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Curso/Unidade: Formador/a:
Animador – perfil e estatuto profissional Inês Mendes
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ÍNDICE
Introdução ......................................................................................................................................................................4
Objetivos ......................................................................................................................................................................5
Conteúdos programáticos ...........................................................................................................................................5
2. Animador sociocultural………………………………………………………………………....…………………………………..………………………… 10
2.1.1Perfil do animador…………………………………………………………………………………………………………………………….…………. 14
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OBJETIVOS
Objetivos Gerais:
• Reconhecer o papel do animador como facilitador do desenvolvimento de diferentes
competências nos indivíduos/grupos com quem desenvolve o seu trabalho.
Objetivos Específicos:
• O formando deve ser capaz de identificar, sem recurso ao manual de apoio em 10 minutos,
o papel e funções do animador;
• O formando deve ser capaz de identificar, sem recurso ao manual de apoio em 10 minutos,
o perfil de competências do animador;
• O formando deve ser capaz de identificar, sem recurso ao manual de apoio em 10 minutos,
as perspetivas profissionais do animador;
• O formando deve ser capaz de identificar, sem recurso ao manual de apoio em 10 minutos,
a formação como estratégia de valorização para o animador.
Conteúdos programáticos
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• A formação do Animador Sociocultural como estratégia de valorização e atualização.
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Introdução
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1. ANIMADOR E CULTURA
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desenvolvimento e na dinâmica global da vida socio-política em que estão
integradas”.
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Comunicacional (encontros onde se privilegia a abertura, a relação, a
confiança e o colocar-se no lugar do outro).
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embora não existam grandes diferenças de conceitos e metodologias, porque
“cultura” também é “educação”.
Segundo Lobrot (1977), “animar implica acção dinâmica, exercida de
forma directa, que produz movimento, vida, actividade, induzindo a propostas
e sugestões que orientem, seduzam, solicitem, despertem e influenciem a
imaginação, sem qualquer coercibilidade.”
A animação pode especificar-se nas seguintes modalidades:
Cultural: Surge como entidade criadora de um produto cultural, artístico
ou criativo.
Educativa: Surge como promotora da educação e formação inicial e ao
longo da vida.
Económica: Na dimensão económica a animação surge como actividade
geradora de recursos económicos e financeiros, como sejam a criação de
emprego e as receitas de actividades de animação.
Social: Na sua dimensão social a animação surge como um meio de
superar as desigualdades sociais e como alavanca de promoção da pessoa e
da comunidade
A animação pode organizar-se em quatro categorias:
Difusão cultural:
Incentivar o gosto
pela cultura, ciência
e pelo
conhecimento
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Actividades sociais:
Promover a
participação das
pessoas nos
movimentos cívicos,
sociais, políticos ou
económicos.
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O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-
se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e
entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação
desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade
criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais,
familiares e sociais.» (Dumazedier, 1976, apud Oleias)
Pode ser entendido por:
. Atitude
. Tempo livre
. Actividade recreativa
A palavra "lazer" pode ser interpretada por vários significados, com base
em interpretações da moral, da religião, da filosofia e do senso comum,
contendo também, um sistema de pensamento que indica uma condição de
felicidade e de liberdade. (Santini, 1993).
Para Dumazedier, lazer é: “ (...) um conjunto de ocupações, às quais o
indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para se
divertir, recrear e se entreter ou, ainda, para desenvolver sua informação ou
formação desinteressada, sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou das
obrigações profissionais, familiares e sociais" (Dumazedier, apud Santini,
1993:17).
Também é comum o uso, do termo recreação para nomear algo parecido
ao lazer porém, com alguns elementos que os diferenciam. Recreação é
entendida como " (...) actividade física ou mental que o indivíduo é
naturalmente arrastado para satisfazer as necessidades físicas, psíquicas ou
sociais, de cuja realização lhe advém prazer" (Santini, 1993:18).
Desta forma, a diferença entre recreação e lazer reside na escolha das
actividades a serem exercidas. Enquanto no lazer, por ser um termo mais
amplo, o indivíduo possui graus de liberdade para sua escolha, e na recreação,
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as actividades são impulsionadas naturalmente por motivos interiores,
relacionado a necessidade física, psicológico ou social.
Segundo Andrade (2001), deve-se superar a manutenção do hábito de
considerar-se o lazer como o não-trabalho em situação individual e colectiva
de quem se afastava de suas actividades sistemáticas. (Trabalho produtivo e
trabalho lúdico).
A ideia de que, a partir de determinada idade, certas actividades não
devem ser desfrutadas, é uma concepção que tende a ser superada em relação
às constantes modificações sociais, uma vez que, actualmente, a expectativa
de vida das pessoas, tem aumentado muito e com isso, a necessidade de se
repensar as questões que envolvem a qualidade de desfrutar do tempo livre.
A experiência da prática de lazer aumenta o processo de integração entre
as pessoas, sejam estas jovens ou idosas, sem diferenciar, portanto a idade
do indivíduo que a vivência. Entretanto, muitos valores destruídos e até
mesmos preconceituosos, tendem a guiar as concepções de lazer dentro da
própria comunidade idosa interferindo de forma negativa.
Lazer é sinónimo de maior qualidade de vida para população idosa.
É necessária a identificação das necessidades de lazer, facilidade e
dificuldade encontrada pela pessoa da terceira idade, assim será possível
elaborar e propor actividades de lazer que atenda e satisfação do grupo.
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2. ANIMADOR SOCIOCULTURAL
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coordenando e/ou desenvolvendo actividades de animação de carácter
cultural, educativo, social, lúdico e recreativo.
É aquele que realiza tarefas e actividades de animação, estimulando o público-
alvo para uma determinada acção. É um mediador, um intermediário, um
companheiro e um elo de ligação entre um objectivo e um grupo alvo.
Profissionais
Voluntários
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quaisquer espaços físicos
. O animador tem que flexibilidade para se adaptar a todas as situações.
O Animador trabalha em conjunto com o Educador Social, Assistente Social,
Sociólogo, Professor, para desenvolver actividades específicas em função de
um trabalho de equipa.
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ou do indivíduo, através do uso dos instrumentos que dinamizam as pessoas
envolvidas por este método. Para que desempenhe eficazmente as suas
funções, existem três áreas de competências fundamentais, que o animador
deve ter em conta:
. O saber - saber
. O saber ser
. O saber - fazer
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trabalha no domínio social, promovendo a participação activa dos indivíduos.
Portanto, o animador sociocultural está relacionado com o processo de
mentalização, sensibilização e actuação de carácter social, cultural e
educativo.
O Animador tem, no seu dia-a-dia que desempenhar papéis diferenciados:
. Designa quem realiza as tarefas e as actividades de animação.
. Promover a unidade do grupo, levando a criar laços de amizade entre
todos os seus membros, levando a resolver os conflitos que possam surgir;
. Estimular o grupo, levando-o a fazer coisas, actividades com ele;
. Facultar ao grupo o acesso a fontes de informação e documentação que
permitam uma auto-formação continuada.
. O Animador é ainda o promotor da comunicação inter-grupos,
favorecendo o confronto de pontos de vista e de resultados, tendo em vista
uma abertura cada vez maior da comunidade em que trabalha.
. Promover o diálogo entre todos, ou seja, servir de moderador para que
todos os indivíduos do grupo participem no diálogo ou na actividade evitando
o isolamento da pessoa;
. Deve saber gerir os recursos humanos e materiais necessários e geri-los
de acordo com o tempo.
. O animador tem como objectivos proporcionar momentos de alegria,
tem que intervir, respeitar, amar, ser bom comunicador, bom ouvinte entre
outras qualidades.
. O Animador tem que ter capacidade de se modificar conforme as
situações que lhe vão aparecendo, não pode reagir da mesma maneira com
grupos diferentes.
. O Animador por vezes ressuscita algo que se perdeu, como por exemplo
uma tradição.
. O Animador poderá dizer-se que é um actor.
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. O animador deve ser uma pessoa coerente nos seus actos, e crer naquilo
que diz e no que faz, transmitindo uma certa segurança ao grupo;
. Deve desenvolver e realizar gestões vinculadas às actividades que se
levam a cabo à vida associativa e aos serviços sociais existentes;
. O animador sabe controlar e avaliar economicamente e
administrativamente as suas acções;
. Controla e medir resultados.
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. Capacidade de motivação
. Superar situações de conflito
. Forte para vencer as dificuldades
. Ser Responsável
. Ser Organizado
. Ter Espírito inovador, critico e criativo
. Que saiba falar (usar termos correctos na hora certa), ou seja ser
assertivo
. Ter iniciativa
. Ser bem disposto
. Capaz de proporcionar trocas recíprocas de experiências e
aprendizagens, de forma a evitar o isolamento e aumentar o contacto com o
exterior;
. Ser uma pessoa que não impõe, mas que lança propostas e ajuda a
concretizar
Conselheiro Técnico
. Orientação
. Resposta ajuda
. “Condução” desenvolvimento de potencialidades/ capacidades.
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Técnico especialidades/actividades socioculturais
. Elaborar actividades
. Desenvolver actividades
. (Re) Avaliar actividades
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3. Perspetivas profissionais do Animador Sociocultural
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profissionais emergentes, ou em construção.
Caride Gómez , citando Wilensky, identifica quatro etapas no processo de delimitação
histórica do objecto específico de uma profissão e no seu reconhecimento pela sociedade.
Essas etapas não correspondem, no pensamento do autor, a fases históricas que se
sucedem e substituem no tempo, mas a “sequências em que se mostra como se produz
a transição da ocupação para a profissionalização” (Caride Gómez, 2008, p. 157), isto é,
a processos que se vão sobrepondo no sentido da afirmação gradual de uma profissão
socialmente reconhecida como tal.
São eles:
• O estabelecimento de diversos procedimentos de formação e seleção.
• A constituição de uma ou várias associações profissionais
• para estabelecer modelos e normas de ocupação, e para
• orientar as relações com outros grupos competitivos.
• A consecução do reconhecimento público em forma de apoio
• legal para controlar o acesso à profissão e ao seu exercício.
• A elaboração de um código ético.
Neste processo de reconhecimento social, a congruência entre o que fazem os
profissionais e o que a sociedade espera deles desempenha um papel fundamental na
atribuição de legitimidade social à profissão e aos profissionais.
Geneviève Poujol, em 1989, situava a ASC num quadro mais vasto da animação, em que
o animador seria aquele que desenvolve a sua acção no e sobre o tempo livre dos outros
(Poujol, 1989, p. 78 e 153). Embora explicitando muitas reservas mentais, Poujol propõe
uma tipologia da animação em três categorias, consoante a perspectiva e o método
utilizado:
• O animador cultural seria aquele que, assumindo uma perspectiva cultural, se
encarregaria da difusão junto de grupos sociais específicos;
• O animador social seria aquele que, assumindo uma perspctiva comunitária, se
dedicaria a associar grupos sociais a um projeto social;
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• O animador sociocultural seria aquele que, assumindo uma perspetiva educativa,
promoveria a apropriação por grupos sociais dos meios para o seu
desenvolvimento cultural (Poujol, 1989, p. 78).
Não há nesta tipologia nada que a afaste de uma perspetiva mais global de humanização,
a não ser precisamente o facto desnecessário de afastar o animador sociocultural do
animador social e do animador cultural. Com efeito, a ideia que atravessa todas as
categorias de animador é a ideia de uma necessidade fundamental, seja de acesso à
informação, seja de participação num projeto social, seja de apropriação de meios para
o desenvolvimento cultural. Assim, pelo contrário, esta “tipologia” da animação deve ser
vista como correspondendo a três eixos fundamentais da ASC.
Do mesmo modo, parece fazer sentido agrupar na denominação de ASC alguns dos perfis
profissionais que Mario Viché refere nos âmbitos da educação familiar, educação escolar
e educação comunitária: educadores de rua, animadores de tempo livre, animadores
socioeducativos, animadores culturais, animadores socioculturais (Viché, 2006).
Numa tentativa de encontrar a identidade profissional dos animadores socioculturais é
fundamental que tenhamos em consideração aquilo que é a realidade atual, mas
ficaremos, seguramente, num impasse, se não formos capazes de perspetivar o futuro e
propor as mudanças necessárias para participarmos, como grupo profissional, na sua
construção. Um dos aspetos mais importante para o reconhecimento da ASC pelas
comunidades é a sua capacidade para dar resposta a novas necessidades e exigências
sociais, muitas delas emergentes numa sociedade qualificada como pós-moderna, pós-
industrial, da informação, do conhecimento, em rede, do ócio, etc.. Referindo-se ao
reconhecimento académico da Educação Social, Caride Gómez defende que “estas novas
necessidades obrigam a repensar a natureza e o alcance da educação como uma prática
que pode estar presente em qualquer tempo e espaço da vida das pessoas (Caride Gómez,
2008, p. 122). Ora, é esta precisamente a perspectiva que devemos assumir para a ASC.
No entanto, num primeiro momento, há que encontrar um consenso sobre o agrupamento
de perfis profissionais que pode caber na designação Animação Sociocultural, ou em outra
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que, sendo mais clara, a possa substituir. Numa sociedade fragmentada, a intervenção
social não pode dispersar-se, constituindo-se como um factor potenciador dessa
fragmentação. Tem de a ter em conta, tem mesmo de saber respeitá-la, mas tem de
apresentar-se com um sentido, um significado social que seja compreensível para as
comunidades.
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4. A formação do Animador Sociocultural como estratégia de valorização e
atualização.
Por ser uma “função que existe para além de uma profissão e que, enquanto
profissão, possui um reconhecimento social “ (Lopes, 2006, p. 459) encontrar um modelo
de formação para animadores foi um processo complexo e que se estendeu ao longo dos
anos.
Assistiu-se ao longo de 25 anos (1974-1999) a cíclicos debates, fóruns e discussões sobre
questões que se prendem com o conferir a esta função reconhecimento oficial através da
criação
de uma carreira, um estatuto profissional e um quadro deontológico (Ibidem).
Durante os anos 70, esta discussão esteve assente nas diferenças entre animadores
profissionais e voluntários e na dúvida da possibilidade de cooperação entre ambos.
Relativamente ao modelo de formação de animadores, a questão central foi se este
deveria ser feito exclusivamente através da prática ou a partir da teoria tendo sido
levantadas também, no Relatório da Divisão de Formação Técnica (DFT) (1976, p.5 citado
por Lopes, 2006, p. 460) documento II do FAOJ, questões como: Porquê formar
animadores? Formar que animadores? Escolher que formadores? Formar de que maneira?
Formar em que quadro institucional? A formação de animadores em Portugal nos anos
70 teve duas fases, uma primeira baseada em métodos experienciais e vivenciais e uma
segunda em ações formativas de curta duração realizadas no país ou em França
(resultantes de um acordo Luso-Francês de formação de animadores). Os primeiros
formadores de animação sociocultural em Portugal tinham formação teórica nas mais
variadas áreas de conhecimento como letras, teatro, sociologia, psicologia, história,
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filosofia, entre outras que não a animação sociocultural. O método utilizado, segundo
Lopes (2006), era o debate de ideias, baseado na dicotomia do mundo entre direita e
esquerda, bem e mal ou politicas fascistas e antifascistas.
Os relatórios da DFT do FAOJ sobre formação nesta área (Garcia, 1975 Lopes 2006),
defendiam que os animadores teriam que ser pessoas flexíveis e abertas de modo a que
com o aumentar da sua formação encontrassem o seu próprio perfil. Estes relatórios
lançaram também uma série de pontos a ser considerados no recrutamento de
animadores:
Empenhamento num trabalho de âmbito cultural;
visão progressista, apartidária na sua intervenção relativamente ao grupo
comunidade ou população;
conhecimento o mais profundo possível da área onde vai desenvolver a
ação;
elevado grau de abertura ao nível intelectual, emocional e relacional;
personalidade maleável, não impondo pontos de vista nem tentando ser líder (uma
vez que esta posição deve pertencer a um elemento do grupo);
facilidade de comunicação e de trabalho em grupo;
nível razoável de cultura geral;
natureza inquieta e fundamentalmente insatisfeita;
desenvolvimento de capacidades como intuição, imaginação, reflexão, criatividade e
imaginação.
Neste relatório, Garcia (1975, citado por Lopes 2006) dava conta da dificuldade que seria
encontrar pessoas com estas características defendendo que essa busca deveria ser feita
em indivíduos que já tivessem desenvolvido trabalho na área da intervenção cultural e
por isso já tivessem experimentado o trabalho de animadores.
Relativamente à questão: formar animadores voluntários ou profissionais, o mesmo
relatório concluía que a formação deveria ser dada a ambos pois o trabalho de um pode
complementar o de outro e vice-versa. Se por um lado nos animadores voluntários há
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sempre o risco de abandono da profissão devido ao desgaste do acumular da vida
profissional com a animação sociocultural estes também têm um campo de ação mais
diversificado, podendo ser uma mais-valia para o trabalho mais especializado e mais
continuado dos animadores profissionais.
Garcia (1976, no Relatório da DFT – Documento II citado por Lopes 2006) defende que
deve ser dada primazia à formação em animação sociocultural, por ser mais ampla e
abranger mais pessoas a nível da tomada de consciência da ação, considerando a
formação em animação socioeducativa mais específica a nível de metodologias e técnicas.
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Apelava ainda a que a formação fosse mais polivalente e de caráter básico de modo a
que depois evoluísse para uma formação de caráter mais específico.
É nos anos 70 que o estado considera e regula pela primeira vez a formação de
animadores com o Despacho Normativo nº. 112/77 dando resposta às propostas
apresentadas no Conselho da Europa que recomendavam a realização de seminários de
formação de animadores integrados numa politica global de animação sociocultural e de
implementação da democracia cultural. O referido despacho normativo contemplava que
a Secretaria de Estado da Cultura, a Secretaria de Estado da Juventude e dos Desportos
e a Secretaria de Estado da Orientação Pedagógica deveriam organizar em conjunto esses
seminários, bem como cursos e ações de formação de animadores socioculturais.Os
modelos de formação de animadores trazidos dos anos 70, de curta e média duração e
baseados na prática e experiência de formadores e formandos,
vigoraram ainda durante os anos 80 em que
A formação de animadores foi percorrendo um trajeto relacionado
com as questões da prática da animação, formação investigação,
formação instrumental, formação em serviço, formação
complementar, de que resultou a criação de um corpo crescente
de novos profissionais sem estatuto fixo e com alguma tendência
para exercerem a função de forma provisória (Lopes, 2006,
p.467).
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Para Lopes (2006), foi difícil teorizar a história da animação sociocultural e a formação
dos animadores pois esta aparece desfasada da ação dos animadores. A teoria produzida
tem contributos profissionais das áreas que até então têm assegurado a formação de
animadores, como a psicologia, a história e a antropologia e não de animadores que até
esta data foram incapazes de produzir teoria a partir da prática.
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