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Tópicos Especiais em Marcadores Sociais da Diferença

2º semestre de 2023

Professore Responsável: Profe. Dre. Silvana de Souza Nascimento/ Depto. de


Antropologia/FFLCH/USP.

Monitora: Gabriela M. Bacelar Rodrigues - gabrielabacelar@usp.br

Objetivos: O curso pretende apresentar teorias das ciências sociais e humanas que se
debruçam sobre a perspectiva interseccional e os marcadores sociais da diferença. Visa
oferecer um panorama dos principais debates e questões trabalhados por autories
nacionais e internacionais, com destaque para o pensamento feminista negro e
transfeminista. A proposta será discutir obras produzidas a partir dos anos 60 e 70 até
hoje com o intuito de dar visibilidade ao protagonismo de mulheres negras, não-brancas
e pessoas LGBQIA+ na produção de conhecimento sobre estudos pós-coloniais,
diáspora, desigualdades de gênero, raça e classe, sexualidades, corporalidades, trânsitos
e mobilidades, entre outros temas.
Ementa: Interseccionalidade; marcadores sociais da diferença; feminismos negros e
latino-americanos, transfeminismos e estudos trans; corpo e diferença; sexo, gênero e
sexualidade; gênero e raça
Métodos utilizados: aulas expositivas, leituras dirigidas, filmes e debates
Critérios de avaliação: Um ensaio ou artigo a ser entregue no final do curso sobre uma
questão trabalhada pelos textos e autories do programa (máximo 5 páginas, times new
roman, tamanho 12, espaçamento 1,5, incluindo referências bibliográficas)
Norma de Recuperação: Prova escrita sobre todo o conteúdo do curso (bibliografia
obrigatória, aulas expositivas, filmes). A nota final será constituída pela nota obtida na
prova de recuperação + média obtida em primeira avaliação / 2.
Data da recuperação: a definir

Cronograma, bibliografia e conteúdo

1ª aula - 10 de agosto – Apresentação do curso e das pessoas


2ª aula – 17 de agosto – Genealogias do colonialismo
Leitura obrigatória
MCCLINTOK, Anne. Couro imperial. Raça, gênero e sexualidade no embate colonial.
Campinas: ed. Unicamp. 2010. Introdução e cap. 1
Leitura complementar:
QUIJANO, Anibal. A colonialidade do poder: eurocentrismo e América Latina. In A
colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: CLACSOI,
2005.

3ª aula – 24 de agosto - Genealogias do colonialismo


Leitura obrigatória
MCCLINTOK, Anne. Couro imperial. Raça, gênero e sexualidade no embate colonial.
Campinas: ed. Unicamp. 2010. Cap. 2 e 3.
Leitura complementar:
LUGONES, Maria. Colonialidade e gênero. In. Holanda, Heloísa Buarque de.
Pensamento feminista hoje – perspectiva decoloniais, São Paulo: Bazar do Tempo,

4ª aula – 31 de agosto – Racismos e sexismos


GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afrolatinoameriano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
Capítulos: Racismo e sexismo na cultura brasileira, Mulher negra, A categoria político-
cultural da amefricanidade, Por um feminismo afro-latino-americano, Nanny: pilar da
amefricanidade, A mulher negra no Brasil.
CARNEIRO, Sueli. Escritos de uma vida. Belo Horizonte: Letramento, 2018. Capítulos:
Mulher negra, O poder feminino no culto aos orixás, Gênero, raça e ascensão social,
Tempo feminino, Gênero e raça na sociedade brasileira, Mulheres em movimento.
Leitura complementar:
RATTS, Alex; RIOS, Flávia. Lélia Gonzalez. São Paulo: Selo Negro, 2010
WERNECK, J. Nossos passos vêm de longe!. Colloque International Genre. Vents D’Est,
Vents D’Ouest – mouvements de femmes et féminismes anticoloniaux. Genebra, 2008.

4 a 8 de setembro - Semana de pátria – Não tem aula

5ª aula – 14 de setembro - Mulheres, raça e classe


Leitura obrigatória
Manifesto do Coletivo Combahee River
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. SP: Boitempo, 2016. Capítulos 1, 2,3,4 e 5.

Leitura complementar:
COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro, SP: Boi tempo, 2019. Cap. 3
6ª aula – 21 de setembro – Sexo, raça, gênero e sexualidade
Leitura obrigatória:

FIGUEIREDO, Ângela. Carta de uma ex-mulata à Judith Butler. Periódicus, n.3, v. 1,


mai./out. 2005. p. 152-169.

STOLCKE, Verena ¿Es el sexo para el género lo que la raza para la etnicidad y la
naturaleza para la sociedad? Política y Cultura, núm. 14, 2000, pp. 25-60

PINHO, Osmundo. Relações raciais e sexualidade. In: PINHO, O.; SANSONE, L. (Org.).
Raça: novas perspectivas antropológicas. Salvador: EDUFBA, 2008. p. 257-293.

Leitura complementar:
FIGUEIREDO, Angela. Gênero: dialogando com os estudos de gênero e raça no Brasil.
In: PINHO, A. O.; SANSONE, L. (Org.). Raça: novas perspectivas antropológicas.
Salvador: EDUFBA, 2008. p. 237-255.

NASCIMENTO, Beatriz. A mulher negra e o amor in HOLANDA, Heloisa Buarque (org.)


Pensamento feminista brasileiro – formação e contexto, Rio de Janeiro, Bazar do
Tempo, 2019.

7ª aula – 28 de setembro – Gênero e Colorismo - definir tema e textos

8ª aula – 5 de outubro – Perspectivas etnográficas


Leitura obrigatória:
DAS, Veena. Vidas e palavras – a violência e sua descida ao ordinário. São Paulo:
Unifesp, 2020. Capítulos 1 e 2

MAHMOOD, Saba. Teoria feminista, agência e sujeito liberatório: algumas reflexões


sobre o revivalismo islâmico no Egito. Etnográfica. Vol 23 (1). 2019.

Leitura complementar:
CORREA, Otávio Amara. A Transexualidade como Terceiro Sexo e a Divindade às hijras:
religião, violência e Estado. Revista Brasileira de Estudos da Homocultura. Vol. 3, n.10,
2020. file:///C:/Users/simpl/Downloads/10704-Texto%20do%20Artigo-44795-1-10-
20201230.pdf

Feriado – 12.10
9ª aula – 19 de outubro – Perspectivas e escritas fronteiriças
Leitura obrigatória:

ANZALDÚA, Gloria. Borderlands/La frontera. The new mestiza. São Francisco/EUA:


Aunt Luke Books, 2012 (25ª edição). Artigo em português “A consciência mestiça”

ABU-LUGHOD, Lila. As mulheres muçulmanas precisam realmente de salvação?


Reflexões antropológicas sobre o relativismo cultural e seus Outros. Estudos
Feministas. Vol. 20, n.2. 2012

Leitura complementar
ANZALDÚA, Gloria “Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do
terceiro mundo”. Revista Estudos Feministas, v. 8, n.1, 2000.

10ª aula – 26 de outubro – Interseccionalidade


CRENSHAW, Kimberlé. A Interseccionalidade na Discriminação de Raça e Gênero. In: VV.AA.
Cruzamento: raça e gênero. Brasília: Unifem, 2004. http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-
content/uploads/2012/09/Kimberle-Crenshaw.pdf

BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. Cad. Pagu [online]. 2006, n.26, pp.329-376.
ISSN 1809-4449.http://www.scielo.br/pdf/cpa/n26/30396.pdf

Leitura complementar
RIOS, Flavia e MACIEL, Regimeire, “Feminismo Negro Brasileiro em Três Tempos: Mulheres
Negras, Negras Jovens Feministas e Feministas Interseccionais”. Revista Labrys, 2018.
https://www.labrys.net.br/labrys31/black/flavia.htm

Feriado - Finados
11ª aula – 9 de novembro – Interseccionalidade
Leitura obrigatória:
COLLINS, Patricia Hill e BILBE, Sirma. Interseccionalidade. SP: Boitempo, 2021.
Capítulos a definir
COLLINS, Patricia Hill. Aprendendo com a outsider whithin: a significação sociológica do
pensamento feminista negro. Revista Sociedade e Estado, Volume 31, Número 1
Janeiro/Abril 2016, pp.99-127.

Leitura complementar
SANCHEZ, Beatriz. De volta às origens: mapeando os caminhos percorridos pelo
conceito de interseccionalidade Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política, v. 31,
n. 3, 2022, p. 50-68. ISSN 2236-0107.

12ª aula – 16 de novembro – Quem pode falar?


Leitura obrigatória:
Kilomba, Grada. Memórias da plantação. Episódios de racismo cotidiano. RJ, Cobogó,
2019. Caps. 1 a 4

MOMBAÇA, Jota. (2015) “Pode um cu mestiço falar?”.


https://jotamombaca.com/texts-textos/pode-um-cu-mestico-falar/

Leitura complementar:
SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: UFMG, 2010

13ª aula – 23 de novembro – Transfeminismos negros


JESUS, Jaqueline Gomes de. Feminismos contemporâneos e interseccionalidades.
REBEH, v. 1, n. 1, p. 5-24, 2018.
NASCIMENTO, Leticia. Transfeminismo. São Paulo: Jandaíra, 2021. (Coleção
Feminismos Plurais.)

Leitura complementar:
VERGUEIRO, Viviane. (2016) “Pensando a cisgeneridade como crítica decolonial”. In:
MESSEDER, S., CASTRO, M.G., and MOUTINHO, L., orgs. Enlaçando sexualidades: uma
tessitura interdisciplinar no reino das sexualidades e das relações de gênero.
Salvador: EDUFBA. http://books.scielo.org/id/mg3c9/pdf/messeder-9788523218669-
14.pdf

NASCIMENTO, Silvana. Epsitemologias transfeministas negras: perspectivas e desafios


para mulheridades múltiplas. Estudos Históricos. Vol. 35, n. 77, 2022.

14ª aula - 30 de novembro – Apresentação de pesquisas de pessoas convidadas e


entrega dos trabalhos finais
15ª aula – 7 de dezembro - Apresentação de pesquisas de pessoas convidadas

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