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Proposta das atividades do Serviço

Triagem
É o momento em que após a chegada do usuário ao serviço é estabelecido o
primeiro contato com o mesmo. São identificados usuários com perfil para
admissão no serviço e usuários que naquele momento não correspondem à
demanda do serviço. Assim os mesmos devem ser encaminhados para
atendimento a outros serviços da rede municipal. A triagem ocorre diariamente,
ficando a critério do técnico de plantão a sua execução. Momento de suma
importância, porque consideramos fundamental a escuta, a observação e a
descrição detalhada dos dados e informações da história atual relatada pelo
usuário e família ou responsável.

Grupo de acolhimento (Bom dia)


Esse grupo objetiva possibilitar um momento de interação entre os usuários do
serviço no início das atividades diários. Além disso, deve possibilitar o repasse
aos usuários dos avisos, informes, apresentações dos novos integrantes e da
programação do dia. Esse grupo acontece diariamente, no início das atividades
de cada turno, com duração em média de 20 minutos, com a participação de
todos os usuários do serviço.

Grupo de Educação e Saúde


Grupo que tem como objetivo desenvolver uma compreensão mais ampla
sobre os vários aspectos de promoção de saúde (pessoal e comunitária), e
prevenção de doenças; contribuindo para a melhoria da qualidade de vida no
âmbito familiar e social do usuário.

Oficinas Terapêuticas
A oficina favorece estímulos e oportunidades de desenvolvimento de
potenciais, pois é um lugar onde se faz algo acontecer, onde a matéria é
transformada e onde se está trabalhando, envolvendo planejamento,
organização e ações consequentes a um fim. Seu objetivo é promover uma
maior integração do usuário, contribuindo no seu processo de ressocialização,
ou socialização, com descobertas de suas próprias potencialidades criativas,
laborativas e produtivas.

Grupo Cidadania
Promove debates de assuntos relacionados ao tema cidadania, bem como
sobre seu exercício. O primeiro passo é o reconhecimento do usuário como
cidadão, inserido numa comunidade, onde as suas relações sociais (família,
trabalho, vizinhança), encontram-se fragilizados. Os usuários são estimulados a
reconhecerem os seus espaços comunitários, procurando identificar na sua
comunidade seus equipamentos sociais (associação, centro comunitário, posto
de saúde, entre outros), para que haja uma melhor integração com estes
meios. O objetivo além de favorecer a reinserção social e produtiva dos
usuários na comunidade visando uma contribuição para o exercício da
cidadania se propõe também, fortalecer a autoestima, autoimagem,
autoconfiança; resgatar a capacidade de realizar escolhas reais e possíveis;
conquistar a autonomia e independência diante de suas vidas; preservar o
contato com a realidade e instrumentalizar a construção de projetos de vida.
Grupo de Família
No grupo é criado um espaço de troca de experiências como um primeiro
espaço para a intervenção em questões ligadas ao estresse familiar ao lidar
com a drogadição, com o preconceito e o desconhecimento em torno do
assunto, que provocam isolamento social, junto aos sentimentos de frustração
e impotência.
A troca de experiências entre os familiares proporciona a ampliação da
capacidade de lidar com os problemas, visto que a identificação com outro que
passou por situações semelhantes diminui a sensação de isolamento e
abandono existente entre os familiares. O objetivo geral desse grupo é acolher
a família, refletindo sobre a dinâmica das relações familiares, redefinindo o uso
de drogas como um fenômeno que não acontece isolado, mas atingindo a
todos os membros. Além de:
1. Dar informações sobre a dinâmica do usuário em sua proposta
terapêutica;
2. Possibilitar a construção de habilidades para o convívio social;
3. Estimular o pensar sobre o padrão de uso e como isto interfere na
família, e;
4. Discutir a dinâmica nas relações familiares.

Grupo de Práticas expressivas


Tem como finalidade possibilitar um espaço de experimentação de atividades
que facilite a reflexão, reorganização e integração do pensamento, da
linguagem e dos movimentos, aumentando as possibilidades do usuário em
relação às condições necessárias ao convívio social e a experimentação dos
papéis sociais. O grupo dará instrumentos ao usuário através de seus próprios
recursos, para a reinscrição na realidade social. A abordagem clínica envolve
planejamento e sua interação com a ação, portanto inseri desde o início os
usuários no planejamento e realização das atividades. Assim estimulasse a
percepção crítica das possibilidades e ou impossibilidades que existem entre o
idealizado e o concretizado. É importante também o trabalho psicodinâmico de
movimento grupal, onde a existência do coletivo não deve se opor ao individual
e sim, complementarem-se na existência do nós. Deverão ser utilizadas nesse
processo atividades artesanais, recreativas, auto expressivas da vida diária e
práticas (atividades da rotina pessoal), abordadas de forma específica ao
procedimento em questão, o atendimento é grupal, na clínica da terapia
ocupacional.

Grupo de Atividades Estruturadas


Esse grupo visa explorar o lado saudável, transferindo o foco da doença para a
saúde, trabalhando cooperativismo, socialização, limites e organização. As
atividades variam como: organização, ornamentação de eventos, atividades e
higienização pessoal, atividades de jardinagem e horta.

Grupo de Sentimentos
Objetivo geral: trabalhar os conflitos emergentes através da expressão verbal
dos sentimentos, relacionados a experiências traumáticas, dando significado ao
mesmo. Objetivos específicos: reforçar aspectos sadios do paciente, sua
capacidade e habilidades; promover maior autonomia e independência,
melhorando a autoestima; possibilitar nos participantes uma aprendizagem
emocional que os auxiliem a enfrentar seus sofrimentos e melhor se relacionar
com o mundo externo e interno; permitir uma reflexão dos conflitos existentes,
buscando uma compreensão dos mesmos e melhoria de sua qualidade de vida;
ajudar os usuários a enfrentar problemas reais que afetem suas vidas; gerar o
restabelecimento do contato com a realidade externa; promover maior
autonomia e independência, melhorando sua autoestima.

Grupo de Relacionamento
Entre os usuários de SPA um dos mecanismos de defesa mais utilizado é a
proteção e consequente ideação paranóide. O medo e a desconfiança e as
interpretações equivocadas são comuns. No grupo operativo os usuários são
estimulados a falar de suas dificuldades no espaço (brigas, confusões, mau
entendimento), entre eles mesmos e também com membros da própria equipe
de tratamento. Não se deve estimular a expressão de vivências passadas, mas
as dificuldades atuais relativas aos compromissos assumidos, incluindo as
normas do espaço e o contrato terapêutico. No início do grupo todos se
apresentam aos novatos, relembra-se as razões de ser grupo e se lê o sumário
de ocorrências (relatório), com o objetivo de estimular a discussão dos eventos
do dia anterior.

Grupo de Motivação
Tem por objetivo oferecer aos usuários uma compreensão do processo
saúde/doença, reforçando aspectos relacionados à prevenção e promoção da
saúde, além de acompanhar a evolução do tratamento de suas enfermidades
enquanto paciente do CAPSAd. É discutido aspectos referentes ao tratamento,
abordando questões relacionadas à sua sintomatologia, necessidade de uso de
medicação e suas implicações (efeitos colaterais, receio de dependência), bem
como formas de tratamento. É um espaço para troca de experiências,
buscando discutir aspectos preventivos de outras questões relacionadas à
saúde.

Grupo de Vivência
Este grupo tem como objetivo realizar o resgate das vivências decorridas
durante a semana.

Grupo de Atividade Cultural


O objetivo primordial deste grupo é promover o contato teórico e prático, com
os eventos culturais que envolvem a comunidade onde estão inseridos, numa
visão micro e macro das manifestações culturais.
Atividades Complementares
• Comemoração dos aniversariantes do trimestre
• Vivenciar as datas comemorativas com atividades previamente
planejadas (Natal, Carnaval, São João, Páscoa, entre outros);
• Passeios terapêuticos;
• Saúde no CAPS (com a presença de profissionais como: dentista,
ginecologista, nutricionista, clínico geral, fisioterapeuta), os quais realizam
palestras e atendimentos.
Grupo de Prevenção à Recaídas
Na Prevenção de Recaídas, o técnico auxilia o usuário a se responsabilizar por
seus atos. É ofertado, neste grupo, instrumentos para que o usuário possa,
num curto espaço de tempo, se autogerenciar. A Prevenção de Recaída visa a
estimular ao usuário a perceber como o uso pode afetar negativamente seus
relacionamentos e suas atividades. Destarte, utiliza-se como principais
alicerces a: 1) Conscientização do Problema; 2) Treinamento de Habilidades
Sociais e 3) Mudança de hábito de vida.

Atendimento ao Núcleo Familiar


Objetiva criar um espaço de escuta terapêutica, dando subsídios à equipe para
compreender a dinâmica das relações interpessoais, familiares e sociais e as
demandas dos usuários e familiares e assim elaborar formas de intervenção
mais adequadas. O atendimento a uma família específica implica que os
membros sejam convidados a comparecer à reunião para tratar de assuntos
relevantes para aquela situação em especial. Os participantes são o técnico de
referência, o usuário e seus familiares. Os encontros e sua frequência são
planejados nas reuniões de equipe ou a partir da demanda dos usuários e da
família.

Atendimento Individual
O usuário é atendido, preferencialmente pelo técnico de referência, mesmo
que, durante uma crise será pelo técnico disponível naquele momento. Sem
sistematização, qualquer técnico pode escutar o paciente. Os atendimentos
individuais serão garantidos inicialmente a todos os usuários para realização da
avaliação. E para elaboração do projeto terapêutico individual.

Visitas Domiciliares
Essas visam compreender e atuar sobre a dinâmica familiar e suas condições
sócio-econômica-culturais, avaliando como esses aspectos repercutem na
recuperação do usuário.

Reunião Técnica
Tem por objetivo tratar de assuntos administrativos, questionamentos políticos
e institucionais, analisar os casos clínicos e o projeto terapêutico individual,
formulação e planejamento terapêutico, e discutir as dificuldades encontradas
que podem interferir nas intervenções realizadas e na dinâmica do serviço. São
reuniões obrigatórias, com a presença de toda a equipe do CAPSAd, e é
coordenada pela gerente do serviço. Há espaço para estudo teórico,
considerando a necessidade do serviço e da equipe técnica.

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