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ALMA GAP.

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38. E agora, meu filho, tenho algo a
dizer-te a respeito do que nossos pais cha­
mam uma bola, ou guia — ou como nossos
pais a chamavam, Liahona, que é, por in­
terpretação, uma bússola preparada pelo
Senhor.............
40. E ela funcionava de conformidade
com a fé que tinham em Deus; por isso, se
êles tivéssem fé e acreditassem que Deus
pedia fazer com que aquêles fusos apon­
tassem o caminho, assim era feito. E eis
que isso foi feito. Por isso, êles obtiveram
êsse inilagre e mais outros apresentados d.a
a dia pelo poder de Deus........
44. E eis que é tão fácil atender à pa­
lavra de Cristo, que te apontará o caminho
direto a eterna felicidade, como foi para
a g s s o s pais dar atenção a esta bússola, que

lhes apontaria o caminho para a terra


prometida.
45. sE pergunto agora: — não há uma
marca ou tipo distinto nesta coisa? Pois,
as:s'm como de forma tão segura trouxe esta
diretriz nossos pais à terra prometida, por
terem eeguido sua indicação, não nos leva­
rão as palavras de Cristo, se a elas obede­
cermos, longe deste vale de amarguras, para
uma terra de promissão muito melhor?
48. Meu filho, não nos desleixamos em
vista da facilidade do caminho, po!s qua
assim sucedeu a nossos pais: pois de tal
modo fora ela preparada, que se olhassem,
viveriam; a mesma coisa se dá conosco. Q

Janeiro 1951
traçado está feito e, se nos guiarmos por
êle, poderemos viver para sempre.
D O L IV R O DE M O RM O N
NOVO ANO . . . NOVO NOME . . .
LIVRO DE MóRMON. Essas três “novidades” estão realmente entrelaçadas
Primeiramente, ao aproximar-se o fim de 1950, nossa atenção foi
atraída para uma revista que, antes de nós, já circulava no Brasil, com q
ncme de “A GAIVOTA”. Esta é sem dúvida uma forte razão para a atua:
mudança de nome, pois nossa principal preocupação é ter uma revista que,
à primeira vista, seja identificada com a Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Ültimos Dias... e o Evangelho Restaurado__ em todos os cantos dêste
grande país em que ela possa chegar.
Finalmente, com a segunda edição do Livro de Mórmon, já quase
impressa, parece-nos que nada seria mais apropriado do que um novo
nome chamasse a atenção, de todos os leitores de nossa revista, para
êste livro.
— Ao ler o Livro de Mórmon, uma palavra — •‘LIAHONA" —
sobressai a tôdas as outras. Ela é introduzida em Alma, 37:38, como
“ Liahona”, que é, por interpretação, uma bússola preparada pelo Senhor.”
Porém, ela não é somente guia dos viajantes para a terra prometida; é
também um instrumento que trabalha de acórdo com a nossa fé em Deus,
e conseqüêntemente, nos orienta para o reino de Deus — a vida eterna;
e, como tal, um símbolo do Evangelho Restaurado. O mesmo acontece com
a nossa revista — “A Liahona” ; ela guia e orienta os membros e amigos
para o reino de Deus.
“A Liahona” é também o nome da revista dos Élderes nas missões
dos Estados Unidos e o da revista das missões da América Espanhola e
do México............. esperamos pois que êste fato contribua grandemente
para a maior aproximação entre o povo do Brasil e os Santos dos Ültimos
Dias nos referidos países.
Órgão Oficial da Missão Brasi­
leira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias

Rua Itapeva, 378


Caixa Postal 862 São Paulo

Ano IV JANEIRO DE 1951 N.® 1

I N D I C E

O N O V O N O M E — A Redação ............................................ I I Capa


A IG R E JA N O M U N D O ................. ......... .............................. 2
E D IT O R IA L — Presidente Rulon S. Hmvells ..................... 3
H IS T Ó R IA CU RT A DA IG R E JA ........................... 4
R A C IO C ÍN IO E D O U T R IN A — Samuel Boren ................. 6
A FA LSA ID É IA DE B EB ER M O D E R A D A M E N T E —
J. E. Morgan ................................................................ 8
O U S O P R A T IC O D A RELTGIÃO — Elder Etephen L. Ri-
chards, do Conselho dos Doze Apóstolos ......................... 10
O M A IS N O V O A P Ó S T O L O . . . , .......................................... .. 12
O RU M O DOS RAM O S . . ........................... ........................ 18
M IS S IO N Á R IO S E M IS C E L A N IA ................................. ... , 20
E X P E C T A T IV A D E U M A N O N O V O ............................... IV Capa

“A LIAHONA” é publicada mensalmente no Brasil pela Igreja de Jesus


Cristo dos Santos dos Ültimos Dias. Preços das assinaturas: por cada exem­
plar, CrS 4,00; por ano, Cr$ 40,00; exterior; Cr$ 50,00. Tóflà correspondência
à Caixa Postal 862, Sâo Paulo, S. P.

Diretor-Redator;
Cláudio Martins dos Santos
À Igrej a
no M u n d o
HONG ISONG, China
O trabalho da capela e da casa da missão
em Hong Koiig, n áC h in a , estava progra­ JOHANESBURGH da APRICA do SUL
mado para o principio de 1951, em terreno
Sob um dossel de bandeiras verde-ama-
comprado em novembro. A missão dos S. U. relas, o prefeito da maior cidade da África
D. da China conta apenas pouco tempo de do Sul, Johanesburgh, coroou Joey Brum-
existência e não obstante as grandes difi­ mer, Ramo de Vereeniging, rainha do dis­
culdades encontradas, já concretizamos trito de Transvaal do baile auri-verde.
Ele continuou a ctrimônia com uma curta
muitos dos nossos projetos. ccnferência, louvando os oficiais e profes­
No fim de 1950 os missionários dirigiam sôres pelo seu bom trabalho.
uma ativa escola dominical, com cêrca de Em suas observações, o prefeito estava
35 pessoas. Se bem que ainda não tenha enlevado em sua oração pela conduta man­
tida pelos que dançavam e pelo espírito de
havida nenhum batismo, existem pelo me­
jovialidade da gente. Ê!e disse que se os
nos, 1C prováveis. O Presidente da Missão, seus serviços pudessem ser sempre usados
Hilton A. Robertson, acha que é necessário em benefício do trabalho da AMM, os diri­
muito -estudo aos interessados no Evangelho, gentes do grupo teriam liberdade para visi-
em vista da grande diferença que existe tá-lo.
------ o------
entre a idolatria e o Mormonismo.
PROVO, Utah
A fi-pn de remover a grande dificuldade
S?
oriunda' da língua chinesa, os missionários Dando expansão ao nosso programa de
de Hoíig Kong estudam 4 horas por dia, reuniões conforme fôra planejado anterior­
com professôres particulares. Não se fazem mente, os ex-missionários do Brasil e os
membros Brasileiros da Igreja que aqui se
visitas de casa em casa, limitando-se a encontram, se reuniram pela segunda vez
maioria à pequena classe média de nego­ para, num ambiente de profunda cordiali­
ciantes e professôres. dade e espírito religioso, comemorar o Dia
Um costume chinês que causa embaraço e ds Ação de Graças.
Anteriormente, em eleição realizada, foi
também diverte os missionários, é o de só unânimemente aprovada a idéia de nos reu­
os coolies fazerem serviço manual. O fato nirmos mensalmente para um “bate-papo”
de os élderes lavarem sua própria roupa, amistoso e trazer à lembrança as excelentes
oferecem auxílio aos outros ou mesmo jogar experiências que tivemos no campo missio­
nário.
tênis é mòtivo para crítica por parecer in­ Esta reunião teve para nós significado
digno de pregadores religiosos. especial, pois comemoramos o dia de Ação
Não vivendo em pais cristão, os chineses de Graça — dia em que tôda a nação Ame­
não guardam o dia de descanso semanal. ricana reverencia a Deus com espírito de
humildade e agradecimento.
Trabalham todos os dias da semana, do Todos contribuímos com uma pequenina
mês e do ano. A nossa observância do do­ importância, podendo, desta forma, comprar
mingo é uma das coisas que os chineses alguns perus e fazer um banquete* especial.
nâo entendem é acham esquisito. <C o n tin u a na pag. 15 >

2 A L IA H O N A
EDITORIAL

0 DIZIMO NO ANO NOVO

Muitos membros da missão estão con­


fusos a respeito do pagamento do dízimo;
| quem deve pagá-lo e quando se deve pa­
gá-lo. Dizimo é 10% daquilo que ganha­
mos como salário renda ou produtos da
fazenda, incluindo as rendas ou salários
dos mais altos até os mais baixos. O dizi­
mo deve ser pago por todos os membros
da Igreja, seja jovem ou velho, homem ou
mulher. E ’ mais fácil pagar o dizimo
quando recebemos o dinheiro. Deve ser
o primeiro pagamento do nosso salário ou
| renda, seja mensal, semanal ou periodica­
mente.
“ A lei da prosperidade financeira dos Santos dos Últimos Dias,
sob convênio com Deus, é ser um pagador honesto quanto ao dízimo,
e não roubar a Deus nos dízimos e ofertas. A prosperidade vem
àqueles que observam a lei do dízimo. Quando digo prosperidade eu
não estou pensando apenas em cruzeiros e centavos, ainda que, via
de regra, os Santos dos Últimos Dias que pagam seu dízimo sejam
os homens mais prósperos financeiramente falando. Porém, o que
eu considero prosperidade real, como a coisa mais valiosa para cada
homem e. mulher, é o desenvolvimento do conhecimento de Deus,
de um testemunho, e do poder para viver o evangelho, inspirando
as nossas famílias a fazer o mesmo. Esta é a verdadeira prosperidade.”
Irmãos vamos pagar o nosso dízimo durante êste Ano Novo,
tornando-nos assim merecedores das bênçãos de Deus.

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja


mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz
o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu,
e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha
a maior abastança. (Mal. 3:10)

Janeiro de 1951 3
CURTA HISTÓRIA DA IGREJA — OITAVA PARTE

A Missão aos Lamanitas


Decorrido o período de 10 anos entre recebeu os sacerdócios de Aarão e Mel-
a primeira visão e o têrmo da tradução quisedec, a Igreja foi organizada, cm
do Livro de Mórmon, em que o projeta 6 de abril de 1830, em Faiete, Nova
José Smith adquiriu considerável soma
York. Com o tempo, ela foi se desen­
de conhecimento e treinamento, êle es­
tava apto para receber o sacerdócio de volvendo e, organizando os diversos ofí­
Deus» e dirigir a restauração da Igreja cios e designações, enviou missionários
de Jesus Cristo. Depois que o Projeta a tôdas as partes dos Estados Unidos.

Um dos propósitos do Livro de M ór­ dirigido àquele local foi ter o Élder Pratt
mon foi o de revelar aos índios Ameri­ muitos amigos lá. Talvez o mais im ­
canos a vida, o caráter e as doutrinas portante dêles — o ministro Sídnei Rig-
dos seus antepassados e também o de don — um pregador da Igreja dos Dis­
“levá-los a Cristo/’ Então, logo que o cípulos (Campbelite). O pastor foi
livro foi publicado e a Igreja organizada, muito hospitaleiro para com os missio­
alguns dos principais homens da Igreja nários, mas não discutia sôbre os mé­
começaram a se interessar pelos índios ritos da nova religião. No entanto, pro­
Americanos, sôbre cujos antepassados meteu ler o livro de Mórmon, cuidado­
falam os registros dos Nefitas. Havia samente, e permitiu que os missionários
chegado a hora, perguntavam êles, dêsses pregassem para a sua congregação. No
obscuros personagens receberem o Evan­ final, não apenas Rigdou, mas tôda a
gelho ? congregação havia aderido ao novo mo­
vimento.
Em resposta a uma pergunta feita por
''muitos dos élders” sôbre os “ remanes­ “ Em Kirtland” dizia o Élder Pratt
centes da Casa de Israel”, José Smith "uma grande multidão nos seguia, noite
recebeu uma revelação na qual Parley e dia, não nos deixando tempo para des­
canso ou retiro. Eram convocadas reu­
P. Pratt e Ziba Peterson foram chama­
niões em localidades vizinhas e o povo
dos para uma missão “ no lugar êrmo
onde viviam os Lamanitas.” O lm o vinha aglomerado solicitar a nossa pre­
Cowdery e Pedro Whitmer Júnior já sença, enquanto éramos seguidos diària-
haviam sido chamados para a mesma mente por um grande número de pes­
missão. soas, algumas para aprenderem, outras
por curiosidade e outras para obedece­
' As mulheres da Igreja, dirigidas por rem aos preceitos do Evangelho e outras
Emma Smith, prepararam o necessário para discuti-lo ou sofismá-lo.
para a viagem — o que não foi fácil, Durante as duas ou três semanas que
segundo a mãe de Smith, pois “ a maioria permaneceram em Kirtland, batizaram
das roupas tinha que ser feita de mate­ cento e vinte pessoas, entre elas Sídnei
rial grosseiro.” Tudo ficou pronto, no Rigdon, que foi mais tarde conselheiro
entanto, e em outubro de 1830 os ho­ da Primeira Presidência da Igreja, João
mens seguiram. Carril, que se tornou um dos membros
do bispado de Sião e o Dr. Frederico
A primeira fase da viagem foi de G. Williams, que também veio a ser
Faiete, Nova York, até o nordeste de conselheiro do Presidente da Igreja.
Ohio. Parece que a razão de se terem A cinqüenta milhas a oeste de Kirt-

4 A L IA H O N A
lane! os missionários pernoitaram em era quase intransponível. Durante vá­
casa do Sr. Simão Carter, com quem rios dias não fizeram fogueiras e só co­
deixaram, ao sair, uma cópia dos Re­ miam presunto cru e pão congelado.
gistros dos Nefitas.. Carter, depois de Afundavam no gêlo até a cintura e es-
ler o livro, foi a Kirtland onde foi bati­ tavam completamente molhados pela
zado e, voltando à sua cidade natal, por chuva, sempre com frio e exaustos da
sua vez, batizou umas sessenta pessoas, labuta diária. Mas fizeram a jornada
organizando uma filial. heroicamente, sentindo que estavam em­
Convém lembrar que um dos quatro penhados no serviço de Deus.
missionários da região dos Lamanitas foi O Dr. Frederico G. Williams, por
Olivio Cowdery e que êste tinha visto alguma razão, insistiu em se juntar ao
as placas e o anjo e ouviu a voz do Se­ grupo, depois da sua conversão e ba­
nhor, de sorte que podia falar com co­ tismo em Kirtland. Tinha êle, então.
nhecimento de causa. 44 anos e era o mais velho de todos.
* * * Ao chegarem a Independence, conda­
Depois de haver organizado em K irt­ do de Jackson, Missouri, a tão almejada
land as filiais dos membros convertidos, “ região dos Lamanitas,” os missionários
com os respectivos presidentes, os mis­ fizeram seus planos. Dois dêles se em­
sionários dos Índios Americanos segui­ pregaram na vila, como alfaiates, en­
ram para a “ região dos Lamanitas.” quanto os Élders Cowdery e Pratt atra­
A viagem, daí em diante, começou a vessaram a fronteira para indagarem a
ser mais arriscada do que pensavam. Era respeito dos índios Delaware. Foram
pleno inverno e havia espessa camada recebidos com gentileza pelo chefe —
de gêlo. A rota abrangia Sandusky e um idoso cacique de muitas tribos —
Cincinatti, Ohio, e St. Louis e St. a quem comunicaram a mensagem de
Charles, no Missouri. As últimas tre­ boa-vontade. Depois de alguma hesita­
zentas milhas foram percorridas sôbre ção o cacique concordou em reunir um
campinas desoladas, sem trilhas nem ha­ conselho formado de chefes das várias
bitantes, exceto por algum caçador es­ tribos, para ouvir o que tinham a dizer
porádico. e batidas por violentos ventos os missionários brancos.
do norte. Tôda a caminhada foi feita O Élder Cowdery foi o pregador.
a pé, salvo em alguns dias que caval­ Falou aos chefes sôbre o Livro de Mór-
1C on tinu a na pág. 13)
garam quando subiam o Ohio. cuja foz

Abriu-se uma missão “no lugar


érmo onde viviam os “Lamani­
tas” em outubro de 1830.

Janeiro de 1951 5
Raciocínio
e
por Samuel Boren Doutrina
O verdadeiro Evangelho de Jesus cutar e compor tão formosas sinfonias?
Cristo mostra-nos sua natureza de Orde Miguel Ângelo buscou conheci­
acôrdo com a razão. Quanto mais nos mentos para dar formas à pedra bruta e
aprofundamos em seus ensinamentos, transpor para a tela suas notáveis pin­
mais nos vai mostrando a sapiência e a turas? Respondemos: Nalguma parte,
uniformidade de sua estrutura. Êle res­ certamente.
ponde aos mais intrincados e profundos Restaurado na Terra há um século,
pensamentos da mente humana; causa aproximadamente, o verdadeiro Evan­
admiração, ao sincero pesquisador da gelho de Jesus Cristo inclui algumas dou­
verdade, a simplicidade e a irrebatibili- trinas que são surpreendentes para o
dade de seus conceitos, e como se des­ mundo e para as igrejas chamadas
cobre a sábia disposição do Criador para cristãs.
com seus filhos espirituais. O Evangelho nos diz que todos os
Na vida terrena, apresentam-se pro­ homens viveram espiritualmente antes
blemas que. muitas vêzes, a filosofia de vir à Terra para tomar um corpo
humana não consegue solucionar. Alguns mortal; que nessa vida preexistente
casos típicos podem ser citados. Um utilizamos nossa mente e nossa razão
biógrafo de Leonardo Da Vinci escreve: e adquirimos dons e habilidades. Por
“ Quando êle (Da Vinci) tinha doze um sábio princípio, nos é tirada quando
anos reunia tal número de conhecimen­ tomamos um corpo a memória dos fatos
tos e habilidades que seria completa­ da vida anterior; a causa fundamental
mente impossível adquiri-los em seus disto, sem dúvida, é que nossa vida aqui
poucos anos de vida.” é uma provação e se tivéssemos conhe­
cimento completo de nossa vida pré-
De Mozart, diz-se que a sua capaci­
terrena, aquêle propósito se desvirtuaria.
dade de “ fazer concertos de composições
Se usarmos de boa intenção para re­
dificílimas era quase impossível para a
fletir sôbre êste ponto, achá-lo-emos
sua curta idade.”
lógico, pois se não o fôsse como seria
Os biógrafos de Miguel Ângelo refe­ Passível que na Terra existissem sêres
rem-se, igualmente, às suas prodigiosas
capacidades inatas.
E, como os citados, existem na his­ “ Onde estavas Tu, quan­
tória do mundo, milhares e milhares de
casos' semelhantes; se o leitor fôr obser­ do Eu fundava a Terra ?
vador. poderá descobrir em seu redor,
em sua própria família, pessoas que de­ Faze-mo saber, se tens
monstram uma habilidade especial que
não poderiam ter adquirido nesta vida. inteligencia.
Onde receberam êles essa habilidade ou
êsse dom de que dão mostra a todo mo­ - (Jó 38:4)
mento ? Onde aprendeu Mozart a exe­

6 A L IA H O N A
RACIOCÍNIO E DOUTRINA uma pessoa de sua época, como coisa
perfeitamente natural.
que demonstram conhecimentos e cul­ Isto aconteceu quando Jesus e seus
tura impossíveis de ser adquiridos em discípulos estavam diante de um homem
seus poucos anos de vida? Se racioci­ cego de nascença. Compreendemos, de
narmos, sem nos deixar influenciar por imediato, que os apóstolos sabiam de
preconceitos religiosos já assimilados, e uma preexistência, quando perguntaram
usarmos de imparcialidade, diremos: ao Mestre: “ Rabi, quem pecou, êste ou
“ Em alguma parte foi adquirido êsse seus pais, para que nascesse cego?”
dom, e se foi em alguma parte, é porque Deixemos nossa atenção nessa pergunta
lá estivemos e vivemos antes.” e compreenderemos que se os apóstolos
Mas, a Bíblia diz alguma coisa a res­ perguntam: Pecou êste para que nascesse
peito da preexistência do homem? Sim, cego? deve haver um lugar onde se possa
explicitamente. pecar para nascer cego; pois que êles es­
Referindo-nos a Jesus Cristo, podemos tão inferindo implicitamente que êle, em
dizer que não deve ter a menor dúvida, sua vida anterior, cometeu faltas que lhe
mesmo o mais profano leitor da Bíblia, Irouxeram, como conseqüência, a ce­
de que Êle teve uma preexistência. Das gueira nesta vida mortal. Em definitivo,
muitas referências bíblicas a êsse res­ essá passagem de São João, cap. 9, v. 2
peito, mencionaremos a que se encontra mostra-nos uma coisa: que era plena­
no Evangelho segundo São João, cap. mente conhecida pelos apóstolos de Jesus
17. v. 5, quando Cristo orando a seu Cristo, a doutrina chamada preexisten-
Pai, Lhe diz: “ agora glorifica-me Tu, cia da vida mortal.
ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela Assim é que o raciocínio e as Santas
glória que tinha contigo antes que o Escrituras se combinam, para revelar-
mundo existisse.” Antes que o mundo nos êsse alto e transcendental conceito
existisse. Jesus Cristo teve glória perto da vicia do homem que nos compele a
de seu P ai; isto é, antes dÊle vir a Terra. dizer com Paulo, em sua epístola aos
efésios: “ Benedito o Deus e Pai de nosso
Os apóstolos de Cristo, sem dúvida,
Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou
tinham conhecimento cabal do Evange­
com tôdas as bênçãos espirituais nos lu­
lho, iluminados que foram pela presença gares celestiais em Cristo. Como também
do Mestre. Eis como encontramos na nos elegeu nêle antes da fundação do
Bíblia, os apóstolos referindo-se, com mundo, para que fôssemos santos e ir­
tôda a certeza, a uma vida pré-mortal de repreensíveis diante dêle em caridade."

janeiro de 1951
0 Uso Práíico da Religião
Pelo Elder STEPHEN L. RICHARDS

Sei de poucas coisas mais instigadoras com esta lei. Quando um homem vem a
à nossa fé e devoção nesta causa nobre saber e sentir que a religião é um sis­
com que temos a honra de estar identi­ tema de viver a sua vida diurna, êle do­
ficado para uma clara realização dos mina completamente as suas ações, as
altos propósitos dela entre os filhos dos suas escolhas, e o seu julgamento. Como
homens. Talvez não seja dado a muitos é que um homem poderia justificar-se
de nós ver o quadro geral na sua per­ com uma aceitação parcial da lei e do
feição. Podemos apenas tentar com o princípio divino? Lógico é que se a fonte
equipamento que possuimos fazer o mun­ de religião é acreditada, a sua aplicação
do compreender a importância e a vita­ tem que ser universal e invariável.
lidade da mensagem que temos, com a Não é possível admitir como plausível
ajuda de Deus. que se possa aceitar a religião — fòrça
Queremos que o mundo compreenda motriz da vida do homem e da organiza­
a posição desta Igreja. Somos propaga­ ção do universo, apenas em parte.
dores de Suas doutrinas e Seus princí­ O que decorreria de tal interpretação
pios. Possuidores e convertidos somos de religião para o mundo de hoje se ela
ordenados a dar uma mensagem ao mun­ fôsse largamente aceita? Removeria por
do. Levamos esta mensagem aos nossos exemplo a incerteza e a dúvida a res­
próximos não somente porque somos peito de princípios padrões, que fôssem
mandados, mas também porque temos usados para as decisões em todos os as­
em nossos corações um profundo respeito suntos: pessoais, sociais, nacionais, e in­
pelo bem-estar dos homens e um desejo ternacionais? Que tremendo proveito nos
cristão de ajudá-los. Estamos plenamen­ adviria se a resposta à velhíssima per­
te convictos de que a mensagem que gunta ‘‘o que é o direito?” pudesse achar-
temos para êles é o maior dom que pode se na aceitação pela maioria dos homens,
ser dado em vida ao homem. da divina fonte do direito! Mais uma
Que representa esta mensagem que a vez aparece a inconsistência e a futilidade
Igreja traz à humanidade? da posição dos assim chamados religio-
nistas parciais. Reconhece-se no mundo
Esta mensagem é definição da religião,
a lei divina contra o assassínio, o adul­
porque interpreta tôdas as fases da exis­
tério, o roubo e a mentira, mas, são
tência'dos homens em têrmos de reli­
poucos aquêles que condenam a idolatria
gião. Não há parte da vida que se não
a blasfêmia, e a profanação do sagrade
influencie por ela. Os nossos pensamen­
tos, o nosso ambiente, a nossa educação
as nossas amizades e associações, a nossa
saúde, a nossa riqueza, o govêrno, a so­
ciedade são tudo considerações religiosas
do escopo desta mensagem. A religião,
segundo a Igreja de Jesus Cristo, é um
sistema e um programa de vida para o
indivíduo e a comunidade sob a lei
eterna — a lei que o homem não in­
ventou e não pode mudar. Uma Religião Prática mostra-lhe pelas
Nós não nos podemos comprometer obras o caminho certo na vida.

8 A L IA H O N A
dia do Senhor. No entanto, as leis proi­
bindo todos êstes pecados vieram de
Deus. E é uma lei tão importante quanto
a outra.
Xa interpretação de religião que apre­
sentamos ao mundo, todas as leis de
Deus devem ser obedecidas e seguidas.
Se tal interpretação de religião fôss(:
amplamente divulgada entre as nações
da terra, haveria tal espetáculo de dis­
córdia e intriga como entre as nações de
hoje? Jamais se ouviu uma voz que se
levantasse em qualquer sessão da Orga­
nização das Nações Unidas desde seu
início, que protestasse contra as infra­
ções das leis de Deus, ou que rogasse o
Seu auxilio para alcançar os propósitos
dessa organização. Isto porque existe
tácito acôrdo entre os homens para pres­
cindir de Deus e da religião. Nós, porém,
proclamamos ao mundo que Deus e a
religião não podem ser deixados fora da
consideração dos assuntos mundiais sem
Elder Stephen L. Richards, do Conselho
risco mortal para a causa do bem e da dos Doze Apóstolos da Igreja de Jesus Cristo,
Paz- dos Santos dos ültimos Dias.
H á muitos homens de nações cristãs Por que não deixar que as grandes reli­
em lugares proeminentes que se guiam giões do mundo tomem o fardo da bata­
por um tabu de religião ao consi­ lha e vocês apenas acompanhem?
derar os assuntos nacionais e mundiais. A resposta é dada em três partes:
Pensam poder lutar contra o comunismo Primeira: Durante os séculos em que
ateu e agressivo, sem proferir uma pa­ as grandes religiões dominaram os con­
lavra em defesa dos conceitos divinos, e ceitos religiosos e as ações de seus povos,
sem procurar o auxílio divino para a elas fracassaram totalmente em manter
preservação dos princípios divinos — os padrões divinos de retidão, amor ao
liberdade, que nos foi dada por Deus. próximo e paz. Estas grandes religiões,
Quanto mais cedo os problemas do por melhor que fôssem suas intenções,
mundo sejam reconhecidos como con­ provaram ser impotentes para evitar
flitos morais entre o certo e o errado, guerras, a barbárie, a brutalidade, e a
entre Cristo e os anticristãos tanto mais atrocidade.
cedo sobrevirá a sua solução e a paz. Segunda: A sempre crescente busca
Esta é e sempre foi a posição desta do conhecimento entre os povos esclare­
Igreja. H á profecias, antigas e modernas, cidos do mundo exige respostas, infor­
depoimentos, declarações e experiências mações críveis às perguntas vitais sôbre
que a comprovam. a vida e o seu sentido. Nem a ciência
Há, por certo, aqueles que dirão: Im a­ nem as grandes religiões dão estas res­
ginemos como real que tenha chegado o postas.
rempo para um ajuste de contas entre as Terceira: Quase todos concordam que
fôrças do bem e as do m al; e que é què para manter-se efetivamente uma causa
justifica a sua Igreja a prescrever um é necessária autoridade para representá-
programa de conceitos religiosos e ação la. Deve ser-se uma parte dela do lado
para enfrentar a crise mundial de hoje? (Continua na pág. 15)

Janeiro de 1951 9
Wilson Davis fi­
cou de pé junto tk
calçada bem na cu'r-
va da encosta. Olha­
va a estrada em di­
reção de um moto-
A Falsa •___ —o-
Beb
rista que passava,
enquanto esperava junto ao corpo de nasceu desta união e tudo prometia fe­
sua filha morta e de sua mulher grave­ licidade e sucesso para o futuro da fa­
mente ferida. Davis não era um bêbedo mília. Mas a espôsa começou a beber
contumaz. Nunca fôra encontrado bê­ em excesso terminando o dia habitual­
bedo, nem bebia diàriamente, mas só em mente bêbeda, trazendo desgosto ao jo­
ocasiões especiais, com os outros “.so­ vem espôso e representando um perigo
mente para ser sociável.” Pouco antes para a criança, o que culminou com o
de deixarem o lugar onde haviam pas­ divórcio. Assim, outro lar foi desfeito
sado as férias êle se excedera na bebida pela falsa idéia de que beber moderada­
e nunca pensara que tão pouca quanti­ mente no lar é uma distração social e
dade de álcool pudesse debilitar seus agradável.
nervos a ponto de torná-lo incapaz de João Harper era um rapaz simpático.
guiar um carro a grande velocidade. Em Manteve-se na faculdade à sua própria
conseqüência estava agora diante de sua custa. Aprendeu a trabalhar e como con­
espôsa aleijada e de sua filha, morta. duzir a vida nos tempos modernos. Ten­
Com variação de detalhes, êste caso do pouco dinheiro nos tempos da facul­
poderia ser multiplicado por dezenas de dade, não se acostumou a fazer uso do
milhares por ano. Freqüentemente não álcool. Ao deixá-la, entrou para o mun­
é o motorista bêbedo ou sua família quem do dos negócios onde se tornou popular
paga o preço, mas um terceiro, inocente, e progrediu ràpidamente. Teve aumento
que tem a infelicidade de estar na es­ de salário um após outro e cedo tornou-
trada, no momento. se um dos assistentes executivos da fir­
Pedro Moore, o filho único de um ma. Como o assistente estivesse neces­
pai rico, cresceu entre as últimas duas sitando de aposentadoria, e a direção à
guerras mundiais, quando era moda jo­ procura de um sucessor, João Harper
vens de ambos os sexos, beberem juntos. contava como quase certo que o lugar
Casou com uma moça talentosa, e ambos lhe seria dado. Mas João, como muitos
pensavam abrilhantar o lar às noites, outros, não pôde agüentar a prosperi­
com um “copo social” em companhia de dade. Uma influência contrária tinha-se-
seus amigos. As coisas correram muito lhe infiltrado na vida. O negócio a que
bem durante alguns anos. Uma garôta estava associado, fazia sempre festas de

Um pouco de ãlcool
pode debilitar os ner­
vos a ponto de tor­
nar-se incapaz de
guiar um carro veloz.

10 A L IA H O N A
Por J. ELMER MORGAN

coquetel. Assim, êle tornou-se um bebe­


dor moderado e depois inveterado. A
qualidade de seu trabalho começou a
declinar. Seus associados viam claramen­
te que êle estava dormindo, razão por
que outro, menos capaz, mas com hábitos
sãos foi escolhido para o cargo. João
fóra enganado pela falsa idéia de que
alguém pode tornar-se um bebedor mo­
derado e ainda assim conseguir maior
sucesso em negócios.
Êstes casos, de minha própria obser­
vação, ilustram a falsa idéia de beber
moderadamente como solução do pro­ Muitas pessoas começam beber só para
blema do álcool. Êstes casos são verda­ cerem sociáveis... mas no fim ...
deiros havendo apenas mudança de no­
mes das personagens. Qualquer pessoa um candidato ao alcoolatrismó. Nenhum
observadora pode compará-los com casos dos milhares e milhares de bebedores de
de seu próprio conhecimento. Êles po­ nosso país, muitos dêles, homens e mu­
deriam ser multiplicados indefinidamente. lheres de grandes e promissoras possibi­
Tais incidentes amontoam-se numa lidades começou a beber com a intenção
terrível pilha de evidências contra indi­ de tornar-se alcoolatra. Nenhum dos mi­
víduos e contra o desastre social que re­ lhões de homens e mulheres, que têm o
sulta do beber moderadamente. O julga­ vício de beber em excesso, vício êsse que
mento baseado em tais evidências não os torna escravos e uma constante
requer o pêso adicional do chamado es­ ameaça a suas vidas e carreiras, começou
tudo científico, porque é mais do que a beber com o pensamento de tornar-se
científico, porque é o bom-senso que faz um bebedor excessivo.
que todo aquêle que é honesto consigo Todos êstes bebedores excessivos fo­
mesmo seja contra o uso de intoxicantes. ram recrutados dentre os moderados que
Beber moderadamente não é solução não tardam a ir para a legião dos al-
para problema do álcool; ao contrário, é coolatras. Isto é um terrível “ dobre
o ponto frágil dêste problema. Aquêle de finados” para qualquer nação que se
que é fácilmente apanhado na rêde do chama a si mesma de civilizada. Não
costume social a beber termina no exces­ há lugar para tal coisa numa vida tão
so. Quem que ainda não viu, num carro- agitada, de transportes aéreos, na era
restaurante ou num bar, um grupo de atômica.
homens em redor de uma mesa? U m dos Nossa geração terá de decidir se de­
homens paga uma rodada de uísques, vemos seguir o caminho de povos menos
surgem um segundo, um terceiro e um adiantados e consentir que o câncer do
quarto que se sentem com a obrigação de álcool devore a vida da nossa civilização
corresponder à gentileza daquele, sem o ou se devemos abrir um novo caminho,
senso de impedir o intoxicamento. como os que possuimos em outros cam-
O bebedor moderado é pois sempre (Continua na pág. 16

Janeiro de 1951 11
i|tie durante oito meses serviu como Pre­
O MAIS NOVO sidente da Conferência de Kentucky.
De volta de sua missão, alistou-se no

APOSTOLO corpo de Fuzileiros Navais, por ocasiãc


da I Guerra Mundial em que serviu oito
NA IGREJA DE JESUS CRISTO meses treinando recrutas, estacionando
em Mare Island. Califórnia. Mais tarde
Delbert Leou Stapley, com 53 anos
serviu na Guarda Nacional por nove
de idade e Presidente da Èstaca de
anos, dando baixa em janeiro de 1934.
Phoenix, foi eleito membro do Conse­
com as divisas de Major.
lho dos Doze, da Igreja de Jesus Cristo
Ardoroso líder da juventude, devotou
dos Santos dos Últimos Dias, em 30 de
17 anos de trabalhos à Igreja como Su­
setembro de 1950, sábado à tarde, du­
perintendente da Estaca de Maricopa,
rante a quarta sessão Geral da 121.a
Associação de Melhoramentos Mútuos.
Conferência Semianual no Tabernáculo
I 'arte dêste periodo êle foi também
de Lago Salgado. Foi ordenado Após­
membro do Alto Conselho da Estaca.
tolo da Igreja no dia 5 de outubro de
O Elder Stapley foi nomeado conse­
1950, quinta-feira, no Templo de Lago
lheiro pelo Presidente J. Robert Price
Salgado.
em 27 de fevereiro de 1938, na Estaca
A ordenação do Elder Stapley incor­ tle Phoenix, quando êste foi dispensado
porou ao Conselho dos Doze um filho em 5 de dezembro de 1947, e eleito Pre­
do Arizona, o qual devotou muito de sua sidente da recem-organizada Missão
vida ao progresso da Igreja naquele Es­ Central dos Estados do Atlântico, o
tado. Além de ser Presidente da Estaca Elder Stapley foi nomeado Presidente
de Phoenix, o Elder Stapley é também da Estaca de Phoenix.
Presidente do Plano de Bem-Estar da O Elder Stapley sempre encontrou
Igreja na Região do Arizona, compre­
endendo as estaca — , Snowflake, A ri­
zona do Sul e Young.
Além de ter-se sobressaído nos tra­
balhos da Igreja, o Elder Stapley con­
quistou proeminência nos negócios de
Arizona e nos circulos cívicos.
O Elder Stapley nasceu em Mesa.
Arizona, em 11 de dezembro de 1896.
um pouco depois da fundação da cidade,
num dos mais férteis vales da América.
É o segundo filho do casal Orley S.
Stapley e Polly May Hunsaker, que
teve nove filhos: seis varões e três mu­
lheres. Seu pai, ainda menino, com dez
anos, mudou-se para essa pequena co­
munidade, quatro anos depois que pio­
neiros a fundaram em 1878.
Após completar o curso ginasial em
Mesa, o Elder Stapley serviu nos Es­
tados do Sul como missionário, de 13
de abril de 1915 a 4 de julho de 1917, O Mais Novo Apóstolo.
ij uando foi disfpensado de sua missão Elder Delbert L. Stapley, do Conselho dos
pelo Presidente George Albert Smith, Doze Apóstolos da Igreja de Jesus Cristo,
então membro do Conselho dos Doze. dos Santos dos Ültimos Dias.

12 A L IA H O N A
tempo dentro de suas inúmeras tarefas, Cornité Executivo da Associação de Pro­
para servir a juventude, como líder dos jetos do Arizona Central, cujo princi­
escoteiros. Começou nessa função em pal escopo é reter as águas do rio Co­
1918, e devido às suas contribuições, êle lorado para seu estado.
usa atualmente o Silver Beaver. É o Em diversas ocasiões êle foi cha­
único escoteiro ativo que ajudou a or­ mado a Washington, como técnico em
ganizar o Conselho Roosevelt em Phoe­ problemas agriculturais do Arizona. É
nix, 110 qual serviu como Presidente por também membro do quadro de Direto­
dois anos, de 1930-31, como líder da res do National Valley C. de Phoenix,
Associação de Melhoramentos Mútuos. uma firma de seguros gerais e comer­
Em 1919 começou êle suas atividades ciais.
como escoteiro através da A. M. M. en­ O Elder Stapley é ainda membro do
tão em Salt Lake City General Board Phoenix Rotary Club, da Câmara de Co­
Council. mércio de Phoenix, the Phoenix Coun-
Ajudou com outros a organizar o Con­ try Club e the Arizona Club, organiza­
selho Apache em Mesa. em 1920, o qual ções de homens de negócios e profissio­
foi assimilado pelo Conselho Roosevelt nais. É também antigo Presidente do
depois de cêrca de um ano, quando êste Phoenix Lion's Club.
foi organizado em Phoenix para incluir O Elder Stapley é Presidente e Ge­
as atividades dos escoteiros nessa área. rente Geral da O. S. Stapley Company,
O Elder Stapley tem sido represen­ que foi fundada por seu pai, cujo círculo
tante nacional dos Escoteiros do Con­ de negócios abrange nove unidades ope­
selho Nacional da América nos últimos rando em atacado e varejo com ferra­
três anos, e ainda é membro do Comitê gens, equipamentos, motores de cami­
Executivo do Conselho Roosevelt. nhões, equipamentos agrícolas e maqui-
Eleito para o Conselho da Cidade de nários industriais.
.Mesa por dois anos, o Elder Stapley Sua família é composta de sua espôsa
serviu de 1922 a 1924. Cooperando com Ethel Davis Stapley e três filhos: duas
os compatricios, serve como membro do moças e um rapaz e quatro netos.

HISTÓRIA CURTA peito da missão até aquela data. Che­


(Continuação da pág. 5)
gando a Kirtland, o Élder Pratt teve a
surprêsa de descobrir que a sede da Igre­
mon e a relação dêste com os antepas­ ja fôra mudada para Ohio.
sados dos índios, entregando ao cacique Parecia que a expedição falhara na
um volume, aconselhando-o a Ier e ob­ sua missão junto aos índios, pois, não
servar seus ensinamentos. O cacique houvera nenhuma conversão. Mas foi
agradeceu o presente e recomendou os um sucesso quanto à organização da
dois missionários ao Sr. Pool, agente Igreja no oeste.
dos índios para os entreter. O Sr. Uma das características interessantes
Pool tratou-os bem, alimentou-os e alo­ do Mormorismo é a que ficou conhecida
jou-os, mas os proibiu de pregarem para como “ reunião”. Onde quer que hou­
os nativos. Então, os Élders Cowdery vesse convertidos, até data bem recente,
e Pratt voltaram para Independence1 êstes eram aconselhados a se reunirem
pensando que a missão havia terminado num lugar central. O primeiro ponto
abruptamente. Isto aconteceu em mea­ de reunião foi Kirtland, Ohio, depois
dos de fevereiro. foi o condado de Jackson, Missouri e,
Numa das reuniões do conselho fi­ mais tarde, a região do nordeste, no
cou decidido que o Élder Pratt voltaria mesmo estado; depois passou a ser em
à Faiete para fazer um relatório a res- (Continua na pág. seguinte»

Janeiro de 1951 13
H IS T Ó R IA CU RTA ( )s convertidos de Nova York — os
de Manchester, em Faiete e Colesville
Naqvoo, Illinois e, finalmente, depois da — foram diretamente para uma pequena
imigração para o oeste, em Utah. A cidade perto de Kirtland, chamada
primeira idéia destas reuniões nasceu em rhompson, onde se estabeleceram sob
Xova York nos primórdiós da Igreja. uma ordem econômica, que explicaremos
Em dezembro de 1830, Sídnei Rigdon adiante. Pouco tempo depois, no entan­
c Eduardo Partridge visitaram José to, mudaram-se para o condado de Jack-
Smith em Faiete. Rigdon. como já dis­ son, Missouri, com outros Santos. D u­
semos, aderira à Igreja. Partridge, ao rante os primeiros anos depois de 1830
que parece, já se havia convertido, mas haviam, na realidade, dois pontos de
não fôra batizado. Partridge, que era reunião — Kirtland e as cidades adja­
um homem “ que não mentia nem para centes a Ohio e a região conhecida por
: alvar seu braço direito’’, conforme de­ condado de Jackson, Missouri.
clarou um seu vizinho, veio ver o Pro­ Numa conferência da Igreja, realizada
feta para indagar sôbre o Mormonismo. no dia 3 de junho de 1831, muitos él-
A verdade é que fêz isto a pedido de ders foram escalados para seguirem para
alguém que tinha suas dúvidas, e que Missouri. Receberam instruções para
era morador e mercador em Kirtland. irem de dois em dois pregar em tôdas
No dia seguinte ao da sua chegada à as localidades por onde passassem. Ficou
Faiete, Partridge foi batizado pelo Pro­ também decidido que a filial de Coles­
feta. Êle e Rigdon ficaram algum tempo ville, localizada em Thompson, Ohio,
em Nova York e quando voltaram ao fôsse transferida para Sião, como ficou
lar trouxeram consigo o Profeta e a chamando-se a antiga Independenee, no
espôsa. condado de Jackson, Missouri. Em
Ao Profeta fôra revelado que daquela meados de junho, portanto, partiram os
data em diante o destino do movimento que foram designados para essa missão,
estaria no Oeste. Em abril de 1831 chegando ao destino em meados de julho
mais de cem convertidos se mudaram e lá organizaram acampamentos.
para os arredores de Kirtland. Os Santos de Colesville se localizaram
Em menos de um ano, portanto, a em Kaw. A primeira tora de madeira
Igreja contava com mais de 200 adeptos para a construção da primeira casa em
-—o grupo de Nova York e o de Mentor Kaw foi fincada por doze homens re­
e Kirtland, além daqueles que foram presentando as doze tribos de Israel.
convertidos por Carter. Entre êles ha­ Sídnei Rigdon consagrou o terreno e
via homens de projeção — Tomás B. mais tarde o próprio Profeta consagrou
Marsh, Sídnei Rigdon, Eduardo Partrid- em Independenee um local para o tem­
ift. que viria a ser primeiro bispo, Parley plo. Na ocasião da consagração do ter­
P. Pratt, Orson Pratt, João Corrill e reno para a reunião dos Santos, ficou
Dr. Frederico G. Williams. estabelecido entre os presentes “ recebe­
Foi em fevereiro de 1831 que o Pro­ rem essa terra cheios de gratidão”, “ em­
feta e Ema chegaram a Kirtland. M o­ penharem-se em guardar as leis de Deus”
raram, algum tempo, com um comer­ e “ zelarem para que os outros irmãos
ciante chamado Nevvel K. Whitney, um também guardassem as leis de Deus”,
fios que foram convertidos por Cowdery em todos os outros acampamentos dos
c Pratt. Whitney depois se tornou o Santos, em Sião.
bispo presidente da Igreja. A maioria dos que foram para Sião
Daí em diante o movimento se espa­ lá permaneceu e acampou. Outros, in­
lhou ràpidamente pelo país e o povo se clusive o Profeta, Sídnei Rigdon e ou­
convertia às centenas. Os missionários tros élders importantes, voltaram para
iam, “ sem eira nem beira”, por tôda Kirtland. Ficaram assim formados dois
parte, em grupos de dois. O movimento núcleos de acampamentos distantes mil
foi particularmente popular em Ohio. milhas um do outro.
P R A T IC O U S O DA R E L IG IÃ O sita o mundo doente para satisfazer a
(Continuação da pág. 9) fome da alma e vivificar a esperança e
a confiança na paz e na segurança. A
interno c não externo. Deve ser-se au­ mensagem que_ trazemos a todos ensina
torizado a falar por ela. H á inúmeras que a felicidade duradoura só se encon­
evidências e incontroversas em apoio da tra na bondade, e que o mais alto tributo
nossa pretensão à autoridade divina, a Cristo é o tributo de uma boa vida.
mas o tempo e o espaço não nos permi­ A fôrça é produto desta bondade. Esta
tem apresentá-las. mensagem define Deus. Traz conforto
Em suma, eis a resposta aos que per­ aos que sofrem, e coloca o mundo de ne­
guntam porque não podemos seguir as gócios 110 mais alto plano de administra­
chamadas grandes religiões em defesa de ção e confiança na paz da mente. Dá
Cristo e Seu caminho da vida na pre­ propósito eterno à vida. Acentua a per­
sente disputa crucial. sonalidade de cada homem. Faz subser­
Conclui-se, pois, que estamos na lide­ viente tôdas as coisas — o govêrno e
rança ; isto porque estamos com Aquêle mesmo a Igreja — ao eterno bem-estar
que é e sempre foi a Cabeça. Com a Sua do homem.
aprovação os nossos líderes têm sidq Se nosso desejo de hoje pudesse
escolhidos para nós. files possuem o concretizar-se, seria que todos os filhos
Sacerdócio, — com a missão especial de Deus pudessem ouvir esta mensagem
de guiar e dirigir os esforços para esta­ gloriosa e considerá-la sinceramente.
belecer o reino de Deus e levar a efeito a Temos certeza de que assim chegaria a
Seu trabalho no mundo. Seguiremos o muitos corações, através dos murmúrios
guia dêstes homens porque êles não nos do espírito, aquêle gôzo e felicidade pe­
desviarão, pois são devotados desinteres­ culiar aos nossos testemunhos da ver­
sadamente a nossos interêsses com a sa­ dade. Ao serviço missionário já temos
bedoria que lhes foi inspirada. dado neste sentido, grande contribuição,
H á em redor de nós, meus queridos mas esta ainda não é suficiente. Preci­
irmãos e irmãs, um mundo desafiador samos achar outros caminhos de infor­
e faminto. Os povos precisam de comida mar e persuadir o mundo, e se formos
para o corpo e para a alma. Não temos fiéis e verdadeiramente devotados, Deus
bastante milhões de dólares para edificar abrirá o caminho. Eis nossa convicção.
e vestir Os seus corpos; fazemos o que Sabemos que êste é o Seu reino, e que
podemos. Temos, porém, o que neces­ de nós Êle nunca se afastará.

I C ontinuação da pág. 2)
Todos os ex-missionários casados estiveram
presentes, com suas esposas, e os solteiros,
com as suas namoradas. Com espírito de
profunda alegria e humildade iniciamos o
jantar com uma sincera e ardente oração
agradecendo ao Pai dos Céus por tôdas as
bênçãos recebidas.
Tivemos um programa excelente! Os seus
componentes foram os seguintes irmãos:
Gerrit De Jong, Milton Bloomquist, Dale
Bailey e Sanford Walker. Os melhores re­
compensados de todos foram Jess McCulley
e Remo Rosselli que, depois de se íartarem
com as finas iguarias preparadas pelas es­
posas dos ex-missionários, foram “brutal­ janeiro nos reuniremos novamente. Desta
mente” atirados à cozinha onde, entre lin­ vez será na residência do Irmão De Jong
dos hinos e canções, lavaram mais de 250 Como de costume conservarei os membros
peças de louça e talheres. da Missão Brasileira em continuo contacto
Ficou definitivamente assentado que em com as nossas atividades.

Taneiro de 1951 15
A F A L S A ID E IA . proporções. Ela pode gastar e realmente
•Continuação da pág. I)>
gasta cada ano, dinheiro suficiente para
dominar muitas revistas e jornais de
maior circulação no mundo. E ’ um das
maiores freguesas das agências de
publicidade e está vinculada com os in-
terêsses do rádio e cinema. Possui um
programa deliberado para incrementar a
intoxicação pela bebida, na nossa civili­
zação.
O plano industrial de propaganda
de bebidas alcoólicas é bem claro e segue
uma determinada linha — procura fixar,
na mente do povo, a idéia de que: 1) é
normal e saudável beber-se moderada­
pos, e dar um exemplo inteligente e ho­ mente; 2) todo o mal vem de se beber
nesto aos demais povos. em excesso; 3) a embriaguês é uma en­
Debatemo-nos num dilema: ter liber­ fermidade pela qual nem o indivíduo
dade, paz e progresso com o poder da nem a indústria são responsáveis, e 4)
técnica da civilização usada construtiva­ d meio de se evitar o excesso de bebida
mente, ou ter licença de beber demasia­ e a enfermidade da embriaguês, é en­
damente. Não é possivel conciliar as duas sinar à mocidade, no lar, no colégio e na
coisas. Teremos de escolher. Teremos igreja, como beber moderadamente a fim
que lutar energicamente contra os es­ de que ela saiba o que, quando e como
forços dos interesses organizados do ál­ deve beber.
cool, que estabeleceram o beber mode­ Mas isto é apenas propaganda comer­
radamente como parte de nosso modo de cial que usam as indústrias, a fim de
viver. São precisos: trinta, cinqüenta ou vender o seu artigo e também o recurso
mesmo cem anos para vencer esta bata­ que usam aquêles que não querem dis­
lha, mas antes de vencer esta batalha não pensar a bebida, para desculpar os seus
poderemos ser uni povo realmente erros.
grande. O.objetivo da estratégia anti-alcoólica
Fácil nâu será de realizar um movi­ é fazer com que a maior parte possível
mento em favor da total abstinência da população se abstenha totalmente de
como modo de viver e contra a idéia de qualquer bebida alcoólica. Se construir­
beber moderadamente como costume so­ mos lares, escolas, igrejas e comunidades
cial. porque todo costume arraigado é sadias, estaremos produzindo uma gera­
difícil de ser combatido. E quando êste ção de homens e mulheres de caráter
é sedimentado por uma das mais pode­ cristão e tão elevado ideal que, em seus
rosas indústrias dos tempos modernos, pensamentos e desejos, não haverá lugar
então a tarefa é duplamente difícil. nem mesmo para as bebidas alcoólicas
\ indústria do álcool alcançou vastas moderadas.

TRADUÇÕES NESTE NÜMERO


"História Curta da Igreja”, por Lia Carneiro; “A Falsa Idéia de
Beber Moderadamente”, por Dorotéa Cheffer; “ Pratico Uso da Religião”,
por Elder C. Elmo Turner; “Raciocínio e Doutrina”, por João Crisóstomo
de Oliveira: "Expectativa de um Ano Novo”, por José Maria de Camargo;
“O Mais Novo Apóstolo”, por Odon dos Santos; “ Igreja no Mundo”, por
Hony Castro e Victoria Andraus.

16 A L IA H O N A
APERFEIÇOEMO-NOS....
. . . . S E G U IN D O O LIV R O I>E M O R M O N

scrd-.es, regozijar.-vos-eis sempre, e es­


) i c % -lJk U tareis cheios do amor de Deus, e sem­
pre tereis a remissão de vossos pecados;
e crescereis no conhecimento da glória
daquele que ,vos criou, ou no conheci­
' J U JIÍL L ! C 4 2 -
mento daquilo que é justo e verdadeiro.
E não tereis o desejo de injuriar-vos
? '& 3 Z cn \ uns aos outros, mas de viver em paz, e
7 £ -i * Jt — '?r>
de dar a cada um de acordo com o que
y ‘ O j f ■- ■í O " í í + ‘ lhe é devido. E não permitireis que vos­
^ - i / ci, <■
ri — ^ sos filhos tenham fome, nem andem nus;
nem permitireis que êles quebrem as leis
Do egipcio reformado até o inglês, e daí de Deus, ou que briguem e disputem uns
até o português vem as seguintes palavras
sabias para nos conselhar.......... com os outros e assim sirvam ao diabo,
que é o mestre do pecado, ou que é o
" Crcde em Deus; acreditai que Êle espírito mau de que vossos pais falaram,
tem tôda a sabedoria, todo o poder, tan­ sendo êle um inimigo de tôda a justiça.
to nos céus como na terra; acreditai
Mas ensiná-los-eis a andar pelos ca­
que o liomem não entende tôdas as cou-
minhos da verdade c da modéstia; . c
sas que o Senhor compreende. E ainda
também os ensinareis a se amarem mu­
mais acreditai que vos dcveis arrepen­
tuamente, e a servirem uns aos outros.”
der de vossos pecados e abandoná-los,
'( s humilhar-nos diante de Deus: e deveis iDo Livro de Mórmon, Mosiah 4:9-15»
pedir, com tôda a sinceridade de vossos
corações, que Êle vos perdoe; e agora,
se acreditais em tôdas estas cousas, pro­
curai fazê-las.
E digo-vos novamente, como já vos
disse antes, que, como haveis chegado
ao conhecimento da glória de Deus, ou
que tendo conhecimento da sua bondade
e tendo experimentado o seu amor, e
lendo recebido a remissão de vossos pe­
cados, a ponto de experimentardes gran­
de alegria em vossas almas, ainda assint
quero que vos lembreis e guardeis sem­
pre em vossas memórias a grandeza de
Deus. e vossa própria unidade, e a sua
bondade e prolongados sofrimentos por
vossa- causa, indignas criaturas, e vos .... Então serás abatida, falarás de debaixo
humilharóis até o abismo da humildade, da terra, e a tua fala desde o pó sairá
fraca.......... Isaias 29:4......
chamando diàriamente o nome do Se­
nhor, e permanecendo firmes na fé na­
quilo que está por vir. e que foi anun­
ciado pela boca do anjo.
E eis que (linda vos digo se isso fi-

Janeiro de 1951 17
Rum o dos Ram os |
SÃO PAULO Antes de comunicar a vocês um fato, gos­
Há muito tempo que vocês não recebem taria que vocês lessem nas Doutrinas e
notícias do Ramo Paulista. Depois dessa Convênios, na seção 59, versículo 1 a 2. No
longa ausência, aqui estamos para dar no­ dia 12 de outubro pp., faleceu nossa irmã
tícias de nosso Ramo, prometendo que, aju­ Ana Rita Guimarães Martins. Ficamos tris­
dados pela graça de Deus, que nos mostra tes por êste fato, pois que ficamos privados
o caminho certo, não mais interromperemos de sua companhia aqui no ramo, ou melhor
as nossas notícias. aqui na terra. Temos fé de que esta nossa
E com essa graça, tem Deus norteado os Irmã recebera tôdas as bênçãos que citam
nossos amigos, que dia a dia nos procuram êstes versículos.
com mais freqüência, a fim de conhecer de E após essas notícias queremos dest-jar
perto nossa Igreja, e é com alegria, satis­ a todos os nossos irmãos e amigos um prós­
fação e júbilo, que vimos notando o com- pero Ano Novo. Salve 1951 com as graças
parecimento de elementos novos em nossas de Deus. Trabalharemos todos unidos e com
reuniões. fé para que o próximo ano seja de glória e
E, como resultado dessas reuniões e da júbilo ao nosso trabalho missionário em
propagação do Evangelho, tivemos o prazer todo o Brasil e no mundo.
de batizar as nossas mais novas irmãs —
Edith Spât, no dia 29 de outubro e Neide
Duarte, no dia 12 de novembro. Clausa Mar­
tins e Anna Lattang Schmidt no dia 17 de
dezembro, e Claudete e Cláudio Clini no dia
7 de janeiro.
A 14 de julho p.p. foi enriquecido o lar
de nosso irmão José Marques Camarão, com
o nascimento de uma encantadora menina
que recebeu o nome de Sara.
Também está em festa o lar do casal —
Irmã Maria Aparecida Pedeira Chagas e
do Sr. Romeu Muniz Barreto com o nasci­
mento da linda menina Sylvia Heloize, em
2 de agôsto p.p.
Com brilhantismo foi realizado o gran­
dioso piquenique, promovido pela A.M .M .,
no dia 15 de novembro p.p., na majestosa
praia Hawaii, situada na reprêsa de Santo
Amaro, nessa capital, onde primou o
grande comparecimento de irmãos, amigos e
missionários. Chegado ao local, a surprêsa Na foto vemos nossas novas irmãs Anna
ante os presentes foi enorme ao constatarem Lattang Schmidt e Clausa Martins acom­
o novo material de divertimentos, como pe- panhadas dos éideres John Whittaker à
teca, bolas, tambores, etc. Com muita disci­ esquerda e Kenneth McBride à direita.
plina, gósto e divertimentos o piquenique
prolongou-se até o anoitecer. SOROCABA
No dia 2 de dezembro pp., a Sociedade Grande foi a atividade do nosso ramo
de Socorro expôs a venda seus tra­ durante os últimos dois meses, começando
balhos. Durante a reunião tivemos um pro­ com um piquenique na Light no dia 2 de
grama musical, que foi agradável a todos,
e tivemos refrescos que foi uma delícia. Mas novembro.
o melhor de tudo é que o trabalho exposto Durante as seguintes duas semanas 03
à venda foi esgotado e foi com alegria, sa­ eldcres Polatis, Crandall, Cotant e Mom-
tisfação, que todos compareceram à mesma. burger, todos de São Paulo, nos alegraram
Damos graças ao nosso pai que está nos
céus, por estas oportunidades, e pelo espí­ com sua presença, dando-nos palavras ins-
rito que estêve conosco. piradoras nas reuniões sacramentais.

18 A L IA H O N A
No dia 11 de Novembro teve início emi
Sorocaba a Primaria com uma grande festa.
A essa reunião estiveram presentes 25
crianças. Os elderes Ridge e Gledhill prin­
cipiaram a Primária com a ajuda de vários
membros e amigos. No dia 15 foi realizado
um “big” piquenique para estreitar os la­
ços de amizade entre os ramos de Cam­
pinas e Sorocaba. Deixamos aqui expresso
o nosso agradecimento a Campinas.
No dia 2 de dezembro, com grande bri­
lhantismo, encerraram-se os trabalhos da
Mútuo. O programa especial constou do
seguinte: Solos de voz, órgão e acordeão,
quarteto dos missionários, bailados, etc.
Após a reunião servimos refrescos e doces. Na foto vemos a Presidência da Sociedade
Encerramos a noite com jôgo de “ volley- de Socorro do Ramo de Campinas no dia
de Bazar. Nela vemos da esquerda para a
ball”, para o qual utilizamos o nosso quin­ direita as senhoras: Maria Carmona, Maria
tal. Cêrca de 60 amigos ali compareceram, Ccnceição Zimmermann, Suzana Godoy
não escondendo o seu contentamento ao se Andrade e Flavia Garcia Erbolato.
despedirem.
Os missionários e membros agradecem à CAMPINAS
presidência da Mútuo o serviço que lhes
Realizou-se no dia 15 de dezembro p. p.
prestou durante o ano. A diretoria foi a o Bazar da Sociedade de Socorro das Se­
::rguinte: Hygino de Freitas, presidente; nhoras. O êxito obtido foi justamente o re­
Pura López Côrtez, vice-presidente; e Te- sultado da sábia organização da atual pre­
resinha Boz, Tesoureira. sidência, que não mediu esforços para apre­
sentar uma coisa digna para o Ramo de
No dia 17 de dezembro recebeu o Evan­ Campinas e para a Missão Brasileira.
gelho de Cristo num batismo o novo irmão
Osvaldo Croco uilho. A confirmação deu- Tivemos o grato prazer de, nesse dia tão
importante para nós, recebermos a visita
se à noite. Nessa mesma noite tivemos uma do Presidente da Missão, Sr. Rulon S.
pregação pela nossa irmã Marina Aracy Howells, e da Irmã Mary P. Howells, da
Jarhman, vinda do Ramo de Santos. Irmã Maria Eunice Pires, e do Elder Mc-
---- o---- Bride.
PÔRTO ALEGRE Nossa festa de Natal foi encantadora, com
um programa muito bem feito. Tivemos a
Antes tarde do que nunca. Bem acertado colaboração das crianças, cantando uma
está êste ditado, porque nos auxilia na nossa canção adequada para aquela data, a parti­
desculpa de atraso. cipação do côro e do quarteto oficial do
Nossos queridos irmãos e amigos lá vão ramo. A sala estava repleta, ficando mesmo
as últimas daqui do Sul do Brasil. a’gumas pessoas tm pé.
Na manhã do dia 15 de novembro reuni- Apssar de estar no período de férias, a
mo-nos para um piquenique em Belém Novo Mútuo não tem deixado de organizar pique­
vo o qual apesar do chuvisqueiro esteve fan­ niques’ e brincadeiras e tem sido sempre
tástico, porque realizamos jogos de salão bem sucedida em seus empreendimentos.
num restaurante à beira do rio e quando Foi transferido para Ponta Grossa Elder
ressurgiu o sol, fomos à praia para desen- Lyman. Agradecemos a êle tudo o que fêz
ferrújar nossos músculos, exaustos dos la­ por nós, principalmente os ensinamentos;
bores dê cada dia; organizazmos jogos de dados por Intermédio de seus discursos.
tôda espécie que, naquele instante, nos veio
à mente. Compareceram 35 pessoas. Desejamos á todos leitores de “A Liaho­
Terminaremos enviando saudades a todos na” um Feliz 1951. Que todos possam pro­
os ramos do Brasil e desejando um feliz gredir, tentando melhorar suas vidas, pro­
Ano Novo. curando seguir o mais possível os manda­
Wilma Torgan mentos de nosso Pai Celestial.

Janeiro de 1951 ’ 19
E n d e r e ç o s dos R a m o s da I g r e j a no B r a s i l
SAO PAULO: Rua Seminário, 165 1.° and. CURITIBA: Rua Dr. Ermelino de Leão, 451
CAMPINAS: Rua Cesar Bierrenbach, 133 PONTA GROSSA: Rua 15 de Novembro,
354, 3.° andar
SOROCABA: Rua Saldanha Marinho, 54
PORTO ALEGRE: Av. New York, 72
RIBEIRÃO PRETO: Rua Alvares Cabral, 93 NOVO HAMBURGO: Rua David Canabar-
SANTOS: Rua Paraiba, 94 ro, 77
RIO DE JANEIRÓ: Rua Camaragibe, 16 Pontos adicionais para informações:
(Tijuca) PIRACICABA: Vila Boyce, Rua Alfredo, 5
JOINVELLE: Rua Frederico Hübner RIO CLARO: Rua 5, 1539
IPOMÉIA: Estrada para Videira BAURÜ: Rua Rio Branco, 1152

Recentemente

Doyle W. Packer David H . Wilson


George C. Miller
Logan, Utah Payson, Utah Beaver, Utah

Delbert- E. Rhees Arvin G. Shreeve James R. Soderberg


Ogden, Utah Ogden, Utah ' Salt Lake City, Utah

20 A L IA H O N A
Está ouvindo o mundialmente famosoCôro e Orgãò da Cidade de Lago Sal­
gado cada semana ? Pode ouví-los nas seguintes estações:
Porto Alegre — Quartas-feiras às 8 horas — PRF-9, Rádio Difusora
Curitiba — Domingo às 19,15 horas — ZYM-5, Rádio Guairaçá
Ribeirão Preto — Domingos às 19,30 horas — PRA-7, Rádio Emissora
Santos — Domingos às 19,00 horas — PRB-4, Rádio Clube de Santos
Sorocaba — Segundas-feiras às 20,30 horas — PRD-7, Rádio Clube de Sorocaba
Joinvile — Domingos às 18,30 horas — — ZYA-5, Rádio Difusora
Segunda-feira de cada mês às 21,30 horas — ZYA-5, Rádio Difusora
Rio Claro — Segundas-feiras às 19,15 horas — PRF-2, Rádio Clube de Rio Claro
Campinas — Segundas-feiras às 20,40 horas — ZYY-3, Rádio Brasil

Chegados

R. Eugene Rasmussen Ralph G . McDonald Duane K. Johnson


Monroe, Utah American Fork, Utah Salt Lake City, Utah

N O V O M IS S IO N Á R IO
Missionários Desobrigados

José Maria de Camargo Frederick H . Dellcnbach


9645 Bowman Avenue Lowell I . Polatis
Campinas, Est. S. P. South Gate, Califórnia Blackfoot, Idaho
Por R IC H A R D L. EVANS

A medida que olhamos para a expec-


E tativa do ano que está diante de nós, j
talvez o que mais impressione as nossas
mentes seja a incerteza de acontecimen-

X
tos futuros desconhecidos. Às vezes Ti/T
pensamos que talvez pudéssemos su- IVA
portar tudo, mas êste não é o modo
desta vidâ. Depois de nos fortificarmos

A
ccm melhor conhecimento que temos,
P precisamos aceitar o que vem— ‘sem sa­
ber. Os anos novos têm sempre seus

E próprios segredos, e não importa o que


o mundo espera que êste lhe dê; nisto
N
há alguma finalidade, certo conforto por­
que semprè houve incerteza. Nesse ponto
o ano vindouro não será diferente de
C nenhum outro. H á um ano atrás havia
incertezas também, e não gostávamos da
I 1

T expectativa, mas vivemos através dêle,


com muitas compensações para aliviar o
quadro sem atrativos. E agora, nova­
mente, como sempre, enfrentamos a in­ N
A certeza — mas incerteza sómente no que
se refere aos acontecimentos passageiros,
além dos quais permanecem as certezas I 1
imutáveis e fundamentais; e às circuns­
T tâncias de um dia passageiro, não se
deve permitir que confundam êstes fun­ V
damentos quç_ governam as nossas vidas.
Na longa vida do homem imortal há
I ainda um conjunto de regras para serem
seguida s. 'Regulamentos passageiros po­ 0
dem mudar; os hábitos exteriores de

V
nossas vidas podem necessariamente ser
alterados, mas na paz ou na guerra, no
lar ou fora dêle, devemos não permitir 1
A
que os objetivos fundamentais se percam
de vista, nem princípios, nem padrões,
nem crenças, nem ideais, nem qualquer
das excelências da vida, sejam perdidas.
9
Podemos atravessar o fogo, mas ao fa-
zê-lo, não nos tornarmos escória. E as- pr
D sim vivamos através de todos os anos
vindouros, até que o tempo nos seja da-
«J

do. até que sejamos chamados de volta u


E pàra a casa de onde viemos, onde os anos
não são mais contados, e onde a exten­
J_

são do tempo é medida somente pela


eternidade da imortalidade.

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