Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
No vídeo que você irá assistir, procure identificar a resposta para esta pergunta, a partir da
contextualização realizada pela da profa. Telma Ribeiro pesquisadora sobre a temática.
Então, após esta explicação responda outro questionamento: “É possível em uma instituição de
saúde existir o Processo de Enfermagem e suas etapas, sem a SAE?”
Pelo que acabamos de ver no vídeo isso não é possível, não é verdade? Afinal, a SAE é a
organização dos serviços de enfermagem, com recursos humanos, tecnológicos, materiais e de
infraestrutura para que a assistência de enfermagem ocorra. Quando a SAE não está
estabelecida na instituição de saúde, não é possível a implementação das etapas do Processo
de Enfermagem. Por exemplo, como vou realizar o planejamento da assistência de enfermagem
para uma criança em estado crítico, se não tenho os recursos materiais e humanos para que isso
aconteça? Por exemplo: em uma unidade de cuidados críticos é preciso enfermeiros
especializados, equipe de enfermagem com dimensionamento de pessoal suficiente,
equipamentos, materiais, para que o atendimento seja realizado com qualidade.
Agora que você compreendeu a diferença entre SAE e Processo de Enfermagem, podemos
explorar esta temática na nossa área pediátrica. Vamos contextualizar a SAE e as etapas do
Processo de Enfermagem e discutir a realidade da SAE na área pediátrica, assim como seus
desafios. A importância desta temática está na busca da identidade do profissional enfermeiro.
A SAE foi instituída no século XIX por Florence Nightingale, quando organizou o serviço
de enfermagem durante a Guerra da Crimeia. Seu legado desde daquela época é reverenciado
na Enfermagem mundial.
1
Aula Processo de Enfermagem em Pediatria
prestado junto ao paciente, família e equipe de enfermagem. Isso é muito importante para que
o profissional tenha a segurança da sua expertise, evitando assumir papéis que não lhe compete
ou de ficarem enraizados em conceitos históricos da profissão baseado na prática vocacional e
do modelo biomédico.
Espero que até aqui você tenha entendido que para conseguirmos realizar as etapas do
Processo de Enfermagem, é preciso que a SAE seja implementada nos serviços de saúde.
2
Aula Processo de Enfermagem em Pediatria
contexto pediátrico; uma maior produção científica sobre a temática na área da Enfermagem na
Saúde da Criança; serviços pediátricos que tenham todas as etapas do processo de enfermagem
implementadas e que realizem e incentivem a educação permanente dos enfermeiros.
Hiperlink: http://bdtd.biblioteca.ufpb.br/handle/tede/5171
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-14472013000300008&script=sci_arttext
A teoria de Paterson e Zderad está classificada como uma teoria de interação, tem no
seu constructo a enfermagem humanística, o existencialismo e a fenomenologia. No hiperlink
abaixo, você terá acesso a alguns artigos que utilizaram a teoria humanística de interação, nos
estudos na área pediátrica.
Hiperlink: http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/interao-entre-
enfermeiro-e-famlia-do-recm-nascido-em-terapia-intensiva-humanizao-do-cuidado-9771
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v43n3/a20v43n3
http://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/43045123/127720493015.pdf?A
WSAccessKeyId=AKIAJ56TQJRTWSMTNPEA&Expires=1469980677&Signature=AiaGlEOAjY8L0w
4jE2FEgtj1LJw%3D&response-content-
disposition=inline%3B%20filename%3DUtilizacao_da_teoria_humanistica_de_Pate.pdf
A teoria de Calista Roy está classificada na teoria de Sistemas, ela discute os modelos de
adaptação, os mecanismos de enfrentamento e respostas de retroalimentação. Na literatura
encontramos artigos, que utilizaram esta teoria para fundamentar a assistência as crianças
cardiopatas, oncológicas e suas famílias, devido as mudanças que ocorrem durante o processo
de saúde e doença e a necessidade de adaptações constantes, neste contexto.
3
Aula Processo de Enfermagem em Pediatria
Hiperlink: http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/viewArticle/7315
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/83747
http://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/40595/0
Hiperlink: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13989
http://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/302
Caso 1: Escolar com quadro de fratura do braço esquerdo, devido queda do skate, deu
entrada no PSI acompanhado dos pais. Relata dor aguda e perda da sensibilidade da
extremidade.
Diante deste caso podemos perceber alguns pontos importantes, que foram destacados
no texto. Não podemos esquecer que dependendo da gravidade do caso e do setor em que a
criança se encontra, temos prioridades de atendimento e de investigação a serem feitas. Então,
no caso 1 a prioridade é realizar questionamentos referentes aos padrões: Percepção e controle
da saúde (ex. se fez cirurgia anteriores, internações anteriores, presença de alergias, tipagem
sanguínea, imunização); Nutricional- metabólico (ex. o horário da última refeição); Eliminação
(ex se no dia apresentou diurese e evacuação e suas características); Atividade e exercício (ex se
o escolar pratica o esporte de skate ou foi a 1ª vez, se usava equipamento de proteção);
Cognitivo e percepção (ex orientação no tempo e espaço, compreensão do que aconteceu,
4
Aula Processo de Enfermagem em Pediatria
avaliação da dor); Papel relacionamento (ex quem é responsável pelo escolar, se tinha
supervisão durante a queda, qual o vínculo com os pais). Outros padrões como sono e repouso,
autopercepção, autoconhecimento, sexualidade e reprodução, enfrentamento tolerância ao
estresse e valor – crença, são muito importantes, mas na situação emergencial podem ser
questionados, após a realização dos cuidados prioritários à criança.
Outro dado investigativo importante são os exames laboratoriais, que são solicitados
pela equipe médica e coletados pela enfermagem. O enfermeiro através do resultado dos
exames pode prever complicações no estado de saúde da criança, comunicando a equipe
médica com antecedência. Saber o significado de cada exame e sua repercussão nos casos de
anormalidade é fundamental, pois auxilia o enfermeiro no planejamento da assistência à
criança. Manter uma equipe de enfermagem treinada, garante que a execução dos exames seja
realizada com eficácia.
5
Aula Processo de Enfermagem em Pediatria
Para que isso ocorra é fundamental que o enfermeiro realize todas as etapas do
processo com criticidade, buscando realizar o raciocínio clínico e avaliação dos registros e
discursos dos técnicos e auxiliares de enfermagem que compartilham os achados apresentados
na assistência à criança e sua família.
Medo; Ansiedade; Déficit para o auto cuidado; Sofrimento moral ou espiritual; Distúrbio
na imagem corporal; Comunicação verbal prejudicada entre outros das classes: conhecimento,
emocional e enfrentamento. Também no hiperlink você encontra um material de consulta sobre
a temática: http://www.seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/12803
Uma intervenção que também é realizada em adultos, mas é avaliada de modo diferente
na criança é o controle da dor. Na enfermagem pediátrica existem diferentes escalas de dor de
acordo com a fase de desenvolvimento da criança. Os diagnósticos de enfermagem
correlacionados ao controle de dor são: Dor aguda e Dor crônica. No hiperlink há um artigo que
discute a importância da equipe de enfermagem na avaliação de dor em pediatria:
http://gestaoesaude.unb.br/index.php/gestaoesaude/article/view/203/pdf_1
6
Aula Processo de Enfermagem em Pediatria
pediátrica, pois os pais ou responsáveis pela criança são os guardiões dos seus direitos e têm
respaldo legal para estarem ao lado das crianças nos atendimentos, mas este modelo vai muito
além do cumprimento legal, propõe que a família seja sujeito do cuidado da enfermagem. Os
diagnósticos de enfermagem relacionados a esta intervenção são: Disposição para maternidade
e paternidade melhorada; Disposição para enfrentamento melhorado; Paternidade ou
maternidade prejudicada; Tensão do papel de cuidador; Processo familiares interrompidos e
Manutenção do lar prejudicada, entre outros. No hiperlink você encontra referência que discute
esta temática: http://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/12890/pdf
Hiperlink: http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/21112/13938
Hiperlink: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-4292012_9263.html
Cabe ao enfermeiro decidir continuar o plano, após avaliar se houve alguma variável que
afetou a obtenção dos resultados; Modificar o plano, quando os resultados não são atingidos;
Finalizar o plano, quando os resultados são atingidos
7
Aula Processo de Enfermagem em Pediatria
A evolução histórica da SAE começa com Florence Nightingale e a partir dela surgem
outras teoristas de enfermagem.
Cada uma das 5 etapas do processo de enfermagem, tem características que precisam
ser exploradas para que o planejamento da assistência seja de qualidade.
Referências
• ALFARO-LEFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem. Porto Alegre: Artmed,
2014.
• HERDMAN, T.H. (ed). Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: Definições e
Classificação 2015/2017. Porto Alegre: Artmed, 2015. 468p.
• JARVIS, C. Exame Físico e Avaliação de Saúde para Enfermagem. 6. ed. São Paulo:
Elsevier, 2013.
• McCLOSKEY, Joanne C.; BULECHEK, Gloria M.(orgs). Classificações das Intervenções de
Enfermagem (NIC). 4 ed. São Paulo: Artmed, 2008. 988p.
• MOORHEAD, S.; JOHNSON, M.; M.A.A.S, M.L.; SWANSON, E. Classificação dos
Resultados de Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
• Links:
http://www.faema.edu.br/revistas/index.php/Revista-FAEMA/article/view/99
http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/SAE-web.pdf?platform=hootsuite