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Feedback Negativo
A Liberação do GnRH pelo hipotálamo
estimula a glândula pituitária (ou hipófise)
anterior a produzir e liberar tanto FSH
quando LH (embora não ao mesmo
tempo);
O FSH chega até as células foliculares e se
acopla em seus receptores, fazendo com
que seja produzido estrogênio. O
estrogênio vai, além dos tecidos-alvo, à
hipófise anterior e ao hipotálamo,
exercendo uma resposta negativa à
produção de FSH;
O LH age principalmente nas células
tecais, induzindo a produção de
progesterona. A progesterona age, além
dos tecidos-alvo, em resposta regulatória
à produção de LH, sendo outro feedback
negativo.
Referência: LANGMAN, JAN, SADLER, T. WGALLI, SERGIO et al. Embriologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro:
Editora Guanabara Koogan Ltda., 2016.
Referência: LANGMAN, JAN, SADLER, T. WGALLI, SERGIO et al. Embriologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro:
Editora Guanabara Koogan Ltda., 2016.
Por exemplo, uma mulher hipotética nota que possui ciclos variáveis, os quais 33
dias corresponde o maior e 26 dias o menor. Portanto, de acordo com os cálculos
propostos, temos (26-18=8) e (33-11=22). Concluímos que a abstenção sexual para
este caso é recomendada do oitavo dia ao vigésimo segundo dia do ciclo.
Alguns problemas óbvios começam a aparecer, como a comparação do organismo
a fórmulas exatas. Em algum momento, alguma influência externa a este sistema
pode influenciar nos dias do ciclo, fora que mulheres com ciclos muito oscilantes
precisam ficar muitos dias sem ter relações sexuais, logo requer uma disciplina
rigorosa. O apetite sexual é mais aguçado principalmente enquanto nos
momentos de fertilidade, então o controle é muito mais difícil.
Isso varia muito a taxa de eficácia do método, no entanto, ela é sempre mais
elevada. É importante haver o conhecimento do próprio corpo com relação a isso,
mas a confiabilidade é insuficiente.
Método sintotérmico:
Engloba os métodos anteriores listados até agora.
Persona:
É um aparelho que confere a situação da fertilidade a partir de um perfil traçado
com dados personalizados da paciente continuamente. Essas informações
ganham precisão conforme a acumulação dos dados fornecidos sobre o ciclo.
Os resultados são apresentados a partir de um visor portátil, confirmando a
segurança do momento com relação à fertilidade, indicada por luz verde (seguro
para a prática sexual) ou vermelha (risco de gravidez).
Há também a luz amarela, que indica dúvida sobre o estado fértil da usuária.
Elimina-se a incerteza por um teste fornecido pelo próprio equipamento, através
da coleta de urina e são contabilizados na amostra a quantidade de LH e gliconato
de estriol. Dessa forma, a luz vermelha ou verde acenderá, trazendo a conclusão
com maior clareza.
Métodos de barreira:
Preservativo masculino:
Também conhecido pelos nomes de condom, camisinha ou camisa-de-Vênus, é
uma fina membrana que envolve o pênis como uma redoma, impedindo o contato
do esperma com o ambiente externo (principalmente a vagina). Constituído
normalmente de látex, assume diferentes tamanhos, formatos e até existem
algumas saborizadas ou as que brilham no escuro.
O homem deve colocá-la antes do coito, com seu membro ereto, certificando-se de
posicionar o lado correto e pressionando a extremidade para criar um vácuo,
evitando aumento da pressão interna.
A lubrificação é muito importante e na maioria está presente de fábrica, no
entanto, é permitido acrescentar pequenas quantias, desde que não seja suficiente
para ser possível removê-la com facilidade. O usuário também pode fazer uso de
espermicidas, como complemento, mas todas essas substâncias devem ser à
base de água, a fim de evitar comprometimento do material.
A camisinha é a única forma eficaz de prevenir a transmissão de DSTs, posto isso,
os cuidados ao usá-la devem ser redobrados quando há tal risco, verificando a
qualidade do produto, possíveis avarias, abrir a embalagem com cautela, retirar
imediatamente após a ejaculação, evitando que o invólucro saia junto com essa
retirada, usá-la somente uma vez e descartá-la em ambiente adequado.
Camisinha feminina:
Bolsa cilíndrica de comprimento similar ao da camisinha masculina. Possui um
anel flexível em cada extremidade, servindo tanto para o posicionamento quando
para manter a abertura na hora da penetração. Também previne DSTs e é pré-
lubrificada por composto à base de silicone (permitido o uso de lubrificantes à
base de água ou óleo, por ser feita de poliuretano).
Para colocá-la, a usuária deve estar em posição confortável (deitada, sentada,
agachada etc.). Segurando a extremidade fechada com uma das mãos, deve
apertar o anel, distribuir homogeneamente o lubrificante e introduzi-lo o mais
profundamente possível, afastando os grandes lábios com a outra mão.
Ao final, deve certificar-se que esteja completamente estendida e preenchendo o
interior e a extremidade aberta precisa estar para fora, na vulva.
Além das mesmas preocupações ditos no método anterior, uma se faz exclusiva
por requerer a introdução correta do pênis, evitando o escape esporádico e o
encaixe dele entre uma parede lateral da vagina e o envoltório.
As desvantagens mais expressivas pelos usuários são pelo desconforto causado,
seja pela estética, ruído, redução de sensibilidade, movimentação durante o coito
e o preço é maior que a masculina.
Espermicidas:
Substâncias comprometedoras da integridade dos espermatozoides, pela ação
surfactantes em suas membranas e nas de outros organismos causadores de
DSTs. Inseridas na vagina, impedem a chegada dos gametas à tuba uterina em
constituições diversas (creme, geleia, comprimido, tablete, espuma etc.), sendo
algumas capazes de exercer a função de barreira física também.
Isoladamente, seu uso não é recomendado pela baixa eficácia, mas aliado a outro
método de barreira, a segurança na proteção é amplificada consideravelmente.
O uso correto inclui a deposição do conteúdo próximo ao cérvice, sendo os
supositórios, tabletes ou comprimidos postos 15 minutos antes da relação, pois
precisam de um tempo para dissolverem a substância ativa. Em quaisquer
composições, recomenda-se 2 horas no máximo a cada nova aplicação, se assim
desejarem continuar o intercurso.
Diafragma:
Membrana com formato de cúpula (côncavo-convexa) feita de silicone e
circundada por um anel fixador de sua morfologia característica, mas, como na
camisinha feminina, pode ser flexionado para sua inserção, tomando forma de “8”
e retornando ao estado original facilmente.
Está disponível em diversos tamanhos, porque ele deve se encaixar perfeitamente
no interior da vagina. Então, a usuária vai ao ginecologista e solicita a medição da
circunferência do órgão, para encontrar o modelo ideal para si, além de aprender a
forma correta de introdução (garantindo que o canal esteja totalmente coberto.
Recomenda-se fortemente o uso combinado de espermicida nesta ocasião
também, sempre visando o aumento da eficácia contraceptiva. Este deve ser
colocado em quantia de preencher cerca da metade do diafragma.
A renovação da dose de espermicida deve ocorrer entre 1 e 2 horas por vez, caso
optem por continuar as relações para além desse prazo e a remoção do diafragma
deve compreender 6 e 24 horas após atividades concluídas.
A limpeza do aparelho é realizada minúcia e paulatinamente, observando se há
injúrias comprometendo a integridade. Lavar com água, sabão neutro, realizar
uma boa secagem e polvilhá-lo com talco sem perfume ou amido de milho. Manter
em local seco e abrigado da luz. No corpo da usuária, somente a vulva deve ser
limpa.
Nunca usar lubrificantes à base de petróleo, posto que é comprovado seu
potencial corrosivo quando em contato com o diafragma em longos períodos.
Em caso de grande variação no peso corporal ou já ter tido filhos, o ideal é
mensurar novamente o tamanho da circunferência do canal vaginal, posto que
alterações ocorrerão.
Capuz cervical:
A lógica deste método é a mesma do diafragma. Difere do tamanho e, como
sugere o nome, tem o objetivo de cobrir o cérvice. O uso de espermicidas também
é válido e a mulher deve realizar exame ginecológico para a medição do tamanho
do cérvice, pois existem 4 tamanhos distintos de capuz cervical.
Ela própria aprenderá a posicioná-lo perfeitamente e o prazo para a retirada pós-
coito também é de 6 a 24 horas.
Esponja:
Espuma de formato discoidal que possui uma cavidade e uma alça. É posicionada
no cérvice, liberando espermicida por até 24 horas, fazendo o bloqueio da entrada
do colo uterino.
Para ativar o espermicida, é necessário umedecer a esponja e espremê-la. Dobrar
ao meio com a cavidade para cima, facilitando a colocação correta. Também
necessita checar o tamanho correto, igual o capuz cervical.
Sua durabilidade permite a não reposição de espermicida e após o coito, deverá
permanecer na mulher por um período entre 6 e 30 horas. Retira-se pela alça e o
uso é único. Usuárias que já tiveram filhos não são recomendadas a usar tal
método.
Pequeno dispositivo flexível colocado dentro do útero que visa evitar a gestação
por meio de um mecanismo de ação. Existem dois tipos: os que contêm cobre e
os com hormônios (progesterona ou levonorgestrel – LNG), alguns são chamados
frame less, implantados na musculatura uterina.
DIUs de cobre possuem modelos de tamanhos variados, mas atualmente os
maiores são mais utilizados, devido ao número de íons cobre liberados na
superfície ser maior, acarretando proporcionalmente em sua eficácia.
Mecanismo de ação:
O que se sabe é que causam inflamação no endométrio e isto, por sua vez, altera a
estrutura bioquímica (aumento de citocinas citotóxicas) e histológica dos tecidos,
causando interferências na fisiologia da espermomigração, fertilização do ovócito
e implantação do blastocisto.
Os íons de cobre agem diretamente nos espermatozoides, acabando com a
vitalidade, consequentemente, a motilidade. Além disso, diminui o tempo de
validade do ovócito no trato genital, estimula a síntese de prostaglandinas e inibe
enzimas endometriais. Sendo assim, esse combo de reações raramente resultará
em fertilização, apesar da ocorrência normal da ovulação, o DIU de cobre terá
efeito a partir de outras partes do processo.
O DIU liberador de levonorgestrel o faz em pequenas quantidade diárias (20 µg/dia)
na cavidade uterina. Como é pouco absorvível, as adversidades sistêmicas são
nulas ou insignificantes, já que atinge localmente, ocasionando a atrofia do
endométrio e alterando a constituição do muco cervical (fica espesso, tornando-se
barreira física), amplificando a ação contraceptiva.
A progesterona no endométrio também provoca decidualização e atrofia glandular,
suprimindo receptores de estrógeno e progesterona, podendo impedir até a
ovulação.
O tempo de validade do DIU pode variar, dependendo do modelo, sendo de
aproximadamente 5 anos para o DIU de cobre e até 12 anos para o liberador de
hormônios, até que comecem a falhar progressivamente. Após o prazo, devem ser
removidos e substituídos (se a paciente desejar) através de método cirúrgico.
Anticoncepção hormonal
Modo de usar:
Tomar a primeira pílula no primeiro dia do ciclo (primeira menstruação) e
prosseguir sem pausas, até o fim da cartela. Ao término, aguardar o início do ciclo
novamente para repetir o processo (período de pausa). Em cartelas com 28, 7
delas são vitamínicas e enriquecidas com ferro e a mulher deverá tomá-las sem
interrupções. Se houver a preferência por não menstruar, o período de espera
poderá ser preenchido pelas pílulas hormonais.
É fundamental lembrar de tomar todos os dias, mas caso ocorra esquecimento,
recomenda-se tomar imediatamente após lembrar, mesmo que sejam duas doses.
Quando duas pílulas são esquecidas, o ideal é tomar dose dobrada por 48 horas,
se abster sexualmente por 14 dias ou utilizar métodos de barreira. Com o atraso
de 72 horas (ou mais), é possível que aconteça a menstruação. Dessa forma, a
usuária deve aguardar até o quinto dia do sangramento e reiniciar uma nova
cartela ou esperar pelo sangramento quantos dias forem necessários. A
recomendação de abstenção (14 dias) ou uso de método de barreira é o mesmo
nesse caso, acrescidos do tempo de espera.
Mecanismo de ação:
Contraceptivos orais combinados (COC) influenciarão o eixo neuroendócrino,
alteram o estímulo ovariano devido aos gonadotróficos e interfere diretamente no
mecanismo de feedback.
Ocorre um bloqueio gonadotrófico do pico de LH, logo a ovulação não acontece.
Atuam na constituição do muco cervical, tornando-o espesso, impossibilitando a
logística espermática e atrofiam o endométrio, incapacitando a implantação do
embrião.
Esses efeitos permanecem enquanto o uso contínuo também se manter, portanto
a fertilidade é reestabelecida facilmente com o corte de ingestão.
Implantes:
Pequenos bastões permeáveis de material plástico (geralmente silicone), que
contêm hormônios para serem liberados gradativamente após inserido em tecido
subcutâneo. Possui dimensões entre 3,4 cm a 4,4 cm de comprimento por 2 mm a
2,4 mm de diâmetro, dependendo da marca do produto ou do conteúdo hormonal
(diferentes progestágenos em cada tipo). O efeito é o mesmo, inibição da
ovulação, espessamento do muco cervical e atrofia endometrial.
Pílulas vaginais:
Pílulas do tipo monofásico feitas para serem inseridas na vagina com
periodicidade similar à cartela contendo 21 drágeas, logo o uso é diário e possui
pausa de 7 dias até a próxima dose.
Anel vaginal:
É um anel flexível, com diâmetro externo de 54 mm e 4 mm de espessura colocado
na vagina. Libera etonogestrel e etinilestradiol diariamente por um total de 3
semanas (21 dias). Em seguida deve ser retirado e fazer a pausa de 7 dias ou, se
preferir, colocar outro novo de imediato para evitar a menstruação. Possui o
mesmo regimento e efeito das pílulas combinadas, com a vantagem de não
precisar lembrar de utilizar todos os dias, já que a colocação é única por ciclo e os
compostos não entram em contato com o fígado, mas sim com a absorção direta à
circulação sistêmica, evitando impactos metabólicos.
No entanto, as maiores reclamações sobre este método incluem a sensação de
corpo estranho, desconforto, problemas no coito ou até a expulsão involuntária do
anel.
Contraceptivos de emergência:
Dadas variadas circunstâncias nas quais uma mulher pode estar sexualmente
submetida, sejam de caráter consentido ou não, podem resultar em situações de
alto risco de gravidez e, nesses casos, a intenção de que isso aconteça é ausente.
Assim, a contracepção emergencial faz o seu papel aqui.
Método de Yuzpe:
Uma combinação de 100 µg de etinilestradiol e 500 µg de levonorgestrel tomados
em duas partes num intervalo de 12 horas entre elas.
O método deve ser realizado em até 72 horas após o coito desprotegido,
preferivelmente o mais rápido possível.
Progestágenos:
Duas doses de 750 µg de levonorgestrel tomadas com intervalo de 12 horas ou em
dose única de 1500 µg após a relação. Uma vantagem desse método em relação ao
de Yuzpe é que não provoca náuseas ou vômito.
Outros:
Mifepristone (considerado “antagonista da progesterona”), embora não seja
autorizado por ser abortivo, toma-se em dose única de 650 mg.
Ou o de menor alcance em tais circunstâncias, mas não exatamente menos eficaz,
é o implante de DIU logo após o ato sexual (ou o quanto antes).
Modo de ação:
Sabe-se que afeta diversas etapas do processo de concepção, podendo prevenir a
ovulação, intervir na fertilização, impedir a implantação do embrião ou o seu
transporte, tudo vai depender de quando for tomado, portanto isso contribui para
que o mecanismo em detalhes permaneça desconhecido.
O uso contínuo desses métodos é totalmente contra recomendado, a menos que
falhas ocasionais aconteçam, ocorra violência sexual ou a usuária programe-se,
tendo baixa frequência de atividade sexual.
Métodos definitivos: