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NATAL NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
CONDUÇÃO DO PRÉ-NATAL MULTIPROFISSIONAL DE
BAIXO RISCO NA APS DE PRAIA GRANDE
SUMÁRIO
ABORDAGEM PRÉ CONCEPCIONAL 4
ATENDIMENTO DE ROTINA DO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO 6
DIAGNÓSTICO GESTACIONAL 6
Sinais e sintomas presuntivos 6
Sinais e sintomas prováveis 6
Sinais e sintomas positivos 6
INTERVALO ENTRE AS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO 7
CONSULTA DE PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO 7 1
Abertura de Pré-Natal – Enfermeiro 7
Primeira Consulta Médica 8
CONSULTAS SUBSEQUENTES DE PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO 9
Primeiro Trimestre – até 13 semanas: 9
Segundo Trimestre – 14 a 26 semanas: 10
Terceiro Trimestre – 27 a 41 semanas: 10
EXAMES SOLICITADOS NA ROTINA DE PRÉ-NATAL 12
MANEJO DAS QUEIXAS MAIS COMUNS NA GESTAÇÃO 17
IMUNIZAÇÃO EM GESTANTES 21
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NO PRÉ-NATAL 23
MEDICAÇÃO HABITUAL NA CONDUÇÃO DO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO 23
Prevenção de Pré-Eclâmpsia 25
HIPERTENSÃO GESTACIONAL 27
Hipertensão Arterial Sistêmica 27
Hipertensão Arterial Gestacional 27
Indicação da medicação (deve ser iniciada pela Atenção Básica até avaliação do Alto Risco) 27
Pré-Eclâmpsia 28
Eclâmpsia 28
Condutas no Atendimento de Urgência Hipertensiva na Gestação na APS 29
DIABETES GESTACIONAL 30
Metas para o controle glicêmico 32
Frequência de realização do monitoramento da glicemia capilar 32
Conduta frente a gestante com diagnóstico de Diabetes Gestacional ou Diabetes Mellitus 33
Três passos para controle do Diabetes – Anexo III 34
Solicitação de glicosímetro 35
Local de aplicação de insulina 36
Bacteriúria Assintomática 46
Cistite 46
SÍNDROME DE CORRIMENTO VAGINAL 48
PLANEJAMENTO FAMILIAR PARA GESTANTE 50
DIU Pós Parto 50
Laqueadura Tubária 50
Vasectomia 50
PUERPÉRIO 51
TRANSFERÊNCIA DE GESTANTE QUE MUDA DE ENDEREÇO DENTRO OU FORA DO MUNICÍPIO 55
GESTANTE INFREQUENTE 56
ANEXO I 58
ANEXO II 59
ANEXO III 60
ANEXO IV 61
ANEXO V 62
ANEXO VI 63
ANEXO VII 64
ANEXO VIII 65
ANEXO IX 66
ANEXO X 67
ANEXO XI 68
ANEXO XII 69
REFERÊNCIAS 70
Revisão Técnica
Camila Reimi Suguino Yamamura – Ginecologista e Obstetra - NASF-AB
Fernanda Muniz Nogueira de Maria – Enfermeira do CEAS Mulher
Maria Alice - Ginecologista e Obstetra - NASF-AB
Vanessa Naomi Oshiro – Coordenadora dos Agentes Comunitários de Saúde
Viviana - Ginecologista e Obstetra - NASF-AB
Paula Barros da Silva – R2 de Enfermagem do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família
e Comunidade de Praia Grande
Patrícia da Silva Santos– R2 de Enfermagem do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da
Família e Comunidade de Praia Grande
Apoio
Caroline Tavares Sanches Martines – Agente Administrativo
Organograma do Serviço
Prefeita da Cidade de Praia Grande – Raquel Chini
Subsecretaria de Atenção à Saúde - Marcelo Springmann Bechara
Departamento de Atenção Básica - Fabiana Dourado
Divisão de Enfermagem - Giselly Rousseng Prates Tavares
Coordenação Saúde da Mulher - Camilla Rodrigues Godinho
●
● Ofertar testagem rápida de HIV, sífilis e hepatites B e C para a pessoa que deseja engravidar e
parceria, além de exame de toxoplasmose e rubéola*;
RECOMENDA-SE
● Indicar a imunização prévia para a pessoa que deseja engravidar e parceria. Recomenda-se adiar a
gestação por um período de 30 dias, no caso de administração de vacina de vírus vivo atenuados;
● Ofertar tratamento etiológico ou baseado na clínica, para IST´s;
● Realização de citopatológico do colo uterino, se for necessário, de acordo com as Diretrizes
Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero;
● Controle das condições clínicas preexistentes, como diabetes, hipertensão arterial, epilepsia e
HIV/Aids;
● Pessoas vivendo com HIV/Aids devem ser orientadas pela equipe dos serviços especializados em
HIV/Aids sobre estratégias de redução transmissão vertical do HIV, incluindo abordagem pré-
concepcional, orientações de planejamento reprodutivo, pré-natal, parto e puerpério. A parceria
sexual deve tomar decisões conscientes sobre os benefícios e riscos relacionados às opções de
concepção mais seguras. Para mais informações consultar o Protocolo Clínico e Diretrizes para
Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais;
● Deve-se ter uma atenção especial aos casos onde há uso de álcool e de outras drogas. Profissionais
das equipes devem estar conscientes das características únicas tanto psicológicas quanto sociais,
éticas e legais destes comportamentos;
● Em situações de infertilidade, confirmada ou não, encaminhar para a especialidade de urologia ou
ginecologia.
● Toda pessoa tem o direito de constituir família, independentemente de sua orientação sexual ou 5
identidade de gênero, nenhuma família pode ser submetida à discriminação com base nestes fatores.
DIAGNÓSTICO GESTACIONAL
O diagnóstico da gravidez é presumido por meio de queixas como náusea e vômitos, aumento da
sensibilidade mamária, polaciúria, constipação e posteriormente aumento do volume abdominal.
Pelo toque vaginal também é possível detectar a gravidez pela alteração da consistência do colo do útero,
que se torna amolecido. Após oito semanas de gravidez, a parede da vagina assume coloração arroxeada, em
virtude do aumento da vascularização local.
Para facilitar a compreensão, os sinais e sintomas relacionados com a gravidez serão classificados em
presuntivos, prováveis e positivos. 6
Sinais e sintomas presuntivos
São classificados dessa forma por não serem verificados em todas as mulheres, mas sim, em sua maioria. São
eles:
● Amenorreia
● Náusea e vômitos
● Sialorreia
● Polaciúria
● Aumento do volume e da sensibilidade mamária
● Hiperpigmentação da aréola e mamilos
● Surgimento de tubérculos de Montgomery (tubérculos areolares)
● Fadiga
● Presença de colostro
● Surgimento da Rede de Haller (aumento da circulação venosa das mamas)
Puerpério Imediato: 1º aos 10º dias de pós-parto. Consulta agendada preferencialmente pelo CHID/Alta
Responsável, para a agenda Profissional Padrão Enfermeiro, e/ou visita domiciliar realizada pelo médico e/ou
enfermeiro da equipe. Em caso de parto fora do município, fica sob responsabilidade da unidade o
agendamento e/ou visita domiciliar da puérpera e do recém-nascido. 7
CONSULTA DE PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO
O Teste Imunológico para Gravidez (TIG) para detecção de gravidez, realizado na urina, deverá ser realizado
a partir do 7º dia de atraso menstrual. Na presença de TIG positivo realizado em qualquer momento do dia,
deve-se proceder a abertura de pré-natal. No caso de abertura de Pré-Natal (PN) realizada pelo Profissional
Enfermeiro, proceder de acordo com a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE);
É necessário solicitar os exames laboratoriais na 1ª consulta (rotina de 1º trimestre – Tabela 1), Citologia
Oncótica (quando não atualizada) e USG transvaginal/gestacional;
Aferir a Pressão Arterial (PA) em ambos os braços, anotar o braço de maior valor e usar sempre o mesmo
para avaliação nas consultas.
Realizar preenchimento no sistema Saudetech dos dados solicitados (registro no E-SUS da gestação), na
Caderneta de Gestante, Ficha de Acompanhamento de Gestante e em Prontuário Físico/Eletrônico;
Prescrever ácido fólico 5mg até 14ª semana de Idade Gestacional (IG) e sulfato ferroso 300mg (40mg de ferro
elementar) a partir da 20ª semana de IG até final da gestação;
Oferecer Planejamento Familiar (Laqueadura, DIU pós-parto ou Vasectomia para parceiro), independente da
composição familiar atual (verificar elegibilidade para cada método);
Solicitar exames indicados para a parceria (com o consentimento do mesmo) e orientar com relação à
importância do acompanhamento dele nas consultas de pré-natal da parceira;
Pré-Natal da parceria:
Oferecer a parceria, quando presente na consulta, os exames: HIV, VDRL, HEP B e HEP C;
Anotar os resultados no prontuário do parceiro, assim como, no impresso do acompanhamento clínico da
gestante e na caderneta da gestante.
Realizar atendimento com classificação de risco pela equipe ESF em todas as consultas. Anexo I
Realizar exame físico geral e específico (gineco-obstétrico): especular, mamas e toque vaginal, se indicação
clínica.
Verificar e anotar os exames laboratoriais e de imagem e anotar todos os procedimentos, resultados dos
exames e tratamentos, na Caderneta de Gestante e Ficha de Acompanhamento da gestante.
Exame gineco-obstétrico (exame especular, toque vaginal com indicação, mamas): O profissional realizará
sempre que houver queixas clínicas ou alterações de exames que indiquem avaliação ginecológica, visando
a detecção de intercorrências obstétricas.
Avaliar o estado nutricional (peso, altura e cálculo do IMC) e o ganho de peso gestacional. Anexo II
Realizar o atendimento com classificação de risco pela equipe ESF em todas as consultas. Anexo I 9
A presença de sangramento nesta fase, ou exame ultrassonográfico com sinais de descolamento ovular,
pode indicar ameaça de abortamento no primeiro trimestre. A gestante deve ser orientada quanto aos
principais desfechos (perda ou resolução espontânea), porém não há indicações baseadas em evidências
de uso de medicamentos que possam evitar o abortamento. Esse tipo de evento não indica avaliação do
pré-natal de risco e deve ser monitorado na unidade com avaliação clínica e ultrassonográfica, somente se
necessário.
Exame gineco-obstétrico (exame especular, toque vaginal com indicação, mamas): O profissional realizará
sempre que houver queixas clínicas ou alterações de exames que indiquem avaliação ginecológica, visando
a detecção de intercorrências obstétricas.
Avaliar o estado nutricional (peso, altura e cálculo do IMC) e o ganho de peso gestacional. Anexo II
Realizar o atendimento com classificação de risco pela equipe ESF em todas as consultas. Anexo I
Exame gineco-obstétrico (exame especular, toque vaginal com indicação, mamas): O profissional realizará
sempre que houver queixas clínicas ou alterações de exames que indiquem avaliação ginecológica, visando
a detecção de intercorrências obstétricas.
Avaliar o estado nutricional (peso, altura e cálculo do IMC) e o ganho de peso gestacional. Anexo II
Realizar atendimento com classificação de risco pela equipe ESF em todas as consultas. Anexo I
Tabela 1.
HBS-Ag
Verificar situação vacinal (3 doses).
HBsAg - Completar esquema.
fase da gestação.
repetir urocultura após tratamento de ITU (após 7 dias de término
de Antibioticoterapia)
cutâneas
anormais)
20
IMUNIZAÇÃO EM GESTANTES
HEPATITE B
Gestantes com
esquema
● Completar o esquema.
incompleto (1 ou 2
doses)
Gestantes com
● Não devem ser vacinadas.
esquema completo
Qualquer idade
INFLUENZA ● Dose única
gestacional
Qualquer idade
COVID-19 ● Atentar-se para as orientações vigentes
gestacional
22
Apresentação
Posologia/Tempo
Medicação por drágea ou Observação
de Tratamento
comprimido
23
Iniciar a medicação até 14 semanas
de gestação.
Após 14 semanas poderá ser
suspenso.
Prescrição de 0,4mg de ácido fólico
(2 mL de solução oral, 0,2mg/mL),
uso contínuo na gestação para
prevenção da anemia e redução de
prematuridade.
Prescrição de ácido fólico 5mg/dia
para prevenção de defeitos abertos
Um comprimido
Ácido fólico 5 mg do tubo neural, indispensável se
ao dia
houver antecedente de defeitos de
tubo neural, diabética, obesa,
epiléticas e fumantes, entre 30 dias
antes e até 14 semanas. Para as
gestantes em uso de
antiepilépticos, manter ácido fólico
5mg/dia até final da
gravidez.
Atentar-se para a dosagem
oferecida pelo dispensário
municipal.
O alto custo da cidade de Praia Grande se oferece para buscar a imunoglobulina para a gestante em Santos,
no alto custo do AME, desde que este seja solicitado pelo médico no período de 28 até 32 semanas de
gestação da mulher no intuito de haver tempo hábil para administração do medicamento antes das 34
semanas.
ATENÇÃO
As puérperas no pós-abortamento ou com Recém-Nascido com fator
Rh positivo (deverão receber a Imunoglobulina Anti-D na
Maternidade – observar se existe informação na carta de Alta ou
questionar a puérpera)
Prevenção de Pré-Eclâmpsia
Risco Alto:
Risco Moderado:
Apresentação
Posologia/Tempo
Medicação por drágea ou Observação
de Tratamento
comprimido
HIPERTENSÃO GESTACIONAL
Define-se como Hipertensão Arterial quando a Pressão Arterial Sistólica (PAS) atinge valor ≥ 140 mHg e/ou a
Pressão Arterial Diastólica (PAD) atinge valor ≥ 90 mmHg, em duas medidas com intervalo de pelo menos 4
(quatro) horas previamente a gestação e até a 20ª semana.
Se a gestante já fizer uso de medicamentos antihipertensivos não indicados durante a gestação, deve ser
substituído pelos da Tabela 4.
Define-se como Hipertensão Arterial quando a Pressão Arterial Sistólica (PAS) atinge valor ≥ 140 mHg e/ou a
Pressão Arterial Diastólica (PAD) atinge valor ≥ 90 mmHg, em duas medidas com intervalo de pelo menos 4
(quatro) horas a partir da 20ª semana de gestação.
Indicação da medicação (deve ser iniciada pela Atenção Básica até avaliação do Alto Risco)
Diagnóstico Precoce
• Ganho de peso superior a 500g por semana desde a última consulta,
atribuível a edema, particularmente com instalação súbita,
generalizado e sem melhora após repouso.
• Aumento relativo dos níveis pressóricos como, por exemplo, o
incremento de 30mmHg na Pressão Arterial Sistólica (PAS) e 15mmHg
na Pressão Arterial Diastólica (PAD).
TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO
Apresentação
Via de por comprimido Posologia/Tempo
Anti-hipertensivo Dose/dia Observação
Administração padronizado no de Tratamento
município
Um comprimido de Dosagem
750 mg mínima para
Metildopa 8/8 h até dois
até Via Oral 250 mg início do
(1ª escolha) comprimidos de
2.000 mg tratamento
6/6 h
Antagonistas de
Um a dois
Anlodipino 5 a 20 Canais de Cálcio
Via Oral 5 mg comprimidos de
(2ª escolha) mg/dia (ACC) podem
12/12 h ao dia.
ser
considerados
como
alternativas
ATENÇÃO
As gestantes previamente hipertensas e/ou com Hipertensão
Gestacional, deverão ser encaminhadas para o Pré-Natal de Alto
Risco do município (CEAS Mulher) para avaliação obstétrica. 28
Pré-Eclâmpsia
Caracterizada pelo aparecimento de Hipertensão e proteinúria (acima de 300 mg em 24 horas) após a 20ª
semana de gestação em mulheres previamente normotensas.
Fatores de Risco:
• Pré-eclâmpsia prévia
• Diabetes,
• Síndrome antifosfolípidea.
Eclâmpsia
Corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas.
Na presença de um ou mais dos sinais de alerta e valores pressóricos iguais ou maiores que 160/110 mmHg
(eminência de eclâmpsia) pode-se começar tratamento para controle dos níveis pressóricos e prevenção da
crise convulsiva até a chegada da ambulância:
DIABETES GESTACIONAL
Antecedentes Obstétricos:
RECOMENDA-SE
Início do PN
Início do PN entre Início do
< 20 semanas
20 - 28 semanas PN > 28 semanas
Solicitar Entre 24 a 28
glicemia de semanas Imediatamente
jejum
31
Glicemia de Glicemia de Glicemia de TOTG 75g: Jejum,
jejum > 126 jejum entre 92 jejum < 92 1ª hora e 2ª hora TOTG 75g: Jejum,
mg/dL e 125 mg/dL mg/dL 1ª hora e 2ª hora
Diabetes Diabetes
Mellitus Diabetes Mellitus
Diabetes
Gestacional Gestacional
RESUMO:
Limites de glicemia < 95 mg/dl < 140 mg/dl < 120 mg/dl
32
ATENÇÃO
RECOMENDA-SE
Perfil diário de 4 pontos: Jejum, pós-café, pós- Perfil diário de 6 pontos: Jejum, pós-café, antes do
almoço, pós-jantar. almoço, pós-almoço, antes do jantar, pós- jantar.
Minimamente (Perfil de 4 pontos, 3 vezes por Minimamente (Perfil diário de 4 pontos, 3 vezes
semana): Jejum, pós-café, pós-almoço, pós-jantar por semana): Jejum, pós-café, pós-almoço, pós-
jantar
⮚ Orientar sobre alimentação – Três passos para controle do Diabetes. Anexo III
⮚ Solicitar/fornecer aparelho glicosímetro
⮚ Solicitar controle glicêmico por 7 -14 dias. Jejum/ 2 horas após Almoço/ 2 horas após jantar
⮚ Encaminhar para o Nutricionista
⮚ Encaminhar para o Pré-Natal de Alto Risco 33
⮚ Retorna à USAFA após 7 dias para avaliação do controle glicêmico.
a. Controle glicêmico com mais de 30% de alteração dos parâmetros de referência, e sem
previsão de data para consulta de Pré-Natal de Alto Risco, encaminhar a gestante através de
interconsulta e controle glicêmico para avaliação da maternidade.
⮚ Orientar sobre alimentação – Três passos para controle do Diabetes. Anexo III
⮚ Solicitar/fornecer aparelho glicosímetro
⮚ Manter hipoglicemiante oral – Metformina, caso já use previamente.
a. Outros hipoglicemiantes orais devem ser suspensos.
⮚ Solicitar controle glicêmico, sem uso do hipoglicemiante oral, por 7 -14 dias. (Jejum/antes do
almoço/ 2 horas após Almoço/ antes do jantar/2 horas após jantar)
⮚ Encaminhar para o Nutricionista
⮚ Encaminhar para o Pré-Natal de Alto Risco
⮚ Retorna à USAFA após 7 dias para avaliação do controle glicêmico.
a. Controle glicêmico com mais de 30% de alteração dos parâmetros de referência, e sem
previsão de data para consulta de Pré-Natal de Alto Risco, encaminhar a gestante através de
interconsulta e controle glicêmico para avaliação da maternidade (Hospital Guilherme Álvaro
– HGA).
⮚ Orientar sobre alimentação – Três passos para controle do Diabetes. Anexo III
⮚ Solicitar/fornecer aparelho glicosímetro
⮚ Manter uso da insulina de uso contínuo de prescrição prévia.
⮚ Solicitar controle glicêmico, sem uso do hipoglicemiante oral, por 7 -14 dias. (Jejum/antes do almoço/
2 horas após Almoço/ antes do jantar/2 horas após jantar)
⮚ Encaminhar para o Nutricionista
⮚ Encaminhar para o Pré-Natal de Alto Risco com prioridade, e se possível, entrar em contato com o
serviço de referência.
⮚ Retorna à USAFA após 7 dias para avaliação do controle glicêmico.
a. Controle glicêmico com mais de 30% de alteração dos parâmetros de referência, e sem
previsão de data para consulta de Pré-Natal de Alto Risco, encaminhar a gestante através de
interconsulta e controle glicêmico para avaliação da maternidade (Hospital Guilherme Álvaro
– HGA) para ajuste de dosagem da insulina.
ATENÇÃO
1. ALIMENTAÇÃO:
34
● Fazer as 3 refeições principais (café, almoço e janta);
● Fazer de 2 a 3 lanches saudáveis;
● Tentar não ficar muito tempo sem se alimentar.
O QUE COMER?
● Prefira os integrais (arroz, macarrão e pães). Caso você não goste do arroz integral, cozinhe
o arroz branco junto com legumes e/ou sementes como linhaça e chia. Desse modo, você
consegue acrescentar mais fibras na preparação.
● Coma sempre salada. As saladas, principalmente as verduras (folhas), contém muitas fibras
que favorecem o controle da glicemia.
● Evite as gorduras de origem animal. Consuma as versões desnatadas (sem gordura) dos
leites e iogurtes. Retire a gordura aparente das carnes e a pele do frango antes do preparo
● Evite alimentos ultraprocessados, como macarrão instantâneo, lasanhas industrializadas,
sucos em pó ou em caixa (néctar), bolos e biscoitos recheados, guloseimas, refrigerantes e
bebidas alcoólicas;
● Coma comida de verdade: frutas, verduras, legumes, feijões, castanhas, cereais, raízes,
carnes, ovos. Descasque mais e desembale menos!
● Evite combinar alimentos ricos em carboidrato! Por exemplo: arroz com macarrão e purê
de batata com pão. Comer mais de uma fonte de carboidrato na mesma refeição pode tornar
a sua glicemia muito difícil de controlar. Se o fizer, reduza o tamanho das porções.
2. ATIVIDADE FÍSICA:
3. VERIFICAR A GLICEMIA:
1. Conferir data e hora do aparelho e código do visor igual ao da caixa de fitas.
2. Lavar as mãos ou passar álcool. Secar bem.
3. Furar o dedo na lateral.
4. Preencher todo o espaço da fita, com a gota de sangue.
5. Descartar as lancetas e fitas usadas, em um frasco de plástico rígido vazio (amaciante ou
água sanitária).
6. Anotar o valor da glicemia no diário.
7. Fazer o rodízio dos dedos.
Solicitação de glicosímetro
Para a gestante que tenha indicação médica ou do enfermeiro de monitoramento de glicemia capilar, deverá
ser emitida receita definindo quantidade de aferições diárias e a unidade de saúde ou o CEAS mulher
preenchem o laudo para concessão de glicosímetro (Anexo IV) e o encaminha com a receita para divisão de
almoxarifado via requisição interna. A divisão de almoxarifado avalia e libera o aparelho glicosímetro. Assim,
a unidade convoca a paciente para orientações quanto ao uso dos insumos e monitoramento dos controles
glicêmicos.
● Cada paciente contemplado deverá ter um kit de acompanhamento:
1. Laudo para solicitação/autorização de concessão de aparelho glicosímetro (deve ficar arquivado na
unidade para controle) – Anexo IV;
2. Termo de consentimento informado – educação especial a paciente diabética (deve ficar arquivado na 35
unidade para controle) – Anexo V;
3. Ficha de cadastro da insulino-dependente com as informações do paciente (deve ficar arquivado na
unidade para controle) – Anexo VI;
4. Controle de dispensação de insumos para diabetes (deve ficar arquivado na unidade para controle) –
Anexo VII;
5. Mapa de registro diário de glicemia capilar (entregue para o paciente) – Anexo VIII
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Todos os locais acima são seguros para aplicar insulina, por isto, faça o rodízio. Isto melhora a ação da
insulina e controla a glicose
Até 26 semanas
Pode ser aplicada em qualquer lugar
A partir de 27 semanas
Somente nas laterais realizando a prega
A equipe de saúde deve ter consciência de que os malefícios do transtorno mental e da epilepsia não tratados
possivelmente superam o risco de manter a continuidade do uso dos medicamentos.
Sendo assim, não se deve suspender abruptamente qualquer tratamento medicamentoso durante a
gestação sem orientação de equipe multiprofissional, incluindo psiquiatra.
As pacientes epiléticas e com doenças psiquiátricas graves devem ser encaminhadas para o pré-natal de alto
risco. Os casos de epilepsia devem ser encaminhados ao neurologista com prioridade no sistema Saudetech.
37
Os casos de paciente psiquiátrica e/ou usuária de substâncias psicoativas, fazer contato direto com CAPS
AD ou CAPS Adulto para manejo do caso.
TOXOPLASMOSE
A toxoplasmose, causada pelo Toxoplasma gondii, adquire especial relevância quando infecta gestantes,
visto o elevado risco de acometimento fetal. Entre as consequências da infecção aguda materna incluem-se
a restrição de crescimento intrauterino, morte fetal, prematuridade e/ou toxoplasmose congênita
(microftalmia, lesões oculares, microcefalia, com ou sem hidrocefalia, retardo mental, pneumonite,
hepatoesplenomegalia, erupção cutânea e calcificações cerebrais).
• Higienizar corretamente as mãos antes das refeições ou após manusear lixo, ter contato com animais e
manipular alimentos. Utilizar luvas ao manipular carnes cruas.
• Evitar manusear terra ou solo e, caso necessário, utilizar luvas e higienizar as mãos após a atividade.
38
• Consumir apenas água filtrada ou fervida. Manter os reservatórios de água bem fechados.
• Higienizar frutas, legumes e verduras em água corrente antes do consumo, conforme as seguintes
instruções:
♣ Selecionar os alimentos, retirando partes deterioradas e/ou sem condições adequadas;
♣ Lavar os alimentos, um a um, em água potável corrente;
♣ Desinfectar por meio da imersão em solução clorada por 10 minutos: diluir 1 colher de sopa de
água sanitária em 1 litro de água;
♣ Lavar os alimentos novamente, um a um, em água potável corrente;
♣ Mantê-los sob refrigeração até a hora do consumo.
• Congelar a carne antes do consumo. O tempo mínimo de congelamento e a temperatura ideal ainda são
controversos. O Ministério da Saúde e o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) do Rio Grande do Sul
recomendam que a carne seja congelada a pelo menos 15°C negativos, por no mínimo 3 dias, em freezer
doméstico. No entanto, a recomendação mais conservadora sugere que a carne seja congelada em freezer
doméstico a pelo menos 18° negativos, por no mínimo 7 dias. O congelador da geladeira não atinge essas
temperaturas, somente o freezer.
• Higienizar tábuas de corte, facas, balcões e pia após a preparação dos alimentos.
• Evitar contaminação cruzada de alimentos crus com alimentos cozidos.
• Não consumir carnes cruas, malcozidas ou malpassadas e não provar a carne crua durante seu preparo.
Cozinhar a carne a pelo menos 67° C (ao ponto para bem passada).
• Evitar ingerir carnes defumadas ou curadas em salmoura (embutidos – salame, copa, linguiça).
• Não consumir leite e seus derivados crus, não pasteurizados, seja de vaca ou de cabra.
•Controlar vetores e pragas (ratos, moscas, baratas e formigas), descartando corretamente o lixo doméstico
e os dejetos de animais.
• Evitar o contato com cães que andam soltos – os cães também podem transmitir a doença ao sujar o pelo
no solo onde haja fezes de gato. Convívio com gatos
• Alimentar gatos com ração, não deixando que façam ingestão de caça ou carne crua.
• Evitar que a gestante troque a caixa de areia de gatos domésticos. Caso não seja possível, ela deve limpar
e trocar a caixa diariamente, utilizando luvas e pá, além de colocá-la ao sol com frequência.
• Evitar o contato com fezes de gato no lixo ou no solo e, se houver contato, higienizar corretamente as mãos
O momento ideal para realizar a sorologia é no período pré-concepcional, pois na gestação a interpretação
dos resultados pode ser muitas vezes difícil.
Os anticorpos imunoglobulina M (IgM) manifestam-se duas semanas após a infecção e podem persistir por
anos, enquanto os anticorpos IgG atingem o pico de seis a oito semanas após a infecção e, então, diminuem
nos dois anos seguintes, mas permanecem positivos.
PADRÕES SOROLÓGICO
RESULTADO INTERPRETAÇÃO CONDUTA
São as gestantes que já tiveram
contato com o toxoplasma e 39
apresentam anticorpos e, se
possuem imunidade preservada,
não há risco de reativação nem de
transmissão vertical. Devem
seguir o pré-natal de rotina.
IgG reagente e IgM não
Gestantes imunes Pacientes com imunossupressão
reagente
devem ser acompanhadas em
pré-natal de alto risco com
medidas de prevenção
secundárias, uma vez que a
queda da imunidade pode levar à
reativação do toxoplasma.
Tratamento
O tratamento para reduzir o risco de toxoplasmose congênita é indicado a todas as gestantes sintomáticas e
assintomáticas com diagnóstico de toxoplasmose adquirida na gravidez.
O tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível, mediante provável infecção materna. Nesses
casos, a unidade de atenção primária, deverá iniciar o com espiramicina 1 g, por via oral, três vezes ao dia,
enquanto aguarda consulta para avaliação no Pré-Natal de Alto Risco – PNAR.
Se confirmada infecção fetal, pelo Pré-Natal de Alto Risco, muda-se o tratamento para o esquema tríplice,
até o parto, com:
• sulfadiazina 3 g/dia (dois comprimidos de 500 mg, de 8/8 h);
• pirimetamina 50 mg/dia (um comprimido de 25 mg, de 12/12 h);
• ácido folínico 15 mg/dia (um comprimido de 15 mg ao dia).
SÍFILIS EM GESTANTE
definição de
conduta
Diagnóstico de sífilis.
Classificação do
estágio clínico a
ser definida de
Quando sífilis, tratar,
acordo com o
realizar
tempo de
monitoramento com
infecção e o
teste não
TESTE NÃO TESTE histórico de
treponêmico e
TREPONÊMICO TREPONÊMICO tratamento.
+ notificar o caso de
Cicatriz 43
sífilis.
REAGENTE REAGENTE sorológica:
Quando confirmado
tratamento
caso de cicatriz
anterior
sorológica, apenas
documentado
orientar.
com queda da
titulação em pelo
menos duas
diluições.
Realiza-se um terceiro
teste treponêmico com
metodologia diferente do
primeiro. O resultado final
do fluxograma será
definido pelo resultado
desse terceiro teste.
Quando sífilis, tratar,
Se reagente,
realizar
diagnóstico de
monitoramento com
sífilis ou cicatriz
teste não
sorológica.
treponêmico e
Se não reagente, notificar o caso de
TESTE NÃO TESTE considera-se sífilis.
TREPONÊMICO TREPONÊMICO resultado falso
+ Quando confirmado
reagente para o
caso de cicatriz
REAGENTE NÃO REAGENTE primeiro teste,
sorológica, apenas
sendo excluído o
orientar.
diagnóstico de
sífilis. Para os casos
concluídos como
Cicatriz
ausência de sífilis,
sorológica:
apenas orientar.
tratamento
anterior
documentado
com queda da
titulação em pelo
menos duas
diluições.
Se terceiro teste
treponêmico não
disponível, avaliar
exposição de
risco, sinais e
sintomas e
histórico de
tratamento para
definição de
conduta.
TESTE NÃO Em caso de suspeita clínica e/
TREPONÊMICO ou epidemiológica, solicitar 44
nova coleta de amostra em
NÃO 30 dias.
Não realizar teste
REAGENTE
complementar se o
Ausência de infecção ou Isso não deve, no entanto,
primeiro teste for
período de incubação retardar a instituição do
+ NÃO REAGENTE e
Ou (janela imunológica) de tratamento, caso o
não houver suspeita
sífilis recente. diagnóstico de sífilis seja o
clínica de sífilis
TESTE mais provável (ex.:
primária
TREPONÊMICO visualização de úlcera
anogenital) ou o retorno da
NÃO pessoa ao serviço de saúde
REAGENTE não possa ser garantido.
TRATAMENTO DE SÍFILIS
Sífilis recente: sífilis primária, secundária e latente Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, dose
recente (com até um ano de evolução). única (1,2 milhão UI em cada glúteo).
Sífilis tardia: sífilis latente tardia (com mais de um ano Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM,
de evolução) ou latente com duração ignorada e sífilis 1x/semana (1,2 milhão UI em cada glúteo) por 3
terciária. semanas. Dose total: 7,2 milhões UI, IM.
Benzilpenicilina potássica/cristalina 18 a 24
milhões UI, 1x/ dia, EV, administrada em doses de
Neurossífilis
3 a 4 milhões UI, a cada 4 horas ou por infusão
contínua, por 14 dias
● Se TR positivo, tratar com primeira dose de penicilina e agendar retorno em 7 dias para teste não
treponêmico.
o Não precisa aguardar VDRL para iniciar tratamento
o Tratar imediatamente o parceiro, se possível. (Não precisa obrigatoriamente realizar exame
para iniciar tratamento)
● Realizar VDRL mensalmente até o fim da gestação. Após o término, fazer monitoramento conforme
rotina para não gestante (3/3 meses até fechar 12 meses);
Re-tratamento:
● Não redução da titulação de VDRL em duas diluições no intervalo de 6 meses se sífilis primária,
secundária e sífilis latente recente após tratamento adequado;
● Aumento da titulação em duas diluições em qualquer momento do seguimento;
● Persistência ou recorrência de sinais e sintomas de sífilis em qualquer momento do seguimento.
ATENÇÃO
Repetir o exame no 3º trimestre, no momento do parto e em caso
de abortamento;
Lembrar que a sífilis é de notificação compulsória;
INFECÇÃO URINÁRIA
Bacteriúria Assintomática
É definida como a condição clínica de mulher assintomática que apresenta urocultura positiva, com mais de
100.000 colônias/mL. Se não tratada, 25% das mulheres desenvolverá sintomas e progressão para
pielonefrite. Outras complicações são trabalho de parto prematuro (TPP) e anemia.
Cistite
É caracterizada pela presença de sintomas clínicos como disúria, polaciúria e urgência urinária. A análise do
sedimento urinário evidência, geralmente, leucocitúria e hematúria, além do grande número de bactérias e 46
presença de nitrito em fita de diagnóstico. O tratamento pode ser realizado com as mesmas opções da
bacteriúria, sendo iniciado mesmo antes do resultado da urocultura, já que as pacientes são sintomáticas.
Recomenda-se:
Toda mulher assintomática que apresenta exame de urina alterado,
deverá realizar exame especular para descartar vaginose.
Se confirmar presença de secreção vaginal, realizar tratamento
pertinente.
47
Prurido intenso,
dispareunia
superficial, edema
de vulva, secreção Miconazol creme
CANDIDÍASE
vaginal vaginal 2%, um
VULVOVAGINAL Nistatina Creme
esbranquiçada e aplicador via Tratar somente
vaginal por 14
grumosa, aderente vaginal, à noite ao se sintomáticas
noites.
às paredes vaginais e deitar-se, por 7
ao colo (sem odor) , dias.
disúria por irritação
da pele lesada pela
urina.
Não é indicado
para parceiros
do sexo
masculino, pois
não previne
Secreção vaginal Metronidazol1250 recorrências.
acinzentada, mg, via oral, 3
cremosa, aderente vezes ao dia, por 7 Parcerias do
VAGINOSE às paredes vaginais e dias. Clindamicina 3 sexo feminino
BACTERIANA ao colo, com odor Ou 300mg, via oral, 2 devem estar
(Gardnerella fétido, sem sintomas Metronidazol1% vezes ao dia, por 7 alertas sobre
mobiluncus) inflamatórios. Mais creme vaginal, 5 dias. sinais e sintomas
acentuado após o gramas, via vaginal, sugestivos de
coite e durante o à noite, por 5 dias. vaginose
período menstrual. bacteriana, dado
risco maior de
infecção
concordante
(25% a 50%)
edema de vulva, via oral, dose mg, via oral, 2cp parceriass
dispareunia, colo única. 12/12 horas por 7
com petéquias, dias. Preferir
secreção vaginal tratamento dose
amarelo-esverdeada única com
bolhosa e fétida, Metronidazol2
disúria menos
frequente. Cerca de
50% das mulheres e
homens são
assintomáticos
49
**Medicações para Síndrome de Corrimento Vaginal (1ª primeira escolha) poderão ser indicadas pelo Médico e/ou Enfermeiro
Fonte: https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/corrimento-vaginal-gestantes/
Recomenda-se:
Toda mulher que referir queixa de corrimento vaginal, deverá ser
realizado exame especular.
Se verificar presença de corrimento, deverá ser tratada
imediatamente.
Não recomenda-se realizar preventivo para confirmação de
corrimento para iniciar tratamento.
Deve ser oferecido a gestante com todas as orientações pertinentes contidas no formulário (Anexo VIII), que
deverá ficar anexado ao cartão de pré-natal da paciente para consulta da maternidade no momento do parto
sem necessidade de fazer qualquer encaminhamento via sistema olostech.
Laqueadura Tubária
A gestante que tiver mais de 25 anos e/ou dois filhos vivos (parto normal ou cesárea) pode ser encaminhada
para avaliação de laqueadura em qualquer momento da gravidez. PORÈM, as pacientes iterativas (com duas 50
cesáreas anteriores ou mais) devem ser encaminhadas o mais precoce possível (preferencialmente até 32
semanas de gestação) pela alta possibilidade de realização da laqueadura durante o parto.
Vasectomia
Caso a paciente e o marido manifestem desejo e se enquadrem nos critérios de idade e número de filhos
vivos, podem ser encaminhados em qualquer momento da gestação.
PUERPÉRIO
O puerpério é o período que vai do final do terceiro estágio do trabalho de parto (dequitação) ao retorno do
organismo feminino ao estado pré-concepcional, o que leva aproximadamente 6 semanas.
É comum o acompanhamento no puerpério ser realizado em duas consultas – uma até 10 dias a pós o parto
e outra por volta de 45 dias. Porém não deve ser um padrão, já que o número de atendimento deve ser
estipulado conforme a necessidade da paciente.
É bom lembrar que, apesar do puerpério ser uma fase de alterações fisiológicas, é necessário ter em mente
as possíveis complicações que podem ocorrer neste período
51
As consultas de puerpério são de competência do(a) médico de família e do enfermeiro(a). Elas são
fundamentais no processo de acompanhamento da saúde materna e do neonato, iniciado no pré-natal. A
puérpera deverá receber no mínimo 2 consultas no puerpério.
MOMENTO CONDUTA
•Acolher as demandas da puérpera e sua família e
Acolhimento com escuta identificar suas necessidades.
qualificada •Direcionamento para o atendimento e realização
de procedimentos necessários.
•Verificar Cartão da Gestante, dados da gestação
(quantidade de consultas, uso de medicamentos,
intercorrências no pré-natal);
•Informações do parto e de possíveis
intercorrências, uso de imunoglobulina anti-D para 52
as puérperas Rh negativo;
•Avaliar a situação das sorologias para Sífilis e HIV;
•Informações sobre a alta do RN (caso não tenha
ocorrido em conjunto com a mãe, registrar
motivos);
•Verificar dados do recém-nascido (peso,
comprimento, Apgar, imunização, registro civil,
realização dos testes do reflexo vermelho, do
pezinho e da orelhinha, etc.) e identificar RN de
risco (baixo peso ao nascer, internação por
intercorrência ao nascimento;
•Avaliar estado geral: nível de consciência, situação
psicológica, pele, presença de edema;
•Realizar exame abdominal: atentar para avaliar
Puerpério Imediato involução uterina e dor à palpação, e condições da
incisão cirúrgica, se cesárea;
•Realizar exame ginecológico: observar loquiação,
lacerações, equimoses, edemas, episiotomia,
presença de secreções e sinais flogísticos ou outras
alterações;
•Avaliar mucosas;
•Avaliar mamas;
•Avaliar os MMII: varizes, edemas, sinais de flebite,
aumento da sensibilidade e sinal de Homan;
•Avaliar sinais vitais;
•Observar vínculo Mãe-Bebê;
•Avaliar situação vacinal;
•Registrar os dados da consulta no prontuário e no
cartão da gestante;
•Prescrever suplementação de Ferro (60 mg/dia) de
ferro elementar até 3 (três) meses após o parto,
para as mulheres com anemia diagnosticada;
•Agendar consulta de retorno (puerpério tardio até
42 dias.
•Avaliar condições maternas e realizar exame físico
Puerpério Tardio geral;
•Incentivar a prática de atividade física;
Anticoncepção no Puerpério
A orientação relativa ao Planejamento da Vida Sexual e Reprodutiva deverá ser o mais precoce possível. 53
Dentre os métodos indicados está o método da Amenorreia da Lactação (LAM) que é um método temporário
que só pode ser utilizado pelas puérperas sob as seguintes condições:
• Aleitamento Materno Exclusivo;
• Amenorreia;
• RN com menos de seis meses de vida;
A ausência de qualquer uma destas três condições reduz a eficácia do método.
I. A gestante que muda de domicílio deve ser encaminhada para a Usafa de referência
independentemente da idade gestacional, para seguimento do acompanhamento pré-natal;
II. Porém, se ainda constar consulta de pré-natal agendada na unidade de origem, a paciente deve,
obrigatoriamente, ser atendida e orientada quanto a mudança;
III. Após a última consulta de orientação, a unidade que fez o pré-natal entra em contato,
obrigatoriamente, com a nova Usafa de duas formas: através do e-mail da unidade (com cópia para
a Coordenação de Saúde da Mulher) e via contato telefônico com o diretor ou enfermeiro de
55
referência da unidade. A data do primeiro atendimento na nova unidade já deve ser informada a
gestante;
IV. Deixar registrado no prontuário da gestante data da transferência, com quem foi realizado contato
e a data da consulta na nova unidade. Realizar desvinculação da paciente do sistema olostech e
encaminhar prontuário para a nova Usafa com protocolo de recebimento via malote;
V. Caso a equipe, após discussão do caso e em comum acordo com a paciente, decidam manter o pré-
natal na unidade de origem até sua conclusão, deverá ser preenchido um documento (Anexo XII) em
duas vias e dada ciência pela paciente e equipe, que deverá concluir o pré-natal sem ausências;
VI. No caso de faltas, será automaticamente transferida para a nova unidade (sendo realizado o trâmite
de transferência normal conforme item III e IV);
VII. Se o novo endereço da gestante for desconhecido ou for em outro município, proceder os registros
em prontuário das ações realizadas para a busca e orientação (contato telefônico com a paciente,
visita domiciliar, informação de vizinhos, familiares ou outros).
GESTANTE INFREQUENTE
56
57
ANEXOS
Anexos disponibilizados em arquivo
ANEXO I
58
ANEXO II
59
ANEXO III
60
ANEXO IV
61
ANEXO V
62
ANEXO VI
63
ANEXO VII
64
ANEXO VIII
65
ANEXO IX
66
ANEXO X
67
ANEXO XI
68
ANEXO XII
Cópia Gestante
Praia Grande,_____de_______________de_______.
Eu, __________________________, declaro estar ciente que devo manter a minha frequência nas consultas
pré-natais na Usafa __________. Declaro também estar ciente que, caso venha a faltar nas consultas, serei
automaticamente transferida para minha Unidade de referência atual, Usafa _______________.
____________________________________
Ciência da Paciente 69
____________________________________
______________________________________________________________________________________
Cópia USAFA
Praia Grande,_____de_______________de_______.
Eu, __________________________, declaro estar ciente que devo manter a minha frequência nas consultas
pré-natais na Usafa __________. Declaro também estar ciente que, caso venha a faltar nas consultas, serei
automaticamente transferida para minha Unidade de referência atual, Usafa _______________.
_____________________________________
Ciência da Paciente
_____________________________________
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres / Ministério da Saúde,
Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
São Paulo (Estado). Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Planejamento em Saúde. Assessoria Técnica em
Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré-natal e puerpério /
organizado por Karina Calife, Tania Lago, Carmen Lavras – São Paulo: SES/SP, 2010.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao
pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. – 1. ed. rev. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. 70
PROTOCOLO DE ENFERMAGEM VOLUME 3. SAÚDE DA MULHER. Acolhimento às demandas da mulher nos
diferentes ciclos de vida. Florianópolis, dezembro de 2016 Versão 1.2 (atualizado em setembro de 2017).
São Paulo (Estado) Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Controle de Doenças. Centro de Vigilância
Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”. Divisão de Imunização. Cartilha de orientações para os registros
de imunobiológicos em serviços de saúde - 2 ed. rev. e ampl. – São Paulo: CVE, 2006
São Paulo (Estado) Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Controle de Doenças. Centro de Vigilância
Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”.Orientação de atendimento para casos suspeitos de Dengue,
Chikungunya e Zika. São Paulo: CVE, 2016.
Manual obstétrico: guia prático para enfermagem/Janize C. Silva. – 2. Ed. Ver. E ampl. – São Paulo: Corpus,
2011.
Diabetes Mellitus Gestacional: elaboração, adequação cultural e validação de material educativo para o auto
cuidado de gestantes. / Fernanda Savoi Mendes. - Belo Horizonte/MG, 2019.
Fascículo. Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde. Rio de
Janeiro 2017
71