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Processo de Enfermagem

Profa. Ms. Mariana Camargo Tanaka


Roteiro da apresentação

O processo de enfermagem

Etapas do processo de enfermagem

Legislação
O que é o processo de
enfermagem?

“ É a dinâmica das ações sistematizadas e inter-


relacionadas, visando a assistência ao ser humano” (Horta,
2007)

“ É um modelo metodológico ou uma forma de


pensamento que orienta o julgamento clínico e a tomada de
decisão em relação ao diagnóstico, à intervenção e ao
resultado de enfermagem” (Lucena & Almeida, 2011)

Processo de Enfermagem 3
O que é o processo de
enfermagem?

Primeira Geração (1950-1970)

Segunda Geração (1970-


1990)

Terceira Geração (1990-)

Processo de Enfermagem 4
O que é o processo de
enfermagem?

Primeira Geração (1950-1970)

- Identificação e resolução de problemas

- Quatro fases: coleta de planejamento,


implementação
dados, e avaliação
- Infuencia norte-americana
(Lucena & Almeida, 2011)

Processo de Enfermagem 5
O que é o processo de
enfermagem?

Segunda Geração (1970-1990)

- Raciocínio e pensamento crítico

-Cinco fases: coleta de dados, diagnóstico


de enfermagem, planejamento, implementação e
avaliação
- Preocupação com linguagem padronizada
(Lucena & Almeida, 2011)

Processo de Enfermagem 6
O que é o processo de
enfermagem?

Terceira Geração (1990-)

- Verificação dos resultados das intervenções de


enfermagem
-Cinco fases: coleta de dados, diagnóstico de
enfermagem, planejamento, implementação e avaliação
- Uso de taxonomias
(Barros, 2016; Lucena & Almeida, 2011)

Processo de Enfermagem 7
Etapas do processo de enfermagem

Coleta de Dados / Anamnese e Exame Físico

- Histórico do paciente – momento de conhecê-lo


- Exame físico: técnicas propedêuticas
- Observação e linguagem técnica
(Barros, 2016; Lucena & Almeida,
2011)

Processo de Enfermagem 8
Etapas do processo de enfermagem

Coleta de Dados / Anamnese e Exame Físico

- “Sem uma coleta de dados adequada, durante a


anamnese e o exame físico, o enfermeiro não tem
condições seguras para diagnosticar e,
consequentemente, planejar e implementar cuidados
de modo apropriado”
(Tannure & Pinheiro, 2017,
p.2)

Processo de Enfermagem 9
Etapas do processo de enfermagem

Diagnóstico de enfermagem

- Identificação das necessidades básicas afetadas

-Constrói-se com base no pensamento crítico e


no raciocínio clínico
-North American Nursing Diagnosis
Association International (NANDA-I)
(NANDA, 2015; Lucena & Almeida, 2011; Horta,
2007)

Processo de Enfermagem 10
Etapas do processo de enfermagem

Fonte:https://goo.gl/pkJQk
z

Processo de Enfermagem 11
Etapas do processo de enfermagem

Diagnóstico de enfermagem

- É um julgamento clínico sobre uma resposta humana


a condições de saúde/processos de vida, ou uma
vulnerabilidade a tal resposta, de um indivíduo, uma
família, um grupo ou uma comunidade
(NANDA, 2015)

Processo de Enfermagem 12
Etapas do processo de enfermagem

Diagnóstico de enfermagem

- Qual a diferença entre diagnóstico médico e


de enfermagem?

Fonte:https://goo.gl/Eq0lO4

Processo de Enfermagem 13
Etapas do processo de enfermagem

Diagnóstico de enfermagem

- Diagnóstico médico: doença, lesão.

-Diagnóstico de enfermagem: respostas


humanas reais ou potenciais a problemas de saúde e
processo de vida.
(NANDA, 2015)

Processo de Enfermagem 14
Etapas do processo de enfermagem

Planejamento de enfermagem

- Pensar nos resultados que se procura alcançar


- Avaliar as demandas de cuidados
- O que será preciso para implementar

(Lucena & Almeida, 2011; Horta, 2007)

Processo de Enfermagem 15
Etapas do processo de enfermagem

Implementação/Prescrição de enfermagem

- Plano de cuidados

-A prescrição de enfermagem é atividade privativa


do enfermeiro
- Nursing Interventions Classifications (NIC)

(Almeida, 2011; Horta, 2007)

Processo de Enfermagem 16
Etapas do processo de enfermagem

Fonte:https://goo.gl/4wwBb7

Processo de Enfermagem 17
Etapas do processo de enfermagem

Avaliação de enfermagem

- Efeitos dos cuidados prescritos e realizados


- Identificação da necessidade de novas intervenções
- Nursing Outcomes Classifications (NOC)

(Almeida, 2011; Horta, 2007)

Processo de Enfermagem 18
Etapas do processo de enfermagem

Fonte:https://goo.gl/YgVaVg

Processo de Enfermagem 19
Etapas do processo de enfermagem

Relação entre semiologia e processo de enfermagem

Fonte e Créditos: Tannure & Pinheiro, 2017, p.


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Legislação

RESOLUÇÃO COFEN-358/2009

- Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de


Enfermagem e a implementação do Processo de
Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em
que ocorre o cuidado profissional de enfermagem, e
dá outras providências

(COFEN, 2009)

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Atualizações 2024
Resolução COFEN 736 DE 2024
Art. 1º O Processo de Enfermagem-PE, deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em
todo contexto socioambiental, em que ocorre o cuidado de Enfermagem.
Art. 2º O Processo de Enfermagem deve estar fundamentado em suporte teórico, que podem estar
associados entre si, como Teorias e Modelos de Cuidado, Sistemas de Linguagens Padronizadas,
instrumentos de avaliação de predição de risco validados, Protocolos baseados em evidências e
outros conhecimentos correlatos, como estruturas teóricas conceituais e operacionais que fornecem
propriedades descritivas, explicativas, preditivas e prescritivas que lhe servem de base.
Art. 3º Os diagnósticos, os resultados e os indicadores, as intervenções e ações/atividades de
enfermagem podem ser apoiadas nos Sistemas de Linguagem Padronizada de Enfermagem, em
protocolos institucionais, e com os melhores níveis de evidências científicas.
Art. 4º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes,
recorrentes e cíclicas
§ 1º Avaliação de Enfermagem – compreende a coleta de dados subjetivos
(entrevista) e objetivos (exame físico) inicial e contínua pertinentes à saúde
da pessoa, da família, coletividade e grupos especiais, realizada mediante
auxílio de técnicas (laboratorial e de imagem, testes clínicos, escalas de
avaliação validadas, protocolos institucionais e outros) para a obtenção de
informações sobre as necessidades do cuidado de Enfermagem e saúde
relevantes para a prática;

§ 2º Diagnóstico de Enfermagem – compreende a identificação de


problemas existentes, condições de vulnerabilidades ou disposições para
melhorar comportamentos de saúde. Estes representam o julgamento
clínico das informações obtidas sobre as necessidades do cuidado de
Enfermagem e saúde da pessoa, família, coletividade ou grupos especiais;
3º Planejamento de Enfermagem – compreende o
desenvolvimento de um plano assistencial direcionado para à
pessoa, família, coletividade, grupos especiais, e compartilhado
com os sujeitos do cuidado e equipe de Enfermagem e saúde.
Deverá envolver:
I – Priorização de Diagnósticos de Enfermagem;
II – Determinação de resultados (quantitativos e/ou qualitativos)
esperados e exequíveis de enfermagem e de saúde;
III – Tomada de decisão terapêutica, declarada pela prescrição
de enfermagem das intervenções, ações/atividades e
protocolos assistenciais.
4º Implementação de Enfermagem – compreende a realização das intervenções, ações e
atividades previstas no planejamento assistencial, pela equipe de enfermagem, respeitando as
resoluções/pareceres do Conselho Federal e Conselhos Regionais de Enfermagem quanto a
competência técnica de cada profissional, por meio da colaboração e comunicação contínua,
inclusive com a checagem quanto à execução da prescrição de enfermagem, e apoiados nos
seguintes padrões:
I – Padrões de cuidados de Enfermagem: cuidados autônomos do Enfermeiro, ou seja,
prescritos pelo enfermeiro de forma independente, e realizados pelo Enfermeiro, por Técnico de
enfermagem ou por Auxiliar de Enfermagem, observadas as competências técnicas de cada
profissional e os preceitos legais da profissão;
II – Padrões de cuidados Interprofissionais: cuidados colaborativos com as demais profissões
de saúde;
III – Padrões de cuidados em Programas de Saúde: cuidados advindos de protocolos
assistenciais, tais como prescrição de medicamentos padronizados nos programas de saúde
pública e em rotina aprovada pela instituição, bem como a solicitação de exames de rotina e
complementares.
5º Evolução de Enfermagem – compreende a avaliação dos resultados
alcançados de enfermagem e saúde da pessoa, família, coletividade e
grupos especiais. Esta etapa permite a análise e a revisão de todo o
Processo de Enfermagem.

Art. 5º A consulta de Enfermagem deve ser organizada e registrada


conforme as etapas do Processo de Enfermagem.

Art. 6º Ao enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de


junho de 1986, e do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, no
processo de enfermagem cabe-lhe privativamente o Diagnóstico de
Enfermagem e a Prescrição de Enfermagem.

Art. 7º Os Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, em conformidade com o


disposto na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e do Decreto 94.406, de
08 de junho de 1987, que a regulamenta, participam do Processo de
Enfermagem, com Anotações de Enfermagem, bem como na
implementação dos cuidados prescritos e sua checagem, sob a
supervisão e orientação do Enfermeiro.
Art. 8º A documentação do Processo de Enfermagem deve ser realizada pelos
membros da equipe formalmente no prontuário do paciente, físico ou eletrônico,
cabendo ao Enfermeiro o registro de todas as suas etapas, e aos membros da
equipe de enfermagem a Anotação de Enfermagem, a checagem da prescrição e a
documentação de outros registros próprios da enfermagem.

Art. 9º Os profissionais de enfermagem bem como as instituições de saúde devem


buscar os meios necessários para a capacitação/qualificação na utilização do
Processo de Enfermagem.

Art. 10º Na Educação Permanente em Saúde e Enfermagem e na formação de


profissionais em nível médio, graduação e pós-graduação devem ser contempladas
temáticas que favoreçam a qualificação dos profissionais para a implementação do
Processo de Enfermagem.
Art. 11º Os profissionais de enfermagem devem empenhar-se para a
criação de políticas institucionais de incorporação de resultados de
pesquisas acerca do Processo de Enfermagem e suas etapas na prática, se
corresponsabilizando no processo de translação de conhecimento.
Art. 12º Compete ao Conselho Federal de Enfermagem e aos Conselhos
Regionais de Enfermagem, a fiscalização do Processo de Enfermagem na
prática profissional, no que se refere ao cumprimento desta Resolução.
Art. 13º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de
Enfermagem.
Art. 14º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,
revogando-se as disposições contrárias, em especial, a Resolução Cofen
nº 358/2009.
Referências

ALMEIDA, M. A. et al. Processo de Enfermagem na prática clínica: estudos clínicos realizados no
Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Porto Alegre: Artmed, 2011.

Barros, A.B.L. Anamnese e Exame Físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3 ed.
Porto Alegre: Artmed, 2016.

Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN 358/2009, Dispõe sobre a Sistematização
da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes,
públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras
providências. Cofen: 2009. Disponível em: < http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-
3582009_4384.html> Acesso em 27 abr. 2017.

Horta, W.A. Processo de enfermagem. São Paulo: E.P.U, 2007

Lucena, A.F.; Almeida, M.A. Classificações de enfermagem NANDA-I, NIC e NOC NO Processo de
enfermagem. In: Lucena, A.F.; Silva ,E.R.R. Diagnósticos de enfermagem com base em sinais e
sintomas. Porto Alegre: Artmed, 2011.

NANDA Internacional. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2015-
2017. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

Tannure, M.C.; Pinheiro, A.M. Semiologia: bases clínicas para o processo de enfermagem. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

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Os slides referentes às aula de Teorias de Enfermagem
e processo de enfermagem estão disponíveis em:
http://wp.ufpel.edu.br/francielefrc/

Para me contatar: franciele.cordeiro@ufpel.edu.br

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