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Padê de Exu
Exu, além de receber uma parte do sacrifício dedicado aos outros orixás, pode ser
diretamente reverenciado por meio de ritos próprios.
Na tradição nagô o padê ou ipadê é o seu rito por excelência. O termo em
português, parece ter derivado das palavras iorubas pàdé (verbo que significa o ato de
encontrar, deparar, reunir-se) e ìpàdé (substantivo que designa encontro, contato,
reunião, festa)1. O objetivo principal da cerimônia é acionar Exu para que atue no
gerenciamento do fluxo entre os mundos, pessoas, entidades, estados das coisas,
substâncias, elementos etc. Os envolvidos no ritual pretendem, com o auxílio de Exu,
estabelecer continuidades entre termos discretos – leste/oeste, norte/sul, baixo/alto,
visível (aiye)/invisível (orun), homens/orixás, antepassados/descendentes,
vivos/mortos etc. – ou descontinuidades entre termos cuja proximidade pode significar
contaminação e perigo – vida/morte, saúde/doença, cuidado/abandono,
fortuna/infortúnio. Por este motivo, o padê é realizado em momentos cruciais, após as
cerimônias de sacrifício animal (orô), antes das festas públicas quando os orixás são
invocados por meio dos toques dos atabaques, dança, cantigas, louvações etc., nos ritos
funerários e assim por diante.
O padê, conhecido também por “despacho de Exu”, adquire, com esta designação,
um duplo sentido: enviar (despachar) o orixá mensageiro para “correr o mundo” e ativar
as energias benéficas em favor dos homens, inclusive exortando os demais orixás a
comparecerem à festa, ou evitar (despachar, mandar embora) a possível insatisfação de
Exu, caso os ritos de abertura desse encontro (que é, no fundo, o objetivo de uma festa
pública de candomblé) não louvassem em primeiro lugar o próprio “Senhor dos
encontros”. No primeiro caso, Exu atua como o despachante e, no segundo, Exu (e sua
1
Abraham, 1962, p.311,540; Fonseca Jr, 1983, p.201, 341; Napoleão, 2011, p.115, 179; Beniste, 2011a,
p.381, 632.
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2
Na Regla Ochá (Santeria) de Cuba, ritos de Exu são normalmente realizados após as festas em
homenagem aos orixás, mostrando que, seja antes ou depois da festa, sua realização é obrigatória.
3
Trata-se aqui de uma descrição genérica do padê. Certamente que existem variações em relação à
composição e quantidade destes elementos, segundo as especifidades de cada terreiro ou tradição
religiosa.
3
pouco4.
O gosto pelas comidas consideradas “quentes”, isto é, preparadas com azeite de
dendê, é extensivo à maioria dos orixás, com exceção daqueles associados à criação
(funfun), como Oxalá, que só recebem oferendas consideradas “frias”, com “azeite
doce” (azeite de oliva) 5. A importância do dendê na culinária sagrada do candomblé e
desta na mobilização de energia vital e identidade social do povo de santo explica por
que os praticantes da religião também são conhecidos por “povo do azeite” ou “gente
do dendê” (Souza Junior, 1997, p.132). Como afirma o babalorixá Francisco da Oxum de
São Paulo:
Quem não é capaz de dizer um ofó [recitário] com um pouco de dendê na mão esquerda, ou para
Exu ou para Ogum, e depois engolir aquele dendê e ir buscar e receber é porque não é do axé. Porque
epô é axé! Ele é o começo. Ele é tão o começo que até Oxalá temeu ele” (apud Souza Junior, 1997, p.132)
4
Sobre as comidas de santo (para Exu e outros orixás), veja, entre outros, Bastide, 1950; Lody, 1979;
Querino, 1938; Regis, 2010; Ribeiro, s/d; Souza Junior, 1997 e 1999 e Varela, 1972.
5
Trata-se de uma referência ao mito em que Exu, por não ter recebido o sacrifício devido de Oxalá, faz
este se embriagar com vinho e ficar impossibilitado de realizar a tarefa de criar o mundo. Com isso tem
início a proibição de Oxalá de ingerir bebidas e comidas “quentes” (álcool, pimentas e azeite de dendê),
preferidas de Exu. Veja MITOS 57 e MITO 88.
4
liberam um grande axé tornando as palavras emitidas puras (porque limpa o hálito),
fortes, convincentes e dinâmicas. “Quem mastigar os grãos desta pimenta e puder falar,
é capaz de conseguir tudo que quer” (Barros, 2011, p.80).
Da mesma forma, as folhas consagradas a Exu também são aquelas consideradas
“quentes” ou “folhas do fogo” (ewé inón), em geral urticantes, algumas ruinosas e
provenientes de plantas que possuem acúleos (estruturas pontiagudas e rígidas) ou
espinhos. Nesse caso, a forma da folha ou as substâncias que contêm indicam seu poder
de ataque e defesa, pois são folhas que causam intoxicação quando ingeridas ou
perfurações e irritações na pele (queimaduras) quando tocadas. Podem ainda estar
relacionadas a alteração do estado de consciência6.
Entre as folhas mais usuais estão: alfavaca, aroeira, arrebenta cavalo de espinho,
arrebenta cavalo ou juá vermelho (elexu), arruda, bate testa, beldroega roxa, cansanção,
carrapateira (mamona roxa), chapéu turco, comigo-ninguém-pode, corredeira
(fálákàlá), facheiro preto, fedegoso, figo do inferno, figueira, folha da fortuna roxa, folha
de fogo, guararema (pau d'alho), jamelão, jurema preta, jurubeba, maconha (diamba),
malvarisco, mamona, mangueira, mato pasto, olho de cabra, olho de gato, palmatória
do diabo, papoula roxa, papoula vermelha, pau-de-cunanã, perpétua (èkèlegbárá),
picão-preto ou carrapicho, pinhão roxo, pó de mico, roda de Exu (urtiga mansa - sem
pelo), tiririca (dandá/làbélàbé), urtiga brava (com pelo), urtiga-branca (èsísí), urtiga-
vermelha (jojòfà), urtiga-miúda (kã-kã), urtiga-graúda, vassourinha de relógio,
vassourinha preta, xique-xique (cacto)7.
Como se percebe, os nomes e as características destas folhas fazem referência aos
atributos de Exu, tais como: elemento regente (folha de fogo); poder desafiador, de
ataque e de punição (comigo-ninguém-pode, arrebenta cavalo, bate testa, palmatória);
poder benefíco (fortuna), cores preferenciais (preto, vermelho, roxo); animais sacrificiais
(cabra, gato); aspectos míticos (chapéu, olho); ação perfurante, de provocar secção ou
6
O mesmo se aplica aos diversos tipos de bebidas alcoólicas ofertadas a Exu, pois estas também derivam
de plantas destiladas ou fermentadas.
7
Esta lista reúne informações obtidas em pesquisa bibliográfica e de campo. Em ambos os casos não foi
realizada uma identificação botânica das espécies vegetais em relação aos nomes populares encontrados.
Os termos entre parênteses são de origem ioruba e usados nos terreiros desta tradição para identificar as
folhas, segundo Barros, 1993, p.104; Outras referências: Cossard, 2008, p.138; Barros, 2011; Voeks, 1977;
Serra et alii, 2002; Santos e Peixoto, 2014.
5
Exu Agbo
8
Obi (Cola acuminata) é um fruto composto por quatro gomos que se dá como oferenda aos orixás e com
a qual se pode fazer um jogo divinatório de acordo com a queda destas partes no chão.
9
Beata de Yemonjá, 1997, p.101 (MITO 42).
10
“Mo jubá” provavel expressão de origem ioruba (mo júbà) significando: “eu te saúdo” ou “eu apresento
meus respeitos”.
6
Abgo mo jubá
Egbara Agbo
Agbo mo jubá
Elegbara Exu Lonã
Bara Obebe
Tiriri Lonã
Exu Tiriri
Bara Obebe
Tiriri Lonã
11
Há religiosos que prefererem chamar este tipo de “ipadê” para diferenciá-lo do anterior (“padê”). Adotei
aqui o segundo termo para ambas as versões por considerá-lo mais comum entre os praticantes e por
entender que a estrutura básica do rito se mantém, apesar das diferenças de complexidade litúrgica e de
entidades invocadas.
12
Não abordarei o padê no contexto das cerimônias fúnebres pois apesar de apresentar algumas
diferenças litúrgicas (é realizado à noite, os atabaques são substituídos por meias-cabaças etc.) sua
principal finalidade se mantém: invocar Exu para atuar como intermediário na condução do espírito do
morto com a ajuda de outras entidades associadas ao ciclo da vida e da morte.
13
Èsás em ioruba.
14
Sobre o culto às Iyami Oxorongá, veja Verger, 1994, p.13.
7
15
Trata-se do Ilê Afro-Brasileiro Ode Lorecy localizado em Embu das Artes, São Paulo. Foi fundado por
Leopoldino Alves Campos Sobrinho (Pai Leo ou Baba Ogundare). Segue a tradição queto, porém com
8
modificações introduzidas decorrentes de intercâmbios com sacerdotes nigerianos do culto de Ifá, no qual
Baba Ogundaré se inicou. A descrição apresentada baseia-se na observação pessoal dos rituais, nas
entrevistas com o sacerdote e sua comunidade e no material impresso das cantigas disponibilizado e
reproduzido aqui. Foi preservado a grafia ioruba e a tradução das cantigas tal como foi registrada por Baba
Ogundare.
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Este ato é uma espécie de abertura utilizado em várias cerimônias do candomblé. Com ele se está
invocando a força dos orixás. Vale lembrar que a espiral formada pelos dedos cerrados é um elemento
representativo do dinamismo de Exu.
9
babalorixá inicia uma série de três cânticos acompanhado pelos atabaques. Cada estrofe
é respondida em coro pelos presentes em forma de canto responsorial:
Estas cantigas invocam Exu Ina (Senhor do Fogo) a quem o ritual é dirigido
inicialmente. Durante a execução, a iyamoro, sentada no chão, derrama na cabaça,
nessa ordem, um pouco de água e de azeite de dendê. Em seguida lança com a mão
direita três porções de farinha de mandioca. Gira a cabaça por três vezes em sentido
anti-horário para misturar os elementos. Enquanto isso, duas mulheres dançam a sua
frente, a iyadagã e a iyagbalé 17. A iyamoro oferece a cabaça à iyadagã que se aproxima,
dá-lhe as costas e nessa posição segura a cabaça com a mão direita posicionada atrás do
corpo. Sempre dançando e mantendo a cabaça atrás de si para não ver o seu conteúdo,
as duas mulheres se dirigem com passos rápidos e cadenciados (como se estivessem
correndo) ao altar de Iyami Oxorongá localizado no lado externo do barracão ao pé de
uma jaqueira que é cercada por um muro no qual há uma placa com uma saudação
(oriki) escrita em ioruba e português:
Iba ìyá mi Osorongá ókóró niyé Salve minha mãe feiticeira que sabe muito
Ìyá mi àbèní eléyinjú egé Mãe a quem imploro – dona de belas pupilas
Olókìkí òru ará Orífin ará odò Obà Senhora da noite vinda de Orifin e do rio Obà
A pani má hàágun Mata sem preocupar-se com herança
17
Neste terreiro é a iyamoro que prepara as oferendas enquanto a iyadagã as leva. O mais usual é o
contrário.
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barracão ou pelo portão do altar de Iyami Oxorongá, dão as costas e giram o corpo no
sentido anti-horário. Segundo Baba Ogundaré: “Em todo o culto, entra-se de costas,
porque você está entrando num mundo que é diferente do nosso, então nunca se entra
de frente, sempre de costas” (Entrevista, 2013). Três oferendas são entregues às mães
feiticeiras seguindo os mesmos procedimentos.
O início do padê, dedicado a Exu Iná, Senhor do fogo, indica a transformação que
se pretende com o ritual: da mesma forma que a ação do fogo transforma o estado dos
elementos submetidos a ele, é preciso que as oferendas sejam “transformadas” e
retornem em forma de proteção e não de destruição. Considera-se que a trasformação
pelo fogo apresenta um perigo imanente, pois se não for bem conduzida, por meio das
técnicas e conhecimentos rituais apropriados, pode levar ao resultado oposto do
pretendido. O fogo pode transformar um alimento cru em cozido, mas também pode
queimá-lo. Uma ação ritual que o utilize visando proteger o mundo pode acabar
destruindo-o. É preciso que Exu assim como o fogo “venha e proteja o mundo”, e “não
cause danos” a ele, como diz a cantiga.
Em seguida, outra série de cantigas é executada:
Baba Òjísé palé fun wá o Pai mensageiro, tome conta da casa para nós
Odára palé soba, Odára, seja nosso rei
Òjísé palé fun wá o, Mensageiro, tome conta da casa para nós
Odára palé soba Odára, seja nosso rei
Wálé Baba o, oní Baba ijà Venha para casa, pai; pai senhor da luta
Wálé, onijà, Wálé Baba o ae walé Venha para casa, senhor da luta; venha para casa, pai;
onijà venha para casa, senhor da luta
Ancestrais fundadores, progenitor me acompanhe
E oní esá, olomo mi simi gba Pai, senhor da casa, ancestral herdeiro do axé,
Onilé Baba esá Keran, olomo mi simi progenitor acompanha-me para aceitar a oferenda na
gba bo delé casa
Onilé Baba esá Keran onilé, Baba mi Pai, senhor da casa; ancestral fundador, meu pai,
esa Arolé oni esa Keran essá Arolé, ancestral fundador
Ènìyàn rere a nré, Onilé oní esa Keran Somos amigos de pessoas boas. Senhor da casa,
Onilé ancestral fundador, senhor da casa
Nesse momento, uma complexa genealogia ou rede religiosa que une pessoas,
terreiros, gerações, nações e continentes é rememorada por meio da invocação dos
principais ancestrais que situam aquela comunidade como parte desta rede.
A invocação inicial é feita a essá Keran porque, segundo o babalorixá, este teria
sido o fundador da nação queto na África19. Depois saudam-se os ancestrais que deram
continuidade a esta nação no Brasil, entre eles, Baba Asiká e Obitiko (tidos como
responsáveis pela fundação do terreiro baiano Casa Branca do Engenho Velho,
considerado um dos primeiros da nação queto no Brasil).
Em seguida, os ancestrais da linhagem de Baba Ogundare são reverenciados. Aqui
18
Em outras descrições de padê a palavra “ogun” é traduzida por “poderoso” e não há referência ao orixá
Ogum. (Santos, 1976, p.191; Beniste, 2012, p.299).
19
Aqui há uma referência ao orixá Oxossi como fundador da nação queto e que é saudado no padê como
Essá Akeran.
12
é preciso esclarecer que o terreiro deste sacerdote possui três raizes religiosas. A
primeira decorre da sua iniciação realizada na nação efon. Seu pai-de-santo foi Ingelewa
(Oswaldo Mariano), sacerdote iniciado por Obalewi (Claudio Monteiro) que por sua vez
era filho-de-santo de Cristovão do Pantanal, feito (iniciado) no terreiro de Maria do
Violão ou Axé Oloroké, em Salvador. Desta mesma raiz, veio Waldomiro Costa Pinto
(conhecido por Waldomiro de Xangô ou, simplesmente, Baiano), irmão de santo de
Obalewi. Entretano, nos anos de 1970, Waldomiro deu obrigação religiosa no Terreiro
do Gantois, chefiado à época por Mãe Menininha (Escolástica Maria da Conceição
Nazaré), tornando-se filho desta casa. Waldomiro fez a obrigação no seu sobrinho de
santo, Ingelewa, levando este e toda sua prole a um deslocamento da tradição efon para
a tradição queto, incluindo Ogundaré. Com o passar do tempo, Ogundaré viajou à
Nigeria e na cidade de Oxogbô se filiou ao culto de Ifá por meio de Ifayemi Eleburuibon.
Esta complexa rede é saudada no padê realizado no Ile Ode Lorecy invocando-se todos
esses ancestrais falecidos.
Após a invocação dos ancestrais masculinos, louvam-se os femininos começando
por Iya Akalá, Nasso Oká, Iya Luso Danadana, Adetá e Omonike. Estas mulheres
representam as ancestrais fundadoras e dirigentes da Casa Branca, da qual saiu a
fundadora do Terreiro do Gantois, onde Waldomiro de Xangô deu sua obrigação, como
vimos. Segue-se a louvação com os nomes das ancestrais femininas relacionadas ao
terreiro Ode Lorecy.
A cada menção destes ancestrais masculinos e femininos, os oficiantes tocam o
chão com a mão direita e levam à cabeça em sinal de respeito.
Como se vê, nesse momento o padê de Exu enfatiza o significado do encontro
entre os descendentes e seus antepassados, os vivos e os mortos, os homens e seus
orixás, dando um sentido de pertencimento e proteção às pessoas que “realizam os
ritos”.
Olowó égún e eni solóró Poderoso ancestral sustentará a pessoas que realizam os
Èsan fólòro atòro se ritos
Ògún Akoro Olòró Que os fiéis venham e continuem a celebrar os ritos
Èsan Fólòró atòro se Ogum Akoró sustentará os fiéis
Que os fiéis venham e continuem a celebrar os ritos
Saiyo bèè bèè o ni saiyo bè é
Òti ni yí sáá ko mò Fique satisfeito, ele diz que fica satisfeito
Este é o álcool que você conhece
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“Eu começo com Ogum Akoro (porque nessa casa é o Ogum que eu cuido), depois vem Logunedé,
Oxum Iyaoke (que é a mãe da casa, a dona da casa) Oya Gbalé (porque está ligada aos mortos e é um orixá
que eu tenho devoção) e Babá Oguiã. Evidentemente, no dia que eu for embora, isto mudará. A pessoa
pode decidir que os orixás louvados serão outros. Poderá manter Ogum, Oxum, pode tirar Logunede e
colocar o orixá dele. E é correto porque eu to pedindo proteção aos meus orixás hoje” (Entrevista, 2013).
A louvação prossegue para seu ponto mais “tenso” e exige grande respeito e
cuidado. Trata-se de convocar ao padê a presença das grandes mães ancestrais,
feiticeiras associadas aos pássaros noturnos. Os atabaques assumem um ritmo mais
acelerado e uma quartinha contendo bebida alcoólica (oti) é levada pelas dançantes
para o altar na jaqueira. Na volta das dançantes todos novamente batem a cabeça no
chão e cantam:
Òfò ilé lo onan, òfò ilé lo onan Leve as coisas ruins para os caminhos
Bi Iku bà jé, bò jòwó bá si Se a morte nos ameaçar, por favor leve embora para longe
arremessam estas energias na direção da porta para assim manterem-nas fora de suas
vidas. Entoa-se a cantiga: