Você está na página 1de 64

7209-TRABALHO EM EQUIPAS

MULTIDISCIPLINARES NA SAÚDE
7209 – Trabalho em Equipa no Contexto
da Prestação de Cuidados Pessoais e à
Comunidade
Código:

7209

Carga Horária:

25 Horas

Formadora:

Dra. Ana Tão


Objetivos:
 Caracterizar a natureza multidisciplinar do trabalho inerente à prestação de
cuidados pessoais e à comunidade;

 Explicar o conceito de trabalho em equipa, dificuldades de operacionalização


e estratégias de atuação;

 Identificar o papel do técnico de prestação de cuidados pessoais e à


comunidade no quadro de equipas multidisciplinares;

 Explicar os princípios de funcionamento de equipas multidisciplinares no


setor da ação social.
Conteúdos:
 A multidisciplinaridade inerente à prestação de cuidados pessoais e à comunidade;

 O papel do técnico na equipa de prestação de cuidados pessoais e à comunidade;

 Constituição da equipa de prestação de cuidados pessoais e de apoio à comunidade;

 Estrutura hierárquica;

 Contextos de atuação do técnico familiar e de apoio à comunidade;

 Atribuições e responsabilidade;
Conteúdos:
 Princípios do funcionamento das equipas de trabalho;
o Conceito de trabalho em equipa;

o Colaboração e cooperação;

o Dificuldades de operacionalização e estratégias de atuação;

o Normas sociais;

o Influência social e dinâmica interna. 

 Atitudes facilitadoras do trabalho em equipa.


Prestação de
Cuidados Pessoais e
à Comunidade
A Prestação de Cuidados
Pessoais e à Comunidade
significa fornecer os
melhores cuidados
possíveis disponíveis a
um indivíduo e ou
família/cuidador com
uma necessidade, num
contexto específico.
Prestação de
Cuidados
Pessoais e à
Comunidade
A identificação das
expectativas e objetivos do
indivíduo e da família/
cuidadores informais são partes
importantes na qualidade dos
cuidados prestados.

A saúde e o bem-estar são


assim influenciados pelas
oportunidades do indivíduo se
envolver satisfatoriamente em
atividades e participar em
situações de vida, no dia-a-dia.
Prestação de
Cuidados
Pessoais e à Perda ou limitação na capacidade de se

Comunidade envolver em atividades resultam numa


restrição na participação e promovem maior
dependência e diminuição da perceção de
qualidade de vida.

Devem ser dadas oportunidades para o


envolvimento do indivíduo em situações de
vida diária e facilitado o desempenho nas
atividades que são, para si, importantes.
A atuação multidisciplinar, em equipa, é indispensável. Em suma, os cuidados
prestados devem ser:

 Equitativos – A equidade de acesso e prestação de cuidados deve ser


garantida a todas as pessoas em situação de dependência;

 Responsáveis e proactivos – Terem a capacidade de prevenir, retardar e ou


compensar o aumento de dependência, através da identificação das
situações de risco e com adequação no tempo e na intensidade da
intervenção;
A atuação multidisciplinar, em equipa, é indispensável. Em suma, os cuidados
prestados devem ser:

 Personalizados – Os cuidados devem ser adaptados à condição funcional


associada à patologia subjacente à dependência, e tendo em conta os
contextos pessoais, familiares, ambientais e residenciais, ajustando-se às
necessidades individuais;

 Dinâmicos - Os cuidados e apoio social devem ser ajustados de forma


dinâmica e interativa em função das necessidades e expectativas em cada
momento da evolução do doente, num contínuo reajuste de recursos e
intervenções;
A atuação multidisciplinar, em
equipa, é indispensável. Em suma, os
cuidados prestados devem ser:
Eficientes – Os cuidados de saúde e apoio
assistenciais devem assentar no planeamento de
objetivos e produzir resultados positivos mensuráveis
numa perspetiva de rentabilização de meios e
acessibilidade universal;
Baseado na Evidência – Deve haver lugar à
divulgação dos avanços na investigação internacional e
nacional no que diz respeito a estratégias de
intervenção social, protocolos terapêuticos a
dinâmicas de organização de cuidados de saúde e de
apoio social de modo a promover entre todos os
profissionais a adoção de melhores práticas.
Equipas
multidisciplinares
As tendências internacionais indicam que em muitos
países está em curso o desenvolvimento de equipas
multidisciplinares como principal recurso de
prestação de serviços em todas as áreas da saúde,
que abrangem uma ampla gama de necessidades de
saúde e sociais da população
Portugal segue esta tendência, cuja reorganização
estrutural assenta no desenvolvimento de equipas
multidisciplinares, oriundas das equipas
multiprofissionais existentes, baseadas num modelo
de auto-organização contratualizada, expressa no
compromisso assistencial e contextualizado num
plano de ação, sendo os técnicos auxiliares implicados
no seu planeamento e implementação.
O trabalho
multiprofissio
nal
Diversos estudos sobre
o processo de trabalho
em saúde
demonstraram que é
dinâmico e tem uma
flexibilidade que pode
configurar equipas que
expressam o mero
agrupamento de
profissionais ou
equipas de trabalho
integradas.
A Equipa
Diferentes autores são concordantes em que
uma equipa é uma realidade constituída por
profissionais individuais com liberdade para agir
de modo nem sempre totalmente previsível e
cujas ações se encontram interligadas a tal
ponto que a ação de um profissional modifica o
contexto para os outros
Concluem que a multiprofissionalidade e
interdisciplinaridade se baseiam na
possibilidade de comunicação não entre campos
profissionais e disciplinares (entidades
abstratas) mas entre os sujeitos que os
constroem na prática e que interagem entre si.
O trabalho
em equipa
O trabalho em equipa
multidisciplinar exige não
só colaboração mas
sobretudo interação e
negociação entre os seus
membros, visando o
desenvolvimento de
capacidades de
entrelaçamento
multidisciplinar na
construção de uma
interdisciplinaridade
pensada e executada no
cuidado ao ser humano.
Os técnicos de apoio à
comunidade
Os técnicos de apoio à comunidade são o grupo profissional mais amplamente distribuído
ao nível dos cuidados em todo o mundo, assumindo os mais diversos papéis, funções e
responsabilidades.

O papel profissional diz respeito a um conjunto de conceitos que predizem como este
exercem a sua função e a uma variedade de comportamentos que podem ser esperados em
certas circunstâncias.

Nesta delimitação conceptual, o papel profissional é uma construção histórico-social em


permanente evolução, antevendo uma diversidade de construções que são formuladas em
função dos atributos da prática, socialmente aceites e esperados, quer pelos seus pares, outros
profissionais de saúde e da comunidade em que o papel está incorporado.
O Técnico Familiar e de Apoio à
Comunidade

O Técnico Familiar e de Apoio à


Comunidade é o profissional que colabora na
prestação de cuidados de apoio direto a
indivíduos no domicílio ou em contexto
institucional, nomeadamente idosos, pessoas
com deficiência mental e pessoas de outro
tipo de dependência funcional temporária ou
permanente, de acordo com os princípios da
equipa técnica e os princípios deontológicos
de atuação.
O Técnico Familiar e de Apoio à
Comunidade

Este visa promover, de forma


autónoma ou em integração com
equipas multidisciplinares, o
desenvolvimento psicossocial de grupos
e comunidades no domínio dos
cuidados sociais e de saúde e da
intervenção social e comunitária.
O Técnico Familiar e de Apoio à
Comunidade

Este visa promover, de forma


autónoma ou em integração com
equipas multidisciplinares, o
desenvolvimento psicossocial de grupos
e comunidades no domínio dos
cuidados sociais e de saúde e da
intervenção social e comunitária.
O papel do técnico na
equipa de prestação de
cuidados pessoais e à
comunidade
Para além da Legislação em vigor, as
normas de atuação dos profissionais
afetos aos serviços sociais está ainda
regulamentada pela existência de um
contrato coletivo de trabalho,
estabelecido entre a CNIS —
Confederação Nacional das Instituições
de Solidariedade e a FNE — Federação
Nacional da Educação, entre outros.
Este documento estabelece os direitos e
O papel do deveres dos trabalhadores, respetivas
técnico na categorias profissionais e tabelas
equipa de salariais. Para beneficiar dos mesmos, o
prestação de trabalhador necessita de pertencer ao
respetivo sindicato: Sindicato dos
cuidados Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e
pessoais e à Segurança Social.
comunidade
Trabalha diretamente com os utentes, quer
individualmente, quer em grupo, tendo em
vista o seu bem-estar, pelo que executa a
totalidade ou parte das seguintes tarefas:
a) Recebe os utentes e faz a sua integração
O papel do no período inicial de utilização dos
técnico na equipamentos ou serviços;
equipa de b) Procede ao acompanhamento diurno e/
prestação de ou noturno dos utentes, dentro e fora dos
estabelecimentos e serviços, guiando-os,
cuidados auxiliando-os, estimulando-os através da
pessoais e à conversação, detetando os seus
comunidade interesses e motivações e participando na
ocupação dos tempos livres;
c) Assegura a alimentação regular dos
utentes;
a) Recolhe e cuida dos utensílios e equipamentos
utilizados nas refeições;

b) Presta cuidados de higiene e conforto aos utentes


e colabora na prestação de cuidados de saúde
O papel do que não requeiram conhecimentos específicos,
técnico na nomeadamente, aplicando cremes medicinais,
equipa de executando pequenos pensos e administrando
prestação de
medicamentos, nas horas prescritas e segundo as
cuidados
instruções recebidas;
pessoais e à
comunidade c) Substitui as roupas de cama e da casa de banho,
bem como o vestuário dos utentes, procede ao
acondicionamento, arrumação, distribuição e
controlo das roupas lavadas e à recolha de roupas
sujas e sua entrega na lavandaria;
a) Requisita, recebe, controla e distribui os
O papel do artigos de higiene e conforto;
técnico na
equipa de b) Reporta à instituição ocorrências relevantes
prestação de no âmbito das funções exercidas;
cuidados
pessoais e à c) Conduz, se habilitado, as viaturas da
comunidade instituição.
O papel do
técnico na Caso a instituição assegure apoio
domiciliário, compete ainda ao ajudante
equipa de de ação direta providenciar pela
prestação de manutenção das condições de higiene e
cuidados salubridade do domicílio dos utentes.
pessoais e à
comunidade
Constituição da equipa de
prestação de cuidados
pessoais e de apoio à
comunidade
Independentemente da instituição estar inserida
numa organização lucrativa ou não, o trabalho
desenvolvido ultrapassa claramente a mera
obtenção do lucro ou a simples prestação de um
serviço, na medida em que implica afeto, respeito
e empenho no bem-estar do outro.
A qualidade dos cuidados prestados estão
intimamente ligados à qualidade humana daqueles
que os prestam. Assim, para além das
capacidades técnicas e académicas, devem ser
igualmente valorizadas e atendidas características
pessoais como a sensibilidade, afetividade,
idoneidade, abertura e disponibilidade para
interagir com o outro.
Recrutamento e seleção

A organização deve definir um perfil de colaborador remunerado ou


voluntário, adequado a cada função. Trata-se de um instrumento
indispensável para avaliar os candidatos a colaboradores.

Na sua seleção importa ter em conta as suas condições físicas e


psíquicas, características de personalidade, percurso anterior,
habilitações e vocação. Como tal, é indispensável uma entrevista
pessoal.
Formação

A prestação direta de cuidados a pessoas mais velhas é um trabalho


particularmente exigente. Aos colaboradores deve ser proporcionada
formação específica, envolvendo, para além da formação de base, os
aspetos éticos e as vertentes técnica e de relacionamento humano.

Deve constituir orientação fundamental fomentar, aos vários níveis, uma


cultura de formação entendida como um dever e um direito.
As funções e responsabilidades, bem como as linhas
hierárquicas de cada colaborador, devem estar
claramente definidas dentro da organização. É
imprescindível que cada colaborador saiba o que tem
de fazer e perante quem responde.

Avaliação A avaliação do desempenho dos colaboradores,


remunerados e voluntários, deve ser permanente na
e carreira organização. Falamos de avaliação pelos superiores,
mas também pelos pares e pelo próprio. É tanto
mais útil quanto efetuada com um sentido de
melhoria da prestação de serviços e não numa
perspetiva crítica, dissociada dessa melhoria.

Um bom método de fazer esta avaliação é instituir


uma reunião semanal de equipa.
Tradicionalmente, a supervisão consistia na
atividade de vigilância e controlo dos recursos
humanos da instituição.

Supervisão Mais do que vigiar e corrigir, pretende-se


promover a formação, o desenvolvimento pessoal
e a permanente atualização de todos os
colaboradores, remunerados e voluntários.

A supervisão na sua verdadeira aceção deverá ser


responsabilidade de uma entidade externa. O
olhar exterior permite muitas vezes uma
objetividade que conduz a alternativas e
intervenções que muitas vezes quem está
diretamente envolvido não consegue perspetivar.
Estrutura hierárquica
Estrutura
hierárquica
Todos os trabalhadores,
independentemente do posto de
trabalho que ocupam, estão
sempre sujeitos a uma relação
de hierarquia. Esta hierarquia
não existe somente em termos
de organização estrutural de
determinada atividade mas
também em termos de relações
de dependência, de
subordinação e sancionatórias.
Os organigramas devem explicitar
claramente:

 Os órgãos de gestão;

 As ligações hierárquicas;
Estrutura
hierárquica  As ligações funcionais;

 Os níveis ou escalões hierárquicos;

 Os canais de comunicação formai.


Estrutura
hierárquica
Os organigramas facilitam:

 Identificação de deficiências
na organização

 Coordenação e comunicação

 Definição de responsabilidades

 Integração e formação
Exemplo de construção
de organigrama

Tendo por base as diferentes tipologias das


organizações que prestam o serviço de
Instituição, independentemente do número de
utentes e da sua natureza, consideram- se como
essenciais os seguintes Serviços ao nível da
estruturação do modelo organizacional:

 Administrativos;
 Cuidados Pessoais e de Saúde;
 Atividades de Desenvolvimento Pessoal;
 Nutrição e Alimentação
 Higiene, Segurança e Limpeza.
A direção técnica deve ser assegurada por um
elemento com formação adequada (conforme lei
vigente).

Compete-lhe, em geral, dirigir o


estabelecimento. Tem a responsabilidade da
programação de atividades e a coordenação e
supervisão de todo o pessoal.
Exemplo de
especificação Tendo em conta a necessidade de estabelecer o
de funções modelo de gestão técnica adequada ao bom
funcionamento do estabelecimento, compete-lhe
Direção em especial:
técnica Promover reuniões técnicas com o pessoal;
Sensibilizar os colaboradores para a problemática
da pessoa idosa;
Planear e promover a formação inicial e contínua
dos colaboradores;
Promover reuniões com os utentes, nomeadamente
para a preparação das atividades a desenvolver;
Planificar e coordenar as atividades sociais,
culturais, recreativas e ocupacionais dos utentes
Exemplo de As funções do diretor técnico podem ser
exercidas a 50 %, quando a capacidade da
especificação instituição for inferior a 30 utentes.
de funções
Quando a capacidade da instituição for inferior
Direção a 15 utentes, o diretor técnico poderá ter um
técnica horário semanal variável, mas deve assegurar,
no mínimo, uma permanência diária de três
horas no estabelecimento.
A instituição, para além do diretor técnico, deve dispor no mínimo
de:

a) Um(a) animador(a)
d) Um(a) ajudante de ação
sociocultural ou
direta por cada 20
educador(a) social ou b) Um(a) enfermeiro(a), c) Um(a) ajudante de ação
utentes, com vista ao
técnico de geriatria, a por cada 40 utentes; direta, por cada 8 utentes;
reforço no período
tempo parcial por cada 40
noturno;
utentes;

e) Um(a) encarregado(a)
de serviços domésticos g) Um(a) ajudante de h) Um(a) empregado(a)
f) Um(a) cozinheiro(a) por
em estabelecimentos com cozinheiro(a) por cada 20 auxiliar por cada 20
estabelecimento;
capacidade igual ou utentes; utentes.
superior a 40 utentes;

Exemplo de especificação de funções

Pessoal
Sempre que a instituição acolha idosos em situação
de grande dependência, os rácios de pessoal de
enfermagem, ajudante de ação direta e auxiliar são
os seguintes:

a) Um(a) enfermeiro(a), para cada 20


utentes;

b) Um(a) ajudante de ação direta, por


cada 5 utentes;

c) Um(a) empregado(a) auxiliar por


cada 15 utentes.
Atribuições e responsabilidade
Atribuições e responsabilidade
o Acompanhar o indivíduo nas suas deslocações da vida diária, de lazer, religiosas e de
saúde;
o Representar o indivíduo em situações de mediação, negociação e resolução de
problemas do dia-a-dia, junto de instituições e serviços;
o Efetuar a higienização de instalações e outros espaços do domicílio;
o Efetuar o tratamento simples de roupas pessoais e de cama;
o Assegurar o armazenamento e conservação adequada do material associado à
prestação de cuidados de higiene, conforto e eliminação;
o Assegurar o armazenamento, transporte e conservação adequada de produtos e
alimentos;
o Efetuar aquisições de bens e serviços necessários ao dia-a-dia do indivíduo.
Planear o serviço relativo aos cuidados a prestar, selecionando,
organizando e preparando os materiais, os produtos e os
equipamentos a utilizar:

o Acompanhar o indivíduo nas suas deslocações da vida diária, de lazer, religiosas e de


saúde;
o Representar o indivíduo em situações de mediação, negociação e resolução de
problemas do dia-a-dia, junto de instituições e serviços;
o Efetuar a higienização de instalações e outros espaços do domicílio;
o Efetuar o tratamento simples de roupas pessoais e de cama;
o Assegurar o armazenamento e conservação adequada do material associado à
prestação de cuidados de higiene, conforto e eliminação;
o Assegurar o armazenamento, transporte e conservação adequada de produtos e
alimentos;
o Efetuar aquisições de bens e serviços necessários ao dia-a-dia do indivíduo.
Prestar cuidados básicos de higiene, conforto e eliminação ao
utente, no seu domicílio ou em contexto institucional de acordo
com as orientações da equipa técnica:

o Lavar o indivíduo ou prestar apoio no banho e noutros cuidados de higiene e


conforto;

o Mudar ou colaborar na mudança de roupa pessoal e substituição de fraldas;

o Prestar cuidados de higiene e conforto específicos (cortar-lhe as unhas,


fazer-lhe a barba, arranjar o cabelo);

o Apoiar o indivíduo nas necessidades de eliminação, de acordo com o seu


nível de autonomia;

o Apoiar o indivíduo na mobilidade e na adoção de posturas corretas sempre


que a sua situação de dependência o exija.
Apoiar o indivíduo nos cuidados de alimentação e nutrição de
acordo com as orientações da equipa técnica:

o Elaborar refeições ligeiras tendo em conta as orientações da


equipa técnica;

o Elaborar dietas especiais, tendo em conta as orientações da equipa


técnica;

o Acompanhar e apoiar o indivíduo na hidratação e na toma das


refeições sempre que a situação de dependência o exija.
Estabelecer a articulação com a equipa técnica responsável reportando a evolução
do estado físico ou psíquico, situações anómalas e/ou agravamento do estado de
saúde do utente, de acordo com as orientações e procedimentos definidos pela
equipa técnica:

o Acompanhar o indivíduo na toma de medicamentos e no


cumprimento de planos de cuidados, de acordo com as orientações
da equipa de saúde;

o Atuar em situação de acidente, doença súbita ou agravamento do


estado de saúde.
Participar no desenvolvimento de atividades de
animação/ocupação de tempos livres do indivíduo:

o Proporcionar momentos de animação, convívio e outras atividades


de carácter lúdico, cultural ou de lazer destinadas a combater a
solidão, monotonia e isolamento;

o Estimular a participação do indivíduo em atividades de lazer em


contexto comunitário, visando a promoção da sua integração
social.
Participar na prevenção de acidentes domésticos em contexto
institucional ou domiciliário de acordo com as orientações da
equipa técnica:

o Identificar riscos de acidentes domésticos;

o Propor medidas e adaptações do espaço domiciliário para melhorar


a acessibilidade e segurança.
Assegurar a recolha, triagem, transporte e acondicionamento de resíduos
decorrentes da prestação de cuidados de higienização, conforto e eliminação ao
indivíduo, garantindo o manuseamento adequado dos mesmos de acordo com
procedimentos definidos:

o • Participar na prevenção da negligência, abusos e maus-tratos


sobre o indivíduo;

o o Identificar sinais indiciadores de negligência, abusos e maus-


tratos contra pessoas idosas ou com deficiência;

o o Reportar sinais ou situações de negligência, abusos e maus-


tratos ao responsável do serviço ou da instituição.
Auxiliar o profissional de saúde na prestação de cuidados de
higiene, conforto e eliminação a pessoas com dependência
funcional, temporária ou permanente:

o o Auxiliar o profissional de saúde na mobilização,


posicionamento, transferência e transporte do indivíduo.
COMPETÊNCIAS
o SABERES
o SABERES-FAZER
o SABERES-SER
Dificuldades de operacionalização e estratégias de atuação
Gestão de conflitos

Numa instituição, como em qualquer comunidade, desencadeiam-se conflitos. São situações em


que comportamentos ou interesses de duas ou mais pessoas colidem, gerando-se confronto
entre as partes. Os conflitos são um aspeto normal da convivência social, mas há que dar-lhes
resolução.

Muitas vezes, os conflitos do dia-a-dia têm origem em mal-entendidos, por falta de comunicação
ou comunicação imperfeita. Numa instituição para pessoas mais velhas, é provável que haja
pessoas com dificuldades de comunicação: têm uma língua materna diferente, perderam a
audição ou a capacidade de falar, estão impossibilitados de usar linguagem corporal.
Dificuldades de operacionalização e estratégias de atuação
Gestão de conflitos

O feedback pode ser de dois tipos: positivo, se reforça ou melhora uma


atitude ou um comportamento correcto, como no exemplo acima; ou
correctivo, quando se destina a modificar e adequar comportamentos.

É muito importante para o crescimento e a maturação pessoal e


profissional. Aprende-se muito com a voz dos outros como de resto
acontece em todas as relações interpessoais
Dificuldades de operacionalização e estratégias de atuação

Indicações sobre feedback

1. Solicitá-lo com frequência;

2. Ouvir com atenção e sem interromper;

3. Se necessário, pedir para clarificar;

4. Evitar desculpas ou minimizar atitudes;

5. Assumir o compromisso de seguir o plano traçado;

6. Agradecer a quem nos dá feedback;

7. Recordar que o único feedback negativo é não ter feedback nenhum.


Prevenção da negligência, abusos e maus-tratos

• A instituição deve ter um programa de gestão e prevenção de negligência,


abusos e maus tratos aos utentes;

• A instituição deve ter definidas as regras e formas de atuação para as


situações de negligência, abusos e maus tratos aos utentes, seja por parte
dos colaboradores, seja por parte de pessoa(s) próxima(s) do utente;

• Colaboradores, utentes e pessoa(s) próxima(s) do utente têm acesso ao


documento escrito com a política de condução da instituição quanto às regras
e formas de atuação em situações de negligência, abusos e maus tratos aos
utentes, (p.e. regulamento interno de funcionamento do estabelecimento);
Prevenção da negligência, abusos e maus-tratos

• Devem ser criados espaços de comunicação para que o utente e/ou


pessoa(s) próxima(s) informe(m) os responsáveis pela Instituição da existência
de situações de negligência, abuso de direitos e maus tratos dos
colaboradores;

• Sempre que sejam detetadas situações de negligência, abusos de direitos e


maus tratos ao utente por parte dos colaboradores, os responsáveis pela
instituição devem auscultar todas as partes envolvidas, garantir que os direitos
do utente não são postos em causa neste processo e acionar junto dos
colaboradores os mecanismos de sanção previstos, de acordo com cada
situação;
Prevenção da negligência, abusos e maus-tratos

• Sempre que sejam detetadas situações de negligência, abusos de


direitos e maus tratos ao utente por parte das pessoas que lhe são
próximas, os colaboradores devem informar os responsáveis pelo
estabelecimento. Estes últimos, devem avaliar a situação em causa,
auscultando o utente e pessoa(s) próxima(s). De acordo com a
situação, os responsáveis devem informar, formar e apoiar o utente e
a(s) pessoa(s) próxima(s) a superar a situação ou, em casos
extremos, acionar os meios legais ao dispor, com vista a salvaguardar
a integridade e segurança do utente;
Atitudes facilitadoras do trabalho em equipa
O contexto da equipa inclui:
O trabalho em • A situação organizacional onde está inserida
equipa pode e (tipo de estrutura, funcionamento, atividade
deve estar que desenvolve, recursos humanos, técnicos e
presente onde financeiros que disponibiliza, logística que
oferece, sistema de informação, de educação e
se pretende de recompensa, etc.),
trabalhar com • A estrutura da equipa (dirigida por um líder ou
pessoas que autogerida),
sejam críticas, • Padrão de liderança,
participativas, • Papéis funcionais,
dinâmicas, • Padrões de comunicação,
• Composição da equipa,
participantes
• Treino dos membros
de processos • Acultura de equipa (conjunto de valores, de
decisórios e normas, de comportamentos e de significados
responsáveis. partilhados pelos membros que possibilitam o
trabalho em equipa).
Referimo-nos às As Equipas devem incluir:
competências,
saber, formação e  Pessoas que terão de desenvolver
informação que ações corretivas como resultado das
os elementos de decisões tomadas; Pessoas cujos
uma equipa postos de trabalho ou
devem possuir responsabilidades serão,
para provavelmente, afetadas; Só se pode
contar com a cooperação na
desempenharem
implementação das melhorias, se estas
o trabalho da Pessoas participaram no Trabalho em
equipa, ao seu Equipa.
grau de
motivação e  Pessoas com aptidões particulares, ou
esforço na “Know How” útil na identificação e
atuação em resolução de problemas. Só se devem
equipa e à forma incluir aqueles que fazem um trabalho
como coordenam relevante para o problema em análise.
e comunicam as
suas atividades.
A dimensão de uma Equipa

A dimensão de uma Equipa é um fator que afeta, de forma crítica, as


suas probabilidades de êxito. É necessário cuidado e discrição na seleção
de um grupo representativo, que não deixe de fora bons valores
individuais.

As Equipas começam a perder coesão e eficácia, a partir de um máximo


de 10 a 12 Membros. O tamanho ideal é, normalmente, entre 5 e 8
Membros.
Uma Equipa completa,
Uma Equipa completa, pode ser muito eficaz nas seguintes situações:

 Identificar problemas potenciais;

 Enumerar as causas possíveis de um problema;

 Apresentar as diferentes alternativas de solução;

 Ponderar os efeitos causados pelas soluções adotadas;

 Decidir qual a solução a adotar;

 Desenvolver Planos de Implementação.


No trabalho em equipa algumas
vantagens são tão evidentes que são
esquecidas, são elas:
 O máximo aproveitamento dos talentos de cada um,

 Maior criatividade nas tarefas a realizar,

 Maior motivação nas metas a atingir,

 Realização do trabalho de uma forma mais eficaz e eficiente,

 Maior responsabilidade individual,


No trabalho em equipa algumas
vantagens são tão evidentes que são
esquecidas, são elas:
 Maior rapidez de concretização, logo maior produtividade,

 Troca de experiência entre elementos,

 Novas abordagens e soluções,

 Gosto pelas tarefas a concretizar,

 Maior qualidade,

 Maior flexibilidade.
No trabalho em equipa algumas
vantagens são tão evidentes que são
esquecidas, são elas:
Partilha de objetivos comuns

Compreensão e aceitação dos papéis e funções de cada um.


Existência de recursos humanos e materiais suficientes.
Cooperação ativa e confiança mútua
Liderança adequada e eficaz, com uma rede de comunicação circular,
aberta e multidirecional.

Você também pode gostar