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AGOSTO DE 1952

0 MISSIONÁRIO

Porque êstes Jovens deixam


seus lares e trabalhos dois
anos e meio para pregar o
evangelho no Brasil?
Tudo que tenho
ALTA HIGBEE JOHNSON

Marvin estava alegre, seus celeiros es- preciosas que homem algum jamais ve­
tavam repletos e suas dívidas, pagas. Até rá. Tente novamente e traga alguma
o fim de sua vida não haveria mais mo­ outra coisa” -
tivo para temer o que pudesse vir com Marvin voltou com o maior e mais
o futuro. Ele tinha uma prendada es­ perfeito diamante e disse para o a n jo :
posa a quem êle amava cada vez com “ Em tôda a terra não há uma dádiva
mais ardor. Sua família de meninos e mais pura".
meninas havia crescido e agora todos “ Certamente não” , disse o anjo, “ pois
eram homens e mulheres nobres, que foi o Pai quem o fêz. Pode você devol­
serviam à Igreja e ao estado, e eram ver o que já é dêle? A gora volte e não
respeitados e honrados entre os homens. desanime; o valioso tesouro está lá mes­
Quando Marvin pensava em sua boa m o” .
sorte, seu coração sempre se enchia de Depois de juntar as maiores obras-
gratidão. Não havia nada mais que êle primas da arte, Marvin voltou ao por­
desejasse. Seu coração regosijava-se tão, mas somente para ter sua oferta no­
em agradecimento, e êle procurava al­ vamente regeitada.
guma coisa que pudesse dar em troca ao Assim, depois de procurar em todo o
Pai. mundo, êle finalmente desesperado, sen­
Em todo o mundo não havia uma pé­ tou-se para pensar.
rola mais preciosa do que aquela que “ O que é que eu posso d a r?” — êle
êle havia conseguido e que agora apre­ perguntou a si mesmo, “ o que é que
sentava no portão do Pai, “ E ’ uma dá­ existe que o Pai ainda não tenha? O
diva de gratidão” , disse êle para o an­ que eu posso acrescentar aos seus have-
jo, que lhe respondeu: “ De que servirá res ?”
isso para o Pai? Ele possue pérolas tão (Cont. na pág. 163)

NOVOS LKYROS NA MISSÃO BRASILEIRA


Brevemente estará à disposição do publico, a edição portuguesa do livro
“ A Pérola de Grande V alor". Pela primeira vez na história, o povo brasileiro
terá oportunidade de conhecer todas as escrituras da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos Dos Últimos Dias.

O livro “ A Pérola de Grande V a lor” é aceito pela igreja como escritura


tanto como a Bíblia, o Livro de Mórmon, e as Doutrinas e Convênios. Ele
contém as visões de M cisés; uma história de Abraão, o pai de Isaque; e diver­
sos trabalhos de Joseph Smith, o profeta. Guarde o próxim o numero de “ A
Liahona” para a análise completa deste livro que está para vir.

Também serão publicados logo mais o livro “ Referências das Escrituras”


e a terceira edição de “ O Livro de M órm on” .

N o livro “ Referências das Escrituras” se acha o numero de capítulo e


versículo de passagens consernente a qualquer assunto do evangelho nas escri­
turas da Igreja. Poderão conseguir êstes livros comunicando com os missio­
nários de sua cidade.
A Igreja
no
Mundo
N o dia 24 de Maio, R ex Dale da Rá­
dio W C K Y de Cincinnati, Ohio, dedi­
cou seu programa à memória dos P io­
neiros Mormons. O programa constou
de um artigo sôbre a peregrinação dos
0 Clube do Pioneiros e de hinos Mormons cantados
pelo côro do Tabernáculo.

“ Livro de Mormon”
O Clube do Livro de Mormon come­
Nossa Capa
mora o seu lS.o aniversário. Quem sou

Organizado par um grupo de jovens Eu sou um dos mais de cinco mil


do distrito de Sacramento, (california) missionários da Igreja de Jesus Cristo
êste Clube tem auxiliado imensamente dos Santos dos Últimos Dias que tem­
os trabalhos missionários. porariamente deixaram de lado as suas
profissões e trabalhos e estão presente­
Dirigidos por um professor, geralmen­
mente trabalhando em muitos países do
te um ex-missionário. Mais de cem
mundo. Venho a você trazendo u’a
membros dos vários ramos de Sacra­
mensagem muito importante. Viemos
mento se reunem todos os domingos a
de tôdas as classes e lugares, principal­
fim de estudar e discutir alguns capítu­
mente da Am érica do Norte onde está-
los do Livro de Mórmon, o que tem si­
vamos ativamente empenhados em nos­
do de grande valor para mais de 35 mis­
sas ocupações normais co m o : industriais,
sionários que sairam dêsse meio devida­
fazendeiros, carpinteiros, maquinistas,
mente preparados para trabalhar em di­
engenheiros, doutores, advogados, estu-
versas missões. Cada membro do Clube
dautes, etc.
chamado para cumprir uma missão re­
(Para a história dos “ Missionários M o ­
cebe 8 dólares para comprar sua “ T ri- dernos” e c trabalho que estão fazendo
ple Combination” . no Brasil — veja à página 154).

C O M O SE IN V E N T A U M A M A Q U IN A

Um soldado de Massachussetts, durante a guerra civil dos Estados Unidos,


viu um pássaro descascando arroz com o bico. Matou-o com um tiro, e pôs-se
a analisar cuidadosamente a configuração mandibular da ave, o que o levou a
inventar a máquina de descascar, que revolucionou a industria de arroz do
mundo.

148 A L IA H O N A
São Paulo AGÔSTO DE 1952
Rua Itapeva, 378
ANO V N .o 7
Tel.: 33-6761

ÓRG ÃO O FICIAL DA M ISSÃO B R A SILE IR A DA IG REJA DE JESUS CR ISTO DOS


SANTOS DOS ÜLTIM OS DIAS

s u m A r i o
“ A LIAH O N A” é publi­
cada mensalmente no E D I T O R I A L ................................................................................... 149
Brasil pela Igreja de Je­
A IG REJA NO MUNDO ......................................... .. 148
sus Cristo dos Santos dos
H ISTÓRIA DA IG REJA ........................................................ 150
Ültimos Dias. Preços das
assinaturas: c a d a
ARTIGOS ESPECIAIS
exemplar, Cr$ 4,00; por
ano, Cr- 40,00; exterior,
Cr$ 50,00. Tôda corres­ O CASAMENTO DE JOÃO E M ARIA (2.a parte) .. .. 164

pondência à Caixa Postal O ALIMENTO PARA O CÉREBRO ................................. .......152


862, São Paulo, S. P. TUDO QUE TENHO ................................................................ .......146
OS M ISSION ÁRIOS M ODERNOS ................................. .......154
D iretor-R edator E A G O RA O CINEMA ........................................................ ....... 156

Cláudio Martins dos PARA QUE ESTAM OS ESPERANDO? ......................... .......160


MEU PAI E EU ............................................................................... 161
Santos
VARIOS
Registrado sob N.° 93 do
Livro “ B ” n.° 1, de M a­ NA C O Z I N H A ............................................................................. ....... 162
trícula de O ficinas Im ­
AU XÍLIO S V I S U A I S ................................................................ .......158
pressoras, Jornais e Pe­
CURIOSIDADES ........................................................................ .......167
riódicos, conform e D e­
creto N.° 4857, de 9-11- NOVOS LIVROS NA M ISSÃO B R A S I L E I R A .........................146
1939. A R TIG O EM I N G L Ê S ..................................................................... 159

E n d e re ç o s dos R a m o s da Igreja no Brasil


SÃO PAULO RIO GRANDE DO SUL
Sao Paulo: Rua Seminário, 165 - 1.° and. Porto Alegre: Rua Andradas, 945.
Pinheiros: Rua Borba Gato, 82 Novo Hamburgo: R. David Canabarro, 77
Campinas: Rua Cesar Bierrenbach, 133 PARANA
Sorocaba: Rua M anoel Jcsé de Fonseca, 79 Curitiba: Rua Dr. Ermelino de Leão, 451
Ribeirão Preto: Rua Alvares Cabral, 93 Ponta Grossa: Rua 15 de Novembro, 354 -
Santos: Rua Paraiba, 94 3.° andar
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Bauru: Avenida 1 de Agôsto, 1-70 Jcinvile: Rua Max Colin 426 — Antiga
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RIO DE JANEIRO
Ipoméia: Estrada para Videira
Tijuca: Rua Camaragibe, 16 MINAS GERAIS
Niterói: R. Tav. de Macedo, 193 (Icaraí) Belo Horizonte: R. Rio Grande dc Sul, 1194

PONTOS ADICIONAIS PARA INFORMAÇÕES:

São Carlos: Rua M ajor José Ignacio, 116 Jundiaí: Barão de Jundiaí, 1125
Piracicaba: Vila Boyce, Rua Alfredo, 5 Araraquara: Rua da Conceição, 931

M arilia: Rua Dom Pedro 285.


Porque somos
chamados um
Po vo Peculiar ?
Em nosso meio há profetas para quem
Deus revela a sua vontade; no mundo
há homens que têm sido treinados em es­
tudos universais. Entre nós há muitas
manifestações dos dons espirituais: os
mortos levantam-se, os doentes saram,
os cegos vêem, e os surdos ouvem.
Qual é a Igreja que pode mandar . . .
5 . OCO jovens para o mundo, passar dois
Em que somos nós tão diferentes das anos e meio levando a sua mensagem
outras igrejas do mundo? sem receber ordenado da Igreja? Em
Antes de tudo, nós acreditamos num que Igreja há homens professando o
Deus pessoal, num Ser a cuja imagem apostolado do Senhor, favorecidos com
o homem foi cria d o; uma individualida­ a sua autoridade e as suas chaves? O n­
de suprema que, literalmente é nosso de estão o Sacerdócio Aarônico e o de
Pai m Céu, o Pai de nossos espíritos. Melquizadeque, de acôrdo com o que diz
Ele tem um filho, Jesus Cristo, que é o N ovo Testamento? Qual outra Igre­
Sua imagem perfeita, e que, nascido de ja possue tôdas as organizações primi­
Maria, veio ao mundo e trabalhou pela tivas da Igreja de Cristo organizada há
eterna reparação. São dois seres pes­ dois mil anos atrás?
soais, e o terceiro membro da Santíssi­ Quais são as Igrejas do mundo que
ma Trindade é o Espírito Santo.
ensinam as doutrinas como a pré-exis-
Agora comparemos nossa crença com tência, o batismo pelos mortos, a un-
os credos das Igrejas do mundo. Em ção dos doentes, a coligação de Israel,
efeito elas definem Deus como um in­
os três graus de glória na ressurreição
compreensível, increado e incognoscível
espírito que é três em um e que enche e muitas outras que são encontradas na
a imensidade do espaço. Bíblia?
Acreditamos nestes dias presentes na
Quando comparamos tôdas as coisas
revelação de Deus. Certificamos que
Deus tem aparecido nestas dispensações, que temos, com as que tem o mundo,
que os céus agora estão abertos e que não é de se admirar que pareçamos pe­
cs homens sôbre a terra tem visões e culiares a seus olhos.
são ministrados pelos anjos assim como
o eram nos tempos primitivos. Sinceramente,
Várias seitas dos nossos dias acredi­
tam ao contrário. A seu vêr, não há
anjos, não há visões, não há inspiração
do Espírito Santo, Deus não aparece a
seus profetas e não fala com êles face a
face como falou com Moises. Presidente da Missão.

Agôsto de 1952 149

i
A Administração do Presidente Snow
H IS T Ó R IA DA IG R E JA
26.a Parte

Lorenzo Snow nasceu em Mantua, tas de Eliza aguçaram o interêsse de


Chio, a 3 de abril de 1814; — a primeira Snow, e quando o Professor Seixas,
criança e o primeiro varão da família de um dos professores de Hebreu do Ober­
Oliver Snow. Os Snows eram pessoas lin College recebeu um pedido para ir a
sociáveis que reuniam em sua casa os Kirtland ensinar Hebreu, Lorenzo o
intelectuais. Uma das visitas mais cons­ seguiu. Um dia, pouco tempo depois
tantes era Sidney Rigdon — então da sua chegada a Kirtland, o jovem foi
chefe da Igreja Campbelita. Devemos informado pelo Patriarca Joseph Smith:
estar lembrados que desta reunião fazia “ Cêdo você se convencerá do trabalho
parte a irmã de Lorenzo, Eliza, que dos Santos dos Últimos Dias, e será
escrevia, naquela época, poesias para os batizado.”
j rnais e viria a ser a célebre autora Assim se deu, pois, em junho de 183Õ
do hino “ O h ! Meu Pai". foi batizado pelo Elder John T. Boyn-
Desde que Lorenzo aprendera a ler. tcn, um dos Doze Apóstolos. Algum
tornou-se um estudante assíduo e era tempo depois, quando fazia a sua cami­
sempre encontrado — como seus com­ nhada habitual, recebeu a positivação de
panheiros costumavam dizer — “ escon­ que o novo movimento era realmente di­
dido com seus livros". vino e êste testemunho o acompanhou
O hábito da leitura o acompanhou durante os sessenta anos em que foi
por tôda a vida. “ Com exceção de um membro da Igreja.
período escolar em Ravena” , diz sua fa­ * * *
mosa irmã, “ e um período que estudou Nos tempos antigos da Igreja, era
Hebreu com um professor particular, costume os homens saírem para pregar
Lorenzo completou seus estudos no C o­ o Evangelho aos que ainda não tinham
légio Oberlin, uma instituição exclusi­ ouvido, logo depois de batizar-se. L o ­
vamente presbiteriana. Por pedido e renzo Snow assim fêz. Logo depois do
influência de um amigo íntimo do co­ seu batismo, foi para Ohio, no meio dos
légio, foi admitido, como especial favor, seus parentes. V iajou sem dinheiro, o
no Oberlin.” Apesar da atmosfera re­ que era comum naquela época. N o primei­
ligiosa de sua casa ser das mais fortes. ro dia “ subiu a pé um percurso de vin­
Lorenzo não demonstrava inclinação te milhas” . A sua primeira “ conversa
para uma vida de religiosidade. Não evangélica” foi com a irmã de seu pai,
fazia parte de nenhuma igreja. Quan­ a sra. Granger e fêz várias reuniões em
do foi para Oberlin, esta falta de reli­ sua casa. N o dia seguinte, percorreu
gião se acentuou e êle escreveu para sua trinta milhas. Muitas vêzes recusaram-
irmã: “ Se não houver nada de melhor lhe uma refeição e um lugar onde pu­
do que se encontra em Oberlin, direi desse pernoitar. P or fim, um homem
adeus à religião” . Mesmo assim, se as­ o aceitou, mas Lorenzo foi para a cama
sociava tanto aos professores como aos com o estômago vazio. Estava, porém,
alunos. perto da residênica de um tio seu, no
P ór essa época sua irmã Eliza havia condado de Medina, em Ohio, onde mais
abraçado o Mormonismo e ido para tarde fêz a sua primeira reunião publi­
Kirtland, onde morava em casa do P ro­ ca. “ Foi bastante difícil” — disse êle
feta como tutora de seus filhos. A s car­ nessa missão, “ enfrentar aquela audiên-

150 A L IA H O N A
Lorenzo Snow fêz um notável trabalho
na cidade de Brigham, nos primórdios
de Utah, quando ainda era apóstolo, um
dos Doze. Foi ordenado em 1849 jun­
tamente com três outros. Outrossim,
de maneira marcante, introduziu o
.Evangelho entre os italianos, principal­
mente no vale do Piemonte, de sorte
que possuía qualidades e cultura para
estabelecer uma comunidade, de acôrdo
com os princípios elevados pela religião.
Presidente Y oung o chamou para diri­
gir a colônia da cidade de Brigham.
Começou da maneira mais simples
possível, com o já vimos, organizou a
colônia nos seus aspectos sociais, econô­
micos e religiosos. Tornou-se o capitão
da industria.
Depois, em 1898, onze dias após a
morte do Presidente W oodruff, foi cha­
mado para a presidência da Igreja.
O novo presidente entrava no seu oc-
cia como pregador” . Mas fêz um bom tagésimo quinto aniversário. Havia
sermão, acompanhado de jejum e ora­ pertencido à Igreja sessenta e dois anos,
ções. Houve uma segunda reunião, no dos quais, quarenta e dois, como após­
quintal. Uma das pessoas da congre­ tolo. Para seus conselheiros escolheu
gação foi sua futura esposa. Uma ci­ dois homens que já haviam servido os
lada lhe foi armada na ocasião, da qual Presidentes Taylor e W oodruff nesse
escapou por inspiração. mesmo posto — George- O. Cannon e
Esta foi a primeira experiência do Joseph F . Smith. Apesar da sua idade
jovem convêrso. avançada. Presidente Snow era forte e
Na primavera de 1840, foi chamado de inteligência clara.
para uma missão na Inglaterra onde, Quando o novo presidente tomou pos­
como os leitores devem estar lembrados, se, o quorum dos Doze contava com os
havia já oito apóstolos. Tom ou dinhei­ seguintes membros: Franklin D. Ri-
ro emprestado para a viagem, a juros chards e Brigham Y oung Junior, no­
elevados. Ainda estava solteiro. Quan­ meados pelo Presidente Y ou n g; Fran-
do voltou à Nauvoo, fêz a campanha elei­ cis M. Lyman, John Henry Smith, Ge­
toral de Joseph Smith, então candida­ orge Teasdale, Heber J. Grant e John
to à presidência dos Estados U nidos. W . Taylor, todos nomeados pelo- Presi­
Elder Snow nos informa que muitas dente Taylor, Marriner W . Merril, An-
pessoas eram a favor do chefe M or­ thon H . Lund, Mathias F . Cowley e
mon e teriam votado nele se não tivesse Abraham O. W oodruff, nomeados pela
mcrrido. Elder Snow pretendia não se administração precedente. -Para preen­
casar para devotar tôda a sua vida ao cher a vaga deixada com a sua nomea­
ministério. Entretanto, tendo seu chefe ção, Presidente Snow nomeou Rudger
lhe falado sôbre a importancia do casa­ Clawson para o apostolado e mais tar­
mento no desígnio do Evangelho, resol­ de.- quando Franklin faleceu, nomeou
veu casar-se. Reed Smoot para a vaga.
* * * (Cont. da pág. 162)

Agôsto de 1952 151


0 Alimento para o Cerebro
2.a P A R T E

Desde 1945 só os médicos do Insti­


tuto Neutrológico já trataram com áci­
do glutamico cêrca de 300 crianças men­
talmente retardadas. O coeficiente de
inteligência individual, em alguns casos,
acusou melhora até de 20 pontos, embo­
ra a média geral seja muito inferior.
Tais algarismos, porém, refletem ape­
nas uma pequena parte da história. O
coeficiente de que falamos é uma me­
dida segura da inteligência, mas deixa
de mostrar as sutis alterações de perso­
nalidade que assinalam a verdadeira
transformação da criança.
Charles tinha 16 anos quando se apre­
sentou para tratamento. N o colégio era
alheio às coisas e irascível. Não tinha
amigos, não brincava com ninguém e, Laura era uma criança retardada tí­
quando os colegas mexiam com êle, ti­ pica. Andava desajeitadamente, não
nha ataques de nervos. Seu coeficiente ouvia bem, falava muito devagar e mal
era 50. se entendia. Enlanguesceu através de
Dois mêses depois de entrar no regi­ tôda a adolescência. Era carrancuda
me de ácido glutamico, Charles apresen­ tímida e só parecia sentir-se bem quan­
tava melhor disposição, tornara-se vi­ do se isolava em seu quarto. A os 18
vaz e interessado no que o rodeava- C o­ anos, apresentava uma mentalidade de
meçou a ler jornais, coisa que nunca fi­ dez anos.
zera, e procurava saber o significado de Foi então que o médico da família
palavras que não conhecia. Fêz amigos insistiu com os pais de Laura para que
e aprendeu a dar-se bem com êles. Quan­ a levassem à clínica do Dr. Zimmerman.
do o amolavam, assombrava a família, Laura começou a tomar ácido glutami­
dando respostas ao pé da letra. co em dezembro de 1947. N o ano se­
Meses mais tarde, seu professor, que guinte, o seu coeficiente de inteligência
não fôra informado sôbre o tratamento, subiu de 68 para 80 pontos, um índice
comunicou aos pais de Charles que êle comum embora baixo. Perdeu a timi­
havia mudado consideravelmente. Era dez e o mêdo das pessoas, e tomou novo
mais sinceramente interessado pelo es­ interesse pela vida. Em fins de 1949,
tudo. voltou para a escola. Quando conver­
A o cabo de seis meses de tratamento, sei com Laura, na primavera do ano
o coeficiente de inteligência de Charles passado, ela acabava de receber o diplo­
subiu para 66 — um ganho de 16 pon­ ma do curso de admissão- A fora um
tos. Mas o mais importante para a sua vago aspecto de fraqueza, como se nota
família foi o fato de que sem duvida, nos convalescentes de longa doença, pa­
uma cortina fôra levantada da mente do recia uma jovem inteligente, viva e amá­
rapaz. vel.

152 A L IA H O N A
Surpreendentes melhoras como esta lesão cerebral ou distúrbios emocionais,
não ocorrem em todos os casos. Quan­ o ácido glutamico poderá produzir me­
do há uma grave lesão cerebral ou dis­ lhoras suficientes para deslocá-las da
túrbios de personalidade, o ácido gluta­ fronteira para o nível de inteligência
mico faz efeito, mas os resultados não média ou normal.
podem ser tão sensíveis como nos casos
O ácido glutamico é obtido princi­
de menor gravidade. Assim mesmo,
palmente no trigo, sendo vendido em
uma ligeira melhoria na capacidade
comprimidos ou em pó. Considerando
mental é importante.
que não é fácil fazer com que as crian­
O trabalho mais difícil do D r. Zim- ças engulam um punhado de pílulas vá­
merman tem sido feito com os mongo- rias vêzes ao dia, os médicos preferem
lóides, que têm sido descritos com o o pó, misturado com suco de tomate ou
crianças inacabados. Algum tempo de­ de ameixa, para disfarçar o paladar-
pois do nascimento, o seu desenvolvi­
Naturalmente, surge esta pergunta: o
mento vai diminuindo até que pára quase
ácido glutamico aumentará a capacida­
completamente. Depois de tratar 30
de mental de crianças ou adultos nor­
mongolóides durante um ano inteiro, o
mais? Alguns médicos respondem: pro-
Dr. Zimmerman e seus colegas conse­
vávelmente. A maioria confessa não sa­
guiram elevar de 5 pontos cs respectivos
ber. E ’ bem possível que haja um li­
coeficientes de inteligência.
mite para os efeitos do ácido glutamico
A s crianças continuam desajeitadas, na inteligência humana. Ate agora ain­
inábeiras, pesadas dos pés. Houve pou­ da não se fizeram testes em inteligên­
ca melhora de coordenação e obediên­ cias normais.
cia dos nervos motores, possivelmente
Nem é provável que se façam tão ce­
devido a lesão incurável do nervo es­
pinhal. Mas essas crianças ficaram do, observa um pesquisador. Ainda te­
mais altas e engordaram. A textura da mos muito que fazer por nossas crian­
pele e dos cabelos melhorou. Suas fi­ ças mentalmente atrazadas. Além dis­
sionomias desanuviaram-se e perderam so, que mais pode precisar uma pessoa
aquela expressão embotada de coisa sem
normal do que sua boa cabeça ? Que
vida.
considere, com sua mente sã, o proble­
A esperança é a seguinte: embora o
ma dessas crianças — e dê graças a
nível da capacidade de aprender se ele­
ve muito pouco, as crianças do tipo mon- Deus.
golóide podem ser ensinadas a cuidar
de si mesmas e possivelmente, a fazer
algum serviço util, emergindo de uma
existência de completo isolamento.

Provàvelmente, o ácido glutamico


prestará seu maior serviço a humanida­
de no que os médicos chamam as clas­
ses “ debeis mentais em alto grau” e
“ fronteiriças” . A s autoridades no as­
sunta afirmam que a grande maioria
dos debeis mentais estão incluídos nes­
tes dois grupos. Muitas dessas crianças
estão extraordináriamente perto do nor­
mal. Excetuando-se os casos de grave

Agôsto de 1952 153


É diferente a mensagem
Minha Mensagem V ocê admitirá que esta é de fato uma
Não peço caridade ou esmolas de coisa unica — tantos homens e mulhe­
qualquer espécie ; simplesmente desejo res trabalhando voluntariamente, dei­
contar alguma coisa que será de inesti­ xando as suas profissões e outras espé­
mável valor para voce. E ’ uma mensa­ cies de ocupações para devotar dois a
gem de sublime simplicidade e de feno­ três anos de sua vida sem receber qual­
menal importancia. Ela resume-se nis­ quer remuneração financeira.
so : Deus falou novamente aos homens Porque faço êste Trabalho
aqui na terra- E através desses homens,
divinamente escolhidos e chamados, Ele Vamos considerar as razões de tal de­
restabeleceu a verdadeira Igreja de Je­ voção a uma coisa :
sus Cristo sôbre a terra. V ocê concordará que Deus é o mes­
Estou inteiramente ciente do fato de m o: ontem, hoje, e sempre.
que assim — chamadas igrejas Cristãs
do mundo dizem que revelação real de Q UEM É QUE M A N D A 5.000
Deus terminou com a morte de Cristo, JCVFNS PELO M U N D O C O M O
porém, testifico a todos que Deus ver­ M IS S IO N Á R IO S ?
dadeiramente desceu dos Céus há pouco
mais de cem anos. Ele diretamente su- Portanto, se Ele deu revelações e
ipervisionou a organização da Igreja de apareceu aos homens muitos anos atrás,
Jesus Cristo, revelando-se e agindo da Ele pode revelar-se hoje, e revelar-se-
mesma maneira que fêz na época dos á 110 futuro.
profetas Israelitas, como é relatado tan­ Se Deus amou tanto o gênero huma­
tas vêzes na Bíblia. no nas épocas bíblicas, a ponto de res­
ponder às suas súplicas por um guia,
Como sou sustentado
Ele daria o mesmo amor a nós atual­
Tão sincera é a minha crença na ver­ mente, que também somos Seus filhos.
dade destas afirmações e a importancia Será que não devemos esperar as mes­
do ocorrido, que estou difundindo o mas bênçãos que foram dadas aos povos
meu testemunho à minha própria custa, antigos ?
ou pelo auxílio que recebo de meus pais Crendo sinceramente na grandeza do
le parentes, durante os dois anos e meio amor e da misericórdia de Deus, um ra­
que ficarei no Brasil. Mesmo send? paz chamado José Smith, há mais de
cem anos, fervorosamente orou pedin­
“E X A M I N A R TÔDAS AS C O I­ do orientação para encontrar a verda­
SAS E RETER AQUELAS QUE deira Igreja de D e u s: Em resposta à
SÃO AS V E R D A D E IR A S ” sua prece, êle recebeu revelações de Deus
informando-o de que a verdadeira Igre­
um ministro ordenado, não recebo qual­ ja de Jesus Cristo não estava entre as
quer salário — nem da Igreja, nem do muitas igrejas e seitas existentes sôbre
povo entre o qual eu trabalho. Desta ma­ a face da terra. Foi-lhe dito que devido
neira, vou através de minhas atividades aos pecados dos homens, a verdadeira
sem tornar-me um pês? para a socieda­ Igreja de Jesus Cristo tinha sido tirada
de e verdadeiramente obedecendo a ad- da terra pouco tempo depois da morte
moestação de Cristo: “ De graça rece- do Salvador, e que era necessário res­
beste, de graça dai” . taurá-la e restabelecê-la sôbre a terra.

154 A L IA H O N A
do Missionário Moderno ?
Eu testifico a você que esta importan­ poral e bem-estar espiritual. Seguindo
te ocorrência realmente teve lugar, em os dirigentes da Igreja divinamente ins­
1830, e que o Evangelho de Jesus Cris­ pirados, construíram algumas das mais
to em tôda sua plenitude novamente po­ belas cidades do mundo e estabeleceram
de ser obtido per todo o gênero humano- um padrão de vida inigualável para
E esta igreja, estabelecida sob a direta qualquer outro grupo de pessoas.
orientação de nosso Pai Celestial, sen­
do chamada e escolhida por êle mesmo, PORQUE ÊLES F AZEM T A N T O
tem autoridade divina para batizar e SA C R IF ÍC IO SEM RECEBER
realizar tôdas as outras ordenanças re­ ORDENADO ?
ligiosas em Seu nome. Ela é dirigida
por homens escolhidos e inspirados por Eu considero a maior bênção no mun­
Deus. do conhecer a Igreja de Jesus Cristo dos
Agora, se a Sua Igreja autorizada Santos dos Uultimos Dias e possuir o
está sôbre a face da terra nestes anos testemunho de que ela é a verdadeira
de indecisão, de desordem espiritual e Igreja de Deus- Por que eu sei que so­
de confusão religiosa, não acha que você mente conhecendo e vivendo os ensina­
deveria saber algo sôbre isso? Eu penso mentos da Sua igreja é possível prepa-
que voce desejaria. E ’ por causa disso rarmo-nos propriamente para a vida
que estou aqui. Eu vim para lhe con­ eterna — a meta final que todos os ho­
tar os fatos deste restabelecimento, seus mens estão procurando. Eu desejo ' di­
ensinamentos e da divina missão de que vidir esta bênção com você e com todos
fui incumbido. os meus semelhantes.
O Valor da minha Mensagem
Não menospreze a importancia daqui­ O me u A pêlo '
lo que eu tenho para lhe dizer. Porque
Peço-lhe para considerar essas pala­
vras cuidadosamente, exortando-o, como
PORQUE ESSA M E N S A G E M É
fêz o apóstolo Paulo, a “ examinar tô­
DE TÃO G R A N D E IM P O R T A N -
das as coisas e reter aquelas que são as
C IA ?
verdadeiras” .
é somente conhecendo os ensinamentos Qualquer dia futuro, através da pala­
da verdadeira Igreja de Jesus Cristo vra impressa e de conversações pessoais,
que o gênero humano poderá alcançar eu gostaria de lhe explicar o verdadeiro
a genuína paz espiritual e a felicidade Evangelho de Jesus Cristo, e a restau­
temporal nesta vida e na vindoura. ração de Sua Igreja. Posso assegurar-
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos lhe que inúmeras bênçãos podem lhe ad­
dos Últimos Dias tem provado nos seus vir e a sua família, daquilo que vocês
cem anos desde a sua restauração, a apreenderem.
sua habilidade de dar aos homens exa­
Enfim, pedindo que o Senhor o aben­
tamente estes dons preciosos. Seus
çoe, apresentando-me humilde e respei­
membros são conhecidos no mundo in­
teiro com o sendo um povo bem educa­ tosamente, como um missionário da
do, sadio, próspero, e cumpridor da lei. Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Eles estão cheios de contentamento tem­ Últimos Dias.

Agôsto de 1952 155


*‘ E ’ um encontro” . Maria pendurou
o fone e anunciou à família que ela e
Bob iam a um cinema- E lá foram
êles — como exemplo de uma intermi­
E AGDRA
nável corrente entre jovens e velhos an­
siosos por divertimentos na grande se­
qüência de cinemas através do mundo.
E êsse negócio de cinema é muito
dispendioso — tanto em tempo como
em dinheiro. E raramente pensamos
nos milhões de cruzeiros que vão para
a bilheteria e nos bilhões de horas que
são consumidas durante os espetáculos.
Mas, mais importante do que o tem­
po e o dinheiro dispendidos, são as
idéias que alimentamos em nossas men­
tes devido à semelhante ambiente de di­
versão — algumas vêzes para o dura­
douro bem do freqüentador, e muito
mais vêzes para o seu eterno prejuízo.
E quem são êsses altos reis do cinema
industrial que têm feito tal invasão na
nossa vida, e têm feito muito para mol­
dar nossos desej os ?
Eles são homens e mulheres que têm
descoberto nossas fraquezas e como li­ ou para o mal, o cinema está conseguin­
dar com elas. do criar atitudes — e algumas delas já
Um dos mais destrutivos efeitos do concretizadas em ações, — novamente,
cinema é que tendem a encenar uma sé­ para o bem ou para o mal.
rie de falsos caracteres. Uma recente notícia vem ilustrar o
Naturalmente há em todos nós um assunto, relatando que alguns crimes
desejo de luxo. Então o que fazem os abomináveis foram cometidos em um
diretores cinematográficos ? dos estados da União-
Acham algum delicioso lugar onde os Quando um criminoso foi preso, in­
atores se espreguiçam em casas magní­ terrogaram-no a respeito de suas ações.
ficas, trajando roupas deslumbrantes e Durante a prova, foi revelado que êle
tentadoras joias que são simplesmente tinha ido a um cinema pernicioso, onde
fabulosas, e, onde o alimento está com­ cometeu o crime, indo depois a outro
pletamente excluído. cinema da mesma categoria, o qual afiou
O h !! ! Naturalmente em alguns casos, seu apetite anterior, e êle, saindo de no­
muito raros, os artistas não têm muito vo, cometeu outro crime.
com que começar, mas êles — ou os di­ Há aqueles que afirmam que é im­
retores — fazem algum truque de H o- possível traçar qualquer efeito na men­
rácio Alger e acabam por ter tôdas as te ou no coração daqueles que assistem
maravilhas. semelhantes filmes. Esse incidente foi
Quando consideramos que em todos escrito pelo próprio policial que interro­
os países do mundo, êsses filmes estão gou o violador da lei. Outros artigos
sendo mostrados e que muitos países dessa natureza tiveram um acontecimen­
estão produzindo filmes de seu próprio to digno de registro e podem ser cita­
exemplo, podemos crêr que, para o bem dos. Isso não significa que devemos

156 A L IA H O N A
O resultado de vêr constantemente 0

D CINEMA fumo, sempre atua sôbre nosso povo,


tende a diminuir a fôrça do nosso ideal.
Nós necessitamos somente relembrar o
verso de Pope, que indica quão verda­
deiro é isso:

V ício é o monstro de tão horríveis gestos,


De tal modo necessita ser odiado como
também visto
Assim, visto frequentemente familiariza­
mos com a sua face
Primeiro aturamos, depois lastimamos e
depois admitimos.

E a bebida?
Também as bebidas tornam-se comuns
entre os caracteres cinematográficos.
Quem olha a calma com que os licores
são consumidos no filme não pode pen­
sar que algo devia ser feito para conter
o acontecimento. . . dos fatos — com que
êsse ignominioso consumo de licores é
aceito.
Certamente, mesmo os mais firmes
julgar todos os filmes como inqualificá­ crentes do nosso princípio da Palavra
veis. Há muitos filmes bons, mas estão de Sabedoria, poderiam facilmente ser
tão espalhados entre os demais que é desencaminhados por pensamentos que
difícil saber qual devemos vêr e qual evi­ tôda nossa fôrça não seria suficiente
tar. E não há organizações ou agên­ para deter.
cias que escolham os filmes que podem Outro efeito destrutivo dos filmes é a
satisfazer plenamente os Santos dos atitude relaxada para o amor e o casa­
Últimos Dias. mento. Os galanteios e a leviandade são
N ós temos certos ideais e entendimen­ as qualidade's mais apreciadas pela maior
tos que precisam ser mantidos, se lem- parte dos espectadores. Raramente en­
brarmo-nos sempre do nome Santo dos contramos um filme que glorifique o ca­
Últimos Dias. E, ainda, o cinema ig­ samento.
nora ou viola muitos dos caracteres que
Um exemplo excepcional foi o de M a-
nos foram dados por revelação divina.
dame Curie no qual o amor dos Curie
Um exemplo dessa violação é o fu­ tornou-se prodigioso.
mo, que é aceito como a ação mais ca­ Sua devoção sustentada pela morte
sual na vida do homem ou mulher em de Pierre- Outra bôa parte dêsse filme
muitos filmes- foi a forte lealdade e amor dessa famí­
O fumo nada tem com a promoção lia — entre as crianças, seus pais e avós
do estratagema, como uma regra geral; tão bem quanto entre marido e mulher.
êle simplesmente dá ao autor alguma
Certamente seria injusto constatar
coisa que fazer com as mãos — dá um
que todos os lares desfeitos no mundo
pouco de ação, que poderia ser facilmen­
te substituído. (Cont. na pág. 163)

Agôsto de 1952 157


Auxilias Visuais
C O M A N O GRÃO IN TEIRO DO TRIGO
M O ID O F I N O P A R A F A R I N H A E P A R T I D O P A R A F A Z E R M I N G A U

N Ã C SE PRIV EM DE M IN E R A IS E V I T A M I N A S ESSENCIAIS

O FARELO E O 0 ENDOSPERMA
G E R M E são muito ri­
cos em seguintes mine­ Consiste principal­
rais e vitaminas:
mente de Amido.
Proteínas, Gorduras, e
especialmente nos
Contém poucas V i­

MINERAIS
taminas Minerais ou

Fósforo — Manganez
Proteínas.
Cal •
— Enxofre
Cloro — Nitrogênio A farinha de tri­
Potásic — Fluor
Magnésio — Oxigênio go (branca) é feita
Carbono — Cálcio
Ferro — Iodo desta parte do trigo.
Silício — Hidrogênio
Portanto, a farinha
Sódio — Cobre

que você usa t odos


VITAMINAS
os dias, e os seus p ro­
Niacina — Riboflavina
Tiamina — Piridoxina dutos, contém pou­
Biotina — Inositol
Cholina - A cido Folico co valor alimentício.
Grão de trigo ampliado

...T o d o s os cereais são bons para a o Profeta, no dia 27 de fevereiro de 1833,


comida do h o m e m ;... Contudo, seja o conhecida como a Palavra de Sabedoria.
T R IG O P A R A O H O M E M , o milho Dada por preceito, com promessa, ada-
para o boi, a aveia para o cavalo, o cen­ dada à capacidade dos fracos e à do
teio para as aves e os suínos e todos os mais fraco de todos os santos (membros
animais. .. da Igreja) que são ou que se podem
Revelação dada através de José Smith, chamar santos. O Livro D -C sec. 89

158 A L IA H O N A
jV TA R IA . P E D R O , A N D J O A N were shook his head. “ The flowers would wilt
good friends. in a little while. W e want to give Joan
Maria and Pedro lived in a little fish- something she can always remember us
ing village on the coast of Panama. by. ”
Maria and Pedro often took Joan fish- The children left the jungle path and
ing. They also taught Joan how to walked down to the sandy beach.
shin up a tall palm tree, and where to Just then Maria cried, “ Ouch, I cut
find the lcngest bananas. They had 111a- my toe on something sharp.” She look-
ny good times together. ed down. There, ali around her feet
Early one morning when Maria and were hundreds of small brightly colored
Pedro arrived at Joan’s house, they fo ­ sea shells.
und Joan’s mother in the kitchen bak- “ H ow lovely !” breathed Maria as she
I ing a cake. It was a beautiful cake. Flu- picked up a tiny perfect shell that was
ify white icing stood up in little peaks the color of a deep-red tropical sunset.
ali over the fat round cake. Joan’s m o­ “ The tide must have brought them in
ther was just sticking the last of six this morning,” said Pedro as he busily
pink candles on it. started gathering shells.
“ What is it f o r ? ” asked Pedro and Both of the children fell to work with
Maria, who had never seen a birthday a will. They had found Joan’s birthday
cake. present!
“ It’s a cake for Joan's birthday,” ex- W hile Pedro pierced tiny holes in each
plained her mother. “ This afternoon at pretty shell, Maria strung them on a
‘ three o ’clock you must come to Joan’s stout piece of string. She arranged them
party” , she invited. so that the larger shells were in the mid-
Pedro and Maria’s brown eyes spark- dle of the necklace and the tiny ones at
led. They jumped up and down with each end.
excitement. They said they were sure After they had finished the necklace
they could come, but they would ask they found they had enough shells left
their mother at once. to make a dainty little bracelet, too.
On the way back to their fishing vil­ Three o ’clock came almost before they
lage Maria and Pedro became very si- knew it. In no time at ali they were at
lent. They were thinking hard. They Joan’s cottage.
were trying to think of something to Joan gasped with delight when she
give Joan for her birthday. saw the lovely necklace and bracelet
A s Pedro and Maria made their way “ The sea may have furnished the
along the narrow jungle path, a big co- sheíls, but only you could have thought
conut fell at their feet. “ W e could gath- of making them into such a beautiful
er some extra large sweet coconuts and gift," Joan told Pedro and Maria as she
give them to Joan,” suggested Pedro. thanked them.
“ N o ,” said Maria, “ this must be so­ Pedro and Maria were happy that
mething very special. Jcan sees coconuts Joan liked their gift, especially when
every day.” Joan added, “ I shall treasure this gitt
Just then Maria saw a bright cluster always and think of both of you whene-
of red and yellow jungle flowers. “ W e ver I wear it.”
could weave a pretty basket and fill it And to show she meant it, Joan start­
with flowers,” said Maria. ed wearing the sea shell necklace and
Pedro thought about this idea, but he bracelet that very m inute!

Agôsto de 1952 159


P A R A QUE ESPERA R ?
fazer companhia um ao outro, mas os
anos passam, sem que isso aconteça. Há
maridos e espôsas que pensam em se
tornar mais comprensivos e fazer-se
mais considerados, mas que vão deixan­
do sempre para mais tarde começar a
difícil e gloriosa emprêsa. E o tempo
que passa, por si só, não conserta a si­
tuação dos casais que não se compre­
endem.
Há homens que deixarão os vícios, e
outros que comerão menos e, ainda, al­
guns que irão viver dentro de suas pos­
sibilidades; — m a s ... quando? Have­
rá aquêles que se incomodarão mais com
o medo de governar. Mas têm existido
tempos e lugares, onde tais coisas têm
Parece que algumas vêzes vivemos
sido deixadas para trás por tempo de­
ccm o se estivessemos esperando a vida
masiado. Não há razão para duvidar
começar. Nem todos e nem sempre
que hajam existido boas intenções. Mas
estamos a espera, é claro. Mas alguns
quando, no mundo, iremos começar a
de nós, por vêzes, persistem em espe­
ser compreensivos e a viver a vida? E s­
rar, — não obstante a vida passar tão
ta é a nossa hora, nosso dia, nossa ge­
cronicamente — e deixamo-nos a espe­
ração. O Céu e a Eternidade terão as
rar por alguma coisa que há muito tem­
suas próprias ocupações e oportunida­
po vem acontecendo, sem que a tenha­
des. Esta é a vida na qual o trabalho
mos percebido.
a ela inerente tem que ser feito.
Existem pais que esperam uma melhor A eternidade é infinita, e o amanhã
oportunidade para travar relações mais é eterno. Mas, por isso não é que de­
estreitas de amizade com seus filhos — vemos deixar para amanhã o que pode­
talvez para quando as obrigações roti­ mos fazer h o je ; nem deixar para um dia,
neiras estiverem mais folgadas. Mas. mais oportuno, talvez, o que pode e de­
algum dia êsses filhos estarão crescidos, ve ser feito agora.
terão ido os melhores anos para conhe­ H oje é tanto uma parte da eternidade,
cê-los, gozar com êles boas horas, ensi­ como parte dela foi um dia há miríades
ná-los e compreendê-los. Mas ai já se­ de anos atrás; e assim como o será mi­
rá inutil lastimar e tarde demais para lhares de anos vindouros. Para isto é
se arrepender. (Cont. na pág.162)
Há mães que sinceramente tem a
intenção de ser mais atenciosas e com­
preensivas para com suas filhas e pen­
sam em ser mais companheiras para
com elas. Entretanto, o tempo passa, a
afinidade entre as crianças e a mãe
equidistancia-se e as crianças crescem e
vão embora.
Há velhos amigos que pensam em

160 A L IA H O N A
i c Eli
P o r W ally K oford - joven do

Glendale W est Ward, Calif. E E .U U .

Para ser capaz de apreciar um sacrifício d e ; pai e suas experiências, um


filho precisa conhecer os interêsses e a juventude de seu pai. Eu preciso es­
quecer minhas necessidades e dispensar mais tempo com meu pai, em conver­
sas e confidências. Eu preciso me interessar nas coisas que êle faz. Meu pai
é uma pessoa, tanto quanto um parente. Eu sei que meu pai me respeita e
tem fé em mim, mas preciso provar a êle o meu valor. Se eu discuto meus
problemas com êle, e se posso provar a êle ser capaz de fazer bons julgamentos
e tomar boas decisões, êle terá maior confiança em mim. Se eu prometi viver
sob certas regras, eu preciso cumprir minha promessa. Eu preciso aceitar a
responsabilidade de ir adiante, para dentro dã rotina de um dia, sem ser pre­
ciso que alguém me fiscalize. Se me engano nos julgamentos que faço, preciso
aceitar as conseqüências que hão de vir, sem questões e reclamações. Eu não
devo esperar que meu pai conserte meus erros para m im : eu tenho que assu­
mir a responsabilidade de tôdas as minhas ações.

Talvez meu pai precise de um pequeno auxilio ou encorajamento de mim.


Eu devo dispensar mais tempo com êle para que nos possamos compreender
melhor. Eu posso apertar meus laços com meu pai, pelos pequenos atos de
apreciação, não somente por palavras de agradecimento pelas coisas que êle
faz por mim.

Papai tem meus interêsses em seu coração, e, conhecendo seu vasto co­
nhecimento, eu tenho certeza de que êle será capaz de resolver meus problemas
com suas melhores maneiras.

Eu quero compreender meu pai e ser compreendido por êle.

Agôsto de 1952 161


Na C o z i n h a
TORTA DE BANANA OU MAÇÃ

Faça uma calda com um de açucar quei­


mado, (2 xícaras). Depois de fria des­
peje num taboleiro, coloque por cima
as bananas cortadas em três, no sentido
do comprimento e em camadas umas
junto as outras, ou as maçãs cortadas
em fatias. Bata a parte, numa tigela 6
B O L O DE M E L
claras em neve, misture as gemas e con­
tinue a bater. Misture depois 5 colhe­
Bata bem 2 colheres de sopa de man­
res de açucar e bata mais. Ponha em
teiga com 1 xícara de chá de mel, jun­
seguida 5 colheres de farinha de trigo
e misture b em ; p?r ultimo, a manteiga te 4 gemas e bata mais. Acrescente en­
tão as claras em neve e por ultimo 2 x í­
derretida, (1 colher de sopa) misturai.-
do-a sem bater. Despeje a massa por caras de farinha de trigo misturada com
2 colheres de sopa de fermento em
cima das bananas ou maçãs no tabolei-
pó. Depois de assado abra o bolo ao
ro. Leve a assar em fôrno quente, uns
meio e recheie com mel batido previa­
15 minutos, quando estiver pronta, tire
mente, até formar um creme, querendo
do taboleiro, virando de baixo para ci­ cubra com uma glacê feita com 1 clara
ma. e 2 colheres de sopa de açucar.

PARA QUE ESTAM O S... H IS T Ó R IA DA IG R E JA


(Cont. da pág. 160) (Cont. da pág. 151)

que viemos aqui, mesmo ainda que te­


nhamos uma idéia errônea a respeito —■ Três acontecimentos se sobressaem
mesmo ainda que não tenhamos pensado na administração do Presidente Snow.
que assim deveria ser. Assim é : se es­ A exclusão de Brigham H . Roberts da
tamos emocionados ou desapontados, Camara, o início de uma missão no Ja­
contentes ou aborrecidos, ou, ocupados - pão e o esforço para aumentar o paga­
ainda assim esta é a vida e está pas­ mento do dízimo por parte dos mem­
sando. Para que esperar? bros da Igreja para que o pêso finan­
Muitos homens não conhecem, mas ceiro da organização não recaísse sôbre
muitos irão conhecer o P L A N O DE os ombros do povo.
S A L V A Ç Ã O oferecido a todo e qual­ A exclusão de Brigham H . Roberts,
quer um dos homens na terra, por JE ­ da Casa dos Representantes, foi por
SU S C R IS T O . Este plano dá a todos motivo de religião. 1) havia aceitado um
os homens a oportunidade para a qual dogma da Igreja contra o qual houve
estavam esperando e faz parte uma das grande oposição por parte dos membros,
doutrinas principais da IG R E J A D E JE ­ em tôda a União e 2 ) porque sua ex­
SU S C R IS T O D O S S A N T O S D O S clusão foi motivada por agitadores reli­
Ú L T IM O S D IA S , e pode ser do conhe­ giosos do país, com o se supunha.
cimento de qualquer pessoa interessada. (Cont. na pág. 166)

162 A L IA H O N A
E AGORA O CINEMA O que faz com que isso ferva dessa
(Cont. da pág. 157) maneira? Bem, é justamente por cau­
são diretamente influenciados pelo efei­ sa d isto: Se esperamos que os filmes
to dos filmes. Ainda assim é indubità- nos dêem tudo que puderem no caminho
velmente verdade que o aumento de di­ do bem, todos nós assistimos os filmes
vórcio tem sido por causa do relaxamen­ certamente tornamo-nos críticos mais
to com que o voto de casamento é con­ inteligentes daquilo que vêmos. A cri­
siderado nos filmes. Quando vier o tica, desse modo, inclue o que há de. bom
julgamento final os reis cinematográfi­ e de maü.
cos terão muito por que responder. A definição da palavra crítica é a se­
Outro escritor determinou: guinte: “ A arte de julgar com conheci­
Hollywood tem feito uma propaganda mento e justiça, as belezas e faltas dos
anti-americana por todo o mundo numa trabalhos de arte e literatura” , e desse
escala prodigiosa. modo, igual consideração de moral ou
Certamente é popular. Os homens valores lógicos-
gostam de seus pedaços de bolo de quei­ O fato é que, por mais exato que jul­
jo — queijo do bom — e as garotas guemos o cinema, o melhor será diver-
gostam de ver cenas romantieas. . . Co­ tirmo-nos com bons filmes, por nós es­
mo então podem vocês esperar que ou­ colhidos.
tras nações os respeitem como uma na­ Como assim aumentaremos o numero
ção de moral? Vocês poderiam certa­ de freqüentadores alertas e inteligentes,
mente responder com certo grau de jus­ as produções a serem filmadas, serão
tiça e verdade: “ H ollywood não é A m e­ melhores — porque os produtores apren­
rica” . Suponhamos: mas como pode­ derão que não podem enxerir-nos algu­
ríamos saber como estaria, a unica Am e­ ma coisa velha, e tornar-se-ão mais cui­
rica que podemos encontrar na carne dadosos no que usam como uma base
sendo nós seus turistas? para o comércio.

TUDO QUE TENHO me regosijo quando êle me chama “ Pai”


(Cont. da capa 2) e me procura para guiá-lo. Sempre
que êle se lembra de meus ensinamentos
Ficou algum tempo pensativo e, de­
e é bondoso. Respeitosamente êle me
pois de haver ponderado, Marvin desco­
honra e fala bem de mim para os seus
briu que não havia coisa alguma que o
amigos. Ele não usa o meu nome in­
Pai ainda não possuísse.
sensatamente. Várias vezes êle tem ex­
Finalmente Marvin foi até ao portão pressado sua gratidão por meu cuidado
e disse para o a n jo : “ Que negócio é êsse paternal. Essas coisas me são tesouros,
que o Pai fêz com o homem? Não exis­ elas me trazem alegria- Essas dádivas
te' coisa alguma que o homem possa dar de gratidão, louvor, obediência e hon­
em troca” . ra aquecem meu coração, e é bom que
“ A h ” , disse o anjo, “ você fala como al­ meu filho me as possa dar. Isso é tudo
guém que está buscando sabedoria. O u­ que êle pode me dar e que pode acres­
ça, por que é que você trabalhou pelo centar algo a que eu já tenho. E em­
seu filho? Qual é a sua recompensa pelo bora’ eu tenha muitos filhos e filhas, ca­
cuidado paternal que você dedicou a da uma dessas dádivas me é tão precio-
êle ? O que é que êle pode trazer de se como cada um deles” .
grande valor a você, desde que você A luz ao redor do anjo tornou-se mais
está confortàvelmente estabelecido no brilhante, e antes que o anjo e o portão
mundõ e não deseja coisa alguma?” desaparecessem no céu, êle disse, “ Ide
Marvin pensou profundamente: “ Eu e" procedei da mesma maneira” .

Agôsto de 19.52 163


0 Casamento de João e Maria
2.a P A R T E
Por SPENCER W. K IM BALL

— João, és a cabeça da família. Tens o que teria sido de mim, se meus pais
o sacerdócio. Dá a esta família peque­ tivessem decidido arbitrariamente que
na, uma direção certa. Amanhã, no fim um ou dois filhos sèriam suficientes, ou
de seu primeiro dia perfeito de matri­ que três ou quatro seria o máximo que
mônio, devem ajoelhar-se ao lado de poderiam suportar, ou que cinco seria
sua cama, antes de se deitarem, para o limite; porque eu fui o sexto de onze
celebrar sua primeira oração familiar e filhos. Não pensem que amarão menos
dar graças ao Senhor pelo amor que os aos últimos ou que terão menos coisas
uniu, por tôdas suas ricas bênçãos, e materiais para lhes dar.
pedir-Lhe que os ajude a permanecer Agora, Maria e João, há um elemen­
fieis a seus convênios e a guardá-los to indispensável nesta felicidade que
limpos, dignos e ativos. Nunca deixem tanto desejam. Terá que haver fideli­
passar uiii dia sem ter feito suas devo­ dade e confiança. João, você teve uma
ções matutinas e vespertinas. A gora é oportunidade legítima e própria, nestes
o tempo de planejar a rota de sua vida- últimos anos, para procurar por todo o
Determinarão assistir seus cultos de sa­ mundo uma espôsa, de marcar encontros
cerdócio e sacramento cada dia de Sa- com numerosas senhoritas e de compa­
bath, pagar fielmente os dízimos, susten­ rar umas às outras, considerando suas
tar até o ultimo popto as autoridades e virtudes e atrativos, e por fim, dentre
suportar o programa da Igreja, visitar tôdas elas, escolher a Maria, com o a
o templo a miudo, prestar serviço nas mais bonita, com a qual deseja estar as­
organizações, e guardar seus pensamen­ sociado para sempre, aquela que atinge
tos limpos, suas ações construtivas e suas tal altura de perfeição a teus olhos a
atitudes sãs. ponto de ser digna de ser, não só tua
Amanhã, quando repetir as frases que prometida, mas também a mãe de teus
os ligará, direi as mesmas palavras im­ filhos. Erigiu um pedestal para Maria,
pressionantes que disse o Senhor àque­ e pondo-a sôbre ele, não permitirá a
le jovem guapo à sua bela noiva no Jar­ qualquer outra corpartilhar de seu
dim do E den: “ Frutificai, multiplicai e lugar. Ela é a tua rainha, tua com­
enchei a terra.” O Senhor não desper­ panheira, teu amor através da eter­
diça palavras. Deu a entender o que nidade. E você, Maria, teve o mes­
disse. N ão vieram ao mundo somente mo privilégio de comparar todos os jo ­
para comer, beber e divertirem-se. V ie­ vens que a vieram vêr e escolheu a João
ram para obter para si mesmos um cor­ como o melhor exemplar de virilidade
po mortal, que pode ser aperfeiçoado jovem , e o companheiro mais desejável
e imortalizado e compreenderam que para ser seu espôso e o pai de seus fi­
teriam que se consorciar com Deus pa­ lhos, e agora que fêz sua escolha, este
ra prover corpos para outros espíritos será o fim de sua escolha. Erigiu um
igualmente ansiosos de vir à terra para pedestal sôbre o qual pôs a João e ne­
propósitos retos. Assim é, que não adia­ nhum outro jamais poderá compartilhar
ram a paternidade e a maternidade. o seu lugar-
Tampouco limitarão sua família como De hoje em diante, seus olhos jamais
costuma fazer o mundo- Fico pensando vagarão, seus pensamentos jamais se

164 A L IA H O N A
extraviarão; num sentido muito literal, vocês mesmos, sua família, seus ideais,
guardar-se-ão um para o outro, tanto sua exaltação, suas eternidades — não
em mente como em corpo e espírito. R e­ convém arriscar. Com orgulho e com
cordarão o que o Senhor Jesus Cristo valor, você João, dirá: “ Maria meu
disse: “ Ouvistes que foi dito: — Não amor, sinto muito. Não quis lastimar-
adulterarás. Mas eu vos digo, que qual­ te' Perdoa-me por favor” . E você M a­
quer que olhe para uma mulher para co­ ria, responderá: “ João querido, tenho
biçá-la, já adulterou com ela em seu mais culpa do que tu. Perdoa-me” . E
coração” . se abraçarão, e a vida de novo correrá
Também se pode parafrasear e di­ suave. E, quando se deitarem nessa
zer : “ . . . aquela que olha para um ho­ noite, tudo estará esquecido e não exis­
mem para cobiçá-lo, já adulterou com tirá êsse abismo entre os dois ao dizer
êle em seu coração” . suas orações familiares. E poderão dar
João e Maria, sendo humanos, algum graças ao Senhor por ter-lhes dado va­
dia poderão ter opiniões diferentes, o lor e fôrça para evitar a calamidade que
que pode resultar até em pequenas con­ cs ameaçava. E assim, com esta fôr­
tendas. Nenhum serão tão infiel ao ou­ ça de vontade e determinação poderão
tro, que vá discutir, com pais e amigos, vêr que os mal-entendidos se reduzem
suas pequenas diferenças. Isto seria uma em num ero; e enquanto antes ocorriam
deslealdade estúpida. Sua vida íntima é em intervalos de semanas, os intervalos
sua própria, e não deve ser comparti­ chegarão a ser de mêses e anos e por
lhada nem confiada a outros. fim aprenderão a entrelaçar suas vidas
Não se dirigirão a sua gente buscan­ profundamente, excluindo a trivialidade
do simpatia, mas conversarão sôbre suas que é tão desastrosa.
dificuldades, até que tudo caminhe bem. Amanhã será o dia grande e glorioso.
Há um balsamo curador, que, se apli­ Encontra-los-ei no templo, na bela nave
cado a tempo, em poucos minutos os di­ decorada de branco, simbolizando a pu­
rigirá a pensamentos mais sãos; saibam reza. A s paredes do templo vedarão a
que com tanto para perder — seu amor, (Cont. na pág. 166)

Agôsto de 1952 165


Missionários Desobrigados
da Missão Brasileira

REO W ILLIAM SON STANLEY K. T A Y ­


HENRY L. G O LD - LO R — R t. 3 Box 265
653 South 2nd West
SM ITH . 333 E. 69th. El Paso. Texas
Salt Lake City, Utah
Los Angeles, 3,
Califórnia

H IS T Ó R IA D A IG R E JA imaginar que o Congresso se oporia a


Roberts, portanto, depois das eleições
(Cont. da pág. 162)
começou êle cs preparativos para assu­
Roberts havia sido eleito para o con­ mir o seu posto na Capital do país.
gresso pelo partido Democrata, em no­ Nesse meio tempo, surgiram as for­
vembro de 1898. Era sabido em Utah ças da oposição em Utah, dirigidas por
ser êle polígamo, tendo duas esposas, um partido ministerial. Viria a velha
com as quais havia se casado antes do questão a ser levantada, novamente ?
Manifesto. Além disto, êle era um dos Assim parecia. Uma das alegações era
sete presidentes dos Setenta — autori­ a de que a Igreja Mormon havia que­
dade geral da Igreja. N o entanto, com o brado a promessa ao Govêrno Federal
os que houvessem contraído mais de um e a de que continuava praticando a po­
matrimônio antes de 1890 não seriam ligamia. Presidente Snow publicou no
perseguidos, podendo continuar susten­ “ New Y ork W o rld ” uma negativa for­
tando suas familias, ninguém poderia mal.

O CASAM ENTO DE J O Ã O E . . . E quando a cerimônia terminar, sai­


(Cont. na pág. 165) rão os dois desses sagrados recintos,
com o pensamento pôsto num nível es­
entrada de todos os ruidos de fóra. Ali, piritual “ apenas” um pouco mais bai­
em doce compostura se celebrará a ce- xa que o dos anjos. De mãos dadas,
rimôniá que os unirá por' tôda a eterni­ com os olhos na luz, sairão a conquistar
dade. Suas famílias e amigos mais ín­ e edificar e amar e a exaltar a si pro-
timos ali estarão e juntamente com vo­ prios e a sua família.
cês se elevarão a alturas espirituais nes­ Adeus, até amanhã João e Maria, e
te céu sôbre a terra. qtte Deus os abençoe sempre.

166 A L IA H O N A
Durante o ano de 1949, a praça do Templo em
Salt Lake City, Utah, foi visitada por 27.888 pes­
soas mais que em 1948. O total em 1949 foi . . . .
1 .047.154 pessoas, e em 1950, 1.075.042 pessoas
visitaram a praça.

As equipes de Missionários Mórmons têm ganhado


muitos campeonatos nacionais de basquetbol: Canadá,
Inglaterra, Irlanda, Australia, Nova Zelandia, Suécia,
França e Argentina.

Está ouvindo o mundialmente famoso Côro e Orgão da Cidade de Lago


Salgado cada semana? Pode ouvi-lo nas seguintes estações:
Porto Alegre — Quartas-feiras às 8 horas — PRF-9, Rádio Difusora
Curitiba — D om ingo às 19,15 horas — ZY M -5, Rádio Guairaçá
Ribeirão Preto — Domingos às 19,30 horas — PRA-7, Rádio Emissora
Santos — Domingos às 19,00 horas — PR B -4 — Rádio Clube de Santos
Sorocaba — Segundas-feiras às 20,30 horas — PRD -7, Rádio Clube de Sorocaba
Jcinvile — Domingos às 18,30 horas — ZY A -5, Rádio Difusora
Segunda-feira de cada mês às 21,30 horas — ZY A -5, Rádio Difusora
Rio Claro — Segundas-feiras às 19,15 horas — PRF-2, Rádio Clube de Rio Claro
Campinas — Segundas-feiras às 20,40 horas — Z Y Y -3, Rádio Brasil
Baurú — Domingos às 19,30 horas — PRG -8, Rádio Clube de Baurú
São Paulo — Sábado 10,15 horas — PRA-4, Rádio Cultura.
Ponta Grossa — Q uartas-feiras às 22 horas — JR Y -2, Rádio Ponta Grossa.
Você deve Investigar o Mormorismo

Porque — Êle apresenta as verdades p le­


nas do Evangelho da Salvação num a lin ­
guagem compreensível.

Porque — Êle apela à razão do hom em e


ao senso comum.

Porque — Ensina o fato de “ Você poder


conservar seus pés sôbre o solo e ainda ser
um bom cristão” .

Perque — Êle não pratica nenhuma fo r ­


mula mística e nem ensina doutrina am ­
bígua; mas ensina verdades claras e pra­
ticáveis com o o caminho da vida e da sal­
vação.

Porque — Êle não tem santos falsifica­


dos em suas entranhas e porque prega que
um homem serve a Deus melhor quando
serve bem a seu próximo.

Porque — Êle diz a todos: “ Vamos racio­


cinar juntos, e acsim chegam à conclusão
de todos os assuntos” , e também declara
que a verdade é a razão.

Porque — Êle declara que os princípios


fundamentais do Evangelho são tão claros
com o dois e dois são quatro: De fato sãc-
tão simples que mesmo uma pessoa que
nunca tenha ouvido falar do Evangelho
não poderá cometer qualquer êrro ao in ­
terpretá-lo.

Pc-rque — Êle declara que um correto co ­


nhecim ento dêstes princípios é essencial ao
aperfeiçoam ento e à salvação eterna do
homem.
AUBREY J. PARKER

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