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O papel utilizado neste livro é biodegradável e renovável.

Provém de florestas
plantadas que dão emprego a milhares de brasileiros e combatem o efeito estufa, pois
absorvem gás carbônico durante o seu crescimento! A tinta utilizada na impressão
das páginas é à base de soja, cujo componente é renovável e atóxico que não degrada
o meio ambiente.
1ª Edição
Campo Grande - MS - Brasil
2016
Copyright © by Sarah Elzeny Zayit
Direitos Autorais reservados de acordo com a Lei 9.610/98

Coordenação Editorial
Valter Jeronymo

Assistente de coordenação
Sheila Radich - CRB1 2208

Projeto Gráfico
Diagramação e Capa
Life Editora

Revisão
Sarah Elzeny Zayit

Impressão e Acabamento
Life Digital

Life Editora
Rua Gen. Lima de Figueiredo, 131 - Santo Antonio
CEP: 79.100-280 - Campo Grande - MS
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Zayit, Sarah Elzeny

Israel - Cumprindo Profecias / Sarah Elzeny Zayit – Campo Grande,


MS: Life Editora, 2016.
352p. : 21 cm
ISBN 978-85-8150-297-7
1. Israel 2. Profecias I. Título

CDD - 230
Proibida a reprodução total ou parcial, sejam quais forem
os meios ou sistemas, sem prévia autorização da autora.
Adonai escolheu uma terra (Israel) e um povo (hebreu) e a
eles fez promessas, para provar, após milênios, a veracidade de Sua
Palavra. Embora uma grande parte das profecias bíblicas sobre
Israel seja referente ao tempo do “Reino universal do Mashiach
(Messias)”, muitas delas já estão começando a se cumprir, como
um palco de preparação para os dias da redenção. E outras são
para este tempo de transição, para que entendamos que Adonai
age hoje com Seu povo como nos tempos bíblicos e o que Ele
falou sobre a Terra e o povo de Israel é literal e neles mostra ao
mundo que Ele é O Único Deus.
Agradecimentos

Agradeço Ao Eterno Nosso Deus:

Pela honra de conhecê-Lo, e pela Sua Palavra, a nós outor-


gada no Sinai.
Por conceder-me vida e saúde e dar-me o privilegio de viver
na Terra da Bíblia e assim proporcionar-me condições de fazer
esta obra;
Por ter me dado um esposo que me apóia e que me incenti-
vou e me apoiou nesta obra;
Por ter-me concedido: filhos, netos, genro, nora e irmãos e
toda minha família que ama e teme ao Eterno e que é verdadeira
bênção em minha vida;
Pela bênção dos pais e avós que tive, porque foram exem-
plos de fé e vida dedicada Ao Eterno.
Por ter levantado um grupo de intercessores, que está a nos-
sa retaguarda, nos cobrindo de orações todos os dias.
Pelos amigos que Ele nos deu em Eretz Israel

Exaltado e santificado seja O Seu grande Nome


“Yitgadal veyitcadash Shem rabá”.
Sumário

Nota da Autora .................................................................................... 11

Introdução........................................................................................... 13

1ª PARTE - A TERRA DE ISRAEL ..................................................... 17

Adonai elegeu Jerusalem........................................................................26

Visão Profética sobre Israel - Promessas que se cumprem hoje na terra que
emana leite e mel................................................................................... 51

Israel é a Terra da Bíblia.......................................................................87

Povo e a Terra no Contexto Profético ................................................... 99

2ª PARTE - A NAÇÃO DE ISRAEL....................................................105

Congresso Sionista da Basiléia ........................................................... 113

O Dia em que Israel Renasceu ............................................................ 117

Independência do Estado de Israel...................................................... 121

Símbolos de Israel.............................................................................. 129

3ª PARTE - O POVO DE ISRAEL......................................................151

Aliyah Física – Promessa......................................................................161

Aliah espiritual – Conserto com Adonai..............................................177

Costumes e Festas Judaicas..................................................................185


Fundamentos da Fé Judaica.................................................................217

Preceitos Bíblicos Judaicos..................................................................235

A Fé Judaica no Mashiach (Messias).....................................................251

Sionismo ........................................................................................... 269

Porque Amar o Povo Judeu................................................................. 281

Abençoe Israel!.................................................................................. 287

4ª PARTE - O DEUS DE ISRAEL.......................................................291

Epílogo .............................................................................................. 331

Glossário ........................................................................................... 337

Obras Consultadas............................................................................. 341

Álbum de Fotos.................................................................................. 343


Nota da Autora

Esta obra nasceu a partir do desejo de que todo aquele que


acredita na veracidade Bíblica (Tanach) pudesse, de alguma for-
ma, passar pela Terra Santa e entender melhor como, em que cir-
cunstancia e lugar, foram escritos os textos sagrados. Vivenciar
e alegrar-se no cumprimento das profecias Bíblicas, entendendo
melhor o povo judeu em seu contexto, seus símbolos e sua fé; bem
como a escolha do povo e da terra, por Adonai.
Ilustrando com dezenas de fotos e com documentários, pre-
tende enfatizar a verdade da Palavra de Adonai sobre o povo e
a terra de Israel. E dizer sobre a cultura e costumes judaicos; a
formação do Estado de Israel (um Estado Judeu); do chamado
de Adonai para esse povo, agora, como nos tempos bíblicos e das
festas bíblicas comemoradas em Israel.
Enfocar o antigo e o moderno Israel, à luz das Escrituras
Sagradas.
Meu desejo é, com ajuda Do Eterno, que esta obra possa
tornar mais claro e vívido os milagres que ainda hoje acontecem
com o povo judeu na Terra Santa, e o propósito e cuidado especi-
fico de Adonai para com o povo que escolheu com um propósito
também especifico, hoje, como nos tempos antigos, em perfeita
sintonia com as Sagradas Escrituras. E que assim, sirva de benção
e de crescimento espiritual a todos que a lerem.
Agradecendo e pedindo a benção Do Todo Poderoso:

Ao Eterno, toda a gloria! “Kol haKavod le Baruch Hu”


Introdução

Era uma tarde fria de inverno, o sol se escondia atrás da “Ci-


dade de Ouro”. Jamais poderei esquecer-me! Estávamos dentro de
um ônibus de turismo e ouvíamos uma musica que diz:
“Dormindo em meu leito... em sonho encantador, eu vi Jeru-
salém e o templo Do Senhor, ouvi cantar crianças, e entre seu cantar,
rompeu a voz dos anjos, do céu a proclamar: Jerusalém! Jerusalém!
O dia está a raiar, Hosanas! nas alturas, Hosanas! Ao Nosso Deus!”
Quanto mais nos aproximávamos da cidade dourada, o som
se intensificava misturando-se com vozes de glorificação, louvor,
exaltação e adoração Ao Eterno; entre lágrimas, dos que como
eu, agradecia a Adonai por poder entrar pela primeira vez em
Jerusalém.
Chegamos ao Monte das Oliveiras, para brindar a entrada
na cidade. Fomos a um mirante, e ali estava diante de nossos olhos,
a cidade Do Grande Rei; Do Rei dos Reis e Senhor dos senhores,
onde Ele colocará Seu trono e de onde reinará sobre toda a terra.
Podíamos contemplar Jerusalém rodeada pelos Montes; suas mu-
ralhas iluminadas dando aspecto dourado; os portões da Cidade
Antiga; o Portão Dourado por onde Jesus (Yeshuah) entrava com
seus discípulos para ir ao Templo. Sentíamos um aroma especial

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Israel - Cumprindo Profecias

que só existe em Jerusalém o qual transportamos dentro de nos-


sas malas, em nossas roupas, quando retornamos a nosso lugar de
origem. Por muito tempo sentimos esse aroma.
Os últimos raios de sol misturavam-se com as luzes da cida-
de que cintilava e a deixava ainda mais deslumbrante. Não exis-
tem palavras para descrever tal era o sentimento de emoção e de
gratidão Ao Eterno. Era impossível ver aquele quadro de olhos
enxutos. Jerusalém é impar. Nenhuma outra cidade no mundo
possui as características dela. Quando entramos na cidade pela
primeira vez, temos a impressão de que somos de lá. E quando
saímos sentimos saudade tamanha, com se fosse o lugar em que
nascemos.
É indescritível o amor e a paz que sentimos naquele lugar.
Só então entendemos o significado de seu nome Jerusalém (em
hebraico: Yerushalayim) “cidade da paz” Cumprindo a profecia
de Isaias (66:12). Adonai diz: “Porei sobre ela (Jerusalém) a paz
como um rio e a glória das nações como um ribeiro que transbor-
da”. “É possível sentir mui perto a presença Daquele que disse:
Escolhi e santifiquei este lugar, e (aqui) colocarei o Meu Nome,
os Meus olhos e o Meu coração todos os dias (II Crônicas 7:16).
Como isso é verdade! Temos ouvido constantemente turistas de
muitos lugares do mundo dizerem: “Que indescritível paz possui
este lugar”.
Lembrávamo-nos daqueles nossos irmãos hebreus que
foram tirados a força de Jerusalém e levados cativos por muito
tempo, e não conseguiam mais cantar, tal era a tristeza de seus
corações, por estar distante de Jerusalém. Mas Adonai os trouxe
de volta e quando chegaram, e puseram seus pés no lugar onde
agora estávamos, e puderam contemplar Jerusalém, como agora
contemplávamos, eles diziam: “Estamos como que sonhando! En-
tão suas bocas se encheram de risos e suas línguas de cânticos e
catavam: grandes coisas O Eterno fez por nós e por isso estamos
alegres!” (Salmos 126). Exatamente assim nos sentíamos; era uma
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Sarah Elzeny Zayit

mistura de risos e lágrimas enquanto nos abraçávamos.


Essa foi à primeira de muitas vezes. Pois a partir daí, Uma
vez por ano vínhamos a Israel e subíamos a Jerusalém. Agora, já
há vários anos, vivemos aqui há poucos quilômetros de Jerusa-
lém, e pela graça de Adonai podemos subir quase toda semana
para adorá-Lo na cidade dourada.

“Regozijai-vos com Jerusalém, e Alegrai-vos com ela vós to-


dos que a amais. Encham-vos por ela de alegria, todos os que por
ela pranteastes... vos farteis nos seios de suas consolações e vos
deleiteis com o resplendor de sua glória” (Isaias 66:10 e 11)

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1ª PARTE - A TERRA DE ISRAEL

Tiberíades - Galiléia

Qual a importância da Terra de Israel?

O Mundo inteiro está olhando para a Terra de Israel tam-


bém chamada de Canaã. Milhares de pessoas arriscam palpites
sobre: “De quem é a Terra”. Pregadores e conferencistas dizem
constantemente, que Israel é o relógio de Adonai. Qualquer noti-
cia sobre Israel move o mundo.
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Israel - Cumprindo Profecias

Porque todo esse interesse por uma terra tão pequenina,


cujos nomes de suas cidades estão escritos no mar, por falta de
espaço dentro do mapa pra escrever o nome delas, por ser tão
diminuto o espaço que Israel ocupa no Mapa Mundi.
Que há de tão especial nessa Terra? Apesar de pequeno,
Israel é um País com tanta diversificação. Tem ao oeste o Mar
Mediterrâneo, ao sul tem O mar Vermelho, ao leste Mar Morto, e
ao Norte o Mar Galiléia. Possui o deposito sedimentar mais rico
do mundo. Tem desertos, Montes e vales férteis; montanhas de
cloreto de sódio; sítios arqueológicos de cidades de mais de qua-
tro mil anos e cidades modernas. É uma maravilhosa mescla do
antigo com o novo. Há em Eretz Israel (Terra de Israel) todo o
tipo de água, terra, flora, fauna que há em todo o mundo. É como
um protótipo do mundo. Está localizado no ponto de encontro do
norte e do sul; do oriente e do ocidente; no encontro da Europa,
Ásia e África.
Mas não é tudo isso que torna Eretz Israel (Terra de Israel)
tão especial. O que a distingue de qualquer outro lugar no mun-
do é a escolha Do Eterno.
Adonai a escolheu e disse que essa pequenina Terra é a glo-
ria de todas as terras (Ezequiel 20:6): “Eu O Eterno vosso Deus,
levantei minha mão (jurei) a eles (ao povo de Israel), para tirá-los
do Egito e levá-los a uma Terra que Eu escolhi para eles; Terra que
emana leite e mel e que é a gloria de todas as terras”.

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Sarah Elzeny Zayit

DE QUEM É A TERRA?

O Tanach, (a Bíblia), responde de quem é a terra:


“E falou o Eterno a Moshê (Moisés): fala aos filhos de Israel...
quando vierdes ‘a terra que Eu vos dou,... a terra não será vendida
em perpetuidade, porque Minha é a Terra e vos sois moradores
para Mim”. (Levítico 25:1, 2 e 23). Cumprindo essa Palavra, hoje
em Israel não se passa escritura definitiva de uma propriedade,
somente autorização de uso, porque a terra é de Adonai.
Nesse texto e muitos outros, Adonai fala enfaticamente:
“Minha é a Terra”. E Ele continua dizendo que nós somos mora-
dores na terra Dele e que moramos pra Ele! Pense: Que privilegio!
Morar para Adonai, na Terra de Adonai, por causa Dele! E Para
servi-Lo!
Adonai adverte: “Falei contra o resto das nações... Que se
apropriaram da “Minha Terra””. (Ezequiel 36.5)
“Veio um povo poderoso contra a “Minha Terra”!...”(Joel 1.6).
“O Senhor Deus terá zelo de “Sua Terra” e se compadecerá de
Seu Povo” (Joel 2:18).
“Congregarei todas as nações no vale de Josafá e ali entrarei
em juízo contra as nações por causa do Meu povo, a minha herança
Israel a quem eles espalharam entre as nações, repartindo a “Minha
Terra” entre si”. (Joel 3:2).
E O salmista disse: “Tu oh Eterno, te compadeceste da “Tua
Terra” e fizeste retornar os cativos de Yacov (Jacó) (Salmo 95:1)”.
A terra é única e exclusivamente de Adonai que a criou,
escolheu e a sustenta. O Eterno Criador em Sua soberania, a dá
a quem quer dar, segundo Seu santo propósito, e para fazer cum-
prir os Seus desígnios. Ele é Deus e não necessita do conselho dos
homens para decidir o que fazer.

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Israel - Cumprindo Profecias

A QUEM ADONAI PROMETEU A TERRA?

Disse O Eterno: “Esta terra Eu darei a ti, e à tua descendên-


cia para sempre”. Adonai chamou a Avraham (Abraão), para sair
de uma terra idólatra, para servir e adorar somente a Ele, como
único Deus verdadeiro; e em premio por isso lhe prometeu como
herança, a ele e a sua descendência, uma terra que emana leite e
mel.
O Eterno colocou a Avraham como pai de uma grande na-
ção e a partir daí ele passou ser conhecido como “O Patriarca
Avraham”.
Na aliança Patriarcal com Avraham (Abraão), Deus se com-
prometeu dar aos descendentes Ytzaque (Isaque) e Yacov (Jacó), a
terra de Canaã, como herança eterna. E essa eterna aliança divina,
foi selada com uma promessa de ADONAI, sobre a Terra. A terra
é, portanto, o selo de uma aliança eterna, de Adonai com Seu povo
Israel. Promessa essa, (da terra a Israel como posse eterna), que
Adonai repetiu muitas vezes aos patriarcas: Abraão (Avraham) e a
seu filho Isaque (Ytzaque) e depois a seu neto Jacó (Yacov) ao qual
Adonai lhe mudara o nome para Israel (Gênesis 35:10).
Adonai disse a Moshê (Moises): “Eu Me fiz ver por Avraham
(Abraão), por Ytzaque (Isaque) por Yacov (Jacó) como Deus Todo-
-Poderoso...” “e também estabeleci a Minha Aliança com eles para
dar-lhes a terra de Canaã” (não outra). (Êxodo 6:4). ”A terra de
suas peregrinações, na qual foram peregrinos. E eu vos levarei a
terra, acerca da qual levantei a Minha mão (jurei) para dá-la a
Abraão, a Isaque e a Jacó, e dá-la-ei a vós por herança, Eu O Se-
nhor” (Êxodo 6: 8). Adonai fala de aliança, de pacto inviolável e
eterno, como Ele é Eterno!

Promessa a Avraham (Abraão).


Quando Abraão (Avraham) saiu de Ur dos Caldeus, em direção
a Canaã, estando em Harã, Adonai lhe disse: “Sai do meio da tua paren-
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Sarah Elzeny Zayit

tela e vai para o lugar que eu te mostrarei. Farei de ti uma grande nação e
te abençoarei” (Gênesis 12:1 e 2). Estando Ele já em Siquém, O Eterno
torna a dizer-lhe “Darei à tua descendência esta terra”. (Gênesis 12.7).
(Siquém situa-se na região montanhosa herdada posteriormente pela
tribo de Efraim, em Samaría região central de Israel).
Novamente em Beit El (Betel situa-se há poucos quilôme-
tros ao norte de Jerusalém) O Eterno confirma Sua promessa so-
bre a terra. Ali Abraão erigiu um altar Ao Eterno.
Em Canaã Adonai disse: “Ergue os olhos desde onde estás
para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente, porque
toda esta terra, Eu darei a ti e à tua descendência para sempre”.
(Gênesis 13.14).
E em Hebron (ao sul de Israel): “Naquele dia fez O Senhor
Deus aliança com Abraão, dizendo: à tua descendência dei esta ter-
ra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates” (Gênesis 15.18).
Esse é o verdadeiro limite da Terra de Israel, marcado por Adonai.

Promessa a Ytzaque (Isaque) (filho de Abraão)


Adonai disse a Abraão: “... ouve o que Sarah te diz, porque
em Isaque será chamada a tua semente”. (Gênesis 12:12 b;) O
Apostolo Paulo (Rabino Shaul) diz: “Nem por serem filhos são to-
dos descendência de Abraão; mas: Em Isaque será chamada a tua
descendência” (Romanos 9:7a 9).
Deus repete a Isaque a promessa feita a Abraão, a respeito
da terra, usando as mesmas palavras que usou a Abraão, confir-
mando, em Isaque, a geração da promessa.
Isaque foi a Guerar (sul de Israel, região da Judéia) e Adonai
apareceu a ele e disse: “Peregrina nesta terra e Eu serei contigo e te
abençoarei; porque a ti e a tua semente darei todas estas terras, e
confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão teu pai”: “E
multiplicarei a tua semente como as estrelas do céu e darei à tua se-
mente todas estas terras; e em tua semente serão benditas todas as
nações da terra, portanto Abraão obedeceu a minha voz e guardou os
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Israel - Cumprindo Profecias

meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis”. (Gênesis 26:2-5)


Em Beer Sheva (Berseba), Adonai visita Isaque e reafirma Seu
pacto com ele: “E O Eterno apareceu a Isaque e disse: Eu sou o Deus
de Abrão teu pai. Não temas, pois Eu estou contigo, e Eu te abençoa-
rei, e farei multiplicar a tua descendência por causa de Abraão Meu
servo”. (Gênesis 26:23 a 25). Isaque faz ali um altar Ao Eterno.

Promessa a Jacó-Israel (neto de Abraão).


A Jacó (Yacov- Israel) disse ADONAI: “A terra que dei a
Abraão e a Isaque, dar-te-ei a ti...”, (Gênesis 35.12). E O Eter-
no disse a Jacó em Beit El (Betel) “EU SOU O Eterno, Deus de
Avraham (Abraão) teu pai, e Deus de Ytzaque (Isaque); a terra em
que tu estás deitado sobre ela, a ti darei e a tua semente. (Gênesis
28:13). E disse mais: “E será a tua semente como o pó da terra, e
te fortalecerás ao oeste e ao leste, ao norte e ao sul, e em ti e na tua
posteridade, serão benditas todas as famílias da terra; Eis que Eu
estou contigo e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar
a esta terra; porque não te abandonarei e Eu farei por ti, tudo o que
tenho falado”. (Gênesis 28:13 a 15).

EM BEIT EL, O ETERNO SELA O LUGAR DE SUA


PROMESSA.
Em Betel (Beit El – Casa de Deus) ADONAI reafirma sua
promessa a Yacov (Jacó). (Betel foi o mesmo lugar onde Adonai
já havia falado com Abraão). Esse é o lugar onde Yacov (Jacó)
deitado sobre uma pedra, quando fugia de Esaú, teve a visão de
uma escada que subia até os céus, e os anjos de Adonai subiam e
desciam por ela. (Gênesis 28:12 a 18).
A escada que Jacó sonhou, representa nossa subida ao Eter-
no. A cada degrau que subimos em direção ao Todo Poderoso,
vamos crucificando nossa carne. Então, vamos perdendo as for-
ças humanas e ganhando forças espirituais. Quando chegamos ao

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Sarah Elzeny Zayit

topo da escada, nossa força natural já se esvaiu, e prevalece a nos-


sa força espiritual. Quanto mais anulamos o desejo de nossa car-
ne, mais o espírito prevalece, isto é, estamos subindo, e chegando
mais perto de Adonai, e podemos ouví-Lo, sentí-Lo, conhecê-lo
mais e consequentemente tomar posse de suas promessas.
E nessa escalada do sonho de Jacó, O Eterno prometeu a ele
e para suas gerações, aquela terra onde ele estava deitado. Jacó
adorou Ao Eterno e tomou a pedra em que estava deitado, a ungiu
com azeite para santificação e a colocou naquele lugar como altar
Ao Eterno Nosso Deus, (gênesis 28:18 a 22) como anteriormente
havia feito seu avô Abraão, quando no mesmo lugar Adonai já
havia lhe falado e ele havia também edificado ali um altar ao Se-
nhor (Gênesis 12:8). ‘No mesmo lugar’, (observe como O Eterno
é especifico e detalhista em escolher).
A construção de um altar não é apenas um lugar para o sa-
crifício, mas é uma demarcação de um lugar, um território esco-
lhido pelo Eterno e separado para Ele.

*Nota: (O Altar era construído com pedra sobre pedra, sem ade-
sivos; e essas pedras teriam que ser virgens, não talhadas, porque não
se poderia bater sobre elas com bigorna ou
outro instrumento qualquer: Adonai disse:
“E quando fizeres pra Mim o altar de pedras,
não o edificarás com pedras lavradas, para
que não levantes tua ferramenta sobre ele e
assim o profane. Em Mateus 24:2 Yeshuah
(Jesus) fala a seus discípulos que olhassem
para o templo e disse que não ficaria ali pedra
sobre pedra que não fosse derribada. Porém,
Yeshuah (Jesus) estava falando a respeito do
altar: “Pedra sobre pedra”. Com a destruição
do templo, cessou o sacrifício: não ficou “pe-
dra sobre pedra”, ou seja, o altar não mais
existe)”.

Jacó (Yacov) após lutar com o anjo no Vale do Jaboc, e pre-


valecer, Adonai lhe mudou o nome para ISRAEL.
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Israel - Cumprindo Profecias

O Eterno desvendou a Abraão, Isaque e Jacó, não apenas seus


destinos individuais, mas de seus descendentes, pois segundo a pro-
messa, eles fazem parte da aliança eterna. Adonai prometeu a eles
que jamais se esqueceria, ou anularia Sua aliança, Seu pacto com eles.
Josué, o sucessor de Moshê (Moises) que conduziu o povo de
Israel a Terra Prometida, disse: “E o Eterno deu a Israel toda a terra
que jurara dar aos seus pais. Nada falhou de todas as boas palavras
que O Eterno havia falado à casa de Israel” (Josué 21:41 a 43). O
Eterno cumpriu tudo o que disse. E O Anjo Do Eterno veio a Josué
e disse as palavras Do Eterno: “Eu vos trouxe à terra que jurei a teus
pais, e nunca invalidarei meu concerto convosco” (Juízes 2:1-2)
Como Deus Único e Soberano, O Eterno escolheu o povo
de Israel para fazer habitar (para Ele) na Terra Dele. Em Josué
(22.19) diz: “Passai para a terra da possessão do Senhor, onde ha-
bita o tabernáculo do Eterno”.
Deus não escolheu como Sua exclusiva propriedade uma
terra de grandes extensões, mas uma terra pequena (ela é menor,
que o menor Estado brasileiro). E nem escolheu um povo pelo
seu tamanho, Ele fala pelo profeta Isaías (41.14) do “vermezinho e
do povozinho de Jacó a quem escolheu”. Deus deu a terra ao povo
de Israel, não como dono, porque Ele é O Dono, mas como posse
eterna, herança como selo de um pacto eterno.
Essa pequenina terra de Israel, onde ideais eternos foram
concebidos, e que há mais de 4000 anos, foi prometida Abraão, a
Isaque e a Jacó, Ela é de DEUS! E só Ele tem o direito de dar a quem
Ele quiser. O salmo 135:12 diz: “E deu a SUA TERRA, em heran-
ça, a Israel Seu povo”. Diz ainda: “O pacto que O Eterno fez com
Abraão, Seu juramento a Isaque, o qual confirmou a Jacó como Lei
imutável e a Israel como aliança eterna, proclamando: A ti darei a
terra de Canaã, quinhão de tua eterna herança” (Salmo 105:8-10).
O Deus Eterno, Criador de todas as coisas, segundo Sua
Santa vontade, escolheu dar a Sua Terra aos descendentes de
Abraão, Isaque e Jacó. Ele não perguntou a ninguém. Ele fez; Ele
estabeleceu; Porque Ele é Soberano; e ninguém, e nenhum go-
verno humano, e nem o inferno, pode mudar isso que O Eterno
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Sarah Elzeny Zayit

determinou, Pois Ele é Deus! Ele é Dono e faz como lhe aprouver.
Kadosh Baruch Hu! Santo e Bendito é Ele!

O NOME DE ADONAI ESCRITO NA TERRA


Pode alguém questionar uma prova maior que essa?
Adonai disse que colocaria Seu Nome nessa terra, e o fez lite-
ralmente. “O Lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar
o Meu Nome” (Neêmias 1:9 b); (I Reis 11:36 e 8:29). (Isaias
18:7)
Há alguns anos atrás, em uma fotografia feita pela NASA
descobriu-se que entre Jerusalém e Betel (Beit El - em Hebraico
“Casa de Deus”), está escrito literalmente o Nome de Deus. Rele-
vos, vales e montanhas formam perfeitamente o Nome Dele em
hebraico, com letras do mesmo tamanho e na mesma direção e na
mesma dimensão. Beit El situa-se numa região de serras ao norte
de Jerusalém.
O Nome de Adonai foi localizado entre Beit El e Jerusalém.
Entre o Beit Hamikdash (Templo em Jerusalém) e o Mishkan
Hamikdash (O Tabernáculo Santo em Shiló). Em Beit El Jacó
(Yakov) teve o sonho da escada que ligava aos céus e ele disse:
Na verdade O Eterno está neste lugar e eu não sabia. Quão es-
pantoso é este lugar. “Este não é outro lugar senão a Casa de
Deus e esta é a porta dos céus”. E sobre o Templo, Adonai disse
a Salomão: “Porque Eu escolhi esta casa para que Meu Nome es-
teja nela perpetuamente” (II Crônicas 7:16) e também ao profeta
Ezequiel (43:7) O Eterno falou: “Este é o lugar do Meu trono e o
lugar da planta dos Meus pés, onde habitarei no meio dos filhos
de Israel para sempre”.
Confira as fotos, tiradas pela NASA, que mostram as letras
hebraicas que formam o NOME de ADONAI, ao qual conhece-
mos como tetragrama, (nome dado às quatro letras que formam
o nome Divino).

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Israel - Cumprindo Profecias

Este é o Nome em hebraico: “ ‫( ”יהוה‬Yod, Hei, Vav, Hei).


O Eterno falou pelo profeta Jeremias (7:12 a): “Mas ide ago-
ra ao Meu lugar... onde no princípio, fiz habitar o Meu Nome!”
Que princípio seria esse, senão quando Adonai criou a terra e fez
habitar naquele lugar o Seu Maravilhoso Nome!

Essa descoberta, do Nome de Adonai escrito na terra, fez


com que alguns integrantes da NASA se convertessem ao Deus
Vivo e cressem que Bíblia é a Palavra Dele, e o que Ele diz sobre a
Terra e o povo de Israel, é literal!
Essa é mais uma prova da veracidade dos textos sagrados do
Tanach (Bíblia) que foram escritos há mais de 2500 anos. E agora,
graças à evolução científica, profetizada por Isaias (33:6), com equi-
pamentos sofisticados, podem provar que a Bíblia não é um livro co-
mum, mas um livro que tem o dedo Do Criador dos céus e da terra.
É também uma confirmação de que realmente Adonai esco-
lheu essa terra, como um lugar especial para Si e que fala literalmente
sobre ela. Prova também que O Eterno se comunica com os homens.

ADONAI ELEGEU JERUSALÉM.


“Eu elegi Jerusalém”
(I Reis 11:36). O Eterno decidiu isso. “Haverá livramento no
Monte Sião (Jerusalém) e a Casa de Jacó (Israel) possuirá as suas
herdades”. (Obadias 1:17).

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Sarah Elzeny Zayit

“O Eterno fundou
a Sião para que Seu povo,
nela encontre abrigo”
(Isaias 14.32). “Desde en-
tão, Seu povo Israel habita
ali” (Isaias 10.24; 18.7).
Adonai elegeu a
Sião ou Jerusalém: “As-
sim, diz Adonai, O Re-
dentor de Israel, O seu
Santo, que te escolheu... darei por concerto ao Meu povo, para restaurar
a terra e lhe dar em herança as herdades assoladas”.
O texto, a seguir, diz que Sião pergunta se O Eterno se esque-
ceu dela, então Ele responde: “Pode uma mulher esquecer-se de seu
filho que cria que se não compadeça dele, do filho de seu ventre? Mas
ainda que esta se esquecesse, Eu, todavia, não me esquecerei de Ti.
Eis que nas palmas de minhas, mãos te tenho gravado: os teus mu-
ros estão continuamente perante mim... teus filhos virão a ti... vivo
Eu, diz o Senhor...”. (Isaias 49:7 a 18).
Quando O Eterno pediu a Avraham (Abraão) seu filho Ytza-
que (Isaque) em sacrifício, Avraham residia em Beer Sheva (Berseba),
que dista de Jerusalém 84 quilômetros (hoje com estradas modernas,
porém, no tempo de Abraham, andando a pé ou em burrinhos, cos-
teando montanhas e vales, chegaria perto de uns 100 quilômetros);
O Eterno ordenou que ele subisse a Jerusalém pra fazer o sacrifício
lá. Porque aquele era o lugar que Ele escolhera.
O rei David, Já há três mil anos, chegou a Jerusalém com
o tabernáculo santo “Mishkan Hamikdash” e a transformou em
centro espiritual do reino de Israel. Ele fez de Jerusalém a capital
de seu reino, e desde então ela tem sido a capital de todas as enti-
dades judaicas estabelecidas em Eretz Israel (terra de Israel).
Salomão, filho de David, construiu o majestoso Templo, que
maravilhou a todos os habitantes do mundo antigo. Inspirado e en-
27
Israel - Cumprindo Profecias

volvido pela inigualável beleza de Jerusalém e o esplendor do tem-


plo, o poeta do livro de Salmos nos conta com incontida admiração,
sobre a cidade naqueles dias (Salmo 48): “Percorrei a Sião, rodeia-a
toda, contai-lhe as Tôrres. Notai bem suas muralhas para que conteis
às seguintes gerações; Deus é conhecido nos seus palácios” “Grande é o
Eterno, e digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus (Jerusalém),
Seu Santo Monte (Sião), formoso lugar, é a alegria de toda a terra”.
Quando Salomão edificou em Jerusalém, a casa para Ado-
nai “Beit HaMikdash”, Adonai lhe disse: “Ouvi tua oração e san-
tifiquei a casa que edificaste, a fim de por ali O Meu Nome para
sempre; e os meus olhos e o Meu coração todos os dias”. Adonai não
disse colocarei ali Meu Nome em teus dias, mas, “para sempre!”.
O Tanach (Bíblia) diz repetidas vezes: “em Jerusalém no seu
próprio lugar” (não outro), esse é o lugar que Adonai elegeu, e es-
tabeleceu. Ele disse: “Eu elegi Jerusalém” (I Reis 11:36). “Lugar que
elegi para a morada do Meu Nome” (Neêmias 1:9). “Escolhi este
lugar” (II Crônicas 7:14) . Quem pode ir contra a determinação Do
Todo Poderoso? As Nações Unidas? Os governos humanos? Ou o
próprio inferno? NINGUÉM pode mudar o que Adonai determi-
nou. Ele é O Senhor absoluto! E faz como lhe apraz! Ele, O Criador,
Dono e Sustentador de todas as coisas elegeu Jerusalém!
Adonai habita no Monte Sião em Jerusalém (Isaias 8:18):
“Eis-me aqui, com os filhos que me deu Adonai, com sinais e ma-
ravilhas em Israel da parte do Senhor dos Exércitos que habita no
Monte Sião”.
Jerusalém celestial que paira sobre a Jerusalém terrena.
Ouvi contar que um membro do Knesset, (Parlamento de Israel)
em visita a África, pediu à telefonista do hotel instruções de como
fazer uma chamada telefônica para Jerusalém. Após um momen-
to de silêncio, a telefonista respondeu que era impossível fazer
tal ligação, pois Jerusalém não era um lugar físico - mas um local
espiritual, nos Céus. Essa jovem tinha ouvido sobre o que diz no
livro de Apocalipse, de uma Jerusalém celeste que descerá sobre
28
Sarah Elzeny Zayit

a terrestre. O Talmud nos conta de uma Jerusalém celestial que


paira sobre a Jerusalém terrena; e como tudo o que é espiritual no
mundo, a etérea Jerusalém influencia sua contraparte física.
Abraham (Abraão) foi visitado por Melquisedeque, (em he-
braico "‫"מלְ כִ י־צָ ֶדק‬
ַ “Malkiy-Tzadeq”, “meu rei é justiça”) (Gênesis
14:18); este é descrito como Sacerdote Do Deus Altissimo “Elion”,
e rei de Salém (da Paz). O escritor de Hebreus citando o Salmos
110:4 se refere a uma ordem de sacerdocio eterno, e diz que ele
nao teve pai, mae, era sem geneologia, sem princípio e nem fim,
semelhante Ao Filho de Deus (Hebreus 7:3). E no capitulo 11:10
comenta que Avrahan buscava a cidade, da qual O artifice e cons-
trutor é Deus! Nao seria essa Jerusalem “Yerushalaym” literalmete
“Cidade da Paz”, a “Jerusalem etérea”?

EM JERUSALÉM PAIRA UMA NUVEM DE


ADORAÇÃO A ADONAI
É impossível estar em Jerusalém e não adorar Ao Rei dos Reis.
Em 2004, acompanhei um grande grupo (de mais de 200 pes-
soas) do Brasil e países da América do Sul, vindos a Israel para a Fes-
ta dos Tabernáculos “Sucot”, numa Tour por todo o Estado de Israel.
Todos os lugares que chegávamos havia uma grande euforia
por parte dos visitantes, que sorriam, gritavam (expressão comum
do povo latino-americano) filmavam e tiravam fotos, cantavam e
aplaudiam. Porém quando chegamos ao Monte das Oliveiras e de
um mirante podíamos ver toda Jerusalém, a expressão mudou,
e tanto idosos como adolescentes se prostravam no chão, e em
lágrimas adoravam Ao Rei Eterno Nosso Deus por tê-los trazido
aquele lugar. Em meio a uma emoção impar, oramos abençoando
a cidade; brindamos a chegada e participamos de uma inesque-
cível “Ceia”. Não havia nenhum barulho; só lágrimas e adoração
Ao Eterno.
O Eterno tem me abençoado com a honra de acompanhar
29
Israel - Cumprindo Profecias

muitos grupos que veem do Brasil, de Portugal e da Angola, para


visitar a Terra santa. Dentre eles, em 1998, o que muito me emo-
cionou quando entravamos em Jerusalém. Dentro do ônibus es-
cutávamos uma canção sobre a Jerusalém de ouro. Vários pas-
tores compunham esse grupo e um deles (ainda me lembro do
nome), Pastora Amélia (de Goiânia) que portava uma filmadora
em seu ombro e chorava como um rio e dizia: “Jerusalém! Cidade
Do meu Rei!” (Não sei como ficou seu filme, porque a emoção
era tanta, que havia mais soluços do que fala). De repente aquele
choro com soluços que entremeavam a glorificação e adoração
tomou conta de todos que estavam naquele lugar. Era impossí-
vel alguém permanecer com olhos enxutos, contemplando aquela
cena na entrada da Cidade Do Grande Rei, e não adorá-Lo. Cenas
como essa, têm se repetido, dia a dia em Jerusalém, a “Cidade de
Ouro”, cumprindo a profecia de Zacarias (8:22) que diz: “Povos e
nações virão à Jerusalém buscar Adonai dos Exércitos”.
É incontestável que a promessa de Adonai a Israel não se
refere a outro lugar da terra, mas a terra de Israel “E habitarão na
terra que dei a Meu servo Jacó (Yacov), na qual habitaram vossos
pais; e habitarão nela, eles e seus filhos, e os filhos de seus filhos,
para sempre”. (Ezequiel 37:25). “E Jerusalém será habitada outra
vez no seu próprio lugar mesmo, em Jerusalém”. (Zacarias 13:6 b).

“Jerusalém, mesmo não tendo tão grande importância financei-


ra de outras grandes metrópoles do mundo, ela mobiliza e toca
a alma do homem como lugar algum na face da Terra. Se Israel
está no centro do mundo; Jerusalém é o ponto central desse cen-
tro”. Um antigo ditado talmúdico diz que “o mundo é como
um olho: o branco do olho é o oceano que o circunda; o pig-
mento é o próprio mundo, a pupila é Jerusalém e a face nela
refletida é o Templo Sagrado”. (*Derech Eretz Zuta).

Jerusalém, também chamada de Sião (Tzion). A Bíblia


30
Sarah Elzeny Zayit

menciona em muitos textos a palavra Sião como sinônimo de Je-


rusalém e de Israel. Há também um monte em Jerusalém chama-
do: Monte Sião (Tzion), onde Deus habita: “O Senhor dos Exér-
citos que habita no Monte Sião”. (Isaias 8.18; 18.7). Sião é o áxis
Mundi’, considerado pelos judeus e cristãos o centro mais impor-
tante do mundo. Há dezenas de textos bíblicos que a menciona:
“Saberás que Eu Sou O Eterno vosso Deus que habita em
Sião (Tzion), Meu Santo Monte e Jerusalém” (Joel 3:17). “... Sião,
a cidade das nossas solenidades” (Isaias 33.20a). Jerusalém é tam-
bém a cidade do culto ao Deus de Israel.
Nos tempos finais, os exércitos das poderosas nações mun-
diais irão lutar contra Sião (Isaias 29.8). Mas o Messias (Mashiach)
de Deus será o vitorioso e estabelecerá Seu trono em Sião.
Quando O Eterno estabelecer Seu reino na terra, com O
Mashiach (O Messias), Ele o fará em Jerusalém. O profeta Isaias
diz: “Quando O Senhor dos Exércitos... (Adonai Tzevaot) reinar,
será no Monte Sião em Jerusalém” (Isaias 24.23).
De Sião sairá à paz, a sabedoria, a justiça e a Luz que são os
ensinamentos divinos para a humanidade toda: E virão muitos
povos e dirão: “Vamos, subamos ao Monte Do Senhor, à Casa Do
Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos Seus cami-
nhos, e andemos nas Suas veredas; porque de Sião sairá a Lei e de
Jerusalém a Palavra Do Senhor” (Isaias 2.3).

Orar em direção a Jerusalém.


Todo judeu ora em direção ao templo em Jerusalém. Esse
costume judaico vem desde o tempo que Salomão construiu o “Beit
Hamikdash” (Templo Santo); isso permaneceu durante o exílio na
Babilônia (586 a.C.), e após a dispersão no ano 70 d.C., que durou
quase 2000 anos (diáspora) e até os dias de hoje, quando um judeu
ora em qualquer lugar do mundo, ele o faz em direção a Jerusalém.
Já o Profeta Daniel, quando levado cativo a Babilônia, exer-
31
Israel - Cumprindo Profecias

cendo um importante cargo lá, mesmo tendo conhecimento de


que Jerusalém estava destruída, ele orava três vezes ao dia com
sua janela aberta em direção a Jerusalém.
Quando Salomão terminou a construção do Templo “Beit
HaMikdash” em Jerusalém, ele orou pedindo Ao Eterno que se o
povo Dele estivesse em qualquer parte do mundo, e que orasse em
direção ao templo, que Adonai os ouvisse, os perdoasse e os sa-
rasse. Ao que Adonai respondeu afirmativamente dizendo: “Meus
olhos estarão abertos e Meu ouvido atento à oração deste lugar...
Porque Eu escolhi e santifiquei esta casa, para que O Meu Nome
esteja nela perpetuamente (pra sempre), e nela estarão fixos os
Meus olhos e o Meu coração todos os dias” (II Crônicas 7:15 e 16)
O profeta Ezequiel viu a “Shechináh” a gloria da presença Do
Eterno entrar no Templo; (Ezequiel 43:1-7) E a Shechináh do Deus
de Israel vinha pelo caminho do Oriente e entrou no Templo e en-
cheu o Templo e sendo ele levado em espírito ao átrio do Templo,
Deus lhe disse: “Este é o lugar do Meu trono, e o lugar das plantas dos
meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre”!
Desde então, o povo de Israel de qualquer lugar do mundo,
ora em direção a Jerusalém. E estando em Jerusalém ora em dire-
ção ao local do Templo. Jamais um judeu se esqueceu de Jerusa-
lém e do Templo.

*Nota: “Shechináh” é a gloria da presença de Adonai no meio do


Seu povo e pronuncia-se “Sherrinah”; pois na transliteração hebraica o
“CH” e o “CK” tem som de RR.

Cumprindo a profecia que diz que buscariam a Adonai


com suas faces voltadas para Sião. (Jeremias 50:5)
Depois da reunificação de Jerusalém os judeus oram no
Muro das Lamentações (Kotel) que é o lugar mais próximo ao

32
Sarah Elzeny Zayit

Santo dos Santos.


Há vários anos atrás perguntei a um guia de turismo de Is-
rael se ele acreditava que Adonai nos ouvia em qualquer lugar da
terra. Ele respondeu que sim. Então perguntei: “Qual a diferença
de orar aqui ou em outro lugar?”.
Ele respondeu: “Aqui a ligação é local e não internacional”.

*Nota: Quando os judeus oram, eles fazem um gesto em sincronia


se inclinando pra frente e pra traz. Fazendo isso todo o seu corpo se move:
ossos, músculos, nervos, tendões, pele, enfim tudo. Isso eles o fazem, para
adorar Ao Eterno com todo seu ser, por causa do Texto bíblico: “Tudo que
há em mim bendiga Teu Santo Nome”. (Salmo 103:1). “Seja Teu santo
Nome bendito por todo o meu ser”.

A RECONQUISTA E REUNIFICAÇÃO DE JERUSALÉM


É UM DOS MAIORES ACONTECIMENTOS PROFÉTI-
COS EM NOSSOS DIAS.
No ano de 63 a.C. quando o império romano conquistou
o oriente médio, incluindo a terra de Israel, Jerusalém já era (há
quase mil anos) sua capital, cidade religiosa e o centro do juda-
ísmo. A mando de Herodes, o Segundo Templo foi totalmente
reformado antes do nascimento de Yeshuah (Jesus). E esse mesmo
Templo foi incendiado e destruído no ano 70 d.C., sob as ordens
do Imperador romano Tito. Jerusalém passou por várias domi-
nações: romanos, bizantinos, califado muçulmano, turcos otoma-
nos, cruzados, e os ingleses. Mas após alguns anos depois da con-
solidação do Estado de Israel, na Guerra dos Seis dias em 1967, o
exército de Israel numa ação miraculosa de Adonai dos Exércitos,
reconquistou a parte antiga de Jerusalém, unificando-a, declaran-
do-a como sua capital eterna e indivisível; foi um dos maiores
acontecimentos proféticos dos últimos dias. “Naquele dia se dirá
a Jerusalém: não temas oh Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos.

33
Israel - Cumprindo Profecias

O Senhor teu Deus está no meio de ti, Poderoso para te salvar; Ele
se deleita em ti com alegria; calar-se-á por Seu amor, regozijar-se-á
em ti com júbilo”. (Sofanias 3:17 a 20).
O Eterno Adonai dos Exércitos nos devolveu a cidade anti-
ga de Jerusalém na Guerra dos Seis dias, chamada de “Guerra dos
Milagres”. Vitória milagrosa de Israel, frente à diferença da esma-
gadora força dos inimigos. Isso nada mais é do que a intervenção
do Próprio Deus a favor de Seu povo, como nos tempos bíblicos,
Adonai surpreendeu os inimigos de Seu povo.
A guerra terminou em uma segunda-feira, de Junho 1967.
Com a benção de Adonai a cidade Antiga de Jerusalém foi recon-
quistada pelas Forças de Defesa de Israel. Quando a guerra termi-
nou, os soldados estouraram numa canção “Jerusalém do ouro”.
Elevaram-se em grande voz no Muro Ocidental. Até repórteres
esqueceram-se de que estavam a serviço da imprensa e começa-
ram a cantar junto com os soldados.
Jerusalém, finalmente unificada, ninguém, jamais, esque-
cer-se-á as cenas jubilantes dos israelitas, maravilhados no Muro
Ocidental e lotando a Cidade Velha agora reunificada. O Rabino
Shlomo Goren tocou o shofar (trombeta de chifre de carneiro) e
orou agradecendo a Adonai pelo cumprimento de suas promes-
sas. A alegria tomou conta da multidão e na euforia que se se-
guiu à libertação de Jerusalém, milhares de pessoas foram ao Ko-
tel (Muro das Lamentações), para ver tocar o shofar e agradecer
Adonai, junto ao Muro, que se tornou centro nacional, cultural e
religioso do Estado de Israel e do povo judeu por todo o mundo.
Adonai restaurou para Israel, a Antiga cidade do Rei David, Jeru-
salém. Deus é Fiel!

34
Sarah Elzeny Zayit

Jerusalém é a Capital eterna do povo judeu e do Estado de


Israel. É a sua Capital histórica, religiosa e política.

“A Cidade Santa tem importância tão vital que se tornou um


conceito e um símbolo que em muito transcendem seus próprios li-
mites geográficos”. Jerusalém significa Israel como um todo: contém
dentro de si a essência da Terra Santa.
Durante os vários séculos em que praticamente todo o nosso
povo viveu na Diáspora, um judeu que viesse de qualquer parte
da Terra de Israel era chamado de Yerushalmi (Jerusalemita). De
modo semelhante, o Talmud compilado ao longo de anos em várias
partes da Terra de Israel e ordenado em Tiberíades e Cesárea foi
intitulado “Talmud Yerushalmi”, o “Talmud de Jerusalém”.* (Re-
vistaMorasha Edição 49)
“A independência judaica foi restaurada em 1948 e Jerusa-
lém foi declarada mais uma vez a capital de Israel. Essa decisão,
incluída numa Lei Básica (1980), tem implicações práticas. Jerusa-
lém, além de ícone da existência nacional e do conteúdo religioso do
povo judeu, é a sede de todos os símbolos da soberania de Israel: o
presidente do Estado, a Knesset (Parlamento), o Governo e a Supre-
ma Corte. Para o Estado de Israel e para o povo judeu, Jerusalém é

35
Israel - Cumprindo Profecias

a capital inquestionável, o centro de suas decisões e de sua visão de


si mesmos” *(http://www.museujudaico.org.br).
Nossos sábios descreveram a reconquista de Jerusalém e o fim
do exílio como:
“O despertar de um pesadelo”. E, de fato, foi apenas após o
Holocausto (que foi muito mais terrível do que qualquer pesadelo
jamais poderia ter sido) que milhões de judeus começaram seu re-
torno ao Lar. Como se sabe, um grande milagre Divino, perpetrado
pelas mãos de todos os heróis judeus que deram a vida pelo nosso
povo, ocorreu no ano de 1948; alguns anos mais tarde, em 1967,
ocorreria outro milagre, talvez ainda mais significativo. Elie Wie-
sel, testemunha ocular do mesmo, descreve-o da seguinte forma:
“O combate ainda perdurava em várias frentes... mas isso
não impediu que as pessoas, num êxtase espiritual, acorressem em
direção à Cidade Velha, que estivera inacessível a todos os judeus
durante o domínio jordaniano... sobreviventes de todo tipo de so-
frimento, rostos de todo tipo de destino - vi-os correndo, ofegantes,
voando quase... correndo para tocar o Muro. E lá chegando, incré-
dulos e estupefatos, como crianças que temem o despertar por não
querer o fim do sonho, detêm-se, de súbito. Eis que se ouve um choro
convulsivo, preces sendo entoadas, enquanto outros dançam, dando
vazão à emoção. O país inteiro dançou. A história judaica dançou.
Explodindo de júbilo e gratidão Ao Eterno pelo privilégio de tes-
temunhar aquele momento, pensei: “É isto, Jerusalém, o lugar que
atrai e irmana todos os judeus, a verdadeira cidade da saudade e
promessas Eternas”.
Jerusalém, tantas vezes conquistada; dividida em 1948; e
finalmente reunificada em 1967. E unificada permanecerá para
sempre, pois se há algo que congregue todos os judeus, este algo é o
seu amor por Jerusalém. Nos debates sobre a Cidade Santa, não se
faz necessário citar nossos líderes religiosos, nem tampouco os parti-
dos israelenses de centro ou de direita. Basta ouvir as vozes dos mais
pacifistas, em suas opiniões políticas, e liberais, em sua observância
36
Sarah Elzeny Zayit

da religião, pois as mesmas revelam o consenso de que Israel não


pode existir sem a Cidade Santa.
O Primeiro Ministro Shimon Peres declarou, certa vez, que
“não há lugar nem lógica em capitais divididas. Tal divisão seria
um convite ao terrível fantasma do conflito renovado. E Jerusalém
foi destruída mais vezes do que reconstruída. E agora, por fim, foi
reunificada e reconstruída”. Eric Yoffie, rabino e presidente do mo-
vimento reformista judaico norte-americano, disse, em um artigo,
que “os laços que vinculam o povo judeu a Jerusalém constituem a
pedra de toque da civilização judaica. Na ausência de Jerusalém,
desaparecem a fé judaica e o futuro do judaísmo”. E não são apenas
os judeus os que entendem o milagre - e as implicações espirituais
- do retorno do povo judeu à Terra de Israel. Em todo o mundo, mi-
lhões de cristãos apoiam ardentemente Israel, por entenderem que
esse país é a chave para a redenção da humanidade toda.
O Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn, decla-
rou recentemente: “Uma única vez na história humana D’us esco-
lheu um País como legado e o ofertou a Seu povo escolhido”. O Car-
deal declarou, também, que no que dizia respeito ao recém-falecido
João Paulo II e ao Vaticano, a obrigação que recaía sobre os judeus
de viverem na Terra de Israel continuava válida até os dias de hoje.
Tal apoio ao direito do povo judeu sobre a Terra Santa e sobre a
Cidade Santa é expresso de maneira ainda mais contundente pelos
evangélicos - especialmente no Brasil e nos Estados Unidos. O fun-
dador da Coalizão Cristã, Doutor Pat Robertson, um dos líderes
religiosos mais influentes dos Estados Unidos, assim se manifestou:
“Foi apenas após 1967 e a Guerra dos Seis Dias que o Estado de
Israel voltou a se apossar de Jerusalém Oriental. Para os evangéli-
cos, tal momento teve grande significado. E, em nossa opinião, abrir
mão dessa parte da cidade de Jerusalém seria uma profanação ini-
maginável, em outras palavras, seria a ruptura de uma profecia so-
lene que só iria ocorrer em nossos dias”. *(Revista Morashah N.51/
dezembro 2005).
37
Israel - Cumprindo Profecias

Depoimento do escritor e jornalista Zevi Ghivelder para a


Revista “Morashah”:
“Precisamente no quarto dia depois da Guerra dos Seis Dias,
fui pela primeira vez à Cidade Velha de Jerusalém, ávido para che-
gar ao Muro,... Percorri as vielas do antigo bazar entre israelenses
emocionados, turistas deslumbrados e centenas de moças e rapa-
zes vestindo uniformes... Numa loja de tapetes, conversei com um
palestino que tinha morado no Brasil e falava português. Estava
contente. Em uma semana, tinha vendido mais tapetes do que no
ano inteiro. Por quantos anos eu viver, jamais me esquecerei os por-
menores do que aconteceu na minha chegada ao Muro. Com as ca-
beças cobertas por chapéus, kipot e capacetes de aço, velhos ortodo-
xos e jovens soldados ali se revelavam igualmente impregnados pelo
mistério de Jerusalém. Esse mistério, difícil de ser explicado ou se-
quer apreendido, contém uma série de referências. Se, por um lado,
Jerusalém enfeixou através dos séculos um acentuado sentido de
ideal espiritual, por outro, sua presença física jamais esteve ausente.
A Jerusalém dos sonhos e das orações nunca deixou de ser
uma cidade viva e palpável. Por isso, os soldados israelenses junto
ao Muro Ocidental me davam a impressão de que ali se encontra-
vam há séculos, e não apenas há uma semana.
Comecei, então, a assistir a uma cena transbordante de emo-
ção. Jovens dos dezoito, aos quarenta e tantos anos, faziam suas
orações, em altas vozes, ao pé do Muro. Ao lado deles, os ortodoxos
entoavam orações com fervor milenar.
O sol ficava cada vez mais forte e o muro branco adquiria
tons dourados, irradiando uma luminosidade que muito deve ter
contribuído para emoldurar o mistério de Jerusalém. Um velho
judeu religioso, com uma bengala na mão direita e um shofar, na
esquerda, aproximou-se do Muro e beijou-o com devoção. Come-
çou um inflamado discurso sobre as gloriosas vitórias que Adonai
concedera ao povo de Israel. Tudo se passou em poucos segundos.
Os soldados o rodearam e passaram a bater palmas. De súbito, vi o
38
Sarah Elzeny Zayit

velho sentado nos ombros dos rapazes que dançavam, aplaudiam e


cantavam a tradicional canção hebraica David, Rei de Israel, Vive
para Sempre. Sob o céu de Jerusalém, tanto a bengala do velho
como as armas dos soldados se confundiam com lanças. Em meio à
canção entoada, ouvimos todos o som do shofar soprado pelo velho.
Era uma cena de arrepiar. Realmente, aquele nunca mais seria o
“Muro das Lamentações”. Depois de dois mil anos, os judeus não
mais lamentariam os esplendores perdidos do passado. “Passariam
a celebrar as conquistas do presente”

Eis o depoimento de Segal, uma judia, cujos irmãos e pai,


participaram da guerra dos seis dias:
“Quando eu terminava meu curso primário e me preparava
para as férias de junho de 1967, Israel repentinamente achou-se en-
volvida no que veio a ser conhecida como a “Guerra dos seis dias”.
Os israelitas recordam dela como tendo sido a “Guerra Miraculo-
sa”. Fiquei surpresa a ver que meu pai e meus dois irmãos foram
convocados para servirem na reserva. Por sete dias nossa família
ficou em um porão vizinho, ansiosamente esperando por ouvir noti-
cias. Nosso único contato com o mundo exterior era o radio. A cada
hora quando ouvíamos o som característico, corríamos para ouvir
os últimos boletins”.
O segundo dia da guerra, todos os adultos no salão come-
çaram a pular de alegria, abraçando-se um ao outro, e gritando.
Quando eu perguntei o que era, disseram-me que Jerusalém se jun-
tara a Israel, e que a nossa Bandeira israelense havia sido hasteada
no Monte do Templo. Mesmo sendo criança, percebi que aquilo era
um milagre que somente Deus poderia ter realizado. Depois de dois
mil anos de domínio estrangeiro, Israel expandia suas fronteiras ao
coração de seu antigo território! “Comecei a compreender a palavra
profética de Deus para o povo judeu”. (*Eles pensaram por si mes-
mos).
39
Israel - Cumprindo Profecias

O autor do Livro “A Mitzva de morar em Eretz Israel” faz a se-


guinte citação das palavras do Rabino chefe da Yeshiva de Jerusalem.
O Dia em que o Cotel (Muro das Lamentações) foi recon-
quistado.
“É impossível esquecer aquele dia! (28 de Iyar, 5727). Já
durante vários dias a situação da cidade estava tensa... a guerra
tinha começado e a Legião Árabe ostentava que conquistaria
Jerusalém inteira... um amigo me telefonou em nome do Rabino
Goren, Rabino-chefe das Forcas de Defesa de Israel, relatando que
estas estavam se aproximando cada vez mais da Cidade Velha de
Jerusalém... a cada hora a expectativa aumentava... Um estudante
da Yeshivah (estudos da Torah), que estava no exército, anunciou
que: ‘com a ajuda Do Todo Poderoso, nossos paraquedistas alcan-
çariam o Cotel (muro das Lamentações)’. Todos nos esperávamos
ansiosos. No quarto dia da semana, um oficial bateu a minha por-
ta, ele vinha com uma mensagem do Rabino Goren: ‘Rabino, você
esta convidado pelo Rabino-chefe do exército a vir ao Kotel’, anun-
ciou ele, ‘um carro brindado está aguardando aqui em baixo’...
O carro do exército avançava lentamente por entre a mul-
tidão alegre que enchia as ruas da cidade – milhares de pessoas
cantavam e dançavam. Muitos tinham lágrimas de felicidade nos
olhos pela liberação de Jerusalém.

(Povo dançando e exaltando a Adonai, nas ruas de Jerusalém).

40
Sarah Elzeny Zayit

Cumprindo a Profecia que diz: Exultarão em Tsion (Sião)


com danças, mancebos e anciões... E sairá deles o louvor e a voz de
júbilo!” (Jeremias 31:8 a 13 e 19)
“No caminho, o oficial me falou que no momento em que os
paraquedistas alcançaram o perímetro do Kotel, um soldado, que
era estudante de nossa Yeshivah, escalou o topo do Muro e desfral-
dou a bandeira de Israel... O oficial também me contou que o Rabino
Shlomo Goren estivera entre os primeiros que alcançaram o Kotel,
sob o fogo de franco-atiradores árabes, que continuaram atirando
de seus esconderijos. Ele (o rabino) apertava um rolo da Torah em
uma das mãos, e um shofar na outra. Soldados que tinham sobre-
vivido às violentas batalhas choravam como crianças ao ouvirem o
som do shofar sendo tocado pelo rabino-chefe. Eles admiravam sua
coragem de permanecer o tempo todo a frente da batalha junto com
os paraquedistas que saltaram do monte das Oliveiras para o Kotel.

Muitos de nossos meninos foram feridos na batalha... um sol-


dado de nossa Yeshivah disse: ‘Baruch HaShem, (Bendito O Nome
Do Eterno) todos os portões (da cidade) estao abertos! Outro ra-
bino correu ate o lugar do Kotel (lugar mais próximo ao Santo dos
Santos) onde eu estava e me falou que havia recebido permissão do
comando do Exército para liderar a Oração de Mincha (da tarde)
junto ao Muro (das Lamentações). Era a primeira prece da na-
ção (de Israel) no Kotel, após uma separação de cento e dezenove
anos! Uma oração de total gratidão a Adonai. Os olhos de todos
41
Israel - Cumprindo Profecias

estavam cheios de lágrimas. Soldados se prostravam no chão em


frente ao Kotel. Outros pressionavam seus dedos entre as frestas do
Muro. Todo mundo entoou junto o Tehilim (Salmo) 126, uma can-
ção de Ascensão: “Quando Adonai trouxe de volta os exilados de
Sião, estávamos como os sonhadores” Entao nossa boca se encheu
de riso e nossa língua de cânticos”.
...Fui entrevistado pela televisão... E eu disse: “Vejam! Nós
anunciamos a todo Israel, e a todo mundo, que por um comando
Divino nós voltamos para a nossa casa, para a nossa Cidade Santa.
De hoje em diante, nós nunca mais sairemos daqui! Nós voltamos
pra casa!” *(“A Mitzva de morar em Etertz Israel” pags.110-111).

O apego dos hebreus por Jerusalém desde os tempos bíblicos.

Foto: Judeus no kotel “Muro das Lamentações”- 1864.


Judeus no kotel “Muro das Lamentações”- 1864.
Neemias, no tempo do cativeiro babilônico, ouviu que
os muros de Jerusalém haviam sido derrubados e seus por-
tões queimados pelo fogo; ele não pode suportar estas notí-
cias. Neemias sentou-se, chorou e lamentou durante muitos
dias, jejuando e orando perante Deus por Jerusalém. Até que

42
Sarah Elzeny Zayit

recebeu um impacto de Adonai e foi reconstruir os muros da


cidade. (Neemias 1). Israel cativo na Babilônia, seus corações
estavam amargurados, e eles pediam ao Senhor que se lem-
brasse deles e os levasse de volta a Sião. Então O Eterno os
trouxe de volta.
Imagino os filhos de Israel chegando e contemplando
sua amada Jerusalém, O Templo Sagrado, onde antes do exílio
eles subiam em todas as festas para adorar O Eterno; eles vi-
nham trazendo as primícias para Adonai no Lugar em que Ele
próprio escolheu e designou para abençoá-los. Acredito que
eles choravam e riam ao mesmo tempo, de emoção e felici-
dade. Agora podiam perceber as grandes coisas que O Todo
Poderoso tinha feito por eles, trazendo-os de volta a Sião. Foi
referindo-se a esse contexto que o salmista escreveu o Salmo
126 dizendo:
“Quando O Senhor trouxe do cativeiro, os que voltaram a
Sião, nós estávamos como os que sonham. Então a nossa boca
se encheu de risos e nossa língua de cânticos; porque se dizia
entre as nações: que extraordinário é o que fez o Eterno a este
povo. Imenso é o nosso regozijo, pelas maravilhas que nos fez O
Eterno.”.
Ao chegar a Terra e vendo tudo devastado, mantinham
a esperança de plantar e colher e cantavam: “Os que a chorar
vem trazendo as sementes, em júbilo retornarão carregando
os frutos da colheita tão esperada”. Eles pedem que O Eter-
no faça retornar a todos cativos como as correntes do Negev
(como os rios de inverno que com força gigantesca, vindo de
todos os lados, sem que nada os detenha, cortam o deserto do
Negev).

43
Israel - Cumprindo Profecias

JERUSALÉM NA EXPRESSÃO JUDAICA,


DE ESPERANÇA DA REDENÇÃO.

Jerusalém dezenas de vezes mencionada na Bíblia como o


centro da vida espiritual judaico. Mesmo na dispersão, Jerusalém
e o monte Sião, sempre foram referência central da unidade do
povo judeu durante quase 2.000 anos de diáspora (dispersão).
Toda vez que um judeu fala em esperança da redenção cita
Jerusalém. Os textos religiosos, as saudações, a visão messiânica,
o sonho do retorno, a literatura e a arte dos judeus durante todo
o exílio, têm Jerusalém como inspiração. Desde os Salmos até o
dia de hoje.
O salmista dizia no Salmo 137, que junto aos Rios de Babi-
lônia (quando o povo de Israel estava cativo lá) eles se assentavam
e choravam por Sião, penduraram suas harpas nos salgueiros e
não podiam cantar e diziam: “como entoaremos cântico ao Senhor
em terra estranha? Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que perca a
minha destra a sua destreza! Que se cole a minha língua ao palato,
se não me lembrar sempre de ti e não mantiver a tua lembrança
acima de minha maior alegria!”. Esse texto de Salmos é recitado
por todo judeu em todo mundo em todos os seus momentos ale-

44
Sarah Elzeny Zayit

gres e importantes, inclusive no dia de seu casamento. Em um


casamento judeu, o noivo esmigalha uma taça com os pés, sim-
bolizando que nenhuma alegria sobre a terra pode ser perfeita
enquanto Sião não tiver ressurgido. Toda vez que um judeu tem
uma festa ou um momento de grande alegria, ele ora proferin-
do esses versículos, isso vem se repetindo através dos séculos no
exílio e até hoje, nunca deixaram de anelar por Jerusalém. Ado-
nai ordenou através do profeta Jeremias (51:50): “Lembrai-vos Do
Eteno onde estiverdes e mantende Jerusalém em vossos corações”.
Durante dois milênios os judeus expressaram, em cada ora-
ção, o desejo de voltar à sua terra ancestral: nas orações diárias,
na bênção após as refeições; na cerimônia do Yom Kipur (Dia
do Perdão); sob o dossel durante a celebração do casamento; no
Tisha B’Av (o dia do luto nacional); e no ato de colocar um pouco
da terra de Israel no túmulo de seus mortos; no Sêder (cerimônia)
da Páscoa, o ponto culminante de cada festa de Pêssach (páscoa) é
a oração repetida ano após ano: “No próximo ano em Jerusalém!”.

As grandezas de Jerusalém. Flavio Josefo, erudito escritor


judeu que viveu no primeiro século, logo após Yeshuah, escreveu
sobre as grandezas de Jerusalém e do templo:
“Se os alicerces eram maravilhosos, o que eles sustentavam
não era menos digno de admiração. Os ornamentos eram tão
belos, tão bem justapostos e tão polidos, que não havia necessi-
dades de escultura e pintura para encantar os olhos... todo espa-
ço livre era coberto de toda sorte de pedras... nove portas eram
cobertas com laminas de ouro e prata e a décima era de cobre de
Corinto, mais precioso que o ouro... O Templo, lugar santo, con-
sagrado a Deus, estava no meio... tudo o que se via no templo,
era dourado, de sorte que os olhos mal podiam suportar o bri-
lho... Viam-se nos altos ramos de videira, cachos de uvas; tudo
era de ouro... Nada havia na face exterior do templo, que não
arrebatasse os olhos de admiração e a alma de espanto. Estava
45
Israel - Cumprindo Profecias

todo recoberto de laminas de ouro, tão espessas, que quando des-


pontava o dia, tornava-se tão arrebatador, pela sua beleza, como
pelos dourados raios do sol... todo o telhado do templo estava
semeado e eriçado de pontas de ouro” * (Flavio Josefo- Livro 5º,
Capitulo 14:394 e 395).

Jerusalém considerada capital religiosa para judeus e cristãos


“Quando Israel assumiu o controle de Jerusalém ocidental e a uni-
ficou no ano de 1967, em vez de proibir a religião muçulmana ou fechar
as mesquitas (como eles vinham fazendo com Israel, fechando e destruin-
do as sinagogas), ao contrario, Israel permitiu que o Waqf muçulmano
(autoridade religiosa) administrasse e controlasse o Monte do Templo e
mantivesse seus lugares religiosos: Omar a mesquita de Al-Aqsa.
Na reunificação de Jerusalém em 1967, o Monte do Templo e
o Muro Ocidental retornaram à soberania judaica. Ao mesmo tem-
po, a reunificação trouxe consigo a mais ampla e irrestrita liberdade
de religião, expressão de culto e locomoção aos lugares sagrados.
Pela primeira vez em 19 anos (depois da criação do Estado de Isra-
el), os lugares santos foram abertos a visitantes de todos as religiões.
Assim tem sido até hoje.
Quando o controle da região era da Jordânia, os judeus fo-
ram proibidos de orar no Muro Ocidental (Muro das Lamentações).
Além disso, o cemitério do Monte das Oliveiras e 58 sinagogas fo-
ram destruídos. Quando Israel transferiu o controle militar de Jeri-
có e Belém para a Autoridade Palestina, multidões de muçulmanos
enfurecidas queimaram e destruíram lugares sagrados e artefatos
religiosos dos judeus. Em 2002, trinta monges católicos da Igreja
da Natividade, em Belém, ficaram reféns de terroristas palestinos.
Depois que os reféns foram libertos, os investigadores encontraram
a igreja profanada, pelos palestinos.

46
Sarah Elzeny Zayit

Porém no governo de Israel, os lugares sagrados dos cristãos,


judeus e muçulmanos estão preservados, cuidados e abertos a todos
os fiéis.
O documento fundador da Organização para a Libertação
da Palestina, o chamado Pacto Nacional Palestino, que data de
1964, não menciona Jerusalém uma vez sequer.  Enquanto a Ci-
dade Velha de Jerusalém esteve sob o controle da Jordânia entre
1948 e 1967, os muçulmanos pouco se lembraram dela. Não era de
Al-Aqsa (Jerusalém), que as estações de rádio jordanianas transmi-
tiam as orações das sextas-feiras, mas de uma mesquita de Amã.
Jerusalém nem sequer é citada, nem uma só vez no Alcorão (livro
sagrado dos mulçumanos).
Quando Jerusalém foi conquistada pela Jordânia, em 1949,
nenhuma autoridade ou líder muçulmano visitou a cidade em ca-
ráter oficial, publico e religioso. Já em fontes judaicas tradicionais, a
palavra “Jerusalém” é mencionada mais de 600 vezes, e pelo menos
140 vezes no Novo Testamento, mas nenhuma vez no Alcorão. O
interesse muçulmano pela cidade de Jerusalém só apareceu após a
conquista de Jerusalém por Israel em 1967.
As cidades sagradas para os muçulmanos sempre foram, até
então, Meca e Medina. Embora Jerusalém tenha importância para
muitas religiões, porém para os judeus e para os cristãos evangélicos
ela é como sua capital e cidade mais sagrada, mais importante do
mundo. Jerusalém é central para o judaísmo desde os tempos bíbli-
cos, quando foi estabelecida como eterna capital espiritual do povo
judeu. Os judeus são maioria em Jerusalém desde 1840, e grupos de
judeus sempre habitaram a cidade, interruptamente, mesmo após a
destruição do Templo, no ano 70 de nossa era, Jerusalém é uma só
cidade.” (*revista Noticias de Israel, set.2004)

47
Israel - Cumprindo Profecias

Visão do Profeta Ezequiel: Homens que oravam de costas


para o santuário.

“E levou-me ao átrio exterior da Casa de Adonai e eis que


estavam à entrada do Templo de Adonai, entre o pórtico e o altar...
homens de costas para o Templo de Adonai, e com os rostos voltados
para o Oriente”. (Ezequiel 8:16),
Esse lugar hoje (a esplanada do Templo) está sob o con-
trole e sendo usado pelos muçulmanos, onde diariamente eles
oram de costas para o lugar do Santuário Do Eterno, virados
para o oriente, para Meca, (você pode conferir na foto) cum-
prindo a visão profética de Ezequiel. Exatamente como se pode
constatar nessa foto em que os muçulmanos estão no Monte do
Templo, no lugar onde era o átrio, entre o pórtico e o altar da
Casa de Adonai, e eles estão orando virados pra o oriente (para
Meca) e estão de costas para o santuário, conforme a visão do
profeta.
Ao contrário do muçulmano, todo judeu, em qualquer lu-
gar do mundo em que ele esteja ele ora com sua face voltada para
o lugar do Santuário, também cumprindo a palavra profética de
Jeremias (50:5), que diz: “Buscarão a Adonai com suas faces vol-
tadas para Sião”.

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PROFECIAS sobre Jerusalém
“Tornarão a vir, e adorarão a Adonai no Monte Santo de
Jerusalém”. (Isaias 27:13). “Porque o povo habitará em Sião, em
Jerusalém...” (Isaias 30:19) Assim diz Adonai: “Voltarei a Sião e
habitarei no meio de Jerusalém... No Monte do Senhor dos exér-
citos, no Monte da Santidade... No meio das praças de Jerusalém
habitarão velhos e velhas, levando cada um em sua mão um bordão
por causa de sua muita idade. As ruas da cidade se encherão de me-
ninos e meninas, que nelas brincarão... Será maravilhoso aos meus
olhos, diz Adonai dos Exércitos... Eis que salvarei o Meu povo, da
terra do oriente e da terra do ocidente. E os trarei, e habitarão em
Jerusalém e serão o Meu povo e Eu serei O seu Deus em verdade e
em justiça”. (Zacarias 8:3 a 8). “Então os gentios temerão o nome do
SENHOR, e todos os reis da terra a Sua glória. Quando o SENHOR
edificar a Sião” (Salmo 102:13-16).

49
Visão Profética sobre Israel - Promessas que se
cumprem hoje na terra que emana leite e mel

Embora uma grande parte das profecias bíblicas seja re-


ferente ao tempo do Reino universal do Mashiach (Messias);
muitas delas já estão começando a se cumprir, como um palco
de preparação para os dias da Redenção. E outras são para este
tempo de transição.

Representantes de muitas nações, os quais, todos os anos veem a Jerusalém para


adorar O Rei Eterno, na Festa dos Tabernáculos.

51
Israel - Cumprindo Profecias

A Profecia diz: “De todas as nações subirão a Jerusalém


para adorar O Rei, Adonai dos Exércitos, celebrarem a Festa das
cabanas (Tabernáculos)”. (Zacarias 14:16 e 17).

“FRUTO EXCELENTE E FORMOSO” (Isaias 4:2)

Nota: Uma Romã pode pesar até um quilo e meio.

Sete frutos da Terra. Em Deuteronômio (8:8) diz: “O Se-


nhor teu Deus te coloca numa boa terra; de trigo e cevada, e de
videiras, e figueiras, e romeiras; terra de oliveiras, abundante de
azeite e mel”. “Hei de mandar-vos trigo, mosto e azeite; e deles vos
fartareis” (Joel 2:19). O trigo e a cevada representam a força; as
videiras a alegria; figueiras e romeiras a beleza; oliveiras a unção;
e o mel a doçura das bênçãos da Terra de Israel.
“Seus lábios são como um fio de escarlate” exaltou Salomão
em sua celebração do amor entre o Noivo Divino e Sua noiva Isra-
el: “Sua boca é graciosa: sua têmpora é como um pedaço de romã
em seus cachos”. (Shir HaShirim, Cântico dos Cantos 4:3).
Apesar de a Terra de Israel ser abençoada com uma enorme
diversificação de frutas, as sete espécies descritas no verso bíblico,
podemos vê-las em todo Israel. Cada uma dessas espécies tinha
um caráter especial, pois foram as “primícias” – ou os frutos da
primeira colheita levadas ao Templo Sagrado, em Shavuot, e en-
tregues como oferta a Adonai. Como tal, simbolizam Eretz Israel
e a intensa ligação do Povo de Israel à sua terra: “... Pois Adonai
teu Deus, te coloca em uma terra boa.”
52
Sarah Elzeny Zayit

“MULTIPLICAREI O FRUTO DAS ARVORES E A


NOVIDADE DO CAMPO”.
Assim canta o Salmista: “O tsadic (pessoa justa) vicejará
como a tamareira” (Salmos 92:13, Ezequiel 36:30)

Tamareiras nas ruas das cidades. Seus galhos não suportam o peso da imensidade
de tâmaras, também chamadas de “o mel da terra”, porque são doces como mel.

Em cumprimento a essa profecia, Flores e frutos disputam


o espaço. É realmente lindo ver tantos frutos em uma só arvore
como acontece em Israel. Por exemplo: Em outros lugares, uma
tamareira produz em media 20 quilos de tâmaras por ano, em
Israel cada tamareira produz mais de 100 quilos de tâmaras por
ano. Existem as mais diferentes espécies de frutas que há em todo
o mundo e pesquisas revelam que um hectare de terreno plantado
em Israel, pode chegar a produzir até 30 vezes mais que o mesmo
espaço plantado em outro lugar.
“Seu fruto é doce”. (Cantares 2:3). Perguntei a um feirante se
os frutos eram doces, ao que ele respondeu: “Com certeza! Não por
causa de mim, mas por causa Do Santo de Israel, Bendito seja Ele!”.
Fiquei impressionada com a resposta e imediatamente me
lembrei do texto bíblico que diz que nós comeríamos e ficaríamos
satisfeitos e bendiríamos ao Eterno. Pensei que O Eterno, Bendito
53
Israel - Cumprindo Profecias

seja Ele, quando disse que ficaríamos satisfeitos, não era apenas
em quantidade, mas em qualidade e sabor. Que carinho Do Eter-
no! Quando Moshêh (Moises) mandou espiar a Terra, eles toma-
ram dos frutos da terra em suas mãos e disseram: Boa é a terra!
(Deuteronômio 1:25)

“PLANTARÃO VINHAS... E GOZARÃO DOS SEUS


FRUTOS” (Jeremias 31:5)

Plantação de uvas em Kiriat Malaachi; há cachos que chegam a medir 60 cm.

Isaias profetizou que filhos de estrangeiros, seriam os seus


vinhateiros.
“Restaurarão os lugares destruídos... e haverá estrangeiros
que apascentarão os vossos rebanhos e serão vossos lavradores e
vossos vinhateiros”.(Isaias 61:4-5)
Yonatan Behar, o porta- Har Bracha Yeshivah disse: “Nossos
sábios nos ensinaram que, durante os tempos da redenção final, que
estamos agora, que de outras nações virão para ajudar a construir
a terra de Israel, para ajudar a nação judaica, a cumprir todas as
profecias”.
54
Sarah Elzeny Zayit

Em Samaria Tommy Waller, um cristão de os EUA, trabalha


nas vinhas, nos últimos seis anos. Ele começou como um tempo
de projeto da família e cresceu em Ha Yovel, hoje trabalha com
mais de 150 voluntários norte-americanos. Isso também acontece
em dezenas de Kibutz em todo Israel, onde centenas de voluntá-
rios de todo o mundo, cumprindo profecias, ajudam no plantio e
colheita dos frutos e apascentar rebanhos.

AZEITE DA ROCHA
A palavra profética do Cântico
de Moshê (Moises) em Deuteronômio
(32:13), diz que Adonai faz tirar “Azeite
da dura pederneira”. Também Jó (29:6)
lembrando-se de seus bens disse: “Da
rocha me corriam ribeiros de azeite”.
Na foto vemos as raízes de uma
oliveira que nasceu no meio de uma
rocha. Essa oliveira está carregada de
frutos. Podemos ver hoje imensidade
de oliveiras que nascem em meio às
pedras e produzem frutos em abun-
dância e deles produzimos o azeite,
cumprindo essa Palavra: “Azeite da dura pederneira”
Nota: O 15º dia do mês hebraico de Shevat é o dia designado pelo ca-
lendário judaico como o “Ano Novo das Árvores”. Nesse dia, celebramos tudo
que O Eterno nos dá através das arvores e bendizemos Seu Santo Nome.

A Profecia diz: “Exultarão nas alturas de Sião e correrão aos bens de


Adonai, ao trigo, ao mosto, ao azeite...”. (Jeremias 31:12)

A profecia diz: “Suas eiras se encherão de Trigo!” (Joel 2:23.).


Viajando por todo Israel, inclusive no deserto, poderemos
testificar o cumprimento dessa profecia, pois há campos imensos
cheios de trigo, com uma imensidade de grãos em cada pé de tri-
55
Israel - Cumprindo Profecias

go. Ontem viajando de Beer Sheva a Ashkelon, pude glorificar Ao


Eterno, vendo imensos campos de trigo e lembrando-me do que
Ele disse e que literalmente, minuciosamente, o tem cumprido!
O profeta Joel continua dizendo: “Suas eiras se encherão de
trigo, seus lagares de vinho e de azeite e comereis abundantemente
e ficareis satisfeitos e louvareis O Nome de Adonai vosso Deus que
procedeu para convosco maravilhosamente! E vós sabereis que Eu
estou no meio de Israel e que Eu Sou O Senhor vosso Deus”.
Esse texto profético fala também de um acontecimento espiri-
tual. O trigo representa o alimento espiritual, a Palavra Do Eterno sa-
ciando Seu povo. O vinho representa a alegria, o gozo, o regozijo pela
gloriosa presença de Adonai “a Shechinah” no meio de Seu povo. E
o azeite a unção De Adonai para santificação, separação para ser luz
entre as nações e fazer Seu Santo nome conhecido em toda a terra.

(Campos de trigo, prontos para a ceifa, na Galiléia)


“Plantei onde só havia deserto; Eu O Eterno assim determi-
nei e o farei cumprir”. (Ezequiel 36:36).

(tomates especiais do deserto do Negev)

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Sarah Elzeny Zayit

Israel é um País semiárido com grande parte de deserto;


apesar disso, hoje podemos contemplar grandes plantações de
flores, frutos, legumes e oliveiras no deserto.
A terra árida e a necessidade de economizar ao máximo a
pouca água existente, levou Israel a uma verdadeira revolução na
tecnologia de métodos agrícolas que contribuiu para o desenvol-
vimento de um avançado sistema de irrigação controlado por
computador. É um método de gotejamento, que dirige o fluxo de
água diretamente à raiz da planta, e somente quantidade neces-
sária. A dessalinização da água do mar, e ainda, outro meio usa-
do é de um enorme reservatório subterrâneo de água salobra no
Deserto do Negev, para o cultivo de safras tais como uma grande
variedade de tomates e frutas, de primeira qualidade, e de flores
as mais diversas. Nós semeamos, Adonai faz produzir em abun-
dância.

A PROFECIA DIZ QUE ISRAEL ENCHERIA A TERRA


COM SEUS FRUTOS. (ISAIAS 27:6)
Exportação é cumprimento dessa profecia. Uma grande
quantidade de frutos produzidos até no deserto, é destinado à
exportação aos mercados europeus e americanos, durante o in-
verno.
A pesquisa no campo do tratamento eletro-magnética da
água, para melhorar a saúde dos animais e a qualidade das colhei-
tas também vem produzindo resultados promissores. Computa-
dores projetados e construídos em Israel são amplamente utiliza-
dos na área agrícola.
Foi desenvolvida, pelo instituto de pesquisa israelense, uma
grande variedade de sementes resistentes a pragas, duráveis no ar-
mazenamento e adaptáveis a uma grande variedade de condições
climáticas, que são exportadas para Europa, Centro-America e
África do Sul.
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Israel - Cumprindo Profecias

Israel desenvolveu uma grande variedade de tomate cereja,


também as frutas cítricas Or, resistentes a doenças e sem caroços,
bem como uma variedade de uvas que produzem colheitas abun-
dantes, os melões Galia e outras tantas frutas. Tecnologias agríco-
las foram vendidas para toda Europa. Israel desenvolveu também
espécies de frutas que crescem fora das estações, como morango,
Caqui e framboesa, etc..
Israel exporta flores, frutos, legumes, sementes e tecnolo-
gia agrícola para dezenas de Países.

A PROFECIA DIZ: “DE SUAS COLINAS


EMANARÃO LEITE”
O profeta Joel (3:18) diz: “E acontecerá naquele dia, que das
montanhas brotará vinho doce e as colinas emanarão leite”. “Levá-
-los-Ei a uma Terra que emana leite e mel (Ezequiel 20:6). Disse O
Eterno: “Em herança possuireis a sua terra, e eu vo-la darei para
a possuirdes, terra que emana leite e mel: Eu sou o Senhor vosso
Deus, que vos separei de entre os povos”. (Levítico 20:24).
As vacas leiteiras de Israel são as campeãs mundiais de pro-
dução de leite. Sua produção média por cabeça é de 60 litros di-
ários. Hoje em dia, graças à criação científica, Israel eleva o nível
de seu rebanho, assim como compartilha suas conquistas neste
campo com outros países.
Crendo nessas profecias do profeta Joel e Ezequiel, um
grupo de jovens em 1957, membros do movimento Nahal, criou
o kibutz Yotvata, no Deserto do Aravah, para criação de gado
leiteiro e que hoje cobre 60% de todo consumo de leite de Israel
e também uma grande plantação e produção de tâmaras (o mel
da terra). O nome Yotvat (em português “Jotba”) é mencionado
na Bíblia, em Deuteronômio, capítulo 10:7, foi uma das estações
do povo de Israel no deserto, em sua peregrinação do Egito para
Canaã.

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Sarah Elzeny Zayit

“O DESERTO FLORESCERÁ!” ADONAI FALOU


PELO PROFETA:
“O deserto e os lugares secos se alegrarão disto; e o ermo flo-
rescerá como a rosa” “Abundantemente florescerá”. (Isaias 35:1 e 2).

(flores em meio às pedras)


“Te farei florescer”. (Ezequiel 36:8).
Todos os anos na primavera, após as chuvas do inverno, o
deserto florece por si mesmo. Flores delicadas como a orquídea,
ciclâmen, íris, açafrão da primavera, tulipas e papoulas florescem
transformando o deserto em um jardim ao longo de uma fina e
delicada grama. Além do florescimento natural da primavera há
hoje grandes plantações no deserto.

(flores como um rio, no Deserto de Negev)


59
David Ben-Gurion, Primeiro Ministro sendo um dos funda-
dores do Estado de Israel, acreditava nas profecias e por isso creu
que o deserto do Negev representava o futuro de Israel. Ele tinha
um sonho e costumava dizer: “É no Negev que serão testados a
criatividade e o vigor pioneiro de Israel”. “O Velho” - como era ca-
rinhosamente chamado por seus seguidores, sempre acreditou que
com determinação e trabalho, crendo na profecia, o deserto flores-
ceria. Assim, em 1947 e 1948, quando nos fóruns internacionais
as fronteiras dos futuros Estados - um judeu e um árabe - estavam
sendo discutidas pelos diplomatas, Ben-Gurion insistiu para que
o Negev fosse parte da nova nação judaica. Nunca quis abrir mão
dessa faixa desértica de terra, pois sabia que a área seria importante
para o desenvolvimento do recém- formado Estado de Israel. Ele
tinha visão profética e cria que o deserto poderia ser cultivado e
transformado em um lugar onde os judeus poderiam se estabelecer
e prosperar. Mais de 50 anos depois, sua visão se realizou. Ele pas-
sou seus últimos anos no deserto do Negev, vendo-o florecer.
“Semeá-la-eis para mim na Terra” (Oséias 2:22-23). Seme-
amos para O Eterno, na terra Dele.
Israel é hoje o terceiro maior exportador de flores do mun-
do e a maior parte é cultivada no deserto. A tecnologia de estufas
buscando o aperfeiçoamento da produção agrícola tornou possível
o Cultivo de mais de três milhões de rosas por hectare por estação.
O Deserto de Negev, no ao sul de Israel, estende-se uma
região semi-árida onde, apesar da escassez de recursos hídricos
e solos férteis, surgem modernos centros urbanos e se desenvol-
ve uma das mais avançadas agriculturas do mundo. Nesse lugar,
segundo Ben Gurion, a criatividade israelense encontraria seu
maior desafio. Assim, o Deserto de Negev está se tornando um
dos celeiros agrícolas de Israel e berço de inúmeras inovações
nessa área.
Adonai cumprindo o que disse pelos Seus profetas: “Plan-
tarei no Deserto o cedro, a arvore de sita, e a murta, e a oliveira;
60
Sarah Elzeny Zayit

conjuntamente porei no ermo a faia, o olmeiro e o álamo. Para que


todos vejam e saibam e considerem, e juntamente entendam que a
mão de Adonai fez isto e O Santo de Israel o criou”. (Isaias 41:19
e 20) Temos prova real e concreta de como Deus cumpre lite-
ralmente o que diz. Há bem poucos anos atrás, não se podia ver
nada senão areia e pedra nesse deserto. Cumprindo a profecia,
hoje vemos quilômetros e quilômetros do deserto de Negev com
imensas plantações de trigo, frutas, flores, tomates, melões, aba-
cates, tâmaras, oliveiras, etc.

PRIMAVERA EM ISRAEL.
Além das flores que nascem naturalmente depois da esta-
ção das chuvas, há também, muita plantação de flores e frutos.
No momento em que estou escrevendo este capitulo, é primavera
aqui, o inverno terminou com muita chuva e neve, e agora o sol
brilha com tal intensidade, que é quase impossível não usar ócu-
los de sol.
Tudo aqui está coberto de flores: os campos, os quintais, as
dunas da praia, entre as pedras, nas frestas de calçadas, nos can-
teiros das avenidas, nos terrenos baldios, nos montes, nos bos-
ques; não existe lugar que não tenha flor, em todo Estado de Is-
rael. Existem em Israel, as mais variadas espécies de flores. Creio
que só no Éden, seria possível existir mais flores.
Enquanto escrevo posso ver uma imensidade de flores; vo-
zes de pássaros cantando; figueiras já com seus figuinhos, e videi-
ras em flor, exalando seu delicioso aroma. Acredito estar vendo o
quadro exatamente do contexto de Cantares de Salomão (2:10 a
13) que diz: “O meu Amado (O Eterno) fala e me diz: Levanta-te,
amiga minha, formosa minha, e vem! Porque eis que passou o in-
verno; a chuva cessou e se foi. Aparecem as flores na terra, o tempo
de cantar chega, (também alusivo a Jerusalém que estava deserta e
assolada, porém volta a florir e o tempo de dançar e cantar chegou)
e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira já deu seus figui-
61
Israel - Cumprindo Profecias

nhos, e as vides em flor, exalam seu perfume. Levanta-te, amiga


minha, formosa minha, e vem!”.
Já o inverno tão bem figurado nesse texto e tão bem compre-
endido aqui. Fala de nosso momento de luta e de provação. Mo-
mento de solidão, mas que nos leva a estar a sós com O Eterno e
Nele somos edificados. Então de repente Ele nos chama a sair com
Ele porque passou o inverno, passou o momento de prova; e sol
brilha, é chegada a primavera; é momento de desfrutar das delicias
da vitória com O Eterno Amado de nossa Alma. O Inverno foi só
um momento, agora é tempo de cantar! Porque as promessas De
Adonai são cumpridas e as vemos, as sentimos, as tocamos; e ja-
mais falharão, tudo se cumprirá porque a voz Do Eterno disse: “Eu
velo pela minha Palavra em cumprir”. (Jeremias 1: 12).

“O tempo de cantar chegou” (Cantares 2:12)


“Então a virgem se alegrará na dança e também os man-
cebos e velhos; e tornarei seu pranto em alegria e sua tristeza em
regozijo”
A profecia diz: “oh virgem de Israel”! Ainda serás adornada
e sairás com o coro dos que dançam! (Jeremias 31:4 e 13)
“Irrompe em altos cânticos de gozo, oh habitante de Sião;
porque imensa é a grandeza Do Santíssimo de Israel no meio de
ti”. (Isaias 12:6)

62
Sarah Elzeny Zayit

A cada festa bíblica, o povo de Israel, juntamente com mi-


lhares de judeus e cristãos do mundo inteiro, continuam cantan-
do, dançando e se alegrando em Deus, nas ruas de Jerusalém,
cumprindo a Palavra profética: “E será a casa de Judá gozo, ale-
gria e festividades solenes” (Zacarias 8:19)

TERRA COMO O ÉDEN


A profecia diz: “O deserto será como o Édem”. “O Senhor
consolará a Sião; consolará a todos os seus lugares assolados, e
fará o seu deserto como o Edem...” (Isaias 51:3).

Jardim do Tumulo de Yeshuah onde cristãos evangélicos, do mundo todo, realizam


cultos e celebram Santa Ceia. Entrar nesse tumulo e vê-lo vazio, nos da uma tre-
menda sensação de vitória.
Em Janeiro de 1996, havia uma quantidade enorme de tu-
ristas em Israel e eu estava em Jerusalém, no Jardim da Tumba de
Yeshuah (Jesus). É um jardim lindíssimo, muito florido. (Para re-
frescar a memória) era o jardim particular de um homem rico,
Jose de Arimatéia.
Participávamos de uma ceia e ouvíamos de todos os lados,
sons de musicas e de adoração a Adonai em muitos idiomas, pois
ali ha sempre grupos de vários países. Havia negros da África
do Sul, amarelos da Coréia do Sul, brancos do Canadá, Filipi-
nas, USA, pardos e outros do Brasil. Havia gente das Américas,
da Ásia, da África, gente do Ocidente e do Oriente; cumprindo a

63
Israel - Cumprindo Profecias

profecia de Zacarias (8:22) que diz: “Muitos povos virão a Jeru-


salém, buscar O Senhor dos exércitos”. Estávamos embebidos de
uma visão pré-celestial.

Lembrávamos-nos da visão do Apocalipse, onde de todas as


tribos, línguas e nações estarão diante do trono de Deus, em ado-
ração. Nesse clima delicioso, nossos amigos diziam: “temos a im-
pressão de estar no paraíso, no Jardim do Édem!”. Nesse momento
eu me lembrei dessa profecia: “E dirão: esta terra (antes) assolada
ficou como o Jardim do Édem”. (Ezequiel. 36:34). Então meus olhos
se encheram de lágrimas e minha boca de louvor, minha alma de
adoração a Aquele que fala e cumpre! Realmente a Bíblia, a Palavra
de Adonai é verdade! E isso é só o preâmbulo do que realmente
será no Reino Universal de Deus com O Mashiach (Messias) Hale-
luia! Jeremias 31:12 diz; “E serás como um jardim regado”.

“OS CÉUS DARÃO ORVALHO...” DIZ A PROFECIA!


“A semente prosperará, e a vide dará o seu fruto, e a terra
dará a sua novidade, e os céus darão orvalho; e farei que o resto
deste Povo herde tudo isto”. (Zacarias 8:12)
Em Israel não chove por aproximadamente oito meses, nem
sequer uma gota de chuva. Mas como no princípio quando Deus
64
Sarah Elzeny Zayit

criou o mundo havia um grosso orvalho que cobria a terra, Ado-


nai faz isso hoje com Israel, cumprindo essa promessa. Todas as
manhãs de estio, um grosso orvalho cobre a terra. Como Ele fazia
em volta do arraial dos hebreus no deserto (Êxodo 16:13).
Encanta-me o texto bíblico de Oséias (14:5-6) que Diz que
O Eterno Bendito seja Ele, será como orvalho para Israel, que
florescerá como o lírio, e fará crescer o trigo e florescer a oliveira.
Adonai é o nosso orvalho!.

A profecia de Jeremias (31:12) diz; “E correrão aos bens de


Adonai: ao trigo, ao mosto, ao azeite, aos cordeiros, e aos bezerros
e sua alma será como um jardim regado”. Ezequiel (36:8 e 9) “ó
montes de Israel... sereis lavrados e semeados”. “Vós ó montanhas
de Israel, vos farei florescer vossos ramos e produzireis frutos para
o Meu povo”. (Ezequiel 36:8).

CIDADES NO DESERTO: A profecia diz (Isaias 49:19)


Há hoje em Israel muitas cidades no meio do deserto, entre
elas, Beer Shevah que é o lugar onde Abraão (Avraham) ordenha-
65
Israel - Cumprindo Profecias

va suas cabras. Onde ele plantou um jardim de arvores frutíferas


e adorou Ao Eterno. Lugar onde habitava quando Adonai lhe pe-
diu o seu filho Ytzaque em sacrifício. (Gênesis 21 e 22). Foi onde
Abraão (Avraham) em um concerto com Abimeleque separou
sete cordeiras e cavou mais um poço, daí o nome: “Beer” (poço);
“sheva” (sete) (Gênesis 21:29 a 31).

Foi também o local onde O Eterno reafirmou a Isaque a


promessa feita a Abraão seu pai, e ali ele edificou um altar A Ado-
nai (Gênesis 26:23 a 25). Hoje é uma linda e moderna cidade no
coração do deserto de Neguev, com importantes Universidades.
Uma das mais importantes do País ostenta o nome do Ex-Primei-
ro Ministro “Ben-Gurion do Neguev”, além de importantes insti-
tuições de pesquisa agrícola: Como o Centro de Pesquisas Guilat,
que desenvolve importante tecnologia para suprir às necessidades
dos agricultores da região.
O Deserto de Neguev representa mais de 60% do território
israelense e abriga 10% da população do país. A região possui
grandes centros urbanos como Arad, Beer Sheva, Eilat e outros.
Possui cerca de 13 mil quilômetros quadrados. Essa região tem a
forma de um triângulo invertido, cuja fronteira ocidental é contí-

66
Sarah Elzeny Zayit

gua à desértica Península do Sinai, e, a oriental, ao Wadi Aravah,


que faz fronteira com a Jordânia. Deserto onde Moises construiu
o Tabernáculo e onde estavam as minas de cobre do Rei Salomão.
Durante séculos a área foi habitada apenas por beduínos (nôma-
des, filhos do deserto) muitos deles, foram trocando seu estilo de
vida nômade pelo assentamento em vilarejos. Ao final do deserto
do Neguev, no extremo sul de Israel, está a cidade de Eilat que
é um moderníssimo Balneário, um dos principais do país, com
um aquário e um observatório submarino no Mar Vermelho, com
uma imensa diversidade de corais e peixes, visitados e admirados
por turistas de todo o mundo
Nos tempos bíblicos, Eilat foi o Porto, por onde a rainha de
Sabá chegou para visitar Salomão, e por onde eram trazidos obje-
tos para a construção do Templo, inclusive o ouro de Ofir Hoje
uma belíssima cidade que recebe milhares de turistas de todo o
mundo. Mesclando a singularidade do deserto e a beleza do Mar
vermelho, Eilat atrai turistas, principalmente do hemisfério norte,
quando as baixas temperaturas, a neve leva especialmente os eu-
ropeus a buscarem opções mais quentes.

(Eilat - Mar vermelho)

67
Israel - Cumprindo Profecias

NOTA: O nome “Mar Vermelho” é por causa das sombras refleti-


das em suas águas, causadas pelas montanhas de calcário que mudam
de cor conforme a claridade e o por do sol, que se torna avermelhada ao
entardecer, em uma determinada época.

RIOS NO DESERTO. (Isaias 41:18)


Por ocasião do inverno duran-
te alguns dias por ano, há chuva no
deserto, e uma grande quantidade
de águas correm por ele, montanhas
abaixo, como se fossem grandes rios.
Por isso a profecia diz “no inverno e
no estio se fará isso”. Porque quan-
do se implantar O Reino de Adonai
na terra, esses rios existirão sempre,
não apenas no inverno. “O Senhor
teu Deus te coloca numa boa terra,
terra de ribeiros de águas, de fontes e
de abismos que saem dos vales e das
montanhas”. (Deuteronômio 8:8).
Rio de inverno no deserto da “Fontes de águas em lugares se
Judéia
cos e rios no deserto”.
Adonai falou pelo profeta Isaias acerca disso: “Abrirei rios
em lugares altos..., e tornarei o deserto em tangues de águas, e a
terra seca em mananciais. (Isaias 41:18)”.
Quem nunca andou por um deserto não é capaz de imagi-
nar o verdadeiro valor dessa promessa de rios no deserto. Imagine
como se sente uma pessoa, andando o dia todo sob um sol causti-
cante e vendo só areia ou pedra, num calor esbaforido, sem nem
uma gota de água ou um arbusto pra uma pequena sombra. Pri-
meiro sente a boca secar, depois a língua, depois a garganta e depois
seu corpo todo sente tamanha sequidão, dando a impressão de que
até os ossos estão secos. A pessoa sente febre, por causa do calor
intenso e exposição constante ao sol e por causa da febre ele tem va-
68
riações em sua mente e vê oásis (fonte de água no deserto) então ele
junta todas as forças que lhe restam e chega até lá, porém é apenas
fruto da imaginação, porque só existe areia ou pedra e nada mais.
Nesse momento não lhe resta mais esperança e só lhe resta a morte.
Foi conhecendo extremamente esse contexto, vivendo na
região desértica do oriente, que o salmista escreveu:
“... minha alma tem sede de Ti oh Deus!”. Não é apenas sede,
mas é desespero por viver. Em outras palavras diria: “Dá-me Tua
presença ou morro!”.
Há alguns anos atrás estávamos fazendo um curso turismo
em Israel e, como alunos, tivemos que subir montanhas e cami-
nhar no deserto por varias horas; a água que eu levara não foi
suficiente e acabou no meio do percurso, então pude entender,
em partes, o que realmente esse texto bíblico quer dizer; É muito
mais que sede, é angustia de alma, e desespero pela necessidade
de viver! “Como o cervo que anseia pela fonte das águas, assim
minha alma suspira por Ti oh Deus!”. (Salmo 42:1). “Como o cer-
vo angustia-se pela fonte de águas, assim minha alma desespera-
damente anseia por Ti Oh Deus”.
Em Israel Adonai tem transformado o deserto em terra fértil!
Ele é Deus!. Muitas vezes nos sentimos como uma pessoa no deser-
to, embora em meio uma multidão de pessoas, nossa alma se acha
solitária e nos temos sede de Deus. Já buscamos em tantos lugares,
já batemos em tantas portas, e a sede de nossa alma só aumentou.
Porém a Palavra de Deus é que “Ele coloca fontes de águas no de-
serto e rios em lugares secos!” Ele esta fazendo isso com a Terra de
Israel e quer fazer isso também na terra de nosso coração. “E vós
com alegria tirareis águas das fontes da salvação”. (Isaias 12:3 e 4).

“DEPENDERÁS DA ÁGUA DAS CHUVAS PARA VIVER”


(Deuteronômio 11:11-12).
Esta terra não tem grandes rios e abundantes como no Bra-
sil. Dependemos das chuvas e da neve para termos água. Aqui se
69
Israel - Cumprindo Profecias

aprende a depender de Adonai para viver. Somos como um barco


à deriva, mas sentimos que o vento que nos leva e impulsiona é
o vento do Espírito de Deus. Vivemos na pratica o que ouvimos
durante anos. “Aquele que é guiado pelo Espírito”. Em todos os
sentidos.
O povo de Deus, na saída do Egito, quando estava no De-
serto de Tzin e não havia água para eles; e apareceu a gloria do
Eterno a eles e Adonai falou a Moises: “... tirareis águas da rocha e
dareis de beber ‘a congregação e aos animais” e Moises feriu a ro-
cha e jorrou água no deserto. E O Eterno diz: “Os aflitos e neces-
sitados buscam águas e não as encontram, e sua língua se seca de
sede; mas Eu O Senhor os ouvirei e tornarei o deserto em tanques
de águas e a terra seca em mananciais... para que todos saibam
que a mão De Adonai fez isso” (Isaias 41:17 e 20). “Então os coxos
saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará: porque águas
arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo” (Isaias 35:6).
Rio Do Eterno. Há algum tempo atrás estivemos em Jeru-
salém, por duas semanas, em um seminário ministrado por um
conferencista de oitenta e quatro anos de idade, B.H.Clendennem.
Sentíamos que o rio de Adonai passava por nós. Foi um mover tão
grande de Deus, que era como uma cachoeira do Espírito que nos
inundava. Não podíamos nos conter diante do transbordar Do
Eterno em nossas vidas. O Espírito Santo nos envolveu com Sua
presença a tal ponto que não queríamos falar de outra coisa, não
queríamos pensar em outra coisa, “não queríamos querer outra
coisa”. É a unção, a comunhão, tão doce e ao mesmo tempo tão
forte e tão profunda, que nos impulsiona, nos move e nos domi-
na. Só conseguimos dizer: Te quero, Adonai, mais que tudo! E nos
prostramos em adoração no mais profundo e inigualável amor!
Creio que haverá um grande mover Do Espírito nos últimos
dias. Esse mover começará em Jerusalém como no dia de Pente-
costes e se espalhará e inundará toda terra. “E toda a terra se en-
chera do conhecimento da gloria Do Eterno, como as águas cobrem
70
Sarah Elzeny Zayit

o mar”. “Naquele dia acontecerá que correrão de Jerusalém águas


vivas... Adonai será Rei sobre toda a terra; naquele dia um será O
Senhor e um será O Seu Nome”. (Zacarias 14:8). Não nos satisfa-
çamos com gotas apenas, quando Adonai tem rios do Seu Espírito
para nós. Podemos entender o que diz a Palavra do Eterno: “Rios
de águas correm do seu interior”. (João 7:38).
Primeiro O rio de Deus passa por nos e nos lava e nos limpa
e nos santifica e depois nos enche, inunda nosso espírito alma e
corpo de tal modo que se unifica, a tal ponto de que não existe
mais o desejo da carne ou sentimentos da alma, mas apenas o es-
pírito vence e se torna um como, O Pai e O Filho são Um. E então
brota de nosso interior uma fonte, “rios correm do seu interior”
Rios de comunhão, de exaltação, de adoração. É o transbordar
de Deus. “O que o olho não viu, o ouvido não ouviu e nem subiu
ao coração do homem, são as coisas que Deus preparou para os
que o amam” Aleluia! Na visão do profeta Ezequiel (47:1) saíam
águas debaixo do altar. E subiam pelos artelhos, pelos joelhos e
pelos lombos, até que se formou um ribeiro de águas profundas.
Nunca podemos pensar que já alcançamos tudo, porque
Adonai é infinito. Ele sempre tem mais, e quanto mais O alcan-
çamos, mais essa fonte jorra; mais Ele tem pra dar. É uma fonte
inesgotável. O Rei Davi disse no Salmo 65:9, que O Eterno nos
enriquece grandemente com Seu Rio e o Rio de Deus está cheio
de água. Sempre tem pra dar! Caminhemos com O Nosso Amado
pela chuva Do Espirito! Haleluia! “Quando mais... mais!”. “Le-
vanta-te e resplandece, porque já vem a tua luz e a gloria do Senhor
vai nascendo sobre ti” (Isaías 60:1).
Deus quer tornar nossa vida em um manancial de águas, e
essa é Sua promessa: “E Adonai te guiara continuamente, e farta-
rá a tua alma em lugares secos e fortificará os teus ossos, e serás
como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nun-
ca faltam... então te deleitaras No Eterno!” (Isaias 58:11 e 14).
Adonai quer fazer de nossa vida também, uma fonte, cujas
71
Israel - Cumprindo Profecias

águas nunca faltem; e sendo uma fonte que jorra poderá abençoar
a vida de todos que nos cercam! E o Rio de Adonai passará por
toda a terra. O ponteiro do relógio Do Eterno está se aproximan-
do da meia noite. “E O Espírito e a esposa dizem: VEM!”.

A PROFECIA DIZ: “Os peixes serão em grandes varieda-


des”. (Ezequiel 47:10).

(EILAT, observatório submarino no Mar Vermelho)

Além da grande variedade natural de peixes no Mar Medi-


terrâneo, Mar da Galiléia, e Rio Jordão, há também piscicultura
em Israel feita em mar aberto com gaiolas submersas, assim como
também em reservatórios e lagos artificiais. Devido à carência de
água potável, os piscicultores usam um sistema fechado de águas
para criação intensiva. Alguns projetos também usam reservató-
rios de água para irrigação.
Existe uma grande variedade de peixes ornamentais, in-
cluindo peixes de águas frias, peixes tropicais e cultivo de plantas
marinhas e lírios aquáticos, que são exportados para o mundo
todo, especialmente para a Europa.

A PROMESSA É: “TERRA CUJAS PEDRAS SÃO DE


FERRO E DOS MONTES CAVARÁS O COBRE”. (Deute-
ronômio 8:9).

72
Sarah Elzeny Zayit

Colunas de Salomão em Timna e minas de cobre do Rei Salomão.

A Palavra do Eterno é que nos daria uma terra que dos


montes tiraríamos o cobre. No Deserto do Negev a poucos quilô-
metros de Eilat onde eram as Minas do rei Salomão, de onde ele
tirou cobre para a construção do Templo e dos objetos sagrados,
até hoje há extração de cobre nesse lugar.

A PROFECIA DIZ: CIDADES REEDIFICADAS


EM SEUS PRÓPRIOS LUGARES.
“Regressa ó virgem de Israel a estas tuas cidades”, diz a pro-
fecia. (Jeremias 32:21)
“Ainda te edificarei, diz Adonai” “E as cidades (de Israel)
serão habitadas e nos seus próprios lugares”. (Jeremias 31:24)“
O Eterno falou através do profeta Jeremias (31:4-7): “Ainda
te edificarei e serás edificada, oh virgem de Israel!.... Ainda planta-
rás vinha sobre os Montes de Samaria”.(Zacarias14:20- 21).
“Farei com que as cidades voltem a ser habitadas e se edifiquem
novamente nos lugares que ficaram desertos”. “Edificarei os lugares as-
solados; Eu O Senhor determinei e farei cumprir”. (Ezequiel36: 33,35-36):
Conforme as profecias, as cidades em Israel foram recons-
truídas em seus próprios lugares. As cidades vão reerguendo-se e
estabelecendo-se no lugar bíblico.
73
Israel - Cumprindo Profecias

APENAS ALGUNS EXEMPLOS DAS DEZENAS DE


CIDADES RECONSTRUÍDAS:
Jope (Yafo);

Cidade bíblica. Porto marítimo onde Jonas tomou o navio


para Tarsis; e por onde chegaram as madeiras do Líbano, para cons-
trução do Templo de Salomão. Também viveu Dorcas (mulher rica
em caridade, que foi ressuscitada por Pedro o apostolo); casa de
Simão curtidor, onde se hospedou Pedro, quando teve a visão do
lençol cheio de répteis, que figurava os gentios, porque até então
Pedro não aceitava que o evangelho fosse além dos judeus.

Tiberíades.

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Sarah Elzeny Zayit

Onde o antigo se mescla com o moderno. Cidade constru-


ída por Herodes Antipas (João 6:1 a 23). Seu nome era em honra
ao imperador Tibério. Situada as margens das águas azuis e crista-
linas do (Kineret), Mar da Galiléia, sendo uma das quatro cidades
sagradas do judaísmo. (Tiberíades, Jerusalém, Hebron e Safed que
é um dos principais locais de peregrinação judaica, chamados de
“Ir hacodesh” cidade santa).
Tiberíades é a Capital da Galiléia – centro espiritual importan-
te desde a queda de Jerusalém e a destruição do Segundo Templo.

Sfad. (Sfat)

Cidade referida por Yeshuah (Jesus) quando disse que não


se pode esconder uma cidade edificada sobre o monte. Ela fica no
topo de uma das mais altas colinas na região da Galiléia e pode ser
avistada do Mar da Galiléia. Lugar onde sempre (desde os tempos
bíblicos até hoje) houve estudo minucioso e interruptivel da To-
rah. Escolas bíblicas “Yeshivah”.

Nazaré

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Israel - Cumprindo Profecias

Cidade onde o anjo anunciou a Maria o nascimento de Yeshuah


e onde Ele foi criado. Também ai estava a carpintaria de Jose.

Ashkelon.

Situada às margens do Mar Mediterrâneo é uma das cidades


onde viveram os filisteus. Sansão derrubou as colunas do templo de
Dagon. (Juízes 16).Os filisteus roubaram a Arca da Aliança Do Deus
de Israel e levaram-na diante de seu deus Dagon. Na manhã seguinte
o deus Dagon amanheceu no chão, com o rosto em terra diante da
Arca de Adonai. Eles levantaram o ídolo no seu lugar; e na manhã se-
guinte encontraram-no novamente estendido no chão com a cabeça e
mãos desprendidas do corpo, sobrando apenas o tronco. (Juízes 1:1, 5).
Ashkelon hoje é uma cidade moderna turística e que con-
serva as marcas da historia bíblica.

Beit Shean.

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Sarah Elzeny Zayit

Cidade de Issacar e Manasses, reconstruída pelos romanos,


nos tempos de Yeshuah. Hoje existe a moderna cidade de Beit
Shean ao lado das ruínas da antiga cidade romana. Milhares de
achados arqueológicos vêm confirmar a veracidade dos fatos des-
critos na Bíblia.

Haifa

Cidade junto ao Monte Carmelo, onde o profeta Elias, des-


fiando os falsos profetas de Baal, fez descer fogo dos céus e con-
sumir o holocausto.
Haifa hoje é uma linda e próspera cidade Possui várias Uni-
versidades e Centros de pesquisa Cientifica.

“EU OS MULTIPLICAREI, DIZ ADONAI”


(Ezequiel 37:26).
“Vos multiplicarei para que cresçam, e farei com que sejais
habitadas como antes, e que prosperem mais que no passado, e as-
sim sabereis que Eu Sou O Eterno”. (Ezequiel 36:10 e 11). “Assim
diz Adonai dos Exércitos: as minhas cidades ainda aumentarão e
prosperarão” (Zacarias 1:17).

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Israel - Cumprindo Profecias

Tel Aviv.

Conhecida como a ‘Cidade Branca’, é um rico exemplar de


arquitetura moderna. Tem a maior concentração do mundo de
prédios no estilo “moderno internacional”, mais conhecido como
“Bauhaus”. A famosa faculdade alemã que praticava a racionali-
dade e o funcionalismo na arquitetura encontrou em Tel Aviv seu
lugar adequado. Israel hoje possui as cidades e as edificações mais
modernas do mundo. (Como Tókio e New York).

“Apertada de moradores” “Porque nos desertos, e nos teus


lugares solitários, e na tua terra destruída, te verás agora aperta-
da de moradores...” (Isaias 49:19). “... e as cidades antes destruí-
das, estão fortalecidas e habitadas”.

Jerusalém

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Sarah Elzeny Zayit

Jerusalém e outras tantas cidades foram abandonadas e as-


soladas por muitos anos, ficaram como deserto; hoje grandes e
lindas cidades, floridas e apertadas de moradores, cumprindo as
profecias bíblicas. E como já mencionamos, elas foram construí-
das em seus próprios lugares, dos tempos bíblicos. “Judá habitará
em todas as suas cidades” (Jeremias 31:24).
“E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas e
nelas brincarão” diz o profeta.” (Zacarias 8:5).
“Como o rebanho santificado, como o rebanho de Jerusalém
nas suas solenidades, assim as cidades desertas e encherão de famí-
lias; e saberão que Eu Sou O Senhor!”. Aleluia!

*nota: É impressionante, a quantidade de gêmeos que nascem em


Israel, principalmente em Jerusalém, e entre judeus ortodoxos, (os mais
zelosos das Leis de Adonai).

VOZ DO NOIVO E VOZ DA NOIVA


A profecia diz: “Se ouvirá a voz do noivo e a voz da noiva”.
“Assim diz O Senhor: Neste lugar de que vós dizeis que está
deserto... Nas ruas de Jerusalém... ainda se ouvirá a voz do gozo,
a voz da alegria, a voz do noivo, a voz da noiva e a voz dos que
dizem: Louvai ao Senhor dos Exércitos, porque bom é O Senhor,
porque a sua benignidade é para sempre”. (Jeremias 33:10 e 110).

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Israel - Cumprindo Profecias

Hoje podemos ver nas ruas de Jerusalém, noivos passeando,


pois esse é um costume no oriente; os noivos saem passear pelas
ruas e praças da cidade. Mas essa também é uma figura do Messias
de Israel e Seu povo, quando Ele se assentar no trono de David
para reinar sobre toda a terra, como Profetizou Isaias: “Quando
Adonai reinar no Monte Sião em Jerusalém” (Isaias 24:23). En-
tão se ouvira a voz do noivo (O Messias) A voz da noiva (O Seu
povo); e gozo, e júbilo!
É comum nos sentirmos angustiados por que ainda não rece-
bemos o que nos foi prometido por Deus, porém temos a confiança
de que Ele não tarda e não falha, Ele faz tudo no tempo exato. Nós
é que não entendemos que ainda não estamos prontos para rece-
ber a resposta. Somos para Deus como crianças para seus pais. Se
seu filho de dois anos de idade lhe pedir uma tesoura, com certeza
não lhe dará; porém se seu filho de quinze anos lhe pedir a mesma
tesoura, com certeza lhe dará. Por quê? Será que você ama mais o
que tem quinze anos? Claro que não. Assim como pai ou mãe co-
nhecem as limitações dos filhos, O Eterno dar-nos-á aquilo que nos
for benéfico, no momento certo que nos fará bem.
Adonai, com incondicional amor e imenso carinho, nos
toma no colo quando não estamos em condições de caminhar so-
zinhos, e nos segura pela mão, quando precisamos de direção. Ele
não está alheio a nossa situação. O Salmo 113 diz que Ele habita
nas alturas e que se curva para ver o que está acontecendo nos
céus e na terra e faz com que a mulher estéril habite em família e
seja alegre mãe de filhos. Ele é O Deus dos impossíveis, e cumpri-
rá tudo o que prometeu.
O Eterno disse que em Jerusalém, que dantes estava assolada,
nela voltaríamos a ouvir a voz do noivo e da noiva, nisso constata-
mos que Ele cumpre literalmente o que diz. Portanto, se O Eterno
falou, segure a Palavra Dele, mesmo que as circunstancias pareçam
adversas; Firme-se nas promessas do Todo Poderoso Deus, e não
nas aparentes circunstancias. Tome posse pela fé do que Ele disse e
80
Sarah Elzeny Zayit

seja mais que vencedor, porque, fiel é Deus. Usufruamos, portanto,


de tudo que Ele preparou para nossa alegria, antes da fundação do
mundo, porque já fazíamos parte do projeto Do Criador.
O apostolo Paulo (Rabino Shaul) escreveu aos Efésios, no
capitulo primeiro, que Adonai nos elegeu antes da fundação do
mundo e nos predestinou para filhos de adoção por Yeshuah Há
Mashiach (Jesus O Messias), para o louvor e gloria de Sua graça,
pela qual nos fez agradáveis a Si mesmo. Nele, em quem temos a
redenção (fomos comprados) e a remissão dos pecados (foi pago
o preço de nossa culpa). Não devemos mais nada, e por isso o
inimigo não tem poder sobre nossa vida e não nos pode acusar.
Somos vencedores!

A PORTA FECHADA.
A profecia diz: “Esta porta estará fechada e ninguém entrará
por ela porque O Senhor Deus de Israel entrou por ela” (Ezequiel
44:2)

A Porta Dourada por onde deve entrar O Messias “Mashiach


de Israel”, no muro oriental da cidade velha de Jerusalém é vista
81
do Jardim Getsêmani, no Monte das Oliveiras, quando olhamos
em direção ao Monte do Templo. O Messias, quando voltar, des-
cerá no Monte das Oliveiras (Zacarias 14:4) e atravessará o Vale
do Cedrom (kedron) e entrará na Porta Dourada ao Monte do
Templo, exatamente como fazia Yeshuah há dois mil anos atrás.
Essa porta dava entrada ao Santuário Do Eterno.
Jerusalém possui oito portas. Essa porta que está em frente
ao Monte das Oliveiras (somente essa) está fechada com pedras.
Segundo a tradição judaica O Messias (HáMachiach) entrará por
ela, para cumprir a profecia de Ezequiel que diz que a gloria Do
Eterno entrará no templo pela porta oriental (Ezequiel 43:1-5).
Quando os turcos otomanos tomaram o poder em Jeru-
salém, no ano de 1517, sabendo dessa tradição judaica, e tendo
ciência dessa profecia bíblica, quanto à vinda do Messias judeu
à Jerusalém, de onde Ele reinará sobre as nações, temendo o cum-
primento dessa profecia, eles fecharam a porta e a lacraram com
grandes pedras; não sabendo que estavam justamente cumprindo
outra profecia, de Ezequiel (44:2) que diz: “Esta porta estará fe-
chada... porque O Senhor Deus de Israel entrou por ela”.
No Brit Hadashah (Novo Testamento) está escrito: “Trouxe-
ram a jumenta e fizerem-no (Yeshuah) assentar em cima e a multi-
dão clamava dizendo: Bendito é Aquele que vem em Nome Do Se-
nhor”. “Baruch Rabá Shem Adonai” Hozanas Ao Filho de David! E
entrando Ele (Yeshuah) em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou,
dizendo: Quem é este?”(Mateus 21:1 a 11) Isso aconteceu para que
se cumprisse a profecia de Isaias 62:11 e Zacarias 14:4: “Eis que O
teu Rei ai te vem, manso e assentado sobre uma jumenta“.
Do Monte das Oliveiras Yeshuah ascendeu aos céus, e o anjo
disse: “assim como o viste subir Ele voltara”. Segundo profetizou
Zacarias (14:4), Ele voltará no mesmo lugar: “E naquele dia es-
tarão Seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está de fronte a
Jerusalém, para o oriente, e o Monte das oliveiras será fendido pelo
meio...”.
82
Sarah Elzeny Zayit

E essa Porta Oriental seria fechada, preservando-a para a


gloriosa e triunfal entrada Do Mashiach (Messias) Yeshuah, que
retornará pelo mesmo lugar onde passou outrora, pela Porta
Dourada.
Os muçulmanos fizeram um cemitério em frente à Porta
Oriental, pois eles sabem da “mitzvah” (mandamento judaico)
que um sacerdote não pode passar por cima de um lugar onde
esteja enterrado algum morto, pois de acordo com a Toráh (Nú-
meros 19:16) tal atitude o tornaria impuro. E como O Messias
atravessaria? O que eles não sabiam é que quando o Messias che-
gar, os mortos vão ressuscitar. Haleluia!
A Bíblia diz também, que uma fenda se abrirá no Vale do
kedron (Cedrom) entre os Montes do Templo e das Oliveiras,
quando o Messias por ali regressar (Zacarias 14:4). Os túmulos se
removerão e a Porta Dourada será aberta; e entrará O Rei da Glo-
ria! Então se dirá: “Levantai oh portas as vossas cabeças; levantai-
-vos oh portais eternos e entrará O Rei da Gloria... O Senhor Po-
deroso na Guerra; O Senhor dos Exércitos, Ele é O Rei da Gloria!”
Haleluia!
Estamos vivendo a tarde do último dia antes da vinda do
Mashiach (Messias) e haverá em breve uma revelação do Messias
ao povo judeu e um avivamento como nunca houve.

83
Israel - Cumprindo Profecias

EXPLOSÃO DE CONHECIMENTO.
A profecia diz: “A ciência se multiplicará” (Daniel :12:4)..
“Haverá sabedoria e conhecimento” (Isaias 33:6)

A criatividade israelense é conhecida no mundo. A genia-


lidade industrial dos profissionais e pesquisadores de Israel está
presente em inúmeros segmentos necessários ao cotidiano de
muitos países. Eis alguns exemplos:
A Msystems foi pioneira no desenvolvimento da memória-
-flash DiskOnKey e DiskOnChip, transformando gerenciamento
e armazenamento de informações.
A GE Healthcare Israel lançou o primeiro equipamento ta-
manho miniatura de ultra-som cardíaco portátil, do mundo.
O scanner de tomografia computadorizada Philips Brillian-
ce faz um diagnóstico abrangente do paciente, em poucos segun-
dos, nas salas de emergência, onde cada segundo é vital.
A tecnologia de compressão ZIP foi desenvolvida por dois
professores do Instituto Tecnológico - Technion de Haifa.
A pílula endoscópica com micro câmera foi lançada pela
Given Imaging, em Israel.
A ferramenta ICQ do AOL Instant Messenger foi desenvol-
vida, em 1996, por quatro jovens israelenses.
A telefonia pioneira através do protocolo IP foi lançada pela
Vocaltec de Israel.
Os microprocessadores Centrino e Pentium-4 Dotan foram
desenvolvidos pela Intel Israel.
Dois professores Israelenses do Technion ganharam o Prê-
mio Nobel de Química, em 2004. Seu trabalho de identificação
da proteína Ubiquitin é uma inovação nas pesquisas do câncer,
doenças degenerativas do cérebro e muitas outras.
A empresa israelense Lumus Optical criou os vídeos-óculo
PD-20, para assistir a TV e vídeos em qualquer lugar. As imagens

84
Sarah Elzeny Zayit

são refletidas diretamente no globo ocular pelo aparelho, preso


na armação dos óculos que podem ser usados até mesmo com
telefones celulares.
Cientistas israelenses têm feito importantes descobertas na
área de ciências medicas. A contribuição de Israel à revolução
biotecnológica ao mundo é relevante; a infra-estrutura de pes-
quisa médica e paramédica é altamente desenvolvida, o mesmo
ocorrendo com suas instalações de pesquisa no campo da bio-
-engenharia.
A medicina clínica e a pesquisa científica biomédica cons-
tituem os assuntos de mais da metade das publicações científicas
do país. O setor industrial do país vem ampliando sua atividade
neste campo, para aproveitar o vasto conhecimento existente em
Israel.
Pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências de Israel
identificaram vários genes que intervêm no processo que impede
a divisão das células, o que pode prevenir o câncer, caracterizado
pela reprodução celular sem limite. (Fonte:EFE)
Cientistas Israelenses do Technion criaram um tecido do
coração que funciona através de pilhas, enquanto os cientistas do
Instituto Weizmann encontraram uma enzima capaz de impedir
os danos de cérebro.
Dr. Shulamit Levenberg de Technion e o Professor Lior
Gepstein usaram com sucesso pilhas de haste embriã para criar
vasos de sangue dentro do tecido, que deve permitir sua incorpo-
ração no sistema vascular do coração.
Um dispositivo Israelita sem fios, controlado por compu-
tador, desenvolvido e fabricado em Israel que habilita um cami-
nhar seguro para pessoas com perna paralisada devido a der-
rame, dano cerebral, paralisia cerebral, dano na espinha dorsal
ou esclerose múltipla recebeu aprovação da US Food and Drug
Administration. (Good News From Israel). Grupo de cientistas
locais tem desenvolvido métodos para a produção de um grupo
85
Israel - Cumprindo Profecias

de proteínas eficaz contra infecções viróticas, além de produzir


um hormônio de crescimento humano. Entre as conquistas de
engenharia genética, citam-se vários estojos de diagnósticos ba-
seados em anticorpos monoclonais, assim como outros produ-
tos microbiológicos.
Equipamentos médicos altamente sofisticados foram desen-
volvidos, e comercializados em todo o mundo. Incluindo scan-
ners para tomografia computadorizada (CT), sistema de imagens
por ressonância magnética. Scanner de ultra-som, câmeras medi-
cas nucleares, lasers cirúrgicos e muitos outros.
Dois acadêmicos da Universidade de Tel Aviv, conduzidos
pelo professor Eshel Bem Jacob e o Doutor Itay Baruchi, rea-
lizaram uma revolucionaria descoberta cientifica no campo de
inteligência artificial relacionada ao tratamento do mal de Pa-
rkinson. Eles desenvolveram uma espécie de chip orgânico de
memória.
Uma outra invenção medica israelita de um robô, menor
do mundo; é utilizado para cirurgias na coluna vertebral.
Empresa israelense cria injeção indolor. O sistema ViaDerm
Drug Delivery é um aplicador indolor que não erra o alvo. Em vez
de injetar o medicamento diretamente na corrente sanguínea ou
através da camada externa da pele (epiderme), o sistema cria mi-
cro canais na epiderme que difundem o medicamento até a der-
me. E entram no sistema sanguíneo.
O aparelho é muito importante para tratamento médicos,
como da diabete que obriga o uso de aplicações diárias de inje-
ções. (Noticias de Israel 2006).
No campo de Energia. Em Israel, é notório o grande desen-
volvimento de fontes alternativas de energia, tais como a solar,
térmica e eólica, Israel é líder no campo da energia solar em todos
os níveis. Foi desenvolvido um novo receptor de alta eficiência
que recolhe a luz solar concentrada, vai ampliando o uso da ener-
gia solar também para fins industriais.
86
Sarah Elzeny Zayit

*NOTA: Depois que escrevi este capitulo (em 2007), descobertas


científicas continuam acontecendo em Israel todo tempo, pois é um dos
maiores exportadores de Tecnologia na área cientifica medica e informá-
tica e na área de produção agrícola da qual falaremos mais tarde.

ISRAEL É A TERRA DA BÍBLIA.

É impossível desassociar Israel da Bíblia e do espiritual; eles


estão de tal forma interligados, que Israel não existe sem a Palavra
Do Eterno. Quanto mais conhecemos Israel, mais podemos en-
tender a Bíblia em seu contexto. Os lugares são os mesmos e com
os mesmos nomes citados na Bíblia, cumprindo a profecia que
diz: “E saberão as nações que Eu O Senhor tenho edificado as ci-
dades destruídas, e plantado o que estava devastado, Eu O Senhor
disse e farei”. (Ezequiel 36:36).
A cada palmo que pisamos é como se estivéssemos andando
com os reis e profetas bíblicos, vendo profecias já cumpridas e se
cumprindo hoje.
O escritor de “Bibliabaytes” disse que ler as profecias bí-
blicas, é o mesmo que ler um jornal de notícias diárias de Israel
“Pode passar os céus e a terra, mas as Minhas palavras não passa-

87
Israel - Cumprindo Profecias

rão, diz O Eterno”.


Ao chegar a Israel pelo Aeroporto Bem Gurion de Tel Aviv,
você vai deparar com o texto bíblico numa parede com uma expo-
sição arqueológica, dizendo: “Bendito serás ao entrares e bendito
serás ao saíres” (Deuteronômio 28:6). Você já entra com a bênção
da Palavra De Adonai.
Ao levantar-se pela manhã, a primeira coisa que vai ouvir
de alguém é: “Shalom” “Paz” e todo o dia vai se ouvir palavras
como: “com a ajuda Do Eterno”, “se O Eterno permitir”, “Bendito
seja O Eterno nosso Deus”.
Em Israel o povo em geral se cumprimenta dizendo “Sha-
lom!”, “Paz!”; em seguida dizem: “Ma Neshimah?” “Como está
sua alma?” ou “Ma shalomchah”? (lê-se ma shalomrrah) “Como
está sua paz”?”. Ao que se responde: “Baruch HaShem” “Bendito
O Nome (Do Eterno) Ao Eterno Santo e Bendito”. Quando ques-
tionado sobre fazer algo, se responde: “Se O Eterno quiser” ou
“Com a ajuda Do Eterno, farei...” (assim diz o povo em geral e não
apenas os mais religiosos).
Em cada porta que entramos há no portal a “Mesusah” com
o Texto de Deuteronomio 6:4 “Ouve oh Israel Adonai nosso Deus
é Único Deus”
As músicas folclóricas de Israel falam da terra santa, e de tudo
que faz Adonai por Sua terra e por Seu povo e dá a Ele glória!.
Os feriados e festas comemoradas em Israel são festas bíbli-
cas. E nos feriados cívicos as autoridades veem ao publico para
ler textos das profecias bíblicas e orar agradecendo a Adonai pelo
cumprimento delas.
A história, a geografia e a arqueologia de Israel são as bíblicas.
Todo Estado de Israel nos fala de Adonai e de Yeshuah (Je-
sus). É impossível andar por qualquer parte de Israel, sem fazer
associações Bíblicas. É impossível desvencilhar Israel e o povo ju-
deu da Bíblia.

88
Sarah Elzeny Zayit

*Nota: Mencionarei apenas alguns lugares, pois necessitaríamos de


muitos livros pra falamos de cada lugar bíblico de Israel.

MAR DA GALILÉIA
Também chamado de Lago de Genezaré, Lago de Tibería-
des. Em Israel se chama Kineret (que quer dizer o que toca Harpa
ou violinista, porque ele tem o formato de uma Harpa).
Esse Lago ou Mar doce foi palco de grandes acontecimen-
tos e da maior parte do ministério de Yeshuah (Jesus). É região
de muitas fontes de águas quentes, que possuem uma riqueza
enorme de minerais curativos; E desde os tempos de Yeshuah até
hoje, essas águas são usadas medicinalmente. Por isso, nos tem-
pos Dele, milhares de pessoas vinham de todas as partes para
Galiléia, para se tratar de enfermidades; razão pela qual Yeshuah
encontrou ali tantos enfermos como pobres e necessitados para
os quais Ele veio, por isso operou uma imensidade de milagres
ao redor desse lago. Foi onde chamou a Pedro, Tiago e João para
serem seus discípulos, serem pescadores de homens; Ele andou
por sobre as águas; retirou a dracma de um peixe; efetuou a pesca
milagrosa, a multiplicação de pães e peixes e acalmou a tempesta-
de e muitos outros milagres.
Um lugar impar! Estar no Mar da Galiléia, e poder contem-
plar as maravilhas da criação de Adonai, é sempre uma emoção:
De um lado Montanhas, de um verde carregado do bosque, e uma
imensidade de flores vivas e as mais variadas margeiam o grande
lago. O sol brilha intensamente, refletido nas pedras brancas.
Do outro lado do Lago as Colinas do Golan são Montanhas de
calcário que mudam de cor conforme a claridade (desde rosa,
cinza azulada, até branca). Essas contrastam com o lindo azul das
águas que refletem a cor do céu, como um verdadeiro paraíso!

89
Quando estive na Galiléia pela primeira vez, lembro-me
como se fora hoje, fiquei impressionada com tanta beleza. Fiquei
hospedada em um hotel bem em frente o Mar da Galiléia. À noite,
da minha cama eu podia ver o mar. A paisagem noturna não era
menos impressionante que a diurna. Aos fundos as brancas coli-
nas do Golan refletiam a luz da lua sobre as águas; na margem do
mar havia lindas tamareiras que revolviam com o vento, que batia
nas águas levantando ondas fortes.
Eu estava tão emocionada, que não podia dormir, pensan-
do que Meu Senhor andou por cima daquelas águas. Era uma
noite de luar, e a luz muito clara da lua, refletia sobre as águas do
mar, dando a elas um brilho prateado, um aspecto inigualável. Eu
pensava que quando Yeshuah (Jesus) andava por cima daquelas
águas, elas deveriam brilhar muito, muito mais que aquilo, por-
que era Aquele que disse: “EU SOU a LUZ do mundo!” que anda-
va sobre as águas. Meu coração foi tomado por tamanha emoção
e meu espírito se encheu de louvor e adoração Ao Eterno, de tal
forma que eu não pude me conter na cama e tive que me levantar
para adorar meu Senhor ali naquele quarto de hotel.
Eu só queria Adorar Ao Rei meu Senhor! Seis anos antes eu
tinha sofrido um acidente. Por causa disso eu não podia me ajo-
elhar nem em cima de uma almofada, pois sentia muita dor. Mas
naquela noite, meu coração não podia conter-se. Eu disse: “Ado-
nai, quero prostrar-me e adorar-te, nem que seja por dois minu-
tos, eu suportarei a dor”. Então me ajoelhei e comecei adorá-lo. O
Espírito de Adonai encheu aquele quarto em que eu me encon-
trava. Sua presença era tão real, que aquele local foi transformado
num Mishkan Hamikdash (Tabernáculo Santo), assim eu sentia.
Minha alma foi inundada pelo Espírito de Adonai, e a ado-
ração e o louvor tomaram conta de todo o meu ser. Não senti
passar o tempo. De repente ouvi o telefone tocar.
90
Sarah Elzeny Zayit

Réplica do barco do tempo Bíblico


Despertei-me daquele êxtase espiritual e atendi ao telefone.
Era da recepção do hotel, alguém me chamando para o café, pois
já eram sete e meia da manhã.
Na presença Do Eterno, o tempo não existe. Eu estive ajoe-
lhada desde aproximadamente dez horas e trinta minutos da noi-
te, até às sete e trinta da manhã do outro dia. Nove horas haviam
se passado e eu pensava que se passaram apenas alguns minutos.
Eu estava curada. Então desci para o café e já no elevador
é que eu me lembrei de que há seis anos não podia ajoelhar-me
e pensei: Estou curada! (Porque eu não pedi por cura, eu não
pensei em cura! Eu só quis adorar Ao Eterno nosso Deus). Hale-
luia. Mais um milagre, como os milhares, operados por Yeshuah
HáMashiach (Jesus O Messias) na Galiléia
Nos tempos bíblicos. Os discípulos de Yeshuah (Jesus) es-
tavam pescando a noite no Mar da Galiléia, e o barco deles es-
tava no meio do mar e era açoitado pelas fortes ondas, porque
o vento era contrário (Com a mudança de temperatura à noite,
por causa do vento frio que vem do Hermon e o contraste com
águas de muitas fontes quentes, levantam-se ondas muito altas
ali). Yeshuah foi ter com os discípulos, os quais estavam em apuro
quando viram o Mestre andando por sobre as águas do Mar e logo
foram acalmados pela doce voz do Mestre que disse: “Sou Eu, não
tenhais medo, tende bom ânimo!”.
Se o vento nos parece contrário, é nesse momento que O Mes-

91
Israel - Cumprindo Profecias

tre aparece andando por cima das águas (dos nossos problemas) e
nos diz carinhosamente: “Sou Eu, não tenhais medo, tende bom
ânimo!”. Não importa a altura das ondas. O Mestre nos convida a
andar com Ele. Tenhamos coragem de Pedro de abandonar o barco,
descer sobre águas e andar apenas por fé, caminhar em vitória.

O MAR MORTO
É muitas vezes maior em salinidade que outros mares, por
isso as pessoas deitadas ou sentadas em suas águas, não afun-
dam. Seus cristais são lindíssimos. Não há vida nessas águas,
mas a profecia de Ezequiel (47) diz que quando brotarem as
águas debaixo do santuário, elas correrão metade para o Mar
Grande e outra metade para o Mar oriental (mar Morto), e essas
águas sararão e terão grande quantidade de peixes como no Mar
Grande.
A profecia diz ainda, que quando essa torrente, esse rio, che-
gar até ao Mar pequeno, (Mar Morto), ele terá em suas margens
arvores frutíferas, de toda espécie e cujos frutos não cessarão; to-
dos os meses terão frutos novos; e suas folhas jamais murcharão
e servirão de remédio para cura; porque essas árvores serão rega-
das com as águas que saem do Santuário! (Ezequiel 47:1, 8-12)
(Zacarias14: 8).
O profeta Joel (3:18) diz: “E acontecerá naquele dia, que to-
dos os rios de Judá transbordarão de águas; e sairá um manancial
Da Casa Do Eterno, que regará o vale de Shitim”. Foto da caverna
descoberta há pouco tempo em Jerusalém.
92
Sarah Elzeny Zayit

O jornal “Haaretz” de Jerusalém no dia 27.11.2011 (Kislev 1,


5772 do calendário judaico) publicou que quando a Empresa Rai-
lways cavava, no centro de Jerusalém, para a construção de uma
nova estação subterrânea de trens de alta velocidade para atuar de
Jerusalém a Tel aviv, descobriu uma caverna com as maiores fon-
tes de água subterrânea já descoberta em Israel, cujos desfiladei-
ros profundos e cachoeiras é um dos mais impressionantes acha-
dos para os cientistas. A Empresa construtora chamou a equipe
de os geólogos da Unidade de pesquisa da Universidade Hebraica.

“Nós encontramos um rio bonito” disse o Professor Amos Fru-


mkin, chefe da Unidade de Pesquisa geográfica do Departamento da
Universidade Hebraica de Jerusalém. “Em termos de Israel, é a maior
corrente subterrânea que já vi. É uma espécie de canyon que foi cortado
pelo córrego da água durante um longo período de tempo, talvez milhões
de anos”. “Essa descoberta, coloca Israel no mapa de regiões tropicais e
temperadas, onde córregos subterrâneos são comuns”. Disse Frumkin.

Charco do Mar Morto

93
Israel - Cumprindo Profecias

“Porém, seus charcos serão preservados”. Hoje, desses char-


cos é extraído uma grande quantidade e variedade de minérios
que servem de cura para muitas enfermidades da pele. Usados em
cremes que são exportados para todo o mundo.

Monte Hermon
Hermon é uma das fontes de água do Rio Jordão. Toda neve
que derrete desce para o Rio Jordão, enchendo o Mar da Galiléia,
que é a “caixa d’água” de Israel, Jordânia e Cisjordânia. Segundo
dados de pesquisas cientificas, há tantas propriedades naturais
nessas águas, que as tornam melhores a saúde do que qualquer
água mineral. O cume do monte sempre cheio de neve, de gran-
de beleza, pode ser avistado do Mar da Galiléia. Hoje é uma das
grandes atrações de Israel, por causa da neve. Há uma grande es-
tação de esquiar, que atrai milhares de turistas todos os anos.
Água é vida. O Monte Hermon é realmente uma fonte de
vida de Israel, conforme é mencionado no Salmo 133, que o orva-
lho do Hermon desce sobre os Montes de Sião, (a neve derrete e
vai para o Rio Jordão que leva vida a Sião) onde Adonai ordena e
benção e vida para sempre
O Monte Hermon é mencionado na poesia hebraica no Sal-
mo (89:13-13): “Os montes Hermon e o Tabor cantam de júbilo Ao
Teu Nome!”.

94
Sarah Elzeny Zayit

Colinas do Golan. A ligação entre o povo judeu e as Colinas


do Golan remonta aos tempos bíblicos. Foram dadas pelo Eterno
como posse aos filhos de Israel (Deuteronômio 4:47-49).
Era a região de Basã que foi entregue a meia tribo oriental
de Manasses (Josué 20:8).
Diz a tradição judaica que foi no Monte Havtarim, na região
do Monte Hermon,(a 1.296m acima do nível do mar) nos decli-
ves de Katef Sion, que Adonai prometeu a Abrão que lhe daria a
terra para seus descendentes. Lá estão também nascentes do Rio
Jordão, as quais, há alguns anos atrás, os sírios tentaram desviá-
-las e isso traria uma calamitosa falta de água potável para Israel,
Jordânia e Cisjordânia; esse é um dos motivos pelo qual Israel
guarda com tanto carinho aquele lugar.
Jericó. Foi cidade cercada e derribada por Josué. Lugar onde
Yeshuah curou um cego de nascença e encontrou-se com Zaqueu,
o qual subiu em uma figueira para vê-Lo. A caminho de Jericó
(Lucas 19:1 a 10) que Yeshuah se revela como Mashiach, quan-
do encontrou à margem do caminho, um cego de nascença, que
costumava sentar-se para pedir esmolas aos transeuntes. Ao ouvir
que Yeshuah passava, o cego gritou: “Yeshuah Filho de David,
tem misericórdia de mim”.
Os judeus esperavam naquela época o sinal do verdadeiro
Messias, segundo as profecias, Ele teria poder pra dar vista aos
cegos e ressuscitar mortos. Quando o cego disse “Senhor eu quero
ver”. Nessa resposta ele estava confessando diante de todos, que
cria que Yeshuah era O Messias de Israel, porque só Ele teria po-
der para dar vista a cegos de nascença e para ressuscitar mortos.
Em Nazaré Yeshuah ao ler o Texto de Isaias (61:1-2) disse:
“Adonai me ungiu para dar vista a cegos” (não apenas retornar
a visão a quem já teve, mas dar vista a quem nunca teve) (Lucas
4:18-19). Por esse mesmo motivo, depois quando questionado
95
Israel - Cumprindo Profecias

pelos enviados de João Batista, se Ele era o Messias de Israel, Ele


respondeu: “Os cegos veem!...”. (Lucas 4:19).Yeshuah estava se re-
velando como O Messias de Israel.

Cafarnaum. Nome em hebraico “Kfar Nahum” Kfar (al-


deia) Naum (o profeta). Situada ao noroeste do Mar da Galiléia,
foi o centro do ministério de Yeshuah e onde Ele operou o maior
número de milagres. Foi sua habitação (casa de Pedro) quando
não foi aceito em Nazaré Ele mudou-se para Cafarnaum. Era uma
grande cidade de Herodes Felipe. Possuía alfândega onde Yeshuah
chamou a Mateus para ser Seu discípulo.

Ruínas de uma sinagoga em Cafarnaum, lugar onde Yeshuah pregou, ensinou e


operou muitos milagres.

Monte Tabor.

Monte da transfiguração onde Yeshuah transfigurou-se,


(Marcos 9:2-8) e apareceram Moises e Elias com Ele. Moises figu-
rando a Lei e Elias a Profecia e Yeshuah o cumprimento da lei e da
96
Sarah Elzeny Zayit

profecia. Desse Monte é possível ver todo o Vale do Armagedom;


Vale de Jesreel. Também nesse monte Adonai se manifesta como
O Deus dos Exércitos de Israel, na batalha de Barac e a profetiza
Débora (Devorah) vencendo o exército de Sicera (Sisrah), com
seus 900 carros de ferro. Adonai enviou Seu anjo para lutar por
Israel e até as estrelas dos céus lutaram contra Sicera naquele dia.
E Adonai os derrotou. (Juízes 4:14 e Juízes 5:20).

Rio Jordão.

Rio Jordão

Esse rio foi palco de muitos milagres; foi aberto varias vezes
por Adonai. A primeira com Josué conduzindo o povo à Terra
prometida, quando os sacerdotes (que carregavam a arca de Deus)
tocaram seus pés na água, o rio se abriu; a água que vinha de cima
parou num montão (e o Rio estava transbordante em suas bordas)
e ficou seco até o Mar Morto, (mais de cinco quilômetros), para
que o povo de Israel passasse, a pés enxutos, a exemplo do que
ocorreu no Mar Vermelho (Josué 3:11 a 17). Anos depois Elias
tocou sua capa, e outra vez o Rio se abriu e ele e Elizeu passaram
e Elias foi arrebatado num carro de fogo e ao retornar sozinho
97
Israel - Cumprindo Profecias

Elizeu, tocou novamente com a capa de Elias (que lhe ficara) e


pela terceira vez o rio se abriu. Não há portas fechadas para O
Nosso Deus!

98
Povo e a Terra no Contexto Profético

O PLANO DO ETERNO PARA ISRAEL


Excelente documentário do “Bibliabytes” a seguir:
“O eterno plano redentor de Deus é claro na Bíblia. O homem
pecou e se separou de Deus. Mesmo assim, Deus quer ter comu-
nhão conosco, por isso Ele criou um plano que envolveria o homem,
Abraão e a Terra de Israel, para trazer salvação ao mundo”

Oasis no Deserto da Judéia


99
Israel - Cumprindo Profecias

Portanto, esse plano não está terminado e o cumprimento das


profecias de Deus está acontecendo e estão relacionadas a Israel e ao
povo judeu hoje. Não há dúvida de que havia e ainda há um futuro
que tem moldado a história do mundo. O povo de Israel foi esco-
lhido para testemunhar sobre Deus. Eles não tinham livros, grava-
dores, rádio e televisão como nós temos hoje. Suas vidas eram uma
mensagem viva do amor de Deus o qual Ele usou para expandir
Sua Palavra para o mundo.
Nos tempos bíblicos, a terra e o povo de Israel eram essenciais
para levarem a mensagem de Deus às nações. Hoje eles não são me-
nos importantes nos planos finais de Deus, o que mostra ao mundo
que O Eterno é fiel à Sua Palavra.
Em Amós 9:14-15 Deus diz: “Trarei de volta do exílio o meu
povo Israel, reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão.
Plantarão vinhas e beberão o seu vinho; farão pomares e lhes come-
rão os frutos. Plantá-los-ei na sua própria terra, e não serão mais
arrancados da terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus”.
Hoje. Podemos vê-los sendo cumpridos bem diante dos nossos
olhos. Para mim, morar em Israel e ler as profecias bíblicas, é como
estar lendo o jornal do dia. Isaías escreveu: “O deserto e os lugares
secos se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como a rosa” (Is
35:1). Ele escreveu esses versículos para expressar quão empolgan-
tes seria quando o povo judeu retornasse para a terra prometida,
Israel. Até mesmo a terra se regozijaria de alegria. Você deve estar
perguntando, voltar de onde? Muitos profetas do Antigo Testamento
falaram que haveria um dia em que os judeus sairiam de Israel. Isso
ocorreu logo depois de Jesus. Mas não pretendia deixá-los no exílio,
e os profetas profetizaram o seu retorno das nações um dia. Hoje
é o dia do qual as profecias falaram. Estamos vivendo em dias em
que as profecias bíblicas estão se cumprindo bem diante dos nossos
olhos. Enquanto nos preparamos para a vinda do Senhor, a Bíblia
nos dá sinais para que os observemos. Um desses sinais é os deser-
tos de Israel e os lugares desolados florescendo. E como eles estão
100
Sarah Elzeny Zayit

florescendo!
O deserto da Judéia é normalmente seco e desolado. No entan-
to, toda primavera, depois das chuvas de inverno, o deserto floresce
por si mesmo. Flores delicadas como a orquídea, ciclâmen, íris, aça-
frão da primavera e até tulipas florescem transformando o deserto
em um tapete colorido ao longo da grama macia. Papoulas de todas
as cores podem ser encontradas por toda a parte. Portanto, até as
flores em Israel estão falando conosco, como sinal de que Deus está
cumprindo Sua Palavra, exatamente como os profetas disseram...
Mas, não foi sempre assim! Em 1860, o autor americano,
Mark Twain, veio visitar a região que na época era o Império Turco,
chamado Palestina. Veja como ele descreveu a terra: “Em nenhum
lugar podia ser encontrado um metro de sombra sequer. Era uma
terra nua, totalmente deserta”.
Sobre a Galiléia, onde hoje é uma área de lindas florestas e
pomares, ele disse: “São sete horas da manhã e à medida que anda-
mos nos campos vejo que, a grama deveria estar cintilando com o
orvalho, as flores perfumando o ar com sua fragrância e os pássaros
deveriam estar cantando nas árvores. Mas, que paisagem! Não há
orvalho aqui, nem flores, nem pássaros, nem árvores.
“Há apenas um lago claro e sem nenhuma sombra e em volta
algumas montanhas nuas“. “O resumo de Mark Twain sobre a Pa-
lestina: Das piores terras existentes, a palestina deve ser a número
um. As colinas são áridas, descoloridas, sem nenhum atrativo. É
uma terra sem esperança monótona, desolada”. (Ezequiel 36).
A descrição de Mark Twain sobre a palestina é a cópia dos sete
primeiros versículos de Ezequiel 36. Esse capítulo é uma promessa
fiel de Deus a Israel, no que se refere à restauração da terra e do povo
de Israel por Deus, que aconteceria pouco antes da Segunda vinda
do Senhor. “Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo ga-
fanhoto, a lagusta e o pulgão e a aruga, o meu grande exército que
enviei contra vos. E as eiras se encherão de trigo...” (Joel 2: 24-25).
Lendo Ezequiel 36 vemos claramente a descrição do que tem
101
Israel - Cumprindo Profecias

acontecido em Israel nos últimos anos. É interessante notar que as


flores silvestres nas montanhas têm muito a ver com essas promes-
sas e testificam a fidelidade de Deus. Essa passagem começa Deus
falando às montanhas de Israel, lamentando sua desolação e aban-
dono. Esse fato foi causado pelos inimigos de Israel que invadiram a
terra para conquistarem os “altos lugares antigos”, e depois de fazê-
-lo se orgulharam com o fato. Deus não planejou que essa terra,
Israel, fosse habitada e prosperasse nas mãos de outro povo, senão
do povo judeu, por isso ela esteve desolada por tantas gerações. As
observações de Mark Twain são perfeitamente adequadas ao que
ele contemplou.
No versículo 8 Deus tem boas notícias para a terra: “Mas vós,
ó montes de Israel, vós produzireis os vossos ramos, e dareis o vosso
fruto para o meu povo de Israel, pois já estão prestes a vir”. Ele con-
tinua dizendo que Ele multiplicaria o povo da casa de Israel, eles re-
construiriam as cidades arruinadas e aumentariam seus rebanhos
e os produtos da terra.
Quando isso acontecer disse Ele: “Então saberão que eu sou
o Senhor” (vs. 11). Há uma conexão entre os anos frutíferos e os
anos inabitados de Israel. Conhecemos o que diz em Levítico 25:23
onde Deus diz que Ele é o dono dessa terra, e Ele escolheu dá-la ao
Seu povo de aliança - o povo judeu, os descendentes de Abraão, Isa-
que e Jacó. Somente quando a terra e o povo da aliança, escolhido
para estar nessa terra estivessem juntos, ambos poderiam florescer,
de acordo com o plano divino de Deus. Ezequiel confirma que é o
retorno do povo judeu para a terra de Israel que desencadeia a res-
tauração da terra por si mesma para a sua glória anterior e ainda
maior do que a primeira.
O retorno do povo judeu e a restauração da terra também são
importantes para demonstrar a integridade de Deus. Deus espalhou
seu povo de aliança por um tempo. Enquanto estavam em outras
nações, Ezequiel (36:20) diz que o povo de Israel profanou o nome
de Deus e as suas promessas, quando o povo disse abusivamente: “É
102
Sarah Elzeny Zayit

este o povo do Senhor que saiu da sua terra?”.


Veja que, na antigüidade, os pagãos julgavam a eficácia dos
seus deuses pela proteção que eles davam as suas terras e pela segu-
rança contra a invasão de exércitos pela provisão de chuva e comi-
da; e Astarte, o deus da fertilidade, pela descendência. No entanto,
quando o povo judeu exilou para outros países e a terra de Israel
ficou desolada, as nações pagãs ridicularizaram o Deus de Israel
como incapaz de proteger e prover o Seu povo.
Por essa razão em Ezequiel 36:23-28, Deus fala de um grande
momento, do retorno do povo judeu para sua terra de aliança, o
qual Ele orquestraria, para a integridade do Seu nome. Isso acon-
teceria para mostrar às nações da Terra que Ele é o Deus vivo que
cumpre suas promessas. Para completar, o verso 24 diz: “Pois eu vos
tirarei dentre as nações e vos congregarei de todos os países, e vos
trarei para a vossa terra”.
Mais do que tudo isso, Deus deseja restaurar a comunhão es-
piritual com Seu povo em Sua terra, quando Ele diz nos versos 27 e
28: “Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus
estatutos, e guardareis os meus juízos, e os observeis. Habitareis na
terra que dei aos vossos pais; vós Me sereis por povo, e Eu vos sereis
por Deus”.
Esse processo dos últimos dias, esse mover profético, como está
descrito em Ezequiel, é o que eu chamo de os três “erres” das profe-
cias bíblicas dos últimos dias, no que diz respeito a Israel:
O RETORNO do exílio. Para a terra de seus antepassados.
A RESTAURAÇÃO da terra.
A REDENÇÃO e renovação espiritual do povo judeu.
Sim, esse dia, é hoje! Rabinos têm se referido aos dias pre-
sentes como “Dias Messiânicos”. Sem sombra de dúvida estamos
vendo a terra sendo restaurada e o povo retornando durante mais
de 100 anos. E muitos dos imigrantes são de países comunistas onde
a adoração a Deus e a leitura da Bíblia era proibida. Agora eles es-
tão aprendendo sobre o Senhor Deus de Israel e sobre a sua antiga
103
Israel - Cumprindo Profecias

terra, e um verdadeiro renovo espiritual está acontecendo. Não tem


acontecido de uma só vez, mas com certeza está em Adonai (através)
de Ezequiel) dar uma última palavra para as nações pagãs do mundo
que tentaram ocupar Sua terra e não permitiu que Seu povo voltasse.
“A terra assolada se lavrará, em vez de estar desolada, todos
os que passam, dirão: Esta terra desolada ficou como o jardim do
Éden; as cidades solitárias, desoladas e destruídas, estão fortifica-
das e habitadas. Então saberão as nações, que ficarem de resto em
redor de vós, que Eu, o Senhor, reedifiquei as cidades destruídas
e plantei o que estava devastado. Eu, o Senhor, o disse e o farei”.
Bendito seja o Nome do Senhor! Baruch HaHsem Adonai!”. *(www.
bibliabytes.com.br)

VALE DE AJALON – EMAÚS


Há alguns dias passávamos por Emaús; que fica próximo ao
Vale de Ayalon (Ajalon). Era final de inverno e começo da primave-
ra. As amendoeiras haviam perdido as folhas e estavam cobertas de
flores. Os pássaros cantavam e as flores, as mais diversas brotavam
pelos prados, dando um colorido maravilhoso à paisagem. Meu es-
poso e eu paramos estáticos, admirando o que só O Criador pode
fazer, enquanto nos lembrávamos da grande vitória que Adonai
deu a Seu povo, naquele vale, quando Josué ordenou que parasse
o sol e a lua (Josué 10:12 a 14), e do pedido dos discípulos quando
descobriram que era Yeshuah (Jesus) ressuscitado que estava com
eles, naquele lugar e disseram: “Fica conosco Senhor, porque o dia já
declinou!”. (Lucas 24:29).
Quando a solidão faz com que sintamos como se estivés-
semos na numa terra desolada e mil pensamentos veem a nossa
cabeça; angustia, medo invadem a alma; é nesse momento que
Ele diz: (filho...) “não tenhas medo porque Eu Sou contigo; não te
assombres porque Eu Sou teu Deus: Eu te esforço, Eu te ajudo e te
sustento com a destra da minha justiça” (Isaias 41:10).
Andar em Israel é como passear pela Bíblia. Cada caminho,
cada montanha, cada cidade, cada lugar nos leva a um fato bíblico.
104
2ª PARTE - A NAÇÃO DE ISRAEL

A NAÇÃO E O RENASCIMENTO DO ESTADO DE ISRAEL

LUGAR ESCOLHIDO PELO ETERNO


“Congregarei os filhos de Israel e os levarei a sua Terra e deles
farei uma nação na terra, nos montes de Israel”. (Ezequiel 37:21- 22).

105
Israel - Cumprindo Profecias

Quando se cogitou a formação do Estado de Israel, houve


autoridades de alguns Países que sugeriram a Israel que tomasse
para sua nação, outros lugares no mundo. O movimento sionista
enfrentou resistência em seus esforços de se estabelecer em “Eretz
Israel” (terra de Israel). Havia uma variedade de opiniões sobre
em que terra a nação judaica deveria ser estabelecida. Foi cogita-
do de estabelecer o Estado judeu em Madagascar, em Uganda em
Chipre, no Congo e outros lugares.
Porém se isso ocorresse, Israel continuaria na diáspora (dis-
perso). E as promessas de Adonai, que os traria de volta a Sua
terra, não se cumpririam. Porque essa não seria a pátria bíblica
dos judeus. Porém, graças a providência Do Eterno, esses planos
não resultaram em nada.
A palavra de Adonai se cumpre: “E farei Meu povo de Israel
voltar... e reconstruirão as cidades assoladas e as habitarão... Eu os
plantarei em seu próprio solo, e não serão mais arrancados da Terra
que Eu lhes dei, diz O Eterno, Seu Deus”. (Amós 9:14-15). Assim,
contrariando a muitos opositores, o Estado de Israel, foi estabeleci-
do nas terras bíblicas segundo as promessas divinas; novas aldeias
e vilas e cidades foram construídas em cima de ruínas de lugares
bíblicos, e com os mesmos nomes dos tempos bíblicos, cumprindo
profecias como de Ezequiel (36:10, 33,35-36): “Farei levantar suas
ruínas e edificarão como antigamente”. (Amos 9:11 e 15). “As cida-
des de Israel serão habitadas e edificadas”. “As nações ao redor sabe-
rão que Eu, O Eterno, edifiquei... assim determinei e o farei cumprir”.

O POVO JUDEU NUNCA SE DESLIGOU DE ISRAEL


Mesmo estando distante. Em qualquer lugar do mundo
onde existem judeus, eles oram (em direção a Jerusalém) pedindo
chuva para Israel; e isso acontece na época em que os campos da
Judéia, Samaría e Galiléia precisam da chuva. Sim porque depen-
demos de Adonai para termos chuvas, consequentemente, água
106
Sarah Elzeny Zayit

suficiente para a vida. Como está escrito: “Beberas água das chu-
vas dos céus” (Deuteronômio 11:12). Quando o judeu se rejubila
nas festas de ação de graças, ele o faz na época em que se colhem
os primeiros frutos em Israel.
A saudade por Sião (Tzion) e o desejo do retorno a ela têm
traços messiânicos, anseio pelo Salvador, o Messias (Mashiach).
E é por isso, que todo fiel judeu ora a Deus muitas vezes ao dia
dizendo: “Que nossos olhos vejam quando voltares a Sião!”

MAPA DA DIVISÃO BÍBLICA DAS TRIBOS DE ISRAEL

Essa era a divisão (nos tempos bíblicos), da terra de Israel às doze


tribos dos filhos de Jacó (Yacov- Israel), conforme Adonai ordenou
a Josué.

107
Israel - Cumprindo Profecias

O Eterno disse pelo profeta Ezequiel (36:8, 10 3e 24): “Mas


vós ó Montes de Israel, produzireis os vossos ramos e dareis frutos
para o Meu povo de Israel; porque está prestes a vir. E as cidades
serão habitadas e os lugares devastados serão edificados... E vos to-
marei de todos os países e vos trarei a vossa terra”. “E vos reunirei
e vos trarei a vossa própria terra” (Ezequiel 39:28).
Esse pequeno ponto escuro no mapa abaixo é Israel hoje,
cercado de todos os lados (exceto o mar) por extensos países mu-
çulmanos.

*Nota: Apesar da Diáspora (Dispersão), algumas comunidades


judaicas conseguiram permanecer residindo continuamente em cidades
como Jerusalém, Safed (Sfat), Tiberíades, Siquém e Hebrom (Hevron).

OS JUDEUS SEMPRE SE EMPENHARAM PELA TERRA


DE ISRAEL
Crendo fielmente nas profecias bíblicas, os judeus sempre
tiveram vinculo, indestrutível, com a Terra de Israel.
Tivemos batalhas e as temos (como nos tempos bíblicos).
Temos ciência de que satanás lutou e luta para que as promessas
de Adonai não se cumpram em Israel.
108
Como exemplo disso, na ocasião do renascimento do Estado
de Israel, estávamos sob o domínio inglês e o último alto comissá-
rio do mandato britânico, não se empenhou para fazer a transfe-
rência justa da autoridade para Israel, como deveria; não houve da
parte deles nenhuma cooperação para o estabelecimento do Estado
Judeu. Ao contrario, os arquivos oficiais foram queimados por eles.
Os bens do Estado foram transferidos para a Inglaterra, uma parte
colocada em leilão, e outra parte doada para os árabes. Os trens pa-
raram. O correio deixou de funcionar. Muito embora houvesse um
saldo até substancial, nenhum centavo foi deixado no Tesouro para
Israel. Porém mais uma vez, Adonai não abandonou o Seu povo.

“A HISTÓRIA DO NAVIO ÊXODOS 1947 É UMA MOSTRA


DA PAIXÃO DO POVO JUDEU POR ERETZ ISRAEL”
Após o final da 2ª guerra Mundial, a organização American
Friends of the Haganah comprou por 40 mil dólares, um navio para
ser usado pela Aliá Beit - a organização de imigração judaica. Seu
nome original, "President Warfield", foi trocado pela tripulação
para "Êxodus 1947". Adotou o nome do segundo livro da Torah
(Bíblia), Êxodo, que relata a libertação do Povo Judeu do Egito e o
início de sua jornada à Terra Prometida.
O navio partiu de Baltimore, Estados Unidos, em direção à
Europa. Depois de aportar na Itália, foi conduzido à França, de
onde partiria para Eretz Israel, o tão sonhado destino final.
Em 18 de julho, 1947: o navio Exodus se aproximava de Eretz
Israel (Terra de Israel) em seu mastro tremulava a bandeira sio-
nista. A bordo estavam 4.554 judeus sobreviventes do holocausto,
(terrível genocídio nazista), todos determinados a recomeçar a vida
em Eretz Israel, o único lugar no mundo que aceitavam chamar
de “lar”. Em cada passageiro havia um sonho acalentado por seus
antepassados, e acreditavam ser esse o momento de voltar pra casa.
109
Israel - Cumprindo Profecias

A terrível recepção dos ingleses.


Mas como de outras vezes, os britânicos, estavam à espera
do navio como “inimigo”, Ainda em águas internacionais, onde a
Marinha Real inglesa não tinha jurisdição, os soldados britânicos
abordaram o navio abriram fogo contra ele, mataram algumas pes-
soas e feriram a 120 delas.
Os ingleses haviam fechado o porto, ao qual somente tinham
acesso, militares ingleses e alguns jornalistas da mídia internacio-
nal. No cais se viam tanques, policiais, militares e 500 homens da
artilharia britânica. Ao lado do cais, aguardavam (pelos judeus),
três navios-prisão: “Ocean Vigour”, “Runnymede Park” e “Empi-
re Rival”. Porém, milhares de judeus que viviam em Eretz Israel
também aguardavam a chegada do Navio Exodus. Mas, o exército
britânico os impediu de se aproximar, então foram até a barreira
militar inglesa até onde podiam chegar e, a plenos pulmões, canta-
vam o Hativka, o Hino da Esperança (hoje o hino nacional de Isra-
el), a voz deles ressoava por todo o porto (queriam ser ouvidos pelos
tripulantes do navio. Queriam que eles soubessem que não estavam
sozinhos, mas que havia um povo em Eretz Israel, que mesmo que
reprimido, os esperava ansioso).
E quando o “Exodus 1947” atracou no porto de Haifa, os bri-
tânicos removeram seus passageiros, à força, confiscando seus bens,
e separando as famílias, provocando pânico entre os refugiados, que
ainda tinham abertas as feridas causadas em sua alma pelas “sepa-
rações” impostas pelos nazistas. Em seguida, foram colocados nos
três navios de deportação, na realidade eram, prisões flutuantes.
A exemplo desse, muitos outros casos aconteceram (de 63 navios
que traziam judeus, 58 deles foram interceptados pelos britânicos).
O diabo tentando impedir que o plano de Adonai fosse executado.
Eles foram mandados de volta pra Franca e depois para a
Alemanha. Durante um mês, os ingleses tentaram registrar e obter
informações sobre os passageiros do “Exodus1947”. Mas a todas
as perguntas os judeus respondiam com uma única resposta: “Eretz
110
Sarah Elzeny Zayit

Israel!” “De onde você vem?”, perguntavam os ingleses. “Eretz Isra-


el”, respondiam os judeus. “Qual o seu nome?” “Eretz Israel”. “Tem
cidadania de que país?” “Eretz Israel”, e assim por diante.
Logo depois da chegada do “Exodus 1947” nos campos bri-
tânicos de detenção, os judeus de Israel já estavam prontos para
tirá-los da Europa. Liderados por membros do Palmach, em Haifa.
Poucos meses depois, a maioria deles já havia fugido da zona de
ocupação inglesa, na Alemanha, e estavam a caminho da Terra de
Israel. *(Revista Morasha no.57)
Felizmente a despeito de toda a ação contraria do inimigo,
Adonai os trouxe de volta, por graça e misericórdia Dele. E com
a fundação do Estado de Israel, puderam sentir-se a salvo em solo
judeu; finalmente em casa! Glorias Ao Eterno Bendito Seja Ele!
É sabido que juntamente com os judeus, milhões de evangé-
licos, em todo o mundo oravam crendo que: o que O Eterno falou
sobre o Seu povo não era apenas uma figura, mas era literal, real,
por isso aguardavam com ansiedade pelo cumprimento das profe-
cias sobre Israel. As portas foram abertas, e judeus de mais de 100
países voltaram pra casa, a sua Pátria Israel. As profecias têm se
cumprido dia a dia na Terra de Deus!

111
Congresso Sionista da Basiléia

Jornalista Theodor Herzl

Pela primeira vez, depois de quase 2000 anos da destruição


do Estado Judeu, 197 representantes de 17 países, reuniram-se às
margens do Reno na Suíça, para discutir sobre a recriação do Es-
tado de Israel, de 29 a 31 de agosto do ano de 1897. Foi o primeiro
Congresso Sionista, em nosso tempo.
O jornalista judeu, de nome Theodor Herzl (cujo nome ju-
deu era Binyamin Ze’ev), que promoveu o congresso, falou mui
emocionado aos congressistas:

113
Israel - Cumprindo Profecias

“Somos um povo. Todos os povos têm uma pátria. Precisamos


de uma pátria nacional para nosso povo. Por isso queremos lançar
a pedra fundamental para a casa que um dia vai abrigar a nação
judaica”.
Quando terminou seu discurso, Herzl foi entusiasticamente
aplaudido. Muitos viam nele um “predestinado por Deus” e ou-
tros o novo “rei dos judeus”. Muitos chegaram a pensar que ele era
o Messias.
Ao final do Primeiro Congresso Sionista publicou-se um
manifesto intitulado “O Programa da Basiléia”, onde se lê, entre
outras coisas, que: “O sionismo almeja para o povo judeu a criação
de uma pátria na Palestina com garantias públicas e legais” (na-
quela época, a terra de Israel, era chamada de Palestina).

*Nota: o nome “Palestina” foi colocado no país de Israel pelo pagão


imperador romano Adriano, no ano de 135 d.C. quando também mudou
o nome de Jerusalém para Aélia Capitolina, em honra a si próprio e Ae-
lius era seu nome de família e do principal deus romano, Júpiter.Também
profanou os lugares santos ordenou a construção de um templo a Jupter
no local do Templo de Adonai. Proibiu a circuncisão o que culminou na
revolta liderada pelo judeu Simon bar Kochba.

Theodor Herzl profetizou!


Três dias após a primeira reunião do congresso de Basileia,
em 3 de setembro de 1897, Theodor Herzl escreveu em seu diário
essas Palavras proféticas: “Se eu resumir o Congresso da Basiléia
em uma única frase – que evitarei falar publicamente – ela seria: na
Basiléia fundei o Estado judeu. Se hoje eu fosse falar isso em voz
alta, uma zombaria universal viria como resposta. Asseguro que,
talvez em cinco anos, mais certamente em 50 anos, cada um o verá”.
Essas palavras, que parecia verdadeira utopia na época, po-
rém, Herzl estava sendo usado por Adonai para profetizar. Ele foi
um profeta de Israel. Não sei se consciente ou inconscientemente

114
Sarah Elzeny Zayit

ele preparou o caminho para o cumprimento de grandiosas pro-


messas bíblico-proféticas.
Em 1904 Herzl faleceu porém o ideal sionista não morreu,
nem desapareceu com ele a idéia de estabelecer outra vez, em ter-
ras bíblicas de Israel, um Estado judeu.
Herzl cursou o ensino fundamental em colégio evangélico,
por ter sido descriminado no colégio publico de seu País, por ele
ser judeu. Acredito que ele teve influencia evangélica bíblica, o
que ajudou levá-lo a ser, talvez, o maior sionista que já existiu,
com tremenda fé e convicção de que era o tempo de Adonai para
o ressurgimento de Israel como Nação.
A partir daí o movimento tomou como seu foco definitivo
e se fortificou em 1917 sobre o estabelecimento de um Estado
Judeu na Palestina, no lugar do antigo Reino de Israel.

115
O Dia em que Israel Renasceu

Cinquenta anos depois da palavra profética de Herzl (exata-


mente como ele havia predito), numa histórica sessão da Assem-
bleia Geral da ONU (das Nações Unidas), em 29 de novembro de
1947, presidida pelo então Chanceler brasileiro, Oswaldo Aranha
(cabendo a ele o voto decisivo), decidiu-se o estabelecimento do
Estado de Israel em sua Terra Biblica.
Com isso, a fundação ‘de direito’ do Estado de Israel era um
fato consumado dentro do direito internacional. Alguns meses
mais tarde, em 14 de maio de 1948 (5 de Yiar de 5708 segundo o
calendário judaico), foi proclamado em Tel Aviv o novo Estado de
Israel como continuação do Israel bíblico. Foi a concretização de
um sonho de quase dois mil anos do povo judeu. Cumprindo as
palavras proféticas de Isaias, que afirmam que Israel voltaria a ser
criado num só dia (Isaias 66:87 a 9).
Meu avô contava que não deixava que ninguém falasse ou
fizesse qualquer ruído, porque estava atento as noticias do radio.
Era difícil a transmissão, o radio era cheio de chiado, e qualquer
ruído exterior não permitiria que se ouvissem as noticias (para
ele) as mais importantes de toda a vida. Foi um momento alto
para o povo judeu, bem como para as Nações Unidas, que não
haviam conhecido uma ocasião de exaltação semelhante.

117
Israel - Cumprindo Profecias

O judaísmo na Palestina passou da noite para o dia, da con-


dição de menosprezado e perseguido, para uma Nação, para um
Estado reconhecido internacionalmente. Lembro-me de que meu
avô cantava todos os dias: “Jerusalém, Jerusalém! Levanta-te do
pó, pois já a ti teus filhos vêm, os filhos de Jacó”. Ele, a exemplo de
judeus de todo o mundo, orava e ansiava por Israel e por Jerusa-
lém e estava nessa expectativa. Nosso povo esteve disperso e sem
pátria por quase 2000 anos.

O RENASCIMENTO DE ISRAEL FOI VERDADEIRO


MILAGRE!
Depoimento de Zevi Ghivelder:
“O dia do milagre. A par do extraordinário triunfo do movi-
mento sionista, a fundação do Estado de Israel, 60 anos atrás, con-
tém intrigantes elementos que inclusive podem ser apontados como
sobrenaturais. Do ponto de vista político, jamais uma nação foi
criada por votos de outros países. Sob a ótica histórica, a jornada
percorrida pelo povo judeu corresponde a uma sucessão de mila-
gres. Depois de dois mil anos de injustiças, perseguições, massacres
e assassinatos em massa, este povo sobrevive forte, vibrante e, há
seis décadas, soberano em sua pátria”. *(Morasha abril de 2008)
Depoimento de Moacyr Scliar
“A lembrança, vaga agora, remete-me à noite de 14 maio de
1948. Vejo-me caminhando pelas ruas do Bom Fim. Vejo fisiono-
mias radiantes, ouço gritos de júbilo... O Estado de Israel acabava
de ser proclamado. Eu não podia me dar conta do que aquilo exa-
tamente significava, mas a emoção me invadia irresistivelmente. O
Estado judeu era uma realidade.”
“Se para um garoto de onze anos a data revestiu-se de tal sig-
nificado, imagine-se o que ela representou para os adultos, muitos
deles emigrantes da Europa Oriental, vários sobreviventes do Holo-
causto. Imagine-se o que significou para as comunidades judaicas

118
Sarah Elzeny Zayit

de todo o mundo. A sensação era de que um sonho enfim estava


se realizando. Aliás, não era só sensação: era aquilo mesmo. Um
sonho se realizava”. (Moacyr Scliar).* (http://www.espacoacademico.com.
br/011/11pol01.htm)

119
Independência do Estado de Israel

(Bem Gurion lendo a declaração de Independência do Estado de Israel em Tel Aviv)

Em 14 de Maio de 1948, quando o último alto comissário


inglês e seus auxiliares deixaram o solo de Israel, de um cruzador
fora das águas territoriais, sinalizou o fim da era mandatária in-
glesa. Numa breve cerimônia no Museu de Tel Aviv, às 16 horas

121
Israel - Cumprindo Profecias

daquele dia (poucas horas antes do Shabat) Renasceu o Estado


de Israel. Duzentas e quarenta pessoas testemunharam uma nova
pagina na historia judaica, ao ler Bem Gurion, emocionado, a
Proclamação da Independência.
A Declaração do Estabelecimento do Estado de Israel,
pelos membros do Conselho Nacional representante da co-
munidade judaica no País e do movimento sionista mundial,
constitui o credo da nação. Ela inclui referências aos impera-
tivos históricos do renascimento de Israel; as diretrizes de um
Estado Judeu democrático baseado em liberdade, justiça e paz,
conforme a visão dos profetas bíblicos; e um apelo por rela-
ções pacíficas com os vizinhos Estados árabes, para o benefício
de toda a região.

A DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DE ISRAEL


(parte dela)

122
Sarah Elzeny Zayit

“ERETZ-ISRAEL (a terra de Israel) foi a terra natal do povo


judeu. Aqui tomou forma a sua identidade espiritual, religiosa e
política. Foi aqui que, pela primeira vez , os judeus se constituíram
em um Estado, criaram valores culturais de significação nacional e
universal, e deram ao mundo o eterno Livro dos livros.
Depois de forçado a exilar-se de sua terra, o povo judeu per-
maneceu-lhe fiel em todos os países da sua dispersão, nunca dei-
xando de orar por ela, na esperança de ali regressar e restabelecer
sua liberdade política.
Impelidos por esse apego histórico e tradicional, os judeus se
empenharam, de geração em geração, no ideal de se reinstalarem
em sua antiga pátria, e em décadas recentes voltaram em massa.
Pioneiros, ma’apilim (imigrantes para Israel em desafio as restrições
legais) fizeram florir os desertos, reviveram a língua hebraica, cons-
truíram cidades e povoados, e criaram uma comunidade próspera,
controlando sua própria economia e cultura, amando a paz, mas
sabendo como se defender, trazendo as bênçãos do progresso a todos
os habitantes do País, e aspirando por uma Nação Soberana...
Sobreviventes do holocausto nazista na Europa, bem como
judeus de outras partes do mundo, continuaram a migrar para
Eretz-Israel, sem temer dificuldades, restrições e perigos, não ces-
sando nunca de afirmar seu direito de uma vida digna, livre e de
trabalho honesto em seu lar nacional...
...Nós os membros do Conselho do povo, representantes da
Comunidade Judaica de Eretz-Israel e do Movimento Sionista, es-
tamos aqui reunidos no dia do termino do mandato britânico sobre
Eretz-Israel e, em virtude do nosso direito natural e histórico e por
força da resolução da Assembleia das Nações Unidas, pela presente
declaramos o estabelecimento de um ESTADO JUDEU DE ISRA-
EL...
O ESTADO DE ISRAEL estará aberto a imigrações judaicas e
para o Retorno dos Exilados;... Basear-se-á nos princípios de liber-
dade, justiça e paz, conforme concebidos pelos profetas de Israel...
123
Apelamos ao povo judeu em toda Diáspora para que cerre
fileiras em torno dos judeus de Eretz-Israel, nas tarefas de imigra-
ção e reconstrução e para que esteja ao seu lado na grande luta pela
realização do sonho secular: REDENÇÃO DE ISRAEL.
CONFIANDO NO TODO-PODEROSO, apomos nossas as-
sinaturas a esta Proclamação Nesta Sessão do Conselho de Estado
Provisório. No SOLO PÁTRIO, na cidade de Tel-Aviv, nesta véspera
de sábado, 5 de Iar de 5708 (14 de Maio de 1948)”.
* David Bem Gurion

DAVID BEM GURION


Era um apaixonado Sionista que cria nas profecias bíblicas, e
ardentemente lutou, com todas as forças de sua alma para que cada
Palavra De Adonai se cumprisse. Em sua mesa de escritório e em
sua parede estava constantemente a profecia sobre a restauração de
Israel como nação, e a visão do profeta Ezequiel (37) sobre o vale de
ossos secos de onde se levantaria um grande e poderoso exército.
Ao findar a leitura da proclamação do Renascimento do Es-
tado de Israel, escrita em pergaminho (um rolo como a Torah) que
segundo o Instituto de Padrões deveria durar ao menos dois mil
anos, seus signatários foram à mesa para dar-lhe sanção e juntos
com o venerável rabino Yehudah Leib Há-Cohen Fishman, numa
só voz, em tom emocionado, com lágrimas de alegria, oraram pro-
ferindo uma benção em hebraico: “Bendito és Tu, Adonai nosso
Deus, Rei do Universo, que nos mantiveste vivos, que nos preservas-
te, nos conduziste e nos permitiste ver este tão esperado dia”.
A partir daquele momento era real a soberania e a continui-
dade do povo judeu na Pátria de seus ancestrais e isso era irrever-
sível, conforme as profecias bíblicas.
Um dos signatários por nome de Chaim Shapira disse:
“Quando completei a minha assinatura, tive a nítida sensação de
que estava acontecendo um milagre”!

124
Sarah Elzeny Zayit

Desde essa data, quando Israel conquistou sua indepen-


dência, o Estado tem evoluído e alcançado notáveis feitos. Hoje
soma mais de oito milhões de habitantes. Tivemos a imigração de
judeus provenientes de mais de 100 países. Israel conseguiu de-
senvolver uma extraordinária economia e ciência, especialmente
nos campos da alta tecnologia, da medicina, agricultura, biotec-
nologia e nanotecnologia. Ao mesmo tempo, a rica vida cultural
criada em Israel e o renascimento da língua antiga hebraica.
“Assim, Israel surgiu como nação, num só dia, inaugurando
dessa forma, a tão esperada “Era Messiânica””
*(palavras de Ben Gurion, por ocasião da fundação do Estado de
Israel em 1948)

ISRAEL É A ÚNICA NAÇÃO CRIADA PELA


SOBERANIA DE ADONAI!
A profecia diz que a nação nasceria em um só dia! “Poder-
-se-ia fazer nascer uma terra num só dia?”. Nasceria uma nação
de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu a luz a seus fi-
lhos. Abriria Eu a madre e não geraria? Diz Adonai; Geraria Eu e
125
Israel - Cumprindo Profecias

fecharia a madre? Diz O teu Deus. Regozijai-vos com Jerusalém e


alegrai-vos por ela, e todos vós que a amais: enchei-vos de alegria,
todos os que por ela pranteastes... Deleitai-vos com o resplendor
de sua gloria. E em Jerusalém sereis consolados. “E isso vereis e
alegrar-se-á o vosso coração” (Is. 66:8 a 14).
Bem Gurion disse: “Em Israel, para ser realista, você tem
que acreditar em milagres”. Ele gostava de repetir: “Só é realista
o judeu que acredita em milagres”. O milagre aconteceu e a pro-
messa de Adonai estava se cumprindo, e continua dia a dia,em
Israel. Deus é Fiel e Sua Palavra se cumpre na integra! “Fiel é O
que vos chama e O que também o fará” (I Tessalonicenses 5:24)
“Cheguemo-nos a Ele com verdadeiro coração, em inteira certeza
de fé... retenhamos firme a confissão da nossa herança; porque Fiel
é O que prometeu”. (Hebreus 10:22 e 23)
Enquanto David Ben-Gurion lia o texto da Declaração de
Independência do Estado de Israel, no Museu de Arte de Tel Aviv,
a multidão feliz festejava a realização do sonho há muito acalen-
tado, dançando e cantando nas ruas de Tel Aviv, Jerusalém, Haifa,
e por todo Israel, cumprindo a profecia que diz: “oh virgem de Is-
rael! Ainda serás adornada e sairás com o coro dos que dançam!”
Jeremias (31:4).

126
Sarah Elzeny Zayit

Os judeus esperaram, ansiando e orando durante quase


dois milênios. Assim como no tempo em que caminhavam pelo
Deserto de Sinai, procuravam pela proteção Divina, como uma
nuvem que os protegia do sol, figurando uma proteção espiritual
sobre suas cabeças, enquanto vagavam pelo deserto, na esperan-
ça da Terra Prometida; agora não mais no Sinai, mas no deserto
da diáspora espalhados por todo o mundo. Eles esperavam uma
promessa feita por Adonai de que Seu acordo, Sua aliança, Seu
pacto com os patriarcas ainda estavam em vigor. Necessitavam
do cumprimento do pacto, e não apenas uma proteção provisó-
ria contra as perseguições. Somente a própria Terra Prometida
seria, de fato, a resposta de Adonai, de que Seu pacto estava em
pé. A criação do Estado de Israel foi considerada o inicio da
redenção, cumprimento da promessa no pacto de Adonai com
Seu povo.
Agora éramos reconhecidos como Nação, e Estado sobera-
no de Israel; cuja constituição (as Leis que o regeriam) haveria de
ser a Bíblia Sagrada.
Israel é para os judeus o seu lar, País de origem e lugar
de refugio, mas acima de tudo a Terra Santa é o cumprimento
do pacto, é a promessa da tão longamente esperada redenção,
que começou a ser realizada por Adonai nestes dias e que se
concretizará com a chegada Do Rei Mashiach (O Messias de
Israel).
O Ex-Premiê de Israel, Ariel Sharon disse em um discurso
por ocasião da comemoração da Independência de Israel: “Hoje
os judeus são independentes e livres. Tudo graças ao Exército de
Defesa de Israel, a Tsahal, a persistência do povo judeu em sobre-
viver e principalmente a “Kadosh Mi Israel Baruch Hu” (O Santo
de Israel, O Eterno Bendito Seja Ele), se não fosse por Ele não es-
taríamos hoje em Israel”.
127
Israel - Cumprindo Profecias

Binyamin Netanyahu falando sobre o 65 º aniversário da


libertação do campo de concentração nazi de Auschwitz, na Po-
lônia, o premiê israelense, proclamou o cumprimento da visão
do profeta Ezequiel sobre o vale de ossos secos e disse: “O povo
judeu passou de cinzas e destruição, de uma dor terrível, que nun-
ca pode ser curada, armados com o espírito judaico, a justiça do
homem, e a visão dos profetas, que brotou e cresceu novos ramos
e raízes profundas. Ossos secos ficaram cobertos com a carne, e
cheios do espírito, eles viveram e se puseram em seus próprios
pés, como Ezequiel profetizou”. Adonai disse: Eu Sou O Senhor
vosso Santo, o Criador de Israel!”. (Isaías 43:6 e 15).
Por crer fielmente nas profecias bíblicas, Sião sempre foi e
continua sendo a expressão da esperança da nação judaica, que
aguarda o Messias (Mashiach) nestes finais dos tempos e que an-
seia pelo Seu reinado de paz. Por isso O hino Nacional de Israel
expressa a esperança de ver a profecia totalmente cumprida, de
que todo judeu volte a sua terra, a Jerusalém.

128
Simbolos de Israel

Israel foi restabelecido para que O Nome De Adonai seja


conhecido em toda a terra; para que o mundo todo entenda
que O Eterno cumpre o que diz e que Sua Palavra é a verdade.
A prova disso está em cada profecia, que dia a dia, se cumpre
na terra de Israel. Por isso seus símbolos são espirituais e sua
constituição a Bíblia Sagrada. “De Sião sairá a Lei e de Jeru-
salém a Palavra de Deus” (Miquéias 4:2); até que se cumpra,
na integra, essa profecia: “E toda terra se enchera do conhe-
cimento da glória De Adonai, como as águas cobrem o mar”
(Zacarias 14:8).

HINO NACIONAL DE ISRAEL “Hatikva” (Esperança):

“Enquanto no fundo do coração, Palpitar uma alma judaica”,


E em direção ao Oriente, O olhar voltar-se a Tsion (Sião).
Nossa esperança ainda não estará perdida.
Esperança de dois mil anos
De ser um povo livre, em nossa terra:
“A terra de Tsion (Sião) Yerushalaim (Jerusalém)”.

129
Israel - Cumprindo Profecias

Inspirado na profecia de Ezequiel. Naftali Herz Imber, um


jovem poeta, de 22 anos, por volta de 1878 escreveu um poema
“Hatikva” - a esperança, comovido com a fundação do primeiro
assentamento judaico em Eretz Israel, (Depois da dispersão) “Pe-
tach Tikva” (em hebraico, Portal da Esperança).
Profundamente emocionado e, influenciado pela profecia
de Ezequiel, escreveu as palavras que refletem a lembrança, a dor
e, principalmente, da esperança imortal do povo judeu ao longo
dos anos de exílio; do acalentado sonho de um dia retornar, sobe-
rano e independente, à sua terra ancestral.
Durante o 8º Congresso Sionista (que lutava por sua Pá-
tria em Israel), em 1907, o hino foi cantado pelos participantes
em uma manifestação espontânea a “Hatikva” e foi depois oficial-
mente adotado como hino do Movimento Sionista, juntamente
com a bandeira azul e branca com a estrela de David, usada e ado-
tada durante o 18º Congresso Sionista, em 1933. O hino passou
a ser cantado em todas as comemorações que envolviam o povo
judeu, e que após renascimento do Estado Judeu passou a ser seu
hino oficial de Israel.

Brasão. Esse é brasão de Israel, o


Símbolo do Estado de Israel. Ele contém
a Menoráh (candelabro) e dois ramos de
oliveira, conforme a visão do profeta Za-
carias (4:2-3 e 12): “... eis um castiçal de
ouro... com sete lâmpadas... dois ramos
de oliveira, um a direita e outro a esquer-
da”. A Menoráh representa a presença De
Adonai e os ramos da oliveira represen-
tam os filhos do azeite, ou seja, filhos da unção.

130
Sarah Elzeny Zayit

Candelabro – Menoráh

Candelabro (Menoráh) significa a


Shechinah, a gloria da presença de Ado-
nai no Tabernáculo no deserto e depois
no Templo. Ou seja, “Deus está no meio
do Seu povo”. Adonai ordenou a Moises
e disse: “Tu, pois ordenarás aos filhos de
Israel que tragam azeite puro de olivei-
ras, batido para o candelabro para fazer
arder suas lâmpadas continuamente”.
(Êxodo 27:20).
Já no período Hasmoneu, séc. I a.C, a Moeda usada conti-
nha a Menoráh. Através dos tempos, a menoráh sempre foi um
símbolo da herança e tradição judaica, em inúmeros lugares e
com grande variedade de formas. Há pouco foi descoberta uma
sinagoga em Magdala do tempo de Yeshuah uma menoráh escul-
pida em pedra.
A Menoráh também representa O Espírito De Deus (Za-
carias 4:1-6). É também a figura de Yeshuah (Jesus) que é a Luz
do mundo. A menoráh de ouro foi desenhada Pelo Próprio Deus
e passada para Moises (Moshê) foi um dos principais objetos de
culto no Tabernáculo Santo e no Templo (Beit HaMikdash) em
Jerusalém. Representa o nosso conhecimento De Adonai, quan-
do somos iluminados e recebemos a revelação da Palavra Dele.
Seria muito mais bíblico que a Menorah (o candelabro de
sete pontas) fosse também usado hoje como o símbolo nas igrejas
cristãs, porque ela representa a SHECHINAH DE DEUS (a gloria
da presença do Todo Poderoso no meio do povo) em lugar da
cruz, pois esta representa maldição. Bendito é O que foi pendura-
do na cruz, mas a cruz é maldita, Ele se fez maldição por nós (em
nosso lugar, levando o peso de nosso pecado) naquele momen-
to que estava sobre a cruz. Porque estava escrito que era maldito
131
Israel - Cumprindo Profecias

todo o que fosse pendurado em uma cruz.(Gálatas 3:13).


Pense comigo: se alguém que você muito ama (Deus nos
livre) fosse morto com um punhal, você guardaria aquele punhal
como relíquia e o desenharia para por nas paredes de sua casa?
Tenho certeza que desprezaria aquele maldito objeto usado para
morte da pessoa amada. A cruz seria esse punhal; ela é maldita, O
Senhor é Bendito. (Baruch Hu).

Nota: A cruz não foi usada pela igreja primitiva, e só foi anexada
a Igreja crista, no ano 312 d.C., pelo pagão imperador Constantino que
dizia-se protegido pelo deus Hercules; adorador do “deus sol invicto” a
quem instituiu culto e para submeter pacificamente os cristãos, disse ter
sonhado que o símbolo da cruz que o faria vencer as batalhas. Sendo Im-
perador, ordenou o uso da cruz nas igrejas, contudo sem abandonar o
“deus sol” que o manteve como símbolo principal em suas moedas. Em
326 d.C. ele ofereceu culto ao “deus Jupter”. A enciclopédia Hidria observa
que um dia anterior a sua morte Constantino ofereceu sacrifício a “deus
Zeus”. Esse homem instituiu o uso da cruz cristã.

Nada melhor para representar Yeshuah (Jesus) do que o


Candelabro. “O Cordeiro é a sua lâmpada” (Apocalipse 21;23).
Yeshuah (Jesus) Disse: “Estejam acesas as vossas lâmpadas” (Lu-
cas 12:35), “Eu sou a luz do mundo”. Está na hora da Igreja acen-
der sua candeia e receber a iluminação e a revelação da Palavra de
Adonai, para romper com as tradições romanas e pagãs e voltar à
Igreja primitiva, ou seja, à verdade da Palavra de Deus. Não im-
porta se a tradição ja tem quinhentos ou tem mil anos; se não é
bíblica temos de deixá-la.

Ramos de Oliveira. Na profecia de Oséias (14:6) O Eterno


fala: “Serei como orvalho para Israel, que há de florescer”...“Estender-
-se-ão seus ramos e sua beleza será como da oliveira”. Salmos 128:3
que diz: “Seus filhos são como ramos de oliveira”. A Oliveira signi-
fica o povo de Israel, a família de Abraão. Ela foi mencionada pelo

132
Apostolo Paulo (Rabino Shaul) em Romanos 11:24 “porque se tu
foste cortado do natural zambujeiro e contra a natureza, foste en-
xertado na boa Oliveira, quanto mais esses (os filhos de Israel)
que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira”.
Na visão do profeta Zacarias (4:2, 3 e 12), Adonai levou-o a
Jerusalém e mostrou-lhe um candelabro (menoráh) de ouro, com
dois ramos de oliveiras ao seu lado, um a sua direita e outro a sua
esquerda. O profeta perguntou o significado da visão e o anjo que o
acompanhava disse-lhe que os ramos de oliveira eram dois ungidos
que estavam diante do Eterno Rei de toda a Terra. Por isso, os ramos
de oliveira dos dois lados representam o anseio de Israel por paz, pela
chegado do Mashiach (Messias) e pela reconstrução do 3º templo.

Da Oliveira a unção e o incenso. Do fruto da oliveira é ex-


traído o azeite e este era usado para unção dos sacerdotes e uten-
sílios do templo e para acender o candelabro diante Do Eterno. O
azeite da oliveira era também um dos componentes aromáticos
usados no altar de incenso, o altar de ouro, ordenado por Adonai
a Moshê (Moises). O texto bíblico fala: “E nunca falte azeite sobre
tua cabeça”.(Eclesiastes 9:8). Com esse azeite somos ungidos; a san-
ta unção que representa O Espírito santo. (Êxodo 30:25).

A moeda tem o mesmo nome dos tempos bíblicos.

(à direita moeda atual e a esquerda Moeda do tempo do 2º.Templo encontrada em


atuais escavações).
Há quase 4.000 anos, o “shekel” (traduzido em português
como “siclo”) foi a moeda usada por Abraão, quando comprou a
133
Israel - Cumprindo Profecias

caverna de Macpela com 400 siclos de prata (Gênesis 23). O siclo


(shekel) era a moeda usada para se ofertar no Templo em Jerusa-
lém e para pagar o tributo. Agora Israel volta a usar essa moeda
bíblica e como sua moeda corrente.

A Estrela de David.
Significado. A estrela de David tem
seis pontas externas e mais seis pontas
internas (seis pontas azuis e seis brancas)
perfazendo o total de doze pontas, que é
o número das doze tribos de Israel, sob
o cuidado de Adonai.
A estrela é uma figura divergente,
pois todos os pontos saem de dentro para
fora, isso representa que O Deus de Israel
será levado a todas as nações e conhecido em todas as direções. O
Seu Santo Nome será levado a todos os lados da terra, porque Ado-
nai escolheu a Israel, para através dele, fazer Seu Grande Nome ser
conhecido em toda a terra. (jamais os deuses da terra serão levados
a Israel, por isso a figura é divergente e não convergente).
No meio da bandeira de Israel existe uma ESTRELA DE
DAVID (Maguen David) (literalmente “escudo” de Davi,) é um
dos símbolos judaicos muito importante. Segundo a tradição ju-
daica a estrela simboliza um selo ou um escudo de armas criado
pelo Rei Davi para dizer que “Adonai é O nosso Escudo”. O sím-
bolo recebeu o nome de David, que sempre confiou que o Reino
de Adonai se estendia a todos os cantos do mundo e, por esta
razão, não temia reis humanos. (I Reis 3:15).
O Maguen David (estrela de David) é usado em sinagogas
e cemitérios, ornamenta os livros da Toráh e o cortinado da Arca
Sagrada. Simboliza que Adonai reina acima, embaixo e nos qua-
134
Sarah Elzeny Zayit

tro pontos cardeais.


Por esse motivo a bandeira do povo judeu, tem no centro
dela um dos mais antigos símbolos nacionais judaico. Dessa for-
ma, expressamos nossa crença de que confiamos não apenas no
nosso exército, mas, principalmente, na Fortaleza do Senhor dos
Exércitos de Israel. “Israel, confia no Eterno, Ele é seu socorro e seu
escudo” (Salmos, 115:9).
Davi foi o Rei mais importante de Israel, porque foi esco-
lhido por Adonai e era segundo o Seu coração. Hoje O Eterno
procura homens segundo o Seu coração, com quem possa contar.
Homem que ignore as vozes estranhas, e que escute somente a
Adonai, como Davi em frente ao gigante Golias. Todos diziam
para que não enfrentasse aquele filisteu, mas Davi ouvia somente
a voz do Espírito de Deus. Acredito que em seu coração podia
ouvir Deus dizer: “vai Davi e Eu serei contigo”. A promessa de
Adonai sobre o Mashiach (Messias) de Israel é que viria de Davi.
Por isso é chamado “Filho de Davi”.
Existe a estrela David esculpida em pedra nas ruínas da an-
tiga cidade de Kfar Nachum (Cafarnaum), pertencia a sinagoga
daquela cidade na Galiléia, o que confirma que o símbolo já era
usado pelo povo judeu por volta do primeiro século d.C. (Foto:
estrela de David,do 1º sec., em Cafarnaum)

135
Israel - Cumprindo Profecias

Bandeira de Israel.
Os idealizadores da ban-
deira sionista a criaram o mais
espiritual possível! Obedecendo
ao que disse O Eterno: “Neste
mundo fiz convosco estandartes,
como foi dito, cada homem com
seu estandarte (sua bandeira),
com emblemas da tribo de seus
pais” (Números 2:2).
A bandeira de Israel teria que ser algo com representação,
não apenas cívico, mas espiritual, porque Adonai ordenou que
se levantasse estandarte e disse: “E farei deles estandartes para
O Meu Nome. Porque são meus filhos, como é dito, ‘sois filhos de
Adonai, e Ele vosso Deus’. E são meus exércitos”.
A escolha da bandeira israelense. David Wolffsohn, que
participou do Primeiro Congresso Sionista, em 1897, detalhou a
história do nascimento da bandeira israelense:
“A convite de nosso líder, Herzl, vim para a Basiléia para os
preparativos do Congresso. Entre muitos outros problemas que me
ocupavam, havia um que continha algo da essência do problema
judaico: Que bandeira seria pendurada no Salão do Congresso?”.
“Então tive uma idéia. Temos uma bandeira, e é azul e bran-
ca. O talit (manto de orações), com o qual nos cobrimos quando
oramos: este é nosso símbolo!. Vamos tirar o talit de sua sacola e
vamos desenrolá-lo perante os olhos de Israel e os de todas as na-
ções. Então encomendei uma bandeira azul e branca com a Estrela
de David pintada.
“Foi assim que a bandeira nacional de Israel, que esteve no
Salão do Congresso, e novamente surgiu”.

136
Sarah Elzeny Zayit

Adonai ordenou que se fizesse estandarte (bandeira).


“Os que armarem as suas tendas do lado do oriente, para o
nascente, serão os da bandeira do exército de Judá, segundo os seus
esquadrões.” (Números 2:3)
Moisés (Moshê) instituiu estandartes (bandeiras) para cada
uma das tribos. “Cada um sobre o seu estandarte, com as insígnias
da casa de seus pais, acamparam os filhos de Israel” (Números 2:2).
“Cada estandarte terá o seu símbolo e nele um mapa. E a cor do
estandarte de um será diferente da cor do estandarte do outro”.
Moisés não foi o primeiro a atribuir importância aos estandar-
tes. Jacó (Yacov) já ordenara isso a seus filhos e foi ele quem estabe-
leceu estandartes para as tribos. A outorga de estandartes é sinal do
carinho especial de Adonai pelo Povo Judeu na identificação deles.

Brasileiros vestidos com estandartes representando as tribos de Israel,


na Festa de Sucot em Jerusalém.

A bandeira, (o estandarte) de Moises expressava também o


fato do povo judeu ser o povo eleito de Adonai, e seu compromisso
para com Seus mandamentos, preceitos, concertos e alianças, e sua
aspiração de aderir à Shechináh (A gloria de Sua presença no meio
do povo). Com seus estandartes, o povo de Israel era forte e pode-
roso e todas as nações os observavam e surpreendiam-se. E os filhos
de Israel lhes diziam: “Porventura podeis nos conferir a grandeza
que nos deu nosso Deus no deserto com seus estandartes? Podeis
137
Israel - Cumprindo Profecias

fazer o mesmo?” Os estandartes eram


sinal de glória, de vitória e de honra.
A existência de uma bandeira para o
povo de Israel é uma questão religiosa
muito mais significativa do que para
outros povos. Como dissemos, é um
símbolo não somente cívico, mas tam-
bém espiritual.
As faixas azuis (como o Talit) e
com a estrela (Maguen) de David no
centro, figuram a abertura do Mar ver-
melho pelo Eterno e os filhos de Israel
(representados pela estrela: dose pontas, dose tribos) passando pelo
Mar a pés enxutos, levados por Adonai em direção a Terra Prome-
tida. Quando vemos a bandeira de Israel, nos lembramos da fé e das
orações de muitas gerações de judeus que esperaram o retorno ao
seu Lar.

O Shofar. No hebraico “‫”שופר‬.“Tocai o shofar na terra” (Je-


remias 4:5)

*Nota: o texto original diz: “Tikiu shofar baeretz” “Tocai shofâr na


terra”.
Shofar, instrumento natural (feito de chifre de carneiro). É um
dos instrumentos de sopro mais antigos usados pelo homem. So-
mente a flauta do pastor - chamada Ugav na Torá, o iguala em idade.

(O shofar e musicas são tocados nas ruas de Jerusalém,


por ocasião da Festa dos Tabernáculos)

138
Sarah Elzeny Zayit

O shofar é o mesmo instrumento usado há milhares de


anos. Ele é mais conhecido como a trombeta bíblica (por causa da
tradução atual da bíblia). Muito usado em Israel desde os tempos
bíblicos para santa convocação (Levítico 23:24 e Êxodo 19:13 a
17); usado nas guerras, para intimidar o inimigo, ou convocação
para guerra. Foi usado por Gideão com seus 300 homens quando
venceram os midianitas (juízes 7:19). Por Josué quando conquis-
tou Jerico e foram derribados os seus muros (Josué 6:4 a 20).
O shofar, para os judeus, não é um instrumento não é usado
para lazer ou divertimento, mas, é considerado sagrado, e por isso
é usado apenas nos momentos importantes e sagrados. O shofar
lembra o carneiro sacrificado por Avraham (Abraão) no lugar de
Ytzak (Isaque) através da história da Akedá (sacrifício de Ytzak),
lida no segundo dia de “Rosh Hashaná” (passagem do ano judaico).
O mandamento bíblico diz: “Anunciai em Judá e fazei ouvir
em Jerusalém: Tocai o shofar na terra” (Jeremias 4:5). O shofar
tem sido usado como instrumento musical para louvor e adora-
ção a Adonai (salmo 98:6); usado para assinalar o inicio do ano
jubileu e também para anunciar o começo de cada mês (a lua
nova), (toques curtos; e apenas no 7º mês são toques longos) (Le-
vítico 23:14) período de Santa Convocação, como no dia em que
Moises convocou o povo no Sinai para o encontro com Adonai
(Êxodo 19:16). Portanto o toque do shofar nos lembra da entrega
da Torah (Pentateuco).
O toque do shofar fazia parte, originalmente, do ritual de culto
do Tabernáculo, e depois no Templo. Mais tarde passou a ser usado
nas sinagogas. Ate hoje é tocado no mês de Elul, porque foi quando
Moises subiu ao Monte Sinai para receber a “Lei”, pela segunda vez.
Há uma tradição rabínica que diz que quando o SHOFAR
soava em Israel, ADONAI se levantava de seu trono de juízo e se
assentava em seu trono de misericórdia, por causa do texto de
Salmo (47.5): “Eleva-se Adonai ao som da Teruah, O Eterno na
voz do shofar, com júbilo, ao som do shofar”. (Teruah é o toque do
139
Israel - Cumprindo Profecias

shofar de convite ao arrependimento e retorno a Deus).


Hoje ele é tocado nas festas bíblicas, nas comemorações im-
portantes como ocorreu na reconquista de Jerusalém, que o Rabi-
no Shlomo Goren, tocou o shofar louvando e agradecendo a Ado-
nai pelo cumprimento de suas promessas. Isto nos mostra quão
importante foi e tem sido, o som do SHOFAR para o povo Israel.

Há promessas para quem conhece o som do shofar Do


Eterno.
“Bem-aventurado o povo que conhece o “Teruah” (toque do
shofar) de Adonai.”.

*nota: nas traduções bíblicas atuais lemos; “que conhece o som festi-
vo”, porém, no original hebraico diz: “‫רּועה יהוה‬
ָ ‫”יֹוד ֵעי ְת‬
ְ “Iodei Teruah Adonai”
“Conhece o som do shofar de Adonai”. O texto continua mencionando as
promessas: “...sob a Tua luz hão de caminhar. “Por Teu Nome regozijar-se-
-ão cada dia; por Tua justiça serão exaltados”. (Salmo 89:15-18)

O toque do shofar nas comemorações e nas festas bíblicas.

140
Sarah Elzeny Zayit

No Ano Novo (Rosh Hashanah) Há um total de 100 toques.


O primeiro toque é o “TEKIÁH”, toque direto e longo (compri-
do, corrido, sem interrupção)   nos traz uma mensagem e ensino
bíblico sobre a separação que houve entre o homem e seu Cria-
dor. Lembra-nos o dia que o homem pecou contra ELOHIM no
Éden, onde ocorreu a grande separação. Por isso é um tom longo,
tão longo quanto a separação entre os homens e ELOHIM. O Ta-
nach diz:”Assim como os céus são mais altos do que a terra, assim
são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e
os Meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”.
Toque longo anunciará O Mashiach e a ressurreição! Hoje
o Tekiah, toque longo lembra nossa separação de Adonai, mas
quando O Messias (Mashiach) chegar haverá um toque anuncia-
dor, e os mortos ressuscitarão. O TEKIAH anunciará a Majestade
do Senhor e Rei de Israel. Esse toque longo anunciará a chegada
Do Mashiach (Messias) de Israel e a ressurreição dos mortos e
o inicio do Reino de Adonai sobre toda a terra. Paulo (rabino
Shaul) fala aos Tessalonicenses (4:16) que o grande shofar soará
e os mortos ressuscitarão. (Coríntios 15:52), na chegada do Mes-
sias. Fala ainda (em I Tessalonicenses 4:16): “Porque O mesmo Se-
nhor descerá dos céus, com alarido e com voz de arcanjo e com o
shofar de Deus (trombeta de Deus) e os que morreram em Cristo,
ressuscitarão primeiro”.
O segundo toque é o SHEVARIM (Três sopros médios,
nem curto nem longo), é um convite à santificação e à adoração.
O SHEVARIM é para lembrar que O Mashiach (Messias) virá. É
uma série de três toques que, expressam o gozo interior em meio
às aflições do mundo, confiados que finalmente o Reino dos céus
será implantando em toda a terra. Quando SHEVARIM é toca-
do, reafirmamos nossa fé na volta do Messias. Este toque tam-
bém manifesta o ensino bíblico, da convocação de ADONAI para
adorá-Lo.
O terceiro toque “TERUAH” (mencionado no Salmo 89, é
141
Israel - Cumprindo Profecias

uma combinação de nove sopros curtos, seguidos um do outro),


que convoca-nos a despertar do sono e leva-nos a uma reflexão
profunda sobre nossas vidas diante do Criador. “TERUÁH é um
convite de retorno a Adonai, um auto-exame espiritual, arrepen-
dimento e volta a Adonai; é como uma voz que nos convida a
analisarmo-nos introspectivamente e ver como estamos em nossa
relação com Adonai”. É um convite pessoal que O Eterno “Ben-
dito seja Ele” faz a todos nós, a que voltemos à Sua herança, Sua
provisão, Sua comunhão e ao Messias de Israel.

Maimônides disse sobre o que representa o toque do shofar:


“Acordem de seu sonho... e meditem sobre seus atos”. “Lem-
brem-se de seu Criador e voltem a Ele, penitentes. Não pertençam
aos que ignoram os valores reais, enquanto perseguem sombras e
desperdiçam seus anos em busca de coisas vãs, que não trazem be-
nefícios e nem salvação. Que cada um abandone seus caminhos er-
rados e pensamentos indignos e volte Ao Eterno, para que Ele tenha
piedade de vocês”. *(Hilkhot Teshuvah III,4)
A ordem dos toques em Rosh Hashanah. Tocam-se três
séries: 1- Um toque longo, um médio, um curto e outro longo.
2- Um toque longo, um médio e um curto. 3- Um toque curto,
um médio, e um curto.(repetindo-se por três vezes). (Os ashque-
nezim costumam tocar um longo no final).
O toque do shofar é o grito do atalaia!. “Pus atalaias so-
bre vos dizendo: Estai atentos a voz do shofar”. (Jeremias 6:17) O
profeta Joel (2.15-17) disse: “Tocai shofar em Sião, santificai um
jejum, proclamai um dia de assembleia solene. Congregai o povo,
santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos,
e os que mamam”.
O texto original hebraico de Joel 2:15 diz: “Tocai shofar!”. É
um imperativo: ”Tocai!” É Também uma referência à festa de Yom
Kipur (Dia da Expiação, dia do perdão), quando o toque do shofar
conclama ao povo. Os judeus do mundo inteiro jejuam nesse dia.
142
Shofar anuncia Tempos Proféticos. Nestes dias proféticos
que estamos vivendo, O Eterno tem levantado atalaias em todo o
mundo. Quando ouvimos o toque do shofar somos despertados
ao conclamar do Eterno dizendo: “Tocai shofar!” Proclamai um
jejum!, voltem-se para Mim!
“Erguei canções de júbilo a Deus, que é a nossa fortaleza;
fazei soar alegres vozes ao Deus de Jacó... Soprai o Shofar na lua
nova, no tempo fixado como dia da nossa festa. Pois esse é um es-
tatuto para Israel”. (Salmo 81: 1 a 5). “Com trombetas e ao som do
shofar, aclamai ao Rei Eterno” (Salmo 98:6). O Shofar é um dos
instrumentos que Adonai está restaurando nestes tempos profé-
ticos.
Há o toque de chamado para guerra e também o toque de
vitória. A profecia de Zacarias (9:14) diz que O próprio Deus
fará ouvir o som do Shofar anunciando vitória, no dia em que O
Eterno resgatar o Seu povo, tornando-os como joias de uma co-
roa, resplandecendo sobre Sua Terra. Ansiamos por ouvir o toque
desse grande shofar! “Adonai fará soar Seu Shofar”.
A importância do shofar para os judeus. Ao longo da his-
tória, houve vezes em que os judeus colocavam em risco a vida
para tocar o shofar, em Yom Kipur, junto ao Kotel. Assim foi du-
rante o mandato britânico na então palestina, como relata em
suas memórias o rabi Moshê Segal:
“Os ingleses haviam baixado os seguintes decretos, destinados
a humilhar os judeus, justamente no local mais sagrado de sua fé: “é
proibido orar em voz alta para evitar que se perturbem os moradores
árabes; é proibido ler de um rolo da Toráh...; é proibido tocar o sho-
far em Rosh Hashaná e Yom Kipur”. O Governo britânico colocou
mesmo um intenso policiamento no Kotel para garantir a aplicação
das medidas. No Yom Kipur daquele ano de 1930, eu me encontrava
no Muro, orando. Durante o breve intervalo entre a oração de Mus-
saf e a de Minchá, ouvi de passagem umas pessoas cochichando com
outras: “Onde teremos que ir para ouvir o shofar”? Aqui, será impos-
143
Israel - Cumprindo Profecias

sível tocá-lo. Há tantos policiais quanto há fiéis, orando... O próprio


comandante da polícia estava lá, para se assegurar de que os judeus
não iriam fazer soar o toque longo e solitário que encerra o jejum.
Fiquei atento aos sussurros e pensei, com meus botões: Será
possível privar-nos do som do shofar que acompanha a nossa pro-
clamação da Soberania Divina? Será possível privar-nos do toque
do shofar, símbolo da redenção de Israel? ... Aproximei-me do Rabi
Yitzchak Horenstein, que fazia às vezes de rabino de nossa “congre-
gação”, e lhe disse:
“Dê-me um shofar”.
- “Para quê?”
- “Vou tocá-lo”.
- “O que você está dizendo? Não está vendo os policiais?”
- “Pois eu vou fazê-lo soar”.
O Rabino se afastou de mim, abruptamente, não sem antes
lançar um olhar para o pequeno púlpito do lado esquerdo, bem no
fundo da ruela. Logo entendi que o shofar estava lá dentro. Quando
chegou a hora do toque do shofar, fui até a pequena armação de
madeira e me inclinei sobre a mesma.
Abri a gaveta e fiz o shofar escorregar pra dentro da manga do
paletó, escondendo-o. Pronto; estava já em minha posse, mas, e se eles
me vissem antes de eu ter a chance de soprá-lo? Na época, eu ainda
era solteiro e, pelo costume ashquenazita, não podia usar o talit.
Voltei-me para a pessoa que orava ao meu lado e lhe pedi
emprestado o dele. Meu pedido deve ter-lhe parecido estranho, mas,
como os judeus são um povo bondoso, ainda mais nos momentos
mais sagrados do mais sagrado dos dias, ele me entregou o seu xale
de orações, sem dizer palavra.
Envolvi-me com o seu talit. Naquele momento, então, sen-
ti que havia criado um domínio privado, só meu. Em meu redor,
prevalecia um governo estrangeiro que governava o povo de Israel
até mesmo em seu dia mais santificado. E, apesar de estarmos no
local mais santificado para a nossa fé, não tínhamos a liberdade de
144
Sarah Elzeny Zayit

servir a nosso D’us. Só que, sob esse talit, o domínio era outro, por
completo; era outra realidade. Aqui não estava sob o domínio de
nenhum outro, a não ser o meu Pai Celestial. Aqui eu faria o que ele
me ordenava - e não havia força na Terra que me impedisse de fazê-
-lo. Quando foram proclamados os versos finais da oração de Neilá
- “Escuta, ó Israel”, “Abençoado o Seu Nome” e “o Eterno é D’us
Único” - agarrei o shofar e fiz soar um toque longo, nítido, triunfal.
Tudo aconteceu muito rapidamente. Muitas mãos me agarravam.
Tirei o talit que me cobria a cabeça e deparei-me com o comandante
da polícia, que ordenou a minha prisão.
Levaram-me à kishla, a prisão da Cidade Velha, e um poli-
cial árabe foi destacado para fazer a minha guarda. Muitas horas
se passaram. Ninguém me deu comida nem água para quebrar o
jejum. À meia-noite, o policial recebeu ordens de me libertar - e o
fez sem dizer palavra.
Foi então que eu soube que o Rabino-chefe da Terra Santa,
Rabi Avraham Yitzchak Kook, informado da minha prisão, conta-
tara imediatamente o secretário do Alto Comissariado sobre a Pa-
lestina, pedindo a minha soltura.
Ao ver recusado o seu pedido, afirmou que ele continuaria
jejuando e não quebraria o jejum do Dia Santo até que eu fosse li-
bertado. O Alto Comissário resistiu durante várias horas, mas, por
respeito ao Grã-rabino, sem outra opção acabou cedendo.
Nos dezoito anos que se seguiram até a conquista árabe da Cidade
Velha, em 1948, o shofar soaria no Kotel, a cada Yom Kipur, tocado por
homens que sabiam que seriam presos por sua parcela de responsabilidade
em reivindicar o nosso direito à mais sagrada de todas as nossas posses.
Os ingleses logo entenderam o significado daquele toque im-
ponente; sabiam que era o que derrubaria, definitivamente, o seu
mandato sobre a nossa terra, da mesma forma como as muralhas
de Jericó tinham ruído ante o som do shofar de Josué. E fizeram
tudo que estava em seu poder para evitá-lo”.

145
Israel - Cumprindo Profecias

*(Tradução e adaptação: Lilia Wachsmann. Este texto é um trecho


das memórias do Rabi Moshê Segal (1904-1985), Chassid do movimento
Lubavitch, muito atuante na luta pela libertação da Terra Santa do domí-
nio britânico. publicado no site www.chabad.org

A LÍNGUA HEBRAICA
A profecia diz: “Farei que voltem a conhecer um idioma
puro, escolhido, com o qual todos possam invocar o Nome de Ado-
nai”. (Sofanias 3:9).

*Nota: Há algumas traduções bíblicas do texto de Sofanias 3:9 di-


zem: “darei lábios puros”. Porém o texto original do hebraico diz: “‫שפה‬
‫“ ”ברורה‬Safah Bruchah” que quer dizer idioma puro, selecionado, claro,
evidente e escolhido. O texto continua: “Com o qual (idioma) todos pos-
sam invocar O Meu Nome”.

Hebraico é o idioma mais antigo conhecido pela humanida-


de. Foi a comunicação de Adonai com o homem. A terminologia na
qual o universo foi criado. O idioma da Toráh, dos profetas, e dos
salmos. O vernáculo dos Patriarcas. A língua mãe do povo judeu.
Após a diáspora, por séculos o hebraico foi usado somente
na liturgia, orações e leitura da Torah, mas com o renascimento
do Estado de Israel renasce também a língua hebraica. Em 1922
ela volta a ser usada, não apenas em liturgia. Hoje podemos jun-
tos invocar O Nome Do Eterno, na mesma língua, cumprindo
assim a profecia de Sofanias.
O hebraico bíblico é a língua
oficial de Israel. Sabe o que Isso de-
nota? Que ainda hoje seria possível
nos comunicar, em hebraico, com
os profetas, com o salmista David
e com outros personagens bíblicos.
Uma língua que nunca se deixou de
ser usada, pelos judeus, (dispersos e
146
Sarah Elzeny Zayit

sem Pátria), nas liturgias, nas orações, leituras bíblicas, nas festas,
e nas canções, nos quase dois mil anos de diáspora (fora de Israel)
em qualquer lugar do mundo onde existisse um judeu. É curio-
so que até as canções e comidas são as mesmas em todo o mun-
do onde há judeu. E através da língua hebraica Deus preservou a
existência de Seu povo.
A língua hebraica manteve em seu estado original e não se
modificou com o passar do tempo como aconteceu com as outras
línguas, mas se conservou igual ao hebraico bíblico. No Hebraico
atual, Eliezer Ben-Yehuda apenas acrescentou palavras que antes
não existiam, como por exemplo: avião, antibiótico, etc., preser-
vando a integridade da língua.
Seria impossível hoje conferir os textos sagrados, escritos
há 2000 anos (encontrados há pouco tempo) se O Próprio Deus
não tivesse feito com que os judeus dispersos, vivendo em muitos
países com idiomas diversos, ainda soubessem e usassem o he-
braico. A língua com a qual a Palavra Dele foi escrita. Isso é um
verdadeiro milagre!
Sabemos que não há registro na historia da humanidade, de
nenhum outro povo antigo, como aconteceu a Israel, que tenha
estado espalhado por toda a terra e por tanto tempo e voltando
a sua terra, possui uma linguagem nacional. Isso é um milagre!
Providência de Adonai!
Em Babel Adonai confundiu as línguas e espalhou os po-
vos. Em Israel Adonai volta a unir os povos e a língua (uniu ju-
deus de mais de uma centena de países e dezenas de idiomas), Ele
nos reuniu novamente, com uma só língua, o hebraico, e como
um só povo que deve ser receptor, portador e transmissor de sua
glória para toda a terra, como testemunha viva de que Adonai
falou e cumpriu cada uma de suas promessas.

147
A CONSTITUIÇÃO DE ISRAEL É A BÍBLIA
A Bíblia (Tanach) é a
Constituição, a instância máxi-
ma para a legislação do Estado
de Israel, que é um Estado de-
mocrático e moderno, contu-
do sua legislação se baseia em
fundamento bíblico, honrando
e respeitando a Teocracia. Seus
juízes são rabinos fiéis estudio-
sos da Bíblia (chamados sábios).
Israel não faz escritura definitiva de posse de uma propriedade,
porque está escrito: “a terra não será vendida em perpetuidade,
porque Minha é a Terra e vos sois moradores para Mim”. (Levítico
25:1, 2 e 23).
Em Israel não existe casamento civil, só existe a cerimônia
religiosa rabínica. Os cohanim (descendentes de Arão) não po-
dem se casar com pessoas divorciadas, segundo o que Adonai or-
denou a Moises.
O sábado e as festas bíblicas são respeitados. Nas festas bí-
blicas as maiores autoridades do País vêm ao publico para ler a
Bíblia, e proferir bênçãos sobre a nação; e nesses dias não se faz
nenhum trabalho (a não ser os de emergência) em todo o Pais.
Soldados israelenses prestam juramento com a Bíblia sobre
o peito e com a arma na mão.
No Muro das Lamentações (Kotel) o soldado do Exército
de Defesa de Israel faz seu juramento de fidelidade a Adonai e a
Israel, ocasião em que recebe uma arma e uma Bíblia (Tanach) e
não deve separar-se dessas duas coisas momento algum.
Israel é um dos países mais modernos do mundo. Contu-
do não abandona as tradições dos antepassados, mas, se conser-
va o antigo, valorizando a historia e os mandamentos bíblicos. A
exemplo disso, na Pessach (Páscoa) é proibida venda de qualquer
148
alimento fermentado ou pão que não seja o ázimo (pão sem fer-
mento) conforme o texto bíblico.
Oremos para que Israel continue sua volta à antiga Bíblia, e
para que vá se tornando mais e mais um recipiente com formato
do programa Divino, afim de que cada profecia venha se cumprir

149
3ª PARTE - O POVO DE ISRAEL

“Israel é a vara de Sua herança; Adonai dos Exércitos esse é


o Seu Nome” (Jeremias 10:16).

151
Israel - Cumprindo Profecias

O NOME ISRAEL
Os termos: Hebreu, Israel, e judeu, historicamente são usa-
dos como sinônimos. A Bíblia (O Tanach) se refere a Abraham
(Abraão) como hebreu (Ivri, que significa: do outro lado); talvez
por ter imigrado do outro lado do Rio Eufrates. Israel foi o nome
dado pelo anjo, no vale de Jaboc, a Yacov (Jacó neto de Abraão)
quando lutou com Ele e prevaleceu. Seus descendentes foram
chamados de “Bnei Israel” Filhos de Israel, que depois de consti-
tuída uma Nação foi chamada de “Israel”, já nos tempos bíblicos.

(Meninas da força de defesa de Israel)

em sua integra e em breve.


O termo judeu deriva de Judá filho de Israel de quem veio a
mais proeminente das doze tribos de Israel. Foram denominados
judeus, quando os habitantes da Judéia sobreviveram à queda do
reino Setentrional em 722 a.C.
O nome de Israel é mencionado mais de 2000 vezes na
Bíblia: Como pessoa (Gênesis 32,29); como povo (Êxodo 3:10;
Deuteronômio 26,15; II Samuel 7:7ss.); como comunidade reli-
giosa (Ex 12:3; Levítico 16,5; Números 15:25.; Isaias 8:35; 1Reis
152
Sarah Elzeny Zayit

8:5.; II Crônicas 30:1); como País (2Rs 6:23; Ezequiel 11:17; 20:38.
42; 37:17); como nome de Estado para o Reino do Norte e, mais
tarde, para o reino do sul de Judá (I Samuel 17:52; 18,16).

(Soldado israelita orando no Muro das Lamentações)

Hoje, o povo é chamado Judeu, sua fé Judaica, sua língua


hebraica e sua Terra e Pátria Israel, sua Capital Jerusalém. Fala-
remos neste capitulo sobre “Israel Povo”.

A ESCOLHA DE ADONAI
Israel é escolhido por Deus
como povo da aliança, segundo as
afirmações do Antigo e do Novo
Testamento. Essa escolha é decisão
livre Do Deus Soberano e Eterno,
A Quem tudo pertence (Deutero-
nômio 7:7.), pela qual (escolha) Se
ligou em aliança eterna a Abraão
e aos seus descendentes (Gênesis
17:7; Romanos 11:25 a 32).
Essa escolha não significa

153
Israel - Cumprindo Profecias

preferência, mas sim uma incumbência especial. Israel e os seus


descendentes são, como “servos de Adonai”, ao mesmo tempo
testemunhas de Deus neste mundo (Isaias 41,8-9; 44,1). Escolhi-
dos por Adonai para servi-Lo e para fazer conhecido Seu Grande
Nome em toda a terra e a com sua perpetua existência (apesar de
quase dois mil anos de exílio), e no cumprimento de Suas pro-
messas para com esse povo, provar a veracidade de Sua Palavra, e
de Sua fidelidade para com Abraão Seu servo.
O povo da Promessa. O Texto sagrado diz: “O Senhor teu
Deus te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, dentre
todos os povos que há sobre a terra... O Senhor não os escolheu pela
multidão, porque éreis menos em número do que todos os povos;
mas porque vos amava e para guardar o juramento que jurara a
vossos pais. O Senhor vos tirou com mão forte e vos resgatou da ser-
vidão do Egito. O Senhor é Fiel e guarda o concerto” (Deuteronômio
7:6 a 9).
A Torah diz: “Eu Sou o Senhor vosso Deus, que vos separei
dos povos. Ser-me-eis santos; porque Eu, O Senhor, Sou Santo, e
separei-vos dos povos, para serdes Meus” (Levítico 20.24,26).
A Palavra de Adonai declara repetidas vezes e com clareza
que Israel é Seu povo peculiar, especialmente escolhido e que ja-
mais perderá essa condição singular. O destino de Israel, ordena-
do pelo Eterno para cumprir Sua vontade no mundo, é o tema das
profecias bíblicas. As profecias sobre o Messias estão inseparavel-
mente ligadas ao Seu povo Israel. Foi em Israel, e através dele que
o Messias judeu (Mashiach), se revelou.

PROVA CIENTÍFICA DA LINHAGEM SACERDOTAL


Prova incontestável da escolha sacerdotal.
A ciência prova a cada dia a veracidade das Escrituras
Sagradas. Uma das provas é a linhagem sacerdotal, a descendência
do Sacerdote Aaron (Arão).
154
Sarah Elzeny Zayit

O professor Karl Skorecki é um kohen (descendente da fa-


mília sacerdotal), é também nefrologista sênior (especialista do
sangue) no hospital de Rambam em Haifa; é “o cabeça” da medi-
cina molecular na escola médica de Technion de Israel. Um jornal
de Jerusalém datado três de janeiro de 1997 e a revista britânica
Natureza (2 de janeiro de 1997) publicaram que o Dr. Skorecki
e seus colegas, juntamente com o Professor Michael Hammer,
da Universidade do Arizona, encontraram um cromossomo ge-
nético que liga originalmente os judeus da linhagem sacerdotal
descendentes de Aaron (Arão), os Kohanim (família sacerdotal).
Um marcador particular (YAP-) foi identificado em 98,5 % dos
Cohanim. Marcador conhecido como: “Cohen Modal Hapoltype
(CMH)”, comentado na “Discover The Magazine of Science”. 28
de setembro de 2009.
Os investigadores encontraram entre os judeus Kohanim
Ashkenazi (europeu) e também Sefaradi (espanhol e meio orien-
te) uma variação do cromossomo Y. Os cientistas obtiveram
amostras genéticas de homens Judeus que vivem em três nações
diferentes que eram Kohanim (família sacerdotal).
Os fenótipos genéticos de 188 judeus descendentes dos Ko-
hanim eram diferentes geneticamente daqueles Judeus que não
eram kohanim. Os investigadores encontraram um tipo prepon-
derante somente nos kohanim. Esta é uma evidência muito forte
que estes indivíduos são descendentes de um só homem, Arão o
sacerdote, que viveu há 3.500 anos. O professor Skorecki não es-
colheu os kohanim baseado em seus nomes (Cohen, Rappaport,
ou Shapiro, etc.). Rather, perguntou se sua tradição da família os
reivindicava como kohanim.
O Eterno os separou a família de Arão (irmão de Moises)
dos demais quando mandou que os ungisse para o sacerdócio e
disse que seriam sacerdotes perpetuamente (Êxodo 29:9). Essa é
mais uma prova de que A Bíblia é a verdade; é a Palavra de Adonai
e de que Ele escolheu esse povo.
155
Israel - Cumprindo Profecias

O CHAMADO DO ETERNO
A história do povo judeu tem sua origem há 3800 anos.
Quando Adonai chamou Abraão e lhe fez promessas. Ele saiu de
sua terra natal, Ur dos caldeus, terra cheia de idolatria, de muitos
deuses e divindades guerreiras. Adonai lhe deu uma nova visão
sobre o homem e sua natureza e principalmente sobre Ele Próprio
como “Deus Único” O qual transformou Abraão. Sua partida de
sua terra natal representa total rompimento com todas as ideias
pagãs e idólatras, lá existentes. Ali começou o Judaísmo, com a
visão de UM ÚNICO DEUS, que age com propósito moral e cujo
atributo principal é o amor. Isso criou em seus descendentes uma
unidade impar.

A UNIDADE DO POVO
Mesmo dispersos, os judeus sobreviveram como um povo,
uma família. (Citarei um pequeno exemplo dessa unidade e soli-
dariedade). O depoimento a seguir exemplifica a maneira judaica
de ser e viver.
Depoimento do escritor e jornalista Zevi Ghivelder para a
Revista “Morashah”:
“Quando fui ao norte do país, até o Golan, paramos no kibutz
Gadot que uma semana antes e durante os três primeiros dias da
guerra tinha sofrido intenso bombardeio da artilharia Síria. Mais
de dois terços das construções do kibutz estavam destruídas e no pá-
tio das crianças não havia uma só gangorra de pé. Ali conheci um
marceneiro que trabalhava no conserto de portas e janelas. Ele de-
via ter uns cinqüenta e poucos anos, vestia calção e camiseta, falava
e gesticulava com o bom humor espontâneo dos gordos. Pediu-nos
uma carona até Tel Aviv, o que nos surpreendeu, porque pensáva-
mos que ele fosse habitante do kibutz. Não! Ele estava ali trabalhan-
do como voluntário, conforme nos relatou: “Quando eu soube o que

156
Sarah Elzeny Zayit

tinha acontecido aqui em Gadot, imaginei que o pessoal ia precisar


de portas e janelas; Peguei minhas ferramentas e vim para cá”.
Enfatizei este episódio, porque ele sintetiza todo o sentimen-
to de solidariedade que perpassava a população de Israel ao cabo
da Guerra dos Seis Dias. Poucas vezes na história uma sociedade
humana encarou o perigo com tamanho espírito de união. Cada
israelense se considerava dono da vitória militar alcançada em três
frentes de combates. ... Da Galiléia ao Mar Morto, todos os israelen-
ses se referiam à guerra na primeira pessoa do plural. Jamais ouvi
alguém dizer, por exemplo, “quando o exército ocupou tal cidade...”
O que se escutava, de forma invariável, era o seguinte: “Nós con-
quistamos Jerusalém depois de muita luta; mas entramos em Belém
sem disparar um só tiro”. Ou então: “Nós traçamos uma estratégia
perfeita”. Quem assim me falou foi um motorista de táxi que, sem
qualquer cerimônia, incluía nesse “nós” o general Dayan, o briga-
deiro Hod, comandante da força aérea, o primeiro-ministro Levi
Eshkol e a si próprio”.
A unidade do povo judeu tem sido mantida através dos
tempos por uma visão de descendência de um único antepassado:
Abraão, que obedecendo à ordem Divina, dirigiu-se à Canaã. A
história de Abraão é impregnada de uma sensação do destino di-
vino, a um homem escolhido.
Abraão a caminho de Canaã desce ao Egito, mais tarde seu
neto Jacó teve que descer com sua família ao Egito, por causa da
fome na terra, pois Adonai tinha constituído Seu servo Jose, como
governador do Egito. Depois de alguns séculos, com a morte de
faraós e substituição deles, os egípcios fizeram os hebreus escra-
vos. Então Adonai chamou Moises. Revelou-se como O grande
“EU SEREI O QUE SEREI” “‫( ”אהיה אשר אהיה‬ehie acher ehie) man-
dou que tirasse seus filhos do Egito. E Adonai operou com poder
e com sinais e mão forte os tirou do Egito, abrindo o Mar Verme-
lho e os fazendo passar a pés enxutos; os conduziu pelo deserto
durante quarenta anos. Os sustentou com manáh dos céus e tirou
157
Israel - Cumprindo Profecias

água da rocha, conservou seus sapatos e suas roupas para que não
envelhecessem. Prosseguiu com Josué através de vários milagres,
muitas pelejas, em que Adonai lhes deu vitória e os colocou na
terra que jurou que daria a eles por herança. Mais tarde, consti-
tuiu David como rei para Seu povo e seu descendente, o rei Salo-
mão, em Jerusalém construiu um Templo para Adonai que lhe fez
promessas de colocar ali Seu coração e Seus olhos todos os dias.
O povo esteve exilado na Babilônia, mas retornou pela pri-
meira vez e reconstruiu o Templo do Eterno. Após vários domí-
nios foram dispersos por toda a terra, por quase 2000 anos. Mas
Adonai havia feito um pacto eterno com Abraão e falou pela boca
de Seus profetas, que os traria de volta a sua terra e os levantaria
como Nação e o fez, porque “Adonai não e homem para mentir”.

Aliança com O Eterno.


A aliança que O Eterno fez com Abraão, Isaque e Jacó (Is-
rael), distingue seus descendentes, de todos os outros povos da
terra. O Eterno lhes promete que o Messias viria ao mundo por
Israel; Promete a terra de Israel como possessão eterna, herança
para sempre; lhes da a lei por Moisés. Seus subsequentes pactos e
promessas determinaram um relacionamento especial entre Deus
e Israel; a manifestação visível da presença do Eterno entre eles;
e o reinado prometido do Messias (Mashiach), no trono de Davi
em Jerusalém, sobre toda a terra.
“E fez O Eterno, aliança com Abraão dizendo: `A tua semen-
te tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufra-
tes” (Gênesis 15:18).
“Falou O Eterno a Moises e disse: Eu Sou O Senhor e Eu apa-
reci a Abraão, Isaque e Jacó… também estabeleci a minha aliança
com eles, pra dar-lhes a terra de Canaã” (Êxodo 6:2 a 4).
“E para vós olharei e vos farei frutificar, e vos multiplicarei, e
confirmarei a Minha aliança convosco” (Levítico 26:9).

Depois de 2.000 anos os judeus voltam para casa.


“No ano 70 de nossa era, os romanos destruíram o Templo
158
Sarah Elzeny Zayit

e arrasaram a cidade de Jerusalém. A independência dos judeus


chegou ao fim e, nas décadas que se seguiram, a maioria dos ju-
deus que viviam na Judéia, (que os judeus passaram a chamar de
Eretz Israel, Terra de Israel) foram exilados. Eles nunca perderam,
no entanto, a esperança de voltar para casa e expressaram este de-
sejo ardente em suas orações, em suas tradições e em sua literatura.
Ao final do jantar anual de Pessach (Páscoa), no Seder, os judeus
dizem uns aos outros: “No próximo ano em Jerusalém”; nos casa-
mentos judaicos o noivo recita “Se eu me esquecer de Ti, Jerusalém,
no dia da minha maior alegria,que minha destra perca sua destre-
za e minha língua se apegue ao paladar” (Salmo 137); nas orações
diárias se evoca a volta a Sião e a centralidade de Sião para o povo
judeu (os judeus oram sempre voltados para Sião)”.
A ligação dos judeus com Eretz Israel não se manifesta exclu-
sivamente em orações. De fato, através da história, sempre tem ha-
vido uma presença judaica em Eretz Israel. No final do século XIX,
quando movimentos nacionalistas tomaram forma na Europa, e
enquanto o antissemitismo crescia naquele continente, um jorna-
lista judeu austríaco de origem húngara, Theodor Herzl, começou
a organizar o movimento nacional do povo judeu – o movimento
sionista. O objetivo desse movimento foi traduzir numa solução po-
lítica, na linguagem moderna de reconhecimento dos direitos dos
homens e dos povos, o ideal de Retorno alimentado durante séculos
pelos judeus, que se expressaria num Estado independente para o
povo judeu. “O único lugar adequado a este Estado só poderia ser o
centro do sonho do retorno, Sião, ou Eretz Israel, a Terra Prometi-
da”. *.http://www.museujudaico.org.br (© Museu judaico).

159
Aliyah Física – Promessa
O termo “ALIYAH”, no hebraico “‫ ”עלייה‬significa subir `a
Terra da Promessa e subir a Adonai.”

“O Eterno pela segunda vez estenderá Sua mão para recu-


perar o remanescente de Seu povo. Erguerá um Estandarte para
as nações e congregará os dispersos de Israel e ajuntará aqueles
de Judá que estiverem espalhados pelos quatro cantos da terra”.
(Isaias 11:11-12).
O texto diz que O Eterno faria isso pela segunda vez, sendo
que a primeira foi quando Ele os trouxe de volta da Babilônia no
ano 516 a.C, na época de Ciro Rei da Pérsia, quando Zorobabel
reconstruiu o Templo. (Algumas traduções dizem “outra vez”, mas
o texto Original hebraico diz: "‫“ "שנית ידו‬Segunda vez”).
Nestes dias de cumprimentos proféticos, depois de dois mi-
lênios de exilo, Adonai traz Seu povo de volta, e sem que muitos
161
Israel - Cumprindo Profecias

deles percebessem, Ele mostra a Terra e diz: “Eis aqui a Terra,


vejam! Eu vos entreguei; entrai e possuí o que jurei a vossos pais
Abrão, Isaque e Jacó, que a daria a eles e a sua semente depois
deles” (Deuteronômio 1:8). O Eterno conduziu o Seu povo de vol-
ta à Sua terra para que a possuam na íntegra.
A Promessa diz: “Trarei meus filhos de longe” “Teus filhos
voltarão para os teus termos” (Jeremias 31:17). “Congregarei os
filhos de Israel e os levarei a sua Terra e deles farei uma nação na
terra, nos montes de Israel”. (Ezequiel 37:21e 22).
“Mas agora diz o Senhor que te criou ó Jacó e que te formou
ó Israel... trarei a tua semente desde o oriente e te ajuntarei desde
o ocidente e direi ao norte: dá, e ao sul: não retenhas, trazei meus
filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra... Eu Sou
O Senhor vosso Santo, o Criador de Israel...” (Isaías 43:6 e 15)
Chamamos “Aliah” a volta de um judeu a Terra de Israel. Ele
está subindo a Israel, porque está cumprindo profecias bíblicas. Há
também o lado espiritual, que é a sua volta para Deus, o que chama-
mos “Aliyáh espiritual”, o concerto com Adonai. *(disso falaremos
mais adiante).
O Salmo (107:3) profeticamente diz: “Ele os trouxe de terras
distantes: do oriente e do ocidente; do norte e do sul”.
O Eterno disse ao profeta Ezequiel (20:40-42): “Quando Eu
congregar a Casa de Israel dentre os povos entre os quais estão
espalhados, e Eu Me santificar entre eles, perante os olhos das Na-
ções, então habitarão na sua terra que foi dada por Mim a vossos
pais)”.

VISÃO DO PROFETA EZEQUIEL: “O VALE DOS OSSOS SECOS”.


Deus mostrou ao profeta Ezequiel, uma visão de um vale de
ossos secos que representa o povo de Israel, e o manda profetizar
sobre eles para que vivam. Assim diz o Texto profético:
“E veio sobre mim a mão do Senhor; e o Senhor me levou em
espírito, e me pôs no meio de um vale de ossos secos... e disse-me:
filho do homem: poderão reviver esses ossos? E eu disse: Adonai Tu o
162
Sarah Elzeny Zayit

sabes. Então me disse: profetiza sobre esses ossos... Então profetizei...


e os ossos se juntaram cada osso ao seu osso... e havia tendões sobre
eles, e cresceu a carne e estendeu-se a pele sobre eles...Mas não havia
neles espírito. E disse-me profetiza ao Espírito: Vem dos quatro ven-
tos, o espírito e assopra sobre esses mortos para que vivam... E profe-
tizei... Então o espírito entrou neles e viveram e puseram-se em pé,
e era um exército grande em extremo. “E disse-me: Filho do homem,
esses ossos são toda a casa de Israel”. (Ezequiel 37:1 a 11).
Notem a sequencia da visão: Primeiro os judeus retornam à
sua terra como monte de “ossos secos” voltando da dispersão para
Sião. “Cada osso juntando-se a seu osso” de volta à terra de seus
pais, “havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu
a pele sobre eles”, isto é, os que voltaram para casa se tornaram
um corpo nacional, o que começou a acontecer em 1948 com a
fundação do Estado judeu, o Estado de Israel. Isso é aliáh física,
ou seja, PROMESSA Do Eterno que se realiza.
Disse o profeta: “... E o navio trará os teus filhos de longe,
e sua prata e o seu ouro com eles, na santificação do Nome Do
Senhor teu Deus e do Santo de Israel, porquanto te glorificou”.
(Isaias 60:8 e 9).
Adonai falou pelo profeta Jeremias, que quando Ele trou-
xesse de volta o Seu povo que estava disperso entre as nações, Ele
não seria mais conhecido por ter tirado Seu povo do Egito, mas
sim por tê-los trazido
novamente da disper-
são.
“Eis que vêm
dias, diz O Senhor, que
dirão: Vive O Senhor
que fez subir os filhos de
Israel da terra do norte,
e de todas as terras para
onde os tinha lançado;
163
Israel - Cumprindo Profecias

porque Eu os farei voltar à terra que dei a seus pais”. (Jeremias


23:8; 16:14 e 15; 24:6; Is. 60:4 a 9).
“Ouvi a Palavra do Senhor, oh nações, e anunciai-a nas ilhas
de longe, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guar-
dará como pastor a seu rebanho”. (Jeremias 31: 10). “Porque eis que
vêm dias, diz o SENHOR, em que farei voltar do cativeiro o meu
povo Israel, e Judá, diz o SENHOR; e tornarei a trazê-los à terra
que dei a seus pais, e a possuirão”. (Jeremias 30:3).
“E vos tomarei dentre as nações e vos congregarei de todos os
países e vos trarei para vossa terra... e habitareis na terra que Eu
dei a vossos pais”. (Ezequiel 36: 24 e 28) . “Os tirarei dos povos e vos
farei vir dos diversos países  e os trarei à sua terra e os apascentarei
nos montes de Israel”.(Ezequiel 34: 13). “Assim diz o Senhor dos
exércitos: eis que salvarei o meu povo da terra do oriente e da terra
do ocidente; e tra-los-ei e habitarão
no meio de Jerusalém...” (Zacarias
8:7 ).
“... O Senhor tornará a esten-
der a sua mão para o seu povo... e
ajuntará os desterrados de Israel e
os dispersos de Judá congregará des-
de os quatro confins da terra”.(Isaías
11:12).”Ainda que os vossos rejeitados
estejam no cabo do céu, de lá os ajun-
tarei e os trarei ao lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar
o Meu Nome” (Neemias 1:9). Profecia de Ezequiel (11:17 a 19):
“Hei de ajuntá-los do meio
dos povos, e os recolherei
das terras para onde foram
lançados, e lhes darei a terra
de Israel”.
Há dezenas de outras
profecias bíblicas afirmando
164
Sarah Elzeny Zayit

que O Eterno traria Seu povo de volta à Sua terra.


Os judeus sempre creram e esperaram confiando na promes-
sa de Adonai, de seu retorno a terra de Israel. Por acreditar nas pro-
fecias bíblicas, um grande número de judeus deixaram seus Países de
origem e vieram a Eretz Israel (chamada na época de Palestina). E
começaram a formar de vários “Kibutzim” (Fazendas comunitárias).
“Teus filhos virão voando” diz a profecia! “Teus filhos virão de lon-
ge... Quem são estes que
vêm voando como nuvens
e como pássaros em suas
janelas?” (Isaias 60:4- 8).
É emocionante
pensarmos que há mais
de 2700 anos atrás (740
a.C.), o profeta Isaias já
podia em uma visão, ver os filhos de Israel voltando em aviões.
Claro, não havia aviões e o profeta não podia entender sua visão,
então ele se referia a eles como pássaros com janelas. Contudo
Adonai mostrava ao profeta Isaias Seu povo voltando em aviões.
Isso não é realmente maravilhoso? “(40:31), dizendo que Deus os
levaria voando: “com asas como de águias”.

A PROFECIA DIZ: “DIREI AO SUL: NÃO RETENHAS


OS MEUS FILHOS”.
No século VII um rabino do Iêmen profetizou que nos fins
dos tempos, perto da vinda do Messias, eles retornariam a Israel.
Disse ele: “Haverá um dia quando o Deus de Israel, o Deus de
Abraão, Isaque e Jacó nos levará de volta à terra prometida aos
nossos pais”. E quando chegar o tempo, este será o sinal: “Ele nos
levará de volta nas asas de um grande pássaro prateado”.
Depois da fundação do estado de Israel, em 1949 a 1950, a
Agência Judaica promoveu o regresso dos judeus do Iêmen em
uma frota de aviões DAKOTA, de cor prateada, transportou-os a
Israel, na operação denominada “TAPETE MÁGICO”.
165
Israel - Cumprindo Profecias

Quando a frota de avião chegou ao Iêmen, o povo que não


conhecia avião sentiu medo. Porém os rabinos os lembraram da
profecia do Rabino e da profecia de Isaias, então não tiveram mais
medo, e com grande alegria, voltaram em aviões a Sião, cumprin-
do as profecias.
Já em 1930 uma comunidade de 43.000 judeus iemenitas atra-
vessou a Península da Arábia e chegou à Colônia Britânica de Áden,
rumo à terra dos seus pais dizendo ter chegado a hora de partir.
Depoimento de Batya Segal, uma judia, cuja família voltou
a Sião em 1930:
“No inicio do século vinte circularam boatos de que um Es-
tado Judeu estava preste a renascer na terra de seus antepassados.
Uma certa comoção cresceu em toda a comunidade judaica de todo
o mundo e particularmente do Iêmen onde residíamos, ao pressen-
tirem que os dias Do Messias estavam próximos. Muitos judeus co-
meçaram a preparar-se para voltar para Sião, deixando para traz
tudo que possuíam, exceto seus pertences pessoais mais necessários.
Eles se lançaram numa longa e perigosa viagem pelo deserto, alguns
carregando seus filhos nas costas. Tinham pouco alimento e pouca
água para beber. Muitos sofreram de exaustão e muitos morreram;
mas morreram cheios de esperança e de fé sabendo que estavam
retornando para a terra de seus antepassados”.
Nos últimos anos da década de 1930 meu pai deixou o Iêmen
para ir a Israel (Então referida como Palestina), viajando por barco
do Iêmen ao Egito, e dali em diante por trem. A maior parte da famí-
lia morrera, ou no Iêmen ou na jornada para Israel. Com a chegada
em Israel, meu pai ficou junto com um único irmão sobrevivente.
Depois do renascimento do Estado de Israel, o novo gover-
no encarregou-se de trazer de volta os judeus de todas as partes
do mundo. Em 1950 o governo israelense promoveu uma pon-
te aérea que trouxe a Israel uma das mais antigas comunidades
judaicas da diaspora, levou para casa uma grande parte da co-
munidade judaica iemenite, num breve espaço de tempo. Muitos
166
Sarah Elzeny Zayit

deles nunca tinham visto um avião antes. O Rabino explicou-lhes


com base em Isaias (40:31), que Deus os levaria: “com asas como
águias”, o que acabou com quaisquer temores que podiam ter tido
por voar. Pois eles sabiam que profeticamente, estavam sendo le-
vados para casa, para se prepararem para os dias da redenção “”.
*(Eles pensaram por si mesmos).

DA ETIÓPIA
A profecia diz: “Da Etiópia os meus zelosos adoradores, que
constituem a filha dos meus dispersos, me trarão sacrifícios (So-
fanias 3:10)”.
Judeus vindos da Etiópia. Em 1960, missionários evangéli-
cos britânicos que viajavam pela Etiópia encontraram a tribo dos
falashas, Judeus etíopes. Apesar de isolados e de desconhecerem
o resto do mundo judeu, os membros dessa comunidade obser-
vavam o Shabat, (sábado) mantinham rígidas leis rituais da forma
como estão descritas na Toráh, cumprindo a profecia que diz:
“Meus zelosos adoradores”.
Pouco tempo depois, o estudioso Joseph Halevy decidiu
conhecê-los pessoalmente. Foi recebido com curiosidade e des-
confiança pelos nativos, que lhe perguntavam: “O senhor, judeu?
Como pode ser judeu? O senhor é branco!” Mas quando Halevy
mencionou a palavra Jerusalém, todos se convenceram. Os falashas
haviam sido separados de outros judeus por milhares de anos.
Cumprindo a profecia. No iní-
cio da década de 1980, muitos judeus
etíopes começaram a abandonar suas
aldeias nas regiões rurais, dirigindo-
-se para o sul do Sudão, de onde ti-
nham a esperança de conseguir che-
gar ao Quênia e, desse país, a Israel.
A segunda etapa de sua jornada era
167
Israel - Cumprindo Profecias

feita desde o Sudão a bordo de navios da marinha israelense, que


os aguardavam no Mar Vermelho para trazê-los a Israel.
No dia 21 de Novembro de 1984 começou uma operação de
salvamento em massa, denominada “Operação Moisés” (Mivtzá
Moshê); para tirá-los secretamente, via aérea, da África e levá-los
ao Estado de Israel. Em um dado momento, havia 28 aviões no ar.
Um dos jumbos, que normalmente poderia levar 500 passageiros,
transportou de uma só vez 1.087 pessoas, num feito anotado no
livro de recordes Guinness. Crianças nasceram durante a viagem.
Num período de poucos meses, 8.000 ju-
deus foram levados por via aérea de Car-
tum (Sudão) à Europa, e de lá para Israel.
Em novembro de 1985, a impren-
sa estrangeira começou a transmitir
notícias a respeito da operação de salva-
mento; em consequência, o Presidente
Numeiri do Sudão suspendeu a opera-
ção, temeroso da reação hostil dos esta-
dos árabes.
Após mediação americana, Numeiri permitiu que seis avi-
ões Hércules americanos trouxessem os judeus etíopes que ha-
viam restado no Sudão.
Quinze anos após a ruptura das relações diplomáticas entre
a Etiópia e Israel (em dezembro de 1989) foi reaberta a Embaixa-
da de Israel em Adis Abeba. Reatando as relações diplomáticas,
entre os Países, tornou-se possível o contato entre os olim (emi-
grantes) em Israel e seus familiares que tinham ficado na Etiópia.
Eles foram orientados a viajar a Adis Abeba e dirigir-se à Embai-
xada, para serem trazidos a Israel. No final de 1990, entre 16.000
e 17.000 judeus etíopes chegaram a Adis. Com a fuga do ditador
etíope Mengistu, o novo regime consentiu que Israel organizasse
uma operação contínua de transporte aéreo, trazendo os judeus
que viviam na Etiópia, para Israel. Assim, em 24 de maio de 1991,
168
Sarah Elzeny Zayit

na época da festa de Shavuot, 14.000 pessoas foram trazidas du-


rante a noite para Israel.

GRÁVIDAS E DE PARTO
Diz a profecia: “Eis que os trarei das extremidades da terra; e
com eles... as mulheres grávidas e de parto” (Jeremias 31:8)
Essa operação se tornou conhecida como “Mivtzá Shlomo”
(Operação Salomão), que se prolongou por 48 horas e durante a
qual nasceram sete bebês nos aviões durante os vôos. (cumprin-
do a profecia, que diz que O Eterno traria não somente grávidas,
mas as de parto). Após este salvamento em massa, mais 6.000
judeus da Etiópia fizeram aliá (vieram a Israel), trazendo o fim à
saga de 3.000 anos da comunidade judaica etíope, segundo sua
tradição.
No total, cerca de 35.000 judeus da
Etiópia vieram para Israel. Programas espe-
ciais para as crianças etíopes foram lança-
dos nas escolas; as instituições de educação
superior desenvolveram cursos preparató-
rios para os estudantes etíopes. As Forças de
Defesa de Israel também se dedicaram à ab-
sorção da aliáh da Etiópia, com uma varie-
dade de programas educacionais especiais
aos judeus etíopes.
(Em 2004 tive a oportunidade de conhecê-los de perto, convi-
vendo com eles por dois meses, no Centro de Absorção em Ashkelon.
São amáveis, alegres e festivos).

“Trarei do oriente” diz a profecia. (Is. 60:8).


Judeus de todo Oriente. Afeganistão, Malásia, Iraque (antiga
Babilônia) etc., retornam a Israel. Só do Iraque uma comunidade
inteira, 113.000 judeus regressaram a Israel em 1959, na operação
169
Israel - Cumprindo Profecias

aérea “Ali Babá”.

OLINS DE BAGDÁ.
Depoimento de Aharon Erlich arquiteto israelense: “Ficamos
comovidos com uma notícia fora do comum. A chegada de seis
“olim” (judeus que voltam a Israel) vindos do Iraque, num vôo dire-
to de Bagdá a Tel Aviv”.
“Imediatamente depois da queda do regime de Saddam Hus-
sein, os representantes da Sochnut e da Organização Hyas, trata-
ram de rastrear no Iraque os poucos judeus que ainda viviam ali. O
resultado foi que se conseguiram localizar ao redor, de 35 membros
da comunidade, quase todos anciãos e vivendo em condições suma-
mente indigentes, somente seis daquelas pessoas estavam dispostas
a viajar a Israel.
Mais que uma Operação de Aliá, este fato tem todas as carac-
terísticas de uma ação humanitária.
Ezra Levi, de 82 anos de idade, surpreendeu a todos, ao falar
um hebraico perfeito. Suas primeiras palavras foram recitar os ver-
sos de Bialik, “El Hatzpor” (uma antiga poesia hebraica), que ainda
recordava dos tempos de sua infância. Ao ser trasladado para hotel
nas imediações do Aeroporto Ben Gurion em Israel, se reencontrou
com sua irmã Dália, a quem não via fazia mais de 50 anos.
Sasson Salaj Abu-Naby de 90 anos de idade trabalhou até os
anos 50 nas vias férreas do Iraque até que foi despedido por ser
judeu. Sua prima Elan veio visitá-lo e não a via fazia 60 anos”.
*(www.visao judaica.com.br)
Imagine a grande emoção que esses imigrantes sentem, depois
de dezenas de anos sonhando com o retorno a terra de Israel, despe-
dindo-se do ano velho em cada comemoração de “Rosh Rashanáh”
(Ano Novo), dizendo: Se Adonai permitir, o ano que vem comemo-
raremos em Jerusalém! O povo Judeu que há 3.000 anos (desde o rei
Davi) mantém uma conexão vital com sua Cidade Santa. Agora po-
dem pisar na terra prometida e reencontrar seus familiares! Quantos
170
Sarah Elzeny Zayit

louvores e glorias a Deus! E Quanta ação de graça!

ENCONTRADA A TRIBO DE MANASSES


(UMA DAS DEZ TRIBOS PERDIDAS DE ISRAEL)

No nordeste da Índia perto de Bagladesh os “Bnei manashe”


(Filhos de Manasses) esperavam por 2700 anos, voltar a Terra de
Israel. Agora, reencontrados eles retornam.
Michael Freund,fundador da “Shavei Israel” que trabalha ar-
duamente para trazer de volta os filhos dispersos de Israel, relata:
“Por mais de 27 séculos seus ancestrais perambularam no exí-
lio sonhando com o dia que poderiam voltar”.
‘Quem disse que nós não vivemos em uma época de milagres.?
Os “Bnei Manashe” são descendentes de uma das dez tribos
perdidas de Israel, que foram exiladas pelo império Assírio em 722
a.C.... apesar de estar separados do povo judeu por muitos séculos...
permaneceram fieis a sua herança... na verdade, eles nunca esque-
ceram quem eram, e seus sonhos de retornar’. Ele continua:
“Eu tive varias experiências emocionantes e inspiradoras ao
longo dos anos, mas poucas podem ser comparadas com aquelas
que eu experimentei estes últimos dias que passei com os “Benei
Manash” na Índia enquanto se preparavam pra fazer aliah (retorno
171
Israel - Cumprindo Profecias

a Israel). Embora eles geralmente não sejam muito desinibidos em


publico, era difícil controlar sua emoção...Na Sinagoga...oravam e
cantavam com extraordinária intensidade...”
“Este é nosso último Shabat no exílio” disse um deles, com
voz cheia de emoção....”E um sonho se tornando em realidade”. “Em
seguida, no ônibus a caminho do
aeroporto, os Bnei Menashe co-
meçaram a cantar as palavras
do Profeta Jeremias (31:17): ‘E
os filhos vão voltar para os seus
termos’”
Finalmente,... em Tel Aviv...
saímos do avião e o grupo parou,
olhou para o céu e recitou a ben-
ção “Shehecheyanu” (“Bendito és
Tu Adonai, nosso Deus, Rei do universo, que nos permitiu chegar ate
este dia”) agradecendo a Adonai por lhes permitir alcançar este dia
feliz.
Depois de serem recebidos pelo Ministério de Absorção de Isra-
el, pessoas caíram sobre eles, banhando-os de lágrimas, em uns gran-
des “Bem vindos `a casa!”. E então em extraordinária cena, todos nós
nos levantamos e cantamos “Hatikva” (A esperança- hino oficial de
Israel)... Pare um momento! para considerar essa maravilha!: “Uma
tribo de Israel que em uma época parecia perdida pra sempre, já não
esta mais perdida”! ... “O retorno de
uma tribo perdida de Israel depois de
27 séculos de exílio é um cumprimen-
to da profecia bíblica diante de nossos
olhos”. *(www.shavei.org/other).
De volta pra casa, cumprindo
mais uma promessa profética: “As-
sim diz Adonai teu Deus: ’Eis que
Eu tomarei os filhos de Israel dentre
172
Sarah Elzeny Zayit

os gentios, para onde eles foram, e os congregarei de todas as par-


tes, e os levarei ‘a sua terra’” (Ezequiel 37:21)

DIREI AO NORTE: “ENTREGA MEUS FILHOS!” (ISAIAS 43:6)


“Eis que os trarei da terra do Norte e os congregarei... em
grande congregação voltarão para aqui”. (Jeremias 31:8)
A profecia diz: “Mas: Vive o SENHOR, que fez subir (Aliyah)
os filhos de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde
os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra a qual dei a
seus pais”. (Jeremias 16:15).
Judeus vindos da Ex-União Soviética. Havia cerca de Três
milhões de judeus na União Soviética. Por uma ordem divina, eles
saíram. Em 1990, milhares regressaram a Israel.  Desde então,
mais de 1,5 milhões de judeus deixaram a CEI (Comunidade dos
Estados Independentes, antiga URSS) com destino a Israel.
Ativistas sionistas chegaram a Israel entre 1968 e 1973, ou
individualmente - após serem libertados das prisões soviéticas
(1979 - 1986).

“AJUNTAREI DESDE O OCIDENTE” (ISAIAS 43:5).


Milhares de judeus da Hungria, Polônia e dezenas de outros
países do ocidente têm voltado a Israel desde sua fundação, cum-
prindo profecias. Hoje (em 2006 quando escrevo este capitulo,
em plena guerra contra os terroristas do Hisbolah no Líbano),
Israel esta recebendo centenas de judeus imigrantes, de uma só
vez, vindos do Canadá, Estados Unidos, França e Inglaterra.
Uma grande quantidade de judeus do ocidente regressou,
enquanto outros permanecem lá apoiando Israel com suas finan-
ças, principalmente nos USA. Nestes últimos anos milhares de
judeus tem vindo de países da América do Norte e do Sul e de
outros continentes.
173
Israel - Cumprindo Profecias

“SEFARADITAS POSSUIRÃO O SUL”, DIZ A PROFECIA.


Milhares de judeus sefaraditas de toda a America do sul e
do sul da Europa,tem vindo para viver em Israel.
“Os cativos de Jerusalém que habitavam em Sefarad, possui-
rão as cidades do sul” (Obadias 1:20).
“Sefarad” é nome hebraico que designa a Península Ibérica.
Sefaradita é o nome dado ao judeu oriundo da Espanha (Tzefa-
rad) e França (Tzerfat) e Judeus de língua espanhola.
Cumprindo essa profecia de Obadias, milhares de sefaradi-
tas estão habitando nas cidades do sul: Ashdod, Ashkelon, Beer
Sheva e outras no Deserto do Negev. E nos últimos anos milhares
de judeus que habitavam a França, Espanha e de toda America do
Sul têm feito aliáh (vindo de volta a Israel) e maioria deles estão
habitando as cidades do sul conforme a profecia.

A PROFECIA DIZ: “TRAREI OS CEGOS E OS ALEIJADOS


Juntamente com meu povo do norte” (Jeremias 31:8)
O Deus de Israel é Fiel; Quando Ele traz o cego e o pa-
ralítico de volta para sua terra, Ele também cuida deles. (Je-
remias 31:8); Muitos judeus cegos, aleijados, descapacitados
(por causa do holocausto) foram trazidos em macas e têm sido
cuidados pelo Estado de Israel que tem equipes especializa-
das, e todo um aparato para cuidar dos filhos que retornam à
casa (A Terra de Israel). Quando os imigrantes chegam a Israel
são imediatamente atendidos por hospitais, socorros médicos,
tratamentos médicos, psicológicos e tudo que necessitam. Pes-
soas que chegaram em cadeira de rodas e hoje estão andando;
crianças que por deficiência física não falavam e hoje falam
dois ou três idiomas.

“Medicina de Israel – Cura extraordinária de emigrante etíope”


174
Sarah Elzeny Zayit

Ayala Mandria de 20 anos não podia ficar de pé nem andar


por toda a sua vida. Mandria nasceu na Etiópia e teve poliomielite e
ALS (esclerose amiotrófica lateral, ou doença de Lou Gherig) desde
a infância. Para se mover ela tinha que usar muletas e se apoiar nos
móveis. “Tratamento médico ou uma cadeira de rodas estavam fora
de questão. “Não tínhamos dinheiro” disse ela. “Eu tinha inveja dos
meus amigos que iam para a escola, enquanto eu ficava sempre em
casa”. Senti que estava sozinha no mundo”.
Há cerca de cinco meses atrás (junho de 2001) Mandria imi-
grou para Israel com sua família. “Meus pais sempre me disseram
que em Israel eu poderia ficar de pé” ela contou. E ela ainda não
sabia como eles estavam realmente certos.
Após a sua chegada a Israel Mandria foi tratada no Centro
de Reabilitação Beit Levinstein e apenas três meses após o início do
tratamento ela já podia ser vista correndo pela grama.
“É uma rara história de sucesso incrível”, disse Hannah Sch-
neider que é a psicoterapeuta chefe da ortopedia da instituição.
Alexander Friedman, um médico sênior explica como o “milagre”
aconteceu: “Começamos do zero, como se tratássemos um bebê”.
E como é a sensação de um adulto de poder ficar de pé pela
primeira vez? “De repente, o chão parecia estar muito longe. Foi as-
sustador” disse Mandria. “Agora eu sinto que posso fazer qualquer
coisa que quiser”. *(Rua Judaica 21-11-2011) “
Esse é um dos muitos casos que acontecem diariamente em
Israel.
“Deles fugirá a tristeza”. “Uma equipe de enfermeiras da Em-
baixada Cristã de Jerusalém oferece serviços básicos e apoio ao bem
estar pessoal, social e emocional de imigrantes idosos ou doentes.
Lena (uma emigrante russa) que vive numa casa para imigrantes.
Para ela, desde morte de sua irmã, essas enfermeiras têm se torna-
do suas melhores amigas e fazem visitas semanais a ela. Recente-
175
Israel - Cumprindo Profecias

mente, as enfermeiras lhes falaram das Profecias Bíblicas que falam


da Restauração de Israel, especialmente as encontradas em Isaías
35. Quando Lena leu a respeito do deserto em flor imediatamente
entendeu que é o que está acontecendo em Israel nos dias de hoje.
Quando leu sobre “Sobre os remidos do Senhor voltando para Sião
com júbilo, alegria, e deles fugirá a tristeza e o gemido”. Ela parou
de repente e disse: “Sou eu! E esses, somos nós!”“. *(revista Embai-
xada Cristã de Jerusalém).
“Porque o que escapou da casa de Judá, e restou, tornará a
lançarem raízes para baixo, e dará fruto para cima”. (II Reis 19:30).

CINQUENTA ANOS DE ALIYAH


(retorno do judeu a Israel).
No momento em que escrevo esse capitulo estamos come-
morando 50 anos de aliáh.
Veja a noticia:
“Hoje em Israel está sendo comemorado o cinqüentenário da
Aliyah - imigração para Israel, informou a Radio KOL ISRAEL.
Entre os eventos, está agendada a chegada a Israel de oito vôos que
trarão cerca de 900 olim (imigrantes) de 13 países, incluindo um
grupo de 140 olim (emigrantes) dos EUA, 150 da Uzbequistão, 90
da Romênia e 45 da Grã-Bretanha”.
“O ministro de Imi-
gração, Yuli Edelstein (Is-
rael Be’aliya) e outras per-
sonalidades realizarão uma
cerimônia no Aeroporto
Internacional Ben-Gurion
para recepcionar os olim
(judeus imigrantes). Este
ano, já chegaram a Israel
aproximadamente 35 mil
176
Sarah Elzeny Zayit

“olim” (judeus imigrantes). Nos 50 anos do Estado, imigraram


para Israel, com a ajuda da Agencia Judaica, cerca de 2,8 milhões de
judeus. O maior grupo de “olim” veio da Europa oriental (do norte
conforme a profecia). O ano recorde de Aliyah (retorno do judeu
a Israel) foi 1949, com uma imigração de 240 mil pessoas. “Uma
grande parte dos imigrantes da ex-União Soviética veio morar nos
assentamentos da Judéia e Samaria, assim como nos assentamentos
da região central do País”.
Tudo confirma que o renascimento do Estado de Israel fazia
parte do plano divino que começa a culminar em nossos dias, dias
estes, predito e tão esperado pelos santos profetas e pelos judeus
do mundo todo que agora voltam para casa “Israel”.

ALIYAH ESPIRITUAL – CONSERTO COM ADONAI


REDENÇÃO e renovação espiritual do povo judeu. “Os fi-
lhos de Israel tornarão e buscarão a Adonai seu Deus e O teme-
rão... no fim dos dias”. (Oseías 3:5)
Sua volta para Deus é o sopro que lhes da o espírito, a vida.
Isso é aliyáh espiritual, ou seja, CONSERTO com O Eterno. “Po-
rei em vós o Meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei, na vos-
sa própria terra. Então sabereis que Eu, O Senhor disse isto, e o
fiz, diz Adonai”. (Ezequiel 37:4) “E voluntariamente os amarei”
(Oséias 14:4) “Pois Adonai por causa do Seu grande Nome não de-
samparará o Seu povo; porque aprouve a Adonai fazer-vos o Seu
povo”. (1 Samuel 12:22)
Dezenas de profecias bíbli-
cas mencionam esses fatos: Adonai
cura a Terra (que estava assolada
e desértica); traz Seu povo de vol-
ta (da dispersão); e então lhes dá a
efusão Do Seu Espírito (Joel 2:18,
28-29),que é a “Aliyah espiritual”
177
Israel - Cumprindo Profecias

Imagine um casal que há muitos anos fez um pacto de amor


e fidelidade. Com o passar do tempo um deles esfriou e ficou um
tanto afastado do cônjuge, porém um dia o que permaneceu fiel
traz o outro de volta à casa e quando isso acontece, o seu amor é re-
aquecido, então ele quer renovar seus pactos e sua aliança de amor.
Essa é a figura de Adonai que jamais deixou de amar o Seu
povo; embora muitas vezes o povo tivesse se distanciado Dele;
tendo até assimilado culturas, costumes e superstições de outros
povos; com isso, uma parte do povo esteve afastada da comunhão
com Adonai. Mas agora Adonai traz Seu povo de volta à casa (a
Terra que jurou a seus pais).
O livro de Cantares de Salomão (8:7) figura o amor de Ado-
nai por Seu povo e diz: “As muitas águas não poderiam apagar
esse amor e nem os rios afogá-lo”. Alguém seria capaz de avaliar a
dimensão desse amor? Ha uma canção que expressa da seguinte
maneira: “Se o mar se tornasse tinta e o céu se tornasse papel,
mesmo assim seria insuficiente para descrever o amor de Deus.
No descrever tal amor, ao mar daria o fim, e a descrição do amor
não chegaria a seu fim”.
Nos dias do profeta Oséias, Israel se afastou do Eterno, indo
após os ídolos dos povos. E Adonai chamou a Oséias filho de Bee-
ri e ordenou que falasse com os filhos de Israel sobre o pecado de-
les e sobre o Seu grande amor por eles. Creio que o profeta Oséias
temia falar com eles. Então Adonai mandou que o profeta se ca-
sasse com uma prostituta; E que ele amasse aquela mulher que era
adultera, e assim ele pudesse entender O grande amor de Deus
por Seu povo que estava indo após falsos deuses, se prostituindo
espiritualmente com os balains. Eu penso que Adonai disse para
o profeta: “você esta sofrendo, não é? Você ama essa mulher e ela
o trai. Mas você continua a amando e a quer de volta. É isso que
Eu sinto pelo Meu povo”.
E Adonai disse: “Eu sobre ela (ela figura do Seu povo) visita-
rei os dias de baal, nos quais queimou incenso... e andou atrás de
178
seus namorados, mas de mim se esqueceu, diz Adonai. Portanto eis
que Eu a atrairei e a levarei para o deserto e lhe falarei ao coração.
E lhe darei as suas vinhas dali, e o Vale de Açor por porta de espe-
rança; e ali cantará, como nos dias da sua mocidade e como no dia
em que subiu da terra do Egito. E acontecerá, diz O Senhor, que Me
chamaras: Meu Marido” (Oséias 2:13-16). “E desposar-te-ei comi-
go para sempre. Desposar-te-ei comigo em justiça, em juízo, em be-
nignidade e em misericórdia. E desposar-te-ei comigo em fidelidade,
e conhecerás Ao Eterno... e EU direi: tu és meu povo; e ele dirá: TU
ÉS MEU DEUS”. (Oseías capítulos 1 e 2). “Quando Israel era menino
Eu o amei... Atrai-os com cordas de amor...” (Oséias 11:1 e 4).
Adonai fala pelo profeta Isaias (54:5-10) para a nação de
Israel: “O teu Criador é O teu Marido..O santo de Israel é O teu
Redentor...Por um breve momento te deixei, mas com grandes mise-
ricórdias te recolherei;...com benignidade eterna me compadecerei
de ti...A minha benignidade não se apartará de ti e a aliança da
minha paz não mudará, diz O Eterno que se compadece de ti”.
Dessa forma Adonai continuará amando e trabalhando o
coração de Seu povo até que diga: “Nossas vinhas estão em flor! Eu
sou Do meu Amado e O meu Amado é meu! , Sua bandeira sobre
mim é o amor”. (Cantares 6:3
Israel começa a florescer, findando o inverno espiritual e co-
meçando a primavera Do Eterno. Aliyah espiritual é a volta de
Israel a Seu Deus. É a volta dos filhos Ao Pai Celestial. A verdadeira
subida. A renovação dos pactos, concertos e alianças com Ado-
nai. Aqueles pactos que foram quebrados por causa da associação
e mistura com outros povos idólatras, que trouxe o pecado e dis-
tanciamento para com Adonai. (Isaias 59:1 e 2) “Eis que a mão do
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; e nem os seus
ouvidos agravados para não ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem
divisão entre vós e O vosso Deus”. Então, mais do que nunca é hora
dos filhos de Israel reconhecerem o grande amor de Adonai por
eles, e refazerem seus pactos de amor e sua aliança eterna com Ele,
179
Israel - Cumprindo Profecias

reaquecerem seu amor pelo Eterno. Fazer aliah espiritual.


Na visão de Ezequiel (37) Deus mandou que o profeta profe-
tizasse ao espírito para que soprasse sobre eles para que vivessem,
“Então O Espírito entrou neles e viveram” (37:9-10). ”E porei sobre
vos O Meu Espírito e vivereis, diz Adonai” (37:.14) Essa é a “Aliah
espiritual”, o sopro do Espírito que o faz retornar Ao seu Deus e viver.
A vontade de Adonai para com Seu povo é expressa de ma-
neira clara através dos Seus profetas: “Porque derramarei água
pura sobre vos e ficareis purificados... e vos darei um coração novo;
porei dentro de vos um Espírito novo... e vos darei um coração de
carne. E porei dentro de vos o Meu Espírito e farei que andeis em
Meus estatutos, e habitareis na terra que Eu dei a vossos pais; e
vós Me sereis por povo e Eu vos Serei por Deus” (Ezequiel 36:24 a
26). Diz O Eterno pelo profeta Isaias (44:1-6): “Ouve oh Jacó ser-
vo Meu e tu oh Israel a quem escolhi... Derramarei do Meu Espírito
sobre a tua posteridade e a benção sobre os teus descendentes”.

PARA QUE ISRAEL DEIXE DE EXISTIR SERIA


NECESSÁRIO TIRAR O ETERNO DE SEU TRONO
Ninguém pode anular o pacto de Adonai para com Seu
povo, “Assim diz O Eterno que proporciona a luz do sol para o dia
e a lua e a constelação das estrelas para a noite; se tudo isso que Eu
estabeleci deixar de existir sem Minha ordem, então a semente de
Israel deixará de ser uma nação, diz o Senhor, cujo Nome é Adonai
dos Exércitos” (Jeremias 31:35-37). “Assim diz Adonai: “Se puderem
ser medidos os céus lá em cima, e sondar os fundamentos da terra
cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel,
por tudo quanto fizeram, diz Adonai”. (Jeremias 31:37)
Quando O Eterno fez promessas a Abraão (Avraham) sobre
sua semente, ele mostrou as estrelas do céu, e as tomou como um
sinal de Seu pacto. Por isso Ele diz que é necessário que tudo isso
deixe de existir para que Ele não cumpra Sua gloriosa promessa
a Seu povo. A despeito do próprio inferno que se levanta contra,
180
Sarah Elzeny Zayit

Adonai cumprirá fielmente Sua promessa a Israel. Haleluia!


Alguém pode dizer: “no futuro talvez seja possível medir os
céus e sondar os fundamentos da terra”, porém, Adonai diz nos
versos anteriores (Jeremias 31:34 a 36) que Ele é quem ordena o
sol, a lua e as estrelas do firmamento e se alguém conseguir tomar
Dele esse governo, então Ele rejeitará Israel. Para que Israel deixe
de existir é necessário tirar Adonai de Seu trono e que homem
fará isso?. O Eterno diz ainda “Porque, como os novos céus e a
nova terra que hei de fazer, estarão eternamente diante de mim,
assim também durará a vossa posteridade (Israel, conforme versos
anteriores) e o vosso nome”. (Isaias 66.22): E Trarei de volta Meu
povo Israel e Eu os plantarei em sua própria terra “E não serão
mais arrancados de sua terra porque Eu lhes dei, diz O Eterno,
Seu Deus”. (Amos 9:11 e 15)
Os judeus, como qualquer outra nação, têm pago o preço
pelo seu pecado contra Deus, mas Ele não os esqueceu. E os trou-
xe de volta a Sião. Os que se opuserem a isso se opõem A Adonai
e entram em conflito com O próprio Deus. Em toda a história há
marcas de ruínas das nações que quando dominadoras, e fortes,
procuraram destruir os judeus e desarraigá-los de seu legado Di-
vino. Nações visinhas se atrevem a dizer que lançarão Israel ao
mar e ele não mais existirá. Porém, a Palavra de Adonai que fez
os céus e a terra, afirma que Israel existirá para sempre. Hoje, em
toda a mídia ouvimos vozes semelhantes como um grande tumul-
to, reivindicando a remoção dos judeus da sua pátria e capital.
Seus argumentos são arrojados, prepotentes e às vezes até conse-
guem convencer multidões, mas eles fracassarão porque a ultima
palavra será sempre Do Deus de Israel.
HÁ PROMESSA PARA TODO ISRAEL
“Serei O Deus de todas as gerações de Israel e elas serão o
meu povo”. (Jeremias 31:1).
O Rabino Shaul (apóstolo Paulo) diz: (Romanos 11:26)
“TODO ISRAEL SERÁ SALVO” citando a profecia de Isaias 59
que diz: “Então temerão o Nome do Senhor... E vira um Redentor a

181
Israel - Cumprindo Profecias

Sião... este é o Meu concerto com eles, diz O Senhor”.


Todo cristão que acredita na integridade da Bíblia Sagra-
da deve crer que Deus cumprirá cabalmente as Suas promessas,
dadas ao Seu povo escolhido. A restauração de Israel não é um
acontecimento qualquer histórico, mas sim o cumprimento da
Palavra Do Eterno (Ezequiel 36:24-26); (Lucas 21:24). A reden-
ção está diante de Israel mesmo que dias turbulentos precedam
esse tempo. A visão profética se cumprirá, a Lei do Senhor sairá
de Jerusalém (Isaías 2:1-4). Yeshuah disse que a “Salvação virá dos
Judeus” (João 4:22) e o Apóstolo Paulo afirma que tudo que é im-
portante para os Cristãos veio através do Povo Judeu (Romanos
3:1; Romanos 9:1-5 e Romanos 15:27). Agora mais do que nunca,
Israel precisa do apoio, orações de conforto. Os que obedecerem
serão abençoados. (Salmo 122:6; Isaías 62:6-7).
Uma parte da Igreja tem participado do grande propósito
de Deus em trazer os Judeus de volta para Israel. “Assim diz o
Senhor Deus: Eis que levantarei a minha mão para os gentios, e
ante os povos arvorarei a minha bandeira; então trarão os teus
filhos nos braços, e as tuas filhas serão levadas sobre os ombros”.
(Isaías 49:22)
Eleição divina. Uma constante ação sobrenatural de Deus
fez com que o povo judeu continuasse sendo um só povo; que
guardassem em 2000 anos de diáspora (dispersão), a religião, a
língua (nos textos sagrados e orações), as festas ordenadas pelo
Eterno, e os costumes bíblicos judaicos. Não uma religião pela
qual cada um se decide individualmente, mas um povo pelo qual
Deus se decidiu por eles. Pois como descendentes de Abraão, Isa-
que e Jacó foram escolhidos por Deus, sendo, portanto, um só
povo por descendência, para que o mundo saiba que existe Um
só Deus! Tudo é apenas uma consequência dessa eleição divina.
Os escolhidos devem adorar somente o Deus que os es-
colheu, O “EU SEREI O QUE SEREI” que se revelou a Mosheh
(Moises). Na diáspora, vivendo entre todos os povos, os judeus
182
Sarah Elzeny Zayit

continuaram isolados como um povo e sobreviveram a todas as


ondas de perseguição. Assim Deus preservou os judeus como um
povo, até aos dias de hoje. O Estado de Israel é, portanto, a conti-
nuação do povo bíblico.
“E será naquele dia que se tocará o grande shofar” (convite
ao retorno) “e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e
os que foram desterrados para a terra do Egito tornarão a vir, e
adorarão ao Eterno no Monte Santo de Jerusalém”. (Isaias 27:13)
“... E santificarão Ao Santo de Jacó e temerão Ao Deus de Israel”.
(Isaias 29:23).
O Eterno fala sobre Seu povo dizendo: “tra-los-ei,... e eles
serão Meu povo e Eu serei O seu Deus em verdade e em justiça”.
(Zacarias 8:3-8) “Os filhos de Israel virão, eles e os filhos de Judá
juntamente; andando e chorando virão, e buscarão ao Senhor seu
Deus”... “dizendo: Vinde e uni-vos ao Senhor num pacto eterno
que nunca será esquecido” (Jeremias 50.4-5)”. “E dar-lhes-ei co-
ração para que me conheçam, porque EU SOU O SENHOR; e ser-
-me-ão por povo, e Eu lhes serei por Deus; porque (eles) se conver-
terão a mim de todo o coração” (Jeremias 24:7)”. “... Sereis a minha
propriedade peculiar dentre todos os povos. E vós sereis um reino
sacerdotal e o povo santo”. (Êxodo 19:5 e 6) “Farei com eles aliança
de paz... E porei o Meu santuário no meio deles para sempre” (Eze-
quiel 37:13 e 14)... “Deles farei uma nação na terra, nos montes de
Israel... e Eu os livrarei... e os purificarei; e assim eles serão o Meu
povo e Eu serei O seu Deus”. (Ezequiel 37:21 a 23). “E sobre a casa
de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito
de graça e de súplicas; olharão para Mim a quem traspassaram;
prantea-lo-ão como quem pranteia por um unigênito...”. (Zacarias
12.10) “E saberão que Eu Sou O Senhor!”.

183
Costumes e Festas Judaicas

Desde os tempos bíblicos até hoje, o povo judeu conserva


os mesmos costumes e comemora as mesmas festas bíblicas, em
qualquer lugar do mundo onde esteja. E agora com a recriação do
Estado de Israel, passou a serem festas e costumes do País.
As festas judaicas são comemoradas de acordo com o Calen-
dário bíblico judaico, que é baseado nos ciclos da lua, composto
alternadamente por 12 ou 13 meses no ano. Como nos tempos bí-
blicos, o primeiro dia de cada mês é sempre o primeiro dia de lua
nova. Os meses do calendário judaico variam entre 29 e 30 dias.
Meses do ano Judaico: Tishrei, Cheshvan, Kislev, Tevet,
Shvat, Adar, Nissan, Iyar, Sivan, Tamuz, Av, Elul. Dias da semana:
Yom Rishon, Yom sheni, Yom shilishi, Yom revii, Yom ramishi,
Yom sheshi, Yom shabat.

PRINCIPAIS FESTAS BÍBLICAS COMEMORADAS


EM ISRAEL (E pelos judeus em todo o mundo; como nos tempos
bíblicos.)
Adonai ordenou que Israel celebrasse Suas festas, chamadas
festas solenes do Senhor e se alegrassem diante Dele. Tratava-se
de festas memoriais de Seus grandes feitos entre os israelitas, para

185
Israel - Cumprindo Profecias

que eles não se esquecessem das maravilhas e dos milagres que


Deus havia realizado pelo povo. Mesmo na dispersão em qual-
quer lugar da terra, os judeus comemoram as festas bíblicas.

TRÊS MAIORES FESTAS: PESSACH (PÁSCOA), SHAVOUT


(PENTECOSTES) E SUCOT (TABERNÁCULOS)
Nas três maiores festas, conhecidas como “Shalosh Regalim”,
quando o povo de Israel peregrinava para o Templo de Jerusalém.
Nos tempos bíblicos todo judeu deveria subir ao Templo em Jeru-
salém pra adorar Ao Eterno, nessas festas. Diz o texto sagrado: “Três
vezes no ano me celebrareis festa. A festa dos pães ázimos E a festa
da sega dos primeiros frutos do teu trabalho, e a festa da colheita, Três
vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante do Eterno Teu
Deus”. (Êxodo 23:14 a 17)
Em obediência a esse mandamento, pelo menos três vezes
ao ano, todo judeu subia a Jerusalém. Os peregrinos vinham de
longe de todos os lados, trazendo suas ofertas das primícias de
sua fazenda, gado, ovelhas, frutos e cereais. Muitos deles viajavam
dias e dias até chegar a Jerusalém. Com certeza ficavam exaustos,
pois traziam tanto alimento para a viagem como as ofertas para o
templo; passavam por vales, montanhas e deserto. Mas ao avistar
a Cidade Santa, esqueciam-se do cansaço e começavam a cantar,
dançar e tocar harpa e outros instrumentos musicais e com gran-
de júbilo, louvando Ao Eterno, adentravam ao Templo onde fa-
ziam a entrega de suas primícias ao sacerdote.
Cânticos dos degraus na entrada do Templo. Na entrada
do Templo havia grandes escadarias, uma central e também late-
ral com paradas espaçadas a cada certa quantia de degraus onde
os peregrinos paravam e cantavam alegremente glorificando Ao
Eterno enquanto subiam os degraus do Templo. Eles cantavam os
Salmos, chamados de “Cânticos dos degraus”, (do Salmo 120 até o
134). Essa era a adoração da subida:

186
Sarah Elzeny Zayit

1º. Degrau eles cantavam


que O Eterno atendeu suas su-
plicas; e como os montes (que
se podia ver) ao redor de Jeru-
salém, assim O Eterno esta em
volta do Seu povo eternamente.
2º. Degrau: que O Eterno
é O Guarda de Israel;
3º. Cantavam a alegria
de poder ter vindo à Casa Do
Eterno;
4º. Degrau: que seus olhos estavam fixos No Eterno;
5º. Cantavam que o socorro deles estava No Nome de Adonai;
6º. A confiança inabalável No Eterno;
7º. Cantavam os grandes feitos de Adonai em seu retorno a Sião;
8º. Os filhos são herança Do Eterno;
9º. A bênção para os que temem Ao Eterno;
10º. Cantavam que Adonai guerreia por seu povo;
11º. O perdão do Eterno e o anseio da alma por Ele;
12º. Cantavam que Israel espera em Adonai e sossega Nele;
13º. Degrau (já podiam contemplar o lugar santo e canta-
vam): “Entraremos em teu santuário e prostrar-nos-emos ante
Teus pés”;
14º. Cantavam a bênção do Eterno sobre a unidade do povo Dele;
15º. E finalmente no último degrau, levantavam as mãos
para o santuário e cantavam bendizendo Ao Eterno que fez os
céus e a terra e que os abençoa desde Sião.

Festas comemoradas com alegria. Com regozijo e profunda


gratidão o povo de Israel adentrava a Casa Do Eterno. Cada festa
era comemorada com muita alegria, como hoje ainda continua
sendo. Mesmo na diáspora, em grandes perseguições o povo ju-
deu sempre festejou alegremente os feitos Do Eterno.
187
Israel - Cumprindo Profecias

Porque a alegria vem de Adonai. Desde os tempos bíblicos


até hoje em Israel, o povo judeu comemora todas as festas bíbli-
cas, com júbilo, cânticos, danças e alegria!
Este é o dia da minha alegria! Em 1945 quando terminou
a segunda guerra, judeus sobreviventes do terrível holocausto,
os quais (muitos deles) em vão haviam procurado pela famí-
lia, agora solitários voltaram a Vilna e em “Simchah Tora” (Dia
da Alegria da Toráh) entraram na grande Sinagoga, que havia
sido palco de uma época vibrante. Apesar da dura realidade e do
terrível sofrimento pela perda dos seus e em número muito re-
duzido, eles cantavam dançando com verdadeiro júbilo naquela
celebração.
Um soldado judeu da Russia viu Avrahan, um menino que
sobreviveu escondido por sua baba, ele começou a chorar e disse:
“Durante anos terríveis, viajei milhares de quilômetros e esta é a
primeira vez que encontro uma criança judia” (pois todas haviam
sido assassinadas) Então colocou o menino sobre os ombros e co-
meçou a dançar, com lágrimas rolando pela face e com o coração
cheio de alegria e gratidão Ao Eterno pela criança que sobreviveu,
ele exclamou: “Este é o meu Rolo da Torah!” (Este é o dia da mi-
nha alegria!)
Essa é a vontade de Adonai que diz: “E na tua festa te ale-
grarás, tu e teus filhos e todos que estiverem dentro de tuas por-
tas” (Deuteronômio 16:14). “E alegravam-se porque ADONAI OS
ALEGRARA com grande alegria... até os meninos se alegravam,
de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu de longe”. (Nee-
mias 12:43). “Por sete dias, vos alegrareis perante O Eterno, vosso
Deus”. (Levitico 23,40).
“Canta alegremente, rejubila-te oh Israel, exulta de todo co-
ração oh filha de Jerusalém... O Rei de Israel está no meio de ti... Ele
se deleitará em ti com alegria, por Seu amor regozijar-se-á em ti
com júbilo! (Sofanias 3:14-17)”. “E vos alegrareis perante o Senhor
vosso Deus”.(Levítico, 23:40, Êxodo 12:14 e 13:6 “E te alegrarás
188
Sarah Elzeny Zayit

por todo o bem que te tem feito O Senhor vosso Deus” (Deutero-
nômio 26:11). “E o povo alegrava-se com grande alegria, de ma-
neira que o seu barulho, a terra retiniu”. (I Reis 1:40). “Alegrem-se
os céus e a terra, e regozijem-se, e diga-se entre as nações:” O Se-
nhor reina! (I Crônicas 16:31). “Os preceitos do Senhor alegram
o coração”. – Salmo 9;8. “Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos,
vós os justos, e cantai alegremente, todos vós que sois retos de
coração”. (Salmo 32; 11). “Exultai, oh céus, e alegra-te terra, e vós
montes estalem de júbilo,
porque O Senhor consolou a
Seu povo”.(Isaias 49:13). “E
levantavam suas vozes com
júbilo e alegria“...porque o
povo jubilava de maneira
que as vozes se ouviam de
mui longe”.(Esdras 4:13)
O rabino Shaul de Tarso (Paulo) disse: “Alegrai-vos sempre
no Senhor, outra vez vos digo, alegrai-vos!”. (Filipenses 4:4).
No texto citado o verbo “alegrai-vos!” É imperativo, é uma
ordem!
“ALEGRAI-VOS!” (e enfatiza), “outra vez vos digo: ALE-
GRAI-VOS”!. Essa palavra é mencionada dezenas de vezes em
toda a Bíblia.
Alegria é gratidão!
As festas são para Adonai,
portanto devem ser come-
moradas com muito júbilo
conforme os textos bíblicos
referindo-se à alegria daque-
le que crê e por isso pode e
deve viver, com satisfação,
usufruindo as promessas de
Adonai. E acima de tudo sa-
189
bendo ser grato, regozijando-se Nele.
Infelizmente, por centenas de anos a igreja ensinou que o
cristão tinha que ser triste e melancólico e viver se penitenciando.
Porém aquele que faz isso está anulando o sacrifício Daquele que
já sofreu em nosso lugar para nos fazer felizes “o castigo que nos
trás a paz estava sobre Ele” (Isaias 53:5). Paulo escreveu aos Tes-
salonicenses, “não quero que sejais como os demais que não tem
esperança...”. Pois Deus nos chamou para vida abundante, plena e
feliz. Todo nosso sentimento de tristeza e culpa Yeshuah já levou
na cruz e pagou o preço para nossa alegria. Ademais, é impossível
conhecer o amor de um Deus tão Grande e não ser feliz! A von-
tade Dele é que sejamos felizes!
Por isso eu quero convidá-lo a alegrar-se em Adonai. Como
disse Maria mãe de Yeshuah; “a minha alma engrandece ao Se-
nhor e o meu espírito se alegra em Deus O meu Salvador!”. Por-
tanto, Cante! Louve! Dance! Alegre-se! E Exalte! Ao Deus da sua
Salvação. “Em Ti me alegrarei e saltarei de prazer. Cantarei louvo-
res ao teu nome oh Altíssimo!”. (Salmo 9:2).
“A alegria Do Senhor é a nossa força”! (Neemias 8:10). Se
não tem alegria, não tem força.

Festejamos com comidas típicas. A Pessach (Páscoa) é na


primavera, quando tudo esta florido. A festa de Shavuot é no co-
meço da colheita do trigo. A festa de Sucot quando os celeiros
estão cheios de trigo e há abundância de frutos.
Nossas festas são celebradas com comidas típicas que nos
fazem lembrar os acontecimentos e os grandes feitos de Adonai
na época e ensiná-los a nossos filhos. Isso também nos leva ao
cumprimento do texto sagrado: “E comereis e ficareis satisfeitos e
bendireis Ao Eterno teu Deus”.
Cada uma de nossas festas têm um sentido simbólico-pro-
fético da salvação divina e redenção futura.
Assim oramos após cada refeição festiva dizendo:
190
Sarah Elzeny Zayit

“Bendito és Tu Adonai nosso Deus, em cuja morada há ale-


gria, que da Tua bondade nós nos alimentamos, e de Tua generosi-
dade vivemos. Bendito és Tu Adonai nosso Deus, Rei do Universo,
que alimenta o mundo inteiro com Tua bondade, com graça, be-
nevolência e misericórdia... pois és um Deus bondoso que nutre e
sustenta a todos... como está escrito: Tu abres a Tua mão e satisfa-
zes a todos com favor, Bendito és Tu Adonai que provê alimento”.

FESTA DOS TABERNÁCULOS, “SUCOT” CABANAS.


Sucot (cabanas) é uma festa que se inicia apenas cinco dias
após Yom Kipur (dia do perdão); é a terceira festa do mês he-
breu de Tishrei (dia 15) e uma das três festas de peregrinação.
Sucot é mencionada na Torah sendo uma das três maiores festas,
(Shalosh Regalim). Nos tempos bíblicos todo povo judeu subia a
Jerusalém para adorar ao Eterno, trazendo sua oferta de cereais.
(Êxodo 23; 14-17, 34:22),
Sucot também conhecida como Festa dos Tabernáculos ou
Festa das Cabanas, festa das colheitas e ainda, festa de nossa ale-
gria, visto que coincide com a estação das colheitas em Israel, no
começo do Outono, após a colheita do verão e antes da plantação
da safra do inverno.
“É a festa da sega dos primeiros frutos do teu trabalho, que hou-
veres semeado no campo, e a festa da colheita, à saída do ano, quando
tiveres colhido do campo o teu trabalho”. (Êxodo 23:16). “Aos quinze
dias deste sétimo mês será a festa dos Tabernáculos ao Senhor, por
sete dias. No primeiro dia haverá santa convocação... tomareis para
vós frutos de árvores formosas, folhas de palmeiras, e ramos de árvo-
res cheias de folhas e durante sete dias vos alegrareis perante o Senhor
vosso Deus. Celebrareis esta festa ao Senhor. Levítico (23:34-43):
Nesse período do ano, a colheita já foi realizada e os celeiros
e armazéns estão abarrotados. O povo está feliz e imensamente
grato a Adonai por Sua bondade e generosidade. É momento de
191
Israel - Cumprindo Profecias

regozijo e grande alegria, profundo agradecimento ao Eterno pela


colheita, pois o Povo de Israel sente-se abençoado e recompen-
sado depois do trabalho e esforço de todo um ano. Por esse mo-
tivo, Sucot é chamada de “Zeman Simchatenu” “época de nossa
alegria”. Nas sinagogas (em todo o mundo) lemos a obra do Rei
Salomão, o Kohelet (Eclesiastes) descrição dos verdadeiros valores
da vida e o Cântico dos Cânticos, em hebraico Shir Hashirim, é
uma canção do noivo à sua noiva. O Rei Salomão escreve sobre
a juventude. É uma época da vida repleta de otimismo. O Shir
Hashirim o Cântico dos Cânticos, de acordo com os nossos sá-
bios, é a alegoria da relação existente entre Adonai - o noivo - e o
povo de Israel - a noiva.

Esse é um dos momentos mais felizes da liturgia judaica,


quando toda Jerusalém é adornada com frutos, palmeiras, etc. O
Escritor judeu, do primeiro século d.C., Flávio Josefo descreve
essa festa nos tempos bíblicos: “Multidões de peregrinos vinham
de todas as partes de Israel e do mundo, e chegavam a Jerusalém em
caravanas coloridas e festivas”. Uma vez em Jerusalém, eles prepa-
ravam e habitavam em tendas de ramos ao longo das ruas, no pátio
do templo, sobre os telhados das casas, nos montes e vales ao redor

192
Sarah Elzeny Zayit

da cidade. A cidade de Jerusalém estava toda decorada com ramos


de oliveira, palmas, salgueiros, frutas frescas e flores.
Os peregrinos levavam sempre consigo ramos de palma e
murta que agitavam com alegria enquanto participavam dos
serviços religiosos no templo, das orações e do cântico do Halel, a
coleção de salmos de louvor”* (Livro de Antiguidades judaicas)
Os Salmos cantados são os 113 e 118; um convite ao louvor
ao Eterno porque a Sua benignidade dura para sempre.

SIMCHAT BEIT HASHOAVÁ. A LIBAÇÃO DA ÁGUA.


“O Regozijo na fonte de Água”. A parte mais importante da
festa de Sucot era assim intitulada.
Durante o ano, a cada dia, após o sacrifício ter sido queima-
do, uma oferta de vinho, chamada libação, era derramada sobre
o altar. Porém, durante os dias de Sucot, além da libação de vi-
nho, era derramado água também.  Assim cada manhã da festa,
ao soar as trombetas dos sacerdotes (toque longo e penetrante) ao
raiar do sol, o povo se despertava para mais um dia de regozijo,
de alegria e júbilo Diante do Eterno.  Levando consigo um jarro
de ouro para enchê-lo com água, os sa-
cerdotes desciam até a piscina de Siloé, e
após encher os jarros eles retornavam ao
templo em forma de cadencia, de manei-
ra pausada, ao som das trombetas.
Quando chegavam à porta da água,
Eram tocados os três sons do shofar:
tekia, shevarim e teruah. Após o sacri-
fício e o Halel (cântico dos Salmos), os
sacerdotes, levando nas mãos ramos e
frutos da terra (Levítico 23), rodeavam o
altar de bronze, o qual estava adornado
com ramos frescos de salgueiro, e recita-
193
Israel - Cumprindo Profecias

vam as palavras do Salmo 118:25: “Oh!  Salva-nos, Senhor, nós Te


pedimos!” 
O sacerdote responsável pelo serviço do dia subia a rampa
do altar de bronze e derramava a água do jarro de ouro sobre uma
bacia de prata, e vinho sobre uma segunda bacia.  Na sequencia,
de forma simultânea, o conteúdo de ambas as bacias era derrama-
do sobre o altar e todos os presentes irrompiam em júbilo exclaman-
do: “Eis que o Senhor Deus é a minha força e o meu cântico... Vós
com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Isaías 12:2-3). 
Na tradição judaica, essa cerimônia comemorava a “Rocha” da
qual brotou “água viva” no deserto, e era símbolo do Messias de
Israel. (Êxodo 17:1-7; Números 20:2-13; 21:16-18

CERIMÔNIA DA LUZ (parte da festa de Sucot).


A noite, o candelabro de sete braços, contendo no topo de
cada braço um recipiente de azeite com vários litros de azeite e
pavios feitos de vestes sacerdotais desgastadas, iluminava toda a
área do templo refletindo por toda a cidade de Jerusalém.  Não
havia nenhum pátio em Jerusalém que não estivesse iluminado,
e uma grande multidão de peregrinos portando tochas acesas,
dançavam com grande regozijo, recitavam canções de louvor. O
coral de Levitas, posicionado nas escadarias internas do templo,
entoava os “Salmos de Ascensão”, “Salmos dos degraus” (Salmos
120-134); Os levitas com harpas, liras, símbolos, trombetas e ou-
tros númerosos instrumentos musicais estavam nos quinze de-
graus que dava acesso ao átrio de Israel, e ao átrio das mulheres;
os levitas costumam estar de pé sobre eles com instrumentos mu-
sicais. Dois sacerdotes estavam junto da porta superior que des-
ce do átrio de Israel ao átrio das mulheres tendo duas trombetas
nas mãos. Quando apareciam os primeiros raios do sol tocavam o
shofar. Quando chegavam ao décimo degrau tocavam novamente
o shofar. Diziam: “Nós temos nossos olhos dirigidos para Adonai”

194
Rabi Yehudá disse, e todos costumavam repetir “somos do
Eterno e em direção do Eterno estão nossos olhos”.
Na última frase, a Mishná mostrava importância da Presen-
ça do Eterno no Templo, a “Shechinah”. Eles não tinham necessi-
dade de voltar-se para o sol porque a luz e o esplendor pertencem
a Shechinah (a gloria da presença do Eterno) que está no Templo.
Eram momentos sublimes, de alegria intensa, que marcavam pro-
fundamente o espírito da festa.

HABITANDO EM TENDAS.
“Sete dias habitareis em tendas, todo Israel, para que as ge-
rações saibam que dentro de Sucot (de tendas) Eu fiz habitar os
filhos de Israel quando eu os fiz sair do Egito” (Levitico 23:42-43).

A principal característica de Sucot é o mandamento bíblico


de habitar durante sete dias em uma cabana (em hebraico: sucáh.
No plural: Sucot). Nessa festa deixamos o conforto da nossa re-
sidência e passamos a morar em cabanas, frágeis e temporárias.
Elas servem para nos lembrar dos 40 anos do êxodo de nosso
povo no deserto após a saída do Egito, quando era nômade e vivia
em pequenas tendas ou cabanas frágeis e temporárias, dependen-

195
Israel - Cumprindo Profecias

do completamente de Adonai para proteção e subsistência.


A Shechinah era vista na Sucah. O teto da Sucáh (cabana),
feito de folhas de palmeiras, não pode ser totalmente fechado, mas
deve ter frestas suficientes para permitir que se vejam as estrelas
a noite e durante o dia, os raios da luz do sol. As cabanas, sucot,
lembram-nos a coluna de fogo e a Nuvem de Glória que rodeava
nosso povo que durante os anos em que vagou no deserto. Imagi-
ne poder, através das frestas das folhas das palmeiras que cobriam
a tenda, ver a gloria da presença Do Eterno, Sua Shechinah ma-
nifestada pela nuvem e pelo fogo. Quem não se sentiria seguro?
Não havia nenhuma necessidade de portas de bronze e ferrolhos
de ferro. O Guarda de Israel Todo Poderoso estava ali.
Durante essa festa, nós, judeus, comemos, bebemos, estu-
damos, oramos e nos alegramos na sucáh (cabana), hoje como
naqueles dias no deserto, somos completamente dependentes da
proteção e segurança de Adonai.

AS QUATRO ESPÉCIES DE SUCOT. ARBAAT HA-MINIM.


Outro costume da festa Sucot é de que os participantes te-
nham na mão um buquê de ramos e um fruto. Esta prática se
fundamenta em Levítico (23:40) que diz: “No primeiro dia, toma-
reis para vós outros frutos de árvores formosas, ramos de palmeiras,
ramos de árvores frondosas e salgueiros de ribeiras; e, por sete dias,
vos alegrareis perante o SENHOR, vosso Deus”.
Quatro Espécies: o etrog (fruta cítrica), o lulav (palmas de
tamareira), hadassim (ramos de mirta) e aravot (ramos de sal-
gueiro).
As quatro espécies de Sucot são semelhantes a quatro tipos
de pessoas:
Etrog – é um fruto cítrico que tem sabor e aroma - simboliza

196
Sarah Elzeny Zayit

os conhecedores e praticantes da Torá e das mitzvot, praticantes


da Palavra de Deus. Sua forma representa o coração humano.
Lulav – é uma folha de tamareira ainda fechada, em forma
de espada, com todas as folhas muito unidas. Ela tem sabor, mas
não tem aroma - simboliza os que são conhecedores, mas que
não praticam a Palavra de Deus; suas folhas unidas representam
a união do povo de Israel (todos são um) e sua forma de espada
liberdade e vitória. Elas foram usadas pela multidão para saudar
Yeshuah (Jesus) quando entrou em Jerusalém montado em um
burrinho.
Hadassim são arbustos aromáticos, (usados na cerimônia
do final do shabat), o perfume (bessamim) pelo qual agrademos
a Adonai. Possui aroma, mas não tem sabor; Mas por sua beleza
representa a perfeição da obra de Deus.
Arava – são ramos de salgueiro que não possuem sabor nem
aroma - simboliza os que não conhecem nem praticam a Palavra
de Deus
Sucot também simboliza todos os judeus que moram na di-
áspora, ou seja, fora de Israel, porque estão fora de sua casa (Isra-
el) em moradas provisórias, até que O Eterno os traga de volta a
sua Pátria a sua “Casa Israel”.
“Sucot” é uma celebração de unidade, alegria, restauração
O significado mais importante é que O Deus Eterno, Todo Pode-
roso, quis tabernacular com os homens. Mandou que se constru-
ísse um tabernáculo para Ele habitar entre os filhos de Israel.

ORAÇÃO POR CHUVA.


Tradicionalmente, celebra-se a chegada das chuvas, festa de
gratidão a Deus pela água que nunca lhes falta, por causa da pro-
teção e a providência Do Eterno. A celebração das águas derrama-
das no altar é também símbolo das orações pelas chuvas, segundo
a promessa: “O Eterno Abrirá para ti Seu bom tesouro, os céus,
197
Israel - Cumprindo Profecias

para dar chuva a tua terra no seu


tempo, e para abençoar a toda a
obra de tua mão”.
Israel não possui grandes
rios e sua sobrevivência depende
das chuvas, ou seja, totalmente
de Deus, como está escrito: “Na
Terra que Eu vos dou, beberas
água das chuvas dos céus” (Deu-
teronômio 11:12). Por isso no
último dia de Sucot oramos por
chuva.
Porque no último dia da festa é que oramos por chuva? Por-
que durante a festa dos Tabernácu-
los habitamos em tendas que no teto
há frestas para que vejamos o céu, e
por isso a chuva deve começar logo
após a festa, pois se cremos que O
Eterno nos ouve e em seguida nos
atenderá, oramos no último dia da
festa.
Um  motivo que faz também
Sucot em um KIibutz de Sucot um período muito espe-
cial na vida de Israel é o fato de Salomão ter escolhido esta festa
para a dedicação do Templo (IReis 8).  De acordo com a tradi-
ção ordenada em Deuteronômio
(31,10-11) a cada sete anos a Lei
era lida a todo o povo reunido
nesta ocasião, “ No fim de cada
sete anos, precisamente no ano
da remissão, durante a festa das
Cabanas, quando todo Israel vier
apresentar-se diante de Adonai
198
Sarah Elzeny Zayit

teu Deus no lugar que Ele tiver escolhido, tu proclamaras esta Lei
aos ouvidos de todo Israel” .

SHEMINI ATZERET. É a festa da conexão do Oitavo Dia


de Sucot; é dia de Assembleia Solene, de acordo com o costume
judaico. Depois de completar os sete dias de Sucot, o oitavo dia
significa que o judeu quer permanecer mais um dia na Sucah sob
a Shechinah (sob a presença Divina). “É melhor um dia na Tua
presença do que noutra parte mil”.

SIMCHAT TORÁ. é o “Regozijo da Toráh” esse é o nome


da festividade, “O Júbilo da Torah”. Acontece no oitavo dia após
Sucot. Nesse dia encerra-se e reinicia a leitura anual da Torah,
como lembrança da sua eternidade.
Os serviços religiosos são especialmente festivos, e todos os
presentes, jovens e adultos, tomam parte na celebração. Um dos
costumes mais populares é a retirada dos rolos da Toráh da Arca
Sagrada, e dançar com eles na sinagoga. Depois sair para as ruas
levando a Torah, dançando e cantado pela cidade. A alegria desse
dia é relevante para todos os judeus.

FESTA DE SUCOT (Tabernáculos) para os cristãos. No


Brit Hadashá (“Novo Testamento”) fala de Sucot, que no último
dia da Festa, Yeshuah que também estava participando da festa,
onde parte da cerimônia incluía o despejar da água perante O
Eterno, Yeshuah levantou-se no Templo e disse: “Se alguém tem
sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz as Escri-
turas, do seu ventre fluirão rios de água viva” (João 7:37-38). Ele
queria dizer que assim como a água mata a nossa sede, e nos da
vida, Ele é a água que mata a nossa sede de Deus,e nos da vida
Nele, fazendo referência à cerimônia matutina da água, Simchat
Beit haShoavá. No mesmo dia, Ele também declarou ser a “luz do
mundo” (João 8:12), numa referência à cerimônia noturna, da luz.
199
Israel - Cumprindo Profecias

Ele curou um cego de nascença como demonstração de ser


Ele a luz do mundo (João 9:5).  Yeshuah lhe aplicou lama aos
olhos e depois lhe ordenou que os lavasse no tanque de Siloé, jus-
tamente no local de onde era retirada a “água viva” a cada manhã
da festa, para ser derramada no altar. Ele fala ainda do Bom Pas-
tor  e se apresenta como o “Bom Pastor” e como a “Porta” da sal-
vação (João 10:7-9) referindo-se ao Salmo 118:20: “esta é a porta
do Senhor, por ela entrarão os justos”, o principal salmo que era
cantado nessa festa.

FESTA DA PÁSCOA (PESSACH)


Cumprindo fielmente a ordenança Bíblica, os judeus do
mundo inteiro comemoram a Páscoa
por sete dias. Seu “Seder” (programa:
Hagadah de Pessach), comemoração,
comidas etc., são exatamente como a
descrição bíblica.
A festa de Pessach ocorre na
primavera, quando as árvores come-
çam a florescer.
Pessach (pronunciamos pes-
sarr) é em 14 do mês de Nisssan
segundo o calendário judaico, a Fes-
ta dos Pães Ázimos. Comemoramos e recordamos a libertação do
povo de Israel do Egito, conforme narrado no livro de Êxodo. O
Eterno disse: “Eu passarei pela terra do Egito  esta noite, e ferirei 
todo primogênito na terra do Egito, desde homens até animais e
sobre todos os deuses do Egito farei juízos: Eu o Senhor”.
“A congregação de Israel (que estava escrava no Egito) sacrifi-
cará à tarde, e tomará do sangue, e po-lo-á em ambas as ombreiras,
e na verga da porta... E aquele sangue vos será por sinal nas casas
em que estiverdes; vendo Eu o sangue, passarei por cima de vós, e

200
Sarah Elzeny Zayit

não haverá entre vós praga de mortandade, quando Eu ferir a terra


do Egito”. “E este dia vos será por memória e celebrá-lo-eis por
festa Ao Eterno”. (Êxodo 12:12 a 14).
“Essa é a noite Do Eterno” (Êxodo 12:42). Pessach (no he-
braico “‫”פסח‬, ou seja, passagem). Tanto a passagem do anjo da
morte, como a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho a pés
enxutos. A primeira celebração ocorreu há mais de 3200 anos, na
saída do Egito.
Como recordação desta liberação, de Adonai a Seu povo,
Ele próprio instituiu para todas as gerações o sacrifício de Pessach.
E uma das três festas de peregrinação ao Templo de Jerusalém.
Tudo era preparado em Jerusalém para garantir o conforto dos
peregrinos. Um mês antes da festividade, Jerusalém tinha suas es-
tradas reformadas e poços restabelecidos.
Pessach é hoje uma festa central do judaísmo e serve como
uma conexão entre o povo judeu e sua história. Antes do inicio da
festa, os judeus removem todos os alimentos fermentados (cha-
mados chametz) de seus lares e os queimam. Não é permitido
permanecer com fermento durante a Pessach em cumprimento
ao mandamento contido em Êxodo 12:10-20 “Por sete dias não se
ache fermento em vossas casas”
A festa de Pessach é antes de tudo uma festa familiar, onde
uma refeição festiva é servida e cada componente faz lembrar
um episodio bíblico. Nessa comemoração a história do Êxodo
do Egito é narrada, e se faz as leituras das bênçãos, das histórias
da Hagadah, de parábolas e canções judaicas com a participação,
principalmente, das crianças. Durante a refeição, come-se pão
ázimo e ervas amargas, para lembrar-se do “sair apressado da ter-
ra do Egito”. Também se come uma pasta com cor dos tijolos que
faziam no Egito ‘charosset’ seu sabor é doce, lembrando que O
Eterno fez nossa vida doce. E mais alguns outros alimentos, sim-
bólicos. O Seder (cerimônia) dura algumas horas entre comida
orações e canções alusivas a data. Com muita alegria!
201
Israel - Cumprindo Profecias

“A cada geração cada ser humano deve se ver como se ele


pessoalmente tivesse saído do Egito. Pois está escrito:” Você deverá
contar aos seus filhos, neste dia, “Deus fez estes milagres para nós,
quando saímos do Egito...”.

A PÁSCOA DOS CRISTÃOS.


A festa da Páscoa dos cristãos tem o mesmo significado ju-
daico, adicionando a memória da morte e ressurreição de Cristo.
O cordeiro pascal e seu sangue era figura Daquele Cordeiro que
viria. Hoje se comemora a memória Daquele que já veio.
Os pães ázimos  (sem fermento), porque tinham pressa e
não podiam esperar até que a massa levedasse, figurava o Pão da
Vida (Disse Yeshuah: “Eu Sou o Pão da Vida, quem comer des-
te Pão viverá para sempre”); o cordeiro tinha que ser imolado e
seu sangue passado na verga da porta, esse  sangue que Moisés,
instruído por Adonai, ordenou que se passasse nos umbrais das
portas pra livrar da morte, nada mais era do que a figura do Cor-
deiro de Deus que exatamente na Páscoa, 1300 anos depois, se
entregou para ser morto e como o Cordeiro Pascal, derramou o
seu sangue para livrar da morte todos os que através Dele viessem
Ao Eterno.
Moshêh (Moises) iniciou e Yeshuah também a fez com seus
discípulos. Conforme narram os Evangelhos de Lucas, Marcos e
Mateus, que em Jerusalém se comemorava a Páscoa, segundo a
tradição judaica, desde Moisés, cumprindo a ordem Do Eterno:
“celebrá-lo-eis por festa Ao Eterno como estatuto perpétuo”.
Yeshuah convidou seus discípulos para aquela  comemoração.
Ele sabia que aquela era a  mais importante de todas  as
comemorações da Páscoa, sendo aquela  determinada por Deus,
para que Ele fosse entregue como Cordeiro Pascal. Ele disse: “...
daqui a dois dias é a Páscoa e o Filho do Homem será entregue
para ser crucificado”.(Mateus 26: 2). Os discípulos perguntaram:
202
onde queres que façamos os preparativos, para a Páscoa? E ele 
então chamando a Pedro e João, os mandou  dizendo: olha, vocês
irão à cidade  (Jerusalém) e lá encontrarão  um homem, na en-
trada da cidade, (próximo a um dos portões) levando um cântaro
de água, esse era o sinal de identificação (pois não era costume
homens carregar cântaros e, sim, as mulheres); vocês vão seguir
aquele homem, por onde ele for e na casa que ele entrar, vocês
também entrarão  e então dirão ao dono da casa: “O Mestre man-
dou dizer que o tempo Dele está próximo e Ele quer celebrar em
sua casa, a Páscoa com os seus discípulos. O meu Senhor precisa
de um lugar para passar a Páscoa”. E chegada à tarde, Yeshuah
assentou-se à mesa com seus discípulos e   então Ele disse: “Eu
desejei muito celebrar esta Páscoa convosco”.
Se pudéssemos adentrar o coração Dele naquele momen-
to, para entendermos o verdadeiro significado daquelas palavras.
Aquele era o momento! E aquela era a Páscoa esperada por mais
de 3000 anos, desde a queda do homem no jardim do Éden. Era
o momento da redenção! O momento de reabrir ao homem pe-
cador, o caminho a Deus. Era o reencontro do homem com o
seu Criador! E Ele  tomando o cálice disse: “Esse é o Meu san-
gue que é  derramado por vós”. E tomando o pão disse: “esse  é o
Meu corpo que eu dou por vós”.(Lucas 22:7 a 20). Yeshuah disse
ainda, para continuarmos a fazer o Seder de Páscoa em memória
Dele. Ele estava se referindo àquela ceia, “a ceia da páscoa”.
Logo em seguida, saindo dali foi traído por Judas, entregue
aos soldados romanos, julgado por Pilatos, que era também uma
autoridade romana  e em seguida morto pelos soldados romanos,
cumprindo a profecia de Isaías 53, que diz que: “Como um cor-
deiro mudo foi levado... Ele estava ali em nosso lugar, Ele estava
morrendo a nossa morte, pois nós pecamos  e o preço do pecado
é a morte”. Todos nós andávamos desgarrados, mas o Senhor fez
cair sobre Ele, a iniquidade de nós todos”.
Yeshuah queria naquele momento dizer que, Ele era o Cor-
203
Israel - Cumprindo Profecias

deiro Pascal representado por todos aqueles anos, no  taberná-


culo do deserto, e no Templo em Jerusalém. Em Pessach Adonai
convergiu em Yeshuah todas as coisas.
Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e outros foram salvos pela fé
Naquele  que haveria de vir: “O Cordeiro Pascal”.
O Deus Eterno tirou parte de Si; Seu Filho que tabernaculou
entre os homens. (João 1:14)
Na plenitude dos tempos O Eterno enviou Yeshuah (Jesus)
(Efésios 1:10) cumprindo Seu propósito, de nos fazer abundar em
toda a sabedoria, nos revelando Seu mistério de convergir em
Yeshuah todas as coisas, as que estão nos céus e na Terra, as que
foram antes e as que viriam depois.
Adonai nos congregou No Mashiach (Messias). E nos selou
com Seu Espírito que é O penhor (a garantia) da nossa herança
em Deus.

Essa foi a promessa do Eterno de restauração por Aquele


que nasceria da semente da mulher e que esmagaria a serpente.
Essa páscoa foi esperada por todos os anjos de Adonai, pelos que-
rubins e serafins do Eterno. Naquele momento todo o céu estava
voltado para terra na maior expectativa, do retorno da criatura
humana Ao seu Criador; da reconciliação do homem com Deus,
e remissão pelo sangue Do Cordeiro.
“Temos sido santificados  pela oblação do corpo de Yeshuah
O Messias, feita uma vez (Hebreus. 9:10), nos dando ousadia para
entrarmos no santuário, pelo novo e vivo caminho que Ele  nos
consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hebreus 10:19 e 20).
204
Sarah Elzeny Zayit

A exemplo do pai judeu que no luto rasga sua veste, O Pai


rasgou o véu que separava o lugar santíssimo, onde só o sumo
sacerdote podia entrar uma vez por ano, o rasgou de alto a baixo
e Ele nos deu acesso ao lugar santíssimo. Céus e terra  esperavam
por esse momento.  A terra tremeu, houve trevas sobre a
terra, as pedras se fenderam, os sepulcros se abriram e mortos
ressuscitaram (Mateus 27: 52 e 53).
Na Páscoa, Yeshuah ressuscitou dos mortos, Ele venceu a
morte! Ele não ficou na sepultura, mas saiu dela trazendo as cha-
ves do inferno e da morte.  “Pela morte Ele aniquilou o que tinha
o império da morte, isto é, (aniquilou) o diabo” (Hebreus 2:14) Ele
entrou na sepultura como Cordeiro Pascal e saiu como O Vitorio-
so Leão da Tribo de Judá! Haleluia!
Yeshuah, que é a nossa páscoa, Ele foi sacrificado por nós.
Paulo disse: ”Pelo que façamos festa,... com os pães ázimos da sin-
ceridade e da verdade“. (I Coríntios: 5:7). Quando Yeshuah Partiu
o pão e disse: “Esse é o Meu corpo” era o pão ázimo da Pessach
(Páscoa). Portanto a “ceia do Senhor” nada mais é do que um “Se-
der de Pessach”. A páscoa é a festa mais importante para os cris-
tãos. Porque na Páscoa recebemos nossa vitória! Como filhos Do
Eterno. (Êxodo 12:42)

*Nota: Após a festa de Pessach (Páscoa) (saída do Egito) começa a conta-


gem de Omer (sete semanas) para a recebida dos Dez Mandamentos que é a Festa
das Semanas, ou seja, Shavuot ou Pentecostes.

LÁ BA’OMER. (‫ל"ג בעומר‬, literalmente “33 do Omer”) é o


33º dia da contagem do Omer ‫ל"ג‬. Ha celebrações com fogueiras e
brincadeiras com arcos e flechas para as crianças. Em Israel, nos
dias anteriores à festa, os jovens costumam reunir materiais para
fazer grandes fogueiras ao ar livre.

*Nota: Em todas as festas é importante a participação das crianças. “En-


sinarás a teus filhos...”(Deuteronômio 6:7). Nada melhor que festas pra ensinar
os filhos.

205
Israel - Cumprindo Profecias

SEFIRAT- HAOMER - CONTAGEM DO OMER. (‫ספירת‬


‫העומר‬, Sefirat Ha’Omer) . Omer é o período de 49 dias ("sete sema�‫־‬
nas") entre Pessach e Shavuot; é definido pela Toráh como o perí-
odo durante o qual ofertas especiais deveriam ser levadas ao Tem-
plo de Jerusalém. O Judaísmo ensina que isto torna física a ligação
espiritual entre Pessach e Shavuot.
A Contagem de Omer começava no segundo dia da Pessach
(Páscoa), quando era separado a cada dia uma porção de cereal,
o melhor, as primícias que no final das 7 semanas eram levadas
ao templo.

FESTA DE SHAVUOT – COLHEITA – PRIMÍCIAS E


PENTECOSTES
Shavuot (no hebraico “semanas”) é o nome da festa judaica
também conhecida como Festa das Primícias da colheita do tri-
go, celebrada no quinquagésimo dia do Sefirat Haômer (contagem
de Omer). Devido a esta contagem a festa é também chamada de
Pentecostes. No mês de Sivan (no calendário judaico) terminava
a colheita de Trigo e outros cereais que, graças à proteção divina,
puderam ser extraídos do solo eram separadas as primícias para
ofertas no Templo.
Da mesma forma que em Pessach e Sucot, também em Sha-
vuot, grandes grupos de agricultores afluíam de todas as provín-
cias e como pe-
regrinos subiam
a Jerusalém,
acompanhados
no trajeto pelo
alegre som de
flautas e pan-
deiros. Traziam
consigo cestos
206
Sarah Elzeny Zayit

adornados com fitas e flores, com trigo, cevada, figos, azeitonas,


uvas e outros produtos da terra, para entregar como primícias no
Templo, onde eram recebidos com cânticos dos levitas.

Entrega da Lei a Moisés. O mais importante de Shavuot é


a celebração da revelação da Torah ao povo judeu por volta de
1300 a.C. Logo após a libertação do povo judeu do Egito, estando
no Sinai, Adonai entregou a Moises os “Dez Mandamentos”. Se-
gundo a tradição judaica, a entrega da Torah a Moshê (Moises),
a revelação da vontade Do Eterno ao Seu povo, foi em Shavuot,
quando o povo respondeu em uma só voz: “Tudo que O Eterno
tem falado obedeceremos e entenderemos” “Na’asse Ve’Nishmah
(Êxodo 19:8) (primeiro obedecer e depois entender). Assim a
cada Festa de Shavuot sentimos que estamos novamente receben-
do Do Eterno a dádiva da Torah e reafirmamos nossos votos de
obediência.
Os judeus fazem além da festa religiosa na Sinagoga, tam-
bém em casa, com grande fartura de alimentos, com o intuito de
comemorar uma boa colheita. Nessa festa se come todo tipo de
produto derivado do leite, por causa da promessa de Adonai que
nos daria uma terra que mana Leite e mel. Também se come mui-
tas frutas.

Festa de Shavuot ou Pentecostes dos cristãos. Na festa de


Shavuot, ou seja, pentecostes aconteceu a descida Do Espírito
Santo conforme narra o livro de Atos (cap.2).
No mesmo lugar onde Yeshuah tinha comemorado o “Se-
der de Pessach” com Seus discípulos. E exatamente sete semanas
depois, conforme a promessa de Yeshuah, reunidos para a come-
moração do Shavuot, receberam a revelação e a iluminação dessa
Palavra através Do Espírito Santo que lhes foi dado.
Note que na Pessach o povo judeu foi liberto do Egito e em
Shavuot = Pentecostes recebeu a Torah. Na Pessach Yeshuah foi
207
Israel - Cumprindo Profecias

entregue como Cordeiro, morto e ressuscitado e em Shavuot=


Pentecostes O Espírito Santo é derramado cumprindo a profecia
de Joel 2. (Atos 2). Encanta-me a matemática Do Eterno! Ele tem
um programa cronometrado e de magnífica sincronia, cujo pro-
jeto, feito antes da fundação do mundo, constava você e eu! Con-
forme disse o salmista (salmo 119:16). Isso não é maravilhoso?!

FESTA DE PURIM
A festa de Purim recorda a providência e o socorro Divino
na milagrosa salvação dos judeus da Pérsia, e é celebrada no déci-
mo quarto dia de Adar (final de fevereiro ou março). Em Purim
temos uma refeição festiva e abundante; enviamos presentes com
dois ou mais alimentos prontos para os amigos; doamos dinheiro
aos pobres, para que eles, também, possam desfrutar da festa; e
estamos presentes na sinagoga para ouvir a leitura da Meguilat
Esther. Ouvimos atentamente essa história que nos fascina. Tudo
isso é permeado de júbilo. 
O principal tema de  Purim é a alegria, assim, além dos far-
tos alimentos, realizam-se desfiles e celebrações, e as crianças se
fantasiam.
O nome da festa advém da palavra persa “pur”, que significa
“sorte”. Os judeus foram exilados após a destruição do Primeiro
Templo (586ª.C.).
Em Purim Deus muda a sorte!. Ester o livro que relata com
detalhes a história de Purim explica: Naquele tempo, dominava
sobre os povos (127 províncias; da Índia à Etiópia), o Rei Assuero,
rei dos medos e dos persas; tinha sob seu domínio, também, os ju-
deus que vieram cativos à Babilônia. Entre estes existia a órfã Es-
ter, (Hadassah seu nome judeu) que vivia com seu tio Mardoqueu
(Mordechai) o qual salvou o rei de uma traição e o livrou da mor-
te. Mardoqueu adotou Ester como filha; e ambos eram tementes
Ao Eterno e nunca se prostravam diante de homens e ídolos.
No Palácio o Rei oferecia uma grande festa. Quando já estava
embriagado com vinho, ordenou que a Rainha Vasti (sua esposa) vies-
208
Sarah Elzeny Zayit

se a sua presença para que todos pudessem ver sua beleza. Essa, porém
se recusou, e isso levou o Rei Assuero a destroná-la e buscar outra jo-
vem que a substituísse. Dentre todas as donzelas do reino, o rei esco-
lheu a órfã Ester (Hadassah), que passou a reinar em lugar de Vasti.
O homem de confiança do rei, chamado Haman, ordenou
que quando ele passasse todos se prostrassem diante dele, porém,
o judeu Mardoqueu, jamais se prostrou e isso ascendeu à ira de
Haman, que em seu coração intentou matá-lo, juntamente com
todos de seu povo, e roubar suas posses e para isso fez uma trama.
Astuciosamente conseguiu que o rei selasse com seu anel. Mardo-
queu comunicou a rainha Ester sobre a má sorte lançada sobre os
judeus e esta pediu que por três dias todos de seu povo jejuasse.
Haman levantou uma grande forca na praça para o judeu
Mardoqueu, Mas nessa noite Adonai (que cuida dos seus e muda
a sorte), incomodou o rei, tirando-lhe o sono, e o rei ordenou que
se lessem suas crônicas; entre elas estava escrito sobre o livramento
que teve através de Mardoqueu. Então o rei perguntou a Haman
que se faria a uma pessoa a quem o rei tem grande estima. Haman
pensando que se tratava de si, disse que se colocasse sobre essa pes-
soa, as vestes e a coroa do rei e que se gritasse por toda cidade: essa
é a pessoa a quem o rei tem apreço. Então o rei ordenou a Haman
que fizesse todas essas honras ao judeu Mardoqueu. Nesse ínterim,
a rainha Ester (na força do jejum e oração de todo o povo Do Eter-
no), foi á presença do rei, pedir pela salvação de seu povo da mor-
te. Este ao saber que Éster era judia e que Haman queria matá-la,
muito se indignou e ordenou a morte de Haman, Ele foi enforcado
na própria forca que construiu. E assim, o povo judeu foi salvo. O
Rei engrandeceu a Mardoqueu e o colocou em lugar de honra no
reino, dando-lhe grandes privilégios e os bens. Mandou ainda que
se enviassem cartas por todo o seu reino a favor do povo judeu.
“Então Mardoqueu (Mordechai) escreveu: comemorem o
dia quatorze e quinze do mês de Adar, todos os anos, como os dias
e o mês em que O Eterno nosso Deus nos mudou a sorte: Por isso,
àqueles dias chamam Purim (sortes) Pois “O Senhor Nosso Deus
mudou a nossa sorte”. “E tivemos repouso de nossos inimigos, mu-
209
Israel - Cumprindo Profecias

dou a tristeza em alegria e o luto em folguedo, para que se fizessem


dias de banquete e de alegria”!”. (Ester 9: 20 a 26)”.

Crianças vestidas de rainha Ester, Rei Assuero, Mardoqueu, etc.,


comemorando a Festa de Purim em Ashkelon

O Eterno é o mesmo! Assim como Ele mudou a sorte de Seu


povo, em Purim, Ele quer e pode mudar hoje, a sorte dos Seus.
Adonai quer transformar a tristeza em alegria, o choro em riso;
Ele quer e pode transformar toda maldição em bênção! “O Se-
nhor teu Deus trocou em benção a maldição, porquanto O Senhor
teu Deus te amava”. (Deuteronômio 2:6) (Zacarias 8:13)
Quando Balaão foi trazido (pelos inimigos do povo hebreu;
(Neemias:2) para amaldiçoá-lo, Deus converteu a maldição em
benção. O Eterno é capaz disso!. Haleluia!

CHANUCÁH-
FESTA DAS LUZES
Chanucah co-
memoramos a restau-
ração, reconsagração
do Templo Sagrado de
Jerusalém.
210
Sarah Elzeny Zayit

Após a vitória concedida por Adonai através dos maca-


beus cerca de 164 a.C.. Um grupo de corajosos judeus liderados
por Yehudah Macab conseguiu livrar a região da Judéia do do-
mínio dos Selêucidas-Sírios os quais apoiavam e difundiam a
religião idolatra e cultura grega. Jerusalém foi recapturada pelo
grupo de Yehudah Macab, que ficou conhecido como os “ma-
cabeus”, e o Templo foi reconsagrado e restabelecido o culto a
Adonai.
O Eterno multiplicou o azeite. O Talmud (Shabat 21b) diz
que após as forças de ocupação terem sido retiradas do Templo,
os Macabeus entraram para derrubar as estátuas pagãs e restaurar
o Templo. Eles descobriram que a maioria dos itens necessários
para o culto judeu havia sido profanada. Eles buscaram azeite de
oliva purificado segundo o mandamento bíblico para acender a
menoráh (o candelabro de sete pontas) que deveria permanecer
acesa todo o tempo; para reconsagrar o Templo. Contudo, eles en-
contraram apenas azeite suficiente para um único dia. Eles acen-
deram com esse azeite, e foram fazer novo azeite especial para o
Templo; com isso demoravam oito dias para que o obtivesse. E foi
aí que Adonai agiu! Milagrosamente, com aquela pequena quan-
tidade de azeite (suficiente só para um dia) a Menoráh (candela-
bro) permaneceu aceso ao longo dos oito dias até que chegou o
novo azeite feito de maneira santificada para estar diante de Ado-
nai. Assim a luz não se apagou. Por isso essa festa é celebrada du-
rante oito dias através do acendimento da chanukiah (Candelabro
de nove pontas) que lembra o milagre da multiplicação do azeite.
Essa festa é a lembrança do retorno da liberdade religiosa que
foi para os judeus como um retorno da morte para a vida, e para
agradecer a Adonai por tal fato, é comemorado no vigésimo quinto
dia de Kislev o festival de Chanukah, lembrando o milagre do azei-
te, o milagre da vitória militar e a restauração do Templo e do culto.
211
Israel - Cumprindo Profecias

No Novo Testamento, este festival é mencionado em João


(10:22), como “Festa da dedicação”, quando Yeshuah se declara
ser o Mashiach (Messias) mencionando as obras que realizava em
Nome Do Pai, as quais testificava Dele.

FESTA DE ROSH HASHANAH FESTA DAS TROMBETAS

Rosh Hashanah (em he-


braico, literalmente “cabeça do
ano”) é o nome dado ao ano-
-novo judaico. Também chama-
da de Festa das trombetas - Yom
Teruah (dia do toque do shofar).
Dentro da tradição rabínica, o
Rosh Hashaná ocorre no primeiro dia do mês de Tisrei, primeiro
ano do calendário judaico e sétimo mês do calendário bíblico.:
… “No sétimo mês, no primeiro dia do mês, haverá uma san-
ta convocação com toques do shofar”. –(Levítico 16:24).

*nota: Come-se maçã com mel, para desejar a todos que o ano novo seja
doce como o mel.

O primeiro dia de Tishrei foi o sexto dia da Criação,segundo


a tradição judaica, quando O Eterno criou Adão o primeiro ho-
mem, e Eva a primeira mulher. Rosh Hashaná é celebrado em
todo o mundo, inclusive em Israel, nos primeiros dois dias do
mês de Tishrei.
Na tradição judaica se crê que em Rosh Hashaná, O Eterno
decreta o destino de todos os seres vivos para o ano que acaba de
se iniciar. Portanto, na primeira noite de Rosh Hashaná, deseja-
mos uns aos outros, “L’Shaná Tová - Ketivá ve-Chatimá Tová”. Isto
quer dizer: “Para um bom ano – que você seja escrito e selado no
212
Sarah Elzeny Zayit

Livro da Vida”.
A celebração começa ao anoitecer na véspera com o toque
do Shofar. A Torah refere-se a este dia como o Dia da Aclamação
Yom Teruah (Levi tico 23:24 e 25), dia da criação do homem, por
isto considera-se como Dia de Julgamento (Yom ha-Din) e Dia
de Lembrança (Yom ha-Zikkaron), o início de um período de in-
trospecção e meditação de dez dias que culminará no Yom Kipur,
“Dia do Perdão”.
Em Rosh Hashaná oramos: “Bendito és Tu nosso Deus e
Deus de nossos pais, seja aceita diante de ti a nossa recordação, a
lembrança de nossos pais, a lembrança do Mashiach (Messias), O
Filho de David Teu Servo, a lembrança de Jerusalém tua cidade e
de todo o Teu povo de Israel. Este dia deste a Seu povo com amor e
sinal de pacto. Bendito és Tu Nosso Deus, Rei do Universo que da
a Seu povo Israel, dias de festas pra alegria e regozijo...”
A festa de Rosh Hashaná é também referida no judaísmo
como “Yom Teruah”, ou o Dia do Shofar, ou o Dia do Despertar
do som da trombeta. Em Yom Teruah, o Dia da exultação a D’us
com júbilo com o toque do Shofar, é imperativo e para que todos
que ouçam entendam.
Para os cristãos o toque do shofar neste período faz lem-
brar do toque da última trombeta de Deus e a volta de Yeshuah
HaMashiach (I Coríntios 15:51,52 – I Tess. 4:16 – Apocalipse
11:15).
Aseret Yemei Teshuva — Dez Dias de Arrependimento.
Os primeiros dez dias do ano judaico (desde o começo de Rosh
Hashaná até ao fim de Yom Kippur) são conhecidos como “os
dez dias de arrependimento”. Durante esse período é conclama-
do através do som do shofar, que todos se voltem para Adonai.
Pratiquem Teshuvá (arrependimento, literalmente ‘retorno a
Adonai’).

213
Israel - Cumprindo Profecias

YOM KIPPUR
O Yom Kippur é um dos dias mais importantes para os ju-
deus. No calendário hebreu, o Yom Kippur começa no crepúsculo
que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tshrei (Setembro ou
Outubro), continuando até ao seguinte pôr do sol, marca o início
do processo da Tshuvah (arrependimento, retorno ao Criador).
São dez dias entre Rosh Hashaná (1º dia do ano judaico) e Yom
Kipur, para chegar mais perto do Criador. A tradição judia coloca
o mês de EluI (o mês anterior), último do ano, como prefácio para
ir preparando o homem para a reflexão profunda, até o grande ca-
minho interior. Cedo, nas manhãs de Elul se ouve, em todo Israel,
o som do shofar: “Desperta povo! Vote-se para Adonai!”
Oséias 14:12 “Retorna ó Israel !”. “Haftará TShuvá Ysrael”. É
o dia do perdão, o dia no qual, uma vez por ano, o Sumo sacerdote
entrava no Santo dos santos e aspergia o sangue no propiciatório,
pra perdão de todo Israel. É dia de jejum, nem água se toma.
A palavra “Retorno” traduzida como “Tshuvah”, é o mais profun-
do desejo de voltar-se inteiramente (espírito, alma e corpo) para Adonai.
Rabi Saadia Gaon (grande sábio) disse que cada dia nosso,
deve ser um dia de retorno a Adonai. Ele disse: “Quanto mais nos
aproximamos do Eterno, mais compreendemos a Sua grandeza e
mais arrependidos devemos nos tornar pelo nosso comportamen-
to pelo dia de ontem, que O conhecíamos menos que hoje. Cada
dia eu aprendo mais sobre Adonai, por isso, cada dia sinto-me
envergonhado, porque ontem, quando eu o conhecia menos que
hoje, meu amor e minha devoção por
Ele, não eram tão forte quanto hoje;
e amanhã certamente sentir-me-ei da
mesma maneira com relação ao dia
de hoje”.
Após o Yom Kippur, espera-se
que haja festa e muita alegria, pois é um
dia santo de muito júbilo e regozijo.
214
OUTRAS COMEMORAÇÕES JUDAICAS
Dez de Tevet. Jejum que lembra o começo do cerco de Jeru-
salém, tal como é descrito no Livro dos Reis (25:1).
Quinze de Shevat - Tu Bishvat (‫ )ט"ו בשבט‬- Novo Ano das
Árvores. De acordo com o calendário judaico, marca o dia em
que as ofertas de frutas são contadas em cada ano. Nos tempos
modernos, é celebrado comendo vários frutos e nozes associadas
à Terra de Israel. Também é costume organizar atividades de plan-
tação de árvores, em especial com as crianças.
Primeiro de Elul, Ano Novo para as ofertas dos animais,
Primeiro de Tishrei (Rosh Hashaná), o Ano Novo do calen-
dário e para as ofertas dos vegetais.

FESTAS NACIONAIS ISRAELITAS/JUDAICAS


Desde a criação do Estado de Israel em 1948, o Rabinato
Chefe de Israel estabeleceu quatro novas festividades judaicas.
• Yom Yerushalayim - Dia de Jerusalém 28 de Iyar
• Yom HaShoah - Dia da Memória do Holocausto 27 de
Nissan
• Yom Hazikaron - Dia da Memória pelos Soldados 4 de
Iyar
• Yom HaAtzmaut - Dia da Independência de Israel 5 de Iyar

215
Fundamentos da Fé Judaica

A FÉ EM UM SÓ DEUS - “ADONAI EHAD”

A fé monoteísta que Abraão professava, com inabalável


convicção e sua aliança com Adonai, que foi reafirmada por seus
descendentes, Isaque e Jacó, tem sido até os dias de hoje, pois o
judeu crê de maneira plena, absoluta e incondicional, na existên-
cia de UM SÓ DEUS, Eterno, Todo Poderoso, Criador de todas
as coisas.

217
Israel - Cumprindo Profecias

O judaísmo chama a Deus de ‘Adonai’ “Meu Senhor”, ou


ainda “HaShem”, “O Nome” Do Deus Único e Criador, Deus de
Abraão, Isaque e Jacó.
Crê na eleição de Israel como povo escolhido para receber
a revelação da Toráh, os mandamentos do Eterno, com a incum-
bência de cumpri-los, para que O Único Deus seja conhecido na
terra. Crê que o judeu é aquele que pertence a uma linhagem com
um pacto eterno com Adonai.

DECLARAÇÃO DE FÉ JUDAICA
“SHEMÁ ISRAEL” “OUVE OH ISRAEL”.

“O Eterno nosso Deus é Único”. “Ensinarás a teus filhos,


andando pelo caminho”.
‫ְׁשמַ ע יִ ְׂש ָראֵ ל יְ הוָ ה אֱ ֹלהֵ ינּו יְ הוָ ה אֶ חָ ד‬

“Shemah Israel, Adonai Eloheinú, Adonai Echad”.


“Ouve Israel, o Eterno é nosso Deus, o Eterno é Um”. Ama-
rás, pois, ao Eterno teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno,
estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás
218
Sarah Elzeny Zayit

assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e


levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão
por frontais entre os teus olhos. “E as escreverás nos umbrais de
tua casa, e nas tuas portas”. (Deuteronômio 6:4-9)
Esse texto é de fundamental importância, usado como o
próprio mandamento, cada judeu em sua casa o faz. Essa é a ora-
ção diária de todo judeu, também escrito no Mezuzah colocado
em suas portas e nos Tfilim usados no braço e na testa conforme
o mandamento. É a primeira coisa que se diz quando se acorda; é
escrito nas proteções dos berços dos bebes, e a mãe judia fala aos
filhos todas as noites antes de dormir.
A fé Num Único Deus mantém a união e a sobrevivência
dos judeus como povo em milhares de anos de dispersão. Na
ocasião do holocausto, pais judeus, na ânsia por salvar seus filhos
das câmaras de gás, levaram-nos aos orfanatos. Ao findar a guerra
e o horrível extermínio nazista, muitas associações judias trata-
ram de procurar os sobreviventes e tentar reunir as famílias. Infe-
lizmente poucas pessoas encontradas e milhões de desaparecidos.
Nessa busca tiveram notícias das crianças deixadas nos or-
fanatos e jamais procuradas (seus pais não mais existiam). Então
dos USA e da Gran Bretania foi enviada uma comissão compos-
ta pelos rabinos Silver e Gurfinkel, para tratar de procurar essas
crianças e devolvê-las a famílias judias.
Esses rabinos se dirigiram ao convento e pediram audiência
com a autoridade máxima. Nesse encontro tiveram a seguinte res-
posta: “Claro que não nos opomos a que vocês levem as crianças
judias para serem criadas pelo seu povo; mas como saberão quem
são eles dentre tantas crianças, sem nenhum registro de linhagem
ou religião? Sabemos que os meninos judeus estão circuncidados,
mas as meninas, como as encontrarão?”.
“Uma lista de nomes, quem sabe isso poderá ajudar? Revi-
saremos a lista e veremos aqueles que têm nome de origem judai-
ca”. Disse o rabino.
219
Israel - Cumprindo Profecias

- “Não!” retrucou o sacerdote irritado. “Isso não é suficien-


te. Há muitos nomes comuns na Alemanha e Polônia, e isso não
é prova de que todos são judeus. Temos que ser muito criteriosos.
Temos que ter provas cem por cento confiáveis, para evitar que
vocês levem qualquer criança que não seja judia”.
Os rabinos tentaram, inutilmente, convencê-los com mui-
tos argumentos de que os deixasse levar. Porém eles responderam:
“Só permitiremos que retirem as crianças que conseguirem pro-
var, sem nenhuma sombra de duvida, que são judias”.
Que fazer agora? Pensaram os rabinos. A maioria das crianças
foi separada das famílias quando ainda eram tão pequenas, muitos
bebes ainda, e não podem se lembrar de suas origens. É impossível
encontrar documento depois de semelhante destruição.
Os rabinos tentaram novamente convencer ao sacerdote e
este perdeu a paciência e disse? “Sinto muito, já lhes dei tempo
demasiado. Dou-lhes três minutos. Decidam o que fazer!”
Parecia que todos os esforços eram inúteis e o coração dos
rabinos estava partido de dor, pois tinham informações de que
dezenas de crianças judias estavam lá naquele convento e eles não
podiam fazer nada. E agora só contavam com três minutos... Os
rabinos começaram a orar silenciosamente, pedindo Ao Eterno
uma solução, uma idéia, que somente Ele teria condições de dis-
cernir entre centenas de crianças, quais eram as judias.
Naquele momento, Adonai respondeu as orações deles e
lhes deu uma brilhante idéia. Então um deles perguntou ao sa-
cerdote: “Poderemos usar esses três minutos quando quisermos?”
“Sim!”, foi a resposta.
“Então voltaremos quando as crianças se acomodarem para
dormir”. Disse o rabino.
“As sete em ponto” foi a resposta do sacerdote com muito
desdém, pela insistência dos rabinos que mal esperavam a hora
marcada para saber quem deveriam tomar e voltar para seu povo.
220
Sarah Elzeny Zayit

Quando o relógio marcou sete horas, todos estavam num


grande salão onde as crianças se acomodavam para dormir, em
camas ordenadas uma ao lado da outra.
Os rabinos caminharam salão adentro, acompanhados pelo
sacerdote. Um dos rabinos parou em frente a um dos pequeni-
nos, fitou-o e esperou. Um silencio profundo se fez em todo o
salão (providência Divina). Todos os olhinhos fitavam o rabino.
E Assim com voz calma, penetrando de um lado a outro do salão,
o rabino pronunciou seis palavras: “Shemah Yisrael: Adonai Elo-
heinu, Adonai Echad”. “Ouve Oh Israel: O Senhor Nosso Deus é
O Único”
Num instante, como um verdadeiro milagre, se ouviram
murmúrios de todos os extremos do grande salão: “Mame” “Male”
“mama”! Cada um na sua língua buscava a sua mãe. Ao ouvir essa
frase mencionada pelo rabino, cada um lembrou-se de sua mãe
que todas as noites antes de dar-lhes um beijo de boa noite, lhes
sussurravam essas palavras que são a base da fé judia. Palavras
hebraicas que todas as crianças judia conhecem: “Shemah Yisrael:
Adonai Eloheinu, Adonai Echad” As crianças um pouco maiores
colocavam as mãos sobre os olhos e recitavam o “Shemah” junto
com o rabino.
O sacerdote, vencido e convicto, baixou os olhos. E sem
questionamento, liberou as crianças judias para que fossem leva-
das, pelos rabinos, aos lares que os criariam na mesma fé e temor
Ao Único Deus!
Motivo que os mantém unidos, em milhares de anos de exí-
lio e de dispersão. Adonai disse a Moisés Seu nome: “Serei O que
serei”. “Hehie asher Hehie”. Ele é o Ser Auto-existente cuja existên-
cia não depende de nenhum outro, e É de Quem a existência de
tudo depende. *(CIBRA- Sociedade Israelita-Brasieira de Cultura)

221
Israel - Cumprindo Profecias

CRENÇA NA AUTORIA DIVINA DA TORÁH E


INSPIRAÇÃO DIVINA DO TANACH (BÍBLIA).
O povo judeu crê de maneira plena e incondicional de que
O Tanach (Bíblia) é a Palavra de Adonai e observa os mandamen-
tos, preceitos, concertos e alianças eternas de Adonai.
O Tanach* (Bíblia Hebraica), a primeira e única revelação
da vontade de Deus a Seu povo, e é valida por toda eternidade.
Nada absolutamente pode sobrepor-se a ela, nem tampouco ex-
tingui-la. A Bíblia é a verdade absoluta, que compreende o Antigo
Testamento: a Torah* (o Pentateuco), os cinco primeiros livros da
Bíblia, escritos por Moshê (Moises) e ditado pelo próprio Deus;
os livros históricos, os proféticos, e os poéticos.
Centenas de profecias já cumpridas e se cumprindo hoje e
milhares de achados arqueológicos em Israel comprovam a cada dia
a veracidade da Bíblia. Constantemente em Israel há noticias de mais
achados arqueológicos, os quais vem confirmar o que está escrito.
A fé judaica é fruto da história e da vida do povo de Abraão.
O judaísmo é a primeira experiência de fé num único Deus. Para
os judeus, Deus é o criador, que Se revelou sucessivamente aos
patriarcas Abraão, Isaac e Jacó; a Moisés e aos profetas. (e que
libertou os judeus da escravidão do Egito).

*nota: (.*Echad” pronuncia-se “errrad”, *Tanach”, lê-se Tanarr)

Os judeus creem, sem contestação, que a Toráh foi ditada


pelo próprio Deus a Moshê (Moises), é tida em grande reverência.
Muitos creem que O próprio Deus a escreveu. No Mishnah está
escrito: “Nem mesmo um profeta ou uma voz celestial ou aparen-
tes milagres tem autoridade para mudar a Toráh... Ela nos foi en-
tregue em sagrada confiança para transmitir a sua mensagem in-
tacta, em sua forma original, `a geração seguinte”. (Mishnah 1:14)
Yeshuah disse que era mais fácil passar o céu e a terra do
que cair sequer “um til” da Lei. (Lucas 16:17).
222
Sarah Elzeny Zayit

O Talmud diz que questionar a origem Divina de sequer


uma única letra da Toráh equivale a negar a Toráh em sua totali-
dade (Sanhedrin, 99ª)

CÓDIGO DA BÍBLIA.
A descoberta sobre o código da Bíblia veio afirmar cien-
tificamente que só Um Ser Supremo seria capaz de colocar em
código dentro de um livro, coisas que se confirmariam milhares
de anos depois.
“E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao
fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o co-
nhecimento se multiplicará”. (Daniel 12:4) .
Seria o livro selado para o tempo do desfecho do cumpri-
mento das palavras proféticas descoberto hoje pelo Código da
Bíblia?
A descoberta do código da Bíblia é a evidência de que a
Torá, o Pentateuco (cinco primeiros Livros da Bíblia Sagrada para
Judeus e Cristãos), não poderia ser de autoria humana.
O Rabino Avraham Stenmtz escreveu um exemplo do que
foi desvendado pelo Doutor Rips:
No Livro Gêneses (2:9), está escrito: “Do solo O Eterno fez
brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimen-
to; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do
conhecimento do bem e do mal”.
Os nomes das árvores não são mencionados explicitamente
nesse capitulo da Torá. O Dr. Eliyahu Rips sugeriu que talvez es-
tivessem codificados no mesmo capitulo, em intervalos regulares
de letras. Então tomou os nomes de 25 árvores mencionadas na
Toráh (segundo referência no trabalho “A fauna e a flora na Torá”,
de Yehudah Feliks), programando em seu computador para de-
cifrar se os mesmos haviam sido codificados na Torah. Fazendo
isso, encontrou os nomes das 25 árvores. Elas haviam realmente
223
Israel - Cumprindo Profecias

sido codificadas nesse capítulo da Toráh! Seria mera coincidência


o fato de que esse fenômeno das árvores tenha sido encontrado na
passagem da Toráh que narra a criação das árvores por Adonai?.
“Outro exemplo interessante encontrado no capítulo 38 de
Gênesis. O texto relata a história de Yehudah e Tamar, que deu à
luz a Peretz e Zêrach, através do Livro de Ruth sabemos, que Boaz
é da descendência de Peretz, esposo Ruth. Eles tiveram um filho
a quem deram o nome de Oved e este, por sua vez, teve um filho,
Yishai, o pai do rei David. Os matemáticos examinaram se as infor-
mações sobre a linhagem do rei David estão codificadas nesse capí-
tulo da Torá que fala de seus ancestrais. Incrível! Os nomes Boaz,
Ruth, Oved, Yishai e David soletrados de trás para frente em um
intervalo de 49 letras. E ainda foram encontrados tais nomes em or-
dem cronológica! E porque os ancestrais de David teriam sido codi-
ficados em intervalos de 49 letras? Sabemos que Shavuot - o dia em
que Adonai deu ao povo de Israel os Dez Mandamentos - ocorreu
49 dias após o Êxodo. Shavuot foi a data de nascimento e morte do
rei David. E também é a festividade em que estudamos o Livro de
Ruth. Seria tudo coincidência?
Outros códigos foram encontrados na Toráh, e as experiên-
cias estatísticas indicam que a possibilidade de serem os mesmos,
por pura coincidência, é infinitamente reduzida. Os pesquisadores
concluíram que tais códigos foram deliberadamente inseridos na
Torá. Relatam também que a maioria dos códigos são tão incrivel-
mente complexos que os modernos computadores levam horas para
descriptografar um único padrão de palavra. será que um homem
antigo hebreu que teria escrito a Toráh teria implantado tais códi-
gos na mesma? Ele poderia também ter previsto o futuro?” *(www.
chabad.com)
Em 1986 o Dr. Eliyahu Rips, Doron Witztum e Yoav Rosen-
berg realizaram uma extensa experiência: desvendar se os nomes
de 64 rabinos famosos estavam codificados em intervalos de le-
tras iguais no primeiro livro da Toráh. Descobriram o seguinte:
224
Sarah Elzeny Zayit

os nomes dos 64 grandes rabinos estavam de fato codificados em


Bereshit (Gênesis), e as datas de nascimento e morte dos mesmos
estavam codificadas bem próximas a cada um de seus respectivos
nomes. Este resultado é altamente significativo e indica que todas
estas informações haviam sido deliberadamente codificadas na
Torá milhares de anos antes de tais rabinos terem nascido. O rei
Salomão diz (Eclesiastes 3:2) que há tempo de nascer e tempo de
morrer, e Davi diz que tudo já está escrito no livro de Deus; assim
como o nascimento e morte desses rabinos.
A experiência dos Rabinos e seus resultados foram levados
ao mundialmente renomado Instituto de Estatísticas Matemáti-
cas, em Harward. De modo a avaliar sua validade, foram rigo-
rosamente revistos e analisados durante seis anos. Tal estudo foi
posteriormente publicado em uma conceituada revista de mate-
mática, “Statistical Science”, em agosto de 1994.
Poderíamos argumentar que o fenômeno dos códigos é pe-
culiar à língua hebraica. Para contra-argumentar, Eliyahu Rips,
Doron Witztum e Yoav Rosenberg tentaram duplicar a experiên-
cia em outros textos hebraicos. Não encontraram tais códigos em
nenhuma outra publicação em hebraico. Nos últimos anos vários
outros matemáticos tentaram encontrar a “falha fatal” nessa expe-
riência. Nenhum teve sucesso.
Para corroborar a veracidade dos códigos dos Rabinos
Famosos, o Dr. Harold Gans, matemático criptólogo sênior da
Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, realizou ex-
perimento similar. O Dr. Gans tem praticamente três décadas de
experiência em desvendar códigos para o governo dos Estados
Unidos, que mantém os métodos e especialistas mais avançados
no mundo em descriptografia de documentos codificados.
A princípio, o Dr. Gans estava muito cético quanto à exis-
tência de códigos legítimos da Toráh. No entanto, quando reali-
zou a experiência, além de validar seus resultados, fez uma des-
coberta adicional: além dos nomes e datas em que nasceram e
225
Israel - Cumprindo Profecias

morreram cada um dos rabinos haviam sido codificadas também


suas respectivas cidades. Que conclusão, então, tiraram Eliyahu
Rips, Doron Witztum, Yoav Rosenberg e Harold Gans da experi-
ência com os Rabinos Famosos? Apenas uma: que as informações
haviam sido deliberadamente colocadas na Toráh. E, no entanto,
a Torá existe há milhares de anos. Como o seu autor poderia ter
tido conhecimento sobre a existência futura, bem como detalhes
da vida deles?
Como diz o próprio Drosnin, “o Código da Bíblia não deve
ser visto como uma ‘bola de cristal’ (para ver o futuro) mas deve ser
considerado como uma espécie de ‘último aviso’ para a humanidade
que a cada dia está mais materialista e menos espiritual”.* (http://
br.geocities.com).
Estaria todo esse conhecimento selado e guardado como
um mistério para os tempos do fim? Com o aumento da ciência
do conhecimento (conforme a profecia), e a invenção do compu-
tador, esse mistério estaria sendo revelado? Teria O Eterno codi-
ficado Suas próprias palavras para serem reveladas neste tempo?
Estaríamos vivendo os tempos finais do desfecho profético? Esta-
ria sendo aberta a profecia selada para o tempo do fim?
Ninguém nos tempos antigos poderia ter tido acesso a esses
conhecimentos, que incluem detalhes da historia mundial, como os
citados. A única conclusão lógica é a de que o autor não pode ter
sido um ser humano - pois quem colocou todos os dados lá, não es-
tava limitado pelo tempo nem pelo espaço. Isso vem a ser mais uma
constatação incrível de que a Toráh é de autoria Divina!” *(www.
chabad.com)

TORÁH “MATRIZ DO UNIVERSO E A ESSÊNCIA


DE TODA A CRIAÇÃO”.
O Rei Davi escreveu (Salmos 119:16): “No Teu Livro estas
coisas foram escritas, as quais foram sendo, a cada dia, criadas e
226
Sarah Elzeny Zayit

quando ainda nenhuma delas existia”. A crença na Toráh como


“Matriz do universo” e a essência de toda a criação, tem seu fun-
damento nesse texto.
O Talmude (Shabat, 88b) diz: “O Eterno criou o mundo a
partir de um plano e um propósito. Seu plano estava na Toráh,
que precede o mundo”.
O rabino Shaul (apostolo Paulo) que estudou cuidadosa-
mente o talmude aos pés de Gamaliel (um dos maiores sábios da-
quela época), enfatiza esse texto quando escreve aos Efésios (1:4)
e fala que O Eterno nos elegeu antes da fundação do mundo
mostrando que havia um projeto de Adonai, escrito em Seu Li-
vro, antes que o mundo existisse e que nos já fazíamos parte desse
projeto e nossa missão estava escrita nele. Tudo já estava progra-
mado e escrito Pelo Próprio Deus. E essa escrita foi concedida a
Moshê (Moisés).
O Zohar (um tratado escrito pelo Rabino Shimon bar Yo-
chai, que durante o tempo da perseguição romana esteve escon-
dido em uma caverna por 13 anos, estudando a Toráh com seu
filho, Eleazar) diz que O Eterno “Bendito Seja Ele” criou tudo foi
pela Palavra. O Evangelho de João (1:1-2) também diz que tudo
foi criado pela Palavra.

A PRECISÃO DO TEXTO SAGRADO.


O CUIDADO COM A TRANSCRIÇÃO DA TORÁH
O Rabi Yishmael alertou ao Rabi Meir (que era Sofer, ou
seja, transcritor de textos da Toráh) dizendo: “Meu filho, seja
muito cuidadoso em seu trabalho, pois ele é celestial. Se subtrair ou
agregar uma única letra poderá destruir o mundo inteiro”.
Maimonides o Rambam (uma das maiores autoridades da
Lei Judaica) diz que cada palavra e cada letra da Toráh foi escrita
pelo Eterno (em Seu Livro) e no Sinai Ele ditou a Mosheh (Moises)
que o transcreveu. O grande sucesso da tradição judaica é a trans-
227
Israel - Cumprindo Profecias

missão meticulosa e precisa do texto da Toráh (Pentateuco). E do


Tanach (Bíblia). Os judeus são tão zelosos na transcrição dos textos
sagrados, que por um minúsculo erro de escrita a obra é anulada.
É fantástico podermos ler hoje, textos bíblicos escritos há
mais de 2000 anos atrás, como os que foram encontrados em 1947
nas cavernas de Qunran, perto do Mar Morto, e o mais importan-
te é que conferidos (pelos rabinos eruditos em textos sagrados)
com os textos atuais, eles são idênticos. Isso mostra o cuidado de
Adonai, usando o zelo “radical” dos judeus, para preservar pura
a Sua Palavra.
Talvez você conheça uma Bíblia moderna (considero uma
interpretação pessoal e tendenciosa da Bíblia e não Bíblia). Ima-
gine uma segunda transcrição com interpretação pessoal a partir
dela e uma terceira, etc. versão de bíblias em linguagem explica-
tivas baseadas em interpretações pessoais como essa “linguagem
de hoje” daqui a alguns anos o que restaria do Texto Sagrado
original? Já pensaram se os rabinos tivessem feito isso, como
saberíamos hoje, o que realmente, originalmente foi escrito?
A exemplo disso temos o texto do salmo 116 verso15 no
original diz: "‫“ "יקר בעיני יהוה המותה לחסידין‬Custosa à vista de Adonai,
a morte do justo” As traduções de hoje está: “Preciosa é aos olhos
do Senhor, a morte....”. Se a mesma Bíblia diz que a morte é o pre-
ço do pecado e o último inimigo a ser vencido, como pode ser
preciosa? Deus teve que virar as costas para Seu Filho, para que
Ele morresse, tão custoso foi para Ele. Por isso Yeshua (Jesus) cla-
mou: “Deus Meu! Porque me desamparaste?”.
Deuteronômio 4:2 está escrito: “Não acrescentareis à pala-
vra que vos mando, nem diminuireis dela”.
Está na hora de revermos muitas modernidades, que impli-
cam no desvio da essência da verdade e outras que chegam mes-
mo a adulterar a verdade da Palavra Do Eterno. O que Adonai
disse, não pode ser alterado ou mudado.

228
Sarah Elzeny Zayit

OS TEXTOS DE QUMRAN
Os pergaminhos do Mar morto foram encontrados exata-
mente na época da criação do Estado de Israel. Seria isso coinci-
dência ou providencia?
A existência Do Estado de Israel é prova de que estamos
no tempo do desfecho do cumprimento dessas profecias bíblicas.
Adonai disse ao profeta Daniel (12:4): “sela este livro para o tem-
po do fim”.
Algo que me impressiona é que esses manuscritos estavam
escondidos por dois mil anos e exatamente quando a ONU votou
pela existência do Estado de Israel, em 1947, Eles foram encontra-
dos e o rolo do profeta Isaias (com 7,34 metros, de 125 a.C) estava
completo; justamente o livro que fala do Messias Sofredor. Não
creio que seja coincidência.

(Cavernas de Qunran, 0nde foram encontrados os manuscritos bíblicos,


próximo ao Mar Morto)

Em novembro de 1947, Eliezer Sukenik, professor e arque-


ólogo, teve noticias dos fragmentos dos rolos encontrados nas
cavernas de Qumran. Imediatamente, ele se deu conta da impor-
tância deles. Foi exatamente quando o mandato britânico havia
dividido Jerusalém em duas áreas: a árabe e a judaica. Os perga-

229
Israel - Cumprindo Profecias

minhos estavam em Bethlehem (Belém), com um árabe que os


queria vender. Era um momento de grande tensão entre a popula-
ção árabe e a judaica, pois a ONU debatia a Partilha da Palestina.
Mesmo assim, Eliezer Sukenik, no dia 29 de novembro, dirigiu-se
à parte árabe de Jerusalém, onde tomou um ônibus para Beth-
lehem. Era o único judeu a bordo. No final do dia, voltou exultan-
te com três pergaminhos enrolados num papel, debaixo do braço.
Quando chegou em Jerusalém, soube que a ONU havia aprovado
a criação do Estado de Israel, o Estado Judeu na Palestina.

No mesmo dia em que a ONU votava pela existência do


Estado de Israel, esses pergaminhos de 2000 anos chegaram as
mãos dos judeus!
Yadin Sukenik, Doutor em arqueologia (filho do professor
Eliezer) conta:
“Não pude evitar
a sensação de que havia
algo de simbólico na des-
coberta dos pergaminhos
e em sua aquisição, no
momento exato da cria-
ção do Estado de Israel.
Parecia que os manus-
critos ficaram esperando em cavernas, por dois mil anos, desde a
destruição de Jerusalém, até a independência de Israel, até que Am
Israel (o povo de Israel) retornasse a seu lar ancestral e recuperas-
se a sua liberdade. O simbolismo fica ainda mais forte pelo fato
de que os três primeiros pergaminhos foram comprados por meu
pai, em nome de Israel, no dia 29 de novembro de 1947, no exato
dia em que a ONU votou pela recriação de um Estado judaico na
Terra de Israel, após dois mil anos... Foi uma experiência tremen-
damente empolgante, difícil mesmo de ser traduzida em palavras,
ver os pergaminhos originais e estudá-los, sabendo que alguns dos
230
Sarah Elzeny Zayit

manuscritos bíblicos foram copiados apenas alguns anos após sua


composição, e que esses mesmos manuscritos foram lidos e estuda-
dos por nossos antepassados no período do Segundo Templo... Eles
constituem um elo vital - perdido, há muito, e agora, recuperado -
entre aquela época ancestral, tão rica em raciocínio civilizado, e o
momento atual...”..
No entanto, Eliezer Sukenik obtivera apenas três dos sete
principais pergaminhos encontrados. Os outros quatro fizeram seu
caminho em direção aos Estados Unidos, onde Athanasius Yeshue
Samuel, o Metropolita da Igreja Siríaca Ortodoxa de São Marco,
em Jerusalém, tentou vendê-los... Colocando um anúncio nos clas-
sificados do Wall Street Journal: “Vendem-se quatro manuscritos
bíblicos do Mar Morto, que remontam, no mínimo a 200 a.C.”. Era
o ano de 1953 e o Dr.Yadin (filho do professor Eliezer) estava nos
Estados Unidos para proferir umas palestras. Alguém chamou sua
atenção sobre o anúncio e, através de intermediários, ele conseguiu
comprar os pergaminhos para o Estado de Israel, completando, as-
sim, a tarefa iniciada por seu pai.. Hoje, os sete rolos estão abrigados
no Santuário do Livro, no Museu Israel, em Jerusalém. * (Revista
Morasha no.73, outubro de 2011).
Não seria uma simples coincidência que seis anos depois
(quando ninguém sabia onde se encontrava os quatro pergami-
nhos restantes), justamente quando o filho do Professor Eliezer
estava nos USA, saiu o anúncio de venda dos pergaminhos no
jornal. Novamente a previdência Do Eterno!
Para o Doutor Yadim, as ruínas do passado revelavam a
grande conexão do Povo Judeu com a Terra de Israel. Por isso,
com a Torá nas mãos, ano após ano ele e suas equipes escavam
camada sobre camada de civilizações antigas. Onde em cada uma
delas prova a veracidade da Bíblia.
No Midrash (interpretação homilética, judaica das Escritu-
ras Sagradas) está escrito: “Antes de sua morte, Moshêh (Moises)
escreveu treze rolos da Toráh, e doze deles foram distribuídos a
231
Israel - Cumprindo Profecias

cada uma das Doze Tribos. E o 13º foi colocado na Arca da Alian-
ça juntamente com as tábuas”. Um autêntico “texto de prova” era
sempre mantido no Templo Sagrado em Jerusalém, e os outros
rolos podiam ser conferidos baseando-se nele. Após a destruição
do Segundo Templo no ano 70 d.C., os sábios continuam fazen-
do conferências comparando os textos, com os mais antigos, para
que não haja falha.

*Curiosidade: O Tanach (Bíblia), com o Brit Hadashah (Novo testamen-


to), contem 1188 capítulos, e o verso central é Salmo 118:8. Que diz: “É melhor
buscar refugio No Eterno do que confiar no homem”. Agora note a sequencia: O
menor capitulo é o salmo 117, o central é o Salmo 118 e o maior é o salmo 119.

O JUDAÍSMO DESDE OS TEMPOS BÍBLICOS.


É impossível desconectar Israel e o povo judeu da Bíblia.
Sempre que mencionamos Israel e o povo judeu, imediatamente
nos vem a mente textos bíblicos relacionados a eles. Porque é a
prova viva da veracidade da Palavra Do Eterno. Quando o meni-
no judeu vai a escola (com 4 ou 5 anos de idade) ele vai estudar
a geografia bíblica (que é a geografia de Israel), a historia bíblica
(que é a nossa historia) e arqueologia bíblica, na língua em que
a Bíblia foi escrita. A Bíblia é livro texto nas escolas. Quando ele
inicia seu estudo da Torah, o professor coloca mel sobre as letras;
e a cada uma que o aluno descobre ele lambe o mel; o profes-
sor lhe diz: “Os mandamentos do Eterno são mais doces do que
o mel”. As festas, costumes, cultura e até comida, tudo é bíblico.
Nossos feriados são as Festas Bíblicas. Até nossa agricultura foi
baseada nas descrições bíblicas. Desde os tempos bíblicos até os
dias de hoje, o povo de Israel, em qualquer lugar do mundo onde
viva, conserva fielmente as ordenanças bíblicas em seus costumes
e tradições.
O judaísmo não se modificou; não fez reformas e contra-
232
Sarah Elzeny Zayit

reformas; não fez adaptações para se identificar com cada época;


não assimilou, não se misturou com outras culturas e religiões;
não aderiu ao ecumenismo. O judaísmo, embora respeitando a
todos, sempre se ateve cuidadosamente aos preceitos conside-
rados bíblicos. Nem o hebraico bíblico pode ser revisado, para
se ter a garantia de que as normas e mandamentos oriundos da
Bíblia, as orações, festas e cultos se mantivessem inalterados. O
sábado (shabat) não se trocou por outro dia, os dias continuam
a começar pelo anoitecer, a direção para se orar continua sendo
Jerusalém. A circuncisão, o talit gadol (o xale de oração), o shofar
(trombeta de chifres tocada nas festas) e os rolos da Torá  (o Pen-
tateuco) escritos à mão, continuam sendo os mesmos. Tudo como
nos tempos bíblicos.

Os Mandamentos bíblicos são Dádivas de Adonai para


Seu povo. Os judeus não veem os mandamentos bíblicos como
uma carga obrigatória (como acontece em algumas religiões),
mas veem como um verdadeiro presente, uma herança de Ado-
nai para Seu povo. O cumprimento deles “Mitzvot” é motivo de
alegria, regozijo e gozo diante Do Eterno que nos escolheu para
isso. Se alguém lhe der uma pedra qualquer sem valor, você não
vai querer carregá-la, mas se lhe derem uma barra de ouro, com
alegria a levarás. Os mandamentos Do Eterno são mais preciosos
do que o ouro.
Maimônides, o maior filósofo e codificador da história ju-
daica, escreveu: “O júbilo com o qual o homem deve alegrar-se no
cumprimento dos preceitos e no amor a D’us, Aquele que os orde-
nou, é um ato de suprema devoção Divina” (Hilchot Lulav, 8:15).
O Rabino Yacov Bande escreveu: “ninguém pode descrever
o calor de um verdadeiro Shabat (sábado), e imaginar a alegria de
um verdadeiro “Simchat Toráh” (alegria da Toráh) e o significado
de uma devoção sincera. A valorização dos mandamentos Bíblicos e
o cumprimento deles é uma realização pessoal; é o verdadeiro signi-
233
Israel - Cumprindo Profecias

ficado de uma vida judaica, que se torna “um”, com seu povo Israel,
com a Toráh e com O Deus de Israel”.
Para exemplificar: se alguém tem uma tarefa de subir uma
colina com um saco de pedras, a subida é considerada um ver-
dadeiro sacrifício, e ha uma grande tendência de esvaziar o saco
quando não houver ninguém a espreita. Porém, se esse saco con-
tem diamantes, não será uma carga, mas um tesouro; e a subida
não será uma horrível e obrigação, mas sim uma tarefa de grande
valor e significado. E essa pessoa, não só levará com esmero esse
tesouro, mas também cuidará para que nada se perca. Essa é a di-
ferença se vemos os mandamentos Do Eterno como tesouro; não
queremos deixar para trás um só deles por menor que pareça. O
profeta Isaias (33:6) diz que haveria abundância de salvação, sabe-
doria e ciência, e o temor Do Senhor, é o nosso tesouro!

234
Preceitos Bíblicos Judaicos

SHABAT (sábado) é um presente Do Eterno a Seu povo.


Assim, como todos os mandamentos bíblicos são dádivas
Do Eterno a Seu povo, também o shabat o é. Por isso a cada Sha-
bat (Sábado) oramos dizendo: “Bendito És Tu Adonai, Rei do Uni-
verso, que nos santificaste com os Teus Mandamentos e nos deste
como herança o Teu Santo Shabat”. E assim é com todas as de-
mais ordenanças bíblicas. Sim, porque Adonai é Santo e tudo que
é Dele e que vem Dele é santo, e nos dá prazer e regozijo Nele.
Promessa a quem honra o shabat. “Se chamares ao sába-
do deleitoso, o santo dia de Adonai digno de honra, e o honrares...
então te deleitarás no Eterno e te farei cavalgar sobre as alturas da
terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca
de Adonai o disse”. (Isaias 58:13-14)
Sábado (no hebraico ‫ שבת‬Shabat), “descanso”; é esperado
com alegria pelas famílias judias, que vestem as melhores roupas
comem comidas especiais; vão à sinagoga, se congratulam com a
família, passeiam com as crianças. É um dia festivo para todos os
judeus. Há uma musica que as crianças cantam dizendo: “Porque
domingo não é shabat? Porque segunda, terça, etc., não é shabat?
Porque todos os dias não são shabat?”

235
Israel - Cumprindo Profecias

O descanso é ordenado diretamente por Adonai no Tanach


(Bíblia) após os seis dias de criação. “E havendo O Eterno acabado
no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda
a sua obra, que tinha feito. E abençoou O Eterno o dia sétimo, e o
santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e
fizera”. (Gênesis 2:1 a 3). O quarto mandamento diz: “Lembra-te
do dia do Shabat, para santificá-lo. Seis dias trabalharás, e farás
toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Shabat do Senhor teu Deus;
não farás nenhuma obra.... portanto abençoou o Senhor o dia do
Shabat, e o santificou”.(Êxodo 20:8 a 11).
Shabat (Sábado) é um Sinal da aliança entre Adonai e Seu
povo. O Eterno disse: “Dei-lhes os Meus sábados (os sábados são
de Deus) para descanso, para que fossem por sinal (da aliança eter-
na) entre Eu e eles (o povo de Israel) e soubessem que Eu Sou O
Eterno que os santifica”. (Ezequiel 20:12 e 20)”. Os judeus têm
o shabat em grande respeito, por se tratar de um sinal de alian-
ça eterna com Adonai. Em Israel o comercio não abre e não há
ônibus, tudo para no sábado, em cumprimento ao mandamento
Divino. Observado desde o pôr-do-sol de sexta feira ao pôr-do-
sol no sábado.
O Rabino Abraham Stenmtz escreveu:
“Procurem, em seu livro de orações (Sidur), a página do ki-
dush, a oração em agradecimento pelo vinho, feita nas noites de
sexta-feira, o Shabat. O primeiro parágrafo desta bênção - que se
inicia com as palavras: “Yom Hashishi”- é retirado do primeiro livro
da Torá,(Genesis) e fala do sétimo dia da Criação. Apontem so-
bre a última letra da palavra “Hashishi”. Trata-se da letra hebraica
“yud”. E agora, ignorando os espaços entre as palavras dessa prece,
contem seis letras. A sétima letra é um “shin”. Contem outras seis
letras e verão que a sétima letra é um “resh”. Sete outras letras e en-
contrarão um “alef ”. Contem outra vez e a sétima letra cairá num
“lamed”.
O que encontramos? As letras “yud, shin, resh, alef e lamed”
236
Sarah Elzeny Zayit

- que compõem a palavra “Israel” são encontradas em intervalos de


sete letras no primeiro parágrafo da bênção do kidush das sextas-
-feiras à noite (Que é o inicio do shabat, pois o dia judaico e bíblico
inicia ao por do sol). Lembramo-nos de que o Sacerdote do Altís-
simo, Melquizedeque, trouxe pão e vinho para junto com Avrahan
(Abraão) fazer o primeiro Kidush (a oração com o pão e vinho feita
no inicio do sábado) (Genesis 14:18).
Sabemos quão significativo é o número sete na Bíblia e conse-
quentemente para o judaísmo. O Shabat é o sétimo dia da semana,
e guardá-lo é uma mitsvá ordenada ao povo de Israel em homena-
gem ao sétimo dia da Criação. Será que desvendamos um código - a
palavra “Israel” codificada em intervalos de sete letras - precisa-
mente na passagem da Toráh (de Genesis) referente ao sétimo dia
da Criação? Ou seria apenas mera coincidência?”

*Nota: O sábado foi observado pela igreja dos dias apostólicos e só foi
trocado pelo domingo no ano 325 d.C., pelo pagão Imperador Constantino.

BRIT MILÁ. Pacto do Eterno com Abrão e sua descendência


Brit milá (‫)ברית מילה‬, literalmente aliança é o nome dado à
cerimônia religiosa na qual o prepúcio dos recém-nascidos é
cortado ao oitavo dia como símbolo da aliança eterna entre Ado-
nai e o povo de Israel. Também é nessa cerimônia que o menino
recebe seu nome. Costuma-se realizar o brit em um café da ma-
nhã festivo.
A origem bíblica está em Gênesis (17:1-14), onde O Eterno
ordenou a Abraão que ele e todos os seus descendentes se circun-
cidassem como sinal do pacto eterno com Ele.

*Nota: Quanto aos gentios, o apostolo Paulo fala que sua circuncisão é
apenas no coração, porém, é bom lembrar que em nenhum momento Paulo se
refere a judeus (pois com eles é pacto eterno de Adonai com Abraão e sua des-
cendência), tanto que, quando Timóteo aceitou a fé, o mesmo Paulo fez com que
ele se circuncidasse porque era filho de mãe judia, embora seu pai fosse grego.

237
Israel - Cumprindo Profecias

Yeshuah foi levado ao Templo em Jerusalém no oitavo dia para ser circuncidado
conforme a lei de Moises (lucas2: 21).
*curiosidade: Em pesquisa medico-cientifica foi observado que é muito
raro nas mulheres judias o câncer de colo de útero, devido a circuncisão do marido.

ZEVED HABAT OU SIMCHAT BAT


São os termos que designam a cerimônia de recebimento
do nome das meninas judias. É quando o rabino abençoa os pais
da menina, que recebe o seu nome hebraico.

PIDYON HABEN (redenção do primogênito).


É a cerimônia onde cada judeu (exceto Cohen ou Levi) deve
resgatar seu filho primogênito. “Todo primogênito homem entre
teus filhos resgatarás”. Como lembrança de que todo primogênito é
santificado à Adonai, resgata-se esse filho pagando com objeto de
valor, entregue ao Cohen durante a cerimônia. “Santifica-me todo o
primogênito... o que abrir a madre dos filhos de Israel é Meu” (Êxodo
13:2), Os primogênitos dos filhos de Israel foram escolhidos para o
sacerdócio para com o Criador devido ao fato de terem sido pou-
pados da última das dez pragas do Egito. Os cohanim (descendên-
cia sacerdotal) assumiram o dever do sacerdócio e os de Levi o lou-
vor e o serviço do templo. Por isso não fazem o Pidyon haben,nos
cohanim e Levi, porque devem estar a serviço do Eterno.

BAR MITZV B’NAI


MITZVÁ (filhos do manda-
mento) é o nome dado à ce-
rimônia que insere o jovem
judeu como um membro ma-
duro na comunidade judaica.
Quando uma criança ju-
238
Sarah Elzeny Zayit

dia atinge a sua maturidade (aos 12 anos de idade, mais um dia


para as meninas; e aos 13 anos e um dia para os meninos), passa
a tornar-se responsável pelos seus atos, de acordo com da lei ju-
daica. Nessa altura, diz-se que o menino passa a ser Bar Mitzvá
(“filho do mandamento”); e a menina passa a ser Bat Mitzvá (“fi-
lha do mandamento”).
Ao completar 13 anos, o jovem judeu é chamado pela pri-
meira vez para a leitura pública da Torah (Pentateuco). A partir
daí, ele pode integrar o miniam (quorum mínimo de 10 homens
adultos para realização de cerimônias judaicas).
O Bar Mitzvá não é só uma comemoração comum de
aniversario, porém, após a cerimônia religiosa há uma linda festa
com cerimônia de “mazal-tov” como “boa sorte” ou “parabéns”
Antes dessa idade, são os pais os responsáveis pelos atos dos
filhos. Depois desta idade, os rapazes e moças podem finalmente
participar em todas as áreas da vida da comunidade e assumir a
sua responsabilidade na lei, no culto e tradição judaica.
Yeshuah foi levado a Jerusalém para o seu Bar Mitzva quan-
do ele discutiu com os doutores da lei.
Mitzvá (plural mitzvot), esta palavra se refere ao cumpri-
mento dos 613 mandamentos da Torah. O termo Mitzva expressa
a obediência a Adonai nas ações morais e positivas que marcam
a conduta de pessoas de honra, de boa índole. De acordo com os
ensinamentos do Judaísmo todas as leis morais são derivadas dos
mandamentos divinos.
Tzeniut "modéstia” é um termo usado para descrever o
conjunto de mandamentos relacionados à conduta em geral. A
tzeniut costuma se relacionar ao modo de vestir de cada judeu,
roupas próprias para cada sexo, de maneira que não marque o
corpo, é um dos fatores muito importantes nas regras de Tzeniut.
Também a maneira de se portar e de falar, a discreção. Todo o
comportamento digno e sensato.

239
Israel - Cumprindo Profecias

TALIT E TZITZIT (‫)תציצ‬. É o


nome dado às franjas do Talit (xale de
orações) que servem para lembrar os
mandamentos de Adonai:
“Que façam para eles tzitzit (fran-
jas) sobre as bordas das suas vestes, pe-
las suas gerações e porão sobre os tzitzit
da borda um cordão azul celeste. E será
para vós por tzitzit e vereis e lembrareis
todos os mandamentos de Deus e os
cumprireis e não errareis indo atrás do
vosso coração e atrás dos vossos olhos,...
para que vos lembreis e cumprais todos os Meus mandamentos e
sejais santos para com vosso Deus.” (Números, 15:37 a 39 e 5:38-
41).
O valor numérico das letras em hebraico, da palavra tsitsit,
acrescentando os oito fios e cinco nós de uma franja, somam 613,
representando o número total dos mandamentos e preceitos da
Toráh (Pentateuco) sendo 248 preceitos positivos: “assim farás”; e
365 (como os 365 dias do ano) proibitivos: “não farás”. Isso inclui
todas as Leis, mandamentos, preceitos, concertos, alianças, pac-
tos, estatutos, juízos e testemunhos.
Há um talit denominado “talit katan” (talit pequeno) co-
nhecido também pelo nome de “tzitzit”, que é utilizado durante
o dia inteiro por baixo da roupa no qual se está vestido, a fim de
cumprir esse mandamento durante todo o dia.
Talit Gadol figura a “tenda de Adonai, o abrigo Do Eterno”
é usado pelos homens no momento da oração na sinagoga e em
casa, no momento da oração do Shacharit (primeiras orações fei-
tas pela manhã).
O talit envolve a quem está orando e o isola do mundo a sua
volta aumenta sua concentração durante a oração. Sob o talit se cria
um ambiente de igualdade entre os que estão orando, tendo então
concordância com uma cobertura homogênea, a tenda de Adonai.
“Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua
240
Sarah Elzeny Zayit

vestimenta com que te cobrires”. (Deuteronômio 22:12)


O talit é usado a partir da idade de treze anos, quando o
menino faz o Bar Mitzva ele passa a usá-lo, como uma cobertura
na hora das orações,
Disse Rabi Shimon bar Yochai: “Quando o homem levan-
ta de manhã e coloca os tefilin e tzitzit, a Shechináh (a gloria da
presença de Adonai) paira sobre ele e proclama: ‘Tu és Meu servo,
Israel, através do qual Serei Glorificado. ’”
Yeshuah (Jesus que era judeu e Rabino) usava esse xale Ta-
lit Gadol, e as pessoas tocavam nas franjas desse xale para serem
curadas, como o caso da mulher, que por doze anos sofria de he-
morragia e foi curada ao tocar nessa franja (Mateus 9:20, Marcos
5:27), a noticia se espalhou e a multidão O cercava e lhe pedia
que deixassem que os enfermos lhe tocassem as franjas do Talit,
porque todos que a tocavam saravam.(Marcos 6:56).
O talit, é como uma farda do Exército de Adonai e nos faz
lembrar que somos povo santo e como tal, devemos procurar vi-
ver em santidade. O exército de cada soberano traja-se com seu
uniforme distinto; é o símbolo da lealdade que o soldado deve
a seu rei. O povo de Israel também possui suas insígnias espe-
ciais que o identificam como pertencentes ao Exercito de Adonai.
Conforme o Pacto de Adonai com Seu povo. “Ser-me-eis santos;
porque Eu O Senhor, Sou Santo”. (Levítico 20:24).

Significa a Tenda Do Eterno. Estando debaixo do talit, só


temos uma autoridade: só O Eterno é nosso Rei e Senhor. Quan-
do o Talit é colocado sobre a cabeça, figura o abrigo de Adonai,
então se recita o Salmo 36:8-11: “Como é preciosa Tua bondade, ó
Adonai; os filhos dos homens se refugiam na sombra de Tuas asas.
Eles se saciarão com a delícia de Tua Casa e Tu lhes darás de beber
do rio da Tua bem-aventurança. Pois Contigo está a Fonte da Vida,
na Tua Luz veremos luz. Concede Tua Bondade para Teus conhece-
dores e Tua Justiça para os de coração reto”.
Rabi Moshê Segal disse:
241
Israel - Cumprindo Profecias

Envolvi-me com o meu talit. Naquele momento, então, senti


que havia criado um domínio privado, só meu com O Eterno. Sob
esse talit, o domínio era por completo de Adonai;... não estava sob o
domínio de nenhum outro, a não ser o meu Pai Celestial. “Aqui eu
faria o que Ele me ordenava - e não havia força na Terra que me
impedisse de fazê-lo”.

A TINTA AZUL CELESTE


E O TECHELET.
Conforme os textos citados,
o azul celeste foi escolhido pelo
próprio Deus (como se fosse uma
espécie de vestimenta dos céus),
e Do Eterno. A Arca da Aliança
foi coberta com um pano dessa
mesma cor (Números, 4:6): “Quando os filhos Israel olham para
aquele tzitzit azul celeste, lhes parece que a Shechináh (a gloria de
Adonai) paira sobre eles”.
Essa tinta azul celeste só era conseguida através de uns ca-
racóis de nome “Techelet” encontrados no Mar Mediterrâneo. No
período da dominação romana, os governadores requisitaram to-
dos os caracóis desse tipo para confeccionar tinta para suas vestes,
proibindo assim os judeus de a utilizarem para o talit. Em conse-
quência disso os caracóis desapareceram. Mas o que é incrível que
após o restabelecimento do Estado de Israel (depois de quase dois
mil anos), esses caracóis voltaram a aparecer.

KIPÁH
É um pequeno chapéu em forma de circunferência, utili-
zado como símbolo do judaísmo, símbolo de “temor a Adonai”,
cumprindo o mandamento de (Êxodo 28:39): “Farás uma mitra”
e Ezequiel 44:18: “Coifas de linho estarão sobre suas cabeças”. O
242
Sarah Elzeny Zayit

Talmud fala da necessidade de se ter


sempre o temor a Adonai sobre nos-
sas cabeças. O uso do Kipáh enfatiza
a condição de servo de Adonai, é um
lembrete constante da presença de
Adonai, onde quer que vá. Ele nos
identifica como judeus aos olhos de
todos transmitindo a mensagem de
que “pertencemos” a Alguém: Deus!
E que não deve haver nenhum tempo
na vida do judeu em que ele não esteja na presença Divina, nem
qualquer parte de sua vida que esteja livre do serviço Do Eterno.

TEFILIN
(Em hebraico tem a mesma raiz da palavra Tefila, signifi-
ca “prece”) é o nome dado a duas caixinhas de couro, cada qual
preso a uma tira de couro de animal kasher, dentro das quais está
contido um pergaminho com quatro textos da Torah os quais são
a ordenança do uso dos filactérios:
Deuteronômio 6:4-9 e 11:18: “Ouve, Israel, o Senhor nosso
Deus é o único Senhor. ...E estas pala-
vras, que hoje te ordeno, ... as atarás
por sinal na tua mão, e te serão por
frontais entre os teus olhos.
Esse mandamento é repetido
três vezes na Toráh e mencionado
mais de quinhentas vezes no Talmud.
A tradição judaica diz que Moshê
também recebeu através da Toráh oral
os procedimentos de como confec-
cionar o Tefilin; ensinamentos estes
que teriam sido transmitidos de gera-
ção em geração até serem escritos na
Mishnáh e no Talmud. Os tefilin são
243
Israel - Cumprindo Profecias

colocados diariamente pelas manhãs com a oração matinal ou


pelo menos até o pôr-do-sol , momento em que é feita a citação
do texto bíblico acima.

PEIOT
É o plural da palavra hebraica pe’ah,
isto é “borda”. Peiot designa os cachos de ca-
belos laterais característicos dos judeus orto-
doxos, que cumprem a ordenança de Levítico
(19:27)  : “Não cortareis os cabelos no canto
de tua cabeça em redondo e nem tirarás a tua
barba”.

MEZUZÁH
(no hebraico “umbral”) é um pequeno
rolo de pergaminho que contém as passagens
bíblicas (Deuteronômio 6:4-9 e 11:13-21). é o
cumprimento de um mandamento da Torah
que ordena que seja afixado no umbral das
portas “Shemah” e “Vehaia” “Escreve-as nos
umbrais de tuas portas”. Os judeus costumam
beijar a Mezuzáh toda a vez que se passa pela
porta, para lembrar os textos que estão conti-
dos ali dentro e os princípios do judaísmo que
eles carregam. É no conteúdo, guardado em
seu interior, que reside o verdadeiro valor da
Mezuzáh, e não em seu invólucro. Para ser casher deve ser escrita
à mão, sobre pergaminho, e por um sofer (escriba).

244
Sarah Elzeny Zayit

MIKVE
É um recipiente de água
(não estagnada) no qual se é feito
um banho de purificação semanal-
mente antes da leitura dos textos
sagrados na sinagoga ou transcri-
ção dos textos da Torah. Também
a mulher judia se purifica mensal-
mente após seu ciclo menstrual, e
após o nascimento dos filhos. Os
noivos também se purificam na mikve antes da cerimônia do ca-
samento. Essa purificação é feita antes das cerimônias. É também
requerido do convertido ao judaísmo. Na Mikve o judeu é sub-
merso por três vezes (o que deu origem ao batismo pregado por
João Batista e usado até os dias de hoje pelo cristianismo).
A Mikve era usada nos tempos bíblicos, já Moises, por ordenan-
ça Divina, fez com que o sacerdote Arão e seus filhos imergissem num
banho de purificação antes do serviço sagrado (Levítico 8:6); O texto
fala que foram imersos e não apenas da lavagem das mãos e dos pés
que se fazia na pia de bronze que ficava na entrada do tabernáculo.

*nota: O raciocínio espiritual judaico diz que quando os judeus foram ex-
pulsos de sua Terra - quando Roma antiga irrompeu com selvageria sobre Jerusa-
lém, arrasando o Templo Sagrado – O Eterno acompanhou Seu povo ao Exílio.
(Paulo, formado aos pés do rabino Gamaliel repete essa visão e diz: “Vós sois o
templo De Adonai; Ele habita em vós”).

CASAMENTO JUDAICO
No judaísmo o casamento é chamado de “santificação
do casal” “Kidushim” e se crê que um homem só é completo ao
casar-se porque O Eterno tirou sua costela pra fazer Eva, por-
tanto lhe falta a costela ate o casamento. Também em Genesis
1:27 diz que O Eterno criou a Sua imagem “homem e mulher”,
245
Israel - Cumprindo Profecias

portanto o casal é a imagem Do Criador.

Bênçãos pós-núpcias, ministrada pelo Pr. Morelli a um casal brasileiro André e


Andréa. Estão portando um “talit Gadol”, (xale de orações) como dossel, em Caná
da Galiléia, onde Jesus realizou Seu primeiro milagre, numa festa de casamento,
transformando água em vinho, onde hoje muitos cristãos fazem a confirmação das
bênçãos do casamento.
Ambos, noivo e noiva devem ser judeus. Eles não podem
ver-se durante as 24 horas que antecedem a cerimônia, e jejuam
no dia do casamento. São sub-
mergidos, no míkve, que é um
símbolo de purificação. A ce-
rimônia judaica pode ser feita
numa sinagoga ou em qualquer
outro lugar, até mesmo ao ar li-
vre, mas será sempre realizada
pelo rabino que lhes impetra
as sete bênçãos, sob um Docel
“Chuppah” (uma tenda rica-
mente decorada com flores),
representando um lar judaico
segundo os preceitos bíblicos.
Os noivos costumam orar pelos
convidados.
246
Sarah Elzeny Zayit

KETUBAH
É a certidão de casamento judaico.
A noiva deve ter o rosto coberto por um
véu. O noivo, ao dirigir-se a ela, deve le-
vantar o véu. Diante das testemunhas que
assinam a “Ketubah” documento religio-
so de casamento judaico. O noivo coloca
a aliança no dedo indicador direito da
noiva. Compartilham da mesma taça de
vinho, e no final da cerimônia o noivo
quebra o copo fazendo menção de Jerusalém: “Que se cole a mi-
nha língua ao palato, se eu não me lembrar sempre de ti Jerusalém
e não mantiver a tua lembrança acima de minha maior alegria!”
(Salmo 137:6). Todos cantam “Mazal Tov” desejando bênçãos e
felicidades aos noivos.

ALIMENTAÇÃO BÍBLICA “CASHER”.


Todo judeu religioso come apenas o que foi determina-
do por Adonai. A comida denominada “casher”, (em hebraico)
e kosher (em iídiche, dialeto judaico): um produto apto, apro-
priado ao consumo, isto é, que preenche todos os requisitos da
dieta bíblica judaica. Cashrut é o conjunto das leis alimentares
outorgadas pelo Eterno ao povo judeu através do recebimento
da Toráh.
Comida Casher é Saudável. A opção pelo alimento e esti-
lo de vida pode nos capacitar a seguir os preceitos da Toráh de
preservação da vida com saúde. O Judaísmo envolve todos os as-
pectos da vida. Nossas atividades cotidianas mais comuns tornam-
-se imbuídas de santidade quando seguimos a diretiva da Torah.
(Provérbios 3:6). Na outorga da Toráh, O Eterno nos deu 613 pre-
ceitos, entre os quais as leis concernentes à Cashrut (alimentação
casher). Cada uma das mitzvot (cumprimento das Leis), faz bem
247
Israel - Cumprindo Profecias

à alma, e faz bem ao corpo. A Toráh, através da cashrut, nos ensi-


na como comer para que o corpo seja um receptáculo apropriado
para o espírito, e não meramente um instrumento para satisfazer
as necessidades físicas, como os animais. As leis do cashrut, com
certeza, ajudam à saúde e o bom viver.
Preceitos alimentares judaicos estão descritos na Toráh
(Pentateuco). Em Levíticos 11 e Deuteronômio 14, O Eterno nos
da uma lista dos animais puros que é bom para se comer e dos
impuros, os quais nos são proibidos comê-los.
Antes da ciência. A intenção de Deus através de Seu legado
sempre foi a de assumirmos nosso compromisso firmado desde
o Monte Sinai: “Nós faremos e (então) compreenderemos” ou
“obedeceremos e entenderemos” Primeiro obedecer e depois en-
tender. Assim por mais de três mil anos o povo judeu obedece as
leis do casherut mesmo sem ter entendido o que hoje a ciência
explica. A cada dia que passa, novas descobertas médicas revelam
a sabedoria dos conceitos que têm sido parte de nossa herança
por milhares de anos. A moderna ciência nutricional reconhece
agora o que o Judaísmo sempre ensinou
Nada que O Eterno proibiu foi por acaso ou só por capricho.
Ele que nos criou sabe o que é bom para o homem. Por exemplo: A
ingestão da carne de porco pode trazer ao organismo a Cisticercose
Taenia solium (verme platielminte) É determinada pela localiza-
ção da larva, chamada cisticerco, no organismo humano. No tecido
subcutâneo e na musculatura, produz dores e fraqueza muscular;
nos olhos acarreta cegueira e no cérebro causa epilepsia e até lou-
cura. Além disso, a carne de porco é a mais próxima da carne hu-
mana. Quando se ingere a carne de porco o organismo sente como
se tivesse ingerido carne humana, e se ocupa de expeli-la, o que
demora em media quatro dias para ser totalmente eliminada e com
isso o organismo deixa de lutar contra qualquer doença ou infecção
que porventura haja e essa por sua vez prolifera.
O camarão e os peixes de couro (sem escamas) foram cria-
248
Sarah Elzeny Zayit

dos para comer toda coisa podre e suja e assim limpar os rios e
mares, para que os demais peixes sejam saudáveis e bons para se
comer. O camarão se ingerido por certas pessoas alérgicas pode
levar a morte.
Peixes casher são aqueles que possuem barbatanas e as es-
camas. As barbatanas e as escamas são barreiras à absorção de
toxinas, como o mercúrio, que poderiam contaminar a carne.
Os judeus não comem carne juntamente com leite, obser-
vando o mandamento bíblico (Êxodo 23:19). E é provado cienti-
ficamente que o leite ingerido juntamente com a carne prejudica a
absorção do ferro proveniente dos alimentos, provocando anemia.
Adonai proibiu se comer o sangue. A ciência comprova que
vírus e bactérias são transportados pelo sangue.
A forma de abate dos animais também se deve seguir algu-
mas regras: eles não podem estar agitados e nem sofrer. No abate,
o sangue deve ser completamente drenado, e após o abate o ani-
mal é criteriosamente examinado por um rabino veterinário; são
examinados órgãos vitais, a fim de verificar se há qualquer sinal
de doença. Depois é lavado e salgado para que se extraia todo o
sangue.
Frutas, verduras e legumes fazem parte da categoria parve
e não há restrições para o consumo. Entretanto, devem ser exami-
nados e limpos cuidadosamente as folhas de verduras para extrair
vermes e insetos, considerados impuros. Deve se lavar adequada-
mente as frutas, e averiguar a existência de qualquer tipo de larva
ou verme.
Cada alimento proibido na bíblia tem sua razão. O Eterno
determinou a comida de Seu povo porque queria que fosse saudá-
vel e inteligente, de maneira que outros povos vissem que Ele era
com Seu povo. A exemplo do profeta Daniel e seus companheiros
que quando levados cativos para a Babilônia eles não se contami-
naram com o manjar do rei, e o Tanach fala que seus semblantes
eram melhores do que dos outros e que tinham inteligência mais
249
Israel - Cumprindo Profecias

que todos do reino. (Daniel cap.1)


Mesa é um altar. Nossos sábios ensinam que o lar de cada
judeu é como um “pequeno Santuário”, um local de morada da
Presença Divina; e a mesa de refeições é comparada ao altar do
Templo Sagrado. O maior cuidado deveria ser tomado para que
somente o que estivesse de acordo com a lei bíblica fosse oferta-
do sobre o altar do Templo. Da mesma maneira, devemos cuidar
para que somente o absolutamente o correto seja trazido à nossa
mesa - o altar em miniatura. O profeta Zacarias (10:21) disse:
“Todas as panelas de Jerusalém e de Judá serão consagradas A
Adonai dos Exércitos” serão santas como as bacias diante do al-
tar. “E comereis perante O Eterno e vos alegrareis” (Deuteronô-
mio 12:7). Não se pode, na mesa de um judeu, conversar coisas
que não são santas, porque comemos diante do Eterno para dar-
-Lhe graças. “Comereis e ficareis satisfeitos e bendireis Adonai teu
Deus” (Joel 2:26).
A história demonstra que quando a observância de cashrut
é forte, a identidade judaica permanece forte. O cashrut (assim
como a língua hebraica) tem efeito de profunda ligação entre os
judeus de todas as nacionalidades, reafirmando ser um só povo. A
comida casher sempre contribuiu para a conservação do judaís-
mo na diáspora (dispersão). A dieta casher é a dieta prescrita pelo
Próprio Criador do Mundo.

*NOTA: As leis alimentares não dizem respeito a perdão de pecados ou


salvação. Elas constituem um manual de saúde e bom viver. Mas, obedecer sem-
pre é melhor; evita muitos males. Toda desobediência é pecado e trás consequ-
ências.

250
A Fé Judaica no Mashiach (Messias)

O Judeu crê na vinda Do Mashiach (Messias), Salvador e


Redentor de Israel, que virá e se assentará no trono de David em
Jerusalém e será Rei sobre toda terra.
Estaria Israel esperando O mesmo Messias que esperam os
cristãos?
Todo judeu religioso ora dezenas de vezes por dia Ao Eter-
no, pedindo que venha O Mashiach (Messias) e a tão sonhada
era messiânica, quando Adonai exercerá Seu glorioso Reino sobre
toda a terra. A cada dia se espera ansiosamente o Messias.
Todo cristão evangélico e uma facção católica, também ora
diariamente pedindo pelo retorno Do Messias e espera ansiosa-
mente Sua vinda e a implantação do Reino de Adonai sobre toda
a terra, baseados na profecia do profeta Daniel diz (7:13 e 14) “Eu
estava olhando em minhas visões da noite e eis que vinha nas nu-
vens dos céus , um semelhante O Filho do Homem, ... e foi lhe dado
domínio, gloria, realeza e poder sobre todos os povos e nações e lín-
guas pra que O servissem. E o Seu reino jamais será destruído”.
Qual a diferença da crença judia e da crença cristã sobre O
Messias? Os judeus esperam a primeira vinda Do Mashiach (Mes-
sias). Enquanto que os cristãos acreditam que Ele já veio uma pri-
meira vez como O Messias sofredor predito pelo profeta Isaias e
que voltará pela segunda vez como Rei, quando será implantado
251
Israel - Cumprindo Profecias

o Reino de Adonai sobre toda a terra, e O Messias reinará desde


Jerusalém, conforme disseram os profetas.

PORQUE OS CRISTÃOS O CHAMAM DE FILHO DE DEUS?


Isaias (7:14) profetizou sobre o Messias dizendo: “Eis O Eter-
no vos dará um sinal: que uma virgem dará luz a um Filho e cha-
mará o Seu Nome, Emanuel que quer dizer Deus conosco”. “Porque
um menino nos nasceu, um Filho se Nos deu; e o principado estava
sobre os seus ombros; e o Seu Nome será: Maravilhoso, Conselheiro,
Deus Forte, Pai da eternidade e Príncipe da paz..., Desse principado
haverá paz e Seu reino não terá fim”.(Isaias 9:6 e 7).
No livro de Provérbios (30:4) diz: “Quem subiu ao céu e des-
ceu? Quem estabeleceu os limites da terra? Qual O Seu Nome e qual
O Nome de Seu Filho? Diz-me se o sabes”.
“ Tu És Meu Filho, hoje Te gerei”. “O Ungido Do Eterno é Seu
Filho” (Salmo 2:2 a 7)
“O Eterno disse a David: Levantarei Um de tua descendência
e Eu lhe serei por Pai e Ele será O Meu Filho e Seu trono será firme
e para sempre” (I Crônicas 17:11 a 14). Profeticamente, referindo-
-se Ao Mashiach (Messias) David respondeu: “Falaste da casa de
Teu servo para tempos longínquos”. (verso 17).
Yeshuah é parte do Pai. Como Adonai fez com Adão, tirando
uma de suas costelas fez a Eva; Isso é um exemplo do que Adonai fez
Consigo Mesmo: Tirou parte de Si para que se tornasse um homem,
para tabernacular com os homens; para que pudesse além de se comu-
nicar e se fazer entender, também como homem, levar sobre Si os pe-
cados de todos os homens (Isaias 53). O texto de João 1:1 diz que “No
princípio era O Verbo e o Verbo estava em Deus porque Ele era Deus”.

NOTA: Infelizmente as bíblias atuais têm um desvio de tradução desde o IV sec.,


para apoiar a “doutrina da trindade”, que na verdade é Triunidade, porque Deus é Um
e não há três deuses. Está traduzido como: “Ele estava com Deus”, quando na verdade o
texto original grego diz: Ele estava EM DEUS porque Ele era Deus!”. Texto grego: “Ἐν
ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος, καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος. Οὗτος ἦν ἐν ἀρχῇ πρὸς
τὸν θεόν“. A preposição “πρὸς” no texto quer dizer “EM”. Adonai é Um, “Adonai Echad”.
252
Sarah Elzeny Zayit

Os pergaminhos de Qumran confirmam. Os pergaminhos


de Isaias encontrado em 1947 em Qumran, próximo ao Mar Mor-
to, que foram escritos há mais de dois mil anos, confirmam o tex�-
to hebraico que temos hoje que diz no primeiro capitulo, verso
quatro de Isaias: “Condenaram O Santo de Israel” “‫קדוש‬-‫נאצו את‬
‫”ישראל‬. Que Santo de Israel foi condenado?
O Brit Chadashah diz:
“Mas, vindo Yeshuah o Sumo Sacerdote dos bens futuros da
ordem de “Melquisedeque” (“Melech Tazdik” = “Rei Justo”), por um
maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não des-
ta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio
sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna
redenção” (Hebreus 9:11 e 12). “Assim também Yeshuah, oferecendo-
-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez,
sem pecado, aos que o esperam para salvação”.(Versículo 28).
O profeta Daniel disse (9:24 a 26) que O Messias viria antes
da destruição do segundo Templo, depois seria tirado e o sacrifí-
cio cessaria.
Na oração Amidah, que todo judeu ora diariamente diz:
“Quem é como Tu oh Eterno, de poderosos atos? Ou quem pode
ser comparado a Ti Oh Rei, que tiras a vida e fazes reviver e flo-
rescer a Yeshuah?”
Para Abel, filho de Adão, Deus proveu expiação pelo san-
gue de um animal. Na Pessach (Páscoa) vemos Adonai provendo
salvação pelo sangue para toda a nação. E O Messias sofredor de
Isaias, veio trazer expiação para todo o mundo.

O SANGUE PARA REMISSÃO


“Sem derramamento de sangue não há remissão”. (Heb 9:22).
No livro de Gênesis está escrito que Deus instituiu um plano de
redenção pelo sangue. Quando Adão e Eva pecaram, Adonai ma-
tou um animal para cobri-los da nudez, da vergonha de seus pe-
cados (Genesis 3:21). E Adonai institui o sacrifício para perdão:
“E Abel trouxe os primogênitos de suas ovelhas para oferecer Ao
253
Israel - Cumprindo Profecias

Senhor”, (Gênesis 4:4). Ve-


mos o sangue como expia-
ção pelos pecados em todo
o Antigo Testamento; du-
rante a celebração da Pás-
coa, na saída do Povo de
Israel do Egito, haviam mi-
lhares de cordeiros sacrifi-
cados por todos os lados, e
o sangue deles passado no
umbral da porta de cada casa de todo hebreu no Egito. Aquele
sangue livrou da morte os primogênitos hebreus.
Em Êxodo (30:10), Adonai fez concerto com Seu povo atra-
vés do sangue “... portanto é o sangue que fará expiação pela alma”.
(Levítico 17:11). O animal oferecido em sacrifício em lugar das
pessoas, representando-as. “Sem derramamento de sangue não há
remissão de pecados”. (Hebreus 9:22). Deus nos amou tanto, e
por Sua misericórdia providenciou para nós O substituto levaria
sobre Si, “suportaria” o juízo que pertencia a nós como pecadores;
um meio pelo qual a sua justiça seria satisfeita plenamente, e não
seria executada em nós.
Desde a destruição do templo não ha mais sacrifícios de
cordeiros. O sacrifício cessou. Como podemos ser perdoados
hoje? Adonai proveu o sangue da expiação para hoje, por meio de
um único sacrifício perfeito e completo.

O “MESSIAS SOFREDOR” ENTREGANDO-SE


NUM ETERNO SACRIFÍCIO.
O profeta Isaias disse que Ele viria como Messias sofredor
(Isaias 53:1 a 12)
“Mas Ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído
pelas nossas iniquidades; o castigo (a nossa punição) que nos traz
254
Sarah Elzeny Zayit

a paz estava sobre Ele e pelas Suas pisaduras fomos sarados. Todos
nos andávamos desgarrados como ovelha, cada um se desviava pelo
seu caminho, mas O SENHOR fez cair sobre Ele (o Messias sofre-
dor) a iniquidade de nos todos”.
Ele levou nossa iniquidade; foi o meu substituto “Temurati.
“Como Cordeiro foi levado ao matadouro”.Minha expiação
“Caparati”
“Foi cortado da terra dos viventes (morto) pela transgressão
do Seu povo”. Minha permuta “Chalifati”
“E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico na
Sua morte... O Senhor agradou moê-lo pondo Sua alma por expia-
ção do pecado... portanto derramou Sua alma na morte (morreu),
e foi contado com os transgressores; mas Ele levou sobre si o pecado
de muitos e pelos transgressores intercede”. “O Meu Servo O Jus-
to, justificará a muitos porque a iniquidade deles levará sobre Si”
(Isaias 53:11)
“Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para
que nele fôssemos feitos justiça de Deus”.(II Coríntios 5:21) “Porque
assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição
dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem
em Adão, assim também todos serão vivificados No Mashiach”.(I
Coríntios 15:21-22).
É magnífico saber que Adonai, através do sacrifício de Seu
Filho, O “Messias Sofredor”, não apenas nos perdoa, mas apaga
nossos pecados.
Lembro-me de um grande amigo nosso, Gilson Breder que
sempre diz: “No computador de Deus existe a tecla “Delet”. De-
pois de tocar essa tecla, nunca mais se encontra o que foi excluído
por ela. Nós nos lembramos de nossos erros e nos acusamos, mas
O Eterno os apaga. E quando vamos a Ele dizendo: “Pai, pequei
outra vez, Ele diz:” não filho, em meus arquivos não consta peca-
do anterior”. Não aceite nenhuma acusação do diabo, pois ele é
inimigo vencido pelo sangue Do Cordeiro. “O Sangue de Yeshuah
255
Israel - Cumprindo Profecias

HaMasahiach nos purifica de todo pecado” (I João 1:7).


O profeta Zacarias profetizou sobre O Messias (Mashiach):
“E sobre a casa de David e sobre os habitantes de Jerusalém,
derramarei o Espírito de graça e de suplicas; e olharão para Mim, a
quem a transpassaram; e o prantearão como quem pranteia por um
unigênito; e chorarão amargamente por Ele, como se chora amarga-
mente pelo primogênito...(13:9) e invocarão O Meu Nome e Eu ou-
virei e direi: É Meu povo e dirão: O Senhor é meu Deus...(14:9) E O
Senhor será Rei sobre toda a terra. Naquele dia, Um será O Senhor
e Um será O Seu Nome”. “Olharão para Mim a quem transpassa-
ram”. (Zacarias 12:1-10) .Quem é O Senhor que foi transpassado?
E em Isaias (52:6 a 8) fala de Seu retorno como Rei sobre
toda a terra: “Naquele dia, o Meu povo saberá O Meu Nome...
Quão suaves são os pés sobre os montes, daqueles que anunciam e
faz ouvir a salvação e dizem a Sião O teu Deus Reina. Eis a voz dos
atalaias! Eles alçam sua voz juntamente exultam porque olho a olho
verão, quando O SENHOR voltar a Sião” (volta quem já esteve).
O profeta Oséias (6:2 e 5:15) diz: “Irei e voltarei. Depois de
dois dias nos dará a vida e ao terceiro nos ressuscitará” Ele ressus-
citou ao 3º.dia.

Interpretação do texto de Isaías 53, por grandes Rabinos.


“O Rabino Moses Alschech (1508-1600): “Nossos sábios Ra-
binos com uma só voz aceitam e afirmam em comum opinião que
o profeta discursa sobre o Messias, e nós devemos aderir ao mesmo
ponto de vista”.
Abravanel (1437-1508): “Esta é também a opinião de nossos
próprios homens instruídos na maioria de seus “Midrashim.”” (dis-
cursos rabínicos)
Rabino Yafet Ben Ali (segunda metade do 10º. século):
“Quanto a mim, eu vou considerá-lo como aludindo ao Messias”.
Abraham Farissol (1451 – 1526): “Neste capítulo parece ha-
ver umas semelhanças e umas alusões consideráveis ao ministério
256
Sarah Elzeny Zayit

do Messias “cristão” e aos eventos que são aplicados para ter aconte-
cido com ele, de modo que nenhuma outra profecia deva ser encon-
trada ou aplicada tão bem e o assunto de que pode assim imediata-
mente lhe ser conferido”.

Targum Yonathan (4º. século) “dá a introdução em Isaias.


52:13: “Eis, meu servo o Messias…”
Gersonides (1288-1344) em Deuteronômio. 18:18: “De fato o
Messias é tal profeta, pois se indica no Midrash no verso, “Eis, meu
Servo…” (Isaias. 52:13).”
Midrash Tanchuma: “Foi exaltado acima de Abraham, exal-
tado acima de Moshe, e ainda mais exaltado do que os Arcanjos”
(Isaias. 52: 13).
Yalkut Schimeon (atribuído ao Rabbi Simeon Kara, ao 12o
século): “(O rei Messias) é maior que os patriarcas, porque é dito,
“Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e
elevado, e mui sublime.(Isaias 52:13).”
Maimônides (1135-12O4) escreveu ao Rabbi Jacob Alfajumi:
“Do mesmo modo está em Isaías que (O Messias) apareceria sem re-
conhecer um pai ou uma mãe”: Pois foi crescendo como renovo pe-
rante ele, e como raiz que sai duma terra seca;... (Isaias.53: 2).”
Tanchuma: O Rabino Nachman: “A Palavra HOMEM na
passagem, um homem que seja cabeça da casa de seu pai”. (Num.1,
4), alude ao Messias, o filho de David, porque está escrito, “Eis o
homem cujo nome é Tzemach (renovo)”.
Onde no Targun Yonathan interpreta: “Eis o homem o Mes-
sias” (Zacarias. 6:12); e assim é dito: homem de dores, e experimen-
tado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o
rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum (“Isaias”.53: 3).”
Talmud Sanhedrin (98b): “Messias… qual é seu nome? Os
Rabinos dizem, “leproso”; aquele da casa de estudo. (Rabino Yehu-
da Hanassi,o autor do Mishná, 135-200): seus alunos disseram o
nome do Messias é “Cholacha” (o enfermo), porque diz; “certamente
257
Israel - Cumprindo Profecias

carregou nossas enfermidades...” (Isa.53,4).”


Pesiqta Rabbati (ca.845) sobre Isaias 61:10: “O mundo dos
Patriarcas”, um dia no mês de Nisan, levantarão e dirão (ao Mes-
sias): ‘Efraim, nosso Justo Ungido, embora nós sejamos seus avós,
contudo você é maior do que nós, porque você carregou os pecados
de nossos filhos, porque diz: ‘Verdadeiramente ele tomou sobre si
as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido’ ‘Mas ele foi fe-
rido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das
nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e
pelas suas pisaduras fomos sarados’ (Isa.53, 4-5)”.
Rabino Shmeon Ben Yochai . (2° Século, Zohar. parte II pági-
na 212a e III página 218a, Amsterdã Ed.):
“Há no jardim do Éden um palácio chamado: ‘O palácio dos
filhos da enfermidade, esse é o palácio que o Messias entra, e chama
sobre si cada doença, cada dor, e cada castigo de Israel: então todos
vêm e caem sobre Ele”.
E assim tirou o peso de Israel, e os levou sobre si mesmo. Não
havia nenhum homem capaz de carregar a punição de Israel por
causa da transgressão da lei; este é Aquele de quem está escrito,
Verdadeiramente ele tomou sobre si (Isaias 53:4). - Enquanto lhe
dizem (o Messias) da miséria de Israel em seu cativeiro, e daqueles
infiéis entre eles que não atenderam em conhecer seu Senhor, Ele (o
Senhor deles o Messias) levanta sua voz e chora pelas iniquidades
e infidelidades deles; e assim escreve-se, “ele foi ferido por causa de
nossas transgressões” (Isaias 53,5).
Midrash (em Ruth 2.14): “É discurso do rei Messias – ‘venha
em direção’, isto é próximo ao trono; “coma do pão”, isto é o pão
do Reino”. ‘Isto alude a (pão da) aflição, enquanto é dito, “mas foi
ferido por causa de nossas transgressões, afligido por causa nossos
iniquidades” (Isaias 53:5).
Disse o Rabino Elias de Vidas (Século 16): “O significado de
‘foi ferido por causa de nossas transgressões, afligido por causa de
258
Sarah Elzeny Zayit

nossas iniquidades’ é, desde que o Messias carrega nossas iniquida-


des que produzem suas aflições, consequentemente aqueles que não
admitem que o Messias sofra por nossas iniquidades, então devem
eles mesmos sofrer pelas deles.”
Siphre: O Rabino Jose Galileu disse: ”Vem aprender os mé-
ritos do Rei Messias e a recompensa do justo - Considere quantas
mortes levou sobre si, de sua própria geração, e sobre daquelas que
os seguiram, até o fim de todas as gerações. Qual atributo é maior,
o atributo da bondade, ou o atributo da vingança? ‘- Respondeu,
‘o atributo da bondade é maior, e o atributo da vingança é menor
- quanto mais então, o Rei Messias, que resiste as aflições e as do-
res por causa de nossas transgressões (pois se escreve, ‘foi ferido...),
justifica todas as gerações.
Este é o significado da palavra, mas o Adonai fez cair sobre ele
a iniquidade de todos nós. (Isaias 53:6). “
O Rabino Eleazer Kalir (Século 9) escreveu a seguinte oração
de Musaf (do sidur): “Nosso Messias o justo partiu de nós. O Horror
apreendeu-nos e nós não temos ninguém para justificar-nos.
Carregou nossas transgressões e a culpa de nossas iniquida-
des, e foi ferido por causa de nossas transgressões. Suportou nossos
pecados em cima de seus ombros para que nós possamos encontrar
o perdão para nossas iniquidades. “Nós seremos curados por suas
feridas, quando o ETERNO o recriar em uma nova criatura,e tra-
zê-lo ao círculo da terra, levantá-lo de Seir, para que nós possamos
o ouvir pela segunda vez”.
(Musaf - sãos as orações de acréscimos no sidur, o livro de
orações e louvores judaicos usados nas sinagogas.)
(Seir - se refere ao lugar para onde Esaú foi. (Esaú é chamado
também de Edom) na literatura Talmúdica alude ao cristianismo).
Rabino Moshé, “o Pregador” (século 11) escreveu em seu co-
mentário sobre Genesis (página 660): “No princípio Deus fez uma
aliança com o Messias e disse ao Messias: ‘meu Messias o Justo,
aqueles que confiarem em você, seus pecados trarão sobre você um
259
Israel - Cumprindo Profecias

fardo muito pesado pra você suportar, e Ele (o messias) respondeu:


‘eu aceito contente todas estas agonias em ordem que nenhum só
de Israel seja perdido. ‘Imediatamente, o Messias aceitou todas as
agonias com amor, como se escreve: ‘foi oprimido e aflito’”.
Pesiqta (sobre Isaias.61:10): “Grandes opressões foram co-
locadas em cima de você, como diz: Pela opressão e pelo juízo foi
levado e quem dentre os da sua geração considerou que ele fora
cortado da terra dos viventes, ferido por causa da transgressão do
seu povo? (Isaias 53: 8 ), como ele diz: mas Adonai fez cair sobre ele
a iniquidade de todos nós.’(Isaias 53: 6)”.
Hinei Tzemach Shmô Eis que se chamará Renovo Zechariah
6:11-12
Talmud Brachot Cap. 2 Halachá 4 No Midrash Mishlei, o
Rabino Huna fala dos “sete” nomes do Messias, tirado também de
Isaias 9:5-7
Midrash Mishlei:”Rabino Huna disse: “O Messias é chama-
do por sete nomes e eles são Yinnon, Tzadikeinu [‘nossa justiça’],
tzemach [‘rebento’], Menachem [‘Consolador’], filho de David, Shi-
loh (enviado)”.
Elijah.’”3 . “O Messias é chamado por oito nomes tam-
bem: Yinon, Tzemach, Pele [‘Maravilhoso’], Yo’etz [‘Conselheiro
-advogado’],Mashiach [‘Ungido’], El [‘D-us’], Gibbor [‘Forte’],e Avi
’Ad Shalom [‘Pai da Eternidade’].”
Midrash Mishle (“Midrash sobre Provérbios”) ed. Solomon
Buber (Vilna: 1893) “Preciso lhes dizer que a verdadeira e perfeita
Redenção depende inteiramente de nós; pois se nós, judeus, voltar-
mos a D’us com um sincero arrependimento, seremos imediatamen-
te redimidos pelo nosso justo Mashiach (Messias)”. Rabi Menachem
Mendel Schne”
*(http://torahlagoym.forumais.com/midrashim-estudos-f3/)

260
Sarah Elzeny Zayit

YESHUAH NO TALMUD E NO MIDRASH


“O Talmude cita repetidas vezes Isaías 53 como fazendo refe-
rencia ao Mashiach e comenta como se daria o seu aparecimento na
terra de Israel.(‘Sanhedrin’ 97b, Yalkut volume II P. 53.o C e tam-
bém Shemoth R, 15-19.).
O Talmude de Jerusalém que é datado um pouco mais de qua-
renta anos antes da destruição do Templo (que foi em 70 dC), relata
que o Mashiach será perfurado, fato este ocorrido nos anos 30 a 32
d.C. (Talmude de Jerusalém, ‘Sanhedrin’ Volume 24, e Talmude da
Babilônia, ‘Sanhedrin’ capítulo 4 Fascículo 37).
O Talmude (Yalkut Volume II p. 79d e tambem Nazir 32b)
afirma que o Mashiach seria morto antes da destruição do Templo
que aconteceu em 70 dC, segundo a profecia de Daniel (9:24-27).
O Servo sofredor de Isaias. O Filho de Deus seria crucifica-
do. Salmo 2 diz: “Tu és meu Filho...” .
No Midrash diz: “Quando conectamos o Salmo 110 com II
Samuel 16:1 e Isaías 53, diz: “Se eu encontrar o Filho do Rei, vou
crucificá-lo com uma morte cruel”. (p. 5a da Edição de Varsóvia;
e Yalkut (SP) Volume II p. 90a.). O Talmude realmente diz que o
Mashiach seria crucificado “Litzlov Oto”, “é exatamente o que diz,
‘crucificarei’”.
E Zacarias (12.10): “Derramarei o espírito de graça e de
súplicas; olharão para Mim a quem traspassaram; pranteá-lo-ão
como quem pranteia por um unigênito”.
O Midrash diz que O Mashiach já veio. O Midrash sobre o
texto de Jeremias (31:8), o mesmo que Isaías 53. “Todos os limites
de tempo no que se refere a chegada do Mashiach são passados”. –
(‘Sanhedrin’ 96-99).
O Talmude afirma claramente que o Mashiach já tinha che-
gado. Midrash Bresheit, sobre Genesis (Rabbah, p. 24b da Edição
de Varsóvia). “Seu próprio sistema diz que o Mashiach teve que vir
em 33 dC.”
Um novo pacto. Midrash sobre Salmo 7, (p. 5a edição da Var-
261
Israel - Cumprindo Profecias

sóvia), diz: “Deus vai falar através do Mashiach para fazer um


novo pacto”. *(Extraido de: http://www.comunidadedeisrael.com.br/estu-
dos.html)
A pedra rejeitada. No Talmude existe a afirmação de que
a pedra cortada sem mãos, em Daniel (2:44,-45) é o Mashiach.
“Então ele vos será por santuário; mas servirá de pedra de tropeço,
e rocha de escândalo, às duas casas de Israel; por armadilha e laço
aos moradores de Jerusalém.”. (Isaias 8:14). “A pedra [Yeshuah] que
os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina.” ( Salmos
118:21-22).

Hillel Rabbah e Rambam Moshe Maimonides, um dos


maiores rabinos, confirmou a aparição de Yeshuah o Mashiach
em 30 dC.

DOCUMENTOS, EXTRA BÍBLICO, ESCRITOS POR


AUTORIDADES DA ÉPOCA DE YESHUAH (JESUS) SO-
BRE A PESSOA DELE.
• Flavio Josefo, grande e mui conhecido historiador judeu do
primeiro século, escreveu em “Antiguidades dos Judeus”:
“Agora havia nesse tempo Yeshuah (Jesus), um homem sábio,
se for legal chamá-lo um homem; porque ele era um feitor de obras
maravilhosas, mestre de tais homens que recebem a verdade com
prazer. Ele atraiu para si ambos, muitos judeus e muitos gentios. Ele
era o Messias. E quando Pilatos, à sugestão dos principais homens
entre nós, o tinha condenado à cruz, esses que o amaram primeira-
mente não o abandonaram; pois ele lhes apareceu vivo novamente
no terceiro dia, como os profetas divinos tinham predito estas e dez
mil outras coisas maravilhosas relativas a Ele. E a tribo de cristãos,
assim denominada, não está extinta neste dia”.
* (“Antiguidades dos Judeus”. Flavio Josefo -livro 18º,. capitulo 4:772).

262
Sarah Elzeny Zayit

Entre várias personalidades da Roma antiga estão Públius


Lêntulllus, Pôncio Pilatos e Cornélio Tácito que deixaram escri-
tos sobre a presença De Yeshuah na Galiléia. O historiador Titus
Livius viveu no tempo de Lêntullus e de Pilatos e deixou registros
sobre seus atos. 

• A Epístola de Publius Lentullus (Públio Lêntulo) ao Senado.


Esta descrição foi retirada de um manuscrito da biblioteca
de Lord Kelly, anteriormente copiada de uma carta original de
Públio Lêntulo em Roma. Era costume dos governadores roma-
nos relatar ao Senado e ao povo coisas que ocorriam em suas res-
pectivas províncias no tempo do imperador Tibério César. Públio
Lêntulo, que governou a Judéia antes de Pôncio Pilatos, escre-
veu a seguinte epístola ao Senado relativo ao Nazareno chamado
Yeshuah (Jesus), no princípio das pregações:
“Apareceu nestes nossos dias um homem, da nação Judia, de
grande virtude, chamado Yeshuah, que ainda vive entre nós, que
pelos gentios é aceito como um profeta de verdade, mas os seus
próprios discípulos chamam-lhe o Filho de Deus - Ele ressuscita o
morto e cura toda a sorte de doenças. Um homem de estatura um
pouco alta, e gracioso, com semblante muito reverente, e os que o
vêem podem amá-lo e temê-lo; seu cabelo é castanho, cheio, liso até
as orelhas, ondulado até os ombros onde é mais claro. No meio da
cabeça os cabelos são divididos, conforme o costume dos Nazarenos.
A testa é lisa e delicada; a face sem manchas ou rugas, e avermelha-
da; o nariz e a boca não podem ser repreendidos; a barba é espessa,
da cor dos cabelos, não muito longa, mas bifurcada; a aparência é
inocente e madura; seus olhos são acinzentados, claros, e espertos -
reprovando a hipocrisia, ele é terrível; admoestando, é cortês e justo;
conversando é agradável, com seriedade. Não se pode lembrar de
alguém tê-lo visto rir, mas muitos o viram lamentar. A proporção
do corpo é mais que excelente; suas mãos e braços são delicados
ao ver. Falando, é muito temperado, modesto, e sábio. Um homem,
263
Israel - Cumprindo Profecias

pela sua beleza singular, ultrapassa os filhos dos homens”. 


*(http://www.ihaystack.com e http://www.dominiopublico.gov.br.)

• A carta de Pontius Pilate (Pôncio Pilatos) para Tiberius


César (Tibério César)
Esse é um reimpresso de uma carta de Pôncio Pilatos para
Tibério César que descreve a aparência física de Yeshuah. (As cópias
estão na Biblioteca Congressional em Washington. É bem provável
que tenha sido escrita nos dias que antecederam a crucificação).
Para Tibério César: “Um jovem homem apareceu na Galiléia
que prega com humilde unção, uma nova lei no nome do Deus que
o teria enviado. No princípio estava temendo que seu desígnio fosse
incitar as pessoas contra os romanos, mas meus temores foram logo
dispersados. Yeshuah de Nazaré falava mais como um amigo dos ro-
manos do que dos judeus. Um dia observava no meio de um grupo
um homem jovem que estava encostado numa árvore, para onde cal-
mamente se dirigia a multidão. Falaram-me que era Yeshuah. Este eu
pude facilmente ter identificado tão grande era a diferença entre ele e
os que estavam lhe escutando. Os seus cabelos e barba de cor dourada
davam a sua aparência um aspecto celestial. Ele aparentava aproxima-
damente 30 anos de idade. Nunca havia visto um semblante mais doce
ou mais sereno. Que contraste entre ele e seus portadores com as barbas
pretas e cútis morenas! Pouco disposto a lhe interromper com a minha
presença, continuei meu passeio mas fiz sinal ao meu secretário para se
juntar ao grupo e escutar. Depois, meu secretário informou nunca ter
visto nos trabalhos de todos os filósofos qualquer coisa comparada aos
ensinos de Yeshuah. Ele me contou que Yeshuah não era nem sedicioso
nem rebelde, assim nós lhe estendemos a nossa proteção. Ele era livre
para agir, falar, ajuntar e enviar as pessoas. Essa liberdade ilimitada
irritou os judeus, não o pobre mas o rico e poderoso.
Depois, escrevi a Yeshuah lhe pedindo uma entrevista no Pre-
torium. Ele veio. Quando o Nazareno apareceu, eu estava em meu
passeio matutino e ao deparar com ele meus pés pareciam estar pre-
264
Sarah Elzeny Zayit

sos por uma mão de ferro no pavimento de mármore e tremi em


cada membro como um réu culpado, entretanto ele estava tranqui-
lo. Durante algum tempo permaneci admirando este homem extra-
ordinário. Não havia nada nele que fosse rejeitável, nem no seu
caráter, contudo eu sentia temor na sua presença. Eu lhe falei que
havia uma simplicidade magnética sobre si e que a sua personali-
dade o elevava bem acima dos filósofos e professores dos seus dias.
Agora, ó nobre soberano, estes são os fatos relativos a Yeshuah
de Nazaré e eu levei tempo para lhe escrever em detalhes estes as-
suntos. Eu digo que tal homem que podia converter água em vi-
nho, transformar morte em vida, doença em saúde; tranquilizar os
mares tempestuosos, não é culpado de qualquer ofensa criminal e
como outros têm dito, nós temos que concordar - verdadeiramente
este é o Filho de Deus. Seu criado mais obediente, Pôncio Pilatos”.
*(http://www.ihaystack.com e http://www.dominiopublico.gov.br.)

• O Volume Archko”
Outra descrição de Yeshuah foi encontrada em “O Volume
Archko” que contém documentos de tribunais oficiais dos dias de
Yeshuah . Esta informação confirma que Ele veio de segmentos
raciais que tiveram olhos azuis (acinzentados) e cabelos dourados
(castanhos claros). No capítulo intitulado “A Entrevista de Gama-
liel” está declarado relativo ao aparecimento de Yeshuah:
“Eu lhe pedi que descrevesse essa pessoa para mim, de forma
que pudesse reconhecê-lo caso o encontrasse. Ele disse: ‘Se você o en-
contrar [Yeshuah] você o reconhecerá. Enquanto ele for nada mais
que um homem, há algo sobre ele que o distingue de qualquer outro
homem. Ele é a ”cara da sua mãe”, só não tem a face lisa e redonda.
O seu cabelo é um pouco mais dourado que o seu, entretanto é mais
queimado de sol do que qualquer outra coisa. Ele é alto, e os ombros
são um pouco inclinados; o semblante é magro e de uma aparência
morena, por causa da exposição ao sol. Os olhos são grandes e suave-
mente azuis, e bastante lerdos e concentrados...’. Este judeu [Nazare-
265
Israel - Cumprindo Profecias

no] está convencido ser o messias do mundo. [...] esta é a mesma pes-
soa que nasceu da virgem em Belém há uns vinte e seis anos atrás...”
* (O Volume de Archko, traduzido pelos Drs. McIntosh e Twyman do An-
tiquário Lodge, em Genoa, Itália, a partir dos manuscritos em Constantinopla e
dos registros do Sumário do Senado levado do Vaticano em Roma (1896) 92-93).
*(http://www.ihaystack.com e http://www.dominiopublico.gov.br.)

• Cornélio Tácito. Foi um historiador romano que viveu en-


tre aproximadamente 56 e 120 DC. Christus: Anais 15.44.2-8
“Nero fixou a culpa, e infligiu as torturas mais primorosas
em uma classe odiada para as suas abominações, chamados pela
plebe de cristãos. Cristo, de quem o nome teve sua origem, sofreu
a máxima penalidade durante o reinado de Tibério às mãos de um
de nossos procuradores, Pôncio Pilatos, e uma superstição mais
danosa, assim conferidas para o momento, novamente falida não
só na Judéia, a primeira fonte do mal, mas até mesmo em Roma”
*(http://www.ihaystack.com e http://www.dominiopublico.gov.br.)

A FÉ CRISTÃ NO MASHIACH
Os cristãos acreditam que Yeshuah já veio como Messias
Sofredor, (Isaias 53) e voltará como Rei Vencedor e sentará no
trono de David. E “olho a olho verão quando o Senhor voltar a
Sião” (Isaias 52:8). Em João 20:7 - diz que quando Yeshuah res-
suscitou, aquele lenço que foi colocado sobre a face Dele, não foi
apenas deixado de lado com os lençóis no túmulo, mas foi cuida-
dosamente enrolado e colocado em um lugar a parte.
Na tradição Hebraica daquela época, o lenço dobrado tinha
um significado: A mesa de refeição era colocada para o Amo. Se o
Amo tivesse terminado a refeição, ele se levantaria, limparia seus de-
dos, sua boca e limparia sua barba e deixaria seu lenço de qualquer
maneira amassado sobre a mesa, pois o lenço amassado queria dizer:
“Eu terminei”. Todavia, se o Amo se levantasse e deixasse o lenço
dobrado ou enrolado ao lado do prato, queria dizer: “Eu voltarei!”
266
Sarah Elzeny Zayit

RECENTE REVELAÇÃO SOBRE O NOME DO


MASHIACH (MESSIAS)
O Rebe de Lubavitch, Menachem Mendel Schneerson, funda-
dor do movimento Beit Chabad, famoso em todo o mundo, Profe-
tizou sobre situações mundiais; as que mais repercutiram foram a
abertura da Cortina de Ferro, com a emigração maciça de judeus
soviéticos para Israel, ao alertar o governo israelense para a cons-
trução de casas e condições de emprego para estes judeus. E isto
aconteceu numa época em que tal possibilidade era impensável.
Outra previsão fantástica: durante a Guerra do Golfo, em
1991, o Rebe foi o único a dizer que aquela guerra não atingiria o
povo judeu, declarando que as máscaras de gás não seriam neces-
sárias. Ele declarava isso enfaticamente mesmo durante o contínuo
bombardeio de scuds sobre Israel, ele afirmava: “Israel é o lugar
mais seguro do mundo.” Também profetizou a fantástica vitória
dada por Adonai a Israel na guerra dos seis dias. Ele disse: “Israel
não está em grande perigo. Está no limiar de uma grande vitória.
Com a ajuda do Todo Poderoso, este mês será uma época de grandes
milagres para a nação judaica”. Conscientizou sobre a iminente
vinda do Mashiach (Messias) e da importância de “recepcioná-lo”
apropriadamente, principalmente através de um estudo intensivo
dos assuntos relativos à era messiânica, contidos na Torá, Talmud, e
outras fontes judaicas, como no código de leis de Maimônides.
Profetizou que O Rabino Ytzchak Kaduri, seu amigo e com-
panheiro, não morreria sem ter se encontrado com O Mashiach
(messias) de Israel.
O Rabino Ytzchak Kaduri, famoso Tzadik (Justo) considerado
por todo o mundo judaico, como um dos maiores sábios da Torah e
do Talmude de nossa época, numa entrevista exclusiva ao noticiário
israelense NFC (News First Class) no princípio de novembro de 2005,
disse que após anos de estudo dos textos sagrados, em jejum e oração,
buscando saber sobre a natureza, função e caráter do Messias, ele
havia se encontrado com o Mashiach Ben David (Messias filho de
267
Israel - Cumprindo Profecias

David), cumprindo assim a profecia do Rebe de Lubavitch, Kaduri


declarou que tinha tido um “encontro cara a cara” com o Messias, e
que este lhe havia dito que viria logo e lhe revelou Seu Nome.
Kaduri, o rabino cabalista mais antigo de Israel, faleceu em
28/1/2006 aos 105 anos de idade. Cerca de 300 mil pessoas foram ao
seu funeral. Quando estava próximo de sua morte, Kaduri deixou por
escrito uma nota que revelava O Nome do Mashiach (Messias) e que (a
seu pedido) esta só foi aberta um ano após sua morte. Kaduri disse que
muitos já conheciam O Nome do Messias, mas não acreditavam Nele.
Em fevereiro de 2007, após um ano de sua morte, foi revelado
o conteúdo do tão esperado bilhete.
Esse bilhete diz: “Ele levantará Seu povo e confirmará que
Sua Palavra e Sua Lei prevalecem”. Reishei-Tivot é o termo que
os judeus cabalistas utilizam para declarar o nome de alguém de
maneira “codificada” e consiste em tomar a primeira letra de cada
palavra em uma oração. Neste caso o rabino Kaduri usou a frase
acima, que em língua hebraica forma a palavra “Yeshuah”. Isso de-
clarava que O Nome Do Messias é Yeshuah. Esse Rabino além de
sua invejável sabedoria a respeito dos textos sagrados, ele também
foi conhecido por vários milagres que aconteceram por suas orações
e por suas profecias que se cumpriram. Dentre elas ele profetizou
sobre o Tsunami em 2005, e sobre a luta (em 2007) entre o Hamas e
o Fatah (a qual se cumpriu um ano após a sua morte).
*(www.kaduri.net)
Por tudo isso entendemos que, tanto judeus como cristãos
esperam o mesmo Mashiach (Messias)!

*Nota: O nome Dele é Yeshuah. “‫ ”ישוע‬Lembrando-nos de que Ele é judeu


hebreu e Seu Nome é hebreu. Jesus é apenas uma tradução em português de Seu
verdadeiro Nome.

268
Sionismo

O termo “sionismo” que vem da palavra “Sion” “Sião”, foi


usado pela primeira vez, pelo escritor judeu Nathan Birnbaum
em uma revista hebraica, em 1890. Sionismo (Tsiyonut) é um mo-
vimento que defende o direito da existência do Estado nacional
judaico independente e soberano, no território do antigo reino
de Israel: Eretz Israel (terra de Israel). Defende a manutenção da
identidade judaica e o retorno de todos os judeus a Israel.
Sionismo é tudo que envolve o retorno do povo judeu a Sião
cumprindo o propósito Divino. O Profeta Oséias (3:4-5) escreveu
que os filhos de Israel estariam muito tempo sem rei, sem sacrifí-
cio, mas que no fim dos dias eles voltariam e temeriam O Eterno.
Sionismo faz parte do plano divino no final dos tempos. É
o cumprimento das profecias e o desfecho de toda a história da
salvação. Adonai é quem move o sionismo, pois Seu grande pro-
pósito é muito claro em relação a terra e ao povo: “Assim diz o
Senhor Deus, que congrega os dispersos de Israel: Ainda con-
gregarei outros aos que já se acham reunidos” (Isaias 56.8). Isso
significa que os judeus que ainda se encontram espalhados pelos
países do mundo voltarão a seu lar, Israel.
Por crer firmemente nas promessas de Adonai, nas profe-
cias bíblicas, é que a saudade por Sião é imensa, e o anelo por

269
Israel - Cumprindo Profecias

ela. No início de cada novo dia, todo judeu ora a Deus e pede
misericórdia para com Jerusalém, Sião, a morada de Sua glória,
e, que todos os judeus possam voltar para sua terra. O Próprio
Deus coloca no coração de Seu povo essa paixão por Jerusalém,
por Sião, uma saudade profunda e um anseio pelo Eterno, pelo
Messias e pela salvação de Israel.
O cristão deve ser sionista. A Bíblia diz: “Tzion (Sião) será
edificada em cima de seus escombros, em seu próprio lugar” (Je-
remias 30:18 a 22). “Os resgatados do Senhor voltarão e virão a
Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará sua cabeça;
gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido
“(Isaias 35.10)...”.E habitarão na sua terra” . (Jeremias 23.8).
Interessante nota da revista “Noticias de Israel”:
“Sionistas cristãos são pessoas que:
- Crêem no Judeu, Yeshuah HaMashiach (Jesus O Messias).
Têm raízes espirituais inseparavelmente ligadas com o povo de Israel.
- Promovem e incentivam a volta do povo judeu a Sião com
todos os meios disponíveis (oração, recursos, diálogo).
- Amam e visitam Jerusalém e a terra de Israel (Sião), para
aprofundarem a sua fé e sua relação com Israel.
- Empenham-se pelo direito à existência do povo e da terra de
Israel entre o Mediterrâneo e o Jordão e demonstram amor e solida-
riedade para com pessoas judias (Isaias 62.1-4).
- Usam a estrela de Davi como sinal de reconhecimento e so-
lidariedade para com Israel.
Somos desafiados hoje a nos posicionarmos de maneira
inequívoca ao lado da vontade de Deus e de Seu plano, e de sermos
fiéis a Israel, Seu povo escolhido – até que, de Sião, venha o Messias
e Salvador: Yeshuah HaMashiach (Jesus O Messias).! Então “... o
Senhor ainda consolará a Sião!” (Zacarias 1.17).
* (Revista Notícias de Israel, janeiro de 1998)

270
Sarah Elzeny Zayit

TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO
DEUS SOMA E NÃO SUBSTITUI. “De ambos os povos Ele
fez UM”!. (Efésios 2:11 a 19). Ele não exclui nenhum, mas os uniu.
Existe uma errônea doutrina chamada “Teologia da substituição”,
que muitos males tem causado ao povo judeu, e a própria Igreja
que ao longo dos séculos, tem se desviado da verdadeira Igreja
primitiva e dos princípios bíblicos.
No IV século quando Constantino, que se dizia protegido
do deus Hercules, do deus Sol-invcto, e que no dia anterior a sua
morte ainda ofereceu sacrifício a Zeus, esse pagão com capa de
cristão, uniu o Estado a Igreja, e trouxe muitos lideres pagãos
(como ele) trazendo paganismo e o sincretismo religioso para
dentro da Igreja. Esses líderes pagãos decidiam o credo dos con-
cílios.
O concílio de Nicéia em 325 d.C.,ditou um credo, que den-
tre outros pontos, criou a teologia da substituição de Israel pela
igreja, e Roma, a mãe das prostituições abomináveis, que está
sentada sobre sete montes e embriagada com sangue dos santos
(Apocalipse 17:1 a 9), passou a ser o centro da igreja, se desvincu-
lando de uma vez por todas de Jerusalém, a cidade escolhida de
Deus(I Reis 11:36). A teologia da substituição não foi nada mais
que uma substituição da Verdadeira Igreja Primitiva de Cristo e
dos seus apóstolos, por uma igreja romana pagã.
Marcião que foi um dos maiores herege gnóstico o qual nega-
va que Yeshuah (Jesus) veio em carne dizendo que ele era um espí-
rito que apareceu aos homens. (I Joao 1:4-6 esta escrito: “Quem não
confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas é espírito
do anticristo que já esta no mundo (v.6)... é o espírito do erro”). Esse
espírito do erro entrou na Igreja no IV sec. e a cegou. Marciao era
um declarado antissemita e criou uma lei dentro da Igreja de que
qualquer cristão que utilizasse algum símbolo judaico ou mesmo
um nome judaico, ou realizasse qualquer celebração judaica (festas
bíblicas) seria considerado cúmplice dos judeus, e herege.
271
Israel - Cumprindo Profecias

Tertuliano se opôs para que a igreja não perdesse suas ra-


ízes judaicas, mas foi em vão. No final do século IV o Bispo da
Antioquia, Crisiston, ou Crisóstomos, escreveu uma série de oito
sermões contra o povo judeu. Porque até então os cristãos oravam
como judeus e observavam as festas bíblicas judaicas. Crisosto-
mos fez críticas diabólicas, pois tratava as sinagogas (onde Jesus e
Seus apóstolos tantas vezes pregaram) como zona de meretrício.
Este Crisóstomos foi um terrível instrumento nas mãos do diabo,
pois levou a igreja à cegueira espiritual, por centenas de anos. Ao
longo do tempo, sem que as pessoas percebessem de imediato a
intenção maligna por trás disso tudo, que culminou no desprezo
aos judeus e desprezo ao Antigo Testamento por parte dos cris-
tãos. Essa postura levou ao ódio que fez com que a Igreja perse-
guisse por séculos os judeus, confiscasse os seus bens e os matasse
em fogueiras, o que finalmente culminou no terrível holocausto.
Na verdade Adonai nunca substitui Israel pela Igreja. Aliás,
aqueles que pregam essa substituição, usam somente os textos bí-
blicos de promessas de bênçãos a Israel para aplicar a igreja, mas
desprezam as obrigações e as advertências. Caso houvesse substi-
tuição seria de tudo e não só de bênçãos. Porque toda promessa
de benção na Bíblia, inclusive do Novo testamento, está vincula-
da a uma condição: “’Se cumprires os Meus mandamentos”; “Se
guardares o que hoje Eu vos ordeno”, “Se obedecerdes”, etc..
Adonai tem um projeto específico para o povo de Israel e
outro projeto, também específico para a igreja. Lembremo-nos
(já citado anteriormente) de que quando Timóteo aceitou a fé No
Messias, Paulo fez com que ele fosse circuncidado, porque a mãe
de Timóteo era judia. Porque a circuncisão é um pacto eterno,
aliança de Adonai com Abraão e sua descendência. O Apostolo
Paulo quanto esteve diante de Agripa ele disse: “Eu sou judeu, sou
fariseu” (não disse “eu fui”, mas “eu sou”.) Ele nunca deixou de ser
judeu e é claro isso em Romanos capitulo 11, Paulo diz: “Porven-
tura Deus rejeitou o Seu povo? De modo nenhum; porque também
272
Sarah Elzeny Zayit

eu (Paulo) sou israelita, da descendência de Abraão (Avraham), da


tribo de Benjamim. Deus não rejeitou a seu povo”.
Adonai Disse: “Serei O Deus de todas as gerações de Israel
(não só das primeiras, mas de todas) e elas (as gerações) serão o
Meu povo... Com amor eterno te amei (não amor passageiro). Ele
fala à nação de Israel: “Ainda te edificarei e serás edificada oh Isra-
el, ainda serás adornada...”. (Jeremias 31:1 a 4) . A Bíblia fala em
I Crônicas 16:16 a 18, que O Eterno, Santo e Bendito, fez aliança
com Abraão, e juramento a Isaque, e confirmou a Jacó, como lei
irrevogável, Israel como aliança eterna, prometendo-lhes a Terra
de Canaã como selo dessa promessa.
“O Senhor dos Exércitos o determinou; quem o invalidará?
E a sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás? (Isaías
14:27)
Os Pactos de Adonai são eternos, como Ele é Eterno! O
Anjo Do Eterno traz mensagem a Josué, dizendo: “Nunca inva-
lidarei o Meu concerto convosco”. Adonai nunca abandonou Seu
Povo nem o fará. Ele diz: “A minha Palavra sobre ti e o concerto
da minha paz, não mudará, diz Adonai que se compadece de ti”.
“Estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente de-
pois de ti em suas gerações, por concerto perpetuo, para Te Ser a ti
por Deus, e para a tua semente depois de ti” (Gênesis 17:2 a 10).
Por causa da aliança de Adonai que é eterna, com Abraão, Isaque
e Jacó, e por Seu amor, Ele vivifica a Seu povo e o traz de volta a
Sua Terra.
Pactos e concertos eternos de Adonai com Israel. “E farei
com eles, um concerto de paz; e será um concerto perpétuo; e
os estabelecerei, e os multiplicarei, e porei o Meu santuário no
meio deles para sempre. E o Meu tabernáculo estará com eles, e
Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. E as nações saberão
que EU SOU O SENHOR que santifico a Israel, quando estiver o
Meu santuário no meio deles para sempre”. (Ezequiel 37:26 a 28).
O Eterno escolheu e separou um povo entregou a ele Sua
273
Israel - Cumprindo Profecias

Lei, Seus Mandamentos, Seus Preceitos, Seus Estatutos e Seus Juízos


e fez com ele um Concerto, um Pacto e uma Aliança eterna, presen-
teando-os com Suas Promessas, que selou com Seus Testemunhos.
*Nota: Quero abrir um pequeno parêntese para dizer sobre os termos:
Lei, mandamento, preceito, concerto, aliança, pacto, estatuto, juízo, testemu-
nho e promessa:

Lei: norma de caráter imperativo, que implica obrigação de


obediência e punição ao transgressor. A lei emana da autoridade
soberana; expressão da vontade de Deus;  princípio essencial e
constante, que esclarece aos homens, o certo e o errado; conheci-
mento do que é pecado: “Antes de conhecer a Tua Lei, andava em
erro, mas agora guardo a Tua Palavra” (salmo 119:67)
A Lei Cerimonial (dos sacrifícios) que já não existe, porque
Yeshuah (Jesus) já fez o sacrifício eterno para perdão e redenção
do homem. Porém a Lei Civil (que rege todo governo de Deus so-
bre o homem) e a Lei Moral (Dez Mandamentos) dado por Ado-
nai a Moshê (Moises) no Monte Sinai, essas permanecem. Adonai
entregou a Lei a Moises para que ele entregasse ao povo, para que
obedecessem em todas as suas gerações.
Yeshuah disse: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os pro-
fetas: não vim ab-rogar, mas cumprir (e o fez literalmente, sendo
exemplo em tudo), Porque em verdade vos digo que, até que o céu
e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que
tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes manda-
mentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será cha-
mado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e
ensinar será chamado grande no reino dos céus. Porque vos digo
que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo
nenhum entrareis no reino dos céus. (Mateus 5:1718).
“Por todo sempre, Tua Lei observarei” (salmo 119:44). “Bem-
-aventurados os que andam na trilha da Lei do Eterno; os que guar-
dam a Tua Lei” (salmo 119:1 e 2).
Cumprir espiritualmente leis dos homens é “legalismo”.
Cumprir a Lei de Deus é obediência.
274
Sarah Elzeny Zayit

Mandamento: Ato ou efeito de mandar; ordem; determina-


ção; voz de comando; determina atributos para santificação.
Os mandamentos nos santificam. Em nossas orações diárias
dizemos: ”Bendito és Tu O Eterno que nos santificaste com os
Teus Mandamentos com que nos ordenastes”. “Baruch Ata Ado-
nai kideshanu bemitz votaive vetzvanu” “Aprecei-me em cumprir
os Teus mandamentos” (salmo 119:60) “deleitar-me-ei em Teus
mandamentos, pois muito os tenho amado” (salmo 119:47). “Em
Teus Mandamentos me projeto” (salmo 119:95). “Pelos Teus man-
damentos me fazes mais sábio que meus inimigos” (salmo 119:96).

Preceito: regra de proceder; Norma; princípios (que se


guarda); doutrina; ensinamento.
“De todo o meu coração eu guardei os teus preceitos” (salmo
119:69). “Andarei pelos caminhos amplos e seguros, pois busquei
a Teus preceitos” (salmo 119:45); “Ordenaste que seguíssemos di-
ligentemente os teus preceitos” (salmo 119:4). “Para seguir o Teu
caminho, buscarei os Teus preceitos” (salmo 119:15).

Concerto: acordo; concordância; ajuste; convenção; conci-


liação; combinação. “Estabeleci o Meu Concerto com Abraão Isa-
que e Jacó, para dar-lhes a terra de Canaã”. (Êxodo 6:3 e 4)

Estatutos: regulamento especial de direitos e deveres, atra-


vés do qual se rege um povo; prescrições; conselhos.
“Ensina-me oh Eterno, os teus estatutos e eu os seguirei com
fidelidade” (salmo 119:33) “em Teus estatutos me deliciarei e não
os negligenciarei” (salmo 119:16) “Teus estatutos é minha riqueza”
(salmo 119:14).“Tenho mais percepção do que os mestres, por causa
de Teus estatutos” (salmo 119:99).

Juízos: Ministração de justiça. “Minha esperança depositei


em Teus juízos” (salmo 119:43) “Agradar-Te-ei com um coração sin-
cero ao aprender Teus juízos, totalmente justos” (salmo 119:7).
275
Israel - Cumprindo Profecias

Pacto: juramento: ajuste entre duas ou mais pessoas; acor-


do; contrato.
Quando Abraão obedeceu ao Eterno e levou seu filho Isa-
que para ser sacrificado, o anjo lhe diz que por causa desse ato
Adonai jurou por Si Mesmo, que o abençoaria grandissimamente
e multiplicaria sua semente e que em sua semente seriam bendi-
tas todas as nações da terra.(Gênesis 22:16). A Isaque em Guerar
Adonai confirma o pacto: “Serei contigo e te abençoarei, porque
a ti e a tua semente darei todas estas terras, e confirmarei o jura-
mento que tenho jurado a Abraão teu pai...e em tua semente serão
benditas todas as nações da terra”. (Gênesis 26:2-4). “Para que se
multipliquem, na terra que jurou dar a vossos pais” (Deuteronômio
11:21). “e vos levarei a terra, acerca da qual levantei a Minha mão
(jurei, fiz um pacto) que daria a Abraão, Isaque e Jacó” (Êxodo 6:8)
“Fiz um pacto com Meu escolhido e jurei a David Meu servo:
Tua semente perpetuará pela eternidade”. (Salmo 89:4)

Aliança: Ato ou efeito de aliar-se; unir-se; coligar-se; casa-


mento.
“E fez O Eterno, aliança com Abraão dizendo: `A tua semen-
te tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufra-
tes” (Gênesis 15:18).
O Eterno falou ao profeta Ezequiel (16:8) sobre Jerusalém
dizendo: “Estendi sobre ti a ourela do meu manto (o selo). Fiz um
juramento (promessa) e entrei em concerto contigo, estabeleci
uma aliança e ficaste sendo minha”.
Quando O Eterno fez uma aliança com Noé (Noach), colo-
cou um arco-íris nas nuvens como sêlo, o testemunho de Sua eter-
na aliança com ele. (Gênesis 9:8 a 17). Ele disse que quando visse
Seu arco (o selo) sobre as nuvens, se lembraria de Sua aliança.
Na aliança com Mosheh (Moises) Adonai mandou que
construísse a “Arca da Aliança”, que era o selo, o testemunho de
Sua presença com o povo. Deus Fez aliança com Seu povo e pro-
276
Sarah Elzeny Zayit

meteu que estaria no meio deles e a Arca da aliança, era o objeto


que testemunharia para sempre Sua união com Seu povo.
E O Eterno disse a Zorobabel: “Te farei como um anel de
selar, porque a ti, te escolhi”.
Adonai fez aliança eterna com Avraham (Abrão), e lhe or-
denou que fosse circuncidado, (a circuncisão era o selo, o teste-
munho da aliança) e disse: “Estabelecerei a minha aliança conti-
go e com todas as tuas gerações, numa aliança eterna” (Gênesis
17:7). Depois ele repetiu a aliança com Ytzaque e Yacov (Isaque
e Jacó). “Esta é a minha aliança que guardareis entre mim e vos e
a tua descendência depois de ti: todo o homem será circuncidado”
(Gênesis 17:10)

Testemunho: prova; garantia, sinal, selo de um pacto ou


aliança.
Na aliança que O Eterno fez com o homem no Edem, ele co-
locou como selo a arvore da Vida; na aliança com Noé, o arco-íris;
Com Abraão e sua descendência, a circuncisão e com Moises e o
povo judeu, a Arca da Aliança e o sábado.
Quando o povo de Israel acabou de atravessar o Jordão a
pés enxutos, a exemplo do que aconteceu no Mar vermelho, Ado-
nai abriu também o Rio Jordão, os sacerdotes que carregavam a
Arca de Deus colocaram os pés nas águas, as águas que vinham
de cima pararam e levantaram-se num montão e o povo passou.
Então Adonai ordenou a Josué que tomasse 12 pedras, uma para
cada tribo de Israel, pra que servisse de testemunho do milagre.
Quando no futuro seus filhos vissem aquelas pedras, saberiam
que Adonai abriu as águas do Rio Jordão (Josué 4:6).
No interior da Arca da Aliança estavam os testemunhos (as
provas) dos grandes feitos de Adonai:
- Da Lei, as tabuas de pedra; - Da provisão no deserto, o
maná;
- Dos milagres, a vara de Arão.
277
Israel - Cumprindo Profecias

“De Teus Testemunhos (dos sinais e das provas) falarei peran-


te os reis” (salmo 119:46). Paulo falou aos Efésios (1:13 e 14), que
O Espírito Santo da promessa nos foi dado como selo, penhor
(sinal, testemunho entre nos e nosso Deus), como garantia da he-
rança da vida eterna.
A pedra que ouviu as palavras Do Eterno. Uma pedra por
testemunho. Depois da posse da terra, conforme a promessa de
Adonai, Josué convocou ao povo a reafirmar sua aliança com O
Eterno. Josué tomou uma grande pedra e a erigiu junto ao santu-
ário em Shehem (Siquem), e disse ao povo: “Esta pedra nos será
por testemunho (como um selo), porque ela (a pedra) ouviu todas
as palavras Do Eterno, que nos tem dito”. (Josué 24:27).

Promessa: Ato ou efeito de prometer; voto.


Adonai chama a Abraão e lhe faz promessa: “abençoar-te-
-ei” (Gênesis 12:3).“Diz O Eterno: Serei O Deus de todas as gera-
ções de Israel e elas serão o Meu povo”. (Jeremias 31) “Estabele-
cerei a minha aliança em tuas gerações, por concerto perpetuo”
(gênesis 17:7)
O salmista escreveu: “Tua promessa preserva a minha vida”
(salmo 119:49). “Beneficiaste a Teu servo, oh Eterno, conforme a
Tua promessa” (salmo 119:65). “Fiel é o que prometeu e que tam-
bém o fará”.
No tocante a Israel, Adonai lhes premia com Sua Lei; o ins-
truí com Seu mandamento; o orienta com Seu preceito; o aproxima
Dele com Seu concerto; faz com ele uma eterna aliança de amor
e compromisso como um pacto de lealdade; dá-lhe Seu estatuto,
conselho de melhor viver; os guarda com Seu justo juízo; faz-lhe
promessas eternas e as sela com Seu testemunho.
Toda vez que a Escritura Sagrada menciona os pactos, alian-
ças e concertos de Adonai com Seu povo, diz sempre que são eter-
nos, pois Deus é Eterno. Logo, nada e ninguém poderá mudá-los.
Jamais Yeshuah (Jesus) viria para anular, desfazer ou invalidar
278
Sarah Elzeny Zayit

qualquer pacto e aliança do Pai. Ele disse: “Eu e O Pai somos um”.
Assim, aliança Do Pai é a aliança Dele, os concertos e pactos Do
Pai, são concertos e pactos Dele.
Qualquer coisa que venha contradizer A Palavra de Adonai
é mentira e provem do diabo. Esse inimigo de Deus e inimigo do
povo de Deus têm usado pessoas para distorcer a Verdade Bíbli-
ca e confundir multidões. Eles dizem que Israel pecou e Deus os
substitui. Eu pergunto: Que povo na terra não pecou? É verdade
que o povo de Deus reiteradamente faltou a essas alianças. Mas
Deus não ab-rogou a Sua aliança com Israel, mas sim a renovou
por promissão (Jeremias 31:31 a 34) e a confirmou em Yeshuah.
Adonai diz: “Eles confessarão a sua iniquidade e a iniquidade de
seus pais”,... “E por amor deles me lembrarei do Meu concerto com
seus antepassados”. “E Eu Me lembrarei do Meu concerto que fiz
com Abraão, Isaque e Jacó, (Avraham, Ytzaque e Yacov)... Não re-
jeitarei o meu povo... E nem invalidarei o Meu concerto com eles,
porque Eu Sou O Senhor seu Deus”. (Levítico 26:42 a 45).
O Eterno jamais esquecerá ou anulará Seu concerto. Se O
próprio Deus disse que não invalidaria Seu concerto, quem é o
homem para dizer o contrario?. A falsa teologia da substituição
separou a Igreja de Israel e do povo judeu. Rompeu com as raízes
judaicas da fé. Criou um motivo para que mais tarde várias atroci-
dades fossem cometidas contra o povo judeu, como as Cruzadas,
Inquisição e o próprio holocausto. Propiciou a intenção satânica
de afastar a Igreja de Israel, quando a vontade de Deus é uni-los,
e fazer deles um só povo escolhido.
Oremos para derrubar esse plano diabólico de anular Israel,
e oremos para reconectar a Igreja de volta às suas raízes bíblicas e
judaicas. Clamando e intercedendo para que o povo judeu conhe-
ça o Seu Verdadeiro Messias esperado, e que O Mesmo volte, rápido, em
glória e poder. E que o Espírito Santo (Ruach Há Kodosh) esteja abrin-
do os olhos de todos os cristãos para que eles passem a ver Israel como
plano insubstituível de Deus, e benção para todas as nações.
279
Porque Amar o Povo Judeu

Temos que amá-los porque Adonai os ama e porque a Alian-


ça de Adonai com Abraão, Moisés e Davi é eterna. É indiscutível
o amor de Adonai por Israel, pelo Seu povo e por Jerusalém. Não
porque são melhores ou piores ou diferentes de outros povos, mas
porque Adonai em Sua soberania os escolheu para amar e lhe
fazer promessas. “O Senhor apareceu a mim dizendo: Pois com
amor eterno te amei, também com memorável benignidade te
atrai.” (Jeremias 31:3 3 4)
Temos que amá-los porque a salvação vem dos judeus.
“Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque
a salvação vem dos judeus”. (João 4:22)
Yeshuah era judeu. O rabino americano Stephen S. Wise,
num artigo intitulado “The Life and Teaching of Jesus the Jew”, da-
tado de Junho de 1913, escreveu: “Nem protestos cristãos, nem la-
mentações judaicas podem anular o fato de que Yeshuah (Jesus) era
judeu, um hebreu dos hebreus”.
Os Evangelhos mostram que Yeshuah cumpriu todos os
preceitos da religião judaica. O Brit Hadashah (Novo Testamen-
to) conta que Yeshuah Nascido em Belém “Bethlahem” “Casa do
Pão”, Ele é “O Pão da Vida”. E que segundo regem as leis e tra-
dições judaicas, Ele foi circuncidado no oitavo dia, quando foi
levado ao Templo e recebeu o nome de Yeshuah, confirmando
281
Israel - Cumprindo Profecias

o Pacto de Adonai com Abraão (Avraham) e toda a sua descen-


dência. (Lucas 2:21) “E quando oito dias foram cumpridos, para
circuncidar o menino, foi lhe dado o nome de Yeshuah e também foi
dada a oferta do primogênito “Pidyon Haben” conforme a Lei..”.
(Lucas 2: 22 a 24).
Yeshuah foi educado na Lei de Moisés (Lucas 2, 39 a 42).
Seguindo a tradição judaica Yeshuah e seus pais subiram a Jeru-
salém e ele foi levado ao Templo para o seu Bar Mitzvah, (“Filho
da Aliança” festa que marca a primeira vez que o menino judeu
lê a Bíblia em publico) foi quando ele surpreendeu aos Doutores
da lei com Sua sabedoria, tendo apenas doze anos, no Templo
Ele ouvia e interrogava os rabinos (Lucas 2:46). E como todas as
crianças judias, ele começou a estudar e aprender a Toráh (Penta-
teuco), o Tanach (a Bíblia hebraica). Os evangelhos relatam ainda,
que Yeshuah celebrava as festas judaicas.
Yeshuah era judeu e Rabino, (chamado por seus seguidores
de Rabi). Ele era judeu da tribo Judá, descendente do Rei David.
Yeshuah Ben Yossef era Seu nome hebraico. Ele observou as tra-
dições e mandamentos do judaísmo. Como Salvador de toda a
humanidade, morreu, sendo o sacrifício perfeito, conforme fala o
Profeta Isaias (Capitulo 53) e voltará como Ben David (Filho de
David), e ocupará o trono de David, e reinará sobre a terra. (Je-
remias 31:33). Isaias (52:8). Nascido judeu viveu como tal e cum-
priu toda a Lei (a Torah).
Yeshuah nasceu, cres-
ceu, viveu e morreu num
contexto judaico, sendo ju-
deu. Sua vida e ministério
na terra só podem ser com-
preendidos na totalidade, à
luz da Torah (Pentateuco)
e do Tanach (Antigo Testa-
mento). Suas vestes, indu-
282
Sarah Elzeny Zayit

mentárias e costumes eram judaicos; Ele usava Talit Gadol, (grande


xale de orações usado ainda hoje), e as pessoas tocavam nas franjas
desse xale para serem curadas, (Mateus 9:20, Marcos 5:27). As fes-
tas que ele comemorava eram judaicas; a última ceia, nada mais
era do que um Sêder de Pessach (páscoa judaica). Ele ensinava nas
sinagogas, onde era chamado à “Aliáh Torah” e a leitura do Tanach
(Lucas 4:15-21). Em Nazaré, onde fora criado e segundo o costu-
me, num sábado (shabat) entrou na sinagoga e levantou-se para
ler. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaias, e abriu o livro, e leu o
lugar onde está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois
me ungiu para levar as boas novas aos pobres, enviou-me para pro-
clamar liberdade aos presos e a restauração da vista aos cegos, para
libertar os oprimidos, e proclamar o ano aceitável de Adonai”. E to-
dos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. E Yeshuah passou a lhes
dizer: Hoje se cumpriu a escritura que acabeis de ouvir. Ele era o
Mashiach, profetizado por Daniel no capitulo 9:24 a 26 (e que 483
anos após a reconstrução do muro de Jerusalém havia se passado,
era 69 x 7 anos, conforme disse o profeta).
O teólogo e historiador anglicano Bruce Chilton em seu li-
vro: “Rabbi Jesus: An Intimate Biography”, fala de um Messias cris-
tão fortemente enraizado no judaísmo. Para ele, Yeshuah foi in-
dubitavelmente um rabino, reconhecido como tal principalmente
na Galiléia, e “os seus ensinamentos eram semelhantes a de outros
rabinos galileus, conhecidos como chassidim. Os chasidim eram
rabinos que curavam os doentes e aliviavam a seca através da ora-
ção”. Em seu sermão da montanha repetiu vários dos ensinamen-
tos do rabino Hillel. A chamada “regra de ouro do judaísmo”. A
exemplo disso “O Talmude” conta que um viajante pouco fami-
liarizado com os judeus pediu ao rabino Hillel que numa frase lhe
explicasse a essência do judaísmo. O rabino olhou-o por instan-
tes e respondeu sem hesitar: “Ama o próximo como a ti mesmo.
Agora vai e pratica o que aprendeste”, ensinamento esse repetido
posteriormente por Yeshuah.
283
Israel - Cumprindo Profecias

OS APÓSTOLOS E DISCÍPULOS DE YESHUAH ERAM


JUDEUS, E A IGREJA PRIMITIVA ERA JUDIA.

Paulo disse: Eu sou fariseu e filho de fariseu (Atos 23:6). Ele


não disse “eu fui”; mas “eu sou fariseu”. O farisaísmo, diferente do
que muitos pensam, era um ramo do judaísmo dos mais fieis a
Lei de Adonai e tementes Ao Eterno. Quando Yeshuah falou dos
fariseus hipócritas, Ele não disse que todos os fariseus eram hipó-
critas. Ele disse ai dos fariseus que são hipócritas; porque estava
falando a fariseus. Se estivesse falando a cristãos hoje, Ele diria:
Ai dos cristãos hipócritas. Claro que não estaria dizendo que todo
cristão é hipócrita, mas ai dos que são hipócritas.
No início, a igreja primitiva era um ramo do judaísmo tra-
dicional da época (judeus contemporâneos de Yeshuah que passa-
ram a crer Nele como Messias de Israel), podendo ser comparado
com outras divisões, do judaísmo como os Fariseus, Saduceus,
Essênios e Zelotes. A Igreja primitiva era judaica em todos os as-
pectos. Funcionava em sinagogas e iam ao Templo. Mantinha to-
das as tradições e festas bíblicas judaicas, respeitando a Halakáh
(lei religiosa rabínica). Após a morte de Yeshuah, seus discípulos
passaram a ser chamados cristãos e, procuravam manter viva a
lembrança de seus ensinamentos, não deixando a tradição reli-
giosa judaica. O apóstolo Tiago dava importante destaque à raiz
judaica da nova fé. Yeshuah e todos os Seus discípulos eram ju-
deus e praticantes.
O Novo Testamento tem sua base no Antigo Testamento:
na Torah (cinco primeiros livros da Bíblia), os Niviim (Livros dos
profetas) e os Ketuvim (os livros históricos e de sabedoria).
A peregrina Egeria esteve em Jerusalém no ano 382 d.C, e
escreveu em seu diário que em Jerusalém a Igreja ainda comemo-
rava todas as festas judaicas. Até o século VI d.C., a Igreja seguia
com as tradições judaicas. A Igreja tomou rumo diferente somen-
te no Concílio de Nicéia 325 d.C; pelo imperador Constantino,
284
Sarah Elzeny Zayit

cujo primeiro ato dos trezentos bispos reunidos foi mudança da


data da Páscoa Bíblica Judaica, fixando outra data não bíblica;
mudando o sábado bíblico para o domingo; separando por isso
efetivamente os judeus dos cristãos e perseguindo aqueles que
perseveraram fieis ao Texto Biblico e nao aderiram a mudancas.
Devemos amar o povo de Israel porque é o povo eleito atra-
vés dele veio o Salvador para a humanidade.(Genesis 12 e João
4:22). O Rabino Shaul (apostolo Paulo) disse: “Somos seus deve-
dores” (Romanos 15:27); e O próprio Yeshuah disse que a salva-
ção vem dos Judeus (Joao 4:22)
O Povo hebreu foi o receptor e tem sido o depositário da Pa-
lavra Do Eterno, revelada ao homem e que deve ser levada a todas
as nações. Adonai elegeu a Israel, não por ser melhor ou maior,
pois é o mais insignificante dos povos (Deuteronômio 7:6-8); mas
O Eterno simplesmente por amor o elegeu para ser bênção às na-
ções. Mais que um privilégio, é uma responsabilidade.
Adonai escolheu um povo (o hebreu) e uma terra (Israel)
para neles provar a veracidade de Sua Palavra; por isso os judeus
permanecem em suas sinagogas, em seus cultos, preservando
a língua hebraica. Eles tem o cuidado na transcrição da Torah
(Pentateuco) e do Tanach (Bíblia) para que nem um til ou jota
seja modificado, fazendo-o com reverência e santidade. Será que
entendemos para que? Tudo isso tem sido preservado pelo Pró-
prio Deus como testemunho da Sua fidelidade, mostrando para
Sua Igreja e todo o Seu povo no tempo do fim, que Sua Palavra se
cumpre literalmente!

285
Abençoe Israel!

Adonai nos convida a abençoar Israel. Deus disse a Abraão:


“Abençoarei os que te abençoarem!”. (Gênesis 12:2 a 3).
Para compreendermos o que significa abençoar, e suas con-
sequências visíveis e invisíveis no mundo espiritual, temos que en-
tender que quando nós abençoamos, quebramos a maldição que
alguém pode ter lançado contra nós e a benção que nós proferimos
a favor do outro, volta também para nós. É por isso que Yeshuah
ordenou que abençoássemos até os inimigos. Nas Escrituras Sa-
gradas, entendemos que o mais importante é saber o que significa.
Não apenas dizer “Eu te abençoo”, como se fosse uma palavra má-
gica. É impossível abençoar sem termos uma relação intima com
Deus, e como consequência dessa intimidade com Ele, podemos
tanto ser abençoados como ser abençoadores. Abençoar significa
“proferir palavras de benção”, “bendizer”. Isso é tanto dar, como re-
ceber. Abençoar é desfazer o poder da maldição.
A Bíblia outorga aos pais autoridade para abençoar os filhos
e as bênçãos por eles proferidas tornam-se reais. Não é apenas
falar positivamente, mas é algo que vem do coração de Deus para
o nosso coração e o expressamos através da atitude de ministra-
ção da Palavra de Deus, recebendo, crendo e doando com a auto-
287
Israel - Cumprindo Profecias

rização Divina.
A Palavra de Deus gera a fé, e a fé aplicada segundo a sobe-
rana vontade de Adonai, de forma bíblica, traz o cumprimento da
Palavra Dele, trazendo à existência aquilo que até então, existia
somente no coração ou no mundo espiritual, mas que agora, por
causa da Palavra de Deus que gerou a fé, passa ser realidade no
mundo físico. “A fé é a prova das coisas que não se veem” (Hebreus
11:1).
Palavra de bênçãos: “Bendito serás na cidade e bendito serás
no campo. Bendito será o fruto da tua terra e o fruto de teus ani-
mais, a cria de teu gado, e os rebanhos de tuas ovelhas” (Deutero-
nômio. 28 1 a 14).
Deus transforma maldição em bênção, quando você aben-
çoa! Essa é a perfeita vontade Do Eterno, e principalmente no
que se refere a Seu povo escolhido. Abençoar a Israel, semente de
Abrão implica em promessa: “Abençoarei os que te abençoarem”.
Israel como nação é um milagre de Adonai.
Os congregarei de todas as extremidades da terra... Exultarão
em Tsion (Sião) com danças, mancebos e anciões... E sairá deles o
louvor e a voz de júbilo!” (Jeremias 31:8 a 13 e 19)
A sobrevivência de um povo disperso por quase dois mil
anos e o Estado de Israel é verdadeiro milagre e a confirmação
de um plano supremo para toda a humanidade. Todo plano do
Eterno sobre a eleição de Israel está ainda se cumprindo. O Eterno
agora restaura Eretz Israel (Terra de Israel), traz Seu povo e conti-
nua restaurando-o. É importante que a Igreja entenda seu papel e
ajude a Israel, intercedendo por eles e apoiando-os.
Oremos para que muito em breve, Israel possa estar em
condições de receber em si o Espírito de Deus “Aliyah espiritual”
(Ezequiel 37 e Jeremias 31) e reconheça O Verdadeiro Messias
(Mashiach), O Filho de Deus, O qual esperamos na confiança de
que em breve voltará para estabelecer em Jerusalém o Seu trono,
de onde reinará eternamente na casa de Davi, conforme as Escri-
288
Sarah Elzeny Zayit

turas. “O Eterno disse a David: Levantarei Um de tua descendên-


cia e Eu lhe serei por Pai e Ele será O Meu Filho e Seu trono será
firme e para sempre” (I Crônicas 17:11 a 14).
Oremos para que muito em breve aconteça a Aliyah Espiri-
tual com todo o povo de Israel e então se tornará realmente uma
nação forte, conforme a promessa: “... o povo que conhece ao seu
Deus se tornará forte e fará proezas”. (Daniel 11:32)
Estamos vivendo um momento do cumprimento de uma
infinidade de profecias bíblicas. Devemos orar, amar e empenhar-
-nos por Israel que é a “menina dos olhos de Adonai”. (Zacarias
2.8):

289
4ª PARTE - O DEUS DE ISRAEL

O DEUS DE ISRAEL É O MESMO


DEUS DOS DIAS ANTIGOS

CONHECEI AO SENHOR! “Assim diz Adonai: não se glo-


rie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua for-
ça; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar
glorie-se em conhecer e saber que EU SOU O SENHOR...”
(Jeremias 9:23-24). “Conheçamos e prossigamos em conhe-
cer Ao Senhor” (Oséias 6:3)

NOMES EM HEBRAICO DADOS A ADONAI


• Avinu Malkenu- Pai Nosso, Rei Nosso “‫”אבינו מלכינו‬
• Eloheinu – nosso Deus- “‫”אלוהינו‬
• HaBoreh - O Criador “ ‫”הבורה‬
• Adonai Melech haolam- Senhor Rei do Universo - ‫אדוני‬
‫“אדוני מלך העולם‬
• Elohei Avraham, Yitzchak ve Yakoe - “D-us de Abraão,
de Isaque e de Jacó” “‫"אלוהי אברהם יצק ויעקב‬
• El ha-Gibbor - “D-us Forte”.
• Emet - “Verdade” “‫”אמת‬
• Ro’eh Yisrael - “Pastor de Israel”. “‫”רועה ישראל‬
291
Israel - Cumprindo Profecias

• Ha-Kaddosh, Baruch Hu “O Santo, Bendito Ele”.


‫ההקדוש ברוך הו‬
• Kaddosh Yisrael - “Santo de Israel”. “‫( ”קדוש ישראל‬salmo
89:18)
• Tikivah mi Israel (Esperança de Israel) (Jeremias
17:13)
• Melech ha-Melachim - “O Rei dos Reis”.
• Magen Avraham - “Escudo de Abraão”. “‫”מגן אברהם‬
• Adonai -Gireh- “Senhor provê” (Gênesis 22:13, 14).
‫אדוני גירה‬
• Adonai - “Rophe” -” Adonai que cura” (Êxodo 15:26).
‫אדוני רופה‬
• Adonai -Nissi “-” Adonai nossa bandeira” (Êxodo 17:8-
15). ‫אדוני ניסי‬
• Adonai -Shalom - “Adonai,a nossa paz” (Juízes 6:24).
‫אדוני שלום‬
• Adonai -Tzidkenu - “Adonai, nossa Justiça” (Jeremias
23:6). ‫אדוני צדקנו‬
• Adonai -Shammah - “Adonai está presente” (Ezequiel
48:35). ‫אדוני שמה‬
• Matzuk Israel - “Rochedo de Israel”. ‫מצוק ישראל‬
• El Shadai”- Deus Guarda das portas de Israel- Shomer
Deletot Israel .” Salmo 121:4) "‫"שומר ישראל‬
* Adonai Tzvaot Israel- Adonai dos Exércitos de Israel (I
Samuel 17:45) ‫אדוני צבאות ישראל‬

*Nota: O uso dos termos “D-us, Adonai e HaShem” pelos judeus é devido ao
terceiro mandamento “Não tomarás em vão o Nome Do Senhor teu Deus”, usamos
um apostrofo nos nomes divinos mais sagrados, de forma a que o nome Do Eterno
não venha a ser profanado por estar escrito em algum objeto comum (que pode ser
misturado a qualquer coisa que não seja santa, ou jogado ao lixo). “Adonai” “Meu
Senhor” no hebraico. Devido a esse mandamento, desenvolveu-se entre os judeus um
profundo sentimento de reverência para com o Nome Do Eterno, de forma que a pro-
núncia correta tornou-se restrita, somente utilizado em ocasiões de extrema solenida-

292
Sarah Elzeny Zayit

de como no dia do Yom Kippur (dia do perdão). Em outras ocasiões, pronunciava-se


Adonai (meu Amo, meu Senhor) ou O Eterno, em lugar do nome do Criador.

*Nota: Kýrios, escrituras gregas. Apesar dos Evangelhos serem escrituras


cristãs, estes foram escritos por judeus seguidores de Cristo, no primeiro sécu-
lo d.C.. Já no final do primeiro século, começaram a substituir o Tetragrama
do Nome de Deus “Yud, Hei, Vav, Hei” por Kýrios, que também significa “Meu
Senhor”. Por este motivo, o Tetragrama não é encontrado graficamente do tex-
to do Novo Testamento em muitas versões da Bíblia hoje. (porém o tetragrama
do Nome Divino se conserva na Biblia hebraica até hoje, quando lida dizemos:
“Adonai”).

El - no hebraico significa Altíssimo, e é utilizado para O Cria-


dor, geralmente sendo associado a atributos Do Eterno como em: El
Elyon’ (“Deus Altíssimo”), El Shaddai (“O Altíssimo guarda das portas
de Israel”), El Hai (“O Altíssimo Vivo”), El Ro’i (“O Altíssimo que Vê”),
El Elohe Israel (“Altíssimo Deus de Israel”), El Gibbor (“O Altíssimo
Forte”). Em português “El e Elohim” são traduzidos como “Deus”.

Elohim - Termo comum usado nas escrituras hebraicas é o


plural da palavra Eloah. No entanto, dentro do contexto das es-
crituras é sempre utilizado no singular, onde “im” é usado como
plural majestático expressando grande dignidade, traduzindo-se
por “Elevadíssimo”.

HaShem (no hebraico) significa “O Nome”, e é utilizado du-


rante as ocasiões normais da vida cotidiana, enquanto Adonai é
utilizado no contexto religioso.

Breve comentário sobre alguns dos Nomes Do Eterno, que


figuram Sua atuação hoje como nos dias bíblicos.

Deus de Israel - (Êxodo 20,2); Deuteronômio 5,6; 6,20ss)


Ele repete a Israel muitas vezes: “EU SOU O Senhor teu Deus, O
Deus de Israel”
293
Israel - Cumprindo Profecias

Redentor de Israel - (Isaias 49:7) “Eterno, minha Rocha e


meu Redentor”. (Salmo 19:15). Quando Adonai trouxe de volta
Seu povo a Israel, iniciou o processo de redenção que culminará
com a volta Do Mashiach, a redenção espiritual de Seu povo. En-
tão será conhecido em toda a terra como O Redentor de Israel.

Adonai Justo e Fiel - (Isaias 49:7) “Adonai Tsadik”. Ele vela


por Sua palavra em cumprir. Temos acompanhado isso no dia a
dia em Eretz Israel. Ele cuida em cumprir cada detalhe. Mesmo
que não sejamos o que Ele quer que sejamos, Ele continua Fiel,
Ele mantém Sua Palavra; Disse O Eterno: “Eu farei por ti, tudo o
que tenho falado”. (Gênesis 28:13 a 15).

Deus único. “Adonai Echad” (Deuteronômio 6:4). “Ouve


oh Israel: O Senhor nosso Deus é O único Senhor”. (Shemah Is-
rael, Adonai Eloheinu, Adonai Echad). Ele chamou a Abraão, que
vivia numa terra com muitos deuses, e Se revelou a ele como O
Único Deus Verdadeiro. E disse: “Anda em minha presença e sê
perfeito”.

“SEREI O QUE SEREI” “HEHIE ASHER HEHIE”


Adonai se revela a Moises, que tinha sido criado como um
faraó e conhecia uma imensidade de deuses falsos. Mas um dia
ele encontrou O Verdadeiro Deus que se deu a conhecer a ele e
lhe incumbiu da missão de salvar Seu povo da mão de Faraó do
Egito. Moises se achou incapaz, mas Adonai lhe disse: “Serei O
que serei ’Hehie asher Hehie”. Logo, se Ele é, não importa se não
somos nada, porque Ele é em nos.

*Nota: no hebraico não há o verbo “ser” no presente, a tradução ”Sou o


que Sou” está incorreta.

294
Sarah Elzeny Zayit

Paulo (rabino Shaul) disse que a força do Senhor se aper-


feiçoa em nossa fraqueza e que Ele escolheu as coisas fracas deste
mundo, e as débeis e as que não são para aniquilar as que são, para
que ninguém se glorie diante Dele, mas aquele que se gloria, glo-
rie-se No Senhor. (I Coríntios 1:27 a 31). Se não somos, então Ele
será em nós! Adonai é força de Seu Povo. Quando entendemos
que nossas forças se esgotaram, então é hora de Deus agir; onde
chega o limite do homem, começa a ação de Adonai. E na força
Dele nos levantamos e nos colocamos em pé, porque não somos
mais nós, mas é Ele em nós!

DEUS PROVEDOR
O Eterno tem cuidado de nós. Ele cuida até de detalhes, para
alegrar nossa alma, e mostrar que é conosco. O Salmo 37:4 diz:
“Deleita-te em Adonai e Ele concederá os desejos do teu coração”.
Um tão grande Deus que cuida também das coisas pequenas
Adonai cumpre o desejo daqueles que O amam. Há alguns
dias atrás, a mãe de uma garotinha de apenas sete anos, Lizeth
seu nome, estava internada em um hospital em Ashkelon, porque
havia passado por uma cirurgia. Essa pequena queria muito dar
um buquê de rosas a sua mãe. Porém não tinha dinheiro para
comprá-las. Ela foi até uma floricultura, mas as flores estavam
muito caras pra ela. Então ela disse para a senhora que a cuidava:
“eu gostaria muito de dar rosas a minha mamãe, mas elas custam
muito e não temos dinheiro agora”. Assim, voltaram pra casa. Ao
chegarem à entrada da casa, lá estava na escadaria que dava acesso
a seu apartamento, um lindo buquê de rosas. Ao vê-lo ela gritou:
“ai estão as rosas para minha mamãe. Papai do céu as trouxe!”.
Então elas procuram saber e ninguém sabia de onde tinham sur-
gido aquelas rosas. Mas elas sabiam que Adonai tinha cumprido o
desejo daquela pequena.
Ele tem provido tudo. Nas pequenas coisas é que vemos
295
Israel - Cumprindo Profecias

o grande cuidado e a grandiosidade de Adonai, que sendo tão


poderoso olha para coisas minúsculas como nós. Basta que nos
deleitemos Nele.
Eu e meu esposo, estávamos indo para o curso de hebrai-
co. Íamos a pé, pela manhã; tínhamos chegado há pouco tempo
em Israel e não tínhamos carro ainda. Era uma manhã muito fria
de inverno, talvez com uma temperatura de uns 4 graus e chovia
muito. Estávamos com apenas um guarda chuva, e este não era
suficiente para nós dois e não tínhamos onde comprar; eram 7:30
hs da manhã e tudo estava fechado e era um bairro residencial
(sem comércio); não tínhamos onde nos esconder; não existia um
parapeito ou algo parecido onde nos abrigássemos. De repente a
chuva aumentou e começou a cair um pouco de granizo; o frio se
intensificou. Naquele momento olhamos em volta em busca de
uma solução... e estava ali na rua, na beira da calcada no meio fio,
um guarda chuva novo, colocado ali pra nós (não havia ninguém
naquela rua). Gloria a Deus! Parece uma coisa tão pequena, mas
pra nós foi muito grande! .
Contou-nos um amigo que, logo que chegou a Israel, estava
com problemas financeiros e naquela semana não tinha dinhei-
ro pra comprar comida. De manhã cedo, bateram a porta de seu
apartamento e ao abrir a porta, lá estava compra para todo o mês.
Nada lhe faltou. Temos vivenciado e ouvido experiências maravi-
lhosas. Adonai ainda provê “manah no Deserto”!
Neste mês (agosto de 2006) um casal de nossa comunidade
estava desempregado e devendo para o banco algumas prestações
do apartamento. Não sabiam o que fazer; porém confiaram que
Adonai teria a solução. Receberam uma carta de uma família que
eles não conhecem. E dizia: “Estamos orando por vocês e deposi-
tamos no Banco tal, a quantia X pra vocês”. A quantia X era exata-
mente o que eles tinham que pagar para o banco; nem um shekel
a menos e nem a mais. E na semana seguinte já tinham trabalho.
Esse é O NOSSO DEUS!
296
Sarah Elzeny Zayit

Realmente é glorioso saber que Adonai Provedor, sendo tão


Grande e tão Poderoso olha para este sistema solar no meio de
milhões deles, e vê o mundo em que vivemos que nada mais é do
que um pontinho diminuto no meio dessa imensidão; e no meio
de bilhões de pessoas, Ele nos vê, e sonda nosso coração, sabe o
desejo dele e atenta para ele. Isso é grandioso!
Adonai ordenou que corvos alimentassem ao profeta Elias
O profeta Elias (Eliahu), o tisbita, que habitava em Gileade,
disse ao rei Acabe: Vive o Senhor, Deus de Israel, em cuja pre-
sença estou, que nestes anos não haverá orvalho nem chuva, se-
não segundo a minha palavra. Elias era um dos homens que Deus
levantou para fazer história; um homem que conhecia a voz de
Deus e andava segundo os princípios de Deus. Um homem que
tinha autoridade espiritual; Cheio de ousadia.
O povo estava cultuando Baal, falso deus. Elias propôs um
desafio, que mostrava a partir daquele momento, que Baal, não
tinha comando no tempo e sim O Deus de Israel.
Adonai ordenou que Elias se mantivesse separado às mar-
gens do Querite, lugar onde não havia comida, ele foi sustentado
pelo Eterno. Disse Deus a Elias: ”Beberás do ribeiro; e eu tenho
ordenado aos corvos que ali te sustentem”. (I Reis 17:1-7). “E os
corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também à tarde”.
(I Reis 17:6). Ao redor havia terra seca, fome; não se sabe de onde
os corvos traziam a comida, o importante é que nada faltou ao
profeta, pois ele permaneceu segundo a palavra do Eterno. “Obe-
decer é melhor do que sacrificar”.
Deus estava cuidando de Elias. Ele estava sendo tratado
pelo Senhor enquanto estava sozinho no Querite, com certeza ele
ouvia a voz de Deus, aprendia com ele, assistia e experimentava o
cuidado e a fidelidade de Um Deus Provedor  e com isso, aprendia
que qualquer que fosse a situação, Adonai  jamais o abandonaria.
Esse Mesmo Deus prove tudo para Israel!

297
Israel - Cumprindo Profecias

*NOTA: corvo de Elias não é


um urubu como muitos pensam; mas
é um pássaro bem menor, comum no
oriente. Tenho tido oportunidade de
ver esses pássaros carregando coisas,
inclusive, pude ver um deles carregan-
do um copo descartável com um pou-
co de café. Eles são muito interessan-
tes. Carregaram pão de nosso picnic
num parque.
O corvo garçom.

ADONAI É FORÇA E ESCONDERIJO DE SEU POVO


E Deus disse: “Não temas Abraão, porque Eu Sou O teu es-
cudo, o teu grandessíssimo galardão”. (Gênesis 15:1)
O Poderoso Adonai é o esconderijo de Seu povo. “A Sua
gloria cobriu os céus, e a terra encheu-se do seu louvor. E o Seu
resplendor era como a luz, raios brilhantes saiam de Sua mão e
ali estava o esconderijo da Sua Força. Raios de fogo sobre os Seus
pés... os montes foram esmiuçados, os outeiros eternos se encur-
varam: o andar eterno é Seu!” (Habacuque 3:4)
A coluna de fogo (à noite) e a nuvem (de dia) que guiava o
povo de Israel pelo deserto, os protegia e também os escondia de
seus inimigos. Assim que às vezes, a nuvem e o fogo estavam em
frente deles e outras vezes na retaguarda. Quantas vezes em situ-
ações difíceis olhamos e parece que não vemos o Senhor a nossa
frente, mas é justamente quando Ele está a nossa retaguarda por
causa do inimigo. Ele é nosso esconderijo e nunca nos abandona. .
No Salmo 105:39 está escrito: “O Eterno estendeu uma nu-
vem como proteção e uma coluna de fogo para iluminar a noite”.
“Para o sol assentou Deus uma tenda” (Salmo 19:4).
Quando o povo de Israel peregrinava no Deserto, habitava
em tendas e estas eram feitas de pelos de cabras negras, dando
uma completa proteção do sol, podendo ver apenas alguns pon-
298
Sarah Elzeny Zayit

tinhos de raio de luz do


sol, dando a impressão de
que era noite e o céu esta-
va estrelado.
Assim, quando as
crianças sentiam medo à
noite, as mães os chama-
vam pra fora da tenda e
mostravam o céu estre-
lado e diziam: vocês não
precisam ter medo, vejam que imensa é a Tenda de Adonai.
Hoje Israel cercado de inimigos por todos os lados, que
ameaçam sua extinção, sobrevive e estamos seguros, porque es-
tamos debaixo da Tenda Do Eterno! No esconderijo Do Altíssi-
mo! “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, descansará
à sombra do Onipotente” (salmo 91:1).

ADONAI DOS EXÉRCITOS DE ISRAEL (I Samuel 17:45)


“O Eterno Adonai dos Exércitos passa em revista o exército
de guerra” (Isaias 13:4).
Depois de conquistar a terra prometida, Josué disse ao povo
de Israel: “E vós vistes tudo quanto O Eterno vosso Deus fez a todas
as nações por vossa causa, pois O Eterno vosso Deus guerreou por
vós... Adonai expulsou de diante de vos grandes e númerosas nações
e ninguém ficou em pé diante de vós, até hoje. Um homem dentre vós
perseguirá a mil, porque é O Eterno vosso Deus Quem guerreia por
vós” (Josué 23;3 a 10)” Então o Senhor sairá, e pelejará contra estas
nações, como quando peleja no dia da batalha (Zacarias 14.3)”.
Neemias (4:8 e 14) quando ameaçado por inimigos, en-
quanto reconstruía as muralhas de Jerusalém disse ao povo: “Não
temais! Recordai-vos Do Eterno, O Grande e temido; O nosso Deus
pelejará por nós”.
299
Israel - Cumprindo Profecias

O DEUS QUE PELEJOU no passado, ainda hoje peleja por


Israel, fazendo-o testemunhar miraculosas vitórias nas guerras.
Cumprindo muitas profecias Bíblicas, que preveem mira-
culosas vitórias do povo de Israel sobre seus inimigos, o mundo
foi testemunha em 1948 a Guerra da Independência de Israel; em
1956 a Guerra do Sinai; em 1967 a Guerra dos seis dias e em 1973
a Guerra de Yom Kipur e até os dias de hoje quando somos tes-
temunhas de livramentos miraculosos de Adonai para com Seu
povo.
Parte do Discurso de Menachem Begin, (líder do IRGUN-
Organização militar Nacional de Israel) na Guerra da Indepen-
dência em 1948.
Na madrugada, de 15 de maio de 1948, apenas oito horas
após a Independência do Estado de Israel, ao saber que cinco
nações nos cercavam para guerra, um momento crucial que Be-
gin não podia desanimar, pois ele era sobrevivente do holocausto,
onde toda sua família havia sido morta (exceto uma irmã). Ele
conta: “Os alemães arrancaram minha mãe do hospital e a mata-
ram. Afogaram meu pai em um rio com outros 500 judeus. Meu pai
enfrentou a morte com a cabeça erguida. Ao chegar ao rio começou
a cantar: “Ani Maamin bevi’at hamashiach” (eu acredito na vin-
da do Messias) os outros 500 judeus o acompanharam na canção.
Em seguida foram mortos pelos alemães”. (morreram cantando que
acreditavam na vinda Do Messias!)
“Agora, pela primeira vez em dois mil anos, nos tínhamos
um lar e tínhamos que lutar por ele”. Disse Begin: “Nos lutaremos.
Cada judeu lutará. O D’us dos Exércitos virá em nosso auxilio.
Não haverá nenhuma retirada. Liberdade ou morte”!
Beguin transmitiu esse discurso, na madrugada do dia 15
de maio, pela estação de radio do IRGUN:
“Cidadãos do Lar Nacional Judaico, soldados de Israel, jovens
israelenses, irmãs e irmãos em Sion. Depois de muitos anos de luta
clandestina (sob o domínio britânico) (...) aqueles que enfrenta-
300
Sarah Elzeny Zayit

ram os opressores se apresentam a vocês, com uma bênção de agra-


decimento e, no coração, uma oração. (…)”
Assim, conquanto nosso sofrimento ainda não tenha findado,
é nosso dever e nossa obrigação oferecer nossa gratidão à Rocha
de Israel e a Seu Redentor por todos os milagres operados neste
dia, assim como em todos os tempos. Podemos dizer, com o coração
e a alma plenos de emoção, no primeiro dia de nossa libertação
da opressão britânica – ‘Bendito é Aquele que nos deu vida, nos
manteve e nos fez chegar a este dia. ‘
Foi difícil criar nosso Estado. Mas será ainda mais difícil fa-
zer com que perdure. Estamos rodeados de inimigos que anseiam
por nossa destruição. (…)
Cidadãos do Estado Hebraico, soldados de Israel,
encontramo-nos no fragor da batalha. Dias difíceis esperam por
nós (...) Encham-se de força espiritual e preparem-se para mais
provações. Nós as suportaremos. O D’us dos Exércitos nos auxi-
liará. Ele sustentará a bravura da juventude judaica, das mães ju-
dias que, como Hannah, ofereceu seu filho ao altar de D’us. Essa
coragem suprema nos salvará de nossos inimigos e nos levará da
escravidão à liberdade, da ameaça de aniquilação à segurança. (...)
E vocês, membros da família que luta (do Irgun- Organiza-
co Militar de Israel), lembram-se de como começamos? Com o que
começamos? (os que nos antecederam) estavam sós e perseguidos,
rejeitados, desprezados e atormentados (...) Mas seguiram lutan-
do movidos por profunda fé, e não retrocederam. Foram mandados
para a forca, mas a ela se dirigiram cantando. Deixaram na história
uma marca gloriosa. (…)
Mas, por enquanto, devemos pensar na batalha cujo resul-
tado decidirá nosso destino e nosso futuro. Devemos seguir para
a luta inspirados pelo espírito de nossos heroicos ancestrais, dos
conquistadores de Canaã (…)
Eterno, D’us de Israel, proteja Seus soldados. Abençoa a es-
pada que renova a Aliança selada entre Seu Povo Escolhido e Sua
301
Israel - Cumprindo Profecias

Terra Escolhida. Ascenda, ó Leão de Judá, em prol de nosso povo e


nossa terra. Avante para a batalha! Avante para a vitória!”
*(Morasha no. 80)
Na manhã subsequente, oito horas após a declaração da
independência, o jovem Estado de Israel foi imerso em guerra.
Cercado pelos países árabes ao seu redor: Egito, Jordânia, Síria e
Líbano, também o Iraque se uniu a eles para atacar Israel. Cujo
objetivo declarado por eles era a total aniquilação de Israel, lan-
çando-o ao mar, e matando todos os judeus que residiam aqui.
Os inimigos de Israel eram como que cento e cinquenta ve-
zes maior, em número e em potencia bélica que Israel. Todos eles
tinham regimento de artilharia de campanha. Três deles tinham
força aérea com esquadrilha de caças e o Egito possuía uma es-
quadrilha de bombardeios. Os exércitos árabes começaram a in-
vadir Israel: do norte vieram os libaneses; do nordeste, os sírios;
no centro, a legião árabe e as forças iraquianas; no sul, o exército
do Egito com seus aviões de bombardeio.
O Haganah e Irgun (Grupo de Defesa de Israel – porque
ainda não tínhamos exército) tinham somente um único tanque,
quatro canhões e só um avião de caça, tinha alguns aviões parti-
culares, tão antiquados e obsoletos que só levantavam voo pela fé.
Porque éramos impedidos pelos britânicos de adquirir armas. A
maior parte do material bélico que possuíamos, foi adquirido em
ferro velho e improvisado. Durante o percurso da guerra conse-
guimos mais algum material, mas nada significante comparado
ao arsenal dos inimigos.
O tamanho do arsenal israelense era realmente insignifi-
cante, mas a unidade do povo e o desespero por sobreviver eram
grandes e, sobretudo O Deus que peleja por Israel usando até o
ruído de nosso único tanque que era levado de um lado para ou-
tro arrastado por um caminhão, seu barulho parecia barulho de
um grande exército.
Inacreditável, colonos judeus do deserto de Negev resisti-
302
Sarah Elzeny Zayit

ram a ataques de infantaria, artilharia, brindados e aviação. De-


fenderam-se com rifles e morteiros. No norte, os sírios atacaram
com cinco tanques, e novamente os colonos judeus dali se defen-
deram com apenas dois canhões e alguns obuses, que chegaram
exatamente no momento em que foram atacados. Dois tanques
inimigos foram postos fora de ação por um lança chamas e um
coquetel Molotov. E os outros três tangues foram inutilizados (só
Adonai sabe como).
Essa guerra que chamamos “Guerra da Independência” foi
nomeada pelos Países árabes como “Guerra da Catástrofe”. Tal foi
a vitoria que Adonai dos Exércitos de Israel nos concedeu. Nosso
domínio foi ampliado em 20 mil km2. Está claro que Os Anjos
de Adonai estavam em ação a favor de Israel, nos dando extra-
ordinária vitoria contra grandes exércitos. Os inimigos ficaram
confundidos e desanimaram. Com isso os chefes militares árabes
sugeriram o adiamento da invasão, porque pensavam que Israel
tinha um grande potencial bélico e passaram a respeitá-lo mais. E
realmente o tinha, mas não humano e material, mas os anjos Do
Deus que peleja por Israel assim o fizeram..
A palavra profética de Josué diz: “um só homem dentre vós
perseguirá a mil homens” (Josué 23:10); nos tempos bíblicos, no
comando de Josué O Eterno usou até vespões (enxame de vespas)
para perseguir os inimigos de Israel (Josué 24:12) .

Dezenove anos depois...


Em 1967 o Egito se achou autossuficiente para derrotar Is-
rael, porque reuniu 900 tanques de guerra no Sinai. Seu presiden-
te Nasser fez o seguinte discurso desafiador:
“Esperamos pelo dia apropriado, quando estivéssemos intei-
ramente preparados e confiantes para entrar em guerra contra Is-
rael... Recentemente sentimo-nos suficientemente fortes para que
pudéssemos entrar em guerra contra Israel... a batalha será geral e
nosso objetivo básico será destruir a Israel... Sei que o que temos
303
Israel - Cumprindo Profecias

aqui no Egito e o que tem na Síria. Sei também que outros países
árabes, Iraque, por exemplo - enviará suas tropas para Síria. A Ar-
gélia mandará tropas. O Kuwait igualmente enviara suas tropas.
Enviarão unidades blindadas de infantaria. “O mundo conhecerá
o poderio árabe”, disse Nasser.
Nasser disse que o mundo conheceria o poderio árabe,
porém o mundo conheceu o poder de Adonai dos Exércitos de
Israel.
Ninguém que residia fora de Israel era capaz de imaginar o
ar de condenação que pairava sobre Israel, que se via encurralado
por exércitos hostis e prontos para lançá-lo ao mar.
A escalada de ataques terroristas árabes através das fronteiras
com o Egito e a Jordânia, bem como o persistente bombardeio do
norte na Galiléia pela artilharia Síria, foram apenas o prelúdio. O
Egito solicitou à ONU que retirasse as tropas internacionais que
guarneciam o Sinai (e Thant, o secretário-geral da ONU, imedia-
tamente o fez, deixando Israel completamente a mercê dos inimi-
gos). O Egito deslocou todo o poderio do exército para lá e para as
fronteiras com Israel, restaurando o bloqueio do Estreito de Tiran.
Nova aliança egípcia com a Síria e a Jordânia foi estabele-
cida, e as emissoras de rádio árabes transmitiam programas em
hebraico em que anunciavam à população israelense que seu fim
estava próximo.
Porém judeus, de todo o mundo, oravam e jejuavam por Is-
rael e muitos evangélicos que tinham conhecimento da situação,
se uniram aos judeus nessa busca desesperada por socorro do alto.

Adonai veio em nosso socorro.


O resultado foi que as forças israelenses comandadas, fisica-
mente, pelo General Rabin e espiritualmente PELO SENHOR DOS
EXÉRCITOS DE ISRAEL, avançaram pelo Sinai, desbaratando o
exército egípcio e expulsando os militares sírios entrincheirados
no planalto do Golan. Com a entrada da Jordânia na luta, abriu-se
304
Sarah Elzeny Zayit

uma terceira frente de batalha. Mas ao fim de apenas seis dias de


combates, a Judéia, Samaria, Gaza, a península do Sinai e o planalto
do Golan estavam sob o controle de Israel. Abriram caminho ao
Canal de Suez. A cidade de Jerusalém, que estivera dividida entre
Israel e a Jordânia desde 1949, foram reunificadas sob a autoridade
de Israel. Reconquistado o Muro Ocidental, relíquia da antiga glo-
ria de Israel. E ao invés de conhecer o “poderio árabe” o mundo
conheceu O DEUS QUE AINDA PELEJA POR ISRAEL!
Cumprindo profecias. Adonai cumpriu o que havia dito
pelo Profeta Isaias: “Naquele tempo os Egípcios serão como mu-
lheres, e temerão por causa do movimento da mão do Senhor
dos Exércitos, porque ela se há de mover contra eles. E a terra
de Judá será um espanto para o Egito; todo aquele a quem isso
se anunciar se assombrará por causa do propósito do Senhor dos
Exércitos, que determinou contra eles”. (Isaias 19:16 e 17).
Ainda hoje, (Após mais de 40 anos) a guerra de 1967, é co-
nhecida como a “Guerra dos milagres de Adonai”!
Como nos tempos bíblicos, o Anjo Do Eterno feriu o exér-
cito dos Assírios (II Reis 19:35). Mais uma vez Adonai agiu como
O guarda de Seu povo e O Senhor dos Exércitos de Israel!

ALGUNS DEPOIMENTOS SOBRE A GUERRA


DOS SEIS DIAS.
*Menachem Adar (jovem judeu americano) repórter da TV
israelense que foi um dos primeiros soldados a chegar ao Muro
das Lamentações:
“Milagre! Antes da guerra, Israel chegara a seu ponto mais
baixo. Ameaçado pelos fortes inimigos, que o cercavam de todos os
lados. O sonho sionista parecia ter chegado ao seu fim. Durante me-
ses o presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser agredia e ameaçava
Israel”.

305
Israel - Cumprindo Profecias

“A chave da vitória foi a destrui-


ção da aviação egípcia. Em horas, a
aviação egípcia inteira pegava fogo ain-
da no chão”.
“A unificação de Jerusalém, no ter-
ceiro dia, foi decisiva para criar a aura
de milagre”. “Mesmo quem não era reli-
gioso ficou emocionado”.
“No sétimo dia, havia um novo
Israel. Confiante, temido pelos inimi-
gos, respeitado pelas potências. Acima
de tudo, com um território de dimen-
sões inimagináveis até alguns dias an-
tes. Do Egito, o principal inimigo, conquistou a península do Si-
nai e a faixa de Gaza. Da Síria, as colinas do Golan. Da Jordânia,
ficou com a Cisjordânia, que incluía Jerusalém Oriental e outros
lugares sagrados para os judeus”. *(publicado no Jornal Folha de
São Paulo 03.06,2007)
Danny Rubinstein, soldado em 1967 e hoje analista político do jornal Haaretz.

“Em 10 de junho de 1967, último dia da Guerra de Seis Dias,


entre Israel e países árabes, a maioria da população israelense sen-
tiu que estava renascendo”.

“Para a maioria de nós foi um


milagre. Em seis dias, nós enfrenta-
mos todo o mundo árabe e sobrevi-
vemos. Foi como um sonho que nós
achávamos que jamais fosse virar re-
alidade”. *(BBC Brasil, 04.06.2007).

Giora Romm, analista do Ins-


tituto Judaico para Assuntos de Se-
306
Sarah Elzeny Zayit

gurança Nacional, que integrava a força aérea do Exército israe-


lense em 1967:
“Nos dias que antecederam a guerra, os israelenses não pa-
ravam de ouvir notícias de que os países árabes, liderados pelo
presidente egípcio Gamal Abdel Nasser, iriam destruir Israel”.
“O moral estava muito baixo, e os líderes civis falavam na
possibilidade de milhares de mortos. Eu me lembro que o prin-
cipal parque de Tel Aviv foi preparado para virar um cemitério
temporário para a população da cidade. Todos perceberam que
isto não era mais brincadeira de criança. Porém O Eterno mudou
a historia”. *(BBC Brasil, 04.06.2007).
A profecia diz: “O Eterno que tirou Israel do Egito, com Sua
força consumirá as nações, seus adversários, e seus ossos quebrará, e
as flechas de Adonai submergirão em sangue... E O Eterno plantou a
Israel como cedro junto as águas, e ele repousará e se estabelecerá em
sua terra como um leão (será temido); e (sendo) como leão, quem o
despertará ? (quem ousará?) Os que o abençoarem serão benditos e os
que o amaldiçoarem serão malditos”. (Números 24; 5 a 9).

ANJOS DE ADONAI NAS GUERRAS. DEPOIMENTOS


SOBRE VERDADEIROS MILAGRES QUE ADONAI OPE-
ROU A FAVOR DE ISRAEL DURANTE AS GUERRAS
Um israelense disse que estava no meio da batalha, quando
viu no topo de uma colina um Homem vestido de branco, aju-
dando de trincheira em trincheira, os soldados de Israel. Quando
Aquele Homem levantava os braços, Israel vencia os inimigos. Ele
tomou um binóculo, para ver melhor e o deu ao seu general e ele
também viu. Então O Homem de branco desapareceu na frente
dos olhos deles.
Ouvi sobre um dos comandantes da Força de Defesa de Is-
rael, que disse: “durante a guerra, meus homens e eu estávamos
307
Israel - Cumprindo Profecias

presos dentro de um campo completamente minado. E então as mi-


nas começaram a estourar por todos os lados ao nosso redor. Não
tínhamos o que fazer. De repente um redemoinho de vento apareceu
e nos levou para fora dos campos minados, para um lugar seguro”.
Depois da fantástica vitória do pequeno grupo de Israel so-
bre cinco nações árabes, inclusive a Síria, os quais nos atacaram
simultaneamente, um repórter que estava nas Colinas do Golan
perguntou aos soldados sírios, porque o exercito deles havia re-
cuado diante de alguns colonos judeus, visto que eles eram tão
mais poderosos. Eles responderam: “você está enganado. Não fo-
ram uns poucos colonos judeus que vimos. Vimos um exército mui-
to grande!. Muito superior ao nosso”. Quem os sírios teriam visto,
senão o Exército de anjos de Adonai?!
Há exemplo dos tempos bíblicos; “cavalos e carros de
fogo!”.
No tempo do profeta Elizeu (Elishah), quando o rei da Sí-
ria fazia guerra contra Israel, Adonai dava todas as coordenadas
de guerra a Elizeu; o rei da Síria perguntou quem deles estava os
traindo e dando informações ao rei de Israel. Então seus súditos
disseram: “nenhum de nos, mas O Deus de Israel fala a seu pro-
feta e faz saber a Israel, as palavras que tu falas escondido em tua
câmara de dormir”. Então o rei da Síria enviou um grande exérci-
to e cercou a cidade. O ajudante de Elizeu quando os viu gritou:
“que faremos”?! Elizeu disse: “não temas; porque mais são os que
estão conosco do que os que estão com eles”. E Adonai abriu os
olhos do moço e ele viu ao redor deles uma multidão de cavalos
e carros de fogo. Adonai entregou os sírios na mão de Seu povo
Israel. (II Reis 6:8a 22).
E depois disso Bem-Hadad Rei da Síria ajuntou todo o seu
exército, mui númeroso, e tornou a cercar Samaria. Porém O Se-
nhor Dos Exércitos Deus de Israel, fez com que os sírios ouvis-
308
Sarah Elzeny Zayit

sem um grande ruído de carros e cavalos, como de um grande


exército. Então os sírios disseram uns aos outros: “O Rei de Israel
alugou reis e vieram contra nós”. E eles se levantaram e fugiram
as pressas, deixando suas tendas, cavalos e tudo que tinham lá. E
assim Adonai salvou, mais uma vez, Israel das mãos dos sírios. (II
Reis 7:6 e 7). Esse é O Senhor dos Exércitos que peleja por Israel!
“Não temais, porque O Eterno vosso Deus é quem luta por vós”
(Deuteronômio 3:22)

O GUARDA DE ISRAEL– “Shomer Yisrael” . “El Shadai”


Shadai = ‫שדי‬, ou seja; ‫ ש‬de ‫ = שומר‬guarda,‫ ד‬de ‫= דלתות‬
portas e ‫ י‬de ‫ = ישראל‬Israel. Portanto. El Shadai quer dizer “Deus
Guarda das portas de Israel”
“Nao dormirá o Guarda de Israel” (salmo 121:4)
Depoimento de Joe um jovem judeu:
“Influenciado pelo drama da Crise dos Mísseis de Cuba e o
desejo de um jovem de tomar parte no cenário internacional, decidi
graduar-me em Ciências Políticas e iniciar uma carreira no corpo
diplomático”.
No ano de 1967, já adido diplomático, trabalhava para o em-
baixador dos Estados Unidos, Arthur Goldberg, nas Nações Unidas.
Na primeira semana de junho recebi um telefonema de uma
prima. Com voz ansiosa, pedia-me que passasse pelo seu aparta-
mento após o trabalho. Quando me sentei em sua sala naquela noi-
te, ela e o marido contaram-me a causa de seu aborrecimento. O
único filho deles, Abraham – um jovem, vários anos mais moço que
eu que se tornara báal teshuvá no ano anterior – estava estudan-
do numa yeshivá (escola de estudo bíblico) de Lubavitch em Israel.
Alarmados pelos crescentes rumores sobre uma guerra, enviaram-
-lhe uma passagem de avião e imploraram que voltasse para casa.
Abraham manteve-se firme em sua recusa: o Rebe de Lubavitch

309
Israel - Cumprindo Profecias

dizia-lhe para ficar.


“Tentamos abordar o Rebe”,minha prima continuou. “Que-
ríamos explicar a ele que Abraham é nosso único filho, que é toda
nossa vida, e apelamos a ele que deixasse Abraham voltar para casa.
Porém, parece que é preciso esperar vários meses por uma audiência
com o Rebe. Escrevi uma carta, a conselho de seus secretários, e
recebi esta resposta”.
Ela mostrou-me uma curta nota com a frase: “O guardião de
Israel não dorme nem cochila”.
Ela parecia um pouco mais calma pela citação dos Salmos.
“Diga-nos, Joe”, perguntou minha prima, “O que está aconte-
cendo realmente?” Você sabe da história por detrás dos bastidores.
Israel corre perigo real?”
Eu não queria aumentar seus receios, mas senti-me obrigado
a dizer-lhes a verdade: o Estado de Israel realmente corre grande pe-
rigo. A guerra é uma certeza. Os Países Árabes mobilizaram forças
muito superiores às de Israel e têm grande chance de derrotar o mi-
núsculo país judeu; se isso acontecer, eu não gostaria de imaginar
o destino dos judeus que lá moravam. Meu chefe, Sr. Goldberg, um
judeu profundamente engajado, não pode dormir à noite. “Não con-
sigo deixar claro o suficiente como é grave a situação,” concluí. “Vocês
devem tirar Abraham de lá o mais rápido possível!”
“Mas como?” gritou minha prima. “Para ele, a palavra do
Rebe é lei. Se o Rebe lhe diz para ficar, ele fica!”
“Ouça”, disse eu. “Falarei com o Rebe. Quando eu me apre-
sentar como adido do Sr. Goldberg, certamente conseguirei persua-
di-lo a permitir que Abraham volte para casa”.
Na manhã seguinte, contatei o secretário pessoal do Rebe,
Rabi Chadakov . Apresentei-me como membro da delegação dos
Estados Unidos na ONU e disse ter um “assunto urgente” a discu-
tir com o Rebe. Rabi Chadakov prometeu responder-me em breve.
Meia hora mais tarde, chamou-me para informar-me que o Rebe
iria me receber na noite seguinte, às 2 horas da madrugada.
310
Sarah Elzeny Zayit

Havia mais branco em sua barba, mas não fosse por isso a
face e os modos joviais pouco haviam mudado. O mesmo semblante
nobre, o mesmo olhar penetrante encarou-me à mesa aquela noite,
quase quinze anos depois de meu último encontro com o Rebe. O
aperto de mão foi firme e caloroso. “Já tive o privilégio de conhecer o
Rebe,” – comecei – “vovô trouxe-me aqui antes de meu bar mitsvá.”
O largo sorriso do Rebe assegurou-me que ele de fato lembra-
va-se de mim.
“Devo desculpar-me com o Rebe,” – continuei – “temo que este-
ja usando minha posição um tanto injustamente para conseguir esta
audiência. O “problema urgente” que mencionei é pessoal.
Novamente, o acolhedor sorriso do Rebe pôs-me à vontade.
Encorajado, falei-lhe sobre meus primos e o filho. “Os pais estão
fora de si de tanta ansiedade” – concluí. “Eles apreciariam muito se
o Rebe permitisse que seu único filho voltasse para casa antes que
explodisse o perigo.”
O sorriso acolhedor desaparecera. Uma grave expressão ago-
ra ensoberbecia o semblante do Rebe. “Tenho milhares de filhos úni-
cos na Terra de Israel,” disse ele. “Se eu lhes disse para permanecer
lá, é porque estou certo de que nenhum perigo se abaterá sobre eles.
Diga à sua prima e ao marido que podem esquecer seus temores. O
Guardião de Israel não dorme nem cochila. D-us vigia Seu Povo
onde quer que ele esteja, especialmente na Terra Santa.”
“Rebe,” eu disse, com o devido respeito, “eles não conseguem
esquecer seus temores. Tampouco eu posso. Talvez o Rebe não esteja
a par da gravidade da situação, mas devido a minha posição tenho
acesso à informações extremamente confiáveis. Infelizmente o Esta-
do de Israel está em grave perigo.”
“Israel,” replicou o Rebe com absoluta convicção, “não está em
grande perigo. Está no limiar de uma grande vitória. Com a ajuda
do Todo Poderoso, este mês será uma época de grandes milagres
para a nação judaica.” * (www.chabad.org.br).
311
Israel - Cumprindo Profecias

Milagre em Purim, em nossos dias!


“Em agosto de 1990, Saddam Hussein fazendo ameaças de
queimar a Terra Santa com suas ogivas químicas, fez marcharem os
exércitos do Iraque até o Kuwait”. Enquanto o mundo reagia com
alarme e medo, o Rebe divulgou uma mensagem de confiança.
A resposta do Rebe às dúvidas sobre deixar ou não Israel em
busca de locais mais seguros, era clara e inequívoca: “a Terra de
Israel é o local mais seguro do mundo”. Quando lhe perguntaram
sobre as máscaras de gás sendo distribuídas em Israel numa anteci-
pação da guerra química, o Rebe opinou que elas seriam totalmente
desnecessárias. Declarou também que a guerra estaria terminada
em Purim.
As tentativas frustradas dos mísseis Scud para destruir a vida
judaica foram nada menos que um milagre. Quando os mísseis –
cada qual carregado com 300 quilos de explosivos – choveram sobre
Tel Aviv, os cidadãos aterrorizados, amontoados em abrigos e apo-
sentos selados, escutavam em descrença as notícias. Edifícios api-
nhados com pessoas foram atingidos, mas praticamente não houve
vítimas. “D’us atirou colchões para amortecer nossas quedas, tirou
paredes de nosso caminho” – declarou um sobrevivente.
“No dia de Purim, tradicionalmente um dia de alegria para o
povo judeu, foi declarado oficialmente o fim da guerra”.
“Não se está prestando a adequada atenção a estes milagres”
– disse o Rebe nos discursos que pronunciou nas semanas seguintes.
“A imprensa popular no mundo inteiro notou as milagrosas ocor-
rências, porém há uma tendência a oferecer argumentos e expli-
cações. Devemos publicar que estes são milagres, realizados por
D’us!”
“O Rebe declarou também que os eventos da Guerra do Golfo
são parte do miraculoso prelúdio da Era Messiânica, um tempo em
que a Divina essência da criação será manifestada, e os milagres
serão algo comum. Não foi apenas no passado distante que D’us
realizou milagres para nós. Eventos antigos, como o êxodo do Egito
312
Sarah Elzeny Zayit

ou os milagres de Purim em Shushan não são os únicos exemplos


de nosso singular relacionamento com D’us. Como temos visto, mi-
lagres estão acontecendo hoje. De fato, os milagres de Purim neste
ano superaram aqueles registrados na Meguilá Ester” (Livro de Es-
ter). *(http://www..chabad.org/)
Realmente foi uma inexplicável vitória com grandes mila-
gres, quando Adonai entregou os inimigos nas mãos de Israel.
Adonai venceu por Seu povo!
O salmo 91 fala sobre o que habita no esconderijo do Altís-
simo e descansa a sombra do Onipotente (estará sob sua proteção
porque O Senhor tem esconderijo para os seus, na guerra). Ainda
que tombem mil ao teu lado e dez mil a tua direita, tu não serás
atingido. O Eterno é O nosso refugio, O Altíssimo é a nossa ha-
bitação.
Nos tempos Bíblicos. Os filisteus ajuntaram seu arraial para
guerrearem contra Israel em Socó, em Judá estavam os filhos de
Israel no Vale do Carvalho. Um homem, chamado Golias de Gat,
cuja altura era de seis côvados e um palmo, (aproximadamente
2,90m), desafiava o exercito de Israel. Porém o pequeno Davi (dos
filhos de Israel), franzino e sem aparatos (porque as armaduras
eram muito grandes e pesadas para ele) disse ao Rei Saul: Não
desfaleça o coração de ninguém por causa dele (o gigante filisteu);
teu servo irá e pelejará contra o filisteu.
Seu irmão mais velho mandou que ele voltasse cuidar das
ovelhas. Eu penso que no coração de Davi, Deus dizia: “vai Davi,
porque Eu Sou contigo”. Então Davi, ignorando a voz dos ho-
mens, só ouvia a voz de Deus, pegou apenas algumas pedrinhas
do ribeiro e aproximou-se do gigante e disse: Tu vens contra mim
com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra
ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de
Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo, o SENHOR te en-
tregará em minhas mãos; e toda a terra saberá que há Deus em
Israel. Saberá toda esta multidão que o SENHOR salva... “Porque
313
Israel - Cumprindo Profecias

do SENHOR é a guerra, e Ele te entregará em nossas mãos” E


tomou então, uma pedra e uma funda e atirou no meio da testa do
filisteu (único lugar vulnerável, sem cobertura de bronze), e feriu-
-o derrubando por terra, tomou sua espada e o matou. (I Samuel
17:23 a 58).
No ano 701 a.C. os assírios precipitaram-se sobre Judá,
destruindo suas fortalezas e sitiando sua Capital.. Porém Jerusa-
lém foi salva, porque naquela noite, O Anjo Do Senhor abateu
185.000 assírios em seu acampamento. E Senaqueribe rei da As-
síria teve que se retirar. Adonai ainda peleja por Israel!
HÁ DEUS EM ISRAEL. Quando os moabitas e amonitas se
levantaram contra Josafá rei de Judá, o rei soube que também da
Síria vinha contra ele uma grande multidão, e estava cercado de
todos os lados, então buscou a Adonai e disse: “Tu és Dominador
de todos os reinos, na Tua mão há força e poder e não há quem
possa Te resistir”. Então ele apregoou um jejum em todo Judá. O
Eterno respondeu pelo ministério do profeta Jaaziel e disse; “Não
temais, nem vos assusteis, por causa dessa grande multidão, pois
a peleja não é vossa, mas do Eterno. Nessa peleja não tereis que
pelejar; parai, estai em pé, e vede a salvação de Adonai para con-
vosco”. Então Josafá e todo Judá e Jerusalém se prostraram com o
rosto em terra adorando Ao Eterno e enquanto o povo jubilava e
louvava Ao Eterno, Ele pôs emboscada contra os filhos de Amon
e de Moabe e estes foram destruídos. (II Crônicas 20)

AINDA HOJE “ADONAI É “VARAO DE GUERRA


VALENTE E TERRÍVEL”
Resgate de judeus reféns na Uganda
Num domingo, 29 de junho de 1976, 245 passageiros e 12
tripulantes de um Airbus da Air France voavam de Atenas a Paris,
num voo iniciado no aeroporto de Tel Aviv. O avião foi sequestra-
do por dois terroristas da FPLP (Frente Popular de Libertação da
314
Sarah Elzeny Zayit

Palestina) e dois outros do grupo alemão Baader-Meinhof, mao-


ístas partidários da guerrilha urbana.
O grupo forçou a tripulação a aterrissar na Líbia, onde o
aparelho foi reabastecido e decolou rumo a Entebbe, aeroporto de
Campala, capital da Uganda, aonde chegou nas primeiras horas
da madrugada do dia 30. Os reféns foram amontoados num anti-
go terminal de passageiros desativado. Os terroristas anunciaram
que começariam a matá-los se Israel, França, Alemanha e Suíça
não libertassem 53 terroristas que mantinham em suas prisões.
As execuções começariam às 14hs de quinta-feira, dia 1º de julho.
O então primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin determinou
que a Sayeret Matkal, comando especial de seu Exército, se prepa-
rasse para o resgate.
Os terroristas libertaram passageiros não judeus, encami-
nhando-os a Paris, onde agentes do Mossad, o serviço israelense
de inteligência, obtiveram através deles um mapa do terminal do
aeroporto e a informação de que a polícia ugandense era cúmpli-
ce dos terroristas.
No sábado, dia 3 de julho, o gabinete israelense, em sessão
secreta, deu sinal verde à operação. Horas depois, decolavam de
Israel quatro aviões de transporte militar C-130, instruídos de
início a voar a apenas 100 metros de altitude, para não serem de-
tectados por radares egípcios e sauditas.
Ação de Adonai “Varão de Guerra” a favor de Seu povo.
Depois de um voo de 4.000 km, era impossível aterrissar sem
serrem detectados pelos radares dos inimigos. Porém um gran-
de barulho de uma grande tempestade, com inúmeros trovões
atrapalharam os radares para que não os detectassem. Porém não
atrapalhou a aterrissagem dos aviões israelense, porque na verda-
de não havia nenhuma tempestade; Adonai os confundiu com ba-
rulho de um temporal que não existia. Aterrissaram em Entebe, e
de um dos aviões saiu um automóvel Mercedes negro e dois jipes,
315
Israel - Cumprindo Profecias

que simulariam o cortejo em que supostamente Idi Amin Dada, o


sanguinário ditador ugandense, iria inspecionar o local.
Em 20 minutos dominaram os sequestradores e alguns
policiais e militares de Uganda. Os reféns foram apressadamen-
te transferidos aos aviões. O resgate durou apenas 99 minutos, e
voltaram para casa são e salvos. Com ação miraculosa de Adonai,
foi uma das mais bem-sucedidas operações do gênero na recente
história militar de Israel.

RECENTES EXPERIÊNCIAS
Em 4 de Janeiro de 2006, quando o então primeiro ministro
de Israel, Ariel Sharon adoeceu (teve um derrame cerebral), os
que viviam em Israel ficaram preocupados com a situação polí-
tica do Estado, já que Sharon era homem de muita experiência e
decisões fortes, e que de certa maneira trazia um pouco de tran-
quilidade ao povo, por causa da confiança dispensada a ele. Agora
doente, inconsciente, por isso impossibilitado de governar, isso
fazia com que nós nos sentíssemos um pouco desprotegidos. No
momento em que eu orava e suplicava ao Eterno por Israel, Ele fa-
lou ao meu coração: “Você está preocupada porque sua confiança
está posta em um homem! Mas EU SOU o Senhor dos Exércitos,
O GUARDA de Israel, Eu pelejo por Israel!”
Adonai disse: “O Senhor dos exércitos é O Meu NOME”.
(Adonai Tzevaot). (IISamuel 6:2). “O Senhor dos Exercito é O Deus
de Israel e O Deus para Israel” (I Crônicas 17:24); “O Senhor dos
Exércitos passa em revista o exercito de guerra” (Isaias 13:4)
Pensei: “Quão maravilhoso é ter O Próprio Deus como
Guarda Fiel e Adonai dos Exércitos de Israel!”. Imediatamente O
Espírito de Adonai trouxe fé a minha alma e em regozijo glorifi-
cando ao Eterno e exaltando-O, sai à janela de meu apartamento,
que dava vista para o Mar Mediterrâneo. Então olhei e haviam
nuvens sobre o mar e estas tinham formas que davam a impres-

316
Sarah Elzeny Zayit

são de grandes tanques de guerra. Corri, peguei minha câmera


fotográfica e registrei o momento com essa foto que você pode
conferir com uma resolução melhor nas páginas finais do livro.

(Mar Mediterrâneo em 04/01/2006)

Lembrei-me do Salmo 104:3 que diz que Adonai põe nas


águas os vigamentos e faz das nuvens o Seu carro! Pensei: “Ele
faz das nuvens carros de guerra também!” Haleluia! Então eu
me deleitei em Adonai. “Mi Kemocha Adonai?” Quem é como Tu
Meu Senhor?
O Eterno diz: “Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus!” Ha-
leluia! (Salmo 46:10). Quando o povo de Israel estava encurralado
diante do Mar vermelho, com o poderoso exército de Faraó atrás
de si, Moshê (Moises) disse ao povo: “Aquieta-vos e vede o livra-
mento de Adonai, que hoje vos fará”. Se os problemas são maiores
do que podemos resolvê-los, então aquietemo-nos e descansemos
Nele e saberemos que Ele é Deus!

A Mão de Adonai com poderosos livramentos durante a


guerra de 2006.

* Nota: o texto a seguir foi escrito durante a guerra contra os terroristas do


Hisbolah, no sul do Líbano, e terroristas do Hamas na Faixa de Gaza, em 2006.

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Israel - Cumprindo Profecias

No dia 21 de maio de 2006, os inimigos de Israel, terroristas


do Hamas que residem na faixa de Gaza, lançaram vários mísseis
kassam em Ashderot, e um deles caiu exatamente sobre uma esco-
la primaria, em horário de aula. Mas minutos antes, o diretor da
Escola convocou todos os alunos para orarem em um parque fora
da escola; quando estavam no parque orando, o míssil caiu na
escola destruindo parte dela. Porém todos foram salvos. Haleluia!
Outro míssil caiu em uma escola em Ashkelon (cidade onde
moramos), porém minutos antes as crianças, os professores e todos
os funcionários da escola haviam saído para um momento de re-
creação, um jogo no pátio de basquete. O míssil caiu dentro das sa-
las de aula, destruindo parte do prédio, mas as crianças não foram
atingidas diretamente, exceto o impacto e susto. Adonai as salvou!
Há um mês, os mesmos terroristas lançaram um míssil
kassam de maior porte, na cidade de Ashkelon, porém esse caiu
intacto! Adonai não deixou que ele explodisse, pois se isso acon-
tecesse, parte de prédios da cidade seriam destruídas (inclusive o
local onde nos residimos) e haveria muitos mortos, porque além
do impacto do míssil, ele possui setecentas esferas de aço que
voam para todos os lados; porém, outra vez Adonai agiu como
Guarda Fiel de Seu Povo!
Hoje enquanto escrevo (dia 18 de julho de 2006) estamos
sendo alvos de terroristas do Hisbolah e do Hamas; que estão lan-
çando centenas de catiushes (mísseis foguetes), em direção as nos-
sas cidades do norte, Galiléia e também na Judéia e no Carmelo.
Realmente a situação aqui está um pouco difícil. (Neste mo-
mento enquanto estou escrevendo esse capitulo ouço o barulho
de explosões das bombas). Porém O Guarda de Israel não dorme
e nem cochila. Acabamos de receber noticias de irmãos do norte
de Kiriat Shemonah (na Alta Galiléia), dizendo que eles foram
salvos milagrosamente, Adonai os tirou do lugar em que estavam
e em seguida um katiush (foguete) destruiu o local, mas eles fo-
ram salvos.
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Sarah Elzeny Zayit

OS ANJOS DE ADONAI DESVIAM O ROTEIRO


DOS MÍSSEIS!
Dia 25 de julho de 2006. Hoje, os próprios policiais disse-
ram: “milagres apareceram novamente em Haifa”. Os terroristas
do Hisbolah lançaram, em poucos minutos, 16 mísseis catiush so-
bre a cidade de Haifa (que é uma cidade muito populosa); todos
os mísseis têm caído em espaço aberto onde não ha pessoas. Al-
gumas pessoas foram atingidas apenas pelo impacto e não pelos
mísseis, e não houve mortes. Só Adonai pode livrar dessa manei-
ra.* (lembrando que estamos em guerra contra os terroristas do
Hisbolah e Hamas e não contra países).
A extensão territorial do Estado de Israel é muito pequena
e algumas de nossas cidades distam dez ou quinze quilômetros
uma das outras; e em alguns lugares elas se encontram; e entre as
cidades existem kibutz e Moshav que são fazendas comunitárias
onde vivem também milhares de pessoas; não há quase espaço
vazio ou sem pessoas, na região onde tem sido o alvo dos mísseis.
Os terroristas do Hisbolah e dos Hamas lançaram mais de mil
mísseis esta semana, contudo, 97% dos mísseis, caíram em campo
terreno baldio, em estacionamentos, sempre onde não há pessoas.
Nisso podemos ver a mão Do Guarda de Israel.
Um míssil de grande alcance, hoje, foi lançado contra Tel
Aviv, a segunda maior cidade de Israel, porém ele foi desviado
para o Mar Mediterrâneo, pelas mãos Do Eterno, que nos livrou.
Hoje (enquanto escrevo este texto) acabou a guerra, graças
Ao Todo Poderoso. Apesar de termos sido alvo dos inimigos com
mais de 4000 mísseis, atirados em direção ao centro das cidades
mais populosas do norte. Se não fosse Adonai O Varão de guerra
que peleja por Israel, teríamos hoje (Deus nos livre) milhares de
mortos. Todo o norte estaria como um cemitério, assim ameaça-
vam os nossos inimigos. Mas O Eterno pelejou por nos, enviando
Seus anjos para desviarem a direção dos mísseis, salvando Seu
povo e cumprindo Suas promessas.
319
Israel - Cumprindo Profecias

Em 18 e julho de 2014, na guerra contra os terroristas do


Hamas, o Jornal Wold News anuncia milagres em Israel; “O Deus
deles (de Israel) muda o curso dos nossos mísseis” diz um terro-
rista do Hamas.
Os livramentos continuam no dia a dia em Israel. No dia
27 de fevereiro de 2008, terroristas do Hamas jogaram um cassam
na fábrica Of Kor que caiu no refeitório, onde poucos minutos
depois estariam 200 pessoas, mas naquele instante não havia ne-
nhuma pessoa.
No dia 12 de Maio de 2008, os mesmos terroristas lançaram
míssil contra nós, e um deles que era endereçado a um Shopping
Center em Ashkelon, onde havia muita gente, porém, o míssil
caiu fora do shopping num parque ao lado onde, no momento
não havia ninguém. Novamente mais um grande livramento de
Adonai, dos quais temos presenciado aqui todos os dias.
Essa foi a nota que escrevi aos nossos intercessores no dia
13 de junho de 2008: “Amados, O Eterno os ouve. Obrigada por
suas orações. Os anjos de Adonai desviam o roteiro dos mísseis”.
“Somos  mui gratos a Deus pela vida de vocês a quem Adonai
tem levantado para interceder por nos constantemente. Pois Dele
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Sarah Elzeny Zayit

dependemos cada segundo de nossas vidas”.


“Mais uma vez, no dia de ontem  (12.06.08) pudemos pre-
senciar, de maneira tão grande e extraordinária, o cumprimento
da Santa Palavra Do Eterno nosso Deus, que diz: “Porque aos Teus
anjos dará ordem a teu respeito para que te guarde”“. “mil cairão a
teu lado, mas tu não serás atingido”. “O Senhor é O Guarda Fiel de
Seu povo”  Aleluia!

Nota: Quando escrevi isto (2006 a 2008) Israel ainda não possuía o anti-
míssil “Cúpula de Ferro”

Como já mencionamos, Adonai enviou um exército de anjos


para mudar o curso de dezenas de mísseis que foram enviados
pelos terroristas do Hamas, rumo à cidade de Ashkelon onde
vivemos.  Sabemos que disso resultariam milhares de mortos.
Porém Adonai enviou Seus anjos não permitindo que uma só
pessoa fosse atingida pelos mísseis. ESSE É O NOSSO DEUS! O
GUARDA DE ISRAEL QUE NAO COCHILA E NEM DORME!
Sua Palavra é “fiel e verdadeira e a sombra Dele nos abrigamos”.
Em 2014, Benyamin Netanyahu primeiro Ministro em Is-
rael, se referindo a segurança de Israel postou: “Muito mais que
tecnologia avançada, nos temos DEUS!”
Meu coração se enche de gozo, por poder ver e comprovar
quão verdadeira é essa Palavra que O Eterno falou pelo profeta
Isaias (41:14): “Não temas, oh bichinho de Jacó, povozinho de Isra-
el; Eu te ajudo, diz Adonai, e O teu Redentor é O Santo de Israel”
“Não temas porque Sou contigo, não te assombres porque Eu Sou
teu Deus: Eu te esforço, te ajudo e te sustento com a destra da minha
Justiça” (41:10)
Adonai continua Se revelando como O que foi O que é, e
que sempre será O Guarda Fiel de Seu povo O que peleja por
Israel.

321
Israel - Cumprindo Profecias

ADONAI ROFEH (O Deus que sara). Adonai diz a Salo-


mão: “Sararei sua terra” (II Crônicas 7:14).
Na época do governo Turco Otomano (até 1917) a terra de
Israel estava devastada e cheia de praga, conforme a descrição de
Mark Twain. Adonai prometeu que sararia a terra e as eiras se
encheriam de trigo (Joel 2: 24-25) e que a terra daria frutos em
abundância para o Seu povo que retornaria (Ezequiel 36:8). Tudo
isso podemos comprovar hoje em Israel. Adonai sarou a Terra de
Israel, que hoje produz abundantemente.
Adonai Rofeh cura o espírito, a alma e o corpo e a terra.
Ele dá saúde completa. A Bíblia está repleta de testemunhos de
cura que O Eterno realizou através de seus profetas e de Seu Filho.
Ainda hoje Ele é O Adonai Rofeh!
Certo dia eu tinha um convite para ministrar sobre cura fí-
sica, em uma de nossas comunidades no Brasil. Eu estava muito
preocupada com muitas coisas que tinha pra resolver naquele dia.
Em meio ao transito apertado do meio dia, Adonai falou comigo.
E Ele disse: “Pare! Eu quero falar contigo!” Eu disse: “Tu és meu
Senhor, e eu tenho que parar”. Então parei, e quase não podia
enxergar por causa das lágrimas. Ele me falou claramente: “Eu
quero curar a alma de meu povo”. Imediatamente Ele mudou o
tema da ministração, e naquela noite falei sobre a cura da alma.
Quando comecei a falar sobre a cura da alma, todos ficaram
um tanto surpresos, porque estavam interessados em cura física.
Mas havia naquela congregação muitos doentes da alma. Muitos
com magoas e profundas cicatrizes no coração. Coisas mal resol-
vidas e falta de perdão. Havia coisas guardadas no consciente e no
subconsciente, desde o tempo da infância e adolescência. A alma
ferida impede de Adonai agir, e acarreta muitas enfermidades no
corpo. Por isso falei sobre cura da alma e sobre a necessidade de
liberar perdão.
Aconteceu algo maravilhoso e extraordinário naquela noite.
As pessoas começaram, em lágrimas, a confessar seus pecados,
suas magoas, pedir e liberar perdão. Começaram a sentir também
322
Sarah Elzeny Zayit

o perdão de Adonai, e então podiam sentir outra vez a alegria


da salvação e um imenso gozo espiritual tomou conta do povo;
E como nosso Deus não faz coisas pela metade, milagres come-
çaram acontecer. Muitos foram curados milagrosamente e opri-
midos foram libertos e salvos. Aleluia! Adonai curou a ferida da
alma; curou o espírito, liberando perdão e também curou o cor-
po! Esse é O Adonai Rofeh! O Deus que sara!
Em Israel O Eterno já sarou a terra, está sarando a alma
de Seu povo, muitos têm se voltado a Ele. Tem sarado também o
corpo de tantos que chegaram doentes a Israel. Esperamos ansio-
samente o completar de Sua obra quando o espírito de Seu povo
for curado na revelação de Seu Filho O Mashiach de Israel.

DEUS DE ABRAÃO DE ISAQUE E DE JACÓ.


Quando Adonai se denomina “Deus de Abraão”, Ele está di-
zendo “EU Sou amigo de Abraão”, esse é O Meu Nome. Abraão se
tornou amigo de Adonai porque creu no impossível, e Adonai lhe
imputou a fé como justiça, conforme comenta o escritor do livro
aos Hebreus.
Deus chamou a Abraão e ele obedecendo, tomou sua esposa
Sarah e seu sobrinho Ló e saiu deixando tudo para trás. Sem saber
qual seria seu destino, foi peregrino em terras estranhas. Sabia
apenas que estava obedecendo a seu Deus.
Abraão deixou o racional o óbvio, para buscar o irracional, o
incerto, cometendo uma verdadeira loucura aos olhos humanos;
mas pela fé, continuou obedecendo ao Eterno. Imagino que seus
parentes o questionavam: “Estás louco Abraão? Construístes tudo
para agora abandonar, apenas por uma palavra do teu Deus?”. O
Apóstolo Paulo fala que a loucura de Deus é mais sábia que os ho-
mens. Adonai conhecia o coração de Abraão e o seu desejo de ter
um filho. Ele lhe prometeu o filho e cumpriu já na velhice já com
cem anos e abriu a madre de Sarah sua esposa aos noventa anos.
323
Israel - Cumprindo Profecias

Com isso ele provou a fé e fidelidade de Abraão, bem como, Seu


poder de realizar o impossível e Sua fidelidade em cumprir o que
diz. Abraão creu no impossível e isso o tornou o pai da fé e amigo
de Deus, por isso Adonai o honrou a ponto de denominar-Se “O
Deus de Abraão”. “EU Sou O Deus de Abraão, de Isaque e de
Jacó!” Adonai Se identificou muitas vezes dessa maneira (Êxodo
3.15,16; 1 Crônicas 29.18; Mateus 22.32; Atos 3.13), confirman-
do Sua fidelidade as posteriores gerações de Seu amigo Abraão,
como “Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”

ADONAI REVELADOR.
Ele revela Seus segredos a Seus amigos.

Carvalho de quatro mil anos no local onde O Eterno falou com Abraão próximo a
Beer Sheva (Berseba) Essa árvore pode ter sido testemunha desse encontro de
Abraão com O Eterno.

Sendo Abraão amigo de Deus, Ele passou a revelar-lhe


seus segredos. Disse Deus: “Ocultarei Eu de Abraão o que
faço... Eu o tenho conhecido...” (Gênesis 18 a 19). Poderíamos
interpretar esse texto dizendo: “Por acaso, Eu O Senhor que
conheço profundamente o meu amigo Abraão, poderia escon-
324
Sarah Elzeny Zayit

der dele os meus segredos?”. Os amigos se conhecem. Tanto


Adonai conhecia profundamente Abraão, como Abraão co-
nhecia Adonai como Único Deus Verdadeiro, Justo, Santo,
Todo Poderoso.
O profeta Daniel (2:28 e 30) disse: “Há um Deus nos céus,
o qual revela os seus segredos... e a mim me foi revelado este
segredo”. Daniel, homem justo, temente a Deus, assentou em
seu coração não se contaminar com os manjares do rei, nem
com seu vinho e não se prostrar diante de seus deuses. Mesmo
estando cativo não deixou de acreditar nas promessas de seu
Deus, provando ser Seu amigo, e Deus o libertou dos leões,
libertou do cativeiro. Revelando a ele Seu segredo, Deus o pôs
em honra.
Os súditos do rei da Síria disseram: “O Deus de Israel revela
a Seu profeta e faz saber a Israel, as palavras que tu falas escondido
em tua câmara de dormir”. Ainda hoje, em Israel, Deus tem des-
baratado o inimigo.
Jó disse: “O segredo de Deus estava sobre a minha tenda”.
(Jô 29:4). Davi disse: “O segredo do Senhor é para os que O te-
mem; Ele lhes fará saber o Seu Concerto”. (Salmo 25:14). Salo-
mão disse: “Com os sinceros está os segredos de Deus” (Provér-
bios 3: 32).
Se crermos e estivermos dispostos a obedecer a Deus sob
qualquer circunstância, então seremos, também, Seus amigos e
poderemos desfrutar de Sua intimidade e conhecer os seus segre-
dos. Que Deus nos ajude a sermos verdadeiramente seus amigos,
crendo e obedecendo; predicados estes, que nos introduzirá a sala
do trono, e nos fará Seus confidentes e Ele nos desvendará os Seus
mistérios.

325
Israel - Cumprindo Profecias

EMANUEL - Deus conosco. Ele tabernaculou com os


homens!
Percebemos o quanto Adonai, deseja estar na companhia dos
homens, quando orde-
nou a Moises que cons-
truísse o tabernáculo.
Porque Ele queria morar
entre eles. Deus quer in-
timidade com Seu povo.
Adonai disse a Moises:
“Fala aos filhos de Israel
que me tragam oferta alçada, todo homem cujo coração se mover
(Deus só aceita oferta feita de coração e não por obrigação), dele to-
mareis a minha oferta alçada: ouro e prata e cobre e linho fino e pelos
de cabras... e azeite... incenso... pedras... E me farão ao um santuário,
e Eu habitarei no meio deles”. (Êxodo 25:1 a 8). “Eu os tirei do Egito
para morar entre eles. Eu O Eterno seu Deus!”. (Êxodo 29:45-46)

DEUS ESTEVE COM SEU POVO NA NUVEM E NO


FOGO. COM A “SHECHINAH”, A GLÓRIA DA SUA
PRESENÇA!
Adonai sempre
esteve com Seu povo
caminhando pelo de-
serto, durante 40 anos,
Ele fazia notória Sua
presença a Seu povo,
à noite com uma cha-
ma de fogo e de dia
com uma nuvem. E no
Santo dos santos falava
com eles.
326
Sarah Elzeny Zayit

Há alguns anos atrás, eu e meu esposo estávamos no Deserto


do Sinai. Subimos o Monte Sinai à noite para uma vigília de ora-
ção (lá só se pode subir a noite por que de dia o calor é intenso e
a luz do sol forte ofusca a visão). Enquanto subíamos, eu pensava
em quão glorioso tinha sido o encontro de Adonai com Seu povo
naquele lugar. Sua voz era audível. (Êxodo 19: 9 19) Quando Ele
falava o Monte fumegava e tremia por causa de Sua presença ali.
(Êxodo 19:18). E todo o povo viu os trovões e relâmpagos, e o
sonido do shofar.
Nós subimos o Monte Sinai a 1:30 hs da manhã. Foram três
horas e meia subindo e o frio era intenso, cerca de sete graus ne-
gativos. Havia neve. Fomos informados, pelo guia local, de que
durante o dia o forte calor poderia chegar (em algumas épocas
do ano) até 50 graus positivos e a noite de 5 a 15 graus negativos.
Então pensei: Como pode o povo de Deus ter sobrevivido num
deserto como esse? Então O Espírito Santo falou ao meu coração:
“a coluna de fogo e a nuvem não eram somente para guiá-los, mas
à noite o fogo de Adonai os aquecia e de dia a nuvem de Adonai
os cobria e os protegia do sol causticante”. Eu Disse: Senhor! Isso
é maravilhoso! Como O Senhor cuidou de Seu povo em cada de-
talhe! E supriu cada necessidade! Aleluia! Meu coração se encheu
de louvor Ao Deus Emanuel (Deus conosco); Deus que habita no
meio dos homens!
O Deus que tabernaculou com Seu povo disse a Israel “Esta-
rei contigo por onde quer que fores” (Genesis 28:15).:
“Meu servo não temas porque Eu estou contigo” (Isaias 43:5)”.
Adonai afirma e enfatiza isso por muitas vezes.
“Emanuel” Apraz-lhe habitar com os homens. O Taberná-
culo era figura do que viria. “O Verbo se fez carne e tabernacu-
lou entre os homens”. (João 1:14)

327
Israel - Cumprindo Profecias

O DEUS QUE TABERNACULOU COM SEU POVO NOS


CONVIDA A TABERNACULAR COM ELE. Intíma-nos a unir-
mo-nos a Ele, em completa rendição.
A condição “Sine qua non” é
a santificação. O profeta Isaias viu
a glória de Adonai no templo, e os
querubins dizendo: Santo, Santo,
Santo “Kadosh, Kadosh, Kadosh”
é O Senhor dos Exércitos! E sentiu
que ia morrer, porque estava impu-
ro. É impossível entrar na presença
de Adonai sem sermos perdoados,
lavados e santificados por Ele. Toda
reverência é pouco diante Daquele a
Quem todas as milícias celestiais se
curvam. Ao Eterno, Bendito e San-
to “HaKadosh Baruch Hu”, seja dada
toda a honra!
Quando entramos diante Do Eterno no Seu Tabernáculo
e O exaltamos pelo Seu poder, O louvamos pela Sua grandeza,
O adoramos pela Sua santidade; no lugar santíssimo, diante do
trono do Eterno O experimentamos em uma explosão de amor
quando a glória de Sua Majestade inunda-nos, de tal forma que
já não existe separação entre espírito alma e corpo, mas tudo é
unificado tornando-nos um diante Dele e com Ele. Nosso dese-
jo é anulado e prevalece o desejo de Adonai. Toda a fragilidade
de nossa carne é vencida e nosso espírito se unifica ao Espírito
de Deus, para plena adoração Ao Todo Poderoso. Prostramo-nos
totalmente embebidos pelo resplendor de Sua glória, diante da
única verdadeira Majestade e Poder. Sentimo-nos completamente
embriagados de Sua presença, Sua realeza e Sua magnificência;
envolvidos de Sua santidade e plenos do Seu amor.
É impossível dizer, pensar ou querer qualquer outra coisa!
328
Sarah Elzeny Zayit

Todo nosso ser é completamente dominado e repleto unicamente


pelo Espírito de Deus, pela Sua “Shechinah” que a tudo sobrepu-
ja!. Emergidos na verdadeira adoração, tabernaculamos com O
Deus de Israel!

329
Epílogo

É inegável que é chegado o momento de Adonai para a re-


denção da nação de Israel. As dezenas de profecias se cumprin-
do e as ações miraculosas e sobrenaturais do Eterno em Israel,
hoje como nos tempos bíblicos, confirmam isso. Notemos os fa-
tos Bíblicos! Vejamos os sinais proféticos que anunciam o tempo
do fim e a realização do plano de Deus para Israel, Seu povo es-
colhido. Adonai tem trazido Seu amado povo à Terra Prometida;
terra de seus ancestrais. Milhares de judeus têm vindo do mundo
inteiro, para o lugar que Deus prometeu a Abraão, a Isaque, e Jacó
a quem chamou de Israel, e à sua descendência, cumprindo assim
dezenas de profecias Bíblicas.
Porque o povo judeu, a Terra de Israel e Jerusalém? “Israel
a quem elegi... a ti te escolhi e nunca te rejeitei” (Isaias 41:8-9).
“Jerusalém, cidade que escolhi para por ali O Meu Santo Nome”
(I Reis 11:36).
Aquele que criou todas as coisas, em sua Soberana vontade,
escolheu um povo: “Judeu” e uma terra: “Israel” e traçou um pla-
no para eles, plano esse que nos revelou pelos seus profetas, para
que depois de milhares de anos pudéssemos comprovar a veraci-
dade da Sua Palavra. Porque tudo o que O Eterno disse sobre esse
povo judeu e sobre a terra de Israel está se cumprindo, dia a dia,

331
Israel - Cumprindo Profecias

diante de nossos olhos!


O Próprio Deus se nomeou: “Eu, O Deus de Israel”.(Isaias
41:17), porque escolheu esse povo para amá-lo e para fazer atra-
vés dele, O Seu Grande Nome conhecido em toda a terra e para
cumprir Seu propósito de enviar, através dele, O Messias. E esco-
lheu esse lugar: a Terra de Israel para Se manifestar ao homem;
falar pelos Seus profetas e cumprir as profecias, revelando-Se ao
mundo, como Único Deus!
Hoje Israel e a Cidade Santa se preparam como um palco,
para “O grande e glorioso dia”, o qual ansiosamente esperamos,
em que Adonai estabelecerá o Seu reino de paz, definitivo na
terra; e de Jerusalém, O Mashiach (Messias) reinará. E O Eterno
será Rei sobre toda a Terra! Ele disse: “Retornarei a Tsion e habi-
tarei no meio de Jerusalém e Jerusalém será chamada: “Cidade da
Verdade” e a Montanha Do Eterno dos exércitos” (Zacarias 8:2 a 7)
“O Eterno será como uma muralha de fogo ao redor de Jerusalém e
Sua glória resplandecerá no meio dela” (Zacarias 2:4- 6).
Atuação da igreja. Por quase 17 séculos, grande parte da
igreja cristã vem agindo com respeito ao povo judeu, como o le-
vita e o sacerdote da parábola do bom samaritano e tem ignorado
a Israel; o tem abandonado à beira do caminho, sofrendo a humi-
lhação, e outras vezes tem se comportado como o próprio mal-
feitor levando-o a dor, e a morte em massa (como nos progons,
“santa inquisição” e no horrível holocausto onde morreram seis
milhões de judeus). Israel tem estado á mercê dos “salteadores”
inimigos que querem destruí-lo e a maioria deles, inclusive, usan-
do o nome de Jesus (Yeshuah), para esses horrendos genocídios.
Entendamos que as Escrituras Sagradas mostram que judeus
devem continuar sendo Judeus completos, crendo No Mashiach
(Messias), e gentios como gentios; porém, ambos devem ser um
só povo no Mashiach (Messias), sendo a família de Adonai segun-
do o que Paulo diz a Igreja gentílica :
“Portanto, lembrai-vos que outrora vós, gentios na carne,
332
Sarah Elzeny Zayit

estáveis naquele tempo sem Cristo, separados da comunidade de


Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança,
e sem Deus no mundo. Mas, agora no Mashiach Yeshuah (Jesus
O Messias), vós que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo
chegastes perto. Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos
(judeus e gentios) fez um, derrubando a parede de separação que
estava no meio”. (Efésios 2:11 a 19).
De ambos os povos fez um povo judeu; sim porque Yeshuah
é judeu e nos adotou como filhos; logo, com Ele fazemos parte do
Seu povo judeu. Somos Um com eles. As dores de Israel são as
nossas dores; as vitórias de Israel são as nossas vitórias; O Deus
de Israel é Nosso Deus!
Agora juntos judeus e gentios “enxertados na mesma Oli-
veira”, como um só povo, aguardamos ansiosamente o dia em que
essa oração há de se cumprir:
“Nossos olhos verão, nossos corações alegrar-se-ão e nossos es-
píritos regozijar-se-ão com a Tua verdadeira salvação, quando dis-
seres a Tsion (Sião) que O seu Deus reina. O Eterno reina; O Eterno
reinou; O Eterno reinará para todo o sempre”. “Adonai Melech,
Adonai yimloch leolam vaed” Haleluia!
É hora de inverter o quadro, nesse momento quando sata-
nás, que é inimigo de Deus e do Seu povo, está levantando uma
onda de antissemitismo em todo o mundo, usando a mídia en-
ganosa, tendenciosa e destruidora. Sejamos nós embaixadores
de Israel no mundo e no reino Do Deus de Israel. Se realmente
cremos na veracidade da Bíblia Sagrada e nas promessas proféti-
cas nela contida, façamos algo pelo povo judeu: incentivemos e
apoiemos o regresso do povo à terra que Adonai lhes deu, cum-
prindo essa profecia: “E Trarão a todos dentre as nações, como
presente Ao Eterno”. (Isaias 66:20). Amemos a terra e o povo de
Israel; pois fazendo assim, estaremos obedecendo e honrando Ao
Deus de Israel!

333
Israel - Cumprindo Profecias

Há promessas para os que amam a Israel. “Benditos os que


o abençoarem e maldito os que o amaldiçoarem” (Números 24:5 e
8). Oremos pela paz em Israel e por Jerusalém; abençoemos Isra-
el! Oremos pela nação de Israel; intercedendo, clamando por eles,
porque O Eterno nos ouve, e retribui com bênçãos em nossa vida.
“Orai pela paz de Jerusalém” (Salmo 122:6). “Por amor a
Sião não me calarei e por amor a Jerusalém não descansarei, até
que brote sua justiça como um resplendor e sua salvação como uma
tocha acesa”. “Ó Jerusalém, sobre os teus muros pus guardas, que
todo o dia e toda à noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis
lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, Nem deis a Ele des-
canso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor
na terra”.(Isaías 62:1,6-7). “Abençoa Sião e edifica os muros de Je-
rusalém” (Salmo 51:18). A edificação da cidade será dedicada Ao
Senhor dos Exércitos (Jeremias 31:37). “E o nome da Cidade se
chamará: “Adonai Shamah”. “O Eterno está ali”. (Ezequiel 48:35).
Haleluia!

JUNTAMENTE COM TODOS OS JUDEUS DE TODO


O MUNDO, OREMOS:
“Exaltado e santificado seja O grande Nome de Adonai, No
mundo que Ele criou por Sua vontade. Ele quer estabelecer o Seu
reino e determinar o ressurgimento de Sua redenção e apressar o
advento De Seu Ungido”
“Seja Seu Grande Nome bendito eternamente e glorificado,
e exaltado, e engrandecido, e honrado, e elevado excelentemente,
adorado, bendito seja Ele, acima de tudo e de todos, em Seu mais
alto e sublime trono”.
“Que haja uma paz abundante emanada do céu, e vida boa
para nós e para todo o povo de Israel: e dizei AMEM”.
“Aquele que firma a paz nas alturas, com Sua misericórdia,
conceda a paz sobre nos e sobre todo povo de Israel e sobre toda a
334
terra; e dizei AMEM”
“OSSE SHALOM BIM’ROMAV, HU IAASSE SHALOM
ALENU VEAL COL YISRAEL, VEIMRU AMEN!”

“Há kol kavod le Elohin, Kadosh Baruch HaShemo le olam


vaed!”

“Toda a glória Ao Eterno, Santo e Bendito é O Seu Nome


para sempre! amém!

335
Glossário

Aliyah – subida – retorno a Israel


Amidah – grande oração
Aron- arca sagrada
Ashkenasi – judeu nascido no norte da Europa
Báal teshuvá (devolvido a Deus para vida religiosa)
Baruch - Bendito
Beit HaMikdash- Templo Santo
Beit Midrash- Casa de Estudos
Brit Chadashah – Novo Testamento
Casher – apto para consumo, segundo as prescrições bíblicas.
Cohanim – descendentes de Cohen (Arão) família sacerdotal
Cohen Gadol- Sumo Sacerdote
Elohim – Deus
Hagadah- programa da Páscoa
Kadish (“sagrado”) orações cotidianas de glorificação e santifica-
ção do Nome Do Eterno, pela memória dos entes falecidos.
Kadosh - Santo
Kidush – santificação (oração usando pão e vinho na consagração
do Shabat)
Kotel- Muro das lamentações
Menorah- candelabro

337
Israel - Cumprindo Profecias

Minchá – oferta, Oração da Tarde.


Midrash – interpretação homilética, judaica das Escrituras Sagradas.
Minyan – mínimo de dez homens que se reúnem para orar
Mishcan HaMikdash Tabernáculo Santo
Mishnah- compilação da Lei Judaica
Mishnah- leis orais, compiladas por Rabi Judá Há-Nissi, base do
Talmude, tradição oral da Torah, (passado por Moshê a Arão que
passou aos sacerdotes, de pais para filhos).
Mussaf - oração conjunta
Mitzvot- obediência aos mandamentos bíblicos
Pessach- páscoa
Rosh Hashanah- Ano Novo judaico
Sefaradi – Judeu nascido na França, Espanha e Países de língua latina.
Shacharit- oração da manhã
Shabat- sábado
Shechinah- Glória da Presença de Adonai no meio de Seu povo.
Shivá ou Shiv’ah - período de sete dias de luto mantidos pela
morte de uma pessoa próxima.
Shofar- instrumento feito de chifre de carneiro, usado nos servi-
ços religiosos e festas.
Sucot- Festa das Cabanas, Tabernáculos.
Talit – xale de oração
Talmude Babilônico- Tradição oral das leis bíblicas compiladas
na Babilônia
Talmude de Jerusalém- Tradição oral das leis bíblicas copiladas
entre 200 a 375 d.C..
Tanach- (pronuncia-se Tanarr) Bíblia - Antigo Testamento
Torah- Pentateuco- Cinco livros de Moises (primeiros cinco li-
vros da Bíblia)
Tshuvah - resposta, reconciliação e retorno a Adonai.
Urim e Tumim- peça usada sobre o peito do Sumo Sacerdote para
consultas Divinas
yeshivá (escola judaica de estudo bíblico)
338
Sarah Elzeny Zayit

Yeshuah – Jesus no hebraico


Yom Kipur- Dia do Perdão.
Zohar - um tratado escrito pelo Rabino Shimon bar Yochai, du-
rante o tempo da perseguição romana ter-se-ia escondido em
uma caverna por 13 anos, estudando a Toráh.

339
Obras Consultadas

Abba Eban, A HISTORIA DO POVO DE ISRAEL - Rio de


Janeiro-1968.

Paul Johnson, HISTORIA DOS JUDEUS -Rio de Janeiro -1995.

Hans Borger, UMA HISTORIA DO POVO JUDEU - São Paulo -1999

Rabino Meir Matzliah - TORAH - A Lei de Moises - São Paulo-1962

Werner Keller, A BÍBLIA TINHA RAZÃO, Hamburgo – 1955.

Michael Drosinin, O CÓDIGO DA BÍBLIA - São Paulo - 1997.

Hebrew Bible Texto original

Rabino Machon Lubavitch, EMUNA UMADA Beit Chabad – Israel


5737 – Ed. Português do Beit Chabad. São Paulo 1990

Rabino David Samson, A TORÁ DE ERTZ ISRAEL - São Paulo - 1999.

Michael Asheri, O JUDAÍSMO VIVO - Rio de Janeiro – 1995.

341
Israel - Cumprindo Profecias

Sid Roth. ELES PENSARAM POR SI MESMOS –IFC Editora.


Vinhedo –SP 1996

Alfred J. Kolatch, O LIVRO JUDAICO DOS PORQUÊS – São


Paulo – 1996.

Irving M. Bunim, A ÉTICA DO SINAI – São Paulo – 1998.

Rifka Berezin, Dicionário de Hebraico – São Paulo – 1995.

João F. Almeida, BÍBLIA SAGRADA – São Paulo 1969.

Orlando Boyer, PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA – 1978.

Rabino Meir M. Melamed A LEI DE MOISES – TORAH – São


Paulo – 1962

Jairo Fridlin – SIDUR Completo - Sefer - São Paulo - 1997

THANACH texto Hebraico England -1943

Rabino Hayim Halevy Donin, O SER JUDEU – New York – 1972.

Maurice lamm, BEM VINDO AO JUDAÍSMO - São Paulo – 1999.

Flavio Josepho, HISTORIA DOS HEBREUS – 1990.

Morasha Revista. Edições: 49/51/ 57/73

Revista Noticias de Israel, setembro de 2004

A mitzva de morar em Eretz Israel” Compilação de importantes


obras rabínicas.
342
Álbum de Fotos
Sarah Elzeny Zayit

Jerusalém

Foto tirada pela NASA, que mostra


as letras hebraicas que formam o
NOME de ADONAI, ao qual conhe-
cemos como tetragrama, (nome dado
às quatro letras que formam o nome
Divino). Este é o Nome em hebraico:
“‫( ”הוהי‬Yod, Hei, Vav, Hei).

Tamareiras nas ruas das cida-


des. Seus galhos não suportam o
peso da imensidade de tâmaras,
também chamadas de “o mel da
terra”, porque são doces como
mel.

345
Tomates especiais produzidos
no Deserto do Negeve.
Exportado para vários países
da Europa

Flores no Deserto do Negeve.

Rio no deserto (Isaias 41:18) (foto de


um rio de inverno - deserto da Judéia)

346
“e fará o seu deserto como o Édem...” (Isaias 51:3)

347
O nome “Mar Vermelho” é por causa das sombras refletidas em suas águas, causa-
das pelas montanhas de calcário que mudam de cor conforme a claridade e o por do
sol, que se torna avermelhada ao entardecer, em uma determinada época.

Charco do Mar Morto. “Porém seu s charcos serao preservados” (Ezequiel 47:10).

348
Fonte de Gideão - Onde ele escolheu os 300 homen para lutar com os midianitas.
(Juizes 7).

Rio Jordão

349
Oasis no Deserto da Judéia

Mapa da Divisão bíblica das Tribos


de Israel. Essa era a divisão (nos
tempos bíblicos), da terra de Israel às
doze tribos dos filhos de Jacó (Yacov-
Israel), conforme Adonai ordenou a
Josué.

350
Esse pequeno ponto vermelho no mapa acima é Israel hoje, cercado de todos os
lados (exceto o mar) por extensos países muçulmanos.

(à direita moeda atual e a esquerda Moeda do tempo do 2º.Templo


encontrada em atuais escavações).
Há quase 4.000 anos, o “shekel” (traduzido em português como “siclo”) foi
a moeda usada por Abraão para comprar o Campo de Macpela.

351
Brasileiros vestidos com estandartes na Festa dos Tabernaculos em Jerusalém

Essa tinta azul celeste só era conseguida através de uns caracóis de nome “Teche-
let” encontrados no Mar Mediterrâneo. “Quando os filhos Israel olham para aquele
tzitzit azul celeste, lhes parece que a Shechináh (a gloria de Adonai) paira sobre
eles”.

352
...olhei pela janela e haviam nuvens sobre o mar e estas tinham formas que davam a
impressão de grandes tanques de guerra. Corri, peguei minha câmera fotográfica e
registrei o momento com essa foto que você pode conferir (não há montanhas atrás;
isso é só o Mar e nuvens!).

Barco de 2000 anos encontrado no Mar da Galiléia

353
Samaritanos orando no Deserto da Judéia

Árvore de acácia (madeira usada para confecção do


Tabernáculo e da Arca da Aliança)
354
Modelo do Cardo Romano em Jerusalém

Festa dos Tabernáculos em Beit Shean – Israel

355
Carvalho de 4000 anos, perto de Beer Sheva (Berseba), que pode ter presenciado o
encontro Do Eterno com Abraão

Corvo de Elias levando pão de nosso pic-nic

356
Primavera –flores em meio as pedras na Praia de Ashkelom - Israel

Parque de Sansão (onde ele derrubou as colunas do Templo de Dagon)

357
Topo do Monte Hermon

Local de Sodoma e Gomorra – hoje apenas montanhas de cloreto de sódio

358
poço de Abraão em Beer Sheva

Réplica do Tabernáculo Santo em Timna, lugar em que foi construído nos tempo
bíblicos

359
Esta obra foi composta em Garamond Premier Pro,
criada por Claude Garamond em 1530 impressa em
papel Pólen em janeiro de 2016.

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