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ABRIL DE 195 3

L E H I D E S C O B R E “A L IA H O N A ” N O D E S E R T O (Veja 2.» página da capa)


Lehi descobre "À LIAHONA" no deserto
(
Historia da origem do\
nome “ A L IA H O N A ” /

Aconteceu que no comêço do pri­ esfera, que nos levou aos lugares mais
meiro ano do reinado de Zedequias, rei férteis do deserto.
de Judá (600 anos A.C.), apareceram E aconteceu que eu, Nefi, tendo
muitos profetas durante êsse ano, que olhado os ponteiros que estavam na es­
anunciaram ao povo que devia arrepen­ fera, vi que êles se moviam conforme a
der-se, pois do contrário, a cidade de fé, a diligência e a atenção que lhe dá­
Jerusalém seria destruída. vamos.
Meu pai, Lehi, saiu, portanto, e E também sôbre êstes ponteiros ha­
se dirigiu ao Senhor, implorando de to­ via uma escrita nova, e que era fácil de
do o seu coração a favor de seu povo. ler, e que nos dava a conhecer os cami­
I NEFI 1:4-5. nhos do Senhor; e essa escrita se mu­
E o Senhor ordenou a meu pai, dava de tempos em tempos, de acôrdo
ainda num sonho, que partisse com a com a fé e a atenção que lhe dávamos.
família para o deserto. E assim vimos que por meio de peque­
E aconteceu que êle obedeceu a pa­ nas coisas, pode o Senhor realizar gran­
lavra do Senhor, e fêz, portanto, o que des coisas. I N EFI 16:9-29.
o Senhor lhe havia ordenado. E agora, meu filho, tenho algo a
E aconteceu que êle partiu para o dizer-te a respeito do que nossos pais
deserto, deixando sua casa, a terra her­ chamam uma bola, ou guia — ou como
dada, seu ouro, sua prata e suas coisas nossos pais a chamavam Liahona, que
preciosas, não tendo levado consigo na­ é, por interpretação, uma bússola pre­
da, exceto sua família, mantimentos e parada pelo Senhor.
barracas. E eis que ninguém poderia traba­
Aconteceu que, tendo viajado pelo lhar segundo a maneira de tão curioso
espaço de três dias no deserto, montou artífice.
sua tenda em um vale, à margem de um Como nossos pais foram desleixa­
dos em atender a essa bússola (então
rio.
estas coisas foram temporais) êles não
E ali levantou um altar de pedras
prosperaram; o mesmo se dá com as
e fêz suas oferendas ao Senhor, reden-
coisas espirituais.
do graças ao Senhor, nosso Deus. 1
NEFI 2:2-7. E eis que é tão fácil atender à pa­
E aconteceu que durante a noite lavra de Cristo, que te apontará o ca­
a voz do Senhor falou a meu pai, e lhe minho direto à eterna felicidade, como
ordenou que no dia seguinte prosseguis­ foi para nossos pais dar atenção a esta
se na sua viagem pelo deserto. bússola, que lhes apontaria o caminho
E aconteceu que meu pai tendo-se para a terra prometida.
levantado de manhã, e tendo saído da Assim como de forma tão segura
tenda, notou com grande espanto que trouxe esta diretriz nossos pais à terra
havia no chão uma esfera de latão que prometida, por terem seguido sua indi­
era trabalhada de maneira curiosa. E cação, não nos levarão as palavras de
no seu interior havia duas agulhas, uma Cristo se a elas obedecermos, longe dês-
das quais nos indicava o caminho a se­ te vale de amarguras, para uma terra
guir no deserto. de promissão muito melhor? ALMA
E seguimos a direção indicada pela 37:38-45.

74 A LIAHONA
São Paulo ABRIL DE 1953
Rua Itapeva, 378
Tel.: 33-6761 ANO VI N.° 4

“ Um guia nas tre v a s " O Livro Je M o rao n - Alm a 3 7 :2 8 -3 0

O R G A O O F IC IA L D A M IS S Ã O B R A S IL E IR A D A IG R E JA D E JE S U S C R IS T O D O S
S A N T O S D O S Ü L T IM O S D IA S

“A L IA H O N A ” é publi­ SUMÁRIO
cada mensalmente no Bra­
E D I T O R I A L ............................................. 76
sil pela Igreja de Jesus
A R T IG O S E S P E C IA IS
Cristo dos Santos dos Ú lti­ Vôce Quer Deixar Seus Vicios? 79
mos Dias. Preços das assi­ pelo Coronel Elmer Thomas
naturas : cada exemplar, Pequena Biografia do Presidente McKay 80
Cr$ 4,00; por ano, Cr$ Autoridade Divina do Presidente McKay 81
Roubará O Homem A Deus? . 83
40,00; exterior, Cr$ 50,00. por Elder James Talmadge
Tôda correspondência deve A Melhor Maneira de Fazer Pão . 84
ser enviada à Caixa Pos­ São Tôdas As Igrejas Verdadeiras? 86
tal 862, São Paulo, S. P. por Elder Melvin Westonskow
Joinvile - Cidade Centenária 88
D ih e to r -R e d a to r O Que Os Mormóns Crêem 89
CLÁ U D IO M A RT IN S DOS
por Presidente Charles Penrose
Uma Simples V erdade.............................. 96
SANTOS por Elder Orson Pratt
F A R IA S
Registrado sob N.° 93 do Lehi Descobre “A Liahona” no Deserto” 74
Livro “B ” n.° t, de M a­ A Igreja No M u n d o .............................. 77
W e’re Building A Church . . . . 78
trícula de Oficinas Im ­
para nossos leitores de Inglês
pressoras, Jornais e Pe­ Conhece A Biblia ? .............................. 78
Novos M i s s i o n á r io s .............................. 94
riódicos, conforme Decre­
C u rio s id a d e s ............................................. 95
to N .' 4857, de 9-11-1939. Auxilio Técnico por Geraldo Tressoldi

Endereços dos Ramos da Igreja no Brasil


SAO P A U L O Niterói: (Informações) — Rua Presidente
Santo Amaro: Rua Barão do Rio Branco 1391 Backer, 138
São P aulo: Rua Seminário, 165 - 1.° and.
Campinas: Rua Cesar Bierrenbach, 133 R IO G R A N D E D O SU L
Sorocaba: Rua Manoel José de Fonseca, 79 Porto A legre: Rua Andradas, 945
Ribeirão P reto: Rua Alvares Cabral, 93 Novo Ham burgo: R. David Canabarro, 77
Santos: Rua Paraiba, 94
PA RA N Á
Rio Claro: Avenida 1, 301
Bauru: Avenida 1.’ de Agosto, 1-70 Curitiba: Rua Dr. Ermelino de Leão, 451
Marilia: Rua 9 de Julho 1511 Ponta Grossa: Rua 15 de Nove/nbro, 354 —
3.° andar
Araraquara: Avenida Bandeirantes, 364
Piracicaba: (Informações) V ila Boyce, Rua S A N T A C A T A R IN A
Alfredo, 5 Joinvile: Rua Max Colin 426 (antiga rua
R IO D E J A N E IR O Frederico Hubner).
Tijuca: Rua Camaragibe, 16 Ipoméia: Estrada para Videira

M IN A S G E R A IS
Belo Horizonte: R. Rio Grande do Sul, 1194
E d i t o r i a l

R odízio de M is s io n á rio s
Os missionários desta igreja não recebem qualquer remuneração dela.
Êles recebem dinheiro suficiente de seus pais ou parentes, nos Estados Uni­
dos, para cobrir as suas despesas. Muitos de nossos amigos e até alguns de
nossos membros não compreendem isto, mas é um fato. Nesta Igreja nós não
temos qualquer ministro ou missionário assalariado. E por este motivo não
há encargos difíceis sôbre qualquer indivíduo. Os missionários são chamados
para trabalhar durante dois anos e meio, e quando êles são desobrigados outros
vêm para tomar seus lugares. Os Elders são frequentemente transferidos de
uma cidade para outra a fim de “preencher a vaga” de outros que voltaram
para seus lares nos Estados Unidos, Canadá e outros lugares de onde vieram.
Devido ao fato de que alguns Elders precisam aclimatar-se ou acostumar-se
com alimentos diferentes, êles precisam ser transferidos. Muitos Elders ne­
cessitam ser transferidos a fim de que êles sejam companheiros orientadores
dos recém-chegados. Alguns Elders, têm capacidade especial para certos tra­
balhos necessários em algum ramo, surgindo assim a necessidade de trans­
ferências.
Muitos de nossos membros e amigos não pensam do Brasil e da Mis­
são como um todo. Tudo o que êles podem ver é o seu ramo ou cidade em
particular. Êles, naturalmente, não conhecem as necessidades em outros ramos,
e quando os Elders são transferidos, tudo o que êles podem ver é a perda de
seu ramo, e não a necessidade da transferência a fim de que um outro Elder,
em algum outro lugar, possa ter um companheiro ou qualquer outra coisa.
Esta é a IGREJA D E JESUS CRISTO e da mesma maneira que Cristo
chamou pescadores, carpinteiros, doutores e outros trabalhadores para deixar
suas ferramentas, etc. e seguí-Lo no ministério para espalhar as boas novas
do Evangelho, da mesma maneira nossos ministros (os missionários) são
homens e mulheres que eram pescadores, carpinteiros, fazendeiros, doutores,
advogados, etc. etc., na época que êles foram chamados para serem missioná­
rios. Depois de seus dois anos e meio, êles são desobrigados e voltam para
suas diversas profissões e assim continuam como antes de serem chamados
para seus deveres missionários.

76 A LIAHONA
A IGREJA

NO MUNDO
O raçáo do secretario Benson na que sem Teu auxílio divino, nós não po­
sessáo inicial do secretariado deremos ser bem sucedidos. . .
“Atribuímos a Ti o louvor, a honra
Washington D.C. E.E.U.U. e a glória de tudo que conseguirmos ou
possamos fazer. Com gratidão dedica­
A oração feita há poucos dias atrás mos nossas vidas a Ti e ao Teu serviço;
pelo Elder Ezra Taft Benson, perante guia-nos e dirija-nos em nossas delibe­
a primeira reunião extra-oficial do G a­ rações hoje, e sempre nos auxilie a ser-
binete do Presidente Eisenhower, foi pu­ vir-Te com vistas para a Tua g ló ria ...
blicada no número semanal do “Time” Amén”.
de 26 de Janeiro.
Sob o título “ Palavras da Semana” Os escoteiros Mórmons plane­
na coluna religiosa, a oração impressa jam o seu 40.° aniversário
é a seguinte:
Salt Lake City, Utah E.E.U.U.
“Nosso honrado e eterno Pai. Com
grande humildade e gratidão nos apro­ Planos detalhados da comemora­
ximamos do Teu trono em oração. . . ção do escotismo na Igreja, estão sendo
“Estamos profundamente gratos preparados.
por esta gloriosa terra, em que vivemos. “Não multo depois da incorpora­
Sabemos que é uma terra privilegiada ção dos Escoteiros da América, em
sôbre tôdas as outras — a maior nação 1910, os líderes da Igreja ouviram falar
abaixo dos céus. Agradecemos-Te pela do programa e se interessaram por êle”.
nossa liberdade — pelo nosso livre ar­ O Superintendente Curtis falando a res­
bítrio, nossos modos de vida e nossas peito, disse:
instituições livres. . . “Após ter sido feito um estudo e
“Reconhecemos com gratidão o verificado que o escotismo era aceitá­
serviço altruístico daqueles que nos pre­ vel, foram discutidos os planos com o
cederam, especialmente os nossos ante­ Conselho Nacional, e em maio de 1913,
passados fundadores desta grande na­ foi dada permissão à A.M.M. autori­
ção. . . zando o programa do escotismo.
“Nosso Pai Celestial, abençoa com “Na celebração que se aproxima”,
abundância, nós Te pedimos, Teu filho continuou o Superintendente Curtis,
e servo que foi escolhido pelo soberano “essa organização não só comemora o
povo desta nação, para servir como seu seu 40.° aniversário como também se
chefe no Executivo. Nosso Pai, favore­ torna um elo no fortalecimento do esco­
ça-o, e a todos nós, com profundo espí­ tismo nas tropas e postos da Igreja”.
rito de humildade e devoção. Sabemos (Trad. de Geraldo Tressoldi)

Abril de 1953 77
W E ’RE B U IL D IN G
A C H U R C H !!
By AGNES M ECKFESSEL
(U m artigo em inglês pflra os nossos
leitores que entendem êsse idioma).
I am not a member of any church;
1’m an outsider. I don’t know a single
thing about the church I’m going to
tell about insofar as what their religious
beliefs are. I have no friends among its
members. Fm just an observer — a
looker-on-er. Esta Capela foi construída pelos próprios
membros do Ramo.
One day, a few years ago, I noticed
a dozen little boys, ranging in ages
from nine to twelve years, briskly hoeing At long last it was finished — even
down the tall lush grass on the corner to the underground water system, the
lot. Cub Scouts? I wondered. The next shrubs and grass. I had watched the
day there were older boys, perhaps building of this church so long. I had
fifteen, sixteen, and seventeen years of seen ali the loving care and interest that
age begintiing to exeavate dirt from the was molded into its very fiber, by old
spot the younger boys had cleared the ladies with snow-white hair and wrin-
day before. These older boys were filling kled faces, patiently painting the win-
wheelbarrows with dirt and trundling it dow casings in bitter cold weather, men
up to the front of the lot to fill in the hurrying from the work by which they
low spots. My curiosity got the better earned their daily bread to lend their
of me. “May I ask what you boys are hands to building — and always the
doing?” 1 inquired. One boy set down children, assisting in every way they
his barrow, wiped the perspiration from could — I had watched this drama filled
his face with his sleeve, and grinned with love and pathos and human inter­
proudly, “W e ’re building a church.” est so long — that I put on my Sunday-
1 watched the building of that go-to-meeting — and shyly ventured
church for two years, from the cement into the services. V
foundation to the last finishing touch When I arose .to leave, a stranger
on its stately tower. It was built under extended her hand and asked if I were
the supervision of an experienced con- a new member. I said, “ No, I watched
tractor and builder, but the menfolk of this church being built, I was interested
the Church did the actual work, after to see what the services would be like
their regular day’s work was done. The as there has been so much love and
hammering and sawing went on until interest shown by ali, especially the
ten or eleven o’clock at night. children, in building this church.

gar de Judas após sua morte?


Conhece a Biblia ? 4 — Quem eram as outras ovelhas ci­
1 — Qual é a rocha de que Cristo fa­ tadas em João 10:16?
lou em Mateus 16:17-18? 5 — Quais as duas Varas ou registros
2 — Qual é o significado da palavra citados em Ezequiel 37:15-16?
“batizar” ?
3 — Qual o discípulo que tomou o lu- (Respostas à página 82)

78 A LIAHONA

I
Você quer deixar seus vicios?
pelo Coronel Elmer Thomas
Quando eu tinha apenas 12 anos
de idade, comecei a usar tabaco. Re­
trocedendo àqueles tempos lembro-me
que eu era um rapaz de recados que tra­
balhava num escritório para um doutor.
Um dos meus deveres, bem me lembro,
era esperar o leite na parte oeste da
cidade e entregá-lo à residência do dou­
tor, na avenida e me era dado dinheiro
de condução para fazer essa entrega.
Mas, ao invés de tomar o bonde, eu fa­
zia o serviço a pé, e com o dinheiro com­
prava três “V IRG ÍN IA C H E R O O T S ”,
um cigarro muito popular naquele tem­
po. Esses cigarros eu poderia fumar na É você um escravo de seus máus hábitos?
viagem de ida e volta para a residência
do Doutor. Daquele tempo até mais ou mo com a fôrça de vontade, a ajuda de
menos um ano eu fui um inveterado fu­ Deus, não poderá passar sem estas coi­
mante, fumando dez ou mais cigarros sas por apenas um dia, por apenas vinte
por dia. Eu não somente fumava cigar­ quatro horas, por apenas amanhã, sem
ros, mas também usava o tabaco de prometer a si próprio o que fará depois
outras maneiras. de amanhã?
Muitos tem tentado sem sucesso, Resolva, firmemente, que não be-
deixar os máus hábitos do licor, taba­ berá ou fumará um cigarro, ou que não
co, chá ou café. Eu os compreendo por­ fará qualquer que seja o seu vicio. Faça
que tentei muitas e muitas vêzes que­ com que esta promessa, a si mesmo, seja
brar o hábito de fumar; também sem cumprida apenas amanhã.
sucesso. “Agora, amanhã à noite deverá
Em 1925 enquanto estáva esta­ fazer um exame em si mesmo e ver
cionado em Fort Sam Houston, Texas, como realmente atravessou o dia sem
estava lendo “A Liahona” da missão beber ou fumar e como sobreviveu este
Hispano Americano, e nesse jornal esta­ sacrifício; pois foi, um sacrifício. Po­
va um artigo escrito pelo Profeta derá ficar surpreso ao ver que foi ca­
atual, Presidente David O. McKay, a paz de abster-se destas coisas muito
respeito da observância à Palavra de melhor do que se julgou capaz, e en­
Sabedoria, o qual aconselha a abstinên­ tão será a ocasião para decidir reso­
cia do tabaco, licor, chá e café, todos lutamente que “amanhã” novamente não
prejudiciais para a saude. tomará aos seus Vícios.
O artigo dizia mais ou menos ò
Passaram-se cêrca de vinte anos
seguinte: “Você quer realmente deixar o
desde que li esse artigo, e conquanto
licor, o tabaco, o chá, o café e outros
o desejo de tabaco não tenha sido com­
hábitos?” “Se quer, não acha que tem
pletamente vencido, não tenho fumado
a fôrça de vontade e a ajuda de Deus,
ou bebido desde esse tempo, e prometo
para poder passar sem seu licor, charu­
a mim mesmo que novamente amanhã,
to, ou cigarro, ou seu chá, ou café por
não vou fumar ou beber.”
apenas um dia — Amanhã — diremos
só amanhã? Ou deverá admitir que mes- (Trad. por Irmão Alfredo Lima Vaz)

Abril de 1953 79
Uma pequena biagrafia da presi­
dente David 0. McKay j
David O. McKay tornou-se Presi­
dente da Igreja de Jesus Cristo dos San­
tos dos Últimos Dias, em 9 de Abril
de 1951.
Nessa ocasião, foi apoiado para
ocupar essa posição pela assembléia dos
membros da Igreja que teve lugar no
Tabernáculo, na praça do Templo, em
Salt Lake City, Utah.
Sucedeu ao Presidente George Al-
bert Smith, o qual falecera no dia 4 de
Abril desse mesmo ano.
É o nono presidente da Igreja, a
partir do Profeta Joseph Smith, seu fun­
dador.
Anteriormente, trabajhou como Se­
gundo Conselheiro da Primeira Presi­
dência desde Outubro de 1934. Exerceu D A V ID O. M cK A Y
êsse cargo durante a presidência dos
Presidente e Profeta da Igreja
Profétas Heber J. Grant e George Al-
bert Smith e entre suas inúmeras tare­
fas, dirigiu as atividades missionárias chamado para fazer uma missão na
da Igreja através do resto do mundo. Igreja partindo então para a Inglaterra,
O Presidente McKay nasceu em Em Março de 1898, foi nomeado
Huntsville, Ogden Valley, no estado de Presidente do distrito de Glasgow, da
CJtah, dia 8 de Setembro 1873. Seus pais Missão Britânica, tendo exercido êsse
foram David McKay, um escocês con­ cargo até Setembro de 1899, quando
vertido ao mormonismo, e Jennette voltou ao seu lar.
Evans. Contava 7 anos de idade quando Nesse mesmo ano foi nomeado pro­
seu pai foi chamado para realizar uma fessor da Academia de Weber, hoje Co­
missão na Inglaterra, por um período de légio Weber, em Ogden, Utah. Em 1902
2 anos. Sua Mãe e irmãos ficaram, en­ foi designado diretor dessa Instituição.
tretanto, no lar, a fim de dirigirem a fa­ Em Abril de 1906, foi chamado pa­
zenda que possuiam e dessa forma man­ ra servir como membro do Conselho dos
terem seu pai enquanto êle realizava Doze Apóstolos da Igreja e poucos me­
sua missão. David O. McKay recebeu ses depois, tornou-se Assistente-Supe-
educação primária em Huntsville, in­ rintendente da União da Escola Domi­
gressando em 1894 na Universidade de nical de nossa Igreja. Em 1918 foi no­
Utah, em Salt Lake City. Formou-se em meado Superintendente-geral e traba­
1897 e foi o orador de sua turma. lhou nesse posto até ser indicado para
Em 1922 a Universidade de Brig- membro da Primeira Presidência em
ham Young lhe conferiu o título ho­ 1934.
norário de Mestre de Artes e em 1950, O presidente McKay ocupou igual­
o Colégio de Agricultura do estado de mente varios outros importantes cargos
na Igreja. De 1906 a 1919, foi membro
Utah, lhe conferiu também o título ho­
da Junta de Educação da Igreja, e de
norário de Doutor de Leis.
Após sua graduação em 1897, foi ( Cont. à página 82)

80 A LIAHONA
A Autoridade do Presiden­
te David O. McKay, Pro.
feta atual da Igreja está li­
gada até a origem Divina
desta maneira :

Jesus Cristo

Pedro, Thiagò e João

Joseph Smith

Oliver Cowdery

Brigham Young

Joseph F. Smith;

A Autoridade de David O. McKay como Após­


tolo do Senhor, é ligável até o sourço Divino
desta maneira:
Pedro, Thiago e João foram ordenados Após­
tolos por Jesus Cristo, Filho Únigênito de
Deus na Carne.
Joseph Smith Jr. e Oliver Cowdery receberam
o Sacerdocio de Melquizedek em 1829 sob a
imposição das mãos de Pedro, Thiago e João.
Brigham Young foi ordenado apóstolo dia 14
de 1835, por imposição das mãos de Oliver
Cowdery (acompanhado por Martin Harris e
David W hitmer).
Joseph F. Smith foi ordenado um Apóstolo
dia I de Julho de 1866, por Brigham Young.
David O. McKay foi ordenado um Apóstolo
David. O. McKay dia 9 dé Abril de 1906 por Joseph F. Smith.

Abril de 1953 81
( Continuação da pág. 80) e cômô administrador do Colégio de
1919 a 1921, serviu como comissário de Agricultura dêsse mesmo estado.
Educação da Igreja. Atualmente é Presidente da Junta
Em 1921, realizou uma viagem de de Diretores da Universidade de Brig­
99.200 quilômetros, visitando tôdas as ham Young.
missões excepcionando-se a da Africa Seu gênio extremamente afável tem
do Sul. Em 1922 foi designado Presi­ contribuído para que o Presidente Mc
dente das Missões Européias da Igreja, Kay seja tambem um vulto de destaque
com séde central na Inglaterra. Voltou nos círculos comerciais. Assim é que de­
a Salt Lake City, dois anos depois. sempenha as funções de presidente das
Durante os dez anos seguintes con­ seguintes instituições do Oeste Ameri­
tinuou seus trabalhos como membro do cano: “Primeiro Banco Nacional de
Conselho dos Doze Apóstolos, supervi­ Utah”, “Banco de Crédito e Depositos
sionando as atividades da Igreja atra­ de Zion”, “Companhia Heber J. Grant”,
vés do mundo, até 1934, quando o Pre­ “Companhia de Seguros contra Incên­
sidente Heber J. Grant o escolheu como dios Residenciais”, “Companhia de Se­
Segundo Conselheiro da Primeira Pre­ guros de Vida Beneficiais”, “Companhia
sidência. Quando o Presidente Grant de Hotel Utah”, “Corporação Hipoteca­
faleceu em 1945, e foi sucedido por ria de Zion”, “Companhia de Açucar
George Albert Smith, êste último, tam­ Layton”, “Companhia de Açucar Utah-
bém escolheu David O. McKay, para Idaho”, e “ Instituto Mercantil Coopera­
conselheiro. tiva de Zion.
Exerceu o Presidente David O. Casou-se com Emma Rae Riggs,
McKay, outrossim, importantes cargos de Salt Lake City, em 2 de Janeiro de
públicos. Em 1938, o governador de 1901. Em janeiro de 1951, celebraram
Utah nomeou-o presidente da Comissão as Bodas de Ouro. Tiveram os seguin­
do Centenário do Estado de Utah, ten­ tes filhos: David Lawrence McKay, Dr.
do seus trabalhos nessa Comissão, cul­ Llewellyn Riggs McKay, Royal Riggs
minado com as grandes atividades co­ McKay, Mrs. Lou Jean Blood, Mrs.
memorativas de 1947, onde se celebrou Emma Rae Ashton, Dr. Edward Riggs
o centenário da chegada dos Pioneiros McKay.
Mormons no dia 24 de Julho de 1847, O Presidente McKay reside em Salt
sob a liderança do Profeta Brigham Lake City, mas ainda conserva a velha
Young. fazenda em Huntsville, onde encontra
Em 1942, exerceu as funções de recreação montando seu cavalo favorito
Presidente do Comitê do Conselho Es­ através dos locais de sua meninice, ou
tadual da Cruz Vermelha Americana e eventualmente acompanhando a linha de
tambem a de Presidente do Conselho um sulco atraz duma junta de cavalos
Estadual de Proteção e Saude Infantil. que puxam um arado, remenicência aliás
Durante varias ocasiões trabalhou de seus trabalhos quando adolescente.
como regente da Universidade de Utah (Trad. por Irm ãa João B. Ferras, S. Paulo).

C o n h e c e a R ib lía ? 3 — Matias foi escolhido como Após­


tolo em lugar de Judas.
Respostas às perguntas da página 78: 4 — Os antigos habitantes dos conti­
1 — Jesus Cristo se referiu à Rocha da nentes americanos (Livro de Mór-
Revelação. mon, 3 Nephi 15:21).
2 — Batizar vem da palavra grega 5 — A Vara de Judah é a Bibiia. A Va­
“Bapto” que significa imergir. ra de José é o Livro de Mórmon.

82 A LIAHONA
Roubará o homem a Deus ?
E LD ER JAMES E. TALMAGE
(Do Conselho dos Doze 1911-33)

soa seja possuída pelas coisas mate­


Todavia vós me roubais, e dizeis: riais. O pagador do dízimo possui sua
propriedade; não é possuido por ela.
Em que te roubamos? Nos dízi­
O pagamento do dízimo é uma fon­
mos e nas oíertas . . . te de encorajamento, pela qual se tor­
(M aiaq u ias 3 :8 ) na possível um sentimento de igualda­
de financeira em cada indivíduo, peran­
te Deus.
0 dízimo deve ser um sacrifício É um sistema para desenvolver a
voluntário, não determinado por poder generosidade, isenta de futilidades. A
secular, nem forçado por multa ou outra persistência no pagamento do dízimo
penalidade material. Conquanto por um trás idéias elevadas, emoções e atos de
lado seja uma obrigação pessoal, é, não fidelidade que dá fôrça de caráter e no­
obstante, observado com inteira vonta­ breza persistente do próprio “ EU ”.
de do coração, pelo doador que se diz No dicionário do fiel pagador de
membro digno da igreja e que preten­ dízimo, não existe palavra como misé­
de seguir as revelações dadas para o ria. A confiança própria é assim refor­
desenvolvimento espiritual dos mem­ çada pela confiança no Senhor, de mo­
bros. do que sua própria atitude espiritual,
É essencial que o homem aprenda intelectual e financeira, denota confian­
a dar. Sem disposição para essa práti­ ça e cria recursos. Os Santos dos Últi­
ca, o currículo na escola da mortalida­ mos Dias crêem que o sistema do dízi­
de seria sèriamente deficiente. A sabe­ mo foi divinamente instituído para a sua
doria humana tem falhado em planejar observância; e êles se consideram aben­
meios mais equitativos de contribuição çoados por tomar parte no mais remoto
individual para as necessidades da co­ dos propósitos de Deus.
munidade do que o simples plano do
dízimo. Sob êste sistema o povo prosperou
quer individualmente, quer como um
Todos devem dar a quantia pro­
porcional ao que recebe, dando-a regu­ corpo organizado. . .
lar e sistemàticamente. O espírito com Ademais, a principal ou grande in­
que se dá, faz o dízimo sagrado; e é tenção oculta no estabelecimento do dí­
por meio assim santificado que as ativi­ zimo, consiste no desenvolvimento da
dades materiais da igreja são levadas alma do pagador, mais do que a provi­
adiante. são do rendimento.
Bênçãos especificadas e escolhidas O último tópico é o mais importan­
são dadas de ac0rdo com o merecimen­ te, pois até onde o dinheiro é necessá­
to de todos. No serviço de Deus, o cen­ rio para a manutenção da igreja, o Se­
tavo da viuva é tão aceitável quanto o nhor requer dinheiro santificado pela
ouro do milionário. fé do doador; mas as bênçãos sem limi­
O dízimo é uma obrigação impos­ tes aferidas pela moeda do reino, são
ta a si próprio pela aceitação da lei. É asseguradas a aquele que se conforma
uma das mais verdadeiras garantias com a lei do dízimo porque o Senhor
contra a “avareza”. Êle evita que a pes- assim o ordenou.

Abril de 1953 83
II
"Se você não fôr bem sucedido a prim eira vez, experim ente outra vez

( I ) Tome cada massa separadamente e amasse-a bem até ficar com o formato alongado e
cjiato. (2) Dobre um dos seus lados até 1/3 de seu comprimento e comprima-a com a palma da
mão para ligar. (3) Dobre o outro lado, sobrepondo-o ao primeiro e comprima-a novamente.
(4) Dobre 1/3 de uma das pontas comprimindo-a. (5) Dobre a out^a. ponta sobrepondo-a à
primeira e novamente comprima a massa. (6) Comprima-a novamente. (7) Enrole a massa
no sentido de sew comprimento, como um canudo, tornando-a roliça e compacta. Feche o lugar
da junção. (8) Coloqutf-a em fôrma untada com a junção voltada para baixo.

84 A LIAHONA
Á melhor maneirâ de fazer um pão perfeito
Importante — Verifique se o seu for­ de 1 hora. Então ponha a massa na
no está quente conforme marca o regis­ masseira e amasse-a durante 2 minu­
tro. Leia com atenção a receita antes tos, dividindo-a depois em 3 ou 4 par­
de você começar a fazer a massa. Siga tes (O número de pães depende do ta­
com rigor as instruções e medidas. manho do utensílio e altura do pão de­
sejado). Deixe a massa descansar por
PÃO INTEGRAL alguns minutos enquanto se estiver un-
(Três pães de 1 quilo ou 4 de 750 grs.) tando os untensílios para colocá-las.
12 xícaras de farinha de trigo inte­ Tome cada massa separadamente e
gral e não peneirada amasse-a até ficar com o formato alon­
1/2 xícara de açúcar mascavo ou mel gado e chato. Dobre um dos seus lados
ou melado ou rapadura até 1/3 de seu comprimento e compri­
ma-a com a palma da mão para ligar.
1/3 xícara de azeite, gordura vegeta!
Dobre o outro lado, sobrepondo-o ao
ou banha
primeiro e comprima-a novamente. Do­
2 colheres das de sopa de sal bre 1/3 das pontas comprimindo-a. Do­
5 a 6 xícaras de leite (fresco, enlatado bre a outra ponta sobrepondo-a à pri­
diluído, ou em pó; água de bata­ meira. Comprima-a novamente. (Essa
ta também serve). vigorosa compressão em cada uma das
Amasse bem e deixe descansar du­ massas evita a formação de bolhas de
rante a noite à temperatura ambiente ou ar e produz um pão uniforme em tex­
amasse e deixe descansar pelo menos tura, leve e sem bolhas) . A massa agora
durante três horas em vasilha coberta. será de forma alongada um pouco me­
Isto é absolutamente necessário. (Uma nor. Enrole a massa no sentido do seu
vasilha de 6 litros é o tamanho ideal). comprimento, como um canudo, tornan­
Após a massa ter descansado, dissol­ do a massa roliça e compacta. Una bem
va dois tabletes de fermento “Fleish- as junções.
man” (ou igual) em 3 a 4 colheres das Coloque-a em utensílios bem unta-
de sopa de água morna e adicione-se à dos com a junção voltada para baixo.
mistura da massa, ‘misturarrdo tudo Unte ligeiramente a superfície superior
muito bem com as mãos. Deixe a massa do pão e coloque-o no forno durante 15
descansar mais 10 minutos. Então co­ a 20 minutos a 27-29“ para crescer. Le­
loque a massa em uma superfície bem ve-o ao forno imediatamente durante
untada (masseira ou mesa) e com as uma hora e 10 minutos a 1 hora e vinte
mãos untadas amasse-a bem durante 10 minutos numa temperatura de 165°C.
minutos. (A massa quando é bem amas­ Um tamanho ideal para as fôrmas de
sada desenvolve o gluten que é essen­ pão é de 25x12x7 cms.
cial para a boa textura e volume). Não Póde-se também fazer pão de pas­
adicione farinha enquanto estiver amas­ sas ou tâmaras adicionando-se à uma
sando. A massa e as mãos podem ser das massas 1 1/2 xícaras de passas ou
untadas 3 ou 4 vêzes, quando a massa 250 grs. de tâmaras ou 1/2 a 1 xíca­
se tornar pegajosa. ra de nozes mais 3 colheres das de sopa
Coloque-a de novo na vasilha co­ de açúcar mascavo, se desejado. Leve-o
berta e regule o forno para atingir a ao forno em duas fôrmas ou utensílios.
temperatura de 27 a 299C durante uma Embora sendo preferível fazer a mas­
hora, ou até duplicar o seu tamanho. sa à noite, pode-se, no entando, fazê-la
Na maioria dos fornos a essa temperatu­ a qualquer hora, mas deixe-a descansar
ra a massa crescerá o dôbro em cêrca ( Continua à pág. 95)

Abril de 1953 85
S ão tôdas as Igrejas
verdadeiras ?
Por M ELVIN W E S T E N S K O W

A religião é a coisa mais importan­


te na vida do homem, porque esta vida
é a preparação para a eternidade. Pou­
cas pessoas dão-se ao trabalho de sa­
ber se as coisas em que êles crêem, es­
tão de acôrdo com os ensinamentos de
Cristo. A salvação da alma do homem
deve ser tão importante para o indiví­
duo que êle não deveria confiá-la a
Milhares de pessoas estão em busca da Igreja
outra pessoa, seja ela quem fôr. O há­ Verdadeira.
bito de permitir ao clero pensar sôbre
coisas religiosas e aceitar o que êle diz cando todos os fatos conhecidos para
sem verificar se é verdade ou não, é mui­ provar a verdade. É uma boa prática
to precário. Muitas vêzes quando certas estudar a crença de várias igrejas, para
pessoas falam sôbre religião, logo di­ determinar a razão de suas crenças. Tal
zem, “Terei que consultar meu ministro exame aumentará a evidência da veraci­
sôbre isto”. O homem é responsável por dade de suas próprias convicções, se
seus próprios atos, e, uma vez que seus elas forem verdadeiras. E por outro la­
atos são o resultado de suas convicções do, se suas crenças são erradas, um es­
pessoais, êle deve escolher por si mes­ tudo intensificado, auxiliará a demons­
mo, aquelas coisas que êle julgar ser trar êsse êrro. Seu estudo religioso, caro
necessárias para a sua salvação. Êle é leitor, deve ser feito com a mente aberta
responsável perante Deus, por seus atos no sentido de aprender a verdade, não
e crenças e, embora uma outra pessoa importando onde ela possa ser encon­
o tenha induzido a crer da maneira que trada. Embora estas verdades estejam
êle o faz, tem que responder a Deus em conflito com suas idéias preconce­
por seus atos nesta vida, os quais, em bidas, deve-se ter a capacidade de acei­
sua maioria, resultam de suas convic­ tá-las.
ções. Portanto, o homem deve lutar por A retidão foi certa vez definida co­
si mesmo para conhecer a verdade sô­ mo condizente com os princípios verda­
bre Jesus Cristo e seus ensinamentos, deiros. Antes que um homem possa fa­
para poder reconhecer sua condição. Je­ zer consistentemente o que é direito, é
sus disse, “Conheça a verdade, e a ver­ necessário que êle saiba o que é verda­
dade vos libertará”. João 8:32. Obser­ deiro. Os homens não podem ser salvos
ve que a verdade, não o êrro, libertará enquanto ignorarem os verdadeiros prin­
o homem. Paulo admoestou os Saníos cípios da salvação. Devido a existên­
da igreja primitiva a “ Examinar tudo cia de tantos sistemas religiosos, dife­
e reter o bem” I TESS. 5:21. Esta ad- rentes, no mundo, cada um clamando
moestação serve hoje, tão bem como ser o verdadeiro, e todos êles discor­
serviu há dois mil anos atrás. dando em seus ensinamentos, u’a men­
A fim de que um homem possa for­ te racional, sem influência de seita
mular uma opinião inteligente sôbre ou credo, está propensa a ser desori­
qualquer assunto, religioso ou não, é entada e desencorajada quanto a seus
necessário que êle faça um estudo apli- esforços para encontrar e abraçar a ver­

86 A LIAHONA
dade religiosa. De fato, â confusão en­ dade era tão grande que, de acordo com
tre as igrejas Cristãs hoje em dia, é par­ o Dr. Betts, nenhuma igreja Protestan­
cialmente responsável pela enorme ten­ te, a não ser a Luterana, podia fazer
dência a fugir da religião. Muitas pes­ uma declaração definida de sua crença.
soas que pensam, quando vêem a con­ Quando Jesus organizou sua igre­
fusão nos círculos religiosos em geral, ja, Êle organizou uma só igreja. A gran­
e nas igrejas Cristãs, em particular, for­ de característica daquela igreja era a
maram a opinião de que tôdas as reli­ unidade. Êle tinha tanta vontade de que
giões têm sido concebidas na mente dos aquela unidade persistisse, que no Mon­
homens. te das Oliveiras, um pouco antes de sua
A verdadeira religião, tem que ser crucificação e na hora de seu sofrimen­
fundada sôbre a verdade. Dizer que to mental, Êle orou a seu Pai para que
Deus é autor de tôdas as doutrinas em todos aqueles que cressem nele pudes­
conflito ensinadas sob o nome de Cris- sem ser um, mesmo como Êle e o Pai
tandade, é acusá-lo de inconstância e eram um só. Hoje, depois de dois mil
desatino. anos de Cristandade, em vez de uma
Quando uma igreja declara que uma igreja ensinando uma doutrina unida,
certa doutrina é verdadeira e a outra centenas de igrejas ensinam uma mul­
diz que ela é errada, é ridículo dizer que tiplicidade de credos em conflitos.
ambas estão certas. Deus não é autor A Igreja de Jesus Cristo, deve ser
de confusões. Paulo diz que há “um só baseada na verdade; e uma pessoa ou
Senhor, uma só fé, um só batismo” igreja que ensinar qualquer doutrina
EPH. 4:5. que não seja verdadeira, não é aceitá-

|
Será o clero responsável por suas c o n ­
vicções religiosas e conseqüentes a ç õ e s ?
I ________ _____________
A confusão é causada pelo êrro, não vel perante Deus. O Apóstolo declarou:
pela verdade. Quem então dirá que não “Mas, ainda que nós mesmos ou um
há confusão entre as igrejas cristãs, e anjo do céu vos anuncie outro evange­
quem dirá que não estão em êrro? lho além do que já vos tenho anunciado,
O Dr. George Herbert Betts, da seja anátema”. (Gal. 1 :8-9).
“Northwestern University” de Evans- Uma igreja deve ertsinar as dou­
ton, Illinois, publicou um livro intitula­ trinas que Cristo ensinou ou ficar sujei­
do: “As Crenças de Setencentos Minis­ ta à condenação de Deus. “ Em vão, po­
tros”. O material para êsse livro, foi ob­ rém, me honram, ensinando doutrinas
tido das respostas de aproximadamente que são mandamentos de homens”.
setecentos ministros e estudantes, a um (Marc. 7:7).
questionário do Dr. Betts. Êsse questio­ Êste princípio deve ser aplicado
nário consistia de cincoenta e seis per­ ainda hoje em dia, embora a verdade é
guntas que o Dr. Betts julgou funda­ que Cristo se referia ao povo daquela
mentais à crença cristã. De tôdas as época. A igreja de Deus, deve ser ba­
cincoenta e seis questões apresentadas seada na verdade. O lado afirmativo ou
havia somente uma com a qual todos negativo da mesma questão, não podem
concordavam, e esta era que Deus exis­ ser ambos verdadeiros. Tôdas as igre­
te. Em todos os outros pontos doutri­ jas não podem ensinar a verdade, devi­
nários, houve uma grande diversidade do as doutrinas contraditórias que exis-
de opinião. E o fato é que, mesmo den­
tro de uma denominação, a falta de uni- (Continua à pág. 94)

Abril de 1953 87
A v *\ V

so t' A 2,
•'

o*

Tem esta cidade o seu nome de pécto e estética característicos, deram-


Francisco Fernando Felipe Luiz Maria rfie, acertadamente, o epiteto de Cidade
de Orleans, Príncipe de Joinville, ter­ /ardim.
ceiro filho de Luiz Felipe l.9, rei da É Joinville um grande centro indus­
França. trial, sendo mesmo considerado um dos
Êste príncipe contraiu núpcias em 1 maiores do Sul do Brasil. O seu parque
de maio de 1834 com a princeza Dona industrial é composto de mais ou me­
Francisca, filha de Dom Pedro I, irmã nos 400 fábricas entre grandes, médias
de Dom Pedro II, que nesse tempo che­ e pequenas. As suas principais indús­
fiava o govêrno Imperial Brasileiro. Lo­ trias são as tecelagens e fiações, em nú­
go o govêrno tratou de estabelecer o do­ mero de 16, das quais 14 grandes; as de
te que caberia à princeza que, entre ou­ metalurgia, máquinas e feramentas, em
tros, consistia de uma área de vinte e número de 8, das quais 6 de grande vul­
cinco léguas quadradas de terras situa­ to; engenhos de cereais, engenhos de
das ao norte de Santa Catarina. farinhas diversas; fábricas de massas e
Passados alguns anos, achando-se outros produtos alimentícios; fábrica de
o príncipe em Hamburgo,; Alemanha, foi carretéis, fusos e espulas; cervejarias,
projetada a exploração dêsse terreno, produtos medicinais, olarias e cerâmi­
concedendo favores especiais aos imi­ cas; fábricas de móveis de vime e de
grantes. Em 9 de março de 1851 che­ madeira; usina para o fabrico de açú­
garam os primeiros colonos de Hambur­ car; grandes fábricas de esquadrias pa­
go pela barca “Colon”. Desembarcaram ra construções, etc. etc. Sua produção
nas margens do Rio Cachoeira, onde atinge cêrca de 400 milhões de cruzei­
hoje está situada a progressista cidade ros por ano.
de Joinville. Possúi Joinville cêrca de 25 associa­
Joinville está situada numa altitude ções culturais e 20 deportivas, sendo a
de apenas 7.000 metros, sendo de cli­ Sociedade Ginástica de Joinville, fun­
ma sub-tropical, úmido e quente. dada em 16 de novembro de 1858, a
Pelo Rio Cachoeira, Joinville está li­ mais antiga sociedade no gênero da
gada ao porto marítimo de São Fran­ América do Sul. Joinvile possui também
cisco do Sul. Joinville é uma cidade es­ um moderno e magnífico ginásio para
paçosa, arejada, obedecendo aos mo­ esporte.
dernos preceitos urbanísticos, ruas am­ Outrossim, uma Instituição sui-gene-
plas e confortáveis, onde a nota predo­ ris no Brasil, é o Corpo de Bombeiros
minante são as casas individuais, ajar­ Voluntários que foi fundado em 13 de
dinadas, distanciadas umas das outras
e também da rua. Devido ao seu as- (Continua à pág. 95)

88 A LIAHONA
O que os

Mórmons
creem
: p o r P r e s id e n t e

CHARLES PENROSE

( Continuação do numero
anterior)

A ressurreição de Je­
sus de Nazareth foi o
‘primeiro fruto daque-
es que dormiam”. To­
las as pessoas que res-
oiraram o sôpro da vi­
la serão também le­
vantadas da morte, re­
cebendo seus corpos
outra vez, assim como
Êle recebeu. Mas todos
em sua própria ordem.
Aqueles que seguiram
Cristo pela obediência
ao Seu Evangelho, se­
rão de Cristo em Sua Cristo ressuscitou com o mesmo corpo que foi tomado da cruz
vinda, e serão vivifica- e posto 110 sepulcro.
dos pela Sua Glória
celestial, representada pelo sol. Após um rão colocados em algum grau de glória
lapso de um dia do Senhor — mil anos e adiantamento. Somente, os filhos da
para nós -— o resto dos mortos virá, al­ perdição que negam o Espírito Santo
guns em glória terrestre, representada após tê-lo recebido, que intencional­
pela lua, e outros pela glória celestial, mente corrompem o poder dado a êles
representada pelas estréias em suas di­ para alcançar a mais alta exaltação, e
ferentes magnitudes, o restante em um que derramam sangue inocente, estarão
reino sem qualquer grau de glória. To­ completamente perdidos.
dos serão julgados de acôrdo com suas A gloria daqueles que estão em
obras. Cristo e se tornam co-herdeiros com
Êle podem “herdar tôdas as coisas”, e
0 progresso é a eterna ordem da
seguem e participam com o Filho e o Pai
criação. 0 condenado será punido pelo
Eterno para sempre em suas gloriosas
pecado, enquanto a justiça Divina de­
obras. Êles herdarão a terra quando ela
terminará tanto quanto a severidade co­
for purificada e serão coroados com a
mo quanto a duração do castigo. 0 fim
glória e a presença de Deus. Êles reina­
da punição é a justificação da lei e a
rão como reis e sacerdotes e serão mi-
reforma do transgressor. Eventualmen­
te todos os que podem ser redimidos se­ ( Continua à pág. seguinte)

Abril de 1953 89
( Continuação da pág. anterior)
nistros daqueles de grau inferior de gló­
ria nas mansões eternas.
Esta é a última dispensação. Nela
Israel será reunida, Jerusalém será cons­
truída, e a Palestina será a morada dos
filhos de Judá. Os efeitos de Deus de
tôdas as nações se reunirão em Sião no
Continente Americano. A terra será pu­
rificada da corrupção. O Paraiso flo­ O Livro de Mórmon é a única história escrita
rescerá outra vez, cessará a guerra, pre­ pelos antigos habitantes das Américas, que foi
traduzida até hoje.
valecerá a paz, a inimizade não existirá
entre os homens e os brutos, a maldição
ceitos, ordenanças, Sacerdócio e bên­
será afastada e êste globo será glorifi-
çãos da Igreja no Continente Asiático.
cado, brilhando em sua própria luz atin­
Fala também da apostasia gradual do
gida a perfeição.
povo e as aflições que vieram sôbre êles
O Profeta do século dezenove (Jo­ através da transgressão.
seph Smith) foi guiado pelo anjo de
O Livro de Mormon não toma o
Deus ao local onde os relatos da histó­
lugar da Bíblia, mas é complemento de­
ria dos primeiros habitantes dêste con­
la e colabora e sustenta-a. A Bíblia é o
tinente foram depositados. Êle obteve e
relato das transações de Deus com Seu
traduziu uma parte dêles para a língua
povo do mundo oriental; o Livro de
inglesa. É chamado o Livro de Mormon,
Mormon é o relato de Suas transações
porque o Profeta Mormon fêz um re­
com Seu povo do continente ocidental,
sumo de relatos mais antigos do que os
separado do outro hemisfério, e então
seus próprios, e escreveu-os sôbre pla­
desconhecido para seus habitantes. Jun­
cas metálicas em hieroglifos reformados
tamente com os livros “Doutrinas e
do Egípcio.
Convênios” e “A Pérola de Grande Va­
Aquele livro desde então tem sido
lor”, êles são os padrões da doutrina
traduzido em outras línguas. Êle apre­
e disciplina da Igreja.
senta a história de duas raças; a pri­
A inspiração pelo Espírito Santo
meira, descendente de uma colônia tra­
como foi conferida aos antigos profe­
zida a êste continente na ocasião da dis­
tas Hebreus, é tida como revelação pe­
persão da Torre de Babel; a segunda,
los Santos dos Últimos Dias. Ela trans­
descendente de famílias vindas de Je­
mite a palavra e desejo de Deus. Cada
rusalém seiscentos anos antes da era
pessoa na Igreja é digna dela pe!a sua
cristã, no tempo em que Zedekiah era rei
da Judéia. Relata as guerras, viagens, própria conduta. O Presidente da Igre­
religião, progresso e decadência daque­ ja, que é um profeta, um vidente, e um
las raças — os progenitores dos índios revelador, se torna digno da divina co­
Americanos — e descrevem suas cida­ municação por qualquer dos meios que
des, templos, fortes, etc., e contém um Deus escolhe para êsse fim. Mas a re­
relato da visita de Jesus Cristo a êsté velação não vem pela vontade do ho­
continente, após Sua ressurreição e as- mem. É Deus que revela Sua palavra ao
cenção com particularidades de Seu mi­ tempo e a maneira que Êle escolhe. A
nistério no estabelecimento de Sua Igre­ revelação para tôda a Igreja vem atra­
ja aqui, com os mesmos princípios, pre- vés da chefia unicamente, e assim a or-

90 A LIAHONA
das as coisas são para serem feitas por
Comum consentimento.
Na chefia temos o Profeta, Viden­
te e Revelador juntamente com dois con­
selheiros. Êstes três Sumo-Sacerdotes
dirigentes assim selecionados, formam a
Primeira Presidência, que tem jurisdi­
ção sôbre tôda a Igreja no mundo in­
teiro.
A destruição dos antigos habitantes destas ci­
Depois vem os Doze Apóstolos,
dades maravilhosas é uma grande lição para as formando um corpo igual a Presidência
nações modernas... Leia esta história no Livro em atividade, e tomará o lugar desta por
de Mórmon. morte ou afastamento da chefia. Êles
supervisam os afazeres da Igreja em to­
do o mundo sob a direção da Primeira
dem é preservada e o conflito de dou­
Presidência.
trinas excluído.
Os Patriarcas são Evangelistas e
A doutrina do casamento celestial,
são especialmente ordenados para con­
que é o casamento eterno, é um dos
ferir as bênçãos aos Santos pela impo­
aspectos da fé “Mormon”. Pela autori­
sição das mãos, declarando sua linha­
dade revestida pela chefia da Igreja, o
gem e predizendo acontecimentos nos
que está selado na terra está selado no
quais êles figurarão em tempo e eterni­
céu, e o homem e a mulher unidos sob
dade. Há um Patriarca para tôda a Igre­
aquela autoridade em convênio eterno,
ja, tendo autoridade para abençoar to­
estão unidos para sempre. Assim foi o
dos os seus oficiais e membros desde
casamento de Adão e Eva antes da mor­
os maiores aos menores, possuindo as
te vir pelo pecado. A redenção de Cris­
chaves daquele poder. Existem outros
to restaurou-os ao seu primitivo esta­
Patriarcas que têm autoridade dentro
do, e êles permanecem a frente de sua
das várias estacas de Sião, para as quais
posteridade, imortal, consumada e eter­
êles são indicados e onde êles adminis­
na. Pela obediência e fidelidade as leis
tram as bênçãos selantes.
de Deus, homens e mulheres podem al­
cançar um estado semelhante e gozar fe­ Os Setenta são um corpo de Elders
licidade infinda. “O homem não deve formando um complemento ao Aposto-
estar sem a mulher e nem a mulher deve lado, viajando sob sua direção. Sete dê-
estar sem o homem no Senhor”. A famí­ les presidem êsse corpo. Existem mais
lia, o lar, o parentesco de pais e filhos de duzentos “quorums”, como são cha­
são assim, a base da felicidade presen­ mados, sendo cada um presidido por
te e futura, e o aumento dela sendo per­ sete de seu número e todos sob a dire­
pétuo, tem por conseqüência a glória dos ção dos Primeiros Sete Presidentes.
redimidos, que continuam para sempre Êles formam os principais corpos mis­
habitando na presença de Deus e Seus sionários da Igreja.
Santificados. Os Sumos Sacerdotes e Elders que
não pertencem aos conselhos acima
O govêrno da Igreja de Cristo cen-
mencionados, são oficiais locais para
traliza-se sôbre aqueles que foram indi­ administrações locais, mas podem ser
cados pelos poderes divinos e foram
aceitos pelo corpo da Igreja, na qual tô­ ( Continua à pág. seguinte)

Abril de 1953 91
(Continuação da pág. anterior) regado de uma Paróquia, julga os trans­
gressores e casos de disputas entre os
chamados ao campo missionário, se ne­ membros. É permitido apelar ao Sumo
cessário. Noventa e seis Elders formam Conselho.
um “quorum” que é presidido por três Os membros residentes em uma de­
dêsse número. Existem muitas destas terminada localidade formam uma pa­
organizações. Todos êsses oficiais pos­ róquia. Um certo número de paróquias,
suem o Sacerdócio segundo a ordem de geralmente as que ficam num distrito,
Melquizedeque. formam uma estaca de Sião, presidida
Os Bispos ficam a frente do Sa­ por três Sumos Sacerdotes.
cerdócio Aarônico ou inferior, que é um Um Sumo Conselho, consistente de
complemento do Sacerdócio de Melqui­ doze Sumos Sacerdotes, constitui um tri­
zedeque ou superior. Três dêles formam bunal eclesiástico, ao qual podem ser
a Chefia do Bispado da Igreja. Outros feitos apelos, das decisões das côrtes dos
Bispos têm encargo das paróquias da Bispos. Êsse tribunal é presidido pela
Igreja, e a função do Bispado é a de Presidência da Estaca, que tem jurisdi­
administrar nas temporalidades da Igre­ ção sôbre tôdas as Paróquias e seus ofi­
ja. Quarenta e oito Sacerdotes formam ciais na Estaca. Existem hoje, mais
um “quorum”, que é presidido por um de duzentas dessas Estacas de Sião
Bispo e dois Conselheiros; Vinte e qua­ juntamente com um certo número de
tro Mestres formam um “quorum”, pre­ distritos e organizações missionárias.
sidido por três de seu número; e doze Uma decisão do Sumo Conselho, está
Diáconos formam um “quorum” presi­ sujeita a ser considerada pela Presidên­
dido por três de seu número, e constitui cia da Igreja.
o resto das organizações do Sacerdócio Todos os oficiais da Igreja, apre-
inferior. Êles existem em tôdas as Paró­ sentam-se duas vêzes ao ano perante o
quias e estão sob a direção dos respec­ corpo da Igreja para a sua aceitação ou
tivos Bispados. rejeição. As autoridades das Estacas e
Os Apóstolos, Patriarcas, Setentas, Paróquias estão, periodicamente, sujei­
Sumos Sacerdotes e Elders, podem pre­ tas a semelhante regulamento. Todos
gar, batizar e impor as mãos para o servem sem salários. As pessoas devo­
dom do Espírito Santo e realizar qual­ tadas inteiramente ao serviço da Igreja
quer dever do Sacerdócio Aarônico, con­ são sustentadas, ou parcialmente sus­
tanto que o superior inclua o inferior. tentadas, de acôrdo com suas necessi­
Os Sacerdotes Aarônicos podem pregar, dades, com os fundos da Igreja. Os
ensinar e batizar para a remissão dos missionários não têm estipêndios, mas
pecados, mas não podem conferir o Es­ viajam “sem bolsa ou donativos”, quer
pírito Santo pela imposição das mãos. pagando suas próprias despesas quer
Os Mestres visitam os membros e veri­ dependendo de amigos que o Senhor le­
ficam se não existe nenhuma iniqüidade vanta em seu auxílio.
combatida pela Igreja. Os Diáconos A renda da Igreja é derivada dos
atendem aos deveres temporais sob a dízimos. O dízimo é um décimo dos ju ­
orientação dos Bispos. ros ou lucros de um membro em cada
Um Bispo deve ser um descenden­ ano. É uma oferta feita de livre vonta­
te lineal de Áaron, e na falta dessa des­ de, e não uma taxa. Os templos, igre­
cendência, é escolhido um Sumo Sacer­ jas, etc., são construídos e mantidos pelo
dote e êle é ordenado para aquele ofí­ dízimo, e grandes quantias são gastas
cio. Juntamente com dois conselheiros, para o sustento do pobre e em benefício
também Sumos Sacerdotes, êle é encar­ de novos estabelecimentos.

92 A LIAHONA
visão de pessôa mais idosã, e têm a fi­
nalidade de treiná-las nos princípios do
Evangelho e conduta moral.
Existem Escolas Dominicais em tô­
das as Paróquias e Estacas de Sião liga­
das à União das Escolas Dominicais, e
tôdas são perfeitamente organizadas e
habilmente dirigidas.
Aos membros da Igreja são pro­
porcionadas diversões sob a direção de
comitês indicados pela Igreja ou auto­
ridades da Paróquia. A música é de uso
universal, tanto a vocal como a instru­
mental, e é praticada assiduamente.
A educação é um fator primordial
no sistema da Igreja, e as Academias e
Faculdades são mantidas de acôrdo cojti
os fundos disponíveis. Tôda a verdade
é reconhecida como Divina e um pro­
vérbio admitido é: “A glória de Deus
Na Verdadeira Igreja de Jesus Cristo, os lide­
res são sempre apoiados pelo voto comum do
é inteligência.”
povo. (Veja Atos 1 :26). O sistema de escolas públicas é se­
No primeiro Domingo de cada mês parado e aparte das escolas da Igreja,
tem lugar o jejum, e a quantia econo­ e está inteiramente sob a direção do Es­
mizada nesse jejum, é doada aos po­ tado, não sendo permitido nenhum ensi­
bres. Os Bispos tem a seu encargo os namento doutrinai ou sectário nelas.
necessitados e fiscalizam para que nada Êsse sistema é mantido pelos impostos.
lhes falte. O grande princípio característico
As Sociedades de Socorros, com­ do “Mormonismo” entre as denomina­
postas de mulheres, são corpos auxilia- ções “Cristãs” é sua pretensão de ori­
res organizados que também ajudam os gem divina direta.
pobres, velhos, aflitos e auxiliam a pre­ Um princípio fundamental da fé
parar os mortos para os funerais. Elas “Mormon” é a contínua e presente reve­
promovem reuniões próprias para ins­ lação de Deus à Igreja através de seus
trução quanto ao trabalho e adianta­ dirigentes terrestres, e à cada membro
mento intelectual, moral e espiritual das que a procura, em seu próprio benefí­
mulheres. cio e conduta. A autoridade Divina está
As moças e também os rapazes associada à ela.
mais jovens, são organizados em Asso­ A Igreja é, literalmente, a Igreja
ciações de Melhoramento Mútuo, que de Cristo, porque Êle a estabeleceu por
êles mesmos dirigem separadamente, comunicação pessoal e a guia por pre­
mas que algumas vêzes se reunem em sente revelação e inspiração, e seus mi­
sessão conjunta. nistros recebem suas comissões pela Siia
direção. O Espírito Santo está na Igre-
As Associações Primárias, são or­
ganizadas para as crianças sob a super­ (Continua à pág. seguinte)

Abril de 1953 93
N O V O S M I S S I O N Á R I O S

D O N A L D CALL D E L W O R T H K. Y O U N G
Mesa, Arizona Salt Lake City, Utah

O Que Os Mórmons Crêem o direito de dar testemunho de Deus e


de sua verdade, e nisto está seu poder,
( Continuação da pág. anterior)
unidade e força vital.
ja e, com a Igreja, exatamente como na Êle não entra em conflito exceto
Igreja primitiva e os antigos profetas. quando há êrro. Não é contra qualquer
Assim, o que é comumente deno­ nação, seita ou sociedade. Não exerce
minado “Mormonismo” é para os seus violência. É o Evangelho e Igreja e au­
discípulos, propriamente a obra de toridade de Jesus Cristo, restaurado na
Deus: originando com Êle e desenvolvi­ terra para os últimos dias e para os últi­
do e promulgado sob Seus mandos e mos tempos, e portanto, êle triunfará e
pelos Seus poderes, em conseqüência, inundará o mundo com luz e verdade.
êle habitará e prevalescerá, e dominará As trevas fugiião e Satanás será sub­
tôda a oposição e se espalhará sôbre tô­ jugado e os reinados dêste mundo tor-
da a terra, preparando o caminho para nar-se-ão o reinado de nosso Deus e Seu
o segundo advento do Messias e a re­ Cristo, e Êle reinará sôbre todo o globo
denção e regeneração da terra. Tôda redimido para todo o sempre.
alma que o recebo com sinceridade tem Trad. de Geraldo Tressoldi

Tôdas as Igrejas são verdadeiras de adorar segundo os ditames de sua


( Cont. da página 87) própria consciência, adorar como ou o
tem entre elas. Elas tôdas não podem que quizer. A única influência justa que
ser reconhecidas por Deus. uma pessoa pode exercer sôbre outra
A Igreja de Jesus Cristo dos San­ no tocante à religião é a de persuação
tos dos Últimos Dias, ensina que o ho­ amigável e pacífica. Seja qual fôr a
mem tem direito às suas próprias con­ crença do homem,a verdade permanece
vicções religiosas e deve ter o privilégio imutável.

94 A LIAHONA
Éfowodic& uéí4~>

A metade do custo total do Hosp'.tal Mcmmorial que a Associação Primária aca­


bou de levantar na cidade de Salt Lake, Utah, foi pago com as contribuições de
moedas dos meninos da associação.

Segundo as estatísticas de 1950, dps 635.672 membros da Igreja de idade


escolar, 88,8% completaram 8 ou mais anos de estudos.

Como Fazer Pão Joinvile


( Cont. da página 85) (Cont. da página 88)
pelo menos dirante 3 horas antes de fa­ julho de 1892, que até hoje teve a opor­
tunidade de demonstrar sua eficiência
zer o pão. Leva-se muito tempo para
em mais de 70 incêndios.
misturar o farelo na farinha, pois isto Com referência ao movimento religio­
é essencial para se fazer o bom pão. O so, foi a igreja Lutherana iniciada em
farelo, de natureza, é pouco solúvel na 1851, seguindo mais tarde outras Con­
água. O ato de amaciá-lo pelo menos gregações religiosas, até que em 1932
chegaram a esta cidade os primeiros
durante umas 3 horas, assegurará um
Missionários da Igreja de Jesus Cristo
pão mais úmido que não se azeda e dos Santos dos Últimos Dias, os quais
não esfarela. nesse mesmo ano adquiriram uma pro­
Nota — 1 xícara de farinha de soja priedade na Rua Max Colin, 426, onde
até hoje trabalham para o progresso da
e/ou 1/2 xícara de germe de trigo po­
Igreja e espalham o Evangelho Restau­
de substituir parte da farinha. rado de Cristo.

Abril de 1953 90
Uma simples wtrdade
Um a mensagem de simples verdade, quando enviado de
Deus — publicada por autoridade divina, através de homens di­
vinamente inspirados, penetra a mente como uma afiada espa­
da de dois gumes, corta a base de preconceitos enraizados e os
suportes de ferro de erros e tradições antigas feitas sagradas
pela idade e popularizadas pela sabedoria humana.

Separa com imutável exatidão a verdade e a falsidade — a


doutrina de Cristo e a doutrina de homens ; rebate com a mais
perfeita segurança, todos os argumentos que o conhecimento hu­
mano possa levantar contra ela.

Opiniões, credos inventados por homens não inspirados, e


doutrinas originadas em escolas de divindade, tudo desparecc
como a neblina da manhã ; tudo afunda na insignificancia quan­
do comparado com uma mensagem direta dos céus.

PROGRAMAS DE RADIO
Está ouvindo o mundialmente famoso Côro e Órgão da Cidade de Lago
Salgado cada semana? Pode ouvi-lo nas seguintes estações:
Porto Alegre — Quartas-feiras às 8 horas — PRF-9, Rádio Difusora
Curitiba —- Domingo às 19,15 horas — ZYM-5, Rádio Guairaçá
Ribeirão Preto — Domingos às 19,30 horas — PRA-7, Rádio Emissora
Santos — Domingos às 19,00 horas — PRB-4, Rádio Clube de Santos
Rio Claro — Segu ndas-feiras às 21,15 horas — PRF-2, Rádio Clube de Rio Claro
Campinas — Segundas-feiras às 20,40 horas — ZYY-3, Rádio Brasil
Baurú — Segundas-feiras às 20 horas — PRG-8, Rádio Clube de Baurú
São Paulo — Sábados às 10,15 horas — PRE-4, Rádio Cultura

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