: Essas coisas ainda acontecem de cirurgia, R. J., mas você estava nas orações e pensa-
hoje em dia? Deixem-me contar-lhes o belo relato de uma mentos dele. Você foi embalado nas 'mãos do Senhor e
avó e um avô que estavam servindo em uma missão há abençoado pelo Pai de todos nós.
alguns anos e o modo como seu netinho foi abençoado. Queridos irmãos e irmãs, que o riso das crianças alegre
O avô missionário escreveu: nosso coração. Que a fé dos pequeninos console nossa al-
','Atualmente, minha mulher, Deanna, e eu estamos ma. Que seu amor motive nossas ações. "Os filhos são he-
servindo como missionários em Jackson, Ohio. Uma de rança do Senhor."12 Que o Pai Celestial sempre abençoe
nossas maiores preocupações ao aceitarmos o chamado essas queridas almas, esses amigos especiais do Mestre. O
para a missão foi a nossa família. Não estaríamos com eles
quando tivessem problemas. NOTAS
1. Mateus lS: 1-6.
Pouco antes de partirmos para o campo missionário,
2. "Ode: Intimations of Immortality from Recollections of
nosso neto, R. J., que na época estava com dois anos e Early Childhood."
meio, teve de submeter-se a uma cirurgia nos olhos para 3. Gospel Ideais, 1954. p. 436.
4.D&CSS:IIS.
corrigir o estrabismo. A mãe dele pediu-me que o acom-
5. The Road to Confidence. 1959. p. 121.
panhasse porque somos muito chegados. Apesar de tudo 6. Conference Report. abril de 1944, p. 32.
ter transcorrido muito bem, R. J. chorou antes e depois 7. The Children, Jack M. Lyon et ai, comp., Best-Loved Poems
da operação, porque ninguém da família pôde entrar na of LOS People, 1996, p. 2 I.
S. A Christmas Carol and Cricker on the Hearth. sem data. pp.
sala de cirurgia, e ele teve medo.
50--51.
Cerca de seis meses depois, quando ainda estávamos 9. Margaret Lee Runbeck. Bits & Pieces, 20 de setembro de
na missão, R. J. precisou de outra cirurgia. A mãe telefo- 1990.
nou para mim, expressando seu desejo de que eu fosse lO. James L. Ison. MornlOns in the Major Leaglles, 1991, p. 21.
11.3 Néfi 17:21-24.
com eles ao hospital para acompanhar a segunda inter-
12. Salmos 127:3.
venção cirúrgica. Obviamente, a distância e a missão im-
pediram-nos. Deanna e eu jejuamos e oramos ao Senhor
para que consolasse ~lOSSO neto durante a operação. IDÉIAS PARA OS MESTRES FAMILIARES

Telefonamos pouco depois do fim da cirurgia e ficamos 1. É nosso dever e privilégio receber em nosso lar e em
sabendo que, como ainda tinha bem viva na mente a ex- nosso coração os filhos que vêm abençoar-nos a vida.
periência anterior, R. J. não queria sair de perto dos pais. 2. Nossos filhos têm três importantes salas de aula: a
Mas assim que entrou na sala de cirurgia, acalmou-se. sala de aula da escola, a sala de aula da Igreja e a sala de
Deitou-se na mesa de operação, tirou os óculos e subme- aula chamada lar.
teu-se à cirurgia tranqüilamente. Sentimo-nos muito gra- 3. Talvez a mais significativa de todas as salas de aula
tos. Nossas orações tinham sido atendidas. seja o lar, onde formamos nossas atitudes e nossas cren-
Poucos dias depois, ligamos para nossa filha e pergunta- ças mais arraigadas. É nele que se desenvolve ou destrói
mos como estava R. J. Ele estava passando bem, e ela con- a esperança. O lar é o laboratório de nossa vida.
tou-nos o seguinte: depois da operação, R. J. acordou e 4. Todas as crianças precisam de pais amorosos, um lar
disse à mãe que o avô estivera com ele durante a cirurgia. seguro e amigos atenciosos
JUNHO DE 2000
l)
Acima: O Presidente Gordon B.
Hinckley no funeral do President
Howard W. Hunter. Ao fundo: O
Presidente Hinckley fala à im-
prensa pela primeira vez depois
de tornar-se o presidente da
Igreja.
o Presidente Hinckley serviu como conselheiro de três presidentes da Igreja. A partir da esquerda: Com o
Presidente Spencer W. Kimball; com o Presidente Ezra Taft Benson (no centro) e o Presidente Thomas S. Monson,
na época segundo conselheiro; com o Presidente Howard W. Hunter.

falar abertamente sobre a Igreja tan- presidente da Igreja em 12 de março externando sua profunda gratidão
to para pessoas influentes como o de 1995. pelos que contribuíram para o cresci-
público em geral. As experiências Em outubro de 1981, na primeira mento e progresso do Reino. Voltou
que teve posteriormente só vieram a conferência geral depois de ser cha- a reiterar sua determinação de não
aumentar sua confiança profunda e mado para a Primeira Presidência, o medir esforços no trabalho:
ardente na mensagem do evangelho. Presidente Hinckley fez um retros- uApresento-me como seu servo e,
Após a missão, aceitou, em pecto de seu serviço como ao pedir sua fé, orações constantes e
1935, o emprego de secretário Autoridade Geral sob a direção de apoio, prometo a vocês e ao Senhor
do recém-criado Comitê de "quatro homens admiráveis e inspi- dar o melhor de mim.
Rádio, Publicidade e Materiais rados [que] presidiram a Igreja: Ao assumir as responsabilidades
Missionários da Igreja. Nesta desig- David O. McKay, Joseph Ficlding deste ofício sagrado, tenho plena
nação e em outras semelhantes, Smith, Harold B. Lee e Spencer W consciência de que já não sou ne-
contribuiu por mais de vinte anos Kimball". (UFaith: The Essence of nhum rapaz. Contudo, creio poder
para a obra missionária e o cresci- True Religion", Ensign, novembro de dizer honestamente que não me sin-
mento da Igreja, até ser chamado 1981, p. 5) Teceu considerações so- to velho. Não posso renegar minha
como Autoridade Geral em 1958. bre algumas das dificuldades, pro- certidão de nascimento; no entanto,
Em 6 de abril de 1958, foi apoiado gresso e crescimento da Igreja nesse sinto um vigor e energia quase juve-
como Assistente dos Doze e, em 30 período, mostrando-se grato "pelo nis em meu entusiasmo por esta obra
de setembro de 1961, como membro grande avanço da obra do Senhor". preciosa do Todo-Poderoso." (UThis
do Quórum dos Doze Apóstolos. Por fim, acrescentou: "Quer esta de- is the Work of the Master", Ensign,
Serviu no quórum por quase 20 anos, signação seja longa ou breve, com- maio de 1995, p. 70)
até ser chamado como conselheiro prometo-me a empenhar-me ao Ainda naquela ocasião, discorreu
do Presidente Spencer W Kimball máximo, com todo amor e fé". sobre um tema que logo se tornaria
em 23 de julho de 1981. Em 2 de de- (Ensign, novembro de 1981, p. 6) uma constante - o que diz respeito
zembro de 1982, tornou-se segundo Em 2 de abril de 1995, um dia de- às responsabilidades de todos os
conselheiro na Primeira Presidência. pois de ser apoiado Presidente da membros pelo engrandecimento do
Serviu como primeiro conselheiro Igreja na assembléia solene dos reino de Dcus na Terra:
tanto do Presidente Ezra Taft Benson membros, fez, em poucas palavras, "Esta Igreja não pertence a seu
como do Presidente Howard W do púlpito do 1àbernáculo, um apa- Presidente. Seu Líder é o Scnhor
Hunter antes de ser ordenado nhado de seu serviço na Igreja, Jesus Cristo, cujo nome cada um de

A llAHONA
/2
Abaixo, à esquerda: Com missionários em Honduras que
estão ajudando na limpeza após a passagem do furacão Mitch,
em novembro de 1998. Abaixo, no centro: Recepcionado por
crianças nas Ilhas Canárias, em fevereiro de 1998. Abaixo,
à direita: Na cerimônia de abertura de terra do Centro de
Conferências, em 24 de julho de 1997.
_Palavras do Profeta Vivo
Reflexões e Conselhos do Presidente Gordon B. Hinckley

RAIVA abrange tudo que é verdadeiro e


"Irmãos, precisamos vigiar-nos bom, e conhecemos apenas parte
constantemente. Sempre que senti- dele. Estamos aprendendo constan-
rem um pouco de raiva dentro de vo- temente, e nosso conhecimento es-
cês, vão para fora de casa, respirem reino de Deus. Não há exceções. E o tá aumentando, mas ainda temos
ar puro, voltem com um sorriso no que acontecerá com os que viveram muito o que aprender."5
rosto, abracem a esposa e digam o na Terra ao longo das gerações sem
quanto a amam. Cuidem dos filhos e receber essa ordenança? Como essa AMOR NO LAR
expressem-lhes seu amor. Criem-nos doutrina é gloriosa! Que revelação "Vocês que são pais, pai ou mãe:
em um ambiente de ternura e bonda- maravilhosa é a que nos ensina que criem seus filhos em luz e verdade.
de, como convém aos santos dos úl- temos a oportunidade de ir à casa do Permitam-lhes crescer em um lar on-
timos dias.'" Senhor para sermos batizados pelas de haja amor e paz. Orem com eles.
pessoas que não receberam essa or- Ensinem-nos a serem humildes.
AUXILIAR OS CONVERSOS denança de salvação em vida.") Realizem a noite familiar. Vivam o
"Muitos dos que se filiam à Igreja evangelho. Sejam homens e mulhe-
fazem um grande sacrifício ao serem FAZER O TRABALHO DO SENHOR E res íntegros, fiéis, honestos e verda-
batizados. Eles são preciosos. São CONHECÊ-LO deiros, e o Senhor os abençoará, e
pessoas iguais a nós, e seus filhos se- "Se fizermos o trabalho do vocês verão seus filhos crescerem
rão o mesmo tipo de pessoa que os Senhor, nós O conheceremos. honrando-os, amando-os e respei-
nossos caso sejam nutridos e fortale- Devemos conhecer a Deus, nosso Pai tando-os. Tempo virá em que, com o
cidos na Igreja. Nem tenho palavras Eterno. Como sou grato por saber no coração agradecido, vocês se ajoe-
para expressar a importância disso. É coração, por meio do dom do lharão e agradecerão ao Senhor por
um assunto que me tem preocupado Espírito Santo, que Deus é nosso Pai essas maravilhosas bênçãos que Ele
profundamente ao viajar pela Igreja Eterno e por ter a certeza de que vo- lhes concedeu."6
em todo o mundo."2 cês possuem na alma esse mesmo co-
nhecimento. "4 FILHOS E FILHAS DE DEUS
BATISMO PELOS MORTOS "Creiam em Deus, nosso Pai
"O Salvador deixou bem claro APRENDIZADO Eterno, o Pai de todos nós. Ele é nos-
que o batismo pela água e pelo "Este grandioso volume de escri- so Pai. Somos Seus filhos. Por conse-
Espírito é essencial para "todos e que turas que contém a plenitude da guinte, somos todos irmãos e irmãs e
sem ele ninguém pode entrar no verdade [o Livro de Mórmon) devemos tratar-nos como tal. Não
A LIAHONA
16
importa a cor de nossa pele ou o país do universo, irá ouvir, escutar e Somos Seus filhos. Por conseguinte,
em que tenhamos nascido. Somos to- responder. "7 somos todos irmãos e irmãs e de-
dos progênie de Deus, que nos legou vemos tratar-nos como tal.
parte de uma herança divina, algo de A OBRA DO SENHOR

eterno que nos toma irmãos e irmãs, "Queridos amigos, colegas, ir-
espalhados por todo o mundo. Para mãos e irmãs, Deus os abençoe nes- entendimento ao mundo cnstao,
mim, é um milagre maravilhoso poder te grandioso trabalho. Ele é até chegarmos a esta que é a dis-
ajoelhar-me e erguer a voz pa- verdadeiro! É a obra do Senhor. Ele pensação da plenitude dos tempos,
ra o Deus do céu com a está à frente deste trabalho, quando foram restauradas todas as
certeza no coração de que é o ponto culminante de coisas das dispensações anteriores.
que Ele, o grande Sua obra em todas as gera- Este é o dia glorioso do trabalho do
Governante ções da história. Esta gran- Senhor, e somos todos muito afor-
diosa era constitui o auge tunados em fazer parte dela. Que
do estabelecimento da desempenhemos bem a nossa parte
obra desde a estada do e O sirvamos em verdade, justiça e
Salvador na Terra, passando fidelidade, de modo que quando tu-
pela época dos apóstolos e do estiver terminado, Ele possa di-
os difíceis anos que se zer: 'Bem está, servo bom e fiel;
seguiram, os séculos da ( ... ) entra no gozo do teu senhor'.
Idade Média e o trabalho (Mateus 25:23)"8 O
dos reformadores que
procuraram oferecer
NOTAS
um pouco de luz e 1. Conferência regional de Salt Lake
Holladay, reunião de liderança do sacer-
dócio, 7 de fevereiro de 1998.
2. Woods Cross, Utah, conferência re-
gional, reunião de liderança do sacerdó-
cio, 10 de janeiro de 1998.
3. Atlanta, Georgia, conferência regio-
nal, 17 de maio de 1998.
4. Reunião, Burlington, Vermont, 14
de outubro de 1998.
5. Conferência regional de Sair Lake
Holladay, reunião de liderança do sacer-
dócio, 7 de fevereiro de 1998.
6. Reunião, Cidade do Cabo, África do
Sul, 20 de fevereiro de 1998.
7. Reunião, Chicago, minais, 18 de ou-
tubro de 1998.
8. Seminário de diretores de assuntos
temporais, Salt L,ke City, Utah, lade
abril de 1998.
SEGUIR O PROFET
Uma Perspectiva do Livro de Mórmo
Clyde J. Williams

As experiências dos descendentes de rejeitam os profetas e sua mensagem, o Espírito do


Leí demonstram claramente a sabedo- Senhor cessa de lutar com elas (ver 1 Néfi 7:14;
ria de darmos ouvidos aos profetas Mórmon 5:16; Éter 15:19) e deixa-as à mercê
do Senhor. do poder de Satanás (ver Helamã 16:22-23;
Éter 15:19). Nessa situação, elas tornam-se

D o início ao fim, o Livro de Mórmon pode ser visto


como um manual sobre a obediência aos profetas.
Há exemplos claros das bênçãos advindas da ob-
servância das palavras dos servos do Senhor e dos perigos
cegas para a verdade e "nao [podem] com-
preender
profetas]".
as palavras proferidas
(Alma 10:25) Em vez de se-
guir os profetas, os iníquos acabam
[pelos

lu-
da repulsa a sua orientação. Assim, as mensagens do tando contra eles. (Ver 2 Néfi 10:16.)
Livro de Mórmon são tão relevantes hoje como quando Hoje em dia, assim como na época
foram redigidas. De fato, a própria existência desse volu- de Jacó, há quem despreze as "palavras
me de escrituras é evidência de que as palavras dos pro- claras" dos profetas por buscar misté-
fetas foram ouvidas. rios que não pode compreender. Uacó
Leí e os demais profetas do Livro de Mórmon são uma 4: 14) O Élder Dean L. Larsen, atualmen-
demonstração viva de que "certamente o Senhor Deus te membro emérito dos Setenta, falou so-
não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos bre essa condição, usando um exemplo da
seus servos, os profetas". (A mós 3:7) Assim como sempre antiga Israel: "Ao que parece, eles eram aco-
adverte Seus filhos antes de impor-lhes Seus juízos (ver metidos de uma pseudosofisticação e esnobismo
2 Néfi 25:9), o Senhor sempre cumpre as promessas da- que lhes dava um falso senso de superioridade em rela-
das por intermédio de Seus profetas (ver Alma 50: 19-22; ção aos que se aproximavam deles com as palavras cla-
3 Néfi 1:20; Éter 15:3). ras do Senhor. Eles foram além do marco da sabedoria
e prudência e, obviamente, distanciaram-se das verda-
OS PERIGOS DA DESOBEDIÊNCIA des essenciais do evangelho que fornecem o alicerce
A história dos descendentes de Leí é um exemplo para a fé. Devem ter-se deleitado em assuntos contro-
clássico do que acontece com um povo que deixa de versos e teóricos que acabaram por obscurecer-lhes a
dar ouvidos às palavras dos profetas. No Livro de visão para as verdades espirituais ftmdamentais. Ao
Mórmon, a inobservância dos conselhos proféticos le- deixarem-se levar por essas 'coisas que não [podiam]
vou ao cativeiro (ver Mosias 12:2; 21:13), à fome (ver entender' [Jacó 4:14], sua compreensão do papel re-
Helamã 11:4-5; Éter 9:29-33), ao engano e iniqüidade dentor de um verdadeiro Messias e sua fé Nele perde-
(ver 3 Néfi 2:1-3) e à tristeza e destruição (ver Alma ram-se e o proPOSltO da vida tornou-se confuso".
9: 18; 16:9; 3 Néfi 8; Mórmon 6; Éter 15). Além disso, ("Looking beyond the Mark", Ensign, novembro de
o Livro de Mórmon esclarece que quando as pessoas 1987, p. 11)

A llAHONA
18
Livro de Mórmon pode ser visto como
manual sobre a obediência aos pro-
s. De fato, a própria existência desse
lume de escrituras é evidência de que
alavras dos profetas foram ouvidas.
A IMPORTÂNCIA DE DAR OUVIDOS AOS PROFETAS e as veredas escabrosas haviam sido aplanadas. Deus
PRONTAMENTE conduziu-me em segurança ao longo de um curso que foi
O ministério de Abinádi ilustra a importância de ou- aberto com amor e carinho, por vezes com grande ante-
virmos oportunamente as advertências dos profetas .. cedência." ("Finding Safety in Counsel", Ensign, maio de
Quando Abinádi admoestou os nefitas da terra de Leí- 1997, p. 35.)
Néfi pela primeira vez, dizendo que caso não se arrepen- O Livro de Mórmon traz a história de pessoas como
dessem seriam escravizados (ver Mosias 11:21), ninguém Alma, o filho, Amuleque e Zeezrom, que tiveram de
lhe deu atenção. Conseqüentemente, quando voltou dois abandonar estilos de vida ou posturas cômodas para se-
anos depois, Abinádi foi mais duro na pregação. Dessa guir o profeta vivo. Essa renúncia costuma ser difícil e por
vez, profetizou que os nefitas cairiam em cativeiro e que, vezes implica a perda de amigos e posição. (Ver Alma
se ainda assim não se arrependessem, seriam destruídos. 14:6-7; 15:3.) "Há ou haverá momentos em que as de-
(Ver Mosias 12:2, 8.) clarações proféticas irão de encontro a nosso orgulho ou
O rei Noé e a maioria de seu povo rejeitaram as adver- nossos interesses aparentemente pessoais", disse o Élder
tências de Abinádi e acabaram por ser mortos ou escra- Neal A. Maxwell, hoje do Quórum dos Doze Apóstolos.
vizados. (Ver Mosias 19:15-20; 21:4-15.) Contudo, Ele prosseguiu: "Devemos ser como o Presidente Marion G.
Alma e seus seguidores deram ouvidos à mensagem de Romney [1897-1988], que disse humildemente: '( ... )
Abinádi, escaparam da destruição e sentiram seus fardos Nunca hesitei em seguir os conselhos das Autoridades da
tornarem-se leves durante o cativeiro prenunciado pelos Igreja, ainda que entrassem em conflito com minha vida
profetas. (Ver Mosias 17:2; 18:6-7,34; 24:8-17.) social, profissional e política"'. (Things As They Really Are
Com Alma e seus seguidores, aprendemos que é [1978], p. 73) A escolha de Alma, Amuleque, Zeezrom e
muito melhor seguir os conselhos dos profetas pronta- do Presidente Romney de seguir o profeta acabou por tra-
mente. Procrastinar a obediência ou o arrependimento zer-lhes mais paz, alegria e sentido na vida.
leva à tristeza e ao pesar. Com relação a esse princípio, o
Élder Henry B. Eyring do Quórum dos Doze Apóstolos NÃO CRITICAR O PROFETA
ensinou: As pessoas nem sempre acham as palavras dos profe-
"Se deixarmos de acatar as palavras proféticas, reduzi- tas agradáveis, como demonstra a vida de Samuel, o la-
remos nossa capacidade de receber conselhos inspirados manita, que pregou o arrependimento e profetizou o que
no futuro. A melhor hora para as pessoas decidirem aju- o Senhor lhe pusera no coração. (Ver Helamã 13:2-3.) A
dar Noé a construir a arca teria sido na primeira vez que pregação de Samuel tinha dupla finalidade: era uma
ele pediu. A cada nova recusa, a sensibilidade do povo ao mensagem de advertência e de esperança. (Ver Helamã
Espírito diminuía. Assim, as palavras de Noé pareciam- 13:5-6; 30-33; 14:11-13.)
lhes cada vez mais tolas, até que veio a chuva. Aí, já era Quando ensinou, os iníquos ficaram irados, atribuíram
tarde. seu poder ao diabo e racionalizaram, concluindo que suas
Todas as vezes em minha vida em que resolvi adiar a palavras eram descabidas. (Ver Helamã 16:2, 6, 16-18.)
obediência a conselhos inspirados ou cheguei à conclu- Acreditavam que as profecias eram tradições iníquas pas-
são de que eu era uma exceção, acabei por descobrir que sadas de pais para filhos e cuja veracidade ninguém po-
me envolvera em perigo. Sempre que dei ouvidos às pa- deria provar. (Ver Helamã 16:20.)
lavras dos profetas, confirmei-as pela oração e segui-as, A respeito dessa tendência que os incrédulos têm de
constatei que dera o passo mais acertado e seguro. Ao tri- racionalizar os conselhos proféticos, o Presidente N.
lhar o caminho, percebi que ele fora preparado para mim Eldon Tanner (1898-1982), quando integrava a Primeira
A LIAHONA

20
Presidência, disse: "Recordemos ( ... ) que quanto mais dúvida a integridade de Jacó (ver Jacó 7:7) e Corior ques-
distantes ou fora de sintonia nós próprios estivermos, tionou a honestidade e motivação de Alma (ver Alma
mais propensos estaremos a procurar erros ou fraquezas 30:31-32).
nas pessoas e a tentar apresentar desculpas ou justificati- Embora os profetas sejam humanos e sujeitos a fraque-
vas para nossos próprios defeitos em vez de procurar zas (ver 1 Néfi 16: 20; Éter 2: 14), o Senhor é perfeitamen-
aperfeiçoar-nos. Constatamos que, quase invariavelmen- te capaz de corrigi-los a Seu próprio modo. "Os profetas
te, as maiores críticas aos líderes e à doutrina da Igreja precisam ser ensinados, assim como nós", declarou o
partem de quem não está cumprindo fielmente seu dever, Élder Neal A. Maxwell, do Quórum dos Doze Apóstolos.
seguindo os líderes ou vivendo de acordo com os ensina- "Contudo, trata-se de algo que o Senhor é capaz de
mentos do. evangelho". ("'Judge Not, That Ye Be Not fazer sem precisar recorrer a uma multidão de auxiliares."
Judged"', Ensign, julho de 1972, p. 35) ("'A Brother Offended"', Ensign, maio de 1982, p. 39)
Em repetidas passagens do Livro de Mórmon há situa-
ções em que as pessoas questionam a sabedoria ou o ca- UM CHAMADO COLETIVO PARA SEGUIR A CRISTO

ráter de um profeta. Desde o início, Lamã e Lemuel Em última análise, seguir os profetas é seguir a Jesus
contestaram as ordens de seu pai e profeta. Serém pôs em Cristo. Todos os profetas do Livro de Mórmon ensinaram
a respeito do Salvador e da necessidade de O aceitarmos • Samuel, o lamanita, foi até os nefitas com a finalida-
e seguirmos. (Ver Jacó 7: 11; Mosias 13:33.) Eis alguns de específica de ajudá-los a "[saberem] da vinda de Jesus
exemplos: Cristo" para que "[acreditassem] em seu nome".
• Os antigos profetas Zenos, Zenoque e Neum (Helamã 14: 12)
testificaram de Cristo e de Sua Expiação. (Ver 1 Néfi • Pouco antes da visita do Salvador ao continente
19: 10.) americano, muitos profetas testificaram de Sua
• Leí ensinou que é somente "por meio dos méritos e redenção, que brevemente se concretizaria. (Ver 3 Néfi
misericórdia e graça do Santo Messias" que podemos ser 6:20.)
salvos. (2 Néfi 2:8) • Mesmo muito tempo depois da visita do Salvador
• Néfi afirmou: "Falamos de Cristo, regozijamo-nos aos descendentes de Leí, os profetas Mórmon e Morôni
em Cristo, pregamos a Cristo, profetizamos de Cristo". proclamaram a importância de sermos verdadeiros segui-
(2 Néfi 25: 16) Declarou que citava Isaías a fim de dores de Jesus Cristo e virmos a Ele. (Ver Morôni 7:41,
persuadir melhor .seu povo a "acreditar no Senhor, seu 48; 10:30,32-33.)
Redentor". (l Néfi 19:23) Como vimos, os profetas do Livro de Mórmon tinham
• Jacó expressou o grande desejo que tinha de o objetivo comum de conduzir o povo a Cristo. Afinal,
"persuadir todos os homens" a "[acreditarem] em conforme testificaram eles, seremos sal vos se "[perseve-
Cristo". Oacó 1:8) rarmos] até o fim, seguindo o exe"mplo do Filho do Deus
• Enos declarou em todos os seus dias "a verdade que vivente". (2 Néfi 31:16)
stá em Cristo". (Enos 1:26)
• Os profetas contemporâneos de Jarom procuraram SEGURANÇA NA OBEDIÊNCIA AOS PROFETAS VIVOS

°nduzir o povo a "esperar pelo Messias e a crer na sua vin- Em todas as gerações, precisamos acatar os conse-
a, como se ele já tivesse vindo". Oarom 1: 11) lhos dos profetas e aplicá-los a nossa vida. Há segu-
• Amaléqui exortou seus leitores a "[virem] a Cristo" rança e proteção na obediência aos profetas,
e a "[participarem] de sua salvação". (Ômni 1:26) principalmente os de nossos dias. Na época de Néfi,
• O rei Benjamim trabalhou diligentemente, com o "os que acreditavam nas advertências e revelações de
auxílio de muitos santos profetas, a fim de preparar seu Deus" (2 Néfi 5:6) "[viveram] Mosias 18; 24.) Os so-
povo para tomar sobre si o nome de Cristo. (Ver Palavras breviventes da grande destruição nefita foram poupa-
de Mórmon 1:16-18; Mosias 1:11; 3:17; 5:8-10.) dos por terem "[recebido] os profetas". (3 Néfi
• Abinádi advertiu seu povo que só se alcança a sal- 10: 12) Em cada geração nefita, o Senhor mandou
vação por meio da Expiação de Cristo. (Ver Mosias profetas para ensinar, advertir e preparar o povo para
13:28, 33.) Seu advento. O mesmo sucederá na Segunda Vinda.
• Alma, o filho, explicou a seu povo o que eles preci- Hoje em dia, o Senhor envia profetas pelos mesmos
savam fazer para ter a imagem de Cristo no semblante e motivos. É o que verificamos nas palavras do Presidente
segui-Lo como seu Pastor. (Ver Alma 5: 14, 38.) James E. Faust, atualmente segundo conselheiro na
• Alma e Amuleque ensinaram aos zoramitas pobres Primeira Presidência: "Recebemos a promessa de que o
que a palavra está em Cristo e que sem Sua Expiação to- Presidente da Igreja receberá orientação para todos nós
dos se perderiam. (Ver Alma 34:6, 9.) como o revelador para a Igreja. Nossa segurança reside
• Helamã, filho de Helamã, falou a seus filhos acerca em dar ouvidos ao que ele diz e em seguir seus conse-
da necessidade de edificarmos a vida "sobre a rocha de lhos". ("Continuous Revelation", Ensign, novembro de
nosso Redentor, que é Cristo". (Helamã 5: 12) 1989, p. 10) O
JUNHO DE 2000
23
MENSAGEM MÓRMON

CUIDADOI
Atualização das Notícias
sobre os Templos
Dedicação do Templo Kona Havaí Nós oramos para que a juventude da Igre-
TemPlo Kona Havaí, o 70º em fun- ja tenha o desejo de atender aos anseios dos

O
compareceram
cionamento, foi dedicado em 23/24
de janeiro. Mais de 3.100 membros
às quatro sessões dedicatórias.
que estão por trás do véu da morte, por meio
da realização dos batismos vicários
favor. E ao fazerem isso, que cresça em seu
em seu

"Nós oramos para que esta seja verdadei- coração um desejo incontido de caminhar
ramente a casa do Senhor, respeitada e reve- como Tu desejas que eles caminhem, e não
renciada não só pelas pessoas de nossa fé, como deseja o mundo."
mas por todos os que olharem para ela. Que No período que antecedeu a primeira ses-
seja santificada pela presença de Teu Santo são dedicatória, mais de 600 membros reuni-
Espírito", disse o Presidente Gordon B. ram-se sob o sol brilhante e tropical, para
Hinckley na oração dedicatória. testemunhar a cerimônia tradicional da pe-
"Nós oramos pelo bem-estar dos santos dra angular. Enquanto o Presidente Hinc-
fiéis destas magníficas ilhas do Pacifico", dis- kley assentava a argamassa na junção supe-
se ele. "Que o coração das pessoas seja toca- rior do mármore branco, um silêncio impres-
do por um crescente desejo de vir à casa do sionante cobriu a multidão que assistia. De
Senhor . e~..
aqui experimentar p doce alimento onde eles estavam, podiam ver a baía Kailua
)

~~a~ic!qpelo Espírito Santo. Que a influência e as águas azuis do oceano Pacífico. Um coro
desta Tua casa seja sentida entre o Teu povo, formado por membros da Estaca Kona Ha-
e que tenha ressonância em sua vida e em vaí, regido por Lono lkuwa, acrescentou o
seu lar. cântico "Let the Mountains Shout for Joy"

o novo Templo Kona Havai é o 7Q2 templo em funcionamento.

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


1
ao espírito reinante na cerimônia. forte "Aloha!" vinha em resposta, entrada frontal para iniciar a primei-
No encerramento, o Presidente enquanto ele e outras autoridades ra sessão dedicatória.
Hinckley exclamava "Aloha!" e um presentes caminhavam em direção à O Presidente Hinckley estava
acompanhado, nessa dedicação, pelo
Presidente Boyd K. Packer, Presi-
dente Interino do Quórum dos Doze
Apóstolos, e pelo Elder Donald L.
HaIlstrom, Setenta-Autoridade de
Área. Compareceram também a
irmã Marjorie P. Hinckley, a irmã
Donna Packer e a irmã Diane HaIls-
trom.
Mais de 3.000 membros compare-
ceram durante a dedicação. Muitos
eram nativos de outras áreas do Pa-
cífico. Contígua à sede da estaca,
numa sala reservada para esse fim,
foi instalado um equipamento de
tradução dos serviços em tonganês.
~
O templo atenderá mais de
~ 11.000 membros das ilhas do Havaí,
i5
8 Maui, Molokai e Lanai.

! A dedicação do templo foi consi-


derada o primeiro evento da come-

Is
-<
moração (de um ano de duração) do
sesquicentenário da Igreja no Havaí.
Muitos santos do distrito do novo
templo, cuja linha de descendência
~
extende-se a diversas gerações passa-

I O Presidente Gordon B. Hinckley passa a colher de pedreiro às mãos do Presiden-


das, há muito tempo ansiavam por
um templo. "Existem pessoas que es-
tão esperando por isso há várias ge-
te Boyd K. Packer, à direita, durante a cerimônia da pedra angular do Templo rações", disse o presidente da estaca
Kona Havaí. Kona, Presidente Philip A. Harris.

o PRESIDENTEHINCKLEY VISITA OS SANTOS NO PAcíFICO

A Visita do Presidente Gordon B.


Hinckley ao Havaí para a dedi-
cação do Templo Kona Havaí mar-
te Hinckley esteve com mais de
26.000 membros da Igreja; 20.533
no Havaí, 1.500 no aeroporto de
cumprimentando os membros no
Havaí por sua fidelidade e exortan-
do-os a atingir patamares mais eleva-
cou o início de uma jornada de 10 Tarawa, 625 num serão em Cairns, dos de retidão e serviço. Ele falou aos
dias e 37.000 quilômetros pelo Pací- 1.800 em outro serão em Jacarta, 6 membros em 22 e 23 de janeiro, em
fico, na qual ele pôde encontrar os no aeroporto de Bali, 1.450 num se- duas reuniões regionais em Laie.
membros e os representantes do go- rão em Cingapura e 684 num serão "É chegada a hora de celebrar",
verno local e nacional de diversos em Guam, além dos inúmeros san- disse o Presidente Hinckley durante
países. Durante a viagem, acompa- tos em Saipan que participaram por a primeira das reuniões regionais. "É
nharam o Presidente Hinckley sua teleconferência. hora de agradecer. É hora de louvar o
esposa Marjorie e também o Presi- Senhor. E hora de nos amoldarmos e
dente Boyd K. Packer, Presidente de mudar nossa vida, vivendo de
Laie, no Havaí
Interino do Quórum dos Doze acordo com o evangelho e como um
Apóstolos e sua esposa, Donna. Isso não se parece nada com o santo dos últimos dias. ( ... )
Do Havaí, eles viajaram para Ta- que era há 150 anos, quando os pri- "Caminhem em direção a um
rawa, Quiribati; Cairns, Queens- meiros missionários santos dos últi- plano mais elevado", ele acrescen-
land, Austrália; Jacarta e Bali, Indo- mos dias trouxeram o evangelho tou, "com a cabeça erguida, acredi-
nésia; Cingapura e Guam. Durante restaurado a "estas ilhas abençoa- tando em vocês mesmos e em sua
todo o trajeto, o grupo do Presiden- das", disse o Presidente Hinckley capacidade de agir para o bem da

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


2
humanidade e fazer a diferença. Vo-
cês podem fazer isso. Vocês prova-
ram que podem. Continuem assim."
Lembrando que a batalha do mal
contra a Igreja e contra os santos
dos últimos dias individualmente
continua a crescer, o Presidente
Hinckley exortou os membros a lu-
tar contra o mal, orando. "Não há
no mundo poder semelhante ao po-
der da oração", disse.
Ele conclamou os membros a fa-
zer da obra missionária uma priori-
dade, e a trabalhar mais. "Eu penso
em nossa presença aqui nesses 150
anos", disse ele. "Nós precisamos ter
duas vezes mais membros do que te-
mos hoje no Havaí. Eu sei que isso é Em Tarawa, Quiribati, o Presidente Gordon B. Hinckley cumprimentou os membros
possível." Salientando que a Igreja e retribuiu ao carinho dos membros que o receberam no aeroporto.
ainda tem o mesmo percentual de
membros no Havaí que tinha há um fortalecida na fé." em qualquer ocasião, na adversidade
século atrás, ele acrescentou: "Se Durante a segunda reunião regio- e na prosperidade."
fôssemos mais fiéis, eu creio que tra- nal em 23 de janeiro, o Presidente
ríamos mais pessoas para a Igreja Hinckley exortou os membros a não Quiribati
nessas belas ilhas e nós temos a res- deixarem o trabalho do templo de
ponsabilidade de fazê-lo. Penso que Laie diminuir o ritmo por causa do Numa parada para abastecimel1to
o Senhor ficaria muito satisfeito se novo templo em Kona. "Continuem de combustível no Aeroporto Bon-
nos ajoelhássemos, cada um de nós, a realizar seu trabalho no templo da riki, em Tarawa, Quiribati, em 26 de
e pedíssemos que nos ajudasse a tra- mesma forma que antes", ele disse. janeiro, perto de 1.500 membros
zer alguém para esta Igreja e depois, "Prometo-lhes que todas as vezes reuniram-se para saudar o grupo do
quando isso acontecer, permanecer que forem ao templo, vocês serão, Presidente Hinckley que visitava
bem perto dessa pessoa até ela estar ao sair, homens e mulheres melho- esse atol micronésio perto da linha
res do que eram do equador. Entre os presentes esta-
quando entra- va Kaiaotika Teeke, Ministro do
ramo " Desenvolvimento e do Bem-Estar
Ele encerrou Social de Quiribati, representando o
suas observações presidente do país. O Ministro Tee-
incentivando os ke, cujo irmão foi um dos primeiros
membros a per- missionários a servir em Quiribati,
severarem na fé. agradeceu à Igreja por sua influência
"Sejam fiéis; se- na Escola Secundária Morôni, pelo
jam íntegros tan- auxílio humanitário prestado recen-
to na tempestade temente e pelo contínuo serviço dos
quanto nos dias membros.
de sol; sejam A prontidão dos membros em Ta-
fiéis na riqueza rawa diante da breve visita do Presi-
ou na pobreza; dente Hinckley foi de alegria, a res-
sejam fiéis na ju- posta típica dos santos em locais dis-
ventude ou na tantes, toda vez que o profeta do Se-
idade avançada; nhor os visita. Os membros canta-
sejam fiéis. ( ... ) ram "Vinde ao Profeta Escutar (Hi-
Como é belo e nos, nº lO) e "Que Firme Alicerce"
magnífico olhar (Hinos, nº 42).
a humildade e a O Presidente Hinckley agradeceu
doçura de um aos santos por sua presença em tão
povo bom que grande número. "Eu nunca estive
Sob a proteção de um toldo, o Presidente Hinckley fala no persevera na fé em Quiribati antes - acho que
aeroporto em Tarawa.

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


3
Pitt, Membro da Assembléia Legis-
lativa de Mulgrave; Dr. Lesley
Clark, Membro da Assembléia Le-
gislativa de Barron River e sra. Nao-
mi Wilson, ex-Membro da Assem-
bléia Legislativa de Mulgrave.

Indonésia
Em 27 de janeiro, em Jacarta, o
Presidente Hinckley encontrou-se
~
z com o Presidente Abdurrahman
~ Wahid, que já havia convidado o
Õ Presidente Hinckley a visitá-lo em
g
seu palácio. Os dois conheceram-se
!
:!:
em 1999, quando o líder indonesia-
no visitou Salt Lake City. Durante Q
jantar no palácio presidencial em
~ Jacarta, o Presidente Wahid falou ao
o Presidente Hinckley fala no serão em Jacarta. Presidente Hinckley sobre a Indo-
nésia e sobre sua esperança e desejos
poucas pessoas estiveram", disse ele. desbravam e constroem aqui", para em prol do país.
"Mas é uma satisfação muito grande ajudar a Igreja a "crescer nesta parte No dia seguinte, mais de 1.800
olhar em seu rosto e sentir seu espí- da Austrália". membros da Igreja, a maior congre-
rito, seu grande amor pelo Senhor, Ele observou que os membros de gação de membros da Igreja já reu-
seu grande amor pelo Profeta Jo- Cairns, da ilha Thursday e de nida na Indonésia, compareceram a
seph, seu grande amor pela Igreja à Townsville passariam a ter uma dis- um serão para ouvir as palavras do
qual filiaram-se em grande número." tância menor a percorrer para che- profeta. Esta foi a primeira vez que
Ele fez-lhes lembrar que eles são gar a um templo quando o de Bris- um profeta e Pr~sidente da Igreja
membros da grande família da Igreja bane Austrália estiver concluído. encontrou;se com os santos da In-
de Jesus Cristo dos Santos dos Últi- "Participem das maravilhosas bên- donésia, disse o Presidente da Mis-
mos Dias e que eles "sempre farão çãos que vão estar à sua disposição são J acartC\ Indonésia, Presidente
parte dela desde que perseverem na naquela casa sagrada de Deus", disse Subandriyo.
fé". E invocou as bênçãos do Senhor o Presidente Hinckley. O Presidente Hinckley reconhe-
sobre eles de acordo com sua fideli- Três líderes legislativos compare- ceu o esforç~'que alguns membros fi-
dade. ceram à reunião em Cairns: Warren zeram para viajar a Jacarta: "Alguns
Levita Lamese, o presidente da
Estaca Tarawa Quiribati e diretor da
Escola Secundária Morôni, estava
sentado num local de onde podia
observar o rosto dos santos. Muitos
estavam "chorando, emocionados
com a presença de um profeta de
Deus", disse ele. "As lágrimas cor-
riam por sua face ao ouvir a mensa-
gem do profeta e as bênçãos que ele
invocou sobre Quiribati. Eles senti-
ram o Espírito do Senhor."

Austrália
Em 26 de janeiro, perto de 625
membros e amigos da cidade de
Cairns, localizada na região nordes-
te da Austrália, reuniram-se para
ouvir o Presidente Hinckley incen-
tivá-Ias a serem "o estoque de grãos"
e "as raízes novas que viscejam e Em Cairns, Austrália, um casal cumprimenta o Presidente Hinckley.

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


4
de vocês viajaram uma longa distân-
cia para chegar aqui. Levaram 18
horas de ônibus. (... ) Estou surpreso
por vocês não estarem com sono".
Ele fez um tributo ao Presidente
Subandriyo, descrevendo-o como
"um homem de riso largo" que ser-
viu como missionário em 1977 e
cuja esposa também foi missionária.
"Nós precisamos casar-nos dentro
da Igreja", disse o Presidente Hinc-
kley. "Nossa vida será mais rica e fe-
liz se nos casarmos na Igreja, pois
acrecIitaremos nas mesmas coisas.
Nós não discordaremos sobre a dou-
trina ou nada do gênero."
O Presidente Hinckley mencio-
nou que na noite anterior partici-
pou de um jantar com o Presidente o Presidente Gordon B. Hinckley visita o Presidente da Indonésia Abdurrahman
Wahid. "Eu sei que ele é um homem Wahid no palácio presidencial em Jakarta.
muito bom. Eu sei que ele está em-
pregando tocIos os seus recursos na Cingapura de moradores.
tentativa de fazer desta uma nação A visita a Cingapura, onde ele fa- Ele continuou: "Quem sonharia
maravilhosa. Eu espero, meus ir- lou a 1.450 membros da Igreja, teve que este auditório estaria completa-
mãos e irmãs, que lembrem-se dele um significado especial para o Presi- mente lotado esta noite com os san-
em suas orações. Ao ajoelharem-se dente Hinckley. Ele recordou que tos dos últimos dias que moram nes-
para orar, peçam ao Senhor que o em 1960, a Primeira Presidência de- ta grande comunidade e por aqueles
abençoe e orem para que esta nação signou-lhe a responsabilidade pelo que vieram da Malásia especialmen-
liberte-se das dificuldades do passa- trabalho da Igreja na Ásia, e que te para esta reunião. Meus irmãos e
do e caminhe na direção de um dia mais tarcIe ele visitou Cingapura e irmãs, vocês são a resposta às orações
novo e resplandecente." só encontrou quatro membros da ( ... ) que fiz nesta parte do mundo.
Ele recordou sua visita a Jacarta Igreja, americanos, entre os milhões Eu sei que o Senhor ouviu e respon-
há muitos
anos, quando
o número de
membros era
bem pequeno.
"Vamos fazê-lo
crescer, meus
irmãos e ir-
mãs", exortou
ele. "Vamos
viver o evan-
gelho. Deixem
que ele bri lhe
em sua vida.
Deixe que ele
brilhe em vos-
so semblante.
Deixem que
ele se manifes-
te em suas
ações. Vamos
criar nossos fi-
lhos com amor
pelo Senhor."
Os membros alinham-se para cumprimentar o Presidente Hinckley em Cingapura.

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


5
/'
~- Presidente Hugh B. Brown (1883-
1975), na época Primeiro Conselhei-
ro na Primeira Presidência, quando
esteve com aproximadamente 15 pes-
soas. "É uma inspiração olhar para
esta congregação nesta noite", disse
ele. "Que vocês vivam para ver a
obra fortalecer-se e crescer nesta par-
te da Terra, e que onde existam
1.000, um dia vejamos 10.000 nesta
parte do reino do Senhor."
v. Ben Roberto, presidente do
Ramo Koror Topside, Missão Micro-
nésia Guam e governador do Estado
de Angaur, República de Palau, co-
mentou que ele saiu da reunião
"mais comprometido a viver o evan-
gelho de Jesus Cristo, melhorando a
o Presidente Gordon B. Hinckley e sua esposa, Marjorie, e o Presidente Boyd K. Pac- qualidade de sua vida espiritual e
ker e sua esposa, Donna, são recebidos em Guam pelo Governador Carl Gutierrez. temporal e, mais importante, presi-
dindo sua família com amor".
deu a minhas orações. ( ... ) As coisas Guam Francis Moylan, presidente do
"que vi, as experiências por que pas- Ramo Dededo, Distrito Guam, cha-
sei, os milagres que presenciei são Em Guam, o Presidente Hinckley mou essa oportunidade de ouvir o
absolutamente maravilhosos". foi oficialmente saudado pelo Go- Presidente Hinckley de "um sonho
Ele elogiou os membros por seu vernador Carl Gutierrez, pelo porta- que se tornou realidade". Esse dia
esforço em viajar até o Templo de voz da Legislatura de Guam, Tony será lembrado, disse ele, porque o
Hong Kong China e aproveitar ple- Unpingco e pelos Senadores John Presidente da Igreja passou uma par-
namente essa oportunidade maravi- Salas e Frank Aguon. Durante a vi- te de seu tempo visitando os mem-
lhosa, e depois incentivou-os a pro- sita, aproximadamente 700 santos bros de Guam. É uma grande honra
mover "o crescimento da Igreja nes- reuniram-se para ouvir o Presidente ter a presença desse homem tão hu-
ta ,Ífea e a fidelidade do povo, até o Hinckley. Em Saipan, outra congre- milde e mesmo assim tão amoroso.
ponto em que, um dia, poderemos gação participou da reunião por Exertos do artigo sobre as viagens
ter em Cingapura um templo da meio do recurso da teleconferência. do Presidente Hinckley, cortesia do
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos O Presidente Hinckley recordou Church News de 29 de janeiro, 5 de
Ultimos Dias". sua visita à ilha há 35 anos, com o fevereiro e de 12 de fevereiro de 2000.

MISSIONÁRIOS SÃO RECEBIDOS PELO PREFEITODE ADAMANTINA (SP)


Enviado pelo élder Tibbills.

R ecentemente,
e Figueiredo,
os élderes Tibbitts
da Missão Brasil
Londrina (PR) foram recebidos pelo
prefeito Laércio Rossi, de Adaman-
tina (SP), em seu gabinete.
O prefeito ganhou um exemplar
do Livro de Mórmon e aceitou ouvir
as mensagens e visitar a Igreja.
Da esquerda para a direita: élder
Figueiredo, o prefeito Rossi rece-
bendo o Livro de Mórmon, o vice-
prefeito e o élder Tibbitts.

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


6
"JOVENS MÓRMONS TRABALHAM PARA MUDAR O MUNDO"

C om esta f~to ~ a m,a~chete aci-


ma na pnmelra pagina e uma
reportagem de página inteira no
corpo do jornal, A TRIBUNA, da
cidade paulista ele Santos, falou elo-
giosamente sobre o trabalho dos
missionários de tempo integral e
deu uma idéia do funcionamento e
dos princípios mais importantes d'A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Ultimas Dias. A seção Convicção,
tomando toda uma página, mencio-
nou a sede da Igreja em Salt Lake
City, a organização atual da lideran-
ça, as revelações para os nossos dias,
o Quórum dos Doze e o Presidente
Gordon B. Hinckley, o Arquivo de
História ela Família, na Granite
Mountain Records Vault (monta-
nha onde os documentos estão guar-
dados) e o armazenamento domésti- Brad Boice, Michael e Cort falam fluentemente o português. Aaron Rounds não
co, entre outros assuntos. domina o idioma, mas consegue entendê-lo.

também das normas que seguem, da Pela primeira vez, tivemos que cui-
"Saímos de casa jovens e
Palavra de Sabedoria, que aprendem dar sozinhos de nossa conta bancá-
voltamos homens adultos" desde a infância e do característico ria, passar roupa, enfim, aprender a
Ressaltando o fato de que os mis- companheirismo das duplas. sobreviver sozinhos. Nós saímos de
sionários ficam longe de casa por Um dos jovens entrevistados, o casa jovens e voltamos homens
dois anos, o periódico detalha o dia- élder Yoder, disse: "A missão é a adultos".
a-dia dos jovens élderes, descreven- melhor universidade do mundo. Segundo a reportagem, embora a
do a abordagem, o bater às portas e Aqui aprendemos o que demoraría- missão dure dois anos, todos eles já
a mensagem de esperança e fé. Fala mos 40 anos para aprender lá fora. têm planos de voltar para cá. O
mesmo élder Yoder, que fala portu-
guês perfeitamente, afirmou estar
pensando em voltar ao Brasil para
trabalhar como professor de inglês,
após o término da missão.

"A Igrei? .quer 9ue sejamos


auto-suhclentes
A Tribuna divulga que "o armaze-
namento doméstico dá aos membros
da Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias a condição de en-
frentar situações em que acidentes,
doenças, desemprego ou escassez de
produtos possam atingir as famílias".
"Uma das revelações mais .impor-
tantes foi sobre o armazenamento
doméstico. A Igreja quer que seja-
mos auto-suficientes", explicou o
presidente Givaldo do Nascimento,
César, Givaldo (presidente) e Leandra falaram da preocupação com a auto- presidente da Estaca Santos Brasil.
suficiência. "Nós somos orientadas para sermos

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


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econômicas e auto-suficientes, evi- samento, óbito, terras, inventários e menta, quando viviam com Deus
tando contrair dívidas e tendo um outros, de valor genealógico. Só em como Seus filhos espirituais".
programa de orçamento doméstico", Santos, o centro de pesquisa atende Ainda no mesmo bloco, é regis-
disse a irmã Leandra Chevitarese Pa- cerca de 120 pessoas por mês, sendo trada a declaração de João César Bo-
rada Oliveira, presidente da Socieda- que a maioria dos interessados quer tossi, 1Q conselheiro na presidência
de de Socorro da Estaca Santos Bra- montar sua árvore genealógica para da Estaca Santos Brasil sobre a histó-
sil. O jornal divulga inclusive uma conseguir dupla cidadania. ria da família: "( ... ) sem história não
técnica de armazenamento de grãos existe nada. É uma tradição entre os
em garrafa plástica, além de informar mórmons registrar tudo o que fazem.
"O mais importante é
a quantidade de grãos, leite em pó, ( ) O hábito de escrever em diários
a família"
açúcar, gordura e leguminosas secas ( ) permanece pelo resto da vida".
que seriam suficientes para um ano. Os redatores deixaram muito cla- O artigo dá o endereço do Centro de
ro que a Igreja acredita na impor- História da Família de Santas
"A maioria quer montar sua tância dos laços familiares, princi- (Av.Rangel Pestana, esquina com
árvore genealógica" palmente no trecho "as famílias Av. Waldemar Leão) e informa o ho-
unem-se no mais sagrado de todos rário de atendimento, sempre às 4'" e
A matéria ressalta o fato de que a os relacionamentos humanos de tal 5'" feiras à noite e sábados à tarde.
Igreja desenvolveu centros de pes- modo que a morte não impõe limi- O jornal também informa os sites
quisa da história da família que reú- tes; eles acreditam que a vida na na Internet onde podem-se fazer
nem milhares de informações sobre Terra faça parte da existência eterna consultas do mundo inteiro: www.fa-
registros originais de nascimento, ca- que teve início antes de seu nasci- milysearch.org ou www.lds.org.

REENCONTRO DOS EX-MISSIONÁRIOS REENCONTRO DOS


DA MISSÃO BRASIL BRASíLIA EX-MISSIONÁRIOS DA MISSÃO BRASIL
1997 A 2000 BELO HORIZONTE LESTE
PRESIDENTE E SÍSTER HADLEY 1997 A 2000
PRESIDENTE E SÍSTER BURGESS
Todos estão convidados a participar desse reen-
contro. Todos estão convidados a participar desse reen-
Data, horário e local: contro.
Dia 30/06/2000 - Das 16h às 19h30
Local: Capela Caxingui
Capela do Caxingui (ao lado do Templo)
Dia: 1/7/2000
Tragam a família, a(o) namorada(o), a noi-
Hora: 15h
va(o), etc. Confirmem a presença. Não faltem!
Informações com Fabio Escobar, pelo O convite é extensivo à família, namorado(a),
e-mail: escobarf@ldschurch.org / escobarfs@ noivo(a), etc. Confirme a presença. Não falte!
hotmail.com Entre em contato com Jany (síster Corrêa), pelo
End.: Rua Josefina Fonseca, 183 Taboão da Ser- telefone OxxI1-6979-9132, ou pelo e-mail: Ipcor-
)ra (SP) 06773-040 rea@ig.com.br

REENCONTRO DOS EX-MISSIONÁRIOS DA MISSÃO BRASIL BRASíLIA


1988 A 1991- PRESIDENTE E SÍSTER GRAHL

O Presidente e a Síster Grahl Endereço: Rua Edmundo Skana- Adilson I. de Oliveira (élder
convidam todos os seus ex-missio- piecco, 154 - Caxingui Adilson) - 11-5012-2686 ou e-
nários para um reencontro mar- Dia: 8 de julho de 2000 mail: hadyson@osite.com.br
cante. Sua presença e a de sua fa- Hora: A partir das 9 horas Ricardo Torres (élder Torres) -
mília é fundamental. 11-3721-9622 ou 11-5564-2834
Local: Sede do Instituto no Ca- Entre em contato para confir- Salvador M. Rodrigues (élder
xingui mar sua presença: Rodrigues) - 11-6331-3401 ou
6331-3408

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


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NOTíCIAS SOBRE A CONSTRUÇÃO DE TEMPLOS NO BRASIL
TEMPLO DO RECIFE (PE) Enviado por Raul H. B. Lins, Gerente de Construção de Templos - Brasil

No dia 17 de março, a estátua do Anjo Morôni foi colocada na torre do Templo do Recife. A Presidência da Área Brasil Norte
foi convidada para a ocasião. Da esquerda para a direita: Élder Robert S. Wood (12 Conselheiro na Presidência da Área Bra-
sil Nortel, Presidente Cláudio R. M. Costa (Presidente da Área Brasil Norte) e Élder Irajá Bandeira Soares (22 Conselheiro na
Presidência da Área Brasil Norte).

Pesando aproximadamente 150 kg e com a altura de 4,5 Um momento de rara emoção: sob o comando do irmão
metros, a estátua em fibra de vidro revestida por uma pintu- Paulo lira, bispo da Ala Jardim Jordão, Estaca Guararapes e
ra dourada especial é içada vagarosamente ao topo do Tem- funcionário da construtora Hochtief, a equipe de trabalhado-
plo do Recife. res fixa a estátua do Anjo Morôni na Torre do Templo do Re-
cife, a uma altura equivalente a um prédio de 15 andares.

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


9
TEMPLO DE CAMPINAS (SP) PRIMEIRO MISSIONÁRIO
DA ALA BARÃO DE
NAZARÉ, ESTACA
GARANHUNS BRASIL(PE)
Enviado por Alexandre Ferreira, bispo da Ala
Barão de Nazaré, Estaca Garanhuns Brasil
(PE)

A ntonio Luiz Soares é o primeiro


missionário da Ala Barão de Na-
zaré. O élder Soares é o único mem-
bro da Igreja em sua família, que
mora em outra cidade, a aproxima-
damente 60 quilômetros da capela, e
que deu todo o apoio ao jovem mis-
sionário. O élder Soares apresentou-
se no CTM em São Paulo no dia 27
de abril de 2000. Ele irél servir na
Missão Brasil Goiânia (GO).

Março de 2000: a atividade no canteiro de obras do Templo de Campinas continua.

TEMPLO DE PORTO ALEGRE (RS)

-
ATENÇAO
INFORMAMOS QUE
O TEMPLO,
O ALOJAMENTO E
A LOJA DE LIVROS
ESTARÃO FECHADOS
PARA MANUTENÇÃO
A PARTIRDO DIA
5 DE JUNHO,
RETORNANDO ÀS
ATIVIDADES NORMAIS
EM 27 DE JUNHO.
Em março de 2000, uma visão do paisagismo em volta do Templo de Porto Alegre.

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


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CRIAÇÃO DO RAMO MAPUTO, MOÇAMBIQUE, NA ÁFRICA
Enviado pelo élder Tedjamulia, de Maputo,
Moçambique

E m 29 de outubro de 1999, com a


presença do Elder Richard G.
Scott, foi feita a dedicação da capela
do Ramo de Maputo, Moçambique.
Os primeiros missionários haviam
chegado em Moçambique para dar
início à obra missionária em Mapu-
to no dia 15 de junho de 1999.

Maputo - O ponto de
interseção na vida dos
missionários
O Élder e a Síster Caldwell foram o Ramo de Maputo, no dia da dedicação, com a presença do Élder Richard G.
os pioneiros da obra missionária em Scott.
Portugal, onde o Élder Caldwell foi
o primeiro presidente de ramo. grou para a Filadélfia, Pensilvânia, aprendeu a falar português quando
Quando em Portugal, ele trabalhava Estados Unidos, quando ele tinha tinha 7 anos de idade, na escola pri-
como representante do governo do dois anos. Ele aprendeu a falar por- mária.
Canadá. Foi dessa forma que apren- tuguês com sua mãe. No dia 7 de dezembro de 1999, o
deu a falar o português. O élder Tedjamulia e o élder Va- élder Martins chegou a Johannes-
O Élder e a Síster Caldwell vie- lente serviram juntos no CTM em burgo, África do Sul e no dia 15 de
ram diretamente do CTM. Os pri- Provo, Utah e na África do Sul por dezembro de 1999, o Élder Martins
meiros missionários foram o élder quase um ano. e o élder Dewey foram transferidos
Tedjamulia e seu companheiro, él- Nesse mesmo período, o élder para Maputo.
der Valente, que viajaram, por terra, Kemeny, o élder Fernandes e o élder O élder Martins nasceu em Curi-
de Johannesburgo, África do Sul, Dewey estavam servindo na Missão tiba e foi criado em Campinas, São
até Maputo. África do Sul, Johannesburgo. Paulo, Brasil. Sua família ainda
O élder Tedjamulia nasceu em O élder Kemeny nasceu em São mora em Campinas.
São Paulo, Brasil, e sua família mu- José dos Campos, São Paulo, Brasil O élder Dewey nasceu em Green-
dou-se para Houston, Texas, Estados e a família dele mudou-se para wich, Connecticut, Estados Unidos.
Unidos, quando ele tinha oito anos Southbend, Indiana, Estados Uni- Ele aprendeu o português durante
de idade, logo depois do seu batismo. dos, quando ele tinha quatro anos um intercâmbio cultural no Brasil.
O élder Valente nasceu em Bots- de idade. Sua família mora em Boise, ldaho,
wana, África. Seu pai é do Zaire e O élder Fernandes nasceu na Estados Unidos.
sua mãe de Angola. A família imi- França, de pais portugueses. Ele No fim de dezembro, o élder
Mounga foi chamado para servir em
Maputo, sendo o primeiro missioná-
rio de Beira, Moçambique.
No dia 11 de janeiro de 2000, o
élder Ohlamini foi chamado para
servir em Maputo, sendo o primeiro
missionário de Swazilandia, África.

A missão em Moçambique
Há dois ramos em Moçambique,
um em Maputo e outro em Beira,
com mais de cem membros cada um.
Todos falam o português. Existem
membros em várias outras cidades
mas, por enquanto, só há missioná-
Irmão Matias e o élder Tedjamulia. rios de tempo integral em Maputo.

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


1/
ACAMPAMENTO DOS RAPAZES DA ESTACA CONTAGEM BRASIL (MG)
Enviado por Jaime Gomes dos Santos, Dire-
tor de Assuntos Públicos da Estaca Contagem
Brasil (MG)

N o período de 4 a 7 de março de
2000, presidido pelo Presidente
Evandro Chevitarese Parada e com
a presença de 114 pessoas, foi reali-
zado o Acampamento dos Rapazes
da Estaca Contagem Brasil (MG).
A atividade, realizada no sítio
Cruzeiro do Sul, na cidade de Betim
(MG), foi edificante para os rapazes
e para os líderes, que se envolveram
em atividades espirituais e recreati-
vas que visavam ao fortalecimento
do caráter.
Entre essas atividades, destacou-
se o serão realizado no domingo,
cujo orador, o Patriarca Osvaldo Pe-
reira Cruz, da Estaca Contagem, en-
sinou aos jovens a importância da Houve também um treinamento pazes da estaca, ressaltando os pro-
Bênção Patriarcal e das Ordenanças para os bispos e presidentes de pósitos do Sacerdócio Aarônico e
realizadas no Templo do Senhor. ramo, feito pela presidência dos Ra- sua importância na vida dos jovens.

"RUMO À TERRA DA PROMISSÃO" RELEMBRA TRAJETÓRIA DE NÉFI


Enviado por Olympio Donda, da Estaca São
Paulo Brasillnterlagos (SP)

O grupo do Sacerdócio Aarônico


da Estaca São Paulo Brasil In-
terlagos realizou uma atividade no
dia 8 de abril de 2000 denominada
"Rumo à Terra da Promissão", com
o propósito de relembrar o tempo de
Néfi, a construção do navio e sua
viagem.
O local escolhido foi a ilha dos
Eucaliptos (que doravante será, para
esse grupo, a "Terra da Promissão"),
na represa de Guarapiranga (SP).
Foi necessário fretar um barco (o
"navio"), devidamente equipado
com coletes salva-vidas, para a segu-
rança de todos. Eis o relato do ir-
mão Donda, líder do grupo: "E mais, os rapazes prosseguiram por sola. Alguns deles tiveram a oportu-
aconteceu que, depois de havermos trilhas na mata, aprendendo a dis- nidade de experimentar o timão.
todos entrado na [terra da promis- tinguir a vegetação nativa das ou- O passeio permitiu que os jovens
são], com nossos reforçados lanches, tras, cultivadas. ficassem em contato direto com a
apareceu um grande número de pe- Na volta, dentro do barco, o pilo- natureza, além de desenvolver um
quenos macacos, desejosos de tam- to instruiu os jovens quanto ao fun- forte senso de amor a Deus, de amor
bém deliciarem-se com o nosso ali- cionamento e a importância de algu- e respeito à natureza e da necessida-
mento ( ... )". Depois de repartir o mas partes da embarcação, como o de de aperfeiçoamento pessoal, bus-
lanche com os graciosos e ágeis ani- leme, a popa, a proa, o timão e a bús- cando sempre aprender mais.

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


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GRUPO DE MISSIONÁRIOS DE 05.04.00 A 02.05.00
Brasil Belém
Emily Marine Noite
Joshua Paul Mendenhall
Stephen Adam Payette

Brasil Belo Horizonte Leste


Michael Scott Huskinson
Paul Martin Carlson

Brasil Manaus
lan Thomas Eskander

Brasil São Paulo Interlagos


Jay Daniel Burgess
Joseph Smith Wilcock
Justin Lee Jensen
Lucas Michael Gornichec
Timothy Scott Marshall

Brasil São Paulo Sul Colin Michael Lantz T yson Kirk Benson
Becky Allen Mark Raymond Stoddart

GRUPO DE MISSIONÁRIOS DE 06.04.00 A 25.04.00


Brasil Maceió
Adriano Sargaco da Silva
Carlos Samuel Bassett
Emerson de Lima E Silva
Eucimar Geraldo da Silva
Fernanda Batista de Barros
José Serra Verde da Silva Neto
Matthew Ryan Davis
Ricardo Coradi
Ricardo Raimundo dos Santos
Rodrigo Corre a de Oliveira

Brasil Brasília
Adeni Alves dos Santos
Andrea Maria dos Santos
Anna Luisa Alves de Oliveira
David William Olson
Josiane Dantas Santos
Willian Fernando Moreira Lippi
Morgan Garrett Mccoy Rodger Wanderson Ferr~ira Lemos
Brasil Fortaleza Roberta de Oliveira Shawn Steven Thomas
Beau James Taylor T odd Revoe Staples
Danilo Gomes Honorato Brasil Londrina Zachary Arnold Patterson
Deivid Neves dos Santos Carl Wray Squires
Fabiano Cabral dos Santos Daniel Levi Haught
Brasil Rio de Janeiro
Jonatan Roberto Correa Elden Paul Iverson Dustin Lee Miller
Joseph Graham Miner Fabio da Silva Eliseo Josue Jacob
Sérgio da Silva Moreira Ivan da Silva Almeida Jeremy Kane Horton
Jaldo Vieira Lopes Júnior Jose D'ambrosio Neto
Brasil Porto Alegre Norte Joseph Michael Davis Lance Thomas Rondeau
Angelica Soares Fernandes Lucemir da Silva Oliveira Matthew Donald Pobst
Dustin Ray Chapman Mark David Olson Thomas W. Askeroth
Matthew David Pierce Mateus Pires da Silva Wade Collison Zoll

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000

13
GRUPO DE MISSIONÁRIOS DE 12.04.00 A 09.05.00
Brasil Ribeirão Preto
Benjamin Garry BlIchanan
Dustin Carl Schmieg
Michael Sean Enslow
Peter Arden Holm
Ross Allen Vandegriff
Thomas Glenn Dixon

Brasil João Pessoa


Brent Michael SlIhr
Jacob Craig Carroll
Kelly Jay Gardner
Scott DOllglas Bankhead
Shayler Kimball White
Tye Marco Simcox

Brasil Santa Maria


Alec Higgins Rimmasch Jr.
Jason Wayne Tibbetts
Kevin Robert Sheffjeld
Jacob Dale Whipple Brasil São Paulo Leste
Samllel Broadbent Loveridge Brasil Salvador Cameron Michael Shoell
Spencer David DlIncan Aaron Patric Davis Dennis Sean Allen
William Carl Fisher Christopher Edward Birk Douglas Taylor Hamblin
Curtis Hadlon GlIndersen Jennifer Elizabeth Spear
Brasil Curitiba Frank Darra Jr. Josiah Taylor Griffin
Elisabeth Liljcnqllist Jeffrey Brent Wade Michael Patrick Pacheco
Erik Robert QlIackenbllsh Ronald Jacob Densley Zachary Mitchell Longson

GRUPO DE MISSIONÁRIOS DE 22.03.00 A 18.04.00


Brasil Rio de Janeiro Norte
Brandon Lee Jenson
Clinton George Baller
Dcborah Ann Overfelt
Eric M Kohler
Heather Johnson
Jacob William Dowse
Jeremy Stewart Nelson
Meggin Fawn Mckibben

Brasil Florianópolis
Jacob Merrill Francks
Larry Allen Murphy

Brasil Salvador Sul


Daniel DOllglass Shllpe
David Ryan Ponder
Eric Anthony Nevers
Richard Riley Binks
Trawis David Dahl
William David Bowen
Jason Daniel Rothas Elizabeth Shore
Brasil Goiânia Paul Michael Johnson Justin Richard Reeder
Aaro{1 Anthony Heaton Melissa Noel Nielsen
Benjamin Patterson Rich
Brasil Recife
Bradley Weldon Madscn Layne Daniel Stark
Brasil São Paulo Norte
David James Kcysor Steven Mark Pond Brian Keith Holverson
Jake Thompson Coombs Bradley John Mcallister Ronald Anthony Bio Soltes

NOTicIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


14
GRUPO DE MISSIONÁRIOS DE 30.03.00 A 18.04.00
Brasil Rio de Janeiro Norte
Artur Fernando Paiva
Daniel de Oliveira Ferreira
Danilo Silva de Souza
Diogo Cordeiro Soares
Elisangela Bonfim
Luciana Caramore
Reginaldo Pereira dos Santos
Renato Pedroso Lopes

Brasil Florianópolis
Alexandre do Nascimento Leite
Amanda Aparecida dos Anjos
Antonio José Alves de Brito
Daniel Fermino da Silva
Hamilton Barbosa Martins
lris de Souza Celestino de Oliveira
Jair José Apolinario Ferreira
José Ferreira Lima Neto Dalton Neto Soares Brasil Belo Horizonte Oeste
Luciano Figueiredo Carvalho Edvânio dos Santos
Jairon Vieira Adriana de Oliveira Silva
Moab Veras de Siqueira Torres Alisson Veleda da Silva
Robson Sabino de Sousa Raimundo Adonias dos Santos
Valdir de Oliveira Ribeiro Elissandra da Silva Santos
SamirSalun Fabio Paim Quadro
Sandro Cleyton Rodrigues da Silva Rodrigo Augusto Vasconi
Ubirajara de Santana Andrade Brasil Recife WelIington Karlos Martins de Araujo

Brasil Salvador Sul Diego Caires Cardoso


Brasil São Paulo Norte
Emerson Luiz Quevedo de Oliveira
Damião Cavalcante dos Santos Fábio Gulchevski Guassaloca Antonio Marcelo Correa Raiol
Edson Pereira Freire Fábio Quaresma Furtado Claudia Silva Cerqueira
Jimerson de Tarso Toledo do Prado Jared Jost Diorange Thioravant Farias de Araujo
José Renato Gomes da Silva Marcelo Luiz Machado Jefferson da Silva Oliveira
Nivaldo Mauro dos Santos Maurício dos Santos Silva Jorge Luís Lopes Frota
Paulo Henrique Aguiar Magnani Patricia Bitencourt Almeida Liedna do Nascimento Silva
Sérgio Pereira Paulo Henrique Lima da Silva
Brasil Goiânia Silvio Amorim da Silva Thiago Greco Broglio
Adriano Washington de Godoi Welton Nogueira dos Santos William Dias de Sousa

MISSIONÁRIOS AJUDAM A SALVARVIDAS DOANDO SANGUE


Enviado pelo élder Yamasaki, líder de Zona
da Missõo Brasil Sõo Paulo Leste (SP)

o S missionários da zona da Pe-


nha (SP), Missão Brasil São
Paulo Leste, aproveitaram seu dia de
preparação para doar sangue. Na' se-
mana anterior, eles ficaram sabendo
que havia uma família da ala Vila
Ré que precisava de doadores no
Hospital do Coração (SP), depois
do nascimento de um bebê prema-
turo. Sem hesitar, decidiram ajudar
também, e assim demonstraram o
desejo de servir e de colocar a ne-
cessidade do próximo antes da pró-
pria. Foi um belo exemplo de amor
ao próximo.

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


15
MAIS IDÉIAS PARA O TEMPO DE COMPARTILHAR DE JUNHO DE 2000
Seguem'se mais idéias para o Tempo de Compartilhar, para que as líderes da Primária
possam usá, las junto com a seção Tempo de Compartilhar de A Liahona de junho de
2000. Para as lições, instruções e atividades correspondentes a estas idéias, ver "Um
dos Maiores Dons de Deus", nas pp. 6-7 de "O Amigo" desta edição.

Escreva no quadro,de, Amigo, novembro de 1999, p. crianças que identifiquem a

1 giz alguns dos papéis de,


sempenhados
rito Santo
pelo Espí,
(conforto, aviso,
16;
Henry
testemunho:
B. Eyring",
fantil, fevereiro
"Élder
Seção In,
de 1998, pp.
pessoa mencionada

sinado em cada canção ares,


na músi,
ca. Pergunte, lhes o que é en,

testemunho, desejo de ser 2-3; proteção: "A Bênção do peito do Espírito Santo e o
bom, proteção etc.) e fale Alimento", O Amigo, junho que Ele faz por nós. Peça às
brevemente sobre cada um. de 1999, pp. 14-16; desejo crianças que escrevam o
Previamente, convide quatro de ser bom: "O Urso de )0' nome das músicas e suas res,
ou cinco adultos para conta, sué", O Amigo, abril de 1999, postas em seu livreto "O Es,
rem uma das histórias abaixo pp. 6-7; ajuda para escolher pírito Santo Ajuda,me a
(ou uma experiência pes' o bem: ")anaina da Silva Guardar os Convênios do
soai). Posicione os contado, Santos do Rio de ) aneiro, Batismo" (ver O Amigo, j u,
res de história em volta da Brasil", Seção Infantil, dezem, nho de 2000, p. 7), ou escre,
sala, divida as crianças em bro de 1998, pp. 14-16. De, va,os no quadro,de'giz.
grupos e peça às crianças que pois de cada grupo percorrer Quando as crianças comple-
movimentem o grupo de uma todas as estações, reúna as tarem seus livretos, sugira
posição para outra, para ou' crianças novamente e deixe que elas leiam o que escreve-
virem cada história. Durante que falem sobre o que apren, ram para seus familiares.

3
essa pequena movimentação, deram ao ouvir cada história. Como recurso adicio-
peça-lhes que cantem "O Es- Ajude-as a identificar as di, nal, ver "'A Minha Paz
pírito (Músicas para
Santo" versas maneiras de o Espírito Vos Dou"', O Amigo,
Q
Crianças, n 56; Seção Infan, Santo abençoar sua vida. Su' junho de 2000, pp. 8-10;
til, maio de 1991, p. 7). Diga gira que elas também contem "Paz, Esperança e Orienta-
às crianças que escutem cada a seus familiares as histórias ção", A Liahona, janeiro de
história e descubram o que o que aprenderam a respeito do 2000, pp. 79-82; "Enumerar
Espírito Santo fez em cada si- Espírito Santo. as Bênçãos", O Amigo, no-
Cante várias canções vembro de 1999, pp. 4-5; "O

2
tuação. Histórias possíveis:
conforto: "Nunca Estou Só", ou hinos que falem so, Poder Espiritual do Batismo",
O Amigo, novembro de 1999, bre o Espírito Santo. A Liahona, julho de 1999, pp.
pp. 10-12; aviso: "Pare!", O Depois de cada um, peça às 108-110.

NOTíCIAS DA IGREJA - JUNHO DE 2000


16
MENSAGEM DAS PROFESSORAS VISITANTES

"SE ESTIVERDES PREPARADOS ( . •


.) ~~

O
senhor aconselha-nos a pre- também abre portas para oportuni- de desemprego. "Ao longo de nosso
pararmo-nos para o futuro, dades de trabalho. casamento", explica Joy, "tentamos
tanto materia como espm- oa saúde é essencial para cui- seguir o conselho dos profetas quan-
tualmente: "Organizai-vos; preparai darmos de nossas necessidades pes- to à preparação para o inesperado.
todas as coisas necessárias ( . . . )." soais e das de nossa família. Para Armazenamos alimentos básicos
(D&C 88: 119) Disse também: "Se manter-nos saudáveis, precisamos ( . . . ); sou grata também por ter
estiverdes preparados, não temereis". obedecer à Palavra de Sabedoria, fa- desenvolvido algumas habilidades
(D&C 38:30) zer exercícios regularmente, receber domésticas."
cuidados médicos, manter a casa Joy e Jeff apoiaram um ao outro e
AUTO-SUFICIÊNCIA limpa e o corpo asseado, além de abs- confiaram plenamente no Senhor.
Em primeiro lugar, devemos re- ter-nos de qualquer conduta ou subs- "Aprendi que, por mais que acumu-
correr a nossos próprios recursos pa- tâncias que venham a macular o lemos força espiritual, sempre neces-
ra nosso sustento. "Ensinamos a corpo e a mente. sitaremos de ajuda", diz Joy. "Embora
auto-suficiência como um rincí io A fim de usar adequadamente os eu tivesse um firme alicerce no evan-
de vida", observou o Presidente recursos que o Senhor nos concedeu, gelho, precisei orar e ler as escrituras
Gordon B. Hinckley. "Encorajamos recisamos a ar o dízimo e as ofer- diariamente para manter viva a fé."
nosso ovo a ter ai uma coisa a 1-
nejar, ( ... ) se possível,
mento de dificuldade.
ara um mo-
As catástrofes
-
tas. Além disso, devemos
orçamento
fazer um
para evitar dívidas desne-
cessarias e economizar ara o futuro.
("Surviving Unemployment",
fevereiro de 1991, pp. 42, 44.)
Estaremos mais bem preparados
Ens ign,

abatem-se sobre as pessoas quando Não devemos erdi ar o que te- emocional e socialmente se tiverm~ _~
, ~
menos se espera: desemprego,
a, coisas desse tipo.
( . . . ) deve fazer tudo que puder
-
doen-
indivíduo
mos, nem mesmo nosso
Fomos aconselhados
alimentos, dinheir
a armazenar
e roupas sufi-
um bom relacionamento com nos~
família e nossos amigos. Mas, acima de
.
tu do, preCisamos a orça espmtua
.. I ~e
-.
,,~
•• ~ ,-;
••\J
por si mesmo." ("Porque Isto Não cientes para atender a necessidades que resulta de uma vida digna. ~ (;"01..;;'
Se Fez em Qualquer Canto", essenciais. Uma boa meta seria ar- profetas garantem "ue ovo ue se 4:'3t.9'
A Liahona, janeiro de 1997, p. 58.) mazenar suprimentos para um ano.
Em certos países, é ilegal estocar ali-
prepara pela obediência aos manda-
recisa temer". l., ~«..
COMO SE PREPARAR mentos, e alguns membros da Igreja '"G d.~O
A Igreja identifica seis áreas nas não têm dinheiro ou espaço para fa- ~O"

_
quais devemos tornar-nos auto-sufi- zer provisões para um ano. Nesses
cientes:
....•- trabalho, -
...educação, saúde, casos, deve-se fazer o que for possí-
.;;;-_ •.•......... ...•• -
administra ão ..,;;;,;;;,.;;,;,;;,_
de recursos armaze- vel. Preparamo-nos aprendendo a
namento doméstico e força social, produzir alimentos básicos e a con-
emocional e espiritual. feccionar ou reformar roupas.
ma educa ão e uilibrad ,ou se- Joy e Jeff Young aprenderam a
ja, que consista de conhecimento es- importância de dispor dos recursos
piritual e secular, ajuda-nos a tomar necessários à sobrevi-
decisões sábias e a servir melhor a vência quando en-
nossos semelhantes. A educação frentaram 14 meses
VOZES DA IGREJA

Um Trabalho de Amor
O presidente Gordon B. Hinckley

discorre sobre a felicidade que o evange~

lho de Jesus Cristo pode proporcionar


sempre

à famí~
receberam essa ordenança

da." ("Palavras 00
de salvação em vi~

Profeta Vivo", A Liahona,

junho de 2000, p. 16) ~ Nos relatos a seguir,

lia. E essa alegria não é apenas para as podemos ter uma idéia da alegria sentida pelos

famílias aqui da Terra. "Que revelação membros que, depois de receberem as

maravilhosa", afirmou o Presidente -- I.

ordenanças de salvação, agora es~

Hinckley, "é a que nos ensina tão levando as bênçãos do evan~

que temos a oportunidade de ir gelho a seus "antepassados. Seu

à casa do Senhor para sermos empenho constitui verdadeira~

batizados pelas pessoas que não mente um trabalho de amor .

. O I~spí•.ito de Elias Quando o viram, os parentes ficara~l


Marco Antonia Panés Spano

surpresos com o retorno tão rápido e

A lgo que aconteceu em uma aula


sobre o Livro de Mórmon alguns
anos atrás teve um grande impacto
u.rgência,
nuar procurando.
incentivando~o

O irmão Fernando
a COlHi-

Aguilar, que
garantiram que já lhe haviam passa-
do todas as informações genealógicas
de que dispunham. Ele simplesmente
e;n minha vida. Nosso professor, o ir- atualmente trabalha meio período explicou que sentira a necessidade
I1lão Fernando Aguilar, contou-nos como coordenador do Sistema premente de voltar, embora desco-
uma experiência ocorrida com seu Educacional da Igreja no Chile, re- nhecesse a razão.
pai, Santiago Aguilar lI, quando es- corda: "Certo dia, meu pai foi inspi- Meu pai passou o dia seguinte
tava em busca de informações genea- rado a voltar a um lugarejo 90 procurando mais c1~dos, sem sucesso.
lógicas sobre seus antepassados. Ele quilômetros a leste da cidade de Ap fim e uma jornada cansativa,
conseguira enviar vários nomes de Osorno (a cerca de 500 quilômetros qpando estava v ltando para a casa
familiares para o templo; no entanto, de sua casa em TaIcahuano), embora de um tio, foi ,impelido a mudar de
em um dos ramos da família os dados já houvesse visitado recentemente os rota. Embora não soubesse para onde
iam só até sua avó. Apesar das mui- parentes que lá residiam sem conse-
tas viagens e da pesquisa contínua, guir dados. Ele não via motivos para No terreno baldio, ele achou uma
não encontrava as informações ne- regressar, mas a impressão do Espírito folha de papel velha e amarelada:
cessárias sobre ela. Mas o Espírito persistia. Então, resolveu orar pedin- era a certidão de casamento de
transmitia-lhe uma sensação de do orientação e voltou para a vila. seus avós.
A llAHONA
26
estava dirigindo-se ou por quê, se- Minhas expenencias talvez não se- em que me casara com Alia e o dia
guiu a inspiração. O novo itinerário jam tão extraordinárias quanto a em que Alex nascera. Agora eu esta-
levou-o a um grande terreno baldio contada pelo irmão Aguilar, mas va vendo alegria irradiar do rosto das
cheio de entulho. Lá, teve o forte ím- aprendi que cada um de nós pode missionárias enquanto ensinavam o
peto de tomar um atalho por dentro receber a orientação do Espírito evangelho.
do lote. ao irmos ao encontro de nossos Os outros missionários e os mem-
Depois de adentrar o terreno, an tepassados. bros que Alia e eu conhecemos só re-
parou subitamente e começou .a forçaram nossas impressões iniciais.
olhar a sua volta, tentando desco- Ter Ale(rria
o na Vida "Se essas pessoas maravilhosas per-
brir a razão que o levara àquele lo- Igor Burceff tencem a esta Igreja", eu disse a Alia,
cai tão distante.

amarelada
Ao olhar para os
pés, viu uma folha de papel velha e
e apanhou-a. Depois de
E
mudamos
m junho de 1991, eu, minha es-
posa, Alia, e nosso filho, Alex,
de Belarus, na antiga
"então se trata da Igreja verdadeira!"
Alia e eu fomos batizados em
agosto de 1991. Tivemos uma sensa-
sacudir o pó, percebeu que era a União Soviética, para a Dinamarca. ção cálida no coração ao recebermos
certidão de casamento de seus avós Principalmente por causa de meu o dom do Espírito Santo, que teve
e que continha nomes e outras in- trabalho de anestesista, passei a inte- um efeito purificador em nosso corpo
formações da família que ele estava ressar-me por aperfeiçoar meu inglês. e alma. Achamos que não nos seria
buscando. Esse documento era a Assim, matriculei-me no curso de in- possível ser mais felizes do que na-
chave de que ele precisava para glês ministrado por duas sísteres da quele momento. Mas estávamos en-
realizar o trabalho do templo por Missão Copenhague Dinamarca de ganados: era apenas o começo. A
nossos antepassados." A Igreja de Jesus Cristo dos Santos cada reunião da Igreja, os sentimen-
Quando terminou a história, o ir- dos Últimos Dias. tos que tivéramos no batismo volta-
mão Aguilar tirou do bolso a certi- Para minha própria surpresa, per- vam. Tornamo-nos mais calmos,
dão de casamento, agora plastificada, cebi que ansiava por aprender algo pacientes e bondosos. Estamos ten-
e deixou que todos a manuseássemos além do inglês. Eu só ouvira falar de tando seguir O exemplo perfeito de
e lêssemos. Ninguém conseguiu falar, Jesus Cristo depois que o governo so- Jesus Cristo, ainda que às vezes não
de tão emocionados que estávamos. viético restabelecera a liberdade reli- seja nada fácil.
Então, o irmão Aguilar prestou o giosa durante a glasnost, aquele Em julho de 1993, Alia, Alex e eu
testemunho e disse-nos que o período singular da história soviéti- fomos selados como família no
Espírito de Elias continuava a ajudar ca. Contudo, como não me sentia à Templo de Estocolmo Suécia.
em seu trabalho de história da famí- vontade com os ritos da igreja predo- Quando nos ajoelhamos no altar do
lia. Afirmou que o Espírito de Elias é minante no país, nem dei mais aten- templo, cercados de amigos, incluin-
concedido aos que o buscam em ora- ção ao assunto. do Reid e Donna Johnson (o presi-
ção e que devemos sinceramente Já as missionárias eram diferentes: dente do templo e sua esposa),
procurar seu auxílio. sua cordialidade aquecia-me o cora- tornamos a sentir as doces emoções
Desde aquele dia, venho fazendo ção. E quando nos ensinaram que "os do início de nossa conversão. Antes,
pesquisas sobre meus antepassados e homens existem para que tenham ale- éramos como gatinhos molhados,
já completei algumas gerações da gria" (2 Néfi 2:25), fui tomado de uma resfriados, infelizes e perdidos; mas
história de minha família. Em muitas emoção arrebatadora. Só conseguia na Igreja encontráramos abrigo, ca-
ocasiões, senti o Espírito Santo con- lembrar-me de duas ocasiões de minha lor e alimento. O evangelho ajudara-
duzindo-me em meu trabalho. vida em que sentira felicidade: o dia nos a superar a insensibilidade do
A LIAHONA

28
Alia e eu fomos batizados em
agosto de 1991. Achamos que não
nos seria possível ser mais felizes
do que naquele momento. Mas era
apenas o começo. Em julho de
1,,993, Alia, Alex e eu fomos selados
como família no Templo de

Estoc~lmo Suécia.

coração e dos olhos e fizera com que


começássemos a enxergar a verdade
e a amar.
Passamos uma semana no templo
realizando trabalho vicário, incluin-
do as ordenanças pelos avós falecidos
de Alia, e descobrimos que ainda
temos muito a fazer no templo. A fe- abriram-se e ele viu que o monte havia listas de famílias inteiras, com
licidade que sentimos como mem- onde se encontravam "estava cheio datas de nascimento e morte e a pro-
bros da Igreja de Cristo ainda não de cavalos e carros de fogo". fissão das pessoas.
atingiu o ápice. Quanto mais servi- (Versículo 17) Usando o microfilme, passei vá-
mos na Igreja, mais alegria parece- Sem demora, marquei esses versí- rias semanas reconstituindo os rela-
mos desfrutar. Conhecer a culos. Adorei a história e não conse- cionamentos familiares. Cheguei a
verdadeira felicidade foi uma surpre- guia tirá-la da mente. Na verdade, identificar seis gerações de meu lado
sa inesperada e maravilhosa. esperava presenciar uma manifesta- paterno. Fiquei exultante e mostrei
Muito tempo já transcorreu desde ção semelhante. Eu estava fazendo meus achados a uma parente.
nossa conversão e passamos por mui- pesquisas de história da família e ten- "Tenho o dobro da sua idade", excla-
tas dificuldades. O poder que nos do muita dificuldade para coletar in- mou ela, perplexa, "mas sei menos
susteve nessas tribulações adveio em formações. A maioria de meus sobre meu avô do que você!"
grande parte do exemplo dos mem- parentes não se lembrava muito de Mas ainda havia outra dificuldade
bros da Igreja, que sempre se empe- nossos antepassados e vários regis- a superar, pois sabia muito pouco a
nham por seguir o exemplo de Jesus tros que continham dados de batis- respeito da linhagem de minha mãe.
Cristo. mos, casamentos e mortes haviam Os pais dela moram em uma ilha ao
sido destruídos por ocasião dos bom- sul da nossa, a muitos quilômetros de
Quando o Senhor Me bardeios que atingiram as Filipinas distância, e eu não tinha dinheiro
Al)l"iuos Olhos na Segunda Guerra Mundial. para a viagem.
Tayo M. Tuason Perseverei, à espera de algum Contudo, minha mãe surpreen-
acontecimento grandioso e excep- deu-me certo dia ao anunciar: "Seu

Q ue história maravilhosa,
ao parar para refletir,
olhar fixo nas escrituras.
pensei
com o
Eu acabara
cional. Eu ouvira muitos relatos de
pessoas que estavam fazendo história
da família e o trabalho do templo e
avô está convidando-nos
reunião na casa dele".
"Quando?"
para uma

perguntei com alegria.


de ler o capítulo 6 de 11Reis sobre o que receberam auxílio divino por "O mais rápido possível."
profeta Eliseu. meio de sonhos ou outras experiên- Felizmente, conseguimos dinheiro
Israel estava em guerra com a cias sagradas que as conduziram às suficiente para as passagens aéreas.
Síria, e o rei sírio enviara um exérci- informações que buscavam. Na reunião, consegui extrair muitos
to para a cidade de Dotã para Todavia, ao examinar registros dados dos parentes de minha mãe e,
capturar Eliseu. Quando o servo de antigos e visitar cemitérios, não vi- sem tardar, enviei o nome de 86 an-
Eliseu viu que Dotã estava cercada venciei nenhuma experiência espe- tepassados para o Templo de Manila
pelas tropas inimigas, exclamou: tacular. Não tive nenhum sonho Filipinas. Minha relação de nomes
"Ai, meu Senhor! Que faremos?" nem recebi visita alguma do mundo era modesta se comparada à de ou-
(VersÍCulo 15) espiritual; no entanto, as portas abri- tros membros, mas deixou-me muito
"Não temas", tranqüilizou-o ram-se para mim. Certo dia, alguém satisfeito.
Eliseu, "porque mais são os que estão esqueceu um microfilme na máquina Em uma manhã radiante de feve-
conosco do que os que estão com do Centro de História da Família da reiro, entrei no templo de Manila e
eles.". (VerSÍCulo 16) Eliseu pediu ao estaca. Ao examiná-lo, verifiquei fui batizado por um antepassado após
Senhor que abrisse os olhos de seu que continha os registros do censo outro. Já na pia batismal, mantinha a
servo receoso. Em uma cena como- do século 19 de minha cidade natal. esperança de ver meus antecessores
vente, os olhos espirituais do servo Fiquei emocionado ao descobrir que ou ouvir-lhes a voz. Voltei nos dias
A LIAHONA
:W
seguintes para concluir o trabalho, ver o coração de meus parentes não- Mas nada disso aconteceu. Os
ainda ansiando por alguma experiên- membros enternecer-se, levando-os dias continuaram a passar sem alte-
cia fora do comum. Também achei a interessarem-se mais por minhas ração. Fiquei perturbado e questio-
que poderia ter um sonho pesquisas. Talvez eles até se conver- nei-me: Onde estão as bênçãos do
~ com meus antepassados ou tessem. Senhor? Onde estão as bênçãos que Ele
prometeu aos que ajudassem a redimir
Ao examinar registros antigos e vi- os mortos?
sitar cemitérios, não vivenciei ne- Fui novamente ao templo algu-
nhuma experiência espetacular. mas noites depois para participar de
Não tive nenhum sonho nem rece- uma sessão de investidura. Lá den-
bi visita alguma do mundo espiri- tro, fixei o olhar nas águas calmas da
tual; no entanto, as portas pia batismal. Subitamente, dei-me
abriram-se para mim. conta de algo que não percebera an-
i ~ tes: O prá/)rio privilégio de ser batizado
I~
a favor de meus antepassados já não
constituíra uma bênção magnífica?
Pensei em todos os registros valiosos
que eu encontrara durante a pesqui-
sa. O Senhor não preparara o caminho?
Eu não conseguira realizar mais do que
imaginava que poderia?
Logo em seguida, aquela escritura
do Velho Testamento veio-me à
mente. Os olhos do servo de Eliseu
abriram-se e ele viu as hostes do
Senhor. O Senhor abriu-me os olhos
e ajudou-me a compreender as bên-
çãos que eu recebera. Ao sair do
templo naquela noite, nada sentia
além de gratidão.
Aprendi que ao abrirmos os olhos
espirituais, percebemos que as bên-
çãos não precisam ser extraordiná-
rias; passamos a ver as
manifestações simples do amor
do Senhor em nossa vida e a
agradecer por elas. Por vezes,
esqueço-me disso. É então
que, assim como Eliseu, oro:
"Senhor, abre-me os olhos para
que eu veja". O
LINHA SOBRE LINHA

COMO ENCONTRAR
A PAZ INTERIO

ILUSTRADO POR PATGERBER; FOTOGRAFIA DE JED CLARK, WARREN lUCH, E JOHN lUKE; AS POSES SÃo DE MODELOS

O Presidente David O. McKay (1873-1970)


nou que temos "natureza dupla: uma que se re-
laciona com a vida terrena e outra, com a vida
espiritual, semelhante à divina, ( , .. ) Um homem pode
ensi- Ao orar, ler as escrituras e jejuar, tive certeza d
cidade do evangelho e senti um profundo arrepenã'
to pelo que fizera. Contei tudo a meu presidente de
Minha vergonha era tão grande que meu coração p
li

contentar-se ( .. , ) com o que o mundo lhe oferece e ce- estar em pedaços. Ele convocou um conselho disciptl
der facilmente aos clamores de seus apetites e paixões, dei- e fiquei em período probatório.
xando-se cada vez mais levar pelos prazeres mundanos ou Certa noite, ao ler sobre a conversão de Alma e
pode, por meio do autocontrole, crescer e ir ao encontro Alma 36: 15-21 meus olhos encheram-se de lágrim
de alegrias espirituais, intelectuais e morais. Isso depende Ajoelhei-me e supliquei: 'Senhor, livra-me de meus pe
apenas das escolhas que faz a cada dia, ou melhor, a cada dos como fizeste com Alma. Sei que podes perdoá-los
hora de sua vida", (Conference Report, abril de 1967, p. 7) lo poder do sacrifício expiatório de Jesus Cristo', Naq
Se por um lado as decisões que tomamos determinam instante, uma grande força envolveu meu corpo, As '
nosso curso, por outro, podemos alterá-lo ao optarmos grimas que me cobriam o rosto misturaram-se a um S
por arrepender-nos de nossos pecados. Ao mudarmos riso de felicidade. Sentia, como Alma, uma doce e B
nosso rumo e buscarmos o perdão, a Expiação infinita do alegria.
Salvador nos permitirá sentir paz. Uma leitora externou Ao fim de meu período probatório, meu presiden~
seus sentimentos sobre a paz do Senhor: ramo chamou-me para servir como secretária das M
"Sou uma jovem de 17 anos. Fui batizada aos 11. Aos regente do ramo e professora da Primária. Sei que 1
14, comecei a namorar um rapaz que não era membro da Cristo expiou nossos pecados e deseja que nos arrepe
Igreja e fiquei menos ativa. Fiz coisas erradas e sentia-me mos e voltemos a Ele." O
suja. Não conseguia perdoar a mim mesma e achava que
tampouco o Senhor me perdoaria. Este artigo inaugura uma nova série
Certo dia, avistei dois élderes. Por algum motivo, sen- A Liahona, Linha sobre Linha abordará os princípios
ti o desejo de orar novamente. Fui para casa e ofereci trinas fundamentais do evangelho, Se você quis
uma oração ao Pai Celestial. Então, peguei meu Livro de A Liahona trate de determinado assunto ou tiver u
Mórmon e comecei a ler. No domingo seguinte, fui à ria para relatar, escreva-1WS. Diga-nos também se es
Igreja e ouvi um dos missionários prestar o testemunho. série lhe parece útil. Informe-nos quais partes da re-tl
Suas palavras despertaram em mim o forte desejo de ad- trazem mais benefícios, Nosso endereço postal e eletrân'
quirir um testemunho verdadeiro. contra-se na página 1.
A LIAHONA
:J2
Cuidado com a tentação de afas-
tar-se do que é bom. Se algo esta-
va certo quando você orou a seu
respeito e você confiou nele, conti-
nua certo agora.

"Não Rejeiteis,
Pois, a Vossa
Confiança"
Élder Jeffrey R. Holland
Quórum dos Doze Apóstolos

H á uma lição no relato da Primeira Visão do Profeta ]oseph


Smith que praticamente
oportunidade
todo santo dos últi,mos dias já teve
de viver ou brevemente
e simples de que, antes de grandes momentos,
terá. E a verdade pura
especialmente antes de
grandes momentos espirituais, poderão sobrevir-nos adversidade, opo-
sição e trevas. A vida reserva-nos algumas dessas situações e vez por
outra elas surgem justamente quando nos aproximamos de uma deci-
são importante ou de um passo decisivo em nossa vida.
Nesse maravilhoso relato que lemos tão pouco, ]oseph disse que mal
iniciara sua oração quando foi tomado por uma força que o dominou
por completo. "Uma densa escuridão", como ele narra, formou-se a seu
redor e ele parecia estar condenado a uma destruição súbita. Mas ele
usou de todas as suas forças para clamar a Deus que o livrasse do jugo
desse inimigo e, ao fazê-lo, um pilar de luz mais brilhante que o sol apa-
receu e desceu gradualmente sobre ele. Assim que surgiu a claridade,
]oseph sentiu-se livre do poder destrutivo que o sujeitara. O que se se-
guiu, então, foi a maior manifestação divina desde a Crucificação,
Ressurreição e Ascensão de Cristo no meridiano dos tempos. O Pai e o
Filho apareceram a ]oseph Smith, e teve início a dispensação da pleni-
tude dos tempos.'
A maioria de nós tem plena consciência de que existe alguém que
personifica a "oposição em todas as coisas", que "um anjo de Deus caiu
do céu", tornando-se "miserável para sempre". Que destino horrendo!
E, por ser essa a sina de Lúcifer, "[ele l procurou também a miséria de
toda a humanidade", como nos ensinou LeÍ,2
"Clamando a Deus, [Moisés] re A GUERRA CONTINUA
ordenou, dizendo: Retira-te de mim Pode-se escrever um artigo inteiro so-
porque somente a este único Deus bre essa oposição intensa e antecipada do
qual é o Deus de glória." adversário a muitas coisas boas que Deus
reserva para nós. No entanto, gostaria de
deixar esse aspecto de lado e observar ou-
tra verdade que não reconhecemos tão fa-
cilmente. É uma lição ligada ao mundo dos
esportes que nos lembra que "o jogo não
acaba antes do apito final", É o lembrete de
que a guerra continua. Infelizmente, não po-
demos achar que Satanás foi derrotado após o
primeiro bom ataque, que deu início à nova dis-
pensação e nos trouxe a luz, impelindo-nos à
frente de forma tão extraordinária.
Para reforçar o que quero dizer, permitam-me
abordar outra escritura; na verdade, outra visão.
Vocês devem estar lembrados de que o livro
de Moisés começa quando ele é arrebata-
do a "uma montanha sumamente alta"
onde, conforme diz a escritura, "viu
Deus face a face e falou com ele e a glória de Deus esta- E aconteceu que Moisés começou a temer muito; e ao
va sobre Moisés". O que se seguiu, então, foi o que acon- começar a temer, viu a amargura do inferno. Não obstan-
tece com os profetas que são arrebatados a montes te, clamando a Deus [exatamente a expressão usada por
elevados. O Senhor disse a Moisés: "Olha e mostrar-te-ei ]oseph SmithJ recebeu forças e ordenou, dizendo: Retira-
as obras de minhas mãos. ( ... ) Moisés olhou e ( ... ) te de mim, Satanás, porque somente a este único Deus
viu a Terra, sim, toda ela; e não houve uma partícula de- adorarei, o qual é o Deus de glória.
la que ele não visse, discernindo-a pelo Espírito de Deus. E então Satanás começou a tremer, e a terra estreme-
E também viu seus habitantes, e não houve uma só alma ceu. ( ... )
que não tivesse visto".3 E aconteceu que Satanás clamou com alta voz, com
Essa experiência é notável em todos os aspectos. É choro e pranto e ranger de dentes; e dali se retirou."4
uma das maiores revelações concedidas na história hu- Claro que para voltar depois, mas sempre para ser derro-
mana. Perfila-se ao lado dos mais grandiosos relatos que tado pelo Deus da glória - invariavelmente.
temos da experiência de qualquer profeta com a
Divindade. NÃO RETROCEDAM
Mas a mensagem de Moisés para vocês hoje é: "Não Gostaria de trazer algum alento a todos nós quanto à
baixem a guarda". Não se iludam achando que uma gran- oposição que muitas vezes surge após decisões inspiradas
de revelação, um momento maravilhoso e iluminado e a e momentos de revelação e convicção que nos trazem
abertura de um caminho inspirado constituem o fim. uma paz e certeza que julgávamos que jamais perdería-
Lembrem-se: o jogo não acaba antes do apito final. mos. Em sua epístola aos hebreus, o apóstolo Paulo ten-
O que aconteceu com Moisés logo em seguida, após tou encorajar os membros que se tinham unido à Igreja
aquele momento de revelação, nada representaria se não havia pouco tempo, pessoas que seguramente haviam ti-
fosse tão verdadeiro e tão real. Lúcifer, dando continui- do experiências espirituais e recebido a pura luz do teste-
dade a sua oposição, sem jamais desistir de seu intento de munho e descoberto logo em seguida que seus problemas
causar dano de uma forma ou outra, aparece e urra com não haviam terminado, mas, pelo contrário, que alguns
ira e insolência após Deus ter-Se revelado ao profeta: tinham apenas começado.
"Moisés, ( ... ) adora-me". Mas Moisés nem lhe dá aten- Paulo exortava os membros novos de modo muito se-
ção. Ele acabou de ver o original, o verdadeiro, e a com- melhante às admoestações que o Presidente Gordon B.
paração é grotesca. Hinckley faz hoje. A idéia central é que não podemos
"E Moisés olhou para Satanás e disse: Quem és tu? alistar-nos em uma batalha de tamanho significado eter-
( ... ) Onde está tua glória, para que te adore? no e de conseqüências para todo o sempre sem consciên-
Pois eis que eu não poderia olhar para Deus, a não ser cia de que será um combate - um bom combate, um
que sua glória estivesse sobre mim. ( ) Mas posso combate vitorioso, mas ainda assim um combate. Aos
olhar para ti como homem natural. ( ) que achavam que um novo testemunho, uma conversão
( ... ) Onde está tua glória, porque para mim é treva? pessoal e uma experiência batismal marcante poderiam
E posso discernir entre ti e Deus. ( ... ) afugentar seus problemas, Paulo disse: "Lembrai-vos, po-
Vai-te, Satanás, não me enganes." rém, dos dias passados, em que, depois de serdes ilumina-
O relato então nos mostra uma reação ao mesmo tem- dos, suportastes grande combate de aflições". E segue-se
po patética e assustadora: este incrível conselho, que é o cerne das palavras que
"E então, quando Moisés pronunciou essas palavras, desejo dirigir-lhes:
Satanás clamou com alta voz e bramou sobre a terra e or- "Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e
denou, dizendo: Eu sou o Unigênito, adora-me. avultado galardão.
JUNHO DE 2000

37
Porque necessitais de paciência, para que, depois de A cada decisão importante, é preciso ponderar e to-
haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a pro- mar precauções, mas, ao finalmente ter sua iluminação,
messa. ( ... ) não ceda à tentação de abandonar o que é bom. Se era
( ... ) se [qualquer homem] recuar, a minha alma não certo quando você orou a respeito, confiou e viveu de
tem prazer nele. acordo, continua a sê-lo. Não desista
( ... ) Não somos daqueles que se quando a pressão se intensificar.
retiram para a perdição."s Tampouco se entregue, em hipótese al-
É comum ouvirmos os santos dos úl- guma, ao ser que se dedica integral-
timos dias dizerem: "Certamente não é mente à destruição de sua felicidade.
fácil: antes de entrarmos para a Igreja, Enfrente suas dúvidas. Controle seus
quando estamos tentando entrar e de- medos. "Não rejeiteis, pois, a vossa
pois que entramos". Sempre foi assim, confiança." Conservem o rumo e ve-
diz Paulo, mas não voltem atrás. Não jam a beleza da vida descortinar-se
entrem em pânico e não retrocedam. diante de seus olhos.
Não percam sua confiança. Não esque-
çam o que sentiram um dia. Não po- Em sua epístola aos hebreus, o EspíRITO DE REVELAÇÃO

nham em dúvida a experiência que o apóstolo Paulo tentou enco- Para ajudar-nos a passar por essas
tiveram. Foi a persistência que salvou rajar os membros que se ti- experiências, esses momentos cruciais
Moisés e Joseph Smith quando o ad- nham unido à Igreja havia de nossa vida, permitam-me fazer mais
versário os confrontou e é ela que pre- pouco tempo, pessoas que se- uma referência a Moisés. Esta escritura
servará vocês. guramente haviam tido expe- foi concedida no início desta dispensa-
Imagino que todo ex-missionário e riências espirituais e recebido ção, quando havia necessidade de re-
possivelmente todo recém-converso que a pura luz do testemunho e . velação e se estabelecia um curso
ler essas palavras saberá exatamente do descoberto logo em seguida correto que deveria ser levado adiante.
que estou falando. Palestras canceladas, que seus problemas não ha- Boa parte dos santos dos últimos
o Livro de Mórmon em uma sacola pen- viam terminado, mas, pelo dias conhece a fórmula para o recebi-
durada na porta da frente, batismos não contrário, que alguns tinham mento de revelações encontrada na se-
realizados. E as dificuldades prosseguem apenas começado. ção 9 de Doutrina e Convênios: os
no decorrer do processo de ensino, por versículos que nos ensinam a estudar as
ocasião dos compromissos e do batismo, questões na mente e a promessa de que
durante as primeiras semanas e meses na Igreja e assim se- o Senhor as confirmará ou negará. O que a maioria de nós
rá para sempre - pelo menos o adversário insistiria indefi- não costuma ler junto é a passagem anterior: a seção 8.
nidamente se pensasse ver algum abalo em sua Nessa revelação, o Senhor declara: "Eu te falarei em
determinação, alguma fenda em sua armadura. tua mente e em teu coração, pelo Espírito Santo que vi-
Essa oposição aparece quase sempre que algo de bom rá sobre ti e que habitará em teu coração". Adoro esse
acontece. Pode apresentar-se quando vocês tentam dedi- trecho que alia mente e coração. Deus nos ensinará por
car-se aos estudos. Pode bater-lhes de frente após um mês meio da razão e da revelação - mente e coração juntos
no campo missionário. Por certo se faz presente em ques- - por intermédio do Espírito Santo. "Ora", continua
tões ligadas ao amor e casamento. Pode manifestar-se em Ele, "eis que este é o espírito de revelação; eis que este é o es-
situações relacionadas com sua família, chamados na pírito pelo qual Moisés conduziu os filhos de Israel através do
Igreja ou carreira profissional. Mar Vermelho, em terra seca. "6
A LIAHONA

38
Por que o Senhor usaria o exemplo da travessia do muito restrita. Permitam-me sugerir de que forma a seção
Mar Vermelho como exemplo clássico do "espírito de re- 8 expande nossa compreensão, especialmente à luz des-
velação"? Por que não utilizou a Primeira Visão? Ou o ses "combates de aflições" que vimos debatendo.
exemplo do livro de Moisés que usamos agora há pouco?
Ou a visão do irmão de Jarede? Ele poderia ter emprega- AS REVELAÇÕES COSTUMAM SER PRECEDIDAS DE
do qualquer um deles, mas não o fez. Nessa revelação, PERGUNTAS
Ele tinha outro propósito em mente. Em primeiro lugar, as revelações quase sempre vêm em
Tendemos a pensar em revelação como uma enxurra- resposta a uma pergunta, em geral ~rgente. Olhando por
da de informações. Entretanto, essa é uma concepção esse prisma, elas trazem-nos informações, mas sempre in-
formações prementes, necessárias, informações especiais.
A revelaCjão quase sempre vem em. resposta a um O desafio de Moisés era encontrar um meio de livrar a si
questionamento, normalmente urgente. Em casos que e a todos os filhos de Israel da terrível situação em que se
tenham grandes conseqüências não é muito provável encontravam. Havia carruagens no encalço deles, dunas
que você receba a infor,,",aCjão a menos que a deseje de areia por todos os lados e uma imensidão de água lo-
de modo premente, fiel e 'humilde. go à frente. Ele precisava ser guiado
ara saber o que fazer, mas não
estava pedindo algo banal. Nesse caso, tratava-se literal- princípio". Isso não se assemelha ao caso daqueles que foram
mente de um caso de vida ou morte. iluminados e depois sucumbiram diante de dúvidas e re-
Vocês também precisarão de informações, mas em as- consideraram sua opção? "Não convém que traduzas ago-
suntos de grande importância é pouco provável que as ra", declarou o Senhor, algo que deve ter sido muito difícil
consigam a menos que as queiram ur- para Oliver ouvir. "Eis que era conve-
gente, fiel e humildemente. É o que niente quando começaste, mas temeste e
Morôni chama de pedir "com real in- a hora passou; e agora não convém."8
tenção".? Se buscarem dessa forma e Todos correm o risco de ter medo.
permanecerem com esse espírito, não Por um instante, no confronto de
há muito que o adversário possa fazer Moisés com o adversário, "Moisés co-
para desviá-los de um caminho virtuo- meçou a temer muito; e ao começar a
so. Ficarão firmes, por maior que seja o temer, viu a amargura do inferno",9 É
ataque ou a aflição, pois já terão pago aí que a vemos - na hora do medo.
o preço de uma convicção verdadeira. Foi exatamente esse o problema que
Como naquela visão de Moisés, po- se abateu sobre os filhos de Israel às
derão surgir dúvidas desconcertantes e Após receberem a mensa- margens do Mar Vermelho e relaciona-
confusão após o fato, mas que não as- gem, após pagarem o preço se à fidelidade à primeira iluminação.
sumirão vulto quando colocadas lado para sentir Seu amor e ouvir Diz o registro: "E, aproximando Faraó,
a lado com a verdade revelada. a palavra do Senhor, sigam os filhos de Israel levantaram seus
Lembrem-se da verdade. Lembrem-se de em frente. Não temam, não olhos, e eis que os egípcios vinham
que precisaram muito de ajuda em ou~ titubeiem, não se desviem, atrás deles, e temeram muito". Alguns
tras ocasiões e conseguiram. O Mar não reclamem. (como aqueles de que Paulo falou an-
Vermelho há de abrir-se a quem buscar tes) fizeram comentários do tipo:
honestamente a revelação. O adversá- "Vamos voltar. Isso tudo não vale a pe-
rio tem poder para obstruir o caminho, na. Estávamos enganados. Não deve
reunir as forças de Faraó e dificultar ter sido o espírito certo que nos incitou
nossa fuga às margens das águas, mas a sair do Egito". Na verdade, o que dis-
não é capaz de reproduzir a verdade. Não tem poder pa- seram a Moisés foi: "Por que nos fizeste isto, fazendo-nos-
ra triunfar caso não permitamos. Se empregarmos todas sair do Egito? ( ... ) Pois que melhor nos fora servir aos
as nossas forças, a luz retornará, a escuridão se afastará e egípcios do que morrermos no deserto".1O E não posso
estaremos em total segurança. Essa é a primeira lição que deixar de indagar: "E tudo o que já aconteceu? E os mi-
temos a aprender na travessia do Mar Vermelho pelo lagres que os trouxeram até aqui? E as rãs e os piolhos? E
espírito de revelação. a vara e a serpente, as águas que se tornaram em sangue?
E a saraiva, os gafanhotos, o fogo, os primogênitos?"
NÃO TEMAM Como esquecemos depressa. Ficar e servir aos egíp-
A segunda lição é bem parecida. No processo de reve- cios não teria sido melhor. Tampouco é melhor ficar fora
lação e tomada de decisões importantes, o medo desempe- da Igreja, adiar o casamento, rejeitar um chamado mis-
nha um papel destrutivo, por vezeS paralisante. Para sionário ou outra oportunidade de servir na Igreja e as-
Oliver Cowdery, que perdeu a grande oportunidade de sua sim por diante. É claro que nossa fé será testada ao
existência por não a aproveitar no momento em que lhe enfrentarmos essas dúvidas e reconsiderações. Por vezes se-
bateu à porta, o Senhor disse: "Não continuaste como no remos miraculosamente conduzidos para fora do Egito e,
A LIAHONA

40
ao vermo-nos aparentemente livres e prontos para se- Esta é a segunda lição do espírito de revelação. Após re-
guir nosso caminho, deparamo-nos com mais um con- ceberem a mensagem, após pagarem o preço para sentir
fronto, como se houvesse um Mar Vermelho inteiro a Seu amor e ouvir a palavra do Senhor, sigam em frente.
nossa frente. Em momentos assim, precisamos resistir à Não temam, não titubeiem, não se desviem, não reclamem.
tentação de entrar em pânico e desistir. Nessas situa- Pode ser que, assim como Alma a caminho de Amonia12,
ções, o medo é a arma mais potente de que o adversário vocês precisem encontrar um caminho que pareça estra-
dispõe contra nós. nho, mas é exatamente isso que o Senhor está fazendo aqui
"Moisés, porém, disse ao povo: Não temais, estai quie- pelos filhos de Israel. Ninguém antes havia atravessado o
tos e vede o livramento do Senhor. ( ... ) O Mar Vermelho desse jeito, mas e daí? Sempre há uma pri-
Senhor pelejará por vós." meira vez. Com o espírito de revelação. esqueçam seus re-
Confirmando-lhe, o grande ceios e molhem os dois pés. Tal foi a exortação de Joseph
Jeová falou a Moisés: "Dize Smith: "Irmãos [e irmãs], não prosseguiremos em tão
aos filhos de Israel que
marchem".ll "Moisés, porém, disse ao povo: Não temais, estai
quietos e vede o livramento do Senhor. ( ... )O
Senhor pelejará por vós."
grande causa? Ide avante e não para trás. Coragem, irmãos; ao evangelho ou aos santos dos últimos dias, que procla-
e avante, avante para a vitória!"13 mam como fato fundamental da Restauração o espírito
de revelação. Foi justamente a luta contra as trevas e o
DEUS NOS AJUDARÁ desespero e a busca da luz que inauguraram esta dispen-
A terceira lição do espírito de revelação do Senhor sação. É isso que a sustém e susterá vocês. Fazendo mi-
que podemos retirar do milagre da travessia do Mar nhas as palavras de Paulo, repito-lhes:
Vermelho é que a revelação iluminada que nos direciona "Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem gran-
a um propósito ou dever virtuoso traz consigo os meios e de e avultado galardão.
poder que Deus nos concede para atingirmos tal desíg- Porque necessitais de paciência, para que, depois de
nio. Confiem nessa verdade eterna. Se Deus lhes disser haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a
que algo é correto, se algo for de fato verdadeiro para vo- promessa." 16
cês, Ele proverá os recursos para que consigam realizá-lo. Reconheço que a oposição e a adversidade são reais,
Isso se aplica a entrar para a Igreja, criar uma família, ser- mas presto testemunho do Deus da glória, do Redentor e
vir em uma missão ou a qualquer um de outros objetivos Filho de Deus, que trazem luz e a esperança de um futu-
dignos na vida. Recordem o que o Salvador disse ao ro brilhante. Prometo-lhes que Deus vive e os ama, a ca-
Profeta Joseph Smith no Bosque Sagrado. Qual era o pro- da um de vocês, e que impõe limites às forças de oposição
blema em 1820? Por que Joseph não deveria unir-se a ne- das trevas. Testifico que Jesus é o Cristo, que triunfou so-
nhuma igreja? Pelo menos em parte porque "[ensinavam] bre a morte, o inferno e o ser decaído que de lá conspira
como doutrina os mandamentos de homens, tendo apa- contra a humanidade. O evangelho de Jesus Cristo é ver-
rência de religiosidade, mas [negavam] o seu poder".14 A dadeiro e foi restaurado.
graça de Deus é o bastante! O Senhor disse repetidas ve- "Não temais." E ao receberem o segundo, o terceiro e
zes a Joseph Smith que, assim como na antigüidade, os fi- o quarto golpes, "não temais. ( ... ) O Senhor pelejará
lhos de Israel seriam "tirados da escravidão por meio de por VÓS".17"Não rejeiteis, pois, a vossa confiança." O
poder e com um braço estendido. ( ... ) Portanto, que
não desfaleça vosso coração. ( ... ) Meus anjos irão De wn discurso devocional proferido na Universidade Brig/wlTl Ycnlllg
adiante de vós e também minha presença; e, dentro de em 2 de março de /999.
algum tempo, possuireis a boa terra".15
NOTAS
Qual boa terra? Ora, a sua boa terra. A sua terra pro-
1. Ver Joseph Smith - História 1:15-1 7.
metida. A sua nova Jerusalém. A sua pequena porção do 2.Ver2 Néfi 2:11, 17-18.
mundo que mana leite e mel. O seu futuro. Os seus so- 3. Moisés 1:1-2, 4, 8, 27-28.
nhos. O seu destino. Acredito que, de forma individuali- 4. Moisés 1:12-16, 19-22.
5. Hebreus 10:32, 35-36, 38-39; grifo do autor.
zada, Deus nos leva ao bosque, à montanha ou ao templo
6. D&C 8:2-3; grifo do autor.
e lá nos mostra as maravilhas que Seu plano reserva para 7. Morôni 10:4.
nós. Talvez não recebamos uma visão tão completa como 8. D&C 9:5,10,11; grifo do autor.
Moisés, Néfi ou o irmão de Jarede, mas veremos tudo de 9. Moisés 1:20.
10. Êxodo 14:10-12.
que precisarmos para conhecer a vontade do Senhor a 11. Êxodo 14:13-15; grifo do autor.
nosso respeito e sabermos que Ele nos ama além de nos- 12. Ver Alma 8: 18.
sa compreensão. Também creio que o adversário e seus 13. D&C 128:22.
14. Joseph Smith - História 1:19.
lacaios sagazes e ardilosos tentam opor-se a essas expe-
15. D&C 103:17,19-20.
riências e, depois que elas acontecem, tentam diminuir- 16. Hebrells 10:35-36.
lhes o brilho. Mas isso não tem o poder de contrapor-se 17. Êxodo 14:13-14.
A LIAHONA

'12
EU SEI QUE VIVE
MEU SENHOR

Calmo ~ = 72-84 (A primeira estrofe pode ser cantada sem acompanhamento ali acompanhada pela linha da melodia.)
1':\ 1':\

í m.P1. Eu sei que


~-

vi - ve
--
meu Se -nhor! O meu su - bli - me
~

Sal - va - dor! Que

I -
sei que vi - ve meu Se - nhor! E

'.:.I
-
que por mim tem gran - de_a - mor! En -

'.:.I
m.P

I
ve_e rei - na so - bre nós A to - dos cha - ma su - a voz. Que
< vi - va can - ta rei: "Ó Re - den - tor, Se-nhor
d-
e
..
I
Rei!" Por

ro - ga sem - pre an - te Deus Ve lan - do pe - los fi - lhos seus;


e - le a vi - da eu da rei A mor - te eu con - quis - ta rei;

1.

vi - ve pa - ra me am - pa - rar E mi - nha al- ma a - ca -len tar. 2. Eu


pre - pa - rar o meu lu - gar, No céu, que:.,é meu e - ter - no
d J
lar. 3. Que vi - ve, oh, lou vo - res dai! E sem - pre_a Cris - to e - xal-~! Cla-
1':'\

- .

-
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,,11
AJO

•..
me - mos
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ho - je, com
- fer - vor:
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"Eu
I - ~

sei que vi- ve meu Se - nhor!"


Sopran~

IContra/to

Que

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I~~-.-
•.•.
"" ,.. p.. "".
n. ;. "".
n.

I I I I I

- ve pa - ra me_a -len - tar A mi - nha_an - gús - tia sos - se - gar; Meu

1 ~ ~A

Uníssono

- mar E no - vo a -len - to ins - pi - rar

Descamo

mf
Con - se - lhos pa - ra mim
Melodia 1':'\

mf
4. Que tem con - se - lhos pa - ra E

Este arranjo pode ser copiado para uso em eventos não-comerciais na Igreja ou no lar.
1":'\

sem fim Sim, pa ra con - so -lar Ter -


1':\

sem fim. Que


1":'\'
vi - ve pa - ra con - so - lar E

.J .íJ.

\J f

me gui ar. Sim, oh, lou


Soprano

J:. C01Hralto
- nu - ra me gui ar! Que vi ve, oh, lou - vo - res

"u

u vo - res dai! A Cris - to e - xal- rai; Do mun - do_é


#.U I
- I
- r--"'i I i"'"oo ~
I
,u
dai! ~ sem - pre_a Cris -to e - xal - raio Do n1lt - do é
••• •
o Re-den-
I' I
"u I I ~
--\m-.o
U u I I I I I I
~ r I I
{
I I I I I I

I Mais lento, com mais enfase


.

que vi - ve meu Se - nhor. Eu sei que vi - ve meu Se - nhar!


1":'\

que vi - ve meu Sen - hor. Eu sei que vi - ve meu Sen - hor!


1":'\ Mais le1Ho

Lelra: Samuel Medley, 1738-1799 Jó 19:25


Música: Lewis D. Edwards, 1858-1921 Salmos 104:33-34
Arranjo: Ralph B. Woodward, nascido em 1944. @ 2000 1RI

eao ue sso

Richard M. Romney
FOTOGRAFIA DO AUTOR

S
e você abrir o Livro de Mórmon de Anna "Sempre eram gentis e educados entre si; mas, acima
Sterligova, terá uma surpresa, pois está cheio de de tudo, importavam-se genuinamente uns com os ou-
ilustrações coloridas feitas por ela mesma. tros", diz ela.
Anna, que tem 15 anos de idade, é estudante de Artes Ela sabia - e testemunhara pessoalmente - o quan-
em Moscou, Rússia. Ela queria registrar alguns dos senti- to a Igreja era importante na vida deles. Ouvira a respei-
mentos e emoções que lhe sobrevinham enquanto lia o to de história da família, pois Alla falara-lhe das centenas
Livro de Mórmon. Então, além de sublinhar, cruzar refe- de nomes que pesquisara. Sabia que a família Sterligov
rências e fazer anotações nas margens das páginas, passou viajava para um lugar sagrado chamado templo. Já
a ilustrar as passagens que mais a tocavam. notara a dedicação de Konstantin ao servir como
"Isso deu vida às histórias", explica ela. presidente do Distrito Moscou Rússia Leste.
Em pouco tempo, Zenaida estava rece-
PRESTAR O TESTEMUNHO bendo as palestras dos missionários,
É evidente que as histórias já eram bem reais para ela. orando e indo à Igreja. Fazia cada vez
Anna adora o Livro de Mórmon e estuda-o sozinha e mais perguntas e encontrava cada vez
com a família nas noites familiares. Lê partes dele nas mais respostas. Isso se deve, em parte,
reuniões do Ramo Pokrovsky e memoriza seus versículos aos freqüentes comentários de Anna
no seminário. Gosta especialmente de prestar o testemu- acerca do Livro de Mórmon, que fize-
nho que tem do livro aos amigos. ram com que Zenaida desejasse ler e en-
É aí que entra Zenaida Akimova, uma vizinha idosa. tender esse volume de escrituras agradas.
Ela era amiga da mãe de Anna, Alla, mas, em pouco tem- Entretanto, havia um problema:
po, tornou-se amiga de toda a família (que inclui o pai de Zenaida é praticamente cega e não enxer-
Anna, Konstantin, e o irmão, Aleksander, também co- ga o suficiente para ler. Não sabe ler em braile e
nhecido como Sasha). Zenaida sabia que eles eram mem- mesmo que soubesse, ainda não existe uma edi-
bros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos ção em braile do Livro de Mórmon em russo.
Dias, mas não tinha muita noção do que isso queria dizer.
"Aprenda mais sobre o assunto e veja o que isso signi- O PLANO DE ANNA
fica", disse Anna à vizinha. Então, Anna e Alla pensaram em um plano:
ler em voz alta e gravar, todas as noites, vários
O PODER DO EXEMPLO capítulos do Livro de Mórmon e, na manhã se-
Zenaida pensou a respeito das coisas que já sabia. Por guinte, entregar a fita cassete à vizinha. Zenaida
exemplo, nessa família, as pessoas tratavam-se bem. vibrou ao aprender a respeito de Leí, Néfi e outros
A LIAHONA
46
Veja o que isso significa.

Esse foi o convite feito

por Anna a sua amiga

que é cega. E deu certo.


COMPREENDER E TESTIFICAR

Agora estamos a uma semana do


batismo de Zenaida. Ela reuniu-se mais
uma vez com os missionários no aparta-
mento da família Sterligov. Há um
sentimento de felicidade e esperança
no ar.
"Estou pronta para ser batizada",
diz Zenaida. "Estou aguardando an-
siosamente o dia de meu batismo.
Essa família tem sido maravilhosa
para mim. Graças a eles, tenho
À primeira vista, um simples gravador não parece ca- minhas fitas do Livro de Mórmon e poderei ouvi-las sem-
paz de realizar milagres, mas para Zenaida Akimova, pre que quiser. Conto com o amor e o exemplo deles; as-
amiga de Anna, as fitas que ele toca abrem-lhe as sim, estOu pronta para começar uma vida nova. Posso
portas de um novo mundo de conhecimentos. não enxergar o suficiente para ler, mas graças a Anna,
Sasha, o Presidente e a irmã Sterligov, estou começando
profetas. Fita após fira, semana após semana, seu testemu- a compreender exatamente o que significa o evangelho."
nho se tornava mais forte e nítido. Assim como nos dese- E onde está Anna? Continua prestando o testemunho
nhos coloridos do Livro de Mórmon de Anna, as histórias do Livro de Mórmon aos amigos. Entre as mais de 60 pes-
ganhavam vida na imaginação de Zenaida. soas com quem se corresponde, quatro demonstraram in-
Quando Anna estava ocupada, Alla incumbia-se das teresse pelo evangelho. Ela enviou-lhes exemplares do
gravações; quando Alla não podia, Anna o fazia. Às ve- livro.
zes, Sasha e o Presidente Sterligov encarregavam-se da "Uma delas é uma jovem que mora em uma cidadezi-
tarefa. Assim, dia após dia, versículo após versículo, capí- nha na Sibéria", diz Anna. "Não há missionários por lá, e
tulo após capítulo, as fitas iam sendo preparadas. o ramo da Igreja mais próximo fica muito distante.
"Meu desejo era que a irmã Akimova tivesse com o Escrevo-lhe sobre o que aprendemos nas palestras missio-
Livro de Mórmon a mesma experiência que eu vivencia- nárias, e ela gosta que eu faça isso. Ela conhece a Bíblia,
ra", explica Anna. "Desde a primeira vez que os élderes e eu disse que nós a estudamos também. Mas esclareci
me mostraram o livro, soube que era verdadeiro. Não ti- que o Livro de Mórmon, Outro Testamento de Jesus
ve problemas para acreditar nele nem dúvidas. Assim, foi Cristo, completa a Bíblia. Ela pediu-me que lhe enviasse
fácil dizer a ela o que sentia a respeito do livro e gravar um exemplar para pode'r entender exatamente o que que-
suas histórias, pois o lia todas as noites." ro dizer com isso." O

A LIAHONA

"S
Alma Batiza nas Águas de Mórmon, por Arnold Friberg
"E desse modo batizou todos os que haviam ido às paragens de Mórmon; e eram cerco de duzentos e quatro olmos: sim, e foram batizados nos águas de Mórmon e
encheram-se do graça de Deus. E foram chamados Igreja de Deus, ou seja, Igreja de Cristo, daquele tempo em diante". (Mosias 18: 16-17)
D esde12 dc man;o de 1995, (~uando foi ordenado e designado 15" Presidcnte de A Igreja de
.Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias, o Presidente Cordon 13.I-linckley tem-sc cmpe-
nhado cm ofercccr o seu esforço e o da Igrcja a todas as pessoas. Na capa: o Presidentc I-lincklcy
e sua esposa, Mlu:;orie, são saudados por uma chuva de papcl colorido cm Shcnzhcn, China, em
maio dc1996. Acima: o Presidente c a irmã I-linckley participam da cerimônia da pedra angular
na dedicação do 'Ibnplo ~Iadrid Espanha, em março de 1999. Abaào: o Presidcntc I-lincklcy
passeia pela Praça do Templo com o repórtcr Mikc; Wallacc, do programa 60 Mil/ll/es (60
Minutos), da redc CBS de 'Televisão (Columbia Broadcasting Systcm's) em dczembro dc1995.
Vcr '~\os Noventa;\nos ... ", página 10.

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