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“ E, quanto ao vestido, por que andais solícitos?

Olhai para
os lírios do cam po, com o êles crescem : não trabalham nem fiam ; E
eu vos digo que nem mesm o Salomão, em tôda a sua glória, se vestiu
com o qualquer deles.”
M ateus 6:28-29

Olhai os lírios do cam po


De uma beleza sem par;
# São lindas flores, humildes,
Não sabem tecer nem fiar.

No entanto, nem Salomão


Com todo o seu explendor
Vestiu-se com tal apuro
Que os revestiu o Senhor.

Olhai os lírios do campo,


E não mais vos preocupeis
Por vosso vestir ou com er,
Pois tudo a tem po tereis.

Cuidai das vestes da alma


Buscando o reino do c é u . . .
Tenham elas a pureza
Que o Senhor aos lírios d e u . . .

Olhai os lírios do ca m p o. . .
Cuidai das cousas divinas,
E não vos deixeis inquietar
Pelas cousas pequen inas. ..

B e n e d it a P e d r e ir a C hagas

CAPA: “ Lírios” — uma fotografia de Georges Rado — SAO PAULO


A GAIVOTA
Trazendo Notícias do Eterno Evangelho
Órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias

Ano II ÍNDICE PARA OUTUBRO DE 1949 N.° 10

EDITORIAL . . ......................................................................................P re s id en te R u lon S. H ow ells 199

ARTIGOS ESPECIAIS:
Eu Era C a tó lic o ............................. .................................................................... • Jam es H u n ter B a iley 200
A História de Dois M e n in o s ................................................ P resid en te G e o r g e A lb e r t Smith 203
A Palavra de Sabedoria . . ............................................................................................................... ..... . . 204
Nicotina, o Grande Ameaçador da Saúde .. ...................................EIder R e x F. Faust 206
Fazendo o Melhor P o s s ív e l.................................. ............................................................................... .. 208
Por Que Somos Santos dos Últimos D i a s ? ..................................................................................... 210
A Mulher Que Quero Ser .. , . . . . . ............................ ........................................... B e tty D u k e 212

VÁRIOS:
A Igreja no M u n d o ................................................................................................................................. . . 198
O Rumo dos Ramos . . .. ..................................................................................................................... .... ■ 213
Novos Missionários na Missão B ra sile ira .................................................................................... ...... 216
Missionários Desobrigados da Missão Brasileira........................................ ............................................ 216
P o e s ia ............................................................................. ..... Irm ã B en ed icta P ed reira Chagas 2.* Capa
Mensagem aos Ouvintes dos Programas de Rádio .. .. E ld er H arry J. M a xw ell 3.* Capa
Por Que Guardar o Dia do S e n h o r ? ..................... ........................................... Daw na D aw 4.* Capa

Exemplar I n d i v id u a l........................ Cr$ 3,00 Redator: .................................................. João Serra


Assinatura Anual no Exterior . . Cr$ 40,00
Assinatura Anual no Brasil .. .. Cr$ 30,00 D iretor:................Cláudio M artins dos Santos

Se o assinante mudar de residência é favor notificar “ A Gaivota” seu novo ende-


rêço, mencionando também o enderêço antigo.
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a:

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ENDEREÇOS DOS RAMOS NO BRASIL DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS


SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

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O tempo está passando! Lembra-se de que a data final do primeiro Con­


curso Anual de Histórias e Poemas de Natal é o dia 8 de novembro de 1949. Não
demore! Mande a sua história ou poema à “ A Gaivota” agora.
A Igreja

no Mundo

Salt Lake City, E E . UU. — transponíveis, seis prédios foram


Elder Alfredo L. Vaz e sua espôsa, adquiridos e remodelados, e estão
foi o prim eiro casal brasileiro a agora em uso com o capelas; o nú­
percorrer o Templo de Salt Lake, mero de estudiosos que atende às
há pouco tempo. Tendo se casa­ reuniões da Igreja é tão grande
do em 24 de julho de 1948 em sua que o espaço disponível não é su­
cidade natal, Campinas, São Pau­ ficiente.
lo, Brasil, estiveram com seu fi- Enquanto que há 35 anos atrás,
lhinho Grant Nelson Vaz no Tem ­ homens de negócios atendiam às
plo, onde foram unidos por tôda reuniões da Igreja nesta missão
a eternidade. A cerimônia foi somente por curiosidade, muitos
oficiada pelo Elder Stephen L.
deles estão- agora entrando para
Richards, do Conselho dos Doze
a Igreja com suas famílias. Diz
Apóstolos. Doze antigos missio­
Eban R. T. Bloom quist: “ Os mais
nários no Brasil e suas famílias
assistiram à cerimônia. inteligentes e desejáveis cidadãos,
Elder Vaz, que é agora um estu­ inclusivé muitos engenheiros, pro­
dante graduado e instrutor espe­ fissionais e negociantes estão sen­
cial de Português na Universida­ do batizados.”
de de Brigham Young, conheceu Salt Lake City, EE. UU. — O
os missionários M órmons há nove Côro do Tabernáculo da Igreja
anos atrás, sendo nessa época ca­ de Jesus Cristo dos Santos dos
tólico. Um orador popular, Elder Últimos Dias celebrou recente­
Vaz fez 100 palestras durante seus mente o 20° aniversário de suas
oito meses de perm anência em transmissões do Quarteirão do
Utah. Tem também trabalhado Templo, nesta cidade. Tem a po­
nos escritórios da Igreja, em Salt sição invejável de ser o mais
Lake City, traduzindo para o por­ velho program a da “ Columbia
tuguês o livro “ Doutrinas e Con­ Broadcasting System ” . O D r.
vênios” . Frank Stanto, presidente da CBS,
Suécia — O desenvolvimento falou para um auditório dêste pro­
da Missão Sueca desde o fim da grama, calculado em 10 milhões
II Guerra Mundial tem sido pouco de ouvintes, em nom e da “ Colum ­
menos que fenomenal, segundo bia Broadcasting System ” , con-
relata Eban R. T. Bloomquist, gratulando-se com o Côro pelo
Presidente da Missão. seu trabalho e seu alto e excelen­
Apesar de obstáculos quasi in­ te standard musical e espiritual.
EDITORIAL
T > ECENTEMENTE alguém, depois que lhe expliquei a Res-
tauração do Evangelho, disse-m e: “ Se a sua religião tem
tôdas as verdades que o senhor afirma, porque, relativamente,
tão poucos aceitam -na?”
A questão é interessante, e já diversas vezes foi pergunta­
do por observadores, quando ouviam missionários ou membros
da Igreja explicar os belíssimos princípios de esperança e pro­
gresso que vêm com o reconhecim ento da correta compreensão
do plano da vida do Senhor.
Se nos detivermos para pensar nos requisitos que o Se­
nhor nos tem dado para que possamos entrar em seu reino,
aqui na terra, haverá bem poucos desejosos de “ pagar o preço” .
Antes de tudo, o que agrada o Senhor é uma alma pura
num corpo são. Um código de regras de saúde foi-nos dado
para ajudar aqueles que entrarem em Seu reino terrestre, para
gozarem m elhor saúde e estarem aptos a receber o Espírito
Santo, afim de aperfeiçoarem suas almas. Mas, m uitas pessoas
têm suas vidas formadas com maus hábitos. Elas “ pecaram ”
contra seus próprios corpos em muitas maneiras e falta-lhes
coragem para se reabilitarem. Com um grande número de
pessoas acontece que o espírito é forte mas a carne é fraca.
Velhas tradições proibem-nas de aceitar qualquer no­
vidade. Há também o: “ o que pensarão meus am igos” , que
exerce poderosa influência sôbre as suas ações.
Quando aprendem a lei do Senhor a respeito do dízimo,
outro obstáculo aparece no cam inho: — “ Quer dizer que o
Senhor exige 10% de tudo que ganho para que se desenvolva
a Igreja do Seu Reinado aqui na terra?” E ao receberem res­
posta afirm ativa dizem: — “ Podemos ver que os ricos estão
muito interessados em sua igreja.” Talvez fôsse isso que o Se­
nhor tinha em mente quando disse: — “ É mais fácil passar
um cam elo pelo fundo duma agulha do que entrar um rico no
reino de Deus.”
E ainda, todos os requisitos que o Senhor nos tem dado
são feitos: “ mesmo para os mais fracos de seus filhos” , se êles
quizerem seguí-los. Algumas pessoas exatamente não estão
querendo “ pagar o preço” para se tornarem súditos do reino
terrestre do Senhor. Sim, o cam inho é realmente estreito para
os poucos que desejam candidatar-se ao Reino do Senhor por
intermédio do batismo. A sua e a minha responsabilidade é
procurá-los.
Sinceramente,

Presidente da Missão
Eu Era
Do “ Church News” de 15/8/1948.

jV O ÚLTIMO DEZEMBRO tive verdades proclamadas por àquela


o privilégio de escrever um igreja? Posso afirmar sem receio
artigo explicando algumas das de equívoco que acreditava firme­
circunstâncias pelas quais fui le­ mente; sentia-me em completa
vado de minha posição de católi­ harmonia com ela.
co praticante, à outra onde me Durantfe o tempo do meu ser­
senti compelido a repudiar aquela viço no exército, recebi muito
Igreja, que, reinvidica para si só conforto da igreja, por ter-me
o nome de Igreja de Cristo e, con­ achegado intimamente aos seus
sequentemente, ligar-me à Igreja princípios. Logo no começo da
de Jesus Cristo dos Santos dos guerra, decidi que, se me fôsse
últimos Dias. dado ver o fim do conflito, entra­
Minha fé no catolicismo não ria para uma irmandade católica
havia sofrido abalo até o momen­ e assim me dedicaria ao serviço
to em que, na França, no último de Deus. Todos os meus ensi­
verão, aconteceu-me encontrar os namentos e planos eram enca­
Elders. Foi então que comecei, minhados em direção daquele
em resultado do meu raciocínio objetivo.
e estudo cheio de orações, a vis­
lumbrar a verdade: verdade essa P^URANTE a guerra tornei-me
que não pode ser tomada levia­ devoto da ordem de São Be­
namente. nedito na Abadia Beneditina dos
“ Domintin” em Jerusalém. Na­
Gostaria de passar em revista quela ocasião, último ano de meu
neste artigo, a minha posição noviciado na ordem dominicana,
como membro da Igreja de Jesus quando já pensava recolher-me
Cristo dos Santos dos Últimos dali há dois meses à sua casa de
Dias, recordando os seis meses já estudos, encontrei os missioná­
passados e, ao mesmo tempo, per­ rios. Infere-se daí que não foi
guntar a mim mesmo se, hones­ pela apatia ou desconfiança da
tamente, fiz bem em desligar-me doutrina católica que abandonei
da grande e poderosa organização aquela igreja para ligar-me a
que é a Igreja Católica Apostólica esta; foi por outras razões que
Romana, para entrar numa me­ tentarei analisar.
nor e, num conceito geral, mais
fraca. Penso poder dizer, recordando
os meses que me separam dos
Assim, revendo minha posição, acontecimentos ora em discussão,
a primeira pergunta que me que, o que primeiro atraiu-me aos
ocorre concerne com a firmeza de missionários e seus ensinamentos
minha fé na Igreja Católica, foram o senso comum de seus
quando me encontrei pela primei­ argumentos, sua lógica e sua sin­
ra vez com os missionários, San­ ceridade. Devo mencionar tam­
tos dos Últimos Dias. bém que me pareceu notar algo do
Acreditava sinceramente nas Espírito de Deus agindo naqueles
200 A GA IV O TA Outubro de 1949
Católico
•------------------------ ______ Por James Hunter Bailey,
ex -M ajo r do Exército Inglês

jovens enquanto pregavam ao observados em grande número de


povo francês. católicos com o tam bém protes­
Pedi a um daqueles missioná­ tantes. Sempre desejei reconhe­
rios que me dissesse qual a razão cer a existência da verdade de
do seu afastamento do lar e dos uma ou outra form a nas Igrejas
seus entes queridos — o que de­ Protestantes, mas não desejo que
veras me surpreendia — para infiram daí que estava pronto
uma parte tão remota da Europa. para me converter aos ensina­
Respondeu-me êle fazendo-me bre­ mentos de qualquer seita religio­
ve esboço das atividades dos mis­ sa, meramente porque descobri
sionários de sua igreja e do que um a fagulha ou mesmo uma boa
era ensinado pelos mesmos. porção de verdade em sua dou­
Aquela primeira conversação trina.
foi o primeiro passo para a minha IV A história de José Smith per­
desistência do catolicism o e con­ cebi, que mesmo com a
seqüente entrada para a Igreja de pouca idade de 14 anos seu de­
Jesus Cristo dos Santos dos ú lti­ senvolvimento espiritual era tal,
mos Dias. Naquele tempo, natu­ que não podia aceitar cegamente
ralmente, não pensava que aquela a religião a qual pertenciam seus
palestra iria influir em mim, ao pais e, portanto, deveria seguir a
ponto de, eventualmente, tornar- vontade de Deus nesse particular.
me um Santo dos Últimos Dias. Orou ao Senhor, pedindo-Lhe que
Depois de satisfazer aos Elders guiasse seus passos. Acredito na
no tocante a minha boa fé, foi-me verdade de sua asserção quando
diz que orou de acôrdo com a
entregue um pequeno livro no
exortação do Apóstolo Tiago que
qual se relata a história de José
escreveu: “ Se algum de vós tem
Smith, e da entrega que lhe fize­
falta de sabedoria, peça-a a Deus,
ram os anjos das placas de ouro,
contada pelo profeta em suas que a todos dá liberalm ente, e o
não lança em rosto, e ser-lhe-á
próprias palavras.
d a d a .” A afirm ação relativa às
Não era de se esperar que eu revelações que José Smith procla­
acreditas.se em uma história tão m ara ter recebido, não a aceitei
extraordinária com o parecia ser, sem restrições naquela ocasião.
mas, mesmo assim, não tive a ne­
A Igreja Católica pronunciou-se
cessária coragem de atirar o livro
enfàticam ente sôbre o assunto de
ao lado com o costumava fazer no
revelações e agora ensina que
decurso da m inha vida no cato­
nenhum a revelação foi recebida
licismo, ao receber folhetos sôbre
na terra desde a morte do último
o protestantismo, pois não os
apóstolo. É dever dessa igreja
achava dignos da minha atenção.
preservar as verdades confiadas a
DURANTE TÔDA A MINHA ela até agora, e nenhum a outra
VIDA tenho tentado livrar-me de pode ser acrescentada. Esta dou­
muitos preconceitos por mim trina im plica em que os céus estão
Outubro de 1949 A GAIVOTA 201
fechados e que Deus escondeu sua consubstanciados nas escrituras,
face dos homens. enquanto m uitos dos meus pró­
Olhada objetivam ente, e s t a prios argum entos eram pobres e
doutrina é tão difícil de ser acei­ inconvincentes.
ta, realmente tão difícil, que de Estudando, descobri que a Igre­
certo tempo para cá pergunto a ja Católica tem errado grande­
mim mesmo, em que autoridade mente, particularm ente em seus
a Igreja Católica se baseia para primeiros dias. Tão grande tem
m anter esta atitude em face do sido a perversão dos ensinamentos
que ensina a Bíblia, dizendo que do Senhor por esta igreja, a qual
Deus era o mesmo ontem, hoje e põe à frente a mais forte reinvi-
para sempre, e que n ’Êle não há dicação da divina sanção, que
variação e nem sombra de m u­ Deus, em Sua sabedoria, retirou
dança. suas bênçãos dela.
Noite após noite, enquanto esti­
Q
UANDO êste fato se me tor­
ve na França, conversei com os nou evidente, apesar dos
Elders. Às vezes ouvia-os cèpti- esforços feitos para me convencer
cam ente, outras vezes acreditava do contrário, fiquei bastante ch o­
na história da restauração da cado. Achei que a m inha posi­
Igreja e nos maravilhosos acon­ ção com o membro da Igreja Ca­
tecim entos que acom panharam a tólica era muito infeliz. Mas, em
sua fundação. resultado das minhas investiga­
Como católico, dizia a mim ções, a luz do Catolicismo que ha­
mesmo que não deveria acreditar via em mim, m orreu. Contudo
naquelas histórias e que devia não fiquei na escuridão espiritual,
evitar a tentação de ouví-las, e pois tornei-me desejoso de estu­
contudo, não conseguia desistir de dar mais e mais o estupendo e
m inha natural inclinação de exer­ feliz relato do renascim ento do
citar meu livre arbítrio discutin­ Cristianismo no continente am e­
do em boa fé com aqueles em que ricano.
eu via com binadas as qualidades Lí e fiquei escravizado pela
que muito m e interessavam. história das visitas dos celestais
Afirm o ter esperado nas primei­ seres a José Smith. Procurei a
ras palestras mantidas com os opinião de alguns padres católi­
Elders, refutar os ensinamentos cos, (pois naquele tempo havia
de sua igreja, provando-lhes a su­ retornado para m inha casa na
perioridade do catolicism o sôbre In gla terra), e discuti com êles
tôdas as outras religiões. Im agi­ m inha perda de fé no catolicismo
nei-me capaz de provar-lhes que e meu crescente interêsse no m or-
a Igreja Católica era a verdadei­ m onism o. Porém, do ponto de
ra Igreja de Cristo e, por conse­ vista dos Católicos não beneficia­
qüência, tôdas as outras Igrejas, va. Mas eu havia apanhado de
sejam elas a dos Mórmons, Ba­ soslaio tôda a grandeza do Evan­
tistas ou outras quaisquer, não gelho e não mais consegui fechar
tinham o direito do reconheci­ os meus olhos. (No próxim o nú­
m ento divin o. Eu argumentei mero sairá a ségunda e últim a
pèssimamente, e senti em mim parte dêste artigo).
mesmo que muitos dos pontos
apresentados pelos Elders foram Trad. por José Franco Bueno

Ser hoje melhor que ontem ; am anhã, melhor que h oje; eis o grande
objetivo da vida. Constâncio Vigil
202 A GAIVOTA Outubro de 1949
A HISTORIA
DE DOIS
MENINOS
pelo Presidente G eorge Albert Smith

t f Á alguns anos, fui ao Hospi-


tal “ C ounty” em Salt Lake
City com a intenção de abençoar
os doentes. Deitado num leito
estava um m enino de nove anos,
um hospitalizado da enfermaria
geral, de quem eu já ouvira falar. ensinado a orar; portanto, quan­
Estava m agrinho, e tinha pneu­ do êle foi para o hospital, seu úni­
monia, entre outras doenças. co desejo era pedir que o Senhor
Disse-lhe: — Lawrence, sente- o ajudasse.
se muito doente? Os médicos decidiram fazer
Êle me respondeu: — Sim. uma junta m édica. Quando o
— Tem sofrido m uita dôr? menino foi levado à sala de ope­
— Dôr terrível — replicou o ração, olhava aos lados para as
pequeno.
enfermeiras e médicos que se con ­
Perguntei-lhe — Tem pedido sultavam sôbre o seu caso. Sa­
ao Senhor para tirar-lhe a dôr? bendo que seu estado era grave,
O pequeno rapaz olhando para êle disse a um dêles, quando esta-
cima com espanto disse — Não vam preparando para dar-lhe a
sei orar.
anestesia: — Doutor, antes de
Êle nunca aprendera a orar. eu ser operado queria pedir-lhe
Nunca aprendera que há uma para orar por mim.
autoridade m aior que a do ho­ O médico, embaraçado, descul-
m em . Expliquei-lhe que podia pou-se, dizendo: — Não posso!
pedir ao Senhor para abençoá-lo.
O menino perguntou a outro
Depois disso, pedimos ao Senhor
médico e obteve a mesma res­
que o abençoasse. posta.
Perguntei a m im m esm o: —
Finalmente, algo de notável su­
Quantos lares há, onde marido e
cedeu; êste pequeno rapaz disse:
mulher, pai e mãe, entendem o
— Se os senhores não podem
Evangelho? Quantos filhos cres­
orar por mim, façam o favor de
cem nesses lares sem saber orar?
esperar enquanto oro por mim
Poucos dias depois, ouvi falar mesmo.
de outro m enino de nove anos, um
órfão aue fôra levado ràpidamen- ^ IRÁRAM-LHE o lenço e êle
te ao hospital em estado grave e, ajoelhando-se na mesa de
após ter sido examinado, necessi­ operação, curvou a cabeça e disse:
tava de urgente operação. Êle — Pai Celestial, sou um menino
morava com amigos que lhe ha­ órfão. Estou terrivelmente doen­
viam dado um lar. Seu pai e sua te; peço-Te curar-me. Abençoa
mãe (quando vivos) tinham lhe (Conclui na pág. 211)

Outubro de 1949 A GAIVOTA 203


e r m i n a d a há pouco tempo
T a tradução de inglês para o
português do livro “ Doutrinas e * -pw |
Convênios” , o qual contém reve- \ y-J c* I o
lações de Deus ao profeta José - L * - A d J _d V _L d
Smith, acham os de grande im por­
tância para todos, a revelação na TT n i ~ i/r í
secção 89 daquele livro. Uma R e v e a ção M o derna pai
Talvez seja interessante notar
com o foi dada esta revelação a
José Sm ith: Devia nos causar espécie se fôssemos à igreja ou culto
do sacerdócio e encontrássemos o salão cheio de fum aça de cigarros.
A princípio, as pessoas que se uniram à Igreja não sabiam que o
tabaco não era para o uso do homem. Algumas já o usavam há lon­
go tempo. A influência de tudo issò ofendia a natureza sensível do
Profeta. Preocupava-o muito e, com o costum ava fazer, levou a ques­
tão ante o Senhor em oração. Resultou daí a “ Palavra de Sabedo­
ria” , e Deus, em Sua sabedoria, não só deu ensinamentos a respeito
do uso do tabaco com o também deu ensinamentos a respeito de co­
mer e de guardar os nossos corpos em geral. N ote bem as promessas
nos últim os quatro versículos.

SECÇÃO 89 DE “ DOUTRINAS E CONVÊNIOS”

Revelação dada através de José Smith, o Profeta, em Kirtland,


Estado de Ohio, no dia 27 de fevereiro de 1833, conhecida com o a Pa­
lavra de Sabedoria. Aconselhada a abstinência do vinho, bebidas
fortes, tabaco e bebidas quentes — M oderação no uso da carne
— Comidas salutares — Promessas aos que viverem de acôrdo
com êsses preceitos.

1. Uma Palavra de Sabedo­ 4. Eis que, na verdade, assim


ria, para o benefício do conse­ vos diz o Senhor: Devido a mal-
lho dos sumo-sacerdotes reunidos dades e desígnios que existem e
em Kirtland, para o bem da Igre­ existirão nos corações dos homens
j a ^ tam bém dos santos em Sião. conspiradores nos últimos dias,
2. Para ser enviado com o sau­ eu vos avisei e de antem ão vos
dação; não por m andam ento ou aviso por meio desta palavra de
constrangim ento mas por revela­ sabedoria, dada por revelação.
ção e pela palavra de sabedoria, 5. Eis que não é bom nem
tornando m anifesta a ordem e a aceitável diante do vosso Pai que
vontade de Deus quanto à salva­ alguém dentre vós tome vinho ou
ção temporal de todos os santos bebida forte, exceto quando vos
nos últimos dias. reunis para lhe oferecer os vossos
3. Dada por preceito, com a sacramentos.
promessa, adaptada à capacidade 6. E eis que, deve ser vinho,
dos fracos e à do mais fraco de sim, vinho puro da uva da videi­
todos os santos, que são, ou que ra e de vossa própria fabricação.
se podem cham ar santos. 7. E ainda, bebidas fortes não

204 A GAIVOTA Outubro de 1949


animais, com o esteio da vida, não
só para o homem, mas também
para os animais do campo, e as

de Sabedoria aves dos céus, e todos os animais


selvagens que correm ou se arras­
tam na terra;
15. E êstes fez Deus para o
Nosso Bem Estar Temporal uso do hom em só em tempos de
escassez ou de fom e excessiva.
16. Todos os cereais são bons
são para o ventre mas para lavar para a com ida do hom em ; assim
os vossos corpos. com o o fruto da videira; tudo
8. E tabaco não é para o cor­ aquilo que produz fruto, quer na
po nem para o ventre, e não é bom terra quer em cim a da terra.
para o homem, mas é um a erva
para m achucaduras e gado doen­ 17. Contudo, seja o trigo para
te, para ser usada com discerni­ o homem , o m ilho para o boi, a
mento e perícia. aveia para o cavalo, o centeio para
as aves e suinos e todos os animais
9. E ainda, bebidas quentes
do campo, a cevada, com o tam ­
não são para o corpo nem para o
bém outros grãos, para todos os
ventre.
animais úteis e para bebidas
10. E ainda, na verdade vos
fracas.
digo que tôdas as ervas salutares
ordenou Deus para a constitui­ 18. E todos os santos que se
ção, natureza, e uso do homem. lembrarem e guardarem e fizerem
11. Tôda erva na sua estação, estas coisas, obedecendo aos m an­
e tôda fruta na sua estação; tôdas damentos, receberão saúde para o
elas para se usar com prudência seu um bigo e medulas para os
e ações de graças. seus ossos;
12. Sim, tam bém a carne dos 19. E acharão sabedoria e
animais e a das aves do ar, eu, o grandes tesouros de conhecim en­
Senhor, ordenei para serem usa­ to, até mesmo tesouros ocultos;
das pelo homem, com ações de 20. E correrão e não se can­
graças; contudo, deverão ser usa­ sarão; cam inharão e não desfa­
das parcamente. lecerão.
13. E é-me agradável que se­ 21. E eu, o Senhor, lhes faço
jam usadas somente no inverno, a promessa de que o anjo des­
em tempo de frio ou de fome. truidor os passará, com o aos
14. Todos os cereais são orde­ filhos de Israel, e não os matará.
nados para o uso do hom em e dos Amém.

A boa alimentação fortalece o corpo, tempera o sangue, m antem a saúde,


sem a qual não há espírito esclarecido.
Coelho Neto

A felicidade não está em viver, m as em saber viver.


Fajardo

Outubro de 1949 A GAIVOTA 205


N ICO TIN A. 0 Grande A
ERTA vez o Chefe de uma tri-
C “ tem relação direta com a longe­
J bu de índios disse aos m o­ vidade.” Êste enfraquecim ento é
ços da sua tribu: “ Há três boas proporcional à quantidade de fu ­
razões para se fum ar: primeiro, mo usado; mas, mesmo fum ando
se fum arem bastante cheirarão moderadamente, o fum ante tem
tão forte que os cachorros não m enor possibilidade de chegar aos
lhes m orderão. Segundo, se fu ­ 60 anos do que um hom em que
marem m uito tempo vocês adqui­ não fuma.
rirão moléstias pulmonares que Qual é o terrível inim igo que
causar-lhes-ão tosses até mesmo causa tudo isto? Vamos exam i­
durante o so n o . Os ladrões ná-lo de perto! Jamais se negou
ouvindo sua tosse, pensarão que que a nicotina é um alcalóide
estão acordados e não tentarão bastante tóxico. Quando tom a­
saquear-lhes. Terceiro, se fum a­ da pura, mesmo em doses peque­
rem tanto quanto puderem, te­ nas, causa m orte instantânea.
rão tôda sorte de moléstias e fa ­ Uma gota de nicotina aplicada à
lecerão ainda jovens.” pele de uma cobáia causará ime­
Esta é <a sabedoria de uma tri­ diatas convulsões e finalmente
bu selvagem. O seu chefe achou morte. A nicotina extraida de
algumas provas notáveis sôbre os um cigarro, se aplicada à língua
m alefícios do fumo. Talvez o pro­ de um a pessoa adulta, m atá-la-á
pósito deles fôsse m esmo morrer em quinze minutos. É uma ques­
na juventude, pois todos pareciam tão de sorte que a maior parte da
aborrecidos da vida. nicotina de um cigarro se volati-
Como nós não queremos viver liza; do contrário, ao se fumar
com o selvagens, vamos então exa­ um m aço diário, se inalaria num a
minar êste hábito abominável que semana 400 miligramas de nico­
já escravizou cerca de 2 /3 dos h o­ tina. Essa quantidade de nicoti­
mens do mundo. Se pudermos na mataria o fum ante com a ra­
nos com penetrar dos efeitos m a­ pidez de um projétil.
léficos do fum o, talvez possamos A
ajudar nossos amigos a não cai- STE veneno poderoso é a fon-
rem sob a sua influência. te onde m uitos procuram
Com cada baforada de cigarro êste “ gosto prazenteiro” de fumar.
um fum ante inveterado encurta a Sim, êles gozam dêste prazer, mas
sua longevidade. O Dr. Raym ond é o mesmo prazer que dão outras
Pearl da Universidade “ John drogas, tais com o:, cocaina, m or­
Hopkins” achou que d e n t r e ----- fina e m aconha. Todos êstes ve­
100.000 fum antes inveterados nenos estimulam a adrenalina
(média diária de dez cigarros) causando um aumento m om entâ­
53.774 m orreram antes da idade neo de açucar no sangue. Sob o
de 60 anos. Dentre o mesmo nú­ chicote arrazador da nicotina o
mero dos que não fum am somen­ corpo queima o açucar mais de­
te 43.436 m orreram antes dessa pressa, fazendo o coração oscilar
idade. “ O fum ar” , anunciou êle, com o o pêndulo de um relógio, e

206 A GAIVOTA Outubro de 1949


ME A Ç A D O R da SAÚ DE
-------- - pelo Elder R ex F. Faust

no fim do dia, o corpo recebeu trados pura e diretamente cau­


uma surra tremenda. Os nervos sam a m orte imediata do homem,
ficam em pobrecidos e as células embora tom ados em pequenas
corporais bradam ferozmente com doses.
fadiga e irritação. A fum aça do cigarro atinge a
O Dr. Alexis Carrel prova que incrível temperatura de 77, 7o C,
cada baforada de um cigarro con ­ causando a contração da mem­
trai até o m enor vaso capilar das brana m ucosa do nariz, da gar­
ganta e dos pulmões, reduzindo
a sua defesa contra resfriados e
outras doenças respiratórias. Por
aí podem os entender porque os
médicos aconselham aos que so­
frem das vias respiratórias o
abandono do vício de fumar.
Estas coisas não são tolices, e
sim, fatos comprovados. E quan­
do ouvimos dizer que o Snr. Fu­
pernas e pés, ficando o coração, lano de Tal m orreu de pneum o­
com o resultado, com as artérias nia, asma, ataque do coração ou
mais delgadas. Êste resultado é outro mal qualquer, nunca pensa­
visto claram ente pelo exame mos que possivelmente a m orte
eletrocardiaco, onde observamos foi causada por êste TERRÍVEL
quão fàcilm ente certas doenças AMEAÇADOR.
atingem o coração nesses m om en­ Poderíamos continuar provan­
tos. O Instituto de Longevidade do as desvantagens do vício de
nos EE. UU. assevera que a maior fum ar, mas infelizmente, o m un­
parte dos ataques cardíacos são do em geral não está interessado
causados pelo vício de fumar, ou nestes conselhos. Porém, para
melhor, pela nicotina. aqueles que desejam ter saúde e
A nicotina não é a única preservar seus corpos, êstes con ­
substância tóxica que se encontra selhos valem muito.
no fumo. Quando um fum ante Os m embros da Igreja de Jesus
inala certa porção de fum aça faz Cristo são discípulos de Cristo e
entrar para o organism o m onó­ devem seguir a Palavra de Sabe­
xido de carbono, amônia, arsêni­ doria que inclue o com bate a êste
co e m uitas outras partículas ve­ péssimo hábito. Êstes conselhos
nenosas. O m onóxido de carbo­ servirão para os futuros membros,
no causa dores de cabeça; a am ô­ ou investigadores, pois se os pu­
nia irrita o nariz e a garganta, e dermos ajudar agora a deixar de
o arsênico e outros são de efeitos fumar, quando receberem A VER­
semelhantes. Mas todos minis- DADE estarão preparados.

VENENO DE EVA
— Lí seu primeiro livro, quem escreveu para você?
— Não diga, e quem o leu para você?

Outubro de 1949 A GAIVOTA 207


cada um de nós sempre che­
A ga o m om ento de tomar
uma decisão; um m om ento em
que devemos decidir o que fazer, FAZENDO
com o m elhor fazer, que cam inho
tomar. Muitas vezes a m eta este­
ve ao nosso alcance e falhámos
por não nos termos esforçado bas­
tante. Não demos o m elhor de
----- P O S S
nós mesmos, ou desistimos muito
depressa.
Quando Moisés se apresentou terrível provação passasse. Que
ao Faraó e insistentemente pe- anos, porque se contentavam com
diu-lhe a liberdade dos filhos de o que tinham, quando poderiam
Israel, tendo seu pedido sido con ­ teria acontecido se Êle tivesse dei­
tinuam ente negado, teria êle con ­ xado tudo nesse ponto? Se Êle
seguido libertá-los se tivesse desis­ não tivesse tom ado do cálice da
tid o ?, Quando os Israelitas se
queixavam contínua e am arga­
mente porque suas viagens atra­
vés do deserto os privavam dos
confortos do lar e das riquezas do
Egito, te-los-ia Moisés trazido à
Terra Prometida se tivesse desis­
tido? Quando David enfrentou
Golias na “ Terra de Ninguém ”
daqueles dias, teria êle abatido o
gigante se tivesse abandonado a
luta? Teria êle se tornado rei, se
não tivesse se sobressaído em tudo
quanto fez?
Quando atiraram Daniel na
caverna dos leões, teria êle sobre­
vivido se tivesse perdido a fé e de­
sistido?
Quando José Smith enfrentou
perseguições, dia após dia, ano
após ano, teria êle se tornado o
grande Profeta dos últimos dias
se tivesse abandonado e desistido?
Teriamos nós conseguido tudo
o que temos, se os Pioneiros se ti­ Jesus orando no Jardim de G etsêm ane
vessem cansado de sua jornada e
de seus sacrifícios e parado a sua
cam inhada? am argura? Se não tivesse passa­
Quando Jesus foi ao Jardim de do pela grande expiação?
Getsêmane, e orou, entre um so­ Ninguém jam ais realizou um
frim ento que de cada póro lhe ti­ grande feito, desistindo. Nem
rava gotas de sangue, Êle apelou nunca ninguém term inou algo
ao Pai se possível, que aquela brilhantem ente, fazendo menos
208 A GAIVOTA Outubro de 1949
nuindo seu esforço assim que a
pressão diminue.
Nas atividades de nossa Igreja
0 MELHOR o princípio é o mesmo. Tirare­
mos do Evangelho na m esma pro­
porção do que nele puserm os.
Fazemos, realmente, o melhor
1 V E L ------ que podemos pelo Senhor?
A escritura diz que aqueles que
atingem a vida eterna devem ser
Valentes. Esta expressão pode
do que poderia ter feito. Haverá ser a maneira do Senhor dizer
grandeza na m ediocridade? que devemos fazer o m elhor possí­
Em casa ou no trabalho, pode­ vel. Êle nunca apreciou as coi­
mos tomar o cam inha mais fácil, sas que Lhe foram feitas com
o cam inho da menor resistên­ pouca vontade. Sempre pediu o
cia. Podemos esperar “ passar melhor de nós mesmos. Foi Êle
arranhando” . Mas que vantagem quem disse que O devemos servir
tiraremos disso? com TODO o nosso coração, com
TODO o nosso poder. Êle conde­
na a preguiça, a ociosidade. Êle
UANDO tom am os o cam inho
Q mais fácil em casa, e deixa­
mos que as coisas corram, nossos
ordena um serviço feito com en­
tusiasmo — “ com todo o cora­
ção, poder, inteligência e fôrça.”
filhos deixarão que as coisas
corram tam bém; provàvelmente
nossas esposas e esposos o farão EMOS nossas decisões a se­
também; nossa casa deixa de ser
um lar; não é o sagrado santuário
T rem tomadas diariamente.
Podemos ser Santos dos Últimos
em que grandes almas são form a­ Dias, com pouco entusiasmo, meio
das, onde a fé é ensinada, onde a pagadores de dízimos, meio obser­
probidade se torna a nossa meta, vadores da Palavra de Sabedoria,
onde Deus tem prazer que seu guardarmos o Dia do Senhor só
Espírito habite. pela metade, suportarmos só a
Quando deixamos que as coisas meio os dirigentes e o program a
corram em nosso trabalho, geral­ da Igreja. Mas não é esta a m a­
mente, sem perceber, as acom pa­ neira que o Senhor aprecia. A
nhamos, mas nunca para a fren­ decisão que precisamos tom ar em
te. Homens ficaram no mesmo nosso próprio interêsse, é a de fa­
emprego, sem melhorar, durante zermos o m elhor possível — para
ter se tornado chefes de departa­ nós e para Êle. Mas ao fazer­
m ento ou gerentes de com panhias mos o m elhor por Êle, devemos
se tivessem se esforçado um pou­ nos esquecer de nossos interêsses
co. Aquele que não se esforça é egoistas, pois “ qualquer que per­
com o u ’a máquina, não faz mais der a sua vida por amor de mim
do que é obrigado a fazer, dim i­ e do evangelho, êsse a salvará” .

Empregado — Eu poderia faltar am anhã para ajudar m inha mulher


na limpeza da casa?
Patrão — Não, nós estaremos muito ocupados am anhã.
Empregado — Obrigado, sabia que poderia confiar no senhor.

Outubro de 1949 A GAIVOTA 209


P O R Q U E SOMOS S A N T O S
DOS Ú L T I M O S D I A S ?

Ü M encontre
dia pode ser que V. S. se
com dois m oços
verdade, era um a igreja do povo
e para o povo. Portanto, a orga­
que se declarem missionários da nização bem podia ter sido cha­
Igreja de Jesus Cristo dos Santos mado Igreja de Jesus Cristo e dos
dos últim os Dias. Provàvelmen- Seus Santos. Assim, logicam en­
te não os entenderá, e terá que te, o nom e da igreja que represen­
perguntar: — Missionários? De tamos é: “ A Igreja de Jesus Cris­
que religião? E a resposta será: to dos Santos dos Últimos D ias” .
— Missionários da Igreja de Je­ — Mas, dirá V. S. — o que
sus Cristo dos Santos dos Últimos significam as palavras “ dos Últi­
Dias. mos Dias” no nom e desta igreja?
Se nada conhece dessa igreja, Escutemos a resposta dos dois
talvez fique perplexo pelo nome. moços. Parece que estão procla­
Talvez custe a entender que, de mando uma nova igreja.
fato, o nom e real da igreja é: — Não — dizem — não uma
Igreja de Jesus Cristo dos Santos nova igreja, mas sim uma igreja
dos Últimos Dias. restaurada.
— Santos dos Últimos Dias! A — Qual é a diferença? — é a
sua igreja adora Santos? — per­ pergunta, e um dos dois jovens
guntará. , explica que embora Cristo estabe­
— Não, não adoramos santos! lecesse uma igreja há dois mil
— é a resposta. Lemos nas escri­ anos, o povo não permaneceu fiel.
turas que nos dias de Cristo os Começaram os homens a mudar
m em bros da Sua igreja eram m e­ as idéias e os ensinamentos de
lhores, mais puros e mais perfei­ Cristo e assim, em vez de ensina­
tos do que qualquer outro povo rem segundo êsses ensinamentos,
existente então na terra . Por passaram a ensinar segundo as
isso, nos tempos antigos, todos os suas próprias idéias. Êsses ensi­
membros da Igreja de Jesus Cris­ namentos ficaram tão pervertidos
to eram cham ados Santos. pelos homens, que a organização
— Mas o nom e da igreja? De originalm ente cham ada A Igreja
onde vem? O que significa? de Jesus Cristo, acabou desapare­
Um dos dois missionários res­ cendo. Muitas igrejas foram cria­
ponde, dizendo a seguinte e inte­ das pelos homens, existindo atual­
ressante história: — Há quasi mente mais ou menos 250, nenhu­
dois m il anos, Jesus Cristo esta­ ma das quais, porém, é designada
beleceu uma igreja. Naturalmen­ segundo o nome de Cristo.
te, porque Êle foi o fundador, foi — Agora — diz o missionário
cham ada segundo o Seu nom e: — todos nós cremos que os en­
“ Igreja de Jesus Cristo” . Aqui sinamentos de Cristo eram perfei­
lem bremo-nos novamente que os tos, mas depois que os hom ens os
membros desta igreja eram cha­ m udaram tanto, não se podia
mados Santos e que também, na mais entendê-los. Ninguém sabia
210 A GAIVOTA Outubro de 1949
com certeza o que fazer ou o que p N Q U A N T O V. S. ouve êstes
deveria ensinar aos seus filhos. missionários, muitas coisas
Portanto, Cristo achou necessário surgem em sua idéia. É esqui­
voltar à terra novam ente para sito. Existem tantas igrejas, mas
ensinar de uma maneira clara, o
de fato, nenhum a é realmente
cam inho que tôda a hum anidade
cham ada a Igreja de Jesus Cris­
deve tomar. No ano 1820 apare­
to. Tôdas usam o nom e do fun­
ceu nos Estados Unidos e falou
com um jovem , José Smith, ao dador ou de um a doutrina ca-
qual foi m andado restabelecer a raracterística da sua organização,
Igreja de Cristo, para ser cham a­ mas somente uma faz as declara­
da propriamente, a Igreja de Je­ ções extraordinárias que êstes jo ­
sus C risto. Para distinguir os vens fazem. Porque V. S. não in­
membros ou Santos de hoje, dos vestiga estas declarações? Estu­
membros ou Santos da Igreja de essa nova interpretação do
estabelecida por Cristo na anti­ Evangelho de Jesus Cristo. Os
guidade, as palavras , “ dos ú lti­ m oços encontraram algo nela que
mos Dias” , foram acrescentadas. lhes deu a vontade de viver me­
Assim o nom e da Igreja verdadei­ lhor. Talvez tenha algo que nos
ra de Jesus Cristo é: “ A Igreja de ajude também; algo que nos aju­
Jesus Cristo dos Santos dos Últi» de a ensinar a treinar os nossos
mos Dias” . filhos.

m enino que queria que alguém


A História de Dois Meninos orasse por êle.
(Continuação da pág. 203) Olhando sèriamente, o médico
replicou : — Houve realmente êsse
êstes homens que irão operar-me caso, mas isto é uma coisa sagra­
para que o façam certo. Se me da para se discutir.
fizeres bem, eu me esforçarei para O hom em disse: — Doutor, se
tornar-me um bom homem. Agra­ o senhor me contar, ouvirei com
deço-Te, Pai Celeste, por me faze- respeito, pois gostaria de saber.
res bem. Então o médico contou a histó­
Quando term inou sua prece, ria mais ou menos com o estou re­
deitou-se. Os olhos dos médicos petindo e acrescentou: — Tenho
e das enfermeiras encheram-se de operado centenas de pessoas, ho­
lágrim as. Então, êle disse: — mens e mulheres que pensaram
Estou pronto. ter fé para serem curados; porém,
Foi executada a operação. O nunca senti Deus, até o dia em
pequeno foi levado de novo ao seu que aquele menino esteve aqui.
quarto e em poucos dias saiu, Êle abriu as janelas do céu e fa­
estando a cam inho de com pleto lou com seu Pai Celeste com o se
restabelecim ento. estivesse junto d ’Êle. Quero di-
Uns dias depois, um homem zer-lhe que sou um homem me­
que tinha ouvido falar a respeito lhor por ter tido a experiência de
do incidente foi ao consultório de conhecer e ouvir um m enino con ­
um dos cirurgiões e disse: — versar com seu Pai nos céus com o
Conte-me com o foi a operação se estivesse junto d ’Êle.
realizada há poucos dias num Lembrem-se de que há um Deus
menino. nos céus — e pais “ . . . ensinarão
Disse o ciru rgião: — Tenho as suas crianças a orar e a andar
operado diversos meninos. em retidão perante o S en h or.”
O hom em acrescentou: — Um (D. e C. 68:28).
Outubro de 1949 A GAIVOTA 211
A Mulher
Que Quero Ser
por B etty Duke

Q UERO ser da espécie de m u­


lher da qual as pessoas
possam orgulhar-se do seu con ­
vívio; uma pessoa que pode dar-
se bem com todos.
sejam bons, limpos e honestos,
Quero ser da espécie de mulher
sem maldades.
em que os outros possam confiar,
a qual cada um possa mostrar Ao lado de cada hom em feliz na
sem constrangim ento seus peque­ vida está um a mulher dêsse tipo.
nos segredos e aflições; um a que É ela que o encoraja a conseguir
as pessoas possam consultar nos altas posições, que o aplaude
m om entos de dúvida, para conse­ quando êle está no apogeu, con ­
lhos, ou auxílio espiritual, uma forta-o e diz-lhe palavras anim a­
que possa confortar os doentes e doras, quando êle se sente aca­
aflitos. brunhado . É desta espécie de
mulher que desejo ser.
Quero ser da espécie de mulher
Quero ser da espécie de mulher
querida pelas crianças, a quem
capaz de conduzir seu lar, sua fa­
elas m ostrarão seus novos brin­
mília, com grande sucesso, m ara­
quedos, seus vestidos, sapatos etc., vilhosamente e devotadam ente.
uma que tenha bastante interêsse Quero ser uma m ulher bela in­
em ouví-las sôbre alguma coisa
ternamente, uma temente a Deus,
maravilhosa que elas tenham fei­
um a que consiga o m aior da vida.
to, ou que lhes fôra dito.
Quero progredir espiritualmente,
Desejo ser da espécie de m u­ m entalm ente e fisicamente. Que­
lher apreciada pelos meus am i­ ro ser uma sólida coluna da Igre­
gos . Quero que êles admirem ja, uma espôsa ideal e uma per­
m inha escolha, e respeitem meus feita mãe.
com entários, quando procurada. Está aí a espécie de mulher que
Quero que meus pais tenham desejo ser.
orgulho de mim. Quero que êles Ainda mais — quero ser uma
digam : “ Esta é m inha filha.” avó — uma avó de severidade e
Quero ser o tipo de mulher do gentilezas — um refúgio — uma
qual os hom ens se orgulhem em benção para meus netos — en­
com partilhar de seus divertimen­ fim , uma maravilhosa recordação
tos, quando êsses divertimentos para êles.
212 A GAIVOTA Outubro de 1949
1

PIRACICABA ziguezagueando pelo salão improvisa­


do, obedecia às palavras do mestre:
Embora um pouco tarde, não po­ “trocar pares” . . . “lá vem chuva” . . .
demos deixar de citar as festas que e tc . e tc . . . Foi uma nota bastante
se realizaram em nosso ramo para caraterística.
comemorar o aniversário da chegada Continuou a brincadeira dansante e
dos Pioneiros ao Vale do Lago Salga­ a animação era de molde a agradar;
do. Descrevamos ligeiramente o agra­ houve ordem a par de intenso m o ­
dável cenário onde se desenrolaram vimento.
as festas, para que o leitor possa A um dos cantos do páteo estava
transportar-se e conosco viver, por localizado o braseiro para o churras­
momentos, os agradáveis instantes. co. Cerca de trinta quilos de carne
O vasto e cimentado quintal da re­ foram distribuidos e cada qual, “ pu­
sidência dos missionários, para êles, xando a brasa para sua sardinha” ,
às vêzes, quadra de voley-ball e bola procurava melhor colocar-se, para
ao cesto, estava pitorescamente orna­ assar o saboroso petisco, que im ­
do de bandeirolas multicores e bam ­ pregnava o ambiente de um convi­
bus oscilantes ao vento. Vasos de dativo odor.
plantas ornamentais foram distribuí­ No domingo imediato, como comple­
dos aqui e alí, num a correspondência mento às comemorações ao dia dos
agradabilíssima de cores, ressaltando “Pioneiros”, realizou-se, com a cola­
com o verde-claro dos bambus entre­ boração de alguns amigos, um drama
meados de vermelho e azul, o verde
representativo da chegada dos abne­
garrafa das palmeirinhas imperiais.
gados pioneiros ao Vale do Lago S al­
Ao centro do páteo, foram coloca­
gado em Utah. A medida que os a to ­
dos bancos para acomodar a multidão
res descreviam os atrozes suplícios por
que assistiria a passagem do “ film e”
que passaram os primeiros elementos
ilustrativo da metamorfose que os h e­
da Igreja de Jesus Cristo dos Santos
róicos pioneiros operaram nas m on ta­
dos últim os Dias, quadros vivos ilus­
nhas de U tah — berço riquíssimo de
travam suas palavras, concretizando
nossa religião. Encheu de admiração
as ânsias e angustias dos alicerces da
os espectadores a m agnificência do
Igreja.
ambiente, ficando todos sem saber
que mais admirar: se o portento da
JOINVILE
natureza norte-am ericana, rrn a fo r­
ça indômita de indivíduos sobre-hu­ Como já é conhecimento de todos,
manos, talhados para levar ie roldão o Ram o de Joinvile tem um progra­
todos os impecilhos que se interpuze- ma na Rádio Difusora Z Y A -5, aos do­
ram entre êles e o seu ideal. mingos às 18,30 horas.
Term inada essa primeira etapa, pre­ Tem os agora uma ótima notícia a
parou-se o ambiente, dando-se início à dar, que será de grande satisfação
quadrilha. Grande número de jovens, para todos: O Snr. Diretor da Rádio

Outubro de 1949 A GAIVOTA 213


Difusora ouviu há dias pela primeira SÃO PAULO
vez o nosso programa e, tendo gosta­
do muitíssimo do mesmo, ofereceu-nos O Ram o Centro de S ã » Paulo está
gratuitamente uma meia hora por se­ de parabéns pela reorganização da
m ana, para apresentarmos mais um Sociedade de Socorro das Senhoras.
programa de música sacra. Ficámos Já se acha em franca atividade, rea­
muito contentes e agradecidos com lizando a sua reunião inaugural a 9
esta oferta; porém, infelizmente ainda de agôsto p . p . , apresentando um óti­
não temos bastantes discos para dar mo programa lítero-m usical, e ofere­
um programa sem anal de música do cendo, na últim a parte do programa,
órgão e côro do tabem áculo; todavia, bolos, doces e lim onada às convida­
estamos dando por enquanto, um pro­ das. Foi pena os membros (homens)
gram a m e n sa l. . . Ficamos gratos ao não tomarem parte, pois a festa real­
Snr. Diretor da Difusora por mais esta mente esteve ótim a; m as temos cer­
gentileza. teza de que nossos prezados irmãos
Doris Schmalz não se zangaram de verdade, e na
primeira reunião festiva da Socieda­
de de Socorro, os convites serão exten­
RIBEIRÃO PRETO sivos a todos os membros.
— Realizou-se no dia 15 de agôsto
Com um a demora de dois meses e p. p. um agradável e animado con-
meio entre batismos, pensava-se que vescote no Parque da Cantareira. Foi
13 era número fatídico; não obstante, uma reunião fraterna e agradabi-
em julho o número de membros neste líssima. Apesar do dia estar nubla­
ramo aumentou quando a Snra. Jus- do e garoando, as brincadeiras foram
tina Monteiro Stocco entrou nas águas m agníficas. Todos tom aram parte,
do batismo. cantando, jogando bola, peteca, e dan-
sanado a tradicional “Virgínia Reel” .
— Após várias sem anas de ensaio, o
À hora do almoço, e que almoço
córo atingiu o seu climax quando, na
suculento e variado, todos souberam
reunião sacramental, cantou a can ­
fazer jús às habilidades culinárias de
ção: “Mais Perto, Meu Deus.” Todos
nossas queridas irmãs e amigas. Foi
os domingos após a reunião sacra­
verdadeiramente um dia cheio, o dia
mental a maior parte dos assistentes
15 de agôsto, para os membros de São
fica para tomar parte ativa no ensaio
Paulo.
do côro.
— Em julho houve uma festa espe­
cial quando os associados da Associa­ ENLACE M ATRIM ONIAL
ção de M elhoramento Mútuo tiveram
o imenso de prazer de gozar uma noite Uniram -se pelos sagrados laços do
musical. Pór essa ocasião, ofereceu matrimônio, no dia 1 de setembro p.
os seus talentos o famoso cantor ita ­ p. a nossa irm ã Maria Aparecida Pe­
liano, Giani Costello, que estava na dreira Chagas (Cidinha) e o Snr. R o­
ocasião fazendo programas na Rádio meu Muniz Barreto. A noiva é filha
Difusora P R A -7. O Snr. Costello foi de nossa irmã d. Benedita Pedreira
acompanhado pela Snra. Edul R an ­ Chagas.
gel, encantando o auditório com a sua Foi uma cerimônia em polgante
bela voz. Um jovem violinista, D ir- como realmente há muito tempo não
ceu Marturano, acompanhado por sua assistimos, dentro de um a singeleza
irmã, Abigail, empolgou os ouvintes que a todos alegrou e ao m esmo tem ­
tocando lindos números musicais. po comoveu profundam ente.

214 A GAIVOTA Outubro de lí>49


Oficiou Elder Sanford Walker, que, exclusivamente para adultos e aqui
revestido da autoridade que lhe con­ em Santos, nossa média habitual é de
fere o Sacerdócio, abençoou o novo 40 pessoas. Gostaríam os de incenti­
casal, ao qual desejamos intérminas var os demais ramos na organização
felicidades. dêste “Serão Domingueiro” ; é uma
hora que passa ràpidamente e senti­
SANTOS mos quando finda, pois além de
aprendermos sempre coisas de gran­
No dia 8 de maio, p. p., foi realiza­
de valor, consolidamos cada vez mais
do no Ram o de Santos, o primeiro
as nossas amizades.
“Fireside C hat”, ou melhor, “ Serão
Domingueiro” . É uma reunião muito — O ramo de Santos regosija-se com
útil e proveitosa, cuja duração é de o batismo de mais dois conversos. São
uma hora. À exemplo do “Fireside êles Chislom J. Cardim e Luiz Carlos
Chat” nos Estados Unidos, aqui em Stankovits. Foi numa bela manhã de
Santos é realizado tam bém aos do­ domingo que alguns membros e am i­
mingos à noite, logo após a Reunião gos dirigiram-se à Ilha Pochat, onde
Sacramental. foi realizada a cerimônia do batismo.
A comissão, que está sob a direção A êles dois os nossos sinceros desejos
do Elder Wayde C. Stoker, tem a fi ­ para que encontrem a verdadeira fe ­
nalidade de arranjar o local, progra­ licidade no Evangelho de Jesus Cristo.
ma e participantes do mesmo, sendo
— A nossa Associação de M elhora­
tôdas estas atividades prèviamente
mento Mútuo é muito bem freqüen­
autorizados pelo presidente do ramo.
tada e animada. Todos os sábados
Essas reuniões são realizadas nas
temos dezenas de amigos que vêm
casas gentilmente oferecidas dos
prestar a sua colaboração. A maior
membros ou amigos da Igreja. O
parte dessas pessoas são alunos das
programa do “Fireside C hat” é bem
aulas de inglês, que é outra ativida­
distribuído, pois sua organização é a
de muito querida entre os nossos
seguinte: a . Oração; b. Discussão; amigos.
c. Canções; d. Brincadeiras; e.
Oração, durando, cada parte, de 12 a — Esforçam o-nos ainda por aum en­
15 minutos. As pessoas convidadas a tar o número de assinaturas da nossa
colaborar no programa, fazem -n o du­ querida revista, o qual já atinge a 94.
rante um mês no fim do qual é feito Fazemos votos para que todos os ra ­
um rodizio geral, afim de que todos mos da Igreja no Brasil possam ter
tenham ocasião de nêle participar. êsse objetivo em m ente: Aum entar o
A discussão pode abranger qualquer número de assinaturas da “ A G A I ­
assunto, desde que êste seja útil e V O TA” .
atraente; as canções são apropriadas
— É com justa alegria que iniciamos
e para satisfazer a todos, cantamos
as obras para fazermos a nossa cape­
algumas em inglês e outras em por­
la, que não levará mais de quatro ou
tuguês. Quanto à parte referente às
cinco dias para ficar pronta. Deve­
brincadeiras, devem ser o mais inte­
mos salientar aqui o auxílio financei­
ressante possível, oferecendo sempre
ro dos membros, dando assim um
resultados proveitosos.
magnífico exemplo de cooperação.
Na parte final, a comissão distri-
Dêste modo, demos mais um passo
bue sanduíches e refrescos aos pre­
para completar a instalação da Igre­
sentes, pela módica, importânpia de
ja em Santos.
dois cruzeiros, revertendo essa contri­
buição em auxílio às despesas. Marina Aracy Jahrmann
O “Fireside C hat” é uma reunião Antonio Carlos de Camargo

Outubro de 1949 A GAIVOTA 215


9K8tm

NOVOS

MISSIONÁRIOS

NA MISSÃO

BRASILEIRA

K en n eth L. McBride Lloyd J. Stevens


Burley, Idaho Blanding, U tah

Joseph W. Holden Scott H. Taggart


Hayden, Arizona Cody, W yom ing

MISSIONÁRIOS DESOBRIGADOS DA MISSÃO


BRASILEIRA

W. L ynn Pinegar R obert F. Pool III


Spanish Fork, Utah Dallas, Texas
Elder Harry J . Maxwell ,
recentemente encarregado dos Progra­
mas de Rádio da Missão Rrasileira,
envia a todos os amigos e membros da
Igreja a seguinte mensagem:

maior dever da Igreja de Jesus Cristo sempre


foi, e sempre será o de espalhar a m ensa­
gem da restauração, ensinando a todo o mundo as
maravilhosas verdades do Evangelho. Os membros,
os missionários e as autoridades da Igreja sempre
procuraram um meio pelo qual pudessem levá-la a Elder Harry J. Maxwell
todos, e nestes últimos anos, com os m elhoram en­
tos dos meios de transporte e comunicação, o ser­
viço missionário foi muito auxiliado.
Na Missão Brasileira, a mais recente inovação é o programa de rádio.
Durante o ano passado inauguraram -se seis irradiações regulares de 15 m inu­
tos ou mais em seis cidades dêste grande país. Agora muitas pessoas que
nunca antes puderam ouvir as explicações dos missionários podem ouvi-las;
podem ouvir uma nova interpretação do Evangelho de Jesus Cristo e podem
saber que ainda existem profetas e apóstolos de Deus.
Mas os programas têm ainda m ais; dão a todos a oportunidade de
ouvir o grande côro e órgão do tabernáculo da Igreja. Quantos membros e
amigos da Igreja, ouvindo falar dessa música maravilhosa, desejaram ouví-la!
Há bastante facilidade agora; basta ligarem o rádio.
Pais, reunam as suas fam ílias à hora da irradiação na sua cidade;
sentem -se perto do rádio e escutem em silêncio a bela música sacra e a m en­
sagem inspiradora de Jesus Cristo. Façam desta uma hora sagrada para tôda
a família.
E ainda mais — lem brem -se das palavras de Jesus Cristo: “ Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas
obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Não basta escutar o pro­
gram a; é necessário avisar todos os seus amigos e conhecidos, das irradia­
ções, para que todos tenham as mesmas oportunidades de sentir a mesma
alegria que sentimos. É nosso dever e privilégio, fazer com que resplandeça
a luz diante de todos os homens.

H ORÁRIO DOS PRO GRAM AS DE RÁDIO APRESENTADO


NO BRASIL PELA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SAN­
TOS DOS ÜLTIMOS DIAS

Porto Alegre — Domingos às 18,00 horas — PR F-9, R ádio D ifu sora.


Curitiba — Domingos às 19,15 horas — ZYM-5, Rádio Guairacá.
Ribeirão Preto — Domingos às 19,30 horas — PRA-7, Rádio Difusora.
Santos — Domingos às 19,00 horas — PRB-4, Rádio Clube de Santos.
Quartas-feiras às 19,15 horas — Rádio Cultura Guarujá.
Sorocaba — Segundas-feiras às 20,30 horas — PRD-7, Rádio C lube de S oroca ba
Joinvile — Domingos às 18,30 horas — ZYA-5, Rádio D ifu sora.
2." Segunda-feira de cada m ês às 21,u0 h o ia s — ZYA-5, Rádio D ifu sora.
Por Que Guardar o Dia
do Senhor?
por Dawna Daw

RA dom ingo e conversávamos, reunidos após a Escola Do-


J m inical, quando do grupo partiu uma sugestão que me
agradou devéras. Fazia intenso calor e alguém disse: “ Que
tal se fôssemos nadar? Quão refrescante seria.” “ Boa idéia,
mas espere, hoje é dom ingo.” Ocorreu-me então pensar que
diferença faria se fôssemos nadar. Que bem adviria para mim
em guardar o Dia do Senhor ou que mal haveria se deixasse
de fazê-lo? Porque deveria eu, membro da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, lembrar o Dia do Senhor
e guardá-lo com o dia santificado?
Talvez a questão se enquadre a fatos ocorridos na ju ­
ventude, quando muitas vezes desejamos fazer alguma coisa
contra a vontade de nossos pais. Podemos permanecer fora
depois da meia noite, a hora em que prometêramos estar em
casa. Pois bem, quando planejávamos isso, o findar da tarde
parecia causar-nos agradável excitação, mas antes mesmo de
anoitecer sentíamos que alguma coisa estava faltando e o di­
vertimento não tinha sido com pleto, e pior, tinhamos deixa­
do de cum prir a promessa; tinham os faltado à palavra. Mas
não seriam nossos pais os preiudicados com nosso ato. Nós
próprios nos sentíamos prejudicados.
Isso acontece quando o Senhor nos dá um m andam en­
to: Ajudar-nos-á se o cum prirm os e deixar-nos-á para traz se
não o observarmos. Os m andam entos de Deus forem dados
não Dar a Êle mesmo, mas ao hom em para seu benefício, para
que êle pudesse ter gôzo nesta vida e felicidade na vida eterna.
Um povo, há anos, decidiu mudar o Dia do Senhor —
guardaria êsse dia quinzenalmente em vez de semanalmen­
te. O dia extra faria devéras a com unidade prosperar. Mas
êsse povo não pôde persistir muito tempo nesse grave êrro.
Tornou-se cansado e insatisfeito com o mundo. Seus negó­
cios foram declinando e sua cidade estava a ponto de se tor­
nar em ruina.
O hom em necessita descansar para que seu corpo físi­
co recupere as energias; descansar para dar à mente opor­
tunidade de refazer-se, e mais, o hom em não pode passar uma
vida com pleta sem contato espiritual com Deus, êsse lado da
vida oue nos anima para os encargos da próxim a semana,
essa alguma coisa que faz-nos todos desejar viver melhor —
e por guardarmos o Dia do Senhor, metade da batalha está
ganha.
Traduzido por José de M. Martins

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