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Atividade 1 - A importância da inclusão escolar de crianças com deficiência

Inclusão educativa significa garantir que as crianças socialmente excluídas tenham


pleno direito de frequentar uma escola regular e de serem incluídas. É uma violação a uma
instituição de ensino negar o acesso a uma criança com deficiência, mas é importante
ressaltar que a inclusão não inclui aceitar um aluno, colocá-lo entre outros e esperar que ele
se adapte: a escola deve se adaptar a esse aluno.
As instituições de ensino devem estar preparadas para prestar apoio especializado às
crianças com deficiência, o que não significa praticar o ensino especializado e atender essa
população em salas de aula separadas que incluam apenas elas. Isto também é ilegal e vai
claramente contra o conceito de inclusão. Acolher os alunos com deficiência exige preparo
por parte do corpo docente, que muitas vezes terá que desenvolver atividades específicas e
adaptadas às capacidades da criança que receberá em sala de aula. Se necessário, devemos
oferecer também cursos de enriquecimento para que os alunos possam acelerar o seu
desenvolvimento, e o apoio de profissionais adjuntos também pode ser vital para garantir que
esse processo ocorra bem. É importante lembrar que, no âmbito do Estatuto da Deficiência,
as escolas estão proibidas de cobrar taxas adicionais para implantar recursos de
acessibilidade, as escolas são obrigadas a fornecê-las.

Além da situação das pessoas com deficiência, existe um histórico jurídico nacional
que aborda a questão da inclusão educacional e que vale a pena consultar. Contudo, é
importante pensar em como uma instituição de ensino pode aplicar melhor esta lei. As
escolas que promovem eficazmente a inclusão de crianças com deficiência não só lhes
proporcionam oportunidades de acesso aos conteúdos curriculares e de socialização, mas,
dependendo do nível de participação, também podem contribuir para o desenvolvimento das
crianças, uma vez que seres humanos autónomos, famílias e outros profissionais monitoram o
desenvolvimento da criança. A utilização de recursos terapêuticos, como um body que ajuda
a criança a sentar-se com outra pessoa para fazer uma atividade, um copo especializado que
ajuda a criança a beber sozinha ou mesmo um acessório que ajuda a criança a segurar objetos
pode demorar.

Além de promover o desenvolvimento do caráter, a escola é uma ferramenta social muito


importante que promove a socialização, constrói relações pessoais fora da família e ensina as
crianças a conviver com a diversidade. Além de disciplinas como matemática e ciências, o
Currículo Nacional Comum (BNCC) oferece uma série de competências a serem promovidas
nos alunos do ensino fundamental, incluindo empatia, colaboração, responsabilidade e
cidadania. Portanto, não é difícil concluir que as crianças neurotípicas se beneficiam apenas
do contato com alunos com deficiência em sala de aula.
Hoje, infelizmente, ainda é muito comum a ideia de que é do interesse público incluir
pessoas com deficiência nos ambientes escolares, e muitas instituições o fazem para cumprir
a lei. Mas a inclusão merece uma cara nova, não só nas escolas, mas também nos pais de
crianças neurotípicas que terão a oportunidade de conviver com crianças inclusivas e
aprender muito com essa relação. A ideia de que apenas as crianças com deficiência
beneficiam deste processo é completamente errada. Todas as crianças beneficiam porque
aprendem lições fundamentais das suas interações com os seus pares e aprendem
competências extremamente importantes, como tolerância, respeito, dignidade, empatia e
unidade. Eles têm a oportunidade desde cedo de aprender que existem diferenças, que todos
são diferentes e que é muito possível conviver com essas diferenças. Desta forma, estamos a
criar uma nova geração que terá um enorme impacto no processo de admissão num futuro
próximo. Estamos mudando a cultura.

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