Você está na página 1de 46

UFCD 4260- Projetos comunitários

Formadora: Lélia do Rosário


Formandos: Frederico Lino
Leonor Paias
Margarida Gouveia
Trabalho de Grupo
GRUPO IV
Os grupos-alvo: enquadramento e contextualização

Animação Juvenil
 É a animação destinada a adolescentes e jovens. A animação é
feita tendo em conta as expectativas, os gostos, interesses e
necessidades dos jovens.
Os grupos-alvo

 O lazer na juventude constitui-se não apenas como um tempo


libertado das atividades tradicionais ligadas ao contexto da família,
comunidade ou religião, mas envolve também novas obrigações
instituídas em prol da colonização da juventude, como as escolas e
os grupos juvenis organizados pelos adultos.
Os grupos-alvo

 A liberdade: sentida na procura do desconhecido, o risco


como processo de ação, o imprevisível, a constante
mobilidade;
Os grupos-alvo

 A promoção do associativismo: como meio de socialização e


como canalização de desejos e inquietações comuns e de
aprendizagens diversificadas, nomeadamente, da democracia,
cultura, socialização, recreio e ócio.
Os grupos-alvo

A participação: elemento fulcral de um programa de animação,


importa promover uma animação de juventude passando pela
envolvência direta dos jovens.
Animação Sénior/Idosos

 Vocacionada para os mais idosos


(pessoas que atingiram a terceira idade e
são reformadas. É uma animação
especializada, pois tem de ir ao encontro
das possibilidades e disponibilidade dos
idosos.
Animação Sénior/Idosos

 A Animação Sociocultural na terceira idade funda-se nos princípios


de uma gerontologia educativa, promotora de situações operativas,
com vista a auxiliar as pessoas idosas a programar a evolução
natural do seu envelhecimento
Continuação

 Promover-lhes novos interesses e novas atividades, que


conduzam à manutenção da sua vitalidade física e mental,
de perspetivar a Animação do seu tempo, que é,
predominantemente, livre.
Continuação

 Consiste na atuação de forma a favorecer, promover e


aumentar a qualidade de vida dos idosos, estimulando-os
de forma mental, física e afetiva.
Continuação

 Pretende-se facilitar o acesso a uma vida mais ativa e mais criadora,


contribuindo para a melhoria das relações e comunicação com os outros.
Para uma melhor participação na comunidade e desenvolvendo a
personalidade do individuo e a sua autonomia.
Objetivos da animação para Idosos

 Promover a inovação e novas descobertas;


 Valorizar a formação ao longo da vida;
 Proporcionar uma vida mais harmoniosa, atrativa e dinâmica
com a participação e o envolvimento do idoso;
Objetivos da animação para Idosos

 Incrementar a ocupação adequada do tempo livre para evitar


que o tempo de lazer seja alienado, passivo e
despersonalizado;
 Valorizar as capacidades, competências, saberes e cultura do
idoso, aumentando a sua autoestima e autoconfiança.
Animação para adultos

É uma animação destinada a adultos, mais


generalizada e de maior alcance em termos de
difusão. Não implica cuidados especiais em
termos de metodologias e de aprendizagem
porque é virada para o divertimento e
entretenimento.
Modelos de intervenção em animação
sociocultural
O modelo sistémico
O modelo sistémico

O Modelo Sistémico foi assim definido tendo em conta que


pode ser transversal às diferentes realidades de intervenção, seja
com indivíduos singulares, pequenos grupos, organizações ou
comunidades.
Continuação

 Por outras palavras, a visão sistemática consiste na


perceção/compreensão da realidade social como um sistema, ou
seja, as pessoas dependem de sistemas no seu meio social
imediato para conseguir uma vida satisfatória.
Continuação

O Modelo Sistémico também enquadra a intervenção que se quer


realizar, na medida em que, para se poder intervir é indispensável
ter em conta a existência de vários sistemas que interagem entre si.

 Neste modelo é necessário procurar conhecer os sistemas: utente,


família, meio envolvente, e o sistema instituição.
Continuação

 Desta forma, só percebendo o problema na sua globalidade, tendo


sempre presente estes sistemas e os recursos disponíveis, é
possível a orientação para a elaboração de um projeto de
intervenção.
Continuação

 O Animador tenta promover a mudança, não de uma forma pura e


simplesmente assistencialista ou linear, mas de uma forma
integradora e circular, onde é envolvida toda a componente
socioeconómica, psicológica, cultural, familiar e interpessoal dos
membros do grupo.
São várias as dimensões do modelo sistémico:

A dimensão Teórica
 Deixa de encarar o problema, como algo individual, defende uma
relação de causalidade circular na compreensão dos problemas, tendo
em conta todos os fatores envolventes, seja o indivíduo, o grupo ou a
comunidade.
A dimensão Metodológica

 Centra-se na entrevista sistémica, na neutralidade do animador e na


circularidade da análise do grupo, sendo que aí o processo de ajuda,
é baseado não no conflito individual, mas sim só é possível a
intervenção quando se deteta o conflito de uma relação.
A dimensão Filosófica

A filosofia deste modelo é a reintegração, para que um dos


elementos da relação que sofra uma mudança, irá afetar
positivamente todo o grupo, quantos mais elementos forem
sendo modificados mais efetiva será a transformação da
realidade do conjunto.
A dimensão Funcional

 Tendo sido feita a análise circular do problema por todos as


interdependências relacionadas entre si, o animador desenvolve
hipóteses para a solução do problema tendo em vista induzir à
mudança. A mudança por sua vez, ocorre no todo e não numa das
partes, sendo deste modo mais eficaz uma mudança global que uma
pequena mudança parcial.
A investigação-ação
Continuação

 Pode descrever-se a investigação-ação como uma metodologia


de pesquisa assente em fundamentos pós-positivistas que
encara na ação uma intenção de mudança e na investigação um
processo de compreensão.
Continuação

 Com a investigação há uma ação deliberada de transformação


da realidade, um duplo objetivo, portanto, transformar a
realidade e produzir os conhecimentos que dizem respeito às
transformações realizadas.
Continuação

O processo da investigação-ação alterna ciclicamente entre a


ação e a reflexão crítica que, de um modo contínuo, apura os
seus métodos, na recolha de informação e na interpretação
que se vai desenvolvendo à luz da compreensão da situação
em causa.
Continuação

 Trata-se, portanto, de um processo emergente que toma forma


num progressivo entendimento do problema e que, sendo
iterável, converge para uma melhor compreensão do que
acontece.
Metodologias

 Com esta metodologia os investigadores não só observam,


também participam nos fenómenos que estudam. A
participação é uma necessidade objetiva na investigação-ação,
onde também no seu processo de avaliação se pode contar com
a colaboração de todos os participantes.
Continuação
 Esta metodologia orienta-se à melhoria das práticas mediante a
mudança e a aprendizagem a partir das consequências dessas
mudanças. Permite ainda a participação de todos os implicados.
Desenvolve-se numa espiral de ciclos de planificação, ação,
observação e reflexão.
Continuação

 A Investigação/Ação pode ajudar animador a “desenvolver


estratégias e métodos” para que a sua atuação seja mais
adequada, bem como, “propiciar técnicas e instrumentos
de análise da realidade, assim como formas de recolha e
análise de dados.”
Continuação

O contributo desta metodologia é necessária para uma


reflexão sistemática sobre a prática educativa com o
objetivo de a transformar e melhorar.
Continuação

 A Investigação/ação deve estar definida por um plano de


investigação e um plano de ação, tudo isto suportado por
um conjunto de métodos e regras. São as chamadas fases
neste processo metodológico.
Continuação

 Com a investigação-ação enceta-se a aprendizagem-ação. Há


nesta metodologia um incontornável cariz pragmático, em
sentido construtivista. Intenta-se ajudar as pessoas a mudar uma
situação concreta, a resolver-se numa nova situação, em suma, a
compreender e a mudar.
Metodologias de intervenção na animação – processos e
técnicas
Processos e técnicas da animação

 Podemos definir técnicas como procedimentos operatórios


rigorosos, bem definidos, transmissíveis, suscetíveis de
serem novamente aplicados nas mesmas condições,
adaptados ao tipo de problema e aos fenómenos em causa.
Continuação

 A escolha das técnicas depende do objetivo que se


quer atingir, o qual, por sua vez, está ligado ao
método.
Continuação

 Numa visão mais humana, a técnica traduz o


procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm
como objetivo obter um determinado resultado, seja no
campo da Ciência, da Tecnologia, das Artes ou em
outra atividade.
Continuação

 Estes procedimentos não excluem a criatividade


como fator importante da técnica, como os
conhecimentos técnicos e a capacidade de
improvisação.
Continuação

 Assim como o pintor precisa de tintas, pincéis e tela para pintar, também,
o animador precisa de escolher, organizar e dominar um conjunto de
técnicas de animação que lhe permitam alcançar os seus objetivos.
Continuação

 As técnicas de grupo devem ser “vividas” pelo animador e


a sua eficácia irá depender da sua habilidade pessoal, do
seu bom senso e sentido de oportunidade e da sua
capacidade criativa e imaginativa.
Processos e técnicas de técnicas do evento

O uso de uma técnica de animação acaba sempre em atividade,


daí que o animador ao escolher determinada técnica e tendo
em vista o planeamento de uma atividade, deve ter em conta
uma série de fatores, dos quais se destacam os seguintes:
Fatores destacáveis no evento

As necessidades e expectativas do grupo;


O ritmo de aprendizagem do grupo;
A faixa etária do grupo.

Você também pode gostar