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Planejamento

Familiar

Acadêmico: João Pedro Cardoso


Enfermagem - 8º Período
Planejamento Familiar
• Em 1996, foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela
presidência, um projeto de lei que regulamenta o planejamento familiar.
• Garantem a mulher, homem ou ao casal, em toda a sua rede de serviços,
assistência à concepção e contracepção.
• Inserção das práticas de laqueadura de trompas e da vasectomia dentro das
alternativas de anticoncepção, definindo critérios para sua utilização.
Planejamento Familiar
• Objetivos:
• Exercer um direito básico de cidadania, previsto na Constituição Brasileira: o
direito de ter ou não filhos/as.
• Prevenir a gestação.
• Programar a gestação.

OBS: No que concerne à anticoncepção, os serviços de saúde devem oferecer todos os


métodos contraceptivos.
Gestação
• Evento resultante da fecundação do óvulo pelo espermatozóide.
• Gravidez não é doença mas uma gestação traz riscos e responsabilidades. 
• Uma gestação não precisa começar necessariamente a partir da
fecundação do óvulo. 
Gestação
DIU- DISPOSITIVO INTRAUTERINO
• O DIU é um objeto pequeno de plástico flexível, em forma de T, que mede
aproximadamente 31 mm, ao qual pode ser adicionado cobre ou hormônios que,
inserido na cavidade uterina, exerce função contraceptiva. 
• Atualmente, existem dois tipos principais: DIU de cobre e DIU de liberação
hormonal, também conhecido como Mirena. 
• As unidades de saúde contam com a disponibilidade do DIU de cobre TCu-380. 
• Classificado como método contraceptivo de longa duração reversível.
DIU- DISPOSITIVO INTRAUTERINO
DIU- DISPOSITIVO INTRAUTERINO

• AÇÃO:
• O DIU funciona como um corpo estranho no organismo, causando alterações
morfológicas e bioquímicas nos fluidos endometriais.
• A modificação do muco cervical irá atuar dificultando a subida dos espermatozoides
até as tubas uterina.
• Os íons de cobre imobilizam os espermatozoides afetando sua motilidade dentro do
útero, dificultando assim a fecundação do óvulo. Caso algum espermatozoide
ultrapasse a barreira o DIU irá atuar dificultando sua implantação na parede uterina.  
DIU- DISPOSITIVO INTRAUTERINO
• EFICÁCIA:
• O DIU TCu-380 A é o mais eficaz dos DIU com cobre e seu efeito depois
da inserção dura 10 anos.
• As concentrações de cobre no trato genital superior caem rapidamente
depois da remoção do DIU e a recuperação da fertilidade é imediata. 
DIU- DISPOSITIVO INTRAUTERINO

• EFEITOS SECUNDÁRIOS COMUNS: 05% A 15% DOS CASOS


• Alterações no ciclo menstrual (comum nos primeiros três meses, geralmente diminuindo depois desse
período). 
• Sangramento menstrual prolongado e volumoso. 
• Sangramento e manchas (spotting) no intervalo entre as menstruações. 
• Cólicas de maior intensidade ou dor durante a menstruação.
•  OUTROS EFEITOS SECUNDÁRIOS MENOS COMUNS: 5% DOS CASOS
• Cólicas intensas ou dor até cinco dias depois da inserção. 
• Dor e sangramento ou manchas podem ocorrer imediatamente após a inserção do DIU, mas usualmente
desaparecem em um ou dois dias.
DIU- DISPOSITIVO INTRAUTERINO
• INSERÇÃO
• E necessário a apresentação dos exames de ultrassonografia transvaginal e
citologia oncótica (papanicolau), no dia do procedimento. 
• Mulher menstruando regularmente:
-- O DIU pode ser inserido a qualquer momento durante o ciclo menstrual,
desde que haja certeza de que a mulher não esteja grávida, que não tenha
malformação uterina e não haja sinais de infecção.
DIU- DISPOSITIVO INTRAUTERINO
• INSERÇÃO
• Após o  parto.
• O DIU pode ser inserido durante a permanência no hospital, se a mulher já havia
tomado essa decisão antecipadamente. O momento mais indicado é logo após a
expulsão da placenta. Porém pode ser inserido a qualquer momento dentro de 48 horas
após o parto. Passado esse período, deve-se aguardar, pelo menos, quatro semanas. 
• Após aborto se não houver sinais de infecção. 
• Quando quiser interromper o uso de outro método contraceptivo. 
DIU- DISPOSITIVO INTRAUTERINO
• REMOÇÃO:
• A remoção pode ser feita considerando-se o tempo de uso do DIU ou por solicitação da usuária ou por
indicação clínica. 
OBS: Para verificar se o DIU está no lugar, a mulher deve:
1-  Lavar as mãos.
2- Ficar de cócoras. 
3- Inserir um ou dois dedos na vagina até atingir os fios do DIU. Se achar que o DIU está fora do lugar, se
não encontrar os fios, se eles estiverem mais curtos ou mais compridos, ela deve procurar o serviço de
saúde. Importante: a mulher não deve puxar os fios para não deslocar o DIU. 
4- Lavar as mãos novamente. 
MÉTODOS CIRÚRGICOS
• Os métodos cirúrgicos são métodos contraceptivos definitivos –
esterilização – que podem ser realizados na mulher, por meio da ligadura
das trompas (laqueadura ou ligadura tubária), e no homem, por meio da
ligadura dos canais deferentes (vasectomia).
• OBS: VASECTOMIA NÃO DISPONÍVEL NA UNIDADE ATÉ O
MOMENTO. 
MÉTODOS CIRÚRGICOS
• No art. 10, da Lei 9.263/96, está estabelecido que: Somente é permitida a esterilização
voluntária nas seguintes situações:
 I – em homens ou mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade ou,
pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a
manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa
interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por
equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce;
 II – risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório e
assinado por dois médicos (BRASIL, 1996).
MÉTODOS CIRÚRGICOS
• A legislação federal (BRASIL, 1996) impõe, como condição para a realização da
esterilização cirúrgica, o registro da expressa manifestação da vontade em documento
escrito e firmado, após a informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos
colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes.
•  A legislação federal (BRASIL, 1996) estabelece, ainda, que, em vigência de sociedade
conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges.
• A legislação federal não permite a esterilização cirúrgica feminina durante os períodos
de parto ou aborto ou até o 42º dia do pós-parto ou aborto, exceto nos casos de
comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores (BRASIL, 1996).
LAQUEADURA TUBÁRIA
• Mecanismo de ação:
 A obstrução mecânica das trompas impede que os espermatozoides migrem
ao encontro do óvulo, impedindo a fertilização.
LAQUEADURA TUBÁRIA
• Técnicas de laqueadura tubária
No Brasil, assim como na maioria dos países em desenvolvimento, onde
os recursos são limitados, a laqueadura tubária geralmente é realizada por
meio da minilaparotomia, isto é, por meio de pequena incisão cirúrgica
abdominal transversa (3-5 cm), que é feita acima da linha dos pelos
pubianos. Cada trompa é ligada e seccionada, ou bloqueada com um grampo
ou anel.
LAQUEADURA
TUBÁRIA

• EFICÁCIA:
Muito eficaz e permanente. A
eficácia depende, em parte,
de como as trompas foram
bloqueadas, mas a taxa de
gravidez é sempre baixa.
VASECTOMIA
• É um procedimento cirúrgico simples, de pequeno porte, seguro e rápido. Consiste na
ligadura dos ductos deferentes. Tem por objetivo interromper o fluxo de espermatozoides em
direção à próstata e vesículas seminais para constituição do líquido seminal.
• Pode ser realizado em ambulatório, com anestesia local.
• A vasectomia não altera a vida sexual do homem. O desejo e a potência sexual continuam
iguais ao que eram antes da cirurgia. A única diferença é que o esperma ejaculado não contém
mais espermatozoides, mas não ocorrem alterações na quantidade e no aspecto do esperma. 
• Recomenda-se fazer espermograma para ter certeza de que a vasectomia foi eficaz antes de
liberar as relações sexuais sem proteção anticoncepcional adicional.
VASECTOMIA
IMPORTANTE...
• DIU, Laqueadura e a Vasectomia não estão associados a prevenção de Infecções
Sexualmente Transmissível (IST)
• Estão disponíveis os preservativos masculinos e femininos. 

Previna-se

• OBS: Em casos suspeitos ou sintomáticos de IST´s, procure uma UBS para


realização do teste rápido (VDRL, Anti-HBS, Anti-HBSAG e HIV)

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