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P A U L O E M S E U Q U A R T O C E N T E N Á R IO
FEVEREIRO 1954
'S&kmãó- da 'Thó-ttian&CL
Alberto D ’Oliveira
26 A LIAHONA
São Paulo FE V EREIRO 1954
Rua Itapeva, 378
Tel.: 33-6761 ANO VII — N." 2
‘ Um g u ia nas fr e v a s ” 0 L iv ro ds M o rm o n - A lm a 3 7 :2 8 - 3 0
O R G A O O F IC IA L D A M IS S Ã O B R A S IL E IR A D A IG R E JA D E JE S U S C R IS T O D O S
S A N T O S D O S Ü L T IM O S D IA S
"A L IA H O N A ” é publi S U M A R IO
cada mensalmente no Bra
sil pela Igreja de Jesus E D IT O R IA L 28
Cristo dos Santos dos Ú lti
mos Dias. Preços das assi A R T IG O S E S P E C I A I S
naturas : cada exemplar,
A Visita do Pres. McKay ao B r a s i l ..................................... 29
Cr$ 4,00; por ano, Cr$
40,00; exterior, Cr$ 50,00. Discurso proferido pelo Pres. McKay, na Conferência de
Tôda correspondência deve 24 de Janeiro de 1954 .................................................... 30
ser enviada à Caixa Pos
Discurso Proferido pelo Pres. McKay na Sessão Especial
tal 862, São Paulo, S. P.
Dedicada aos Membros A le m ãe s ..................................... 39
D ir e t o r - R e d a t o r Um Profeta em I s r a e l ............................................................ 41
C L Á U D IO M A R T IN S DOS
SANTOS F A R IO S
II
Após a morte de Cristo e de Seus Apóstolos, a Igreja de Jesus Cristo
desapareceu da terra, pela A P O S T A S IA ... que é uma palavra simples que
significa REJEIÇÃO, ou TRAN SGRESSÃO da V ERD A D E. O Evangelho de
Jesus Cristo e seu corpo institucional, a Igreja de Jesus Cristo, foram tão cor
rompidos e modificados, a ponto de não poderem ser reconhecidos como Seus.
Consequentemente, Êle retirou Sua autoridade da Terra, ou, em outras pala
vras, Seu SA CERD ÓCIO , que é o direito ou autoridade delegados ao homem
para AGIR em Seu nome.
III
A REFO RM A foi um movimento iniciado por nobres e grandes homens,
como Martinho Lutero, João Wesley e Calvino, que trouxeram à claridade os
resultados da APOSTASIA que verificou-se da Igreja e do Evangelho do
Mestre. Foi, na realidade, uma REVOLU ÇÃO religiosa contra o êrro e muito
contribuído para que ficasse evidenciada a necessidade da RESTAURAÇÃO.
I V
O Evangelho de Jesus Cristo foi restaurado à terra e Sua Igreja restabe
lecida, através da instrumentalidade de Joseph Smith e de seus sucessores na
chamada profética. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a
Igreja restaurada de Jesus Cristo, como a O RG AN IZA ÇÃO que Êle dirigiu,
ensinando as D O U T RIN A S que Êle ensinou, observando as O RD EN A N ÇAS
que Êle observou e ordenou, conduzindo seus adeptos à ADORA ÇÃO , gosan-
do os D O N S DO ESPÍRIT O como Êle prometeu e funcionando sob Sua D I
VINA A U T O R ID A D E , conferida por Êle mesmo.
ASAEL T. SOREN SEN
Presidente da Missão
28 A LIAHONA
A visita do Presidente McKay ao Brasil
Acompanhado de sua espôsa, Irmã e, acima de tudo sábias, do Presidente,
Emma R. McKay e de seu filho e se ainda ecoam nos corações de todos os
cretário, Irmão Roberto Mc Kay, che que o ouviram. Seus sábios conselhos
gou ao Rio de Janeiro no dia 22 de Ja ficarão conosco para sempre e a “Liaho-
neiro último, o nosso querido Presi na” tem a grande satisfação de poder
dente David McKay. reproduzir nas páginas seguintes, as
palavras do Profeta.
Permaneceu êle na Capital do país
por dois dias tendo se deslumbrado com Também fez-se ouvir a Irmã McKay
a prodigalidade do nosso Pai Celestial que, em inspirada palestra, exortou as
em nos presentear com tão belas jóias famílias a batalharem sempre pelo
da natureza como as que conheceu no amor, união e paz constante no lar.
Rio. Visitou também o Ramo local, on A seguir, falou o Irmão Robert
de teve oportunidade de se reunir com McKay, pronunciando brilhante oração
os membros. que dispensou intérpretes, eis que se
No dia 24 de Janeiro, o Presidente e expressou em excelente castelhano.
sua família vieram a São Paulo, tendo Ouviu-se ainda, o nosso Presidente
sido recebidos no aeroporto de Congo da Missão, Asael T. Sorensen, cujas
nhas por um grande número de mem palavras vieram consolidar a posição
bros e missionários que festivamente os que tem conquistado em nossos cora
acolheram entoando a canção “Damos ções, como líder fiel e entusiasmado da
Graças a Tí por um Profeta”. Missão Brasileira.
Desde os seus primeiros instantes en Os ilustres visitantes foram saudados
tre nós, o Presidente conquistou o co pelo Elder Allen K. Coryell. Durante a
ração de todos que tiveram o privilé conferência, foi ofertada à Irmã McKay
gio de lhe apresentar as boas vindas. uma belíssima “corbeille” de orquídeas,
Um sorriso sincero estampava-se em seu pelo Ramo de Campinas e, ao Presi
semblante amigo e todos se comoveram dente McKay, foi também oferecida uma
ao ver a figura querida do Presidente lembrança dos membros do Brasil.
McKay. Lágrimas corriam pelas faces Os ilustres visitantes permaneceram
de muitos. entre nós até terça-feira, quando em
Durante o domingo, o Presidente barcaram para Montevidéo, prosseguin
McKay fez-se ouvir três vezes, isto é, na do em sua viagem de amor fraternal pe
Escola Dominical, na conferência rea lo mundo.
lizada à noite e também numa reunião Partiu o Presidente e Profeta, mas
dedicada especialmente aos membros fica em nossos corações, para sempre,
alemães, com um intérprete para sua a figura inesquecível do nosso Irmão
língua. As palavras sinceras e amigas McKay.
Fevereiro de 1954 29
Da esquerda para a direita vemos o Irmão Robert McKay e seus pais, o Presidente David O.
McKay e Irmã Emma R. McKay, que nos distinguiram com sua visita, trazendo-nos sábias e
inspiradas mensagens.
30 A LIAHONA
terra. 0 amor e devoção que trazem em continuar sua viagem pelo mundo, ir
seu coração pelo Evangelho de Jesus radiando os ensinamentos do Salvador,
Cristo, foram evidenciados por sua de- inspirando os Santos a maior diligên
montração de alegria e felicidade à sua cia e influenciando a nós, missionários,
chegada. Para êles êste foi o maior a fazer maior esforço para levar esta
acontecimento em suas vidas, ver o pro alegre mensagem aos honestos de co
feta vivo do Senhor aqui entre êles. ração, que vagueiam na escuridão, pa
Muitos choraram como crianças ao pen ra que possamos trazer maior número
sar que poderiam vê-lo e ouvi-lo. É de almas ao nosso Pai Celestial.
como um sonho para êles, como tam Que o Senhor continue convosco até
bém para nós nas fileiras missionárias. o final de sua viagem, para que pos
Estendemos-lhes, Irmão e Irmã sam ter maior alegria e felicidade, che
McKay, nosso amor e admiração. Agra gando ao seu destino em segurança.
decemos o nosso Pai nos Céus por sua
grande sabedoria e vida exemplar, mos Sinceramente,
trando o grande amor que têm em seus Seus companheiros de trabalho” .
corações por todos os filhos do Pai,
não importa onde se encontrem. (Assinado pelo Presidente e pela Ir
Nós o apoiamos, querido irmão, e mã Sorensen e todos os missionários).
rogamos ao Senhor que continue a aben Recebemos também uma saudação
çoá-lo e à Irmã McKay com saúde verbal dos Santos de Ipoméia que la
abundante e energia, para que possam mentaram não poder estar presentes e
Vemos abaixo o Presidente e Irm ã McKay, entre um grupo de irmãos que lhes foram dar
suas boas vindas a São Paulo, na manhã de 24 de Janeiro último.
Fevereiro de 1954 31
também dos membros de joinville. Nós mos com os mal informados e com os
as recebemos com apreciação. cheios de preconceitos que nos culpam
Tivemos o privilégio de visitar qua e dizem mentiras a nosso respeito, mas
se tôdas as missões do mundo. Após lamentamos que as pessoas honestas
visitarmos o Uruguai, Argentina e as estejam tão mal informadas e que se
Missões da América Central, que es tornem cheias de preconceitos não in
tão incluídos em nosso itinerário, tere vestigando o Evangelho.
mos tido o privilégio de visitar tôdas as Neste momento, em alguns minutos,
missões do mundo. Uma das caracte delinearei os propósitos desta Igreja.
rísticas que encontramos em tôdas as Direi primeiramente que ela está no
nações que visitámos, foi o espírito mundo para fazer os homens melhores
de amor, confiança, boa vontade e ami e mais felizes. Complementa a vida dos
zade. Se todo o mundo pudesse gozar homens, como o Presidente Sorensen
dêsse afeto mútuo que é uma das ca disse esta manhã, desde o estado pré-
racterísticas dos Santos dos Últimos existente e durante o estado mortal (a
Dias, quão maior felicidade não have segunda existência) e explica para on
ria entre a humanidade. O Salvador de iremos após a morte. Esta noite tra
disse “ Pelos seus frutos os conhece- tarei de apenas um ou dois ideais que
reis”. Êste amôr e confiança são frutos desejamos atingir, coisas reais da vida
do assim chamado Mormonismo. que nos darão felicidade. Tôdas as pes
É realmente lamentável que as pes soas têm o direito de ser felizes e tô
soas honestas do mundo não nos com das podem ser felizes se aceitarem os
preendam melhor. Não nos preocupa princípos de vida e salvação. Sei que é
O Presidente David O. McKay, tendo ao lado o seu intérprete, Irmão Alfredo Vaz, examina
com interesse uma pequena lembrança que lhe foi oferecida pelo Ramo de São Paulo.
32 A LIAHONA
A Irm ã Emma R. McKay ao pronunciar seu discurso de saudação, muito apreciado por todos
e que foi interpretado pela Irmã Myriam B. M. de Castro, que vemos ao seu lado.
verdade e qualquer pessoa pode pro colhe o caminho que deve seguir, para
vá-lo. o bem ou para o mal.
Um dos primeiros princípios que a Mencionarei agora um segundo prin
Igreja declara ao mundo é que todo in cípio — a consciência do auto-domí-
divíduo é livre. O dom do livre arbí nio ou outo-controle. Pensem nisto por
trio de nosso Pai Celestial, é tão pre- um momento. Vocês têm liberdade pa
■ ’SO >• io a própria vida. Deixem que ra escolher — êste é o primeiro — e o
ia indivíduo sinta que tem o direito segundo, que você vai dominar o seu
escolha. Poderá escolher o bem e ambiente, seus apetites, seu tempera
obter felicidade ou poderá escolher o mento. Em outras palavras, você não
mal e sofrer infelicidade. Deus está se quererá ser um escravo e, assim, a Igre
esforçando para fazer os homens como ja ensina que no lar o espôso, a espo
Êle próprio. Para fazer isto, deve pri sa e as crianças devem controlar seu
meiro fazê-los livres. Nenhum homem gênio e, especialmente, controlar suas
poderá forçar outro a fazer o bem. Po línguas. Quando alguma coisa está er
derá fazê-lo externamente com um chi rada, em vez de entregarem-se ao gê
cote sôbre êle, mas até que o homem nio e dizerem palavras ásperas, segu
faça o direito do fundo de seu íntimo, re aquela língua, não somente para a
por seu próprio impulso, êle não pode paz no lar, como para seu auto domí
rá obter benefício de sua liberdade de nio.
escolha. A Igreja ensina que não devemos in
Êste é um dos princípios fundamen sultar o nosso próximo, que não deve
tais neste estado mortal e cada um es mos encontrar defeitos nas autoridades
Fevereiro de 1954 33
que presidem os ramos ou nos profes jeira nas raízes do meu lírio”. “Deixa-
sores das escolas públicas. Os insultos me vêr”, disse o filósofo,e tomou a ro
não produzem felicidade. Podemos ver sa do primeiro, quebrou o espinho da
franqueza em nosso próximo e gosta haste e devolveu-o ao homem. Tomou
mos de salientar essas fraquezas, por o jasmim, retirou a fôlha morta e a co
que algumas vezes pensamos que ao fa- locou de volta na mão do segundo ho
zê-lo estamos nos elevando. Está er mem. Tomou o lírio e retirando a su
rado — a felicidade jamais vem por jeira das raízes, colocou-a na mão do
vermos os defeitos de nosso próximo. terceiro. Segurando a rosa, o jasmim
Eu gostaria de ilustrar êste princípio, e o lírio, disse: “Aí está, cada um de
com a seguinte história: vocês tem o que o atraiu primeiro. Vo
“Muitos anos atrás, no Japão, os fi cê procurou o espinho e o encontrou,
lósofos e professores ensinavam aos porque eu o deixei de propósito na has
trabalhadores, lições da natureza. Os te da rosa. Você viu a fôlha porque eu
japoneses são amantes da natureza. a deixei no jasmim. Você procurou su
Mesmo hoje em dia, se você seguir uma jeira no lírio e a encontrou. Fiquem
trilha irregular, levando para o alto de agora com o espinho, a fôlha e com a
uma elevação, esteja certo de que ela o sujeira. Eu ficarei com a rosa, o jas
levará para um belo cenário, talvez do mim e o lírio, pela beleza que vejo ne
monte Fujiyama ou outra vista maravi les.”
lhosa. Muitos anos atrás aqueles filó Irmãos, quando nos olhamos uns aos
sofos saiam da cidade, traziam flores e outros na Igreja, em nossos lares, em
estudavam lições da virtude. Certo dia, nossa visinhança, vemos talvez um es
após ter dado a sua lição, um daqueles pinho, uma fôlha morta e algumas vê-
filósofos estava atravessando os mu zes sujeira, da mesma forma que os Fa
ros da cidade a fim de trazer outras li riseus encontraram naquela pobre mu
ções, quando um dos trabalhadores dis lher a quem jogaram aos pés do Sal
se: “Quer fazer o favor de me trazer vador. Mas, se procurarmos, podemos
uma rosa hoje, a fim de que eu possa também encontrar uma rosa, um jasmim
estudar uma flor como nos explicou na e um lírio em seus caráteres. Seremos
noite passada?”. Éle não havia anda felizes se procurarmos o bem em nosso
do muito quando um segundo aproxi próximo e não o mal. Isto não 'quer di
mou-se e disse: “Quer fazer o favor de zer que devemos favorecer ou que não
me trazer um jasmim para que eu possa devemos condenar o pecado e ao con
estudar a lição que nos deu antes de trolar nosso gênio e nossas línguas, ga
ontem?” e, quando o filósofo já se ia nharemos energias para controlar nos
afastando dos portões da cidade, um sos apetites. Não é um triste comentá
terceiro dise: “Quer fazer o favor de rio sôbre a humanidade, dizer que o
me trazer um lírio hoje? Eu gostaria homem é escravo de seus apetites, que
de estudar aquela lição sôbre pureza.” precisa ter o seu whiskey? que não
Quando o filósofo regressou naquela pode passar sem êle? que precisa ter
noite, encontrou os três homens a espe o seu fumo? Seria melhor dizer: “Pos
rá-lo no portão. Ao primeiro deu a ro so jogá-los fora, se quizer”. Porque
sa, ao segundo o jasmim e ao terceiro ser um escravo?
o lírio. Então o homem que tinha a ro Em algum lugar aqui tenho a afir
sa disse: “Olha, há um espinho na has mativa de um homem que diz: “Um
te de minha rosa”. E o segundo ho bêbado pertinaz encontrou um meio de
mem disse: “Há uma fôlha morta no saciar sua sêde?” Não, absolutamente
meu jasmim”. O terceiro, encorajado não. Transforma seu desejo natural em
pela crítica dos outros, disse: “ Há su obsessão mórbida e torna-se sua pai
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xão dominante. Agora, isto não é um na Alemanha, após a qual um jovem veio
escritor Mormon. Foi um homem que a mim e disse: “ Seus jovens não vivem
disse: “ Eu prefiro não ser aquele ho assim”. Eu disse: “Nossos jovens vi
mem a ser Presidente dos Estados Uni vem assim”. Êle não poderia acreditar,
dos”, mas êle era o presidente dos Es mas é verdade! É por isso que construí
tados Unidos quando disse isso. mos templos e encorajamos todos os jo
Não tem senso quem procura felici vens a viverem de maneira tal em sua
dade em prosperidade material somen adolescência que quando chegar o tem
te. Se considerarem o propósito mais po de casarem, possam entrar no tem
elevado da Palavra de Sabedoria, re plo e possam fazê-lo livres de qual
sistirá àquelas coisas que estimularão quer impureza ou pecado. O jovem ra
seu corpo e demandarão mais e mais paz, ao ajoelhar-se ao altar, dará àque
Quando você alcançar um senso de do la jovem a mesma pureza de vida que
mínio sôbre sua língua, seu gênio e seu espera que ela lhe dê. Êste é o começo
apetite, terá a conciência de domínio da felicidade no lar. Êste é o começo da
sôbre a paixão dominante que o leva saúde dos filhos ainda não nascidos,
ria a atitudes que trariam infelicidade ao que mais tarde virão abençoar aquele
seu lar. E assim podemos dizer aos nos lar. Neste princípio encontra-se uma
sos jovens no mundo: “Mantenham-se das chaves para a entrada em lugares
livres do pecado da incastidade — mo altos e sagrados e pelos quais podere
ços e moças” . mos manter a raça humana impoluída.
Eu disse isso um dia numa conferência Êstes são apenas alguns dos princí-
Parte da audiência1que literalmente ocupou a sala de reuniões da capela do Ramo de São Paulo,
na conferência de 24 de Janeiro último.
Fevereiro de 1954 35
Varios aspetc
Presidente M
Diante da imagem do
McKay, visivelmente etm
30 do capítulo 11 de S.
mim, todos os que estais
aliviarei. Tomai sôbre v
mim, que sou manso e h
reis descanso para vossa
suave e o n
36 A LIAHONA
da visita do
ay ao Brasil
mm®#*
Fevereiro de 1954 37
(Continuação da pág. 35) auxílio, envie-me seu nome e eu lhe en
viarei o dinheiro de meu filho para aju
pios fundamentais praticados enquanto dá-lo na missão”. Um caso excepcio
estamos aqui neste estado mortal. Pe
nal! exclamarão. Não, milhares de nos
dimos aos membros da Igreja para ama
sos jovens expressam a mesma vonta
rem o que Deus nos deu neste mundo.
de de prestar serviço aos outros, pre
Todos podem gozar as belezas da na
gando o Evangelho de Jesus Cristo.
tureza. Vocês viram o maravilhoso nas
O tempo não permite e eu os cansa
cer do sol hoje de manhã?
ria se proseguisse, mas, ó irmãos, se o
Ao olharmos de nossa janela vi
( Continúa à pág. 42)
mos uma pintura que um artista havia
dependurado na parede, no outro lado A Irm ã McKay posa para a nossa objetiva ao
da rua. Coloquei os meus óculos de al lado da belíssima “corbeille” de orquídeas que
lhe foi oferecida pelo Ramo de Campinas.
cance e ví que era uma bela* cena. Um
homem qualquer talvez pagará uma al
ta soma por aquela pintura. Mas a Ir
mã McKay e eu olhamos por outra ja
nela que dava para a praia e lá esta
va uma das mais belas pinturas da na
tureza, brilhante, bela e cheia de ins
piração. Não nos custou nada: era nos
sa — é sua. Êste é um dos motivos pe
los quais ensinamos em nossa Escola
Dominical, na Primária e na Mútuo,
a bondade de Nosso Pai Celestial por
nos dar tôdas essas coisas. E cantamos
“Conta as muitas bênçãos, di-las duma
vez e verás supreso quanto Deus já
fez”.
Mencionarei agora só mais um, que
é o desejo de fazer outros felizes, pres
tando-lhes nossos serviços. Nossos ra
pazes estão no exército, dando seu ser
viço, respondendo à chamada da pátria.
Na segunda guerra mundial, um jovem
da Igreja, economisou seu pequeno sol
do que lhe era dado pelo Govêrno e
enviou-o para sua mãe depositar no
banco. Êle não o usou em indulgência,
bebedeiras e diversões malsãs, mas o
enviou para casa, dizendo: “Quando eu
voltar quero ir fazer uma missão”. Eco-
nomisei êste dinheiro para ajudar a pa
gar minhas despesas”. E então acres
centou: “ Se eu não voltar, use-o para
ajudar outro jovem qualquer no cam
po missionário”. Bem, êle não voltou.
Deu sua vida por seu país, mas sua
mãe nos escreveu uma carta, dizendo:
“Se qualquer jovem precisa de algum
38 A LIAHONA
Durante sua estada entre nós o Presidente McKay nomeou o Irmão Urban W . Haws e o
Elder W illiam V. Larsen, respectivamente primeiro e segundo conselheiros da Missão Brasileira.
Vemos no clichê, da esquerda para a direita, o Elder Larsen, Presidente Sorensen, Presidente
McKay e o Irmão Haws.
Fevereiro de 1954 39
encontram-se na Alemanha. Na última pelas em Berlim, capelas bem valiosas,
semana de junho de 1952, realizamos com páteos para recreação e salas de
grandes reuniões em Hamburgo, Ber aula, tal como as que temos nos Esta
lim, Hanover, Frankfurt e, em Berlim dos Unidos e eles têm uma excelente
mesmo, tivemos algumas passagens in séde missionária em Berlim. A maior
teressantes e memoráveis. Se eu fôsse parte do dinheiro gasto naquela missão
dontar tôdas a vocês eu os reteria mais saiu do bô'«o do Presidente Stover, sem
do que prometi no princípio. Mas, em que diss. tivéssemos conhecimento.
Berlim, logo que deixamos o avião, fo Ação nobre que um homem faz quando
mos imediatamente a uma reunião mis tem o testemunho da verdade.
sionária e lá, para minha grande sur- Vocês ficarão contentes em saber que
prêsa, estavam vinte e sete dos nossos no Domingo nós alugámos uma das sa
missionários locais da Zona Russa. Êles las de cinema. O maior cinema que êles
tiveram permissão para vir, contanto tinham em Berlim e que não foi des
que prometessem voltar. Um dos Elde- truído durante a guerra, comportando
res disse-me que os oficiais Russos dis 2.500 pessoas e estava tão cheio que as
seram: “Sabemos para onde vocês vão pessoas tinham que ficar de pé pelas
e porque vão. Não tentem nos enganar, passagens. Os policiais, em número de
pois sabemos o que êles dizem”. E êles 14, disseram “que era contra o regu
tinham seus espiões lá, mas não naque lamento permanecerem de pé e que êles
la reunião, porque era uma reunião mis tinham que sair”. Então alguns dos El
sionária onde podíamos ouvir seus tes deres se levantaram deixando em seus
temunhos sem sermos molestados. Sou lugares alguns dos Santos e se dirigi
bemos pelos Elderes e pelo Presidente ram para fora. Uma vez lá, um dos El
Glaus que nenhum panfleto podia ser deres dirigiu-se ao chefe dos policiais
distribuído nas cidades alemãs sob e explicou: “ Não haverá perigo, pois
ocupação russa. Sômente era permitida ninguém fumará dentro não podendo
a distribuição da Bíblia e do Livro de portanto haver nenhum incêndio”. O ob-
Mormon. Os serviços religiosos eram (■
Continua à pag. 42)
realizados com a condição de que êles
enviassem aos oficiais o programa com O Presidente e Irmã McKay, apreciam a beleza
de uma de nossas praias cariocas.
os nomes das pessoas que iriam falar
e sôbre o que iam falar. Mas, vejamos
o que é a liberdade russa.
Desde a época do Presidente Stover,
tentamos durante anos a fio comprar lo
tes de terrenos para edificar capelas,
sem contudo nos ser permitido. Os ofi
ciais Russos não nos repeliam mas nos
iludiam sempre, sendo que até o pre
sente ainda não pudemos obter uma ca
pela, não pudemos obter uma casa e
nem nada. O comunismo é um inimigo
da verdade da Igreja. Nega a existên
cia de Deus, a expiação de Jesus Cris
to e a liberdade individual do homem
e êstes são os três princípios funda
mentais do Evangelho de Cristo.
Vocês se alegrarão por saber que en
quanto estivemos lá, dedicámos duas ca
40 A L1AHONA
UM PROFETA EM ISRAEL
“Certamente o Senhor Deus não fará A promessa a tal obediência ao pre
coisa alguma sem revelar seus segre sidente da Igreja foi maravilhosa: “pois
dos aos Seus servos, os profetas (Amos fazendo estas coisas, as portas do in
3 :7 ) ”. ferno não prevalecerão contra vós; sim,
Quando isto foi dito ao povo de Deus, o Senhor Deus dispersará os poderes do
não foi indicado um tempo de dura mal diante de vós e fará os céus treme
ção para essas palavras. Elas não se rem para o vosso bem”.
referiam a nenhuma particular dispen- O Presidente da Igreja naquêle tem
sação, mas, sim, a todos os trabalhos po, era Joséph Smith. A êle foram da
de Deus com seu povo. Era uma defi das tôdas as chaves da última dispen-
nição da Sua maneira de dirigir Sua sação. Êle recebeu autoridade de men
Igreja. sageiros divinos enviados à terra, pode
rosos e grandes homens do passado, os
Teria Deus uma Igreja sôbre a terra
quais, como profetas de seu tempo, pos
e não a dirigiria? Poderia Êle fazer is
suíam os poderes do Sacerdócio e ago-
so, sem contínua revelação, de acôrdo
ía deram êsses poderes a José Smith.
com as necessidades de seus filhos? E
Iriam todos êsses poderes morrer
a quem daria tais revelações? “Certa
mente o Senhor Deus não fará coisa al com Joseph Smith? Morreram com êle?
guma sem revelar Seus segredos aos Sabendo que seria martirizado e saben
Seus servos, os profetas”. do que as chaves dêsses poderes deve
riam ficar na Igreja “para o trabalho
Revelação é uma parte do trabalho do ministério”, o profeta conferiu aos
do Senhor! É tão importante para Seu Doze tôdas as chaves da autoridade que
povo receber orientação do alto, como possuia. Assim essa autoridade foi
saber e reconhecer a voz do Bom Pastor. transferida a cada novo Presidente da
Quando a atual Igreja de Jesus Cris Igreja, até hoje.
to foi estabelecida sôbre a terra, a re O Presidente da Igreja hoje, assim
velação tornou-se parte integrante dela, como no tempo de Joseph Smith, ainda
exatamente como na Igreja primitiva. trás com êle os títulos e poderes já men
Assim como havia profetas antigamen cionados nas designações dadas pelo
te, o Senhor colocou-os na Igreja mo Senhor, no dia em que a Igreja foi or
derna. ganizada. Êle ainda é o profeta, viden
Nos primeiros dias, quando a Igre te, revelador, apóstolo e elder.
ja foi organizada, o Senhor ordenou o As promessas de aceitar sua lideran
Presidente como “vidente, revelador, ça, ainda estão conosco hoje. Se obe
profeta, apóstolo de Cristo e elder da decermos sua palavra “como se fôssem
Igreja”. de minha própria bôca”, as portas do
Falando aos Santos dos Últimos Dias inferno não prevalecerão contra nós, os
sôbre seu Presidente, o Senhor disse: poderes do mal serão dispersados dian
“Portanto, significando a Igreja, deve- te de nós e os céus tremerão por nós.
reis ouvir suas palavras e mandamen Assim como no passado, temos hoje,
tos, os quais êle vos dará como os re um profeta, vidente revelador, como ca
ceber, andando em tôda a santidade beça da Igreja. Êste homem é David
diante de mim. Pois, suas palavras de- O. McKay. Êle está na direção. É o ver
vereis receber como se fossem de mi dadeiro sucessor de Joseph Smith. Pos
nha própria bôca, com tôda paciên sui os poderes, autoridade e chaves que
cia e fé”. Joseph Smith possuia! O Senhor está
7evereiro de 1954 41
com êle! Guia-o e fala ao povo atra homem entre os homens! Homem sem
vés dêle! “artifícios”. Seguindo-o traremos para
O Presidente McKay é o “porta-voz” nós aquêle estado de felicidade em que
de Deus, na terra.Se o seguirmos, êle existe a paz, paz que não poderá ser
nos guiará através da “porta estreita” imaginada pelo entendimento humano.
pelo caminho estreito que nos leva à vi Éle nos conduzirá a Deus.
da eterna.
É amado por seu povo e por todos Tradução da
aquêles que o conhecem! É um grande Irmã Ana Mar ba Pereira
Discurso proferido pelo Pres. McKay na sessão aquêle quadro. Esta é a destruição da
( Continuação da pág. 40) guerra. Ela não favorece ninguém. So
frem os vencidos e sofrem os vencedo
jetivo da nossa reunião foi então ex res. Mas, em Hamburgo, repito, e em
plicado ao policial que lhes deu permis Berlim, há grande atividade de recons
são para voltarem e ficarem pelas pas trução das pontes, casas e edifícios pú
sagens, permanecendo entre êles o dito blicos.
policial. Foi uma das mais notáveis reu Irmãos e Irmãs, nossa missão é de
niões em que tomei parte durante a via paz. Como vocês ouviram esta tarde,
gem. Vinte e cinco anos antes, meu ir nós aqui estamos para pregar os prin
mão Thomas tinha sido prêso por pro cípios da retidão, da boa vontade e da
mover reunião semelhante. Ao finali paz. Em outras palavras, apelamos ao
zar a reunião, os oficiais ficaram em fi espírito do homem, não aos seus dese
la, saudaram-nos e nos conduziram jos físicos e paixões, mas ao que há de
através da multidão que se tinha for mais sublime e melhor, e isto é difícil
mado. de se pregar a homens que não acredi
Fomos de Berlim a Hanover e dedi tam que existe um espírito no homem.
camos uma outra capela e depois par Os comunistas pensam que somos o re
timos para Frankfurt. sultado da evolução física, que esta
Vocês devem sentir-se felizes em sa mos aqui para viver, para perpetuar
ber que a Alemanha está se reconstruin nossa espécie e quando morrermos tudo
do. Á própria Berlim está se livrando de se finda. O indivíduo se perde para o
seus escombros. Muitos prédios foram bem do Estado. O fato é que o Estado
destruídos e também a Unter den Lin- existe para o bem do indivíduo. O Se-
den. Estive lá em 1923 e quando vol nnor quer salvar a todos os Seus filhos
tei em 1952, cortava o coração ver ( Continúa à pg. 46)
42 A LIAHONA
D e p a r t a m e n t o das Auxiliares
Pela Irmã GAIL TERRY
Doutrinas e Convênios 68 :23 — “E êles que resumimos abaixo e que foi escri
também ensinarão às suas crianças a orar to por Archibald F. Bennett.
e andar em retidão perante o Senhor”.
“Em tôda a Igreja, honramos Richard
Êste é um mandamento de Deus da Ballantyne, como o Pai da Escola Do
do a Joseph Smith, em Novembro de minical da Igreja. Em todos os domin
1831, como orientação aos pais e mes gos pela manhã, centenas de milhares
tres da Igreja e, nas palavras do nosso de crianças recebem os benefícios de
atual Profeta e Presidente, David O. um método de estudo do Evangelho,
McKay, “se os pais não têm guiado a instituído há muito tempo atrás por
mocidade, é então dever dos professo êste inspirado professor pioneiro. Tu
res das auxiliares compensar nas vidas do em seu redor parecia ser bom. Gran
dessas crianças, o amor que têm per de sinceridade e espírito de reverência
dido talvez em virtude de lares desman o acompanhavam sempre. Sua atitude
chados. Considero a organização da de devoção pela Igreja, causou grande
Igreja como a maior oportunidade ja impressão sôbre todos, inclusive sôbre
mais dada aos homens para o preparo sua família. Relatou certa vez um so
adequado da mocidade. Eu vos digo nho impressionante que teve. Viu uni
que o tempo chegou em que a nação, o grande edifício em meio de construção,
Estado, o lar e a Igreja devem olhar com os alicerces já deitados e parte da
mais direta e particularmente pelos me estrutura levantada. Viu também um
ninos e meninas e treiná-los no cami grande número de jovens jogando ao
nho que devem seguir, pois, quando tor redor do edifício e subindo pela estru
narem-se adultos, poucos se afastarão tura. Viu finalmente um policial cor
dêle. rendo atrás deles, tentando agarrá-los.
“Simão, filho cie Jonas, amas-me?" Um dêles correu para o Irmão Ballan
“Sim, Senhor; tu sabes que te amo” . tyne e, com uma fisionomia suplican
“Apascenta aos meus cordeiros” . te, gritou: “Oh, ensina-me. Oh, ensi
Jesus disse a êle pela segunda vez: na-me”. Êste sonho causou-lhe profun
“Simão, filho de Jonas, amas-me?..... da impressão, parecendo indicar seu
Apascenta as minhas o v e l h a s (loão trabalho especial na vida.
21:15-16). Sua filosofia, que o levou ao esta
Esta foi uma das últimas e mais im belecimento da Primeira Escola Domi
portantes instruções que Jesus deu aos nical em Utah, foi assim definida em
seus Apóstolos após a sua resurreição. suas próprias palavras: “ Há crescimen
A tarefa de cuidar de seu rebanho e ali to nos jovens. A semente plantada em
mentar seus cordeiros é tão aplicável no seus corações tem mais possibilidades
presente como foi nos dias de Pedro. de produzir frutos do que quando plan
A Igreja de Jesus Cristo deve aceitar tada anos mais tarde. Eu queria juntá-
particularmente esta responsabilidade. las (as crianças) numa escola em que
pudessem aprender... a bondade de
ESCOLA DOMINICAL Deus e a verdade do Evangelho de sal
vação dado por Jesus Cristo”.
A revista “The Instructor” , publicou Êle parecia ser um professor inato
recentemente um artigo sôbre o pai da e era incansável em seus esforços pa
Escola Dominical da Igreja de Jesus ra ensinar, mesmo aos seus 22 filhos.
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Sua família sempre orava em conjunto
Fevereiro de 1954 43
em seu lar, reinando sempre um mara como verão prontamente, não somente
vilhoso espírito. Era um homem de o que temos em literatura sagrada, co
grande fé. Disse certa vez à sua espo nhecida como trabalhos fundamentais
sa: “Nossos filhos estão onde podem de escritura, mas também os registros
aprender o caminho mais perfeito de de Deus, em criação. Juntamente com
Deus, o que, em nossa infância, não pu êstes trabalhos fundamentais de cria
demos aprender e, por êste seu privilé ção e revelação, temos acesso a tôdas
gio, estou muito grato”. Em outra oca as relações entre os homens, como se
sião, disse: “Meu principal trabalho na res sociais e sua atitude e relação com
vida, durante os últimos cinqüenta anos, Deus e seu trabalho. São os registros
tem sido o de construir o reino de Deus”. dos contactos de Deus com o ho
Nos funerais de Richard Ballantyne, mem que vamos agora considerar por
cm 1898, o Presidente George Q. Can- alguns minutos. Nós os chamamos li
non, disse: “Eu posso dar o meu teste ções. Tiramos dêsses registros nas es
munho do seu trabalho, de sua retidão crituras, na natureza, ou na vida, um
e de sua devoção à verdade, sua inte capítulo, um incidente, um parágrafo,
gridade inabalável e digna de confian sôbre o qual construímos uma lição, que
ça. Amou o trabalho de Deus e tam apresentamos aos jovens com o propó
bém amava o quinhão que lhe foi atri sito especial de convencê-los da ver
buído nesse serviço. Seu amor ao pró dade, e, se possível, de os induzir a
ximo ficou evidenciado em sua devoção aplicá-la em suas vidas.
aos seus filhos. Procuravam-no para É um engano dos jovens imbuírem-
indicar o caminho da vida e da salva se com o sentimento de que qualquer
ção e êle sempre o fez com sucesso”. coisa associada com religião é desagra-
davel ou deprimente. A mocidade é o
ASSOCIAÇÃO DE MELHO período alegre da vida; tôdas as côres
do futuro são brilhantes. Seus corações
RAMENTOS MUTUOS sáo esperançosos e é nosso dever fazer
Novamente recorreremos ao conselho com que suas esperanças se realizem.
e sabedoria de nosso Profeta e Presi Espero que a mocidade compreenda
dente David O. McKay: que essas esperanças são melhor reali
“O fim último do trabalho de Melho zadas dentro dos limites da vida reli
ramento Mútuo, é auxiliar na realiza giosa.
ção, sob inspiração e orientação de
Deus, da imortalidade e vida eterna do PRIMARIA
homem. “Amarás o Senhor teu Deus de todo o
Temos como propósito direto e ime teu coração, e de tôda a tua alma e de
todo o teu pensamento. Êste é o primeiro
diato ,o estabelecimento nos corações e grande mandamento. E o segundo, se
dos jovens, de um testemunho da divin melhante a êste, é : “Amarás o teu pró
dade do trabalho de Deus, sem o qual ximo como a ti mesmo”. (Mateus 22:
a vida eterna não poderá ser obtida, 37-39).
pois, “a vida eterna é esta: que conhe Você pode amar alguém que não co
çam a tí só por único Deus verdadeiro nhece? Neste mês vamos aprender algo
e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” a respeito de nosso próximo, que vive
(João 17:3). na terra em que Jesus nasceu, Israel.
Como meio para alcançar êste fim, 0 Estado de Israel, é um dos me
puzemos à nossa disposição e uso os nores países do mundo. Não obstante,
registros das revelações de Deus aos é uma terra santificada por milhares de
homens, também o registro de seus con anos de história religiosa. Israel, hoje
tactos com a humanidade. Isto inclui, em dia, é uma nação re-creada após um
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período de dois mil anos, por um povo muito felizes, mas, em 1948, os árabes
que esteve espalhado entre as nações que viviam lá anteriormente, rebelaram-
do mundo durante séculos. Mas êste se contra os judeus, tendo homens, mu
povo jamais perdeu sua crença, dentro lheres e crianças sido obrigados a lu
de seus corações, que a Palestina lhes tar por seus lares. Um jovem disse:
pertencia e que Jerusalem era sua Ci “ Deus estava conosco. Realizou-se um
dade Santa, uma cidade que precisa ser milagre; somente com seu auxílio pu
reconstruída para a vinda do Messias. demos sair vitoriosos”.
Em 1841, o Profeta Joseph Smith, É possível percorrer o país hoje em
comissionou Orson Hyde, do Conselho dia e ver as cidades que receberam no
dos Doze, para visitar Jerusalém e de mes como nos dias de Cristo e rodea
dicar a terra para a volta dos Judeus. O das por verdes colinas ondulantes e
Profeta disse: “Êle que dispersou Is cheias de belos edifícios e o vozerio de
rael, prometeu reuní-los; os Judeus pa crianças felizes. O Vale de Jezerel, on
garam em dôbro por seus pecados”. de passava antigamente a Estrada do
Orson Hyde fez uma perigosa via Rei e onde muitas batalhas mencionadas
gem e cumpriu sua missão. Afirmou, no Velho Testamento foram travadas,
quando estava lá, que os judeus que de é agora uma região pacífica de belas
sejavam voltar a Jerusalem seriam de fazendas. O Rio Jordão, onde João ba-
um tipo diferente dos judeus munda tisou Jesus, é um lugar pitoresco e sa
nos que se curvam somente às coisas grado. O mais belo lugar, contudo, é
materiais da vida. o Monte das Beatitudes, de onde se vê
Após a segunda guerra mundial, ini- o mar azul da Galiléia. À distância po
ciou-se verdadeiramente a grande mi dem ser vistos os pescadores retirando
gração, quando 800.000 judeus foram suas redes, como fizeram Pedro, Tiago
levados a Israel. Centenas dessas pes e João dois mil anos atrás e pastores
soas tinham que se reabilitar em vir conduzindo seus rebanhos de ovelhas e
tude das provações sofridas durante a cabras pelas verdejantes colinas beija
guerra e outros eram cientistas bastan das pelo sói.
te instruídos. Todos desempenharam Jesus disse: “As minhas ovelhas ou
um papel importante no desenvolvimen vem aminha voz. . . e elas me seguem”
to do povo e do país. e o povo de Israel conhece a voz do
Quando os judeus voltaram, era uma mestre hoje em dia tão bem como a co
terra abandonada por um povo atraza- nheciam nos tempos bíblicos, e por sua
do e pouco amigo do progresso. As ver fidelidade, é realmente abençoado.
des colinas que uma vez haviam sido tão A passagem em Deuteronomio, é bas
belas, estavam despidas de suas árvo tante significativa: “Terra em que co-
res e folhagens. Os vales, que, no tem merás o pão sem escassez e nada te fal
po de Cristo, eram frutíferos, as mui tará n’ella: terra cujas pedras são fer
tas fazendas que haviam e os confor ro e de cujos montes tu cavarás o co
táveis lares, tornaram-se nada mais que bre”, o que tem acontecido realmente.
improdutivos pântanos. Era necessário Quando Cristo voltar, nos últimos
não somente reabilitaro povo, como tam dias,amarás êste povo,pois é o seu po
bém o descuidado país. vo e amará o país que êles estão tra
Foram estabelecidos centros de culti balhando tão árduamente para embele
vo comuns e coletivos, os quais traba zar. Reuni-los-á, êles O conhecerão e
lhavam como na ordem unida, ensinada irão a Êle”.
por Cristo. Aqui êles trabalhavam jun
tos, para limpar a terra e iniciar a re Uma das maneiras mais significati
construção. Por algum tempo foram vas das crianças expressarem seus sen
Fevereiro de 1954 45
timentos de amor para com seus pais, xe então uma toalhinha redonda de pa
é fazendo pequenos trabalhos a êles ex pel celofane que estava debaixo de seu
clusivamente dedicados, da mesma for prato de sorvete na festa do Carlos no
ma que o pequeno Joãozinho da histó dia anterior. Joãozinho o havia guar
ria que apresentamos abaixo, e que se dado em seu bolso e agora estava um
chama “A Surpresa”. pouco amassado. Mamãe não se impor
Joãozinho pegou seu pequeno vidro taria, êle tinha certeza. Poz seu dedo no
de cola, um pedaço de papel côr de ro vidro de cola e colou a toalhinha renda
sa e sua tesourinha cega e, na ponta da bem no meio do grande coração côr
dos pés, foi para um esconderijo onde de rosa. Segurou-o, contemplou-o por
mamãe não o encontraria. alguns instantes e decidiu que ia ficar
“Não olha”, disse êle, “porque vai lindo.
ser uma grande surpresa”. Agora só estava faltando mais-uma
“Não olharei”, prometeu mamãe. coisa. Joãozinho trouxe seu melhor lá
pis crayon preto, com uma ponta bem
“ Palavra de honra?”, disse Joãozi
feitinha e começou a escrever “COM
nho.
T O D O MEU A M O R ”.
“ Palavra de honra” , respondeu ma Examinou-o para ver se não tinha
mãe. escrito o “E ” de trás para frente. En
João zinho recortou um grande cora tão escreveu seu nome. Já havia ter
ção no papel côr de rosa. Estava um minado o cartão e o “E ” estava de fato
pouco torto, mas êle achou que mamãe de trás para frente, mas. . . mamãe não
afinal de contas não se importaria. Trou- se incomodaria.
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Vemos no clichê, da esquerda para a direita o Presidente e Irmã Sorensen, ao
lado da Irm ã e do Presidente McKay,
Fevereiro de 1954
Adaptado de um artigo de Doris D. White
Árvores fracas têm vida curta, mas as fortes têm-na longa e resistente.
Suportam impávidas as intempéries quais epônimos no cumprimento do dever.
Olhando para os seus grossos e fortes troncos posso dizer que suas raizes são
profundas e que dão às árvores fôrça e estabilidade. Nenhum vento poderá
derrubá-las. Nenhuma tempestade poderá perturbá-las. Elas permanecem se-
gufras e firmes como uma sólida rocha quando vergastada pelos elementos
em fúria.
Profundas raízes! Afortunada é a pessoa que, igual às árvores, pode
conseguir no seu âmago, a fôrça necessária para viver sem fraquezas muito
embora as potências do mal procurem destrui-la.
Parece que antigamente manifestava-se no povo o desejo inquieto de
constante movimento e de estar sempre realizando algo novo e diferente.
Não se admira que as crianças de hoje estejam crescendo sem senso de
segurança, sem estabilidade e sem o sentimento de “pertencer” a alguma coisa.
Suâs raizes estão se desenvolvendo em solo sáfaro.
Depois de adultos, há uma riqueza e fôrça que vêm com a recordação
de coisas familiares — uma casa em certa rua, uma vereda onde pés familia
res têm andado, vistas das colinas e a luz da lua a refletir no tôpo do templo.
Essas são as coisas que não variam — coisas às quais retornamos quando sen
timos necessidade de paz interior e fôrça para encontrar o exato caminho
da vida.
Mas a maior das fôrças que vem, quando se manifesta o caráter, é uma
inabalável fé em nossa religião. Os pais não podem dar a seus filhos nenhuma
herança maior do que aquela de um lar onde os ideais de nossa Igreja são
ensinados e vividos. Em qualquer lugar onde a estrada do destino nos levar,
aqulela espécie de lar será maior fôrça estabilizadora em nossas vidas.
Entre nós haverá sempre aquêles que procurarão destruir nossa fé, que
procurarão encarnecê-la, amesquinhando-a e pondo-a em dúvida. Devemos
depositar nossa fé nas tradições confirmadas em sólidos padrões e firmes ali
cerces, invariáveis e constantes. Assim deverá ser nossa fé em Deus.
Deixemos o vento da confusão rugir. Deixemos que as ondas da dúvida
assoberbem. Deixemos que as tempestades mundanas assolem.
Apesar de tôdas estas coisas, nossos pais permaneceram firmes e serenos.
As raízes são profundas e tudo está bem.
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