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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
500 Anos
</>
UJ
■O 'A Igreja, minha Mae"
t-
v> A Virgindade Perpetua de Maria Santi'ssima
UJ
en A Nulidade do Casamento da
O Princesa Carolina de Monaco
oc
o.
SUMARIO
Oirator-Responsável:
Estévao Bettencourt OSB 500 Anos! 433
Autor e Redator de toda a maléna Frente a mal-entendidos:
publicada neste periódico "A Igreja, minha Mae" 434
Urna Palavra do Papa:
Dicolor Administrador:
A Virgindade Perpetua de
0. Hildebrando P Mamns OSB
María Santíssima 441
NO PRÓXIMO NUMERO:
ASSINATURA ANUAL (12 números) de P.R.: Cr$ 40.000,00 - n? avulso ou atrasadoCr* 4.000,00
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gíveis.
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a Revista.
500 Anos!
Sata de 12 de outubro assinala o quinto centenario da descoberta da
fíérica e da ¡mplantacáo do Evangelho em nosso continente. A Boa-Nova
de Jesús Cristo, que renovou a face da Europa nos séculos V/VI, quando en
tregue aos germanos, veio marcar em nossas térras o inicio de nova era.
Conscientes disto, nao podemos deixar de dar gracas a Deus.
E.B.
433
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
ANO XXXIII - N9 365 - Outubro de 1992
Frente a mal-entendidos:
■ü-h-ti
434
"A IGREJA, MINHAMÁE"
ticas conceituacoes. Para nos darmos contas disto, é oportuno citar, entre
outros, o caso do Pe. Henri de Lubac S.J., que na década de 1950 sofreu res-
tricoes por parte das autoridades eclesiásticas, dado que enveredava por ca-
minhos de uma "nova teología"; esta podia prestar-se a mal-entendidos na
época, embora na"o fosse errónea. De Lubac soube submeter-se filialmente ás
intervencoes da hierarquia, dando provas de grandeza de alma e genuino es
pirito crístáfo. Em conseqüéncia foi nomeado Cardeal por Joao Paulo II e
morreu em 1991 em plena comunhao com a Igreja.
Se Lhe pego que Ela mesma me revele a sua definicSo, eis que Ela me
fala com uma profusSo de imagens, tiradas da sua velha Biblia; bem sei que
estas nao sSo meras ilustracSes pedagógicas, mas sim alusoes a urna realidade
que ficará sempfe transcendental... para a minha inteligencia.
435
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 365/1992
plesmente, a Igreja viva: aquela que trabalha e que ora, que atua e aue se re-
cothe, que se recorda e que procura; a Igreja que eré, espera e ama. .., a Igre
ja que se perpetua mesmo ñas épocas de decadencia, que se dedica, se sacri
fica. . . A Igreja inteira,... da qual tantos membros sao tao pouco conscien
tes do seu sacerdocio regio e da comunhío fraterna que eles constituem en
tre si. Nessa comunidade encontró meu sustento, minha forca, minha ale
gría. Essa Igreja é minha Mae. Foi assim que comecei a conhecé-la nos joe-
Ihos de minha máe carnal e foi assim que, em cada etapa da minha peregri
nacSo,. . . aprendí a melhor reconhece-la . . Esse apelativo Mae, o mais in
fantil, o prímeíro, é também aquele que melhor resume o conhecímento ad
quirido pelo adulto ou por quem, de algum modo, experimentou o que sao
os homens, e o que há dentro do homem...
A Igreja é minha Mae, porque Ela me gerou para a Vida. É minha Máe,
porque Ela nao deixa de me alimentar e, por pouco que eu me preste, Ela
me aprofunda na Vida. E, se em mim a Vida ainda é frágil e trémula, fora
de mim eu a contemplei na forca e na pureza do seu borbulhar. Eu a vi, eu
a toquei, de modo indubitável, e posso tesmunhá-lo a todos.
Ougo todas as críticas que fazem á minha Mae; em certo días, meus
ouvidos ficam ensurdecidos. Nao quero dizer que sejam sem fundamento. Mas
diante das evidencias que acabo de mencionar, todas essas críticas, e todas
aquelas que se Ihes possam acrescentar, perderam para sempre a sua forga...
Com urna palavra: a Igreja é nossa Mae, porque Ela nos dá o Cristo.
Ela gera o Cristo em nos. Eta nos gera para a vida do Cristo. Ele nos diz como
Paulo dizia a seus caros corintios: 'No Cristo Jesús, mediante o Evangelho eu
vos gereil' (1 Cor 4, 15). Em sua funcao materna, a Igreja é essa Esposa glo
riosa e sem mancha, que o Homem-Deus fez sair do seu coracao transpassa-
do paré uni-la a Si no éxtase da Cruz e torná-la fecunda para sempre.
2. A Igreja e o Depósito da Fé
Cremos com Sao Paulo que nenhuma crise da historia nos separará de
Cristo. Mas esta seguranea nos vem precisamente da Igreja: Jesús está vivo
para nos. Mas em que areias se teria perdido a sua influencia viva, a apao do
seu Evangelho e a fé em sua Pessoa Divina, sem a continuidade visível da sua
Igreja? Se a primitiva comunidade crista", no fervor da sua fé e do seu amor,
i
436
"A IGREJA, MINHA MÁE"
3. Os ataques á Igreja
437
6 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 365/1992
Ora, acontece que essa Igreja santa seja por vezes abandonada por
aqueles que tudo receberam déla, cegos aos dons recebidos. Acontece tam-
bém - e os dias atuais no-lo confirmam - que Ela seja injuriada por aqueles
que Ela continua a alimentar. Um vento de crítica amarga, generalizada e
sem inteligencia vem, por vezes, virar as cabecas e deteriorar os coracoes.
Vento que resseca, esteriliza, destrói, hostil ao sopro do Espirito. É entao
que, contemplando a face humilhada da minha Mae, eu hei de amá-La com
redobrado amor. Sem me entregar a réplicas, saberei mostrar que amo a
Igreja em sua forma de escrava. E, enquanto alguns se detém nos tragos que
envelhecem o seu semblante, o amor me fará descobrir nela, com muito
mais veracidade, as virtualidades, as atividades silenciosas, que Ihe asseguram
urna perpetua juventude, 'as grandes coisas que nascem em seu coracao e
que contagiaráo a térra' (Teilhard de Chardin)...
4. Duas Testemunhas
438
"AIGREJA, MINHAMÁE'
Comentando...
439
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS"365/1992
440
Urna Palavra do Papa:
A Virgindade Perpetua de
Maria Santíssima
Tal fato nio pode ser provado apoditicamente, mas pertence aos arti-
gos fundamentáis da fé. De certo modo é ilustrado porpassagens bíblicas do
Antigo Testamento, entre as quais a da sarca que ardia, mas nSo se consumia
(ver Ex 3¿s), as narrativas da natividade extraordinaria de Isaque, Sansao,
Samuel, JoSo Batista... (cf. Gn 17,17-22; Jz 132-7; ISm 1,1-23; Le 1,5-25).
Ademáis a valorízalo da virgindade de Maria nio deprecia a vocacao ma
trimonial, santificada por um sacramento próprío. A virgindade hoje pouco
estimada e vivenciada. será sempre dom de Deus, que Implica liberdade inte
rior para servir radicalmente ao Reino de Deus e ¡anear olhar muito perspi
caz sobre os bens transcendental.
■ti-tftt
441
JO "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 365/1992
I. A Palavra do Papa
Os fatos
443
J2 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 365/1992
chos que descrevem o nascimento dos discípulos "do Alto", "da agua e do
Espirito" (cf. Jo 3, 3-8), ¡sto é, modelado no nascimento de Jesús no seio
de María, por obra do Espirito Santo; com o episodio da maternidade pascal
de María (cf. Jo 19, 25-27). ocorrida também ela na fé á palavra e na qual os
Padres divisaram também urna dimensao virginal: o Filho, virgem, confia a
Máe virgem ao Discípulo virgem (cf. S. JERÓNIMO, Ep. 127, 5; CSEL 56,
pp. 149-150; S. SOFR0NIO, In lohannis Evangelium, 69-76; PG 78, 3',
3788); com a mesma literatura intertestamentáría, na quai se senté, em pá
ginas de intenso lirismo, o pungente desejo de Israel de se tornar esposa pura
e fiel, comunidade escatológica em que já nao se ouga o lamento da dor do
parto nem os cantos fúnebres da morte. Sao exemplos. Eles indicam que ex-
pressoes, tais como Theotokos ou Virgo Mater, se lídas em profundidade e
com atencáo as múltiplas vozes convergentes, sao como que síntese da eco-
nomia salvífica...
445
J4 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 365/1992
to, de capacidade de lancar o olhar para além dos confins do mundo tempo
ral (cf. Mt 22, 30), de viver radicalmente ao servico do Reino".
II. REFLETINDO. . .
446
Sempre em foco:
ix-tt-ü
447
J16 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 365/1992
1. AdaoeEva
Nao se diga que "Adao e Eva sao figuras de retórica, que nunca existí-
ram". Eis o que a propósito a fé ensina:
Os primeiros pais, por conseguinte, podem ter tido origem por evolu-
cá*o da materia preexistente; quando esta, sob a acáo da Providencia Divina,
estava suficientemente organizada para ser sede da vida humana, Deus terá
criado a respectiva alma espiritual e a terá infundido naquele(s) organis-
448
PECADO ORIGINAL: QUE É? 17
É de notar que tais dons nao implicavam beleza física para os primei-.
ros homens. Eram realidades latentes no íntimo do ser humano; só transpa
recer¡a m -no físico se os primeiros pais se mostrassem fiéis ao designio de
Deus.
449
18 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 365/1992
3. A transgressáío
450
PECADO ORIGINAL. QUE É? 19
de, fosse submetido (como os outros seres espirituais, os anjos) desde o ini
cio á prowa da liberdade. A própria Revelacáo... nos dá noticia da prova
fundamental reservada ao homem, prova na qual ele caiu em falta" (Cate-
quese de 3/9/1986, n° 6).
4. Fato Histórico
5. Conseqüéncias
451
20 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 365/1992
O homem foi criado por Deus também para a felicidade, que, no ámbi
to da existencia terrestre, significava ser ¡sentó de muitos sofrimentos, ao
menos no sentido da possibilidade de ser isento: posse non pati, como tam
bém a isencSo da morte tinha o sentido de posse non morí. Como se depre-
ende das palavras atribuidas a Deus no Génesis (Gn 3,16-19) e em outros
muitos textos da Biblia e da Tradicffo, o pecado original fez que essa isencSo
deixasse de ser o privilegio do homem. A vida deste na térra foi submetida a
muitos sofrimentos e á necessidade de morrer" (Catequese de 8/10/1986,
"O Credo do povo de Deus, redigido por Paulo VI, ensina que a natureza
humana, após o pecado original, já nffo se acha no estado em que se encon-
trava inicialmente em nossos primeiros pais. Ela está decaída (lapsa), porque
privada do dom da graca santificante e também dos outros dons, que no es
tado de justica original constituiam a perfeicSo (integritas) da natureza hu
mana. Trata-se aqui náfo só da imortalidade e da isencao de dons perdidos
por causa do pecado, mas também das disposicóes interiores da razáo e da
vontade, isto é, das energías habituáis da razSo e da vontade. Como conse-
i
452
PECADO ORIGINAL: QUE É? 21
qüéncia do pecado original, o homem todo, alma e corpo, foi afetado- se-
cundum animamet corpus, precisa o*fnodo de Orange !m 529, Sínodo ao
rtaíd •"?detenus
riorada in ° commutatum
et° * Trent°'fuisse.
°"ierea"d0 *» o homem todo foi déte
Quanto ás faculdades espirituais do homem, esta deteriorado consiste
no ofuscamento da capacidade do intelecto para conhecer a verdade e no en
taqueamento da vontade livre. que se debilitou frente aos atrativos dos
bens sensíveis e está exposta ás falsas imaflens do bem elaboradas pela razáo
sob o influxo das paixtSes" (Catequese de 8/10/1986, n? 6s).
2) Despojados dos dons iniciáis, os primeiros país só puderam aerar
prole carente, também ela. da justica original. Ora essa carencia é o que se
chama pecado original originado. Nao é pecado propriamente dito da parte
da enanca, mas é conseqüéncia do pecado dos primeiros pais. Deus nao é in
justo ao permitir que a crianca nasca despojada da graca, pois a graga é gra
tuita; ademáis toda crianca é naturalmente solidaria com seus genitores- re
cebe o que estes tém. e nfo recebe o que estes nSo possuem. - Eis as 'res
pectivas palavras do S. Padre:
453
22 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 365/1992
"Cremos que em AdSo todos pecaram; ¡sto significa que a falta origi
nal, cometida por ele, fez que a natureza humana, comum a todos os ho
mens, cafsse num estado em que arrasta as conseqüéncias desta falta e que
nSo é aquele em que ela se encontrava antes, nos nossos primeiros pais, cons
tituidos em santidade e justica, e em que o hornera nao condecía o mal nem
a morte. A natureza humana assím decaída, despojada da graca que a reves
tía, fenda ñas suas próprias forcas naturais e submetida ao dominio da mor
te, é que é transmitida a todos os homens, e neste sentido é que cada ho-
mem nasce em pecado. Professamos, pois, com o Concilio de Trento, que o
pecado original é transmitido com a natureza humana, nao por imitacSo
mas por propagado e que, portante, ele é próprio de cada um".
6. O Protoevangelho
454
PECADO ORIGINAL: QUE É? 23
7. ConclusSo
455
Estranho par:
Biblia e Homossexualismo
it-Ct-ü
456
BÍBLIAE HOMOSSEXUALISMO 25
1. A Historia de Ló
a)Ofato(Gn19,1-29)
Sábese que o Senhor Deus houve por bem punir a cidade de Sodoma,
profundamente poluída pelo pecado de seus habitantes (cf. Gn 18,16-33).
Foram entSo dois anjos emissários de Deus a Sodoma, onde habitava Ló,
sobrinho de Abraáo; iam inspecionar a cidade antes da sua destruícáo. Tais
visitantes foram recebidos por Ló em sua casa. Eis, porém, que os sodomitas
insistiram com Ló para que Ihes entregasse os dois hospedes que iam pernoi-
tar na casa desse sobrinho de Abraao. Ló, porém, cíente de que tinham in-
tencdes perversas, ofereceu-lhes suas duas filhas virgens, em vez dos dois vi
sitantes. Estes, porém, afastaram os homens que queriam tomar de assalto
a casa de Ló, ferindo-os de cegueira. A seguir, Ló e sua familia receberam a
ordem de deixar Sodoma ¡mediatamente, e o castigo se desencadeou sobre a
cidade infqua. Cf. Gn 19,1-29.
2) Que dizer?
Lv 20,13: "O homem que se deita com outro homem como se fosse
urna mulher, ambos cometem urna abominacSo, deverao morrer, e o seu san-
gue caira sobre eles".
457
26 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"365/1992
458
BÍBLIA E HOMOSSEXUALISMO 27
2. Davi e Jónatas
2.1. O relato
Diz o texto sagrado que Davi nutria profunda amizade para com Jóna
tas, «Iho de Saúl; cf. ISm 18,1-7; 20,1-42. Morto Jónatas, Davi cantou a ele
gía da qual se destaca a seguinte passagem: "Tu me eras ¡mensamente queri-
459
28 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"365/1992
do; a tua amizade me era mais cara do que o amor das mulheres" (2Sm
1.26).
2.2. O significado
Notemos, alias, que Davi teve muitas mulheres - o que nSo se dá com
os homossexuais. Seja citado o texto de 2Sm 5,13-16:
460
BÍBLIA E HOMOSSEXUALISMO 29
1Cor 6,9s "Nao sabéis que os injustos nSo herdarSo o Reino de Deus?
Nao vos iludáis \ Nem os impúdicos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem
os depravados, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrdes, nem
os avarentos, nem os bébados, nem os injuriosos herdarao o Reino de Deus".
1 Tm 1,9-11: "Sabemos que a Leí nio é destinada aos justos, mas aos
iníquos e rebeldes, impíos e pecadores, sacrilegos e profanadores, parricidas
e matricidas, homicidas, impúdicos, pederastas, mercaderes de escravos,
mentirosos, perjuros e para tudo o que se opon ha á sS doutrina, segundo o
Evangelho da gloria do Deus bendito, que me foi confiado".
■ü-üú
D. Hélder Cámara
461
Advertencia:
A Associacao Dita
'Obras dos Anjos"
462
A ASSOCIAQÁO DITA "OBRA DOS ANJOS" 31
Ora nos últimos decenios está sendo difundida urna devocao aos San
tos Anjos, baseada em revelacóes particulares; para cada dia do ano julga ha-
ver um anjo patrono, de modo que o calendario dessa devocao, dita "Opus
Angelorum (Obra dos Anjos)", conhece 365 diferentes nomes de anjos!
I. O Documento1
463
32 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"365/1992
2. A Obra dos Anjos nao exigirá dos seus membros nem Ihes proporá a
chamada "promessa do silencio" (Schweige-Versprechen), ainda que seja le
gitimo conservar urna justa discrigSo acerca das coisas internas da Obra dos
Anjos, tal como convém aos membros de institutos da Igreja.
i
464
A ASSOCIACÁO DITA "OBRA DOS ANJOS" 33
ft-ü-ü
465
34 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 365/1992
Deus. - á de supor que na Obra dos Santos Anjos tal prática ten ha tomado
algum significado pouco condizente com as verdades da fé.
ifüú
466
Sabedoria humana e crista":
1. Séneca e o Tempo
Í "Meu caro Lucflio, reivindica a posse de ti mesmo. Teu tempo até ago
ra te era tomado, roubado; ele te escapava. Recupera-o e cuida dele. A ver-
dade, ei-la: nosso tempo, arrancam-nos urna parte dele, desviam outra parte
467
35 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 365/1992
e o resto nos escorre entre os dedos. Todavía é mais digno de censura perdé-
lo por negligencia. E, para quem considera bem, urna boa parte da vida de-
corre em feitos desaceitados; outra parte decorre na vadiagem; a vida inteira
passa enquanto fdzemos coisas diferentes daquelas que deveríamos fazer.
— Deixamo-lo escapar
por curiosidade desregrada ou por frivolidade;
por preguica, comodismo...
468
O TEMPO: VALOR BÁSICO 37
3) "Nosso erro está em pensar que a morte está diante de nos... Ela
já passou. Urna parte da nossa vida está atrás de nos e pertence á morte".
2. A Perspectiva CristS
469
38 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"365/1992
Jo 6,54: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida
eterna, eeuo ressuscitarei no último día".
Jo 11,25: "Quem eré em mim, aínda que morra, vivera, E quem vive e
eré em mim, ¡amáis morrerá".
Daí falar-se do hoje de Deus ou do hoje que Deus santifica com a sua
presenca. A epístola aos Hebreus enfatiza solenemente a importancia desse
HOJE, referindo-se, alias, ao SI 95 (94):
"Assim declara o Espirito Santo: 'Hoje, se Ihe ouvirdes a voz. nao en-
durepais os vossos coracSes, como aconteceu na ProvocacSo, no día da Ten-
tacSo, no deserto, onde vossos país me tentaram, pondo-me á prova, embora
vissem minhas obras durante quarenta anos. Pelo que me indignei contra es-
sa geracSo, e afirme/: sempre se enganam no coracSo, e desconhecem os
meus camlnhos. Assim jurei em minha ira: nSo entramo no meu repouso'"
(Hb 3,7-11, citando o SI 95 [94] 711).
Jo 5,25: "Em verdade, em verdade eu vos digo: vem a hora —eé agora
- em que os morios ouvirSo a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem, w-
verSo".
470
O TEMPO: VALOR BÁSICO 39
Rm 5,6: "Foi quando aínda éramos traeos que Cristo, no tempo mar
cado, morrea pelos fmpios".
471
40 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"365/1992
A epístola aos Hebreus faz eco a este modo de ver. No seu capítulo 11
passa em revista os grandes heróis da fé desde Abel até os irmá*os Macabeus
(sáculo II a.C), e acrescenta:
Isto quer dizer que o povo de Deus está em marcha na historia e aguar
da a consumacao dos dons de que goza seminalmente na vida terrestre.
Alias, ao referír-se aos Patriarcas bíblicos, o mesmo autor observa: i
472
O TEMPO: VALOR BÁSICO
Seja filho da luz, e nao filho das trevas: "Todos vos sois filhos da luz,
filhos do dia. Nao somos da noite, nem das trevas" (1Ts 5,5).
473
42 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"365/1992
Assim é que todo tempo é kairós para o cristáo. Este conta nSo apenas
com os seus talentos pessoais (sempre limitados), mas conta principalmente
com a grapa de Oeus para viver com plena consciéncia e dedicacao cada um
dos momentos de sua vida terrestre. E um dia o cristSo experimentará quao
verazes safo as palavras do salmista:
A Nulidade do Casamento da
Princesa Carolina de Monaco
A NOTA OFICIAL
475
44 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS"365/1992
476
A DISSOLUCÁO DO CASAMENTO DA PRINCESA DE MONACO 45
477
46 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"365/1992
ULTERIORES INFORMACOES
OsCustos
478
A DISSOLUCÁO DO CASAMENTO DA PRINCESA DE MONACO 47
circunstancias que podem levar a declarar um casamento nulo. Ela nao anula
um casamento; Ela reconhece a sua eventual nulidade. Esta difere do divor
cio no sentido de que o processo procura averiguar se desde o inicio o casa
mento foi inválidamente celebrado por um ou mais dos motivos seguintes:
1) falta de liberdade de urna das partes; 2) recusa de fidelidade ou de fecun-
didade; 3) imaturidade que impossibilite assumir um compromisso; 4) im-
possibilidade ponderável de viver a vida conjugal; 5) falta de discernimento;
6) incapacidade psicológica ou física de contrair as obrigacSes essenciais do
casamento; 7} erro de pessoa."
■ü-üit
"Já nao tenho nome. Aqora chamam-me 'o Velho', sem mais. Ou 'Pai, o
Ve I no' nos dias mais favoráveis. Minha barba pende como farrapos de linho
amarelado. Cuspi ou engoli todos os meus dentes, uns após os outros. Cami-
nho a passos curtos; fico sentado diante da minha porta ou dentro do meu
cubículo. Velho, parece que sou muito velho.
479
48 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"365/1992
A EXISTENCIA DO DEMONIO
Como se vé, o artigo em pauta nao é fiel á verdade, e nao pode ser tido
como canal de informales sobre o assunto abordado.
■ü-ü-Cr
480
LITURGIA E VIDA - 229 - JUL-AGO-SET - 1992 -XXXVIII
Congresso de Musicología
Crónicas Diversas
Crises dos últimos tempos
Crise ética e uma nota eclesiástica
Urna crise além da Ética
Uma Ética maior que ela mesma
Cinema: Aula de Ética
Ética dos "desenvolvidos"
O Santo: Ética do Céu
ORDINARIO
para celebracáb da Eucaristía com o povo
25? edicáo (atualizada)
Livros Monásticos: