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ODONTOLOGIA SOCIAL
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
BUCAL
Maior política pública de saúde bucal do mundo. Desde seu lançamento, em 2004, além da
expansão e criação de novos serviços de saúde bucal, reorientou o modelo assistencial com
a implantação de uma rede assistencial que articula os três níveis de atenção e as ações
multidisciplinares e intersetoriais.
ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE
Porém, é fundamental a introdução de uma política voltada para a atenção deste componente tão
importante para a saúde do indivíduo e as ações do Brasil Sorridente mostram que é possível oferecer
assistência odontológica integral e de qualidade no SUS.
SUS
É constituído por um conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições
públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações
Atenção odontológica no serviço público brasileiro há anos caracterizou-se por prestar assistência a
grupos populacionais restritos, como os escolares, por meio de programas voltados para as doenças
cárie e periodontal. O restante da população ficava excluído e dependente de serviços meramente
curativos e mutiladores. Isso resultava numa baixa cobertura de atendimento e numa assistência de
baixa resolutividade, alvo de críticas por parte dos atores envolvidos.
BRASIL SORRIDENTE
• Todos os pontos de atenção à saúde são igualmente importantes para que se cumpram os
objetivos das Redes de Atenção à Saúde; apenas se diferenciam pelas diferentes
densidades tecnológicas que os caracterizam. (MENDES, 2011)
• A clínica ampliada representa novo modelo de trabalho que transpõe a clínica tradicional, articulando
diferentes saberes na compreensão dos processos de saúde e adoecimento e na inclusão dos usuários
como participantes das condutas em saúde e da elaboração de seu projeto terapêutico (BRASIL, 2009).
• Entre o primeiro contato do profissional com o cidadão e a resolução de suas demandas, existe uma
tecnologia leve e de fundamental importância que é a escuta qualificada. Portanto, é essencial que
todos os profissionais da unidade de saúde estejam envolvidos nesse processo do acolhimento do
cidadão, independentemente de sua demanda.
NOVO MODELO DE ATENÇÃO À
SAÚDE
• Acolhimento pressupõe que o serviço de saúde seja organizado de forma usuário- -centrada, garantido por
uma equipe multiprofissional, nos atos de receber, escutar, orientar, atender, encaminhar e acompanhar.
• Significa a base da humanização das relações e caracteriza o primeiro ato de cuidado junto aos usuários,
contribuindo para o aumento da resolutividade.
• Lembrando que, na AB, os cidadãos geralmente são conhecidos por serem moradores da região e que o
efetivo trabalho em equipe produz relações solidárias e complementares entre os profissionais
(enriquecendo-os individualmente e, também, o conjunto da equipe), gerando, assim, mais segurança e
proteção para a melhor condução da atenção integral das pessoas, famílias e comunidade ao longo do
tempo.
NOVO MODELO DE ATENÇÃO À
SAÚDE
• Trabalho em equipe é fundamental, sendo que todos os profissionais têm responsabilidade: vigilante,
recepção, auxiliares administrativos, técnicos de Enfermagem, técnicos em Saúde Bucal (TSB),
auxiliares em Saúde Bucal (ASB), enfermeiros, médicos, cirurgiões-dentistas e agentes comunitários de
saúde (ACS);
• Todos esses atores envolvidos nesse processo de cuidado podem identificar situações que apresentam
maior vulnerabilidade ou que geram sofrimento intenso em saúde geral e bucal, mais especificamente;
• Isso significa organizar o processo de trabalho, de forma a garantir procedimentos mais complexos e
conclusivos para resolver a necessidade que motivou a procura da assistência, evitando o agravamento do
quadro e futuras perdas dentárias, e outras sequelas;
• A equipe deve estar capacitada a oferecer, de forma conjunta, ações de promoção, proteção, prevenção,
tratamento, cura e reabilitação, tanto no nível individual quanto no coletivo.
NOVO MODELO DE ATENÇÃO À
SAÚDE
• Processo de mudança na organização da demanda, passando das consultas isoladas e de urgência para as
consultas programadas, consultas de retorno, de manutenção e com tratamentos concluídos;
• Algumas formas de organização da demanda que ainda são utilizadas nos serviços de AB podem
dificultar o acesso dos usuários. Como exemplos, podem ser citados: distribuição de senhas para o
atendimento da demanda espontânea, agendamento em livro como fila de espera, dia/turno exclusivos
para agendamento de consultas, horário restrito para acolhimento, agendamento exclusivo de consultas
por patologia (dia do hipertenso, do diabético etc.) ou por ciclo de vida (dia da criança, do idoso, da
gestante etc.), fazendo com que outras pessoas que não se enquadrem nessas definições não sejam
atendidas;
• Esses modos de organização privilegiam o serviço, não o acesso ou a necessidade do usuário. Para
organizar o processo de trabalho, é necessário prever espaço e tempo tanto para a demanda programada
quanto para a espontânea, incluindo aí o acolhimento às urgências, de forma que elas se complementem,
dando respostas às necessidades dos usuários e aumentando a resolutividade dos serviços de AB.
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
PRIMIERO CONTATO
INTEGRALIDADE
LONGITUDINALIDADE OU
COORDERNAÇÃO
CONTINUIDADE
INTEGRALIDADE
priorização de
programação e a intervenções clínicas e responsabilidade da
implementação das sanitárias nos acolhimento com assistência
atividades de problemas de saúde escuta qualificada, resolutiva.
atenção à saúde de segundo critérios de classificação de risco,
acordo com as frequência, risco, avaliação de
necessidades de vulnerabilidade e necessidade de saúde e
saúde da população resiliência, incluindo o análise de
planejamento e a vulnerabilidade
organização da agenda
de trabalho
compartilhado de todos
os profissionais.
PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO
• Profissionais da eSB realizam intervenções próprias da área, reafirmando a sua autonomia técnica, mas
também executam ações articuladas nas quais interagem diferentes saberes da sociedade civil e de distintos
campos profissionais que atuam no território.
• Uma das habilidades a ser desenvolvida no interior de uma equipe que busca ser integrada é o processo de
comunicação compartilhada em que cada trabalhador e o gerente da UBS têm papel fundamental no manejo
dos problemas cotidianos e das situações conflitantes.
ATRIBUIÇÕES DAS eAB
Realizar a atenção em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento,
acompanhamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a
grupos específicos, de acordo com o planejamento da equipe, com resolubilidade.
Realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o planejamento e a avaliação das ações da equipe, a
partir da utilização dos dados disponíveis.
Realizar os procedimentos clínicos da AB em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências, pequenas
cirurgias ambulatoriais e procedimentos relacionados à fase clínica da instalação de próteses dentárias elementares
ATRIBUIÇÕES DO CD
Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe,
buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais
Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o planejamento e a programação em
saúde bucal.
Participar do treinamento e da capacitação de auxiliar em saúde bucal e de agentes multiplicadores das ações de
promoção à saúde. ∙ Participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças
bucais.
Realizar a atenção em saúde bucal individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos,
segundo a programação e as competências técnicas e legais.
Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe,
buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar
Apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal.
Fazer remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica definida pelo cirurgião-dentista.
Inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na restauração dentária direta, vedado o uso de
materiais e instrumentos não indicados pelo cirurgião-dentista
Proceder à limpeza e à antissepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive em ambientes
hospitalares.
Selecionar moldeiras.
As ações de saúde bucal integram o rol de atividades voltadas à promoção da qualidade de vida de dada
comunidade.
Conhecer a realidade desta comunidade, suas fragilidades e fortalezas e como se organiza em seus aspectos
culturais, econômicos e sociais.
Faz-se necessário compreender a estrutura desta de forma integral e sistêmica, como espaço de desenvolvimento
individual e de grupo, dinâmico e passível de crises; e como funciona, como se organiza no território e opera
diante dos processos de saúde-adoecimento.
As condições de vida da população, tais como moradia, condições de trabalho, educação, acesso a atividades
culturais e de lazer, podem influenciar a saúde bucal dos indivíduos.
ACESSO AOS SERVIÇOS DE SB
Demandas espontânea sem queixa clínica: sem sinais e sintomas, como renovação
de receita, solicitação de exames, para mostrar exames, prevenção e promoção de saúde,
orientações sobre higiene bucal, outras questões administrativas
> Esse atendimento é realizado a qualquer hora do turno de trabalho, deve ser
organizado por meio da Classificação de Necessidades e destina-se a qualquer
pessoa. Não há previsão de agenda para o atendimento às urgências.
• A agenda dos profissionais torna-se recurso-chave tanto para garantir a retaguarda para o
acolhimento quanto para a continuidade do cuidado (programático ou não). Ela deve ser
compartilhada entre os membros da equipe de saúde. O planejamento e a organização da agenda
são importantes, assim como também é indispensável o esforço para diminuir o tempo de espera
para atendimento individual, sendo necessário, para isso, avaliar constantemente a agenda. Quanto
maior o tempo de espera, maior a chance de os usuários buscarem outros meios de resolver os seus
problemas, e maiores costumam ser as taxas de absenteísmo dos pacientes agendados.
ORGANIZAÇÃO
• A educação em saúde deve ser parte das atribuições comuns a todos os membros da eSB,
mas os profissionais auxiliares podem ser as pessoas ideais para conduzir o trabalho nos
grupos.
• O ACS tem papel relevante na divulgação de informações sobre saúde bucal, devendo a
eSB orientar o seu trabalho.
Jean Cocteau