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OUTUBRO DE 1952

Ajudando
Outros a
Ajudarem
a si Mesmos

S ÍM B O L O DE S E G U R A N Ç A

Um dos muitos celeiros e lugares onde o alim ento é


enlatado e guardado com a cooperação dos membros
do “Plano de Bem Estar” da Igreja de Jesus C risto dos
----------- Santos dos Últim os D ias” . -----------
(Veja à página 198)
A Igreja
no
Mundo
agradeço a Deus pela graça de ter en­
trado em contato com a Igreja”.
Sinceramente,
REM O ROSELLI

(Membro do ramo de Campinas. Atual­


PROVO, UTAH
mente está estudando nos EE.UTJ.)
Prezado irmão:
“ E X P E R IE N C IA S M IS S IO N Á ­
Tem esta a finalidade de transmitir R IA S ”
uma noticia de caráter especial, que tal­
vez possa ser publicada na Liahona do
próximo mês. Trata-se do seguinte: Num domingo a tarde em uma Igre­
O jovem Guilherme Herzog, natural ja, em Montreal, um certo senhor apa­
de Santos, onde assistira reuniões da Igre­ nhou uma cópia do livrinho “ Uma dis­
ja tendo feito boa amizade com o Elder cussão amigável” de seu bolso, e disse:
Polatis, se encontra nos Estados U ni­ “Esta é a causa que me trouxe aqui. Li
dos estudando contabilidade e Negócios, isto muitas e muitas vezes e sei que é
tendo entrado em contato com a Igreja verdade, e quero aprender mais.” Ele
num dos ramos nas proximidades. crescera em outra Igreja, e pensava que
aquela religião era tão bôa como qual­
Enquanto lá, Guilherme aprofundou-
quer outra que êle conhecia, si bem que
se mais n: s Estudos do Evangelho, e com
incompleta de alguma maneira.
o auxilio dos dedicados missionários da­
Um dia um estranho lhe dera um fo­
quela localidade, preparou-se convenien-
lheto da Igreja Mormon. Ele estudou o
mente para entrar nas águas do batismo,
tendo realisado a sua grande aspiração assunto todo, e então perguntou a um
no Dcmingo, dia 26 de Julho. Com a ministro da sua igreja sôbre alguns dos
sua permissão transcrevo aqui, algumas tópicos do folheto. A explicação foi va­
das palavras expressas por êle na sua ga e inadequada. O velho senhor então
ultima carta a m im : ajuntou as deduções com as que tirara
de outras igrejas e achou o verdadeiro
“ . . . no próximo Domingo serei ba- caminho para a Igreja restaurada de
tisado na Igreja e tenho a certeza de Cristo. Logo tornou-se um membro e
que é um ótimo passo que estou dan­ imediatamente depcis recebeu o sacer­
do e de grande influência em minha dócio. Mais tarde depois de tornar-se
vida. Infelismente conheci o Evan­ um Elder escreveu-me uma carta, e de­
gelho de Jesus Cristo há apenas 3 monstrou tal espirito de felicidade, hu­
anos, e o estudo e trabalho no Brasil, mildade e gratidão, como nunca eu vira
não me deixaram muito tempo para antes. H á pouco tempo ele completou
conhecer a Igreja lá. Hoje sinto-me 80 anos, e todos os domingos o encon-
feliz em aceitar este Evangelho e (Continua na página 196)
São Paulo OUTUBRO DE 1952
Rua Itapeva, 378
ANO V N.o 9
TeL: 33-6761

“ Um guia na escuridão” — 0 L ivro de Mórmon — ■ Alma 3 7 :38-40


ÓRGAO OFICIAL DA MISSÃO B RA SILEIRA DA IG R E JA DE JESUS CRISTO DOS
SANTOS DOS ÜLTIMOS DIAS

...
“ A LIAHONA” e publi­
« U M Â R I C»
cada mensalmente no pnTTORTAT 197
Brasil pela Igreja de Je- EDITOR ........................................................................
sus Cristo dos Santos dos ^ IG RE JA NO MUNDO .................................................... 194
Ültimos Dias. Preços das A HISTÓRIA DA IG RE JA .............................................. 202
assinaturas: c a d a
exemplar, Cr$ 4,00; por ARTIGOS ESPECIAIS
ano, Cr- 40,00; exterior,
Cr$ 50,00. Toda corres- REGRAS DE CONDUTA SUGERIDOS AOS “ SANTOS 196
pondència à Caixa Postal
orr, c- , cr. AJUDANDO OUTROS A AJUDAREM A SI MESMOS .. 198
862, Sao Paulo, S. P.
AÇÜCAR REFINADO: SEU USO E MAU USO ............ 200
Diretor-Redator ORAÇAO PELA PAZ ....................................................... 208
Cláud o Martins dos IDENTIDADE INDELEVEL ............................................. 209
Santos M ARILIA .............................................................................. 210

Registrado sob N.° 93 do............................................................................................ VÁRIOS


Livro “ B ” n.° 1, de M a­
trícula de Oficinas Im- DIAGRAMA VISUAL ....................................................... 204
pressoras, Jornais e Pe- RECEITAS DE TRIGO INTEGRAL ............................. 207
riódicos, conforme De- om
ereto N.o 4857, de 9-11- ARTIGO EM INGLÊS ..................................................... 207
1939 CURIOSIDADES ................................................................ 215

Endereços dos Ramos da igreja no Brasil


SAO PAULO R IO GRANDE DO SUL
Sao Paulo: Rua Seminário, 165 - 1.» and. Port° Alegre: Rua Andradas, 945.
Pinheirosr Rua Borba Gato, 82 Nov° Hamburgo: R. David Canabarro, 77
Campinas: Rua Cesar Bierrenbach, 133 PARANÁ
Sorocaba: Rua Manoel Jcsé de Fonseca, 79 Curitiba: Rua Dr. Ermelino de Leão, 451
Ribeirão Preto: Rua Alvares Cabral, 93 Ponta Grossa: Rua 15 de Novembro, 354 -
Santos: Rua Paraiba, 94 3.° andar
Rio Claro: Avenida 1, 301 SANTA CATARINA
Bauru: Avenida 1 de Agôsto, 1-70 Joinvile: Rua Max Colin 426 — Antiga
R IO DE JANEIRO TRua _Fred^ nc0 Hubner.
Ipomeia: Estrada para Videira
Tijuca: Rua Camaragibe, 16 MINAS GERAIS
Niterói: R. Tav. de Macedo, 193 (Icaraí) Belo Horizonte: R. Rio Grande do Sul, 1194

PONTOS ADICIONAIS PARA INFORMAÇÕES:


Piracicaba: Vila Boyce, Rua Alfredo, 5 Marilia: Rua 9 de Julho, 1412 - Sala 5.
Araraquara: Rua da Conceição, 931
Regras de Conduta Sugeridas aos 'Santos/
Como devemos agir e conduzir-nos? o hcmem como um agente para esforçar
Quão cuidadosos devemos ser em nossos as suas faculdades afim de obter quais­
feitos, em todas as nossas conversações, quer bênçãos, ou o que quer que seja,
em todos os nossos meios, para santifi­ o espirito da visão, o espirito da tradu­
car o Senhor Deus em nossos corações, ção, ou qualquer outra prenda.
de possuirmos um olho somente para a
N Ã O P O D E M O S P E R M IT IR que
sua glória, para observar seus manda­
nossas mentes permaneçam adormecidas,
mentos em todas as coisas, a obedece-lo
não meditando e esperando sermos cheios
de todo nosso coração, afim de que pas­
com o espirito da tradução, ou o espirito
samos ser visitados mais e mais pelo
da inspiração, ou revelação, ou visão;
divino espirito celeste, o Confortador, o
porém deve haver um exercicio da agên­
Espirito Santo, o qual foi confirmado
cia do homem e da mulher, afim de que
sôbre nós, por autoridade, pela imposi­
possuamos essas grandes e gloriosas bên­
ção das mãos.
çãos que nos foram prometidas.
O Confortador deve ser abrigado e
acarinhado em nossos corações. Não E sempre após uma aula de experiên­
deveríamos afligi-lo. Deveríamos escu­ cia que nos tenha sido dada, iremos en­
tar aos seus murmúrios, e deveríamos contrar-nos em adiantamento a tál ponto
almejar mais luz, sabedoria e verdade. que o Senhor consentirá que seus anjos
Não deveremos esperar que o Espiri­ nos visitem — visitem-nos por comunica •
to Santo nos conceda o conhecimento fu­ ções celestes — visitem-nos por visões
turo necessário para o adiantamento dcs — visitem-nos mais completamente £>elo
Santos dos Últimos Dias sem qualquer espirito da revelação.
esforço de mente, de nossa parte. (Estraído dos “ Discursos Autoritati-
Em todas as coisas o Senhor requer vos de Orson Pratt).

A IG R E JA N O M U N D O pudemos sentir o Espirito do Senhor


(Ccnt. da pág. 194) dirigindo nossa oratoria, êste casal na
sua procura pela verdadeira Igreja de
tramos fazendo uma jornada de 2 hora Deus, tinham se afiliado a sete igrejas
de sua casa ao local das reuniões. O diferentes, e ainda estavam procurando
Evangelho é de todos os modos uma pelo evangelho verdadeiro. A convite,
fonte de felicidade. Ele vive todos os voltamos a casa deles muitas veses, e
dias para melhor magnificar seu chama­ realmente mostravam-se impressionados
do como digno membro de Igreja de com nossa mensagem. Frequentemente
Deus. Neste humilde servo fica demons­ lagrimas de alegria vinham a seus olhos
trado que aqueles que têm fome e sede numa legitima expressão de fé no verda­
de retidão serão saciados. deiro evangelho que eles tinham final'
* * * mente achado. Indubitavelmente o Se­
Enquanto trabalhava em Anderson, nhor nos ajuda na procura dos que pos­
na Carolina do Sul, encontramos um suem retidão de ccração. E assim como
homem e sua esposa, a quem tivemos a a colhedores vão pelos campos ajuntan-
oportunidade de explicar a restauração do as sementes, assim vamos nós ajun-
do Evangelho. Ouviram atentamente e tanto os poucos que ainda possuem ho­
fizeram perguntas sôbre muitas passa­ nestidade na sua procura pela verdade.
gens das escrituras. Ficamos com eles
quasi três horas, e durante todo o tempo JO H N S. S M IT H

196 A L IA H O N A
E D IT O R IA L

0 que é o Plano
do bem estar
da Igreja?
melhores dentistas, o condenam, por cau­
sar a descalsificação dos dentes e ossos
do corpo humano.
Estes items são justamente, partes
do “ Bem Estar” geral do povo. O
“ Plano” é principalmente para cuidai
Nestes dois últimos anos, missionários
e alguns membros da Igreja de Jesus que nada falte nos diversos caminhos da
vida. Outra parte do Plano é para to­
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, têm
tentado dar explicações sôbre o Plano da a família, que deve ter uma reserva
do Bem Estar da Igreja. A grande ques­ de alimentos, para qualquer eventualida­
de que possa surgir, tal como: guerras,
tão agora, é saber quantos realmente en­
fome ou necessidades em suas muitas
tendem o que êle significa.
formas, as quais, não devem figurar co­
Muito se tem dita sôbre o pão de mo “ fantasmas” em nossas vidas. O
trigo integral, e o uso do trigo integral seu “ Bem Estar” é prevenir-se para
triturado para mingau. Demonstrações não passar fome, no caso de não' poder
de como usar a farinha de trigo integral sair para comprar determinados ali­
na preparação do pão e também na pre­ mentos, ou ainda no caso destes, falta­
paração de deliciosos dcces, têm sido da­ rem no mercado. Seu “ Bem Estar”., é
das em diversos lugares da Missão. A l­ ter para comer, alimentos de volares nu­
guns membros e amigos têm feito alguns tritivos equilibrados, razão de uma bôa
pães de trigo integral e outros têm ten­ saude. O seu “Bem Estar” é cooperar
tado fazer bolos. com seus irmãos para que a sua segu­
Alguns dizem que é uma boa idéia, rança possa ser garantida, bem como a
porém, muito dificil de seguir. Outros, deles própria.
de paladar mais apurado, acreditam que Leia e releia o novo panfleto “A ju ­
o pão assim feito, é melhor para a saude, dando outros a judarem a si mesmos”,
mas, acham dificuldades em compra-lo — que também aparece nêste numero de
todos os dias, e mais ainda em faze-lo. “A Liahona”, na página 198.
Outros ainda ouvem muito a respeito,
mas não ligam a menor importancia. Sinceramente,
O trigo integral e seu uso, não é tudo
sôbre o Plano do Bem Estar, e também
não se resume somente na idéia de usar
mel ou melado em substituição' ao açú­
car, altamente refinado, sôbre o qual, os Presidente da Missão.

O U T U B R O D E 1952 197
A ju d an d o O utros a
Ajudarem a si Mesmos

P IO N E IR O S DE ONTEM E DE go aos desempregados, e através de me­


H O JE didas de grande alcance, construiria pa­
ra a rehabilitação econômica e para a re­
H á pouco mais generação espiritual. Isto aconteceu em
Abril cie 1936. O piano que foi, então,
de cem anos, os
pioneiros, fatiga­ inaugurado tornou-se amplamente co­
nhecido comj o Plano de Bem-estar ou
dos, pararam à
do grande vale do Auxílio Múturs da Igreja de Jesus Cris­
margem oriental to dos Santcs dos Últimos Dias (ou mais
L a g o Salgado, conhecida como a Igreja “Mórmon” ).
em um lugar situado no atual Es­
tado de Utah no oeste dos E E .U U ., A R E L IG IÃ O E O P R O B L E M A DE
e com espanto contemplaram a desola­ PÃO E M A N T E IG A
ção do lugar que seria o seu rnvo lar.
Para conseguir êste vasto deserto roda­
O princípio d >
ram seus carroções e carinhos de mão na
plano não é novi­
longa jornada do Missouri até as Mon­
dade para um po­
tanhas Rochosas! Houve quem o lamen­
vo q u e sempre
tasse. Mas, ao soarem em seus ouvidos
acreditou que tu­
as proféticas palavras “ Êste é o lugar
do aquilo que per­
as suas apreenções se desvaneceram e
êles começaram a revolver o solo para o tence ao bem estar humano é de interes­
primeiro plantio; e já faziam os planos se da Igreja. Os profetas e videntes de
para a construção de um templo a Deus tôdas as épocas foram os grandes ben­
que os havia libertado de seus inimigos. feitores dos pobres e dos necessitados.
Nenhum homem comeria até que tivesse A Igreja não pode ficar atrás. Assim,
primeiramente plantado algumas batatas! sempre cuidou de seus membros neces­
Isto aconteceu no ano de 1847. sitados. Mas, durante o desemprêgo,
Mais recentemente, os descendentes seus membros continuarão livres e não
daqueles mesmos pioneiros viram com dependerão do govêrno para sua subsis­
idêntico espanto a desolação de uma de­ tência.
pressão econômica que os ameaçava de Um homem desempregado é uma preo­
corpo e alma. Num ousado teste de leal­ cupação para a Igreja, porquê, como
dade, a Igreja que os seus pais tinham Jó, a sua integridade é posta à prova.
acalentado no deserto, convocou os seus À medida que passam os dias, as sema­
membros para um novo esforço pionei­ nas, os meses e mesmo os anos de adver-
ro a fim de manter a independência de es­ sidades, a dor torna-se mais profunda, e
pírito e o respeito próprio e fazer isto lhes vem uma grande tentação de “ amal­
por intermédio de uma ajuda mútua, num diçoar a Deus e morrer”. Uma contí­
programa tão vasto que proveria as neces­ nua dependência econômica, abate-lhe o
sidades imediatas de todos, daria emprê- espírito, humilha-o, se êle fôr forte; cor-

198 A L IA H O N A
i'oiiipe-ò, se fôr fraco, Sensível ou enri­ Terceiro: Melhoramento gradual e
jecido, desalentado ou indiferente, re­ progressivo das condições existentes en­
voltoso ou resignado, de qualquer modo, tre os grupos dependentes ou de pequena
êle está ameaçado de uma ruina espiri­ renda, por meio de oportunidade para a
tual, pois a esmola é um mal, e a pregui­ aplicação melhor dos talentos ou recur­
ça é uma maldição, — a semente da des­ sos individuais e de uma solução dos pro­
contentamento, de pensamentos nocivos blemas das comunidades locais. O obje­
e de crenças estranhas. A Igreja não tivo é espiritual: por exemplo, das casas
poderá ter a esperança de salvar um ho­ deverão ser feitos lares.
mem no domingo, se durante a semana É claro que êsse programa dá a ca­
ela fôr uma testemunha complacente da da homem um grande interêsse pelo bem-
aflição de sua alma. estar de seu próximo. Coloca sôbre os
Assim crêem os Mórmons, e sôbre a fracos e os fortes uma obrigação de apoio
base sólida dessa crença, a Igreja, com mútuo. Os fortes devem ajudar os fra­
coragem e determinação resoluta, está cos, os fracos devem se fortalecer por si
fazendo com que os seus membros se mesmos. Deve haver caridade abundan­
preparem para a sua própria segurança te, mas não deve haver esmola. Todos
econômica. Êste é o Plano de Bem-estar precisam produzir. Todos precisa pa­
da Igreja. gar de algum modo pelo que recebem.
O programa não poderá ter sucesso a
TRÊS O B JE T IV O S P R IN C IP A IS não ser que tanto os que auxiliam como
os que recebem auxílio irmanem-se e
Êste programa permaneçam, ombro a ombro, numa con­
cuida de três coi­ sagração de esforços para banir as desi­
sas : gualdades que os separam uns dos outros
Primeiro: Dis­ e ameaçam a sua solidariedade religiosa.
tribuição de auxí­ Oportunidade, sustento próprio e bôa
lio aos necessita­ vontade mútua formam o alicerce do
dos. Êsse auxílio programa.
deverá ser dado
pela contribuição A C O M U N ID A D E M Ó R M O N
direta dos membros da Igreja, ou deve­
rá ser produzido pelos próprios membros Para esta tarefa, a Igreja traz o
necessitados, pelos desempregados, e gênio de sua grande organização coope­
pelos trabalhadores voluntários dos pro­ rativa. Os membros da Igreja são di­
jetos dirigidos pela Igreja. As necessi­ vididos em congregações pequenas e au­
dades exigem trabalho e o trabalho su­ tônomas com uma média de 600 pessoas
pre as necessidades. É um princípio cada uma, conhecidas por ramo. Cada ra­
fundamental que os membros necessi­ mo possue uma casa para reuniões e um
tados, se forem fisicamente capazes, fa­ centro de recreação, grupos fraternais de
zem : terão de prestar algum serviço em homens e rapazes possuidores do sacer­
dócio, várias organizações encarregadas
troca dos artigos providos. Do contrá­
do ensino religioso, da recreação, e das
rio, o respeito próprio será destruido.
legítimas satisfações das necessidades
Segundo: Arranjar emprêgo para os
sociais cfcis membros e é presidida por
membros desempregados, em empreen­
um Presidente. A reunião de alguns ra­
dimentos particulares ou nos projetos di­
mos constitue um distrito, que por sua
rigidos pela Igreja. O sustento próprio
é o ideal. (Cont. na pág. 206)

O U T U B R O D E 1952 199
linear Refinado: sen uso t mau uso
Por Dr. HAROLD L. SNOW, Médico

UM S U M Á R IO D E E V ID Ê N C IA sidade para a vida da corpo, julga que


C IE N T IF IC A a sucrose também deve ser um bom pro­
duto alimentício. É esquecido o fato de
Uso excessivo de açucar refinado nos que o amido no processo da digestão é
E E .U U . tornou-se um sério problema transformado em glucose.
nutricional, especialmente na última me­ A definição de alimento é : “ aquilo que
tade do século. H á cem anos atrás, sustenta a vida e promove o crescimen­
menos de 1/10 de açucar era consumido to". O açucar, refinado ao estado de ser
por pessoa neste país, em comparação um químico puro ou droga, quanda ali­
ao atual gasto. Durante êste mesmo sé­ mentado a ratos, diminue a vida e para o
culo, a média de marte por doenças ge­ crescimento. Portanto, o açucar não po­
rais caiu consideravelmente, mostrando de ser chamado um alimenta. Como o
as estatísticas alarmante aumento em alcool, o açucar fornece somente calorias
muitas das doenças degenerativas. Essas ao corpo.
doenças são consideradas, por muitos in­ Uma droga é definida como: “ qual-
vestigadores científicos pelo menos em que substancia usada como ingrediente
parte resultante do uso excessivo de açu­ químico 11a industria”. Farmacêuticos
car refinado. Enquanto que os ameri­ concordam que o açucar preenche os re­
canos mostram um significante aumenta querimentos desta descrição de uma dro-
dessas doenças crônicas outros povos do ga.
mundo (Nativos da Africa e outros fo­ Neste artigo vamos considerar, basean­
ra do cantato com a civilização), não do-nos em verdades científicas:
mostram as doenças crônicas que são o 1. Rasões porque o açucar não é um
resultado de açucar refinado e farinha alimento, mas uma droga;
branca. Açucar não refinado, especial­ 2. Como o açucar como um químico re­
mente em estado natural, comido em pe­ finado usada em excesso está pre­
quenas quantidades, não sofrem tanta judicando o corpo humano:
objeção pelo fato de estarem associados a. Na infância;
com os minerais necessários e algumas b. Na adolescência;
vitaminas. c. Na idade média e avançada.
Açucar refinado, contudo, têm um Em todo o mundo, onde quer que açu­
grande campo de utilidade na industria. car não refinada ou natural seja encon­
É um dos químicos orgânicos mais bara­ trado, um Creador todo sábio, sempre o
tos do mercado. Novos usos industriais acompanhou com vitaminas e minerais
são sempre desenvolvidos. Através de que são de importância ao corpo na diges­
pesquisas realizadas em várias grandes tão e metabolismo desses açúcares. Por
universidades dos Estados Unidos e fi­ milhares de anas a umanidade viveu sem
nanciada por fundos contribuídos pela açucar e esteve em boa saude. O ho­
Fundação de Pesquisa do Açucar, êsses mem moderno veiu após milhares de
usos industriais são multiplicados. Par­ anos e conseguiu refinar o açucar a um
te do esforço contudo está serrio gasto estado quase puro. O produto químico
em tentar aumentar o usa do açucar co­ resultante, sucrose, agora facilmente con­
mo alimento. A fundação, baseando-se seguido em grandes quantidades a um
no fato de que um dos sub-produtos da baixo custo, representa um papel im­
sucrose é glucose, que é de grande neces­ portante nos nossos atuais problemas de

200 A L IA H O N A
túrbios nervosos de crianças acabam
quando açucar refinado é removido de
suas mamadeiras.
EVITE A resultante malnutrição, espeialmen-
te em crianças, é um dos mais fortes
Os elementos mais argumentos contra o açucar refinado.
Anmentos contendo açucar refinado, to­
necessários para
mados entre ou durante as refeições,
saúde são tirados AÇUCAR destroi o apetite por alimentos nutriti­
vos, que são importante a vida e cre-
do açucar no pro­
R E FIN A D O cimento normal.
cesso de refinação. Pais de crianças mal nutridas, costu­
mam usar doces como uma recompensa
para porção de vegtais ou leite, e a cena
sempre se repete na próxima refeição.
O açucar cria deficiencias de vitami­
civilização, especialmente na causa de nas, mesmo em crianças que tomam
doenças degenerativas. Quando a pa­ “ pilulas de vitaminas”, porque a maior
lavra de sabedoria foi revelada ao Pro­ parte de tabletes ou capsulas de vitami­
feta José Sniith, açucar não foi mencio­ nas agora no mercado contêm diversas
nado. Açucar era então um produto re­ vitaminas sintéticas isoladas que criam
lativamente escasso ; usado mais para uma deficiencia relativamente maior das
dar sabor e não constituía grande parte vitaminas que não se encontram naquele
da alimentação, como hoje em dia. tablete do que se o tablete não tivesse si­
Como d álcool, tabaco, chá, café e cho­ do tomado. Essas deficiencias crônicas
colate, o açucar vicia. Os comedores de de vitaminas mostram seu efeito numa
açucar sempre desejam doces ou bebidas longa lista de condições degenerativas e
doces. As bebidas de Cola viciam du­ doenças, muitas das quais são as vezes
plamente, porque além da quantidade de praticamente incuráveis.
açucar que contêm, possuem também Bebidas doces estão tomando o lugar
cafeina. de Jeite em muitas das escolhas ameri­
canas. Isto significa não somente menos
E F E IT O S NA IN F A N C IA E calcio para o periodo vital de formação
A D O L E S C E N C IA ossea das crianças, como também a re­
Leite de vaca adoçado têm substituído dução de calcio necessário para a ação
leite natural das mães em várias partes do coração, desenvolvimento dos ossos
dos Estados Unidos. Alguns médicos di­ e coagulação do sangue. O açucar em
zem as mães que êste conveniente meio si mesmo desencoraja o metabolismo do
de alimentar seus filhos é tão bom quan­ calcio. Grande nervoso resulta nas crian­
to alimenta-los ao seio. Tal não é o ças e as predispões a deliquencia, ata­
caso. Se as mães melhorassem as suas ques nervosos e mesmo doenças mentais
dietas, tão saturadas de açucar, alimen­ podem seguir.
tando-se apropriadamente de alimentos Além disso, ao crescerem essas crian­
nutritivos, alimentariam melhor seus fi­ ças comedoras de açucar, podem muitas
lhos e os tornariam menos susceptíveis a delas desenvolverem grande numero de
doenças, tanto do tipo infeccioso como caries enj cima de carie, até a maturida­
degenerativo. Não é aconselhavel ini­ de ou pouco depois, quando então já
ciar as crianças em dietas de açucar nos têm a boca cheia de obturações, pontos e
primeiros dias ou semanas de vida. até mesmo em casos extremos, denta­
Muitas erupções, infecções, condições dura completa.
catarrais, manifestações alérgicas e dis­ (Cont. na pág. 213)

O U T U B R O D E 1952 201
História da Igreja
As Missões na Em 1842, o apóstolo Orson Hyde vi­
sitou a Alemanha, onde publicou um
periódico mensal, Zions Panier, na cida­
Europa de de Hamburgo. Porém, nada mais se
soube desta missão até setembro de 1851
quando George P. Dykes, fugindo da
Ú L T IM O C A P ÍT U L O
oposição na Dinamarca, foi para a Ale­
manha. Depois de pregar o mormorismo,
Achando que os mórmons deviam ser
devidamente representado e para evi­ por algum tempo, em Schleswig, batisou
tar serem mal compreendidos, Elder duas pessoas “ nas mesmas águas” E l­
Taybr, com a ajuda de Elder Bolton e der Dykes nos certifica, “ onde os pri­
Elder Bertrand, tradusiram o Livro de meiros cristãos foram batisados”. Em
Mórmon para o francês, Elder Bolton outubro daquele ano (1851), o apóstolo
sendo o tradutor. Presidente Taylor Taylor foi da Alemanha para a França.
fundou “ Etoile du Deseret” que não- Elder Dykes, que havia ajudado Elder
durou mais de um ano. Escreveu tam­ Snow na abertura da missão escandina­
bém vári>s artigos para os jornais fran­ va, agora o ajudava na Alemanha onde
ceses, muitos dos quais foram publicados. reorganisaram o periódico começado por
No ínterim, houve muitos batismos em Elder Hyde e começaram a tradução do
Boulogne Havre, Paris, e como já vi­ Livro de Mórmon em alemão. Em 1852
mos, na ilha de Jersey. encontramos uma igreja em Hamburgo,
No final de sua missão, Elder Taylor com trinta membros. Mais tarde, outros
tornou-se interessado pela industria de Elderes para lá se dirigiram, para levar
açucar na França. Desejava ver a in­ avante o trabalho missionário. -— Geor­
dustria introduzida em Utah. Em Arras, ge G. R icer, Jacob Secrist e George
ccnforme nos conta Elder Bolton, um Sayer. Orson Spencer, presidente da
velho convento foi transformado em usi­ missão eurepeia, naquela época, visitou
na de açúcar. Os d 'is missionários lá pas­ a Alemanha. No entanto houve muita
saram grarde parte do seu tempo. N u­ oposição. As reuniões somente realisa-
ma viagem para a Inglaterra o^póstolo das nas casas particulares. As autorida­
conseguiu de um tal Mr. Collins, pessoa des ectavam constantemente alertas com
rica, uma subscrição de cinco mil dóla­ os agitadores politicos e achavam que os
res, a mesma soma de um Mr. Coward, missionários Mórmons estavam entre êles.
negociante de sal, e quarenta e cinco mil Elder Rise nos conta que foi uma vez
dólares do Capitão Russel, um constru­ preso e posto numa sala “ com cortinas
tor de navios, esc.osses; — todos con­ de ferro”, onde passou algum tempo
vertidos ao Mormonismo. “ com a Biblia”.
Constituíram uma companhia, com De Um dos primeiros convertidos na
La Mare como gerente e uma usina foi Alemanha foi o educad r Karl G. Mae-
construída no local hoje conhecido como ser, que por muitos anos esteve em con­
Sugar House (a casa do açucar), um su- tacto com as escolas de Utah e com a
burbio de Salt Lake City. Academia de Brigham Young, hoje uni­
Enquanto que a missão Alemã não se versidade. Nasceu em Meissen, foi con­
desenvolveu paralelamente à missão vertido em Dresdem onde lecionava. Nu­
francesa, os seus inícios estão intimamen- ma noite escura, logo depois do seu ba­
tes ligados, tismo êle e o presidente Franklin D.

202 A l ia h o n a
Richards com Wíliam Budge caminha­ O trabalho dêle e de outros missioná­
vam para casa. Dr. Maeser e o presi­ rios, foi compensado por muitos batis­
dente Franklin D. Richards estavam con­ mos. Damos abaixo o número das con­
versando e Elder Budgerservia de inter­ versões na scandinavia, nos anos indi­
prete, Presidente Richards disse então cados :
para o seu companheiro americano “ Não
é mais necessário servires de interprete; 1850 139
Irmão Maeser e eu nos entendemos per­ 1851 555
feitamente". Havia recebido o dom das 1852 992
línguas, em resposta as orações do Dr. 1853 2052
Maeser, ao sair das águas do batismo, 1854 2483
pedindo que tivesse “qualquer manifes­ 1855 2592
1858 ........................... 3709
tação do céu” cem relação ao novo mo­
vimento. Dr. Maeser falava em alemão
e o presidente Richards em ingles. Após
abraçar o Mormonismo, Dr. Maeser pe­
diu a demissão do cargo de professor do Elder Lorenzo Snow, com Joseph To ­
instituto de Rudig e foi para a Ingla­ ronto e T. B. H. Stenhouse foram pri­
terra, onde trabalhou como missionário meiro para genova, Italia, e depois para
entre os alemães residentes em Londres, o vale piemonte. Elder Stenhouse havia
antes de partir para a America. trabalhado na Inglaterra, como misso-
nário da igreja, onde foi presidente da
O apóstolo Erastos Snow, com Elder conferência de Southamton. Mais tar­
Hansen e Forsgren, foram diretamente
de, Jabe? Woodard, também missioná­
para Ccpenhaguen, Dinamarca, onde es­
rio inglez, fez parte da missão r.a Italia.
tabeleceram postos. Elder Forsgren pri­
Ambos, além de instruídos, posuiam ta­
meiro trabalhou na Suiça, seu pais na­ lento literários o que muito ajudou na
tal, onde se deu o primeiro batismo da apresentação do evangelho ao povo ita­
Escandinavia, celebrado por um Elder liano.
Mórmon. O Elder havia convertido seu O Apóstolo Snow logo nomeou Elder
irmão. Iftc se deu em 1850.
Woodart presidente da missão italiana e
Um novo missionário: Hans Peter- Elder Stenhouse presidente da missão
son, foi para a Noruega, pregar o evan­ Suissa. Apenas Elder Toronto que era
gelho. Desta forma toda a Escandina­ natural de Sardinia, para onde foi man­
via foi visitada pelos missionários; dado em missão sabia falar a língua.
Logo após, a chegada dos missionários
Em 1851 o Livro de Mormon foi tra­
a Itália, Elder Snow escreveu alguns
duzido para o dinamarquês e publicado.
panfletos que por influência de Elder
Foi também publicado um periódico —
Orson Pratt, foram traduzidos por um
o Stjerne — . T o d o êste trabalho no en­
professor do colégio de Paris. Elder
tanto, sofreu grande oposição em todos
Pratt era, então, presidente da missão
os três países. Em Alborg, onde havia
Inglesa. Na Suiça, Elder Stenhouse
uma filial da Igreja, a sala de assem-
iniciou a publicação de um periódico —■
bleias, onde os santos se reuniam para
o Refletor. — Em 1852, foi traduzido e
os serviços religiosos, foi destruido por publicado o Livro de Mórmon, em italia­
uma turba. Elder Dykes, como vimos, no. Tornaram-se providências, também,
foi obrigado a deixar a Dinamarca e E l­ para a organização da Igreja em Pie­
der Forsgren foi preso e banido da sue- monte.
cia, no entanto pouco tempo depois con­ Por êsse tempo, um ingles, um italia-
vertia alguns daqueles que foram os
responsáveis por seu banimento. (Continua na 4.a capa)

O U T U B R O D E 1952 203
DIAGRAMA VISUAL
A PALAVRA DE SABEDORIA
E ’ um principio fundamental da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que uma religião
que não tem poder para salvar o povo nesta vida e torná*lo prospero e feliz, não terá poder para sal­
vá-lo e exaltá-lo na vida após esta. — J O S E P H F. S M IT H

• Você nunca é velho demais para mudar os seus hábitos.


A saude é uma questão de hábitos. Bons hábitos trazem boa saude.
A boa saude é de valor inestimável.

Um corpo sadio é necessário para uma mente sadia. Uma mente sadia é necessária para o progresso
espiritual. Ambos são necessários para felicidade e alegria de viver.

USE ! EXEM PLO S


Banana Tâmara Ameixa
As frutas contêm grande quantidade Caqui Toronja Limão
de vitaminas, principalmente a Vitamina Jabcticaba Maçã Uva
C que fortalece os dentes e os Ossos como Abacate Manga Lima
Laranja Pêssego
também as veias. Vitamina A que ajuda Figo Melão Mamão
a resistir à infecção, protege a vista e Tangerina Morango Cajú
produz uma pele sã. Suco de frutas Abacaxi Melancia

U SE ! EXEM PLO S
tôdas as verduras diariamente porque são vimai
Couve-flor Alface
Repolho Nabo
ricos em ferro de que necessita o sangue Folha de
Beterraba Beterraba Milho
OUTUBRO para prevenir a anemia e, também tôdas Cebola Couve Chicória
as vitaminas, além de cálcio e fósforo Batata (deve-se comer a casca também, a qual
necessários para bons dentes. é de alto valor nutritivo).

E V IT E !
SUGESTÕES
DE

Das vinte substâncias que a cana de


açúcar contém, 17 são eliminadas para
1952

PARA SUBSTITUIR O AÇÜCAR


a fabricação da açúcar branco que con­
sumimos hoje em dia. REFINADO USE:
Provavelmente o maior inimigo dos
dentes é o aúcar, o qual ataca o cálcio Açúcar mascavo, não refinado.
do organismo. “Quando nãb há cálcio
Melado — que poderá ser usado na mesa e
na estrutura interna do dente, o esmalte
na cozinha, rico em ferro e cálcio.
por falta de fluorina, tornar-se-á tão fino
que se quebrará à mais leve pressão, Mel — que, também poderá ser usado para
abrindo assim, caminho para a batéria adoçar os alimentar.
causadora da cárie.” Geleias adoçadas com açúcar mascavo, mela­
O pancreas é o órgão que controla a do ou mel.
quantidade de açúcar no sangue. Se
comermos açúcar demasia, o pâncreas Os produtos acima mencionados estão na for­
não poderá fazer êste controle e o exces­ ma natural e assim contém as vitaminas e os sais
so de açúcar causará, então, a dia­ mineirais.
bete.

COM E POUCA ! S U G E S T Õ E S — Para substituir


Devemos comer pouca carne e pre­ Vamos comer menos carne e mais os substi­
tutos:
ferência no inverno. A carne contém
muita prcteina que quando consumida Queijo Ervilha Camarão
em grande quantidade é prejudicial. Feijão soja Sopa de Manteiga
Lentilha
Ni Faz com que o crescimento das crianças Feijão vegetais Ovos
o seja menor e que as pessoas sintàm-se Bacalhau Leite Margarina
mais cansadas e menos ativas. Castanha Amendoim Nozes
Ajudando outros...
(Ccnt. da pág. 199) mais mal do que bem. Sob a direção do
comitê, os grupos do ramo empenham-
vez, está sob a direção imediata de uma se em projetos de trabalho próprio, ra­
sólida administração central, com sede 11a mo, ou colaboração com projetos de ou­
cidade de Lago Salgado, (Salt Lake tros ramos — nos quais trabalham com
City) no Estado de Utah. Essas congre­ as mãos, aplicam tôdas as suas habilida­
gações constituem a unidade fundamen­
des, fôrças e sabedoria contra as desvan­
tal de um programa que depende tanto
tagens da depressão, e criam a fôrça re-
da iniciativa local como da cooperaçã >
generadora que, em sua análise final é
de tôda a Igreja. Nessas comunidades
espiritual em seus efeitos.
menores o propósito de viver é mais fa­
cilmente compreendido. Garantem o su­
AS M U L H E R E S P A R T IC IP A M
cesso de um programa n >qual os valores
humanes constituem a preocupação prin­
Grande é a par­
cipal. No ramo mórmon, não há um só
te que as mulhe­
homem esquecido.
res d e s e 111 p e-
Como cada lar é visitado regularmente
pe1 -s representantes do ràmo, descobre- nham neste esfor­
ço. Permanecem
se logo qual é a pessoa que está neces­
sitada, e esta torna-se então, o alvo de ombro a ombro
um auxílio sábio e amplo, pois, as orga­ com os homens ao
nizações do ramo unem-se para ajudá- cuidar da grande
la. O Presidente é o hc-mem chave, um família. Essa res­
hemem escolhido entre os membros da ponsabilidade tem
Congregação. um amplo prece­
Como responsável, a congregação in­ dente. As mulheres mórmons lembram-
teira constitue o seu encargo especial. se do tempo em que suas mães e avós
Êle deve estimular e dirigir a iniciativa arrebanhavam os carneiros, tosquiavam-
local e coordenar as atividades de seu nos lavavam a lã, fiavam e faziam o te­
ramo, com tedo o Plano de Bem-estar. cido que tingiam com tinturas feitas de
Juntamente com os Presidentes de outros errtas ervas ou de mineirais encontrados
ramos, faz parte de um comitê encarre­ nas colinas, e assim manufaturavam co­
gado de um armazém o qual é o centro bertores, chales e roupas para a família.
de suprimento e distribuição para os seus As crianças recolhiam o trigo que sobra­
membros e o foco das atividades do ra da colheita, separavam os grãos, faziam
Bem-estar. O Presidente é auxiliado por chapéus da palha, e os alvejavam com o
11111 comitê do Plano do Bem-estar do enxofre das montanhas, enfeitando-os
ramo, constítuido de um diretor de tra­ com ornamentos de palha ou com peda­
balhos e representantes dos quoruns do ços de fitas.
sacerdócio e de uma organização auxiliar As mulheres mórmons hoje em dia
feminina denominada Sociedade de So­ não ficam atrás. Nos centros de costu­
corro. ras, enlatamento, e trabalhos caseiros, e
Reunindo-se semanalmente, o comitê nas hortas e campos, elas prestam um
organiza um programa de auxílio afos ne­ grande serviço. Mas, a sua responsabi­
cessitados, impedindo, assim que haja lidade principal é servir de mãe aos ne­
uma distribuição indiscriminada, uma cessitados : descobrir as suas necessida-
aplicação desperdiçadora de esforços, e
uma ajuda mal dirigida que poderá causar (Cont. na pág. 211)

206 A L IA H O N A
T h e Seri Indíans
(U M A R T IG O P A R A OS N O S S O S
L E IT O R E S Q U E E N T E N D E M I N ­
GLÊS)

Just 400 miles south of San Diego is


a community of Indians, some 200 peo-
ple (213 to be exact) who bear the un-
usual distinction of being one of the most
primitive peoples in ali of North Ame­
rica.
These Indians live on the island of
Tiburon and a few square miles of the
mainland in the Gulf of Califórnia in
the Mexican State of Baha Califórnia.
Baha (Lower) Califórnia is a parched, observed with care. Seri wives work
sparsely populated region, with a few hard weaving baskets and preparing food.
poor farms, the wild life consists main- Divorce is rare. They make love much
ly of a type of stunt deer which feeds on as their white brcthers, a period of court-
the scant pastures afforded by the na- ship. A Seri belle uses paints and
ture of the terrain. make-up. Face paint is considered a mark
of beauty, both sexes wear it. When
Many people today are wondering where they swim it is always fully dressed,
these indians carne from as well as the thev níust wear clothes which fit from
thcusands or other tribes in the Américas. the neck to the bare ankles, the hole
Until the present time, the only reasonable body must be covered at ail times. The
answer to their origem has been found in men and boys wear their hair long.
what is known as “ The Book of Mormon” . Their religion is of interest, except
Ycu may also have an cpportunity to read for a few rites during sickness and a few
th,is marvelous history by contacting the mis- beliefs about a hearafter, religion with
sienaries whose address ycu will find in this
them is non-existant. Principal state-
magazine.
ments of belief are:
Because they depend on fish for food 1. When they die they go to a hea-
ven much like their island, Tiburon, on­
animais for meat, the Seris are nomadie,
ly this time it will be well stocked with
when the deer or fish change their fee-
ding grounds, the Series, move also. They food. Their dogs, members of the tribe
have four main camps in their little also, will be there.
world and many stop over spots. Out 2. The Seris believe white men are
of ali their camps. none could be called descendants of a tribe of pale Indians,
permanent, the principal camp is occu- these pale indians being members of one
piecl only lcng enough to rate a rickey of five tribes which made up the entire
pole structure daubed with adobe. The population of the earth. These ancient
temporary camps are merely huts of white people once lived near the Series
woven brush. in frifndship, so their myth goes. and
These people live an open air life, the present islanders give ali whites a
happy, hard and of course undernouri- very warm welcome because of this.
shed. They have a culture ali their own, 3. In spite of their friendliness thev
though few rules, the few they have are (Ccnt. na pág. 211)

O U T U B R O D E 1952 207
Oração peia P a z
D U R A N T E AS Ú L T IM A S S E M A ­ ganizações às quais êles pertencem. Na
NAS as igrejas dos Estados Unidos de­ maioria dos casos essas orações também
sejaram exercer uma maior influência a são oferecidas sem o fazerem em nome
favor da paz mundial. Destacando-se de Cristo. Isto não está de acôrdo com
dêsses sentimentos, certos grupos estão a doutrina de nessa igreja nem com os
advogando uma “ Oração para hoje”, e ensinamentos das escrituras.
estão tentando, atravez de organizações Quando o Salvador estava na terra,
de jornais de circulação nacional, publi­ êle ensinou-nos como orar, e entre ou­
carem orações para o uso do povo. tras coisas êle disse: “ Na verdade, na
Estas orações estão sendo escritas por verdade vos dige:, aquilo que pedirdes ao
26 diferentes sacerdotes e leigos repre­ Pai em meu nome êle vos dará. Até
sentando 18 denominações de tôdas as aqui vos não tendes pedido nada em meu
partes dos Estados Unid <s e Canadá. nome: pedi e recebereis, e que vossa
As orações estão sendo enviadas aos jor­ alegria seja completa.” (João 16:23-24).
nais para publicação, uma para cada dia Nas revelações modernas citadas nas
da semana, e são escritas com uma ante­ Doutrinas e Convênios o Senhor ensi­
cipação de semanas e as vezes até me­ nou esta mesma doutrina. Por exemplo,
ses. Uma grande porção dessas orações
já foram escritas e distribuídas para pu­
blicação na esperança de que o povo as
repita dia a dia.
Num conjunto dessas orações prepa­
radas para certo período de 19 dias.
aparece uma peculiaridade que está ras­
tejando entre os hábitos dos Santos dos
Últimos Dias. Com exceção de dois ca­
sos, nenhuma dessas orações é oferecida
no nome de Cristo.
Os Santos dos Últimos Dias, natural­
mente, não acreditam em orações impres­
sa-. Possuímos somente três na igreja,
uma para o Batismo e duas para o sacra­
mento da Ceia d? Senhor. Assim, os
Santos dos Últimos Dias em geral não
irão preocupar-se em participar do uso
em Doutrinas e Convênios, Seção 24,
de tais orações sindicadas, assim como
verso 5, êle disse: “ E te será dado e tu
não usam um livra regular de rezas.
c ntimtarás chamando Deus em meu no­
Porém o que desejamos salientar nes­
me e escrevendo as coisas que te serão
ta circunstância é o fato dessas pessoas
dadas pelo Confortador.”
se absterem de orar em nome de Cristo.
F O I O B S E R V A D O O U E quando O L IV R O D E M O R M O N é quasi
certos Santos dos Últimos Dias oferecem tão explicito como aquele. Ouando o
orações em organizações de pais e pro- Salvador esteve com os Nefitas êle ensi­
fessors ou em reuniões de outros^grunos nou-lhes também como orar e disse, en­
que não são da igreia, existe certa tendên­ tre outras coisas :
cia por parte de alguns de orar como o “ Por isto vos devereis sempre orar ao
mundo, usando muitas vezes orações pre­ Pai em meu nome; e tudo que pedirdes
viamente escritas e preparadas pelas or­ ao Pai em meu nome, que seja direito.

208 A L IA H O N A
Indentidade Indelevel
Por Richard L . Evans
Em ficção e em contos de fada, um ações e atitudes “ longe de casa” apren­
enrêdo favorito é o do príncipe que anda dem esta lição e frequentemente enfren­
entre o seu povo, disfarçado. Tais enre­ tam situações bem embaraçosas. Se
dos têm um grande numero de varia­ nós fizermos um papel ridículo a milha­
ções em uma longa linha de literatura res de quilometros distante, as notícias
e torna-se uma leitura emocionante quan­ provavelmente chegarão mais depressa
do o pobre prova ser o princípe ou quan­ do que nós mesmos. Mas esta não é a
do a grande dama tróca de lugar com unica razão pela qual devemos nos com­
sua criada. Em literatura tais situações portar. Deveríamos ter caráter e senso
pedem ser facilmente possiveis, mas na comum suficientes para faze-lo de qual­
vida nós não podemos confiar em não quer maneira. Nossos próprios princí­
sermos reconhecidos. Os fugitivos têm pios, auto-respeito e aprovação interior
constatado isto muitas vêzes. Alguns nos deveriam dar razão suficiente — não
vão até os confins do mundo; mas qua­ importa onde nos encontremos. Os
se sempre, mais cêdo ou mais tarde al­ princípios pessoais não deveriam alterar-
guém descobre sua identidade. Brin­ se com a geografia. Mas, mesmos se
car de não ser conhecido não é muito não houvesse a questão de princípio,
bom. Frequentemente pessoas surpre- mesmo se não houvesse a questão de
endem-se ao encontrar amigos em luga­ consciência, ainda seria bom lembrar que
res distantes. Contudo, os viajantes ex­ não podemos estar certos de que não se­
perimentados aprendem a nunca surpre- remos vistos por alguém que provavel­
enderem-se por encontrar quem quer mente veremos de novo. Nunca é se­
que seja onde quer que seja. Podemos guro supor que as noticias não voltarão.
pensar que nos perderíamos numa cida­ Nossos atos e reputação viajam conosco.
de grande, porém, vulgar que pareça, o Mais do que isso, eles frequentemente
mundo é pequeno. Nunca podemos es­ nos precedem e se mostram em qualquer
tar certos de que nossas ações não estão lugar. Em ficção, o príncipe pode ser
sendo observadas por alguém que conhe­ protegido por seu disfarce, mas na vida
cemos ou que viremos a conheecr poste­ não podemos confiar em sermos desco­
riormente. Aqueles que confiam nas nhecidos. Nossa identidade é indelével.

acreditando que vos o recebereis, obser­ mortal do Salavdor. Si tais tendências


vem que aquilo vos será dado. Orem em continuam em nossos dias elas nos guia­
suas famílias ao Pai, sempre em meu no­ rão novamente para a apostasia, porque
me, afim de que suas mulheres e filhos as praticas do mundo se sobreporão à
possam ser abençoados.” ( I I I Nefi verdade do evangelho.
18:19-21) Quando os Santos dos Últimos Dias
Entre certa parte de nosso povo ha uma oram, êles devem relembrar as simples
contínua tendência de adaptarem-se aos fundamentais que o Senhor nos ensinou
hábitos e costumes do mundo. Uma ten­
dência como esta tem contribuído gran­ nas escrituras e segui-las. Deixemos que
demente ao desenvolvimento da Grande tôdas ^ nossas orações sejam ofereci­
Apostasia, seguindo os dias da existência das em nome do Salvador.

Não me importa que Deus esteja do meu lado. O que espero ardente-
mente é que eu me ache do lado Dele. Abraão Lincoln

O U T U B R O D E 1952 209
M A R 1L 1Â , S. P .

“ Coração de Mardiiia — Av. Sampaio Vidal”

Por I L M O r i c c t
Ouando os missionários mórmons che­ sue, muito tem contribuído para a for­
garam em Marilia em l.o de Abril do mação moral de seus filhos.
corrente ano, naturalmente esperavam Os nossos irmãos ficaram pasmados,
encontrar uma cidadezinha pacata, com quando perceberam que em Marilia ha­
ruas tortas e sem calçamento, parca ihr via 17 estabelecimentos bancários, fun­
minação e cheia de “ caipiras”. Porém, cionando em belíssimos prédios, e, uns
tal não se deu, porque, felismente o que 20 por cento da população, é composta
êles encontraram foi coisa bem diferen­ pela colônia japonesa. Seu povo é bom
te. Marilia não é pacata, mas sim, a ca­ e educado e de bons costumes.
pital da alta paulista, e mais ainda: o Os amigos leitores que leram até aqui,
maior centro algodoeiro da America do hão de estar pensando que estou ganhan­
S ul. do para propagandar minha cidade. Po­
Suas ruas são bem traçadas e o calça­ rém, dá-se ao contrário. Estou queren­
mento bem conservado, o que causa boa do apenas de mostrar os pontos, de que
impressão aos que aqui visitam. Sua ilu­ Marilia é realmente uma cidade formi­
minação é farta e a quantidade de lumi­ dável, e para vocês ficarem cientes de
nosos lhe dá uma arzinho das grandes como é vasto êste campo para semear a
cidades. Por suas ruas raros “ cabo­ boa semente do Evangelho.
clos” aparecem, pois os citadinos andam H á pouco mais de três meses os mis­
sempre limpos e se vestem muito bem. sionários aqui chegaram e já conquista­
A medida que os missionários iam co- ram amizade geral do povo aqui. Tôda
nheecndo Marilia, denominada “ Ci­ cidade os conhecem, pois êles trabalham
dade Menina”, êles maravilhivam-se. arduamente, dia e noite. Aos poucos
Marilia tem de tudo; até sinaleiros de êles se inteiraram do que havia na cida­
trânsito e prédios que procuram tocar de e das possibilidades para um trabalho
a mansidão celestial. E o grande núme­ de missão de bons resultados.
ro de escolas, ginásios, colégios que pos- Iniciando com as aulas de inglês, foi

210 A L IA H O N A
o inaixo do ciculo de amizade quê en­ Brasil, entraram lias aguas do batismo,
contraram. Com estas amizades surgi­ no dia 20 de julho, numa manhã fresca
ram os interessados no Evangelho Res­ e maravilhosa, cs nossos irmãos Mituo
taurado, e os, não interessados. Ikemoto e limo Ricci. Êstes serão o fir­
O Evangelho começou a ser pregado me alicerce d > Reino de Deus aqui na
em casa dos amigos, e foi então que en­ terra, pois receberam a religião restau­
contraram a Família Ikemoto, onde atual­ rada pelo profeta José Smith como a
mente realizamos aos domingos uma Es­ verdadeira religião de Cristo, encontran­
cola Dominical, com uma boa frequencia do nela, verdades nunca antes experi­
de amigos investigadores. mentadas.
Muitas pessoas, pela primeira vez vi­ Nossos novos irmãos também, têm
ram a verdadeira Luz, que emana das :c esforçado com afinco, para que Mari­
Sagradas Escrituras. As reuniões se su­ lia tenha logo um centro onde o ramo
cediam com sucessos, e os que procura­ possa se f ortificar cada vez mais.
vam a verdadeira religião, encontraram- Marilia conta com quatro bons mis­
na i:os mórmons. sionários, Elders Kim Wood, atual Pre­
Todos os dias sem perder um só mi­ sidente do Ramo, Delwin Morris, D.
nuto, os incansáveis elderes palmilha­ Wilcox e Irmão Hygino de Freitas. Ês­
vam a cidade, levando a Luz de Cristo, tes missionários, severamente estão pro­
àqueles que se encontravam na escuri­ clamando a? povo aqui, as verdades res­
dão. Após a chegada aqui, êles entra­ tauradas pelo nosso profeta, em tôda
ram em contacto com o nosso irmão Vi- a sua plenitude.
tor Azevedo Lemes, que fôra membro Estamos empregando todos nossos es­
em Campinas, e muito tem feito para forços, para que Marilia também tenha
o bom êxito do nosso já querido ramo muito lego a sua casa de oração, e assim
e da missão aqui. poderemos iniciar tôdas as atividades
Para maior alegria do Ramo de Ma­ que possue na Igreja de Jesus Cristo dos
rilia e dos irmãos de todos os ramos do Santos dos Últimos Dias.

A JU D A N D O O U T R O S S E R I IN D IA N S
(Cont. da pág. 206)
(Cont. da pág. 207)
des e providenciar para que sejam su­
pridas. No ramo, a Socidade de Socor­ believe it is bad luck to visit a white
ro foi sempre encarregada do cuidado mans camp, which they rarely do. They
imediato dos pobres e, agora, intensifica tell the story of some tribesmen who
cs seus esforços e os coordena com o entered a white settlement a few years
Plano de Bem-estar. Consultando as fa­ ago only to die of measles following the
mílias a Sociedade de Socorro calcula visit.
suas necessidades e as supre com artigos Mr. Willíam Neíl Smith II, anthro-
tirados do armazém do Presidente do pologist from Los Angeles, who visited
Ramo, em troca do trabalho em algum the island took four of them back with
projeto do Plano do Bem-estar. Talvez him on a trip to the big city. “The trip
o encargo mais difícil do Plano, seja co­ was a huge suces— until they went to a
nhecer as necessidades de cada um, e beach and saw what present day bathing
nisso as mulheres nunca fracassam. suits lofk like. Pretty uncivilized,” he
(Cont. no próximo mês) said.

Anônimo: Somente teremos aprendido a orar, quando compreendermos


que a oração é antes um privilégio que uma obrigação.

O U T U B R O D E 1952 211
GOMO UTILIZAR

O TRIGO INTEGRAL

NA ALIMENTAÇÃO

O senhor disse: “ Todos cs cereais são


bens para a comida do homem. Contu­
do, seja o trigo para o homem.” — Dou­
trinas c Convênios, seção 89.

IN G R E D IE N T E S PARA 5 PESSO A S

M IN G A U D E T R IG O IN T E G R A L CO M L E IT E :

Trigo integral ........................... 150g (5 colheres de sopa cheias)


leite ........................................... 500g
açúcar ......................................... 50g (3 colheres de sopa rasas)
casca de limão.
1.° —■Ao cozinhar o trigo que ficou de môíhcv durante uma hora e meia na mesma
água do remôlho, em forno lento, cuida-se que a água evapore quase tôda.
Mexe-se de vez em quando para que não pegue no fundo da panela.
2.° ■— Escorrer e colocar em um recipiente junto com o leite e a casca de
limão.
3.° — Ferver tudo junto durante 10 minutos. Serve-se frio ou quente.

P U D IM D E T R IG O IN T E G R A L
Leite ................................................ 1/2 litro
açúcar ...............................................75g (5 colheres de sapa rasas)
ovos ............................................. 3
trigo integral ............................. ... 50g (1 1/2 colheres de sopa rasas)
casca de laranja
1.° — Ferver durante uma hora e meia o triga remolhado, escorrer e juntar o
leite que ferveu com o açúcar e a casca de laranja ou de limão.
2.° — Pôr sôbre os ovos batidos e misturar bem.
3.° — Colocar em fôrma untada com manteiga ou caramelo.
4.° — Cozinhar no forno,-em banho-Maria, durante 45 minutos. Tira-se da fôr­
ma depois de frio.
$
M IN G A U D E T R IG O IN T E G R A L CO M MAÇA:
Trigo integral ........................... 200g (6 1/2 colheres de sopa cheias)
açúcar ......................................... 60g (4 colheres de sopa rasas)
Nata de leite ............................. 20g (2 colheres de sopa)

212 A L IA H O N A
I p t a r - m i uso e mau
(Cont. da página 201) filhos se habituarem excessivamente em
Outras dessas crianças, tendo o tipo doces, balas, bebidas açucaradas, sorve­
errado de hereditariedade glandular, são tes, tortas, bolos, geleias e gelatinas.
destinadas a serem diabéticas, se conti­ Muitas dessas crianças crescem e trans­
nuam a alimentar-se de açucar, que elas ferem seu vicio por açucar para aquele
agora tanto desejam. outro carbohidrato, álcool, que têm mui­
A diabete pode vir cedo ou tarde na tos dos maus efeitos do açucar, além
vida. É quase que opinião geral que da sua peculiar habilidade em causar be-
açucar e outros .concentrados doces são bedos e insanidade. As crianças não são
uma das causas de diabete. beneficiadas em comer açucar.
“ Diabéticos da pele” é uma nova de­ A revista de saude, Hygeia, publicada
finição de uma serie de doenças de pele, pela Associação Médica Americana, su­
que regularmente afetam as crianças ou geriu em um artigo que fossem criadas
adultos. Está presente em muitos come­ zonas em volta das escolas, onde doces
dores de açucar que não apresentam os não pudessem ser comprados pelas crian­
sinais característicos da diabete comum, ças. A maior parte dos anúncios para
e cessa completamente quando carbohi­ doces, “ chiclets” e outros doces, forma­
dratos refinados, tais como o açucar são dores de hábito, são próprios para os
eliminados. Essa doença inclue derma- olhos das crianças.
tite, prurites, furunculose, varios tipos Ao atingir a idade de seis anos é que
de absessos e outras infecções bacteria- geralmente aparecem os primeiros den­
nas da pele. O açucar parece ser favo- tes molares. Esses são considerados pe­
ravel ao crescimento de organismos bac- los dentistas como “a chave da oclusão”
terianos. Na realidade, ele é mesmo usa­ — um fator de importância no bom co-
do comercialmente para culturas bacte- locamento de todos os dentes permanen­
rianas. tes. Contudo, ao atingirem essas crian­
Alguns pais que ficam horrificados a ças comedoras de açucar a puberdade e
idéia de ter um bebado na família, nada
acham de extraordinário em deixar seus (Cont. na 4.a capa)

maçãs ......................................... 300g (2 maças médias)


açúcar ......................................... 30g (2 colheres de scpa rasas)
baunilha ou canela
água
1.° —• Ferver durante uma hora e meia o trigo remolhado.
2.° — Juntar o açúcar e a nata de leite e ferver tudo junto durante um ou dois
minutos. Servir com a compota de maçãs.

P R E P A R A Ç Ã O DA C O M P O T A D E M A ÇA
1.° desçascar as maçãs, tirar os centros e corta-las em pedaços,
2.° cozinhá-las em pouca água junto com o açúcar e a baunilha ou canela.
A cocção se faz em fogo moderado.

‘S A U D E C U ID A D A , V ID A CON SERVADA”

O U T U B R O DE 1952 213
'o w y / a t / e / ii

Glenn A. Jorgenson Renato Ordacowski


Manti, Utah Curitiba, Paraná

Thomas F. Jensen James Crawley Richard M. Fowles


Salt Lake City, Utah Wocds Cross, Utah Oakley, Idaho

Novo M issionário: Em ausência da fotografia


Irmão Leoses de Paulo, Curitiba, Paraná

D e s p e d i d a dG 1 ° C o n s e l h e i r o
No dia 5 de Setembro, regressou ao seu lar
nos Estados Unidos, o Elder Edward Thomas, de -ES

Shiprock, New Mexico, que trabalhou durante o

p1
último ano como primeiro conselheiro na presi­
dência da Missão Brasileira. Antes de ser cha­
mado para a presidência em Setembro passado,
serviu como o secretáriqp da missão. Tambem
cumpriu serviço missionário nas cidades de R i­ £ <0 !
beirão Preto e Santos.

214 A L IA H O N A
Na cidade de Holly­
wood, Califórnia, será fei­
to um filme colorido sô­
bre a vida de Cristo. O
mesmo será reproduzido
pela televisão.

Afirma o investigador,
D. G. Briton, que a su-
presa dos missionários
romanos passou de hor­
ror quando descobriram,
entre as nações indíge­
nas de America, uma for­
ma de batismo seme­
lhante à sua, acompanha­
da pela imposição de um
nome. Esta fórma de ba­
tismo era chamada por
um nome que significava
“ ser renascido”.

PROGRAMAS DO RADIO
Está ouvindo o mundialmente famoso Côro e Orgão de Cidade de Lago Salgado
cada semana? Pode ouvi-lo nas seguintes estações:
Porto Alegre — Quartas-feiras às 8 horas — PRF-9, Rádio Difusora
Curitiba — Domingo às 19,15 horas — ZYM-5, Rádio Guairaçá
Ribeirão Preto — Domingos às 19.30 horas — PRA-7, Rádio Emissora
Santos — Domingos às 19,00 horas — PRB-4 — Rádio Clube de Santos
Rio Claro — Segundas-feiras às 19,15 horas — PRF-2, Rádio Clube de Rio Claro
Campinas — Segundas-feiras às 20,40 horas — ZYY-3, Rádio Brasil
Baurú — Domingos às 19,30 horas — PRG-8, Rádio Clube de Baurú
São Paulo — Sábado às 10,15 horas — PRE-4, Rádio Cultura
Ponta Grossa — Quartas-feiras às 22 horas — JRY-2, Rádio Ponta Grossa

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OS M E C R O B I O S
Expostos à luz do sol, a mai:'r parte ç,los micróbios morrem depressa.
Por isso, devemos abrir largamente as janelas para expor as nossas casas à
ação desinfetante dos raios solares. Bem diz o adágio; “ Na casa onde entra o
sol, não entra médico.”
Ipear-sei hso e mim usa
(Cont. da pág. 213) matismo, bem como outras doenças crô­
nicas.
muito antes de todos os seus dentes per­ Tanto na infância como na idade
manentes estarem crescidos, os seus pri­ avançada, a queixa de gas no estômago
meiros molares estão tão estragados que e intestinos é bem comum. Uma das cau­
não podem mais serem consertados. A sas dessa condição é o uso de açucar
sua extração resulta numa boca de den­ refinado.
tes mal arranjados. O açucar irrita o interior do estomago
e intestinos, provavelmente pelo seu
E F E IT O S N A ID A D E M É D IA E efeito hipertonico nas delicadas membra­
AVANÇADA nas mucosas. Isto resulta em falha no
processo digestivo normal e demora no
As crianças não são as unicas que so­ esvasiamento do estomago. Nesse meio
frem pelo uso excessiva de açucar. O tempo o açucar fermenta e cria gases
choque mais comum e mais sem mise­ que causam dores e outros sintomas de
ricórdia que se pode dar na idade mé­ indegestão. Isso pode resultar em uma
dia é o desenvolvimento de doenças crô­ pessoa não conseguir engordar.
nicas, incluindo artrite e as suas aliadas Diminuição do conteúdo acido hidro-
doenças reumaticas. Essas resultam em cloridico do estomago é um outro resul­
tado do comer açucar refinado. Especial­
mais enfermidades do que qualquer ou­
mente em pessoas que já alcançaram a
tra doença, a não ser a insanidade. In ­ meia idade, baixa acides do estomago
gerir açucar é a causa numero um da torna-se muito comum.
predisposição para atrite, neurite e reu- (Cont. no próximo mês)

H IS T Ó R IA D A IG R E JA oitenta e quatro anos, convertido em Ba-


sel, na Suiça: Depois de ter recebido o
(Cont. da pág. 203) batismo e a imposição das mãos, expe­
rimentei dentro de mim uma regenera­
no, um escosses e um gaules haviam sido ção até então desconhecido — paz, acom­
batisados. Portanto, conforme disse o panhada de alegria, que nada tinha de
apóstolo Snow, a primeira organização terreno, alguma coisa puramente espi­
contava com homens de quatro nações ritual, e me senti disposto a pensar, fa­
diferentes. Uma carta, endereçada a lar e agir. de acôrdo com os preceitos
“ Estrela Milenaria”, na Inglaterra, di­ do evangelho.
zia que havia trinta membros da Igreja E assim foi. A mensagem do evan­
na Italia, e cento e quarenta na Suiça. gelho foi levada, não somente as Ilhas
Presidente Snow no “ Estrela” : Muitos países Escandinavos, como também a
Italianos inteligentes e influentes foram Holanda, Áustria, depois a índia e, ain­
ultimamente ordenados para o sacerdó­ da mais tarde, ao Japão.
cio e estão agora incumbidos de propagar Somente na Inglaterra, incluindo Ir-
os princípios da vida e da salvação”. landia, País de Gales e Escossia, na­
Mais tarde, outros quarenta batismos fo­ queles primeiros anos, vinte e duas mil
ram celebrados nas diversas cidades ita­ pessoas foram batisadas e o numero de
lianas. subscrição do “Estrela” aumentou sete
Eis o testemunho de um ancião de vezes mais.

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