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EDITORIAL

Estamos felizes p o r estarmos cie volta r a êste

belo Brasil. Fazem dez anos desde que aqui

estivemos. Muitas faces m udaram -se entre os

m em bros, p orém as raízes do Evangelho estão

agora firm e m e n te plantadas nêste pais. A tu a l­

mente o grande desafio para todos os m em bros é

tornar-se um dedicado m issionário e um represen­

tante da verdadeira Igreja de Jesus Cristo. A p ro ­

veitem diariam ente tôdas as oportunidades de dis­

trib u ir e p a rtilh a r com alguém nessa prazeirosa

mensagem de restauração do conh ecim en to do Deus

vivente. Quando na vida social deve levar consigo al­

guns folhetos e o S en h or a u xilia rá êsse trabalho, to­

cando as profundidades de m uitos corações.

Irm ã IIow ells e eu esperamos bem logo conhe­

ce r todos vocês pessoalmente. O ram os pelas bên­

çãos de Deus sôbre cada um nesta grande e gloriosa

missão.

Sinceram ente,

P R E S ID E N T E R U L O N S. H O W E L L S .
Àno II — N.° 4 Abril de 1949

“A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno E vangelho)
Órgão O ficial da Missão Brasileira da Ig r e ja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
Registrado sob N .° 66, conforme Decreto N .° 4857, de 9-11-1939.
Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 30,00 D ir e to r :.. .Cláudio M artins dos Santos
Assinatura Anual do E xterior Cr.? 40,00
R e d a to r:...................................João Serra
Exemplar Individual ............ Cr$ 3,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil

ÍNDICE

E D IT O R IA L

Editorial ............................................................. Presidente R ulon S. Howells capia


Necessita o Mundo Passar F o m e ? ...................................... John A . W idstoe capa

A R T IG O S E S P E C IA IS
A Restauração ....................................................................................................... 75
Joseph Smith — P rofeta .................................................. L e v i Edgar Yoning 76
Por Trinta Dinheiros ........................................................E m est L . W ilkin son 78
A Metade N ão Foi Dita ........................................................................................ 81

A U X IL IA R E S
Escola Dominical:
Temas Para Os Discursos ......................................................................... 83
Verso Sacramental ........................................................i............................ 83
Faze o Bem ................................................ E lder W arren L. Anderson 83
Prim ária:
Um a História da Páscoa ................. Adoíndp do “ C h ild ren ’s F rien d 85

SACERD Ó CIO

Lições para os Grupos Sacerdotais ................................................................... 88

V Á R IO S
O Rumo dos Ramos ................................................................................................ 96
A Prim eira Oração de Joseph Smith (P o esia ) .................................................. 74
PRIMEIRA ORAÇÃO
DE J O S E P H S M I T H
Que manhã m aravilhosa!
B rilh a o sol no céu de a n il;
Quantas canções maviosas.
D e abelhas e aves m il.
L á no bosque, com fe rv o r
José ora, ao P a i de am or.
Lá no bosque, com fe rv o r
José ora, ao P a i de am or.

E h u m ild e ajoelhado
A Deus graças pediu,
Quando a força do pecado
A su’alm a a fligiu.
Êle sabe que Deus
Guiará os passos seus.
Êle sabe que Deus
Guiará os passos seus.

E vê no céu refu lgen te


B rilh a nd o mais que o sol,
O p od er do O nipotente,
C om fulgores de arrebol,
Eis que descem do céu,
Deus o Pai, e o F ilh o seu.
Eis que descem do céu,
Deus o Pai, e o F ilh o seu.

“ É meu F ilh o , bem a m a d o” ;


D oce voz José ouviu.
E assim arrebatado,
Sua alm a ao céu subiu
N um a prece com fe rv o r
P o rq u e viu o P a i de am or.
N um a prece com fe rv o r.
P o rq u e viu o P a i de am or.

Monumento ao A n jo Moroni erigido


no Monte Cumorah
“ E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o Evangelho eterno,
para O proclamar aos que habitam sôbre a terra, e a tôda a nação, e tribo, e
lingua, e povo.” (A poc. 14:6)
“A RESTAURAÇÃO”
U M BR EVE R E SU M O DOS A C O N T E C IM E N T O S
Q UE C O N D U Z IR A M À R E ST A U R A Ç A O DO
A N T IG O E V A N G E L H O

A confusão predom inava na época de americano, cuja história estava grava­


1820. Ü m fe rv o r religioso reinava nos da sôbre placas de ouro que há muitos
corações do povo. A pergunta prepon­ séculos foram escondidas por M oroni
derante que surgia era: Qual das nu­ no Monte Cumorah. O A n jo Moroni
merosas seitas era a verdadeira? aparece^-lhe itrês vêzes naq’uela b o i­
N o m eio dessa perturbação, um jc- te, e uma vez no dia seguinte, exp li­
vem de 14 anos, Joseph Smith Jr., leu cando que Joseph havia sido escolhido
as seguintes palavras de Tiago: “ Se al­ para fazer “ Uma obra m aravilhosa e
gum de vós tem falta de sabedoria, pe­ um assombro” entre os filhos dos ho­
ça-a a Deus” . Confiando plenamente mens. Êle não recebeu as placas na­
nessa promessa, o jovem se dirigiu a quela vez, precisava ainda de instru­
um bosque para orar. Orou ao Autor ções divinas. Quatro anos sé passaram
de tôda a verdade, pedindo esclareci­ antes de lhe ser entregue o antigo re­
mentos sôbre a Sua verdadeira Ig re ­ gistro, quando então, êle traduziu-o pe­
ja. lo poder de Deus, tendo sido publica­
Após fervorosa oração, êle recebeu do “ O L iv ro de M orm on” .
uma sublime visão, na qual aparece­ Em 1829 os céus se abriram nova­
ram dois personagens em sua frente, mente, e m ensageiros do Senhor foram
eram êles Deus o P a i e Seu Unigênito enviados para conferir a divina auto­
Filho Jesus Cristo. ridade do Sacerdócio. João Batista trou­
Nessa visitação de sêres celestiais, x e as chaves do Sacerdócio Aarônico,
Joseph recebeu a resposta de não se f i­ em que se assenta o poder do batismo.
liar a qualquer igreja, pois a Igreja M ais tarde vieram Pedro, Tiago e
P rim itiva de Jesus Cristo, não se en­ João, os antigos apóstolos de Jesus, e
contrava na terra. deram -lhe o Sacerdócio m aior de M el-
Essa mensagem que Deus falou mais quisedec.
uma vez aos Seus filhos na terra, ju l­ Revestidos com autoridade de resta­
gada im possível pelos homens, não fo i belecer a antiga ordem e organização,
aceita como o jovem esperava, mas, ao seis pessôas já batizadas, reuniram-se
contrário, resultou em amarga perse­ numa têrça-feira, 6 de abril de 1830,
guição. M ais tarde, na noite de 21 de exatamente há 119 anos, na casa de
setembro de 1823, enquanto orava em Peter W hitm er, onde a Igreja de Je­
seu quarto, êste fo i iluminado por uma sus Cristo fo i reorganizade. Joseph
fulgurante luz celeste. Apareceu um Smith Jr. fo i sustentado como o P ro ­
ser ressuscitado, o A n jo Moroni, e re- feta, Vidente e Revelador da Ig re ja de
velou-lhe a existência de um registro Jesus Sristc dos Santos dps ÚJtimos
dos antigos habitantes do continente Dias.

“Se os ensinamentos de Joseph Smith não fossem verdadeiros, então os


do G rande Nazareno cairiam por terra, pois êles são um só e os mesmos. Não
se pode com filosofias afastar as verdades do Evangelho, nem explica-las atri­
buindo ao profeta como vítima de aparições, pois êles são reais e fatos tan ­
gíveis. — JOSEPH F. SM ITH , o sexto presidente da Igreja.

— 75 —
JOSEPH SM ITH
Os pais de Joseph S m ith era m p o ­ lib eralm en te, e o n ão la n ça em rosto,
bres, m as m u ito hon rados e de a n i- e s e r-lh e -á d a d a .”
m osa descendência. M o ra va m R etiro u -se um d ia p a ra a floresta
no
estado de V erm on t, no com eço do e orou ao P a i do céu p a ra com preen ­
século passado, en tão disperso de h a ­ são e luz d ivin a . N as seguintes p a ­
bitantes, onde con stru íram sua c a ­ la vra s sim ples e am aveis Joseph Sm ith
bana e cu ltiva va m a pequena área con ta sua p ró p ria h istória :
de te rra que possuiam . D escen den ­ “ D epois de m e re tira r p a ra um lu ­
tes de um a velh a o rig em p u rita n a de g a r p revia m en te escolhido, e de olh ar
Massachussets, êles se a p ega ra m as em m eu redor, a ch a n d o -m e só, a jo e ­
suas profissões e os seus ideais m o ­ lh e i-m e e com ecei a en tre g a r a Deus
rais e religiosos. H a v ia em seu la r todos os desejos do m eu coração.
a B íb lia S a grad a e um a cópia de A pen as fiz e r a isso quando fu i im ed ia ­
B u n yam “ O Progresso dos P e r e g r i­ ta m en te preso p or um a fo rç a que in ­
nos” onde Joseph apren deu a ler. teira m en te dom inou-m e, com ta l p o ­
Q uando êle tin h a m ais ou m enos 11 der aterrisa d o r que m e prendeu a lín ­
anos de idade, seus pais m u d aram - gua de ta l fo rm a que não pude m ais
se p a ra o oeste de N o v a Y o rk , onde fa la r . U m a densa escuridão e n v o l­
êle passou sua in fâ n c ia . D urante veu -m e e p a receu -m e por algu m te m ­
êsse período, essa v id a lh e deu â n i­ po com o se estivesse caido p ara a des­
mo e vigor, fo r tific a n d o tru ição fin a l.
fis ic a ­
m ente seu corpo, que m ais tard e Porém , em p rega n d o todas as m inhas
nenhum choque pôde en fra q u ecer. forças em cla m a r p o r Deus p a ra m e
São dessa o rig e m os hom ens e m u ­ tir a r do p od er dêste in im ig o que se
lheres que con stru íram o alicerce dos tin h a a ga rra d o a m im e, no in sta n te
avançados povoados dessa fro n teira . em que estava prestes a c a ir em d e ­
P rega d ores am bulantes das seitas sespero, a b an d on an d o-m e à destru i­
religiosas da A m érica passavam p e ­ ção, não a um a ru ina im a gin á ria , p o ­
riod ica m en te em casa dos Sm iths, en - rém, um ta l poder m a ra vilh o so com o
tre g a n d o -lh e s escrituras re la tiv a s ao
nunca h a v ia sentido em nenhum a
“ E va n gelh o de Jesus C risto ” . F oram circunstância, — nêste m om en to de
lidas com interêsse, pois êsses vários gran de alarm e, v i um a colu na de luz',
m issionários tin h a m opin iões d ife re n ­
exa ta m en te sôbre a m in h a cabeça, de
tes re la tiva s ao E va n gelh o . O jo v e m
um b rilh o su perior ao do sol, que g r a ­
Joseph fo i esclarecido e leu o p rim e i­ du alm en te descia até c a ir sôbre m im .
ro capítulo, versícu lo cinco, p a r ti­ L o g o após êste ap arecim en to, sen­
cularm ente, da epístola de T ia g o : ti-m e liv re do in im ig o que m e h a via
“ E se algu m de vós tem fa lt a de sa­ cercado. Q uando a luz reposou sôbre
bedoria, p e ç a -a a Deus, que a todos dá m im , v i dois p ersonagens cujo brilh o
e glória sobrepujavam a qual­
quer descrição, pairando no ar.
“Quanto mais perto o homem se aproxi­
Um dêles falou-me, chamando-
m a da perfeição, mais nítidas são suas
me pelo meu nome, e disse
idéias, e m aior sua alegria, até ter êle ven­
apontando para o outro:
cido o m al em sua vida e perdido todo o
desejo de pecar, e, como os antigos, êle — “ Êste é c M eu Filho A m a ­
chega ao ponto de fé onde êle é envolvido do, O u vi-O ” . A q u i apresentou-
na força e glória de seu Criador, e é leva­ se a resposta de uma convic­
do a habitar com Êle. — JOSEPH SM IT H . ção espiritual, que tem

— 76 —
por L e v í E d ga r Y ou n g
P RO F E T A P resid en te do P rim eiro
Conselho dos S eten ta

sido tra n sm itid a no p en sam en to de


um povo n obre de h o je . A m en sa­
gem de Joseph desde o com eço ressoou
com riqueza, b eleza e c o n fo rto . O
m oço ob teve a paz suprem a que a fé
tra z. Êle sabia que Deus vive, que
Jesus C risto vive, e que a fé, o a rre ­
p en dim en to, o batism o por alguém
d ivin a m en te cham ado, abre o c a m i­
n h o p a ra a vid a e tern a . N esta p r i­
m eira oração isso fo i leva d o a seu
conhecim ento, e com o tem po “ A h is­
tó ria com p leta lh e fo i r e v e la d a .”
Esta visão, p o r ser um a visita de Deus,
o P ai, e seu F ilh o Jesus C risto s ig n ifi­
ca o m ais a lto in crem en to possível n a
vid a . Êle nos ensinou que o hom em
deve saber que a v id a é en con trad a
na v e rd a d e ira a fin id a d e com seu
C r ia d o r .
A fé do m oço nas prom essas do
Senhor, aprofu n dou -se, torn an d o-se
um con h ecim en to. O L iv ro de M ó r-
mon, trad u zid o das placas de ouro, fo i
dado ao mundo, e no m ês de m aio de
1829, Joseph e O liv e r C ow d ery fo ra m
visitados p o r um m en sageiro divino, O P rofeta Joseph Sm ith
João B atista, que pôs as m ãos sôbre
as suas cabeças e lhes con feriu o S a ­ ra. O povo uniu-se sob a proteção do
cerdócio de A arão. Is to fo i seguido P ro fe ta , viven d o de acôrdo com os
p ela visita dos apóstolos Pedro, T ia ­ m an d am en tos de Deus e com eçaram
go e João, os an tigos apóstolos de seu tra b a lh o de construção com p ro ­
nosso S en h or e S alvador, e êles c o n ­ fu n d o e im o rta l zelo de a cord ar em si
fe rira m a Joseph e O liv e r o ap osto- m esm os a responsabilidade do fu tu ­
la d o pelo qual êles m esm os fo ra m ro, e p rep a ra r-se p a ra êle. A e x p lo ­
ordenados no tem po em que Jesus ração e tra n sp orte de pedras, o p re ­
esteve n a t e r r a . As m ensagens do paro das tábuas, pregos, letreiro s e
P r o fe ta a p ela ra m a alguns poucos h o ­ de tôdas as outras cousas necessárias
m ens e m u lh eres de p rofu n d o fe r v o r à construção do tem p lo deixou um a
religioso. Souberam p ela sua fé e h istória de sublim e fé em Deus. E n ­
suas orações que Deus fa la ra . As r e ­ tre sua pobreza e seus sofrim entos,
velações de Deus fo ra m escritas pelo êles tra b a lh a va m e o ra va m te rm i­
P r o fe ta e lo g o publicadas com o títu ­ n ando um a n obre construção.
lo de “ D ou trin as e C on vên ios” que to ­ Disse D an iel T y le r :
m ou seu lu g a r en tre os livro s p r o fé ­ Q uantas vêzes v i aqueles hum ildes
ticos de todos os tem pos. e fie is servidores de Deus, depois de
K irtla n d , Ohio, fo i a p rim eira cid a ­ um tra b a lh o can sativo n a pedreira,
de construida pelos Santos n a fr o n te i­ (Continua na pág. 89)

— 77 —
Tira, tira, crucifica-O .

POR TRINTA
A Traição, o Julg am ento
N ’uma ta rd e de q u in ta -fe ira h á tão deixou a casa aban don an do a
m ais de 1900 anos, Judas Iscariotes com p an h ia do seu M estre para
pediu um a au diên cia aos m em bros do se m p re .
gran de sin édrio — o m ais alto trib u ­
n al ju d icia l dos judeus. C om pu n h a- L O G O A PÓ S A Ú L T IM A C E IA
se êsse trib u n a l de 71 m em bros, 23
dos quais era m sumo sacerdotes, e 23 C erca de m eia n o ite n aqu ela m esm a
escribas. q u in ta -fe ira Jesus e os onze apóstolos
“ O que os senhores m e darão se eu restantes d eixa va m a casa n a qual
lhes en tre g a r Jesus?” , disse Judas. tin h a m p a rtilh a d o da ú ltim a ceia, e
E p o r 30 d in h eiros (fo i en tão fix a d o fo ra m p a ra o m on te das oliveiras,
o preço de acôrdo com a lei, id ên tico ch am ado G etsêm ane. Q uando lá ch e­
ao preço p a ra a com pra de um escra ­ ga ra m o M estre in stru iu o ito dos Seus
vo, equ ivalen te em nosso d in h eiro à discípulos. “ S en tem -se aqu i enqu an­
Cr$ 340,00) fize ra m êles um pacto to Eu o r o ” . (M arcos 14:32) “ Orai,
p a ra a tra içã o de Jesus. p a ra que n ão en treis em ten ta çã o ” .
(Lu cas 22:40).
A Ú L T IM A C E IA Êle levou consigo Pedro, T ia go , e
João m as logo depois recusava a co m ­
N aqu ela m esm a q u in ta -fe ira Jesus p a n h ia dêstes três e p ed ia -lh es para
e seus doze Apóstolos, in clu in d o Ju­ esperarem e vigiarem .
das, sen tavam -se à m esa p a ra a ú lti­ Após ter orado fervorosam en te, o
m a re fe iç ã o da qual o S a lva d o r p a r­ M estre voltou e en con trou Seus três
tilh a ria antes da Sua m orte. Depois discípulos a d o rm ecid o s. A cord an d o-
de re p a rtir a ceia, o S en h or tris te ­ os Êle exortou -os n ovam en te a v ig ia r
m en te falou, “ Em verd ad e vos digo e o ra r p a ra que não caissem em te n ­
que um de vós, que com igo come, h á tação, m as com sabedoria acrescen ­
de M e t r a i r . .. bom seria para ta l h o ­ tou, “ N a verdade, o esp írito está p ro n ­
m em não h a v e r n a scid o” . (M arcos to, m as a carne é fr a c a ” (M a t. 26:41).
14:18-21). Êle p artiu ou tra ve z e v o lta n d o pela
U m a um os discípulos de C risto segunda vez ach ou -os n ova m en te a
p ergu n ta ra m -L h e, “ M estre, sou eu ? ” d o r m ir . Q uando acordaram , sen ti­
(M a t. 26:22) . Q uando Judas p e r­ ra m -se tã o h u m ilh ados que não sa­
gu ntou ao M estre, Êle respondeu : “ Tu biam o que d izer. P e la terceira vez
o disseste” . (M a t. 2 6 :2 5 ). Alguns Êle deixou-os, e quando voltou disse:
dos discípulos n ão conseguiram a im ­ “ D orm i a go ra e reposai, eis que é
p o rtâ n cia com p rên d er desta resposta. ch egad a a hora, e o F ilh o do hom em
A João, o segundo a pergu n tar, Êle será en tregu e nas m ãos dos p eca d o­
resp on d eu : “ É aquele a quem Eu der o res” . (M a t. 26:45).
bocado m o lh a d o ” . (João 3 :2 6 ). Já as tochas do bando conduzido
E en tã o o M estre m olh ou um p ed a­ por Judas p od iam ser vistas à d is tâ n ­
ço de pão e deu -o a Judas Iscariotes cia, quando Jesus exclam ou : “ L e v a n ­
com estas p a la vra s: “ O que fazes, fá - ta i-vos, p artam os; eis que é chegado
lo depressa” . (João 13:27) Judas en - o que M e tr a i” . (M a t. 26:46).

— 78 —
E tom aram a Jesus, e O le v a ra m ..
por E rn est L. W ilk in son

DINHEIROS Condensado de um discurso feito na


capela em W ashington, D. C. pela Pás­
coa de 1944.

e a C ru c ific a ç ã o do S alv ad o r
A T R A IÇ Ã O E P R IS Ã O proclam ou a e tern a verdade dizendo:
“ Tod os os que la n ça rem m ão da espa­
Enquanto Jesus fa la v a a in d a aos da à espada m o rre rã o ” . (M a t. 26:52).
onze apóstolos, Judas e os soldados
E en tão rendeu -se Jesus ao centu-
a p ro x im a va m -se. P a ra que os sold a­
rião e seus soldados.
dos soubessem qual era o Cristo, Ju­
das d irigiu -se ra p id a m en te em d ir e ­
JULG AM ENTO P R E L IM IN A R DO
ção à Êle e p ro fa n o u a fa c e de Jesus
com um b eijo . C heio de sabedoria o M ESTRE
M estre exclam ou : “ Judas, trais o F i­
lh o do h om em com um b eijo? A m i­ A o con trá rio às leis de ju lga m en to
go, a que v ie s te ? ” (M a t. 26:50) . de p rision eiros n a ju stiça hebraica,
M as os soldados rom anos que a co m ­ Jesus fo i conduzido p era n te os sumo
p a n h a va m Judas h esita va m . Então, sacerdotes que O in terro g a ra m sôbre
o M estre cam inhou em direção dos Sua d ou trin a. T a l ju lga m en to p re li­
o ficia is e pergu n tou : “ A quem bus- m in a r era com p leta m en te fo ra da lei;
ca is?” Êles respon deram “ Jesus de prim eiro, porque co n trá rio às leis ju ­
N a z a ré ” . A o que o Sen h or resp on ­ daicas êle te ria sido fe ito n a som bra
deu: “ Sou Eu” . (João 18:4,5) . E n ­ da n o ite ; segundo, porque o código
treta n to, em vez de ava n ça rem para hebreu requ eria que houvesse uma
p ega r Jesus, m uitos dos soldados ca i- acusação con tra Ê le, a que não h a v ia ;
ra m por te rra . A Sua sim ples d ig n i­ terceiro, porque a le i h eb raica proib ia
dade tin h a p rova d o ser m ais poten te que um p rision eiro se acussasse a si
do que as arm as que êles possuiam . m esm o.
N ova m en te Êle p ergu n tou “ A quem Q uando en tre ta n to Êle fo i in te rro ­
buscais?” E êles n ova m en te resp on ­ gad o sôbre Sua dou trin a Jesus res­
deram “ Jesus de N a z a ré ” . pondeu: “ Eu fa le i a b erta m en te ao
E ntão o M estre disse: “ Já vos disse m u n do; Eu sem pre en sin ei n a sin a go ­
que sou Eu; se pois M e buscais a M im g a e no tem plo, onde todos judeus se
deixai ir êstes” . (João 18:8) . ju n tam , e n a d a disse às ocultas.
A lguns dos o fic ia is rom anos en tão P a ra que M e pergu n tas a M im ? P e r ­
a p roxim a ra m -se e quando êles iam gu n ta aos que ou viram o que Eu lhes
p ren d er o S a lva d o r alguns dos ap ósto­ ensinei; eis, que êles sabem o que Eu
los e x cla m a ra m : “ Senhor, ferirem os lhes ten h o d it o .” (João 18:21) .
à esp ad a?” (Lu cas 22:49) . N ão h a v ia resposta p a ra as p a la ­
O im petuoso P ed ro sem esperar pela vras de Jesus de acôrdo com as leis
resposta, leva n to u sua espada e deu judaicas, não obstante, um dos o f i ­
u m golpe m a l d irigid o n a cabeça dum ciais ta lvez p a ra a n g a ria r fa v o re s dos
dêles cortan d o a o relh a de M alchus, sumo sacerdotes, deu um a b o feta d a
u m servo do sum o s a c e rd o te . A d ia n ­ em Jesus e disse; “ Assim respondes
tando-se, o M estre, passando a m ^o ao sumo sa cerd o te?” (João 18:22).
p o r sôbre o golpe curou o servo, r e ­ N o va m en te o S a lva d o r invocou a
preendendo Pedro, ord en ou -lh e que dou trin a das leis ju d aicas dizendo
colocasse sua espada n a bain h a e que Êle só p od eria ser ju lga d o com

— 79 —
Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.

testem unhas de acusação. Êle disse: ten ta ra m fa z e r com que C risto desis­
“ Se fa le i m al, dá testem u nho do m a l; tisse da Sua doutrina. F o i nessa o ca ­
e, se bem, porque M e fe re s ? ” (João sião que N icodem os d efen d eu a C risto
18:23) . dizendo que Êle d everia ser ouvido
antes de ser condenado.
O J U L G A M E N T O D E JE S U S D IA N T E F in a lm e n te alguns dias antes do
D O A L T O T R IB U N A L J U D A IC O ju lga m en to da m eia n o ite êles se reu ­
n ira m : “ E con su ltaram -se m u tu am en ­
N ão obstan te Jesus fo i conduzido te p a ra pren d erem Jesus com dolo e
im ed ia ta m en te p eran te o gra n d e t r i­ O m a ta r e m . M as d iz ia m : n ão du ran ­
bu n al dos judeus p a ra ser ju lg a d o de te a festa, p a ra que n ão h a ja a lv o ro ­
um a acusação cu ja n atu reza nem Êle ço en tre o p o vo ” . (M a t. 2 6 :4 -5 ).
m esm o con h ecia. Foi, p ortan to, aquêle corpo de ju i­
A n tes de en u m erar os a co n tecim en ­ zes, desqu alificados e corruptos, à
tos ocorridos no ju lga m en to , fa rem os quem Jesus fo i leva d o p a ra ser ju lg a ­
um a pausa para exp lica r o que e ra o do. A in d a que em c o n trá rio às leis
“ sin é d rio ” . E ra o suprem o trib u n al ju daicas fosse ile g a l reu n ir qualquer
dos ju deu s. T in h a séde em Jerusa- côrte en tre o p ôr e o n ascer do sol,
le m e com pu n h a-se de 71 m em bros. não obstante, êste gra n d e conselho de
Êle ju lg a v a todos os casos r e lig io ­ hom ens que se ch a m a va m “ ju izes” se
sos e g overn a m en ta is. D u ran te m u i­ reuniu no m eio da n o ite esperando
tos séculos êste trib u n a l p erm an eceu pelo S a lv a d o r que d everia ser condu­
em fu n ção ju lg a n d o quaisquer casos zido à sua presença.
e todo aquêle que fizesse p a rte de ta l D e acôrdo com as leis hebraicas
tribu n al possuia as m aiores hon ras da p a ra que um prision eiro fosse ju lg a ­
época.
do e condenado, era necessário que
A p esar de tod a esta fo rç a e g ló ria houvesse duas testem unhas que sou­
do passado, êste trib u n al v in h a se d e ­ bessem do crim e, e que fizessem suas
gen eran d o e corrom pen do-se a pon to acusações em côrte ab erta c o n tra o
de p a ga rem altos preços aos rom anos p rision eiro e que seus rela tos co n co r­
p a ra obtenção de um lu ga r nêste t r i­ dassem em todos os seus detalhes.
bunal e usavam de seu p od er p ara Q uando a côrte esta va reunida,
m ercen ários propósitos.. M u itos dêles duas testem unhas a p resen taram -se, e
fo ra m desqu alificados por p a rtic ip a ­ um a delas testem u nhou que Jesus
rem n o ju lg a m e n to de Jesus, e fo i a h ou vera dito que Êle era capaz de des­
hom ens assim que C risto fa lo u : “ Em tru ir o tem p lo de Deus e reco n stru í-
verd ad e vos d igo que os publicam os lo em três dias. A ou tra disse que
e as m eretrizes en tra m a d ia n te de vós Jesus dissera que Êle “ d errib a ria êste
no rein o de D eu s. . . A i de vós, escri- tem plo construído p o r m ãos de h o ­
bas e fariseus, h ip ó crita s! pois que mens, e em três dias e d ific a ria outro,
devorais as casas das viuvas, sob p re ­ não fe ito p o r m ãos de h om en s” .
te x to de p rolon gad as orações; p o r isso (M arcos 14:58) .
sofrereis m ais rigoroso ju iz o .” (M a t. Desde que aquêles depoim entos n ã o
21:31; 23:14) . con cord aram en tre si sôbre as acu sa­
E ram estas m esm as pessoas que n e ­ ções fe ita s de que C risto dissera que
g ocia va m no tem p lo de Deus a quem d estru iria o tem p lo de Deus, e com o
Jesus expulsou, açoitan do-os, não p o ­ não p od eriam e n em d everia m ser
dendo p ortan to, êstes, d ar um ju lg a ­ aceitas pelo trib u n al ju daico, o ju lg a ­
m en to ju sto ao M estre. Os m esm os m en to d e veria te r sido en cerra d o .
m em bros dêste trib u n a l do sinédrio (Continua na pág. 92)

80 —
A METADE NÃO FOI DITA
2.a P A R T E DA VERDADE SÔBRE TABACO
TEM VOCÊ O H A B IT O DE R O D A R pensas num m aço de qu atro cru zei­
O C H A V E IR O SÔBRE O DEDO? ros. O que é que se en con tra no&
volum es c ien tífico s que possa ser co­
V ocê usa b rin car com objetos n a locado ao la d o destas persuasivas?
m ão ou ta m b o rila r sôbre a mesa, ou Em 1924, a C om p an h ia de R evistas
ain d a assobiar através seus dentes; Psicológicas da U n iversid ad e de P rin -
você é um b e ija -flo r ? Êstes são si­ ceton publicou o m o n ó g ra fo do p ro ­
nais de nervos em aranhados, os quais fessor H u ll — A In flu ê n c ia do Fum o
podem ser ra p id a m en te sanados, fu ­ n a E fic iê n c ia M e n ta l e M o to ra . Já
m an d o “ C am els” . Êles ja m a is lh e que em questões de e fic iê n c ia m en tal
en erva rã o ou cansarão seu p a la d a r. e m o to ra as pessoas podem fa c ilm e n ­
F u m ar “ C am els” é tam bém um a a ju ­ te en gan ar-se a si m esmas, ain d a que
da a concentração. O nde quer que não ten h a m preconcebidas noções, o
fe ito s de gra n d e sensação, com o cor­ professor H u ll dem onstrou qual é,
ridas à m otor, de in u sitada h a b ilid a ­ p ro va velm en te, a m ais con vin cen te
de com o a pesca de um gran d e p e i­ ex p eriên cia neste setor. Os p a cien ­
xe, ou tra b a lh o com o m an u brar um tes, uns 20 hom ens, tin h a m os olhos
a viã o a tra vés de um a casa, p a ra f i l ­ ven dados du rante os testes do fum o.
m agem , seja a ordem do dia, “ C am els” A lgu m as vêzes lhes eram p erm itid o
dá aquêle em pu rrão n a en ergia tã o tira r um as b a fora d a s de cachim bo,
de p erto associada com o sucesso da enqu anto que, nos dias em que esta-
ven tu ra que o fu m o d eve a co m p a ­ vam sob controle, sem o saberem , t r a ­
n h ar o aco n tecim en to . E m ais r e ­ ga va m num cach im bo de brinquedo,
cen tem en te você é obrigad o a a p ren ­ que era colocado en tre seus lábios.
der do galgo, do cão de caça e do M as êste cach im bo era vasio, exceto
“ cocker sp a n iel” . P len a m en te r e la ­ por um pedaço de asbesto em bebido
xado, êle está dando aos seus n e r ­ em água, e um a bobin a aquecida e le ­
vos um descanso, e da m esm a fo rm a trica m en te n a sua h aste. Assim,
está êle ou ela n a fo to g r a fia que por alguns dias, o fu m a n te chupava
acom pan h a. U m estudo cuidadoso apenas ar quente e h ú m id o para
da fo to g r a fia revela que o cach orro d en tro da boca. P a r a co m p leta r a
não está fum ando. “ O que cada m u ­ ilusão, em tais dias, a fu m a ça do ca ­
lh e r d everia saber acerca dos seus chim bo verd ad eiro, ap reciad o p elo
n ervos” é evid en tem en te que ambos, operador, era a tira d a à fa c e do p a ­
ela e o “ cocker sp a n iel” tem em co ­ cien te . Os p acien tes nem n ota ra m
m um um com plicado sistem a n e rv o ­ a existên cia do cach im bo de b rin ­
so, e que o cach orro p á ra freq u en ­ quedo, até o fin a l das sem anas de e x ­
tem en te p a ra descansar. P o rta n to , p eriên c ia . Em cada tarde, depois do
quando você se sen tir irriq u ieto ou teste, êles ap resen tavam suas reações
irritá v e l, apenas repouse e fu m e um pessoais em rela çã o ao fu m o . O ca ­
“ C a m el” . “ D e s p e r te ... e acen da um chim bo de brinquedo gera lm en te r e ­
C a m el” , é o segredo p a ra o sucesso cebia altos lou vores.
no go lfe, no jorn alism o, no te lé g r a ­ Quando, agora, os resultados de
fo e no coração do C ongo. testes a n teriores e p osteriores ao
Ouse algu ém le v a n ta r a voz p ara fu m o rea l são com parados com aquê-
n eg a r êste b rilh a n te estojo de reco m ­ les das séries de fu m os irreais, a res­

— 81 —

4
posta é p ro va velm en te m ais a c re d i­ cam p erd a de precisão, casos tais
ta d a do que um testem u nho p a g o . O com o a p a n h a r a b ola n o “ b aseball”
p rofessor H u ll descobriu que, ta n to os ou a tin g ir o a lvo n a esgrim a. H u ll
n ã o -fu m a n tes com o os fu m an tes h a ­ achou p erd a de h a b ilid a d e no com ­
bituais m ostram efeitos. A firm e za p lexo m en tal, n a cap acidade de m e ­
da m ão fo i m edida, fa zen d o -se segu­ m ória a u d itiva e n a e ficiên cia de
ra r um estilete m etá lico no cen tro de apren d izagem . O ap ro veita m en to es­
um pequeno o rifício. Os fum antes colar de fu m an tes e n ã o -fu m a n tes
habituais m ostraram -se 60% piores, nas escolas superiores e colégios fo i
treze e meio minutos após terem ter­ estu dada inúm eras vezes. Os fu ­
minado o fum o real do que após o m antes sem pre d em on stra ra m graus
fumo irreal. Os não-fum antes, curio­ m ais baixos. D eve-se, contudo, le m ­
samente, dem onstraram apenas 41% b ra r que as séries n ã o são necessa­
de redução na firmeza. A in s ta b ili­ ria m en te um a m ed id a de in te lig ê n ­
dade desapareceu m ais depressa nos cia e que fu m a r tra z p a ra a m em ó­
fu m a n tes habituais. U m ou tro cie n ­ ria dos rapazes m u itas oportu nidades
tis ta que m ediu a in stab ilid ad e im e ­ p a ra associações dispersivas, que p o ­
d ia ta m en te depois do fum o, re la ta dem pesar n a sua classificação nas
que 120% aum entou em a gita çã o da aulas. U m a cousa é o b v ia . N ão h á
m ão. Em outro estudo, a in s ta b ili­ evid ên cia de que a con cen tração ou
dade fo i au m en tad a de 300% após outras expressões de que o fu m o
fum ados 12 cigarros. U m outro m uitas vêzes d ep rim e o sistem a n e r ­
cien tista descobriu que le v a ria 4 a voso. Sob certas condições, a d e ­
5% m ais de tem p o p a ra e n fia r-s e um pressão ou irrita b ilid a d e podem s ig ­
certo nú m ero de agulhas, após o fu m o n ific a r um a ex p eriên cia bem receb i­
de 2 cigarros. Assim , pois, é que o da. M en d en h a ll pensa que o em p o ­
fu m o a ca lm a os n ervos. b recim en to da sen sitividade que o b ­
E m rela çã o a p ostergação de f a ­ servou em 72,2% de 750 observações
diga en qu an to se fa z tra b a lh o m us­ podem con stitu ir a base do “ h á b ito
cular, não tem os p ra tica m en te dados de fu m a r” . Seus p acien tes era m
cien tífico s. U m estudo p u blicado no estim ulados por um a corren te e lé tr i­
Jorn al A m erica n o de F isiologia, por ca gra d a tiv a m e n te aum entada. Q u an ­
Lom bard, in d ica que a fa d ig a se do n o ta va m um p rim eiro sinal de
apresen ta m ais cedo após um c ig a r­ choque, rep o rta va m -n o . A ssim a
ro. N êste teste, a resistência do se­ m a ior p a rte dos seus p acien tes p o ­
gundo dedo, co n fo rm e fo i m ed id a por d ia m su portar m ais corren te, após
um e rg ó g ra fo , provou ser reduzida de fu m a rem dois ciga rros. O repouso
25% após um cigarro. As descober­ em si pode o fe re c e r um pouco dessa
tas de H u ll n ã o m ostram ta l red u ­ condição, de m odo que M en d en h a ll
ção. Êle d iz: “ É, p ortan to, a rrisca ­ conclue que o fu m o sim ula o e fe ito
do ch ega r a quaisquer conclusões p o ­ n o rm a liza d o r do repouso “ com a d ife ­
sitivas nesta época, sôbre a in flu ê n ­ ren ça que é m ais poderoso, de m a n i­
cia do fu m o no ataque a fa d ig a cau ­ festa çã o m ais rápida, m as p ro v a v e l­
sada p o r tra b a lh o m uscular em g e ­ m en te de m enos duração do que o
ra l. O a ssu rto requ er cuidadosa e e fe ito do repouso” .
severa in vestiga çã o em m ãos de p e ­ Se isto é correto, então o “estímulo”
ritos fisiologista s. A té a presente de um cigarro é na verdade um a de­
data, nen h u m estudo dem onstrou pressão que faz com que o fum ante
a u m en to em h a b ilid a d e. se torne menos sensitivo ao am bien­
A o con trário, F ish er e B erry pu b li­ te, dando-lhe a impressão de repouso.
ca ra m exten sivos estudos que in d i­ (Continua na pág. 84)

— 82 —

v
ESCOLA DOMINICAL
P elo E ld er W arren L . Anderson

T E M A S P A R A OS D IS C U R S O S P A R A O M Ê S D E M A IO

1 de M aio V E R SO SACRAM ENTAL

1. A Queda Ó! O Senhor, não nos deixeis


Gen. 3:1-13, 22-24; I N ep h i [ tra n svia r;
2:22-23; I T im . 2:14 Vosso E sp írito nos dai,
2. A necessidade do R ed en to r E nossos corações, ó ! S alvador,
Rom . 5:12, 18-21; I Cor. 15:21-22 D ia a dia, p u rificai.

8 de M aio — O D ia ãas Mães E N S A IO DE C A N T O

15 de M aio F aze O B em — H in á rio — P á g in a 39.

A necessidade da revelação
1. Am ós 3:7; Salm os 25:14; P r o v .
29:18
29 de M aio
2. I I N ep h i 28:26-31
1. U m a n jo instru e C orn élio e
22 de M aio P ed ro
A tos 10:1-7, 19-22, 44-48
Visitações p o r m ensageiros celestiais
1. M ateus 17:1-9 2. A lm a é in stru ido p o r um a n jo
2. A tos 12:1-11 A lm a 8:8-18

FA ZE O BEM

M úsica p or S a m u el W ooã w orth


A u tor — desconhecido

O H IN O se du vid ar que seu au tor o conside­


rasse com o tal. N ão é um a “ poesia
Êste hino, ouvido p ela p rim eira vez sagrad a que expressa devoção ou
num a co n ferên cia n a Escócia p or e x p eriên cia e s p iritu a l.” M as tem
G eorge Q. C annon du ran te sua p re ­ um a m en sagem da verd a d e d ivin a .
sidência n a M issão In glêsa, fe z ta l im ­ É um serm ão sim ples, e con tém
pressão sôbre êle, que quando a 12a adm oestações que toca m o coração
edição do H in á rio dos Santos dos M órm on. G eorge Q. C annon re c o ­
ü ltim os D ias fo i publicada em 1863 nheceu o v a lo r do h in o quando
sob sua direção, o h in o fo i in clu ido ou viu -o n aqu ela c o n ferên cia n a Escó­
na coleção. M as n in gu ém teve co ­ cia. Êle viu no h in o um a m ensagem
n h ecim en to do seu autor. de esperan ça; um a canção de p ro ­
m essa; um desejo p a ra ser “ fie l e in ­
“ F aze O B e m ” não pode ser classi­ tré p id o ” , e p a la vra s que con viriam
fic a d o com o um h in o sagrado, e é de n a filo s o fia do M orm onism o.

— 83 —
Esta canção p ro và velm en te fo i en tre as p rim eira s canções a m e ric a ­
escrita por algu ém que esteve em tr e ­ nas, um a das que m ais in teressaram
vas, m as que lib ertou -se dos fe rro s o p ovo n aqu ela ép oca. F o i escrita
da ign o râ n cia e com eçou a v e r a luz. em 1817. E m bora Sam uel W o od w orth
não fôsse criado no sul dos E.E. U.U.,
A M Ü S IC A a sua canção torn ou -se aí, bem popu ­
lar. Êle fo i o red a to r de diversos jo r ­
A m úsica usada em “ F a ze O B e m ” nais, escreveu um livro, “ C am peões da
é tira d a da canção popular, “ T h e O ld L ib e rd a d e ” , e p o r m u itos anos teve a
O ak en B u ck et” , escrita p o r Sam uel p rim a zia n a a rte da d ra m á tica na
W ood w orth , que nasceu em Greenbush, A m érica do N orte. F a leceu em d e­
M assachusetts, a 13 de ja n e iro de zem bro de 1842.
1785. “ T h e O ld O aken B u ck et” foi, W . L . A.

A M E T A D E N A O F O I D IT A (C on tin u ação da p á g . 82)

Q uando a depressão desvanece, os Esta aceleração do b a tim en to do c o ­


nervos em aran h am -se n o v a m e n te . ração e pressão sangu ínea n ão são
T o rn a m -s e m ais e m ais tensos até sérios a té que o coração seja o b ri­
que sejam suavisados p elo p róxim o gado a outros trab alh os extenuantes.
c ig a rro . T u d o isto soa com o a fo r ­ E ntão, porque já está usando a r e ­
m ação de h á b ito e ex p lica porque serva, m ais cedo a lca n ça rá o seu l i ­
você d everia “ fu m a r seis m aços de m ite. Is to é ilu strad o por um es­
“ C am els” e descobrir porque são êles tu do de sete anos n a Escola de T r e i­
os m ais ven didos cigarros n a A m é ­ n a m en to F ísico do E xército, em A l-
ric a ” . dershot, In g la te rra . A qu i an u alm en te,
todos os cadetes d evem p a rtic ip a r da
ÊLES N A O D IM IN U E M A
corrida d e três m ilh as a tra vés do
R E S P IR A Ç A O p a ís ... E m 1931 fo ra m publicados
As m ais diretas a firm a ções de que os resultados de 1.973 hom ens que
cigarros não dim in u em a respiração com p etira m n esta p rova .
ou en fraqu ecem as condições físicas, Os rela tó rio s apresentados pelos
recen tem en te ced eram lu g a r à v a n ­ ju izes da ch egad a fo ra m com parados
g lo ria de gran d es realizações sob c ir­ com os h ábitos de fu m o dos co rre ­
cunstâncias exp erim en ta is p ara gru ­ dores. Dos fu m an tes viciad os (20
pos de in divídu os que parecem a tle ­ cigarros ou m ais, d ia ria m e n te ), 6,6%
tas em excelen te estado físico, e aos consegu iram ch egar en tre os 10 p r i­
atestados pagos de alguns a tletas — m eiros lu gares; en qu an to que 18,8%
todos dispostos a con ven cer o le ito r dos n ã o -fu m a n tes fo ra m encontrados
que o fu m o é ú til e com b ater a a n ti­ naquêle grupo. E n tre os que ch eg a ­
quada id éia de que a tletas em e x e r­ ra m atrás p a ra v en cer os 10 últim os
cício d evem abster-se de fu m a r. lugares, o quadro fo i inverso. N este
P a ra refutar esta posição, a ciência setor, 11,4% de todos os fu m an tes v i ­
apresenta uma frente unida. Todo ciados, m as som ente 4% dos n ã o -fu -
estudo até agora feito mostra ace­ m an tes esta va m presentes. E m ou ­
leração no batim ento do coração e tras palavras, um h om em tin h a três
elevação da pressão sanguínea, com vêzes m ais chances de ven cer, se não
a prim eira baforada. Um a autorida­ fu m asse. E ’ in teressan te que nas
de estima que o trabalho do coração distân cias pequenas, n ão hou ve d ife -
é desta form a aum entado em 173%. (Continua na pág. 87)

— 84 —
PRIMÁRIA
U M A H IS T Ó R IA D A PÁSCOA

(A d a ta d o do “ C h ild re n ’s F rie n d ” )

N u m a lin d a m a n h ã de abril, A lice “ C ertam en te, terás qu erida,” sus­


B row n en con tra va -se n a p o rta de sua surrou a v o v ó !”
casa e con tem p la va com d elícia tudo A lgu n s in stan tes m ais tarde, ao co ­
o que se ach ava ao seu redor. U m a lo ca r os pin tos no novo g a lin h e i­
ch u vin h a m a tu tin a h a v ia caido e p a ­ ro, A lice p ergu n tou à vovó, “ M as p o r­
recia que o m undo fic a ra la va d in h o que celebram os a Páscoa? Eu sei que
e lim p o . E com o era lin díssim o o celebram os o N a ta l p or causa do nas­
céu azul! E enqu anto A lice a n d a va cim en to de Jesus, mas, a P á s c o a ...
pelo terreiro, se a le g ra v a com os lin ­ eu acho que não s e i!” .
dos m atizes do verd e das erva s e “ B em ; A lice, se n ta -te aqui nêste
á rv o re s . banco ao m eu lado, e enquanto o lh a r­
P a re c ia que A lice estava no auge da m os os pin tin h os eu te con tarei a v e r ­
satisfação pois ela ia sa ltita n d o e d a d eira h istória da P áscoa.”
ca n ta rola n d o. A vovó Saby c h a ­ “ Após os m alvados terem ferid o J e­
m ou -a do g a lin h e iro . A ch egan d o-se sus até que Êle m orresse, m ãos c a ri­
à vo vó que estava tira n d o a g a lin h a nhosas tira ra m de suas m ãos e pés os
choca do ninho, A lic e gritou de con ­ pregos crueis que os feria m , e le v a n ­
ten ta m en to ao espiar os pin tin h os ta ra m -n o cuidadosam ente da cruz.
recem -nascidos. “ õ , vovó, posso se­ E n volvera m o Seu pobre corpo fe rid o
gu rá-los um pouco e sen tir o suave com um len çol e co loca ra m -n o no tu -
m a c io de sua p en u g em ? ” m ulo de A rim a téa . N aqu ela época,
“ Porqu e não, A lice? F o i p a ra isto ta n to quanto h oje, os ricos não e n ­
que te cham ei. E nquanto eu seguro te rra v a m os seus m ortos no solo!
a m am ãe dêles tu poderás con ta r Êles a rra n ja v a m pedreiros que c o rta ­
ca d a um dêles em meu aven tal. E n ­ va m a roch a em fo rm a de tum ulo e
tã o os colocarem os no outro g a lin h e i­ a lí colocavam os seus m ortos q u eri­
ro que p ap ai construiu.” dos. Ou en tão a rra n ja v a m um a gru ­
Assim, um p o r um, A lice colocou os ta n a qual d eix a va m o caixão m o r­
8 p in tin h os no velh o a ven ta l da sua tuário. P a rece que José de A rim a téa
vovózinha. h á pouco h a v ia term in ad o um tu m u ­
“ Ó, v e ja aqui um ovo que n ão está lo. N in gu ém ja m a is h a v ia sido a lí
picado. Som ente um ped acin h o da colocad o. José am a va a Jesus, p o r­
casca está rachado. D evo jo g á -lo ta n to êle disse aos am igos do S a lv a ­
fo ra ou será que ain d a existe v id a d or: “ T ra g a m o corpo e d epositem -
d en tro d êle?” n o em m eu tu m u lo . ”
A vovó, então, tom ou o ovo das “ Assim , n a n o ite da S e x ta -F e ira
m ãos de A lice, colocou -o com cu id a­ m aior, a s e x ta -fe ira antes da Páscoa,
do p erto do ouvido e escutou a te n ta ­ o corpo de Jesus fo i colocado n o novo
m ente. “ Sim , sim, h á v id a n êle. e lím p id o tu m u lo.”
C qn servá-lo-em os quente, to m e-o cu i­ “ A gora , Jesus m uitas vêzes dissera
dadosam ente e am an h ã terem os m ais que n ão perm an eceria no tumulo.
um p in tin h o de Páscoa.” Disse Êle que n o terceiro dia Se le ­
“ E am an h ã é Páscoa, n ão? Quer v a n ta ria de novo. Disse Êle que se­
dizer que terei um verd a d eiro p in ti­ ria ressuscitado, e dêsse m odo sobre­
n h o de Páscoa, n ão é ? ” p u ja ria a m o rte. T a n to os judeus

— 85 —
como os soldados o u vira m a prom essa ta va -se do tum ulo quando en co n tro u -
de Jesus de ressuscitar após estar se com o S a lva d o r. Im a g in e sua f e ­
m orto, p orem com o é n atu ral, êles não licid a d e a v e r a quem ela h a v ia visto
O acred itaram . três dias antes sofren d o n a cru z.
“ Q uando o corpo de Jesus fo i posto A g o ra v iv o e m u ito b em . M a ria se
naquele tum ulo n ovo e lim po, êstes sentiu tã o fe liz ao pon to de esquecer
Judeus descrentes disseram , ‘Os que Êle era im o rta l e exten d eu -L h e
apóstolos e a m igos de Jesus esperarão seus braços dizendo, ‘M e s tr e .’ M as
que saiam os; en tão v irã o e re m o v e ­ Êle disse, ‘N ão M e tocais pois ain d a
rão o corpo sep u ltan d o-o em algu m não ascendi ao P a i ! ’ E n tão Êle f a ­
ou tro lu g a r. E n tão d irão que Jesus lou, ‘Id e e dize aos M eus irm ãos.’
ressu scitou . Im p ed irem os isso ! ’ “ Podem os im a g in a r com o M a ria se
“ Os judeus en tão disseram , “ S ela ­ apressou a dizer as boas-n ovas de que
rem os êste tu m u lo. C olocarem os à Jesus estava vivo de novo.
sua en tra d a um a en orm e p ed ra e a “ P osteriorm en te, Jesus m ostrou -se
pren d erem os fo r te m e n te . T am b ém aos Seus apóstolos, e tam bém , cita o
colocarem os ao seu r e d o f um a g u a r­ A póstolo Pau lo, a m ais de qu in h en tas
da de soldados, de m odo que n in gu ém pessoas. Assim , podes ver, m uitos v i ­
se a p roxim e e roube o c o r p o !’ ra m que Jesus se en co n tra va v iv o d e
“ Os guardas v ig ia ra m sexta e sába­ n ovo.
do à n o ite . Eis que, quando o céu “ Jesus p erm an eceu com Seus
o rien ta l com eçava a se ilu m in a r com A póstolos e am igos, en sin an d o-lh es o
a prom essa de um n ovo dia, o terren o E va n gelh o du rante q u a ren ta dias.
sob os pés dos guardas do tum ulo c o ­ U m d ia Êle os d irigiu p a ra Jerusalem
meçou a trem er com o se houvesse um n a estrada de um a a ld e ia ch a m a d a
terrem oto. A pavorados, os guardas B e ta n ia . L á Êle disse adeus aos Seus
v ira ra m em todas as direções. E n ­ com pan h eiros da te rra e en tã o subiu
quanto o fa zia m , v ira m um a n jo des­ ao Seu P a i n o Céu.
cer dos céus e a fa s ta r a p ed ra da e n ­ “ A ressurreição de Jesus fo i o e v e n ­
tra d a do tum ulo. Os gu ardas tem e­ to m ais im p o rta n te da h istó ria d o
rosos ca ira m p o r te rra com o m ortos.” m undo desde o dia que A d ã o com eu
“ T u d o isso é verd a d e? U m a n jo do fru to p roib id o no J ard im do Eden.
veio rea lm en te e a fastou a p e d ra ? ” L em b ra s-te do que aconteceu a
“ Sim , querida, tudo isso é verdade. A dão?”
Tu do isso aconteceu, porque Jesus no “ Sim , fo i lh e dito que êle m o rreria ,”
tum ulo voltou à vida. Êle h a v ia res­ respondeu Alice.
suscitado dos m ortos. “ Isso m esm o. Adão, quando e n v e ­
“ A gora, os Judeus e soldados em b o­ lheceu, m orreu . Tod os os seus filh o s
ra não soubessem com o isso a c o n te ­ m o rrera m tam bem , assim com o os in ­
cera, disseram a todos n a visin h an ça con táveis m ilh ões de pessoas desde o
que os am igos de Jesus rou baram o seu tem p o. Nós ta m b ém devem os
Seu corpo; m as isso não « r a v e rd a ­ m orrer algu m d ia . A gora, Jesus v e io
deiro. Q uando as duas M arias viera m a fim de que pudessem os v iv e r o u tra
visita r o tum ulo e v ira m que a pedra vez. N aqu ela p rim e ira m a n h ã d e
h a v ia sido retira d a , tam b ém p en sa­ Páscoa, Êle cam inhou vivo p a ra fo r a
ram que o corpo fô r a roubado. A m ­ do tum ulo. E, do m esm o m odo com o
bas, então, olh a ra m e lá h a v ia um Jesus viveu de novo, assim nós va m os
a n jo que lhes falou , dizen do: N ã o t e ­ v iv e r de n ovo após m orrerm os. Essa
n h ais m ed o. Jesus ressuscitou. Êle fo i a gran d e obra que Jesus fe z p o r
se r e fe r ir a a Jesus ter-se leva n ta d o nós. A o d ar Sua vida, Êle m o rreu
dos m o rto s. M a ria M a g d a le n a a fa s ­ p a ra que fôsse possível p a ra todos

— 86 —
nós viverm os de n ovo n o m undo ja . O u vira m a belíssim a música, as.
v in d o u ro . orações e a h istó ria de Jesus C risto.
A lice pensou alguns m om en tos e A lice atravessou a sala com o olhar,
en tão disse, “ A m a n h ã é D om in go de pousou-o sôbre a sua vo vó e sorriu.
Páscoa, vo vó ; o que fa re m o s ? ” E la ficou a leg re p o r terem esco­
N a m a n h ã seguinte A lic e e sua vovó lh id o v ir à ig re ja , porque assim esta-
fo ra m à ig r e ja . N o ta ra m os lindos vam celebran do a Páscoa n a m elh or
Copos de L e ite e outras flores, que das m aneiras.
a ju d a va m no em belezam en to da ig r e - T ra d . p o r R em o R o s e lli S o b rin h o

A M E T A D E N A O F O I D IT A que pode ser n o ta d a p ela garganta,,


(Continuação da pág. 84) os nervos e nossas outras vísceras.
renças en tre os n ão fu m an tes e os T a lv e z a tese fo rm a d a p or Louis
fum antes. Is to é ex a ta m en te o que G oodm an, do D ep a rta m en to Psicoló­
se p od eria esperar. C orrid a a c e le ­ gico da U n iversid ad e R eed de P ort-
rad a não constitu e p rova p a ra o co ­ land, O regon, pu blicada por Stuart.
ração e a circu lação; resistência, Chase na “ N ew R ep u b lic” (A N o ­
sim ! v a R ep ú b lio a ), aju d ou a rid icu larizar
O D r. Cureton, da U n iversid ad e de o teste sob olhos ven dados. G oodm an
Illin ois, tom ou o tem p o de 271 n a d a ­ conduziu um a p ro va con ven ien te de
dores que passaram por testes de s a l­ teste sob olhos vendados em uns 20
va m en to. N estas séries, os n ã o -fu ­ estudantes, todos fu m an tes in v e te ra ­
m an tes a lca n ça ra m um a rap id ez de dos, com convicções e gestos fa v o r i­
18% m ais do que os fum antes, em um tos, que se su jeita ra m volu n ta ria m en ­
nado de 100 m etros (a p ro x im a d a m en ­ te ao teste. As suas reais h abilida­
te ). O D r. E nglish, da C lín ica des em reconhecer marcas e favoritos
M ayo, descobriu que en tre os fu m a n ­ enquanto fum avam , sob olhos venda­
tes em seus quarenta, h á p erto de dos, eram sensivelmente menores do.
cinco vêzes m ais doenças do co ra ­ que se êles decidissem, por “cara ou
ção. Se a v id a m oderna ex ig e g r a n ­ corôa” ou outro simplést método de
des esforços destes órgãos, os quais pura sorte, p ara darem o seu palpi­
distribuem sangue e oxigên io, cada te. Chase h a b ilm en te coloca isto
um d everia saber de si p ró p rio que nestas p a la v ra s : “ C om que desapon­
o fu m a r “ dim inu e a resp ira çã o ” . ta m en to veio a lgu m a triste re fle x ã o !
F elizm en te p a ra os interêsses do U m dos hom ens, que por anos vin h a
fum o, gu iar um carro, com p rim ir um p agan d o alguns cruzeiros a m ais por
b otão do eleva d or e d ita r cartas não aqu ela gran d e d iferen ça, descobriu,
im põe tribu tos sôbre o nosso a p a re­ con clu den tem en te que não conseguia,
lh o de respiração. C orrer p a ra t o ­ distin gu ir “ F á tim a s ” de “ S tro llers” —
m ar um bonde, etc. tem , às vêzes, p ela m etad e do p r e ç o . . . O utro, e n ­
p rovad o ser dem asiado p a ra um a c ir ­ qu an to fu m a v a “ C a m el” que disse ser
culação sobrecarregado. um “ L u ck y S trik e ” , a firm o u que “ L u -
ck y” nunca p reju d ica va a sua g a r ­
DE OLH OS V E N D A D O S VOCÊ gan ta, en qu an to que “ C am els” são te r ­
PO D E R A D IZ E R A D IF E R E N Ç A ríveis e se a p ega m à g a rg a n ta de.
Êste pequeno pregão, flu tu a na quem os fum a. U m outro, ao qual
m em ória daquêles que lera m com en ­ fo i dado “ F á tim a s ” (u m de seus f a ­
tários pouco antes da depressão, e vo rito s) duas vêzes, e ten d o fa lh a d o
nós está vam os ju lga n d o m u itas cou- am bas as vêzes, en qu an to fu m a va um
sas ta l com o se estivessem os de olhos terceiro cigarro, quiz apostar com o.
vendados. H oje, a ú ltim a capa de nos­ ex p erim en ta d o r com o até en tão não
sos m elhores periódicos in sistem sim ­ h a v ia p rova d o um “ F á tim a ” .
plesm en te em h a v e r um a d ife re n ç a (C on tin ú a no p róxim o n ú m ero).
— 87 —
SACERDÓCIO
Lições para cs Grupos Sacerdrtais
*

P r im e ir a Sem ana de M a io bre os ja re d ita s que h a b ita ra m o con ­


“ G u arde os M an d am en tos de tin en te am erican o.)
D eus” — O Conselho de A lm a 4. O n om e “ G a ze le m ” (V ers. 23)
a Seu F ilh o H ela m a n — C a p í­ rep resen ta o títu lo de um a pessoa a
tu lo 36 de A lm a — O L iv ro de quem Deus tem dado o in stru m n eto
M órm on. “ U rim e T u m im ” . E xp lica en tão a
o rig em e u tilid ad e da p ed ra m en cio­
P o n tos p a ra discussão:
n ad a nêsse versícu lo.
1. Q ual é a idade va n ta jo s a para
5. Q u al era a fo rç a que op era va o
se to rn a r religioso? Quais eram as
“ L ia h o n a ” ?
p a la vra s de A lm a n êste respeito?
2. De que fo n te veio o e n te n d i­ T e rc e ira Sem a n a de M a io
m en to de A lm a ? D e si m esm o? “ A lm a Ensina os Seus F ilh o s ”
3. D iscuta a lição ensinada na — C apítu los 38 e 39 de A lm a —
O L iv ro de M órm on
m a ra vilh o sa conversão de A lm a e dos
filh o s de M osiah . C um priram êles Pon tos para discussão:
todos os requisitos do a rrep en d im en ­ 1. O que s ig n ific a “ Se eu não fosse
to verd ad eiro? nascido de Deus, não saberia estas
4. De que m odo p od eria ser cu m ­ cousas” ? (A lm a 38:6^.
p rid a a segu in te prom essa de A lm a a 2. A cen tu e o p e rig o de se to rn a r
H elam an : “ E nqu anto guardares os vaidoso de seu con h ecim en to. (E s­
m an dam en tos de Deus prosperarás p ecia lm en te no E v a n g e lh o ).
n a te r r a ” ? 3. P rocu re a verdade en con trad a
em A lm a 39:4. (T o m a - s e co rreto o
Segunda Sem a n a de M a io
ato p ra tica d o p o r m u itos?)
“ Os R egistros do P o v o ” — C a ­
4. Q u al é o pecado m ais a b om i­
p ítu lo 37 de A lm a — O L iv ro
n á v e l p era n te Deus? O segundo?
de M órm on.
5. D iscuta as conseqüências em
Pon tos p a ra discussão: n egar o E sp írito S an to um a vez re ­
1. Quais são os m otivos o rd en a ­ cebido .
dos por Deus p a ra gu a rd a r os regis­ 6. A lm a 39:18-19 in d ica que tôdas
tros do povo? as épocas precisam do E van gelh o, e
2. D iscuta a veracid ad e das p a la ­ que o S en h or tem em Seu poder para
vras “ Com pequenas cousas o Senhor m a n d a r an jos p a ra r e v e lá -L o . Que
con fu n de os sábios” . Estam os nós, fa to res in flu e m p a ra que Deus se r e ­
as vêzes, d em asiadam en te orgulhosos vele ou não em um a certa época?
p a ra recon h ecer os m eios de Deus? Q u a rta Sem a n a de M a io
3. D ê um a exp licação das v in te e “ A R essu rreição dos M o rto s ” —
q u a tro placas m en cion adas no v e r ­ C ap ítu lo 40 de A lm a — O L iv ro
sículo 21. (O professor deve re la ta r de M órm on.
de que m a n eira fo ra m en con trad as e P on tos p a ra discussão:
tam b ém u m a pequ ena exp licação sô- 1. D iscuta p ro fu n d a m en te os se­
— 88 —
guintes pontos com respeito a ressur­ g a d o ” — C ap ítu lo 41 de A lm a
reição: — O L iv r o de M órm on.
a . O m undo espiritu al — P a -
P o n tos de discussão:
ra izo — In fern o .
b. A p rim eira ressurreição. 1. D iscuta a necessidade de u m a
c. O processo da ressurreição. restau ração (d e v o lu ç ã o ).
(Vers. 23).
2. D iscuta o fa to da restauração
d . A ressurreição geral. (João
5:28-29; I C or. 15:19-23) . em sua fo rm a n a tu ra l; isto é, com os
Q u in ta Sem ana ãe M a io m esm os sentidos, desejos e pecados.
“ O H om em R estau rado e Ju l­ 3. A u to -ju lg a m e n to .

JO SEPH S M IT H — P R O F E T A (C on tin u ação da p á g . 77)

ou n a construção, quando já se v ia to de casam ento é p a ra a eternidade*


ergu erem -se as paredes, êles, fra co s e e os filh o s nascidos aos pais, serão
cansados, m as ain d a com um sem ­ sem pre seus.
blan te alegre, retira rem -se p a ra suas U m a verd ad e m a io r jam ais, fo i p ro ­
casas, alim en ta n d o-se com um pouco fe rid a p a ra guia dos hom ens a um a
de fubá, que lhes fo i doado. E aqu e­ v id a de altos princípios, que aquela
les que n ão possuiam um a va ca p a ra d eclaração do P r o fe ta Joseph S m ith :
lhes d ar um pouco leite, o fubá, às “ E o esp írito e o corpo são a a lm a
vêzes, du ran te dias seguidos, co n sti­ do h om em . E a ressurreição dos
tu ía p a ra si e suas fa m ília s o único m ortos é a reden ção da a lm a ” (D & C
alim en to. O trigo, m a n teig a ou c a r­ 88:15-16).
ne, quando apareciam , eram objetos Êstes versículos deixam -n os reco­
de luxo. . n h ecer que Deus, criou o h om em a.
N esta casa sagrada, a 14 de fe v e r e i­ sua p ró p ria im agem , e o corpo do h o ­
ro de 1835, o P r o fe ta nom eou e o rd e ­ m em é d ivin o . E sta verd ad e revela
nou os doze apóstolos, e duas sem a­ as ch aves dos m ais altos va lores m o ­
nas m ais ta rd e a 28 de fe vereiro , o rais da v id a . O corpo hum ano deve
P rim e iro Conselho dos S eten ta fo i ser considerado sagrado p o r todos os
ch am ado e dado seu lu gar com o o tem pos. T a l p en sam en to produz uma
terceiro gran d e conselho da Ig re ja . n ova op in ião e se ach a n a fu n dação
O ed ifício, um a lin d a obra de a rq u i­ da re fo rm a en tre tôdas a s classes so­
tetura, ain d a existe, um trib u to aos ciais de h o je . T od a s as cousas —
planos e previsão de Joseph S m ith . “ Bens m ateriais, a fin id a d e m undana,
(V e ja a “ A G a iv o ta ” de m arço do a v id a m u n dan a m esm a, d evem ser
corren te a n o ) . N êle se v ê o sim ples consagradas a seus d ivin os prop ósi­
con torn o de paredes, ja n ela s e p o r­ tos” . Êste id e a l da san tidade do co r­
tas. A p esa r de ter p erdido a sua po hu m an o g ra v a sôbre nós, que o
santidade, con ta-se dos seus dias esp írito religioso que desenvolvem os*
passados, quando o povo disse: “ C ons­ deve m a n ifesta r-se no m undo atu al»
tru irem os tem p los p a ra nosso D eus” . crian do in stitu ições que p rom overã o a
E isto fiz e ra m . S om en te a in flu ê n ­ retidão.
cia dos tem plos n a vid a fa m ilia r, d á - D u ran te o período, 1830 a 1836, o
lhes um d ivin o p rop ósito. O c o n tra ­ períod o fo rm a tiv o da Ig r e ja , os S a n ­

“H á 126 anos, o an jo Moroni profetisou o seguinte sôbre Joseph Smith —


Que seu nome seria conhecido por bem e por mal entre tôdas nações, fam ílias
e línguas, seria citado bem ou mal, entre todos os povos*

— 89 —
to s dos ú ltim o s D ias estiveram na O S acerdócio de Deus govern ou
fro n te ira onde so frera m am argas p ro ­ N a u voo. Perm an eceu e n tre o m a te ­
vações e perseguições em suas casas e rial, fu n cion an d o ta n to no lado te m ­
povoados em M issouri e Illin ois, e seu p ora l com o espiritual, con d u zin d o-a
líd e r , o P ro fe ta , sofreu com êles. Em aos m ais altos propósitos. A cidade t i ­
1839, con stru íram um a lin d a cidade, n h a suas indú strias; e a lem da cidade,
N au voo às m argen s do rio Mississippi, nos cam pos, se esten d iam p o r um a vis­
■sob sua lid era n ça . F o i um a das c i­ ta sem fim , fa zen d a s de trig o e p om a­
dades m ais im pon en tes n a fro n teira , res bem tratados. O d in h eiro que o
daqu ela época. Sua beleza se m a n i­ povo adqu iriu fo i o resu ltado do t r a ­
fe s ta v a p rin cip a lm en te em sua v id a b alh o árduo e a fé nos seus ideais e
e s p iritu a l. sonhos. Pou co se gastou em luxo, e
N a h istória do m undo, o esp írito re ­ n a d a com p razeres degradan tes. N o ­
ligioso inspirou os hom ens a grandes va m en te o P r o fe ta in citou o povo p a ra
serviços seculares, in clu in d o descobri­ a construção de um templo de Deus; e
m entos, colonização e a conversão dos como o de Kirtland, o tem plo de Nau­
hom ens, m as não d irigiu m u ito suas voo fo i constru ído p a ra propósitos
en ergia s n a fu n d a çã o de cidades. sagrados.
P en sa -se n a cidade m oderna, re p re ­ Q uando os S an tos a travessaram o
sen tan do com ércio, indústria, teatros rio M ississippi, no seu cam in h o p a ra o
e lu gares p a ra d ivertim en tos. A í se O este em busca de n ovos lares, g u a r­
ouve o barulho das daram esta casa
:ruas, os zunidos das “ Ainda que o P rofeta Joseph santa em sua con­
estradas de ferro, a Smith tenha presidido apenas 14 templação, e en­
atividade do co­ anos sôbre seu povo, organizando a quanto a viram na
m ércio. Foi, contu­ Igreja , proclamando o Evangelho luz oriental, tinham
e recebendo revelações, assim
do, a vida espiritual mesmo havia centenas e milhares a visão de outro
de Nauvoo que fêz de homens que estavam prontos porto d e repouso
a cidade distinta. para sacrificarem até a própria onde .construiriam
Com o passar dos vida por êle. — Brigham Young. outro tem plo para
anos, alí se de­ seu Deus. E canta­
senvolveu um a oon ciên cia cív ic a que ram as palavras do salmista:
a fe z um a das m ais salien tes cidades “ N o ta i bem os seus an tem u ros;
espiritu ais e religiosas da h istória observai os seus palácios, p a ra que
am erican a. N o estudo da h istó ria de tudo n arreis à gera çã o segu in te.
Nauvoo, recordam os as p a la vra s do Porqu e êste Deus é o nosso Deus p a ra
sempre; file será nosso guia até à m or­
Juiz S u p erior R u ssell:
te.” (Salm os 48:13-14).
“ C iviliza çã o não é dom ínio, riqueza,
O S en h or d ará fo rç a ao Seu povo; o
luxos; n em gra n d e lite ra tu ra e edu ­
Sen h or aben çoará o Seu povo com
cação desen volvida, a in d a que estas
p a z .” (S alm os 29:11).
cousas seja m boas. Seus verd ad eiros
Joseph Y o u n g do P rim eiro C onse­
sinais são: o cuidado dos pobres e dos
lh o dos S eten ta, que fico u em N au voo
que sofrem , consideração ca va lh eires­
no tem p o do êxodo, fe z a p rim eira
c a e respeito à m ulher, o fra n c o r e ­
oração de dedicação no tem p lo e d e i­
co n h ecim en to d a fra te rn id a d e h u m a­ xou -n os um a verd a d eira e b ela des­
na, in d ep en d en te de côr, n ação ou r e ­ crição de com o o p ovo vivia , pois êles
lig iã o . O a m or da lib erd ad e bem estavam sem pre pron tos a d ar m e n ­
m a n tid a , aversão ao que é sórdido, sagens de m isericórdia, socorren do os
c ru e l e vil, e devoção con tín u a para doentes e consolando os a flito s . O
as pretensões da ju s tiç a .” povo d ed ica va -se às suas ta re fa s du-

— 90 —
ra n te a sem ana, m as aos dom ingos, e p rin cip a l do rio . O tra b a lh o em vis­
d ia ria m en te, v iv ia um a v id a nascida ta era fa z e r de N au voo um dos m e ­
d a p en itên cia e do perdão, um a v id a lhores portos do rio e p a ra fa z e r
de p rofu n d a e v ita l crença religiosa e possível a construção de grandes
con sagração a um C riad or e R e d e n ­ m oinhos p ara fa r in h a de trig o e
t o r p es s o a l.” outros alim entos, ju n to com a m an u ­
H a via fo rça s que cria va m a vid a fa tu ra de algodão, lã, seda, fe r r o e ce ­
cu ltu ra l e religiosa da cidade de N a u ­ râm ica. Os planos do P r o fe ta se
voo . Escolas fo ra m m an tid as pelo esten deram a tôdas as ativid ad es de
p ovo; um a u n iversidade fo i p ro vid a ; e educação. Tem os m en cion ad o as esco­
fo ra m anunciados cursos sôbre clássi­ las e a u n iversidade de N auvoo, e, em
cos, ciências, e filo s o fia . U m a co m ­ ja n e iro de 1845, o e d ifíc io de um a b i­
p a n h ia d ra m á tica fo i organ izad a e as blioteca dos S eten ta se a ch ava em
peças de Shakespeare fo ra m in te rp re ­ construção, p a ra a aquisição de co ­
tadas. F o i um in d ício p a ra um m e ­ n h ecim en tos necessários aos m issio­
lh o r p roced im en to de vida, dando se­ nários.
gu ran ça à ordem m ora l nas ruas e no U m m in istro m etodista, R everen do
gru po s o c ia l. Casas p a ra reuniões M r. B ria r escrevendo sôbre a cidade,
fo ra m construídas, bem com o casas disse em 1843:
con fo rtá veis, fe ita s de tijo lo s . E ra “ E n con trei um dos lu gares m ais ro ­
u m a v id a espiritu al p a ra a cidade, m ân ticos que visitei no Oeste. Os
u m a fo rç a p a ra a retidão, porque o e d ifíc io s . . . com sinais de asseio com o
g o v ê rn o era um exem p lo verd ad eiro n ão v i igu al neste país. A plan ície
de c a rá te r cívico . que se esten dia ao fu n do da colina,
O interêsse do P r o fe ta p a ra o bem com habitações espalhadas com tal
estar de seu povo com p eliu -o a in icia r m ajestosa abu ndância que fiq u ei qu a­
o p rim eiro gran d e p lan o para o m e ­ se disposto a não crer no que vi, e,
lh oram en to da sociedade in teira . T ã o em vez de estar em Nauvoo, Illin ois,
c la ra era sua previsão, que organ izou en tre os M órm ons, pareceu -m e estar
um a Sociedade de Socorro p a ra as na Itá lia n a cidade de L iv o r n o !”
m ulheres da Ig re ja , que deu a u x ílio e O “ St. Louis A tla s ” descreveu N a u ­
co n fo rto , assim com o instruções sôbre voo com o um a das m ais belas cidades
diversos cam pos de con h ecim en to a da A m érica .
seus m em bros. As crianças não f o ­ “ A cidade tin h a sido estabelecida
ram esquecidas, pois d ivertia m -se h á apenas três anos, e m esm o p or um
m uito, é tam bem lhes fo ra m en sin a­ povo que chegou lá quase destituído
das as lendas com uns do povo. Suas de tôdas as possessões m undanas; to ­
form a s de d ivertim en to fo rm a ra m os d a via é quase im possível um a c id a ­
planos básicos da Associação da P r i­ de p od er ap resen tar m a ior reputação
m á ria e da Associação de M e lh o ra ­ de m elh oram en tos, desen volven do no
m en to M útuo, organ izações atuais da m esm o espaço de tem po, sua indus­
Ig r e ja . tria com o fe z N auvoo.
O P r o fe ta Joseph S m ith tin h a em “ A cidade ap resen tava o aspecto de
vista grjyndes p rojetos, um dos quais, m uitas casas bem construídas, e f a ­
o ap erfeiço a m en to dos cais, p a ra f a ­ zendas de criações, bem cu ltivadas,
c ilita r o desem barque de n avios à v a ­ um pad rão d e . . . in te lig ê n c ia e v ir tu ­
p or n a cid ad e. U m a c a rta p a ten te de c o m u n s .”
fo i concedida p a ra construção de um a Os Santos olh a va m no futuro,
reprêsa através do rio M ississippi a p a ra o d ia em que iria m ao Oeste,
um a m ilh a acim a, a fim de lig a r a onde p od eria m con stru ir seus lares,
u m a ilh a p ara não in te rv ir com o leito com o seu P r o fe ta lhes tin h a declara-

— 91 —

>
do que, êles, os Santos, a ch a ria m um h a rm o n ia que vem depois dum tra b a ­
dia re fu g io nos vales das M on tan h as lh o árduo à construção das in stitu i­
Rochosas, onde to rn a r-s e -ia m um p o ­ ções de c iviliza çã o p a ra o rein o de
vo poderoso. F o i isto que os seus v iz i­ Deus.
nhos não pu deram en ten der, visto ser E llsw orth H u n tin gto n da u n iversi­
um tem po de intensas d iferen ças p o ­ dade escreveu n a sua ob ra cie n tífic a
líticas, um tem po de te rrív e l in im iza ­ in titu la d a “ C iviliza çã o e C lim a ” esta
de religiosa . Os cam pos dos Santos con tribu ição ao a m o r dos M órm on s
sem pre au m en ta va m ; seus m eios de p ela educação:
v iv e r con stan tem en te era m a m p lia ­ “ U ta h é su rp reen d en tem en te a lto
dos em nú m ero e b eleza ; seus vizin h os em obras edu cacionais. A esp lên d i­
se m u ltip lica va m ; a esperança, a do­ da situação de U ta h é presu m ivel­
çura da vida, m a n teve nêles o sonho m en te o resultado do M orm on ism o.
do estab elecim en to de Sião. O nde Os ch efes desta crença tin h a m a sa­
quer que os Santos se estabelecessem , bedoria de in sistir num co m p leto sis­
tra n sfo rm a va m as regiões incu ltas e tem a de escolas, e, o b rig a va m as
desabitadas em fa zen d a s fru tífera s. crianças a fr e q u e n tá -la s . . . U ta h é
A d q u irira m propriedades, e o am or à conspícuo em educação porque é in ­
p rop ried ad e é in disp en sável à m ora l flu en cia d o severam en te p ela ú nica
s a d ia . in stitu ição am erica n a a qual é lim i­
H oje, um povo de altos ideais e ta d a a um a pequ ena área.
ideias religiosas v iv e nos vales das “ E acon tecerá nos últim os dias q u e
M on tan h as Rochosas — com o seu se fir m a r á o m on te da casa do S e­
P r o fe ta Joseph S m ith a n te viu . Cons­ n h o r no cum e dos m on tes e se e x a l-
tru íra m tem plos e tabernáculos, esco­ çará p o r cim a dos outeiros; e con ­
las e universidades. correrão a êle tôdas as nações.
A o la d o disso tudo veio a h a rm o ­ “ E v irã o m u itos povos, e d irã o : V in ­
n ia do crescim en to do m ilh o e trig o ; de e subamos ao m on te do Senhor, à.
a h a rm on ia do gado p astoran do ao casa do Deus de Jacó, p a ra que nos
lado das colin as; a h a rm o n ia de r i­ ensine o que concerne aos seus c a m i­
beiros vin dos das m on ta n h a s; h a r ­ nhos, e andem os nas suas veredas;
m on ia do cân tico dos passarinhos porque de S ião sairá a lei, e de J e ru -
nos jardins, a h a rm o n ia do p ô r do sol salem a p a la v ra do Senhor.
e das estrelas: a h a rm o n ia das n oites “ E êle ex ercerá o seu ju izo sôbre
tran qü ilas e dos dias que suavisam os as gentes, e rep reen d erá a m uitos p o ­
corações qu ebran tados; a h a rm o n ia vos; en xadões e as suas lan ças em
das vila s e cidades onde o povo v iv e foices; n ão le v a n ta rá espada n ação
de acôrdo com as leis de ju stiça e d i­ con tra nação, n em a p ren d erã o m a is
re ito ; a h a rm o n ia que nasce de lares a g u e r r e a r .” (Is a ía s 2 :2 -4 ).
felizes, lu gares sagrados de cu lto; a T ra d u zid o p o r U rsula K e lle r

P O R T R I N T A D IN H E IR O S (C o n tin a çã o da p á g . 80)
P orém os sacerdotes d ecid iram c o n ­ con tra Jesus, ch am an d o C risto de
denar o prisioneiro, e d eterm in a r o falso p ro feta .
ju lga m en to antes do nascer do dia. A o M estre C a ifá s pergu n toú : “ D ig a -
N o en tan to, C aifás, o c h efe suprem o nos se tu és o Cristo, F ilh o de D eu s” .
do gran de sinédrio em viola çã o dos A esta p ergu n ta C risto respondeu: “ E u
p rin cíp ios g o vern a m en ta is da côrte, O sou” . (M arcos 14:62). E n tão C a ifá s,
os quais proib iam que qualquer m e m ­ rasgan do suas roupas fa lo u : “ B la s fe ­
bro fizesse acusações, m as sim que d e­ m ou; p a ra que precisam os a in d a d e
fendesse e n ão acusasse o p risio n ei­ testem unhas? Eis que bem ou vistes
ro, p ro fe riu a acusação de b lasfêm ia a go ra a sua b lasfêm ia. Que vos p a -
— 92 —
E levando Êle às costas a Sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira

rece? E êles, respondendo disseram : a acusação dêles, êles g rita ra m : “ De


É réu de m o rte.” (M a t. 26:65-66). que m ais testem u nho necessitam os?
E m bora devesse ser o m a io r ju lg a ­ pois nós m esm os ouvim os de Sua bo­
m en to da h istória, provas não fo ra m c a ” . (Lucas 22:70-71).
apresen tadas e não fo i p erm itid o a T o d o o conselho n ovam en te conde-
C risto a le g a r a verd ad e em Sua d e­ n ou -O por b lasfêm ia, e pronunciou a
fe s a . Se os sábios sacerdotes que sentença de m o rte . E n tretan to, des­
com pu nham o sin édrio tivessem co m ­ de que a Judéia se to rn a ra um a p a r­
p a ra d o os ensinam entos e p r o fe ­ te do Im p é rio R om an o, o d ireito da
cias do V elh o Testam en to, êles teria m côrte ju d a ica em p ron u n ciar a pena
en con trad o fa to s que p ro va va m que da m orte tin h a sido cancelado, e a
Jesus era o F ilh o de Deus. T e ria m sanção do go vern a d o r rom an o era
sabido que em cu m prim en to da v e ­ pois necessária.
lh a p rofecia, Êle era o M essias n asci­
J U L G A M E N T O D IA N T E D E P IL A T O S
do dum a virgem , em B elem ; que Êle
descendia da Casa de D a v i; que Êle L o g o após, o gra n d e sinédrio con ­
com eçára a p reg a r n a G a lilé ia ; que duziu Jesus atado, p a ra o ju lg a m e n ­
Êle rea liza ra m uitos m ilagres; que Êle to dian te de Pilatos. P ila to s saiu do
fiz e ra Sua en tra d a em Jerusalem p alácio e pergu ntou que acusação t i ­
m on ta n d o um bu rrin h o; que Êle d e­ n h am con tra Jesus. Esta pergunta,
veria ser tra id o p o r um dos Seus se­ em bora n a tu ra l surpreendeu o ch efe
gu idores e por 30 m oedas de p ra ta dos sacerdotes que evid en tem en te
que d everia m m ais ta rd e ser a tirad as esp erava que o go vern a d o r aprovasse
p a ra um o leiro. Estas e m uitas o vered icto, pró fo rm a e sem m ais
ou tras p rofecia s do V e lh o T esta m en to nen h u m estudo.
que êles deveriam te r tom ad o co n h e­ Com em baraço êles rep lica ra m : “ Se
cim ento, cu m priram -se n a vid a do êste não fosse m a lfe ito r, não to e n ­
S alvador. treg a ría m o s” (João 18:30).
Contudo, P ila to s fra c o com o era
SEGUNDO JU LG AM EN TO
n ão fo i en ga n a d o p o r essa evasia res­
De acordo com as leis h ebraicas um posta. T a lv e z tivesse sabido que J e­
segundo ju lg a m en to era sem pre n e ­ sus estava sendo condenado por um
cessário quando o réu tin h a que ser crim e desconhecido nas leis rom anas,
condenado à m o rte. A p aren tem en te, e som ente con h ecido pelos judeus e
p a ra um p retex to de leg a lid a d e os êle, e p o rta n to replicou : “ L e v a i-O vós,
m em bros do sin édrio que se tin h a m e ju lg a i-O segundo a vossa le i” . (João
dissolvido, reu n iram -se ou tra vez cedo (1 8 :3 1 ).
de m anhã. Im ed ia ta m en te p ela m a ­ A ssim con trariad os nos seus dese­
dru gada C risto fo i n ova m en te tr a z i­ jos, os sum o sacerdotes apresen taram
do d ia n te do sin éd rio. O c h efe dos um a n o v a acusação que d everia ser
sumo sacerdotes pergu n tou : “ És T u o ju lg a d o sob as leis rom anas e não as
Cristo, d iz e -n o -lo ? ” (Lucas 22:67) . ju daicas. “ H avem os achado êste p e r­
O Sen h or respondeu: “ Se v o -lo verten d o a nossa nação, proib in d o dar
disser n ão o crereis: e tam b em se vos o trib u to a Cesar, e dizen do que Êle
perguntar, não M e respondereis, n em m esm o é Cristo, o r e i” . (Lu cas 23:2 ).
M e s o lta re is .” (Lu cas 22:68) . Ê le P ila to s p ortan to, levou a Jesus para
fo i en tão in terro g a d o : “ L o g o és Tu den tro do palácio onde o exam inou
F ilh o de D eus?” E Êle lhes disse: das culpas.
“ Vos dizeis que Eu sou” , e en tão e m ­ A p rim eira acusação que Êle esta ­
b ora Êle tivesse m eram en te rep etid o va p erverten d o a n ação era va g a e

— 93 —
Onde O c ru cifica ra m .

p arecia que tin h a sido posta de lado com eçando desde a G a lilé ia a té aqu i” .
p o r P ila to s . (Lu cas 2 3 :5 ).
A segunda acusação de que Êle t i ­
JU LG A M E N TO DE HERODES
n h a proibido dar tribu to a C esar era
Q uando os judeus m en cion aram
de um a n atu reza m ais séria. As p a ­
G a liléia , o fra c o P ilatos, con ven ceu -
ráb olas das doutrinas de C risto que
se da in ocên cia de Jesus e teve a id éia
d izia m : “ D a i a C esar o que é de C e­
de e n v iá -L o ao H erodes, ch efe (t e -
sar, e a Deus o que é de D eus” , satis­
tra rc a ) da G a liléia , que a co n tecia
fiz e ra m com p letam en te a Pilatos.
estar em Jerusalem n aqu ela ocasião.
F a lta v a pois con siderar a acusação
Q uando H erodes viu a Jesus fico u
de que C risto cla m a va ser o re i.
co m p leta m en te s a tisfeito pois êle t i ­
D irigin d o -se ao p rision eiro. P ila ­
n h a desde m u ito tem p o d esejad o v ê -
tos disse: “ T u és o R e i dos ju d eu s?”
Lo, porque esp erava que C risto fizesse
(João 18:33). Jesus respondeu: “ T u
alguns m ila gres d ian te dêle. A p re ­
dizes isso de t i m esm o, ou disseram -
sença de C risto era p a ra êle com o um
to ou tros de M im ? ” (João 18:34).
dia de festa s rom an as.
A questão de Jesus era m u ito im ­
H erodes, p ortan to, fe z vá ria s p e r­
p o rta n te, porque se o ju lga m en to
guntas a Jesus, p orém sem ob ter res­
fosse fe ito pelos judeus, im p o rta ria
posta algum a.
num caso religioso pois C risto d e v e ­
Êle m a n teve um silên cio de rei, o
ria dizer que era rei dos judeus, mas
qu al pode ser exp lica d o de várias
se o ju lg a m en to fosse fe ito pelos r o ­
m an eiras. Em p rim eiro lu g a r H e ro ­
m anos, en tã o im p o rta ria num caso
des não tin h a ju risd ição p a ra ju lg á -
político, e a resposta seria que Êle não
L o da o fen sa de que Êle era acusado,
era rei dos judeus. E P ila to s respon ­
nem m esm o do crim e de b la s fê m ia ou
de: “ P o rv e n tu ra sou eu judeu? A
aquêle que im p u ta va nu m a ofen sa
T u a n ação e os p rin cip a is dos sacer­
c on tra os rom anos.
dotes e n tre g a ra m -T e a m im ; que f i ­
U m a exp licação m ais ló g ic a p a ra o
zeste?” (João 18:35).
Seu silên cio é que p ro va velm en te J e­
Sabendo que a o rig e m da acusação
sus sentiu que era fa lt a de d ign id ad e
vin h a dos judeus, C risto respondeu:
p a ra o F ilh o de Deus ser in te rro g a d o
“ O M eu rein o não é dêste m u n do; se
por um h om em do ca rá te r de H e ­
o M eu rein o fosse dêste m undo, p e le ­
rodes.
ja ria m os M eus servos, p a ra que Eu
C h eio de ódio, H erodes e os seus
não fosse en tregu e aos judeus; m as
soldados d ivertira m -se com o s o fr i­
a go ra o M eu rein o n ão é d a q u i.”
m en to de C risto, m as H erodes n ão t i ­
(João 18:36).
n h a ach ado culpa n en h u m a em Jesus
R espon den do Jesus que o Seu rein o
que m erecesse condenação.
não era dêste m undo sign ificou , p o r­
tanto, que n ão h a v ia n en h u m a r iv a ­ S E G U N D A A P A R IÇ Ã O D IA N T E DE
lid ad e en tre Êle e Cesar. P ila to s d i- P IL A T O S
rigin d o -se p a ra fo r a da C âm ara Ju di­ Q uando Jesus fo i tra zid o n o va m en ­
cial, anunciou aos judeus: “ N ão ach o te à presença de Pilatos, êste v e r ifi­
n ’Êle crim e a lg u m ” . (João 19:38). cou que não p od eria fu g ir à resp o n ­
P orém , apesar desta absolvição, os sabilidade de decid ir sôbre o caso.
judeus n ão fic a ra m a in d a satisfeitos. P o rta n to cham ou o c h e fe dos sa cer­
A sua sede do sangue do S an to tin h a - dotes dos judeus e os d irig en tes do
se tra n s fo rm a d o n u ’a m a n ia . Com o povo e disse-lhes: “ H a veis-m e a p re ­
selvagen s êles g rita ra m : “ Êle a lv o ro ­ sen tado êste h om em com o p e rv e rte -
ça o p ovo en sin an do por tôd a a Judéia, dor do p o vo ; eis que, e x a m in a n d o -O

— 94 —
ÊSTE É JESUS, O R E I DOS JUDEUS!
n a vossa presença, nen h u m a culpa, te da m ultidão, p roclam an d o: “ Estou
das de que O acusais, acho neste h o ­ in ocen te do sangue dêste justo,
m em . N em m esm o H erodes, porque a considerai isso” . E ntão levan tou -se
êle O rem eti, e eis que n ão tem fe ito aquêle te rrív e l g rito de condenação do
coisa algu m a d ign a de m orte. Cas- povo escolh ido: “ O Seu sangue caia
tig á -L o -e i, pois, e s o lt á - L o - e i.” (L u ­ sôbre nós e sôbre nossos filh o s ” .
cas 23:14-16). (M a t. 27:24-25) .
Os sumo sacerdotes e o seu bando, CO N C LU SÃO
contudo, ain d a desta vez recu saram a Jesus fo i en tão en tregu e sob a
sanção de lib e rta r o p rision eiro. O custódia dos soldados, p a ra ser açoi­
fra n c o P ila to s sabia que o S alva d or tad o e cru cificad o. Todos êstes a con ­
estava inocente, p orém êle tin h a m e ­ tecim en tos teria m p ro va velm en te
do de o fe n d e r o p o vo . P ila to s tentou ocorrid o pelas oito horas da m anhã
p o rta n to fa z e r um aju ste sem se co m ­ de s e x ta -fe ira . Assim , o ito ou nove
prom eter. Êle sabia que naquela o ca ­ horas após, Judas Iscariotes te r d e i­
sião a m u ltid ão esperava a usual li­ xad o a ceia com o in ten to de traição;
b ertação de um p rision eiro p ela o ca ­ o M estre com Seus onze discípuos a n ­
sião da Páscoa. H a v ia um p rision ei­ d aram pelo ja rd im de G etsêm ane,
ro ch am ado B arabás que tin h a sido onde Êle orou p edin do o au xílio d iv i­
condenado sob a lei rom an a p o r c r i­ no p a ra su portar o que estava para
mes de m orte e sedição con tra o g o ­ v ir; os soldados tin h a m sido con du ­
verno. E en tão P ila to s pensou que se zidos a G etsêm an e pelo Judas t r a i­
oferecesse a escolha en tre Jesus e B a ­ dor; o M estre tin h a sido tra id o pelo
rabás, êles n a tu ra lm en te escolh eriam b eijo h ip ócrita. O S a lva d o r tin h a
a Jesus. Êle p ortan to, o fereceu a sido leva d o d ia n te da côrte do sin é­
escolha ao povo. P orém qs sumo sa­ d rio; tin h a sido ju lg a d o e condenado
cerdotes in cita ra m a m u ltidão, e num pelo h edion do crim e de b la sfêm ia ;
curto períod o de tem po êles p ed iram tin h a sido n o va m en te ju lg a d o e c o n ­
a liberdade de Barabás. P ila to s sur­ d en ad o; tin h a id o dian te de Pilatos, o
preso, desapontado, raivoso p ergu n ­ p rocu rador de R om a n a Judéia, e
tou: “ Que fa r e i en tã o de Jesus, c h a ­ acusado de sedição e traição, mas
m ado C risto ? ” D isseram -lh e todos: tin h a sido ju lg a d o isento de culpa;
“ S eja cru cifica d o ” . E o govern ad or tin h a tid o um a in terp ela çã o n a qual
disse: “ M as que m a l fe z Ê le ? ” E êles o S a lva d o r recusara fa la r dian te de
m ais cla m a va m dizen do: “ S eja c r u - H erodes, o go vern a d o r da G a lilé ia ; e
fic a d o ” . (M at. 27:22-23) . fin a lm e n te tin h a tid o um a segunda
P a ra au m en tar ain d a o em baraço in terp ela çã o d ia n te de P ila to s que
de sua fra c a alm a, recebeu P ilatos ju lg o u -O sem culpa, não obstante d e ­
um a m en sagem de sua espôsa, que vid o à sua fraqu eza, êle sucumbiu sob
d izia : “ N ão entres n a questão dêsse a tira n ia do p ovo e en tregou -O a ser
justo, porque num sonho m u ito s o fri cru cifica d o.
p o r causa d ’Ê le” . (M a t. 27:19). As págin as da h istória da h u m a n i­
P ila to s sentiu-se estarrecid o em dade não a p resen tam um caso de c ri­
pen sar no s ig n ifica d o do sonho de sua m e ju d ic ia l m ais fo rte do que o ju lg a ­
m ulher, porém , ju lg a n d o que os sumo m en to e cru cificação de Jesus de N a ­
sacerdotes não con cord ariam com o zaré, p ela sim ples razão de que tôdas
seu ju lgam en to, e an teven d o o tu ­ as fo rm a s da lei fo ra m violad as e c a l­
m u lto en tre o povo, se êle persistisse cadas sob os pés n o processo in stitu í­
em d efen d er a Jesus, pediu um a v a ­ do co n tra Êle .
silh a com água e lavou as m ãos d ia n ­ T ra d u zid o p o r J ú lio S ilva

— 95 —
ATÉ

Os acon tecim en tos dos dias 6 e 7 de D om ingo, à n oite, os m em bros do


m arço fic a rã o sem pre nas m em órias S acerdócio do d istrito de São P a u lo
das pessoas que assistiram a c o n fe ­ reu n iram -se p a ra u m a sessão espe­
rên cia de despedida do P resid en te H a - c ia l. S en tiu -se o p od er do S acerd ó­
roid M. R e x e acolh id a do n ovo P r e ­ cio ao ou vir as observações oportu n as
sidente R u lon S. H ow ells. N u m ero­ do P resid en te H ow ells. P resid en te
sas assistências reu n iram -se em cada R e x em sua ú ltim a p rega çã o deixou
um a das três sessões da con ferên cia, p a la vra s de conselho e m ais um a vez
bem com o no p ro g ra m a de despedi­ ex o rto u : “ V a m o-n os gu a rd a r lim pos
da n o d ia seguinte. dos pecados do m u n d o” .
De m anhã, dia 6, n a sessão da Esco­ S e g u n d a -fe ira à n oite, dia 7, m em ­
la D om in ical, um a assistência acim a bros e am igos de diversos ram os p res­
de 100 pessoas ouviu m em bros dos r a ­ ta ra m h om en a gem ao P resid en te
m os de S an to A m aro, São M iguel, R ex, irm ã D ia n ia e seus três filh o s
Santos e São P a u lo recita r e discur­ Êsse p ro g ra m a d irigid o p ela irm ã B e ­
sar, desen volven do o tem a “ V am os à n ed ita P e d re ira Chagas, constou d e
Escola D o m in ic a l” . núm eros m usicais, declam ações e d is­
A tarde, retira ra m -se, p a ra a Esco­ cursos. Os R e x fo ra m o ferecid a s e n ­
la G rad u ad a de São Pau lo onde se tão lem bran ças do país ao qu al êles
realizou a sessão g e ra l. P residen te d ed icaram ta n to a m o r e serviço.
R e x in spirou o grupo com suas p a la ­ U m a record ação “ fo r m id á v e l” fo i o
vras estim u lan tes qu anto as e x p e riê n ­ liv ro rep leto de retra to s do Brasil.
cias d êle e sua fa m ília en qu an to cu m ­ Ir m ã R e x recebeu um ra m a lh ete d e
p rira m sua missão, e da m a n eira que orquídeas, um trib u to à sua bela p e r ­
ela fo rtific o u a sua fé e seu testem u ­ sonalidade. Ir m ã H ow ells fo i re c e ­
n h o. As p a la vra s do P resid en te bida com um a apresen tação de b o n i­
H ow ells ex o rta ra m os m em bros a tas rosas.
m a n terem -se h u m ildes p a ra m erecer A o despedirem o P resid en te R ex*
a in sp iração do P a i C elestia l. Ir m ã irm ã D ia n ia e sua fa m ília , após qu a­
H ow ells ren deu um solo en can tad or tro anos de ta n ta s lem branças, os
com a ap reciação de todos presentes. m em bros e am igos expressaram seus
O utros solistas, um sexteto e um v io ­ sen tim en tos com as seguintes p a la ­
lin ista p rop orcion a ra m p a ra a c o n fe ­ vras:
rên cia um a m b ien te de adoração. “ A té B re v e ” .

SÃO P A U L O

R ealizou -se n o d ia 11 de fevereiro , m u ita con corrida, pois que a sa la


em São P au lo a “ N o ite de Surpresas” , estava quase lo ta d a . H ou ve nú m eros
um a das a tivid ad es p rogram ad as para musicais can tados p o r todos os p r e ­
o p erío d o de vèrã o da Associação de sentes, b rin cad eiras e e n fim um a in ­
M e lh o ra m e n to M útuo. F o i um a n oite fin id a d e de coisas in teressa n tes. O

— 96 —
sucesso da n o ita d a fo i a peça “ O d i- “ V irg in ia R e e l” , sendo esta p a rte do
lem a dó la d rã o ” , cujos personagens a grad o g e ra l. E stá de parabéns a
fo ra m escolhidos n a hora, de m a n e i- M útuo de São P au lo p or m ais êste su-
ra que a p resen ta ra m -n a quase que de cesso de suas in ic ia tiv a s .
im p roviso. In teressa n te é n o ta r que ---------
para os organ izad ores n ão deixou de U m outro a con tecim en to dign o de
ser tam bém uma “ N o ite de S u rpre- m enção em São P a u lo fo i o anim ado
sas” , porque m u itas novidades se b aile do C arn aval, realizad o a 20 de
lhes surgiu n a ú ltim a h o ra . P a ra f i - feve re iro . Tod os d ivertira m -se bas-
n a liza r essa reunião, onde os d iv e rti- tan te em u ’a m an eira lim p a e sã.
m entos são sem pre sadios, houve um
baile, du rante o qual se dançou o W anda G ia n e tti

N E C E S S IT A O MUNDO PASSAR FO M E ? (C on tin u ação da capa p osterior)

usados an u alm en te pelos fa b rica n tes de whisky, e os reis da c erveja usam


um su plem ento ad icion al im enso. O resíduo de a lim en to destas operações é
in con sid erável com parado com a perda de carboh idrato. A G rã -B reta n h a
realm en te exp ortou w h isky du ran te e após gu erra . Os outros paises E uro­
peus igu alm en te pren d em -se às saias dos dem ônios do a lcool. A ó m esm o
tem po que fa zem isto têm a petu lân cia de im p lo ra r a lim en to e p edir em ­
préstim os para usar em p a rte p a ra o consum o de bebidas alcoólicas. O utra
p rá tica de com bate à fom e, a v id a de José no E gito, p od eria bem ser seguida.
Estações variam , algu m as são secas, algu m as são m u ito chuvosas; fu racões e
chuvas de pedra ocorrem . A m elh or segurança con tra tais desastres é a rm a ­
zen ar alim en to nos bons anos, p a ra serem usados nos anos de m iséria. O
p rin cíp io é p e rfe ito ta n to p a ra nações com o p a ra indivíduos.
Êstes são p rin cíp ios que irã o lon ge n a resolução dos presentes p ertu r­
badores problem as da atu alid ad e.
As d ificu ldades do m undo baseiam -se p rin cip a lm en te n a necessidade
de a lim en to . N o en ta n to não h á rea lm en te necessidade do m undo passar
fom e. P o d erá ser d ifíc il p or em p rá tica êsses princípios, m as a não ser que
m ovam os em sua d ireção nossa confusão m u n dial continu ará. A h u m a n i­
dade necessita da m ais a lta ocupação do h om em de estado que considerará
as prin cipais cousas prim eiro.
Eis o p ro gra m a : cu ltiva r in du striosam en te e com sabedoria a terra ;
redu zir a a lim en tação de safras do gado a té um lim ite con siderável; a tira r
à la ta de lix o a in te ira in du stria de bebidas alcoólicas; em anos de fa rtu ra
p reven ir con tra os anos de escassez e a fo m e em gra n d e escala desaparecerá
da terra .
Em adição m an d ar todo especulador de alim en to p a ra a prisão, até
que um am or honesto pelos hom ens se im p la n te em seu coração.
T u do isto é com o um triv ia lid a d e p a ra os “ Santos dos Ú ltim os D ias” .
Êles sabem o paren tesco do h om em p a ra a boa te rra ; fo ra m ensinados a não
com er carne em dem asia; ap ren d em a o lh a r p a ra o feio, d esfigu ra n te h áb ito
de beber w hisky e c e rv e ja com aversão; m uitas e m uitas vêzes p reven iram
contra o ano de am eaçad ora pen ú ria.
* * *

A boa terra pode sustentar todos os que vivem n ela e os que viverão,
se fô r d esen volvido respeito por trabalh o, e se fo rem usados os conhecim en­
tos m odernos.
T rad u zid o por Jessie Thom as
NECESSITA 0 MUNDO PASSAR FOME ?
Por John A. W idstoe

A resposta é um e n fá tic o “ N ã o ” !
N enhu m a pessoa comum, m esm o que glu tona, pode com er m ais a li­
m ento, num ano, do que pode ser produzido num h ectare de terren o bem
regado. Isso s ig n ific a cerca de 1.000 quilos de m a te ria l com estível, a p ro x i­
m adam en te, por hectare. G era lm en te um h ecta re pode sustentar m ais de
um a pessoa, m esm o com nosso h áb ito de a lim en tação liberal.
Nos E .E .U .U . os 335.000.000 de h ectares sob cu ltivo podem a lim e n ­
ta r m u ito m ais do que os 142.000.000 de cidadãos da República. Isto é, se
os h ectares fo re m plan tados com safras de acôrdo com requ erim en tos die-
téticos conhecidos, e se fo rem cu ltivados propriam en te.
H a um clam or e la m en to por a lim en to na Europa. O m o rrer de f o ­
m e tra zid o p o r êles próprios através de in sen sível gu erra e n fre n ta muitos.
Nós da A m érica estam os fa zen d o o que é hu m ano — com p a rtilh a n d o com
nossos irm ãos de além m ar. M as não d everia rea lm en te h a v e r ta l la m e n ­
tação agora, vários anos depois da guerra. H á o bastan te de h ectares de
te rre n o a rá v e l n a Europa, se trazidos sob cu ltivo, p a ra a lim en ta r tôdas as
bocas da Europa.
A p rim eira solução do prob lem a do a lim en to Europeu é colocar pessoas
para trabalh ar, em trab alh o honesto, nas fazendas. Os lam uriosos descon­
tentes, que h á poucos anos aplau diam estron dosam en te os dem ônios de
guerra, deveriam ser obrigados a usar seus crâneos e músculos p a ra tra b a ­
lh a r na produ ção de a lim en to n a va sta área fe r t il E u ropéia. Passar fom e
en tão não m ais am eaçaria o “ velh o c o n tin en te” .
M esm o que ain d a ven h a a h a ver fa lta de alim en to, h á um m eio bem
estabelecido de lu ta r con tra a fo m e . A m erican os e Europeus são puros
consum idores de carn e. A carne de algum as m an eiras e m uitas vêzes e x i­
gida em tôdas as refeições. A carne é cara. São precisos m uitos quilos dos
produtos da te rra — as vêzes m esm o 15 quilos — p a r a prod u zir um quilo de
carn e. R ed u zir o consum o de carne do m undo seria d ar saida a vastas
quantidades de grão e outros gêneros a lim en tícios p a ra uso de povos
fa m in to s .
O gran d e com edor de carne n a tu ra lm en te recla m a rá e d ecla ra rá que
a fo rç a do h om em e tira d a da carne que com e. E o In g lê s com um o rg u ­
lh osam en te in sistirá que “ roast b e e f” fe z a G rã -B re ta n h a o que é. Am bos
estão em erro. P ro p ria m en te p raticado, vegeta ria n ism o p od erá preen ch er
tôdas as necessidades do corpo h u m a n o .. .B ern ard Shaw, um fam oso p e n ­
sador e escritor do nosso tem po, olh a p a ra trás através dos 91 anos, a m aioria
dos quais fo ra m vivid a s num a severa d ieta v e g e ta ria n a .
C ontudo não h á necessidade para abstin ên cia to ta l de carn e. S eja
onde fô r que o arad o não pu der ser usado, em encostas de m ontanhas, d e­
sertos e lu gares reservados, gad o pode ser criado p a ra cob rir gra n d e p a rte
das necessidades de carne do m undo. E os p eixes no m a r p rovêm um f o r ­
n ecim en to fix o de carn e.
N o en ta n to ou tra cura p a ra fo m e está ao fá c il alcance do h om em .
P reso de um a p etite desnatural, tra zid o p rin cip a lm en te por h ábitos de vid a
im próprios, precisam te r sua porção d iá ria de c e rv e ja e bebidas alcoólicas.
T o d a s as bebidas alcoólicas, são fe ita s de grãos ou outros produtos agrícola s
p o r processos de fe rm en ta çã o . M ais de 200.000.000 de h ectares de grãos são
(Continua na capa in terior)

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