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CICLO MENSTRUAL
A mulher é um ser cíclico e pulsátil . Eventos principais do ciclo menstrual: maturação folicular,
ovulação e preparação do endométrio para nidação
Quando a ciclicidade se expressa na mulher? Puberdade
Quando se inicia o desenvolvimento folicular? Vida intrauterina >20 semanas
EIXO HHO HIPOTÁLAMO-GnRH estimulando: —> ADENOHIPÓFISE para
liberação das gonadotrofinas —> FSH e LH atuam sob o
OVÁRIO para que tenha liberação predominantemente de
ESTROGENIO na fase da foliculogenese e em seguida,
PROGESTERON na fase esteroidogenese. A PROGESTERONA
vai atuar sob o ENDOMÉTRIO para ele ficar mais proliferativo ou
secretor (prepara a mulher para gestação)
CICLO UTERINO:
- É um espelho do ciclo ovariano
- CAMADAS DO ENDOMÉTRIO: compacta (superficial) e esponjosa (média) —> camada
funcional (que sofre alterações ao longo do ciclo) e a basal (profunda): poucas alterações,
responsável pela regeneração depois.. não da para descamar a camada basal não tem quem
regenere
-CICLO UTERINO: Proliferativa -> Secretora ->Menstrual
1ºFASE: PROLIFERATIVA: HORMÔNIOS ATUANTES: FSH E ESTRADIOL/ESTROGÊNIO
O AUMENTO do estrogênio = AUMENTO do endométrio, pq a ação do estrogênio é proliferativa.
HISTOLOGIA: "
Inicial: glândulas modestas, curtas e pequenas
Tardia: glândulas + alongadas, +enrodilhas (ação estrogênica)
1. Não há restrição
CRITÉRIOS DE 2. Pode ter um risco teórico, mas o benefício supera muito o risco
ELEGIBILIDADE 1 e 2 PODE USAR O MÉTODO SEM PROBLEMAS
3. Contraindicação é relativa. Os riscos teórico superam as
vantagens de se utilizar o método
4. Contraindicação absoluta
- Proteção IST?
CONDOM - Índice de pearl : 18 (masculino); 21 (feminino) - baixa eficácia
- Orientar quanto uso correto
ESTERILIZAÇÃO DEFINITIVA:
- O uso repetitivo ou frequente da AE compromete sua eficácia, que será sempre menor do
que aquelaobtidacom o uso regular do método contraceptivo de rotina no mesmo período
-Efeitos colaterais: Náuseas, vômitos, cefaleia, dor mamária, vertigens
-Contraindicacao absoluta: Gravidez! Não há registros de efeitos teratogenicos
SUA: SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL
Não é um diagnóstico, é um achado
CAUSAS:
-Estruturais: PALM —> Pólipo, Adenomiose, Leiomioma,Maligna
-Não estruturais: COIEN —> Coagulopatia, Ovulatória, Endometriose (DIP), Iatrogenica (medicação,
AÇO), não classificada
INVESTIGAÇÃO:
1º Origem: 1º exame especular
2º Idade: causa para faixa etária
>>NEONATAL: Privação estrogênio materno (primeira semana de vida,sangramento discreto, auto-
limitado)
>> CRIANÇA: Corpo estranho (criança com corrimento ou sangramento vaginal), infecção
(contaminação do canal vaginal, é inespecífica), puberdade precoce
DESCARTAR: Trauma/abuso vaginal ou neoplasias: vagina - Sarcoma botroide ou ovário -
puberdade precoce. Trauma acidental dificialmente atinge o canal vaginal!!
>> PÓS MENOPAUSA (CAI MUITO!!) :Atrofia e terapia hormonal….se usar hormônio, é terapia
hormonal,3ºlugar é Ca DE ENDOMÉTRIO!!
EXAMES COMPLEMENTARES:
BHCG —> no menacma sem contracepção ou sexualmente ativa
USGTV —> avaliação inicial uterina. Se visualizar algo, tem que solicitar HISTEROSCOPIA (padrão
ouro)
Hemograma —> sempre
Coagulograma —> dependendo da clínica
MIOMAS
95% dos tumores benignos trato genital
Maioria assintomática —> só vai mexer, se tiver clínica
Mioma subseroso NÃO SANGRA!!! Pode gerar dor e compressão, se muito grande
Miomas que abaula a cavidade uterina pode gerar sangramento: INTRAMURAL, SUBMUCOSO
(CAUSA CLÁSSICA DE SANGRAMENTO E INFERTILIDADE - Se investiga e não acha uma causa
específica, pode ser o mioma)
Classificação da FIGO: 0-7 ( do mais dentro da cavidade uterina pra fora).. se fala que o numero
menor é mais dentro da cavidade: submucoso/intramural e os números maiores serosos/ pedículo
pra fora. O 8 é o mioma que não está no corpo do útero, pode estar no colo ou mioma parasita
(esta em outra estrutura)
Tratamento: mioma que não causa nada,não faz nada. Assintomática = nao tratar!! Se
sintomática:
Leve/ moderado/pequeno: expectante clinico —>pode dar o ACO, o anticoncepcional não trata o
tumor..o tumor é hormônio dependente (pode ate crescer um pouco o mioma), mas o ACO pode
atrofiar o endométrio e controlar o fluxo!!
Intenso e nulípa: Miomectomia (retira somente o mioma, não é definitivo)
Intenso e multípara: histerectomia ( tratamento definitivo). Se for, só submucoso não faz
histerectomia, faz miomectomia histeroscopica!!
Droga no preparo cirúrgico = Análogo GnRH : diminui o tamanho do tumor e diminui anemia ..
opera em condições melhores!! Porém, não pode ser usado por muito tempo tem muito efeito
colateral: osteoporose, queixa climatérica
Outras opções.. Embolização da artéria uterina ou miólise por USG focalizado de alta intensidade
guiado por RM —> não podem ser 1º opção para mulher que deseja ter filho
Podem degenerar…
Degeneração hialina: +comum, mioma fica endurecido
Degeneração rubra ou necrose asséptica: dor na gestação (mulher grávida,com histórico de
mioma, abdome agudo que não acha nenhuma outra causa)
Degeneração sarcomatosa: <0,5% (rara). Tumor do músculo!! —> suspeita: mioma cresce após
menopausa = HISTECTOMIA!!
INFERTILIDADE MASCULINA:
ESPERMOGRAMA —> normal:não repetir, se anormal: repetir em 3 meses (12 semanas). 1
ANORMAL SEMPRE REPETE!!
INFERTILIDADE FEMINA:
FATOR OVARIANO:
DOSAGEM DA PROGESTERONA:na fase outra (21º a 24º) >3ng/ml
DOSAGEM FSH: Parâmetro mais usado para reserva ovariana.. ruim para prognóstico >15 no 3º
dia do ciclo. A idade é o maior preditor de reserva ovariana
DOSAGEM DO ANTIMULLERIANO: não sofre interferência com a fase do ciclo, pode dosar em
qualquer hora
USGTV SERIADA: 11º dia começa a fazer USGTV de 2/2 dias para documentar ovulação (para
coito/captação) e contagem de folículos (valor prognóstico)
FATOR TUBOPERITONEAL:
HISTEROSSALPINGOGRAFIA: Exame inicial para trompa —> trompa Pérvia =prova de Cotte +,se
negativa = videolaparoscopia (padrão ouro!!)
FATOR UTERINO:
USGTV + HISTEROSSALPINGOGRAFIA: Altercação —> solicitar: Histeroscopia =padrão ouro para
cavidade endometrial
TRATAMENTO :
Masculino —> maioria FIV —> FIV convencional ou FIV com ICSI (se aparecer na prova marcar
com ICSI,porque tem uma taxa melhor de sucesso)
Fator tuboperitoneal: laparoscopia —>retirar aderência,foco endometriose,salpingoplastia
Espermograma alterado + fator tuboperitoneal = FIV
Fator uterino:cirurgia —> retirada de pólipos, septos
Fator ovariano: indução ovulação (ex:clomifeno,LETROZOL!!!) OU FIV —> risco: hiperestimulo
ovariano(ascite, derrame pleural)
Sem causa aparente: inseminação intrauterina
AMENORREIA
CLASSIFICAÇÃO :
>> PRIMÁRIA: não teve a 1º menstruação. Aos 16 anos todas as mulheres deveriam ter menstruado
14 anos com ausência de menstruação sem desenvolvimento sexual secundário
16 anos com ausência de menstruação com desenvolvimento sexual secundário
Sequencia do desenvolvimento: telarca>> pubarca>> menarca
>>SECUNDÁRIA: sem menstruação por 6 meses (ciclos irregulares) ou 3 ciclos (ciclos regulares)
Secundaria X Atraso menstrual: o atraso é um limite curto.
AMENORREIA PRIMÁRIA:
- Presença ou ausência de carácteres sexuais 2º (DICA DE PROVA: Mama desenvolvidas = parte
hormonal ok)
- Presença ou ausência de útero —> agenesias mullerianas
- Níveis de FSH —> para distinguir de causa ovariana ou central
-Formação da genitália:
>> Interna: Ducto de Müller —>paramesometrio = faz a mulher: útero, trompas e 2/3 da vagina / Ducto
de Wolf —> mesometrio = faz o homem. Todo mundo tem os 2.
Homem: tem anti-mulleriano = cresce somente o. Wolf
Mulher: sem anti-mulleriano = cresce Müller
DISGENESIA GONADAL
- Principal causa da amenorreia 1º
- É a presença da gonada em fita com ausência de céls. Germinativas
- A mais comum é a síndrome de Turner
>>SÍNDROME DE TURNER: 45,X0 (Alguns 45,X/ 46,XX ou 45,/46,XY). Na presença de Y tem que retirar a
gônada.
Clínica: pescoço alado, tóraxem escudo, micrognatia, baixa estatura, comorbidade: DM, tireoidopatias,
outras auto imunes
AMENORREIA SECUNDÁRIA
- Beta HCG tem que ser primeiro, porque a gravidez podem interferir na prolactina
- Se falhar na prova de estrogênio e progesterona = causa anatômica
2º Solicitar TSH + Prolactina: Hipotireoidismo é mais associado a amenorreia (hiper tb pode dar, mas
não é comum), além de ser uma causa de hiperprolactinemia. Por isso, solicita os dois juntos
>>CAUSAS DE HIPERPROLACTINEMIA:
1.Prolactinoma: diagnóstico com RM e tto: clinico, raramente opera: Cabergolina ou Bromocriptina
2. Medicamentosa: Metoclopramida, neurolépticos,triciclos, ranitidina, ACO. Não suspender antes de
conversar com o especialista que passou a medicação.
3. Outras: Gestação, hipotireoidismo, cirrose, insuficiência renal, radioterapia, estresse, estimulação
3º Teste da progesterona (P4): Avalia o status estrogênico e a patência do trato genital de saída
Diidrogeterona 10mg ou acetato de medroxiprogesterona 10mg por 5-10 dias
Com sangramento = anovulação
Sem sangramento = avaliar a causa anatômica ou falta de estrogênio —> TESTE DO ESTROGÊNIO +
PROGESTERONA: tenta simular um ciclo com estrogênio por 21 dias e progesterona por 5 dias
EC 1,25 mg/dia ou Valerato de E2 2mg/dia —> com sangramento: causas do compartimento II,III ou IV /
sem sangramento: causas do compartimento I- alterações do trato genital de saída
CAUSAS:
40% Ovarianas; 35% hipotamicas; 19% hipofisarias; 5% uterinas
IV - HIPOTALAMICAS:
- Tumores: Craniofaringioma
-Síndrome de Kallman: amenorreia 1º + infantilismo sexual + anosmia. Em homens: pode haver cegueira
para cores
- Estresse, anorexia, exercícios físicos
III - HIPOFISÁRIAS
-Tumores: Prolactinomas
- Síndrome de Sheehan: Neecrose hipofisária pós parto
I - OVARIANAS:
-Insuficiência ovariana prematura: <40 anos + esgotamento folicular. O FSH vai estar aumentado
-Sindrome de Savage: resistência às gonadotrofinas, tem folículos residentes!!
-Ambas terão clinica de climatério
- Para diferenciar no diagnóstico: Biopsia, porém o tratamento é o mesmo.. se não vai mudar a conduta,
não é muito utilizado na pratica
-Disgenesia gonadal: infantilismo sexual e aumento do FSH (primária) —> Sd.de Turner + comum
- Síndrome de MRKH: 46,XX + vagina curta e ausência de útero
-Síndrome de Asherman: agressão endometrial previa formando sinequias (aderências)
-Hiperplasia adrenal congênita/pseudohermafrotismo feminino: genitália ambígua na mulher, causado por
deficiência da 21-hidroxilase que causa excesso de 17-OH-progeserona e aumento de androgenios
-Alterações anatômicas uterinas
SOP
DEFINIÇÃO: Síndrome Anovulatoria crônica hiperandrogenica
PARTICULARIDADES :
-Endocrinopatia + comum da mulher
- 80% dos casos de hiperandrogenismo em mulheres
- 90% das pacientes com ciclos irregulares
- 30 - 40% das mulheres inférteis
- Associa-se com resistência insulinica em 50%
FISIOPATOLOGIA:
-Central: aumento da sensibilidade hipofisária ao GnRH que leva
ao aumento da amplitude de pulsos do LH —> vai transformais
mais colesterol em androgênio,resultando um
hiperandrogenismo que vai levar a um aumento de estrogênio..
se por muito tempo aumentado pode ser um fator de risco para
Ca de endométrio
DIAGNÓSTICO :
2 dos 3 critérios = SOP + excluir outras etiologias
- 12 ou + folículos de 2 a 9 mm
- Volume ovariano > 10 cm3
- Anovulação hiperandrogenica (oligo/anovulação)
- Hiperandrogenismo clínico ou bioquímico
EXCLUSÃO :
Anovulação crônica: Tireoidopatias, androgênioterapia, hiperprolactinemia, disfunção hipotalâmica, síndrome
de Cushing, hiperplasia adrenal congênita de inicio tardio, insuficiência ovariana prematura, tumores
secretores
DIAGNÓSTICO:
- Perfil bioquímico: exclusão de outras etiologias: TSH, 17-OH-Progesterona, cortisol
-Típico: aumento de: testosterona total e livre, androstenediona, S-DHEA, resistência insulinica, LH,
estrogênio, prolactina (as vezes). Diminuição ou niveis normais de: FSH, SHBG
REPERCUSSÕES CLÍNICAS:
Complexo endócrino-metabólico: risco metabólico -> aumento da prevalência de DM2, intolerância à glicose,
obesidade,síndrome metabólica
- Resistência insulinica é encontrado em quase 50% das pacientes, entretanto não é considerado como
critério de diagnóstico, não existe um teste para resistência insulina universalmente aceito.. o + utilizado são:
HOMA IR: homeostasis model assessment
-Risco cardiovascular: aumento de todos os fatores de risco cardíaco na mulher com SOP —> Obesidade,
dislipidemia, diabetes tipo 2, intolerância a glicose, resistência insulinica, ansiedade,depressão, disfunção
inflamatória endotelial, calcificações nas coronárias e aorta, espessamento da camada intima-média da
carótida
CONDUTAS :
-Avaliação clinica: aferição da PA, medida da circunferência abdominal, glicemia de jejum, TOTG (75g de
glicose/2h de intervalo), lipidograma (colesterol total e frações + triglicerídeos)
TRATAMENTO:
-Individualizado. Heterogeneidade
- Para todos: mudança do estilo de vida: atividade física + dieta + diminuição do peso para IMC aumentado
- Objetivos específicos:
>>Regularização dos ciclos: ACO ou progestogenioterapia
>> Controle dos sintomas hiperandrogenicos: TTO COSMÉTICO/ACO/Ciproterona (genérico: Diane 35)
>> Controle de sequelas metabólicas: Metformina para aquelas que não conseguem perder peso, risco
aumentado de resistência insulínica, acantose migrans
>> Restauração da fertilidade: Indutores da ovulação: CLOMIFENO OU LETROZOL
>> Proteção endometrial: ACO ou protestogenioterapia
INDUÇÃO DA OVULAÇÃO:
- Dieta e atividade física: a perda de 5 a 10% do peso já pode promover a ovulação da mulher
- Sem ovulação com mudanças do estilo de vida: Clomifeno, se presença de resistência insulinica associar
a Metformina
-Na falha do Clomifeno: Gonadotrofinas ou FIV
- O Letrozol é o melhor indutor de ovulação, mas não é utilizado ainda no Brasil.. somente off-label
- Tratamento: é o mesmo para hipermobilidade vesical ou defeito esfincteriano
1º linha: clinico -> perda de peso, exercícios perineais (Keelhaulers); fisioterapia com biofeedback ou
eletroestimulacao
DULOXETINA (PAPEL SECUNDÁRIO): Inibidor da receptação de serotonina e noradrenalina —> Noradrenalina
sobrando que ativa o esfíncter, pode usar… mas não tem muito efeito
2º linha: indicado para casos que não tiveram melhora ou a paciente não quer o tratamento clínico
>>Hipermobilidade: padrão já foi cirurgia de Burch, atualmente é o SLING!!
>>Defeito esfincteriano: SLING (TVT: Sempre que fizer, fazer cistoscopia depois /TOT: não precisa da cistoscopia)
PROLAPSO
Aparellho de suspensão : Ligamento anterior: pubovesicuterinos / Ligamento lateral: cardinais ou paramétrios /
Ligamento posteriores: uterossacros
Aparelho de sustentação: Diafragma pélvico —> Elevador do anus (porretas, ileococcigea e pubococcigea) e
coccígeo ; Diafragma urogenital ; Fáscia endopélvica
-Tipos: uterino, cúpula, vaginal anterior (cistocele), vaginal posterior (retocele)
- Tratamento:
>> Conservador: Prolapso diminui e aumenta risco cirúrgico —> pessarios e fisioterapia
>> Cirurgia: Histerectomia vaginal ou cirurgia de Manchester (se desejo reprodutivo, faz uma amputação parcial do
colo e fixa o útero no paramétrio. MACETE: MANchester para MANter o útero)
PROLAPSO DE CÚPULA:
- Risco de outro prolapso pós histerotomia
- Paciente comparece no ambulatório com uma “bola”na vagina.
-Tratamento: Fixar cúpula vaginal ao promontório ou ligamento sacroespinhoso
Ou fazer colpocleise = impede a penetração, paciente não pode ter atividade sexual —> fecha a vagina (Le Fort)
CLASSIFICACAO POP-Q:
CLIMATÉRIO:
-Primeiros indícios de falha ovariana até 65
- Menopausa:quando completa 1ano após a última menstruação. O climatério envolve o período pré e pós
menopausa
-Clínica: alteração menstrual (1º), fogacho,insônia, síndrome geniturinaria (atrofia - ressecamento
vaginal),dispareunia (devido ao ressecamento), aumento do risco de osteoporose
- Diagnóstico de menopausa é clinico!!
-Pós menopausa: FSH >40; estradiol <20 e hormônio
Atimulleriano indetectável (marcador de reserva de folículos)
Ovário não produz Estrogênio e progesterona mais
Estrogênio —> aromatização periférica —> estrona
OVÁRIO AINDA PRODUZ ANDROGÊNIO!!
Contraindicações de terapia hormonal:
1) Tumor hormônio dependente,
2) Ca de mama (ou precursoras) ou endométrios,sangramento vaginal indeterminado;
3) AVE/ IAM, TVP/TEP (avaliar via administração),
4) LES aumenta risco de trombose;
5) Doença hepática descompensada;
6) Porfiria;meningioma - para progesterona
MAMA:
MASTITE:
>>Mastite puerperal (principal agente:Staphylococcus aureus): erro crônico de criança com pega no mamilo e
fissura mamária. Diagnósticos: sinais flogístico + febre. Tratamento: melhor sustentação e pega. Manter
amamentação e ATB (Cefalexina, usar um ATB que pode manter amamentação)
>> Abscesso mamário: PODE AMAMENTAR, exceto: descarga purulenta ou incisão cirúrgica próxima ao
mamilo, deixa mamando na outra mama. Tratamento:drenagem, esvaziar mama e ATB
DERRAME PAPILAR:
>>Lácteo: hiperprolactinemia (investigar causas)
>> Multicolor (verde/amarelo/marrom): alteração funcional benigna da mama e ectasia ductal (inflamação
crônica de ducto)
>>Sanguíneo/serosanguineo: MAIOR CAUSA (CAI EM PROVA): PAPILOMA INTRADUCTAL. Investigar se:
espontâneo, uniductal, unilateral,agua de rocha ou sanguinolento -> RESSECAR DUCTO. Cito negativa não
descarta diagnóstico
NÓDULO PALPÁVEL:
-Exame fisico:
Benigno: móvel, regular, fibroelástico (fibroadenoma)
Maligno: aderido, irregular, pétreo (=pedra, duro)
- Palpar o nódulo —> PAAF (diagnóstica ou terapêutica. Define se à lesão é sólida ou cística, se cística: amarelo
esverdeado, sem lesão residual.. sempre fazer exame de imagem, USG/mamografia, para avaliar se tem lesão
residual. Se sair sangue,não sair nada = nódulo sólido/massa residual, >2recidivas.. fazer exame de imagem:
USG, mamografia, biópsia) ou fazer primeiro o exame de imagem
- USG: misto, mal delimitado, sombra acústica = SUGERE MALIGNIDADE
- Cisto + dor = PAAF para aliviar a dor.
CA DE MAMA:
- Fatores de risco: idade>40a, HF (1º), nuliparidade (ao longo da gestação tem muito alterações mamarias e
durante a amamentação a mama estará no estagio final), menacme longo (hormônio dependente. Vida
reprodutiva longo: menarca precoce e menopausa tardia, mt tempo de exposição hormonal),mutação BRCA 1 e
2, hiperplasia atipicas, Ca in situ ductal (GRANDE PRECURSOR), Ca in situ lobular, ser mulher
- Rastreio:
MS: Mamografia bienal (2/2 anos) de 50 a 69 anos,em 2015 o MS contraindicou o autoexame e exame clinico
passou a benefício incerto.
FEBRASGO (+pratica): baixo risco: mamografia anual >40 anos
HISTOPATOLOGICO:
-Biopsia ambulatorial: possibilidade de falso-negativo —> Core biopsy e mamotomia
>>Mamotomia: 1 disparo único, consegue tirar um fragmento grande. Melhor para microcalcificacoes. Muito
caro
>>Core biopsy/ Punção com agulha grossa: vários disparos, fragmento pequeno. Melhor para nódulos palpável
IMUNO-HISTOQUIMICA:
Receptor hormonal (RE e RP) e superexpressao HER:
- Luminal A (melhor): RE+; RP+ ; HER-
-Triplo negativo: RE- ; RP- ; HER-
-HER+: superexpressam HER —> mais agressivos
TRATAMENTO:
>> LESÕES MALIGNAS:
1. Cirurgia conservadora: avaliar a relação tumor/mama (ideal <3,5cm e <20% da mama) —> Setorectomia/
Quadrantectomia+RT. TEM QUE TER ACESSO A RADIOTERAPIA PÓS OPERATÓRIA!! Se não tiver acesso,
contraindica. Não pode ser doença multicentrica!!
2. Cirurgia radical - mastectomia: Halsted (retira os 2 peitorais. Quase não usa,só se tiver invasão de peitoral),
Patey (retira o peitoral menor); Madden (não tira nenhum peitoral).
“Pai tira 1 e mãe tira nenhum
+ AVALIAÇÃO DE LINFONODO —> Esvaziamento completo (esvaziamento axilar) X linfonodo sentinela (procura o
1ºlinfonodo a drenar a região tumoral, se negativo evita dissecção axilar radical, não fazer se axila clinicamente
positiva, se 1 linfonodo positivo = esvaziamento completo)
QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE: Objetivo: Controle sistêmico. Indicado se:linfonodo positivo, tumores >1cm,
superexpressao de HER, receptor hormonal negativo, muitas metases
QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE: Objetivo: realizar antes da cirurgia para um tumor grande para reduzir o
tamanho.. opera em condições melhores
RADIOTERAPIA ADJUVANTE: faz primeiro quimio e em seguida, radio. TODA CIRURGIA CONSERVADORA
TEM QUE TER RT, tumores >4cm
TERAPIA ALVO DIRIGIDA /MONOCLONAL: (Diminui o efeito adverso): TRASTUZUMABE: indicado para
pacientes que superexpressam HER2 (relação com pior prognóstico e agressividade). Tto disponível no SUS
OVÁRIO
-Órgão retroperitonial
-Artéria ovariana, ramo da aorta, originada através do infundibulo pélvico
LESÕES OVARIANAS
- Fator de risco: HF +; idade >60; mutação BRCA; tabagismo,menacme longo
Nuligesta, indutores de ovulação (coloca o ovário para funcionar demais)
-Fator de proteção: amamentação, uso de anovulatórios, laqueadura tubária - clampeamento de parte do
suprimento vascular da A.uterina, irrigando menos o ovário vai irrigar menos o tumor, retirada do ovário em
pacientes de alto risco (coloca o ovário para funcionar “menos")
- Rastreio para Ca de ovário SEM RASTREIO PARA BAIXO RISCO!! Incidência é baixa, mas a mortalidade é alta
pq não tem o rastreamento.. descobre em estágios avançados
DIAGNÓSTICO:
-NUNCA MARCAR BIOPSIA GUIADA POR USG, PQ VAI DISSEMINAR A LESÃO
-Avaliação clinica + USG
-Benigno X Maligno:
SOLIDA
USG DOPPLER COM BAIXA RESISTÊNCIA (<0,4)
SEPTADA (espesso)
PAPILAS (especialmente se>4)
ESPESSAMENTO DE PAREDE
IRREGULAR
TAMANHO >8CM (ou 10cm** depende do autor)
ANTES OU APÓS MENACME/ ASCITE —> criança, após menopausa (nao está ovulando)
TUMORES BENIGNOS: Funcionais, não neoplasicos —> Cisto folicular, cisto de corpo lúteo (diminuição da IR
Doppler)
TUMORES PROLIFERATIVOS/ NEOPLÁSICOS: Adenomas, teratoma benignos (cisto dermoide), stuma ovarii
(presença de mt tecido tireoidiano…mulher jovem, massa anexial, crise tireotoxica), fibromas (pode dar ascite)
SÍNDROME DE MEIGS: TUMOR OVÁRIO (GERALMENTE FIBROMA)+ ASCITE + DERRAME PLEURAL
TRATAMENTO BENIGNAS:
1. Funcionais: expectante (maioria). Se pct instável = cirurgia
2. Neoplásico benigno: cistectomia (ooforoplastia, cuidadoooo com ooforectomia ou anexosectomia)
TUMORES MALIGNOS:
-Epitelial: Adenocarcinoma seroso (+comum); adenocarcinoma mucinoso (PSEUDOMIXOMA) - geralmente,
TIRA OVÁRIO E APÊNDICE! Pq não sabe qual originou
-Germinativo - é de criança: Disgerminoma (germinativo+ comum)
TUMOR DE KRUKENBERG:1º geralmente é gástrico (célula em anel de sinete)
TRATAMENTO MALIGNO:
CLASSIFICAÇÃO DA OMS:
>> SIMPLES SEM ATIPIA ( Risco de malignidade: 1%)
>> COMPLEXA SEM ATIPIA (Risco de malignidade: 3%)
>> SIMPLES COM ATIPIA (Risco de malignidade: 8%)
>> COMPLEXA COM ATIPIA (Risco de malignidade: 29%)
OUTRAS:
TRATAMENTO COM ATIPIA: Histerectomia total + SOB + coleta lavado peritoneal (afastar questão de
malignidade)
**Obs: Na prática é utilizado uma avaliação de RM prévia antes da cirurgia
CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
- MAIS COMUM: Endometrioide
-TIPOS PATOGÊNICOS:
I) EXPOSIÇÃO AO ENDOMÉTRIO: baixo grau, <invasão mioneural, bom prognóstico
II) SEM EXPOSIÇÃO AO ENDOMÉTRIO: endométrio atrófico, mais velhas, alto grau, > invasão miometrial,
mau prognóstico
- CONDUTA NO CA DE ENDOMÉTRIO:
TRATAMENTO CONFORME O ESTADIAMENTO (OQ + CAI EM PROVA):
- Laparotomia ou CMI: Estadiamento + tratamento
- Lavado + histerotomia total + anexectomia+ linfadenectomia** se necessário
- Radioterapia: > 50% de invasão miometrial (>IB)
-Quimioterapia: se ultrapassar o útero
- Epitélio escamoso é mais comum de ser afetado, até por estar mais exposto do que o colunar
- Cistos de Naboth são encontrados na metaplasia escamosa —> processo fisiológico que não demanda
nenhuma outra conduta adicional
FATORES DE RISCO: Infecções pelo HPV, coitarca precoce, múltiplos parceiros sexuais,infecções
sexualmente transmissível, ACO (pq não preocupa com a dupla proteção: anticoncepção + IST’s),
tabagismo, baixa imunidade, multiparidade, desnutrição, má higiene genital, baixo nível socioeconômico,
radiação ionizante
2º COLPOCITOLOGIA:
RASTREAMENTO: Coleta dupla: ectocervice + endocervice, em serviços com recursos mais disponíveis
pode ter a disponibilidade da coleta tríplice: adiciona o fundo da vagina
PERIODICIDADE: 1x ao ano, após 2 anuais consecutivos negativos passa a coletar a cada 3 anos. Entre
25 a 64 anos, após a sexarca
Situações especiais:
>> Gestante: igual, não altera a conduta - rastreamento oportunístico
>> Paciente vivendo com HIV: após sexarca: 6/6 meses no 1º ano (não é necessário esperar completar 25
anos), se 2 anuais consecutivos normais passa para um ano mas deve estar com CD4>200. Se, CD4< 200
deve manter de 6/6 meses até corrigir o CD4. NUNCA PASSAR PARA TRIENAL!
>> VIRGO (pct virgem): NÃO COLETAR!!
COMO COLETAR:
COMO CONDUZIR:
LIE - BG (LSIL): Controle citológico. Repetir em 6 meses, se >25 anos ou em 3 anos, se <25 anos
ASC - US: Controle citológico. Repetir em 6 meses, se > 30 anos ou 12 meses, se 25-29 anos ou 3 anos, se
<25 anos
ASC - H: Colposcopia.
AGC (AGUS): Colposcopia. É glandular, sendo assim tem que avaliar o canal
LIE - AG (HSIL): Colposcopia
AOI (Atípia de origem indefinida): Colposcopia
PACIENTE VIVENDO COM HIV COM LIE-BG OU ASC-US: Colposcopia
SUGERE CA (ao exame especular): Colposcopia + biopsia
** Se no LIE, ASC-US repetir e vier algo igual ou pior: encaminhar a paciente para a Colposcopia
-Teste de Schiller (Lugol): trofismo pelo glicogênio. Quanto menos glicogênio disponível = não cora
- Conduta em gestante: só fazer biopsia na suspeita de invasão na colposcopia
ESTUDO HISTOPATOLÓGICO:
Neoplasias intraepiteais cervicais (NIC)
Câncer de colo uterino
ESTADIAMENTO / TRATAMENTO:
NEOPLASIAS INTRAEPITELIAIS CERVICAIS (NIC)
NIC I: lesão de baixo grau, baixo risco. Não está preocupado com Ca, sendo assim conduta expectante por
2 anos.. Se não desaparecer à lesão: crioterapia / cauterização - destrutivo, não precisa retirar uma margem
de segurança
NIC II ou III: está indicado a excisão.
Excisão tipo 1: doença ectocervical, que não se estende > 1 cm no canal cervical: ZT do tipo 1
Excisão tipo 2: Ultrapassar a JEC. Exérese entre 1,5 - 2,0cm: ZT do tipo 2
Excisão tipo 3 / ZT do tipo 3/ Pode ser chamado de Conizacao: Indicada para aqueles casos que não é
possível visualizar a JEC, colposcopia insatisfatória, suspeita de invasão, sem limite da lesão. Maioria das
NIC até 1 cm do canal cervical. Exérese entre 2,0 - 2,5 cm de canal
VIAS DE DISSEMINAÇÃO:
1º Contiguidade: vagina e corpo uterino
2º Linfática:
>> Grupo primário: paracervicais, parâmetros, obturadores, ilíacos
>> Grupo secundário: ilíacos comuns, paraaorticos e inguinais
3º Hematogenica: fígado, ossos e pulmões
Estádio IV:
IV A: Bexiga e reto
IV B: Metástase a distância
O que diferencia a total da radical são o grau de exérese dos ligamentos cardinais/paramétricos laterais e a
vagina (+ progresso do câncer para a vagina,terá que ser mais invasivo na abordagem cirúrgica)
>> Total: tto apropriado para pacientes com tumores em estagio IA1 sem invasão do espaco vascular linfático
qu não desejam mais engravidar
>>Radical:classificadas em radical modificada (tipo 2), radical (tipo 3) e radical estendida (tipo 4 e ). Ver
tabela.
TRATAMENTO:
0: Excisao tipo 3 é diagnóstico terapêutica
IA1:Padrão: histerectomia tipo 1. Se desejo de gestar: exérese tipo 3 ou Traquel
IA2: Padrão: histerotomia tipo 2 (Piver II) + linfadenectomia pélvica
IB1 e IB2: Padrão: histerectomia tipo 3 - Wertheim- Meigs (O que mais cai na prova!!)
A partir do IB3: Avaliar a necessidade da cirurgia, se alto risco: quimiorradioterapia. Se, risco cirúrgico
tranquilo pode fazer a histerotomia tipo 3: Wertheim- Meigs
>IIA 2: Quimioradioterapia. DICA: Geralmente, na prova vão colocar que presença de paramétrio
comprometido ao toque retal
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
VULVOVAGINITE :
- Defesa no menacme: acidez (pH <4,5); Lactobacilos (bacilos de Doderlein), pelos abundantes,
coaptação de pequenos lábios, muco cervical
-Investigação de corrimento
1. Olhar o corrimento, ver a origem dele, confirmar a caracteristica = exame especular
2. Avaliar a microscopia direta (exame a fresco)
3. Teste do pH
4. Teste das aminas (KOH 10%) - aumenta o odor
Ajuda diferenciar de vaginose, candidíase, tricomoníase, inespecífica
VAGINOSE
- Mais comum de todas
- Não tem reação inflamatória: prurido, ardor .. Marcada pelo cheiro forte, “peixe podre que piora
durante o período menstrual e o sexo
- Agente: Gardnerella Vaginalis, pode ser encontrada na flora normal da paciente. Se vier no
preventivo, só vai tratar se sintomática
-Diagnóstico: 3/4 critérios de Amsel - responde as 4 perguntas: corrimento branco-acizentado, fino,
homogêneo; pH vaginal >4,5; Teste das aminas (Whiff) +, clue cells (célula alvo)
-Tratamento: Metronidazol 500mg,VO,12/12h por 7 dias (mesmo esquema da tricomoníase) —>
pode usar em gestante, tem que tratar a gestante!! Tá associado a diversas complicações,
principalmente prematuridade
Não ingerir bebida alcoólica
CANDIDÍASE
-Agente: Candida
-Diagnóstico: Prurido, corrimento branco aderido, em nata, pH <4,5,pseudo-hifas (microscópica)
**pH tão ácido quanto da vagina
-Tratamento: Miconazol creme vaginal 7 noites ou Fluconazol 150mg,VO (2º opção). Nistatina são
14 noites
De repetição: >4 episódios em um ano: Fluconazol 1-4-7 + 1cp por semana por 6m
** Só vai tratar se o paciente tiver sintomatologia, não trata parceiro,não trata se vier presente no
preventivo sem sintomas
TRICOMONÍASE
-Agente: Trichomonas vaginalis
-Diagnóstico:corrimento amarelo esverdeado, bolhoso, ph>5, colo em framboesa, protozoário móvel,
teste de Shirlle: pele de onça ou colo tigroide
-Tratamento: Metronidazol 500mg, VO, 12/12h por 7 dias. NÃO PODE CREME!!! 2ºopcao:
Metronidazol 2g, VO, dose única
-Rastreio de outras IST’s, orientar uso de preservativos, convocar parceiros
-SEMPRE TRATAR!! Mesmo se assintomática
INESPECÍFICA:
-Causa mais comum na infância
-Sem agente especifico
-Diagnóstico de exclusão!! SEMPRE excluir violência sexual —> Faz exame fisico, exame a fresco e
EPF (Oxiuríase)
- Tratamento: reforçar medidas de higiene, modificação do vestuário, banho de assento e tratar
verminoses presentes
** fazer diagnostico diferencial para corpo estranho
CERVICITES
-Agente: Gonococo e Clamídia
-Fator de risco: tudo que aumentar a chance de transmissão sexual (múltiplos parceiros, parceiros
em tto IST, inicio da vida sexual cedo)
-Diagnóstico: SAÍDA DE PUS PELO COLO, corrimento cervical, colo hiperemiado, friável,
sinusorragia e dispareunia
- Tratamento: Ceftriaxone 500mg IM + Azitromicina 1g VO
**Tto sindromico!! Não demora, pq pode evoluir pra DIP
DIP
Agentes: Gonococo e Clamídia
Diagnóstico :
3 critérios maiores (mínimos): dor hipogástrico+ dor anexial + dor na mobilização do colo
+
1 critério menor (adicional): Febre, leucocitose, VHS/PCR aumentado, cervicite
OU
1 critério elaborado: Endometrite (biopsia de endométrio), abcesso tubo-ovariano ou no fundo de
saco, DIP na laparoscopia
Tratamento:
Depende da classificação
DIP 1: DIP não complicado + bom estado geral —> Ambulatorial c/ retorno em 48-72h
DIP 2: DIP c/ peritonite —> Hospitalar
DIP 3: Oclusão trompa / Abscesso —> Hospitalar
DIP 4: Abscesso > 10cm ou roto—> ATB + Cirúrgico
**Queda do estado geral, tentativa falha ambulatorial, gestante = internar a pct**
AMBULATORIAL: REAVALIAR EM 48-72H
Ceftriaxona 500mg IM dose única + Metronidazol 500mg VO 12/12hrs por 14d+ Doxiciclina
100mg,VO, 12/12hrs por 14 dias
HOSPITALAR: Ceftriaxone 1g IV + Metronidazol 400mg 12/12 hrs IV + Doxiciclina 100mg VO, 12/12
hrs por 14 dias
**Doxiciclina dar oral pq faz mt flebite
2º Opção: Clindamicina IV + Gentamicina IV
Complicação: Sd. Fitz Hugs Curtis —> aderências em corda de violino no fígado
ÚLCERAS DOLOROSA:
CANCRO MOLE:
-Agente: Haemophilus ducreyi
-Diagnóstico: Múltiplas ulceras; DOEM; fundo sujo,adenopatia que fistuliza por um único orifício
- Tratamento: Azitromicina 1g, VO,dose única
**Diagnostico diferencial: Herpes genital
HERPES GENITAL:
-Agente: Herpes simplex (labial tipo 1/ genital tipo 2)
-Diagnóstico: vesícula e ulceras dolorosas e limpas; adenopatia dolorosa que não fistuliza
-Tratamento: CREME NÃO FUNCIONA!! Não erradica o herpes,só vai encurtar o periodo da crise
Aciclovir 400mg 3x/dia (2cp de 200mg de 8/8h) por 7 a 10 dias —>1º vez que for infectada
2º vez que for infectada: 5 dias
Reforçar cuidado com higiene
-LESÃO ATIVA NA HORA DO PARTO CONTRAINDICA PARTO VAGINAL. A gestante que tiver
infecção durante o parto faz >36s profilaxia com aciclovir até o parto.
Obs.: tem que tá ativa na hora do part, não pode ser história passada
ÚLCERA INDOLOR
SÍFILIS:
-Agente: Treponema pallidum
-Formas clinicas:
1º: Cancro duro:Úlcera única, indolor que some
2º: Condiloma plano, roséola, madarose (perda da parte distal do pelo da sobrancelha), lesão palmar e
plantar
3º: Gomas. (Lesao grande na pele), tabes dorsalis, aneurisma, artropatia
-Diagnóstico: sorologia treponemica (teste rápido, FTA-Abs) ou sorologia não treponemica (VDRL)
O teste rápido positiva primeiro, não funciona como controle de cura pq não consegue diferenciar se
teve ou está. Se + pode sempre acusar +
VDRL controle de cura
RECOMENDAÇÃO: Solicitar os dois para diagnóstico, EXCETO GESTANTE: 1 teste positivo já inicia o
tto e faz sorologia confirmatória
>> PADRÃO OURO na primaria: Exame em campo escuro - não funciona na 3º
-Tratamento: Penicilina Benzatina —> única eficaz em gestante
Se, 1º/2º/Latente recente <1 ano: 1 dose de 2,4 milhões UI,IM
3º/Duração indeterminada: 3 doses de 2,4 milhões UI,IM
CONTROLE DE CURA: VDRL trimestral, EXCETO GESTANTE: mensal
** Tratar parceiro,notificar SINAN
LINFOGRANULOMA
-Agente: Chlamydia trachomatis L1,L2,L3
-Diagnóstico: O LINFONODO SE FISTULIZA “BICO DE REGADOR, pápula / ulcera indolor,
adenopatia dolorosa
-Tratamento: Doxiciclina 100mg, VO, 12/12 hrs por 21 dias
C ervicite
L infogranuloma
A denite
M últiplas fistulizaçoes
I munoflorencia
DI oxicilina
A zitromicina
DONOVANOSE
-Agente: Klebsiella
-Diagnóstico: Úlcera profunda, indolor e crônica; biopsia com corpúsculos de Donovan
-Tratamento: Azitromicina 1g, VO,1x/semana por 21 dias ou Doxiciclina 100mg VO, 12/12h por 21
dias
VIOLÊNCIA SEXUAL:
ATENDIMENTO:
-Acolhimento
-Notificação em até 24 hrs ao SINAN (agravo de notificação imediata)
- <18 anos: notificar conselho tutelar
**Realizar notificação NÃO É QUEBRA DE SIGILO,NÃO É NECESSÁRIO EXIGIR BO OU PERÍCIA
PARA ATENDER** —> deve ofertar, aconselhar
- A Unidade comunica autoridade policial —> não deve colocar os dados da pct, não precisa ser o
medico
PROFILAXIA IST’s
Virais:
HIV: Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir em até 72 horas
HBV: Vacina + Imunoglobulina pode fazer até 14 dias, só se não tiver o cartão atualizado ou não tiver
o cartão
Não tem pra Herpes e hep.C
Não virais: Azitromicina 1g, dose única + Benzilpenicilina 2,4m/UI, IM + Ceftriaxone 500mg, IM +
Metronidazol 2g, dose única
** ABC da Mulher/ Mete ABC **