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Triagem
É o momento em que após a chegada do usuário ao serviço é estabelecido o
primeiro contato com o mesmo. São identificados usuários com perfil para
admissão no serviço e usuários que naquele momento não correspondem à
demanda do serviço. Assim os mesmos devem ser encaminhados para
atendimento a outros serviços da rede municipal. A triagem ocorre diariamente,
ficando a critério do técnico de plantão a sua execução. Momento de suma
importância, porque consideramos fundamental a escuta, a observação e a
descrição detalhada dos dados e informações da história atual relatada pelo
usuário e família ou responsável.
Oficinas Terapêuticas
A oficina favorece estímulos e oportunidades de desenvolvimento de
potenciais, pois é um lugar onde se faz algo acontecer, onde a matéria é
transformada e onde se está trabalhando, envolvendo planejamento,
organização e ações consequentes a um fim. Seu objetivo é promover uma
maior integração do usuário, contribuindo no seu processo de ressocialização,
ou socialização, com descobertas de suas próprias potencialidades criativas,
laborativas e produtivas.
Grupo Cidadania
Promove debates de assuntos relacionados ao tema cidadania, bem como
sobre seu exercício. O primeiro passo é o reconhecimento do usuário como
cidadão, inserido numa comunidade, onde as suas relações sociais (família,
trabalho, vizinhança), encontram-se fragilizados. Os usuários são estimulados a
reconhecerem os seus espaços comunitários, procurando identificar na sua
comunidade seus equipamentos sociais (associação, centro comunitário, posto
de saúde, entre outros), para que haja uma melhor integração com estes
meios. O objetivo além de favorecer a reinserção social e produtiva dos
usuários na comunidade visando uma contribuição para o exercício da
cidadania se propõe também, fortalecer a autoestima, autoimagem,
autoconfiança; resgatar a capacidade de realizar escolhas reais e possíveis;
conquistar a autonomia e independência diante de suas vidas; preservar o
contato com a realidade e instrumentalizar a construção de projetos de vida.
Grupo de Família
No grupo é criado um espaço de troca de experiências como um primeiro
espaço para a intervenção em questões ligadas ao estresse familiar ao lidar
com a drogadição, com o preconceito e o desconhecimento em torno do
assunto, que provocam isolamento social, junto aos sentimentos de frustração
e impotência.
A troca de experiências entre os familiares proporciona a ampliação da
capacidade de lidar com os problemas, visto que a identificação com outro que
passou por situações semelhantes diminui a sensação de isolamento e
abandono existente entre os familiares. O objetivo geral desse grupo é acolher
a família, refletindo sobre a dinâmica das relações familiares, redefinindo o uso
de drogas como um fenômeno que não acontece isolado, mas atingindo a
todos os membros. Além de:
1. Dar informações sobre a dinâmica do usuário em sua proposta
terapêutica;
2. Possibilitar a construção de habilidades para o convívio social;
3. Estimular o pensar sobre o padrão de uso e como isto interfere na
família, e;
4. Discutir a dinâmica nas relações familiares.
Grupo de Sentimentos
Objetivo geral: trabalhar os conflitos emergentes através da expressão verbal
dos sentimentos, relacionados a experiências traumáticas, dando significado ao
mesmo. Objetivos específicos: reforçar aspectos sadios do paciente, sua
capacidade e habilidades; promover maior autonomia e independência,
melhorando a autoestima; possibilitar nos participantes uma aprendizagem
emocional que os auxiliem a enfrentar seus sofrimentos e melhor se relacionar
com o mundo externo e interno; permitir uma reflexão dos conflitos existentes,
buscando uma compreensão dos mesmos e melhoria de sua qualidade de vida;
ajudar os usuários a enfrentar problemas reais que afetem suas vidas; gerar o
restabelecimento do contato com a realidade externa; promover maior
autonomia e independência, melhorando sua autoestima.
Grupo de Relacionamento
Entre os usuários de SPA um dos mecanismos de defesa mais utilizado é a
proteção e consequente ideação paranóide. O medo e a desconfiança e as
interpretações equivocadas são comuns. No grupo operativo os usuários são
estimulados a falar de suas dificuldades no espaço (brigas, confusões, mau
entendimento), entre eles mesmos e também com membros da própria equipe
de tratamento. Não se deve estimular a expressão de vivências passadas, mas
as dificuldades atuais relativas aos compromissos assumidos, incluindo as
normas do espaço e o contrato terapêutico. No início do grupo todos se
apresentam aos novatos, relembra-se as razões de ser grupo e se lê o sumário
de ocorrências (relatório), com o objetivo de estimular a discussão dos eventos
do dia anterior.
Grupo de Motivação
Tem por objetivo oferecer aos usuários uma compreensão do processo
saúde/doença, reforçando aspectos relacionados à prevenção e promoção da
saúde, além de acompanhar a evolução do tratamento de suas enfermidades
enquanto paciente do CAPSAd. É discutido aspectos referentes ao tratamento,
abordando questões relacionadas à sua sintomatologia, necessidade de uso de
medicação e suas implicações (efeitos colaterais, receio de dependência), bem
como formas de tratamento. É um espaço para troca de experiências,
buscando discutir aspectos preventivos de outras questões relacionadas à
saúde.
Grupo de Vivência
Este grupo tem como objetivo realizar o resgate das vivências decorridas
durante a semana.
Atendimento Individual
O usuário é atendido, preferencialmente pelo técnico de referência, mesmo
que, durante uma crise será pelo técnico disponível naquele momento. Sem
sistematização, qualquer técnico pode escutar o paciente. Os atendimentos
individuais serão garantidos inicialmente a todos os usuários para realização da
avaliação. E para elaboração do projeto terapêutico individual.
Visitas Domiciliares
Essas visam compreender e atuar sobre a dinâmica familiar e suas condições
sócio-econômica-culturais, avaliando como esses aspectos repercutem na
recuperação do usuário.
Reunião Técnica
Tem por objetivo tratar de assuntos administrativos, questionamentos políticos
e institucionais, analisar os casos clínicos e o projeto terapêutico individual,
formulação e planejamento terapêutico, e discutir as dificuldades encontradas
que podem interferir nas intervenções realizadas e na dinâmica do serviço. São
reuniões obrigatórias, com a presença de toda a equipe do CAPSAd, e é
coordenada pela gerente do serviço. Há espaço para estudo teórico,
considerando a necessidade do serviço e da equipe técnica.