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TRABALHO DE CAMPO 2
Fevereiro, 2024
UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
Fevereiro, 2024
A Escola Nacional de Saúde Pública não se
(Charles Chaplin)
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha filha e ao meu neto, pelo apoio incansável recebido.
i
AGRADECIMENTOS
Ao departamento do Gabinete de Saúde ocupacional Dra. Sheila Cardoso, Dra. Ana Paula
Mendes e Dra. Yiudemila Alegria
A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho
ii
RESUMO
iii
ABSTRACT
DEDICATÓRIA...................................................................................................................... i
Dedico este trabalho a minha filha e ao meu neto, pelo apoio incansável recebido. ................ i
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................... ii
ABSTRACT ......................................................................................................................... iv
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................1
3. OBJETIVOS ................................................................................................................ 23
.......................................................................................................................................... 29
6. DISCUSSÃO ............................................................................................................... 33
7. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 34
8. RECOMENDAÇÕES ................................................................................................... 35
Sendo a TAAG uma grande empresa estatal com serviços de saúde ocupacional em
fase inicial, despertou o interesse em realizar um estudo do género nos trabalhadores,
com o intuito de contribuir para a reflexão em torno da melhoria das condições de
trabalho e consequentemente contribuir para a prevenção das raquialgias.
Visto que no nosso meio existem poucos estudos disponíveis deste género,
propusemo-nos realizar o presente estudo para produzir conhecimento em relação a
1
sua magnitude e, que seja útil na elaboração de medidas preventivas que possam
beneficiar o trabalhador, as empresas e a sociedade em geral.
2
ENQUADRAMENTO TEÓRICO
Outro aspeto importante, diz respeito às várias regiões do corpo afetadas por estes
distúrbios. Estes afetam tanto os músculos, como os tendões e os nervos dos
membros, sobretudo os dos superiores, mas também podem surgir noutras regiões
como pescoço e tronco, evoluindo para inflamações crónicas com consequências
funcionais (Buckle e Devereux, 2002; Maeno et al., 2001; Przysiezny, 2000;
Serranheira et al., 2008; Uva et al., 2008).
As LMELT podem ser agrupadas de acordo com a estrutura afetada, sendo tendinites
ou Tenossinovites (lesões localizadas ao nível dos tendões e bainhas tendinosas, por
exempla tendinite do punho, a tendinite da cabeça longa do músculo bíceps, a
tendinite do músculo supra espinhoso, a epicondilite); síndromes canaliculares (lesão
de um nervo; por exemplo, Síndrome do Túnel Cárpico); raquialgias (lesão
osteoarticular e/ou muscular ao longo de toda a coluna vertebral ou apenas numa
parte desta) e síndromes neuro vasculares (lesão nervosa e vascular em simultâneo)
(Przysiezny, 2000; Uva et al., 2008).
3
O primeiro relato de LMELT foi descrito por Bernardino Ramazzini. No entanto, atualmente,
existem diversas nomenclaturas para nomear estas condições, como Occupational
Cervicobrachial Disorder, no Japão; Repetitive Strain Injuries na Inglaterra e Austrália;
Cumulative Trauma Disorders, nos Estados Unidos e Doenças Osteomusculares
Relacionadas com o Trabalho (DORT) no Brasil (Gonzalez et al., 2008; Mozzini et al., 2008;
Przysiezny, 2000; Tyrer, 1999). As LMELT não têm origem, exclusivamente em movimentos
repetitivos, mas também em posturas extremas prolongadas, na sobrecarga muscular
estática, no excesso de força, nas temperaturas extremas, na utilização de instrumentos
vibratórios ou, muitas vezes, sem a presença de qualquer um destes requisitos,
predominando a presença de outros factores, nomeadamente os factores individuais e/ou
factores organizacionais/psicossociais (Cole et al., 2005; Lieber et al., 2000; Serranheira et
al., 2007; Tyrer, 1999; Uva et al., 2008). Os efeitos destes fatores dependem da sua
duração, frequência e intensidade (magnitude) (Li e Robbins, 1999). Por exemplo, assumir
a posição de sentado por períodos de tempo longos, em posições fixas e incorretas, terá
como consequência o aumento do stress biomecânico da coluna, pescoço e membros
superiores (Pillastrini et al., 2007).
Segundo Serranheira et al. (2005), nas duas últimas décadas do Século XX, as LMELT
adquiriram nos Estados Unidos, na Europa e no mundo em geral, uma importância
considerável. Este tipo de lesões destaca-se como um dos maiores problemas de
saúde pública da atualidade, devido ao custo e ao impacto na qualidade de vida das
pessoas, sendo das maiores causas de limitação funcional da população adulta
(Abasólo et al., 2005; Melzer, 2008; Miranda et al., 2003; Monteiro et al., 2006;
Serranheira et al., 2005; Serranheira e Uva, 2008; Walsh et al., 2004). Estas lesões
são responsáveis pela maior parte dos afastamentos do trabalho e pelos custos com
pagamentos de indemnizações na maior parte dos países industrializados. Além dos
gastos com o absentismo, indemnizações, tratamentos e processos de regresso ao
trabalho ou reintegração ao trabalho, a descriminação também é um aspeto relevante
(Buckle e Devereux, 2002; Walsh et al., 2004).
4
produtividade do negócio e para a capacidade dos sistemas de saúde e segurança
social.
Existem várias estratégias para lidar com este tipo de lesões, nomeadamente,
estratégias envolvendo legislação, gestão de riscos, ergonomia, prevenção e
educação. O número médio de dias de falta ao trabalho por causa das LMELT é o
triplo do número médio de dias de trabalho perdidos para todos os outros tipos lesões
associadas ao trabalho, e o total de custos diretos e indiretos para a sociedade foi
estimado em 1 trilião de dólares em 1995.
De acordo com Costa et al. (1999), ao contrário do que seria de esperar, a relação
entre trabalho e as lesões músculo-esqueléticas não é uma relação recente. Tal
relação foi assinalada há 100 anos em trabalhos que associavam a atividade laboral e
o risco acrescido de aparecimento das tendinites. Numa análise retrospetiva
conseguiu-se demonstrar que o risco de tendinite do punho e mão aumenta 29 vezes
em trabalhos cuja atividade implique movimentos repetitivos e forçados, em
comparação com outros trabalhadores cuja profissão não envolva tais movimentos.
5
França e Austrália. A incidência é maior entre os trabalhadores jovens, prevalecendo
entre os 20 e 39 anos, em virtude de as pessoas iniciarem as suas atividades
profissionais mais cedo (Walsh et al., 2004).
De acordo com Uva et al. (2008), um fator de risco é algo inerente ao trabalho, e que
pode provocar um efeito adverso (negativo), por exemplo nos tendões (tendinites).
A exposição ao fator de risco pode causar (ou não) doença ou lesão, dependendo de
vários outros fatores adicionais. Por exemplo, usar um alicate em que se aplica força
não significa obrigatoriamente que se venha a desenvolver uma lesão ou uma doença.
No entanto, se a utilização for prolongada (por exemplo, quatro ou mais horas diárias),
a probabilidade de vir a desenvolver uma doença ou lesão aumenta. Ou ainda, se a
utilização do alicate exigir uma posição esforçada da mão, a probabilidade de
desenvolver lesão pode aumentar. Na origem das diversas lesões destacam-se a
repetição de movimentos, a insistência de posturas incorretas, o esforço físico
despendido, o levantamento de cargas, a invariabilidade de tarefas, a pressão
mecânica sobre determinados segmentos corporais, em particular dos membros
superiores, o trabalho muscular estático, as percussões ou impactos com as mãos; as
6
vibrações; as baixas temperaturas, os vários factores organizacionais e os diversos
aspetos de natureza psicossocial (Li e Robens, 1999; Piligian et al., 2000; Uva et al.,
2008).
- factores de risco relacionados com a atividade (factores de risco com origem nos
meios ou processos de realização da atividade de trabalho), insuficientemente
valorizados pelas organizações;
Nos factores de risco relacionados a atividade o risco será sempre aumentado com a
frequência e a aplicação de força, visto que, quanto maior for a força exercida ao
realizar uma atividade ex: operadores de máquina, maior a probabilidade de
desenvolver LMELT devido a pressão sobre os músculos envolvidos para realizar tal
atividade. Deste modo as forças exercidas nas tarefas ocupacionais podem ser
diretamente afetadas pelo peso dos objetos manuseados, pela maneira como
equipamento/ferramentas será manuseado e as características de fricção entre as
7
superfícies tocadas e a pele, outro bom exemplo que indica que a frequência com que
realizamos determinada tarefa poderá ser um fator de risco e uso do mouse do
computador que apesar de não ter um pesosignificativo costuma ser uma das
principais causas de LMELT em trabalhadores administrativos. (Uva et al., 2008).
De acordo com Miranda et al. (2003), a repetição (gestos e/ou movimentos) é sem
dúvida um dos principais fatores desencadeantes de lesões músculo-esqueléticas. A
repetição de tarefas existe quando ocorre a realização de movimentos idênticos mais
de duas a quatro vezes por minuto, acima de 50% do tempo de ciclo de trabalho, em
ciclos de duração inferior a trinta segundos ou realizados durante mais de quatro
horas, no total de um dia de trabalho (Serranheira e Uva, 2006; Serranheira et al.,
2008). Avaliar se o trabalho é repetitivo exige saber se existem ciclos de trabalho ou
tarefas em linhas de produção onde se utilizem, por exemplo, movimentos idênticos,
posturas ou aplicações de força com as mesmas regiões anatómicas (ex.: os braços e
as mãos).
Em suma, a invariabilidade gestual também pode ser um fator de risco de LMELT (Uva
et al., 2008). A postura bípede humana pode ser definida como a organização de
segmentos corporais que cada indivíduo faz para garantir equilíbrio entre músculos e
ossos com capacidade para proteger as demais estruturas do corpo humano de
traumatismos e promover coordenação para as diversas necessidades de movimento
(Falcão et al., 2007; Serranheira et al., 2008).
Segundo Falcão et al. (2007), para a postura ser considerada normal, deve haver
ausência de forças assimétricas sobre os segmentos corporais e, consequentemente,
inexistência de dor. A exposição a vibrações é igualmente um fator de risco de LMELT
que está frequentemente associado à utilização de ferramentas elétricas ou
pneumáticas.
8
Quanto maior a força aplicada sobre a ferramenta, mais facilitada é a transmissão de
vibrações ao sistema mão-braço (Uva et al., 2008). Por fim, as temperaturas extremas
(elevadas ou baixas) também poderão ser consideradas um fator de risco para a
LMELT.
b) Factores individuais
10
2.3. Fisiopatologia das LMELT
As LMELT caracterizam-se por sintomas como a dor (a maior parte das vezes
localizada, mas que pode irradiar para diversas áreas corporais); parestesias na área
afetada ou em áreas próximas; sensação de peso; fadiga ou desconforto localizado;
sensação de perda ou mesmo perda de força. (Cole et al., 2005; Uva et al., 2008).
11
2.4. Raquialgias: descrição e caracterização
12
abordagem que tem permitido ao profissional de saúde chegar às causas da doença e
estabelecer tratamento e medidas preventivas eficazes (Mostafa, 2000).
13
acontecendo que em todos eles prevalece um conjunto elevadíssimo de mitos
relativos à forma como devem ser manipulados os estados de dor e as idiossincrasias
posturais mais singulares (Coelho et al., 2005). Ao considerarmos que a ―postura‖
pode ser trabalhada, devemos ter em conta a necessidade de realização de uma
reeducação postural para reequilibrar os desalinhamentos gerados; pois, é certo que
as alterações posturais são reequilibrar veis, mesmo que as deformidades vigentes
sejam do tipo estrutural. (Coelho et al., 2005).
Segundo estudos que têm vindo a ser realizados o número de invalidez por
raquialgias tem aumentado, de forma exponencial, nos países industrializados,
assumindo contornos de cronicidade (Vieira & Kumar, 2004).
A identificação dos fatores de risco das raquialgias não é fácil e menos fácil ainda é a
compreensão da interação entre esses fatores. O que é decisivo para o aparecimento
da lesão é a existência de um desequilíbrio entre as solicitações do trabalho e as
capacidades do indivíduo, quando não se respeitam os intervalos de descanso e
recuperação do nosso corpo (Uva et al., 2008).
14
Esta sistematização constitui um contributo fundamental para a compreensão dos
sistemas de trabalho e para o desenvolvimento dos sistemas de prevenção das
raquialgias (Serranheira et al., 2008). As lesões resultam consequentemente de um
desequilíbrio, sem necessários intervalos de recuperação, entre as solicitações
biomecânicas e as capacidades funcionais do trabalhador, uma vez que os intervalos
de recuperação necessários são insuficientes ou inexistentes (Serranheira e Uva,
2007).
15
Para a maioria das mulheres, esta dicotomia associada à participação substancial nas
tarefas domésticas conduz com frequência a sobrecarga física e reduz a
oportunidades de recuperação após a jornada de trabalho, constituindo mais um
contributo para aumentar a suscetibilidade das mulheres às raquialgias (Serranheira et
al., 2005). No geral a capacidade física de trabalho é inferior no sexo feminino, o que
implica uma carga de trabalho acrescida para as mulheres quando se encontram em
postos de trabalho semelhantes aos dos homens e consequentemente um risco
acrescido (Lieber et al., 2000).
16
2.11. Factores de risco organizacionais e psicossociais
Para além dos factores de risco mencionados anteriormente, existem outros cujo
controlo é fundamental, nomeadamente os factores de natureza organizacional e
psicossocial. Estes factores de risco presentes no contexto do trabalho, embora sejam
também factores de risco profissionais, são frequentemente perspectivados de forma
distinta (Serranheira et al., 2005). Como fatores de risco psicossociais apontam-se
aspectos como por exemplo o trabalho monótono, a supervisão, a colaboração entre
os trabalhadores e a satisfação no trabalho. Entre os fatores organizacionais do
trabalho incluem-se as horas extras, períodos prolongados de trabalho, ausência ou
insuficientes intervalos de descanso, não rotatividade nas tarefas, exigências de
produtividade (Ranney, 2000).
17
2.12. Prevenção
A prevenção das raquialgias consiste num modelo de gestão do risco que integra as
principais componentes (Uva et al., 2008): a) Análise do trabalho b) Avaliação do risco
18
adequadas a combater os riscos, vigiar a saúde dos trabalhadores, disponibiliza
informação e formação adequadas, de modo a permitir que o trabalhadores se tornem
agente ativo dessa prevenção e, finalmente, implica a reavaliação da eficácia das
alterações introduzidas.
19
2.13. Prevenção das LMELT – Diagnóstico e gestão de risco na “perspetiva
ergonómica”
20
trabalho à exigência do mesmo, avalia os problemas, os riscos e a satisfação; adapta
o ambiente e as tarefas a serem executadas ao trabalhador.
Pode fornecer o ponto de partida para avaliar se uma lesão está, ou não, relacionada
com o trabalho (Célia e Alexandre, 2004; Larotonda et al., 1999). Atualmente, a
ergonomia é chamada a intervir em situações cujas problemáticas variam desde a
concepção de salas de controlo extremamente automatizadas, até questões referentes
ao trabalho manual, passando por queixas relacionadas com o ambiente físico de
trabalho (Warming, 2009).
21
PERGUNTAS DE INVESTIGAÇÃO
2. Estes trabalhadores possuem algum factor de risco que pode debilitar o seu estado de
saúde e aumentar a predisposição para a LPLT?
22
3. OBJETIVOS
23
4. DELINEAMENTO METODOLÓGICO
Característica 1. Masculino
Sexo Nominal
biológica do
indivíduo 2. Feminino
Tempo em
anos
Média, Desvio pdrão,
completos
Médiana, Máximo e
Idade Numérica desde a
Mínimo.
nascença até a
data actual.
cabeça em kg
24
Nominal Membro 1. Direito
Membro superior
habitual que 2. Esquerdo
dominante
executa as
actividades
Nominal Tipo de
Tipo de trabalho
trabalhado
executado
voluntária
Nominal Uso de tabaco Sim
Uso de tabaco
Não
25
Tratamento de Nominal Tratamento Sim
reabilitação fisioterápico Não
iniciou a
trabalhar
Nominal Sim
Necessidade
de Não
Necessidade de hospitalização
por conta da
hospitalização
dor
Nominal
Necessidade
Sim
de redução
Necessidade de redução intesidade Não
da actividade actividade por
conta da dor
26
Necessidade
Sim
Necessidade de de
Nominal Não
atendimento por um atendimento
últimos 12M
por lombalgia
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
27
4.6. Métodos de armazenamento e tratamento dos dados:
28
5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
29
Quanto a função, 53,3% dos trabalhadores deste sector exercem a função de contabilista,
enquanto os despachantes e secretários têm uma representatividade de 6,7% cada. Os
trabalhadores responsáveis pelas operações estão frequentemente expostos a fatores de
riscos importantes de raquialgias tais como o levantamento de cargas e têm uma
representatividade na amostra de 20%.
30
Quanto ao estado de saúde dos trabalhadores, cerca de 86,7% dos trabalhadores
realizam alguma atividade física voluntária enquanto 13,3% não realizam atividade
física. Em relação ao consumo de álcool, cerca de 40% dos trabalhadores consomem,
enquanto 60% não consomem. Em relação ao uso do tabaco, 1,3% alegaram ser
usuários e 86,7% não. Quanto ao consumo de café, apenas 26,7% alegaram fazer
consumo habitual do café. Em relação a presença de doença crônica, cerca de 20%
têm alguma doença crônica, nomeadamente a HTA, não referindo outra patologia
crônica. Em relação ao tratamento de reabilitação, nenhum dos participantes referiu
estar sob tratamento de reabilitação. Quanto à visita ao médico nos últimos 12 meses
cerca de 86,7% referiram terem visitado o médico, As consultas realizadas foram de
clínica geral (10), oftalmologia (2) e ortopedia (1).
Actividades Resposta N %
Sim 13 86,7
Realizar actividade física
Não 2 13,3
Sim 6 40
Cons. Álcool
Não 9 60
Sim 2 13,3
Fuma
Não 13 86,7
Sim 4 26,7
Uso habit de café
Não 11 73,3
Sim 3 20
Tem doença crônica
Não 12 80
Sim 0 0
Faz tto de reabilitação
Não 15 100
Sim 13 86,7
Real.Cons Médica (12M)
Não 2 13,3
31
Em relação a dor, 60% da amostra referiram ter tido algum episódio de lombalgia, ao
contrário dos 40%. Dos trabalhadores que já experimentaram algum episódio de
lombalgia (n=9), nenhum necessitou de hospitalização nem mudança de trabalho por
conta da dor lombar. Em relação a necessidade de mudança de posto 11% (n=1)
necessitou de mudar de posto por conta da dor lombar. Quanto à intensidade da dor,
77,8% tinham dor leve, enquanto 11,1% tinham dor moderada e outros 11,1% (n=1)
tinham dor intensa (n=1). Em relação a necessidade de atendimento médico, nenhum
deles necessitou de atendimento médico por conta da dor. Em relação à presença da
dor nos últimos 7 dias, cerca de 86,7% referiram ter tido quadro de dor lombar nos
últimos 7 dias.
Actividades Resposta N %
Sim 9 60
Teve dor lombar
Não 6 40
Sim 0 0
Foi hospitalizado (n=9)
Não 9 100
Sim 0 0,0
Nec. de mudar de W pela dor? (n=9)
Não 9 100,0
Sim 1 11,1
Nec. De mudar de posto (n=9)
Não 8 93,7
Leve 7 77,8
Intensa 1 11,1
Sim 0 0
Nec. De atendimento médico (n=9)
Não 9 100
Sim 9 100
Lombalgia nos últ. 7 dias (n=9)
Não 0 0
32
6. DISCUSSÃO
Apesar das queixas sobre raquialgias da região lombar ser muito frequente em nosso
meio, não foi encontrado em nehuma base de dados estudos publicados no nosso
meio e particularmente na TAAG sobre raquialgias da região lombar o que certamente
limitou a possibilidade de comparação com outros estudos.
33
7. CONCLUSÃO
Podemos concluir que a maior parte dos trabalhadores apresentam queixas no que
tange as raquilgias, com especial enfoque as lombalgias. A maior relataram apenas
dor leve e um numero reduzido dor intermédia e apenas 1 com dor intensa. A maior
parte dos profissionais não procuram atendimento médico a apesar das queixas e
existe um número reduzido (um profissional) mudou ocupação devido a dor.
34
8. RECOMENDAÇÕES
Que seja feito uma análise ergonómica da actividade habitual neste posto de trabalho
com o objectivo de identificar os principais factores de riscos para LMELT, aplicação de
medidas de melhoria contínua;
35
9. PROTOCOLO DE VILÂNCIA DA SAÚDE PARA PREVENÇÃO DE
RAQUIALGIAS DA REGIÃO LOMBAR NOS TRABALHADORES DA TAAG
9.1. Introdução
36
9.2. Exames médicos
37
9.4. Hábitos profissionais e pessoais
Neste capítulo visa a identificar a exposição não profissional a fatores de riscos para
raquialgias tais como: Prática de desporto, trabalho extra e trabalho doméstico com
exposição a fatores de riscos para raquialgias da região lombar.
Pesquisar por doenças familiares que podem causar e/ou aumentar a suscetibilidade
para raquialgias da região lombar.
9.7. Anamnese
Para a vigilância médica das raquialgias da região lombar serão feitos os seguintes
exames: Exames hematológicos, imagiológicos, audiometria, visioteste, e o ECG para
os trabalhadores com idade superior a 40 anos.
38
9.10. Formação e informação
39
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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