Você está na página 1de 31

SAÚDE DO TRABALHADOR

ERGONOMIA, DOENÇAS OCUPACIONAIS E FISIOTERAPIA NAS EMPRESAS

Isabella F. Garcia Andrade – RA: N21829-0


O QUE É
ERGONOMIA?
DEFINIÇÃO

Segundo a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO), ergonomia pode ser definida


como:

“O ESTUDO DA ADAPTAÇÃO DO TRABALHO ÀS CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS E


PSICOLÓGICAS DO SER HUMANO.”

Outras definições:

“ESTUDO DO RELACIONAMENTO DO HOMEM E O SEU TRABALHO, EQUIPAMENTO E AMBIENTE.”

 Promover QUALIDADE, CONFORTO, SEGURANÇA e EFICIÊNCIA.

ADEQUAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO EM RELAÇÃO AO


TRABALHADOR
ERGONOM
IA
OBJETIVOS DA ERGONOMIA NO AMBIENTE DE TRABALHO

Prevenção e redução dos riscos nas atividades laborais, buscando conservar a integridade
física e mental no ambiente laboral, acarretando melhoras na qualidade de vida dos
colaboradores.

 Prevenir acidentes de trabalho; DA PRODUTIVIDADE

 Prevenir doenças ocupacionais; DE CUSTOS


 Diminuir riscos;
DO ABSENTEÍSMO
 Corrigir erros;
 Aumentar o conforto laboral; DO TURNOVER

 Melhorar a qualidade de vida no trabalho. DA MOTIVAÇÃO


APLICABILIDADE DA ERGONOMIA NO AMBIENTE DE
TRABALHO
TIPOS DE ABORDAGENS
ERGONÔMICAS

ABORDAGEM QUANTO A ABRANGÊNCIA ABORDAGEM QUANTO A CONTRIBUIÇÃO

 Ergonomia de sistemas de produção:  Ergonomia de Concepção


- Abordagem Macroergonômica
 Ergonomia do Correção
 Ergonomia do posto de trabalho:
- Abordagem Microergonômica  Ergonomia de Conscientização

 Ergonomia Participativa
APLICABILIDADE DA ERGONOMIA NO AMBIENTE DE
TRABALHO
ABORDAGEM QUANTO À
ABRANGÊNCIA

 Ergonomia de sistemas de produção:


 Abordagem Microergonômica
• Abordagem Macroergonômica

 Associada ao posto de trabalho individual


 Grandes sistemas de produção dentro do trabalhador;
da empresa;
 Considera o homem e o seu local de
 Atuação de vários empregados numa trabalho (como ele se comportará no posto
mesma interface; em relação à ergonomia).

 Tarefas repetitivas.
APLICABILIDADE DA ERGONOMIA NO AMBIENTE DE
TRABALHO
ABORDAGEM QUANTO À
CONTRIBUIÇÃO
Ergonomia de Concepção Ergonomia do Correção

Interfere no projeto do posto de


Modifica os elementos parciais já
trabalho, no maquinário e sistema
existentes no posto de trabalho.
de produção.

Ergonomia de Conscientização Ergonomia Participativa

Consiste no conhecimento da
Incentiva e ensina o trabalhador a ergonomia por todos os
fazer o uso correto do seu posto trabalhadores dentro dos seus
de trabalho. postos de trabalho.
CARACTERÍSTICAS E EXIGÊNCIAS DO
TRABALHO
TRABALHADOR, FIQUE ATENTO!!!

 Conforto e saúde! O trabalhador precisa se sentir confortável.


 Evitar posturas fixas (estáticas) e extremas;
 Projetar a flexibilidade = espaços mais amplos para melhor locomoção e troca de
posturas;
 Não ficar sentado por longos períodos em posições desfavorecidas;
 Manter a simetria do corpo;
 Evitar pressões localizadas;
 Necessidade de pausas;
 Promover a Ergonomia de Conscientização.
NORMA REGULAMENTADORA:
NR-17
Originalmente editada em 08 de junho de 1978 regulamentando os artigos 175, 176,
178, 198 e 199 da CLT;

 Estabelece referências sobre as condutas que o trabalhador deve seguir para


preservação
da segurança e saúde;

Estabelece parâmetros que permitam a adaptação das


condições de trabalho para proporcionar conforto,
segurança e desempenho.

https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-17-nr-17

 ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 07 de outubro de 2021


NORMA REGULAMENTADORA:
NR-17
PARÂMETROS

1. LEVANTAMENTO, TRANSPORTE E DESCARGA DE MATERIAIS;


2. MOBILIÁRIO;
3. EQUIPAMENTOS;
4. CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO POSTO DE TRABALHO;
5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO;

ANEXO I – TRABALHO DOS OPERADORES DE CHEKOUTS


ANEXO II – TRABALHO DE TELEATENDIMENTO
LEIS
TRABALHISTAS
 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Art. 42. ”A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será
devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á
paga enquanto permanecer nesta condição.”

 ACIDENTE DE TRABALHO
Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art.
11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho".

 AFASTAMENTO POR DOENÇA OU ACIDENTE DE TRABALHO


Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943 - Art. 476 (CLT): ‘’Em caso de seguro-doença ou auxílio
enfermidade o empregado é considerado em licença não remunerada, durante o prazo do benefício.’’
LER E
DORT
LER E
DORT
DEFINIÇÃO DE LER E
DORT

LER: Lesões por Esforços Repetitivos;

DORT: Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao


Trabalho;

Síndrome relacionada ao trabalho que se caracteriza pelo


surgimento de vários sintomas simultâneos ou não;

Ocorrem por nas estruturas mais


EM 2019, QUASE 39 MIL
utilizadas SOBRECARGA FALTA de para
TRABALHADORES
recuperação;
pelos funcionários e tempo
FORAM AFASTADOS
POR DISTÚRBIOS
As LER/DORTs são causas de afastamento temporário
OCUPACIONAIS
nas empresas. Secretaria Especial de Previdência e Trabalho
LER E
DORT
FATORES QUE PODEM CAUSAR LER/DORT

 São causas multifatoriais;

 Fatores biomecânicos, psicossociais, administrativos e outros.

BIOMECÂNICOS PSICOSSOCIAIS

Posturas inadequadas Cobranças e exigências

Cargas osteomusculares Baixo relacionamento em


equipe
Atividades repetitivas Falta de criatividade em
produção
Cargas estáticas Competitividade

Invariabilidade de tarefa Estresse no ambiente de


trabalho
LER E
DORT
PRINCIPAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS

TENDINITES

 Processo inflamatório dos tendões  associado a lesão por movimentos repetitivos e


esforços de grande magnitude;

Quadro clínico: dor irradiada, formigamento, dor ao movimento, diminuição de


força, dificuldade para movimentos finos; inchaço no local.

 Ocupações causais: Digitadores, Atendentes de Telemarketing, Secretárias.

Testes especiais: Apley de Coçar; Jobe;


Yergason.
LER E
DORT
PRINCIPAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS

TENOSSINOVITE DE DeQUERVAIN

 Inflamação dos tendões Abdutor Longo e Extensor Curto do punho (piora ao desvio
ulnar).

 Quadro clínico: dor no polegar e punho que irradia para o antebraço, inchaço, sensação
de resistência durante o movimento.

Ocupações causais: costureiras; cozinheiros,


operadores de caixas de supermercados

 Testes especiais: Teste de Filkenstein


LER E
DORT
PRINCIPAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS

SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO

Causada pela compressão do plexo braquial, artéria subclávia e veia subclávia na região do
desfiladeiro torácico.

 Quadro clínico: fraqueza, adormecimento, parestesia e dor no membro superior


acometido.
Pode apresentar edema e dor intensa; frialdade do membro e palidez.

Ocupações causais: trabalhadores que permaneçam com os braços muito tempo


levantados ou realizam extensão pronunciada do membro.

Testes especiais: Manobra de Elvey,


Manobra de Adson e Teste de Ross.
LER E
DORT
PRINCIPAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS

SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

 Neuropatia resultante da compressão do nervo mediano no canal do carpo.

 Quadro clínico: formigamento, dor à flexão do punho, diminuição da força muscular.

 Ocupações causais: Digitadores, músicos, secretárias.


 Testes especiais: Teste de Phalen, Sinal de Tínel.
LER E
DORT
PRINCIPAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS

CERVICALGIAS

Dor na região do pescoço que pode ser decorrente de desordem mecânica, fatores
posturais e ergonômicos ou do excesso de sobrecarga dos membros superiores.

Quadro clínico: Espasmos musculares (regiões cervical e supraescapulares), diminuição da


ADM, dor, sensação de peso nos ombros, cefaleia, formigamento irradiado, fraqueza
muscular.

 Ocupações causais: Cirurgiões, dentistas.

 Testes especiais: Teste de Spurling de Compressão de Forame.

OBS: Cervicobraquialgia = dor cervical com irradiação para membro superior, normalmente
devido à compressão da raiz nervosa proveniente da região cervical sub-axial.
LER E
DORT
PRINCIPAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS

LOMBALGIAS

 Dor na região lombar que pode ser decorrente de fatores posturais e ergonômicos
ou fraturas, hérnias de disco na região.

 Quadro clínico: dor, diminuição da ADM em flexão, formigamento e espasmos musculares.

 Ocupações causais: Trabalhadores que permanecem por muito tempo sentados ou em pé


em más posturas.

 Testes especiais: Teste de Laségue, Manobra de Valsalva

OBS: Lombociatalgia = dor lombar com irradiação para membro inferior


LER E
DORT
TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO

• IDENTIFICAR AS FASES DO PROCESSO INFLAMATÓRIO;


• REPOUSO (IMOBILIZAÇÃO) EM FASE AGUDA;
• ANALGESIA (ELETROTERAPIA OU CRIOTERAPIA);
• RELAXAMENTO;
• ALONGAMENTO;
• FORTALECIMENTO;
• REEDUCAÇÃO POSTURAL;
• PREVENÇÃO DE LER E DORT;
FISIOTERAPIA NAS
EMPRESAS

Resolução n°465, de 20 de maio de 2016 autoriza


os fisioterapeutas a atuarem na fisioterapia do trabalho.
FISIOTERAPIA NAS
EMPRESAS
CINESIOTERAPIA LABORAL / GINÁSTICA LABORAL

 A Ginástica Laboral é uma prática física elaborada para ser realizada dentro do
ambiente de trabalho, durante o expediente;

 Trabalha o cérebro, a mente, o corpo e estimula o autoconhecimento;

 Prepara e compensa as estruturas musculares mais utilizadas no trabalho;


FISIOTERAPIA NAS
EMPRESAS
GINÁSTICA LABORAL: BENEFÍCIOS AOS
EMPREGADOS
FISIOLÓGICOS PSICOLÓGICOS SOCIAIS

Aumento da temperatura Elevação Favorece o


corporal da autoestima contato social

Aumento da temperatura Diminuição Desperta o “espirito


tecidual da ansiedade de equipe”

Aumento da circulação/fluxo Diminuição Melhora na


sanguíneo do estresse produtividade individual

Facilitação dos movimentos Diminuição Boa adaptação às mudanças


corporais da depressão na rotina

Diminuição da viscosidade Aumento da sensação de Promove a integração


do tecido conjuntivo bem-estar pessoal

Diminuição da tensão Melhora da capacidade Desperta o surgimento de


muscular de concentração novas lideranças
FISIOTERAPIA NAS
EMPRESAS
GINÁSTICA LABORAL: BENEFÍCIOS AOS
EMPREGADORES
BENEFÍCIOS AO EMPREGADOR

Aumento na qualidade de produção

Aumento na capacidade de movimentação (diminuição nas falhas


manuais)
Diminuição do absenteísmo

Prevenção de acidentes no trabalho

Satisfação e motivação dos trabalhadores

Integração dos trabalhadores


TIPOS DE GINÁSTICA
LABORAL
GINÁSTICA LABORAL PREPARATÓRIA (GLP)

 Realizada no início do turno de trabalho;

 Duração de 10 a 15 minutos;

 Aquece as estruturas e desperta o trabalhador;

 Prepara o trabalhador para a atividade que será


exercida em sua ocupação;

 Realizada no próprio posto de trabalho;

 Proporciona melhores condições físicas


e mentais.
TIPOS DE GINÁSTICA
LABORAL
GINÁSTICA LABORAL COMPENSATÓRIA (GLC)

 Ginástica de Pausa;

 Interrompe a monotonia operacional;

 Duração de 10 minutos;

 Exercícios para compensar estruturas já


sobrecarregadas;

 Exercícios posturais;

 Conscientização corporal.

OBS: Ministério do Trabalho e do Emprego determina pausas para determinadas


empresas (Centrais de Atendimento) uma vez que há sobrecarga muscular.
TIPOS DE GINÁSTICA
LABORAL
GINÁSTICA LABORAL RELAXANTE (GLR)

 Ministrada ao final do expediente;

 Realizada 10 a 15 minutos antes do final


do
expediente;

 Exercícios de alongamento e relaxamento;

 Reoxigenação das estruturas utilizadas;

 Promove relaxamento mental;

 Alívio das tensões musculares.


FISIOTERAPIA NAS
EMPRESAS
PROPOSTAS DE EXERCÍCIOS PREVENTIVOS

 Atividades dinâmicas para trabalhar mobilidade articular e aumento de


ADM;

 Alongamentos;

 Exercícios para relaxamento;

 Dinâmicas em grupo para socialização entre os trabalhadores;

 Atividades com música;

 Atividades com objetos (bolas, bambolês, elásticos etc).


FISIOTERAPIA NAS
EMPRESAS
PROPOSTAS DE
EXERCÍCIOS
FISIOTERAPIA NAS
EMPRESAS
PROPOSTAS DE
EXERCÍCIOS
OBRIGAD
A! SAÚDE
COLETIVA

Você também pode gostar