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Sumário

Apresentação 4

A SAE e o Processo de Enfermagem 5

O que diz a legislação? 7

A Consulta de enfermagem 9

Teorias da enfermagem 12

O Processo de Enfermagem e o Raciocínio Clínico 18

As etapas do processo de enfermagem 21

Taxonomia e sistemas 25

A Resolução 358 e o Código de Ética 28

O Raciocínio Clínico 30

Habilidades necessárias para a construção do Raciocínio Clínico 33

O Raciocínio Clínico na prática 36

Estudo de caso 37

Comunicação com o paciente 41

Referências bibliográficas 42
Apresentação

Conheça seus professores:

Vídeo:
https://player.vimeo.com/video/642516551?h=a88561d731
A Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE) e o Processo de
Enfermagem

Foto: acervo SBIBAE

Agora vamos falar sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)8 e toda a estrutura que permite
a realização do processo de enfermagem com práticas centradas em pessoas.

Nos próximos tópicos você aprenderá a:


• Compreender a importância da Assistência de Enfermagem (SAE);

• Evidenciar o que é uma consulta de enfermagem;

• Realizar o processo de enfermagem.

Preparado? Então, vamos começar falando sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE).
O que você sabe sobre a Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE)?
A SAE organiza o trabalho profissional da enfermagem quanto a método, pessoal e instrumentos.5 Ela torna
possível avaliar individualmente quando uma pessoa busca atendimento, entendendo quais tipos de cuidados
essa pessoa precisa.
Você, hoje, procuraria um enfermeiro para uma consulta?
Recentemente, você teve alguma situação de saúde, não
necessariamente um problema de saúde, mas uma situação que você
precisou de um atendimento em saúde?
A primeira ideia que passa pela sua cabeça quando você se vê em alguma
situação ligada a sua saúde é procurar um enfermeiro ou não?
Uma forma de responder essas perguntas é pensar: o que você sabe sobre o Processo de Enfermagem?

Esse é o conjunto de ações sistemáticas e inter-relacionadas que se executa por meio de um determinado
modo de fazer e pensar, de acordo com as necessidades humanas e sociais da pessoa, família ou coletividade
humana que demandam o cuidado profissional de Enfermagem. Composto por cinco etapas, o Processo de
Enfermagem guia o atendimento do enfermeiro, garantindo que ele considere todos os aspectos necessários
para fechar o diagnóstico.
O que diz a legislação?

O que diz a legislação?

Toda a prática de Enfermagem precisa estar pautada na legislação brasileira que aborda questões ligadas a
essa categoria profissional, ressaltando a Legislação Brasileira de Enfermagem.

Quais são as Resoluções que fundamentam o processo de enfermagem?

Podemos falar primeiro da Resolução n. 3583 de 2009. Ela trata da atividade de saúde privativa do enfermeiro,
como diagnóstico e prescrição, e também das ações do técnico de Enfermagem e auxiliar de Enfermagem.

Sobre essa Resolução, há uma discussão vigente no Brasil que


coloca em questão a eficácia dessa legislação em contribuir para
o avanço da Enfermagem brasileira. É importante refletir até
que ponto a Resolução n. 358/2009 se aprofunda nos temas da
visibilidade e atuação do técnico de Enfermagem e do auxiliar de
Enfermagem quando estão na Atenção Primária.

Como um de seus pontos chave, a Resolução n. 358/2009


reforça que qualquer ambiente de cuidado precisa implementar
a Sistematização da Assistência de Enfermagem.

Outra resolução importante da nossa legislação é a Resolução n. 429/20124 que fala da importância do
registro do diagnóstico e dos cuidados implementados na Atenção Primária através de prontuário físico ou
de prontuário eletrônico.

Além dessas, a Resolução n. 5645, na qual houve a atualização do nosso Código de Ética no ano de 2017,
novamente reafirma que é direito e dever do enfermeiro aplicar o Processo de Enfermagem e documentá-lo
formalmente através do prontuário.

Com base nessas regulamentações, você já parou para pensar quais são os
perigos da nossa profissão?
Tarefismo: Muitas vezes dentro do Sistema de Saúde, o enfermeiro é visto como um profissional “tarefeiro”
– alguém que pode e deve cumprir todo e qualquer tipo de tarefa. Esse perigo advém da baixa organização
do processo de trabalho e da alta demanda requerida ao enfermeiro.

Burocratização: Em alguns momentos, o enfermeiro pode acabar ocupando um espaço subalterno e


sendo utilizado como substituto em funções administrativas de outros órgãos ou disciplinas.
É importante reconhecer que, para muito além de burocracias, o enfermeiro também é um profissional que
pode atender os pacientes de forma resolutiva, atuando direta e verdadeiramente com suas necessidades
de saúde.

Descaracterização: Derivada também da falta de clareza em relação ao processo de trabalho e local de


atuação do enfermeiro, a descaracterização do profissional ocorre pois, quando mais ele se envolve em
atividades que não deveriam ser de sua responsabilidade, mais se perde aquele que deveria ser seu papel.
Portanto, é importante sempre voltarmos a questionamentos como: Quem é o enfermeiro na Atenção
Primária? Quem é o enfermeiro dentro de uma equipe de saúde e por que ele é imprescindível na equipe?

Invisibilidade: Se o processo de trabalho do enfermeiro não é reconhecido, certamente não serão


reconhecidas suas necessidades profissionais. Quem é o enfermeiro? Do que ele precisa para atuar? Quais
são seus enfrentamentos diários?
Se a atuação formal do enfermeiro não for estruturada e reconhecida, ele será facilmente invisibilizado
na equipe e como profissional na APS.
A Consulta de enfermagem

A Consulta de Enfermagem

Chegou a hora de desmistificar uma situação: enfermeiros fazem consultas?

De acordo com a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 19861, Art. 11, o enfermeiro exerce todas as atividades de
Enfermagem, cabendo-lhe privativamente: planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos
serviços da assistência de Enfermagem; consulta de Enfermagem e prescrição da assistência de enfermagem.

De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)2, o enfermeiro deve:

I – Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes e, quando indicado ou
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.), em todas as
fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade;

II – Realizar consulta de Enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e conforme protocolos ou


outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal,
observadas as disposições legais da profissão, solicitar exames complementares, prescrever medicações
e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços.
Pare e pense:
Na prática, quando você faz uma consulta, segue algum método científico?

O primeiro passo do Processo de Enfermagem é definir a Teoria de Enfermagem que será adotada por você
e sua equipe naquele caso.

Você sabia que além da consulta presencial você também pode realizar teleconsulta
de enfermagem?

A Resolução COFEN nº 634/20206 "Autoriza e normatiza, ‘ad referendum’ do Plenário do


Cofen, a teleconsulta de enfermagem como forma de combate à pandemia provocada pelo
novo coronavírus (Sars-Cov-2), mediante consultas, esclarecimentos, encaminhamentos
e orientações com uso de meios tecnológicos, e dá outras providências."

Os artigos 3 e 4 ressaltam pontos importantes: o consentimento do paciente e o


registro do atendimento:

Art. 3º A teleconsulta deve ser devidamente consentida pelo paciente ou seu


representante legal e realizada por livre decisão e sob responsabilidade profissional
do enfermeiro.

Art. 4º Nas teleconsultas são obrigatórios os seguintes registros eletrônicos/digitais:

I – identificação do enfermeiro e da clínica de enfermagem, se for o caso;

II – termo de consentimento do paciente, ou de seu representante legal, que pode ser


eletrônico (e-mail, aplicativos de comunicação ou por telefone), na forma como consta
no anexo desta resolução;
III – identificação e dados do paciente;
IV – registro da data e hora do início e do encerramento;
V – histórico do paciente;
VI – observação clínica;
VII – diagnóstico de enfermagem;
VIII – plano de cuidados;
IX – avaliação de enfermagem e/ou encaminhamentos.
Teorias da enfermagem

Foto: acervo SBIBAE

E você sabe a origem da palavra Teoria?


E qual Teoria de Enfermagem adotar?

É nessa hora que precisamos “usar um óculos” para


enxergar o que a pessoa, família ou comunidade
está apresentando como respostas aos eventos
de sua vida naquele momento.

O conhecimento das teorias oferece suporte


para a Enfermagem, dando maior visão à prática,
pautando o cuidado em princípios científicos.

Por isso, você, enfermeiro(a), ao conduzir o


Processo de Enfermagem, embasado no cuidado
em uma teoria, irá qualificar o Processo de
Enfermagem, de modo a selecionar as ações
necessárias para esse atendimento.

Sendo assim, conheça e estude quem são os teoristas, de modo a identificar qual teorista representará ou
será o seu óculos na prática diária de Enfermagem.

Leia sobre as fundamentações teóricas a seguir e identifique qual teoria tem mais o seu estilo.
Teorista Teoria
Florence Nightingale Teoria Ambientalista
O enfermeiro deve manipular o ambiente do paciente para
1860 facilitar os “processos reparadores do corpo".
Hildegard Peplau Teoria das Relações Interpessoais
1952 Desenvolver interação enfermeiro-paciente.
Virginia Henderson Teoria das Necessidades Básicas
Função da enfermagem é assistir o paciente, ajudando-o
1955 a ganhar independência.

Ernestine Wiedenbach Teoria Prescritiva do Cuidado


O foco é a necessidade do paciente e a Enfermagem
desempenha processo nutridor, apresentando quatro
1958 elementos de assistência: a filosofia, o propósito, a prática
e a arte.

Lydia Hall Teoria da Pessoa, do Cuidado e da Cura


Afirmou que o cuidado individual pode ser visto em três
1960 diferentes áreas: cuidados (o corpo), núcleo (a pessoa) e
cura (a doença).

Josephine Paterson e Teoria Humanista


Loretta Zderad
1960 A enfermagem é uma experiência existencial de cuidar.

Joyce Travelbee Teoria da Relação Interpessoal


Foca nas relações interpessoais com o objetivo de auxiliar
o indivíduo e a família a enfrentar a doença e o sofrimento
1961
propondo um cuidar holístico.

Ida Jean Orlando Teoria do Processo de Enfermagem


Focado nos cuidados das necessidades dos clientes,
propondo uma relação dinâmica entre enfermeiro e
1961 paciente. Utilizou pela primeira vez a expressão Processo
de Enfermagem.

Fay Abdellah Teoria Centrada nos Problemas


Usava o método de resolução de problemas (21 problemas)
para sustentação, restauração, prevenção, autoajuda,
1961
déficit ou excesso de necessidades.
Teorista Teoria
Myra Levine Teoria da Conservação da Energia e da
Enfermagem Holística
Entendia o paciente como corpo-mente, ou seja, um todo
com interação com o meio. A finalidade da Intervenção de
Enfermagem era a conservação da energia, da integridade
1967
estrutural, pessoal e social.

Betty Neuman Teoria dos Sistemas / Teorias da Relação


educação-trabalho
Desenvolveu o modelo dos sistemas holísticos com foco
nos aspectos psicológicos, fisiológicos, socioculturais e
1970 desenvolvimentistas dos seres humanos.

Martha Rogers Teorias dos Seres Humanos Unitários ou Teoria


do Modelo Conceitual do Homem
Interação harmoniosa entre paciente e ambiente para
maximizar a saúde, ambos são campos de energia de
1970 quatro dimensões.

Sister Calista Roy Teoria da Adaptação


Identificar tipos de demanda colocados sobre o paciente,
analisar a adaptação às demandas e ajudar o paciente a
1970
se adaptar.

Imogene King Teoria do Alcance dos Objetivos


Focaliza o processo de interação enfermeiro-paciente
com a ideia central que há um sistema social, interpessoal
1971 e pessoal.

Dorothea Orem Teoria do Autocuidado


Sistema de ajuda para o autocuidado. Quando o paciente
apresenta um déficit de autocuidado ou não possui
condições de realizá-lo, a enfermagem relaciona a educação
1971
em saúde a fim de tornar o paciente independente.

Madeleine Leninger Teoria do Cuidado Transcultural


A enfermagem deve considerar os valores culturais e as
1978 crenças das pessoas.
Teorista Teoria
Wanda Horta Teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB)
Baseada nas necessidades psicobiológicas, psicossociais e
psicoespirituais, propõe uma metodologia para o Processo
1979 de Enfermagem focando no ser humano integral, na busca
do equilíbrio biopsicossocial.

Jean Watson Teorias do Cuidado Humano


O cuidado é a essência da Enfermagem, e a interação
entre enfermeiro e cliente ocorre através de sentimentos,
1979 emoções, troca de energia e afeto.

Margaret Newman Teoria da Saúde como Consciência Expandida


O problema de saúde/doença propicia um salto de qualidade
1979 de vida. Saúde é a expansão da consciência.
Dorothy E. Johson Teoria do Sistema Comportamental
Apresenta a Enfermagem como força reguladora externa
agindo para preservar a organização e integração do
1980
comportamento do paciente a um ótimo nível

Após conhecer as teorias, veja as diferenças entre o SAE e o Processo de Enfermagem.

Para uma Teoria de Enfermagem ser implementada na prática, é necessário um método científico denominado
Processo de Enfermagem.
Conclusão:
Você aprendeu que a SAE se caracteriza como um conjunto de ações inter-relacionadas orientadas para
qualificação das práticas de Enfermagem que podem ser organizadas por diferentes dispositivos e ferramentas,
sendo o Processo de Enfermagem um destes dispositivos. Você também pode conhecer teorias de enfermagem
que podem iluminar os fenômenos de saúde que serão abordados em suas consultas de Enfermagem.

A seguir, vamos falar sobre as etapas do Processo de Enfermagem e o Raciocínio Clínico.


O Processo de Enfermagem e o Raciocínio
Clínico

Foto: acervo SBIBAE

Até aqui você aprendeu que a Sistematização da Assistência de Enfermagem é a estrutura que permite o
Processo de Enfermagem. Agora, vamos falar sobre as etapas do Processo de Enfermagem e o Raciocínio Clínico.

Antes de apresentar os conceitos, precisamos esclarecer que, na prática, não estamos falando de coisas
separadas: afinal, o raciocínio clínico nada mais é que um método de organizar as informações e conduzir a
prática de cada uma das etapas do Processo de Enfermagem, que conheceremos a seguir.

O primeiro passo do processo de enfermagem é a definição da teoria de enfermagem que será adotada
naquele caso para iluminar as respostas humanas apresentadas pelos indivíduos frente aos eventos
de saúde. E para implementar esta teoria, é necessário um método científico denominado “Processo de
Enfermagem”, que conta com sistemas de classificação e nomenclaturas específicas.

Para começarmos a falar sobre esse tema, é importante entendermos que o Processo de Enfermagem é algo
que está em construção. Isto porque sua implementação se dá em 6 etapas, a primeira começou em 1950 e a
última será concluída em 2050. Conheça-as nesta linha do tempo das gerações do Processo de Enfermagem:
1ª GERAÇÃO - 1950 A 1970
Compreende o período entre 1950 e 1970. É quando o Processo de Enfermagem surge em sua primeira
versão, que contava com quatro etapas:

• Avaliação inicial
• Planejamento
• Intervenção
• Avaliação

Neste momento ainda não se falava em diagnóstico de enfermagem, o foco era voltado para o pensamento
clínico e na solução de problemas para o paciente.

O universo dos termos clínicos eram: as necessidades dos clientes e os problemas de enfermagem, as 14
necessidades humanas básicas, além das 13 áreas funcionais do modelo de coleta de dados.

2ª GERAÇÃO - 1970 A 1990

Nesta segunda geração, o enfoque é direcionado para o diagnóstico e a etapa “Diagnóstico de Enfermagem”
é incorporada ao processo. Sustentando e padronizando a etapa de diagnóstico, ganha destaque o raciocínio
clínico e surgem os sistemas de linguagem padronizada: NANDA, NIC, NOC e CIPE.

3ª GERAÇÃO - 1990 A 2010


Nesta terceira geração, o enfoque se volta para os resultados, passando a adotar o modelo OPT: The
Outcome Present State Test, mais favorável para a busca de resultados que o modelo tradicional porque
permite que o enfermeiro faça um raciocínio reflexivo e crítico, abordando mais de um diagnóstico ao
mesmo tempo e percebendo interconexões, por exemplo, como um diagnóstico interfere na presença
do outro. O processo segue com 5 etapas, assim definidas:

• Coleta de dados
• Diagnóstico de enfermagem
• Planejamento
• Intervenção
• Avaliação de enfermagem

4ª GERAÇÃO - 2010 A 2025


Na quarta geração o enfoque se volta para a construção de um banco de dados todo estruturado em
linguagem específica (NANDA, NIC, NOC, CIPE). O objetivo aqui é ter um banco de dados que possibilite
análises relacionais entre diagnósticos, intervenções e resultados, aprimorando o conhecimento e
melhorando resultados. Por isso, é importante que todo enfermeiro aprenda a fazer o Diagnóstico de
Enfermagem e utilize uma linguagem padronizada para gerar e fornecer dados para a quarta geração do
Processo de Enfermagem.

5ª GERAÇÃO - 2025 A 2035

A partir da coleta e formação de banco de dados na etapa anterior, a quinta etapa entra na construção
de um modelo de arquétipo de cuidado, que considera um grupo populacional: a partir da ocorrência
epidemiológica em um grupo, podemos ter diagnósticos, evoluções e resultados. E com dados de populações
específicas poderemos cruzar e fazer comparações tanto a nível nacional quanto internacional.

6ª GERAÇÃO - 2035 A 2050

A sexta geração se dedica à construção de modelos preditivos de cuidado que considerem as características
únicas do paciente que podem ser comparados com dados empíricos derivados de várias instituições ou
de um banco de dados internacional do conhecimento de Enfermagem.

Agora que você já conhece o percurso histórico do Processo de Enfermagem, vamos conhecer suas etapas.
As etapas do processo de enfermagem

Foto: acervo SBIBAE

O Processo de Enfermagem é composto por cinco etapas sequenciais que devem acontecer durante cada
atendimento e deve se repetir cada vez que houver um contato entre usuário e equipe, gerando um histórico
de cuidado sistematizado. São fases inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes.

Conheça cada uma das etapas no infográfico abaixo:


1 ª Etapa - Coleta de Dados ou Histórico de Enfermagem
Esta etapa se divide em entrevista e exame físico.

A entrevista também é conhecida como anamnese, e seu roteiro é construído de acordo com a teoria
de enfermagem escolhida. Vale ressaltar que alguns serviços de saúde têm uma teoria definida e o
enfermeiro precisa se adequar a ela. No entanto, isso não quer dizer que ele não tenha autonomia para
exercer outros olhares, dependendo da situação do usuário.

O exame físico é composto por inspeção, palpação, percussão e ausculta.


2 ª Etapa - Diagnóstico de Enfermagem
O diagnóstico de enfermagem é o processo de interpretação das informações coletadas na etapa anterior.
Ele culmina na tomada de decisão e representa as respostas de pessoa, família ou coletividade humana
em um determinado momento do processo de saúde e doença. É a partir do diagnóstico que serão
selecionadas e implementadas intervenções ou ações para chegar no objetivo almejado.

Importante lembrar que um diagnóstico é um enunciado. Por exemplo: “INTEGRIDADE DA PELE


PREJUDICADA NA REGIÃO SACRAL” poderia ser o diagnóstico de uma ferida na região sacral num usuário
que passa muito tempo deitado por conta de sua condição atual de saúde.

3 ª Etapa - Planejamento de Enfermagem


Nesta etapa, o enfermeiro determina o resultado de enfermagem que deseja alcançar e as ações e
intervenções que pretende fazer para alcançar o resultado (sempre de maneira integral, focada na pessoa).

Considerando o mesmo exemplo da etapa anterior, o enunciado do planejamento seria: “INTEGRIDADE


DA PELE MELHORADA NA REGIÃO SACRAL”, seguido por uma lista de ações ou intervenções que levarão
a este objetivo.

4 ª Etapa - Implementação

É a realização das ações planejadas face ao resultado desejado. Esta é a prescrição de enfermagem
propriamente dita. Uma boa prescrição deve ser completa e objetiva. É aconselhável que ela responda
às perguntas:

O que eu faço?
Como eu faço?
Quando eu faço?
Onde eu faço?
Com que frequência eu faço?
Por quanto tempo eu tenho que fazer?

5 ª Etapa - Avaliação de Enfermagem

É a análise crítica e contínua da evolução do caso. Trata-se de um processo deliberado, sistemático e


contínuo de verificação para determinar se as prescrições de Enfermagem estão surtindo os resultados
esperados (além da verificação de necessidade de mudança ou adaptação na rota escolhida).

É nesse momento que pode, inclusive, surgir novos dados para um diagnóstico que dê início a um novo
ciclo do processo de enfermagem. Seguindo com o exemplo da “pele na região sacral”, se aqui a análise
determinar que a pele está saudável, um novo objetivo pode ser traçado: “manutenção da integridade
da pele”.
Vale ressaltar que muitas vezes não temos todo o tempo que gostaríamos com cada paciente. Assim, é
importante manter os registros organizados para que cada história e cada encontro com o paciente sejam
facilmente recuperados, assim como avaliações orientadas pelas demandas apresentadas naquele momento
de atendimento.

Considerando também o contexto da Atenção Primária à Saúde, precisamos lembrar que este contato é
longitudinal e frequente; não precisamos resolver todos os problemas de uma vez, mas, planejar o cuidado
e o encontro com o usuário, de modo a manter uma avaliação dos diagnósticos e atualização das prescrições
de Enfermagem.
Taxonomia e sistemas

Foto: acervo SBIBAE

Você já entendeu que o processo de enfermagem é algo que está em construção e que, quando estiver
totalmente implementado, será uma revolução no cuidado em saúde e na própria profissão do enfermeiro.

Mas, para isso funcionar, tem algo que todos os enfermeiros precisam fazer, com excelência, hoje! Estamos
vivendo a 4ª geração de implementação do processo, justamente a da criação de um banco de dados para
que as etapas futuras tenham êxito.

Por isso é tão importante que cada enfermeira e enfermeiro do país oriente sua prática para a utilização da
taxonomia e padrões de linguagem. Na Enfermagem, taxonomia são sistemas de classificação que padronizam
a linguagem entre os profissionais, facilitando a comunicação profissional e permitindo análises a partir de
indicadores coletados.7

Mas como isso é inserido na prática diária?

Até aqui nós falamos que o processo de enfermagem é algo que precisa ser trabalhado em toda consulta
de enfermagem ou atendimento ambulatorial no contexto da APS. O Processo de Enfermagem é o eixo
norteador, o método científico usado pelo enfermeiro para planejar sua assistência de Enfermagem. Também
mostramos que o processo tem cinco etapas e que as taxonomias são linguagens padronizadas que embasam
a comunicação em todas estas etapas. Veja no gráfico abaixo:

CIPE - Diagnóstico, intervenções e resultados de Enfermagem


CIPE (Classificação Internacional Para as Práticas de Enfermagem) e CIPESC (Classificação Internacional das
Práticas de Enfermagem e Saúde Coletiva) trabalham com os três fenômenos: diagnóstico, intervenções
e resultados de Enfermagem.

NANDA - Diagnóstico de Enfermagem

NANDA (North American Nursing Diagnosis Association): Voltada para diagnósticos, é a mais utilizada
no mundo todo.
NOC - Planejamento de Enfermagem

NOC (Nursing Outcomes Classification), é voltada para planejamento e avaliação.

NIC - Implementação

NIC (Nursing Intervention Classification), é voltada para intervenção.

NOC - Avaliação de Enfermagem

NOC (Nursing Outcomes Classification), é voltada para planejamento e avaliação.


A Resolução 358 e o Código de Ética

Foto: acervo SBIBAE

A Resolução n. 3583 de 2009 do COFEN dispõe sobre a Sistematização de Assistência de Enfermagem e


a Implementação do Processo de Enfermagem em ambientes onde ocorrem cuidados profissionais de
enfermagem, sejam eles públicos ou privados.

De acordo com ela, “a sistematização da assistência de enfermagem organiza o trabalho profissional quanto
a método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do Processo de Enfermagem”.

Já o Processo de Enfermagem, por sua vez, seria:

“O conjunto de ações sistemáticas e inter-relacionadas que se executa, por meio de um determinado e segundo
um determinado modo de pensar (ou Raciocínio Clínico), em face de necessidades humanas e sociais da pessoa,
família ou coletividade humana, em um dado momento do processo de saúde e doença que demandam o
cuidado profissional de enfermagem.”
O CÓDIGO DE ÉTICA
A Resolução COFEN n. 564/20175 traz o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

Conheça abaixo alguns dos artigos que dizem respeito à aplicação do Processo de Enfermagem como
instrumento metodológico:

DOS DIREITOS
Art. 14 – Aplicar o processo de Enfermagem como instrumento metodológico para planejar,
implementar, avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e coletividade.

DOS DEVERES
Art. 35 – Apor nome completo e/ou nome social, ambos legíveis, número e categoria de inscrição
no Conselho Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica em documentos, quando no
exercício profissional.
Art. 36 – Registrar no Prontuário e em outros documentos as informações inerentes e indispensáveis
ao processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica legível, completa e sem rasuras.
Art. 37 – Documentar formalmente as etapas do processo de Enfermagem, em consonância com
sua competência legal.
O Raciocínio Clínico

Foto: acervo SBIBAE

O que você sabe sobre Raciocínio Clínico?


O que você utiliza na sua prática diária para compreender as demandas apresentadas pelos pacientes não
é orientado por um tipo de raciocínio? Em que ele é diferente dos outros tipos de raciocínio? Resumindo o
conceito de raciocínio clínico em um pequeno texto, teríamos:

“Um método de organizar as informações, pensamentos, decisões e análises durante um atendimento de


enfermagem. Sua definição é ser um processo intencional, multidimensional e materializado na prática
do cuidado a partir da coleta de dados objetivos e subjetivos.”
Os enfermeiros devem incorporar este método em sua prática de maneira consciente, usando da melhor
maneira suas habilidades cognitivas individuais, teórico-práticas e conhecimento científico.

Enquanto na primeira seção falamos sobre as etapas que são desenvolvidas no processo, aqui estamos falando
dos processos mentais envolvidos no atendimento. Ou como dizem Cerullo e Cruz (2010): “Raciocínio Clínico
é o uso da razão, em um processo consciente, para entendimento e apropriação do que se configura diante
do quadro do cliente”.

Em outras palavras, é o processo mental complexo e dinâmico que usamos tanto para identificar as situações
que precisam de um atendimento de enfermagem quanto para realizar o atendimento buscando o melhor
resultado. Veja uma demonstração do raciocínio no quadro abaixo:
COLETA DE DADOS:

O Raciocínio Clínico é um processo mental complexo e dinâmico porque os enfermeiros lidam com pacientes
de diferentes culturas e histórias de vida. Por isso é importante estarem atentos e conhecerem sobre o exame
físico e o processo de entrevista de um paciente. É a partir da coleta de dados que se identifica a demanda do
atendimento de Enfermagem. Aqui estamos falando de coletar, processar, relacionar e julgar as informações.

Existem alguns modelos de raciocínio diagnóstico, como, por exemplo:

• O reconhecimento de padrão (não analítico), quando acontece uma associação instantânea do quadro
apresentado a um padrão reconhecido;

• A árvore de decisão (analítico), que parte de questões exploratórias sobre paciente, família e contexto
para elaborar seus diagnósticos e testá-los;

• O modelo de duplo processamento (misto), que inicia como não analítico a partir da apresentação do paciente
e reconhecimento das principais características e é usado quando a doença tem uma apresentação visual.

Quando existe alguma situação de ambiguidade, o modelo passa a ser analítico com dados sistematicamente
analisados e logicamente decididos em um ciclo de pistas.

TOMADA DE DECISÃO:

Quando o Raciocínio Clínico está bem estruturado, todas as questões relevantes foram consideradas e o
momento de tomar a decisão, seja ela diagnóstica ou terapêutica, é certeiro.

RACIOCÍNIO CLÍNICO:

É aqui que identificamos o diagnóstico que precisa ser trabalhado para atender a real necessidade do paciente.
O Raciocínio Clínico está presente em todo o Processo de Enfermagem, mas ele tem destaque em três de
seus elementos:

• Na identificação de situações que demandem atendimento de Enfermagem;

• Na seleção das ações necessárias para este atendimento;

• Nos resultados de saúde pelos quais a Enfermagem é responsável.

É sempre importante lembrar que a imprecisão é um fator que pode colocar em risco todo o atendimento.
Atente-se às imprecisões por:

• Omissão - quando um dado relevante é ignorado;

• Conclusão prematura - quando o diagnóstico é pouco justificado pelos dados existentes;


• Síntese incorreta - quando os dados disponíveis contradizem as conclusões;

• Síntese inadequada - quando as conclusões que os dados sugerem não são extraídas.
Habilidades necessárias para a construção
do Raciocínio Clínico

Habilidades necessárias para a


construção do Raciocínio Clínico
O que você sabe sobre Raciocínio Clínico?
Quando lemos uma mensagem cifrada como essa, logo nas primeiras palavras percebemos que algumas
letras foram trocadas por números, formando um código. Na sequência, vamos decifrando a mensagem
geral através da interpretação rigorosa e científica dos sinais e indícios: entendemos que o número “5” está
substituindo a letra “S”, que o “4” está no lugar do “A”, o “3” no do “E” e assim sucessivamente, até entender
o conteúdo da mensagem.

Raciocinar tem a ver com a capacidade de juntar diferentes partes da história que o usuário traz para construir
uma narrativa coerente sobre elas. Ou seja: conectar os dados para tirar uma informação que à primeira vista
pode não ser tão evidente, mas está ali, em segundo plano, podendo ser detectada por enfermeiros atentos
ao processo.

Conheça algumas dessas habilidades representadas na imagem abaixo.


Método científico:

Método estabelecido para a coleta e interpretação das informações de maneira a garantir que todas as
perspectivas estão sendo consideradas antes de tomar uma decisão. Testes embasados cientificamente.

Individualidade:

Conjunto de atributos que constitui a originalidade, que distingue um indivíduo ou uma coisa. Caráter
do que é individual, as capacidades de cada indivíduo;

Conhecimento:

Necessidade de manter-se constantemente atualizado sobre os procedimentos, técnicas e estratégias


da profissão, bem como à realidade da comunidade na qual sua atuação acontece;

Perspectivas:

Aprender a raciocinar a partir de diferentes perspectivas: a do usuário, a da família, a do enfermeiro, e a


das necessidades de cuidado;

Hipótese:

Proposição que se admite como um princípio a partir do qual se pode deduzir um conjunto de consequências.
Suposição, conjectura.

Dedução:

Concluir algo pelo raciocínio, inferir. Conclusão. Inferência lógica de um raciocínio;

Comparação:

Relacionar as coisas para procurar semelhança ou disparidade. Paralelo feito entre duas situações ou
eventos diferentes. Ato ou efeito de comparar, confrontar informações colhidas de diferentes maneiras;
O Raciocínio Clínico na prática

Foto: acervo SBIBAE

Para mostrar como acontece o raciocínio clínico na prática, chamamos as enfermeiras Daiana Bonfim e Elizimara
Ferreira Siqueira para contarem suas experiências pessoais. Aperta o play!
Vídeo:
https://player.vimeo.com/video/642522583?h=8911f53d76
Estudo de caso

Foto: acervo SBIBAE

O caso
Explore a imagem abaixo e conheça o caso da dona Elza.
Dona Elza:

Com 40 anos, D. Elza trabalha na área da saúde há 17. Atualmente trabalha em 2 lugares e leva muito
trabalho pra casa. É um pouco descuidada com a sua saúde. Outro dia, sentiu-se mal e, ao deitar-se,
olhou para o teto e viu tudo girar. Esse quadro tem se repetido nas últimas semanas, junto com dores de
cabeça frequentes.

Prontuário da dona Elza:

Em consulta na Unidade de Saúde, a etapa de coleta de dados evidenciou informações relevantes:

• Peso: 88 kg;
• Altura: 150 cm;
• PA: 130/90 mmHg;
• Glicemia de Jejum: 90 mg/dl;
• Acúmulo de gordura abdominal, refere dores no joelho e quadril;
• É sedentária, faz apenas pequenas caminhadas para ir à Igreja no domingo; no restante da semana,
usa carro para ir ao trabalho;
• Alimentação desequilibrada, pois almoça fora todos os dias e come em “restaurante por quilo”;
• Em casa, tem a possibilidade de comer frutas, mas não dispensa seu café com pão.

Marido da Dona Elza:

Paulo é militar de carreira, tem porte atlético e participa ativamente nas tarefas domésticas porque sabe
que sua esposa tem trabalhado além da conta.

Filho da Dona Elza:

Rafael, 9 anos. Como todo menino dessa idade, ele é uma fonte de preocupações para a mãe. Mas
ultimamente esses papéis se inverteram: é ele quem está preocupado com a mãe, o que o levou a mostrar
um comportamento exemplar.

Agora que você conheceu a história da D. Elza, tire alguns momentos para levantar quais são as suas
necessidades e suas respostas frente à vida. Esse raciocínio será importante para identificação dos diagnósticos
de Enfermagem. Falaremos sobre eles no próximo tópico!
Diagnósticos possíveis
Este é um caso que a professora Mara usa sempre em seus cursos, então separamos aqui alguns diagnósticos
possíveis que já apareceram ao longo das turmas. Compare com os seus e reflita sobre aqueles que você não
tinha percebido.

Definição: Condição em que Definição: Experiência sensorial Definição: Suscetibilidade


o indivíduo acumula gordura e emocional desagradável aumentada a quedas que
excessiva para a idade e o sexo associada a lesão tissular real pode causar dano físico e
que excede o sobrepeso; ou potencial, ou descrita em comprometer a saúde;
termos de tal lesão (International
Association for the Study of
Pain); início súbito ou lento,
de intensidade leve a intensa,
constante ou recorrente, sem
término antecipado ou previsível
e com duração maior que 3
meses;

Definição: Excessivas quantidades e tipos de Definição: Padrão de regulação e integração à vida


demandas que requerem ação; diária de um regime terapêutico para tratamento
de doenças e suas sequelas que é insatisfatório para
alcançar metas específicas de saúde.

Priorização do cuidado
Depois que os diagnósticos são levantados, é importante entender, dentro de tudo aquilo que foi levantado, o
que é mais relevante para o paciente. Claro que sempre é necessário não descuidar das questões mais graves,
mas, mesmo nesses casos, estar em contato com o usuário permite entender o efeito que aquilo tem na vida
dele, e quais intervenções trarão mais benefícios para cada caso.
O que vamos falar então com a Dona Elza?

Até aqui, estamos falando sobre como o Raciocínio Clínico permeia as etapas do Processo de Enfermagem. Você
já conhece todas as etapas e sabe que, a partir daqui, vamos para as etapas de planejamento, implementação
e avaliação do Processo de Enfermagem. A partir de agora – e nas próximas aulas – vamos nos aprofundar em
cada uma delas, trazendo histórias e explorando como os conceitos se aplicam na rotina da profissão.
Comunicação com o paciente

Foto: acervo SBIBAE

Quando estiver pronto, aperte o play e assista a esse vídeo que detalha a etapa de coleta de dados e comunicação
com o paciente.
Vídeo:
https://player.vimeo.com/video/642527600?h=0a5a940a41

Conclusão:
Neste bloco você aprendeu um pouco mais como o Processo de Enfermagem se configura como um dispositivo
importante da SAE, além de conhecer as Teorias de Enfermagem, o Raciocínio Clínico e como eles são
fundamentais para colocar em prática cada uma das cinco etapas do Processo de Enfermagem. Na sequência,
vamos nos aprofundar em cada uma das etapas, vendo como elas acontecem na prática.
Referências bibliográficas

1. Brasil. Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986. A regulamentação do Exercício da Enfermagem e dá outras


providências. [Internet]. Brasília; 1986. [citado em: 10 de Setembro de 2021]. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7498.htm.

2. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436/2017. Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).
[Internet]. Brasília; 2017. [citado em: 08 de Outubro de 2021]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/
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3. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 358/2009. Sistematização da Assistência de Enfermagem
e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados. [Internet]. [s.l.]; 2009.
[citado em: 03 de Novembro de 2021]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_4384.
html.

4. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 429/2012. Registro das ações profissionais no


prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da enfermagem, independente do meio de suporte.
[Internet]. [s.l.]; 2012. [citado em: 03 de Novembro de 2021]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-
cofen-n-4292012_9263.html.

5. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 564/2017.Código de Ética da Enfermagem brasileira.
[Internet]. [s.l.]; 2017. [citado em: 03 de Novembro de 2021].Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-
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6. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 634/2020. Teleconsulta de enfermagem como forma de
combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus. [Internet]. [s.l.]; 2020. [citado em:03 de Novembro
de 2021]. Disponível em: www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-0634-2020_78344.html.

7. Herdman TH, Kamitsuru S. Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: definições e classificação 2018-
2020. Tradução: Regina Machado Garcez. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, editado como livro impresso em 2018.

8. Tannure MC, Gonçalves AMP. Sistematização da Assistência de Enfermagem: guia prático. 2. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010.

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