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Saúde Mental

UNIDADE 2
Unidade 2 | Introdução

Nesta unidade, vamos


conhecer as ações e os
serviços no sistema de saúde
voltados à saúde mental,
além de entender a
relevância da rede social do
paciente e sua relação com
a família. Por fim, vamos
aprender sobre
matriciamento e
sua importância para o
acompanhamento.
Unidade 2 | Objetivos

1. Identificar os dispositivos relacionados à saúde mental.


2. Explicar sobre a sobre as redes sociais em saúde
mental.
3. Interpretar a atenção e o cuidado em saúde mental.
4. Identificar o matriciamento em saúde mental.
1. Dispositivos da saúde mental

Vamos conhecer melhor as ações


e os serviços substitutivos em
saúde mental, como são
realizados e de que
forma substituem a internação
por longa permanência
1.1 O que são dispositivos da saúde mental

Tendo a desinstitucionalização
como principal vertente da
Reforma Psiquiátrica, é necessário
novas ações e novos serviços em
saúde mental.
São um conjunto de
dispositivos sanitários e
socioculturais para a integração
das várias áreas da vida
do indivíduo, como educação,
assistencial e reabilitação.
1.2 Unidades Básicas de Saúde

É por meio da Atenção Básica de


Saúde que se estrutura a rede
de atendimento à saúde mental,
e o acompanhamento dos
pacientes está vinculado às
ações e aos serviços das equipes
de Estratégia de Saúde da
Família (ESF).
A Atenção Básica se torna
responsável por organizar e
desenvolver o atendimento aos
pacientes com o objetivo de
acolher e estabelecer vínculos
terapêuticos.
1.3 Centro de Atenção Psicossocial

Esses centros têm como


objetivos não apenas o
atendimento médico
e psicológico, mas também a
atenção na rede de cuidados à
saúde mental .
As atividades são desenvolvidas
por intermédio de Projeto
Terapêutico Singular (PTS)
relacionado com a equipe, o
indivíduo e a família.
1.4 Centros de Convivência e Cultura

Espaços de sociabilidade, produção e


intervenção na cidade permitindo a
interação de grupos muitas vezes
discriminados pela sociedade.
1.5 Programa “De Volta para Casa”

Tem por objetivo a inserção social


de pessoas acometidas de
transtornos mentais, incentivando a
organização de uma rede ampla e
diversificada de recursos assistenciais
e de cuidados.
1.6 Serviço Residencial Terapêutico (SRT)

Tem por objetivo ajudar o paciente


a ressocializar, resgatar a
autonomia, bem como incentivá-lo a
assumir uma posição de agente ativo
de produção de vida.
1.7 Hospital-Dia

Intermediário entre a internação e


o atendimento ambulatorial,
para realização de procedimentos
que requeiram a permanência do
paciente na unidade por um período
máximo de 12 horas.
1.8 Leitos de retaguarda em Hospitais
Gerais (noturno/feriado/final de semana)
Trata-se de um componente de urgência
e emergência para garantir acesso dos
usuários à tecnologia hospitalar quando
necessário.
1.9 Unidades de Pronto-Atendimento (UPA)

Voltadas ao atendimento psiquiátrico de


emergência quando indispensável
a intervenção imediata da
equipe multiprofissional,
adequadamente treinada.
2. Integração e redes sociais em saúde
mental
Vamos conhecer melhor as
ações e os serviços substitutivos
em saúde mental, como são
realizados e de que
forma substituem a internação
por longa permanência.
2.1 Conceito de redes sociais

Conjunto de pessoas com quem


esse indivíduo conversa e troca
sinais regularmente. Essa
experiência ajuda a constituir a
própria identidade.
2.1 Conceito de redes sociais

A rede microssocial que o indivíduo


faz parte contribui de
maneira significativa para gerar suas
práticas sociais e a visão do mundo
e de si.
2.1.1 Mapa de redes sociais

É a forma de registrar a rede social do


paciente, de forma a perceber o tipo
de interação que o
indivíduo acompanhado tem com sua
rede.
2.2 Redes sociais em saúde mental

Conjunto de todas as relações


que circundam o indivíduo e levam
a interações interpessoais.
2.3 Importância das redes sociais em
saúde mental
As redes sociais são um dos
principais recursos referente ao apoio
recebido e percebido, associados
ao desenvolvimento humano
saudável e à qualidade das redes
sociais que um sujeito mantém. O
convívio social torna-se um
imprescindível suporte no tratamento
a partir dos diversos dispositivos de
apoio e de solidariedade.
2.4 Rede social no auxílio ao tratamento

A consciência do indivíduo de sua


rede social amplia sua capacidade
de enfrentar situações dolorosas e
difíceis além de melhorar sua
autoestima.

Nas intervenções terapêuticas


desenvolvidas pelos profissionais de
saúde mental, é imprescindível a
presença e o acionamento das redes
sociais do indivíduo.
3. Atenção e cuidado em saúde mental

O cuidado em saúde mental não


se restringe ao cuidado do
profissional da saúde. A família ,
como parte da reinserção social do
paciente, torna-se importante para a
evolução da condição de saúde do
indivíduo.
3.1 A relação familiar no passado

No século XX, a família começa a


ser vista de forma negativa
sendo culpabilizada pelo surgimento
de um portador de transtorno
mental.
A partir da Reforma Psiquiátrica, terapias familiares
são incorporadas ao trabalho dos profissionais de saúde.
3.2 A importância da relação familiar

Manter o paciente no contexto familiar e comunitário serve


de suporte para que o sujeito mantenha vínculos,
principalmente afetivos, revertendo o modelo manicomial.
3.3 Dificuldades na inserção da família
no cuidado
A inclusão da família em tratamentos terapêuticos é decisiva
e fundamental para a resposta de pacientes psiquiátricos.
Mas há uma dificuldade de deixar claro para os familiares
e cuidadores os benefícios do convívio social e familiar do paciente.
3.4 O cuidado com o cuidador

O acúmulo de responsabilidades leva ao estresse e até


adiamento de planos pessoais do cuidador. Levando-o ao extremo
e aumentando os riscos de problemas de saúde.
4. Matriciamento em saúde mental

Esta equipe foi criada para dar


suporte à unidade básica para
que ela possa identificar casos
que necessitam de
um acompanhamento mais
específico e especializado.
4.1 O que é matriciamento em saúde
mental
Também chamado de apoio
matricial, é um novo modelo de
produzir saúde em que duas ou
mais equipes criam
uma proposta de intervenção
pedagógico-terapêutica.
A equipe de apoio matricial pode ser acionada pela
equipe referência para dar suporte às suas atividades.

Exemplo:
• Equipe de referência: ESF
• Equipe de apoio matricial: Caps
4.2 Instrumentos do processo
de matriciamento em saúde mental

Por meio do matriciamento. a ESF passa a ter instrumentos e


conhecimento suficientes para a assistência em situações de crise.
4.2.1 Elaboração do projeto
terapêutico singular no apoio matricial de
saúde mental

O projeto terapêutico singular auxilia e direciona a equipe referência


para identificar casos e acompanhá-los.
4.2.2 Interconsulta como instrumento
do processo de matriciamento

Prática interdisciplinar para a construção do modelo integral do


cuidado, sendo uma ação colaborativa.
4.3 Dificuldades na implantação da equipe
de apoio matricial

As equipes referência não possuem uma definição clara sobre


o apoio matricial, apresentando dúvidas para empregar a
metodologia.

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