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PROTOCOLO DE PRÉ-

NATAL NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
CONDUÇÃO DO PRÉ-NATAL MULTIPROFISSIONAL DE
BAIXO RISCO NA APS DE PRAIA GRANDE

DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA – Coordenação Saúde da Mulher


SUBSECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE | SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA DE
PRAIA GRANDE
MÚNÍCIPIO DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PRAIA GRANDE
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA
COORDENAÇÃO SAÚDE DA MULHER

SUMÁRIO
ABORDAGEM PRÉ CONCEPCIONAL 4
ATENDIMENTO DE ROTINA DO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO 6
DIAGNÓSTICO GESTACIONAL 6
Sinais e sintomas presuntivos 6
Sinais e sintomas prováveis 6
Sinais e sintomas positivos 6
INTERVALO ENTRE AS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO 7
CONSULTA DE PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO 7 1
Abertura de Pré-Natal – Enfermeiro 7
Primeira Consulta Médica 8
CONSULTAS SUBSEQUENTES DE PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO 9
Primeiro Trimestre – até 13 semanas: 9
Segundo Trimestre – 14 a 26 semanas: 10
Terceiro Trimestre – 27 a 41 semanas: 10
EXAMES SOLICITADOS NA ROTINA DE PRÉ-NATAL 12
MANEJO DAS QUEIXAS MAIS COMUNS NA GESTAÇÃO 17
IMUNIZAÇÃO EM GESTANTES 21
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NO PRÉ-NATAL 23
MEDICAÇÃO HABITUAL NA CONDUÇÃO DO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO 23
Prevenção de Pré-Eclâmpsia 25
HIPERTENSÃO GESTACIONAL 27
Hipertensão Arterial Sistêmica 27
Hipertensão Arterial Gestacional 27
Indicação da medicação (deve ser iniciada pela Atenção Básica até avaliação do Alto Risco) 27
Pré-Eclâmpsia 28
Eclâmpsia 28
Condutas no Atendimento de Urgência Hipertensiva na Gestação na APS 29
DIABETES GESTACIONAL 30
Metas para o controle glicêmico 32
Frequência de realização do monitoramento da glicemia capilar 32
Conduta frente a gestante com diagnóstico de Diabetes Gestacional ou Diabetes Mellitus 33
Três passos para controle do Diabetes – Anexo III 34
Solicitação de glicosímetro 35
Local de aplicação de insulina 36

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TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS E NEUROLÓGICOS NA GESTAÇÃO 37


TOXOPLASMOSE 38
Prevenção Primária de Toxoplasmose 38
Conduta frente ao resultado do exame sorológico de Toxoplasmose na Gestante 39
Tratamento 41
SÍFILIS EM GESTANTE 42
Teste Rápido para triagem da Sífilis 45
Teste de sensibilidade à penicilina 45
INFECÇÃO URINÁRIA 46 2

Bacteriúria Assintomática 46
Cistite 46
SÍNDROME DE CORRIMENTO VAGINAL 48
PLANEJAMENTO FAMILIAR PARA GESTANTE 50
DIU Pós Parto 50
Laqueadura Tubária 50
Vasectomia 50
PUERPÉRIO 51
TRANSFERÊNCIA DE GESTANTE QUE MUDA DE ENDEREÇO DENTRO OU FORA DO MUNICÍPIO 55
GESTANTE INFREQUENTE 56
ANEXO I 58
ANEXO II 59
ANEXO III 60
ANEXO IV 61
ANEXO V 62
ANEXO VI 63
ANEXO VII 64
ANEXO VIII 65
ANEXO IX 66
ANEXO X 67
ANEXO XI 68
ANEXO XII 69
REFERÊNCIAS 70

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Elaboração, distribuição e informação


Prefeitura do Município da Estância Balneária de Praia Grande
Secretaria de Saúde Pública
Departamento de Atenção Básica
Coordenação Saúde da Mulher – Ramal: 2457
Avenida Presidente Kennedy, nº 8850 – Bairro Mirim
CEP: 11704-900
Tel: (13)3496-2440 ou (13)3496-2443
e-mail: sesap411@praiagrande.sp.gov.br ou saúdedamulher@praiagrande.sp.gov.br
3
Equipe de Elaboração
Camilla Rodrigues Godinho – Coordenadora da Saúde da Mulher
Caroline Aquen – Residente Médica (R2) em Saúde da Família e Comunidade da USAFA Noêmia
Desirée Araújo Dantas – Enfermeira do CEAS Mulher
Ingrid do Socorro da Silva Lopes – Médica de Família e Comunidade da USAFA Vila Sônia
Natalia Cristina Araújo de Oliveira – Médica e Preceptora de Família e Comunidade da USAFA Antártica

Revisão Técnica
Camila Reimi Suguino Yamamura – Ginecologista e Obstetra - NASF-AB
Fernanda Muniz Nogueira de Maria – Enfermeira do CEAS Mulher
Maria Alice - Ginecologista e Obstetra - NASF-AB
Vanessa Naomi Oshiro – Coordenadora dos Agentes Comunitários de Saúde
Viviana - Ginecologista e Obstetra - NASF-AB
Paula Barros da Silva – R2 de Enfermagem do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família
e Comunidade de Praia Grande
Patrícia da Silva Santos– R2 de Enfermagem do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da
Família e Comunidade de Praia Grande

Apoio
Caroline Tavares Sanches Martines – Agente Administrativo

Organograma do Serviço
Prefeita da Cidade de Praia Grande – Raquel Chini
Subsecretaria de Atenção à Saúde - Marcelo Springmann Bechara
Departamento de Atenção Básica - Fabiana Dourado
Divisão de Enfermagem - Giselly Rousseng Prates Tavares
Coordenação Saúde da Mulher - Camilla Rodrigues Godinho

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ABORDAGEM PRÉ CONCEPCIONAL


A abordagem de planejamento da gestação tem como objetivo identificar fatores de risco ou doenças que
possam alterar a evolução de uma futura gestação. Constitui um instrumento importante na melhoria dos
índices de morbidade e mortalidade materna e infantil. A abordagem pré-concepcional deve contemplar:
● Orientação nutricional de adequação ao índice de massa corporal em situações de baixo peso,
sobrepeso e obesidade e estímulo a hábitos saudáveis (atividade física, cessação do tabagismo, de
álcool d outras drogas, etc);
● Orientação quanto ao uso de medicamentos e adequação para aqueles com menor toxicidade para
o feto;
● Avaliação das condições de trabalho, visando aos riscos de exposição a tóxicos ambientais;
● Ensinar a calcular o período ovulatório do ciclo (orientar para o registro sistemático das datas das
menstruações); 4
● Estimular para que o intervalo entre as gestações seja de, no mínimo, dois anos;
● Orientar suspensão de métodos anticoncepcionais em uso e avaliar as práticas sexuais (frequência
de relações sexuais, prática de sexo vaginal com ejaculação, uso de lubrificantes e de duchas após a
relação etc);
● Administração preventiva de ácido fólico de dose de 0,4 mg, via oral, 1 vez/dia. Pacientes com alto
risco de desenvolver distúrbio de tubo neural (história de malformação em gestação anterior,
história pessoal de distúrbio de tubo neural, uso de anticonvulsivantes como ácido valpróico e
carbamazepina) devem usar dose de 4 mg/dia, por pelo menos 30 dias antes da concepção;

A dosagem de Ácido Fólico disponibilizada pela rede


municipal é de 5 mg.
Fica a critério do profissional a indicação de dosagem de
ácido fólico.
É recomendado de 4 mg até 8 mg diários para prevenção.


● Ofertar testagem rápida de HIV, sífilis e hepatites B e C para a pessoa que deseja engravidar e
parceria, além de exame de toxoplasmose e rubéola*;
RECOMENDA-SE

*A prevenção da Síndrome da Rubéola Congênita, com a vacinação


seletiva dos grupos não imunes no período pré ou pós-gestacional.
A infecção durante a embriogênese altera a mensagem genômica e
aumenta o risco fetal de sequelas.
Deve-se respeitar o período de 3 meses após a vacinação para a
programação da gravidez.

● Indicar a imunização prévia para a pessoa que deseja engravidar e parceria. Recomenda-se adiar a
gestação por um período de 30 dias, no caso de administração de vacina de vírus vivo atenuados;
● Ofertar tratamento etiológico ou baseado na clínica, para IST´s;
● Realização de citopatológico do colo uterino, se for necessário, de acordo com as Diretrizes
Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero;
● Controle das condições clínicas preexistentes, como diabetes, hipertensão arterial, epilepsia e
HIV/Aids;

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● Pessoas vivendo com HIV/Aids devem ser orientadas pela equipe dos serviços especializados em
HIV/Aids sobre estratégias de redução transmissão vertical do HIV, incluindo abordagem pré-
concepcional, orientações de planejamento reprodutivo, pré-natal, parto e puerpério. A parceria
sexual deve tomar decisões conscientes sobre os benefícios e riscos relacionados às opções de
concepção mais seguras. Para mais informações consultar o Protocolo Clínico e Diretrizes para
Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais;
● Deve-se ter uma atenção especial aos casos onde há uso de álcool e de outras drogas. Profissionais
das equipes devem estar conscientes das características únicas tanto psicológicas quanto sociais,
éticas e legais destes comportamentos;
● Em situações de infertilidade, confirmada ou não, encaminhar para a especialidade de urologia ou
ginecologia.
● Toda pessoa tem o direito de constituir família, independentemente de sua orientação sexual ou 5
identidade de gênero, nenhuma família pode ser submetida à discriminação com base nestes fatores.

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ATENDIMENTO DE ROTINA DO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO

DIAGNÓSTICO GESTACIONAL

O diagnóstico da gravidez é presumido por meio de queixas como náusea e vômitos, aumento da
sensibilidade mamária, polaciúria, constipação e posteriormente aumento do volume abdominal.
Pelo toque vaginal também é possível detectar a gravidez pela alteração da consistência do colo do útero,
que se torna amolecido. Após oito semanas de gravidez, a parede da vagina assume coloração arroxeada, em
virtude do aumento da vascularização local.
Para facilitar a compreensão, os sinais e sintomas relacionados com a gravidez serão classificados em
presuntivos, prováveis e positivos. 6
Sinais e sintomas presuntivos
São classificados dessa forma por não serem verificados em todas as mulheres, mas sim, em sua maioria. São
eles:
● Amenorreia
● Náusea e vômitos
● Sialorreia
● Polaciúria
● Aumento do volume e da sensibilidade mamária
● Hiperpigmentação da aréola e mamilos
● Surgimento de tubérculos de Montgomery (tubérculos areolares)
● Fadiga
● Presença de colostro
● Surgimento da Rede de Haller (aumento da circulação venosa das mamas)

Sinais e sintomas prováveis


São classificados dessa forma porque indicam uma gravidez, mas necessitam de outros fatores para uma
confirmação. São eles:
● Alterações na forma, tamanho e consistência do útero em torno da 8ª semana de gestação.
● Aumento do volume abdominal em torno da 16ª semana.

Sinais e sintomas positivos


São aqueles que confirmam a gravidez, pois evidenciam a presença do feto no ventre.
● Percepção e apalpação dos movimentos fetais (MF);
● Palpação das partes fetais;
● Ausculta dos batimentos cardiofetais (BCFs).
RECOMENDA-SE
Caso a mulher refira atraso menstrual entre 07 a 10 dias, poderá ser
realizado Teste Imunológico de Gravidez urinário (TIG),
disponibilizado nas USAFAS, por qualquer profissional de saúde
técnico (auxiliar de enfermagem, enfermeiro, médico, dentista ou
auxiliar de saúde bucal).
Atentar-se para as especificações do produto, recomendadas
referente ao atraso menstrual, para realização do TIG.
Nos casos de TIG positivo realizado na USAFA ou TIG positivo feito
particular, deverá ser realizada a abertura de pré-natal.

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INTERVALO ENTRE AS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO

Mensalmente: até 28ª semana. Intercalando as consultas entre médico e enfermeiro.

Quinzenalmente: 28ª a 36ª semana. Intercalando as consultas entre médico e enfermeiro.

Semanalmente: 36ª a 41ª semana. Preferencialmente com o médico.

Puerpério Imediato: 1º aos 10º dias de pós-parto. Consulta agendada preferencialmente pelo CHID/Alta
Responsável, para a agenda Profissional Padrão Enfermeiro, e/ou visita domiciliar realizada pelo médico e/ou
enfermeiro da equipe. Em caso de parto fora do município, fica sob responsabilidade da unidade o
agendamento e/ou visita domiciliar da puérpera e do recém-nascido. 7
CONSULTA DE PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO

Abertura de Pré-Natal – Enfermeiro

O Teste Imunológico para Gravidez (TIG) para detecção de gravidez, realizado na urina, deverá ser realizado
a partir do 7º dia de atraso menstrual. Na presença de TIG positivo realizado em qualquer momento do dia,
deve-se proceder a abertura de pré-natal. No caso de abertura de Pré-Natal (PN) realizada pelo Profissional
Enfermeiro, proceder de acordo com a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE);

Avaliar planejamento e desejo da gestação

É necessário solicitar os exames laboratoriais na 1ª consulta (rotina de 1º trimestre – Tabela 1), Citologia
Oncótica (quando não atualizada) e USG transvaginal/gestacional;

Aferir a Pressão Arterial (PA) em ambos os braços, anotar o braço de maior valor e usar sempre o mesmo
para avaliação nas consultas.

Realizar preenchimento no sistema Saudetech dos dados solicitados (registro no E-SUS da gestação), na
Caderneta de Gestante, Ficha de Acompanhamento de Gestante e em Prontuário Físico/Eletrônico;

Prescrever ácido fólico 5mg até 14ª semana de Idade Gestacional (IG) e sulfato ferroso 300mg (40mg de ferro
elementar) a partir da 20ª semana de IG até final da gestação;

A dosagem de Ácido Fólico disponibilizada pela rede


municipal é de 5 mg e de Sulfato Ferroso é de 14 mg de ferro
elementar.
Atentar-se para o ajuste da dosagem de acordo com a
condição clínica da paciente.

Encaminhar na primeira abordagem a gestante para consulta odontológica;

Comunicar imediatamente o médico da equipe se houver alteração em exame físico, se atentando


especificamente no especular;

Oferecer Planejamento Familiar (Laqueadura, DIU pós-parto ou Vasectomia para parceiro), independente da
composição familiar atual (verificar elegibilidade para cada método);

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Solicitar exames indicados para a parceria (com o consentimento do mesmo) e orientar com relação à
importância do acompanhamento dele nas consultas de pré-natal da parceira;

Comunicar o ACS que deverá preencher ficha de acompanhamento de gestante.

Pré-Natal da parceria:
Oferecer a parceria, quando presente na consulta, os exames: HIV, VDRL, HEP B e HEP C;
Anotar os resultados no prontuário do parceiro, assim como, no impresso do acompanhamento clínico da
gestante e na caderneta da gestante.

Encaminhar para Trabalho Coletivo com a equipe ESF e/ou NASF;


8
Atualizar vacinas pertinentes à gestante;

Aconselhamento e realização de teste rápido para HIV e Sífilis na primeira abordagem;

Realizar atendimento com classificação de risco pela equipe ESF em todas as consultas. Anexo I

Identificado o Alto Risco na primeira consulta, realizar consulta


compartilhada com equipe, e avaliar encaminhamento ao PN de
Alto Risco. Se NASF-GO, agendar consulta compartilhada o mais
breve possível. Para encaminhamento ao CEAS Mulher atentar
para solicitar agendamento de paciente já com o primeiro USG
(confirmando vitalidade fetal e presença embrionária) e resultado
de exames laboratoriais, em caso de início de pré-natal tardio
solicitar priorização conforme caso.

Primeira Consulta Médica

Realizar exame físico geral e específico (gineco-obstétrico): especular, mamas e toque vaginal, se indicação
clínica.

Verificar e anotar os exames laboratoriais e de imagem e anotar todos os procedimentos, resultados dos
exames e tratamentos, na Caderneta de Gestante e Ficha de Acompanhamento da gestante.

Reavaliar a classificação de risco pela equipe ESF em todas as consultas, Anexo I

Caso a gestante não tenha realizado os exames, o profissional deverá


registrar adequadamente em prontuário, com descrição das ações a
serem realizadas pela equipe para viabilizar a realização dos mesmos
o mais precocemente possível.

Reforçamos ainda que se os exames e os respectivos laudos não


estejam disponibilizados no prazo de 7 (sete) dias da coleta, ou no
caso de demora no agendamento do USG Obstétrico (até 30 dias,
sem caráter de urgência), o profissional deverá notificar a
Coordenação da Saúde da Mulher, através do E-mail:
saudedamulher@praiagrande.sp.gov.br , com o devido registro em
prontuário para que as ações cabíveis sejam tomadas.

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CONSULTAS SUBSEQUENTES DE PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO

Primeiro Trimestre – até 13 semanas:

Deve-se realizar exame físico geral e específico (gineco-obstétrico);

Exame gineco-obstétrico (exame especular, toque vaginal com indicação, mamas): O profissional realizará
sempre que houver queixas clínicas ou alterações de exames que indiquem avaliação ginecológica, visando
a detecção de intercorrências obstétricas.

Avaliar o estado nutricional (peso, altura e cálculo do IMC) e o ganho de peso gestacional. Anexo II
Realizar o atendimento com classificação de risco pela equipe ESF em todas as consultas. Anexo I 9

Atenção aos desconfortos e modificações gravídicas.

A presença de sangramento nesta fase, ou exame ultrassonográfico com sinais de descolamento ovular,
pode indicar ameaça de abortamento no primeiro trimestre. A gestante deve ser orientada quanto aos
principais desfechos (perda ou resolução espontânea), porém não há indicações baseadas em evidências
de uso de medicamentos que possam evitar o abortamento. Esse tipo de evento não indica avaliação do
pré-natal de risco e deve ser monitorado na unidade com avaliação clínica e ultrassonográfica, somente se
necessário.

Quando considerar a DUM para calcular a idade gestacional?


Quando ela for confiável e quando, na presença de um USG de 1º
trimestre a diferença entre a IG dos dois for de até 7 dias.

Quando considerar a USG para calcular a idade gestacional?


Quando a DUM for desconhecida ou não confiável, e quando a
diferença entre a IG dos dois forem acima de 7 dias.

OBSERVAÇÃO: Sempre utilizar o primeiro USG como base para


cálculo de IG.

Atenção para identificação de riscos no 1º Trimestre


Alterações dos níveis pressóricos, ganho de peso excessivo
(principalmente associadas às alterações de nível pressórico),
sangramentos vaginais, leucorreia e queixa urinária.

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Segundo Trimestre – 14 a 26 semanas:

Deve-se realizar exame físico geral e específico (gineco-obstétrico);

Exame gineco-obstétrico (exame especular, toque vaginal com indicação, mamas): O profissional realizará
sempre que houver queixas clínicas ou alterações de exames que indiquem avaliação ginecológica, visando
a detecção de intercorrências obstétricas.

Avaliar o estado nutricional (peso, altura e cálculo do IMC) e o ganho de peso gestacional. Anexo II

Realizar o atendimento com classificação de risco pela equipe ESF em todas as consultas. Anexo I

Verificar exames laboratoriais pertinentes para o Segundo Trimestre. Tabela 1 10

Atenção para identificação de riscos no 2º Trimestre


Alteração da PA, alterações no crescimento uterino, ganho de peso
excessivo, queixa urinária, leucorreia e sangramento vaginal, edema
acima do joelho (Principalmente em região Sacral e Face)

Terceiro Trimestre – 27 a 41 semanas:

Deve-se realizar exame físico geral e específico (gineco-obstétrico);

Exame gineco-obstétrico (exame especular, toque vaginal com indicação, mamas): O profissional realizará
sempre que houver queixas clínicas ou alterações de exames que indiquem avaliação ginecológica, visando
a detecção de intercorrências obstétricas.

Avaliar o estado nutricional (peso, altura e cálculo do IMC) e o ganho de peso gestacional. Anexo II

Realizar atendimento com classificação de risco pela equipe ESF em todas as consultas. Anexo I

Solicitar exames de 3º trimestre. Tabela 1

Aconselhamento e Teste Rápido para HIV e Sífilis são indicados


nessa fase da gestação em caso de ausência de exame laboratorial de
rotina ou se os resultados não estiverem disponíveis em tempo hábil,
e no início de PN tardio.

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O aumento da frequência de consultas no final da gestação se deve à


avaliação do risco perinatal e das intercorrências clinico-obstétricas
mais comuns nesse trimestre.
Atenção para Identificação de riscos no 3º trimestre: alteração da
PA, ganho de peso excessivo, edema, queixa urinária, leucorreia,
sangramento, perdas vaginais, alterações no crescimento uterino e
vitalidade fetal;
Não existe alta do Pré-Natal;
Gestantes entre 40 - 41 semanas: encaminhar para o Complexo
Hospitalar Irmã Dulce - CHID para acompanhamento a cada 2 dias de
cardiotocografia, através do formulário de interconsulta e anexar na
caderneta da gestante para monitoramento. 11

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EXAMES SOLICITADOS NA ROTINA DE PRÉ-NATAL

Tabela 1.

Solicitar para todas as gestantes na rotina.


Se Resultado Hemoglobina≤11g/dL e >8g/dL, tratar e repetir exame
Hemograma após 60 dias.
Hemoglobina <8g/dL, iniciar tratamento e referenciar ao NASF ou
Ceas Mulher

Resultado até 91 mg/dL: Realizar TTOG entre 24-28 semanas


(colher jejum, oferecer via oral 75 gramas de dextrosol, colher após 12
1ª hora e 2ª hora)
Resultado 92 – 125 mg/dL: Repetir Glicemia de Jejum, se não
Glicemia de realizou jejum adequado. Mantém alterado, diagnóstico de
jejum Diabetes Gestacional e encaminhar para avaliação de Pré-Natal de
Risco no Ceas Mulher.
Resultado acima de 126 mg/dL: Paciente portadora de Diabete
Mellitus. Encaminhar para avaliação de Pré-Natal de Risco no Ceas
Mulher.

Gestantes soropositivas para o HIV deverão ser encaminhadas para


Sorologia Anti
Pré-Natal no SAE com ficha de interconsulta e esclarecimentos à
HIV
gestante sobre o quadro.
1ª CONSULTA
OU 1º Sorologia para Ver capítulo de Sífilis
TRIMESTRE – Sífilis
ATÉ 14
SEMANAS
Ver capítulo de Toxoplasmose completo.

IgG reagente e IgM não reagente: Gestantes imunes


Sorologia
IgG e IgM não reagentes: Gestantes susceptíveis
Toxoplasmose
IgG não reagente e IgM reagente: A primeira é de um falso-positivo
IgG e IgM
de IgM e a outra é que a infecção aguda é muito inicial, não
havendo tempo necessário para o surgimento da IgG.
IgG reagente e IgM reagente: Quadro de possível infecção aguda

Hepatite B => Encaminhar para SAE


HBsAg + Notificação Compulsória

HBS-Ag
Verificar situação vacinal (3 doses).
HBsAg - Completar esquema.

Urina I / Solicitar para todas as gestantes na Rotina de Primeiro trimestre.


Urocultura Solicitar para as que apresentarem queixas urinárias, em qualquer

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fase da gestação.
repetir urocultura após tratamento de ITU (após 7 dias de término
de Antibioticoterapia)

Solicitar somente quando houver anemia presente ou outras


manifestações sugestivas.
O diagnóstico e o tratamento de gestantes com parasitoses
intestinais deveriam ser realizados antes da gestação.
Nenhuma droga antiparasitária é considerada totalmente segura
PPF
na gestação.
Mulheres com parasitoses intestinais só devem ser tratadas na
13
gravidez quando o quadro clínico é exuberante ou as infecções são
maciças, não sendo recomendado o tratamento durante o primeiro
trimestre da gestação.

*Deverá ser realizado para TODA GESTANTE em seu primeiro


atendimento de pré-natal na unidade de saúde.*
Teste rápido para Sífilis positivo: Caso não haja documentação de
tratamento anterior, Iniciar tratamento para sífilis para gestante e
coletar VDRL e FTA-Abs o mais rápido. Dúvidas, vide capítulo de
Teste Rápido –
Sífilis.
HIV e Sífilis
Teste rápido para HIV positivo: Realizar orientação pós teste e
encaminhar para teste confirmatório no SAE com ficha de
interconsulta e esclarecimentos à gestante sobre o quadro. Manter
monitoramento pela unidade.
*A coleta do Teste Rápido não dispensa a coleta das sorologias

ABO Rh para todas.


Tipagem Gestantes Rh negativo: Solicitar Tipagem Sanguínea do parceiro;
sanguínea e Caso parceiro Rh positivo ou desconhecido, solicitar Coombs
Fator Rh indireto da gestante mensalmente (se na primeira consulta
gestante referir Rh Negativo, já solicitar Coombs indireto).

Mesmo nas gestantes Rh negativo com parceiro Rh negativo,


Coombs
solicitar 01 coombs para verificar isoimunização prévia. Caso
Indireto
isoimunização prévia encaminhar ao alto risco.

Obrigatório e precoce, quando não atualizado (gestante com mais


de 25 anos, que tenha menos de duas coletas, sendo a última há
mais de 1 ano ou última coleta há mais de 3 anos). Coleta de
material para exame colpocitopatológico com espátula na
ectocervice.
Citopatologia
NÃO coletar região cervical com brush.
Oncótica
Este exame serve para rastreio de câncer de colo de útero e não
para investigação de corrimento vaginal. Portanto ele não substitui
o exame físico especular.
Pode ser um momento de oportunidade para toque vaginal (pelo
médico) se indicação.

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Avaliação do nº de fetos, translucência nucal (entre 10 e 13


USG obstétrica semanas), idade gestacional, medida de colo de útero. Já consegue
via vaginal avaliar algumas malformações como a anencefalia. Anexo XII
Atenção: sempre pedir como USG Obstétrica, nunca como USG
Transvaginal que possui grande demanda reprimida

Ver capítulo de Toxoplasmose completo.

IgG reagente e IgM não reagente: Gestantes imunes


IgG e IgM não reagentes: Gestantes susceptíveis
Toxoplasmose
IgG não reagente e IgM reagente: A primeira é de um falso-positivo
14
de IgM e a outra é que a infecção aguda é muito inicial, não
havendo tempo necessário para o surgimento da IgG.
IgG reagente e IgM reagente: Quadro de possível infecção aguda

Mesmo nas gestantes com parceiro Rh negativo, solicitar 01


coombs para verificar isoimunização prévia. Caso isoimunização
prévia encaminhar ao alto risco.
Gestantes Rh negativo e Parceiro Rh positivo ou desconhecido:
- Solicitar Coombs indireto da grávida mensalmente até aplicação
Coombs da imunoglobulina Anti-D.
Indireto -Administrar Imunoglobulina Anti-D entre 28 – 34 semanas ( após a
aplicação de imunoglobulina anti-D, o coombs indireto irá
positivar). Não há indicação de solicitar o coombs indireto após a
aplicação da imunoglobulina anti-D.
2º TRIMESTRE – Resultado positivo sem aplicação de Imunoglobulina Anti-D:
14 A 26 encaminhar para o Pré Natal de Alto Risco.
SEMANAS
USG Obstétrico Avaliar a anatomia fetal e a idade gestacional a partir de 24
semanas.

Não há necessidade de realizar dextro antes da realização de


exame.
Resultado até 91 mg/dL na 1ª Glicemia de Jejum ou início do PN
TTOG 75 g (24 entre 24 e 28 semanas: Realizar TTOG com IG 24-28 semanas.
a 28 sem) - Glicemia > que 92 mg/dl no 1º trimestre descarta necessidade de
dentro deste solicitação de TTOG.
intervalo, Se início do PN com IG > 28 semanas, TTGO imediatamente.
pedir o mais
precoce TOTG 75 g: para DMG, considerar os limites de 92 mg/dl, 180 mg/dl, 153
mg/dl, respectivamente, para glicemia em jejum, 1 hora e 2 horas, e pelo
possível
menos um valor alterado.
Se glicemia em jejum maior igual 126 mg/dl e/ou 2 horas maio igual 200
mg/dl: diabetes prévio, diagnosticado na gestação

3º TRIMESTRE – Hemograma Solicitar para todas as gestantes na rotina.


27 A 41 Se Resultado Hemoglobina≤11g/dL e >8g/dL, tratar e repetir exame
SEMANAS após 60 dias.

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Hemoglobina <8g/dL, iniciar tratamento e referenciar ao NASF ou


Ceas Mulher

Gestantes soropositivas para o HIV deverão ser encaminhadas para


Sorologia HIV Pré-Natal no SAE com ficha de interconsulta e esclarecimentos à
gestante sobre o quadro

Sorologia Sífilis Ver capítulo de Sífilis

Ver capítulo de Toxoplasmose completo.


15
IgG reagente e IgM não reagente: Gestantes imunes
IgG e IgM não reagentes: Gestantes susceptíveis
Toxoplasmose
IgG não reagente e IgM reagente: A primeira é de um falso-positivo
de IgM e a outra é que a infecção aguda é muito inicial, não
havendo tempo necessário para o surgimento da IgG.
IgG reagente e IgM reagente: Quadro de possível infecção aguda

Resultado reagente: Encaminhar para o SAE + notificação


HBSAg compulsória (realizar contato telefônico com o SAE, antes de
encaminhar a gestante)

Resultado 91 – 125 mg/dL: Repetir Glicemia de Jejum, se não


realizou jejum adequado. Mantém alterado, diagnóstico de
Diabetes Gestacional e encaminhar para avaliação de Pré-Natal de
Glicemia de Risco no Ceas Mulher.
Jejum
Resultado acima de 126 mg/dL: Paciente portadora de Diabete
Mellitus. Encaminhar para avaliação de Pré-Natal de Risco no Ceas
Mulher.

Urina Solicitar para todas as gestantes na Rotina de Segundo trimestre.


I/Urocultura Solicitar para as que apresentarem queixas urinárias, em qualquer
fase da gestação.
repetir urocultura após tratamento de ITU (após 7 dias de término
de Antibioticoterapia)

Indicados nessa fase da gestação em caso de ausência de exame


laboratorias de rotina ou se o resultado dos mesmos não estiverem
disponíveis em tempo hábil, e no início de PN tardio.
-Teste rápido para Sífilis positivo: Iniciar tratamento para sífilis
Teste Rápido terciária e coletar VDRL
HIV e Sífilis Teste rápido para HIV positivo: Realizar orientação pós teste e
encaminhar para teste confirmatório no SAE com ficha de
interconsulta e esclarecimentos à gestante sobre o quadro. Manter
monitoramento pela unidade.( vide o arrumado e deixar junto da
sorologia)

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Cultura de Realizar em todas as gestantes com IG de 35 – 37 semanas, por


Streptococcus swab vaginal e anal.
beta ● não realizar aplicação de cremes vaginais por 48 horas
haemolyticus ● não manter relações sexuais no dia anterior a coleta
do Grupo B ● não tomar banho nas últimas 4 horas
● não ter evacuado nas últimas 8 horas

USG obstétrica Avaliação da placenta, crescimento intra-uterino, peso fetal, líquido


(se suspeita de amniótico (ILA) e apresentação fetal.
alterações)
16

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MANEJO DAS QUEIXAS MAIS COMUNS NA GESTAÇÃO

● Aumentar o consumo de alimentos ricos em potássio,


cálcio e vitamina B1.
● Evitar excesso de exercícios.
● Realizar alongamentos antes e após o início de exercícios
Câimbras
ou caminhadas, assim como na ocasião da crise álgica e
quando for repousar.
● Massagear o músculo contraído e dolorido e aplicar calor
local.
17
● Explicar que é comum e que costuma diminuir ou
desaparecer, em tempo variável, após o parto.
Cloasma
● Recomendar a não-exposição do rosto diretamente ao
gravídico
sol.
● Recomendar o uso de filtro solar tópico.

● Explicar que são resultado da distensão dos tecidos e que


não existe método eficaz de prevenção. As estrias,
Estrias
inicialmente de cor arroxeada, tendem, com o tempo, a
ficar de cor semelhante à da pele.

● Atentar para a necessidade de investigação de cardiopatia


(arritmia).
Palpitação
● Esclarecer sobre a frequência dessa queixa como
resultado de alterações fisiológicas da gestação.

● Se fisiológico, restrito aos membros inferiores, explicar


seu desaparecimento após o parto.
● Não recomendar dieta hipossódica e/ou diuréticos.
Edema ● Atentar para a extensão e, principalmente, se atinge
faces, mãos e coxas (pensar em pré-eclâmpsia).
● Valorizar a possibilidade de fenômenos trombóticos
quando edemas unilaterais.

● A frequência, a intensidade e a história prévia devem


alertar a necessidade de avaliação de especialistas, para
pesquisas de causas não relacionadas às modificações
gravídicas.
Epistaxe / ● Estar atento para possibilidade de crises hipertensivas nos
obstrução nasal casos de epistaxe.
● Obstrução nasal pode causar prejuízo ao sono e
desconforto, por vezes limitantes. Pode-se indicar
lavagem nasal com soro fisiológico. Não utilizar
descongestionante nasal com vasoconstritor.

Parestesias ● É comum na gestação e pode ser necessária a


(sensações administração de analgésicos.

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cutâneas
anormais)

● Esclarecer e dar apoio, no sentido de facilitar a


acomodação da paciente em sua nova condição.
Insônia /
● Embora a administração de medicamentos possa ser
Hipersônia
utilizada em casos de difícil resolução, deve ter o seu
benefício avaliado criteriosamente.

● Não permanecer muito tempo em pé ou sentada; evitar


inatividade. 18
● Repousar pelo menos 20 minutos, várias vezes ao dia,
com as pernas elevadas.
● Pode ser útil elevar os pés da cama.
● Não usar roupas muito justas e, se possível, utilizar meia-
Varizes calça elástica para gestante; pode-se indicar meias de
média compressão, com tamanho sugerido pela
circunferência da panturrilha.
● As varizes vulvares não requerem tratamento específico e
raramente são causas de sangramentos.
● Valorizar a possibilidade de complicações
tromboembólicas se houver aparecimento agudo de dor.

● Recomendar o uso de escova de dente macia e orientar a


Sangramento prática de massagem na gengiva, bochechos e uso de fio
Gengival dental.
● Agendar atendimento odontológico.

● Avaliar hipertensão arterial e pré-eclâmpsia.


● Conversar com a gestante sobre suas tensões, conflitos e
temores.
Cefaleia
● Se não houver hipertensão, prescrever analgésico por
tempo limitado.
● Referir à consulta médica, se o sintoma persistir.

● Uso de sapatos com saltos baixos (3cm) e confortáveis, de


base larga.
● Correção de postura ao sentar-se.
● Aplicação de calor local.
● Eventualmente, por orientação médica, usar analgésico
Dor lombar
por tempo limitado.
● Não utilizar anti-inflamatórios não hormonais
● Quando associada a queixas urinárias e/ou febre, atentar
para o diagnóstico de pielonefrite e encaminhar
imediatamente a gestante para Pronto Atendimento.

Mastalgia / ● Orientar a gestante quanto à normalidade de incômodo


Descarga mamário, pela fisiologia da gestação.

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papilar ● Recomendar o uso constante de sutiã com boa


sustentação, após descartar qualquer alteração no exame
das mamas.
● O colostro, principalmente nas fases tardias da gravidez,
pode ser eliminado expontaneamente.

● Esses sintomas são frequentes na gestação em


decorrência do aumento do útero, elevação do diafragma
e ansiedade da gestante.
● Recomendar repouso em decúbito lateral esquerdo.
● Ouvir a gestante e conversar sobre suas angústias, se for
19
o caso.
Falta de ar e
● Estar atento para outros sintomas associados (tosse,
dificuldade
chiado e sibilância) e para achados no exame
para respirar
cardiopulmonar. Embora pouco frequente, pode se tratar
de doença cardíaca ou respiratória.
● Avaliação médica pode ser necessária, caso haja dúvida
ou suspeita de problema clínico, podendo ser necessária
investigação complementar e/ou consulta com
especialista.

● Recomendar alimentação rica em fibras a fim de evitar a


obstipação intestinal. Se necessário, podem ser prescritos
supositórios de glicerina.
● Dar preferência para higiene perianal com água e sabão
Doença
neutro, após evacuação.
hemorroidária
● Fazer banhos de assento ou compressas mornas.
● Avaliação médica caso haja dor ou sangramento anal
persistente, encaminhando ao proctologista, se presentes
complicações como trombose.

● Ingestão de alimentos fracionada (pequenas quantidades


e com maior frequência) e mastigar bem os alimentos.
● Ao deitar, manter tronco elevado em relação ao restante
Pirose (azia), do corpo (ex: elevar a cabeceira com tijolos).
Eructação / ● Evitar frituras, alimentos gordurosos e picantes, café, chá
plenitude preto, mates, doces, álcool e fumo.
gástrica ● Após as refeições, aguardar uma ou duas horas para se
deitar.
● Em alguns casos, a critério médico, a gestante pode se
beneficiar com a prescrição de antiácidos.

● Explicar que esses são sintomas comuns no início da


gestação.
Náuseas,
● Algumas mulheres podem obter alívio com: alimentação
vômitos e
fracionada (seis refeições leves/dia), evitar frituras e
tonturas
gorduras, alimentos com cheiros fortes, evitar líquidos
durante as refeições dando preferência à ingestão nos

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intervalos, ingerir alimentos sólidos antes de levantar-se


pela manhã (pão ou biscoitos tipo “água e sal”), ingerir
alimentos gelados.
● Adiar o horário de escovação dos dentes, evitando os
primeiros instantes após levantar-se pela manhã, reduzir
a quantidade de pasta de dente na escovação também
pode ajudar.
● Se for necessário, prescrever antieméticos.
● No caso de hiperêmese, atentar para desidratação.

20

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IMUNIZAÇÃO EM GESTANTES

● A primeira dose de vacina (dTpa) deve ser administrada


a partir de 20 semanas de gestação.
● A segunda dose (dT) com intervalo de 2 meses da
primeira ou no mínimo 4 semanas. Preferencialmente
Sem nenhuma
até 20 dias antes da Data Provável do Parto (DPP).
dose registrada
● A terceira dose poderá ser aplicada após o nascimento,
de 30 a 60 dias após a segunda dose.
● dTpa deve ser administrada em toda gestação,
independe de gestações anteriores, se houver.
21
● A primeira dose (dTpa) a partir de 20 semanas de
gestação.
Uma dose ● A segunda dose (dT) com intervalo de 2 meses ou no
mínimo 4 semanas. Preferencialmente até 20 dias da
ANTITETÂNICA DPP.

● Completar a dose faltante com vacina dTpa, a partir


Duas doses
de 20 semanas, idealmente entre 27 e 36 semanas.

Três doses ou mais, ● Uma dose de reforço (dTpa) entre 20 e 36 semanas


sendo a última (idealmente após 27 semanas), caso esquema realizado
dose há menos de previamente não tenha contemplado nenhuma dose
cinco anos de dTpa

Três doses ou mais,


● Uma dose de reforço (dTpa) entre 20 (idealmente 27
sendo a última
semanas) e 36 semanas.
dose há mais de
cinco anos

● Primeira dose após primeiro trimestre, segunda dose


Gestante sem
um mês após e terceira dose seis meses após a primeira
vacinação prévia
dose.

HEPATITE B
Gestantes com
esquema
● Completar o esquema.
incompleto (1 ou 2
doses)

Gestantes com
● Não devem ser vacinadas.
esquema completo

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Qualquer idade
INFLUENZA ● Dose única
gestacional

Qualquer idade
COVID-19 ● Atentar-se para as orientações vigentes
gestacional

22

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TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NO PRÉ-NATAL

MEDICAÇÃO HABITUAL NA CONDUÇÃO DO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO

Medicações indicadas por Médico e/ou Enfermeiro no Pré-Natal de Baixo Risco:

MEDICAÇÃO PARA PROFILAXIA NO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO

Apresentação
Posologia/Tempo
Medicação por drágea ou Observação
de Tratamento
comprimido
23
Iniciar a medicação até 14 semanas
de gestação.
Após 14 semanas poderá ser
suspenso.
Prescrição de 0,4mg de ácido fólico
(2 mL de solução oral, 0,2mg/mL),
uso contínuo na gestação para
prevenção da anemia e redução de
prematuridade.
Prescrição de ácido fólico 5mg/dia
para prevenção de defeitos abertos
Um comprimido
Ácido fólico 5 mg do tubo neural, indispensável se
ao dia
houver antecedente de defeitos de
tubo neural, diabética, obesa,
epiléticas e fumantes, entre 30 dias
antes e até 14 semanas. Para as
gestantes em uso de
antiepilépticos, manter ácido fólico
5mg/dia até final da
gravidez.
Atentar-se para a dosagem
oferecida pelo dispensário
municipal.

Indicado para profilaxia de


anemia.
Iniciar a partir da 20ª semana até 3
meses após o final da gestação
(mesmo com níveis de Hb/Ht
normais).
Sulfato 40 mg de ferro Um comprimido
Em caso de anemia, atentar-se para
Ferroso elementar ao dia
dose terapêutica de Sulfato
Ferroso.
Quando houver Hb <8 a gestante
deverá ser refenciada ao NASF-GO
ou CEAS Mulher.
Atentar-se para a dosagem

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oferecida pelo dispensário


municipal.

Indicado nos casos de cefaleia, dor


lombar, entre outros.

Afastar Hipertensão Arterial e Pré-


eclâmpsia
Avaliar sempre:
Um comprimido
Paracetamol 500 – 750 mg Sinais de cefaleia secundária;
de 6/6 horas
Sintomas antes da gravidez;
24
Diagnóstico prévio de enxaqueca;
Uso de medicamentos.
Orientar: Repouso em local com
pouca luminosidade e boa
ventilação;

Indicado para náuseas e vômitos


Um comprimido Não exceder 400mg/dia.
Dimenidrato 50 mg
de 8/8 horas Sempre a primeira escolha é a
orientação de hábitos alimentares.

Indicado para náuseas e vômitos


Um comprimido
Metoclopramida 10 mg Sempre a primeira escolha é a
de 8/8 horas
orientação de hábitos alimentares.

Indicado para dor abdominal e


cólicas.
Um comprimido
Hioscina 10 mg Certificar-se que não são
de 8/8 horas
contrações uterinas.
Afastar infecção urinária (excluir
disúria ou febre).

Indicado para flatulência e


obstipação intestinal.
Um comprimido
Dimeticona
de 8/8 horas
Sempre a primeira escolha é a
orientação de hábitos alimentares.

Administrar entre 28 e 34 semanas


de gestação, em todas as gestantes
Rh negativo com parceiro Rh
Imunoglobuli Uma ampola positivo e coombs indireto
na Anti-D intramuscular negativo; e também naquelas que
não mantêm mais o
relacionamento e tem o Rh do ex-
parceiro desconhecido.

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Somente o médico poderá indicar a


medicação, por ser de Alto Custo.
Anexo X
O processo de solicitação do
medicamento pelo alto custo deve
ser em torno de 28 semanas.
Mesmo que a paciente tenha
recebido Imunoglobulina Anto-D
em gestação anterior, ela tem
indicação de receber em todas as
gestações.
A partir da administração da 25
imunoglobulina o Coombs indireto
deverá ficar positivo.
*Indicação/prescrição restrita
somente ao profissional médico

O alto custo da cidade de Praia Grande se oferece para buscar a imunoglobulina para a gestante em Santos,
no alto custo do AME, desde que este seja solicitado pelo médico no período de 28 até 32 semanas de
gestação da mulher no intuito de haver tempo hábil para administração do medicamento antes das 34
semanas.

ATENÇÃO
As puérperas no pós-abortamento ou com Recém-Nascido com fator
Rh positivo (deverão receber a Imunoglobulina Anti-D na
Maternidade – observar se existe informação na carta de Alta ou
questionar a puérpera)

Prevenção de Pré-Eclâmpsia

Fatores de risco para indicação do tratamento (Risco Alto ou Moderado):

Risco Alto:

✔ História pregressa de pré-eclâmpsia


✔ Gestação gemelar
✔ Hipertensão arterial crônica Deve possuir
(PAS > igual 140 mmHg ou PAD >igual 90 mmHg na primeira consulta) 1 (um) ou
✔ Diabetes Tipo 1 ou Tipo 2
mais fatores
✔ Diabetes Gestacional
de risco alto
✔ Doença renal prévia
✔ Doenças autoimunes
✔ Idade materna acima de 40 anos

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Risco Moderado:

✔ História familiar de pré-eclâmpsia (irmã ou mãe)


✔ Primegestação
✔ Primepaternidade
✔ Obesidade IMC > 30 Deve possuir 2
✔ Características sociodemográficas desfavoráveis (dois) ou mais
✔ Idade materna entre 35 – 40 anos
fatores de risco
✔ História Prévia Materna: baixo peso / PIG
moderado
✔ Reestreia funcional (mais de 10 anos após última gestação)
✔ Homem de risco (parceira anterior com pré-eclâmpsia)
26
✔ Fertilização in vitro (FIV)

TRATAMENTO PARA PREVENÇÃO DE PRÉ-ECLÂMPSIA

Apresentação
Posologia/Tempo
Medicação por drágea ou Observação
de Tratamento
comprimido

Indicar conforme avaliação da


Dois a Três
Suplementação ingesta diária de cálcio do paciente.
500 mg comprimidos ao
de cálcio Iniciar em qualquer momento da
dia
gestação até o parto.

Iniciar após 12 semanas e


suspender a partir de 36 semanas.
Ácido Um comprimido
100 mg Observações: evitar AAS em
Acetilsalicílico por dia
situações de descolamento ovular
e suspeita de dengue.

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HIPERTENSÃO GESTACIONAL

Hipertensão Arterial Sistêmica

Define-se como Hipertensão Arterial quando a Pressão Arterial Sistólica (PAS) atinge valor ≥ 140 mHg e/ou a
Pressão Arterial Diastólica (PAD) atinge valor ≥ 90 mmHg, em duas medidas com intervalo de pelo menos 4
(quatro) horas previamente a gestação e até a 20ª semana.

Se a gestante já fizer uso de medicamentos antihipertensivos não indicados durante a gestação, deve ser
substituído pelos da Tabela 4.

Hipertensão Arterial Gestacional 27

Define-se como Hipertensão Arterial quando a Pressão Arterial Sistólica (PAS) atinge valor ≥ 140 mHg e/ou a
Pressão Arterial Diastólica (PAD) atinge valor ≥ 90 mmHg, em duas medidas com intervalo de pelo menos 4
(quatro) horas a partir da 20ª semana de gestação.

Indicação da medicação (deve ser iniciada pela Atenção Básica até avaliação do Alto Risco)

● Gestante com Pressão Arterial > 150x100 mmHg;


● Gestantes com diagnóstico de Síndrome Hipertensiva na Gestação com sinais e sintomas sugestivas
de lesão de órgão alvo;

Diagnóstico Precoce
• Ganho de peso superior a 500g por semana desde a última consulta,
atribuível a edema, particularmente com instalação súbita,
generalizado e sem melhora após repouso.
• Aumento relativo dos níveis pressóricos como, por exemplo, o
incremento de 30mmHg na Pressão Arterial Sistólica (PAS) e 15mmHg
na Pressão Arterial Diastólica (PAD).

TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO

Apresentação
Via de por comprimido Posologia/Tempo
Anti-hipertensivo Dose/dia Observação
Administração padronizado no de Tratamento
município

Um comprimido de Dosagem
750 mg mínima para
Metildopa 8/8 h até dois
até Via Oral 250 mg início do
(1ª escolha) comprimidos de
2.000 mg tratamento
6/6 h

Antagonistas de
Um a dois
Anlodipino 5 a 20 Canais de Cálcio
Via Oral 5 mg comprimidos de
(2ª escolha) mg/dia (ACC) podem
12/12 h ao dia.
ser

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considerados
como
alternativas

ATENÇÃO
As gestantes previamente hipertensas e/ou com Hipertensão
Gestacional, deverão ser encaminhadas para o Pré-Natal de Alto
Risco do município (CEAS Mulher) para avaliação obstétrica. 28

Pré-Eclâmpsia

Caracterizada pelo aparecimento de Hipertensão e proteinúria (acima de 300 mg em 24 horas) após a 20ª
semana de gestação em mulheres previamente normotensas.

Fatores de Risco:

• Pré-eclâmpsia prévia

• Presença de Hipertensão Arterial Crônica (HAC),

• Diabetes,

• Doença renal crônica,

• Lúpus eritematoso sistêmico,

• Síndrome antifosfolípidea.

Eclâmpsia

Corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas.

Atenção para os sinais de alerta:

● Cefaleia persistente, occipital / frontal / difusa, tipo pulsátil,


em pressão, latejante e/ou em agulhada e resistente a
analgésicos;
● Distúrbios visuais - escotomas, borramento visual, diplopia,
fotofobia, cegueira;
● Dor em quadrante superior direito;
● Hipertensão moderada/grave,

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Condutas no Atendimento de Urgência Hipertensiva na Gestação na APS

Na presença de um ou mais dos sinais de alerta e valores pressóricos iguais ou maiores que 160/110 mmHg
(eminência de eclâmpsia) pode-se começar tratamento para controle dos níveis pressóricos e prevenção da
crise convulsiva até a chegada da ambulância:

Manter gestante em Preferencialmente acomodar a paciente em ambiente


DLE* calmo, com pouca movimentação.

Auscultar BCF Auscultar antes de iniciar a medicação. 29

Chamar UTS ou Remoção


Chamar Remoção Não chamar SAMU. Somente se houver sinais de
alerta.

Iniciar medicação **Nifedipina 10 mg de ação rápida, por via oral.

Controle de Pressão Aferir PA a cada 5 minutos, após inicio da medicação.


Arterial
Refazer, após 30 minutos, caso não atinja a meta
de PA alvo.
Refazer medicação Meta de PA alvo: PA entre 135 x 85 e 160 x 110,
para evitar hipoperfusão placentária.
Dose máxima de Nifedipina é de 80 mg.

Monitoramento do Auscultar BCF a cada 20 minutos, após o início da


BCF medicação.

* Decúbito Lateral Esquerdo (DLE)


** A medicação Nifedipina 10 mg de ação rápida está disponível no almoxarifado municipal.

Durante o atendimento emergencial seria importante manter


um acesso venoso puncionado;
Não há indicação de uso de diazepam por nenhuma via de
administração;
Aporte de oxigênio deve ser utilizado mediante monitoramento
da saturação;

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DIABETES GESTACIONAL

Principais fatores de risco para a hiperglicemia na gestação:

● Idade (aumento progressivo do risco com o avançar da idade)


● Sobrepeso/obesidade (IMC ≥ 25Kg/m2)
● Antecedentes familiares de DM (primeiro grau)
● Síndrome dos ovários policísticos
● Hipertrigliceridemia
● HAS
● Acantose nigricans
● Doença cardiovascular aterosclerótica 30
● Uso de medicamentos hiperglicemiantes

Antecedentes Obstétricos:

● Duas ou mais perdas gestacionais prévias


● Diabetes Mellitus Gestacional
● Polidrâmnio
● Macrossomia (recém-nascido anterior com peso ≥ 4000g)
● Óbito fetal/neonatal sem causa determinada

RECOMENDA-SE

Todas as mulheres devem realizar a glicemia de jejum (até 20


semanas de idade gestacional) para diagnóstico de DMG e de DM
crônica diagnosticado na gestação.

Todas as gestantes com glicemia de jejum inferior a 92 mg/dL devem


realizar o TOTG com 75g de glicose de 24 a 28 semanas.

Se o início do pré-natal for tardio (após 20 semanas de idade


gestacional) deve-se realizar o TOTG com a maior brevidade possível.

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Diagnóstico de Diabetes na gestação – Fluxograma 1

Início do PN
Início do PN entre Início do
< 20 semanas
20 - 28 semanas PN > 28 semanas

Solicitar Entre 24 a 28
glicemia de semanas Imediatamente
jejum

31
Glicemia de Glicemia de Glicemia de TOTG 75g: Jejum,
jejum > 126 jejum entre 92 jejum < 92 1ª hora e 2ª hora TOTG 75g: Jejum,
mg/dL e 125 mg/dL mg/dL 1ª hora e 2ª hora

Diabetes Diabetes Ao menos um Ao menos um Ao menos um


Mellitus Gestacional valor de: Ao menos um valor de: valor de:
Jejum: 92 a valor de: Jejum: 92 a Jejum: > 126
125 mg/dL Jejum: > 126 120 mg/dL mg/dL
1 hora: > 180 mg/dL 1 hora: > 180 2 horas: >200
mg/dL 2 horas: > 200 mg/dL mg/dL
2 horas: 153 - mg/dL 2 horas: 153 -
199 mg/dL 199 mg/dL

Diabetes Diabetes
Mellitus Diabetes Mellitus
Diabetes
Gestacional Gestacional

RESUMO:

Recomenda-se para diagnóstico da hiperglicemia na gestação:

⮚ Rastreamento universal, independentemente da presença de fator de risco.


⮚ Glicemia de jejum (GJ) na primeira consulta de pré-natal.
o Glicemia de jejum ≥126 mg/dL: diabetes mellitus diagnosticado na gestação (diabetes prévio);
o Glicemia de jejum entre 92 mg/dL e 125 mg/dL: diabetes mellitus gestacional.
⮚ Para pacientes com glicemia de jejum < 92 mg/dl no primeiro trimestre realizar Teste Oral de Tolerância a
Glicose (TOTG) com 75 g entre 24 e 28 semanas com avaliação da Glicemia de Jejum, Glicemia em 1 horas e
Glicemia em 2 horas.
o TOTG 75 g: para DMG, considerar os limites de 92 mg/dl, 180 mg/dl, 153 mg/dl, respectivamente,
para glicemia em jejum, 1 hora e 2 horas, e pelo menos um valor alterado.
o Se glicemia em jejum maior igual 126 mg/dl e/ou 2 horas maio igual 200 mg/dl: diabetes prévio,
diagnosticado na gestação
⮚ Na impossibilidade de realização do TOTG 75 g, frente a recursos escassos, pode-se repetir a glicemia de jejum
entre 24-28 semanas, mantendo os mesmos valores de referência usados no primeiro trimestre.

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Metas para o controle glicêmico

Os níveis de glicemia capilar desejáveis durante a gravidez, independentemente da idade gestacional,


deverão ser aferidos após duas aferições em jejum e uma ou duas horas pós-prandial.

Horário Jejum 1 hora pós-prandial 2 horas pós-prandial

Limites de glicemia < 95 mg/dl < 140 mg/dl < 120 mg/dl

32
ATENÇÃO

Realizar controle por pelo menos 7 a 14 dias. Resultados de aferição


de glicemia capilar com mais de 30% dos valores fora das metas,
deve-se considerar tratamento medicamentoso no Pré Natal de Alto
Risco (PNAR).

RECOMENDA-SE

Medidas pós-prandiais devem ser realizadas a partir do início das


refeições.
Importante lembrar que gestantes em uso de insulina devem manter
a glicemia de jejum acima de 70 mg/dL e pós-prandial não inferiores
a 100 mg/dL.

Frequência de realização do monitoramento da glicemia capilar

Pacientes tratadas com medidas não


Pacientes tratadas com medidas farmacológicas
farmacológicas

Perfil diário de 4 pontos: Jejum, pós-café, pós- Perfil diário de 6 pontos: Jejum, pós-café, antes do
almoço, pós-jantar. almoço, pós-almoço, antes do jantar, pós- jantar.
Minimamente (Perfil de 4 pontos, 3 vezes por Minimamente (Perfil diário de 4 pontos, 3 vezes
semana): Jejum, pós-café, pós-almoço, pós-jantar por semana): Jejum, pós-café, pós-almoço, pós-
jantar

*Avaliar condições de adesão a terapia

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Conduta frente a gestante com diagnóstico de Diabetes Gestacional ou Diabetes Mellitus

A insulina é primeira escolha no tratamento farmacológico para controle da hiperglicemia na gestação. É


indicada sempre que a mudança no estilo de vida (dieta individualizada e atividade física) não for suficiente
para atingir as metas de controle glicêmico.

Manejo da gestante diabética gestacional

⮚ Orientar sobre alimentação – Três passos para controle do Diabetes. Anexo III
⮚ Solicitar/fornecer aparelho glicosímetro
⮚ Solicitar controle glicêmico por 7 -14 dias. Jejum/ 2 horas após Almoço/ 2 horas após jantar
⮚ Encaminhar para o Nutricionista
⮚ Encaminhar para o Pré-Natal de Alto Risco 33
⮚ Retorna à USAFA após 7 dias para avaliação do controle glicêmico.
a. Controle glicêmico com mais de 30% de alteração dos parâmetros de referência, e sem
previsão de data para consulta de Pré-Natal de Alto Risco, encaminhar a gestante através de
interconsulta e controle glicêmico para avaliação da maternidade.

Manejo da gestante com Diabetes Mellitus em uso de hipoglicemiante oral prévio

⮚ Orientar sobre alimentação – Três passos para controle do Diabetes. Anexo III
⮚ Solicitar/fornecer aparelho glicosímetro
⮚ Manter hipoglicemiante oral – Metformina, caso já use previamente.
a. Outros hipoglicemiantes orais devem ser suspensos.
⮚ Solicitar controle glicêmico, sem uso do hipoglicemiante oral, por 7 -14 dias. (Jejum/antes do
almoço/ 2 horas após Almoço/ antes do jantar/2 horas após jantar)
⮚ Encaminhar para o Nutricionista
⮚ Encaminhar para o Pré-Natal de Alto Risco
⮚ Retorna à USAFA após 7 dias para avaliação do controle glicêmico.
a. Controle glicêmico com mais de 30% de alteração dos parâmetros de referência, e sem
previsão de data para consulta de Pré-Natal de Alto Risco, encaminhar a gestante através de
interconsulta e controle glicêmico para avaliação da maternidade (Hospital Guilherme Álvaro
– HGA).

Manejo da gestante com Diabetes Mellitus em uso de insulina prévia

⮚ Orientar sobre alimentação – Três passos para controle do Diabetes. Anexo III
⮚ Solicitar/fornecer aparelho glicosímetro
⮚ Manter uso da insulina de uso contínuo de prescrição prévia.
⮚ Solicitar controle glicêmico, sem uso do hipoglicemiante oral, por 7 -14 dias. (Jejum/antes do almoço/
2 horas após Almoço/ antes do jantar/2 horas após jantar)
⮚ Encaminhar para o Nutricionista
⮚ Encaminhar para o Pré-Natal de Alto Risco com prioridade, e se possível, entrar em contato com o
serviço de referência.
⮚ Retorna à USAFA após 7 dias para avaliação do controle glicêmico.
a. Controle glicêmico com mais de 30% de alteração dos parâmetros de referência, e sem
previsão de data para consulta de Pré-Natal de Alto Risco, encaminhar a gestante através de
interconsulta e controle glicêmico para avaliação da maternidade (Hospital Guilherme Álvaro
– HGA) para ajuste de dosagem da insulina.

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ATENÇÃO

Atentar - se para sinais de descompensação do Diabetes:


macrossomia, polidrâmnio, dextros com perfil alterado em mais de
30% das aferições.

Três passos para controle do Diabetes – Anexo III

1. ALIMENTAÇÃO:
34
● Fazer as 3 refeições principais (café, almoço e janta);
● Fazer de 2 a 3 lanches saudáveis;
● Tentar não ficar muito tempo sem se alimentar.

O QUE COMER?

● Prefira os integrais (arroz, macarrão e pães). Caso você não goste do arroz integral, cozinhe
o arroz branco junto com legumes e/ou sementes como linhaça e chia. Desse modo, você
consegue acrescentar mais fibras na preparação.
● Coma sempre salada. As saladas, principalmente as verduras (folhas), contém muitas fibras
que favorecem o controle da glicemia.
● Evite as gorduras de origem animal. Consuma as versões desnatadas (sem gordura) dos
leites e iogurtes. Retire a gordura aparente das carnes e a pele do frango antes do preparo
● Evite alimentos ultraprocessados, como macarrão instantâneo, lasanhas industrializadas,
sucos em pó ou em caixa (néctar), bolos e biscoitos recheados, guloseimas, refrigerantes e
bebidas alcoólicas;
● Coma comida de verdade: frutas, verduras, legumes, feijões, castanhas, cereais, raízes,
carnes, ovos. Descasque mais e desembale menos!
● Evite combinar alimentos ricos em carboidrato! Por exemplo: arroz com macarrão e purê
de batata com pão. Comer mais de uma fonte de carboidrato na mesma refeição pode tornar
a sua glicemia muito difícil de controlar. Se o fizer, reduza o tamanho das porções.

2. ATIVIDADE FÍSICA:

● Ao menos 30 min de 4 a 5x/semana;


● Exemplos: caminhada, yoga, pilates, natação, hidroginástica.

3. VERIFICAR A GLICEMIA:
1. Conferir data e hora do aparelho e código do visor igual ao da caixa de fitas.
2. Lavar as mãos ou passar álcool. Secar bem.
3. Furar o dedo na lateral.
4. Preencher todo o espaço da fita, com a gota de sangue.
5. Descartar as lancetas e fitas usadas, em um frasco de plástico rígido vazio (amaciante ou
água sanitária).
6. Anotar o valor da glicemia no diário.
7. Fazer o rodízio dos dedos.

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Solicitação de glicosímetro

Para a gestante que tenha indicação médica ou do enfermeiro de monitoramento de glicemia capilar, deverá
ser emitida receita definindo quantidade de aferições diárias e a unidade de saúde ou o CEAS mulher
preenchem o laudo para concessão de glicosímetro (Anexo IV) e o encaminha com a receita para divisão de
almoxarifado via requisição interna. A divisão de almoxarifado avalia e libera o aparelho glicosímetro. Assim,
a unidade convoca a paciente para orientações quanto ao uso dos insumos e monitoramento dos controles
glicêmicos.
● Cada paciente contemplado deverá ter um kit de acompanhamento:
1. Laudo para solicitação/autorização de concessão de aparelho glicosímetro (deve ficar arquivado na
unidade para controle) – Anexo IV;
2. Termo de consentimento informado – educação especial a paciente diabética (deve ficar arquivado na 35
unidade para controle) – Anexo V;
3. Ficha de cadastro da insulino-dependente com as informações do paciente (deve ficar arquivado na
unidade para controle) – Anexo VI;
4. Controle de dispensação de insumos para diabetes (deve ficar arquivado na unidade para controle) –
Anexo VII;
5. Mapa de registro diário de glicemia capilar (entregue para o paciente) – Anexo VIII

O paciente não necessita dar entrada no pedido do glicosímetro pela


ouvidoria municipal.
As solicitações dos insumos deverão ser realizadas mensalmente para
o almoxarifado junto ao pedido mensal de materiais da unidade, com
via impressa de requisição interna.
Após o parto a gestante deverá devolver o aparelho de glicosímetro
para unidade de origem.

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Local de aplicação de insulina

36

Todos os locais acima são seguros para aplicar insulina, por isto, faça o rodízio. Isto melhora a ação da
insulina e controla a glicose

Até 26 semanas
Pode ser aplicada em qualquer lugar

A partir de 27 semanas
Somente nas laterais realizando a prega

A prega deve ser realizada com o dedo indicador e polegar


Não realizar a prega com todos os dedos da mão, para não pegar músculo.

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TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS E NEUROLÓGICOS NA GESTAÇÃO

A equipe de saúde deve ter consciência de que os malefícios do transtorno mental e da epilepsia não tratados
possivelmente superam o risco de manter a continuidade do uso dos medicamentos.

Sendo assim, não se deve suspender abruptamente qualquer tratamento medicamentoso durante a
gestação sem orientação de equipe multiprofissional, incluindo psiquiatra.

As pacientes epiléticas e com doenças psiquiátricas graves devem ser encaminhadas para o pré-natal de alto
risco. Os casos de epilepsia devem ser encaminhados ao neurologista com prioridade no sistema Saudetech.
37
Os casos de paciente psiquiátrica e/ou usuária de substâncias psicoativas, fazer contato direto com CAPS
AD ou CAPS Adulto para manejo do caso.

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TOXOPLASMOSE
A toxoplasmose, causada pelo Toxoplasma gondii, adquire especial relevância quando infecta gestantes,
visto o elevado risco de acometimento fetal. Entre as consequências da infecção aguda materna incluem-se
a restrição de crescimento intrauterino, morte fetal, prematuridade e/ou toxoplasmose congênita
(microftalmia, lesões oculares, microcefalia, com ou sem hidrocefalia, retardo mental, pneumonite,
hepatoesplenomegalia, erupção cutânea e calcificações cerebrais).

Prevenção Primária de Toxoplasmose

• Higienizar corretamente as mãos antes das refeições ou após manusear lixo, ter contato com animais e
manipular alimentos. Utilizar luvas ao manipular carnes cruas.
• Evitar manusear terra ou solo e, caso necessário, utilizar luvas e higienizar as mãos após a atividade.
38
• Consumir apenas água filtrada ou fervida. Manter os reservatórios de água bem fechados.
• Higienizar frutas, legumes e verduras em água corrente antes do consumo, conforme as seguintes
instruções:
♣ Selecionar os alimentos, retirando partes deterioradas e/ou sem condições adequadas;
♣ Lavar os alimentos, um a um, em água potável corrente;
♣ Desinfectar por meio da imersão em solução clorada por 10 minutos: diluir 1 colher de sopa de
água sanitária em 1 litro de água;
♣ Lavar os alimentos novamente, um a um, em água potável corrente;
♣ Mantê-los sob refrigeração até a hora do consumo.
• Congelar a carne antes do consumo. O tempo mínimo de congelamento e a temperatura ideal ainda são
controversos. O Ministério da Saúde e o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) do Rio Grande do Sul
recomendam que a carne seja congelada a pelo menos 15°C negativos, por no mínimo 3 dias, em freezer
doméstico. No entanto, a recomendação mais conservadora sugere que a carne seja congelada em freezer
doméstico a pelo menos 18° negativos, por no mínimo 7 dias. O congelador da geladeira não atinge essas
temperaturas, somente o freezer.
• Higienizar tábuas de corte, facas, balcões e pia após a preparação dos alimentos.
• Evitar contaminação cruzada de alimentos crus com alimentos cozidos.
• Não consumir carnes cruas, malcozidas ou malpassadas e não provar a carne crua durante seu preparo.
Cozinhar a carne a pelo menos 67° C (ao ponto para bem passada).
• Evitar ingerir carnes defumadas ou curadas em salmoura (embutidos – salame, copa, linguiça).
• Não consumir leite e seus derivados crus, não pasteurizados, seja de vaca ou de cabra.
•Controlar vetores e pragas (ratos, moscas, baratas e formigas), descartando corretamente o lixo doméstico
e os dejetos de animais.
• Evitar o contato com cães que andam soltos – os cães também podem transmitir a doença ao sujar o pelo
no solo onde haja fezes de gato. Convívio com gatos
• Alimentar gatos com ração, não deixando que façam ingestão de caça ou carne crua.
• Evitar que a gestante troque a caixa de areia de gatos domésticos. Caso não seja possível, ela deve limpar
e trocar a caixa diariamente, utilizando luvas e pá, além de colocá-la ao sol com frequência.
• Evitar o contato com fezes de gato no lixo ou no solo e, se houver contato, higienizar corretamente as mãos

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Conduta frente ao resultado do exame sorológico de Toxoplasmose na Gestante

O momento ideal para realizar a sorologia é no período pré-concepcional, pois na gestação a interpretação
dos resultados pode ser muitas vezes difícil.
Os anticorpos imunoglobulina M (IgM) manifestam-se duas semanas após a infecção e podem persistir por
anos, enquanto os anticorpos IgG atingem o pico de seis a oito semanas após a infecção e, então, diminuem
nos dois anos seguintes, mas permanecem positivos.

PADRÕES SOROLÓGICO
RESULTADO INTERPRETAÇÃO CONDUTA
São as gestantes que já tiveram
contato com o toxoplasma e 39
apresentam anticorpos e, se
possuem imunidade preservada,
não há risco de reativação nem de
transmissão vertical. Devem
seguir o pré-natal de rotina.
IgG reagente e IgM não
Gestantes imunes Pacientes com imunossupressão
reagente
devem ser acompanhadas em
pré-natal de alto risco com
medidas de prevenção
secundárias, uma vez que a
queda da imunidade pode levar à
reativação do toxoplasma.

As gestantes suscetíveis devem


receber orientações da equipe de
saúde sobre como evitar a
doença e repetir a sorologia
bimensalmente ou a cada
trimestre, até o final da gravidez.
As seguintes orientações devem
ser fornecidas:
• não ingerir carnes cruas nem
malcozidas;
• toda carne deve ser cozida até
atingir temperatura superior a
IgG e IgM não reagentes Gestantes susceptíveis
67o C;
• a água deve ser tratada ou
fervida;
• lavar frutas e verduras
adequadamente;
• usar luvas para manipular
carnes cruas;
• não utilizar a mesma faca para
cortar carnes e outros vegetais ou
frutas;
• evitar contato com qualquer
material que possa estar

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contaminado com fezes de gatos:


solo, gramados e caixas de areia;
• alimentar os gatos domésticos
com carnes bem-cozidas ou
rações comerciais e lavar o local
onde ocorre o depósito de suas
fezes diariamente;
• usar luvas nas manipulações
com solo.
Essas gestantes devem receber
espiramicina na dosagem de 3
g/dia (dois comprimidos de 500 40
mg, de 8 em 8 h; é importante
lembrar que a apresentação de
1,5 M.U.I. equivale a 500 mg) e
repetir a sorologia em duas a três
A primeira é de um falso-
semanas. Se o resultado da nova
positivo de IgM e a outra é que
IgG não reagente e IgM sorologia mantiver-se igual, deve-
a infecção aguda é muito inicial,
reagente se suspender a espiramicina e
não havendo tempo necessário
voltar ao pré-natal normal, pois
para o surgimento da IgG
trata-se de falso-positivo de IgM.
Se aparecer IgG no novo
resultado, esse quadro será de
infecção aguda, devendo-se
manter espiramicina e realizar a
pesquisa da infecção fetal após 18
semanas de gestação.
São necessários testes
confirmatórios como avidez de
IgG, avaliação seriada dos títulos
de IgG ou outros ensaios de
pesquisa de IgM, como ELISA de
captura ou imunofluorescência
indireta. Recomenda-se início
imediato da profilaxia da
transmissão vertical com
espiramicina, até descartar o
caso, e, se isso não for possível,
Quadro de possível infecção
IgG reagente e IgM reagente deverá ser mantida até o final da
aguda
gravidez. Esse fármaco pode ser
utilizado mesmo durante o
primeiro trimestre da gravidez.(4-
7) A presença de alta avidez de
IgG até 16 semanas de gestação
descarta a possibilidade de um
quadro agudo durante a
gestação, podendo ser suspensa
a espiramicina. Na situação de
baixa avidez ou avidez
indeterminada antes de 16

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semanas, recomenda-se pesquisa


de infecção fetal após 18
semanas. Após 16 semanas, na
presença de IgG e IgM com ou
sem resultado de avidez, torna-se
necessária a realização de outras
técnicas, como
imunofluorescência de IgM ou
avaliação seriada da IgG com
titulação e comparação dos
títulos. Se os títulos de IgG
ficarem estáveis ou decrescentes, 41
haverá reduzida probabilidade de
infecção aguda e recomendar-se-
á manter espiramicina. Nos casos
com elevação dos títulos, é mais
provável infecção aguda e, nesses
casos, deve-se manter
espiramicina e realizar pesquisa
de infecção fetal.

Tratamento

O tratamento para reduzir o risco de toxoplasmose congênita é indicado a todas as gestantes sintomáticas e
assintomáticas com diagnóstico de toxoplasmose adquirida na gravidez.

O tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível, mediante provável infecção materna. Nesses
casos, a unidade de atenção primária, deverá iniciar o com espiramicina 1 g, por via oral, três vezes ao dia,
enquanto aguarda consulta para avaliação no Pré-Natal de Alto Risco – PNAR.

Se confirmada infecção fetal, pelo Pré-Natal de Alto Risco, muda-se o tratamento para o esquema tríplice,
até o parto, com:
• sulfadiazina 3 g/dia (dois comprimidos de 500 mg, de 8/8 h);
• pirimetamina 50 mg/dia (um comprimido de 25 mg, de 12/12 h);
• ácido folínico 15 mg/dia (um comprimido de 15 mg ao dia).

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SÍFILIS EM GESTANTE

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA: TESTE TREPONÊMICO E NÃO TREPONÊMICO DE SÍFILIS


PRIMEIRO TESTE POSSÍVEIS
+ CONDUTA
TESTE COMPLEMENTAR INTERPRETAÇÕES
Diagnóstico de sífilis.
 Classificação do
estágio clínico a
ser definida de
 Quando sífilis, tratar,
acordo com o
realizar
tempo de
monitoramento com 42
infecção e o
teste não
TESTE TESTE NÃO histórico de
treponêmico e
TREPONÊMICO TREPONÊMICO tratamento.
+ notificar o caso de
 Cicatriz sífilis.
REAGENTE REAGENTE sorológica:
 Quando confirmado
tratamento
caso de cicatriz
anterior
sorológica, apenas
documentado
orientar.
com queda da
titulação em pelo
menos duas
diluições
Realiza-se um terceiro
teste treponêmico com
metodologia diferente do
primeiro.

 Se reagente,  Quando sífilis, tratar,


diagnóstico de realizar
sífilis ou cicatriz monitoramento com
sorológica. teste não
 Se não reagente, treponêmico e
considera-se notificar o caso de
TESTE TESTE NÃO
resultado falso sífilis.
TREPONÊMICO TREPONÊMICO
+ reagente para o  Quando confirmado
primeiro teste, caso de cicatriz
REAGENTE NÃO REAGENTE
sendo excluído o sorológica, apenas
diagnóstico de orientar.
sífilis.  Para os casos
 Se terceiro teste concluídos como
treponêmico não ausência de sífilis,
disponível, avaliar apenas orientar.
exposição de
risco, sinais e
sintomas e
histórico de
tratamento para

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definição de
conduta
Diagnóstico de sífilis.
 Classificação do
estágio clínico a
ser definida de
 Quando sífilis, tratar,
acordo com o
realizar
tempo de
monitoramento com
infecção e o
teste não
TESTE NÃO TESTE histórico de
treponêmico e
TREPONÊMICO TREPONÊMICO tratamento.
+ notificar o caso de
 Cicatriz 43
sífilis.
REAGENTE REAGENTE sorológica:
 Quando confirmado
tratamento
caso de cicatriz
anterior
sorológica, apenas
documentado
orientar.
com queda da
titulação em pelo
menos duas
diluições.
Realiza-se um terceiro
teste treponêmico com
metodologia diferente do
primeiro. O resultado final
do fluxograma será
definido pelo resultado
desse terceiro teste.
 Quando sífilis, tratar,
 Se reagente,
realizar
diagnóstico de
monitoramento com
sífilis ou cicatriz
teste não
sorológica.
treponêmico e
 Se não reagente, notificar o caso de
TESTE NÃO TESTE considera-se sífilis.
TREPONÊMICO TREPONÊMICO resultado falso
+  Quando confirmado
reagente para o
caso de cicatriz
REAGENTE NÃO REAGENTE primeiro teste,
sorológica, apenas
sendo excluído o
orientar.
diagnóstico de
sífilis.  Para os casos
concluídos como
 Cicatriz
ausência de sífilis,
sorológica:
apenas orientar.
tratamento
anterior
documentado
com queda da
titulação em pelo
menos duas
diluições.

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 Se terceiro teste
treponêmico não
disponível, avaliar
exposição de
risco, sinais e
sintomas e
histórico de
tratamento para
definição de
conduta.
TESTE NÃO Em caso de suspeita clínica e/
TREPONÊMICO ou epidemiológica, solicitar 44
nova coleta de amostra em
NÃO 30 dias.
Não realizar teste
REAGENTE
complementar se o
Ausência de infecção ou Isso não deve, no entanto,
primeiro teste for
período de incubação retardar a instituição do
+ NÃO REAGENTE e
Ou (janela imunológica) de tratamento, caso o
não houver suspeita
sífilis recente. diagnóstico de sífilis seja o
clínica de sífilis
TESTE mais provável (ex.:
primária
TREPONÊMICO visualização de úlcera
anogenital) ou o retorno da
NÃO pessoa ao serviço de saúde
REAGENTE não possa ser garantido.

Em todas as Gestantes com diagnóstico de sífilis:


● Realizar convocação da(s) parceria(s) para orientação e tratamento, conforme avaliação clínica. Não tratar
as parcerias sem estarem presentes.
● Realizar notificação compulsória da gestante
● Realizar coleta mensal do VDRL até final da gestação, para monitoramento da titulação
● O tratamento da gestante deverá ser feito imediatamente ao diagnóstico, independentemente do
tratamento da(s) parcerias)

TRATAMENTO DE SÍFILIS

Estadiamento Esquema Terapêutico

Sífilis recente: sífilis primária, secundária e latente Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, dose
recente (com até um ano de evolução). única (1,2 milhão UI em cada glúteo).

Sífilis tardia: sífilis latente tardia (com mais de um ano Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM,
de evolução) ou latente com duração ignorada e sífilis 1x/semana (1,2 milhão UI em cada glúteo) por 3
terciária. semanas. Dose total: 7,2 milhões UI, IM.

Benzilpenicilina potássica/cristalina 18 a 24
milhões UI, 1x/ dia, EV, administrada em doses de
Neurossífilis
3 a 4 milhões UI, a cada 4 horas ou por infusão
contínua, por 14 dias

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Na dúvida do estadiamento da sífilis, SEMPRE tratar como sífilis


tardia, com:
⮚ Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, 1x/semana (1,2
milhão UI em cada glúteo) por 3 semanas. Dose total: 7,2
milhões UI, IM.

Teste Rápido para triagem da Sífilis 45


É recomendado na primeira consulta e no terceiro trimestre, se o resultado for positivo, recomenda-se
tratamento imediato, a não ser que tenha registro comprovado de tratamento anterior. Neste caso colher
vdrl e ftaabs. já que o tratamento durante a gestação é benéfico para a mãe e para o feto;

● Se TR positivo, tratar com primeira dose de penicilina e agendar retorno em 7 dias para teste não
treponêmico.
o Não precisa aguardar VDRL para iniciar tratamento
o Tratar imediatamente o parceiro, se possível. (Não precisa obrigatoriamente realizar exame
para iniciar tratamento)
● Realizar VDRL mensalmente até o fim da gestação. Após o término, fazer monitoramento conforme
rotina para não gestante (3/3 meses até fechar 12 meses);
Re-tratamento:

● Não redução da titulação de VDRL em duas diluições no intervalo de 6 meses se sífilis primária,
secundária e sífilis latente recente após tratamento adequado;
● Aumento da titulação em duas diluições em qualquer momento do seguimento;
● Persistência ou recorrência de sinais e sintomas de sífilis em qualquer momento do seguimento.

ATENÇÃO
Repetir o exame no 3º trimestre, no momento do parto e em caso
de abortamento;
Lembrar que a sífilis é de notificação compulsória;

Teste de sensibilidade à penicilina

Em caso de mulheres com suspeita de alergia ou alergia comprovada ao medicamento, o Médico e/ ou


Enfermeiro deverão encaminhar imediatamente ao CEAS Mulher para avaliação e teste de sensibilidade a
penicilina.

Gestantes comprovadamente alérgicas a penicilina, serão encaminhadas para o serviço de referência de


dessensibilização do estado, através do encaminhamento pelo CEAS Mulher.

Não instituir outro tratamento sem essa avaliação prévia.

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INFECÇÃO URINÁRIA

Bacteriúria Assintomática

É definida como a condição clínica de mulher assintomática que apresenta urocultura positiva, com mais de
100.000 colônias/mL. Se não tratada, 25% das mulheres desenvolverá sintomas e progressão para
pielonefrite. Outras complicações são trabalho de parto prematuro (TPP) e anemia.

Cistite

É caracterizada pela presença de sintomas clínicos como disúria, polaciúria e urgência urinária. A análise do
sedimento urinário evidência, geralmente, leucocitúria e hematúria, além do grande número de bactérias e 46
presença de nitrito em fita de diagnóstico. O tratamento pode ser realizado com as mesmas opções da
bacteriúria, sendo iniciado mesmo antes do resultado da urocultura, já que as pacientes são sintomáticas.

Recomenda-se:
Toda mulher assintomática que apresenta exame de urina alterado,
deverá realizar exame especular para descartar vaginose.
Se confirmar presença de secreção vaginal, realizar tratamento
pertinente.

TRATAMENTO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO INFERIOR

Antibiótico Dose/dia Via de Apresentação Posologia/Tempo de


Administração por drágea ou Tratamento
comprimido

Cefalosporina 2g/dia Via Oral 500 mg Uma drágea de 6/6 h,


de 1ª geração por 7 a 10 dias
(cefalexina)

Nitrofurantoína 400mg/di Via Oral 100 mg Um comprimido de


a 6/6 h, por 7 a 10 dias

Amoxicilina 1,5mg/dia Via Oral 500 mg Um comprimido de


8/8 h, por 7 a 10 dias

Ampicilina 2 g/dia Via Oral 500 mg Uma drágea de 6/6 h,


por 7 a 10 dias

Fosfomicina 3g/dose Via Oral 03 mg/Sachê Um sachê, dose única


única

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O controle do tratamento deve ser realizado com urocultura sete dias


após o término do tratamento.
Na presença de duas infecções do trato urinário baixo, deve-se
realizar exame especular para descartar leucorréia. A gestante deve
ser mantida com profilaxia de nova ITU com nitrofurantoína 100
mg/dia (1º opção) ou Cefalexina 500 mg/dia (2º opção) até o final da
gestação e realizar urocultura de controle a cada seis semanas.

47

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SÍNDROME DE CORRIMENTO VAGINAL

● Explicar que aumento de fluxo vaginal é comum na gestação.


● Não prescrever cremes vaginais se não há diagnóstico de infecção vaginal.
● Caso apresente corrimento de cor branca, acinzentada ou amarelada, acompanhado de prurido, odor
ou dor durante a relação sexual, as causas mais comuns são a candidíase, a tricomoníase e a vaginose
bacteriana. Apenas a tricomoníase é considerada de transmissão sexual.

INDICAÇÃO MEDICAMENTOSA PARA SÍNDROME DE CORRIMENTO VAGINAL – Tabela 7

Apresentação clínica Primeira escolha Segunda escolha Tratamento das 48


parcerias

Prurido intenso,
dispareunia
superficial, edema
de vulva, secreção Miconazol creme
CANDIDÍASE
vaginal vaginal 2%, um
VULVOVAGINAL Nistatina Creme
esbranquiçada e aplicador via Tratar somente
vaginal por 14
grumosa, aderente vaginal, à noite ao se sintomáticas
noites.
às paredes vaginais e deitar-se, por 7
ao colo (sem odor) , dias.
disúria por irritação
da pele lesada pela
urina.

Não é indicado
para parceiros
do sexo
masculino, pois
não previne
Secreção vaginal Metronidazol1250 recorrências.
acinzentada, mg, via oral, 3
cremosa, aderente vezes ao dia, por 7 Parcerias do
VAGINOSE às paredes vaginais e dias. Clindamicina 3 sexo feminino
BACTERIANA ao colo, com odor Ou 300mg, via oral, 2 devem estar
(Gardnerella fétido, sem sintomas Metronidazol1% vezes ao dia, por 7 alertas sobre
mobiluncus) inflamatórios. Mais creme vaginal, 5 dias. sinais e sintomas
acentuado após o gramas, via vaginal, sugestivos de
coite e durante o à noite, por 5 dias. vaginose
período menstrual. bacteriana, dado
risco maior de
infecção
concordante
(25% a 50%)

TRICOMONÍASE Prurido intenso, Metronidazol12g, Metronidazol1250 Sempre tratar as

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edema de vulva, via oral, dose mg, via oral, 2cp parceriass
dispareunia, colo única. 12/12 horas por 7
com petéquias, dias. Preferir
secreção vaginal tratamento dose
amarelo-esverdeada única com
bolhosa e fétida, Metronidazol2
disúria menos
frequente. Cerca de
50% das mulheres e
homens são
assintomáticos
49
**Medicações para Síndrome de Corrimento Vaginal (1ª primeira escolha) poderão ser indicadas pelo Médico e/ou Enfermeiro

Considerar a possibilidade de infecção por flora mista para tratamento adequado


1
Metronidazol oral é risco B na gestação. Meta-análises não encontraram relação entre uso de metronidazol
durante o primeiro trimestre e malformações congênitas. O seu uso em qualquer trimestre não está
associado a complicações fetais ou obstétricas, podendo utilizado para tratamento de vaginose bacteriana e
detricomoníase.
O metronidazol via oral pode provocar náuseas e gosto metálico na boca.
1
Medicação metronidazol é disponibilizada pelo município somente na apresentação de 250 mg.
2
É contraindicado ingerir bebidas alcoólicas até 24 horas após término do tratamento com metronidazol.
3
Medicação Clindamicina é disponibilizada somente no Dispensário de Medicamento do ambulatório
municipal do SAE. (Rua Cidade de Santos, nº 89 Altos – Ramal: 5235 ou 5240). Caso houver resistência ao
Metronidazol, o enfermeiro deverá solicitar avaliação médica para a escolha da segunda alternativa
medicamentosa.

A vaginose bacteriana está associada a abortamento, trabalho de


parto pré-termo, baixo peso ao peso ao nascer e endometrite pós-
parto. Todas as mulheres sintomáticas devem ser tratadas.
A tricomoníase está associada com ruptura prematura de
membranas, parto pré-termo e baixo peso ao nascer, portanto deve
ser sempre tratada. Como é uma doença sexualmente transmissível,
deve-se tratar as parcerias e oferecer rastreamento para HIV, sífilis e
hepatites.

Fonte: https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/corrimento-vaginal-gestantes/

Recomenda-se:
Toda mulher que referir queixa de corrimento vaginal, deverá ser
realizado exame especular.
Se verificar presença de corrimento, deverá ser tratada
imediatamente.
Não recomenda-se realizar preventivo para confirmação de
corrimento para iniciar tratamento.

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PLANEJAMENTO FAMILIAR PARA GESTANTE

DIU Pós Parto

Deve ser oferecido a gestante com todas as orientações pertinentes contidas no formulário (Anexo VIII), que
deverá ficar anexado ao cartão de pré-natal da paciente para consulta da maternidade no momento do parto
sem necessidade de fazer qualquer encaminhamento via sistema olostech.

Laqueadura Tubária

A gestante que tiver mais de 25 anos e/ou dois filhos vivos (parto normal ou cesárea) pode ser encaminhada
para avaliação de laqueadura em qualquer momento da gravidez. PORÈM, as pacientes iterativas (com duas 50
cesáreas anteriores ou mais) devem ser encaminhadas o mais precoce possível (preferencialmente até 32
semanas de gestação) pela alta possibilidade de realização da laqueadura durante o parto.

De acordo com a Lei nº 9263/1996, o critério de elegibilidade para


realizar laqueadura durante o parto é de idade mínima de 25 anos
e/ou 02 filhos vivos, sendo estes de parto cesárea. Caso o parto tenha
sido normal a mulher realizará a laqueadura posterior ao parto de
forma eletiva.

Vasectomia

Caso a paciente e o marido manifestem desejo e se enquadrem nos critérios de idade e número de filhos
vivos, podem ser encaminhados em qualquer momento da gestação.

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PUERPÉRIO

O puerpério é o período que vai do final do terceiro estágio do trabalho de parto (dequitação) ao retorno do
organismo feminino ao estado pré-concepcional, o que leva aproximadamente 6 semanas.

É comum o acompanhamento no puerpério ser realizado em duas consultas – uma até 10 dias a pós o parto
e outra por volta de 45 dias. Porém não deve ser um padrão, já que o número de atendimento deve ser
estipulado conforme a necessidade da paciente.

É bom lembrar que, apesar do puerpério ser uma fase de alterações fisiológicas, é necessário ter em mente
as possíveis complicações que podem ocorrer neste período
51
As consultas de puerpério são de competência do(a) médico de família e do enfermeiro(a). Elas são
fundamentais no processo de acompanhamento da saúde materna e do neonato, iniciado no pré-natal. A
puérpera deverá receber no mínimo 2 consultas no puerpério.

• Calendário de Consultas no Puerpério:


- 1a Consulta: Entre o 7º e o 10º dias pós-parto;
- 2a Consulta: Até o 42o dia pós-parto (no puerpério tardio).

• Objetivos das Consultas de Puerpério:


- Avaliar interação entre Mãe e o RN e o Pai;
- Avaliar o estado de saúde da mulher e do RN;
- Identificar e conduzir situações de risco e/ou intercorrências;
- Orientar e apoiar a família;
- Orientar os cuidados básicos com o RN;
- Orientar quanto ao planejamento da vida sexual e reprodutiva com o parceiro;
- Orientar, incentivar e avaliar quanto à amamentação e quanto ao apoio do parceiro e família.

Condutas Imediatas da ESF no Puerpério


Realizar visita domiciliar ou atendimento pós alta na unidade, preferencialmente, na primeira semana após
a alta da maternidade;
- Orientar quanto aos cuidados com o RN;
- Orientar quanto à higiene pessoal;
- Orientar quanto à amamentação, observando a inter-relação familiar neste contexto.
- Dar suporte à puérpera e sua família para as situações especiais, como no caso de óbito neonatal, doação
do RN ou internação em Unidade de Neonatologia, oportunizando um diálogo abeto e sem censuras,
promovendo o apoio necessário e os devidos encaminhamentos (atendimentos multiprofissionais) para
garantir a integralidade do cuidado.

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Condutas na Consulta de Puerpério

MOMENTO CONDUTA
•Acolher as demandas da puérpera e sua família e
Acolhimento com escuta identificar suas necessidades.
qualificada •Direcionamento para o atendimento e realização
de procedimentos necessários.
•Verificar Cartão da Gestante, dados da gestação
(quantidade de consultas, uso de medicamentos,
intercorrências no pré-natal);
•Informações do parto e de possíveis
intercorrências, uso de imunoglobulina anti-D para 52
as puérperas Rh negativo;
•Avaliar a situação das sorologias para Sífilis e HIV;
•Informações sobre a alta do RN (caso não tenha
ocorrido em conjunto com a mãe, registrar
motivos);
•Verificar dados do recém-nascido (peso,
comprimento, Apgar, imunização, registro civil,
realização dos testes do reflexo vermelho, do
pezinho e da orelhinha, etc.) e identificar RN de
risco (baixo peso ao nascer, internação por
intercorrência ao nascimento;
•Avaliar estado geral: nível de consciência, situação
psicológica, pele, presença de edema;
•Realizar exame abdominal: atentar para avaliar
Puerpério Imediato involução uterina e dor à palpação, e condições da
incisão cirúrgica, se cesárea;
•Realizar exame ginecológico: observar loquiação,
lacerações, equimoses, edemas, episiotomia,
presença de secreções e sinais flogísticos ou outras
alterações;
•Avaliar mucosas;
•Avaliar mamas;
•Avaliar os MMII: varizes, edemas, sinais de flebite,
aumento da sensibilidade e sinal de Homan;
•Avaliar sinais vitais;
•Observar vínculo Mãe-Bebê;
•Avaliar situação vacinal;
•Registrar os dados da consulta no prontuário e no
cartão da gestante;
•Prescrever suplementação de Ferro (60 mg/dia) de
ferro elementar até 3 (três) meses após o parto,
para as mulheres com anemia diagnosticada;
•Agendar consulta de retorno (puerpério tardio até
42 dias.
•Avaliar condições maternas e realizar exame físico
Puerpério Tardio geral;
•Incentivar a prática de atividade física;

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•Orientar e recomendar método contraceptivo de


acordo com a preferência da mulher.
•Em caso de comorbidades (como DHEG, DMG,
outros), encaminhar para avaliação médica para
que seja revisado terapêutica medicamentosa
Puerpério Imediato e Tardio
(quando houver) e outras condutas relacionadas.
•Estar atento às situações que contraindicam a
amamentação.

Anticoncepção no Puerpério

A orientação relativa ao Planejamento da Vida Sexual e Reprodutiva deverá ser o mais precoce possível. 53
Dentre os métodos indicados está o método da Amenorreia da Lactação (LAM) que é um método temporário
que só pode ser utilizado pelas puérperas sob as seguintes condições:
• Aleitamento Materno Exclusivo;
• Amenorreia;
• RN com menos de seis meses de vida;
A ausência de qualquer uma destas três condições reduz a eficácia do método.

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS DISPONÍVEIS NA REDE

Anticoncepcional Dose/dia Via de Indicação pós parto


Administração

Amamentação exclusiva: Iniciar 6


semanas após o parto. Até 6
meses se amamentação exclusiva.
Norestin Amamentação mista: iniciar 4
(0,35 mg de 0,35mg/dia Via Oral semanas após o parto (pensar em
noretisterona) outro)
Não amamentando: Iniciar
imediatamente o uso do
contraceptivo combinado.

Amamentando: Deve ser


realizada somente a partir da 6ª
semana pós-parto.
Não amamentando: Iniciar
imediatamente o uso do
contraceptivo
Depo® Provera® 150 mg Aplicar a
Via
(acetato de cada 90
Intramuscular Utilizado principalmente no pós-
medroxiprogesterona) dias
parto, pois não alteram a
qualidade nem a quantidade do
leite materno, e por mulheres que
têm contraindicações ao
estrogênio das pílulas
combinadas.

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Dispositivo Intrauterino Duração de Via Indicar logo após o parto ou em


– DIU Cobre até 10 anos Intrauterina torno de 40 dias pós-parto.

Indicar o uso do preservativo


Preservativo Masculino
-- -- desde a primeira relação sexual
ou Feminino
pós-parto.

Caso a puérpera não tenha risco aumentado de TEV e não esteja,


amamentando, após quatro semanas do trabalho de parto, poderá 54
usar anticoncepcional oral combinado ou injetável mensal, seguindo
as normativas dos protocolos de anticoncepção.

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TRANSFERÊNCIA DE GESTANTE QUE MUDA DE ENDEREÇO DENTRO OU FORA DO MUNICÍPIO

I. A gestante que muda de domicílio deve ser encaminhada para a Usafa de referência
independentemente da idade gestacional, para seguimento do acompanhamento pré-natal;

II. Porém, se ainda constar consulta de pré-natal agendada na unidade de origem, a paciente deve,
obrigatoriamente, ser atendida e orientada quanto a mudança;

III. Após a última consulta de orientação, a unidade que fez o pré-natal entra em contato,
obrigatoriamente, com a nova Usafa de duas formas: através do e-mail da unidade (com cópia para
a Coordenação de Saúde da Mulher) e via contato telefônico com o diretor ou enfermeiro de
55
referência da unidade. A data do primeiro atendimento na nova unidade já deve ser informada a
gestante;

IV. Deixar registrado no prontuário da gestante data da transferência, com quem foi realizado contato
e a data da consulta na nova unidade. Realizar desvinculação da paciente do sistema olostech e
encaminhar prontuário para a nova Usafa com protocolo de recebimento via malote;

V. Caso a equipe, após discussão do caso e em comum acordo com a paciente, decidam manter o pré-
natal na unidade de origem até sua conclusão, deverá ser preenchido um documento (Anexo XII) em
duas vias e dada ciência pela paciente e equipe, que deverá concluir o pré-natal sem ausências;

VI. No caso de faltas, será automaticamente transferida para a nova unidade (sendo realizado o trâmite
de transferência normal conforme item III e IV);

VII. Se o novo endereço da gestante for desconhecido ou for em outro município, proceder os registros
em prontuário das ações realizadas para a busca e orientação (contato telefônico com a paciente,
visita domiciliar, informação de vizinhos, familiares ou outros).

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GESTANTE INFREQUENTE

56

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57

ANEXOS
Anexos disponibilizados em arquivo

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ANEXO I

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ANEXO II

59

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ANEXO III

60

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ANEXO IV

61

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ANEXO V

62

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ANEXO VI

63

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ANEXO VII

64

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ANEXO VIII

65

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ANEXO IX

66

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ANEXO X

67

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ANEXO XI

68

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ANEXO XII

Cópia Gestante

Praia Grande,_____de_______________de_______.

Eu, __________________________, declaro estar ciente que devo manter a minha frequência nas consultas
pré-natais na Usafa __________. Declaro também estar ciente que, caso venha a faltar nas consultas, serei
automaticamente transferida para minha Unidade de referência atual, Usafa _______________.

____________________________________

Ciência da Paciente 69
____________________________________

Ciência do Médico (a) / ou Enfermeiro (a) da Equipe

______________________________________________________________________________________

Cópia USAFA

Praia Grande,_____de_______________de_______.

Eu, __________________________, declaro estar ciente que devo manter a minha frequência nas consultas
pré-natais na Usafa __________. Declaro também estar ciente que, caso venha a faltar nas consultas, serei
automaticamente transferida para minha Unidade de referência atual, Usafa _______________.

_____________________________________

Ciência da Paciente

_____________________________________

Ciência do Médico (a) / ou Enfermeiro (a) da Equipe

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DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA
COORDENAÇÃO SAÚDE DA MULHER

REFERÊNCIAS

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Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Tranmissíveis (IST)/ Ministério da Saúde, Secretaria de

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DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA
COORDENAÇÃO SAÚDE DA MULHER

Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexulamente


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