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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
DECLARAgAO 291
Sujelto a mal-entendidos:
"RESPOSTA A JÓ"1 de Cari Gusiav Jung 301
NO PRÓXIMO NÚMERO :
«PERGUNTE E RESPONDEREMOS»
ADMINISTRAgAO REDACAO DE PR
Llvraria Mlssionária Editora Calxa Postal 2.666
Rúa México, 111-B (Castelo)
20.031 Rio de Janeiro (RJ) 20MO Bl° * Jaaielro <BJ>
Tel.: 224-0059
"TU NOS FIZESTE PARA TI"...
Aos 2/06 pp., a imprensa publicou uma entrevista do famoso
físico brasileiro César Lattes,pesquísador de renome internacional,
que se diz agnóstico ou ateu. Enquanto discorria sobre a teoría da
relatividade, o cientista propós também "observacoes nostálgicas
sobre o maís fiel de seus amigos nos últimos anos, o cachorro
Artur Gaucho, morto de cáncer em outubro do ano passado".
E confessou:
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3) Por isto também é difícil encontrar um ateu que seja
realmente ateu ou materialista. Na verdade, o ateu nao tem provas
de que Deus nao existe; se ele professa o ateísmo, faz urna oppáo
que nao decorre de demonstracao ou da evidencia mesma da
posicáo assumida. Por isto nao é raro encontrarem-se, nos ateus,
expressoes de anseio por valores trans-materiais, que sao os valores
espirituais ou/e religiosos. Refere mesmo a historia recente que
muitos grandes homens, professos do -ateísmo, alimentaram em
seu foro privado crendíces e superstipoes, que sao falsos substi
tutivos da verdadeira fé.
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«PERGUNTE E RESPONDEREMOS»
Ano XXI - N9 247 - Julho de 1980
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Bento ainda está longe, por certo, de ser o Patriarca dos monges do
Ocidente, no momento em que Gregorio se poe a redigir a sua vida. Gregorio,
porém, já reconheceu um vestigio de Deus nessa presenca do Espirito Santo
que chamamos santidade. Bispo, está ele em condicoes de discernimento, deve
avaliá-la, atestá-la. Atrai a atencao de seus cristlos para este homem em quem
se manifesta o Espirito do único Justo, como diz, o Espirito de Jesús Cristo,
de cuja plenitude os santos tudo receberam (Dial. 8).
É certo que cada época recebe santos que Ihe sao próprios, que tém
urna palavra bem precisa para entregar á sua Igreja. As formas exteriores de
santidade evoluem necessariamente para traduzi-la em sinal perceptfvel a cada
cultura. Na medida, entretanto, em que a santidade se nutre da medula do
Evangelho, é chamada a frutificar em todos os tempos; carrega urna men-
sagem que cada época deve decifrar para curar o mal que Ihe é peculiar
e para discernir os carismas que Ihe sao próprios.
Nao ignoráis como a Regra escrita por Sao Bento apenas para alguns
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XV CENTENARIO DE SAO BENTO
NSo há dúvida, e nada poderia fazer que fosse deoutro modo: o primeiro
passo que Bento ensaia, assim que Deus Ihe aceña, parece ser de recuo; resolu
tamente ele volta as costas á cidade, seja ela Roma, coracao da Cristandade.
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Eis o sinal de que Bento acaba de atingir o termo, de que seu deserto
está para florescer. Na solidao, ele completou o grande ciclo pascal. Fez suas
Páscoas com o Cristo, urna vez que, na face do primeiro irmao que encontrou,
reconhece as primicias da ressurreicao e do mundo novo: "Sim, irmSo, é
mesmo Páscoa, já que tenho a alegría de te ver".
Por que atrai Deus sua Igreja ao deserto? Quer seduzi-la, diz-nos o
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XV CENTENARIO DE SAO BENTO 9
no inicio da sua Regra. Sem dúvida, ele sabe de que está falando e quer amai
nar o entusiasmo dos recrutas falsamente atraídos por algum sublime ideal de
sobre-humana pefeicao. O monge nada tem de um super-homem. Nem sequer
é um justo, um daqueles para os quais Jesús nao veio. Ele se coloca entre os
pecadores e deve aprender a necessidade que tem de misericordia, como
qualquer um.
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único e sua única Regra, Regra viva e interior, inscrita em seu coracáo que se
tornou coracáo de carne, ¡sto é, vulnerável e maleável á máo de Deus.
Com efeito, diz Sao Bento na segunda passagem: "Urna vez galgados
todos esses degraus de humildade, o monge chegará rápidamente a tal cari-
dade de Deus que, perfeita, expulsa o temor. Por ela, tudo o que antes ele
observava nao sem apreensfo, comeca agora a guardar, sem nenhum esforco,
como que naturalmente e por hábito, nao mais por pavor do inferno, mas
por amor a Cristo, por hábito adquirido e alegría da virtude. Eis o que o
Senhor se dignará manifestar, pelo Espirito Santo, em seu operario" (cap. 7),
operario que 6 um pecador perdoado e restaurado na luz do Senhor.
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No campo da Psicología experimental:
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AÍNDA A FALA DOS ANIMÁIS 13
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neo; em 88% dos casos, ele falou táo somente para responder
a perguntas bem definidas formuladas por seu treinador.
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2. Reflexao final
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Que quer dlzer
Note-se outrossim que, antes de qualquer outra opcSo, os bispos em Puebla reafir-
maram as grandes verdades da fé a respeito de Jesús Cristo, da Igreja e do homem. Em
funcáb desta opcáb primeira e básica (opcáTo de fé) e que foram formuladas as demais
opcdes (pelos pobres, pelos jovens, pela familia, pela catequese. . .». O Documento de
Puebla foi urna renovacffo enfática da fé dos pastores latino-americanos ñas grandes ver
dades do Credo frente a tergiversacCes recém-ocbrridas em nosso continente.
1. Op;So
"Do conheci mentó vivo desta verdade (sobre Jesús Cristo) dependerá o
vigor da fé de milhoes de homens. Dependerá também o valor da sua adesao á
Igreja e da sua presenta ativa de cristáos no mundo. Desse conhecimento deri-
var-se-ao opcoes, valores, atitudes e comportamentos capazes de orientar e
definir nossa vida crista e de criar homens novos e, por conseguinte, urna
humanídade nova pela conversáo da consciéncia individual e social. De urna
sólida Cristologia descera luz sobre muitos temas e questSes doutrinais e
pastorais que vos propondes examinar nestes días".
"Vos vos congregáis aqui nao como um simposio de peritos, ná*o como
um congresso de dentistas ou técnicos, por mais importantes que possam ser
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"Com seu amor preferencial, mas nao exclusivo, pelos pobres, a Igre
ja..." (n9 1165).
"Jesús Cristo, Salvador dos homens, difunde seu Espirito sobre todos,
sem acepcao de pessoas. Quem, ao evangelizar, excluí do seu amor a inda que
seja uma única pessoa, nao possui o Espirito de Cristo. Por isto a acao apos
tólica tem de compreender todos os homens, destinados a se tornarom f ilhos
de Deus" (n9 205).
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PREFERENCIAL PELOS POBRES 21
Por conseguinte, se "o pea o" no caso nao é exclusao, deve ser
entendida como a atencáo especial que o. pastor deve dispensar ás
ovelhas mais carentes do rebanho precisamente pelo fato de serem
mais carentes ou necessitadas.
2. Os pobres
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OPCÁO PREFERENCIAL PELOS POBRES 23
"Nossa reflexáo lanca raízes no solo dos pobres: este é o lugar social
donde dirigimos as nossas perguntas ao Evangelho. Fazemos isto, conscien
tes de que os pobres na América Latina nao sao simplesmente pobres, mas,
sim, o resultado do pecado social que consiste em injusta organizacao da
sociedade" (ib. nP 189).
"Ao analisar mais a fundo tal situacao, descobrimos que esta pobreza
ná*o é urna etapa casual, mas sim o produto de determinadas situacoes e
estruturas económicas, sociais e políticas, embora haja também outras causas
da miseria" (n9 30).
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OPgÁO PREFERENCIAL PELOS POBRES 25
"Fundada para estabelecer desde já o Reino dos céus e nao para con
quistar um poder terrestre, a Igreja afirma claramente que os dois campos
sao distintos um do outro, da mesma maneira como sao soberanos os dois
poderes, o eclesiástico e o civil, cada qual no seu terreno próprio".
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OPCÁO PREFERENCIAL PELOS POBRES 27
Ver a respeito:
KLOPPENBURG, B., Puebla: opción preferencial por los pobres. CELAM Bogotá
1979.
DECLARADO
Tendo em vista o fato de que num programa de televisfo uma decía-
racfo minha nao foi suficientemente entendida, desejo esclarecer o meu
pensamento: nao negó em .absoluto a existencia do céu e do inferno, pois
se trata de realidades que a S. Escritura e o magisterio da Igreja professam
com nitidez; basta citar, por exemplo, o episodio de Mt 25, 31-46, onde o
Senhor Jesús distingue a sorte dos homens que amam a Deus e ao próximo,
da sorte dos que se fecham ao amor de Deus e do próximo. Todavia — foi
isto que eu quis dizer — nao se devem conceber as realidades do céu e do
inferno em termos fantasistas e imaginosos, como o faz o poeta Dante
Alighieri na "Divina Comedia". Nem se devem educar as enancas e os ado
lescentes num regime de pavor religioso, apresentando a imagem de um
Deus vingativo, pronto a punir a todo momento. Deus retribuirá a cada
um segundo as suas obras, como diz Sao Paulo (Rm 2, 6-9); tenhamos,
porém, confianca e esperanca em Deus; Este jamáis abandonará a criatura
que sinceramente o procure; também quandp nos julga, Ele é o Amor que
exerce a justica. De resto, aproveito o ensejb para renovar minha incondi
cional adesáo a todas as verdades da fé tais como as ensina a S. Igreja Católica
Apostólica Romana. ....... -_-
H Pe. EstévSo Bettencourt OSB
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Pouco se sabe a respeito de
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SITUAQÁO DE ANGOLA 29
OBSERVARES DE UM VISITANTE
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Fatos impressionantes
Atividades criminosas
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Ocupa;5o estrangeíra
Intoxicando ideológica
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SITUAQÁO DE ANGOLA 33
Acontecimentos perturbadores
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SITUAQÁO DE ANGOLA 35
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Sujelto a mal-entendidos:
resposta a jó"
de Cari Gustav Jung
1Antwort auf Hiob. TredueSó brasüelra do Pe. Dom Mateus Ramalho Rocha
O. S. B. Revisfib técnica de Dora Ferrelra da Silva. - Ed. Vozes, Petrópollt 1979,
140x21 Omm, 127 pp.
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'RESPOSTAAJÓ" 39
2. Jung e a ReligiSo
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40 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 247/1980 .
3. O problema do mal
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'RESPOSTA A JO" 41
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Vara propósito:
SILVEIRA, N. DA, Jung. Vida e Obra. - Ed. Paz e Térra. Rio de Janeiro 1978
(6? edMb).
livros em estante
Antropología teológica. Historia, problemas, perspectivas, por Bañista
Mondin. Traducao de María Luiza Jardim de Amarante. - Ed. Paulinas, Sao
Paulo 1979,130 x 200 mm, 306 pp.
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LIVROS EM ESTANTE 43
Este livro vem a ser uma coletánea de estu'dos elaborados sob a direcao
de Wolfgang Beinert, professor de Teologia Dogmática e Historia dos Dogmas
na Universidade de Ruhr (Alemanha). Teólogos de renome internacional
colaboram para elucidar o sentido profundo do culto a Nossa Senhora nos
tempos atuais, depois de anos de hesitacao a respeito na piedade católica. A
obra compreende tres partes: a primeira justifica teológicamente o acesso a
María, enfatizando o relacionamento da Vírgem María com Jesús Cristo e
com Deus Paí. A segunda parte considera as celebracoes marianas ocorrentes
na Liturgia latina, explanando os fundamentos dogmáticos e os temas de me-
dítacSo característicos de cada festa manaría. A terceira parte se fixa ñas
devocoes paralitúrgicas, como o Ángelus, o Rosario, as celebracoes de maio
e outubro, as peregrinajes, etc.
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A Carta aos Hebreus, por F. Dattler. — Ed. Paulinas, Sao Paulo 1980,
130 x 200mm, 175 pp.
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exame deste aspecto da questáo: afirmam que, desde a fecundacao do óvulo
pelo espermatozoide, existe um ser humano com todo o seu potencial (e
ná*o apenas um potencial de ser humano); basta alimentar o ovo fecundado
para que se torne enanca visfvel e adulto. Quanto ao argumento pro-aborto
derivado da explosáo demográfica, os autores asseveram que o aborto nao
contribuíu até hoje para conter o aumento populacional; julgam, porém,
que melhor distribuicao da renda nos países subdesenvolvidos seria fator
capaz de deter o aumento da natalidade, como tem ensinado a experiencia.
O livro aborda o assunto sob os mais variados aspectos: gravidez nao
desejada, violacao e incesto, eutanasia pré e pos-natal, direitos legáis da en
anca. . ., usando de estilo fácil, ilustrado por numerosos exemplos concretos,
dados estatísticos, referencias á legislacao de diversos países, fotografias. . .
A importancia do livro pode ser avaliada pelo grande número de edicSes que
conheceu em inglés e pelo fato de estar traduzido para sete línguas (inclusive
a chineza e amalaia).
é para desejar que a obra do casal Willke se difunda em ampios círculos,
pois contribuí para mostrar que é intolerável o aborto perante a ciencia como
também perante a consciéncia de todo cidadá"o esclarecido. Os autores se
revelam outrossim bons conhecedores da doutrina católica.
GUIA-ME TU,
LEVANDO-ME SEMPRE MAIS PARA A FRENTE!
AMÉM
JOHN H. NEWMAN